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Dezembro 2017 | 2ª quinzena | ano XVI | nº334
mercadoeeventos.com.br
TURISMO EM DADOS Faturamento médio das empresas de turismo cresce 4,3% no terceiro trimestre. Página 4
ENQUETE Trade discute como conquistar novo cliente, que está mais conectado e bem informado. Página 6
HOTELARIA Em expansão, Rede Nobile faz 21 conversões em 2017 e chega a 48 empreendimentos. Página 11
ESPECIAL
Aeroporto em Jeri e Hub da Air France-KLM impulsionam Turismo do Ceará Páginas 14 e 15
Braztoa promove mudança no setor e torna sustentabilidade uma tendência. Páginas 16 e 17
AVIAÇÃO Gol faz ação com cantor Luan Santana e busca reposicionamento de marca. Página 19
HOTELARIA Bahia Principe registrou incremento de 20% no mercado brasileiro. Página 8
Abracorp e Aviesp fazem convenções e mudam estatutos Entidades reúnem seus associados, promovem balanço e alterações importantes
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AVIAÇÃO Avianca Brasil ultrapassa demais concorrentes e assume liderança no número de passageiros no aeroporto de Salvador (BA) no mês de outubro
HOTELARIA
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Alberto Cestrone, diretor geral do Infinity Blue Resort & Spa, assumiu a presidência da Associação Brasileira de Resorts (ABR) para o biênio 2018/2019
ENTREVISTA
Páginas 18, 20 e 21
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Alexandre Sampaio, presidente da FBHA, fala sobre a mudança no modelo do Conselho Nacional de Turismo e a necessidade de novas ações concretas no setor
Grupo Latam Airlines planeja voos internacionais para Fortaleza, Salvador e Recife. Página 8
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ENTREVISTA
Parcerias e propostas concretas para o Turismo Luiz Marcos Fernandes Depois de um ano marcado por inúmeras promessas de governantes e dirigentes, onde boa parte dos projetos de lei no Congresso que beneficiariam a indústria do Turismo não decolaram, em especial, a reformulação da Lei Geral do Turismo, o trade vê a chegada de 2018 com apreensão e expectativa. A começar pelo calendário complicado de um ano marcado por Copa do Mundo e eleições. Diante deste quadro, Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), que está a frente da Câmara Empresarial de Turismo, não vê outra alternativa a não ser fortalecer as parcerias entre as entidades, mudar o modelo do Conselho Nacional de Turismo e apresentar propostas aos futuros candidatos, exigindo da parte deles compromissos para fortalecer a indústria e sensibilizar os eleitos para elevar o Turismo a um patamar entre as principais atividades econômicas do país.
M&E – Como analisa as perspectivas para a indústria do Turismo neste próximo ano? Os sinais de recuperação registrados recentemente podem prever um ano melhor para o setor? Alexandre Sampaio – Não dá ainda para expressar um otimismo quando se fala em 2018. Lembrando que será um ano com muitos feriados, Copa do Mundo e eleições. Tudo isso reflete diretamente no comportamento do mercado, pois afeta toda a cadeia produtiva. Certamente a maior estabilidade política poderia contribuir muito neste 171206MS_AVG_MerBra_CMYK[print].pdf processo de recuperação, mas eu não acredito que, após a temporada de verão
MERCARDO & EVENTOS – Na sua opinião, o que faltou ao setor para conseguir aprovar medidas e projetos que ajudariam a fortalecer a indústria do Turismo? Alexandre Sampaio – Foi um ano complicado na esfera econômica e política. Mas mesmo com toda a turbulência, o trade tem também responsabilidade. Faltou realizar um trabalho mais contundente e eficiente junto ao legislativo. Não podemos ficar apenas aguardando promessas de dirigentes e governantes. Temos que nos unir, buscar fortalecer parcerias para ganhar maior representatividade de modo a pressionar e criar um ambiente favorável para que medidas como a redução do ICMS no combustível de aviação, a reformulação na Lei Geral do Turismo e a aprovação da nova Embratur possam se tornar uma realidade. M&E – Diante deste quadro, que medidas efetivas podem alterar essa conjuntura e elevar a indústria a um novo patamar na condição de atividade econômica dentro do processo de recuperação do país? Alexandre Sampaio – A primeira coisa a fazer é sensibilizar cada vez mais os políticos e governantes sobre a real importância e o impacto que tem a nossa atividade. Para isso, a Câmara Empresarial de Turismo está elaborando um documento a ser encaminhado aos futuros governantes, tanto na esfera estadual, como na federal com propostas. Isso deve estar concluído antes de abril, quando o ministro Marx Beltrão deve deixar o cargo para concorrer a de deputado federal. Ao mesmo tempo, vamos reformular o modelo do Conselho Nacional de Turismo. O atual está falido e não traz resultados concretos. Não dá para tomar decisões num conselho que tem 72 representantes dos mais diferentes setores. A ideia é fortalecer as câmaras setoriais. A proposta é ter um Conselho mais representativo e atuante na defesa dos interesses do setor e que não tenha qualquer vinculação política, mas seja independente. M&E – A falta de recursos é um dos entraves para promoção e comercialização do Brasil junto aos mercados emissores? Que medidas podem ajudar a divulgação do país no exterior? Alexandre Sampaio – Sem recursos de fato é complicado qualquer ação promocional. Lógico que a transformação da Embratur em uma agência pode ajudar muito neste processo. Mas apenas isso não é suficiente. Temos que pensar na formatação de uma nova Marca Brasil. Somos um destino de grandes sensações onde
e férias, as vendas possam se manter neste processo de crescimento gradual. Há setores que vão ter bons resultados, mas no cômputo geral eu acredito que será um ano bastante complicado.
o turista estrangeiro tem a oportunidade de conhecer a grande diversidade de produtos, serviços e atrativos. A nova Marca Brasil tem que resumir um pouco isso e trazer consigo uma mensagem que desperte o interesse dos estrangeiros.
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M&E – De que modo a economia compartilhada pode contribuir para o fortalecimento da indústria do turismo? Alexandre Sampaio – Esse tema foi longamente debatido neste ano pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pois entendo que o nosso setor tem cada vez mais trabalhado temas como sustentabilidade e inclusão social, que impactam sobre diversas atividades econômicas. Num mercado cada vez mais globalizado, a economia compartilhada 06/12/17 11:23 pode ajudar no desenvolvimento do setor e, ao mesmo tempo, revelar tendências e soluções, com base
Alexandre Sampaio
nas discussões feitas nos seminários realizados. São ideias e propostas que podem ajudar muito na formulação de políticas públicas e na atividade do dia a dia. Temos sim que nos inserir cada vez mais neste tema que diz respeito as plataformas digitais e identificar meios de aumentar nossos negócios.
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EDITORIAIS
TURISMO EM DADOS
Autonomia e representatividade
Faturamento médio das empresas de turismo cresce 4,3% no 3° trimestre do ano
Roy Taylor Na última reunião do ano, as entidades representativas que integram o Conselho Nacional de Turismo chegaram a conclusão sobre a necessidade de uma ampla e total reformulação do modelo atual do CNT. Durante o encontro, foi debatida a reformulação e modernização da entidade e anunciada a criação de uma Câmara Temática especialmente para tratar o assunto. A decisão é sensata e urgente. Afinal de contas, ao ser criado o objetivo do Conselho era permitir a formulação de uma entidade independente, com representatividade no setor, de modo a permitir a discussão de temas e ações concretas que ajudassem no desenvolvimento dos diferentes segmentos que integram a cadeia produtiva do turismo. Mas isso não aconteceu. Ao longo das intermináveis reuniões, se constatou que o modelo utilizado não atingia os objetivos propostos e se restringia a exposição de opiniões dos seus integrantes. Com 72 representantes das mais diferentes áreas, o encontro mensal tornou-se palco de discussões intermináveis, a maior parte delas sem propostas ou resultados práticos. Após inúmeras críticas ao modelo proposto, o Governo e representantes do setor privado chegaram a justa conclusão de que é mais do que hora de se reformular o modelo atual. O colegiado principal do setor, que tinha a atribuição de assessorar e sugerir ao ministro de Turismo a formulação e adoção de medidas para fomento da Política Nacional de Turismo com programas, projetos e atividades diversas perdeu força e representatividade. A ideia de abrir espaço para formulação de propostas para fomento ao setor mostrou-se inadequado. E
a conclusão a que se chegou foi uma só: ou se muda esse modelo de gestão ou o Conselho corre o risco de se tornar a cada dia uma entidade vazia de ações e pautada apenas por debates infrutíferos. Num cenário em que importantes projetos não decolaram pela falta de vontade política e ambiente favorável no Congresso, mais do que nunca é preciso uma união maior do setor na discussão e aprovação de temas como a transformação da Embratur numa agência de fomento, o aumento de capital estrangeiro nas aéreas nacionais, a redução do ICMS no combustível de aviação e a revisão da Lei Geral do Turismo, entre outras. Em 2018, teremos eleições na esfera estadual e federal. Para complicar é ano de Copa do Mundo. Ou seja, será um período igualmente conturbado, com oscilações na esfera política e na economia. A reestruturação do Conselho Nacional do Turismo pode ser um sinal concreto de esperança de mudanças e, uma alternativa para que as entidades representativas do setor possam se alinhar em torno de temas comuns, independente do poder público. Com maior representatividade e união certamente se abrem novas e maiores possibilidades de cobrar dos nossos governantes e do Congresso medidas que ajudem o setor a criar um ambiente mais favorável para negócios de modo a atrair novos investidores. No mais, é desejar a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, em especial a nossos parceiros comerciais, colaboradores e a todos aqueles que contribuíram de forma direta ou indireta para crescimento do setor.
A pesquisa trimestral do Ministério do Turismo revelou que o faturamento médio das empresas do setor cresceu 4,3% no terceiro trimestre do ano, se comparado ao mesmo período de 2016. A expansão da receita, assim como a perspectiva de realização de novos investimentos no período, foi verificada nos sete segmentos pesquisados. Ainda de acordo com a pesquisa, 66% do setor pretende realizar novos investimentos ainda este ano. Os aumentos mais expressivos ocorreram
nos segmentos de parques e atrações turísticas (11,4%), transporte aéreo (11,2%), operadoras de turismo (10,3%) e agências de viagens (9,3%). Resultados que as empresas atribuem ainda à sazonalidade e aos investimentos realizados anteriormente. Na pesquisa, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, as empresas apontaram como fatores limitantes ao crescimento dos negócios os custos operacionais e financeiros, além do momento econômico e político ainda desfavorável do país.
Variação Média do Faturamento
Previsão 4º Trimestre/2017 x Observação 3º Trimestre/2017
Roy Taylor é jornalista, publicitário e CEO do Mercado & Eventos
União a favor do Turismo Anderson Masetto Já aconteceu com os bancos. Com o setor de alimentos. Com as cervejarias. Mais recentemente com o varejo. Gigantes se juntaram e criaram megaempresas nesses setores. As consequências? Em um primeiro momento apreensão e receio de monopólio e queda momentânea na geração de empregos diretos. Mas o resultado mais possível de ver a olho nu: empresas mais saudáveis e resilientes. Já há alguns anos, isso chegou no Turismo. Companhias aéreas, operadoras e locadoras começaram a unir forças. Compras, fusões, aquisições e parcerias. Isso acabou trazendo ao mercado produtos com maior valor agregado e melhores preços ao consumidor. No entanto, há sempre o risco de diminuir a concorrência. A princípio, isso não aconteceu, mas a tendência é que essas megaempresas se solidifiquem, diminuindo o espaço das menores. Trata-se de uma tendência irreversível. Setores mais maduros da economia, como citados no início, já o fizeram. Empresas familiares passaram a dar lugar a grandes companhias. IPOs, bolsa de valores e governança corporativa passaram a fazer parte do dia a dia destes mercados. Assim como está passando a ser no do Turismo. Isso traz profissionalis-
mo e ajuda a consolidar o setor. Nada disso é novidade. Mas, no final do seu mandato na Abav Nacional, Edmar Bull revelou alguns de seus planos de longo prazo para as associações. E isso envolve o mesmo que vem acontecendo com o setor privado. No caso das entidades, fusões e uniões. Durante a convenção da Aviesp, Bull lembrou a quantidade de despesas em duplicidade, como aluguel, pessoal, consultoria jurídica e outras. Outra vantagem é uma voz uníssona na defesa dos interesses do setor. Falando assim, parece música. Mas no mundo real, pode ser um pouco mais complicado. Adequação de estatutos engessados, convencimento dos associados, assembleias e, sobretudo, deixar a vaidade de lado. Mesmo assim, ele admitiu que a ideia é que ações mais concretas aconteçam em 2018. Os primeiros passos já foram dados: Abracorp e Aviesp promoveram mudanças no seus estatutos. Magda Nassar, atual presidente da Braztoa, assumiu a vice-presidência da Abav Nacional e o próprio Edmar deixou no ar uma possível volta daqui a dois anos. Embora este processo já tenha sido iniciado, o mercado aguarda, com ansiedade, os próximos capítulos. Anderson Masetto é jornalista, pósgraduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos
Previsão 4º Trimestre/2017 x Observação 4º Trimestre/2016
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ENQUETE
Agências de Viagens: executivos comentam como manter competitividade e eficiência nas vendas Luiz Marcos Fernandes Diante de um mercado cada vez mais competitivo, onde as OTAs e as plataformas digitais acenam ao consumidor com preços imbatíveis, os agentes de viagens têm procurado a cada dia novas estratégias para fidelizar seus clientes. Nesta enquete, ouvimos especialistas e representantes do trade sobre o papel e a importância destes profissionais, bem como medidas que consideram essenciais para aumentar suas vendas.
Como os agentes de viagens podem tornar suas vendas mais produtivas na atual conjuntura e fidelizar este novo cliente, que está mais bem informado e atualizado?
Carlos Alberto Amorim (Kaká), diretor da Ancoradouro Rio de Janeiro Na conjuntura atual os agentes de viagens têm que ter cada vez mais criatividade na atividade que exercem. Quando eu falo em criatividade isso diz respeito a utilizar uma ampla gama de informações que ele pode buscar nas capacitações e na internet, de modo a oferecer ao cliente exatamente aquele tipo de produto que ele deseja e com as condições que ele tem. A questão da fidelização é fruto de um trabalho de confiança que ele tem que exercitar até conseguir fazer com que o passageiro veja nele um consultor de viagem e não um simples profissional. O desafio é imenso porque as informações mudam a cada instante e você tem que se manter constantemente atualizado. Mudou o perfil do cliente e o agente tem que mudar também seu modo de agir e usar da inteligência e criatividade para estar conectado 24 horas com o mercado e disponível para atender o cliente a qualquer hora do dia.
Margaret Granthan, diretora do DZT para o Brasil Há tempos já identificamos que o cliente de hoje, p elo advento da internet, tem mais acesso a informação. Então, este consum idor está muito melhor preparado e orientado para quando for procurar pela viagem dele. O agente de viagens tem que cada vez mais se especializar mais, deixar de ser vendedor e ser um consultor. Conhecer melhor o produto e entender quais são as expectativas do cliente para com essas informações montar uma viagem de acordo com o que o consumidor esp era, com foco na s exp eriência s. Conhecer o per fil do passageiro hoje é tão importante quanto conhecer o destino e o produto que está vendendo. Hoje não se pode mais vender viagens de catálogos, quem s e esp ecializar mais conseguirá manter seus clientes fidelizados.
Gelson Popazoglo, diretor comercial da GTA
Guilherme Reis, diretor da Urbi et Orbi
Nós, que trabalhamos com turismo, vendemos serviços. Então quando alguém procura um agente de viagens, na verdade quer um consultor e quer pagar por esta consultoria. Então, o profissional tem que se preparar muito, pois hoje o cliente tem a facilidade da internet, pesquisa muito e tem muitas informações. Se este cliente estiver na agência e fizer perguntas que o agente de viagens não saiba responder com segurança, pode optar por mudar de agência. O profissional tem que investir nele mesmo, pois o que vendemos é conhecimento. No meu negócio, que é o seguro viagem, eu percebo que 70% dos clientes que vão para fora do país o fazem sem seguro e isso por falta de informação. Muitas vezes o cliente não conhece o produto e o agente não é apto a vender isso. O segredo é ter o máximo de informação para poder orientar e atender às necessidades.
O agente de viagens tem que procurar aliar o seu conhecimento a novas tecnologias e investir nas mídias digitais. É a realidade atual e os profissionais que atuam na ponta têm que estar atentos não apenas às novas tendências, mas também a quem oferece as melhores condições. E as operadoras podem ajudar neste processo com bloqueios e produtos, como o nosso novo portal exclusivo para o agente que estaremos lançando no início de 2018. Cabe ao agente buscar as melhores condições para fazer frente às OTAs e plataformas digitais. Do mesmo modo que ele tem que se reciclar continuamente. Operadoras com a Urbi têm promovido treinamentos de capacitação. Com isso ele poderá aquecer suas vendas e agregar novos produtos a serem oferecidos ao cliente. Outra coisa importante é se antecipar ao que o passageiro deseja de modo a oferecer a ele uma gama de produtos e serviços além das informações que ele já possui.
O que você considera como maior entrave para os agentes de viagens na comercialização de seus produtos? Carlos Alberto Amorim (Kaká) O maior entrave é o desconhecimento e a acomodação. Numa realidade como a do mundo atual não há como você se basear apenas nas informações tradicionais de folders fornecido pelas operadoras. Você tem que ter o maior número possível de informações para passar ao cliente de modo a criar facilidades para tornar realidade o seu sonho de consumo. Sem criatividade você vai se limitar a oferecer apenas o produto ou serviço básico. Quanto mais produtos e serviços você puder agregar à sua venda, melhor não apenas para o cliente como também para o agente de viagens que vai poder melhorar seus ganhos. Então você tem que de fato deixar de ser aquele agente tradicional e virar um consultor de viagens. Se as OTAs e as plataformas digitais oferecem vantagens no preço, o agente de viagens tem que acrescentar algo mais para convencer o cliente de que o seu produto ou serviço é o melhor e vale a pena comprar com você.
Margaret Granthan Eu não conheço muito de operação, mas acho que é um pouco de complemento da primeira questão sobre como vender mais e fidelizar o cliente. A questão sempre recai na qualidade do serviço prestado pelo agente de viagens, ele deve se especializar e fugir sempre dos pacotes padronizados. Pegando o exemplo da Alemanha, muita gente conhece bem Berlim e vende bem. Mas quando o cliente chega ao destino, vê que existem outras opções e vai questionar o agente que não ofereceu certo produto ou destino. Então, mais uma vez, passamos pela capacitação do agente. Muitos acham que se especializar é uma perda de tempo, mas esse tempo de estudo é na verdade um ganho, um diferencial. Oferecer coisas diferentes é uma forma de se destacar. Não podemos hoje falar que há falta de informação e que isso impede o agente de vender melhor. É uma questão de criar uma rotina de aprendizado. Ou o agente será engolido pela internet.
Gelson Popazoglo Nós temos que analisar o perfil dos clientes. Não adianta falar para um jovem ir a uma agência que ele não irá. Mas o Brasil tem 200 milhões de habitantes e nem todos são assim. O que ocorre então é que muitas agências buscam ingressar no ambiente online para atuar em diversos segmentos e para diversos públicos, o que não é o ideal. O agente de viagem tem que escolher em qual nicho ele deseja atuar. Há alguns nichos que você não consegue colocar em um OTA e precisa de um consultor, então o que sempre digo é que o agente tem que verificar o segmento e ser o melhor neste segmento. Vejo muita gente que quer atuar em incentivo, viagem de aventura, intercâmbio e outras e então eu pergunto ‘você é bom em que?’ O empresário tem que pensar no que é bom e no que vai se especializar. Desta forma ele começa a ganhar o mercado por nicho, que é a grande tendência de ter sucesso no mercado.
Guilherme Reis Muita gente chegou a afirmar que com as OTAs e as plataformas digitais a profissão do agente de viagens iria acabar. Isso não aconteceu e não vai acontecer. Mas, para sobreviver o maior desafio para este profissional é romper hábitos antigos. Hoje em dia o espaço físico da agência de viagem já não tem tanta importância, pois vivemos numa era digital onde tudo é imediato. Cabe ao agente que deseja sobreviver ir a campo, procurar ser um especialista naquilo que comercializa, ter uma carteira de produtos e serviços que surpreenda o cliente. O maior obstáculo é você se acomodar a velhas práticas como distribuição de folders, sair da mediocridade. O agente não pode esquecer que para o seu cliente basta um simples clique no computador para efetuar uma compra. Acredito que no Brasil para muitos profissionais ainda não caiu a ficha de que mudou o cliente e mudaram as condições de venda do mercado. Então só resta ao agente mudar também seu modus operante.
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A QUINZENA | EVENTOS
Bahia Principe cresce 20% no mercado brasileiro e busca pela liderança no país A rede Bahia Principe reuniu agentes e operadores para comemorar os bons resultados de 2017. Com hotéis na República Dominicana, México e Jamaica, a rede – especializada em all inclusive – registrou um incremento de 20% no mercado brasileiro neste ano. A representante Comercial da cadeia no país, Alessandra Savoia, acredita que este resultado se deve às ações de promoção, que deram mais visibilidade aos hotéis, e à própria qualidade dos empreendimentos e dos serviços oferecidos. “Tivemos um crescimento importante neste ano, mas estamos batalhando para alcançar a liderança no Brasil quando se fala em Caribe”, afirmou a executiva lembrando
que em outros países da América do Sul, como Argentina, Chile, Peru e Uruguai, a Bahia Principe é líder. O gerente geral da rede para a América Latina, Gustavo Mesa, apresentou o programa Rewards Pro Agents. Nele, os profissionais registram as suas vendas, que se transformam em pontos e podem ser trocados por vantagens, upgrades e hospedagens. “Valorizamos os agentes de viagens e a cadeia. Acreditamos que a melhor forma de vender o produto é conhecendo, por isso oferecemos a tarifa agente o ano todo”, revelou. “Para 2018 todas as vendas feitas que estejam fora de alguma promoção terão pontuação em dobro”, frisou.
Latam Brasil anuncia novos voos internacionais para Fortaleza, Salvador e Recife
O Gr up o Latam Airlines tem a intenção de operar novos voos internacionais a partir do Nordeste. O pacote de invest imentos prevê novidades para a América do Norte e a América do Sul a partir de Fortaleza, Salvador e Recife. “O Nordeste brasileiro ocupa posição estratégica na expansão da nossa malha aérea global, muito a lém de s er ap ena s um simples ponto de conexão com parceiros do exterior”, af ir mou Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil. Fortaleza será a cidade com o maior número de investimentos, com uma nova rot a para Orlando (EUA) e aumento das op erações para Miami (EUA). Outras novidades previstas são o lançamento da rota Salvador-Miami e a t ransfor mação do voo temporário Salvador-Buenos Aires em op eração regular. A companhia planeja ainda ampliar as operações nas rotas Recife-Miami e Recife-Buenos Aires.
Alessandra Savoia, Gustavo Mesa e Nataly Romano, do Bahia Principe
NCL celebra crescimento acima de 60% em vendas e já projeta 2018
itb.travel
Márcia Galvão, André Mercanti e Estela Farina, da NCL
A Norwegian Cruise Line Holdings não poderia estar mais animada para a Temporada de Cruzeiros Marítimos 2017/2018. Além do crescimento expressivo de 60% nas vendas para este ano, a empresa já começa 2018 com um grande otimismo. Todas essas informações foram divulgadas pela própria diretora da NCL no Brasil, Estela Farina, que esteve, ao lado do diretor Comercial, André Mercanti, e da gerente de Desenvolvimento de Negócios, Márcia Galvão, em capacitação realizada no fim de novembro, no Rio de Janeiro. Ao todo, cerca de 100 agentes de viagens cariocas participaram do treinamento que aconteceu no luxuoso hotel Fasano, no Rio de Janeiro. “Vamos fechar o ano com mais de 60% de crescimento em vendas, um resultado expressivo. Passamos a ser o quarto mercado mais importante para a NCL, atrás apenas de Reino Unido, Alemanha e Austrália. E já começamos 2018 muito bem. É claro que as metas cada vez mais ficam mais ousadas, mas as vendas efetuadas para o ano que vem, por exemplo, já estão muito boas, digo que estão acima da expectativa. Temos que comemorar não só por conta dos resultados deste ano, como também o início de 2018 que sem dúvidas é otimista”, disse Estela Farina.
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HOTELARIA
ABR: nova gestão foca na qualidade e retomada da promoção internacional Luigi Rotunno dá lugar a Alberto Cestrone na presidência da entidade, que tem como objetivo ampliar busca pela excelência dos resorts Anderson Masetto
Alberto Cestrone, diretor geral do Infinity Blue, assumiu oficialmente a presidência da Associação Brasileira de Resorts (ABR). Em entrevista coletiva após a assembleia que ratificou a eleição da chapa única, o executivo destacou o trabalho
Luigi Rotunno passou o cargo para Alberto Cestrone
feito pela entidade nos últimos dois anos para ampliar a qualidade dos empreendimentos e afirmou que este será um dos pilares de sua gestão. “Vamos reforçar a qualidade. Temos a chancela da ABR, que é uma matriz que qualifica os empreendimentos, e vamos destacar a importância disso”, afirmou o executivo.
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Luigi Rotunno, presidente nos últimos dois anos e que deixou o cargo em dezembro explicou como foi a implantação deste projeto. “Escolhemos uma ferramenta chamada RevPro, que é utilizada mundialmente pela hotelaria”, contou. Segundo Rotunno, o RevPro faz um levantamento em 180 sites de
avaliação e mostra os resultados em tempo real. Quando ela foi implementada, foi estipulada uma meta de 80% de avaliações positivas e, embora a média fosse de 85,9%, alguns empreendimentos associados não atingiam este número. “Hoje, temos uma média de 92%, com todos acima dos 80%. É um crescimento fantástico em 18 meses”, afirmou. RESULTADOS Se despedindo do cargo, Rotunno falou também sobre os resultados dos resorts associados neste ano. Ele lembrou que em 2016 foi batido um recorde histórico na ocupação média com 66,5% no ano todo. Para 2017, a expectativa é de uma pequena queda, alcançando 61%. Ele explicou os motivos: “As vendas nos meses de junho e julho foram as menores dos últimos cinco anos. Entendemos que isso está diretamente ligado a questões políticas que aconteceram no período”, reiterou. “Por outro lado, as vendas no segundo semestre são as mais altas dos últimos três anos. Isso nos deixa muito otimistas para 2018”, complementou o executivo, lembrando que também foram registradas pequenas baixas na receita e diária média.
6 de fevereiro de 2018 WTC São Paulo - SP
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EXTERIOR Um dos objetivos de Cestrone frente à entidade é ampliar o trabalho iniciado por Rotuno na promoção dos resorts no exterior. Neste primeiro momento as ações foram estruturadas com foco na América do Sul, mas a ideia é – aos poucos – retomar a presença em mercados mais distantes, como a Europa e os Estados Unidos. “Vamos retomar os mercados mais importantes. O Mercosul terá um trabalho mais focado por ser o maior mercado, mas pretendemos retomar outros também”, finalizou.
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Alberto Cestrone (Infinity Blue) – Diretor Presidente Sérgio Souza (Casa Grande) – Diretor Vice-presidente João Carlos Pollak (Sofitel Guarujá Jequitimar) – Diretor Financeiro Carollina Abud (Grand Palladium Imbassaí) – Diretora de Comunicação, Marketing e Mídias Sociais Rafael Pires (Costão do Santinho) – Diretor de Desenvolvimento Juan Andrade (GJP Hotels – Wish Foz do Iguaçu) – Diretor de Inteligência de Negócios Munir Calaça (Rio Quente Resorts) – Diretor de Relações Institucionais Orlando Giglio (Iberostar) – Diretor de Feiras e Eventos Rodrigo Lins (Nannai Resort) – Diretor Suplente I Sérgio Paraíso (Summerville Beach Resort) – Diretor Suplente II João Bueno – Diretor Executivo
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Veja a composição da diretoria da ABR para o biênio 2018/2019:
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HOTELARIA
Prestes a completar dez anos, Nobile celebra recordes e crescimento em 2017 Rede ampliou o portfólio de hotéis administrados com 21 conversões somente neste ano Pedro Menezes Com dez anos de operação, a serem completados agora em janeiro de 2018, o Grupo Nobile tem muito o que celebrar. Não só pelos resultados alcançados neste 2017 em âmbito nacional, o que levou a empresa a comemorar o melhor ano de sua história, mas pelo investimento pontual e estratégico no Rio de Janeiro, considerado fundamental para as projeções do grupo. Além de assumir o antigo Sheraton Barra, que desde o fim de outubro passou a ser Gran Nobile RJ Barra, o Grupo Nobile passa a administrar mais dois hotéis na Zona Sul carioca até fevereiro de 2018. Esta expansão rápida fez a rede superar a marca de 1.700 quartos administrados no Rio de Janeironum período de apenas um ano. Quem contou ao M&E todos os detalhes de expansão, investimento e metas foi o fundador e presidente do Grupo Nobile, Roberto Bertino. “Foi um ano que soubemos aproveitar as oportunidades. Foram 21 conversões de hotel em todo o Brasil”, afirmou. RESULTADOS Não é só no Rio de Janeiro que o Grupo Nobile continua sua expansão e celebra resultados. Embora tenha ganhado o direito de administrar três hotéis na cidade somente neste ano, em âmbito nacional este número é muito mais expressivo. Foram nada mais nada menos do que 21 conversões somente em 2017. “Fecharemos 2017 com 48 hotéis, mas já no dia 01 de janeiro de 2018 abrimos mais duas unidades. Então podemos considerar 2017 fechado com 50 hotéis em todo o Brasil e no Paraguai, com um faturamento 64% maior, se comparado a 2016. Sem dúvidas, é o melhor ano da história da Nobile porque chegamos em mercados importantes, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, e consolidamos nossa presença em São Paulo, com um novo escritório que trata de todo o desenvolvimento da rede. O crescimento expressivo aconteceu em todo o Sudeste, tanto é que já estamos animados para colher os frutos com a virada da economia”, disse o CEO. 50 HOTÉIS EM 5 ANOS Hoje são mais de 1.700 quartos no Rio de Janeiro, mais de 1.800 quartos em São Paulo e mais de 1.400 UHs em Minas Gerais. No próximo dia 18 de janeiro, o grupo completa dez anos de operação no Brasil. E uma nova meta foi lançada pelo próprio CEO, considerada, no mínimo, ousada: abrir mais 50 hotéis nos próximos cinco anos. “Queremos dar uma de Juscelino Kubitscheck”, brincou Bertino, ao lembrar do projeto “50 anos em 5”. “É hora de focar cada vez mais no aumento de receita e na gestão patrimonial, que são hoje nossa grande preocupação”, frisou. RIO DE JANEIRO As próximas novidades ficam por conta dos dois novos hotéis que passam a ser administrados pelo grupo até fevereiro de 2018. “Além de assumirmos o Gran Nobile RJ
Barra, vamos administrar também o Best West Premier Arpoador Fashion Hotel e o Best Western Plus Copacabana Design Hotel”, contou. O CEO deixa claro que ambas unidades do Best Western vão permanecer com as marcas preservadas, mas com o jeito Nobile de administrar, canais de venda, equipe e toda a tecnologia que será implementada. O Gran Nobile Rio de Janeiro Barra, por sua vez, é considerado um ícone da Barra da Tijuca e receberá um investimento de R$ 6 milhões para a reforma completa dos 292 quartos. “É por conta deste investimento
que já prevemos um ganho de 30% de lucro operacional para 2018, com R$ 34 milhões de receita. Já chegamos a 30% de economia em gastos operacionais em apenas dois meses de operação”, disse o CEO. “Acreditamos neste produto por ter uma localização privilegiada, facilidades próximas, um edifício que é um ícone no bairro, além de termos uma das piscinas mais bem estruturadas de hotel e focarmos na melhoria do serviço para receber o público nacional e internacional”, completou. No Rio, além da chegada do Gran Nobile Rio de Janeiro Barra e
Mario Albuquerque e Roberto Bertino, do Grupo Nobile
das duas unidades do Best Western no Arpoador e em Copacabana, o Grupo Nobile ainda tem o Nobile Inn Suítes Via Première, em Jacarepágua, o recém-chegado Days Inn RJ Lapa, que abriu as portas em novembro, o Gran Nobile, em Macaé, e o Red Roof Inn Dutra, em São João de Meriti.
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Ceará:
DESTINO
Os ventos que sopram
prosperidade e modernidade por todo o estado
Foto: Shutterstock
Lagoa Azul, uma das famosas paisagens de Jericoacoara
Pedro Menezes
Os ventos que sopram por todo o litoral do Estado do Ceará vêm trazendo prosperidade, desenvolvimento econômico e turístico, investidores nacionais e estrangeiros, infraestrutura moderna e cada vez mais viajantes interessados em descobrir suas belezas naturais e culturais. Este ano de 2017 para o destino foi arrebatador. O início das operações da empresa alemã Fraport na administração e ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, a conquista do centro de conexões das companhias Air France, KLM e Gol, a inauguração do Aeroporto Regional de Jericoacoara e o aumento do número de cruzeiros chegando a capital, Fortaleza, criam um marco histórico para o estado. Para a Secretaria de Turismo do Estado, liderada por Arialdo Pinho, todos estes fatores representam uma série de conquistas que permitirão o turismo, uma das principais vocações do estado, chegue a outro patamar. Tudo que foi conquistado neste ano é fruto do trabalho incessante de promoção e investimento feito pela Setur, que a partir de 2018 terá uma nova missão. Isso porque, com todas estas novidades, equipamentos e regiões consolidadas, o que de fato muda no turismo cearense a partir de agora? Praticamente tudo. Logo de cara, aumento de visitantes. Com este incremento previsto, a expectativa é que haja um aumento também no campo de capacitação e oportunidades de negócio para os cearenses, ou seja, mais empregos. E para receber cada vez mais turistas, nada melhor do que ostentar um aeroporto novo, como será o Pinto Martins com a administração da Fraport. Para o secretário do Turismo do Estado, Arialdo Pinho, o hub muda a relação do Ceará com o mundo. “Ele vai conectar o Estado com mais de mil destinos através da Air France e KLM, que são empresas que operam no mundo inteiro. Poderemos ter pessoas vindo da Rússia, da Ásia e
outros mercados chegando a Fortaleza”, disse Pinho, que sabe da projeção da Fraport de dobrar o número de passageiros que passam pelo Aeroporto Pinto Martins. Hoje são cerca de 6 milhões por ano. O início do plano de ações para o aeroporto tem investimento de R$ 600 milhões. A empresa está esperando aprovação do projeto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e deve iniciar as obras até o início de 2018. A reforma contará com a extensão da pista e a inclusão de sete pontes adicionais, com mais vagas para as aeronaves. Além disso, logo de cara, o Aeroporto de Fortaleza passará a receber 26 novos voos, sendo 21 diários da Gol e cinco semanais do Grupo Air France-KLM. A conquista do Hub permitirá um aumento inicial de 50% no número de passageiros domésticos e 23% no de estrangeiros, representando um aumento de 1,5 milhão de passageiros. Atualmente, o Ceará recebe cerca de 3,3 milhões de turistas, sendo aproximadamente 10% de estrangeiros. A chegada por vias aéreas cada vez maior, portanto, está mais do que garantida. Enquanto Gol, Air France, KLM, entre tantas outras companhias continuam trazendo passageiros, a Fraport prepara o aeroporto para recebê-los de forma única. Para Arialdo Pinho, a partir de agora será possível mudar o patamar turístico do Ceará. “Com um hub mundial, passamos a ser integrados. Hoje, o turismo no mundo é feito principalmente por avião, então precisamos ter aviões e mais aviões chegando a Fortaleza para que a gente tenha um benefício turístico. Muda também a relação preço. Hoje para viajar pra Europa é muito caro. Aumenta a demanda, a quantidade de voos e a tendência é cair o preço”, disse. CRUZEIROS E não é só por meio das ligações aéreas que o Ceará recebe turistas.
Além daqueles brasileiros que chegam por terra, em sua maioria nordestinos que desejam visitar os estados vizinhos de sua própria região, há uma tendência na capital Fortaleza que não para de crescer: os cruzeiros marítimos. Fortaleza é considerado o ponto mais perto da Europa para a América Latina. Benefício, não só para os voos internacionais, como para os cruzeiros marítimos também. Com o terminal de passageiros do Porto do Mucuripe, o cenário da chegada de navios mudou. Isto porque há quatro anos, Fortaleza não recebia nenhum cruzeiro, e neste ano o Terminal do Mucuripe já recebeu 11 cruzeiros, totalizando quase 13 mil visitantes. Outros dois estão previstos até o fim deste ano. O número de turistas chegando pelo porto em 2017 já é maior que o total de passageiros que vieram em todo o ano de 2016, quando a capital recebeu oito navios, com 8.625 passageiros. Em 2015, Fortaleza recebeu sete navios com 18.585 passageiros ao todo. “Hoje somos passagem. Buscamos a vantagem dos navios que saírem do Sul, passarem e abastecerem aqui, antes de seguir para América ou Europa. Estamos tentando também começar a vender para o cruzeiro sair daqui ou terminar aqui. De Fortaleza para a Itália, por exemplo. Acho que com um ano de trabalho nós conseguimos”, detalha o secretário Arialdo Pinho. PROMOÇÃO Ele ainda revelou detalhes de promoção para 2018, o balanço de 2017 e o que esperar desta temporada de verão. “O Turismo no Ceará vem crescendo por inteiro. Tanto em Fortaleza, como em Jericoacara e Cariri. Todos os destinos e aeroportos de nosso estado têm crescido bem. É claro que Jericoacoara merece grande destaque, mas em 2018 nosso trabalho de promoção continuará ligado também ao Litoral Leste e Oeste e toda a parte do Cariri. Tem várias paisagens belíssimas em todo o Estado que guardamos na manga como surpresas, porque para termos um destino consolidado, preci-
samos de atraçoes novas e atrativos surpresas”, disse Arialdo Pinho, que ainda comentou sobre o Réveillon no estado. “Os hotéis estão praticamente lotados. A expectativa é que os resultados, tanto do Réveillon, quanto da temporada de verão no geral sejam bem superiores aos registrados no ano passado, tanto em receita quanto em número de turistas. Isto se dá também a quantidade bem maior de voos que teremos, com relação a 2016”, disse o secretário.
Praia do Cumbuco sempre recebe praticantes do windsurf
Orla da Av. Beira Mar é uma das mais conhecidas da capital Fortaleza
Praia de Canoa Quebrada
Orla da Praia de Iracema é extremamente visitada de dia e de noite
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DESTINO
Jericoacoara, um destino redescoberto O município de Jijoca de Jericoacoara é conhecido por ter uma das praias mais lindas do mundo, Jericoacoara, rodeada de dunas e coqueirais, possui águas azuis, cristalinas e de temperatura agradável, ideais para os amantes dos esportes náuticos, já que o vento forte pode chegar até 40 nós. Hoje, o destino também é conhecido por conta do seu mais novo equipamento, responsável diretamente por todo um desenvolvimento econômico e da infraestrutura que já começou, mas que ainda tem décadas de oportunidades pela frente: o Aeroporto de Jericoacoara. Com quase seis meses de operação, o aeroporto recebe operações regulares da Azul Linhas Aéreas a partir de Recife (todas as quartas, sextas, sábados e domingos) e a partir de Viracopos (aos sábados). No último dia 6 de dezembro, a Gol também passou a operar por lá com voos diretos a partir de Guarulhos (todas as quartas) e de Congonhas (todos os sábados). “O Aeroporto de Jeri é um marco para o Nordeste. O único grande acontecimento parecido foi Porto Seguro, há 30 anos. Entramos com um aeroporto muito bom e a tendência é abrir para o internacional”, destacou o secretário. Em 2018, dentro das negociações com a Gol, a partir de qualquer lugar do mundo, chegando a Paris ou Amsterdã, será possível ter conexão direta para Jericoacoara. Conforme adianta o secretário, será lançada a partir de junho uma rede de voos internos com a Gol com aeronaves pequenas, de até 12 lugares. Ao lado dos voos, vem o investimento em infraestrutura e serviços. Pinho já consegue fazer um balanço dos ganhos da região. “Jericoacoara hoje tem dez voos semanais e a intenção é que isso cresça ainda mais. Toda a região já está se beneficiando num raio de 200 quilômetros ao redor do aeroporto, que é regional. São números que têm crescido além da nossa expectativa. Tanto é que já estamos sentindo o interesse de grandes re-
des hoteleiras em construir unidades por aqui, além das grandes redes de resorts que já nos procuraram demonstrando interesse. No entanto, tudo ainda está em fase de negociação”, disse Arialdo. Mas, o que será que leva tantas companhias, hotéis e turistas à Jericoacoara? A Pedra Furada, com um arco esculpido pelo mar nas rochas, por exemplo, e a Duna Por do Sol, excelente mirante, são as principais atrações turísticas da praia de Jericoacoara. Jeri, como é chamada carinhosamente, está localizada a cerca de 300 quilômetros de Fortaleza e reserva outros atrativos também. A Praia do Preá, localizada a 17 quilômetros da vila, é outro destaque por conta dos ventos mais que propícios para prática de windsurf e kitesurf, além de uma estrutura turística que vem crescendo. Muitos restaurantes oferecem excelentes pratos a base de crustáceos e são originários do local. Por falar em gastronomia, Jericoacoara surpreende os turistas com a qualidade de seu atendimento e seus produtos. Entre as opções se destacam a mediterrânea, pizzaria, cozinha regional, francesa, italiana, indiana-vegetariana, japonesa, além de cafés, creperia e sorveterias. A região ainda reserva outros três destaques, como o Mangue Seco (pequeno povoado no meio das dunas, com uma pequena lagoa de água doce), a Lagoa Paraíso e a Lagoa Azul, com suas águas cristalinas que são as mais visitadas do município, e o Serrote, constituído por duas pequenas serras de formação rochosa que ficam à direita da vila de Jericoacoara. É um dos poucos lugares no Parque Nacional onde há vegetação arbustiva. O Serrote protege a vila dos ventos e das areias das dunas.
Contraste das paisagens é uma das características de Jeri
Quilômetros de areia branca e belas paisagens dão o tom em Jericoacoara
Prática do windsurf e kitesurf é normal na região
Aeroporto de Jericoacoara
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ESPECIAL
Experiências & Eventos
Sustentabilidade e inovação movem o turismo responsável Iniciativas que tiveram a Braztoa como pioneira estão transformando a atuação das empresas do setor
O que as Experiências trazem a um destino?
Antonio Quina* Tudo! Pode parecer exagero mas não é. As experiências são a forma natural de comercialização de um destino. Podem ser simples ou complexas, Baratas ou caríssimas, mas estão sempre presentes. Senão vejamos… Búzios tem tudo…. praias lindas, um mar perfeito, ondas de um lado, calmaria de outro, vento para atividades desportivas e tudo o mais… Mas imagine tudo isto sem ninguém para explorar ou entregar toda esta beleza ou oportunidades… Este é o verdadeiro papel da cadeia do turismo…. Inicialmente “desenhar” as experiências, organizá-las na oferta, comercializá-las e por fim operá-las. Quanto mais ajustada e afinada tiver a cadeia - que pressupõem o conjunto de entidades públicas e privadas que trabalham para e no turismo - melhor serão os resultados. E não se pense que experiências são só voos de helicóptero. Experiência é ir a um restaurante, comer aquele peixe divinal e ser bem servido, é fazer uma trilha e passar nos lugares certos, é mergulhar nos pontos bons, é descobrir o bom artesanato local passando ao largo das “chinesices” para turista, é ir ao bar adequado para o momento que queremos viver… ou simplesmente deixar nos levar á descoberta de um lugar. Tudo isto são experiências e fazem parte da experiência que um lugar têm para nos oferecer… Quanto melhor for essa experiência melhor será o nosso “mind share” (lembrança) do lugar, mais falaremos dele e faremos divulgação dele em conversa ou nas redes sociais. Todo este trabalho muitas vezes é esquecido ou parece que acontece por acaso… Às vezes, inicialmente assim acontece… a necessidade surge e com ela a oferta. Mas há momentos em que bom é que se organize o que temos para oferecer. Não precisam ser eventos complicados ou gigantes. Muitas vezes pequenas iniciativas locais trazem resultados surpreendentes e servem não só para “unir” e despertar os agentes econômicos locais, como para colocá-los em sintonia com o poder político e de uma forma progressiva mas efetiva divulgar o destino a públicos e targets que podem potenciar a oferta, como agentes de viagens, concierges, blogueiros, jornalistas…. Existem bons exemplos dessas iniciativas. Uma delas liderada por um jovem e dinâmico profissional e turismo de búzios, Guilherme Guimarães, e sua equipa, vai agora a sua segunda edição e pode ser um exemplo de como com pequenas iniciativas se organiza e fortalece um destino. Assim é o 2º Encontro de Turismo Rio & Búzios, com o objetivo de fortalecer e unir o Turismo reúne empresário do trade na cidade de Búzios e agências de turismo e empresários na cidade do Rio de Janeiro. Nestas iniciativas temos os atores e os espectadores no palco a interagir e de forma direta a construir por um lado uma oferta mais ajustada, por outro a apresentar de forma direta e em primeira mão essa mesma oferta. Por um lado os empresários e agentes económicos têm noção do potencial de mercado e ficam com acesso ao mercado emissor e do outro lado, as agências e concierges, sabem de forma mais consistente o que têm para oferecer e a quem. O Brasil precisa que estas iniciativas se multipliquem pelas cidades e destinos, para que se crie uma verdadeira rede, genuína e operante, de turismo ativo, feito para viajantes, que não esteja à espera de grandes eventos ou do milagre do apoio do “estado” para fazer diferente.
* Antônio Quina foi um dos precursores do conceito de experience marketing na Europa, há mais de 20 anos. Casado com uma carioca, vive no Rio de Janeiro. É experience designer e desenvolve conteúdos e aplicativos que facilitam o acesso às experiências no destino.
Pousada Piuval foi a grande vencedora do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2017
Lisia Minelli
Apesar de o tema ser debatido em todo o mundo há tempos, no Brasil, parece que foi ontem que ouvimos falar pela primeira vez de sustentabilidade. Na Braztoa, desde 2005, o conceito já existe em suas atividades e até o estatuto da entidade foi alterado para dar mais ênfase aos benefícios de incorporar a sustentabilidade em sua gestão. “Temos acompanhado com muita atenção a transformação do meio ambiente e do consumo, principalmente agora com a turismofobia de alguns destinos que já chegaram ao seu limite. Precisamos pensar no futuro para que o turismo, que a principio é uma coisa boa, não tenha um impacto negativo. Trabalhamos no turismo e se não formos responsáveis com destinos e serviços, não teremos o que trabalhar no futuro”, alertou Monica Samia, CEO da Braztoa. Por isso, a Braztoa promove a sustentabilidade com base em três pilares: sociocultural, ambiental e econômico. Segundo Monica, é difícil traduzir o conceito em ações concretas. Então é importante começar pelo mais simples, como por exemplo, algo que ajude na redução de gastos e na gestão eficiente. “É importante ainda dar prioridade a parcerias sustentáveis com hotéis, serviços e transporte. Precisamos ampliar o entendimento para depois aprofundar. As empresas de turismo podem ter uma postura mais coerente para ter o mínimo impacto negativo”, afirmou. HISTÓRICO “Nossa primeira ação foi um projeto de benchmarking na Costa Rica, que era na época uma referência no tema, de onde voltamos com muitas ideias do que podíamos fazer no Brasil. Afinal, nosso país tem uma potencialidade enorme, mas não tínhamos um olhar aguçado e responsável para a sustentabilidade”, contou Monica. A partir dessa visita ao país vizinho, a Braztoa começou a colocar o tema em pauta e a cada ano vem dando mais importância a sustentabilidade. Tanto que hoje o conceito já é aplicado em todas as atividades e projetos da entidade. FUTURO SUSTENTÁVEL A CEO da Braztoa acredita que para o futuro, o consumidor, na hora de sua compra, escolherá empresas que tenham a sustentabilidade em seu DNA e não mais como um diferencial. Para ela, as futuras gerações terão essa consciência sustentável mais desenvolvida, que fará parte do cotidiano, e não será só mais uma discussão sobre o assunto. “É difícil acreditar, mas, há alguns anos a qualidade era um diferencial, e hoje nem conseguimos imaginar como era possível. Com a sustentabilidade será a mesma cosia. É uma questão de ética e responsabilidade usarmos bem nossos recursos”, disse.
INOVAÇÃO De acordo com Monica, a inovação é uma forma de garantir a sustentabilidade dos negócios. “O turismo é um setor muito tradicional na economia, temos empresas que foram fundadas há 60 anos e que trabalharam sempre da mesma forma. O desafio deles é se adaptar às mudanças que estão chegando. A inovação e o uso das tecnologias podem ajudar”, observou. Para ajudar seus associados e também ao mercado a se adaptarem a essa nova necessidade, a Braztoa desenvolveu no início de 2017 um projeto chamado de “Desafio de Inovação Turismo Inteligente”, com objetivo de estimular startups e empreendedores a terem ideias inovadoras em busca de soluções para aumentar a competitividade do turismo no Brasil. “Muito do que se podia fazer para implementar sistemas e tecnologias já está sendo feito. Agora o desafio é pensar em inovação, por isso, nosso papel é unir esses dois mundos: a expertise dos operadores e o empreendedorismo das startups, para que juntos eles possam desenvolver soluções para o mercado usando novas ferramentas”, explicou. Outra ação que promove encontros entre os associados da entidade e startups para apresentação de ideias que visam o uso da tecnologia para o segmento de turismo é o “Café com Inovação Braztoa”, que ocorre mensalmente sempre com palestrantes e startups novas a cada edição. PRÊMIO Para corroborar tudo que a Braztoa faz para seus associados e no setor de turismo, foi criado o Prêmio de Sustentabilidade Braztoa, que em 2017 chegou a sua sexta edição. Com chancela da Organização Mundial do Turismo, a iniciativa reconhece as melhores práticas e dá visibilidade às empresas e suas ações sustentáveis, estimulando a cadeia do turismo a agir de maneira ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável. O Prêmio conta com mais de 200 iniciativas inscritas e 56 iniciativas premiadas, provenientes de todas as regiões do Brasil. Pela sua importância, esse projeto foi objeto de uma pesquisa da Universidade de
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ESPECIAL
Monica Samia, CEO da Braztoa
Brasília, que divulgou dados inéditos que mostram o impacto do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade para seus vencedores. O estudo mostra que após serem premiadas, as empresas passaram a dar ainda mais importância ao tema: 54% das empresas aprimoraram seus programas de sustentabilidade, 63% voltaram a se inscrever no Prêmio, e 40% das iniciativas ganharam outros prêmios. VENCEDOR Na edição de 2017 do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, o grande vencedor foi a Pousada Piuval, de Mato Grosso, que ganhou o prêmio da categoria Meios de Hospedagens e o TOP Sustentabilidade com a apresentação do projeto “Gestão Sustentável em pequenos meios de hospedagem” – que trabalha com reuso de água, reciclagem de lixo e ações socioculturais para formar novos guias de turismo na cidade. Segundo Eduardo de Campos, diretor geral da Pousada, o empreendimento já faz ações com foco na sustentabilidade desde 2007 e em 2017 foi a primeira pousada do estado a ter o certificado NBR 15.401-2006, que consiste em 89 normas em gestão empresarial visando os aspecto ambientais, socioculturais e econômicos. Se utilizando dos três pilares da sustentabilidade (ambiental, social e econômico) a pousada desenvolve diversas ações. No aspecto ambiental está o controle no consumo de energia, o reuso de água, a reciclagem e o tratamento de esgoto e resíduos sólidos, por exemplo. No aspecto socioambiental, investimento em treinamento e contratação de mão de obra local, projetos que envolvam as comunidades e voluntariado com objetivo de valorizar a cultura da região. Já na parte econômica, a pousada tem controles desde financeiro, segurança e satisfação do cliente, e muito mais. Além de todas as atividades já desenvolvidas, o empreendimento tem outros projetos em andamento. “Estamos com projeto de colocar uma usina solar de placas fotovoltaicas para zerar a nossa conta de energia. Para esse investimento iremos precisar de R$ 600 mil, onde em apenas seis anos teremos o retorno do capital todo investido”, antecipou. Com esta ação, a pousada reduzirá seus custos fixos anuais em 4% durante 30 anos. Para o gerente, a sustentabilidade tem que ser uma aliada dos negócios, mais que ganhar prêmios. “Independentemente de prêmios e certificações, uma gestão sustentável além da economia, te dá controle total da empresa. Sabemos exatamente onde esta o gargalo, tomamos decisões menos precipitadas, investimos com mais certeza, pois temos um objetivo e metas concretas”, finalizou.
CASE DE SUCESSO A BWT Operadora é tricampeã do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade. Desde a primeira vez que se inscreveu, levou para casa todos os prêmios. De acordo com Adonai Aires de Arruda Filho, diretor-geral do Núcleo de Turismo da Higi Serv, a filosofia e as ações de sustentabilidade já existiam na empresa, mesmo antes de participarem da premiação. “Sempre tivemos nas empresas do Grupo essa preocupação com o meio ambiente. Nosso objetivo é ampliar essa consciência e incentivar colaboradores a aderirem não só na empresa, mas em suas vidas a importância da sustentabilidade”, comentou. Segundo o executivo, a cada ano as ações são ampliadas. E as boas práticas do mercado são inseridas no dia a dia da empresa. Como foi o caso de uma experiência que o diretor conheceu na Alemanha – quando ganhou pela primeira vez o Prêmio e pode ver in loco o que o país que é referencia em sus-
tentabilidade esta fazendo sobre o tema. “Conhecemos uma horta comunitária e imediatamente adotamos a prática na BWT. Fizemos uma campanha para doação de malas velhas, que hoje servem de canteiro para a plantação. Cada funcionário tem a sua própria horta. Agora queremos ampliar essa atividade e ter a participação de uma comunidade carente próxima para colaborar com a horta e se beneficiar dela”, antecipou. Além disso, a BWT também mantém uma comunidade carente de Morretes com a reciclagem da empresa. Tudo o que se produz na BWT é reciclado e revertido em beneficio para essas pessoas. Para Adonai, não há como separar as atividades da empresa da sustentabilidade. “Sabemos dos impactos que temos no meio ambiente e é nosso papel social e ambiental adotarmos ações que minimizem esse impacto. Não podemos sobreviver no futuro se não mudarmos nossa postura”, afirmou. O executivo finaliza dizendo que mesmo sendo um tema relativamente
AF_CBT-0179-17 ANÚNCIO TRADE PANROTAS - 21x28cm - natal.pdf
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Adonai Arruda, diretor-geral do Núcleo de Turismo da Higi Serv
novo para o brasileiro, no futuro a sustentabilidade será mais valorizada. “Acredito que falta um pouco de incentivo do próprio governo, com investimento em energias novas e limpas e outras formas diferentes com custo mais viável para que as empresas possam se tornar cada dia mais sustentáveis”, disse.
Clube de Turismo
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FEIRAS E EVENTOS
Fernando Santos, presidente da Aviesp
Aviesp muda estatuto e entidades do setor ensaiam união Associação reúne associados em Campinas, propõe mudanças e abre caminho para uma ampla união no setor Anderson Masetto
Marco Ferraz, Presidente da CLIA BRASIL
GRANDES INVESTIMENTOS E IMPORTANTES AQUISIÇÕES: O QUE ESPERAR DO SETOR PARA AS PRÓXIMAS TEMPORADAS O ano está acabando, mas a temporada de cruzeiros no Brasil tem um longo e promissor caminho até abril de 2018. Estima-se um crescimento de 15% na quantidade de turistas embarcados em relação à temporada passada. Os sete navios que já começaram a atracar no país devem embarcar 439,7mil pessoas, em 124 roteiros. Os números são bons e estamos apenas no começo dessa empreitada que promete ser de retomada. Enquanto trabalhamos em um crescimento contido em águas nacionais, os números internacionais aparecem grandiosos e extremamente animadores. E isso é bom. Para vocês, agentes de viagens, que terão uma cartela ainda mais completa de produtos e mais possibilidades de negócios, e para o Brasil, que amplia suas possibilidades de crescer a cada temporada que se inicia. Vejam alguns dados: - São 90 Navios encomendados e que estarão navegando nos próximos anos. - O investimento nos navios encomendados está avaliado em US$ 55 bilhões. - Um Navio médio terá 104 mil toneladas. - Esse mesmo navio terá capacidade de transportar 2.650 pessoas. Quanto mais navios, maior a demanda por novos e bons destinos. Nossa extensa e belíssima costa pode e deve estar no radar dessas empresas. É preciso estimular a vinda de mais embarcações, já que apenas os sete navios vão gerar 24 mil empregos nesta temporada. Serão 3,5 mil empregos por navio. Temos tudo para atraí-los e ampliar nosso faturamento, o número de cruzeiristas – potenciais clientes dos agentes de viagens - e, consequentemente, alavancar a economia nacional. Esses dados atestam a força e a necessidade de atenção com o nosso setor, já que são esperados 25,8 milhões de cruzeiristas viajando pelo mundo e, segundo estudo da CLIA em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o gasto médio de um turista deste perfil gira em torno de RS 560 por dia. Queremos toda essa força aqui! Que venham as próximas temporadas. Como sempre, e mais do que nunca, contamos com vocês.
Marco Ferraz é presidente da CLIA Abremar Brasil – Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos
Diretores e a s s ociado s da Associação da s Agência s de Viagens Indep endentes do Est ado de São Paulo (Aviesp) se reuniram no Royal Palm Plaza, em Campinas, para a terceira convenção da entidade. Na programação, palestras, cases de sucesso, a votação de alterações no estatuto e a pres ent a ções d o s p atrocinadores. Cerca de 70 profissionais participaram. “Preparamos a programação com muito carinho, focada nos agentes de viagens. A ideia é que quem veio até aqui saia melhor do que chegou”, afirmou o presidente da Aviesp, Fernando Santos. Ele revelou que as mudanças propostas para o estatuto foram aprovadas por unanimidade. Segundo o presidente, isso mostra que os associados e a diretoria da associação estão olhando para o mesmo lado e pensando no futuro da Aviesp. Ele também falou sobre a importância deste tipo de encontro para a evolução dos profissionais. “Ficou claro que precisamos nos reunir e conversar mais sobre o nosso negócio. O Estado de São Paulo é grande, por isso não temos feito isso com tanta frequência. Por este motivo, criamos os grupos regionais de WhatsApp, que têm dado bons resultados”, afirmou. “A Aviesp somos
todos nós, agentes associados. Precisamos desenvolver mais líderes para dar continuidade a este trabalho. A Aviesp só tem 35 anos e temos que levar isso muito mais à frente. Nosso próximo encontro será na Aviesp Expo nos dias 12 e 13 de abril”, complementou. MUDANÇAS Entre as principais alterações propostas para o estatuto da entidade, está o alinhamento do processo eleitoral com o que já acontece hoje nas Abavs Estaduais, passando os mandatos de três para dois anos. Além disso, foi retirado o termo “independentes” e toda expressão correlata do estatuto. Outro ponto importante foi a maior força dada à diretoria executiva e a instituição das eleições por meio eletrônico, assim como ocorrerá na Abav Nacional. UM POR TODOS A convenção era da Aviesp, mas na abertura quem roubou a cena foi o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull. O dirigente destacou a imp ortância de colocar todas as entidades embaixo de um mesmo guarda-chuva, unir esforços, encontrar sinergias e economizar recursos. Ele afirmou que os presidentes de todas as entidades já entendem isso e que com a união e respeito entre elas é mais fácil atin-
gir os objetivos. “Este é um caminho necessário. Precisamos de um setor forte e com um foco único para ser resp eitado. Conseguimos entender que, com todos juntos e falando a mesma língua, sem a concorrência de quem aparece mais, o sucesso vem”, destacou. Bull lembrou que quando foi presidente da Abracorp promoveu a união do então Favecc com a TMC Brasil e pregou esta ideia para as entidades que atuam com os agentes de viagens em todo o país. “Temos que ter uma única mensagem. Os presidentes das Abavs estaduais e das demais entidades, estão fazendo lições de casa e se adaptando inclusive com os seus estatutos”, disse. “Por que temos que ter três entidades? Por que não estarmos todos juntos? Temos que nos juntar para fazer uma entidade muito mais forte. Por que não ter todas entidades embaixo do guarda- chuva da Abav?”, complementou. “É uma questão de tempo”. Foi assim que o presidente da Aviesp, Fernando Santos reagiu ao ser questionado sobre uma união formal das entidades. “Este é o caminho e todas as entidades estão adequando os seus estat utos para se encaixarem com o da Abav Nacional. Isso pode ocorrer em 2018”, finalizou.
Quem é o associado Aviesp Durante a Convenção, a entidade promoveu uma pesquisa para identificar o perfil dos seus associados. Com uma amostra de aproximadamente 30% do total de associados, o estudo foi feito em parceria com a Capacitar, de Lucio Oliveira. Os dados apurados mostraram que 46,81% das empresas têm 20 ou mais anos de atuação no mercado e que 21.28% têm entre 11 e 20 anos. Outra informação foi sobre a área de atuação das empresas. 100% delas atuam no segmento de lazer e 42,55% também atuam com o corporativo. O setor de eventos também teve destaque, com 14,89% do total. O número de colaboradores também mostra o tamanho das agências. A grande maioria (59,57%) conta com cinco ou menos funcionários. Apenas 2,13% têm mais de 20 funcionários. Em relação ao faturamento, 19,15% somam até R$ 100 mil, 55,32% entre R$ 101 e R$ 500 mil, 8,51% entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão e 2,13% acima disso.
Marcelo Matera, da ABC Turismo, Antonio Dias, do Royal Palm Plaza, e Edmilson Romão, presidente entre Juarez Cintra Neto e Juarez Cintra da Abav-SP Filho, da Ancoradouro
Mariana Bellucci, da Local Turismo, Juliana Luengo, da Bedsonline, e Sebastião Pereira, da Discover Tours
Marcelo Oliveira, Juliana Assumpção e Fernando Santos, da Aviesp, e Edmar Bull, presidente da Abav Nacional
Participantes da convenção no encerramento do evento
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AVIAÇÃO
Gol: em busca um novo posicionamento de imagem no mercado para atrair novos passageiros
German Carmona, gerente de Marketing da Gol
Luiz Marcos Fernandes Desde junho de 2016, a Gol mudou seu posicionamento em relação a imagem da empresa. De acordo com German Carmona, gerente de Marketing da companhia, a nova estratégia tem como objetivo reforçar e consolidar a imagem da empresa aérea junto ao seu público. “A partir de agora decidimos identificar os anseios dos nossos passageiros e resgatar o DNA da Gol ao oferecer melhores produtos, serviços e experiências para aqueles que viajam conosco”, destaca. Ele cita como exemplo o banco de couro, a internet a bordo, salas VIPs nos aeroportos. “São vários serviços que temos colocado no mercado junto com uma campanha de modo a permitir aos passageiros novas experiências”. Entre elas, ele falou sobre a plataforma da música e a ação com o cantor Luan Santana.
O executivo lembra que foi graças a Gol que 20 milhões de passageiros voaram pela primeira vez. “As pessoas tiveram essa oportunidade que foi fantástica”. Sobre o futuro destaca algumas propostas. “A partir de agora vamos olhar com mais carinho para os passageiros mais frequentes para oferecer a ele ações específicas”, complementou. Ele destacou ainda que o mercado mudou neste período. “Hoje a Gol oferece já inúmeros benefícios aos seus clientes Smiles, como é o caso da franquia de bagagem, preços mais baixos e escolha de assentos”, afirmou. ”Nossa equipe comercial tem procurado levar sempre os agentes mostrando que o aplicativo da Gol oferece inúmeras facilidades”, complementou. Segundo ele, a nova imagem traz consigo o slogan Inovação e Tecnologia como estratégia de ampliar suas ações junto ao mercado.
LUAN SANTANA Já imaginou em embarcar num voo para um encontro com o seu ídolo pessoalmente? Foi isso que a diretoria da Gol proporcionou a um grupo de felizardos para lançar o clipe da nova música “Check-in” do sertanejo Luan Santana. O músico decidiu participar da ação inédita em parceria com a Gol e o Thermas Water Park, em cinco cidades do Brasil: Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Salvador. E para loucura das fãs que embarcaram no voo
Avianca assume liderança em número de passageiros em Salvador Pedro Menezes Os dados divulgados mensalmente pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostram que a Gol continua líder no mercado doméstico, enquanto a Latam Brasil domina o share internacional entre as quatro mais importantes companhias brasileiras. Este resultado é o mesmo pelo menos há dois anos. No entanto, aos poucos, a vantagem de ambas vêm diminuindo, enquanto Avianca e Azul colocam, cada vez mais, suas “asas de fora”. A Avianca Brasil, por exemplo, começou o ano com share de 11,83% no mercado doméstico. Até outubro, este número já estava em 13%. Este crescimento expressivo em apenas dez meses, mesmo com uma frota menor de aeronaves (se
comparado a Gol e Latam), pode ser considerado louvável. Mas o grande destaque para este mês foi a forte presença da Avianca no Aeroporto Internacional de Salvador. Pela terceira vez na história, primeira vez no ano, a companhia desbancou as três principais concorrentes e conquistou a liderança em número de passageiros embarcados e no número de assentos ofertados num aeroporto nacional. Foram exatos 176.001 pessoas transportadas e 209.409 assentos oferecidos no período, um recorde. Na segunda posição está a Gol com 170.799 passageiros transportados e 205.227 assentos ofertados no mês de outubro. Com relação as outras companhias, larga vantagem sobre Latam (169 mil) e Azul (131 mil).
Passageiros transportados aeroporto Salvador outubro 2017
fretado da Gol, de Belo Horizonte, a emoção não poderia ser maior. Apenas 50 fãs puderam embarcar. A resposta da pergunta inserida nos Totens participantes era a senha “Qual o nome da nova música do Luan Santana com lançamento dia 8?”. Aqueles que acertaram participaram de um sorteio. O prêmio incluiu passagem de ida e volta, com transporte e alimentação. De acordo com o German Carmona, a ideia faz parte de uma estratégia para divulgar o slogan “A Gol é para todos”. “Decidimos convidar o Luan Santana para essa ação que traz junto seu público fiel, de modo a levar
Ação com Luan Santana envolveu 50 fãs do cantor em um voo entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro
a proposta de mostrar que a maior companhia do Brasil traz para seus passageiros o melhor cantor. E essa primeira foi um sucesso com mais de duas mil inscrições em apenas 4 horas”, destacou. Luan Santana agradeceu o carinho das fãs presentes na ação. “Fiquei muito feliz por poder participar desta ação da Gol e promover meu novo clipe. Era um projeto audacioso, mas que acabou dando certo e estou muito feliz com essa parceria e esta iniciativa”, destacou. Após pousar no Galeão o grupo foi para o Village Mall onde foi apresentado oficialmente o novo clipe.
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AGÊNCIAS E OPERADORAS
Em busca de modernização e sustentabilidade, Abracorp muda estatuto e associados ganham mais poder Em assembleia geral, realizada em Mendoza, na Argentina, entidade reúne associados e prepara associação para o futuro Lisia Minelli
Durante a Assembleia Geral da Associação Brasileira de Agências de Viagens Cor p orativa s (Abracor p), que neste a no aconteceu em Mendoza, na Argentina, os a ssociados aprovaram um novo es t at uto para a entidade. Segundo Rubens Schwartzmann, presidente do Cons elho da a ss ociação, as mudanças propostas foram uma atualização da versão já existente, criada há dez anos. A ideia foi moder nizar as boas práticas de governança e, para isso, todos os associados foram envolvidos, o que resultou em uma nova versão aprovada por unanimidade. Entre as mudanças está a cláusula para novos associados, que agora passa por apreciação de todos os membros. Além disso, a nova empresa deve ter perfil adequado e pré-requisitos necessários para o pleito. “Técnica e ética ainda são os principais fatores para entrada do novo membro”, comentou. Outra
mudança é que membros do Conselho e ex-presidentes podem voltar a se eleger para presidência da entidade. D e a co rd o co m S chwart z ma n n, o objet ivo é prop orcionar uma ma ior participação dos associados e também a valorização da entidade. “Revisamos o planejamento est ratégico e encont ramos op ort unidad es d e m elhoria s com prop ósito d e em p od erar os associados, desde então iniciamos vários projetos e entre eles a necessidade de alterar o estatuto”, disse. A primeira alteração aconteceu no formato das reuniões, que ganharam mais tempo de debate de mercado e menos apresentações. Os for necedores pa ssaram a contribuir de forma efetiva para discussões, tornado os encontros mais produtivos e atrativos. Outra ação foi a criação do Business Intelligence Abracorp. “Os números da Abracorp se tornaram dados importantes para o mercado e com isso vimos a necessidade de
um olhar mais crítico. Criamos o BI e a partir de 2018 todos nossos dados serão divulgados por meio dele. Também no início do próximo ano lançaremos uma cartilha com boas práticas entre associados, fornecedores e clientes com foco nos princípios e valores da entidade”, contou o presidente. Para Carlos Prado, vice-presidente da ent idade, todas essas alterações têm foco na sustentabilidade das empresas e da associação. “Receb er o melhor preço não é o mesmo que receber o melhor serviço. Queremos equalizar os interesses de todos”, finalizou. ELEIÇÕES 2018 Embora os associados peçam sua presença, é provável que Rubens Schwartzmann não se candidate a reeleição do cargo de presidente para o próximo biênio. Em março de 2018 ocorre nova eleição da entidade, e Rub ens já aponta que uma sucessão será o caminho. “Já fui vice-presidente do Edmar Bull
Rubens Schwartzmann, presidente da Abracorp
por quatro anos e estou no cargo de presidente mais dois anos. Acho que todos os associados estão aptos em desempenhar bem esse papel, dando continuidade aos projetos. Minha empre-
sa está cha ma ndo, então é provável que haja uma sucessão e não reeleição”, a nte cip ou. Carlos Prado, atual vice-presidente, e Luis Vabo, conselheiro, são as apostas para o cargo.
Marco Fernando, da B2B, entrega homenagem para Schwartzmann e Tanabe da Abracorp pela parceria
Carlos Prado, da Tour House, e Eduardo Vasconcellos, da Kontik
Grupo de associados Abracorp em visita a bodega Zuccardi
Rubens Schwartzmann abriu a reunião da Abracorp
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AGÊNCIAS E OPERADORAS
Abracorp aponta crescimento das vendas do 3º trimestre
Gol quer liderança dos voos da Abracorp para Argentina De acordo com Eduardo Bernardes, diretor de Vendas e Marketing da Gol, a companhia possui atualmente o maior volume de rotas entre Brasil e Argentina, porém, ainda não é líder de vendas dos associados Abracorp. Segundo Bernardes, algumas agências possuem uma per forma nce alta na s venda s dess e trecho, porém, outras possuem resultados muito p equenos e que devem ser melhor trabalhados. “Vamos identificar aquelas agências que vendem menos e est ab ele cer um pla no, ver a s oportunidades para tomarmos as melhores decisões de investimento”, comentou.
com 16,7% do faturamento, seguida pela American Airlines (11,6%); Demais (9,6%); Air France (9,4%); Lufthansa (7,5%) e United (7,4%). A hotelaria nacional e internacional apresentou queda. O segmento nacional recuou 1,9% e o internacional caiu 3,2%. O market share da hotelaria nacional ficou assim: Hotéis Independentes (34,8%); Outras Redes (22%); Accor (12,7%) e Atlantica (7,2%). Já na Internacional, Independentes e Outras Redes empataram (39%); Hilton (6,4%); Accor (5,4%); Brokers (5,1%) e IHG (5,1%). A locação nacional registrou recuo de 0,1% e a Internacional avançou 5,7%. O segmento de Transfers (Nacional e Internacional) cresceu 74,6%, na comparação dos trimestres.
Aéreo Nacional
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O resultado financeiro da Abracorp no terceiro trimestre do ano saltou de R$ 2,7 bilhões para R$ 3 bilhões, um crescimento de 10%. Os segmentos aéreos nacional e internacional lideraram o conjunto de vendas. O nacional passou de R$ 1.051.859.366 para R$ 1.192.886.682; e o internacional de R$ 814.805.710 para R$ 979.205.334; crescimento respectivo de 13,4% e 20,2% A Gol conf ir mou sua liderança com 31,6% do market share, seguido por Latam (28,4%); Azul 23,2%; e Avianca (15,8%). Em faturamento, o ranking também a Gol (32%) no topo; seguido p or A zul (27,7 %); Latam (27,4%) e Avianca (12,1%). A tarifa média avançou de R$ 598 para R$ 606, com variação positiva de 1.3%. No internacional, a Latam lidera
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Vai e Vem do turismo
Ú SALVADOR DESTINATION - O empresário Roberto Duran foi eleito novo diretor-presidente da Salvador Destination para o período 2018/2019. Duran substitui Paulo Gaudenzi, que esteve à frente da entidade desde sua fundação, em 2013. Gaudenzi, por sua vez, foi indicado para a vice-presidência de Relações Institucionais, enquanto Celso Ricci foi reconduzido na vicepresidência Administrativo-financeiro. ÚTREND - A operadora acaba de cont ratar Grazielle Garcia como executiva de Vendas para São Paulo. A profissional atenderá as agências de viagens localizadas na região O este e resp onderá diretamente para Maurício Nascimento, gerente regional de Vendas para São Paulo. Para falar com ela, envie um e-mail para ggarcia@trendoperadora.com. br. Ú GJP - O Wish Natal by GJP foi reinaugurado no dia 15 de dezembro, e a GJP Hotels & Resorts anunciou seu novo gerente geral, o executivo Gefferson Alves, que acumula mais de 10 anos de experiência no setor. Gefferson Alves assume o novo desafio após passagens por unidades de luxo de grandes grupos hoteleiros como Accor, Meliá, Pestana e JA Resorts & Hotels, em Dubai, nos Emirados Árabes. O novo gerente geral do Wish Natal by GJP já está em treinamento na unidade. ÚSAMADHI - O Gr upo Samadhi Hotels, administradora do Costa Bra sil is A l l I n clu sive Res o r t & SPA, acaba de anunciar seu novo gerente de vendas. Wassil Jorge, com 24 anos de carreira no setor de hotelaria e turismo, já passou por hotéis, como o Ritz Praia, Ritz Plaza mar e R itz Lagoa da A nta, todos em Maceió, além de há alguns anos ter fundado a WJ Hotelaria. Ú SINDHOTÉIS - O empres ário Neuso Rafagnin foi eleito presidente do Sindhotéis de Foz do Iguaçu e Região, no Paraná, nesta quinta-feira (30/11), encabeçando a chapa eleita que tomará posse em janeiro de 2018 para conduzir o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares no quadriênio 2018 a 2021. “Queremos
Mais lidas
um sindicato ainda mais forte. A nova diretoria estará à disposição e com muita vontade de trabalhar”, disse. ÚAIRBUS - A fabricante nomeou R icha rd Ma r el l i, p r e sid ent e d a Helibras, como Head of Count r y no Brasil. Além de seu atual papel no comando da subsidiária brasileira d e h elicópt ero s, Marel li s erá o principal representante do gr upo Airbus no País e responsável por conduzir assuntos governamentais, cont ribuindo para a est ratégia e apoio às campanhas comerciais da companhia. ÚAVIRRP - A Associação das Agências de Viagens de Ribeirão Preto (Avirrp) passou a contar com um importante apoio para a comercialização de sua feira. A entidade contratou a executiva Da n iela Mon ner rat, com a mpla experiência no segmentos de vendas e de eventos, para ocupar o cargo de assessora de Novos Projetos. Ela ficará baseada em São Paulo e será responsável pela comercialização da feira e pelo desenvolvimento de novos negócios. ÚSABRE - A Sabre Cor poration anunciou a nomeação de Esteban Velasquez como vice-presidente da Travel Net work (TN) na América Lat ina e no Carib e. Ba s eado no e s cr i tór io em Mo nt ev id éu, el e liderará uma equipe regional que atende estrategicamente clientes em 43 p a ís e s. Já Lu i z A m b a r, v i ce- p r e s id ent e d a s o p era çõe s no Bra sil, va i t ra n sicionar sua s resp on s a bilid a d es p ara Elis a Carneiro, que assume o papel de diretora do país.
Nobile anuncia reforma do Gran Nobile RJ Barra e assume mais dois hotéis no Rio Rede promove retrofit no antigo Sheraton Barra, unidade que assumiu em outubro deste ano.
Abav-SP discute tendências e oportunidades para 2018
CVC faz Encontro de Líderes para anunciar nova estrutura
No último fór um promov ido em 2017, a ent id a d e b u s co u esp e cia lis t a s p ara a p ont ar tendências do próximo ano
Ap ós aquisições, ma ior op eradora do pa ís mud a a composição de sua diretoria
Exclusivo do site
ÚOTHON - A Rede de Hotéis Othon anuncia a contratação de Albano Theodoro como o novo gerente geral da unidade de Salvador. Com vasta exp eriência em gestão hoteleira, proporcionu resultados expressivos para as empresas pelas quais passou. Albano tem mais de 30 anos de carreira e atuou em diversas unidades hoteleiras como: Hotel Portobello Resort & Safari e Porto Real Resort em Angra dos Reis/ RJ, Hotel Meliá em Maceió/Al, Hotel Celi em Aracajú/ SE, entre outros.
AGENDA
17 a 21/01
03 a 05/4
FITUR O Fórum de Investimentos e Negócios Turísticos na África do Sul será uma das novidades da edição da edição da Fitur 2018. O evento é uma realização da organização da Fitur, OMT e Casa África e acontece no dia 18. Outras novidades também estão reservadas aos visitantes como a realidade virtual aplicada ao turismo, além da VI edição da Fitur Know How & Export. Os organizadores esperam superar os números da última edição quando recebeu 9.893 empresas expositoras de 165 países e 109.134 visitantes. Informações: www.ifema.es/fitur
WTM LA Os interessados em participar da edição da WTM Latin America 2018 já podem se inscrever no Hosted Buyer Programme, o Programa de Compradores Internacionais. O objetivo é trazer 60 buyers (compradores) não só da América Latina, mas de todo o mundo, para o evento. Representantes dos segmentos de Turismo de Lazer e Mice contarão com facilidades como agenda personalizada de reuniões com expositores de sua escolha, oportunidades exclusivas de networking formal e informal e acesso ao lounge dos Hosted Buyers. Informações: latinamerica.wtm.com
15 a 17/03
07 a 11/03
SALÃO PARANAENSE DE TURISMO A ABAV-PR conf ir m ou novo s ex p o sitores para o 24º Salão Paranaense de Turismo, que acontece ent re os dias 15 e 17 de março na capital paranaense. Entre os já confirmados estão as operadoras Abreutur, Flot Viagens, Domus Operadora de Turismo e Personal Tour O p erator. Os empre endimentos hoteleiros também estão buscando sua exposição. Termas de Jurema, Iberostar e Costão do Santinho já estão com seus espaços garantidos. Fecham o grupo de expositores confirmados a Intelly, o Festival das Cataratas e a Sixt Rent a Car. Informações: www.salaoparanaense.com.br
ITB BERLIN Na sua 52ª edição, a ITB Berlin terá Zambia como país convidado. O evento destaca em seus 26 pavilhões durante os cinco dias de duração, novidades e lançamentos de mais de 10 mil empresa s exp ositora s provenientes de 184 países e as últimas tendências do setor turístico global, ocupando 160 mil metros quadrados onde estão distribuídos 1.092 estandes. Os organizadores do salão de turismo esperam a assistência de mais de 100.000 visitantes. No dia 8 de março, compradores e suppliers participam de reuniões de negócios. Informações: www.itb-berlin.de
Conheça os fatores que podem transformar o turismo do Ceará em 2018; vídeo
Alceu Valença comanda carnaval em ação da Setur-PE no metrô de São Paulo
Veja o vídeo produzido pela Setur-CE sobre os avanços do setor nos últimos dois anos no estado.
A Secretaria de Turismo de Permambuco promoveu um verdadeiro Carnaval no metrô de São paulo. As fotos estão no site do M&E. www.mercadoeeventos.com.br Tiragem: 17.120 exemplares Circulação nacional através de mala direta
Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretor de Inteligência de Mercado Bernardo Ignarra (bernardo.ignarra@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2251 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6262 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) | Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) | Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6316 / 3233-6320 Estados Unidos - Brazil Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistente Operacional Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal.
Mercado & Eventos é uma publicação do
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