M&E 320 2ª Maio

Page 1

1

Maio 2017 | 2ª quinzena | ano XV | nº320

mercadoeeventos.com.br

ENQUETE Trade opina sobre captação de eventos e modelo das feiras do Turismo. Página 5

ENTREVISTA Toni Sando destaca papel da iniciativa privada na promoção dos destinos. Página 3

TURISMO EM DADOS Lucratividade da aviação global registra baixa no primeiro trimestre. Página 4

AVIAÇÃO Lufthansa e Ancoradouro firmam acordo para vendas fora dos GDS. Página 17

AVIAÇÃO

Star Clippers: uma experiência nos maiores veleiros do mundo Páginas 14 a 16

Avianca Brasil inicia operações com o seu novo Airbus A330. Página 6

LOCADORAS Após IPO, Movida premia parceiros e apresenta novidades para 2017. Página 7

Por R$ 258 milhões, CVC adquire 90% do Grupo Trend Maior operadora do país vai às compras e amplia a sua participação no mercado

08

MICE Brasil cai quatro posições no ranking da Icca e figura no 15º lugar. Veja a repercussão e a posição da Embratur.

LUXO Turismo de luxo segue em alta no Brasil. Segundo a BLTA, setor teve um faturamento de R$ 725 milhões em 2016.

18

Páginas 20 a 21

ESPECIAL Veja matéria especial sobre como a tecnologia está transformando a maneira com que as empresas realizam capacitações.

Confira o vai e vem do turismo e as notícias mais lidas no site do M&E. Página 22

10


Uma oferta apaixonante!

2

Plano de refeição GRÁTIS

quando seus clientes compram um pacote sem desconto de no mínimo 4 noites em hotéis selecionados do Walt Disney World Resort e ingresso de 4 dias para parque temático que inclui Opção Park Hopper ou Park Hopper Plus.

Para reservas de 24 de abril a 31 de agosto de 2017 Pacotes com estadia em hotéis Resort Disney selecionados das categorias Econômica e Moderada incluem o Plano de Refeição com Serviço de Balcão GRÁTIS!

Pacotes com estadia em hotéis Resort Disney selecionados das categorias Deluxe e Villa Deluxe incluem o Plano de Refeição Disney GRÁTIS!

• Este plano oferece refeições e lanches em mais de 50 restaurantes selecionados com serviço de balcão do Walt Disney World Resort. • Inclui duas refeições com serviço de balcão e dois lanches por pessoa (com 3 anos ou mais), por noite do pacote. • Refeições com serviço de balcão incluem prato principal ou refeição combo e bebida não alcoólica.

• Este plano oferece refeições e lanches em mais de 100 restaurantes selecionados do Walt Disney World Resort. • Inclui uma refeição com serviço de mesa, uma refeição com serviço de balcão e dois lanches por pessoa (com 3 anos ou mais), por noite do pacote.

CÓDIGO DA RESERVA: MGQ

Para chegadas na maioria das noites de 13 de agosto a 30 de setembro de 2017

CÓDIGO DA RESERVA: MGR

• O serviço de mesa inclui prato principal, sobremesa (almoço e jantar) e bebida não alcoólica ou bufê completo.

CÓDIGO DA RESERVA: MGS

Para chegadas na maioria das noites de 13 de agosto a 30 de setembro; de 14 a 20 de novembro; de 25 a 27 de novembro; e de 8 a 23 de dezembro de 2017

Para chegadas na maioria das noites de 14 a 20 de novembro; de 25 a 27 de novembro; e de 8 a 23 de dezembro de 2017 Com a Opção Park Hopper, é possível visitar mais de um parque temático por dia no mesmo dia a cada dia do ingresso. Com a Opção Park Hopper Plus, os clientes podem visitar mais de um parque temático por dia no mesmo dia a cada dia do ingresso e também têm direito a um certo número de visitas, com base na duração do ingresso comprado, para escolher entre: Disney’s Typhoon Lagoon Water Park1, Disney’s Blizzard Beach Water Park1, Disney’s Oak Trail Golf Course2 (taxas de campo), Disney’s Fantasia Gardens ou Disney’s Winter Summerland Miniature Golf Courses3 (antes das 16h) e ESPN Wide World of Sports Complex4. 1 Os parques aquáticos estão sujeitos a fechamento para reformas, devido a mau tempo e sazonalidade. 2É necessário reserva para os campos de golfe, sujeita à disponibilidade. 3Válido para uma partida de mini golfe. A partida deve começar antes das 16:00 horas. Somente pode ser usado em um campo de mini golfe por dia. 4 Válido somente em dias com eventos. Visite espnwwos.com para mais informações.

O número de quartos alocado para esta oferta é limitado e está sujeito à disponibilidade no momento da reserva. Os ingressos e opções devem ser usados dentro de 14 dias a partir da primeira utilização que deve ocorrer até 31 de dezembro de 2018. Não é válida em combinação com outros descontos ou promoções. É necessário reservar antecipadamente. Todos os hóspedes de um quarto devem ter o mesmo pacote. Esta oferta não inclui àreas de acampar, villas de 3 quartos, quartos com vista standard The Little Mermaid no Disney’s Art of Animation Resort e bangalôs no Disney’s Polynesian Villas & Bungalows. Não inclui bebidas alcoólicas e gorjetas. Crianças de 3 a 9 anos devem escolher do cardápio infantil, quando disponível. Alguns restaurantes com serviço de mesa podem ter pouca ou nenhuma disponibilidade no momento da compra do pacote.

©Disney LATAM-17-57027

Oferta válida com os seguintes operadores de turismo independentes: CVC Brasil (11) 3003-9282

LATAM Travel (11) 3272-2510

RCA Turismo (11) 3017-8700

Azul Viagens (11) 4003-1181

MMT Gapnet Tours (11) 4503-1444

Agaxtur Turismo (11) 3067-0900

Trade Tours (11) 3257-9788

HotelDo 0800-011-3210


3

ENTREVISTA

A mudança no Turismo virá dos empresários Anderson Masetto O poder público é muito cobrado pelos resultados da promoção do Brasil no exterior. Empresários e profissionais do setor são críticos às ações do governo e especialmente aos número de estrangeiros que visitam o país, hoje na casa dos 6 milhões por ano. Por outro lado, os Conventions & Visitors Bureaux (CVBx) - associações que reúnem a cadeia produtiva do setor - incorporam esta missão do lado privado. Por muitas vezes, o trabalho destas entidades é feito sem o apoio das Secretarias de Turismo locais, que quando atuam, seguem linhas diferentes, desconexas com os projetos das empresas privadas. Esta barreira, no entanto, começou a ser quebrada com a parceria entre o São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) e a São Paulo Turismo (SPTuris). A partir de agora, eles passam a atuar de forma conjunta, compartilhando dados e desenvolvendo ações em parceria. Na opinião do presidente-executivo do SPCVB e vice-presidente de Informação e Conteúdo da União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (Unedestinos), Toni Sando, este pode ser um exemplo a ser seguido em todo o país. MERCADO & EVENTOS – Você acredita que a parceria entre o SPCVB e a SPTuris pode colocar o setor privado como protagonista na promoção do destino? Toni Sando – O que temos feito e que tinha sido interrompido na última gestão é promover muitas ações conjuntas. Ao assinar este novo termo, a primeira coisa que definimos foi a necessidade de trabalharmos juntos para a captação de eventos, participação em feiras, elaboração de dossiês e treinamentos. Criamos uma base de indicadores única. Os dados de todos os setores, como gastronomia, feiras, eventos, visitantes e outros serão centralizados em um único portal. Fizemos uma mobilização para que todos possam ter acesso às mesmas informações. A afirmação de que o turismo não tem dados não é correta. Cada setor tem o seu, eles só não estavam consolidados. A segunda parte da parceria é justamente a definição de que mensagem queremos passar sobre a cidade. Já fazíamos dossiês para captação de eventos e a SPTuris fazia materiais promocionais. Agora vamos consolidar tudo para que todos tenham a mesma informação e o destino seja vendido com a mesma linguagem.

organizar e realizar ações com resultados efetivos na divulgação do destino? Toni Sando – O setor público tem que ser o orquestrador. Ele tem o papel de estimular. Não dá para deixar o plano operacional para os governos. O que eles precisam é disponibilizar equipamentos, infraestrutura e facilidades. É um trabalho conjunto e dentro desta nova gestão, temos um papel fundamental, que é de fato colocar as coisas em pé e deixar o poder público apenas com a infraestrutura. M&E – Temos exemplos no mundo em que CVBx atuam como agência oficial de promoção do destino. A partir do exemplo de São Paulo, isso pode ocorrer por aqui também? Toni Sando - Cada país tem um modelo e muitas vezes dinheiro fácil não cria grandes desafios. Conventions mis-

M&E - A transformação da Embratur em uma agência pode levar os CVBx a contribuir mais na missão de promover o país no exterior?

Pontualidade de 89,57% Aerolíneas Argentinas foi outra vez em março a companhia aérea mais pontual da América Latina, segundo a empresa FlightStats. Também liderou em março a pontualidade em voos domésticos com 91%, superando em 3 pontos a marca do mesmo mês do ano passado. 90 Voos semanais Brasil-Argentina Voos diretos a Buenos Aires conectando a toda a Argentina. Frota mais moderna composta por mais de 80 aeronaves. No último trimestre de 2017, a companhia começará a incorporar os Boeing 737-8 MAX, aviões de última geração e grande eficiência.

M&E - Você acredita que este é um exemplo a ser seguido por outros conventions e administrações públicas no Brasil? Toni Sando – Muitos municípios e conventions já trabalham juntos. O que pretendemos, por meio da Unedestinos, é que todos os demais associados tenham o passo a passo do que estamos fazendo com a SPTuris para servir de referência. Este é o conceito da Unedestinos: compartilhar informações para que todos possam trabalhar na mesma linha e com a mesma qualidade. Já temos hoje outros conventions que trabalham a administração pública, mas nenhum tem ainda o nível de integração que queremos ter em São Paulo. O empresariado deve ter o papel de multiplicador das boas ações da cidade. A proposta deste alinhamento é que sejamos o catalisador e multiplicador das boas mensagens. Daqui para frente a promoção terá uma única mensagem, seja para trazer um evento ou para atrair visitantes a lazer. M&E – Isso significa que a Iniciativa privada tem mais condições de se

tos ou públicos têm atuação limitada. Aqui os CVBx são muito independentes, porque todos são privados. Isso faz com que tenhamos mais estímulo para obter fórmulas para cumprir a missão de ampliar o fluxo de visitantes em um destino. Quando o setor público ajuda é bom, porque soma esforços, mas quando isso não acontece, o empresário precisa entender que precisa tomar atitude, ir ao campo de batalha e, de alguma forma, fazer isso. Não existe salvador da pátria. Não podemos esperar que o recurso público faça a grande transformação do turismo no Brasil. Quem faz a mudança do turismo no Brasil são os próprios empresários do setor.

0800 000 5050

Agências de Viagens

Toni Sando

Toni Sando – O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, explicou aos associados da Unedestinos como será o funcionamento do órgão. Ela terá o papel de uma agência de fomento e o Convention pode ser utilizado como um instrumento para isso. Há toda uma máquina trabalhando junta e a vantagem é que isso desburocratiza e deixa as ações mais ágeis. Acreditamos que é uma proposta que veio na hora certa, pois há um grande movimento para sairmos da zona de conforto e mostrarmos que o país tem potencial para receber mais visitantes.


EDITORIAIS

TURISMO EM DADOS

SOS

Aviação global registra queda na lucratividade

Da Redação A Embratur acaba de dar um grande passo ao receber do Governo autorização para atuar como agência e, ao mesmo tempo, obter mais recursos para investimentos em promoção junto aos principais destinos emissores. Mas diante desta oportunidade que se abre para uma estratégia de promoção mais efetiva do Brasil no mercado internacional, a iniciativa esbarra na imagem do país prejudicada pela divulgação na mída de epidemias, violência urbana e instabilidade política. Tudo agravado pela recessão econômica. De todos esses itens, o que mais preocupa certamente é a falta de segurança. E o exemplo mais claro está na cidade do Rio de Janeiro, principal portão de entrada do turismo internacional, responsável por mais de 30% dos 6,6 milhões de turistas estrangeiros que visitam o país anualmente. As recentes imagens do caos urbano ilustrada por atos de violência que têm merecido destaque na mídia nacional acabam colocando por terra o legado e todo ganho obtidos durante a Olimpíada. Se por um lado tivemos inegáveis avanços na mobilidade urbana e nos investimentos em novos equipamentos, por outro lado, o Rio se tornou uma cidade insegura, onde os próprios habitantes já não têm mais a liberdade de sair a r ua sem preocupações. E não custa relembrar um velho ditado que o ex-ministro e ex-presidente da Embratur, Caio Carvalho, repetia sem cessar. “Uma cidade só é boa para receber turistas quando é boa para os habitantes que nela residem”.

O reforço da Força Nacional, com apenas 400 homens, numa cidade de oito milhões de habitantes, autorizado pelo Governo, é apenas um pequeno paliativo entre as urgentes medidas necessárias, para que o Rio de Janeiro possa retomar a imagem daquela, que um dia teve como slogan, com toda justica, de “Cidade Maravilhosa”. Não há como negar que a violência urbana não é exclusividade do Rio de Janeiro. Outras capitais do país enfrentam problemas, ainda que sem a mesma dimensão. Por outro lado, o Rio de Janeiro continua a ser, no exterior, a principal vitrine do Brasil para o turismo mundial. Recentemente a Riotur e a ABIH anunciaram um grande plano de Marketing e o projeto de um calendário de eventos para atrair turistas ao Rio, com um plano de investimentos. Certamente a recuperação da imagem da cidade está atrelada ao sucesso desta iniciativa. A reconstrução da imagem do Rio não se dará sem ações concretas e efetivas que venham inibir a ação das facções e quadrilhas que agem de forma impune. Cabe ao Governo Federal junto com autoridades estaduais e municipais adotar com urgência um plano estratégico que possa garantir a segurança dos moradores e turistas. A presença do exército nas ruas, como aconteceu em Bogotá poderia ser uma saída. Apenas deste modo se poderá resgatar a imagem do Rio de Janeiro e do país. Sem isso todos os investimentos realizados para promover o país e o Rio serão em vão e, o que é pior, afetam toda a cadeia produtiva da cidade que certamente haverá de perder espaço para outros mercados concorrentes.

A aviação global registrou uma queda geral de lucros neste primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do balanço realizado pela Iata (Associação Internacional dos Transportes Aéreos) em relação aos dados consolidados dos três primeiros meses de 2017 das companhias aéreas internacionais. Segundo a pesquisa, quase metade (48,5%) das empresas entrevistadas destacou que registrou quedas no lucro. Enquanto 36,4% afirmou que teve crescimento. Entretanto, os líderes da indústria acreditam que o índice voltará a crescer já nos próximos 12 meses, embora a expectativa seja mais tímida se comparada ao que foi dito durante pesquisa realizada no mês de janeiro. Pelo lado da demanda, a pesquisa revelou que o crescimento foi robusto, tanto no transporte de passageiros, quanto no transporte de cargas neste 1T17. Segundo o estudo, mais de 75% dos entrevistados esperam crescimento na demanda de passageiros. Com relação ao transporte de cargas, esta é a primeira vez em que a expectativa cresce em comparação com as últimas quatro pesquisas.

Perspectiva de Rentabilidade % de Respondentes 100% 90% 80% 70% 60% 50%

48.5%

40%

36.4%

30.3%

27.3%

30%

42.4%

15.2%

20%

10% 0%

Deterioração / Diminuição

Sem mudança

Últimos 3 meses

Melhoria / Aumento

Próximos 12 meses

Variação recente e esperada dos rendimentos % de Respondentes 100% 90% 76.2%

80% 70%

57.1%

60% 50% 40%

28.6%

30%

Em busca de consolidação

Anderson Masetto é jornalista, pósgraduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos

0%

19.0%

4.8% Deterioração / Diminuição

Sem mudança

Últimos 3 meses

Melhoria / Aumento

Próximos 12 meses

Pelo nono trimestre consecutivo, os postos de trabalhos no setor aumentaram. Mais de 35% entrevistados afirmou que o nível de pessoas empregadas aumentou no período, enquanto apenas 27,3% destacou que houve menos empregos. Para 36,4% o número continuou igual. A expectativa, de acordo com mais de 1/3 dos entrevistados é que o número de empregos aumente.

Em comparação com pesquisas anteriores

Últimos 3 meses

Próximos 12 meses

Abr 2017

Out 2016

Abr 2016

Out 2015

Abr 2015

Out 2014

Abr 2014

Out 2013

Abr 2013

Out 2012

Abr 2012

Out 2011

Abr 2011

Out 2010

Abr 2010

Out 2009

Abr 2009

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Out 2008

Pontuação ponderada

Abr 2008

Já aconteceu com inúmeros mercados. Varejo, bancos e outros. Fusões, aquisições e sucessões fortaleceram as empresas destes setores e profissionalizaram ainda mais as suas atuações. O Turismo passa por um momento parecido no Brasil, com empresas abrindo o capital e grandes corporações se desenhando por meio de fusões e aquisições. Somente em 2017, Movida e Azul fizeram o seu IPO. Nos últimos seis meses a CVC já adquiriu duas empresas: Experimento Intercâmbio e Trend, sem contar RexturAdvance e Submarino Viagens, em 2014 e 2015, respectivamente. Isso não significa apenas o aumento do domínio da CVC, que já é a maior operadora da América do Sul. Ou a pura e simples capitalização e aumento de investimentos para as empresas que abriram o capital. Isso representa uma mudança no tabuleiro e, em um médio prazo, um desenho diferente deste mercado. Grandes grupos começam a se formar, vide Flytour e Gapnet e a própria CVC, que desde 2014 já desembolsou quase R$ 600 milhões em novas aquisições. O apetite da maior operadora da América do Sul pode estar chegando ao seu final. Há rumores no mercado de que a empresa quer fazer

mais um grande negócio – que a colocaria em uma posição muito privilegiada em todos os segmentos do mercado de turismo. Por outro lado, vemos as empresas menores na busca da sobrevivência. E como isso pode ser feito? Justamente buscando atender aquele cliente ou oferecer aquele produto que as gigantes não conseguem. São as agências e operadoras especializadas em nichos. Quem está acostumado a produzir e vender com a lógica do varejo dificilmente tem o expertise necessário para customizar produtos de luxo. E por aí vai. As grandes podem ter a maior fatia do mercado, mas há nichos que precisam de empresas menores. Este é um dos caminhos, mas não o único. Como não existiu fórmula pronta para que essas gigantes se consolidassem, também não há uma estratégia única para que as pequenas e médias empresas sigam no mercado. O fato é que mais movimentos como o da aquisição da Trend pela CVC estão em gestação e, mais uma vez, mexerão com as estruturas do mercado. É irreversível, as regras do jogo mudaram. Quem não quiser entender, basta esperar pelo xeque-mate.

14.3%

10%

Out 2007

Anderson Masetto

20%

Abr 2007

4


5

ENQUETE

Trade alerta sobre perda de eventos internacionais e apresenta sugestões para Abav Luiz Marcos Fernandes Os resultados da edição do ranking da Icca tem apontado uma sucessiva perda de posições do Brasil na captação de grandes eventos internacionais. Os resultados levaram a lideranças do setor a identificar gargalos e obstáculos que impedem o país de ser mais competitivo. Ao mesmo tempo, sugerem propostas para transformar o Congresso da Abav, marcado para setembro, em São Paulo, a fim de que o mesmo possa gerar mais negócios e benefícios tanto para expositores e agentes de viagens

O Brasil tem registrado, nos últimos anos, uma acentuada queda no ranking mundial de captação de eventos. Na sua opinião, qual o principal fator que tem contribuído para isso?

Paulo Gaudenzi, ex-secretário de Turismo da Bahia, e presidente da Salvador Destination Acredito que o maior problema enfrentado diz respeito a imagem que o país tem projetado no exterior em função do noticiário negativo, que se volta a problemas políticos, econômicos e, sobretudo, em relação aos altos índices de violência. Isso contribui efetivamente para que o país vá perdendo espaço em relação a concorrentes diretos. Há alguns anos, essa questão não afetava, porque a economia mundial estava em alta e o Brasil também. Para reverter esse quadro temos que iniciar um processo de recuperação nas esferas política, econômica e também na qualidade de vida. O país avançou com novos equipamentos, mas precisa também de maior promoção e divulgação de fatos positivos. Com a Embratur como agência poderemos avançar um pouco mais neste processo.

Antonio Dias, diretor-executivo da rede Royal Palm Hotels & Resorts Não acredito que o ranking da Icca possa refletir sobre o volume de eventos e congressos realizados no país. Creio que é muito específico e obedece a padrões que não são levados muito em consideração no Brasil. Então o fato de perdermos posições para outros destinos concorrentes não me preocupa. Claro que a crise econômica e a recessão influenciam, mas o fato é que muitos estabelecimentos hoteleiros não repassam os números dos eventos. Com isso, nem sempre se pode ter um retrato fiel do mercado. Lembro que a grande maioria dos eventos em nosso resort são nacionais. Houve uma época em que os próprios organizadores buscavam o mercado internacional. Isso mudou. Temos que nos preocupar com o mercado nacional e buscar novas oportunidades aqui.

Ana Claudia Bittencourt, presidente da Abeoc A queda do Brasil nos últimos anos e também em 2016 já era esperada, mas o fato de sair do 11º para o 15º lugar revela, claramente, que o país chegou ao “fundo do poço” no programa de captação de grandes eventos internacionais. Faltam recursos, não temos verbas e nem apoio. Somos convocados para intermináveis reuniões, mas muito pouca coisa acontece. É preciso que o Governo deixe de apregoar notícias positivas que estão ainda sob névoa e possa se debruçar sobre a realidade. Não podemos mais fabricar notícias. Temos que olhar a realidade de frente e o ranking da Icca sinaliza que estamos mal. Para reverter esse quadro, o que só deve acontecer a médio e longo prazos, precisamos focar mais em ações que tragam resultados efetivos.

Rubens Régis, diretor Comercial do Costão do Santinho Para chamar a atenção do mercado mundial e recuperar a imagem, temos que investir mais em promoção, de modo a projetar uma imagem positiva junto aos principais emissores. Mas isso só não basta e os recursos são insuficientes para isso. É preciso que os governos estaduais e municipais inv ist a m ma is em inf raest r ut ura, melhorando a mobilidade urbana, com modernização e escoamento das principais vias de acesso. Investimos no ano passado quase R$ 5 milhões em novos equipamentos para nosso centro de convenções. Mas sem investimentos para melhorar o aeroporto de Florianópolis e as rodovias, vamos ter sempre dificuldades para convencer aos organizadores na decisão de sediar seus congressos em nosso estado.

Se você pudesse oferecer uma única sugestão para aprimorar o próximo Congresso da Abav qual seria? Paulo Gaudenzi O perfil das feiras está mudando e a Feira da Abav não está fora deste processo. Isso é fruto de uma exigência do mercado, que está em busca de coisas novas. Creio que um evento como este deve ser repensado, pois estamos na era digital, das redes sociais e novas tecnologias. Atender ao agente de viagens fornecendo folheteria e material informativo já não funciona. Uma sugestão é que, além do uso de novas ferramentas tecnológicas, possamos trazer as tendências do mercado mundial e temas que sejam de interesse do agente. O mercado de feiras cresceu e a questão do custo-benefício influencia bastante. A saída é reduzir o custos e aumentar os resultados com medidas efetivas.

Antonio Dias Quando se fala em feiras e congressos como os organizados pela Abav, mesmo se reconhecendo os avanços obtidos, temos que levar em consideração a tendência das feiras internacionais. Uma medida importante é o programa de agendamentos, utilizado com bastante frequência em algumas feiras. Existem casos onde os buyers acabam recebendo inúmeros benefícios pela quantidade de agendamentos da edição anterior. Mas para isso eles têm que cumprir uma série de compromissos agendados previamente. Quanto mais agendamentos realizados melhor para o expositor e para o comprador. Creio que a Abav poderia investir cada vez mais neste processo, que gera bons resultados.

Ana Claudia Bittencourt Acredito que um congresso como o da Abav deveria ser um elo aglutinador capaz de solidificar a união de representantes de boa parte da cadeia do turismo para que o trade pudesse levar nossos pleitos e reivindicações ao Governo. Quanto ao fator que poderia contribuir para tornar o evento mais eficiente, seria o fortalecimento de um modelo B2B e a inserção de temas nas palestras mais interessantes, como as discussões sobre propostas de mudanças na legislação que rege o modelo de setores, bem como de obstáculos que impedem o seu devido funcionamento. Temos que trazer temas atuais como inteligência emocional, que influenciam diretamente na relação entre fornecedores e agentes de viagens.

Rubens Régis A diretoria da Abav tem consciência de que precisa mudar o seu evento sob o risco dele desaparecer por falta de interesse e tem se empenhado para isso. Sugiro que possam observar o que dá certo em outras feiras, onde, cada vez mais, o agendamento para reuniões, como acontece atualmente nas Imex no exterior e na própria WTM, já são uma realidade. Ninguém quer mais perder tempo e acho que aquela ideia de grandes estandes ficou obsoleta. A época de distribuir folheteria já passou e estamos definitivamente na era digital. Então a Abav deve estar mais atenta às necessidades do mercado numa realidade onde se quer mais resultados e menos custos para participar de um evento.

Venha voando fazer seu evento com a gente! Fuja do convencional e venha fazer seu evento com a Eventos Fly. • 5 salas para locação, com capacidade entre 15 e 250 pessoas • Possibilidade de fechamento e personalização de toda estrutura • Serviço de valet • Serviços de cenografia, audiovisual, locação de geradores, catering, treinamento/consultoria, foto/filmagem e transporte dos participantes • Consulte-nos sobre locação de salas sem voos Realize o sonho de voar com a gente!

Tel.: (11) 2039-1145 • E-mail: contato@eventosfly.com.br


6

A QUINZENA | MERCADO

A330 da Avianca entra em operação No dia 27 de abril, a Avianca Brasil deu mais um importante passo na sua história com a operação do primeiro A330 da companhia. A aeronave estreou na rota entre Guarulhos (SP) e Fortaleza (CE), mas, a partir de junho, irá operar as rotas internacionais Guarulhos-Miami e Guarulhos-Santiago. Na opinião do vice-presidente Comercial e de Marketing da aérea, Tarcísio Gargioni, este foi um grande salto para a companhia. A aeronave, de grande porte, possui dois corredores e está configurada para transportar 206 passageiros na classe Econômica e 32 na Executiva. A empresa receberá ainda outros dois A330-200, que serão utilizados em voos diretos e diários do aeroporto de Guarulhos (SP) para os destinos internacionais Miami (EUA) e Santiago (Chile). As vendas dos bilhetes para os EUA já começaram.

Aeronave tem capacidae para 238 passageiros

Localiza amplia lucro Este foi o lucro do primeiro trimestre de 2017 da Localiza. O valor é 16,8% maior que o ano passado. Outros números que cresceram: receita liquida (27,9%), aluguel de veículos e frota (15,7%) e EBITDA (14,9%). O volume de diárias da Divisão de Aluguel de Carros cresceu 25,1% e a receita líquida 18,8%. Já a Divisão de Gestão de Frotas (corporativo) cresceu 6,7% nas diárias, com receita líquida 9,4% maior. A frota teve incremento de 19,5%.

Vendas premiadas

Mala sem alça No dia 28 de abril, a Justiça Federal do Ceará derrubou a liminar que proibia as empresas aéreas brasileiras de criarem classes tarifarias diferenciadas para os passageiros que transportam ou não bagagens. As companhias aéreas ainda não definiram quando iniciarão a cobrança. A Latam disse que as regras Avianca, Gol e Latam ainda não definiram sobre a cobrança

VELEJAR É PRECISO

atuais permanecem inalteradas no momento e que futuramente avisará sobre as mudanças. A Avianca também não cobrará por enquanto e adiantou que criará produtos tarifários customizados de acordo com o per fil de cada cliente. A Azul saiu na frente e anunciou que dará descontos de até 30% nos bilhetes dos passageiros que não despacharem bagagem. Em seguida, a Gol anunciou que irá disponibilizar em seus canais de vendas uma nova tarifa mais econômica, chamada Light, para quem não precisar despachar bagagens.

A campanha Visual Plus, que prestigia os agentes de viagem que vendem os produtos da operadora, chega em sua terceira edição e premia os agentes com diversos produtos. A cada venda de R$ 1 mil (excluídas as taxas) em qualquer produto da Visual Turismo, o agente ganha 25 pontos, que podem ser acumulados ou trocados por prêmios – são mais de 485 mil opções nos segmentos de informática e tecnologia, casa e escritório, cultura e diversão, moda e beleza, ferramentas, automotivo, esporte, saúde e infantil. A novidade fica por conta da temporada de neve na América do Sul de 2017, são 32 pontos resgatados pelo mesmo valor vendido.

Gol amplia BUE-REC

Segunda frequência terá início em julho

A Gol Linhas Aéreas ampliará a sua oferta de voos entre Recife (PE) e Buenos Aires. A partir do dia 3 de julho – um ano após o início dos voos diretos entre

as duas cidades – a companhia incluirá a segunda frequência semanal nesta rota. Além das opções já disponíveis aos sábados, a aérea passará a oferecer um voo às segundas-feiras. Os bilhetes já estão disponíveis em todos os canais de vendas da empresa. Atualmente, a Gol é a companhia com a maior oferta de voos para a Argentina, atendendo as cidades de Buenos Aires (Aeroparque e Ezeiza), Córdoba, Rosário e Mendoza.

Mais estrangeiros no RN ROTEIRO ENOTURÍSTICO NO MEDITERRÂNEO

A partir de:

23 DE AGOSTO A 02 DE SETEMBRO

(por pessoa)

¤

3,690

Três noites de hospedagem em Aix de Provence, com traslado desde o aeroporto de Marselha. Tour de vinhos em Chateauneuf du Pape + Tour pela Provence passando pelos campos de lavanda. Traslado do hotel em Aix de Provence até Cannes para embarque no navio Royal Clipper (cabine ocean view): Cannes (França) • L’Île Rousse, Praia do Leste, Bastia (Córsega) • Portoferraio (Itália) •Porto Vecchio (Córsega) • Porto Cervo (Sardenha) • Civitavecchia (Roma, Itália). Palestras enogastronômicas durante o cruzeiro feitas pela Elizabeth Marsh.

Ruy Gaspar, secretário de Turismo do Rio Grande do Norte

INFORMAÇÕES & RESERVA: Rio de Janeiro: +55 (21) 2460.1599 • 24h: +55 (21) 9.9859.7157 • Demais Estados: 4020.2529

Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Norte PF/RN, o destino cresceu em 12%

o número de turistas internacionais se comparado os anos de 2015 e 2016. O índice aponta um aumento de 3.261 estrangeiros no Estado potiguar, saltando de 27.164 em 2015, para 30.425 registrados no ano passado. O país onde mais se investiu, a Argentina, cresceu quase 150% em número de turistas no RN entre 2015 e 2016. O Governo, através da SeturRN e Emprotur, investiu aproximadamente R$ 300 mil em divulgação na capital e em diferentes cidades argentinas ano passado. “Esse investimento injetou algo em torno de R$ 10 milhões na economia do Estado”, frisou Ruy Gaspar, secretário de Turismo do Estado.


7

A QUINZENA | EVENTOS

Movida: premiação e novidades

Renato Franklin, CEO da Movida

Para encerrar um ciclo – que culminou com a abertura de capital da empresa – a Movida realizou, em meados de ma io, uma prem iação para s eus 30 melhores parceiros. Para o CEO, Renato Franklin, nada teria sido possível sem a confiança dessas agências de viagens. “Este é um importante reconhecimento para as agências que sempre nos apoiaram. Queremos fortalecer ainda mais a parceria e continuar crescendo junto com eles”, afirmou. 2016 – No ano passado a Movida registrou 23 milhões de usuários e um market share de 17,7%, num mercado que cresceu nos últimos oito anos

uma média de 15% atingindo R$ 12 bilhões de faturamento. 2017 – No primeiro trimestre do ano a receita da Movida aumentou 15% e atingiu R$ 217 milhões, enquanto a frota cresceu 13%. Segundo o CEO, ainda há espaço para crescer mais, para isso, a empresa foca na rentabilidade. META – De acordo com uma pesquisa da empresa, ap enas 10% da p opulação bra sileira se utiliza de locação de carros. A meta da Movida é triplicar esse número. Outra meta da compa n hia é fazer o mercado movimentar R$ 40 milhões nos próximos cinco anos.

Luxo na Califórnia O turismo de luxo é o segmento que mais cresce na Califórnia, por isso, o destino decidiu investir e aumentou em 25% sua oferta de produtos de luxo. “A Califórnia tem um produto para todas as idades, das crianças, passando pelos adolescentes, aos adultos. E o luxo é um segmento que atrai muitos brasileiros”, explicou Daniela Schmitz, diretora do Visit California, que afirmou que 10% do número de turistas brasileiros que visita os Estados Unidos vão para a Califórnia. Entre os produtos que têm ganhado força estão vinhos, experiências ao ar livre, e compras.

Disney detalha novas atrações segredos de Avatar A Disney Destinations promoveu em São Paulo um mega treinamento para mais de 400 agentes de viagens de todo Brasil. A grande novidade deste ano é mesmo Pandora: The World of Avatar, que inaugura no dia 27 de maio. Mas, além disso, a Disney está com novidades em todos os seus parques, confira: DISNEYLAND CALIFÓRNIA A partir do dia 27 de maio estreiam no Disney Califórnia Adventure duas novas atrações dos Guardiões da Galáxia, exclusivas desse parque: Guardians of the Galaxy – Mission: Breakout! e Summer of Heroes. DISNEY CRUISE LINE - O Star Wars at Sea terá sua Terceira temporada em 2018 entre os meses de janeiro e abril. Outra novidade é o navio Disney Wonder, que em 2016

foi reimaginado (reformado) e agora ganhou novas áreas. DISNEY HOLLYWOOD STUDIOS - Em 2019 serão abertas duas novas áreas no parque, uma do Star Wars e outra do Toy Story. MAGIC KINGDOM - A partir de maio haverá um novo show de encerramento das atividades do parque. A nova projeção no Castelo da Cinderela contará com canções e fogos de artifício. ANIMAL KINGDOM - O novo show de luzes River of Light, o Tree of Life Awakenings e o safari noturno Kilimanjaro já estão funcionando. A partir de 27 de maio terá a área de Pandora: The World of Avatar, a maior expansão do parque desde sua inauguração.

Debute em Santos No dia 8 de abril de 2002 era fundado o Santos e Região Convention & Visitors Bureau (SRCVB). Com a missão de promover turisticamente uma das regiões mais belas e atrativas do país, a entidade completa 15 anos em 2017. Para marcar a data foi feita uma festa que reuniu autoridades, diretores, associados e nomes do trade turístico. A captação de eventos é um dos principais pilares do trabalho do

Luso brasileiro O número de brasileiros que Portugal recebeu no último ano foi de 650 mil. O destino fechou 2016 como o país europeu com o maior número de visitantes brasileiros. No geral, o Brasil é o 5º maior emissor de turistas para o país. O número de hospedagens e receita turística também cresceu nos últimos cinco anos, uma média de 6,7% e 5% ao ano, respectivamente. Segundo o representante do turismo de Portugal no Brasil, Bernardo Cardoso, o período de férias dos brasileiros, nos meses de janeiro e fevereiro, coincide com o período em que o país europeu mais precisa de visitantes.

Bureau. Dentre as iniciativas mais relevantes nessa década e meia de existência, destaque para a criação da marca turística Costa da Mata Atlântica, que nomeia a região. Atualmente mais de 100 empresas mantenedoras formam o quadro associativo do Santos e Região CVB. “São empresários que acreditam no turismo como fonte de renda e desenvolvimento econômico e social”, finaliza Alex Mendes, atual presidente do Convention.

Dubai em São Paulo Os Emirados Árabes Unidos vão abrir, ainda este ano, um escritório da Câmara de Comércio de Dubai em São Paulo. O anúncio foi feito durante encontro do ministro do Turismo, Marx Beltrão e a embaixadora dos Emirados Árabes Unidos, Hafsa Al Ulama. A embaixadora se colocou à disposição para promover os destinos brasileiros, colocando em contato os empresários do Brasil com as principais agências de viagem dos Emirados Árabes. O ministro afirmou que tratará do assunto com a equipe técnica da Embratur para definir quais os destinos nacionais mais se encaixam no perfil do turista árabe.

Atração Mundo de Avatar será inaugurada no dia 27 de maio

Abav-RJ Visita

Retomada na Espanha

A Abav-RJ está desenvolvendo um novo projeto chamado “Abav Visita”. O objetivo é visitar as agências de outros municípios do Rio de Janeiro, promovendo capacitação e palestras educativas. Resende e Volta Redonda serão as primeiras cidades. Depois seguirá por Petrópolis, Juiz de Fora, Costa Verde e Região dos Lagos, além de edições na Barra e Niterói.

O número de brasileiros que a Espanha recebeu em 2016 foi de 317 mil, de acordo com dados do Instituto de Estudos Turísticos da Espanha (Frontur). O país europeu está animado com a retomada da economia brasileira e espera em 2017 obter resultados ainda melhores – já que uma pesquisa do Ministério do Turismo diz que 23% dos brasileiros tem intenção de viajar para o exterior neste ano.

Foz: Parceria com o trade

Gilmar Piolla assumiu a Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu

Gilmar Piolla é o novo secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu. Sua gestão pretende investir em estratégias de promoção comercial que possam atrair investimentos para a cidade, bem como estreitar o relacionamento com o trade turístico. Três pilares foram estabelecidos: valorização do produto local que tenham ligação com o turismo; investimento nas vias de acesso (rodoviário e aéreo); impulsionar o setor de eventos e convenções.


8

MICE

Brasil cai e fica na 15ª posição no Ranking da Icca País já figurou entre os dez que mais recebem eventos no mundo, mas número diminuiu nos últimos anos Luiz Marcos Fernandes e Anderson Masetto Como já era esperado, em função da grave crise econômica dos últimos dois anos, e a imagem negativa projetada no exterior, o Brasil voltou a perder posições no ranking mundial da International Congress Council Association (Icca). O país, que já havia conseguido a sétima colocação entre os principais destinos para eventos no mundo vem perdendo posições nos últimos anos. Em 2014 caiu de sétimo para nono lugar e em 2015 ficou fora do Top Ten, ao ser classificado em 11º lugar, com 292 eventos realizados. A comprovação da perda competitiva do Brasil para outros destinos veio a se consolidar com os resultados divulgados no início do mês. Entre os principais destinos

Brasil fica fora do top ten pelo segundo ano consecutivo

internacionais, o país caiu mais quatro posições e ficou apenas com a 15ª posição, com um total de 244 eventos. O ranking 2016 tem a liderança dos Estados Unidos, com 934 eventos, seguido pela Alemanha com 682 eventos e o Reino Unido com 582 eventos. Entre as cidades, a liderança é de Paris, com 196 eventos, seguido de Viena, com 186 e Barcelona, com 181. A única cidade da América do Sul a constar entre as 20 principais é Buenos Aires. A capital da Argentina ficou em 17 º lugar com 103 eventos. Apesar da queda, o Brasil continua sendo o país da América do Sul que mais sediou eventos. O relatório da entidade chama a atenção para uma década que foi considerada como sendo de “grande sucesso” para o setor, passando de pouco mais de 6 mil eventos e congressos internacionais no mundo em 2006, para mais de 12 mil em 2016. “Desde que assumi o Ministério do Turismo tenho trabalhado arduamente para incentivar todos os segmentos do turismo brasileiro. O turismo de eventos é fundamental para diminuir o efeito da sazonalidade e movimentar a economia dos destinos durante todo o ano. Naturalmente os países que sediam megaeventos como a Olimpíada registram uma queda no número de eventos internacionais, mas a tendência é haver uma retomada nos anos seguintes. Estamos trabalhando para isso. Os investimentos em construção e reforma de centros de convenções mostram que o Ministério do Turismo prioriza este segmento, que atrai um público altamente qualificado”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. CRÍTICA A queda já era esperada, mas o fato do Brasil de ter caído do 11º para o 15 º lugar, no ranking da Icca, levou a presidente da Abeoc, Ana Cláudia Bittencourt a admitir que o país chegou ao “fundo do poço”, no programa de captação de grandes eventos internacionais. “Não temos investido recursos, não temos verbas e nem apoio. Somos chamados para intermináveis reuniões, mas muito pouca coisa acontece. Na última reunião do Conselho Nacional de Turismo transformaram a pauta de discussão numa apresentação política e nada foi discutido. Dessa forma não temos como manter o otimismo”, desabafou. Segundo a dirigente é preciso que o Governo deixe de apregoar notícias positivas e possa se debruçar sobre a realidade. “Não podemos mais fabricar notícias sob névoas de otimismo. Temos sim que olhar a realidade de frente e o ranking da Icca sinaliza que estamos mal”. A dirigente admite que o processo de recuperação na captação de eventos do padrão Icca só se dará a médio e longo prazos. OUTRO LADO Os motivos da queda do Brasil no ranking da Icca, segundo o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, estão ligados ao bom desempenho dos concorrentes e ao fato do país ter recebidos os Jogos Olímpicos em 2016. “Fomos ultrapassados por Portugal, que tem uma estratégia interessante, se posicionando como uma opção a outros destinos europeus que sofrem com a violência. Suécia e Áustria têm vantagem no mercado europeu e a Coréia se colocou como opção para o crescente mercado asiático”, destacou. “Há ainda o Japão, que assim como Espanha e Portugal, fez uma opção pelo turismo, saltando de 8 para 20 milhões de visitantes”, complementou. Mesmo com a queda, Lummertz ressaltou que a posição do país segue firme, uma vez que ainda é o primeiro da América do Sul e o terceiro das Américas. Para ele, os Jogos Olímpicos


9

MICE

Ranking de países

Ranking de cidades

Rank

País

1 2

Estados Unidos Alemanha

196 186

3

Reino Unido

181

4 5

França

176 153

6 7

Espanha Itália China Japão

# Reuniões 2016 Variação

151 144

Rank

Cidade

-------

1 2

Paris Viena

196 186

----

3

Barcelona

181

2 ----

4 5

Berlim

176 153

4 ----

151 144

1 5 2 ---3

1 1 ----

7 9

Lisboa

144 138

10

Seul

137

9

Holanda

10

Canada

287

1 ----

Portugal

287

2

244 foi

o número de eventos e congressos internacionais que o país recebeu em 2016

OTIMISMO Mesmo com quedas consecutivas, o presidente da Embratur acredita que é possível atrair mais eventos. Ele citou a melhora da infraestrutura, com novos equipamentos e a privatização e concessão de outros, além da renovação do parque hoteleiro do país. Além disso, Lummertz destacou que, embora tenha sofrido com cortes no orçamento, a Embratur não está deixando de investir. “O nosso crescimento acontecerá de forma natural. Não deixamos de fazer ações, mas não adianta apenas um trabalho de inteligência. É necessário combustível para realizar ações”, frisou. “Temos um limite estrutural e financeiro, mas com a transformação da Embratur em uma agência, teremos mais possibilidades. Reconhecemos que precisamos de mais, mas devemos voltar a subir no ranking em 2017”, finalizou. DADOS De acordo com o estudo Demanda Internacional, do Ministério do Turismo, 20,2% dos turistas estrangeiros que estiveram ao Brasil em 2015 vieram motivados por negócios, eventos e convenções. As cidades mais procuradas foram: São Paulo (45,1%), Rio de Janeiro (24,5%) e Curitiba (4,2%). O gasto médio per capita do turista foi de US$ 82,48, valor superior ao dos turistas a lazer - US$ 67,12.

Singapura Amsterdã Madri

1 ----

144 368

afetaram dois dos principais destinos brasileiros que recebem eventos: São Paulo e Rio de Janeiro. O motivo, além do aumento dos preços, a falta de disponibilidade. “Os grandes eventos refletem um pouco deste resultado. Além disso, o país vive uma agenda de resolução de problemas e crise econômica, que afeta o Turismo”, disse.

6

Londres

# Reuniões 2016 Variação 1


10

REPORTAGEM ESPECIAL

Capacitação e treinamento: ensino High-Tech Como as novas tecnologias podem revolucionar os métodos de capacitação no Turismo Samantha Chuva

Edmar Bull, presidente da Abav Nacional

Calendário favorável e viagens em alta Dados recentes da Anac já demonstram o princípio de recuperação que desenhamos para 2017. Os números de março (última mensuração oficial da agência até aqui) atestaram que 7,4 milhões de passageiros foram transportados em voos domésticos, configurando aumento da demanda em 5,4%, na comparação com o mesmo mês de 2016. Essa foi a primeira alta do indicador após 19 meses consecutivos em queda. A oferta, que também vinha em queda consecutiva há 18 meses, cresceu 3,5% na mesma comparação de período. Não é um aumento fora da curva e já era estimado, considerando que 2016 foi um ano em que as vendas, em geral, ficaram bastante refreadas por conta do cenário de instabilidade política e econômica. Em novembro, entretanto, sentimos os primeiros sinais de recuperação, a temporada se manteve aquecida com a demanda de lazer e este aumento em março demonstra recuperação também do corporativo. No internacional, a relativa estabilidade do dólar, sustentada desde o final do ano passado, justifica a alta tanto na demanda quanto na oferta, por seis e cinco meses consecutivos, respectivamente. Considerando apenas o mês de março, quando 675 mil passageiros foram transportados, a demanda cresceu 17,8% e a oferta 9,3%. Sem exagerar no otimismo, nossa estimativa é de que os números devam se manter crescentes. Ainda aguardamos o fechamento da Anac, mas com três feriados prolongados consecutivos, abril será um bom termômetro deste ano em que, esperamos, o calendário favoreça as viagens, especialmente dentro do Brasil. À exceção de julho - que já é um mês naturalmente aquecido - teremos situações semelhantes até dezembro. Com base nesse cenário, seguimos mantendo a projeção de que nosso crescimento este ano deve chegar a dois dígitos. Com o estímulo às viagens em alta, agora é aguardar que também o cenário político-econômico responda favoravelmente. Edmar Bull Presidente da ABAV Nacional

Óculos 3D, gamefication, webinar, quizz... Nunca antes tantas palavras estranhas foram associadas à educação. E não é para menos. Em um mundo hiperconectado, onde a informação está a apenas um clique de distância, as tecnologias estão ganhando as salas de aula como uma forma de inovar no aprendizado e manter o interesse dos alunos. E verdade seja dita, muitos não aguentam mais o típico método de capacitação que envolve um palestrante e horas sentado em uma cadeira tomando notas. Para isso, as empresas estão investindo em novidades e processos lúdicos a fim de tornar o aprendizado, não apenas mais agradável, mas leve, dinâmico e proveitoso. Carlos Grieco, sócio-diretor Comercial e Marketing da Startup de desenvolvimento de tecnologia voltada para educação, EvoBooks, explica que os novos modelos de ensino ajudam a manter os alunos motivados. Uma pesquisa realizada pela empresa, em parceria com a universidade de Yale e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que as tecnologias têm um impacto enorme do aprendizado. O estudo, feito a partir do uso de óculos de realidade v irt ua l 3D com a lunos de uma escola em Botucatu (SP), apontou um aumento de 20% na melhora do rendimento escolar contra as escolas que não utilizavam o gadget. “O número é muito expressivo, se levarmos em consideração que ter uma biblioteca na escola aumenta em 13% o aprendizado, enquanto contar com internet aumenta em 10%”, esclarece Grieco. Sérgio Velloso, responsável pelo M&E Academia – platafor ma de treinamentos e capacitação do MERCADO & EVENTOS –, complementa: “Apenas 10% de uma palestra convencional é retido. Os outros 90% são jogados fora”. Porém, não basta incluir dispositivos high-tech apenas para dar uma impressão de modernização. Grieco enfatiza que é necessário planejamento e um estudo. “Para um treinamento de sucesso, é preciso desenvolver um processo de capacitação pedagógica. Ou seja, não basta jogar informações para os participantes. É essencial que haja um processo de ensino pautado em teoria pedagógica. Muitas pesquisas mostram que ter um pedagogo envolvido aumenta a efetividade do meio utilizado para o ensino”, elucida o diretor. Velloso ainda vai mais longe. Para ele, o sistema de pedagogia atual é infantil e voltado para o desenvolvimento educacional de jovens. O ideal é apostar em profissionais especializados em androgogia, uma ciência especificamente pensada no desenvolvimento dos adultos. “Esta é uma forma de envolver o adulto no processo”, explana Velloso.

Especialistas recomendam um misto entre presencial e EAD

O agente é tecnológico no momento de vender, mas para aprender ele gosta de ir para a sala e perguntar

Ronaldo Faria

Além do pedagogo ou androgogo, um designer institucional é essencial para criar um projeto interessante. “O designer tem a função de pensar na experiência da jornada de aprendizado. É ele que vai desenvolver formas diferentes de aprender e de ensinar, a exemplo de quizz, jogos, simulação e outros”, afirma o diretor da EvoBooks. CENÁRIO Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), as empresas brasileiras investiram, em 2016, 0,4 6% do seu faturamento bruto em treinamentos e capacitação. O valor ainda está aquém ao de países como os Estados Uni-

dos, onde isso chega a 1,49%. Mesmo assim, o estudo mostra que houve um crescimento de 24% em relação a 2015. Ainda de acordo com a ABTD, 63% de todos os treinamentos são presenciais, seguidos de práticos (17%), EAD (15%) e misto (presencial +e-learning). No Turismo, os mais diversos modelos de treinamentos são aplicados para capacitar os agentes de viagens. Desde apresentações pontuais com café da manhã ou almo ço, passando por roadshows e, mais recentemente com ensino à distância. Acrescente também a esta lista, as palestras realizadas durante feiras e outros eventos de imersão, como o Encontro Ancoradouro, por exemplo. Neste último, que segue um formado diferenciado, os profissionais são colocados em contato direto com fornecedores de produtos e serviços e momentos de descontração, durante uma imersão que dura quatro dias. O resultado? Segundo o fundador do Grupo Ancoradouro, Juarez Cintra Filho, nas semanas subsequentes ao encontro as cotações e vendas aumentam de uma forma significativa. “Os fornecedores precisam inovar nos métodos de capacitação. Mostrando para o agente de viagens a experiência, para que ele possa viver o momento. A inovação trás resultados diferentes, até mais positivos, que muitos mercados já adotam”, destaca Velloso.

Investimento em treinamento x faturamento

Fonte: ABTD


11

REPORTAGEM ESPECIAL

Tipos de treinamentos Prático

Misto

terage com os interessados, que têm a oportunidade de fazer perguntar e participar da aula.

17%

5%

EAD

15%

Presencial

63%

Fonte: ABTD

PRESENCIAL X ONLINE? Não é de se admirar que o método tradicional de capacitação, em formato de palestras, seja o mais comum. Ronaldo Faria, gerente de Treinamento e SAC da Flytour Viagens, salienta que este é o método mais eficaz, com aumento até de 25% em vendas após um dia inteiro de capacitação. “Embora esse método seja considerado ultrapassado, é o que nos traz, neste momento, maior resultado prático. Enquanto um roadshow que passa por dez cidades, por exemplo, consegue capacitar até 800 agentes, a plataforma de treinamento online não atinge metade, com cerca de apenas 50 acessos no mesmo período”, frisa Faria, que complementa: “O agente é tecnológico no momento de vender, mas para aprender ele gosta de ir para a sala e perguntar”, complementou. Além disso, o método presencial oferece uma possibilidade maior de marketing, além de contato direto com os clientes. Para Carlos Grieco, da EvoBooks, os cursos presenciais tem outro diferencial: a baixa taxa de abandono. “É mais difícil um aluno abandonar um curso presencial que um online. O online basta deixar de comparecer. O contato presencial ajuda a manter o aluno na sala”, explica. Em contrapartida, as plataformas de Ensino à Distância (EAD) contam com um facilitador que o presencial não possui: elas são capazes de romper as barreiras impostas pela distância. Velloso aponta: “O EAD é

“É preciso colocar o curso à distância dentro da rotina”. Uma solução que tem funcionado é o webinar. As transmissões são realizadas ao vivo e online. Nesta ferramenta um especialista in-

A INVASÃO DOS JOGOS: DO TABULEIRO AO VIDEOGAME Apps, jogos e até óculos virtuais vem transformando em realidade o que até há pouco tempo não passava de gadgets de filme de ficção. Confira o que tem sido utilizado nas salas de capacitação do país inteiro e algumas novidades que ainda estão por vir: • Games - De jogos virtuais a jogos de tabuleiro, a questão é que os jogos tornam todo o processo de aprendizagem muito mais interessante. Eles focam em questões de memorização, trabalho em equipe, novos conteúdos, técnicas de venda, planejamento estratégico e muito mais. Tudo isso através de um jogo que incentiva a pessoa a ir até o final, ganhando prêmios (seja no jogo ou um prêmio físico) e acumulando pontos. • Óculos de realidade virtual - Os óculos saem da ideia de um vídeo à

distância e trazem a experiência para o “aqui e agora”, colocando os profissionais dentro de uma montanha-russa e vivenciando essa experiência, ou passeando pelas acomodações de um hotel, um novo cruzeiro ou mesmo pela cidade e seus pontos turísticos. • Imersão - Combinando o modelo prático com o teórico, a imersão torna a capacitação uma forma interessante de aprendizado, uma vez que há espaço para o tradicional e o novo em um mesmo projeto. Além disso, o conteúdo não fica maçante, pois não é necessário dar todas as informações de uma vez em questão de minutos, o processo é feito mais espaçado, sendo assim melhor absorvido. • Quizz e perguntas e respostas - No melhor estilo de passa ou repassa, trivia e outros, os quizzes permitem testar o conhecimento sobre o produto antes do treinamento e desenvolver um conteúdo focado nas dificuldades dos profissionais. Após a capacitação, esse mesmo modelo verifica qual foi o índice de aprendizado.

COSTÃO DO SANTINHO INAUGURA NOVO ESPAÇO DE EVENTOS Conheça o Tupi-Guarani, o novo núcleo que integra o Açores Espaços de Eventos. Um complexo de espaços multifuncionais no Costão do Santinho para eventos corporativos, congressos, workshops, simpósios e muito mais.

C

M

Y

CM

O EAD é uma ferramenta maravilhosa. Porém é complementar. O treinamento presencial não é dispensável

Sérgio Velloso

MY

CY

CMY

K

uma ferramenta maravilhosa, onde as pessoas podem aprender em qualquer momento e de qualquer lugar. Algumas cidades não contam com roadshows e treinamentos. O EAD tem uma capilaridade muito alta, sendo um material rápido e pontual. Um conteúdo em 40 minutos. Porém é uma ferramenta complementar. O treinamento presencial não é dispensável”, marca o executivo. Para Velloso, a maior problemática do EAD é o conteúdo, muitas vezes apresentado de forma maçante, e a falta de disciplina dos alunos.

Núcleo Tupi-Guarani Amplo foyer

5 novas

2 salas para

salas de apoio

Salão para

260 pessoas

520 pessoas

com divisórias acústicas

em auditório

48 3261 1992 eventos@costao.com.br


12


13


14

CRUZEIROS

Uma viagem do futuro a bordo de um navio do passado Star Clippers resgata caravelas e transforma navegação em experiência

Marco Ferraz, Presidente da CLIA BRASIL

CASAMENTOS EM ALTO MAR, UM NICHO A SER EXPLORADO O casamento é um grande momento na vida das pessoas e fazer desse evento algo muito especial, diferenciado e cheio de criatividade se tor nou o grande foco de quem está prestes a subir ao altar. Precisamos aproveitar ao máximo esse nicho e mostrar que os Cruzeiros Marítimos são excelentes opções que unem facilitação de serviços, diferencial para convidados, itens all inclusive e até assessoria para o evento. Quero mostrar abaixo alguns argumentos que agentes de viagens podem usar na hora de inserir esse produto na sua cartela de produtos para os noivos viajantes: Preço Dependendo do tipo de cerimônia que a pessoa pretende fazer em seu casamento, ela pode sair até mais cara do que casar em um navio e com certeza dará um pouco mais de trabalho na organização. Quando a pessoa contrata um serviço de cruzeiro para realizar o casamento, geralmente já estão inclusos todos os serviços e as preocupações serão mínimas. Lindas paisagens Já que o registro do momento é algo essencial, as fotos do casamento ficarão realmente espetaculares com a vista que o navio proporciona. Além disso, ao mudar de paisagem, uma nova gama de possibilidades fotográficas se abre. Diferencial para os convidados Os convidados ganham uma festa e uma viagem. Imagina só todos os amigos e familiares reunidos em um único lugar com a proposta única de celebrar e aproveitar. Impossível que os convidados não sejam surpreendidos por dias maravilhosos e inesquecíveis. E, mais uma vez, com o diferencial do custo-benefício que só um navio pode proporcionar. Serviços inclusos Muitas empresas oferecem pacotes especiais para casamentos em alto mar e até os p ersonalizam. Existem opções para todos os tipos de bolsos e gostos e algumas podem incluir até recepção, música, decoração, entretenimento, bolos, bebidas, flores, fotos, além de tratamentos de beleza e manicure. Casamento e lua de mel no mesmo pacote Quando a pessoa opta por casar no navio, além de curtir momentos maravilhosos com seus convidados, leva, automaticamente, sua lua de mel, podendo estender os dias a bordo. Um excelente custo-benefício. Marco Ferraz é presidente da CLIA Abremar Brasil – Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos

Royal Clipper é o maior navio veleiro do mundo

Samantha Chuva Imagine poder se aventurar pelos sete mares como os marinheiros de antigamente que exploravam o mundo em barcos de madeira movidos à vela. Inspirados nas caravelas de mais de 300 anos atrás, os navios e iates da Star Clippers possibilitam apreciar essa experiência do passado. Assim como fazia Simbad, o Marujo dos contos de Mil e Uma Noites – que vivia fantásticas peripécias, indo onde os ventos levavam sua nau e desbravando o oceano e o Oriente Médio –, mas com muito mais conforto e luxo. Com roteiros pelo Caribe, Canal do Panamá, Mediterrâneo, Grécia, Cuba e Ásia, os cruzeiros da armadora oferecem uma vivência única e totalmente diferente dos passeios das grandes embarcações. Não apenas por serem barcos pequenos, para entre 170 e 227 passageiros, mas por serem realmente e totalmente movidos à vela, nos melhores moldes dos séculos passados. Por serem menores, os barcos possibilitam experiências mais exclusivas e maior privacidade. Além disso, os navios da Star Clippers oferecem uma infinidade de atividades, desde experiências aquáticas, como Jet Ski, mergulho, snorkeling, ca iaque, st a nd up paddle, parasailing, até experiências terrestres, como trekking, escalada, passeios de bicicleta e outras atividades junto com as excursões e passeios nos destinos. Talvez o maior diferencial, seja a oportunidade de participar ativamente dos procedimentos da navegação, podendo inclusive manejar o veleiro. A bordo, os passageiros podem se juntar à tripulação e puxar as cordas que içam a vela, subir no topo do mastro e aproveitar uma vista única do alto no barco, e até mesmo visitar a cabine do comandante. Com ideal de aproximar os passageiros, o acesso ao comandante é bem fácil. A interação é, inclusive, estimulada, permitindo que os

passageiros tenham uma conversa aberta com a tripulação a fim de entender melhor como funciona um navio deste estilo. Além disso, o navio ainda conta com música típica que ambienta com o destino navegado, biblioteca, degustação de vinhos, lareira e outras atividades desenvolvidas para que os hóspedes se relacionem entre si e, claro, relaxem e descansem, aproveitando o melhor das férias. Tudo isso no clássico estilo do início do século 20. Além de saídas temáticas com aulas ioga. Para treinar o paladar, a gastronomia da Star Clippers se difere não apenas pelo gosto, mas também pela excelência e qualidade. Os restaurantes contam com chefes treinados por renomados chefes estrelados do Guia Michelin, oferecendo o melhor na arte da comida e bebida.

ROYAL CLIPPER Em 1902, o maior e mais rápido veleiro que o mundo já havia visto foi lançado. O lendário Preussen dominou os mares até 1910, quando sofreu um acidente e foi perdido para

sempre... Até a chegada do Royal Clipper. Inspirado no Preussen, o barco da Star Clippers ocupa hoje a posição de maior veleiro de cinco mastros do mundo. Embora lembre – e muito – a embarcação do século passado, o Royal é tão novo quanto o amanhã, ostentando um moderno sistema de navegação e todo o conforto e luxo que se poderia imaginar. Pesando 5 mil toneladas, o navio comporta 227 passageiros. Uma área descoberta de 1.800 m² e três piscinas possibilitam que os hóspedes aproveitem o melhor do ambiente externo. Com cinco mastros, de mais de 60 metros, o navio conta com 42 velas, totalizando mais de 5 mil m² de velas. Encontre o seu refúgio secreto em uma das varandas escondidas no barco, ou suba o mastro e sente-se confortavelmente em um dos sofás e admire a vista do topo do mundo. Os espaços interiores do Royal Clipper foram desenvolvidos para agradar aos olhos, mas também oferecer o melhor em conforto. O navio ainda dispõe de uma platafor ma de marina para esportes aquáticos. Para quem busca relaxar, passe pelas portas de vidro subaquáticas e delicie-se com o Captain Nemo Lounge, onde fica localizado o Spa e o Health Club.

Veleiro oferece ski aquático para passageiros

Gastronomia é o ponto forte da Star Clippers

POR DENTRO DE CADA NAVIO Três barcos compõem a frota da Star Clippers, o Royal Clipper, Star Clipper e Star Flyer. Conheça um pouco o diferencial de cada um:


15

CRUZEIROS

UM DESTINO PARA CADA GOSTO Com roteiros pelo Caribe, Ásia e Mediterrâneo, a Star Clippers navega pelos principais destinos de cruzeiros do mundo, com alguns diferenciais. Por serem menores, conseguem chegar ainda mais longe e em portos que não comportam os grandes transatlânticos. CUBA Um dos destinos mais buscados do Caribe, o roteiro de Cuba é um verdadeiro sucesso entre os passageiros. A bordo do Star Flyer, o turista pode explorar cada cantinho do país, sem perder o conforto. A rota dá a volta na ilha, e inclui paradas estratégicas para que o passageiro possa desfrutar do melhor de Cuba. Roteiros de 7, 9, 10, 11 e 14 dias permitem misturar destinos, como St. Martin, a Praia Maria La Gorda, Havana, Cienfuegos, Ilhas Cayman, Cayo Largo, Ilha da Juventude, Cayo Rico e muito mais.

Vista da cabine do veleiro Royal Clipper

CARIBE À FRANCESA Para um roteiro caribenho mais refinado, que tal um passeio pelo lado

Detalhe do deck do maior veleiro da companhia

STAR CLIPPER & STAR FLYER Irmãos gêmeos, esses dois navios abraçam o autêntico espírito de velejar. Aqui, as tradições do passado tem um casamento feliz com o moderno, o luxo e o conforto dos dias atuais. Os navios são desenvolvidos para os amantes do tradicionalismo e do jeito romântico como eram feitas as navegações do passado, mas que não abrem mão do aconchego e tranquilidade. Com mais de 100 metros de comprimento, os navios de quatro mastros

e 16 velas, acolhem 170 passageiros. Menores, os navios são desenhados para que os hóspedes se sintam livres. Cada barco conta com espaçosas áreas ao ar livre, além de duas piscinas. A decoração faz referência aos anos dourados da navegação, quadros antigos e famosos são p osicionados estrategicamente para criar a temática e transportar os hóspedes para o período da Belle Époque.

Cayo Rico em Cuba é uma das paradas do Star Flyer

Passageiros podem participar dos procedimentos de navegação

/hertzbrasil

Vista do alto do mastro do Star Clipper

@hertz_brasil

@hertzbrasil

francês da região? Nada de Cancún, ou aqueles destinos batidos. Neste roteiro, apenas os territórios mais glamorosos do Caribe são contemplados, como Saint-Martin, Saint-Barthélemy (St. Barth), Martinica e Guadalupe. GRÉCIA E TURQUIA O destino mais procurado do mediterrâneo também tem uma versão especial. Realizado com o menor navio da frota, o Star Flyer, os roteiros, que variam de 5 a 11 dias, passam não apenas pelos portos mais famosos, como Veneza (Itália), Pineus (Atenas) e Istambul, como também por ilhas escondidas do mar Egeu, como Skiathos (Grécia) e Skopelos (Grécia), por exemplo. ÁSIA A grande novidade da Ásia são os roteiros pela Indonésia. Entre maio e outubro, a Star Clippers realiza saídas de Bali ou Singapura. A rota passa por ilhotas totalmente remotas, com uma parada estratégica na famosa Ilha de Komodo, a ilha dos dragões. Os roteiros variam de 7 a 14 noites.


16

CRUZEIROS

Ficha Técnica

Royal Clipper Tonelagem: 5 mil Comprimento: 134 metros Área de Vela: 5.200 m² Altura do mastro: 50 metros Capacidade de passageiros: 227 Mastros: 5 Número de velas: 42

Venda Melhor

Star Clipper e Star Flyer Tonelagem: 2.298 Comprimento: 110 metros Área de Vela: 3.344,5 m² Altura do mastro: 68,8 metros Capacidade de passageiros: 170 Mastros: 4 Número de velas: 16

Informe publicitário

CROISIEUROPE DESEMBARCA NO MERCADO BRASILEIRO EM PLENA EXPANSÃO

Embarcações são inspiradas nas caravelas de Cristovão Colombo

A dica para vender melhor é saber para quem vender. Por isso, fique atento ao perfil do viajante. Jean-Bruno Gillot, diretor-executivo e sócio da Cap Amazon, representante da Star Clippers no Brasil explica que o principal público é formado por pessoas na faixa etária entre os 40 e 65 anos, embora a companhia também tenha observado um crescente aumento da procura pelos jovens millenials, entre os 25 e 35 anos. De acordo com Gillot, isso se dá pelos preços mais acessíveis das cabines mais básicas. “O perfil do viajante que escolhe estar a bordo dum dos veleiros da Star Clippers é totalmente diferente do perfil que vai para outro produto de cruzeiro de luxo. Este cliente busca uma real experiência do mar. Ele quer a emoção das viagens

do passado. É um viajante que gosta de uma experiência mais tranquila que os iates que usam motores. Muitas vezes, nossos passageiros são apaixonados por barcos e/ou veleiros e até são velejadores eles mesmos. Atraímos viajantes, não turistas”, enfatiza o diretor. Gillot ainda ressalta que a experiência à lá Cristóvão Colomb o ou Pedro Álvares Cabral é o principal diferencial, chamando atenção para o fato de que os navios são conduzidos apenas com a vela e a força dos ventos. “Todos os itinerários foram constr uídos a partir do roteiro do vento de cada destino que oferecemos. Por fora, os barcos podem parecer veleiros do século 19 ou 20, mas por dentro é um produto de luxo com padrão Virtuoso”, explica.

Dica de especialista

CroisiEurope é a maior companhia de cruzeiros fluviais na Europa e conta com uma frota moderna e inovadora composta por 45 navios próprios: 31 fluviais pela Europa, 5 no Mekong e 1 na África Austral; 6 peniches; 2 marítimo-costeiros; além de outros 7 em uso comercial. Sua vanguardista frotade navioslhe permite descobrir novos recantos até agora impossíveis, como o Loire, e é a única empresa de cruzeiros em vários destinos da Europa: Guadalquivir, Veneza, Delta do Danúbio, Loire, Praga…Isso tudo mostra que o cruzeiro fluvial do CroisiEurope constitui-se em um dos produtos turísticos que permite maior possibilidade de imersão no país a ser visitado, e, como valor agregado, oferece alta rentabilidade para operadoresde turismo e agências de viagens. CroisiEurope está sempre em busca de novas aventuras para satisfazer a seus clientes, e, justamente por isso, a empresa incorpora à sua ampla oferta de cruzeiros fluviais pela Europa novos e exóticos destinos como Vietnã e Camboja ou África do Sul. Da mesmaforma, proporciona descobrir os destinos desde outro ponto de vista,a partir de excursões dinâmicas que incluem passeios de bicicleta, voos de helicóptero ou sobrevoos em balão. Todos os cruzeiros CroisiEurope contam com as seguintes vantagens: Cruzeiros no ALL INCLUSIVE: bebidas incluídas no restaurante e bar durante todo o cruzeiro + wi-fi a bordo gratuito, o que faz a diferença em relação aos demais cruzeiros fluviais Excelência gastronômica:Cria e planeja cuidadosamente sua cozinha e cardápios. O chef do CroisiEurope, Alain Bohn, nomeado recentemente como membro dos Mestres Cozinheiros da França, oferece em cada prato uma agradável experiência da alta cozinha francesa. Nos cruzeiros do CroisiEurope comer faz parte dos prazeres da viagem. Relação qualidade/preço imbatíveis no mercado: O controle integral de toda a frota, desde sua concepção até a comercialização, permite ao CroisiEurope oferecer cruzeiros com os melhores preços do mercado

Star Clippers é a única companhia de veleiros no mercado de cruzeiros de luxo

Jean-Bruno ainda grifa o diferencial: “O agente de viagens tem que capitalizar no fato que a Star Clippers é a única opção de veleiro autêntico no mercado de cruzeiro de luxo. É a experiência do mar mais natural e linda que a Mãe Terra

Concepção de novos navios com uma distribuição entre 40 e 50 camarotes, oferece mais conforto aos clientes e serviço diferenciado, o que potencializa o compromisso de um tratamento mais personalizado por parte do CroisiEurope Comodidade: Com as características de um circuito: visitas culturais e várias cidades em um mesmo programa; mas com a comodidade de um cruzeiro: sem necessidade de transladar malas. Além disso oferece mais de 200 itinerários por todos os rios da Europa com duração entre 3 a 19 dias Por tudo isso, com mais de mais de 40 anos de experiência, é atualmente a companhia líder no mercado fluvial europeu com escritórios comerciais em Estrasburgo, Paris, Londres ou Madrid. A companhia está em plena expansão, chegando cada vez a mais países e mercados e logo desembarcará também no Brasil. CroisiEurope já conta no Brasil com alguns parceiros importantes como Abreu, e especializada em cruzeiros fluviais a Transmundi Operadora, ambas operadoras já estão fechando operações para 2018. Para mais informações, estamos a sua disposição no site www. croisieurope.es e no e-mail informacion@croisieurope.com

possa oferecer. Outro fator que atrai muita atenção é que o Royal Clipper é o maior veleiro do mundo!”, afirma. O profissional ainda ressalta que os pagamentos são feitos em Miami, exceto os cruzeiros de Cuba, que são efetuados em Mônaco.

Serviço No Brasil e América do Sul, os navios são representados pela Cap Amazon. Para outros detalhes entre em contato com a empresa.

+55 11 4508 8465

jb.gillot@cap-amazon.com

www.cap-amazon.com www. starclippers.com Rua Cristiano Viana, 1126. Pinheiros. São Paulo (SP). Brasil.


17

AVIAÇÃO

Conexão direta e GDS: consolidando a inovação Parceria entre Ancoradouro e Lufthansa indica nova tendência em negócios de consolidadoras e GDS Igor Regis Inovar é uma condição básica de sobrevivência de qualquer empresa seja qual for o setor. Mas a receita da longevidade vai além de realizar melhorias em um produto já existente. Na maioria dos casos é necessário entender a transformação do público e do setor para adaptar o seu modelo de negócio. Foi assim que os GDS (sistemas globais de distribuição) se consolidaram no mercado de turismo, oferecendo uma solução agregadora para que agências de viagens pudessem oferecer o maior número de opções aos clientes. Com o tempo, porém, este modelo passou a não ser mais tão interessante para algumas companhias aéreas. A primeira delas a adotar medidas concretas à respeito desta insatisfação foi a Lufthansa, que em 2015 passou a cobrar a taxa de 16 euros por reserva efetuada via GDS, chamada de DCC (Distribution Cost Charge). Na época, o Conselho de

As consolidadoras não poderão ser simplesmente uma forma de crédito, mas sim um facilitador

Cassio Oliveira

Administração do grupo destacou que as companhias aéreas tinham cada vez menos lucratividade, apesar de serem os reais fornecedores dos serviços de aviação. A medida se estendeu às subsidiárias do grupo Austrian Airlines, Brussels Airlines e Swiss International Airlines. A ação, que visava estimular às vendas em canais diretos da companhia, gerou desconforto para agentes e operadores, mas se mostrou uma oportunidade para criar um canal direto com a companhia. Foi assim que enxergou o Grupo Anacoradouro, que firmou, no fim de abril, uma parceria inédita para a venda direta de passagens do Grupo Lufthansa. A consolidadora é a primeira da América Latina a atuar neste formato “direct connect” junto ao grupo. “Esta é a primeira vez aqui no Brasil que conectamos os agentes de viagens diretamente com nosso inventário de produtos, preços, assentos e serviços. Os clientes poderão ter uma melhor visão sobre os tipos de serviços que a Lufthansa pratica e ter uma eficiência maior na reserva de bilhetes”, destacou Tom Maes, diretor Sênior de Vendas da companhia para a América do Sul. O acordo permitirá a Ancoradouro acessar a todo inventário de serviços diretamente nos servidores da Lufthansa por meio de uma solução tecnológica desenvolvida pela consolidadora. Entre as possibilidades estão check-in antecipado, internet a bordo, assentos para grupos, refeições especiais, conexões melhores e preços competitivos. Para o fundador e presidente do conselho do Grupo Ancoradouro, Juarez Cintra Filho, a parceria reflete os esforços da empresa em aderir à proposta da aérea. “A Lufthansa chamou todos e cada um tinha que desenvolver o seu sistema. Acreditamos no produto em um primeiro momento e já saímos trabalhando nele. Por isso somos os primeiros”, conta. O vice-presidente do Grupo Anco-

A conexão direta não substitui o valor que oferecemos

Vicky Huertas

Juarez Cintra Filho e Cassio Oliveira, do Grupo Ancoradouro, entre Tamur Goudarzi Pour, Annette Taeuber e Tom Maes, do Grupo Lufthansa

radouro, Cassio Oliveira, crê na importância deste novo modelo para a personalização da viagem e ainda com a possibilidade de aumentar a margem de lucro, uma vez que os intermediários diminuem, oferecendo os mesmos preços do canal direto da companhia. O executivo ainda atenta que esta deve ser uma tendência. “Este acordo não é exclusivo. Acredito que em alguns meses outras consolidadoras devem apresentar sistemas parecidos. Como já demos este passo poderemos pensar em outras idéias neste período”. Cassio ainda observa que este é um pequeno passo para um redesenho do mercado de turismo como um todo. “O processo está mudando e as empresas terão que entrar em conformidade. As consolidadoras não poderão ser simplesmente uma forma de crédito, mas sim um facilitador. Uma solução tecnológica para o agente. Os GDS também terão que redesenhar o seu modelo. Alguns já estão fazendo isso e partindo para a consultoria. O mercado esta em transformação”, completa. Esta mudança tende a fortalecer o papel das consolidadoras neste processo, como destaca o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens (AirTKT), Ralf Aasmann. “Acredito que a consolidação será um dos canais mais importantes das aéreas. A Iata está criando uma série de regulamentações. É difícil para uma agência manter profissionais para saber todas as regras de diversas companhias e países, o que aumenta as chances de erro. Pela consolidara esta margem de erro é menor, pois existem equipes somente focadas nestas mudanças”, explica o executivo. Ralf ainda destaca que estas facilidades vêm fazendo com que agências de médio e grande porte passem a utilizar o serviço das consolidadoras. A preocupação de assumir este pap el como solução tecnológica vem fazendo com que as empres a s do s etor faça m pesados investimento em inovação. De acordo com a AirTkt, as consolidadora s investiram mais de R$ 17 m ilhões em te cnologia no ano de 2016, o que representa 61,4 % dos investimentos totais das empresas. O executivo, porém, é reticente ao analisar se o modelo de negócio entre Lufthansa

e Ancoradouro deve se tornar uma tendência. “Creio que as empresas devem esperar e analisar os resultados antes de adotar o formato”, atenta. Na visão da Amadeus, que juntamente com a Sabre e Travelp ort é resp onsável p or grande parte das reservas mundiais via GDS, o formato de conexão direta não tende ser replicado ampla e rapidamente na indústria. “Cada conexão é específica para os players envolvidos. Os GDS funcionam de tal forma que tornam possível a comparação e a conexão de múltiplas companhias aéreas em um só lugar. A conexão direta não substitui o valor que oferecemos”, argumenta Vicky Huertas, diretora regional de Airlines da Amadeus na América Latina. A executiva ainda avalia que cada conexão direta precisa ser configu-

rada individualmente, o que tomaria tempo e dinheiro da companhia aérea e da agência. “É uma conexão complexa, pois a tecnologia abarca comparação, compra e mudanças de tarifas, além de interagir com outros sistemas, como os de quality control, mid e back-office e financeiro, que precisam ser reconstruídos”. Vick y salient a que a s empresa s do segmento já estão traçando este caminho de ser mais que um sistema de reservas, se tornando consultores do profissional de turismo. “A distribuição já evoluiu de um modelo ‘GDS puro’ para um canal de vendas e marketing global. Nosso portfólio já inclui advertising digital, aquisição de tráfego, geração de leads e merchandising. Fornecemos soluções para facilitar parceria s em toda a indústria e que estão dando resultados reais e muito significativos”, complementa.


18

LUXO

Em alta, turismo de Luxo movimentou R$ 725 milhões Agências de viagens lideram vendas no segmento, que teve um crescimento de 8,2% no ano passado Foto: Freepik

Samantha Chuva Um setor que continua crescendo indep endente de qualquer crise e, sobretudo, uma oportunidade para as agências de viagens. Este é um retrato de mercado de Turismo de luxo no Brasil. O Anuário do Turismo de Luxo 2015-2016, da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) apontou que o setor movimentou R$ 725 milhões no ano passado, um incremento de 8,2% em relação a 2015. Com uma diária média de R$ 1.500, o país somou 414 mil hóspedes, sendo a maioria (52%) estrangeiro e 48% brasileiros. Além disso, cerca de 70% das vendas do ano passado aconteceram por meio de agentes de viagens, operadoras, OTA’s. Apenas 29% foram realizadas

R$1,5 mil

Estrangeiros representam 52% dos hóspedes em hotéis de luxo no Brasil

foi a diária média dos hotéis de luxo em 2016

Origem dos Hóspedes

através de venda direta. A publica ção t a m b ém a p ontou os dest inos ma is procurados p or ess e público: R io de Ja neiro, Foz do Iguaçu, São Paulo, Tra ncoso e Amazonas ficaram entre os primeiros colocados. O presidente da associação, Martin Frankenberg, citou, no entanto, outras regiões que vêm se despontando como tendência, como Pantanal e Itacaré. Para ele, este é um dos setores com maior potencial de crescimento do turismo brasileiro. “O luxo é o segmento mais rentável do turismo. É nele que o pequeno tem a chance de se diferenciar das grandes empresas”, destacou Frankenb erg. “Temos 1,2 m il quartos dos nossos hotéis associados e um produto de altíssimo nível, que tem com objetivo maior atrair o turista estrangeiro”, complementou. PERFIL Com idade em torno dos 40 anos, os turistas de luxo costumam viajar em casal. Embora os negócios sejam um forte motivador de v iagem, o principal ainda é o lazer, com 64%

da demanda, seguido por negócios (21%), eventos sociais (8%) e festa e eventos no destino (4%). O alto poder aquisitivo é um fator que não passa despercebido na viagem, o gasto médio por passageiro p or dia foi de R$ 1.348. Em uma viagem, que dura em torno de três a sete dias, um cliente costuma gastar em tor no de R$ 11.324. Emb ora a economia do ano passado não tenha sido a melhor que o país já viveu, algo fica bem claro: este setor não foi muito afetado. Os números de gastos, ao contrário

47% 48%

2015 2016 20% 20% 16% 15% 6% 6%

Brasil

O luxo é o segmento mais rentável do turismo. É nele que o pequeno tem a chance de se diferenciar das grandes empresas

Martin Frankenberg

Tipo de Hóspedes

Europa

5% 5%

América do América do Norte Sul

do esperado, registraram aumentos frente a 2015, quando o gasto diário por passageiro foi de R$ 1.258; e o ga sto tot a l em uma v iagem f icou em torno dos R$ 10.844. Os índices de 2016 foram responsáveis por um acréscimo no faturamento das operadoras de turismo receptivo, que somaram aproximadamente R$ 42 bilhões no ano passado, contra os R$ 38,5 bilhões de 2015. “Informações sobre doenças como a zica e a violência no país comprometeram muito o potencial dos Jogos Olímpicos. Este episódio most rou

Ásia

3% 3%

2% 1%

1% 1%

África

América Central

Oceania

como estamos despreparados, porque no caso da zica, não foi registrado quase nenhum caso no período do evento”, destacou. BENCHMARK Para a responsável de Turismo do Es critório Comercial no Bra sil do Peru – destino que vêm se tornando referência no segmento – Milagros Ochoa, a chave para o sucesso do mercado de luxo são os nichos. “É necessário dividir o luxo em gastronomia, moda, arquitetura e design e miscelânea. O objetivo é agregar

Origem da Reserva 31%

49% 49%

29%

21% 20%

20% 21%

19% 20% 2015

2015 17% 17%

16% 16%

10% 9%

2016

12% 12% 5% 6%

Casais

FIT - Free Independent Traveler

Casais com filhos

Grupos lazer

Grupos negócios

Balcão

Agente de Viagem

Operadora

OTA - On line Corporativo Travel Agency

2016


19

LUXO

. Cenas culturais autênticas: 4 “Ao entrar num bar, o turista se depara com uma música brasileira,

O QUE UM DESTINO DE LUXO PRECISA

com a cena de p essoa s dançando e ca nt a ndo e most ra ndo a nossa cultura. Não é uma música pop genérica como na maioria dos bares internacionais”. Apesar do potencial, muitas questões desfavorecem o Brasil no segmento, a exemplo da mão de obra. De acordo com Frankenberg, o cliente de luxo é ex t rema mente ex igente e o país conta com p ouca mão de obra especializada e preparada para atender às necessidades desse turista. O número de propriedades de nível mundial também é escasso. “Temos hosp edagens muito b oas no país, mas poucas estão ao nível global de excelências. Os hotéis precisam se inspirar em boas práticas internacionais a fim de oferecer um produto melhor qualificado”, destaca. A lém diss o, é ne cessário que o governo passe a investir no Turismo

DIVERSIDADE E GRANDE OFERTA DE BELEZAS NATURAIS

OFERTA HOTELEIRA AMPLA E DE QUALIDADE, COM MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA

FORTE POLÍTICA DE PROMOÇÃO DENTRO E FORA DO PAÍS

ENCARAR O TURISMO COMO UMA POLÍTICA DE ESTADO, GERADORA DE RENDA E EMPREGOS

os diversos produtos de luxo ao turismo. Por exemplo, constantemente o Peru realiza ações com renomada s marca s de roupa s, criando coleções inspiradas no nosso país, e levando as marcas para fazer ensaios nos destinos, oferecendo a op ort unidade de conhecerem nossos diferencias e nossos hotéis voltados para o s egmento”, explica O choa que ressalta que a hotelaria e a promo ção do segmento estão intimamente relacionadas. “Os hotéis têm que receber os clientes, celebridades, marca s e influenciadores. Eles têm que virar espaços de locação, pano de fundo de filmes e comerciais. É necessário o impacto midiático. Só deste jeito o mercado se dissemina. Assim, o resto da hotelaria começa a ganhar espaço de forma orgânica”, pontua. AUTENTICIDADE: CAMINHO PARA SE DESTACAR De acordo com o presidente da BLTA, emb ora a inda tenha um longo caminho para percorrer, o Brasil está no caminho para se tornar um destino referência no s etor. “Fizemos uma p es quisa com os clientes do segmento de luxo, e o que eles mais procuram em um destino é autenticidade e experiência. E o Brasil tem os dois. O país tem uma grande oferta de produtos autênticos. Contamos com várias opções de roteiros. Não existe um jeito único de conhecer o Brasil, ex istem várias for mas de viajar pelo território”, explica Frankemberg, que aponta quatro itens que tornam o país um reduto de autenticidade:

e no segmento, e veja o setor como uma fonte de renda e emprego. O presidente ainda chama a atenção para a comunicação do país como um dos principais fatores que precisa, urgentemente, ser t rabalhado. “O Brasil enfrentou um problema muito sério devido à má comunicação por causa da especulação do zika. Criou-se uma histeria mundial e as Olimpíadas quase foram canceladas devido à especulação de uma epidemia que não existiu. Apenas 10 casos de zika foram registrados durante os jogos, e nenhum destes foi registrado em regiões próximas do evento. Entretanto, mesmo após o acontecimento nada foi comentado para levantar a imagem do país”, explana Frankenberg. Segundo o presidente, com a mudança do posicionamento e estr uturação da Embratur, esta passa a ser a responsabilidade prioritária do órgão. “A Embratur precisa focar na promo ção e comunicação do país para o exterior”, finaliza.

NEGÓCIOS

M.I.C.E.

LANÇAMENTOS

FEIRAS ENTRETENIMENTO

TURISMO

EMPREDEDORISMO

. Hotéis e pousadas boutique: 1 “A ma ioria do s no s s o s hotéis de luxo é boutique. Diferente das grandes redes internacionais, como o 4 Seasons, por exemplo, que estes turistas já estão cans ado s d e v isit ar em v iagens a negócios”. . Possibilidades de roteiros: 2 “O Brasil oferece muitas possibilidades de roteiros e itinerá-

rios. Essa diversidade p er m ite que os turistas conheça um país diferente em cada viagem que fizer ao Brasil, criando uma vontade no visitante de retornar sempre”.

3

. Contato com a população: “Diferente de outros destinos de luxo, no Brasil, os turistas podem conhecer e entrar em contato com a população local e conhecer os brasileiros”.

SEGUNDA-FEIRA | ÀS 22h50 Sinal aberto digital em todo o Brasil www.cnt.com.br

YOUTUBE/PROGRAMARADARTV

REALIZAÇÃO

/gruporadarcomunicacao

@portalradar

/programaradartv

/radartelevision


20

AGÊNCIAS E OPERADORAS

Com aquisição de 90% da Trend, CVC segue expansão Negócio, que depende ainda de aprovação do Cade, pode chegar a R$ 258 milhões Anderson Masetto e Luiz Marcos Fernandes No início do ano, o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, afirmou que a operadora estava “muito aberta” a novos negócios e que estava analisando uma série de empresas. O objet ivo? Segundo ele, o forte comprom iss o de dar retor no aos acionistas da empresa. Embora os resultados – tanto de 2016 como do primeiro trimestre de 2017 – tenham sido positivos, o ap etite da maior operadora do país em novas aquisições segue firme. No início de maio, foi firmado um contrato de compra e venda para a aquisição de 90% do capital do Grupo Trend. O negócio, que está estimado em

R$ 258 milhões, depende ainda de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O atual presidente da Trend, Luis Paulo Luppa, permanecerá no cargo e conta com os outros 10% do capital da empresa. Os outros dois sócios, José Anjos e Washington Preti, venderam a parte que lhes cabia e deixaram o negócio. O Grupo Trend tem cerca de 800 colaboradores e atua na intermediação de hotéis nacionais e internacionais, voltado para negócios e lazer, com reservas confirmadas anuais de R$ 1,2 bilhão em 2016. “A aquisição da Check In [razão social do Gr upo Trend] constitui uma excelente oportunidade estratégica, complementar às operações da Companhia, fort a le cendo, a ssim, sua p osição

Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC, e Luis Paulo Luppa, presidente da Trend

de liderança no setor de viagens no Bra sil”, af ir mou a CVC em comunicado enviado ao mercado.

www.festivaldascataratas.com

MAIS COMPETITIVIDADE Em 2013, a CVC fez o seu IPO, se capitalizou e passou a investir em aquisições. Já no ano seguinte, a empresa comprou 51% da RexturAdvance, maior consolidadora do país, por R$ 208 milhões. Em 2015, sur preendeu o mercado obtendo 100% do capital da Submarino Viagens p or R$ 80 milhões. No ano passado, foi a vez da Experimento Intercâmbio, que foi adquirida por R$ 41 milhões. Agora, a empresa anunciou o acordo para a aquisição da Trend com o maior investimento de sua história. É mais um importante passo estratégico para o crescimento e consolidação do Grupo CVC no setor de viagens de lazer e negócios”, destaca Falco.

Um importante passo estratégico para o crescimento e consolidação do Grupo CVC no setor de viagens de lazer e negócios

Um encontro que conecta empresas e profissionais do turismo. PARTICIPE!

CIA AÉREA OFICIAL

MEDIA PARTNER

PATROCÍNIO

HOTEL SEDE

ORGANIZAÇÃO

REALIZAÇÃO

PARCERIA ESTRATÉGICA

Luiz Eduardo Falco

Ao comentar a maior transação entre operadoras já realizada no país, o executivo, acredita que com a compra da Trend, o grupo ganha novas op ortunidades de mercado e uma at uação a inda mais destacada no cenário nacional e internacional. Ele afirmou que isso fortalece a posição de liderança no setor com empresas que atuam de forma independente, com modelos de negócios e marcas distintas. “O Grupo CVC e a Trend aguardarão a aprovação do Cade, da Assembleia de Acionistas da CVC, dentre outros itens contratuais, p a ra co n clu ír em a t ra n s a ção. Ficamos felizes em const r uir e fortalecer o Grupo CVC, tornando-o ainda mais completo neste competitivo mercado de turismo”, destacou Falco.


21

AGÊNCIAS E OPERADORAS

HISTÓRIA E NOVO CICLO No dia em que a CVC adquiriu o controle acionário do Grupo Trend, o atual presidente da empresa, Luis Paulo Luppa, destacou a marca de 25 anos da empresa, que serão completados em 2017. Segundo ele, a companhia atingiu este sucesso graças a dedicação e à construção de “grandes e preciosos relacionamentos” e citou os fundadores da empresa, Washington Preti e José Anjos. “D ef init iva mente a v ida é feit a de ciclos, nós aqui na Trend temos três grandes marcas que se dividem da seguinte forma: A sua fundação pelo querido Washington. A grande alavancagem do negócio res erva s online de hotéis nacionais capitaneada p elo nosso José Anjos. E a globalização e a nova proposta de valor orquestrada pelo Luppa”, disse o executivo em comunicado. Ele continuou destacando que este

Namoramos muita gente, mas escolhemos a CVC para casar, porque acreditamos que era o melhor para a Trend Luis Paulo Luppa

é o início de um novo ciclo, reiterou que agora o quadro societário do grupo é composto pela CVC e por ele, que continuará a frente da empresa “reafirmando o DNA do grupo, que é focar no desenvolvimento de talentos e atuar única e exclusivamente no canal agentes de viagens”, destacou.

um monop ólio, ainda mais com a presença de gigantes mundiais do setor entrando no país”, justificou. TENDÊNCIA Para Magda Nassar, presidente da Braztoa, este movimento de aquisições estão transformando o mercado.

NAMORO E CASAMENTO Luppa destacou – em entrevista ao M&E – este momento é uma consequência do trabalho feito na empresa nos últimos anos. Ele reiterou que a empresa se desenvolveu, se profissionalizou e se tornou internacional. “Isso ocorreu, não com o objetivo de uma venda, mas p ela necessidade e t a mbém p ela nossa v isão. Este negócio foi a consequência disso”. explicou. O exe cut ivo contou que p or ter adquirido um tamanho significativo (em 2016 a empresa obteve R$ 1,2 bilhão em reservas confirmadas), a Trend se tornou “objeto do desejo” de muitas empresas no mundo todo. “Namoramos muita gente, mas escolhemos a CVC para casar, porque acreditamos que era o melhor para a Trend”, destacou. “Chegamos a um tamanho e atingimos uma consolidação de mercado que justifica este caminho. Vamos continuar fazendo o melhor a cada dia”, complementou.

R$2,1bilhão foi o total de reservas confirmadas da Trend em 2016

Ela citou out ros negócios como a compra da MMT pelo Grupo Flytour e a abertura de capital de outras empresas do setor como uma tendência à transparência e profissionalismo. A dirigente acredita que o mercado de Turismo terá, no futuro, grandes empresas e as menores especializadas em nichos. “Já vimos esta história em outros países e em outros mercados como um movimento de sucesso. No Brasil, a CVC se firma como pioneira, mas acredito que o Turismo terá um mix de empresas de grande porte, que se juntaram a outras ou se fortaleceram, e a s ‘b outiques’ esp ecializada s”, destacou. Por outro lado, a dirigente destaca que a competitividade pode ser afetada, uma vez que – juntas – as duas operadoras têm um poder de compra maior do que as concorrentes. “Quem compra melhor, acaba vendendo melhor, p or iss o p ode ser bom para o consumidor. Para os concorrentes, nem tanto”, admitiu.

As aquisições da CVC

MERCADO Emb ora a tendência seja de que a s empresa s siga m com at uações distinta s e indep endentes, Luppa destacou que neste momento não p ode falar sobre esses planos. No entanto, ele reiterou que CVC e Trend têm muitas sinergias, o que faz com que a transação faça todo o sentido. “Temos muita representatividade, mas no mercado atual, esta ‘união’ pa ss a longe de s e conf igurar em

90% - R$ 258 milhões

51% - R$ 208 milhões

100% - R$ 80 milhões

100% - R$ 41 milhões

2017

2015

2014

2016

O GRUPO TREND

o Melhor do inverno em termas de PUYEHUE!

O grupo Trend está dividido em seis empresas e atua em diversos segmentos do Turismo

Trend Operadora (hotéis nacionais, internacionais e outros produtos, para corporativo e lazer)

Shop Hotel (empresa low-cost para venda de produtos B2B)

TCWorld (consolidador aérea)

Tr e n d Tr a v e l U S A (empresa com sede nos Estados Unidos)

Trend Tech (tecnologia)

VHC – Vacation Homes Collection (aluguel de casas nos Estados Unidos)

CVC X TREND Funcionários

NO PROGRAMA SKI

USD 585,00

POR PESSOA

APARTIR

NO PROGRAMA SKI

APARTIR

Reservas confirmadas (2016)

H O S P E DAG E M - A L L I N C LU S I V E - S K I DAY

CVC - R$ 5,5 bilhões Trend - R$ 1,2 bilhão

CVC - 8.000 Trend - 800

USD 1.230,00

POR PESSOA

H O S P E DAG E M - A L L I N C LU S I V E - S K I DAY

Reservas:

WWW.PUYEHUE.CL P R O M O Ç Ã O V Á L I D A D E S D E 0 1 D E J U L H O A 3 0 D E S E T E M B R O 2 0 1 7 . A P L I C A D A N O S P R O G R A M A S T E M P O R A D A D E S K I 2 0 1 7 . S U J E I T O A D I S P O N I B I L I D A D E E N Ã O A C U M U L A D O C O M O U T R A S P R O M O Ç Õ E S .

C O N S U LT E

S E U

A G E N T E

D E

V I A G E M

E

N O S S A S

C O N D I Ç Õ E S

E M

W W W. P U Y E H U E . C L


22

MERCADOEEVENTOS.COM.BR

Vai e Vem do turismo

Ú FLYTOUR - Daniel Costa é o novo executivo de contas do Grupo Flytour Viagens nas regiões de São Caetano e Santo André. Com dez anos de experiência, ele entra para estabelecer novos negócios na região. Ú RADISSON - O s h ot éi s Radisson Porto Alegre, Quality Porto Alegre e Comfort Porto Alegre receberam seus três novos gerentes: Katia Soares, Gibran Ol i vei ra e Fer na n d a L o p e s, respectivamente, que entraram por reciclagem e intercâmbio de experiência entre a rede. Ú ETIHAD – Ro bi n Ka mar k a s su m iu o cargo d e CEO d e Companhias Aéreas Parceiras na Etihad Aviation Group. Com o cargo, ele deverá liderar e desenvolver os diversos investimentos estratégicos feitos pela empresa em outras companhias aéreas. ÚFIESTA BAHIA HOTEL – No f inal do ano pa ssado o hotel fez uma reestruturação no seu departamento comercial, que pa ss ou a ter e quip e liderada por Liliane Pinheiro na diretoria Comercial e de marketing. Andrea Neder e Marialda Figueiredo, a m b a s ex-Pe s t a na, t a m b ém integraram a equipe. Ú SHOP HOTEL – Fer na ndo Gimenez foi a nunciado novo gerente-geral na Shop Hotel, do Grupo Trend. Seu objetivo principal será atender as necessidades dos agentes de viagens, auxiliando na busca por tarifas competitivas e serviços dinâmicos. ÚIPANEMA PLAZA – Bárbara Salomão assume a gerência de Venda s do empre endimento, Marcelo Cunha entra no quadro de executivos de Contas, junto a

Rafaela Novaes. Rafaela e Bárbara tem passagem no ISH Barra Hotel, entre outros, e Marcelo p elos hotéis Américas Copacabana, Marina Palace e Everest Rio. Ú TBO HOLIDAYS – A n d r é Affons o é o novo cont rat ado da TBO Holidays, reforçando o departamento comercial de São Paulo como parte de mais uma das ações promovidas pela companhia para ampliar seus negócios no país. ÚMARINGÁ CVB – O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau definiu por unanimidade Jo s é Ro b er t o Matt o s co m o presidente da entidade, ocupando o antigo cargo de Dirceu Gambini. Ta m b ém fora m d ef in id o s o s membros da nova diretoria para a gestão 2017-2019. ÚFOZ DO IGUAÇU – No dia 1º de maio, Gilmar Piolla assumiu o cargo de secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu. ÚBEACH HOTEL MARESIAS – Patrícia Luz foi contratada assumiu a gerência geral do Beach Hotel Maresias. A chegada da gerente à rede é devida à sua considerável ex p er iên cia em o p era çõe s e eventos, segmento responsável por 20% do faturamento do grupo. ÚSABRE – A Sabre Corporation ap ontou re centemente Wade Jo n e s com o v ice- p r e sid ent e executivo e presidente da Sabre Travel Network, o sistema global de viagens que conecta aéreas, hotéis, locadora s e out ros, e Dave Shirk como vice-presidente executivo e presidente da Sabre Airline Solutions, fornecedora de tecnologia e serviços de TI para mais de 225 companhias aéreas.

26-27 mai

7-8 jun EBS/MICE O maior evento de conteúdo voltado ao segmento Mice está de volta. Entre os dias 7 e 8 de junho, a cidade de São Paulo recebe a 2ª edição do Congresso Mice Brasil. Realizado pelo Grupo EventoFacil, a edição acontecerá simultaneamente à Feira EBS, no Centro de Convenções Rebouças. Também serão apresentados os resultados da “Ordem da Távola Redonda Mice”. A ideia é criar uma grande mesa redonda para clientes, agências, fornecedores, gestores de espaços e de destinos, provedores de tecnologia, entre outros profissionais. Informações - www.feiraebs.com.br; www. congressomicebrasil.com.br

CVC adquire controle acionário da Trend por R$ 258 milhões; entenda Maior operadora do país anunciou a aquisição de 90% do capital do Grupo Trend por R$ 258 milhões

Nova regra de bagagens: veja posicionamento das companhias Após a derrbada da liminar que proibia a cobrança por bagagens d e s p a ch a d a s , c o m p a h i a s s e pronunciaram

Lufthansa e Ancoradouro firmam parceria inédita para venda direta Consolidadora foi a primeira da América do Sul a desenvolver o sistema de emissão fora dos GDS

Exclusivo do site

Programação completa do Conotel 2017 Evento acontece entre os dias 17 e 19 em São Paulo

AGENDA

BNT MERCOSUL Este ano a BNT Mercosul realiza a segunda edição do Business Center. Durante uma manhã inteira representantes de operadoras do Brasil e do Mercosul ficam à disposição para negócios no for mato ‘Rodada s’. Na primeira edição, 4 0 empresa s estiveram pres entes, em 2017 este número deve superar a marca de três mil agendamentos. A BNT Mercosul 2017 ocorre em Itajaí, Balneário Camboriú e Beto Carrero World, e receb e anualmente cerca de 6 mil profissionais do turismo. Informações: www.bntmercosul.com.br

Mais lidas

Etihad afirma que não investirá mais na Alitalia Companhia busca maneiras para sair da maior crise de sua história

28-30 jun FESTIVAL DAS CATARATAS O Festival das Cataratas chega a sua 12ª edição. Para essa edição estão confirmados os eventos: Feira, Rodada de Negócios, Salão E-Marketing, Salão Adventure, Expo Hotel, Salão de Turismo Cultural e Espiritualidade, Salão MICE, Salão Brasileiro de Turismo Termal & Spa, Hackatour Cataratas, Salão de Vinhos Argentinos, Salão de Turismo de Compras, e Fórum Internacional de Turismo do Iguassu, Mostra Regional de Produtos Sustentáveis, Arena Gastronômica, Capacitações e Visitas Técnicas e os Eventos Sociais. Informações: www.festivaldeturismodascataratas. com

4-5 ago 21ª AVIRRP A 21ª Feira de Turismo, organizada pela Avirrp, realizará pela primeira vez o “Congresso do Agente”. O congresso vai abordar temas como a vivência do dia a dia do agente de viagens com o mercado, diretrizes de atuação e novas perspectivas. De acordo com o presidente da Avirrp, Evandro Oliveira, tanto os convidados como o formato estão sendo definidos pelos diretores da entidade. No entanto, deverão ser cerca de três painéis em cada um dos dias da feira. O evento acontece entre os dias 4 e 5 de agosto, em Ribeirão Preto. Informações: feiraavirrp.com.br

www.mercadoeeventos.com.br Tiragem: 17.120 exemplares Circulação nacional através de mala direta Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretor Executivo João Taylor (joao.taylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2243 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6262 Gerência de Tecnologia GRM | Fotografia Eric Ribeiro | Designer Gustavo Cascone Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 Beatriz Vilanova (beatriz.vilanova@mercadoeeventos.com.br) Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) | Leonardo Neves (leonardo.neves@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) | Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Samantha Chuva (samantha.chuva@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6319 Estados Unidos - Brazil Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistentes Operacionais Ellionai Medrado (55-11) 3123-2252 | Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal. Mercado & Eventos é uma publicação do


temos a melhor opção temos a melhor opção de carro para sua viagem. de carro para sua viagem. a segunda e a terceira amelhor segunda e a terceira também. melhor também.

Incentiva Movida ganhe prêmios

Incentiva a c a d a l o cMovida a ç ã o* A LOCADORA OFICIAL DO ROCK IN RIO

g amovida.com.br n h e p r ê m/im ios a c a d a l o c a ç ã o* movida.com.br /im

A LOCADORA OFICIAL DO ROCK IN RIO

Portal B2B mais facilidade n a s Portal s u a s r eB2B servas movida.com.br m a i s f a c /portal-b2b ilidade nas suas reservas movida.com.br /portal-b2b

reserve já: movida.com.br reserve já: 0800-606-8686 movida.com.br A M A D E U S : G G C A R M O|S A B R E : M O 0800-606-8686 A M A D E U S : G G C A R M O|S A B R E : M O

presença nacional presença nacional

Imagens meramente Imagens meramente ilustrativas. ilustrativas. *Consulte*Consulte o regulamento o regulamento em nossoem site: nosso movida.com.br/im site: movida.com.br/im

23


24


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.