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Agosto 2017 | 2ª quinzena | ano XV | nº326
mercadoeeventos.com.br
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ENQUETE Armadoras apontam caminhos para retomada dos cruzeiros no Brasil. Página 5
TURISMO EM DADOS
Vale do Reno: um luxuoso cruzeiro pelas mais belas paisagens europeias Páginas 14 e 15
Cresce a satisfação dos passageiros nos aeroportos brasileiros. Página 4
ESPECIAL Entenda quais fatores influenciam na precificação das passagens aéreas. Páginas 16 e 17
Avirrp 2017 recebeu mais de 2,6 mil agentes de viagens Feira diminui em tamanho e número de expositores, mas segue efetiva para quem investiu
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ENTREVISTA Deputado Otavio Leite afirma que o legislativo pode contribuir mais com o Turismo e acredita que setor tem potencial desperdiçado
BRASIL Eventos como o Festival de Dança de Joinville (SC) movimentam turismo nas cidades gerando mais visibilidade aos destinos
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Páginas 19 e 20
AGÊNCIAS E OPERADORAS Grupo Globalia anuncia planos ousados para o Brasil, com investimentos na Travelplan e na ampliação da oferta da Air Europa
MSC apresenta nova campanha e aposta no aquecimento das vendas no segundo semestre. Página 21
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ENTREVISTA
País não pode desprezar potencial do Turismo Membro da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, o deputado Federal Otávio Leite, tem atuado no Congresso em defesa dos interesses do setor. Na sua opinião, falta ainda, para boa parte dos governantes dos estados e municípios, uma ação mais eficaz junto a seus representantes parlamentares no Congresso para que os pleitos do setor possam ser aprovados. O deputado considera que o fato do Ministério do Turismo ser usado como moeda de barganha política pode ser constatado pelos 11 ministros em 13 anos um retrato do que classifica como “descaso” com que os governantes tratam o setor. Nesta entrevista, admite que sem recursos agravada pela burocracia que impera na legislação atual, os projetos ficam apenas nas promessas. Por fim lamenta que o Governo não use a indústria do turismo como proposta para políticas na geração de empregos no país diante da atual crise. MERCADO & EVENTOS - Você acredita que os diversos setores que integram a indústria do Turismo utilizam o Legislativo da forma correta para conseguir avanço nas reivindicações e pleitos? Otávio Leite – Não, infelizmente isso ainda não acontece. Digo isso, principalmente em relação aos estados e municípios, pois se houvesse, por parte dos governantes estaduais e entidades, um maior diálogo e mais pressão junto aos seus representantes no Congresso, certamente os resultados poderiam ser muito mais efetivos. Falta ainda uma consciência maior da força do Legislativo por parte destes governantes. Deveria haver mais gente em defesa desta bandeira. Agora, mesmo os pleitos do MTur no Congresso foram retirado do regime de urgência, o que é lamentável. Resta aguardar uma nova oportunidade para votação dos mesmos. Precisamos de maior união e mobilização do setor e das entidades nacionais e estaduais. O setor deve que ser tratado de forma suprapartidária independente de partidos e posições políticas pelo grande potencial na geração de renda, investimentos e emprego. M&E – O senhor tem citado a burocracia e a falta de recursos entre os principais entraves no desenvolvimento do turismo. Como reverter esse quadro? Otávio Leite – A burocracia é sem dúvida um dos maiores entraves para implementação de programas no país e ações do setor privado e público, mas reconheço que isso acontece não apenas no Turismo. Existem programas de desburocratização em pauta no Congresso e o importante é aprová-los o mais rápido possível de modo a alterar uma legislação ultrapassada. Já a questão da falta de recursos é fruto de uma política de Governo e da grave crise econômica. Infelizmente o Turismo ficou refém durante muitos anos das negociações políticas dos últimos governos. O fato do Turismo ter tido 11 ministros em 13 anos é a prova cabal de que a pasta virou motivo de barganha política. Se queremos uma indústria forte e eficaz, isso não pode mais acontecer. Acredito que se o projeto de transformação da Embratur em uma agência for aprovado poderemos ter recursos para promoção junto aos mercados emissores. Uma das ideias para se obter verbas é a defendida no Congresso, que prevê a cobrança da taxa de 1% na venda de bilhetes aéreos internacionais para formação de um fundo de recursos, o que poderia gerar para a Nova Embratur
recursos perto de R$ 150 milhões para investir em promoção.
Chega de ficar adiando essa questão. Precisamos criar maiores facilidades e não dificultar a vinda dos turistas ao nosso país.
M&E – O MTur apresentou este ano uma proposta de flexibilização dos vistos, mas falta ainda a aprovação M&E – A questão da imagem do país por parte do Governo e do Congresso. no exterior é uma das preocupações de Acredita que possamos implementar diversos setores incluindo a Embratur. essa medida mesmo com setores do Qual a saída para mudar a sensação da Governo contrários a mesma? insegurança para o turista que quer vir Otávio Leite – Sim estou bastante ao Brasil ou visitar cidades como o Rio otimista para que possamos adotar esse de Janeiro? tipo de medida em um futuro breve. Otávio Leite – Esse é um problema dos Já aprovamos na Lei de Diretrizes mais graves que tem nos preocupado Orçamentárias um projeto para obter demais. Não basta apenas investir em recursos na ordem de R$ 7 milhões promoção. É preciso cuidar também que vai favorecer a aprovação de uma da segurança da população e do turista licitação para adoção de um programa como um tema da maior importância. do visto eletrônico. Este é um tema que As notícias negativas na mídia acabam precisa ser definitivamente resolvido e afastando o turista. Acredito que com não se pode mais protelar uma medida um programa amplo que tenha o envol17 - RV Brasil Travel – Bancorbrás - 21x28.pdf 1 04/07/17 que AF_CBT-0048 vai trazer turistas e divisas ao país. vimento da Força Nacional 17:50 e do Exército
Otávio Leite
para garantir maior segurança possamos inibir as ações de criminalidade em grandes cidades como o caso do Rio de Janeiro e outras capitais. Isso é da maior importância para nossa imagem no exterior. Mas é necessário também que os governantes responsáveis procurem ouvir o que os representantes da indústria do Turismo têm a apresentar como sugestão na elaboração de medidas mais eficazes. Estamos trabalhando nisso junto com o MTur e outras entidades para levar propostas ao Governo.
vmp8.com
Luiz Marcos Fernandes
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EDITORIAIS
TURISMO EM DADOS
Imagem comprometida
Satisfação com os aeroportos brasileiros é a maior desde 2013
Roy Taylor Em meio às incertezas políticas e a economia aguardando pela aprovação de medidas que possam trazer novos ares de otimismo ao mercado, os setores que integram a cadeia produtiva do turismo aguardam com ansiedade pela aprovação de medidas que possam fortalecer o setor. O sucesso da próxima temporada de férias e verão está diretamente relacionado a recuperação gradual da economia. Mas é preciso também tratar de outras questões, como a imagem e qualidade de vida dos nossos principais destinos turísticos. E neste caso, em especial, o Rio de Janeiro, responsável por receber mais de 30% do turismo internacional, e que na temporada de férias e verão é sempre um destino de interesse de parte do turismo nacional. Nunca uma frase esteve tão atual quanto aquela que afirma que “uma cidade só é boa para o turismo quando é boa também para os cidadãos que nela vivem”. E no momento a situação da segurança urbana no Rio de Janeiro é alarmante. Há que se ter uma atenção redobrada com esse tema. A baixa ocupação média da hotelaria durante as últimas férias de julho foram um sinal de alerta para nossos governantes. Se nada for feito a curto prazo, a tendência é que a situação piore ainda mais, seja com os “arrastões” e assaltos que só fazem crescer as estatísticas. Sem medidas eficazes e efetivas que possam coibir os altos índices de violência e o grau de insegurança, os números do turismo doméstico e internacional podem ficar ainda
mais comprometidos. É mais do que hora de dar um basta ao estado de caos e abandono que a cidade atravessa. Uma triste situação para aquela que já foi considerada um dia, a “Cidade Maravilhosa”. Se não houver vontade política e ações eficazes por parte das autoridades, que venham coibir a livre ação dos marginais nas ruas e vias de acesso, certamente o Rio continuará ganhando as manchetes nacionais e internacionais não pelas suas inegáveis belezas naturais, hospitalidade e atrativos, mas sim pela triste divulgação de estatísticas policiais e um noticiário que só serve para comprometer ainda mais a imagem da cidade. Promessa s e ap elos não faltam. A própria Embratur, por meio do seu presidente Vinícius Lummertz, bem como associações como a ABIH-RJ têm participado de reuniões para discutir o tema. Mas isso apenas não basta. Sem recursos, sem contingente policial suficiente, a alternativa é seguir o exemplo de outras cidades que enfrentaram problemas semelhantes, como foi o caso de Nova York, Miami e mais recentemente Bogotá. Em ambos os casos, os governantes responsáveis adotaram as medidas necessárias e obtiveram resultados esperados. No caso do Rio de Janeiro, apenas com a ação conjunta das polícia militar e civil juntamente com o exército e a Força Nacional de Segurança poderemos esperar dias melhores. Até lá que Deus nos ajude. Roy Taylor é jornalista, publicitário e CEO do MERCADO & EVENTOS
A grama do vizinho e a síndrome de vira-lata Anderson Masetto Quem nunca ouviu aquele ditado que diz que a grama do vizinho é sempre mais verde? E quando a autoestima está baixa, ele se torna ainda mais verdadeiro. Pois o Brasil passa exatamente por este momento. Embora isso aconteça em todos os setores da economia, no Turismo ele é ainda mais latente, ainda mais quando se trata de vende o destino fora do país. Não só no nosso dia a dia, mas também na promoção do país no exterior, assumimos o papel de vira-lata, o que pode tornar a tarefa de promover o nosso destino ainda mais difícil. As notícias de violência no nosso mais conhecido destino internacional contribuem muito para esta autoimagem. No entanto, a palavra de quem olha de fora pode se transformar em um verdadeiro alento. No início do mês, os principais executivos do Grupo Globalia – uma das maiores empresas do setor do mundo – estiveram no Brasil em busca de oportunidades. O CEO, Javier Hidalgo, se declarou apaixonado pelo que viu. Já o diretor de Desenvolvimento Internacional, Lisandro Menu Marques, afirmou, em entrevista coletiva que não existe destino como o Brasil. Ele disse ainda que – diferente do que nós imaginamos – as
notícias de violência divulgadas mundo afora pouco inibem os interessados em visitar o país. O executivo reiterou que está claro que é uma situação temporária e isolada, e que o país é muito grande e diverso. Elogios e ponderações como estas devem nos fazer olhar com mais carinho para o próprio país. Existem sim gargalos, como os apontados na enquete sobre a queda dos cruzeiros marítimos nesta edição, mas também existem atrativos únicos, como no Nordeste por exemplo, e criatividade e empreendedorismo, como o case do Festival de Dança de Joinville, também mostrado em matéria desta edição. E se, depois de tudo isso, você ainda encontrar uma desculpa e afirmar que “o Brasil é caro”, preparamos uma matéria explicando como funciona a precificação das passagens aéreas que aponta que temos – proporcionalmente – os bilhetes domésticos mais baratos do mundo. Há um longo caminho a percorrer para tornar o país uma das principais potências mundiais no turismo. Mas, trabalhar a autoestima pode ser o primeiro passo.
Anderson Masetto é jornalista, pósgraduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos
Pedro Menezes A Secretaria Nacional de Aviação Civil divulgou no começo do mês o resultado da Pesquisa Permanente de Satisfação do Passageiro referente ao 2° trimestre de 2017. Neste estudo detalhado, o órgão entrevistou 13.194 usuários entre os meses de abril e junho para saber os pontos negativos, positivos e a real satisfação dos passageiros dentro dos 15 aeroportos mais importantes do país. O índice de satisfação geral para o trimestre acabou atingindo o maior valor já registrado desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2013. No geral, os aeroportos ganharam a aprovação de 92% dos passageiros com Viracopos na liderança do ranking. Entre os 15 terminais avaliados, 14 tiveram nota acima de 4 – média estipulada pela Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias), – e todos apresentaram melhoria em relação na comparação com o 2T16.
Geral - Frequência das notas atribuídas ao indicador satisfação geral 49% 43%
7% 0%
1%
NOTAS 1
NOTAS 2
NOTAS 3
NOTAS 4
NOTAS 5
N: 13194 Entrevistas/2° Trimestre 2017
INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA 2 - TEMPO DE FILA NA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
4,60
4 - CORDIALIDADE E PRESTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS DA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
4,54
11 - DISPONIBILIDADE DE ASSENTOS NA SALA DE EMBARQUE
4,53
3 - CONFIABILIDADE DA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
4,52
13 - LIMPEZA GERAL DO AEROPORTO
4,52
16 - QUALIDADE DA INFORMAÇÃO NOS PAINÉIS DAS ESTEIRAS DE RESTITUIÇÃO DE BAGAGEM
4,38
14 - CONFORTO TÉRMICO DO AEROPORTO
4,36
6 - DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES NOS PAINÉIS DE VOO
4,32
9 - DISPONIBILIDADE DE SANITÁRIOS
4,32
12 - SENSAÇÃO DE SEGURANÇA NAS ÁREAS PÚBLICAS DO AEROPORTO
4,32
10 - LIMPEZA DOS SANITÁRIOS
4,30
5 - QUALIDADE DA SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO
4,27
15 - CONFORTO ACÚSTICO DO AEROPORTO
4,27
1 - FACILIDADE DE EMBARQUE / DESEMBARQUE NO MEIO-FIO
4,23
7 - DISPONIBILIDADE DE TOMADAS
4,05 3,56
8 - QUALIDADE DA INTERNET / WI-FI 1
2
3
4
5
PASSAGEIRO 23 - QUANTIDADE E QUALIDADE DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
4,25
17 - QUALIDADE DAS INSTALAÇÕES DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
4,09
18 - DISPONIBILIDADE DE VAGAS NO ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
4,02
20 - QUANTIDADE E QUALIDADE DE LANCHONETES/RESTAURANTES
3,95
22 - DISPONIBILIDADE E LOCALIZAÇÃO DE BANCOS/CAIXAS ELETRÔNICOS/CASAS DE CÂMBIO
3,89 3,37
19 - CUSTO-BENEFÍCIO DO ESTACIONAMENTO
3,23
24 - CUSTO-BENEFÍCIO DOS PRODUTOS COMERCIAIS 21 - CUSTO-BENEFÍCIO DOS PRODUTOS DE LANCHONETES/RESTAURANTES
2,96 1
2
3
4
5
CIAs. AÉREAS 27 - CORDIALIDADE E PRESTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS DO CHECK-IN
4,66
28 - QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PRESTADA PELA CIA AÉREA
4,60
25 - TEMPO DE FILA NO CHECK-IN (AUTOATENDIMENTO)
4,54
26 - TEMPO DE FILA NO CHECK-IN (GUICHÊ)
4,45
29 - VELOCIDADE DA RESTITUIÇÃO DE BAGAGEM
4,29
30 - INTEGRIDADE DA BAGAGEM
4,26 1
2
3
4
5
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ENQUETE
Cruzeiros Marítimos: trade aponta saídas para reverter a queda de 70% no número de passageiros em 7 anos Luiz Marcos Fernandes
O segmento de cr uzeiros marítimos no Brasil retrocedeu na última temporada aos números de 2004, e dos 20 navios registrados na temporada de 2011, apenas sete estarão na costa brasileira nesta próxima temporada de verão. O M&E ouviu diretores representantes de algumas das principais companhias de cr uzeiros no país sobre alter nativas para reverter a queda do setor que gera R$ 1,5 bilhão em negócios no país. Ao mesmo tempo, destacam os motivos da pior crise no setor que já teve cerca de 1 milhão de cr uzeiristas no país e atualmente recebe pouco mais de 350 mil passageiros.
Se você tivesse que apontar apenas um fator, entre os muitos que levaram o Brasil a perder espaço no segmento de cruzeiros marítimos, qual seria o mais importante? Por que?
Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar
Rene Hermann, diretor da Costa Cruzeiros para América do Sul
Ricardo Amaral, CEO da R11, representante da Royal Caribbean no Brasil
Adrian Ursilli, diretor Geral para o Brasil da MSC
Eu diria que existem muitos fatores que têm levado o Brasil a perder mercado para outros destinos como a Ásia, p or exemplo, ma s certamente a questão dos custos praticados no país, que são 40% ma iores do que os cobrados no exterior, fazem com que percamos a comp et it iv idade de mercado. Custos estes, que não se limitam ap enas a praticagem e ao op eracional, mas também a carga tributária. Lembro que pagamos PIS e Cofins e os cruzeiros de carga não pagam. É uma inco erência. Tudo iss o agravado p ela ins egura nça de uma legislação que precisa ser atualizada. Se hoje exigem que 25% dos tripulantes sejam brasileiros nos cr u zeiros p ela nossa cost a, a legislação at ua l dá margem a que muitos deles venham ent rar na justiça e hoje temos mais de R$ 40 milhões em processos a serem julgados. Isso gera insegurança para o armador internacional que acaba optando por outros mercados.
É quase impossível se falar em um único fator para essa queda no volume de cruzeiros na costa brasileira. Se há sete anos nós tínhamos sete navios nos roteiros de verão, atualmente estamos reduzidos a dois. Isso acontece porque os nossos governantes e autoridades não conseguem dar o devido reconhecimento ao setor. Ora, com os altos custos praticados no país às armadoras internacionais é natural que venham buscar outros mercados com menores preços, como tem acontecido. A queda no volume de navios é decorrente também de uma legislação que onera as empresas, agravada pelos impostos. É uma situação que temos observado e discutido com as autoridades para tentar reverter esse quadro. A realidade que temos observado nos últimos anos é a preferência dos brasileiros por cruzeiros no exterior. Com isso, quem perde é a economia e as cidades que recebem transatlânticos, pois cada escala representa ganhos para o mercado local.
Uma combinação de fatores culminou na redução dos cr uzeiros marítimos no mercado brasileiro. A carga tributária e taxas portuárias altas em relação a outros destinos, aliada a falta de infraestrutura nos portos. Há ainda uma clara ausência de uma p olítica de incentivo ao setor, isso tudo somado criou entraves que contribuíram para a diminuição da oferta de cruzeiros no Bra sil. A demanda de pa ssageiros é crescente, ma s a oferta de nav ios dim inui a cada a no e isso p ode ser comprovado p elos números do s etor. O que temos constatado é um aquecimento a venda de cruzeiros internacionais para brasileiros, já que no mundo os cr uzeiros marítimos estão em plena expansão, com novos roteiros sendo somados a uma extensa rede, que garante opções de viagens o ano todo para todos os continentes. Com isso quem perde é a economia do país uma vez que os gastos são feitos no exterior.
A competitividade do Brasil em relação a outros mercados internacionais vem sendo prejudicada devido os altos custos operacionais, excessiva carga tributária e gargalos na infraestrutura portuária, agravados ainda pelo processo de retração econômica que tem passado nos últimos anos. No entanto, a MSC acredita no potencial do país, que é um de seus principais mercados, e mantém seus investimentos na região. Na temporada 2017/2018, a empresa aumentará em 40% a oferta de cabines, com a vinda do Preziosa – maior a navegar pelo país, Magnifica e o Musica, que ficará dedicado exclusivamente aos embarques no Rio de Janeiro. Além disso, a armadora oferecerá a possibilidade de compra de voos regulares da Latam para o RJ, a partir de 12 cidades. Outra novidade que reflete o contínuo investimento no Brasil é a inclusão dos novos destinos exclusivos, como Balneário Camboriú e Porto Belo, ambos em Santa Catarina.
Que medida você sugere para recuperar, de forma gradual, este mercado e fazer com que o país volte a explorar o grande potencial de sua costa marítima e receber mais navios? Marco Ferraz Certamente, a recuperação do mercado de cruzeiros vai acontecer gradualmente e para a temporada de 2019 esperamos um crescimento superior a 10%. Claro que isso está atrelado a recuperação da economia, mas sem sombra de dúvidas a aprovação de mudanças na atual legislação, como a questão da mão de obra empregada a bordo na costa brasileira e o fim da cobrança do PIS/Cofins certamente podem ajudar. O Brasil tem mercado potencial para transportar anualmente 1,5 milhão de passageiros, mas é preciso criar condições para que as armadoras internacionais voltem a ter interesse. Temos planos de fazer um trabalho conjunto também com países da América do Sul e vamos promover um fórum em Brasília com ministros de países como Argentina e Uruguai, entre outros.
Renê Hermann Para reverter essa crise que afeta o mercado brasileiro é preciso reduzir custos, ampliar e melhorar a infraestrutura dos portos no país. Desde o ano passado, Balneário de Camboriú resolveu apostar neste mercado e passou a receber transatlânticos de olho no volume de gastos dos passageiros nas escalas. Se houvesse uma mobilização dos estados e municípios, juntamente com os representantes do setor, já seria bastante positivo. Claro que a redução dos custos poderia passar por um processo de concessão dos portos, mas com a previsão de um retorno a médio e longo prazo, pois não há possibilidades de se ter lucro a curto prazo. Com custos menores, as operadoras e armadoras poderiam oferecer preços melhores tornando o setor mais competitivo e atraindo novamente as principais companhias.
Ricardo Amaral Acredito que a médio prazo, a redução de tributos e taxas possa ser obtida por meio de um programa de incentivo ao turismo, uma vez que os cruzeiros desenvolvem não só a modalidade em si, mas também em muitas out ras atividades correlatas e isso certamente poderia contribuir para posicionar o Bra sil como um des t ino ma is competitivo no cenário nacional, retomando, assim, a trajetória de crescimento. Já se formos avaliar as perspectivas a longo prazo acredito que com a criação de novos portos e a ampliação e reforma de alguns dos portos existentes na costa brasileira, certamente colocariam o país novamente entre os destinos mais visitados da América do Sul, favorecendo assim a indústria dos cruzeiros marítimos e o turismo.
Adrian Ursilli O Brasil é um dos principais mercados estratégicos da MSC, com um enorme potencial e onde a companhia mantém um fiel compromisso com os órgãos competentes para desenvolver ainda mais o setor. Os cruzeiros contribuem com o tráfego de turistas, geram empregos e aquecem as economias locais. Investimentos na infraestrutura dos portos também são de suma importância, não só para receber navios maiores, como também para oferecer atrativos. Ainda temos muitas oportunidades, um exemplo foi a reforma do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, que contribui para a movimentação econômica e valorização da cultura local. Com isso, voltaremos a ter um navio dedicado aos embarques na Cidade Maravilhosa. Além disso, a descoberta de novos destinos são importantes, como Balneário Camboriú.
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A QUINZENA | MERCADO
The Five é primeira unidade da NH no país Foto: NH Curitiba The Five
Antonio Albuquerque, diretor geral do NH Curitiba The Five
Em pleno funcionamento desde março, o NH Curitiba The Five conta com 180 acomodações com decoração refinada, espaço de eventos e serviços com excelência em hotelaria. Além do restaurante e do Lobby bar, o espaço conta com uma exclusiva unidade do gastrobar de tapas espanhol, Estado Puro. A localização é um dos diferenciais do hotel, no bairro Batel, região nobre de Curitiba. Segundo Antonio Albuquerque, diretor do NH Curitiba The Five, esses três meses de soft opening apontaram a aceitação do NH The Five pelo público tanto corporativo quanto do lazer. “Mais rápido do que imaginávamos conse-
guimos excelente reconhecimento do publico através dos principais canais de avaliação, como Trip Advisor, Expedia, Booking, Hoteis.com”, disse. De acordo com o executivo, o hotel foi desenhado para o per fil corporativo, devido sua boa localização e proximidade de distritos de negócios importantes de Curitiba. O hotel possui ainda salas de conferência flexíveis que comportam até 300 pessoas, além de salas de apoio para reuniões. “Com uma estratégia sólida de promoção, pretendemos estabelecer nossos serviços como referência e levar ao mercado brasileiro os padrões de excelência dos hotéis do grupo NH”, disse o diretor.
RN prepara plano estratégico para o Turismo
Ruy Gaspar, secretário de Turismo do RN
Após 18 meses de muito trabalho, elaboração, estudos, levantamentos e análises, o Turismo do Rio Grande do Norte enfim ganhou um Plano Estratégico de Marketing. É definitivamente um trabalho aprofundado para direcionar recursos à infraestrutura e planejamento promocional para o turismo do estado nos próximos 15 anos, que integra cinco grandes polos turísticos: Costa das Dunas, onde está inserido Natal, Pipa e São Miguel, Polo Costa Branca, Polo Seridó, Polo Serrano e o Agreste. O secretário de Turismo do RN, Ruy Gaspar, contou que foi feito um diagnóstico para destacar os aspectos positivos e negativos de todas as regiões. “Fizemos a análise completa e aprofundada de cada polo turístico, com suas potencialidades, atrativos turísticos e oferta hoteleira. Após finalizarmos, passamos a traçar o plano estratégico de Marketing para cada região. O mote de nossa campanha pelos próximos 15 anos será: ‘Tudo começa aqui’”, disse. “Poderemos utilizar vários temas na mesma campanha como, por exemplo, ‘a diversão começa aqui, ‘a gastronomia começa aqui’, entre outras oportunidades ligadas à nova campanha”, complementou. Bons resultados - As férias de julho trouxeram boas notícias ao estado. O aumento do fluxo de turistas pelo Aeroporto São Gonçalo do Amarante foi de 15,5% (+31.462 turistas). O número vai ao encontro à estimativa de “mais de 30 mil turistas” divulgado por Gaspar em maio, quando 300 voos extras foram anunciados para os meses de junho e julho.
TAP diminui franquia de bagagem Todos os voos da TAP com partidas do Brasil tiveram o peso máximo de franquia de bagagens reduzido de 32kg para 23kg, como já acontece em todos os outros destinos internacionais da companhia. A empresa afirmou, em nota, que a medida tem como objetivo melhor atender as necessidades de seus clientes e as tendências de mercado. Com isso, também entraram em vigor novas políticas de franquias de bagagens. Portanto, passageiros e agentes de viagens, fiquem ligados: são seis classes tarifárias: Discount – para quem não precisa despachar bagagem no porão, Basic – que dá direito a uma peça de bagagem de até 23kg, Classic – onde o cliente pode levar duas peças de bagagem de até 23kg, e Plus – que permite até 3 (três) bagagens de 23kg cada.
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A QUINZENA | MERCADO
Nice Via Apia registra crescimento e projeta temporada 2017/2018
Viviane Fernandes, diretora de Marketing, e Sergio Fernandes, diretor-presidente da Nice Via Apia
A temporada de julho terminará com um aumento de 40% nas vendas para a Nice Via Apia em comparação ao mesmo período do ano passado. A operadora também projeta bons resultados para o verão. A expectativa de aumentar em até 30% as vendas para a alta temporada 2017/2018, isto se comparado à temporada passada. Sergio Fernandes, presidente da empresa, destacou que a inflação e os juros estão baixando e já é possível ver uma recontratação do mercado. “Se a economia vai bem, o turismo vai bem”, acredita. “Estamos trabalhando na abertura
de novas filiais, como em Niterói-RJ, por exemplo, e as franquias são outro caminho que pretendemos trabalhar em um futuro próximo, já que hoje temos uma marca construída com muito trabalho, seriedade e dedicação”, completou. No final de julho, a operadora reuniu parceiros e cerca de 400 agentes de viagens no Rio de Janeiro para o lançamento de suas novidades. A diretora de Marketing da Nice Via Apia, Viviane Fernandes, afirmou que a meta é capacitar até 2 mil agentes por ano e embarcar 1,5 mil passageiros de dezembro deste ano até o Carnaval de 2018.
Grupo Rio Quente: recorde em julho e nova atração
Daniela Rocco, Flávio Monteiro e Flavia Possani
O Grupo Rio Quente registrou um número recorde de vendas e ocupação para o mês de julho, com 207 mil visitantes, 7 mil a mais do que o mesmo período de 2016, além de 90% de ocupação nos sete hotéis do complexo. Considerando a primeira metade de 2017, a receita aumentou 19% em relação ao último ano, um resultado impulsionado pelas novas campanhas de marketing do grupo e pelos voos fretados partindo de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ), que operaram apenas em julho. De acordo com o diretor de experiência de Marketing e Vendas do Rio Quente, Flávio Monteiro, os voos fretados, exclusivos para clientes que adquiriram pacotes para o destino, tiveram uma ocupação média de 95% o que contribuiu fortemente para os resultados positivos. “A temporada de julho é estratégica para o Grupo, por isso entramos com diversas ações, e como resulto dos nossos esforços, obtivemos um fluxo de 5 mil visitantes a mais do que o esperado para o mês todo”, destacou. Ainda segundo o executivo a expectativa para o acumulado geral do ano é que o fluxo de visitantes registrado seja 10% maior do que 2016, quando o local recebeu 1,5 milhão de turistas. Monteiro também citou a nova atração, que deverá ser inaugurada entre 2018 e 2019, o Hot Bum, voltado para crianças.
Novo voo beneficiará Rota das Emoções A Azul deve começar a operar um voo entre Viracopos (Campinas) e Paranaíba (Piauí), ainda esse ano. O pedido para a operação da rota já foi feito pela companhia. A expectativa é de que a nova frequência beneficie a Rota das Emoções. “O acesso será facilitado. Hoje, uma das maiores dificuldades do destino é fazer com que os passageiros cheguem ao local. É isso que encarece o destino”, explica Marcos Fonteles, da Eco Adventure Tur, operadora receptiva da rota, que é formada pelo Piauí, Maranhão e Ceará. Segundo o executivo, o destino tem tido um forte aumento da demanda. Nos últimos quatro anos, a rota recebeu mais de 70 mil turistas.
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AGÊNCIAS E OPERADORAS
Grupo Globalia investe para ampliar presença no Brasil Empresa tem planos ambiciosos para a sua operadora Travelplan e projeta aumento de oferta para a Air Europa com dois novos voos Anderson Masetto Os principais executivos do Grupo Globalia estiveram no Brasil no início de agosto em busca de novos negócios e oportunidades. Atualmente, o principal investimento da gigante espanhola no Brasil está na atuação da Air Europa, que conta com voos de São Paulo e de Salvador para Madri. Isso no entanto, deve mudar em breve. Recife está perto de se tornar a terceira base da companhia no país. Em seguida, o grupo voltará as suas atenções para o Rio de Janeiro, onde planeja uma rota que ligará a capital da Espanha à Cidade Maravilhosa e depois Puerto Iguazú, na Argentina. No entanto, este plano deve ser consolidado apenas em 2018. “Estamos apaixonados pelo Brasil”, definiu o CEO do Grupo Globalia, Javier Hidalgo. Para uma plateia recheada com os principais operadores e consolidadores do país, o executivo afirmou que pretende ampliar os negócios do grupo por aqui, no entanto quer a ajuda de todo o trade. “Queremos nos desenvolver em conjunto com vocês”, complementou ele, destacando que uma das missões desta visita ao país é ouvir as sugestões e opiniões do trade brasileiro. Uma das estratégias para ampliar a presença no país é o desenvolvimento da Travelplan, a operadora do grupo. O diretor Comercial da Travelplan para a América do Sul, José Ignacio Oca, reiterou que o objetivo é que as operadoras entendam que o Grupo Globalia tem todas as soluções para uma viagem, desde a companhia aérea, passando pelo receptivo, até o hotel. “O cliente não precisa sair da Globalia”, destacou. “Sabemos que temos muito a aprender no Brasil, mas também há muito a crescer. Estamos aqui para escutar”, completou. O diretor de Desenvolvimento Internacional do grupo, Lisandro Menu Marque, destacou que a empresa vive uma nova fase no país. Após anos seguidos de um crescimento robusto – puxado pela Air Europa – ele acredita que chegou o momento da empresa aproveitar as rotas da aérea para desenvolver novos produtos. “Descobrimos que não há hotéis no Brasil semelhantes com os que o europeu está acostumado. Por isso, estamos analisando trazer a Be Live para o país”, revelou o executivo. A região Nordeste, segundo ele, é uma alternativa. No entanto, a ideia é descobrir pontos estratégicos nos próximos meses. No que diz respeito à Travelplan, ele revelou que há um projeto de expansão para os próximos dois anos. A meta é um crescimento exponencial até 2020, uma vez que – segundo ele – o volume da operadora no país dobrou nos últimos anos. “Descobrimos um potencial enorme no Brasil. Porém precisávamos de equipe. Vamos continuar duplicando o volume nos próximos três anos”, finalizou. O Grupo Globalia é uma das maiores empresas do Turismo da Europa, com um faturamento anual de 4 bilhões de euros, 14 milhões de clientes e 25 mil funcionários em empresas de diversos segmentos. AIR EUROPA “Estamos analisando as oportunidades no país e há um grande potencial em uma rota entre Recife e Madri”, disparou Marque. “Temos um projeto de expansão na região Nordeste, pois acreditamos que a região pode receber mais europeus. Este voo será o início dos nossos investimentos na região”, complementou. Segundo os executivos, a frequência deverá ser operada duas ou três vezes por semana. No entanto,
Emilio Ribas, diretor geral de Operadoras, Javier Hidalgo, CEO, Lisandro Menu Marques, diretor de Desenvolvimento Internacional, e Richard Clark, sub-diretor Geral da Air Europa
há ainda a possibilidade de se tornar diária ou de uma passagem por Salvador, reforçando a oferta na capital baiana. Sobre o Rio de Janeiro, os executivos revelaram que a rota já está em planejamento desde 2016. A Air Europa estuda um voo que entre a capital espanhola, o Aeroporto RIOgaleão e a cidade argentina de Puerto Iguazú. A ideia é que o visitante europeu tenha a oportunidade de conhecer tanto o Rio de Janeiro como as Cataratas do Iguaçu. “Este será um produto diferente. Esperamos tê-lo entre maio e junho do próximo ano”, admitiu. Estes dois destinos não são as únicas alternativas que a Air Europa estuda. Marques afirmou que a empresa está de olho em outras cidades com potencial e citou Fortaleza, Natal e Manaus como algumas das opções.
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BRASIL
Eventos de nicho transformam e impulsionam destinos Principal evento de Joinvile, em Santa Catarina, Festival de Dança movimenta R$ 60 milhões em dez dias na cidade e impulsiona economia Foto: Divulgação
Samantha Chuva Pessoas atravessando as ruas enquanto fazem passos de dança, bailarinos se alongando em pontos turísticos, supermercados e hospitais e sapatilhas que decoram vitrines e as ruas. A cena até parece um musical de Hollywood, mas é o cenário de Joinville durante o Festival de Dança da cidade, quando o município é inundado com milhares de crianças, jovens e adultos entusiastas pela dança que transitam com os cabelos em coques apertados e figurinos, seja para assistir uma aula, se apresentar em um dos seis palcos da cidade e até para ‘turistar’ em um intervalo entre um acontecimento e outro. Reconhecido em 2005 como o maior festival de dança do mundo pelo livro de recordes Guiness, o evento é o principal acontecimento de Joinville, lotando a rede hoteleira da cidade e movimentando mais de R$ 60 milhões em seus 10 dias de realização. Além de renda, o evento é um forte gerador de empregos diretos e indiretos, contratando mais de mil pessoas. Criado em 1983, o Festival de Dança de Joinville já surgiu como um case de sucesso. Na época o município passava por um de seus piores momentos de cheias causadas por excesso de chuva, fator este que dificultava o trânsito pela cidade. Apesar disso, o festival reuniu 600 estudantes de dança e 40 grupos durante cinco dias de apresentações com espetáculos de clássico, moderno, jazz e folclore. Doze anos depois, em 1995, a festa já contava com 13 dias e trouxe, pela primeira vez, grandes atrações internacionais, como o Ballet do Theatro Bolshoi da Rússia e o Ballet Stuttgart, da Alemanha. Em 2007, em sua celebração de 25 anos,
Bailarinas fazem pose em ponto turístico de Joinville
o festival contou com a presença de um dos maiores bailarinos do planeta: Mikhail Baryshnikov e sua companhia Hell´s Kitchen Dance se apresentaram na noite de abertura. A edição contou com mais de 4.500 participantes e um público de 200 mil pessoas prestigiou as apresentações espalhadas em palcos pela cidade inteira. Hoje, o festival chegou ao seu 35º ano, com cerca de 230 mil espectadores e a participação recorde , em apresentações e cursos, de mais de 7 mil bailarinos de 17 estados, além do Distrito Federal, Argentina e Paraguai. Foram mais de 3.226 coreografias inscritas, sendo 1.327 apresentadas em seis palcos e quatro hospitais durante 10 dias de evento, um total de 240 horas de mostras e performances, sendo 200 horas
gratuitas. A festa também contou com 97 cursos ministrados, que ofereceram 3.480 vagas, todas preenchidas. Por sua vez, a Feira da Sapatilha, evento de artigos de dança que acontece simultaneamente ao festival, somou 2.300 m² e 115 expositores. Embora o evento tenha como mote a dança, o segmento turístico do município se beneficia do grande número de pessoas que transitam pela cidade. Muitos dos participantes e mesmo espectadores aproveitam o evento para conhecer Joinville e seus arredores. Quando não estão em aula ou se apresentando os participantes podem ser vistos passeando pelos principais pontos turísticos. Segundo o secretário de Cultura e Turismo do município, Raulino Esbiteskoski, é durante o mês do festival que
a cidade tem sua alta temporada. “Este é o maior evento de lazer de Joinville. Nossos hotéis atingem ocupação de 97%. O festival fomenta o Turismo, movimentando cerca de R$ 60 milhões em apenas duas semanas”, enfatiza a autoridade. É devido o sucesso do evento que a cidade adotou, em 2016, o título de Capital Nacional da Dança. A autoridade ainda afirma que Turismo e Cultura precisam trabalhar em parceria. “Com as secretarias unificadas vemos muito mais sinergia nos projetos. Não tem como esses segmentos andarem separados”. Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança Joinville, responsável pela organização e curadoria do evento, concorda e afirma que as secretarias devem atuar em parceria. “Este é um festival com foco na dança, mas ajuda a fomentar o turismo. Cultura e Turismo não podem ser pensados separadamente. Um alimenta o outro”, destaca. APP INCENTIVA TURISMO ENTRE BAILARINOS Para incentivar a visita aos pontos turísticos a secretaria, em parceria com a organização do Festival, lançou este ano um Passaporte Cultural. Com sugestões de 28 roteiros e pontos de interesse, o passaporte, que podia ser adquirido no estande do Festival na Feira da Sapatilha, convidava os turistas a conhecer a cidade em troca de brindes. Para participar, o visitante precisava baixar um app, onde registrava o momento com uma selfie no local. Apresentada a foto, o turista recebia um carimbo no passaporte. Após 15 registros, a pessoa podia escolher um brinde. Foto: Samantha Chuva
Pontos turísticos são invadidos por bailarinas durante o Festival Foto: Samantha Chuva
Mostra competitiva do Festival de Dança de Joinville
Foto: Divulgação
Coques se destacam nas ruas de Joinville Foto: Divulgação
Flip, em Paraty, é um dos exemplos de eventos que movimentam as cidades
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BRASIL
Outras cidades também ganham visibilidade com eventos
Rodeio de Barretos atrai 900 mil pessoas em 11 dias
FONTE DE RENDA Além de motivar o crescimento do turismo nas cidades, os festivais muitas vezes são responsáveis por manter a
renda e a empregabilidade de um destino, ajudando não apenas o setor, mas o desen442191_TALENT_Movida a Rent Car_210x280 volvimento economia dos destinos. É o 31/07/2017da - 15:22
17 e 27 de agosto e espera receber 900 mil pessoas. Segundo Gemha, o evento movimenta algo em torno de R$ 200 milhões em toda a região, considerando cidades em um raio de até 100 quilômetros de Barretos. A infraestrutura hoteleira da cidade não comporta tamanha demanda. Por este motivo, uma das principais beneficiadas é Olímpia, a 40 quilômetros, que conta com cerca de 11 mil leitos. REFORÇO AÉREO A força dos eventos para o turismo é tamanha que durante os acontecimentos as companhias aéreas fazem um verdadeiro batalhão a fim de atender a demanda dos passageiros. Muitas das aéreas passam a operar voos durante o período, seja colocando operações extras ou mesmo atuando em rotas não-regulares.
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Não é apenas Joinville que viu o potencial turístico crescer a partir de um evento cultural. Outros destinos também abraçaram a oportunidade e apostaram na agenda da cidade e, como resultado, viram seus destinos alavancarem e se consolidarem em níveis turísticos. É o exemplo de Blumenau (SC), com a Oktoberfest, maior festival de cerveja fora da Alemanha. Com ocupação de 100%, a capacidade hoteleira local não é suficiente para receber as 600 mil pessoas esperadas para a 33ª edição que será realizada entre 4 e 22 de outubro, por isso, muitos se hospedam nas cidades vizinhas. Além disso, o festival gera mais de 3 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com Ricardo Stodieck, secretário de Turismo de Blumenau e presidente do Parque Vila Germânica, onde acontece o evento, a festa ajudou a promover o nome da cidade e a aumentar o interesse por Blumenau. “Muitas pessoas vêm à Blumenau por causa da cerveja, por isso, há dois anos assumimos o título de Capital Nacional da Cerveja”, explica o secretário. Ele afirmou que Blumenau desenvolveu outros produtos e eventos relacionados ao nicho de cervejas a fim de impulsionar o turismo na cidade durante os outros meses do ano além de outubro, a exemplo do Festival de Cerveja, que acontece em março e já foi reconhecido como o mais importante da América do Sul; o Concurso Brasileiro de Cerveja, segundo maior concurso em número de rótulos inscritos, com 2.034 rótulos; e da Feira Brasileira da Cerveja. A Secretaria ainda criou o Vale da Cerveja, um produto inspirado nos vales de vinhedos, porém em parceria com cervejarias. No roteiro, os turistas podem visitar mais de 10 cervejarias. “O Vale da Cerveja é um produto que toda cidade deve ter, pois atende os turistas o ano inteiro. A partir do Oktoberfest desenvolvemos eventos e roteiros com foco na cerveja, a fim de preencher a agenda dos outros meses e manter o fluxo constante. No início do ano, por exemplo, temos a Sommerfest, uma edição de verão do Oktober. Com isso conseguimos atrair também o público que vem para as praias de Santa Catarina durante os meses de dezembro a fevereiro”, finaliza. Paraty (RJ) é mais um destino que foi beneficiado por um festival. Com 15 edições, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que somou 30 mil visitantes em sua última realização, foi responsável por dar visibilidade ao destino, colocando-o no radar de interesse de outros eventos. “A Flip ajudou a posicionar Paraty como um destino de eventos, principalmente durante a baixa temporada. A partir da Flip passamos a receber outras convenções e feiras, fortalecendo o turismo, a cultura e a economia da cidade”, explicou o secretário de Turismo de Paraty, Gabriel Costa.
que aconteceu com Barretos, no interior de São Paulo. Na década de 1950, um grupo de jovens do interior de São Paulo organizou uma despretensiosa festa com danças do folclore brasileiro, conjuntos de violeiros, desfile típico com carros de boi e outras atrações. Na ocasião, o evento foi denominado de 1ª Festa do Peão. Esta é a origem da Festa do Peão de Barretos, que acontece nos meses de agosto e tem duração de 11 dias, chegando a receber quase 1 milhão de visitantes no período. “A festa movimenta toda a economia da cidade. Estimamos que aproximadamente 60% dos empregos da cidade são gerados em função da festa e de outros eventos que o Parque do Peão recebe durante o ano”, explicou Hussein Gemha Júnior, presidente da Festa de Peão de Barretos. Neste ano, o evento será realizado entre os dias
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DESTINO
Vale do Loire e Reno: cruzeiros fluviais revelam os encantos e belezas da Europa
Luiz Marcos Fernandes Os encantos do Vale do Loire e toda beleza do Reno Romântico. Não é preciso ir além. Este certamente faz parte daqueles roteiros para se descobrir, encantar e guardar recordações de alguns dos destinos mais belos da Europa. Em pleno final da temporada europeia de verão, milhares de turistas – incluindo brasileiros – cruzam seus caminhos, onde história, cultura, rica gastronomia, paisagens deslumbrantes se misturam numa receita que garante a medida certa para uma viagem inesquecível. E os ingredientes podem se tornar ainda mais saborosos nesta experiência única – a dos cruzeiros fluviais – que ganham a cada dia novos adeptos. Se a opção for pelo Reno Encantado, certamente não há motivos para se arrepender. Como não se deixar emocionar por belas paisagens emolduradas por castelos medievais, chateaux, pequenas e acolhedoras vilas onde o gótico e a arquitetura germânica de centros históricos formam um conjunto harmonioso com igrejas centenárias, vinhedos e uma infinidade de atrativos, em meio a uma natureza exuberante. Já os canais do Vale do Loire mostram um lado da França para os apreciadores de vinhos, queijos e vilas históricas acolhedoras. Paisagens que se descortinam a medida em que os luxuosos navios, verdadeiros hotéis cinco estrelas, com capacidade para até 200 passageiros vão avançando suavemente pelos rios e canais. Os programas têm em média uma semana de duração e incluem refeições a bordo, confortáveis cabines e uma programação que inclui paradas em pequenas vilas e cidades para tours e passeios (opcionais). A gastronomia, padrão internacional, elaborada por chefs inclui carta de vinhos e iguarias complementadas por produtos regionais. Atualmente diversas companhias oferecem esse tipo de programa. Na Europa, a CroisiEurope é a maior delas. Comemorou em 2016, 40 anos de atividades e conta atualmente com 50 navios de todos os tipos e tamanhos, tendo transportado 220 mil passageiros no ano passado. A sede da empresa fica em Estrasburgo, na França. Dentro do planejamento estratégico vem
buscando investir em novas rotas, novos navios, além de serviços diferenciados, como os cruzeiros por alguns dos principais canais da Europa. No Brasil, a companhia é representada por operadoras como a Transmundi e Abreutur, que comercializam seus pacotes. De acordo com Michel Grimm, diretor Internacional de Vendas da CroisiEurope, o mercado brasileiro tem um grande potencial a ser explorado. “Estivemos no Brasil durante a última edição da WTM Latin America realizada no primeiro semestre deste ano e o interesse demonstrado comprova que há espaço para comercializar nossos produtos junto ao mercado brasileiro pelo diferencial e qualidade que oferecemos aliados a preços bem atraentes”, destacou. RENO ROMÂNTICO Esse é um dos roteiros mais procurados na Europa na rota dos cruzeiros fluviais. Entre as opções oferecidas está o programa realizado pelo navio MS Douce France com saída de Amsterdam. Nesta rota vale destacar alguns pontos incluídos nas excursões e tours diários oferecidos aos passageiros.
centro da cidade durante o verão recebe milhares de turistas das mais diferentes nacionalidades. Klobenz/Rudesheim – Neste trecho fica a parte mais bela da viagem, uma vez que da embarcação é possível avistar boa parte dos 27 castelos, pequenas vilas enfeitadas por igrejas centenárias, parreirais e, sem esquecer a estátua símbolo do Reno, a sereia Lorelay com suas lendas, que seduziam marujos e levavam as embarcações a colidirem com as pedras das margens do rio. VALE DO LOIRE Há inúmeras formas de descobrir as belezas desta região. Uma das formas inusitadas é oferecida pelos cruzeiros que cruzam seus canais, como o caso do navio MS Deborah. No roteiro de seis dias a programação inclui alguns atrativos que vale a pena registrar Briare- Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre os canais que interligam vilas e pequenas cidades da
Kinderjik – A pequena vila se destaca pelos inúmeros moinhos holandeses que enfeitam a paiasgem. Conta com infraestrutura de restaurantes, bares e centros de conveniência e artesanato, além de casas dos primeiros colonos que ali se instalaram. Nijmegen – Esta é a cidade mais antiga da Holanda, com mais de 2 mil anos de existência. Entre os destaques está um museu a céu aberto, o Openluchtmuseum distante 30 minutos do porto. Lá se pode pegar um bonde que circula por pequenos espaços temáticos como o Museu da Cerveja, a vila típica holandesa, o museu dos trens, o espaço infantil com brincadeiras interativas, sem esquecer os tradicionais moinhos e jardins. Colônia – O destaque principal é a majestosa Catedral com estilo gótico e onde estão as relíquias dos Três Reis Magos, e que começou a ser erguida no século XIII sendo concluída 600 anos depois. O
Jardins no roteiro do Vale do Loire
França, a dica é fazer uma visita ao Museu do Mar, no centro de Briare, um pequeno vilarejo com áreas verdes e clima bucólico. Ali se pode conhecer um pouco mais sobre as antigas embarcações que cruzavam as eclusas e assistir a um vídeo onde se tem uma noção mais exata sobre os canais que irrigam o Vale do Loire. Sancerre – A pequena cidade em estilo medieval, castelos do século 14 é também produtora de vinhos e queijos de cabra e outras variedades da região. Há pequenas propriedades rurais que recebem grupos de turistas – por meio de agendamento – onde é possível conhecer um pouco mais sobre os produtos regionais. Pouille-Fumé – Esse é um dos locais onde os barcos que cruzam os canais do Vale do Loire têm parada obrigatória. Em visitas agendadas pode-se visitar os parreirais com acompanhamento de guias, para em seguida seguir até a instalações de pequenos produtores locais para conhecer o processo de produção. De lá, o ponto de parada é um museu onde são exibidos
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DESTINO
No sentido horário: Colônia com sua magnifica catedral; Queijos e vinhos da região do Vale do Loire são servidos nas refeições; Casas típicas tendo ao fundo a catedral de Colonia; Alguns chateaux no Vale do Loire são residências particulares
Serviço vídeos que mostram a tradição do cultivo de vinhas familiares. Ao final da visita é possível adquirir vinhos na boutique e, ao mesmo tempo, degustar algumas das reservas especiais produzidas. La Charité – A cidade medieval tem entre seus atrativos a igreja de Notre Dame do século 11. Destaque ainda para o Chateau (castelo) de Apremont, datado do século 12 rodeado de jardins. A antiga cidade romana de La Charité-sur-Loire preserva uma ponte de pedras do século 16. Você não perderá de degustar vinhos na região do vinhos Pouilly Fumé e dos vinhedos Sancerre, e em seguida uma passagem através da floresta St. Brisson. Com o ar puro da floresta, com tempo conheça o Château of Pont Chevron. Através de uma bela região de lagos e alguns castelos mais, você visitará Chatillon-Coligny e seu famoso mercado. Les Aubinix – Destaque para o monastério, que vem passando por uma reforma e atualmente remete a lembrança onde habitaram cerca de três mil pessoas sob a guarda dos beneditinos. O local é atualmente uma propriedade privada aberta a visitas. De lá, aproveite para conhecer o complexo do Parc Floral que mais se assemelha a um verdadeiro jardim botânico. Fica próximo a cidade de Nevers, ponto final do programa. Nevers– A cidade em estilo medieval conta com palácios, construções seculares, casario histórico igrejas centenárias como a Catedral frequentada pela santa Bernadete, que presenciou a aparição de Nossa Senhora em Lourdes. Ela está sepultada nos arredores de Nevers.
Dicas aos agentes de viagens que vendem cruzeiros fluviais O diretor da operadora Transmundi, Miguel Andrade, que atua neste segmento há mais de uma década, dá algumas sugestões aos agentes que comercializam cruzeiros fluviais: Ø Conhecer bem o produto e especificar o que inclui a bordo uma vez que cada programa tem diferenciais. Normalmente as excursões e passeios são cobrados à parte mas podem ser adquiridos no pacote. Ø No caso de um cruzeiro fluvial com passageiros de outras nacionalidades é importante saber quais os idiomas falados pela tripulação e se nos tours o guia fala português, espanhol ou inglês. Ø A obrigatoriedade do seguro viagem é fundamental nas viagens a Europa Ø A escolha da cabine e sua localização são importantes. Nem sempre se deve oferecer a de menor preço. Por vezes a relação custo X benefício sugere que se pague um pouco mais por um conforto maior. Ø A escolha da época do ano é fundamental. Os melhores períodos são de abril a outubro. Outro fato é a escolha da companhia. Opte por uma empresa tradicional no mercado para evitar riscos.
Croisi Europe www.croisieurope.es Transmundi www.transmundi.com.br Abreutur www.abreutur.com.br
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AVIAÇÃO
Brasil tem a menor passagem doméstica do mundo Estudo aponta que custo a cada 100 quilômetros é o mais baixo para os passageiros entre os 80 países pesquisados Pedro Menezes Um levantamento internacional, feito pelo site Kiwi.com, apontou que o valor médio pago pelos passageiros brasileiros em voos domésticos é de US$ 3,98 a cada 100 quilômetros, o que configura nossas passagens como as mais baratas do mundo. A pesquisa, denominada “Flight Price Index 2017”, mostrou ainda que Índia, Moldávia, Indonésia, Irã, Malásia, Vietnã, Mongólia, Estados Unidos e França completam a lista dos dez mercados mais econômicos para se viajar internamente. Na outra ponta, Sérvia, Holanda, Bélgica, Catar e Chile praticam os valores mais elevados da relação. “Todos já ouvimos os tais segredos para se encontrar um voo barato: fazer a
busca em uma terça-feira, marcar a volta para uma quarta-feira, usar uma janela anônima do navegador. No entanto, centenas de fatores adicionais, incluindo preços do petróleo, turbulências políticas, competição entre as empresas e até mesmo o clima podem ter um impacto enorme no custo do bilhete”, explicou o site Kiwi.com. “Levamos em conta voos de curta e longa distância de 80 dos países e cidades mais visitados do mundo. Calculando um custo médio de bilhete por 100 quilômetros de viagem e usando custos de voo de alta e baixa temporada para mais de um milhão de viagens. A pesquisa inclui uma divisão clara entre companhias aéreas de baixo custo e serviços completos para chegar a um índice de preço conclusivo para o país”, detalha a agência quanto à metodologia. Considerando voos domésticos e internacionais (operados por aéreas brasileiras e estrangeiras), o Brasil ocupa a 48ª colocação (US$ 16,32/100 km), próximo a Egito, Vietnã, Estônia e Alemanha. No mesmo recorte, a Malásia possui os bilhetes mais baratos do mundo, enquanto a Bélgica aparece na ponta oposta. Em qualquer dos enfoques utilizados, é importante destacar que o Brasil, com dimensões continentais, custos operacionais acima da média internacional e infraestrutura em desenvolvimento, figura entre os maiores mercados globais de aviação.
Precificação das passagens leva em conta uma série de variantes
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Como os bilhetes são precificados? Engana-se aquele que pensa que o preço de um bilhete aéreo está totalmente ligado ao balanço natural da oferta e demanda de voos e passageiros. Os valores de uma passagem são bem mais detalhados e a equação matemática capaz de ditar os preços tem muito mais componentes do que imaginamos. Além do próprio lucro das transportadoras, o gasto operacional é extremamente alto e envolve uma série de setores e segmentos. Vai do investimento em novas aeronaves à compra de material para os escritórios; da compra de combustível ao depósito do FGTS de seus funcionários. O lucro, muitas vezes, acaba sendo mínimo. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a precificação dos bilhetes aéreos é de total responsabilidade das companhias, tendo em vista que elas seguem o regime de liberdade tarifária no setor, instituído pelo Governo Federal em 2001 e ratificado por meio da Lei n° 11.182/2005. Ainda de acordo com o órgão, diversas variáveis afetam os preços dos bilhetes e a demanda é uma das principais. Em épocas nas quais todos estão mais dispostos a viajar é natural que os preços subam. Da mesma forma, períodos nos quais todos estão menos dispostos a viajar é igualmente natural que os preços caiam. Além disso, também influenciam no preço final: a evolução dos custos, o preço do barril de petróleo, taxa de câmbio (Dólar/ Real), entre outros. De janeiro a dezembro de 2016, a Anac calculou a tarifa aérea média doméstica real, em valores atualizados pelo IPCA em dezembro de 2016, que ficou em R$ 349,14, valor 1,8% inferior à tarifa média praticada em 2015. Por sua vez, a tarifa aérea média doméstica praticada de julho a dezembro foi de R$ 372,37, sendo 4,1% menor do que o valor verificado no segundo semestre de 2015. Das Tarifas Aéreas Domésticas comercializadas ao longo de 2016, 53,5% foram inferiores a R$ 300 e 7,7% abaixo de R$ 100. Valores superiores a R$ 1.500 corresponderam a 0,5% do total. Ainda em nota, a Anac
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AVIAÇÃO
Composição dos custos das companhias
salienta que “não regula diretamente o que diz respeito a valores”. LIBERDADE TARIFÁRIA Por sua vez, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou que existem diversos fatores que influenciam no preço final da passagem. “Quando pensamos em composição da passagem, não tem como precisar essas porcentagens, pois o setor trabalha com uma precificação dinâmica, o que torna possível a existência de diversas tarifas, que se encaixem com diferentes tipos de públicos. Existem diversos fatores que influenciam nesse preço, como: origem e destino; data e horário; ocupação do voo; assento; condições de reembolso; condição de cancelamentos; franquia de bagagem; programas de fidelização; entre outras vertentes”, declara a entidade. “Até antes de 2002, as companhias aéreas não podiam estabelecer livremente os preços das passagens aéreas. O governo era quem definia os valores. Assim, a única variação que podia haver era para as passagens das diferentes classes de serviço – classe econômica, classe executiva, primeira classe, ou denominações equivalentes. Assim os valores finais para os consumidores consideravam um valor médio que cobrisse basicamente os custos operacionais. Essa política, entretanto, forçava o preço das passagens a ser mais elevado do que hoje, uma vez que os custos da aviação são tradicionalmente elevados ao longo da história. Isso, logicamente, limitava o público consumidor que podia ter acesso ao transporte aéreo”, elucidou a Abear. “A partir de 2002, com a instituição da liberdade tarifária no mercado brasileiro de aviação, foi estimulada a concorrência no setor e as empresas aéreas passaram a ter o direito de definir os preços das passagens dentro das forças de mercado, ajustando a oferta aos níveis de custos e demanda”, completou. QUAIS SÃO OS CUSTOS? Um estudo sobre os custos das passagens nos Estados Unidos, realizado em 2015, apontou que o os custos das empresas são altos e o lucro é baixo. Segundo o Wall Street Journal, em um voo, os custos podem ser os seguintes: combustível: 29%, salários: 20%, compra da aeronave: 16%, taxas e impostos: 14%, manutenção: 11%, outros gastos: 9%, e lucro: 1%. Se formos colocar na balança todos os tipos de gastos operacionais que as grandes companhias aéreas têm, o estudo do Wall Street está mesmo certo. São as despesas administrativas, que incluem uma série de atividades, além de impostos e taxas aeroportuárias. Tudo isto pesa no caixa das grandes transportadoras aéreas, que precisam se desdobrar ainda para levar até o cliente o melhor atendimento a um preço mais baixo.
Variação do valor médio dos bilhetes
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AVIAÇÃO
Aviação doméstica tem leve alta na demanda e oferta em junho Companhias nacionais registram quarto mês consecutivo de alta, mas Abear não prevê um grande crescimento para o restante do ano ro semestre de 2016 com a primeira metade de 2017, a oferta baixou em 0,14%, porém com alta de 1,06% na demanda, o que representou o ganho de quase um ponto percentual na ocupação das aeronaves, totalizando 80,31%. Entre janeiro e junho de 2017, Avianca, Azul, Gol e Latam transportaram 43,3 milhões de passageiros em rotas domésticas, uma alta de 0,52% em relação ao mesmo período de 2016.
Confira os três espaços inéditos da ABAV Expo 2017
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Turismo Especializado
TURISMO ESPECIALIZADO Em estande dedicado com 100 m² de área, agências de viagens – associadas ou não à ABAV – participarão das rodadas de negócios que ocorrerão em dois dias da feira. O primeiro dia será dedicado a empresas fornecedoras de produtos e serviços que atendam diretamente a quatro importantes eixos do turismo segmentado - LGBT, rural, de pesca esportiva, e ecoturismo e aventura. O espaço envolve a parceria da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), ABTLGBT (Associação Brasileira de Turismo LGBT), Anepe (Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva) e Abraturr (Associação Brasileira de Turismo Rural).
Espaço Luxo
TURISMO DE LUXO ABAV / GRUPO RADAR & TV / D&D by Jóia Bergamo O projeto leva a assinatura da renomada designer de interiores Jóia Bergamo e será mobiliado e decorado por grifes do Shopping D&D, trazendo na sua concepção um espaço acolhedor para receber convidados e abrigar as marcas de luxo especialmente selecionadas como patrocinadoras. O espaço contará, ainda, com um estúdio de TV do Radar Televison, com tecnologia de última geração, na transmissão e cobertura diária das entrevistas, novidades e bastidores desta ação inédita na ABAV Expo.
Leonardo Neves
No mês de junho, a aviação doméstica teve uma pequena alta, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A oferta avançou 0,68%, enquanto a demanda cresceu 1,96%. O número total de passageiros transportados foi de 6,9 milhões, o que representa uma alta de 3,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. A taxa média de ocupação ficou em 80,2%, um incremento de 2,08 pontos. Embora o crescimento seja considerado tímido, este foi o quarto mês consecutivo de alta, após 19 meses seguidos de retração em oferta e demanda, passado o ápice da crise econômica no Brasil. Em valores absolutos, a oferta total é a mais baixa para o mês de junho desde 2011. Com exceção de 2016, a demanda e o volume de passageiros transportados têm os valores mais baixos para o mês de junho desde 2012. A ocupação, no entanto, é a mais alta para o mês pelo menos desde 2007, o que demonstra que os
ajustes de malha feitos pelas companhias surtiram efeito. O presidente da Ab ear, Eduardo Sanovicz, afirmou que para o restante do ano o saldo não deve ser muito mais positivo do que a média registrada nos últimos meses. ”As expectativas são de que o ano tenha um saldo positivo, porém nenhum espetáculo. As variações positivas ainda são muito pequenas e as empresas brasileiras apenas estão colocando ofertas novas que estão tendo respostas positivas do público”, comentou. Sanovicz ainda salientou que a atual crise política e a instabilidade do governo causa um forte impacto no balanço do setor para o decorrer de 2017. ”A economia hoje está totalmente capturada pelo cenário político, logo, não há como ser precipitado e fazer um balanço muito preciso devido a essa fragilidade, mas temos confiança no crescimento”, completou o executivo.
INTERNACIONAL Nas rotas internacionais, aéreas brasileiras tiveram melhores resultados, com crescimento de 12,32% na oferta, 15,10% na demanda, o que resultou em uma ocupação média de 85,21%, e um aumento de 8,55% no número de passageiros transportados, com um total de 601 mil.
Gol na liderança A Gol manteve a liderança na participação do mercado doméstico, com uma parcela de 35,39% de participação da oferta nacional, ficando a frente da Latam, com 32,85%, A zul, com 18,28%, e Avianca, 13,49%. Os dados da Abear apontam que a aérea obteve a maior participação para todo o primeiro semestre de 2017, com 36,08%, m a i s d e t r ê s p o nt o s percentuais a frente da Latam (32,5%). Já no internacional, a Latam manteve 78,88% de participação, seguida pela Gol (10,7%), pela Azul (10,66%) e pela Avianca (0,17%).
ACUMULADO No comparativo do primei-
Dados do Mercado doméstico de Junho de 2017 Total de Passageiros
6,9 milhões
alta de
3,7%
Oferta
de assentos-quilômetros
Demanda
Futurismo
FUTURISMO Projeto conjunto da ABAV e Braztoa que reunirá em um único espaço dois eventos simultâneos: o Hackathon Viagens que, em sua segunda edição, tem a curadoria da Travel Tech Hub e reunirá programadores, desenvolvedores, web designers e comunicadores em uma maratona de programação para o desenvolvimento de projetos e aplicativos inovadores para a indústria do Turismo; e o Desafio de Inovação Turismo Inteligente, competição entre empreendedores e startups selecionados pela Braztoa e pelo Sebrae visando a transformação de projetos em soluções comerciais para o setor turístico. O credenciamento para a 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa está aberto e pode ser feito diretamente no portal da feira: www.abavexpo.com.br.
6,9 bilhões
expansão de
2,0%
8,6 bilhões
Fator de aproveitamento
de passageiros-quilômetros pago transportados
Participação das Companhias
GOL
35,39%
LATAM AZUL AVIANCA
80,24%
32,85% 18,25% 13,49%
retração de
0,7%
alta de
2,08
pontos percentuais
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FERIAS E EVENTOS | AVIRRP
Mesmo menor, Avirrp 2017 recebe elogios de expositores Feira sente os efeitos da crise econômica, tem público menor, mas segue sendo efetiva para quem investiu e esteve presente
Corredores movimentados na Avirrp
Lisia Minelli e Samantha Chuva Coragem foi o termo que definiu a realização da 21ª edição da Avirrp, que foi realizada no início de agosto. Menor, com menos expositores e agentes de viagens, além da ausência de operadoras e companhias aéreas. Embora este tenha sido o resumo mais aparente do evento, ainda assim, a feira de Ribeirão Preto e região teve boa adesão e, de acordo com os expositores, que apostaram na vinda, valeu o investimento. “Neste ano tivemos que fazer muitas mudanças, passamos por um momento difícil e para podermos realizar o evento tivemos que reduzir os gastos. Mesmo assim, não deixamos de investir no agente”, declarou Evandro Oliveira, presidente da Avirrp. O número de visitantes deste ano foi aproximadamente de 2,6 mil agentes, tendo 2,3 mil pré-inscritos, o que demonstra o interesse dos profissionais pela feira. Segundo Oliveira, o grande destaque desta edição foram as capacitações, que estiveram lotadas durante todo o tempo. “Como tivemos menos expositores, os agentes tiveram mais tempo para participar das capacitações”, disse. Pela primeira vez aconteceu o “Congresso do Agente”, com temas que abordaram a vivência do dia a dia do agente com o mercado e diretrizes de atuação e novas perspectivas. Os painéis tiveram dois debates: “Empreendedorismo e Inovação para o Agente” e “Futuro do Agente de Viagem”. Ausências – Para Evandro, a feira é e sempre será voltada para o agente, por isso, a presença de aéreas e operadoras está cada vez menor. “Quem vende direto ao público final não tem interesse em estar presente, mas continuaremos a investir nos agentes, valorizando seu trabalho e treinando para os desafios do mercado”, declarou. Para corroborar sua fala, o presidente anunciou que em breve será lançada uma campanha de valorização chamada “Viajar é com Agente”. Ela será uma marca que poderá ser usada por agentes e entidades do setor. A ideia é que todos contribuam para o seu desenvolvimento e divulgação. Futuro – Para a edição de 2018, que já tem data definida entre 3 e 4 de agosto, o presidente disse que a feira será repensada, desde sua infraestrutura até seu conceito. “Uma das premissas deve continuar sendo as capacitações, que tiveram destaque neste ano”, antecipou o presidente. União no turismo – Durante a cerimônia de abertura da Avirrp
2017, os dirigentes das entidades do setor presentes colocaram em pauta a falta de união do setor. Citaram como exemplo a movimentação do setor agropecuário em conseguir negociar milhões, mesmo diante da crise pelo qual o país passa, enquanto o Turismo não consegue se unir para ter representatividade. Para o vice-presidente do Fornatur, Gustavo Arrais, o Turismo é bom para tudo, gera empregos, preserva a cultura entre tantas vantagens. Porém, não tem o menor apoio
do governo. “O Turismo é suportado pelos empresários. Ideias não faltam. Já realizamos muito com pouco, imagina o que não seria feito com verba?”, questionou. Fazendo força à fala do representante do Fornatur, estava o presidente do Ribeirão CVB, Márcio Oliveira, que citou a coragem do empresariado em manter o turismo ativo. “O setor precisa se unir. Temos pouco recurso, mas não fazemos nada. Falta entendimento do governo no aporte para o setor, falta sensibilidade para alcançarmos o desenvolvimento do turismo em nosso país”, finalizou. Segurança - O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, criticou em seu discurso a segurança das cidades brasileiras, com ênfase no Rio de Ja-
neiro. Segundo a autoridade, a falta de segurança é prejudicial para o Turismo. “Precisamos defender o Rio de Janeiro do ambiente atual. É necessário que os governos foquem em segurança e promoção”, enfatizou Lummertz, que citou a reforma realizada em Miami como um exemplo a ser seguido. De acordo com Lummertz, a temática é uma força propulsora para o desenvolvimento turístico dos municípios. “Ao invés de investir em diversos eventos, os destinos precisam criar emblemas. Focar em um grande evento potencial que modifique a cidade”, exclamou. Nesse âmbito, o presidente afirmou que a cidade de São Paulo receberá investimentos a fim de se igualar à Nova York como uma cidade de entretenimento e shows.
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FEIRAS E EVENTOS | AVIRP
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1 - Ceará teve um dos estandes mais movimentados; 2 - Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto, com Evandro Oliveira, da Avirrp; 3 - Edmilson Domingues, secretário de Desenvolvimento da Economia, Ciência Tecnologia, Turismo e Serviços de Ribeirão com Gustavo Arrais, VP do Fornatur;
4 - Estande de Fernando de Noronha; 5 - Rota das Emoções e equipe do Maranhão; 6 - Mari Masgrau e João Taylor, do M&E, com Cézar Aveiro, da Avirrp; 7 - Vinícius Lummertz, da Embratur, com Márcio Santiago de Oliveira, do RPCVB; 8 - Claudio Souza, da Vento Sul, Celso Guelfi, da GTA, Tereza Suyane, de Fernando de Noronha e Evandro Oliveira, da Avirrp; 9 - Equipe de Foz do Iguaçu; 10 -
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Comitiva da Avirrp visita o estande do Mercado & Eventos e é recepcionada pela diretora de Vendas do jornal, Mari Masgrau; 11 - Roberto Gracioso, do WZ, com Danielly Aguiar, da Empetur; 12 - Ivan Blanco e Gonzalo Romero, da Aerolíneas Argentinas; 13 - Fábio de Carvalho, secretário de Turismo de Sergipe; 14 - Luís Maio, diretor de Turismo de Ilha Bela; 15 - Mauricio Rasi, assessor especial do MTur; 16 - Milu Megale, diretora de Marketing da Empetur; 17 - Equipe da GTA com Celso Guelf
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e Gelson Popazoglo; 18 - Gustavo Arrais, vice-presidente Fornatur; 19 - Wilson Rocha, do Comtur; 20 - Ignacio Palacios, diretor Comercial e Revenue da MSC; 21 - Mari Masgrau, do M&E, com Daniel Jacarandá, de Porto de Galinhas; 22 - Corte da fita da Avirrp 2017; 23 - Fernando Santos, da Aviesp, com Claudio Gembelian e Wilson Ramos, da Affinity Seguro; 24 - Equipe do Beto Carrero; 25 - Ralf Aasmann, da AirTKT, e João Taylor, do M&E; 26 - Equipe da Santur.
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CRUZEIROS
MSC investe em campanha para aumentar vendas no 2º semestre Com uma oferta total de 90 mil leitos para a temporada 2017/2018, a armadora aposta em divulgação e promoções em todo o país
Campanha está no ar em diversos canais de comunicação
Anderson Masetto
Marco Ferraz, Presidente da CLIA BRASIL
BRASÍLIA SERÁ SEDE DE IMPORTANTE EVENTO SOBRE CRUZEIROS MARÍTIMOS Precisamos falar sobre o setor de cruzeiros. Em todas as suas vertentes. Para isso, levaremos a Brasília, no dia 30 de agosto, o seminário “Cruzeiros Marítimos: o momento é esse!”. Vamos reunir, na sede da CNC (Confederação Nacional do Comércio), os ministros do Turismo, Marx Beltrão, e dos Transportes, Mauricio Quintella, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, a Marinha do Brasil, os agentes reguladores, as Prefeituras dos destinos que recebem os navios, representantes das principais operadoras, entre outras importantes autoridades, para debater as oportunidades e os desafios do setor no Brasil. A atividade de cruzeiros, como outras tantas turísticas, passa por um momento de reflexão e, para retomar promissores horizontes, precisa colocar em pauta todos os entraves e desafios que deixam o Brasil na contramão do que acontece em todo o mundo, onde se percebe o crescimento consolidado, na casa de 4% ao ano, tendo como projeção mais de 25 milhões de cruzeiristas em 2017.
Em 2015, a MSC Cruzeiros deu início a uma campanha mundial que mostrava um novo posicionamento: “Não é qualquer cruzeiro”. No ano passado, a armadora trouxe a ação para o Brasil, com investimentos em mídia impressa e na televisão, além de uma forte divulgação junto ao trade. Para 2017, a empresa está lançando a segunda etapa desta campanha, com novas peças e um novo filme, com presença na televisão aberta de São Paulo e Rio Janeiro, além de canais pagos de todo o Brasil. “Para dar sustentação à maior oferta no mercado brasileiro, estamos lançando segunda fase da nossa campanha de comunicação”, afirmou Adrian Ursilli, diretor Geral da MSC no Brasil.
“Seguimos o conceito ‘Não é qualquer cruzeiro’ e o filme começa destacando a nossa gastronomia, mas fizemos algumas adaptações para o Brasil, incluindo cenas que apresentam demais serviços da MSC, como shows de teatro, piscinas, e áreas externas”, complementou. APOSTA NO BRASIL Ele explicou que trata-se de uma campanha 360º, que tem como objetivo mostrar ao consumidor a relação custo x benefício da armadora. Também estão previstas ações junto ao trade, como um roadshow em outubro para reforçar a temporada. “O investimento de toda a campanha no Brasil é da ordem de R$ 20 milhões. Isso confirma o nosso compromisso com o Brasil, corroborado pelo aumento de
40% na oferta para a próxima temporada”, afirmou. De acordo com o executivo, agosto é um mês-chave para a venda da temporada na costa brasileira. Embora afirme que as vendas do primeiro semestre tenham sido dentro do esperado, Ursille acredita que as vendas tendem a aquecer a partir de agosto. “Temos uma oferta de 90 mil cabines na próxima temporada e esperamos movimentar mais de 200 mil hóspedes nos três navios. A meta é atingir 100% de ocupação”, contou. OFERTA Ursilli destacou os navios que virão ao Brasil no próximo verão. O MSC Musica ficará baseado no Rio de Janeiro, com cruzeiros pelo Prata e para o Nordeste. Já o Preziosa e o Magnifica, terão embarques em Santos (SP) com cruzeiros para o Prata e Nordeste com seis, sete ou oito noites e mini-cruzeiros de três ou quatro noites para a região Sul. “Estamos implementando a parte aérea a partir de diversas capitais para o Rio de Janeiro. Há toda uma área revitalizada e atrativos na cidade, que vale a pena investir. Queremos, cada vez mais, que o Rio seja o grande ‘home port’ nacional para as demais regiões do país”, destacou.
E X P LO RE O CARI B E A B O RD O D O
MAIOR VELEIRO DO MUNDO
Mesmo assim, nas três últimas temporadas, o setor de cruzeiros marítimos injetou mais de R$ 6,39 bilhões na economia brasileira e transportou 1,69 milhões de passageiros. Os destinos que recebem navios são beneficiados em diferentes aspectos com o aumento do fluxo de turistas nas cidades, o que movimenta o comércio e gera incontáveis oportunidades de trabalho. O crescimento do setor depende de mais projetos e investimentos em questões como infraestrutura, custos, regulação e tributos, assim como de investimentos para que a vasta faixa litorânea do Brasil e seus portos sejam utilizados ao máximo, fomentando novos destinos. Frente a todo este cenário desafiador, queremos, com esse evento, criar um ambiente favorável de discussões no qual agentes governamentais, empresários e especialistas discutirão sobre experiências, desafios e oportunidades do setor de cruzeiros no país. Para isso, realizaremos oito painéis com temas como indústria de cruzeiros no mundo, regulação, infraestrutura portuária, terminais de passageiros, trabalho à bordo e destinos.
7 NOITES NO ROYAL CLIPPER CABINE DELUXE (COM VARANDA)
USD (por pessoa em DBL)
3.240 + taxas portuárias
Saídas: dezembro 2017 e janeiro 2018 / Itinerário: Barbados • Santa Lúcia • Dominica • Antigua • St. Kitts • Les Saintes (Guadalupe) • Martinica • Barbados.
Marco Ferraz é presidente da CLIA Abremar Brasil – Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos INFORMAÇÕES: Cap Amazon Tropical Marketing • (11) 4508.8465 • jb.gillot@cap-amazon.com
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MERCADOEEVENTOS.COM.BR
Vai e Vem do turismo
ÚAZUL - John Rodgerson, um dos fundadores da empresa, é o novo presidente da companhia, e Alex Malfitani é o novo vice-presidente de Finanças. O executivo, que tem mais de 15 anos de experiência na área, ingressou na Azul em 2008 e trabalhou na elaboração do plano de negócios original da empresa. ÚTAP - O ex-presidente da Azul, A nton o a ld o Neves é o n ovo diretor Operacional da Tap. O executivo ocupará assim, além de um assento na Administração, um cargo de peso na gestão executiva da companhia. Ú COSTA CRUZEIROS - Alex Calabria é o novo gerente de Vendas e Marketing da companhia. O executivo tem como desafio reorganizar e expandir a força de vendas da companhia marítima no mercado brasileiro a partir de um novo modelo de serviço e de uma nova estratégia de comunicação focada na s egm ent ação e na geolocalização. Ú COPA AIRLINES - A Copa Airlines tem novo corpo gerencial para diversa s área s. Emerson Sanglard passou a atuar como gerente geral da companhia, Julio Sato é o novo gerente regional de Marketing para a A mérica do Sul, Cassio Takano é o novo gerente de Contas Corporativas, Mariana Trevizan, recentemente contratatada e responsável pelo mercado de lazer do estado de São Paulo, e Jacqueline Ledo, gerente de Vendas dos mercados de Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Manaus. Ú ATLANTICA - Guil h er m e Mart ini, pa ss a a at uar com o diretor-executivo de Operações da companhia, rep ortando-se diretamente a Christer Holtze, Chief Operating Officer (COO), até d ezem bro d es t e a no, qua nd o ent ão em ja nei ro d e 2018, assume definitivamente a função de COO, no lugar de Holtze. Outra mudança na rede
Mais lidas
é a saída de Annie Morrissey, que foi responsável pela liderança do departamento de Vendas e Marketing. ÚAPRIL BRASIL - Claudia Brito foi promovida a gerente Comercial Nacional. Além disso, o cargo de gerente Comercial Regional, ocupado por Celso Andrade e Carlos Luiz Silva, também foi remanejado. ÚDELTA - Luciano Macagno foi promovido a diretor-geral para a América Latina e Caribe e passa a liderar as operações na região e, agora baseado em Miami, liderou as operações do Brasil durante t rês a nos, onde gerenciou os aspectos comerciais da aliança da Delta com a Gol. ÚHPLUS HOTELARIA - Após um ano de consultoria na área de Vendas e Marketing da Hplus Hotelaria, Ricardo Aly encerra s ua p a r t icip a ção n o p r oj et o desenvolvido na rede hoteleira. Ficam como legado à Hplus o plano de expansão da marca em território nacional e ampliação de novos escritórios comerciais em outros estados brasileiros. ÚGBTA BRASIL - A GBTA Brasil anunciou Fer não Loureiro, da Philips, como o novo presidente da entidade. O antecessor da função de chefe do executivo Allan Miranda, Bank New York Mellon, agora irá assumir uma cadeira no conselho do órgão. ÚE-HTL - A empresa ampliou seu time de executivos de São Paulo com a contratação de Leonardo Arruda. O profissional reforçará a equipe de atendimento e espera fo r t a le cer o r ela cio na m ento entre a empresa e os agentes de viagens.
Tap altera franquia de bagagens para 23kg em voos com partidas do Brasil Companhia portuguesa reduziu a franquia de bagagens para passageiros da classe econômica.
Após polêmica, Sebrae suspende convênio com Airbnb Depois do protesto da ABIH, o Sebrae suspendeu temporariamente o convênio firmado com o Airbnb.
Qatar anuncia codeshare com Latam envolvendo 25 destinos A companhia árabe já inseriu os seus códigos em voos da Latam Brasil para 25 cidades brasileiras.
Exclusivo do site
E R R ATA - D i f e r e n t e d o publicado na matéria “Europa de trem: produto cai no gosto dos brasileiros”, publicada na edição 324 do M&E, o trecho noturno da rota Barcelona-Paris não é mais operado.
AGENDA
30-31 ago
27-29 set
SALÃO DE NEGÓCIOS DO TURISMO Angra dos Reis, no litoral da Costa Verde do Rio de Janeiro promove entre os dias 30 e 31 deste mês a primeira edição do Salão de Negócios do Turismo. O evento, que une iniciativa pública e privada para desenvolvimento do setor na região de Angra e Ilha Grande, será no Hotel Promenade com palestras e estandes de expositores. O salão também contará com rodadas de negócios e está sendo organizado pelo Angra e Ilha Grande Convention & Visitors Bureau com suporte da TurisAngra e apoio das principais entidades representativas do setor. Informações: www.angracvb.com
ABAV EXPO & ENCONTRO BRAZTOA Já estão abertas as inscrições para a 45ª Abav Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa. O evento acontece entre os dias 27 e 29 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. Os associados Abav têm direito à gratuidade permanente, além de cinco ADs 90 por CNPJ, que garantem descontos em voos para os profissionais localizados fora da capital paulista. Não associados e outros profissionais podem se inscrever gratuitamente até o dia 22 de setembro. O credenciamento na feira terá custo de R$ 70. Informações: http://www.abavexpo.com.br
31 ago - 2 set
6-8 nov
EVENTOS BRASIL O Rio de Janeiro vai sediar no final de agosto a 27ª edição do Congresso Brasileiro de Empresas e Profissionais de Eventos (Eventos Brasil). O evento contará com o apoio de parceiros da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Ab eoc), como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Sebrae. O Eventos Brasil será realizado junto com a segunda edição do Encontro do Setor de Feiras e Eventos (Esfe-RJ), organizado pelo Grupo Radar. Informações pelo www.abeoc.org.br/2017
WTM LONDRES A WTM Londres terá 60 novos expositores para a edição deste ano, que acontece entre 6 e 8 de novembro. Entre eles estão país balcânico da Bósnia e Herzegovina, a República Islâmica do Irã, a ex-república soviética do Cazaquistão, o Vietnã, no Sudeste Asiático, Austrália, Bahrein, Gana, Islândia, Lituânia e Sri Lanka. A English Lakes Hotels Resorts & Venues também é novidade entre os expositores. Outro segmento que terá caras novas é o de tecnologia, com especialistas em distribuição hoteleira, softwarese realidade virtual. Informações: wtmlondon.com
Orlando agradece visitantes e profissionais do turismo pelos 68 milhões de visitantes O Visit Orlando divulgou um vídeo em que agradece visitantes e profissionais do setor pelo recorde de 68 milhões de visitantes em 2016.
British Airways reúne celebridades em vídeo de segurança a bordo O novo vídeo de segurança da companhia reúne celebridades como Rowan Atkinson, o Mr. Bean, e Ian McKellen, o Gandalf de“O Senhor dos Anéis. www.mercadoeeventos.com.br Tiragem: 17.120 exemplares Circulação nacional através de mala direta
Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretor Executivo João Taylor (joao.taylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2243 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6262 Gerência de Tecnologia GRM | Fotografia Eric Ribeiro | Designer Gustavo Cascone Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 Beatriz Vilanova (beatriz.vilanova@mercadoeeventos.com.br) Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) | Leonardo Neves (leonardo.neves@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) | Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Samantha Chuva (samantha.chuva@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6319 Estados Unidos - Brazil Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistentes Operacionais Ellionai Medrado (55-11) 3123-2252 | Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal. Mercado & Eventos é uma publicação do
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