M&E 335

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Janeiro 2018

| 1ª quinzena | ano XVI | nº335

mercadoeeventos.com.br

TURISMO EM DADOS O perfil dos turistas estrangeiros é objeto de estudo da Embratur. Página 4

ENQUETE O que sugerem os especialistas e o trade aos futuros governantes para 2018. Página 6

AVIAÇÃO Gol prepara seu retorno ao mercado norte americano com os B737 MAX. Página 7

AGÊNCIAS E OPERADORAS Transmundi apresenta programação de roteiros para temporada de 2018. Página 17

AVIAÇÃO

NOVA YORK: A “Big Apple” fica mais atraente com novos voos diretos e diários da Avianca

Páginas 10 e 11

Azul inicia operações no Pará com voo regular entre Belém e Fort Lauderdale, na Flórida. Página 16

EXTERIOR México registra crescimento de mais de 20% em 2017 no fluxo de turistas brasileiros. Página 7

Latam volta a crescer e fecha 2017 com sinais de recuperação Aérea apresentou crescimento na conectividade e anuncia planos para 2018

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AGÊNCIAS E OPERADORAS Carlos Palmeira assume presidência da Abav Nacional e prega união e continuidade nas ações de sua gestão

AGÊNCIAS E OPERADORAS Com a CVC Corp, nova holding do grupo, a CVC comemora cinco aquisições desde 2012 Patriani deixa a empresa

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ENTREVISTA

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Alberto Cestrone, diretor geral do Infinity Blue Resort & SPA, destaca as ações para tornar os resorts mais competitivos e conhecidos no mercado internacional

Confira o calendário de feiras e eventos para o primeiro semestre de 2018. Página 14


Descubra o mundo Crescimento de 18% de visitantes em 2017 Presença de 600 jornalistas do mundo inteiro Mais de 1.000 membros do WTM Buyers’ Club Reserve um estande em: latinamerica.wtm.com

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ENTREVISTA

O mercado internacional desconhece o potencial dos resorts no Brasil Luiz Marcos Fernandes

Apesar do empenho da Associação Brasileira de Resorts (ABR) no sentido de fortalecer a entidade e seus associados, o segmento de resorts brasileiros ainda é um nicho pouco conhecido no mercado internacional. A constatação é do próprio presidente da ABR, Alberto Cestrone, diretor do Infinity Blue, que acaba de assumir o cargo para conduzir a entidade nos próximos dois anos. Cestrone quer incrementar as ações de divulgação no mercado internacional. Outra preocupação diz respeito a qualificação e capacitação da mão de obra do setor no país. O dirigente defende, inclusive, um intercâmbio dentro de um programa de troca de experiências com os funcionários. A medida vai permitir, segundo ele, uma capacitação maior e a melhoria na qualidade dos serviços, questões que considera fundamentais. MERCADO & EVENTOS – Como vê o segmento de resorts no Brasil em comparação com o padrão destes estabelecimentos nos países mais avançados? Alberto Cestrone - Acredito que nos últimos anos evoluímos muito na qualidade e nos serviços. Posso adiantar que em nada ficamos a dever aos melhores resorts no mundo no que se refere ao padrão de qualidade. Ao mesmo tempo reconheço que temos que avançar em alguns aspectos. É preciso mostrar o diferencial dos nossos serviços e a qualidade dos nossos produtos junto ao mercado internacional. Para isso, vamos preparar um calendário com workshops, participação em eventos e outras iniciativas para que se conheça melhor o grande potencial dos resorts brasileiros. Outra preocupação diz respeito à mão de obra especializada. Este é um item que devemos ter uma atenção toda especial, pois o bom ou mau atendimento ao hóspede pode significar muito na impressão que fica do estabelecimento. Uma das ideias é promover um intercâmbio de mão de obra para que os funcionários tenham uma visão mais ampla do mercado e possam adquirir novos conhecimentos. M&E – Além da falta de conhecimento, que outro fator ainda interfere na escolha de um resort no país? Alberto Cestrone – Quando se fala em viagens muitas vezes estamos nos referindo a questão do acesso aéreo e não resta dúvidas de que o preço dos bilhetes no país é um fator que tem peso contrário muito grande. Entendo que as companhias têm seus custos e um deles diz respeito a carga tributária. Mas certamente o Gover no Federal e também os estaduais poderiam adotar medidas que pudessem reduzir este custo. Alguns estados que fizeram isso ganharam novos voos. Aqui mesmo em Sa nt a Cat arina muit a s vezes é mais econômico um bilhete de Florianópolis para Buenos Aires do que viajar para outros estados no Brasil. Outra medida que poderia favorecer a vinda de estrangeiros ao país seria o Air Pass porque é uma forma do turista permanecer mais tempo no país pagando menos em seus descolamentos. O processo de concessão já ajudou muito. Aqui mesmo em Santa Catarina, nossa expectativa é enorme com o novo aerop orto que deverá at ra ir um volume maior de empresas aéreas e novas rotas.

M&E – Existem inúmeras entidades e associações no segmento de meios de hospedagem. O que na sua opinião pode dar maior credibilidade ao setor? Alberto Cestrone – Temos de fato uma variedade de associações e entidades. Eu sou favorável a um trabalho maior de parceria e união para podermos ter uma representatividade expressiva não apenas junto ao Ministério do Turismo, mas principalmente no legislativo, onde a cada semana temos projetos que dizem respeito aos meios de hospedagem. É importante ao setor um trabalho permanente de acompanhamento e aproximação no Congresso Nacional. Deste modo, podemos acompanhar de perto os projetos em andamento, como é o caso da Lei Geral do Turismo e tantos

outros. Do mesmo modo que, com o apoio legislativo, podemos apresentar sugestões e medidas que favoreçam os resorts. Veja o caso da aprovação dos cassinos, uma medida que ajudaria muito. Veja o caso de Monte Carlo, um exemplo bem sucedido. E lembro que os resorts e grandes hotéis têm todas as condições para o funcionamento de cassinos. M&E - Como analisa as perspectivas para o segmento de resorts para esse ano? Acredita que o processo gradativo de crescimento irá se manter? Alberto Cestrone – Lembro que em 2018 teremos eleições e Copa do Mundo. Mesmo assim, estou otimista em relação ao processo de recuperação do setor baseado nos resultados registrados nestes últimos me-

Alberto Cestrone

ses de 2017. Agora mesmo no verão temos tido uma procura intensa até o Carnaval com algumas datas praticamente lotadas. Já no último trimestre, constatamos sinais de recuperação. Agora temos que lembrar que a economia está atrelada a estabilidade política. E esse é um fator preocupante pois a retomada do crescimento depende do ambiente político. Esperamos ter um ano com maior equilíbrio e tranquilidade, sem grandes oscilações.


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EDITORIAIS

TURISMO EM DADOS

O que esperar ?

Conheça o perfil dos turistas que vêm ao Brasil

Roy Taylor

É natural que a cada ano que se inicia as esperanças de dias melhores se renovem. E 2018 não será diferente. Mas certamente as nossas expectativas de crescimento nas vendas, fortalecimento da indústria do turismo e um futuro mais promissor dependem diretamente de uma série de medidas e ações a serem viabilizadas, tanto por parte do Governo, como do setor privado. A começar pela maior união e parceria do setor em torno da elaboração de uma plataforma, com propostas, medidas e ações a serem encaminhadas aos candidatos ao pleito eleitoral que irá acontecer em outubro de 2018. É fundamental que se cobre dos futuros governantes, seja na esfera federal ou estadual o compromisso de implementar um programa de Governo de modo a fazer desta indústria uma atividade econômica no processo de retomada do crescimento do país, como aconteceu com outros países como Grécia e Portugal, entre outros. Do mesmo modo, que é essencial a valorização de equipes técnicas no comando das secretarias e do próprio Ministério. Não há possibilidade de se implementar qualquer política de gestão com sucesso no modelo atual onde os cargos são utilizados em sua grande maioria, como moeda de troca de interesses políticos A estabilidade política e a retomada da economia do

país são itens de fundamental importância para garantir ao mercado a tranqüilidade e a credibilidade necessárias para novos investimentos. Neste sentido, duas medidas podem contribuir em muito para que programas como a nova versão da Lei Geral do Turismo e o próprio programa Brasil + Turismo, idealizado pelo MTur não se percam com a troca no comando do ministério prevista para acontecer até o final de março. A primeira delas é a implementação de um trabalho permanente junto ao legislativo. A segunda é a adoção do novo modelo do Conselho Nacional de Turismo como um órgão independente capaz de cobrar do Governo medidas de incentivo ao setor, bem como a aprovação de projetos como a nova Embratur, a ampliação do capital estrangeiro nas aéreas nacionais e a volta dos cassinos, entre outros. Num ano cujo calendário prevê além dos tradicionais feriados, Copa do Mundo e eleições não há como manter expectativas positivas e otimismo se o trade não fizer a sua parte e os nossos governantes não tiverem a percepção da força e do grande potencial desta indústria. É o mínimo que se pode esperar. Roy Taylor é jornalista, publicitário e CEO do Mercado & Eventos

Correção de rota Luiz Marcos Fernandes Em plena temporada de cruzeiros marítimos, o Ministério do Turismo comemora um incremento de 15% na oferta para a temporada em comparação ao verão passado. Mas nem tudo é festa. Infelizmente uma série de fatores têm contribuído para voltamos ao patamar de 14 anos atrás. Menos de 500 mil embarques. É pouco para um país com a dimensão da costa brasileira e o clima tropical. Infelizmente o Brasil segue na contramão do mercado marítimo mundial. Países como a China que não tinha mercado até recentemente hoje movimenta 2,1 milhão de passageiros e 60 navios nos mares asiáticos. A Austrália é outro mercado que já tem 1,1 milhão de cruzeiristas. O Brasil já registrou um volume próximo a 1 milhão de passageiros/ano. Mas vários favores contribuíram para a redução de um mercado que já chegou a receber 20 transatlânticos e atualmente viu esse volume ser reduzido a 1/3. A alta carga tributária, a legislação trabalhista ultrapassada, aliada a falta de uma melhor infraestrutura portuária e um receptivo de qualidade, contribuem para isso. Tudo isso são fatores que acabam impactando de forma negativa o mercado de cruzeiros no país. Só com taxas portuárias e impostos as companhias marítimas gastam mais de R$ 150 milhões. Se no Brasil o setor vem sofrendo o impacto da retração no

mercado mundial acontece o contrário. A previsão para o ano encerrado de 2017 chega a marca de 25 milhões de cruzeiristas, 27 novos navios. Uma oferta de 500 mil leitos, gerando negócios na ordem de US$ 120 bilhões. E os nossos governantes – seja na esfera federal ou estadual – ainda não se deram conta do grande potencial deste mercado. No Brasil, o faturamento gerado em negócios pelos cruzeiros registrou queda de 20% na temporada passada totalizando R$ 1,7 bilhão. Poderia ser mais, bem mais e já chegou a gerar R$ 4 bilhões em temporadas anteriores. Veja o caso de Balneário Camboriú que montou uma infraestrutura portuária e neste verão está recebendo cruzeiros da MSC e Costa Cruzeiros. Ganham as companhias que têm mais um porto alternativo e ganha o comércio local pelo volume de gastos dos passageiros a cada parada. A cada temporada as armadoras apresentam transatlânticos de maior porte no mercado mundial. Cabe as autoridades oferecer um infraestrutura portuária e um receptivo de qualidade capaz de atender a esse mercado. Mas para isso, é necessário entender esse segmento como uma atividade econômica geradora de renda, emprego e investimentos. NR – Luiz Marcos Fernandes é jornalista, chefe de Reportagem do M&E. Formado em comunicação pela Faculdade Helio Alonso tem pós graduação em Turismo pela UNB.

A Embratur divulgou a terceira edição 2017 do Boletim de Inteligência Comercial (BIC), em que apresenta o perfil dos 20 principais países emissores de turistas estrangeiros para o Brasil. A publicação, disponível no Visit Brasil e no portal institucional da Embratur, tem o objetivo de compartilhar com operadores, agências de viagens, companhias aéreas, hotéis, secretarias de turismo, conventions, dentre outros representantes do trade turístico, informações e dados estratégicos que possam contribuir para melhorar o planejamento comercial, de maneira a aumentar

os resultados na captação desses visitantes. Para a elaboração desse boletim, foram utilizadas as pesquisas realizadas pelos Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs), junto ao trade turístico, ao longo do segundo semestre de 2016. Além do resultado desse levantamento, foi levada em conta a percepção adquirida na atuação in loco da Embratur nos países e seu relacionamento com operadores, agências e companhias aéreas. Complementarmente, foram utilizadas informações estatísticas produzidas pelo Ministério do Turismo.


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ENQUETE

Turismo 2018: trade sugere medidas para retomada do crescimento Sem grandes expectativas, mas com esperança de dias melhores, a indústria do Turismo recebe o novo ano com propostas e sugestões que podem contribuir no processo de retomada do crescimento. Nesta enquete o M&E ouviu autoridades e especialistas em relação ao que esperam dos novos governantes a serem eleitos em outubro, bem como propostas e reivindicações que podem contribuir para o fortalecimento do setor.

Que medida sugere aos futuros governantes a serem eleitos em 2018 para fortalecer a indústria do turismo no país? Por que?

Salvador Saladino, presidente da BITO –Brazilian Incoming Tour Operators Os novos governantes têm que entender a importância de um amplo trabalho de promoção do Brasil junto aos destinos internacionais. Mas isso apenas não basta. Têm que buscar negociações com as empresas aéreas interessadas em realizar voos para o Brasil para que os preços das tarifas sejam atraentes e podermos fazer frente a outros países concorrentes. Da mesma forma que é preciso mudar a mentalidade dos governantes de modo a entender o turismo como atividade produtiva geradora de emprego, renda e investimento. Não há como fazer com que o setor ganhe credibilidade se não tiver um modelo de gestão técnico. Infelizmente os acordos políticos acabaram por fazer da pasta uma moeda de troca, de interesses políticos e pessoais. Isso não pode continuar. No momento em que o país entender isso certamente poderemos ter melhores perspectivas para o nosso setor.

Adriano Gomes, gerente da CVC Rio de Janeiro A primeira coisa a fazer é estabilizar a política e a economia do país. Lembro que quando a economia ia bem o turismo ia bem também. Ou seja, as pessoas deixam de viajar quando há um clima de incerteza pois, não têm como se planejar de modo adequado. O brasileiro quer sim tranquilidade, confiança em poder saber quanto vai gastar. Outra coisa que os futuros governantes devem se ater, principalmente quando se fala de políticas de turismo federal e estadual. Faltam medidas de incentivo ao turismo doméstico, diálogo com grandes players de turismo. Você vê que o Governo não chama uma grande operadora como a CVC, a maior do país, para uma troca de ideias. É preciso que haja também o compromisso de uma continuidade nos programas e modelos de gestão de modo a ganhar maior credibilidade junto ao setor privado. São medidas que se vierem a ser adotadas podem ajudar muito ao nosso setor.

Valdir Walendowsky, presidente da Santur

András Fullöp, presidente do grupo High Light

Eu acredito que os futuros governantes que irão atuar no setor devem ter consciência da importância de realizar o básico, ou seja, não querer inventar a roda, mas adotar medidas que ajudem a fomentar o setor e, ao mesmo tempo sejam adotadas com base em critérios técnicos e profissionais. Não se pode querer traçar uma política de regionalização do turismo sem entender do assunto. Outra coisa importante é que precisamos ter uma política de continuidade. Turismo é coisa séria e os nossos secretários e o futuro ministro do Turismo devem entender a importância desta atividade. Não basta ser apenas nomeado e apresentar projetos que nunca irão de viabilizar. O próprio Conselho Nacional de Turismo têm que ser reestruturado. Já perdemos muito tempo e é importante que haja um trabalho de parcerias. Veja o caso dos estados do Sul que mesmo com características distintas lançaram um programa de promoção conjunta que tem dado resultados concretos.

Quando se fala da classe política deste país se percebe claramente em muitos dos nossos políticos falta antes de tudo vergonha na cara. A nossa esperança é que com as eleições possamos ter uma nova classe de políticos mais comprometidos com o crescimento do nosso país, com ideais que possam trazer benefícios a nação. Se isso vier a acontecer a nossa esperança é de que os futuros governantes possam perceber que essa indústria é uma fonte inesgotável de receita para o país. Na minha opinião o Governo tem que se comportar como uma empresa. Ou seja, saber administrar os recursos e cuja receita seja compatível com a sua despesa. Ora, se o Governo tem um faturamento fruto dos impostos ele deve adequar seus gastos. Os futuros governantes têm que ser bons administradores e se isso vier a acontecer certamente já teremos dado um grande passo no sentido de restabelecer o projeto de retomada do crescimento beneficiando a economia e toda a indústria do turismo.

Como analisa as perspectivas no setor onde atua para esse novo ano? O que pode contribuir para acelerar o crescimento deste mercado? Salvador Saladino As perspectivas não são boas. Pelo menos no processo de captação de novos mercados e do aumento no fluxo de turistas estrangeiros. O país é caro quando comparado a outros destinos e o custo dos bilhetes aéreos dificulta ainda mais a vinda destes turistas. Para complicar a Embratur não tem recursos para um programa continuado de promoção junto aos destinos emissores. Temos apenas ações pontuais. Para complicar o turista estrangeiro que vem ao Brasil e quer conhecer mais de um estado é obrigado a comprar passagens pelo preço de mercado. Antigamente tínhamos o Airpass que garantia aos visitantes a possibilidade de visitar vários destinos dentro do país pagando pelo programa que garantia tarifas diferenciadas. Ou seja, temos que ter produtos, temos que ter melhores preços e também cuidar mais da nossa imagem no exterior, pois o que se divulga no mercado internacional por meio da mída são fatos negativos que só espantam o turista.

Adriano Gomes As perspectivas para a temporada de verão são boas. O problema é que precisamos de mais produtos e serviços a serem oferecidos ao consumidor, ao brasileiro que quer viajar. E para isso o ideal seriam medidas de incentivo para mercados específicos, como já tivemos anteriormente para o público da terceira idade. E isso deve ser estendido a outros nichos de mercado além dos programas de Maior Idade. Veja o potencial que temos para o turismo LGBT que cresce a cada dia. E quando se fala no segmento esportivo. Precisamos de produtos específicos para cada um deles. O país tem investido também no segmento de shows, mas faltam também produtos para mobilizar os fâs. A outra medida que pode ajudar a melhorar as vendas é o investimento nas inovações tecnológicas. As agências e operadoras têm que entender que os tempos mudaram e tudo se resolve de modo automático via internet. Quem sabe um dia não teremos também os vouchers eletrônicos como acontece com as passagens aéreas.

Valdir Walendowsky As p ersp ectiva s para esse novo ano vão depender muito da adoção de medidas que possam efetivamente contribuir para o fomento do turismo doméstico. Isso diz respeito a melhoria da infraestrutura e do receptivo na fronteira para receber os milhares de turistas da América do Sul que vêm ao Brasil a cada ano por via rodoviária ou aérea. Atualmente faltam serviços básicos como instalações sanitárias, postos de informações turísticas, entre outros itens. Outra medida que pode ajudar é o investimento maior em promoção junto aos países do Conesul. Os recursos investidos chegam a ser ridículos e enquanto a Embratur não mudar seu modelo de gestão e administração isso não vai melhorar. É importante reativar o programa de regionalização do turismo que durante muito tempo ajudou a fomentar essa indústria nos estados e municípios. Enfim são medidas simples mas cujos resultados podem ajudar muito a nossa indústria e a economia de forma em geral.

András Fullöp O que pode ajudar a indústria de uma forma em geral é a estabilidade cambial e isso depende certamente da aprovação de medidas efetivas por parte do Governo no que se refere a economia do país. Para isso, é importante que a indústria volte aos trilhos num ambiente mais favorável a partir da estabilidade política. Se todos os projetos que estão no Congresso, que tratam diretamente da melhoria na economia do país forem aprovados então poderemos ter um ano melhor para o nosso setor e para outras atividades. O setor privado também tem que fazer a sua parte. Veja o caso da High Light que atua tanto no segmento corporativo como de lazer e, mesmo em meio a crise, tem conseguido manter taxas de crescimento nas vendas graças a uma política e um modelo de gestão eficiente. Outra medida que pode ajudar nosso setor é o trabalho a ser realizado junto ao Congresso pelo nosso setor para aprovação de medidas que possam beneficiar o turismo de forma em geral.


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A QUINZENA I MERCADO

Com B737Max, Gol prepara volta de voos para os Estados Unidos No segundo semestre deste ano, a Gol Linhas Aéreas começará a receber as primeiras, das 120 encomendas, Boeings 737 MAX. A partir daí, a companhia dará início a uma retomada de voos para os Estados Unidos. A empresa chegou a voar para Miami e Orlando, via Santo Domingo, entre 2012 e 2015. Desta vez, no entanto, os planos não incluem a utilização da República Dominicana como hub. “Ainda não batemos o martelo sobre o destino, mas é certo que voltaremos a operar no Sul da Flórida”, revelou o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes. “Precisamos de algumas validações internas para fazer o anúncio, mas os voos não acontecerão antes de julho de 2018, pois serão operados com os 737 MAX”, complementou. O executivo ressaltou que deve acontecer uma parada, uma vez que a aeronave não tem autonomia para um voo entre Guarulhos e Orlando, por exemplo. “Adianto que será um produto diferente do que as companhias que operam esses destinos hoje com uma parada”, ressaltou. Os Boeings 737 MAX da Gol serão configurados com 186 assentos, cerca de 5% mais do que os 737 Next Generation operados atualmente pela empresa. Parceria – Delta Air Lines e Gol estão comemorando seis anos de uma produtiva parceria. Neste período, os voos compartilhados das duas companhias já transportaram mais de 1 milhão de

passageiros. Isso representa quase um terço dos clientes transportados pela companhia americana nas rotas para o Brasil. “São 320 destinos, sendo 220 só nos Estados Unidos que atendemos juntos. Cobrimos 99% dos destinos demandados entre os dois países. Não podíamos estar mais contentes. “Não dá para falar da nossa evolução recente sem falar da Delta. No início, focamos muito esta parceria no corporativo. Naquela época não éramos ainda líderes neste segmento, posição que conquistamos há dois anos, muito por este trabalho conjunto”, complementou o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes.

Air Europa inicia novo voo Madri – Recife A Air Europa inaugurou no último dia 20 sua nova rota Madri-Recife, se tornando a única companhia aérea a oferecer conexão direta entre Madri e a capital pernambucana. Com duas frequências semanais, a aeronave que serve a nova rota está equipada com os serviços de Wifi e Streaming, garantindo aos passageiros uma melhor conectividade e entretenimento a bordo. Com a presença do presidente do Grupo Juan José Hidalgo, do Prefeito de Recife, Geraldo Júlio, do secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, da diretora do aeroporto de Barajas, Elena Mayoral, e da secretária de Turismo do Município, Ana Paula Vilaça, o voo saiu de Madri com mais de 250 passageiros, o que representa

uma ocupação de mais de 85%. Na chegada em Recife, os passageiros foram recepcionados com uma orquestra de frevo e bolo de rolo, doce típico de Pernambuco. A companhia, em sua estratégia de crescer e consolidar seu posicionamento no Nordeste brasileiro, onde opera, desde 2003 com voos de Salvador (BA), passa a ofertar mais de 62 mil assentos e prevê registrar ocupação média de 90% em seus mais de 200 voos anuais. Com a nova rota, a ser operada por um Airbus 330-200, a Air Europa abre uma nova porta para o turismo europeu no Brasil, através de seu hub em Madri, de onde a companhia oferece diversas opções de conexão com mais de 30 destinos europeus.

Eduardo Bernardes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol

Azul dá início à rota Belém-Fort Lauderdale O Governo do Pará e a Azul Linhas Aéreas comemoraram, em dezembro, o início da nova rota Belém-Fort Lauderdale (Flórida, EUA). O termo de cooperação firmado para a viabilização do voo encontra suporte na estratégia política do governo Simão Jatene de desonerar o ICMS sobre o combustível de aviação, que foi adotada junto a Secretaria de Fazenda. Este ano foi oficializada a segunda redução no ICMS, desta vez, de 7% para 3%. Em contrapartida, conforme negociação com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), as companhias aéreas se comprometeram em colocar e manter voos internacionais no Pará, ampliando esta malha aérea gradualmente. A nova linha se somará aos outros quatro voos diretos internacionais já ofertados partindo da capital paraense: Belém-Lisboa (Portugal), realizado pela TAP; Belém-Miami (EUA), feito pela Latam; Belém-Caiena (Guiana

Francesa), operado também pela Azul; e ainda Belém-Paramaribo (Suriname), realizado pela Gol. “Esperamos que o Pará seja uma porta de entrada do Brasil. Hoje, a Azul liga Belém a outras cinco cidades brasileiras. Atualmente, temos 14 voos diários partindo do Aeroporto Internacional de Belém. A Azul responde por 40% do movimento operacional do aeroporto. As conexões de Belém com o mundo ficam muito mais facilitadas”, afirmou o diretor de Alianças e Distribuição da Azul, Marcelo Bento. “Seguramente o voo vai ajudar em muito no processo de acessibilidade. Temos aqui no Pará o maior fluxo de passageiros tanto domésticos quanto internacional na região Norte. O nosso sonho aqui é que a Azul faça de Belém seu hub aéreo na região”, destacou o secretário de Estado do Pará, Adenauer Góes.

Autoridades inauguram voo Madri-Recife

México registra crescimento superior a 20% no número de brasileiros

Diana Pomar, diretora do CPTM no Brasil

Autoridades durante a inauguração do voo

Até o mês de outubro, o número de brasileiros no México teve um incremento de 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com Diana Pomar, diretora do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM) para o Brasil, a projeção é finalizar os dados de 2017 com um crescimento de 22%. Com os bons resultados obtidos neste ano, Diana também projeta bons números para 2018, com um aumento entre 10 e 12% no número de brasileiros. “Tivemos muitas conquistas em 2017. O Brasil se manteve entre os Top Ten e no mês de outubro foi o único mercado que apresentou crescimento”, afirmou Diana Pomar, reiterando que até o final de 2017 cerca de 346 mil brasileiros passaram pelo país. Para 2018, o objetivo é alcançar mais de 380 mil. “Alcançamos as nossas metas com participações em feiras, ações com parceiros e com a realização de seminários e da Caravana

México”, complementou. De acordo com a CPTM, o tempo médio de estada dos brasileiros é de nove dias, com gasto de US$ 1.755 por pessoa. Entre as prioridades para 2018 está o aumento destes índices, além da diversificação dos destinos ofertados. “Teremos um foco maior no segmento Mice, mas investiremos também em romance, luxo e sol e praia”, contou. “Também vamos trabalhar bastante o público LGBT, que antes estava dentro de luxo na nossa promoção. Agora teremos ações específicas”, adicionou. Diana também revelou que o México estará presente com estande próprio na WTM Latin America, na Abav Expo, na Aviesp Expo e no Festuris Gramado. A Caravana México retornará em 2018 com oito etapas (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte, Campinas, Cuiabá e Fortaleza).


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QUINZENA

Transmundi: roteiros exóticos e exclusivos para 2018

Marcelo e Miguel Andrade, da Transmundi, Roy Taylor, do M&E, Marcelo Abreu, da Emirates, e Rosa Masgrau, do M&E

Quase 180 agentes de viagens lotaram as dependências da Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, para conhecer a programação da Temporada 2018 da Transmundi. Além dos roteiros exóticos e exclusivos, apresentados pelo diretor da operadora, Marcelo Andrade, os profissionais ainda foram apresentados ao novo programa de atendimento por WhatsApp. “Basta ligar para os números (21) 965161616 para obter informações sobre vendas e o (21) 965093322 para cair no setor de operações”, esclareceu. Andrade destacou, em sua explanação, alguns dos 33 destinos de cruzeiros e trens pela Europa e Ásia

programados entre janeiro e outubro, além do mais novo produto: a rota do Pantanal com fretamento exclusivo e saídas a partir do segundo semestre. Ressaltou também o fato de muitos roteiros terem particularidade ou serem exóticos, como o do Egito com cruzeiro pelo Rio Nilo por US$ 2.898. Outras novidades são os quatro fretamentos exclusivos como o do Rio Reno entre Amsterdã e Zurique. “Teremos esse ano uma saída especial em julho com dois fretamentos, o do Rio Volga entre Moscou e St Petersburgo, em agosto, e roteiros épicos como entre Portugal e Espanha com o trem Al Andaluz”, finalizou.

Monde Upgrade mostra importância de inovação e gestão empresarial para agências de viagens Apresentar soluções para os desafios do dia a dia das agências de viagens. Este é o principal objetivo do seminário Monde Upgrade 2017, realizado no início de dezembro, no Expo Dom Pedro, em Campinas. “A missão principal é poder transmitir conteúdo prático para que os agentes de viagens possam sair daqui e aplicar mudanças em suas agências para poder continuar elevando o nível de sucesso”, destacou Daniel Biancareli, diretor Comercial da Monde. O evento contou com a participação de 500 agentes de viagens de todo o Brasil e mais de 12 horas de conteúdo. Além de palestras, o Monde Upgrade promoveu workshops e capacitações focadas na gestão das agências como empresas. “O pilar do evento é conteúdo. Os palestrantes são orientados para que as palestras sejam focadas,

evitando que os assuntos sejam distantes do dia a dia do agente”, ressaltou o executivo. Entre os temas abordados, os destaques ficaram por conta da gestão interna, relacionamento com os clientes, necessidade de digitalização e endomarketing, considerados vitais para o sucesso no segmento. “A tendência é o agente entender que não existe uma separação do mundo online e offline, pois o cliente é um só e transita entre os dois. Ele é o braço mais próximo do cliente final, então é necessário saber usar a tecnologia e entrar neste mundo online para ser encontrado sem perder este relacionamento com cliente, que é o ativo principal”, completa Biancareli. A Monde conta atualmente com cerca de 1.600 agências em seu portfólio de clientes em diversos estados, com destaque para São Paulo.

Costa aumenta 23% oferta para o Rio e comemora vendas na temporada

Alex Calabria, Fábio Guillem, Vânia Moraes e Vinícius Freitas, da Costa Cruzeiros

Com dois navios – Favolosa e Pacifica – no Brasil, a Costa Cruzeiros comemora os bons resultados na temp orada e o mercado do R io cujas vendas surpreenderam favoravelmente. Os resultados foram conf ir mados p or Alex Calabria, gerente de Venda s e Market ing da Costa Cruzeiros Brasil. “O Rio tem sido um mercado estratégico de fundamental importância, pois muitos passageiros do Nordeste acaba m embarca ndo p or aqui e aproveit a ndo para desf r ut ar da cidade. O mesmo tem acontecido com muitos argentinos. Isso torna

o m ercado do R io um hub com grande potencial”, disse. Segundo ele, a ideia é explorar o mercado sul americano na rota para Buenos Aires. “Neste a no, tivemos uma oferta 23% maior do que a registrada em 2016 e estamos lotados para Natal, Réveillon, Carnaval. Só restam algumas vagas nas saídas de janeiro”, destacou. A Costa Cruzeiros encerra a sua temporada em março com a edição do Cr uzeiro Premium. De acordo com Vinícius Freitas, gerente da Costa no Rio de Janeiro, na saída de 4 de março os passageiros terão como atrativo a mais, na rota de Buenos Aires, uma parada em Punta Del Este. Capacitação - A experiência do progra ma “um dia a b ordo do s cruzeiros da Costa” foi finalizada em dezembro no Rio de Janeiro. Os profissionais estiveram a bordo do Costa Favolosa. “A ideia é proporcionar uma experiência a bordo aos agentes. Recebemos profissionais em Recife, Maceió, Salvador e Rio de Janeiro e terminamos em Santos, num total de mais de 400 agentes”, diss e A lex Ca labria, gerente de Vendas e Marketing Brasil da Costa.

Abav-RJ aposta em 2018 em jantar com trade

Diretoria da Abav com representantes dos colaboradores

Uma noite em clima de festa e descontração, mas também de exp ectativa de um ano melhor em 2018 para o s etor, marcara m o tom de conf rater nização de f im d e a no, num ja nt ar orga n iz ado pela da Abav-RJ que reuniu cerca de 200 convidados no restaurante Bagatelle, no Rio de Janeiro. Após a saudação inicial, Cristina Frit s ch, presidente da Abav-R J disse esperar que o próximo ano seja de recuperação e boas notícias. Em meio a mensagens de otimismo não faltou a critica pelo modo como o prefeito Marcelo Crivella

Erick Sasse e Daniel Biancareli, CEO e diretor Comercial da Monde

Com Eclipse, Scenic prevê crescimento de 50% no Brasil A Velle Representações reuniu agências com o selo Virtuoso para divulgar os produtos da Scenic Luxury Cruises, armadora especializada em cruzeiros fluviais, e comemorar o crescimento da marca no Brasil. “A Scenic é muito recente no mercado brasileiro e o resultado em 2017 foi surpreendente. Nossa expectativa em 2018 é de um crescimento de 50% em vendas. Estamos bastante otimistas”, destacou o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Scenic para a América Latina, Flavio Policarpo. O grande destaque do encontro foi a apresentação do Scenic Eclipse, mega iate de luxo categoria seis estrelas que será inaugurado em agosto de 2018. O navio será o primeiro da companhia destinado a cruzeiros marítimos e já em seu primeiro ano realizará roteiros no Mediterrâneo, Caribe, América do Sul, Antártida e Ártico. A viagem inaugural está prevista para 31 de agosto saindo de Istambul, na Turquia, com

destino a Veneza, na Itália. Com apenas 146 cabines e uma proposta de garantir exclusividade aos passageiros, a embarcação irá oferecer experiências que vão do luxo à aventura. As suítes variam de 32 a 233 m² e a proporção de tripulantes e passageiros é de um para um. Mercado Brasileiro - O Eclipse já está sendo comercializado no Brasil e a intenção e de que em 2018 sejam realizadas campanhas de divulgação do produto. “Já temos vendas para o Eclipse no mercado brasileiro e a expectativa é de que estas vendas cresçam ainda mais. Eu fui contratado para cuidar do mercado de América Latina, estando sediado no Brasil, pois para a Scenic o mercado brasileiro tem um potencial muito grande”, salientou Flavio Policarpo. O executivo ainda ressaltou que já existe um trabalho realizado pela Velle, representante da Scenic no Brasil, junto à agências de viagens. A intenção é de que após a inauguração, agentes de viagens sejam convidados para exp eriências na nova embarcação.

tem tratado o Carnaval Carioca. “Tirar recursos das escolas de samba é uma decisão que não me cabe discutir, mas a inabilidade do prefeito e sua equipe levaram muitas operadoras internacionais a cancelarem e riscarem o Carnaval do Rio de seus pacotes, já que se criou um clima de incertezas em relação ao desfile das Escolas de Samba. Espero que ele entenda que o Carnaval gera recursos para a cidade além de promover o Rio e o Brasil”. adiantou. Prestigiaram o evento representantes dos apoiadores como o Sindetur-RJ, patrocinador do evento e

das empresas: American Airlines, April, Avianca, CVC, Delta, Discover, FBHS, Movida, New It, Nice Via Apia, Transmundi e Travel Ace. Entre os convidados estavam Nilo Sérgio Felix, secretário de Turismo do Rio de Janeiro, o cônsul dos Estados Unidos James Story , a presidente da Abeoc -RJ, Fátima Faccuri, a presidente e o diretor Comercial do RCVB, Sonia Chami e Michael Nagy, o CEO do Bondinho, Guilherme Marques, a delegada da DEAT, Valéria Aragão, a comandante da Guarda Municipal, Tatiana Mendes e o Comandante do BPtur, coronel Marcus Vieira.


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AVIAÇÃO

Latam comemora resultados positivos em 2017 após dois anos de baixas Companhia consolida Guarulhos e Brasília como hubs estratégicos para 2018 e amplia oferta internacional

A350 terá papel fundamental na expansão da Latam

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Lisia Minelli

Foram dois anos de resultados negativos, cancelamento de voos e redução da malha aérea. Mas em 2017, a Latam Airlines volta a ver seus resultados crescendo – os dados consolidados saem em janeiro. Segundo Jerome Cadier, CEO da companhia, devido aos novos voos do Nordeste e do internacional, a aérea terá bons resultados. “Não chegamos aos números de 2015, mas já identificamos um crescimento para o ano, não em voo ponto a ponto, mas principalmente em conectividade”, comentou. Em um encontro com a mídia, o primeiro como CEO da Latam, Jerome Cadier falou sobre as principais atividades da companhia neste ano, como as mudanças no jeito de voar (produtos e serviços), maior e melhor conectividade nacional e internacional com voos próprios, e competitividade para assegurar a rentabilidade e a sustentabilidade a longo prazo. Além de analisar o cenário do setor aéreo e suas transformações. Apesar dos últimos dois anos de crise ter afetado de forma profunda as aéreas, o segmento já dá indícios

de melhora, mesmo em meio a tantas mudanças. Primeiro com o lazer e mais recentemente com o corporativo. “Ainda assim, a Latam neste ano marcou presença com sua nova marca, buscou competitividade nas tarifas, melhorou seu programa de fidelidade, lançou novos produtos e serviços, aumentou sua malha doméstica e internacional, e investiu em uma operação mais eficiente”, lembrou. Entre as principais mudanças que o CEO apresentou estão o investimento em tecnologia para rastreamento de bagagem (que hoje tem uma ocorrência 40% abaixo da média mundial), a redefinição do conceito de alimentação a bordo das aeronaves e a implementação do Mercado Latam, e a nova forma de viajar no doméstico com a opção de escolha dos serviços. COMMODITY Segundo Cadier, nos últimos 15 anos o setor passou de 30 milhões de passageiros para 100 milhões e a um preço reduzido quase que p ela m et ade. “Cada vez ma is o setor está passando por uma ‘comoditização’. E essa mudança já

Acordo de céus abertos entre Brasil e Estados Unidos é aprovado no Congresso Acordo assinado em 2011 pelos presidentes da época, Barack Obama e Dilma Rousseff, não limita número de voos entre os países

A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 19, em votação simbólica, o acordo de céus abertos com os Estados Unidos. Com o acordo, o número de voos entre Brasil e EUA deixará de ter limites. Hoje, o teto são 301 frequências por semana para ambos os países. O projeto ainda tem que ser votado no Senado e sancionado pelo presidente da República para ent rar em vigor. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que não comenta o impacto da medida p or entender que cada empresa aérea tem uma posição particular sobre o tema. O acordo foi assinado em 2011,

no gover no de Dilma Rouss eff, mas estava parado no Congresso. Há algumas semanas, um gr up o de empresas aéreas, agências de viagens e outras instituições criaram o Movimento Céus Abertos, para pressionar a Casa a aprovar o projeto. Latam e American Airlines lideraram o movimento. A maior oposição vinha da Azul, que alegava que as companhias brasileiras não competiam em igualdade de condições com as americanas. Setores da oposição no Congresso também eram contrários. Latam e American alegam que o acordo vai aumentar a concorrência, derrubando as tarifas, mas isso não é consenso entre especialistas do setor.

acontece em outros países, estamos voando mais que no passado com uma maior capacidade de escolha e maior customização”, afirmou. Essa nova forma de viajar no doméstico, com a opção de escolha dos serviços que o passageiro quer pagar, é mais justa para o CEO. Pagar por aquilo que se consome e ter a escolha de serviços adicionais é comum em diversos mercados e o Brasil terá que se acostumar com essa nova modalidade de bilhete. Despachar bagagem, opções de alimentação e escolha de assentos conforto são exemplos desses serviços auxiliares. “É uma forma mais justa de pagar por aquilo que você deseja em um voo”, opinou. HUB NO NORDESTE? Não. Por enquanto o falado hub no Nordeste da Latam está “congelado”, segundo o CEO. Para ele, ter alguns voos, mesmo que regulares, não faz de um aeroporto um hub para a companhia. É preciso mais. Mesmo sendo a companhia brasileira com maior operação internacional na região, tanto em número de voos próprios quanto em assentos ofer-

tados, este não é momento em se falar de um hub no Nordeste. Segundo Cadier, os hubs da Latam estão concentrados em Guarulhos (SP) e Brasília. Tanto que a empresa está investindo em aumentar a operação nesses aeroportos. No caso de Guarulhos haverá 17% mais voos em 2018 e 7% em Brasília. A ideia é conectar melhor sua rede, tanto no doméstico quanto no internacional. DEMANDA CRESCE EM NOVEMBRO Nas estatísticas preliminares de tráfego para novembro de 2017 da Latam, incluindo o comparativo com o mesmo mês de 2016, a demanda de passageiros aumentou 3,2%. Como resultado, a taxa de ocupação para o mês diminuiu 0,1%, alcançando 84,3%. O tráfego internacional de passageiros representou, aproximadamente, 56% do tráfego total de passageiros no mês. A oferta aumentou 1,1% na comparação em novembro dos anos de 2016 para 2017. No entanto, no Brasil, a oferta caiu 4% em novembro comparado a igual período do ano passado enquanto no internacional cresceu 4%.

AGENDA LATAM 2018 - Mudança do sistema de reserva da Amadeus para Sabre, para integrar todos os sistemas Latam no mundo; - Investir no setor corporativo e instalar wifi em toda a sua frota a partir de abril e até 2019; - Reconfigurar as cabines business de parte (ou a totalidade, ainda sem definição) dos 777s. - Inaugurar um novo centro de manutenção em Guarulhos, com investimento de R$ 130 milhões; - Incrementar em 17% as operações em Guarulhos e 7% em Brasília, consolidando assim os hubs da Latam no país; - Continuar lutando por uma redução do ICMS, que recentemente teve proposta de redução de 25% para 12% rejeitada no Senado; - Iniciar seus novos voos internacionais: Roma, Boston, Lisboa, Tel Aviv e San José; - Dar continuidade ao acordo de céus abertos.


Central Park Foto: Emanuel Hahn

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Nova York: Neve chega e traz charme a cidade mais populosa dos EUA

Pedro Menezes

A cidade mais populosa dos Estados Unidos também pode ser considerada a mais imponente, a mais especial e a mais encantadora. É claro que estamos falando de Nova York, que muitos dizem já ter conhecido. Não é verdade. A cidade é tão dinâmica que tudo muda de um ano para o outro. Deve ser por isso que a cidade pode ser considerada mágica e sempre vale uma visita. São novas atrações, novos restaurantes, novos hotéis, que sempre trazem um ar de renovação para o destino. O M&E embarcou na aventura de conhecer Nova York no inverno, embora no começo da estação, a convite da Avianca Brasil, que passou a operar voos diários a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A cidade se transforma mesmo. As folhas que caiam no outono já não existem mais, porque a neve se encarregou de cobrir tudo. Para quem mora num país tropical como o Brasil, conhecer a cidade toda branquinha é mesmo encantador. Aliás, Nova York é bonita em qualquer época do ano e animação de estar na cidade que nunca dorme vence qualquer “friozinho”. Por falar nas baixas temperaturas, todo mundo que viaja dá uma olhada na previsão do tempo para arrumar as malas. No entanto, quem não está acostumado com frio negativo pode se surpreender. Não esqueça de aconselhar seus clientes a levar roupas pesadas, porque a saída do aeroporto já é um susto para os menos tolerantes as baixas e negativas temperaturas. Apesar de tudo, o destino está sempre pronto para receber turistas, que desembarcam no Aeroporto Internacional JFK provenientes do mundo todo. Quando chegamos a Nova York, no dia 16 de dezembro, a neve ainda dava o tom do ritmo da cidade. Acabamos dando sorte: a temperatura aumentou com o passar dos dias, o que de certo modo facilitou um pouco nossos passeios. No entanto, a neve continuava lá dividindo cada canto da cidade com as ricas decorações de natal, como é o caso da famosa árvore do Rockefeller Center. Agora, se tem uma atividade que encanta nova-iorquinos e turistas nesta época do ano é patinar, e em Nova York não faltam opções para isso. Uma atividade muito tradicional é patinar no Central Park. O parque mais famoso do mundo fica coberto de gelo nessa época, em um ambiente lindo, e dá para alugar patins e curtir esse esporte lá. Também é montada uma famosa pista de gelo em frente ao Rockefeller Center, com o mesmo esquema do Central Park. Por falar em Central Park, vale o passeio já no primeiro dia. É realmente um ambiente incrível para estar com a família e fazer fotos da grama coberta por neve.

Conhecida também como Big Apple, Nova York é hoje a segunda cidade mais rica do mundo. Para quem nunca pisou na cidade, chega a ser emocionante e vibrante caminhar pela Times Square, visitar o Memorial do 11 de setembro, conhecer a imponente Estátua da Liberdade, se deliciar com os shows da Broadway, se divertir nos bares e pubs que não têm hora para fechar, visitar todos os tipos de museu, que retraram a história dos EUA, e claro ir às compras. Muitas vezes, não é preciso entrar num shopping para conseguir o que deseja. São centenas de lojas de rua de todas as marcas e preços, muitas extremamente conhecidas por aqui. Em meio as centenas de atividades, é preciso no mínimo uma semana de estadia. É bom lembrar que, em qualquer época do ano, as principais atrações de Nova York têm grandes filas, mas nada que tire o brilho da famosa Big Apple. Abaixo, podemos conferir as atrações que merecem uma certa atenção dos turistas que lá desembarcam.

ESTÁTUA DA LIBERDADE

É preciso pegar um barco para chegar até a Estátua da Liberdade e Ellis Island, onde é possível descobrir duas famosas e históricas ilhas de Nova York: Liberty Island e Ellis Island. O passeio é encantador porque é possível tirar fotos da Ilha de Manhattan de longe. A primeira parada é na Estátua da Liberdade. Além do passeio guiado que é pago, é possível conhecer a ilha de graça. A próxima parada é Ellis Island. Essa ilha era o ponto de entrada de milhares de imigrantes é possível conferir os navios que aportaram na ilha que ainda estão lá. Foi estimado que os doze milhões de imigrantes admitidos ao país em Ellis Island formaram 50% da população atual dos Estados Unidos. Talvez você consiga até rastrear seus ancestrais! No museu, você pode aprender bastante sobre a ilha através das várias exposições, da American Immigrant Wall of Honor (Parede Americana de Honra ao Imigrante) e, claro, com o seu guia. MEMORIAL 11 DE SETEMBRO

O Memorial 11 de Setembro em Nova York (conhecido como 9/11 Memorial em inglês) é o nome do monumento construído no Marco Zero para homenagear as vítimas dos ataques ao World Trade Center (WTC) em 2001 – e o que algumas pessoas não sabem: também para as vítimas do ataque ao WTC em 26 de fevereiro de 1993. É realmente uma experiência que choca e a energia é sim diferente. A entrada para o Memorial 11 de Setembro é gratuita, mas a taxa de entrada para o Museu 11 de Setembro é de US$ 24 para adultos. Lá dentro, é possível conhecer em

Estátua da Liberdade é considerado um monumento histórico

Ilha de Manhattan impressiona pela imponência

detalhes tudo que se passou naquele dia que os norte-americanos jamais vão esquecer. Ao todo, cerca de 3.000 pessoas perderam suas vidas por causa dos ataques ao World Trade Center. Todos os seus nomes estão gravados em bronze nos dois espelhos d’água que formam o núcleo do memorial. A piscina norte e a piscina sul foram construídas nos pontos exatos onde ficavam as Torres Gêmeas. SHOW EXCLUSIVO DE NATAL DA BROADWAY

Tivemos a oportunidade de assistir o Christmas Spectacular Starring The Radio City Rockettes, da Broadway, que já faz parte das tradições natalinas dos nova-iorquinos. Mais de 140 dançarinos trazem toda a magia do natal ao longo de 90 minutos. Muitas luzes, figurinos brilhantes e uma produção digna de Nova York fazem do show um clássico de Nova York em janeiro. Por ser um espetáculo de curta temporada, é bom sempre se programas e garantir o ingresso com antecedência. INTREPID SEA, AIR E SPACE MUSEUM

O Int repid Sea, Air a nd Space Museum em Nova York é o único museu onde os visitantes podem admirar um lendário porta-aviões, o primeiro ônibus espacial, o avião ma is rápido e um submarino da Guerra Fria. É possível conhecer todos os detalhes dos equipamentos utilizados pelas forças norte-americanas. O museu é muito popular e recebe um milhão de visitantes por ano.

Pista de patinação do Rockefeller Center

Memorial do 11 de setembro traz cenas e ítens chocantes da data que nenhum norte-americano vai esquecer


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Avianca inaugura voos de SP para Nova York e planeja operações para a Europa

O corte da fita em GRU feito pelo presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, pelo fundador José Efromovich, e pelo gerente de controle operacional do GRU Airport, Wilson de Souza

Frederico Pedreira, José Efromovich e Tarcísio Gargioni, da Avianca, com o artista Tiago Abravanel

Pedro Menezes

A Avianca Brasil iniciou, no último dia 15 de dezembro, suas operações para Nova York, com saídas diárias do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A expansão internacional da empresa nos últimos anos foi lembrada pelo fundador José Efromovich, que participou, ao lado do presidente Frederico Pedreira, do corte oficial da fita direto do portão 241 do Terminal 2 do GRU Airport. Animado com o novo destino, Efromovich não conseguiu esconder os planos de voar para Europa já em 2018. “Estamos inaugurando o voo para Nova York e podemos anunciar também uma nova operação para a Europa”, disse. Antes do embarque, os executivos da compania comemoravam mais um marco na história da Avianca Brasil. “Há um ano, quando estava me preparando para a festa de Réveillon de 2016, não passava pela nossa cabeça que hoje estaríamos iniciando voos para New York”, disse Efromovich. “O ano foi difícil para o país, mas conseguimos crescer. Incorporamos seis novas aeronaves, iniciamos voo para Miami, começamos a voar para Santiago do Chile, e estamos aqui hoje inaugurando a rota SP-NY”, destacou. Além de agradecer aos parceiros, passageiros e os 5 mil colaboradores da Avianca, José Efromovich fez um agradecimento especial à administração do Aeroporto de Guarulhos presente no corte da fita. O gerente de Controle Operacional do GRU Airport, Wilson de Souza, parabenizou e agradeceu a Avianca Brasil em nome da concessionária. Ao fim, momentos antes de cortar a fita, o presidente da Avianca Brasil, agradeceu e confirmou que a companhia transportará mais de 11 milhões de pessoas em 2017. “O ano foi incrível para a Avianca Brasil e não há maneira melhor celebrar do que este voo direto para NY, cidade que é o culminar de um trabalho de muitos anos. Tudo isto foi possível devido as duas estrelas da Avianca: nossos passageiros, que todos os dias nos dão confiança e preferência em voar a Avianca Brasil, e a segunda são os nossos colaboradores, que estão diariamente engajados por fazerem tudo isto possível”, disse. CONFRATERNIZAÇÃO - Ainda em ritmo de festa, a Avianca Brasil reservou o Edison Ballroom, a uma quadra da famosa Times Square, para celebrar o início das operações

diárias entre São Paulo/GRU e Nova York/JFK. Um coquetel com direito até a show de Tiago Abravanel reuniu colaboradores, imprensa e os grandes clientes que são responsáveis por fazer da companhia um sucesso nacional e internacional. Prestigiaram o evento o VP de Vendas e Marketing da CVC, Valter Patriani, o VP do Gr upo Flytour, Ruy Alves, o VP Tarcísio Gargioni, o presidente Frederico Pedreira e o fundador da Avianca Brasil, José Efromovich. Durante a cerimônia, José Efromovich fez um passeio pela história da Avianca Brasil, desde seu surgimento como Ocean Air lá em 2009. “Em 2009, a OceanAir tinha 31 rotas, t ra nsp ort ava 1,92 milhão de passageiros por ano e contava com apenas 14 Fokker 100s. Nove anos depois, em 2017, a Avianca Brasil opera em 62 rotas, transportará 11 milhões de pessoas e conta com uma frota de 55 aeronaves Airbus”, diss e o f undador. “Nos orgulhamos de hoje ter a frota mais jovem da A mérica Latina em operação”, completou. O presid ent e d a Avianca Brasil, além de agradecer os convidados, abordou as conquistas dos últimos anos. “Somos de longe a companhia mais premiada do Brasil. Digo que não temos muitos amigos por lá porque somos a empresa que mais cresce por seis anos consecutivos”, bri n cou Pe d r ei ra. “Somente este ano, abrimos três novos destinos nacionais, para Foz do Iguaçu, Navegantes e Belo Horizonte, além de ter mos chegado a três novos destinos internacionais: Miami, Santiago e Nova York”, completou. Valter Patriani, da CVC, e Ruy Alves,

do Grupo Flytour elogiaram o início da operação. “Acredito que a Avianca cresce num momento ótimo, com um produto excelente. A Business Class, por exemplo, é da melhor qualidade, logo tudo indica que será um sucesso. E por parte da CVC, pode ter certeza vamos ajudar nesse sucesso. Vamos começar a trabalhar este voo, cuidar bem dessa operação e apoiar muito a Avianca Brasil”, disse Patriani. METAS - De acordo com Frederico Pedreira, a meta da companhia é uma só.”Queremos ser a companhia aérea com o melhor serviço e preço competitivo. Quando nos perguntam o motivo da Avianca ser a empresa que mais cresce nos últimos seis anos no Brasil, com maior ocupação, é sem dúvidas por conta do melhor serviço e por entregá-lo a preço com-

petitivo”, destaca. FROTA - Ao mesmo temp o, o presidente não descarta os A350s encomendados pelo Synergy Group chegarem à frota da Avianca Brasil. “Tem chances, sem dúvidas. No entanto, é um horizonte mais longo. Estamos falando de três a quatro anos”, adiantou. FUSÃO – O presidente da Avianca Bra sil reconhece t a mbém que a fusão entre as irmãs Avianca Brasil e Avianca Colômbia está cada vez mais próxima de acontecer. “Espero que isso aconteça, mas temos que t rabalhar muito para isso ainda. Há tempos é a visão dos acionistas. No entanto, existe toda uma série de limitações que a Avianca Holdings tem como uma empresa pública. Há rituais e processos a serem seguidos”, reconhece.


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

Com nova empresa, CVC organiza grupo e prepara saída de Patriani CVC Corp reúne as cinco aquisições e cria unidades de negócios para otimizar custos e ampliar vendas Anderson Masetto Nos últimos dois anos, a CVC fez cinco aquisições, se tornando a mais importante empresa do setor. Para organizar este conglomerado, foi criada uma holding, a CVC Corp. Apresentada aos principais líderes da companhia em dezembro, a nova marca passa a ser o sobrenome que denomina o maior grupo econômico de viagens das Américas, formado por seis empresas que atuam com marcas distintas. As empresas continuam a operar com marcas e estruturas distintas, porém, são apresentadas agora como “Unidades de Negócios”. São seis Unidades de Negócios: CVC, RexturAdvance, Trend, Experimento, Visual e Negócios OnLine, esta última reunido a Submarino Viagens e a CVC.com. Cada Unidade de Negócio mantém seu foco em vendas, em cada segmento de atuação, com o apoio de “Áreas de Suporte”, que são departamentos para atendimento em comum a todas as unidades, como já vem acontecendo no caso do Jurídico, Financeiro, Compras, Assessoria de Imprensa, entre outros. Ou seja, quem não trabalha em vendas, trabalha para vendas. O presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, ressaltou que a companhia continua a olhar aquisições no mercado nacional e, inclusive, internacional, já que existem muitas oportunidades em todos os segmentos que o grupo já atua, seja no Brasil, Chile, Colômbia, Portugal e Itália, que são os mercados prioritários para a expansão internacional em 2018. 2018 Em 2018, além das aquisições, a CVC Corp também trabalhará com foco prioritário na digitalização das lojas CVC (lazer), que contarão com a força da marca e do site para gerar vendas e fluxo adicional às lojas, bem como o lançamento de um novo aplicativo para melhorar a experiência de compra dos clientes. COMPRAS A criação da CVC Corp unifica os departamentos de compras, conforme explicou Valter Patriani ao M&E. Segundo ele, as seis empresas passam a ser unidades de negócios. Desta forma, são responsáveis apenas pelas vendas. As compras serão responsabilidade da CVC Corp, que terá o recém-contratado, Sylvio Ferraz como diretor de Produtos Internacionais Terrestres; Claiton Armelin como diretor de Produtos Nacionais Terrestres. O aéreo ficará por conta de Fabio Mader, que neste período de transição terá também Patriani como apoio. Eles serão responsáveis pelas negociações de aéreo para todo o grupo. Neste primeiro momento, o departamento marítimo também estará sob responsabilidade de Valter Patriani. “A CVC está passando por um processo de evolução. Não é mudança. Estamos crescendo e aproveitando as boas

Valter Patriani, deixa a vicepresidência da CVC e passa a atuar na CVC Corp

oportunidades. Chegaram outras empresas, então precisamos fazer uma evolução para acomodar todas elas”, explicou. VENDAS Patriani explicou que a missão destas empresas passa a ser apenas vender. Para isso, foram criadas diversas áreas para dar apoio a elas. Ele citou o exemplo do jurídico e do centro de operações, responsável pela emissão de bilhetes e vouchers. “Na hora da venda nada muda. Trend e Visual, por exemplo, continuam mantendo suas identidades. Estamos buscando sinergias internas, mas não nas vendas e no marketing”, frisou. FORNECEDORES Para o executivo, estas mudanças terão um ganho de sinergia muito grande e o objetivo é gerar uma racionalização nos custos da companhia, o que poderá também se refletir em um preços menores ao consumidor. No entanto, Patriani tranquilizou os fornecedores. “Em nenhum momento fizemos isso para pressionar o fornecedor. O objetivo é ganhar escala de custo. As seis empresas tinham este departamento. Com um só, vamos fazer a mesma coisa com custo mais baixo”, acredita. “O mercado não sentirá nenhuma transformação. São mudanças mais interna e um processo de sinergia”, complementou. SAÍDA PROGRAMADA Um adeus planejado. Assim pode ser definida a saída de Valter Patriani da CVC, que deve acontecer no final de 2018. O executivo, esteve no cargo de vice-presidente de Vendas e Marketing da CVC Operadora até o dia 31 de dezembro. Depois, passou a atuar – em um período de transição – na CVC Corp, holding. Esta mudança mexe também com alguns cargos na companhia. Com negócios na área de construção, o executivo – que se tornou um dos símbolos da empresa – resolveu deixar o ramo de turismo no final deste ano. Para isso, a CVC já se organizou para que isso não seja um movimento brusco. Desde o início de janeiro, o executivo assumiu as negociações de aéreo e marítimo na CVC Corp com um contrato – a princípio – de 12 meses. “Pedi ao Falco que me liberasse no final de 2018. Primeiro, por que faço 60 anos e também porque tenho 40 de CVC. Acredito que deixarei um bom legado. Amo esta empresa que quero vê-la perpetuada”, revelou. “Trabalhar com o Guilherme Paulus é um privilégio, pois ele escreveu sua história e deixa um legado de inclusão social, que permitiu milhões de brasileiros fazerem sua primeira viagem”, afirmou. “Também participei disso, inventando turismo como um produto de varejo e hoje tenho a honra de trabalhar com o Falco, para mim o melhor executivo que vi trabalhar no Turismo”, finalizou.

Os produtos terrestres nacionais seguem sob o comando de Claiton Armelin

Luiz Eduardo Falco continua na presidência e Guilherme Paulus na presidência do Conselho

Com o apoio de Patriani, Sylvio Ferraz, passa a atuar com produtos internacionais, e Fábio Mader com as negociações de aéreo de todo o grupo

CVC Corp é a nova holding do grupo


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AGÊNCIAS E OPERADORAS

União e continuidade estão no foco de Carlos Palmeira Novo presidente da Abav Nacional prega união das entidades e promete continuidade de projetos atuais Anderson Masetto

A Abav Nacional está sob nova direção. Em dezembro, a entidade elegeu por aclamação a chapa “Inova Abav”, encabeçada por Carlos Palmeira, da System Tours Viagens e Turismo, de Alagoas. Pela primeira vez, o pleito foi feito de forma eletrônica e contou com a participação de 73% dos Conselheiros aptos a votar. Destes, 94% manifestaram-se pela aclamação da chapa, que conta com Magda Nassar, da Trade Tours e atual presidente da Braztoa, na vice-presidência Administrativa. “Temos um desafio grande, mas estamos dispostos e estimulados. Daremos continuidade a boa parte do que já vinha sendo feito”, afirmou Palmeira logo após a confirmação da eleição. “Durante o mandato do Edmar, conversamos muito sobre a importância de ter uma união mais forte e mais proativa entre as entidades. Queremos seguir isso”, complementou Magda. O espírito de união de todo o setor será, segundo Palmeira, um dos nortes de sua gestão. Ele revelou que a intenção é um alinhamento para que outras entidades possam estar juntas com a Abav em igualdade de condições. Palmeira utilizou o exemplo do seu estado, Alagoas, sobre a união das entidades. Ele contou que há um bom tempo todas se uniram em torno do Convention Bureau local e que, desde então, todos os secretários de Turismo do estado escolhidos foram avalizados pelas associações. “Mais unidos, podemos seguir uma só direção. Quando feitos em grupo, os nossos pleitos são mais fáceis de serem ouvidos”, frisou Palmeira. “Já somos bastante unidos e temos agora outras associações vindo para cá, como a Avirrp e a Aviesp, por exemplo. Muitos associados tem este ponto em comum, que é o agenciamento”, complementou Magda. UMA NOVA ABAV Uma das premissas da nova gestão é a continuidade ao trabalho desenvolvido por Edmar Bull. Magda ressaltou que nos últimos dois anos começou a ser construída uma nova entidade para uma nova era. “O mundo mudou e as empresas do Turismo também. Queremos que a Abav esteja ao lado do agente de viagens. Vamos buscar soluções para que ele possa ser o consultor

que o mercado precisa”, destacou. Palmeira adiantou que pretende sim continuar inovando na execução da feira, marcada para acontecer entre os dias 26 e 28 de setembro no Anhembi, em São Paulo. No entanto, ele afirmou que antes de anunciar qualquer ação a diretoria será ouvida. “Estamos trabalhando em um planejamento estratégico. Tudo será feito alinhado com a diretoria”, lembrou. “Vamos criar um plano de ação em prol do mercado e que seja profícuo para todos”, adicionou Magda. ESTATUTO Na diretoria anterior, Palmeira liderou a comissão que elaborou propostas de mudanças para o estatuto da entidade. Este processo ainda não foi finalizado e, segundo o novo presidente, é uma de suas prioridades. Ele revelou que um dos objetivos das alterações é trazer mais agilidade às ações e tomas de decisões da diretoria. BALANÇO Também presente na sede da entidade após a eleição, Edmar Bull se despediu do cargo com a sensação de dever cumprido. Questionado sobre o balanço dos últimos dois anos, ele resumiu em uma palavra: vitoriosos. Das cerca de 50 ações propostas em sua posse, ele afirmou que foram finalizadas 90. “Conseguimos modernizar a entidade e tenho certeza de que a próxima diretoria fará ainda melhor do que nós”, apostou. Próxima de Bull durante a sua gestão, a atual vice-presidente Administrativa da entidade fez uma analogia à construção de uma casa para explicar a atuação de Edmar na entidade. “Ele comprou o terreno, limpou, fez os alicerces e construiu a casa. Mas ainda falta muita coisa para colocar para dentro. Ele fez um trabalho de peso e com muito respeito às gestões anteriores. Olhou para o futuro, mas sem esquecer da tradição do passado”, exemplificou. “Temos um desafio grande. A gestão anterior focou na capacitação, em uma gestão enxuta e em dar uma nova dinâmica à feira. Isso demora a ser percebido, mas é em prol de todos”, afirmou Palmeira. “Apesar de ser uma nova fase, estaremos juntos. Muita coisa que eu comecei terá continuidade”, finalizou Bull.

Ancoradouro realiza Convenção e anuncia crescimento nas vendas de 2017 O Grupo Ancoradouro fecha o ano com um incremento de 25% nas vendas e perspectivas de um crescimento médio de 18%, em 2018. Os números foram anunciados por Juarez Neto, presidente do grupo, durante sua Convenção Anual. A Convenção reuniu os colaboradores da matriz em Campinas e dos escritórios de Bauru, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, além dos home offices espalhados pelo país. E contou com patrocínios da Latam e do Bridge (Delta, Air France, KLM e Gol). “Foi bastante positivo e proveitoso pois tivemos momentos de lazer e trabalho. Pudemos anunciar os números deste ano que tiveram um resultado bastante positivo principalmente no primeiro semestre do ano”, adiantou

o executivo. A programação começou com retrospectiva do ano e projeções para 2018, além da palestra ‘ Improviso e Criatividade’ com o MC e apresentador Márcio Ballas, que atuou em programas na Band e SBT. Durante a convenção foi apresentada a nova campanha de incentivo aos funcionários do grupo com o slogan “Nova Forma”. “Reunimos nossa equipe de vendas para discutir as estratégias para 2018 com foco na melhoria do atendimento ao cliente, bem como investir cada vez mais no uso de novas tecnologias em nosso portal. Um dos objetivos foi o de fortalecer a relação junto aos 240 colaboradores, na importância do agente de viagens e como podemos inovar e estreitar ainda mais os laços com os clientes”, explicou.

Carlos Palmeira e Magda Nassar, presidente e vice da Abav Nacional

Edmar Bull prometeu dar todo apoio e suporte à nova gestão

Carlos Palmeira assumiu a Abav Nacional em dezembro

Diretoria eleita para o biênio 2017/2019 Presidente: Carlos Palmeira Lopes Villanova – System Tours Viagens e Turismo (AL) Vice-Presidente Administrativa: Magda Nassar – Trade Tours Viagens (SP) Vice-Presidente Financeiro: Geraldo José Zaidan Rocha – GR Turismo e Viagens (PR) Vice-Presidente de Relações Internacionais: Luiz Antonio Strauss de Campos – Promotional Travel Viagens e Turismo (RJ) Vice-Presidente de Capacitação e Certificação: Ana Carolina Dias Medeiros de Souza – Taguatur Turismo & Eventos (MA) Vice-Presidente de Relações Institucionais: Henrique Sergio Ribeiro de Abreu – Casablanca Turismo e Viagens (CE) Vice-Presidente de Marketing e Eventos: Rita de Cássia Aguiar de Vasconcelos – Ricar Viagens e Turismo (RS) Vice-Presidente de Turismo Especializado: Ney Gonçalves – Impacto Operadora de Ecoturismo (MS) Diretor de Tecnologia e Integração (nomeado): Luis Fernando Oliveira Vabo – Solid Viagens e Turismo (RJ)

QUEM É CARLOS PALMEIRA Carlos Palmeira Lopes Villanova é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Alagoas, e em Direito pela Faculdade de Direito de Maceió, e possui MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. No turismo ingressou em 1997, na System Tours Viagens e Turismo, com sede em Maceió. Na diretoria da ABAV atua desde 1999, onde exerceu gestões como diretor secretário (1999/2001); Conselheiro do Conselho Nacional da ABAV-AL (2001/2003 e 2005/2007) e vice-presidente da ABAV-AL (2011/2013), até assumir a presidência da entidade em seu estado por três mandatos (2008/2009 – 2010/2011 e 2015/2017).

Juarez Neto

Conselho Fiscal (Titulares) Luiz Augusto Leão Costa – Shalom Viagens e Turismo (BA) Helvécio Cunha Costa Garófalo – Confiança Agência de Viagens e Turismo (MT) Marcelo Gomes Matera – ABC Turismo (Taubaté/SP) Suplentes Maria de Fátima Magalhães Bezerra – WM Turismo e Viagens (PE) Pedro Kempe – Domus Viagens e Turismo (PR) Conselho de Ética, Conciliação e Arbitragem (Titulares) Fernando Silva Santos – Conextravel Viagens e Turismo (SP) Mario Edmundo Jardim Lobo Filho – Adinco Passagens e Turismo (SC) Fernando Meira Ribeiro Dias – Master Turismo (MG) Suplentes Lamarck Freire Rolim – Zeus Turismo (DF) Paulo Rogério Tadros – Equatorial Passagens e Turismo (AM)

Desde então, integrou-se de forma contínua às políticas do setor, acumulando presidências no Sindicato das Empresas de Turismo de Alagoas (Sindetur-AL) em quatro mandatos consecutivos entre 2003 e 2017; e cargos na diretoria da Federação Nacional de Turismo (Fenactur) entre 2005 e 2017. Presidiu ainda, paralelamente durante esse período, a Comissão de Assuntos Legislativos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Alagoas, de 2007 a 2009. Na Fundação para o Desenvolvimento do Turismo de Alagoas (Maceió Convention & Visitors Bureau) foi Conselheiro e Diretor Financeiro, entre 2006 e 2007; e é o atual vice-presidente do Conselho Curador, recém reeleito em mandato iniciado em 2010, e que acumulará com a presidência da ABAV Nacional até 2019.


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AGENDA

Confira o calendário de Turismo do 1º semestre de 2018 Veja abaixo alguns dos principais eventos e feiras profissionais de Turismo que acontecem entre janeiro e junho de 2018.

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www.mercadoeeventos.com.br Tiragem: 17.120 exemplares Circulação nacional através de mala direta Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretor de Inteligência de Mercado Bernardo Ignarra (bernardo.ignarra@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2251 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6262 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) | Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) | Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6316 / 3233-6320 Estados Unidos - Brazil Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistente Operacional Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal.

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