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Análise de Mercado
Vacinas pneumocócicas mais baratas para maiores de 65 anos
De acordo com uma portaria do Ministério da Saúde, publicada no dia 21 de setembro, em Diário da República, o custo das duas vacinas contra a bactéria que pode provocar doenças como a pneumonia vai baixar para os maiores de 65 anos. Esta medida tem o intuito de aumentar o acesso à vacinação e reduzir a mortalidade. A comparticipação, que atualmente está nos 37%, vai passar para 69%, nas duas vacinas pneumocócicas: a PSV 23 e a PCV 13. Esta medida é válida para pessoas “com idade igual ou superior a 65 anos e uma das condições clínicas para as quais a gratuitidade se encontra prevista em norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), sobre vacinação contra infeções pelo Streptococcus pneumoniae“. O aumento da comparticipação destas vacinas para os maiores de 65 anos é uma medida que visa aumentar a acessibilidade à vacinação, reduzir a incidência e a mortalidade por DIP, prevenir as complicações e sequelas da doença num grupo vulnerável e ainda diminuir o seu impacte social. O diploma entra em vigor a 1 de outubro e a dispensa destas vacinas é efetuada em farmácia de oficina. Lembrar que as doenças pneumocócicas são provocadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae que causa doenças como pneumonia, meningite ou septicemia.
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Nova geração de medicamentos para combater vírus e parasitas
Uma equipa de várias instituições científicas nacionais, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), descobriu e testou uma molécula, que abre caminho para o desenvolvimento de um novo antimicrobiano para a prevenção e tratamento de múltiplos tipos de infeções virais, endémicas e pandémicas, e também doenças parasitárias, como a malária. A molécula foi designada como BSS730A, e é derivada da penicilina. Foi descoberta no âmbito do projeto Spiro4MALAIDS, coordenado pela professora Teresa Pinho e Melo, e resulta de vários estudos realizados ao longo dos últimos nove anos pelo Grupo de Química Orgânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). “Os vários ensaios pré-clínicos realizados com diferentes vírus, entre os quais o HIV e várias estirpes do vírus da gripe (um vírus com potencial pandémico), e em parasitas como o que provoca a malária, são muito promissores”, indica o comunicado divulgado, pela UC. A molécula apresentou uma atividade notável contra os diferentes vírus e parasitas testados. Em concentrações muito baixas, a eficácia na inibição das infeções atingiu os 99 por cento. Esta nova molécula tem um comportamento completamente diferente dos medicamentos que se encontram no mercado. Enquanto os antivirais convencionais atuam sobre a maquinaria do próprio vírus, a molécula BSS730A atua ao nível do hospedeiro, promovendo uma resposta do próprio hospedeiro conta o vírus. Um mecanismo deste tipo, para além de ter um perfil farmacoterapêutico inovador, está muito menos sujeito ao desenvolvimento de resistências por parte dos vírus. Verificou-se que a molécula mostrou ser ativa contra estirpes multirresistentes dos mesmos vírus. Os investigadores acreditam que é uma molécula que poderá ter atividade para novas ameaças virais que possam emergir no futuro, representando uma nova geração de medicamentos antivirais e antiparasitários de largo espectro, muito mais eficazes do que os atuais. Apesar desta molécula ser proveniente da penicilina, usada no tratamento de infeções causadas por bactérias, a BSS730A não tem qualquer atividade antibacteriana, mas sim antiviral e antiparasitária, no caso do parasita da malária. A equipa pretende avançar com a realização de ensaios clínicos dentro de três anos, aguardam somente o financiamento para avançar, assim como a conclusão da criação de uma Startup.
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