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Especial Saúde

Figura1. Esquema de vacinação em adultos com DM sem qualquer dose anterior de Pn13 ou Pn23.

Figura2. Esquema de vacinação em adultos com DM previamente vacinados com 1 ou 2 doses de Pn23.

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Por sua vez, os adultos com DM previamente vacinados com 1 ou 2 doses de Pn23 devem ser vacinados de acordo com o esquema apresentado na

Fig2.

A vacinação antipneumocócica tem demonstrado eficácia contra a pneumonia pneumocócica e a DIP, levando a grandes reduções na sua incidência. Está indicada na União Europeia para todas as pessoas a partir das 6 semanas de vidas, e é, desde 2015, gratuita para as crianças e para grupos de alto risco, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação. Pela eficácia já demostrada pela imunização, pelo risco acrescido que pessoas com Diabetes Mellitus apresentam em contrair Pneumonia e outras formas graves de Doença Invasiva Pneumocócica, pelo elevado risco de mortalidade e, também, pela incerteza das sequelas e dos custos que a associação de ambas as patologias pode trazer, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo considerou, e recomenda, a imunização destes de adultos com a vacina antipneumocócica. Qualquer acto de prevenção eficaz será sempre preferível à imprevisibilidade e ao risco do desenrolar de uma doença.

Fontes:

https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0112015-de-23062015-pdf.aspx https://www.spedmjournal.com/section.php?id=411 Diabetes – Poster ERS 2015: Prevalence and impact of Diabetes mellitus (DM) among hospitalized community-acquired pneumonia (CAP) patients: Madalena Martins, PHD; Filipe Froes, MD; José M Boavida, MD; João F Raposo, PHD; Baltazar Nunes, PHD; Rogério T Ribeiro,, PHD; m Paula Macedo, PHD; Carlos Penha-Gonçalves, PHD.

ESTIMA-SE QUE A GRIPE AUMENTE A SUSCETIBILIDADE PARA PNEUMONIA PNEUMOC ÓCICA EM APROXIMADAMENTE 100 VEZES.1

Especial Saúde Saúde do bebé

Os primeiros meses de uma nova vida.

O que significa o choro? Qual a importância da amamentação? O que fazer em caso de cólicas? Quais as vacinas a administrar?

Estas são apenas algumas das questões colocadas frequentemente por pais de primeira viagem e que devem ser esclarecidas para aproveitar em pleno a experiência da paternidade.

Regressar a casa com o primeiro filho nos braços é, muitas vezes, motivo de ansiedade. Afinal, é um novo ser sob os nossos cuidados. É um mundo de descoberta e um caminho de aprendizagem, que se deve percorrer passo a passo, prestando atenção aos pequenos sinais que o próprio bebé vai dando.

Os sentidos

No momento do nascimento, todos os sentidos do bebé estão a funcionar e ele capta sons, imagens e cheiros deste “novo mundo”.

Visão

Embora tenha dificuldade em focar, o bebé consegue ver logo após o momento do nascimento. É sensível à luz, sendo mais provável que abra os olhos quando a luminosidade é mais ténue. Depois do rosto humano, as cores vivas, os padrões contrastantes e os movimentos são o que mais o atrai. No início, os olhos do bebé podem parecer convergir ou divergir por instantes: não há qualquer problema, é uma questão de falta de maturidade dos músculos oculares, que se ultrapassa nos primeiros meses. É importante estimular a visão do bebé, introduzindo-o a novos objetos e mudando-o de cenário ao longo dia: do quarto para a sala, por exemplo.

Audição

Ainda no útero, o bebé já ouve sons, de entre os quais o coração da mãe, os movimentos do sistema digestivo e até mesmo alguns sons externos, como vozes. Após o nascimento, os sons tornam-se mais nítidos e altos, o que explica que o bebé se sobressalte com o ladrar de um cão ou se acalme com uma melodia entoada pela mãe ou pelo pai. As vozes humanas, sobretudo as dos pais, são aliás a “música” preferida dos bebés. Nos primeiros meses, o bebé ainda não é capaz de coordenar a visão e a audição, pelo que poderá estar a olhar para o lado oposto daquele onde a mãe está, mas a prestar atenção à voz dela.

Olfato e Paladar

Estes dois sentidos encontram-se intimamente ligados. Os recém-nascidos já têm as suas “preferências”, como por exemplo: sabores doces por oposição aos amargos, ainda que essas preferências evoluam ao longo do primeiro ano de vida à medida que são introduzidos novos alimentos. O olfato está completamente desenvolvido quando o bebé nasce e durante as primeiras semanas de vida é também através do cheiro que o bebé reconhece a mãe.

5Nas primeiras semanas de vida parece que o bebé apenas come e dorme, mas muito está a acontecer no que diz respeito ao desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social.

Tato

No início, o bebé apenas procura conforto. Ao deixar o ambiente reconfortante do útero materno, é confrontado com as primeiras sensações desagradáveis (por exemplo, sentir frio). Nestes primeiros meses, é importante estabelecer contacto físico com o bebé, proporcionando-lhe conforto e segurança, criando laços que ficam para a vida.

A alimentação

Nos primeiros meses de vida, o leite é o alimento exclusivo do bebé. Seja materno ou em fórmula, este corresponde às necessidades nutricionais do bebé. As atuais recomendações vão no sentido de privilegiar a amamentação. O leite materno é considerado um alimento completo, reunindo todos os nutrientes essenciais. Contudo, a amamentação nem sempre é opção: ou por razões médicas ou por decisão da mulher, a alternativa passa por alimentar o bebé através dos chamados leites em pó, isto é, fórmulas preparadas à imagem e semelhança do leite materno, totalmente adequadas e seguras para o bebé.

Amamentar: Uma escolha pessoal tomada com consciência.

Quando a decisão é amamentar, ela deve acontecer o mais cedo possível, pois o aleitamento precoce favorece a subida do leite. O colostro – designação para o primeiro leite – é rico em elementos que protegem contra infeções, tendo ainda virtudes laxantes, ajudando à evacuação do mecónio, isto é, das primeiras fezes.

É o bebé que dita o ritmo!

O leite materno não possui caseína (princípio alcalino que é a principal característica do leite), que se digere facilmente. O que, associado ao facto de o estômago do bebé ser muito pequeno explica que ele tenha de ser alimentado com frequência, podendo ir das 8 às 12 vezes.

A alternativa: fórmulas seguras

Quando amamentar não é uma opção, a alimentação do bebé faz-se com recurso a fórmulas. Concebidas à imagem do leite materno, oferecem os mesmos nutrientes e benefícios ao nível do crescimento e desenvolvimento. São adequadas às diferentes fases do desenvolvimento do bebé e às suas diferentes necessidades. Os leites para lactentes - também designados como leites 1 – são indicados para a fase em que o bebé se alimenta apenas de leite. Quando começam a ser introduzidos outros alimentos, passa-se para os leites de transição ou leites 2. Sejam lactentes ou de transição, estes leites estão disponíveis em formulações distintas que permitem alimentar bebés com indicações particulares, como alergias, cólicas, obstipação e desconforto digestivo.

Sono seguro

É comum dizer-se que um recém-nascido passa o dia a dormir. Esta afirmação não é completamente errada. Um recém-nascido dorme, de facto, a maior parte do tempo, não importando se é de dia ou se é de noite. É normal que durma 18 horas por dia, 10 das quais em período noturno. À medida que cresce, vai começando a dormir um pouco menos.

Qualquer que seja a escolha, o momento de alimentar o bebé constitui uma oportunidade ímpar para o fortalecimento da relação entre mãe e filho.

Estes primeiros tempos podem ser desgastantes para os pais já que, também eles, acordam de noite. É importante que se estabeleça uma rotina o mais cedo possível, desde logo colocando o bebé no berço sempre que está na altura de dormir, associando-o assim ao sono.

É igualmente importante que se adotem algumas medidas de segurança.

• Deite o bebé de costas, para prevenir a chamada síndrome da morte súbita (diagnóstico dado quando o bebé morre sem razão aparente). • Retire do berço tudo o que possa interferir com a respiração, como almofadas e peluches. • Evite roupa de cama com fitas e fios. Com os movimentos, estes podem enrolar-se no pescoço do bebé. • Se estiver noutra divisão da casa, use um intercomunicador. Assim pode ouvir o bebé.

Porque chora o bebé?

O choro do bebé é o primeiro sinal de vida e, por isso mesmo, fonte de grande emoção. Mais tarde, já em casa, o choro do bebé pode ser fonte de ansiedade. Afinal, parece que o bebé chora por tudo e por nada e pode ser difícil descodificar o choro e atender às necessidades do bebé. Na verdade, o choro é a forma que o bebé tem de comunicar. E, além de manifestar aos pais as suas necessidades (fome, calor, frio, sono, fralda suja, etc.), também chora como reação ao mundo exterior.

A hora das cólicas. Como aliviar o incómodo do bebé?

Uma das causas comuns do choro do recém-nascido são as cólicas. Costumam manifestar-se entre a terceira e a sexta semana de vida e desaparecem pelo terceiro ou quarto mês. Não há muito a fazer, a não ser tentar aliviar o incómodo do bebé. Como? • Embalar enquanto anda ou sentar numa cadeira de baloiço. • Colocar de barriga para baixo e massajar as costas. • Dar um passeio de carro: a vibração tende a ser calmante. • Tentar que arrote com mais frequência durante as refeições. • Aplicar uma almofada anti-cólicas (sistema de terapia a quente). É preciso estar atento a sinais que possam indicar a existência de algo mais grave, como alteração no reflexo de sucção, perda de peso, alteração na consistência das fezes, febre elevada. Nesse caso, há que procurar ajuda médica. Apesar de as cólicas causarem ansiedade aos pais, que se sentem impotentes perante o choro e desconforto do bebé, a boa notícia é que tendem a aliviar ao longo do tempo, acabando por passar.

As primeiras vacinas

As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças. Mesmo quando não oferecem proteção total, proporcionam maior resistência à doença, daí que as primeiras vacinas sejam dadas logo após o nascimento:

Nascimento

1ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)

2 Meses

Vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB • • 1ª dose contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTPa) • 1ª dose contra doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b (Hib) • 1ª dose contra a poliomielite (VIP) • 2ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)

•1ª dose da vacina conjugada contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos (Pn13)

4 Meses

•2ª dose de DTPa, Hib e VIP (vacina pentavalente DTPaHibVIP) •2ª dose de Pn13 •2ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 2)

6 Meses

•3ª dose de DTPa, Hib, VIP e VHB (vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB)

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