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Maio 2018 | 1ª quinzena | ano XVI | nº343
mercadoeeventos.com.br
ENTREVISTA Gustavo Arrais, novo presidente do Fornatur, defende projeto de longo prazo para o Turismo. Página 3
TURISMO EM DADOS IBGE aponta retração da atividade turística no país. Apenas três estados tiveram alta. Página 4
ENQUETE Trade opina sobre como o país pode retomar a liderança na recepção de turistas estrangeiros. Página 5
Espírito Santo: novo aeroporto amplia malha aérea e coloca destino em outro patamar
AVIAÇÃO Demanda doméstica segue crescendo e bate recorde em março, segundo Abear. Página 6
CRUZEIROS Com navios maiores e roteiros repetitivos, cruzeiros temáticos buscam novas opções. Página 13
Página 8
PARQUES Disneyland Paris apresenta sua estrutura para o mercado Mice no Brasil. Página 17
Com novas estratégias, Schultz projeta alta de 30% em 2018 Empresa faz sua convenção anual em Petrópolis (RJ) e reitera foco nos agentes de viagens
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FEIRAS E EVENTOS Aviesp Expo 2018 recebeu 3,7 mil visitantes e marcou a retomada do evento. Entidade aprovou mudanças e promete mais inovações para 2019
AVIAÇÃO Transportadora oficial da Seleção Brasileira, Gol Linhas Aéreas escalou Neymar Jr. como novo garoto propaganda durante a Copa do Mundo
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AVIAÇÃO
Páginas 17
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Avianca Brasil segue expansão e inaugura dois voos diários para Vitória (ES). Companhia já detém 14% de participação no mercado doméstico
Confira a movimentação do mercado e a agenda dos próximos eventos do Turismo. Página 18
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ENTREVISTA
País precisa de produtos e planejamento para gerar mais negócios e atrair turistas Luiz Marcos Fernandes Gustavo Arrais, atual secretário de Turismo de Minas Gerais, assumiu a presidência do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) há menos de um mês e já voltou as suas atenções para os desafios do turismo nacional. O dirigente defende a elaboração de um programa de médio e longo prazo para o setor, independente de quem venha assumir o MTur em 2019. Criticou a constante “dança das cadeiras” na pasta ao longo da última década e lamentou que o país não tenha produtos formatados que despertem o interesse dos destinos emissores e do brasileiro a um custo competitivo. MERCADO & EVENTOS – O que falta ao Brasil e ao nosso setor para explorar com maior competência seu potencial? Gustavo Arrais - O Brasil precisa criar produtos. Ter algo que desperte interesse por parte do mercado. Você pode ter grandes companhias aéreas, excelentes hotéis, atrativos fantásticos, mas se não conseguir transformar tudo isso num produto formatado e atraente, de nada vai adiantar. Infelizmente, faltam bons produtos para serem colocados nas prateleiras das operadoras internacionais. O mesmo se dá em relação ao mercado doméstico. Temos um país de inegáveis atrativos, mas muitas vezes não conseguimos oferecer algo que atenda aos diferentes perfis. Todo mundo sabe que as constantes mudanças no Ministério do Turismo prejudicam as ações pela falta de continuidade. Imagine você, se grandes empresas da indústria nacional ou internacional tivessem ao longo de 12, 13 anos um troca quase que anual de presidentes. Seria o caos. Então, na conjuntura atual do país, os estados e municípios têm que ter suas próprias políticas públicas com recursos advindos da verba descentralizada, como acontecia há alguns anos. M&E – O que trava o setor hoje? Que medidas podem ajudar a criar um novo ambiente de negócios para a indústria do turismo? Gustavo Arrais - Precisamos mostrar aos candidatos à presidência a importância do setor e, ao mesmo tempo, cobrar da parte deles que incluam o turismo em seus programas de Governo. É preciso que haja uma continuidade e um Ministério do Turismo forte. Se o Brasil tivesse um plano de estado a ser implementado em oito ou dez anos e que fosse executado em parceria com a iniciativa privada, independente quem venha ocupar a pasta do turismo, poderíamos ter melhores resultados e bons produtos. Será fundamental viabilizar questões como o retorno da verba descentralizada aos estados, apoio ao programa de regionalização, como governança, sem esquecer de um programa online eficiente do Cadastur que possa efetivamente ser um referencial. O modelo atual é um completo fracasso. Se você não tem um inventário, não tem como fazer política pública. Ele não tem nem 20% das empresas que atuam no setor de turismo no país. Se você não tem ideia de quantos são e de que modo operam esses prestadores de serviço, fica muito complicado estabelecer qualquer política pública. Lembro que a evolução do setor e da indústria do turismo registrada nos últimos anos se deve muito mais a iniciativa privada do que ao governo. C
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M&E – Em sua gestão à frente do Fornatur, qual a prioridade para que os estados possam ter maior representatividade e uma política de promoção mais eficiente? Gustavo Arrais – Antes de mais nada, lembro que o turismo acontece nas cidades, nos destinos turísticos. Então, o Fornatur tem que ser ouvido. Não adianta preparar programas e políticas mirabolantes sem antes consultar as necessidades de cada região. Nossa diretoria pretende implantar uma plataforma, que é um inventário turístico nacional de modo a obter dados e informações que ajudem na elaboração de políticas públicas. Uma das grandes lacunas diz respeito a falta de dados e informações sobre atrativos, produtos e serviços. Isso dificulta muito qualquer planejamento. 180423MS_AVG_MerBra_CMYK[print].pdf
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Temos um modelo que foi implantado com sucesso em Minas Gerais e estamos oferecendo sua utilização a outros estados de modo gratuito. É um programa que está permanentemente atualizado e que vai permitir ao consumidor saber informações sobre toda oferta turística. M&E – Minas Gerais registrou um período de queda, como aconteceu com outros estados. Qual tem sido a estratégia da Setur para retomar um lugar de destaque no cenário nacional? Gustavo Arrais- Procuramos ampliar nossas estratégias de comercialização junto às grandes operadoras. Você tem que aparecer, estar presente no mercado. Fechamos o ano com participação em 90 feiras de turismo, no Brasil e no exterior. O resultado disso é que 23/04/18
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Gustavo Arrais, secretário de turismo de Minas Gerais e presidente do Fornatur
tivemos um crescimento em 2017 de 60% nos desembarques internacionais comparados a 2016. Isso mostra que estamos no caminho certo e recuperando mercado. Foram 58 mil desembarques em 2017. Já os desembarques nacionais tiveram um desempenho ainda melhor no ano passado, dobramos a média. Além disso, investimos em eventos como o Carnaval, que transformamos num dos melhores de rua do país e tivemos um volume recorde de 3,8 milhões de foliões.
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EDITORIAIS
TURISMO EM DADOS
Resultado esperado
IBGE: atividade turística apresenta queda em fevereiro
Roy Taylor Depois de anos na liderança da América do Sul, na captação de turistas internacionais, o Brasil foi superado no ano passado pela Argentina pela primeira vez na história. O resultado não surpreendeu, uma vez que apesar de todo o empenho da Embratur no processo de captação junto aos principais destinos emissores, vários fatores contribuíram para impedir resultados mais expressivos no volume de turistas estrangeiros. A começar pela falta de recursos destinados ao setor e vontade política aliada a instabilidade no cenário político e econômico deste Governo, onde a preocupação maior tem sido livrar condenados na Justiça da cadeia. Neste ambiente conturbado importantes temas tem sido relegados a um segundo plano. Em que pese o esforço do ministro Vinícius Lummertz e de boa parte do trade para colocar na pauta do dia projetos de lei do setor, as propostas continuam em compasso de espera. A começar pela transformação da Embratur numa agência de fomento. Sem recursos suficientes não há como realizar ações promocionais de grande porte. Para se ter uma ideia da desproporção entre o que o Brasil investe na comparação com outros países da América do Sul, os recursos destinados pela Embratur para promover nosso destino não chegaram a US$ 20 milhões, contra os US$ 80 milhões gastos pela Argentina. Não bastasse isso, o Governo portenho junto com a
iniciativa privada deram uma demonstração de como fazer frutificar o setor na geração de negócios. Prova disso foi a redução do IVA, imposto cobrado pela hotelaria e que deixou de ser cobrado aos hóspedes. As taxas embutidas nos gastos com cartões de crédito são restituídas ao turista. Do mesmo modo que a isenção de vistos e medidas de incentivo para novas rotas têm contribuído para fomentar o turismo na Argentina. Diante deste quadro, a Argentina, que nos anos 2014 e 2015 viu cair o fluxo de turistas e divisas, conseguiu nos dois últimos anos reverter esse quadro. Já o Brasil não soube sequer aproveitar a grande exposição do país no mercado internacional em função dos megaeventos como Copa do Mundo e Olimpíada. Muito pelo contrário. A divulgação no exterior de epidemias de dengue, febre amarela aliada a escalada de violência urbana em grandes cidades, como Rio de Janeiro, principal portão de entrada do turismo internacional, fizeram com que os números relativos a vinda de turistas estrangeiros e a entrada de divisas tivesse tímidos e ridículos aumentos frente ao grande potencial do país. Resta esperar o que virá com as eleições de outubro. A continuar neste ritmo certamente seremos ultrapassados por outros concorrentes diretos. Roy Taylor é jornalista, publicitário e CEO do Mercado & Eventos
A política que atrapalha o Turismo Anderson Masetto Desde o último mês, o país tem um novo ministro do Turismo. Vinicius Lummertz foi aclamado pelo trade e ficará no cargo até dezembro. Marx Beltrão deixou a pasta para concorrer às próximas eleições. Embora a escolha de Lummertz tenha sido acertada e comemorada muito pelo trade, uma vez que além da proximidade com o mercado, ele tem também força política (atributos que quase nenhum ocupante da pasta conseguiu reunir), a pergunta que fica é: o que é possível fazer em tão pouco tempo? O fato é que já estava sendo feito. A proximidade de Lummertz com Beltrão foi determinante em alguns dos principais avanços das políticas públicas do turismo nos últimos anos. O visto eletrônico – que aliás já se mostra uma estratégia de sucesso – foi uma bandeira levantada pelo atual ministro quando ocupava o cargo de presidente da Embratur. Beltrão encampou a iniciativa, utilizou sua influência política e isso agora é uma realidade. Sobre as iniciativas do plano Brasil + Turismo, é fácil ver a mão de Lummertz aí também. Certamente como conselheiro ou consultor, teve participação na elaboração destes projetos. O próximo desafio é transformar, definitivamente, a Embratur em uma agência. Esta conversa é antiga, mas o atual ministro tem isso como missão e fará de tudo para deixar este legado ao turismo brasileiro. Sim, resta muito pouco tempo
de governo e no meio de tudo isso há ainda Copa do Mundo e eleições. Justamente dois dos fatores que fizeram o país mergulhar em uma enorme crise há quatro anos. Agora, o cenário é outro e, embora mais lenta do que o esperado, a recuperação existe. Um dos principais termômetros, a aviação, está no seu 13º mês consecutivo de alta na demanda. Bons ventos sopram, por isso, esperamos que estes fatores não venham a alterar muito o fluxo das coisas. Diferente de 2014, quando o país parou para o megaevento, eventos e viagens corporativas beiraram o zero e as férias do meio do ano de muitos brasileiros não contemplaram viagens, o cenário é outro. A economia está reagindo. Porém, neste ano há o agravante de que a eleição é totalmente imprevisível. Isso, certamente, afetará a taxa de câmbio, fator determinante para a venda de viagens internacionais. Todo o trade espera que a equação pouco tempo/eleições não resulte em resultados ruins na gestão de Vinicius Lummertz no MTur. Ele tem a confiança do setor, o conhecimento e a boa vontade que todos nós sempre quisemos ver no Ministério. Se fatores externos como as eleições não interferirem, ele tem tudo para fazer uma gestão histórica. Anderson Masetto é jornalista, pós-graduado em Comunicação Jornalística e editor-chefe do Mercado & Eventos
Igor Regis Dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE no início do mês, mostraram que as atividades turísticas tiveram um recuo de 4% entre janeiro e fevereiro deste ano em todo o Brasil. A queda quase elimina o ganho acumulado pelo setor entre os meses de outubro e janeiro, que foi de 3,6%. A queda no mês de fevereiro foi registrada em todos os 12 municípios que integraram o estudo, com destaque para os recuos vindos de Bahia (-9,4%), Rio de Janeiro (-3,6%), Minas Gerais (-6,7%) e São Paulo (-0,7%). Com isso, o primeiro local eliminou parte da expansão de 9,6% em cinco meses sequenciais de taxas positivas; o segundo devolveu parte do ganho de 10,0% observado entre novembro de 2017 e janeiro de 2018; o terceiro acumulou perda 7,1% de janeiro de 2018 a fevereiro de 2018; e o último marcou a quarta taxa negativa seguida, com perda acumulada de 9,6%. Já na comparação com fevereiro de 2017, o índice de volume de atividades turísticas apresentou retração de 5,2% no Brasil, após registrar um janeiro estável (0%), mês que interrompeu doze taxas negativas consecutivas neste tipo de comparação. Porém, neste comparativo, três dos doze estados apresentaram crescimento no período: Pernambuco (5,7%), Espírito Santo (12,0%) e Santa Catarina (1,7%). Em contrapartida, outros nove recuaram: da Bahia (-8,1%), Distrito Federal (-9,8%), Minas Gerais (-3,8%), Rio Grande do Sul (-5,8%), Ceará (-6,4%), Paraná (-2,6%) e Goiás (-1,9%).
Índice de atividades turísticas (Janeiro/Fevereiro) 0 BA
MG
DF
PE
RS
PR
GO
CE
BRA
RJ
ES
SC
-1
SP -0,7
-1,3
-2 -3
-2,7
-4 -5 -5,1
-5
-4,8
-4,7
-4,3
-4
-3,6
-6 -6,1
-7
-6,7
-8 -9 -10
-9,4
Índice de atividades turísticas (Fevereiro 2017/Fevereiro 2018) 15 12
10
5,7 5
1,7 0 DF
BA
RJ
CE
RS
BRA
SP
MG
PR -2,6
SC
PE
ES
-1,9
-3,8
-5 -6,4 -10
GO
-8,1
-5,8
-5,2
-5,2
-7,9
-9,8
-15
VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE ATIVIDADE TURÍSTICA ESTADO
JAN-FEV
FEV17-FEV18
BAHIA MINAS GERAIS DISTRITO FEDERAL PERNAMBUCO RIO GRANDE DO SUL PARANÁ GOIÁS CEARÁ RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO SANTA CATARINA SÃO PAULO BRASIL
-9,4% -6,7% -6,1% -5,1% -5,0% -4,8% -4,7% -4,3% -3,6% -2,7% -1,3% -0,7% -4,0%
-8,1% -3,8% -9,8% 5,7% -5,8% -2,6% -1,9% -6,4% -7,9% 12,0% 1,7% -5,2% -5,2%
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ENQUETE
Como retomar a liderança do receptivo na América do Sul Luiz Marcos Fernandes No ano passado, pela primeira vez na história, o Brasil foi superado pela Argentina na recepção de turistas estrangeiros, perdendo assim a liderança no ranking da América do Sul. O M&E ouviu especialistas e representantes do trade do Brasil e Argentina sobre as medidas que podem levar a médio e longo prazo o país a recuperar a posição no topo entre os países do Cone Sul e superar os gargalos e obstáculos que prejudicam o mercado receptivo internacional.
Quais lições o Brasil pode tirar do exemplo da Argentina na promoção internacional?
Marcelo Costa, presidente da Embratur Acreditamos que o plano Brasil + Turismo, medidas para fortalecer o setor no País, irá contribuir para aumentar a vinda de turistas estrangeiros ao Brasil e, consequentemente, se manter líder na atração de visitantes internacionais na América do Sul. O pacote engloba, além da emissão de vistos eletrônicos, a ampliação da conectividade aérea, modernização da Lei Geral do Turismo, melhor aproveitamento de áreas da União, qualificação profissional, fortalecimento dos órgãos estaduais de turismo e a transformação da Embratur em serviço social autônomo (agência). O PL 2724/2015, que eleva também a participação do capital estrangeiro com direito a voto nas empresas aéreas está para ser votado na Câmara. Com o aumento da conectividade, seremos mais produtivos e chegaremos próximos a patamares internacionais. Isso fará com que o Brasil consiga subir alguns degraus na competitividade. Com a mudança do modelo de gestão da Embratur será possível aumentarmos o investimento no setor.
Valdir Walendowsky, presidente da Santur Não é preciso ir muito longe para entender os reais motivos e razões para que o nosso fluxo de turistas estrangeiros seja ainda muito tímido e cresça abaixo da média de nossos concorrentes. Basta dar uma olhada no volume de recursos que nossos vizinhos da América Latina investem em promo ção junto aos mercados emissores. Basta observar o que esses países tem feito para estimular a chegada de mais turistas e, o que o Brasil tem deixado de fazer, apesar do nosso grande potencial. Se eles têm condições de reduzir a carga tributária para o setor e isso têm dado resultados positivos, com a entrada de mais divisas, bem como políticas de incentivo a novos voos, então não precisamos de muitas explicações em relação ao fato de estarmos perdendo espaço. Pouco adianta o bom trabalho desenvolvido pelo Ministério do Turismo e a Embratur se o Governo não tem uma percepção sobre a importância do setor como geração de empregos, divisas e investimentos.
Natalia Pisoni, coordenadora para o Mercosul do Inprotur Em relação a políticas de ação promocional junto ao mercado sul americano, posso falar pela Argentina. Os bons resultados foram fruto de uma série de ações aliadas ao incremento nos investimentos em campanhas junto aos nossos principais mercados emissores, como o caso do Brasil, onde no ano passado obtivemos um crescimento de 15% em comparação a 2016. Claro que a união do poder público e privado foi fundamental e a redução do imposto do IVA fez com que o custo para os turistas estrangeiros ficasse mais atraente. Outro aspecto que não pode ser ignorado foi a ampliação da malha aérea permitindo uma maior conectividade. O Inprotur, além de focar suas ações junto ao trade, desenvolveu também campanhas para o público final. Tudo isso aliado a uma política de flexibilização e eliminação da exigência de vistos pelo programa de reciprocidade. São certamente medidas que deram certo na Argentina e podem dar também para outros países do Cone Sul.
Alberto Cestrone, presidente da ABR e diretor Geral do Infinity Blue A percepção por parte dos nossos governantes da força da indústria do turismo é um primeiro passo. É fundamental que o Governo tenha um novo olhar sobre essa indústria de modo a criar medidas que facilitem e incentivem o setor. É preciso que todos aqueles que sejam responsáveis pela elaboração de políticas públicas tenham maior consciência sobre os inúmeros benefícios que o setor pode gerar. Lembro que na Europa o turismo tem sido um dos motores de força na recuperação da economia. A Argentina tem adotado ações para fortalecer o setor e os resultados estão aí. No Brasil, infelizmente o turismo ainda não é entendido em seu grande potencial. Concessão dos aeroportos e investimentos em infraestrutura, bem como uma maior abertura para novos voos, como têm acontecido no mercado argentino, certamente podem contribuir em muito na questão da acessibilidade. A abertura de rotas aéreas e ampliação do capital estrangeiro nas companhias nacionais podem contribuir para que tenhamos um maior número de turistas estrangeiros.
Quais os principais entraves no processo de captação junto aos mercados emissores? Marcelo Costa O Brasil é um grande mercado, mas pode crescer muito mais. Porém, ao contrário do que fazem Argentina (investiu anualmente cerca de US$ 80 milhões), Colômbia (US$ 100 milhões) ou Peru (US$ 95 milhões), no ano passado, sobrou para a Embratur investir menos de US$ 20 milhões na promoção internacional. Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai são os nossos principais emissores e, de acordo com o Anuário Estatístico do Ministério do Turismo, aumentou o número de visitantes destes quatro países, quando comparado a 2016. No ano retrasado, foram 2,29 milhões de argentinos; 311 mil chilenos; 316 mil paraguaios e 284 mil uruguaios. Temos que ampliar a participação em feiras do setor, realização de capacitações, treinamentos, famtours e press trips. A última campanha promocional foi a primeira totalmente digital e foi um sucesso. Em dois meses, foram mais de 50 milhões de views dos vídeos da campanha. As interações atingiram a marca de 300 mil no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube, contabilizando apenas os canais da Embratur.
Valdir Walendowsky Precisamos, antes de tudo, tratar melhor os nossos turistas. Não basta a tradicional hospitalidade brasileira. Isso implica em criar facilidades na questão da acessibilidade. Santa Catarina recebe quase 2 milhões de argentinos anualmente e agora é que estão cuidando de investir em um novo aeroporto. Outra questão grave é o turismo rodoviário, principalmente nos períodos de alta estação. É um absurdo obrigar os turistas que nos visitam a ter que aguardar entre seis e sete horas para cruzar a fronteira por falta de uma infraestrutura melhor no atendimento aos nossos visitantes. Nestes períodos se formam filas quilométricas exigindo dos nossos “hermanos” muita paciência. Com isso, muitos deles já não voltam mais na temporada seguinte e perdemos turistas para destinos concorrentes. Outra questão importante são as campanhas promocionais. Todos sabemos que cada vez mais as viagens estão com menor tempo de duração e é necessário concentrar as ações promocionais no turismo regional do Cone Sul.
Natalia Pisoni Acho que a questão dos recursos e verbas para promoção internacional é sempre um quesito fundamental em qualquer estratégia promocional. Também é necessário que haja foco em determinados mercados. Você não pode simplesmente querer atingir a todos os mercados. No caso da Argentina, o Brasil é prioritário, assim como para a Embratur, a Argentina tem uma importância vital. Mas além das ações promocionais é necessário que haja sempre uma maior capacitação por parte de quem vende o destino. Quando você quer divulgar seu produto ou serviço, esse trabalho de orientação e informação ajuda muito. Agora, mesmo o Inprotur tem procurado divulgar novas rotas no norte da Argentina, bem como trabalhar nichos de mercado como a rota do vinho. Com isso, o agente de viagens tem oportunidade de oferecer ao seu cliente novos produtos e serviços. Entre os desafios, vejo também a importância de Brasil e Argentina trabalharem de forma conjunta junto a mercados mais distantes como o asiático, de modo a vender o Mercosul como destino.
Alberto Cestrone Um dos problemas no caso dos resorts é que o mercado mudou e pudemos verificar que brasileiros que utilizavam os resorts passaram a viajar ao exterior, enquanto muitos turistas estrangeiros deixaram de vir ao Brasil por diferentes razões. Temos que aprender a nos reinventar, apresentar novos diferenciais em relação a concorrência e investir mais nos canais de venda. O apoio às políticas de voos charters e de flexibilização dos vistos certamente podem ajudar a facilitar mais a vinda de turistas dos destinos emissores. Outro fator fundamental são os investimentos em promoção. É fundamental que a Embratur possa ter um novo formato na condição de agência e com isso ter maiores facilidades na obtenção de recursos para esse fim. Sem verbas fica muito complicado concretizar programas de captação junto ao trade e ao público final. Precisamos criar produtos e atrativos e uma delas certamente é a aprovação do funcionamento dos cassinos nos resorts, porque movimentam a economia da cidade e melhorar a qualidade no turismo receptivo.
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QUINZENA | MERCADO
Aviação: demanda doméstica bate novo recorde em março de 2017, a demanda doméstica registra crescimento de 3,48%, para uma oferta ampliada em 2,38%. O fator de aproveitamento resultante é de 81,97%, com melhoria de 0,87 ponto percentual. Já são 22,9 milhões de passageiros transportados no Brasil no ano, total 2,37% superior ao do 1º trimestre do ano passado. Internacional - As estatísticas das associadas Abear abrangem atualmente cerca de 30% das operações aéreas internacionais envolvendo o Brasil. A parcela restante é detida por empresas de bandeira estrangeira. Nesse enfoque, no mês a demanda por viagens internacionais nas aéreas brasileiras teve crescimento de 15,55%, enquanto a oferta teve expansão de 18,27%. A ampliação da capacidade em ritmo mais forte do que a intensif icação da procura levou a uma retração de 1,93 ponto percentual do fator de aproveitamento, que baixou a 82,14% no período. O volume de passageiros t ransp ortados somou 779 mil no mês, total 16,32% superior ao apurado no mesmo mês do ano passado. A demanda e a quantidade de passageiros transportados permanecem em melhoria ininterrupta há 18 meses. Já a oferta está em ascenção há 17 meses seguidos.
Foto: shutterstock
Março foi o 13º mês consecutivo de alta na demanda para as companhias nacionais no doméstico. É o que mostram os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O incremento foi de 2,09% em comparação com o mesmo período de 2017. O resultado mostra uma redução no ritmo de crescimento médio, de quase 6%, dos últimos seis meses. Isso acontece, segundo a entidade, porque a partir de agora as comparações passam a ser feitas contra o período em que a aviação doméstica já havia iniciado a recuperação após o ciclo de 19 meses de crise (agosto/15 a fevereiro/17). O volume absoluto de 7,6 bilhões de RPK consumidos pelo público no mês é recorde para março na série histórica e deve marcar a efetiva retomada do crescimento do setor aéreo nacional. A oferta teve uma expansão de 0,66% em março sobre o mesmo mês do ano anterior. Como resultado disso, a ocupação teve alta de 1,12 ponto percentual no mês, atingindo 80,20%. Tal nível é recorde para a estatística em um mês de março. No total, foram 7,4 milhões de passageiros transportados nas rotas domésticas no período, alta de 0,83% em base anual. Trimestre - Na comparação de janeiro a março desse ano com igual período
Com foco no atendimento, Best Buy quer crescer 40% em 2018
Victor van Oorschot e a equipe da Best Buy Hotel na Aviesp Expo
Com mais de 700 mil hotéis disponíveis no seu portfólio, a Best Buy Hotel tem como filosofia não a venda de hospedagem, mas sim o serviço prestado aos agentes de viagens. São cinco anos de atuação no mercado e cerca de 600 mil room nights comercializados por ano. Para 2018, o CEO da empresa, Victor van Oorschot, espera um incremento de 40% em relação ao ano passado. “Somos a maior consolidadora de hotéis da América Latina, mas o nosso principal ativo é a estrutura. Resolvemos focar em uma coisa que o mercado esqueceu, o atendimento”, disse o executivo em entrevista ao M&E. “Temos um departamento de back office mui-
to bem estruturado. Reconfirmamos 100% das nossas reservas e temos um call center que faz todo o trabalho de pós-vendas”, complementou. Oorschot falou ainda do departamento de Business Inteligence da empresa. De acordo com ele, a análise de dados permite entender melhor o perfil de cada cliente. “Com isso, conseguimos contribuir com as agências e operadoras que compram conosco com dados como sazonalidade, perfil e destino”, ressaltou. “Cortamos a relação cliente x fornecedor e transformamos isso em parceria”, completou. Atualmente 2,1 mil agências e operadoras compram da Best Buy no Brasil, além de cerca de 80 clientes internacionais.
GTA: campanha de vendas distribuirá prêmios a agentes
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, é um dos mais movimentados do país
E-HTL amplia o foco na locação de veículos e inclui casas no seu portfólio Muito mais do que hotéis. É assim que a E-HTL quer ser conhecida a partir de agora. A operadora investe
Flavio Louro, presidente da E-HTL
cada vez mais na locação de automóveis, um segmento que segundo Flavio Louro, diretor da empresa, tem crescido no share de venda s. “Incluímos ma is uma locadora, a Europcar e agora temos dez integradas de forma direta”, destacou. Até o final do ano, a operadora espera que a locação cresça 30%. O u t ro d es t aque é o a lug uel d e casas, serviço que está sendo lançado p ela op eradora para a lguns dos destinos mais cobiçados pelos brasileiros, como Orlando, Nova York e Miami (EUA), Barcelona (Espanha), Portugal, Itália, Brasil, entre outros. A E-HTL tem acesso ao inventário de “book by the door”, ou seja, o cliente já reserva a propriedade exata e, após efetuar o web check-in, recebe todas as informações. “Tínhamos este serviço offline. Agora está integrado ao nosso sistema. O agente de viagens faz a reserva, gera o voucher e com o link o seu cliente faz o check-in de forma antecipada”, explicou. “Este é um produto que tem crescido muito, pois é muito vantajoso para quem viaja em família”, finalizou.
Celso Guelfi, presidente da GTA
A partir deste mês de maio, a GTA tem uma campanha de vendas em que cada seguro vendido se transforma em pontos para serem trocados por prêmios, que vão desde eletrônicos e eletrodomésticos a automóveis. “Cada ponto equivale a um real e, dependendo do plano vendido, o agente pode acumular de 1 a 18 pontos. Ele pode trocar isso por uma geladeira, uma moto, ou até um carro, dependendo do tanto de pontos que ele acumular”, explica Celso Guelfi, presidente da GTA. O programa de fidelidade vale apenas para os emissores do seguro, ou seja,
agentes e operadores. O registro da pontuação será feito em um hotsite especial, que migrará dados das vendas diretamente do sistema da GTA. Capacitações - Ap ós ca pacit ar 9.200 profissionais em 2017, a GTA tem a meta de qualificar 9.500 ao decorrer deste ano. Até o momento 2.4 00 já passaram por treinamento. “Estamos dentro da meta e em um curto espaço de tempo já temos um bom número de agentes capacitados, tanto por meio de parcerias, quanto em nossos treinamentos”, completa o presidente da GTA.
Corporativo impulsiona faturamento do Grupo Flytour O Grupo Flytour registrou um crescimento de 15% no faturamento neste primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O avanço foi impulsionado pelas empresas Flytour Business Travel, Flytour Eventos e Flytour Franchising (corporativo), que juntas alcançaram crescimento de 12,8% no período. Para o CEO d o Gr up o F lytou r, Christiano Oliveira, o setor de turismo apresenta um leve crescimento nesse primeiro semestre, o que
mostra uma recuperação da atividade no Brasil. “Nosso crescimento está diretamente ligado à transformação digit a l e ao emp odera m ento dos nossos clientes, com plat afor ma s mais completas e dinâmicas”, afirma o executivo. A Flytour Gapnet e a Chanteclair (Consolidação) tiveram evolução de 19,7 %. Já out ra s s eis empresa s que comp õem o gr up o, todas voltadas para o lazer, cresceram 10,5% nos três primeiros meses de 2018.
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QUINZENA | EVENTOS
Rail Europe promove Swiss Travel Pass para agentes de São Paulo
María Corinaldesi, da Rail Europe, e Andreas Nef, da Swiss Travel System
A Rail Europe reuniu agentes de viagens em São Paulo para promover o Swiss Travel Pass, produto que permite ao turista utilizar o transporte público na Suíça. As apresentações foram feitas por María Corinaldesi, gerente regional
da Rail Europe, e Andreas Nef, gerente de Marketing da Swiss Travel System. Segundo María, o objetivo é mostrar ao agente o potencial de vendas do produto no mercado brasileiro. “Normalmente, o turista brasileiro compra o Swiss Travel Pass na Suíça, o que acaba saindo mais caro. Queremos trazer este produto para o Brasil e promover a compra dele através dos agentes, já que é um produto que vende muito e pode crescer dentro das agências”, afirmou. O programa tem como principal funcionalidade o acesso ao sistema de transporte na Suíça, entre trens, ônibus e navios. Além disso, oferece roteiros para mais de 500 museus no país e uma maior facilidade de locomoção, já que a distância entre as cidades suíças são curtas e podem ser realizadas de trem. Uma travessia de ponta a ponta no país, por exemplo, é feita em quatro horas sobre os trilhos. “É possível chegar a Paris, um lugar que os brasileiros adoram, em três horas de trem. Somente de 2016 para 2017, o aumento de brasileiros no país cresceu 46%”, exaltou Nef.
Com representação, Cruce Andino busca crescer no mercado brasileiro Uma travessia pela Cordilheira dos Andes entre paisagens que incluem trechos terrestres e navegação em lagos. Cenários únicos entre o Chile e a Argentina partindo de Puerto Varas até San Carlo de Bariloche. Este é o produto oferecido pela Cruce Andino, representada no Brasil desde março por João Araújo. Embora o Brasil já seja o maior mercado internacional para a empresa, o objetivo é ampliar a penetração no país e incluir o passeio nos pacotes das operadoras. “É um produto que os agentes e operadores podem vender tranquilamente. Conheço o Cruce Andino há muito anos e é realmente espetacular o contato com a nat ureza, lagos, montanhas. Um verdadeiro paraíso”, destacou João Araújo, da João Araújo Promoção & Vendas. “É um passeio para todos os públicos. Temos famílias, crianças e melhor idade”, complementou a diretora
Isabela dos Santos, João Araújo e Ronald Neves, da João Araújo Promoção e Vendas, com Patricia Perez, da Cruce Andino
de Vendas Internacionais da Cruce Andino, Patricia Pérez. De acordo com Araújo, a maioria dos passageiros é local, mas o Brasil já é o principal emissor internacional. Ele acredit a que há a inda espaço para crescer no mercado bra sileiro, uma vez que as ligações aéreas estão sendo ampliadas e que, cada vez mais, os brasileiros buscam por programas diferentes.
Flórida bate recorde com 116 milhões de visitantes em 2017 A Flórida bateu recorde de turistas em 2017. Foram 116,5 milhões d e v isit a nt es, um aum ento d e 3,6% em relação a 2016. De acordo com o governador Rick Scott, a indús t ria t ur ís t ica da região emprega mais de 1,4 milhão de pessoas. Nos 18 principais aeroportos da Flórida, o número total de aeronaves aumentou 4,1%, com 87,2 milhões de passageiros. O número de diárias de hotéis vendidas também cresceu, registrando 4,6% a mais em comparação com o quarto trimestre do ano anterior. No mês de setembro, o estado teve uma baixa de 1,8 m ilhão de visitantes p or conta do furacão Irma, mas recuperou os números a partir de outubro. “D ev id o a o s p r o gra m a s d e Marketing do Visit Florida, especialmente após o furacão Irma, tivemos resultados de bilhões de dólares em receita para o estado. Vamos continuar a div ulgar o estado da Flórida para todo o mundo”, afir mou Ken Lawson, presidente e CEO do Visit Florida.
Experience Happiness
Amarás Samaná
Temos muita vontade de dividir contigo este paraíso!
Relais & Châteaux investe pesado no mercado brasileiro A Relais & Châteaux quer expandir sua marca no Brasil e ampliar a participação do país nas vendas globais, que hoje representa 2%. E a responsável por esta missão será a Experanto Latin America, empresa de Jean-Bruno Gillot, que se tornou a representante comercial da associação no Brasil no mês de março. “O meu objetivo é identificar as agências que tem potencial para se tornar Preferred, o que a torna uma referência na comercialização de hotéis da Relais & Châteaux. A ideia é chegar a 15 agências destas no Brasil até o fim de 2018”, afirma. O fundador da Experanto Latin America reforçou que uma das metas desta parceria comercial é dobrar o número de agências parcerias, às chamadas “Relais & Châteaux Preferred”, que atualmente são oito. De acordo com ele, atualmente já existem cerca de 30 no país com potencial para serem enquadradas neste perfil. “São agências especializadas no turismo de luxo focado em experiências, sustentabilidade e gastronomia, que é uma característica da marca”, explica. mercados y eventos Abril 18.indd 1
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ENTRE O MAR E A MONTANHA O contraste entre os cenários e a proximidade entre o mar e a montanha sempre foi um dos principais atrativos turísticos do Espírito Santo. Em menos de uma hora, é possível sair de uma praia de águas claras e chegar às montanhas. Com tantos atrativos, o destino adotou a criação de rotas turísticas. São elas: Rota do Sol e da Moqueca, Rota do Mar e das Montanhas, Rota do Verde e das Águas, Rota dos Vales e do Café, Rota da Costa e da Imigração, Rota do Caparaó, Rota Caminhos do Imigrante Rota do Mármore e do Granito. E para atender ao público, o estado vem realizando investimentos significativos para melhorar sua infraestrutura. ESPORTES O Espírito Santo é o cenário perfeito para a prática de esportes radicais. Devido a sua formação física e geológica e sua múltipla oferta em atrativos naturais, outros segmentos que se destacam no estado são o turismo de aventura, o ecoturismo e o turismo náutico. Afonso Cláudio e Castelo são pontos turísticos importantes da região serrana, trekking no Parque Municipal do Itabira, rafting em Domingos Martins, trilhas no Parque Estadual da Pedra Azul, piscinas naturais na Pedra Azul, surfe nas praias da Região Metropolitana da Grande Vitória, wakeboarding no manguezal, e mergulho esportivo em Guarapari. NATUREZA Para contemplar a natureza, os passeios obrigatórios ficam na região das Montanhas Capixabas, onde estão localizados os Parques Estaduais de Pedra Azul, em Domingos Martins, e o de Forno Grande, em Castelo. Já em Linhares, ao Norte, reúne o maior complexo lagunar do País, com 64 lagoas, entre elas a Juparanã, maior lagoa em volume de água do Brasil. A pesca oceânica atrai pescadores do mundo inteiro pela quantidade e tamanho
VITÓRIA A ILHA DOS PRAZERES Vitória, capital do Espírito Santo, é o ponto de partida para a maioria das rotas turísticas do estado. A riqueza de sua história, a beleza de seus parques e de suas praias e suas características econômicas atraem turistas de várias partes do mundo, o que faz da capital capixaba um local com grande vocação turística. A cidade, uma das três ilhas-capitais do país, tem o desenvolvimento sustentável como uma de suas marcas e desponta entre as que mais crescem em termos econômicos no Brasil, além de ser considerada a segunda com melhor qualidade de vida, o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) e o maior produto interno bruto (PIB) per capita.
i (Setur)
Catedral Metropolitana de Vitória
DESTAQUES DE VITÓRIA Catedral Metropolitana – Em estilo neogótico, com vitrais valiosos, foi construída no século 20. Em seu subsolo há uma capela onde estão enterrados os bispos do Espírito Santo. Palácio Anchieta – Construção jesuítica do século 16 abriga desde o século 18 a sede do governo estadual. De frente para o mar, com vista para o Porto de Vitória, o prédio guarda o túmulo do padre José de Anchieta e é uma das sedes de governo mais antigas do Brasil. Curva da Jurema – Ao longo dos 800 metros de sua faixa de areia, o visitante pode admirar a paisagem, confortavelmente instalado em um dos muitos quiosques com áreas cobertas, que servem deliciosos petiscos da culinária capixaba. VILA VELHA A ANTIGA CAPITAL A partir de Vitória, a 12 quilômetros ao sul fica Vila Velha, antiga capital do estado. Vila Velha é o berço da colonização do solo Espírito-Santense, fundada em 23 de maio de 1535, e a
MOQUECA CAPIXABA
A tradição pesqueira e a herança da cultura indígena e negra influenciaram profundamente a culinária capixaba, tornando-a eclética, produto de tradições de habitantes, como portugueses, africanos e povos do norte da Europa. A culinária capixaba é reconhecida internacionalmente, e tem como pratos principais a moqueca e a torta capixaba, além de outros típicos à base de frutos do mar, servidos em panelas de barro, uma herança do artesanato indígena.
a Velha entre Vitória e Vil ipal via de acesso inc pr , nte po ira Terce
Famosa internacionalmente, a moqueca capixaba é o prato mais conhecido da culinária do estado. Ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não recebe azeite de dendê e nem leite de coco, sua base é apenas vegetais e frutos do mar. E este é um assunto delicado, já que existe uma corrente que defende que o prato mais parece uma peixada que moqueca. Mas a verdade é que cada uma merece ser apreciada como uma experiência única, embora levem o mesmo nome.
Moqueca capixaba, tradicional prato da culinária do estado
Foto: SECOM
Após dois anos de duros resultados para o turismo capixaba, com a paralisação da Polícia Militar e pelo reflexo da instabilidade do país, a economia local está aquecida, registrando um crescimento acima da média nacional e abrindo novas oportunidades de negócios. Neste cenário, o Espírito Santo se destaca por proporcionar inúmeras opções turísticas, sejam de lazer ou de negócios. O turismo de eventos e negócios está em evidência e cresce em ritmo acelerado – 23,5% no último ano. O turismo de lazer também tem desempenhado importante papel na economia capixaba e tem atraído cada vez mais turistas. Neste verão foram 1,7 milhão de turistas, que deixaram cerca de R$ 250 milhões no destino.
dos peixes do litoral do estado. Vitória é considerada a capital do marlim, e tem dois recordes internacionais pela captura de um marlim azul de 636 quilos, e de um branco de 82,5 quilos. Velejadores de Laser, Hobbie Cat e pequenas embarcações encontram raias privilegiadas por correntes e ventos no litoral capixaba. E para os adeptos do mergulho, as águas calmas do arquipélago de Três Ilhas, em Guarapari, permitem até o mergulho noturno.
Foto: Tadeu Bianconi
Lisia Minelli
Foto: Yuri Barichivich (Setur-ES)
Tadeu Biancon
Com malha aérea ampliada e novo aeroporto, destino ganha impulso no cenário nacional
Fred Loureiro (SECOM)
Espírito Santo
Palácio Anchieta, em Vitória
cidade mais antiga do estado. Por esse motivo a cidade abriga diversas construções históricas como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, o Farol de Santa Luzia e o Convento da Penha. As belezas naturais são evidenciadas pelos 32 quilômetros de litoral. As praias urbanizadas e outras ainda ornadas por concentrações de restinga são propícias ao banho, à pesca, a práticas esportivas e a programações artísticas e culturais. DESTAQUES DE VILA VELHA Convento da Penha – Uma das mais belas e antigas construções do Brasil Colonial, e o mais antigo santuário mariano do país. Construído sobre um rochedo, em 1558, pelo Frei Pedro Palácios, permite avistar, de seu ponto mais alto, Vila Velha, Vitória e alguns municípios vizinhos. O acesso pelo caminho de pedras rústicas margeia resquícios originais da Mata Atlântica, com diversas espécies de plantas e animais silvestres. Igreja Nossa Senhora do Rosário – É a igreja mais antiga do estado e uma das primeiras do Brasil. Em 1751, ganhou uma Pedra D’Ara com relíquias de São Colombo e São Liberato. Em 1950, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Casa da Memória – Tombada pelo Conselho Municipal de Cultura, a construção do século 19 abriga uma exposição permanente de fotografias e outras imagens que guardam a história da formação do município e do estado. Farol de Santa Luzia – Construído na Escócia em 1870, pelo Barão de Cotegipe, a torre mede 17 metros de altura e sua luz pode atingir até 15 milhas marítimas. O farol orienta os navios que chegam à costa com destino aos portos de Vitória, Vila Velha e Tubarão.
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AVIAÇÃO
Com dois voos diários, Avianca Brasil chega a Vitória Nova frequência conectará capixabas com mais de 300 voos e com as 12 companhias parceiras da Star Alliance no Brasil Lisia Minelli A Avianca Brasil iniciou, em meados de abril, suas operações em Vitória (ES). A capital capixaba agora conta com dois voos diários a partir de São Paulo (Guarulhos), operados por uma aeronave Airbus A320 com capacidade para 162 passageiros em classe única. Segundo Tarcísio Gargioni, vice-presidente Comercial de Marketing e Cargas, a chegada da Avianca ao Espírito Santo foi essencial para a companhia que conecta as principais capitais do país. Os horários dos voos, segundo ele, foram pensados especialmente para maior conectividade com os voos nacionais e internacionais da companhia, além daqueles operados pelos parceiros da Star Alliance. “Só não chegamos antes porque não existia infraestrutura necessária para o voo. Agora, com o novo aeroporto – que comporta até expansão de malha – pudemos tirar do papel um plano já antigo e trazer ao mercado um produto de qualidade e serviço diferenciado”, comentou Gargioni. “As duas ligações são estratégicas e permitirão à demanda capixaba se conectar com os mais de 300 voos da Avianca Brasil em 29 destinos nacionais e três internacionais. Sem esquecer das conexões com a Avianca Internacional para Lima e Bogotá, além das outras 12 companhias membros da Star Alliance, que conectam mais de 1,3 mil destinos no mundo todo”, completou. Ainda neste ano a Avianca Brasil iniciará voo para Belém, em 20 de junho; estreará sua terceira frequência para Santiago no dia 22 de junho; e sua segunda rota para Miami em novembro. RESULTADOS O primeiro voo para o novo destino da companhia estava lotado e a expectativa é que o as operações tenham uma ocupação média de 80%. A Avianca Brasil opera com uma taxa média anual de 88% em seus voos. O desempenho em fevereiro atingiu crescimento de 11% em demanda e mais 9,8% em oferta. O market share no país é de 14%, mas vale lembrar que nos destinos onde opera chega a 26%. Neste ano a meta da companhia é de transportar mais de 13 milhões de passageiros, 20% mais que no ano anterior. “Ano passado foi de grande crescimento e continuaremos a crescer esse ano. Acreditamos na companhia, no país e nos brasileiros, por isso, continuaremos nossos investimentos”, declarou Gargioni. IMPACTO NO TURISMO De acordo com a subsecretária de Turismo do Estado, Simone Modolo, com o novo aeroporto e a chegada da Avianca em Vitória, é possível que novas companhias e mais voos sejam recebidos no Espírito Santo. Segundo Tarcísio Gargioni há uma demanda reprimida de viagens no estado. José Eduardo Azevedo, secretário de Desenvolvimento, corrobora dizendo que o estado trabalhou muito durante a crise e que conseguiu nos últimos anos manter um crescimento consistente. “Construímos um bom ambiente de negócios e agora com a vinda de novas empresas e a retomada da economia no estado se somam ao novo aeroporto e a chegada do voo da Avianca. Tenho certeza que em breve duplicaremos os voos e os negócios”, disse. O Governador Paulo Hartung ainda comentou sobre os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura aeroportuária e em municípios com potencial de turismo no estado. “Esse conjunto de intervenções será benéficos para potencializar o turismo. Além disso, estamos desenvolvendo um novo modelo de gestão para o Centro de Convenções para melhor receber os eventos”, finalizou.
Marcius Moreno, Tarcísio Gargioni e Rodrigo Napoli da Avianca Brasil
Paulo Hartung, governador do ES. com Tarcísio Gargioni, da Avianca
Batismo do novo voo da Avianca chegando a Vitória (ES)
Tarcísio Gargioni, vice-presidente Comercial de Marketing e Cargas da Avianca Brasil
NEGÓCIOS
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AVIAÇÃO
Gol escala Neymar Jr. para estrelar sua nova campanha Transportadora oficial da Seleção Brasileira, companhia começou a veicular campanha que tem o craque do time como protagonista de novos produtos e serviços. Quem viaja, percebe as mudanças: assento com ba nco s d e couro, int er net a bordo, mais espaço entre as poltronas e nossas novas salas VIPs tanto inter nacionais, como doméstica s, sem falar na qualidade de serviço. Esta é uma transformação que a Gol está passando, uma companhia que p er m itiu que ma is de 20 m ilhões de brasileiros começassem a voar”, disse German.
German Carmona, gerente de Marketing da Gol
Pedro Menezes A sede da Confederação Brasileira de Fute bol (CBF), no Rio de Janeiro, foi o palco escolhido pela Gol para lançar oficialmente sua campanha p ara a Co p a d o Mu nd o 2018, na Rússia. A companhia é a transportadora oficial da Seleção Brasileira e dos brasileiros nesta Copa, como já aconte ceu em 2014. D e acordo com o gerente de Marketing da Gol,
German Carmona, esta é a segunda fase da campanha “Nova Gol”, que começou em julho de 2017, revelando os diferenciais e a transformação da companhia. Agora, a Copa gera uma nova oportunidade. “A Gol chegou há 17 anos no mercado e mudou o modo do brasileiro viajar. O Brasil mudou, o mercado mudou e a empresa também para melhor para atender as exigências dos passageiros, com a introdução
CAMISA 10 O grande destaque desta campanha é a escolha do craque Neymar Jr. para ser o garoto-propaganda. No entanto, ele não fará parte das peças publicitárias. A companhia preferiu dei xar o at aca nte t reina ndo para estar pronto para ganhar a Copa na Rússia. Para isto, convocou Gabriel Lucas, o sósia do camisa 10 da Seleção; Gil Cebola, considerado um dos “parças” do craque; e o “futuro Neymar”, um bebê que tem o mesmo nome do atacante, para estrelarem a campanha. Ao lado da Gol na criação desta campanha está a agência AlmapBBDO, que trabalhou dois pontos fundamentais: a importância que a Gol dá ao tempo melhor aproveitado, em continuidade às ações da #NovaGol, e o patrocínio da Seleção Brasileira. Fernando Duarte e Henrique Del Lama, responsáveis pela nova campanha relevaram o motivo de não ter Neymar nas propagandas. “A melhor propaganda do Neymar é fazer gritar o nome da companhia nos jogos”. “Inteligência dá mais vida ao temp o. Seguimos reforçando nosso posicionamento de ‘tempo melhor aproveitado’. Hoje somos líderes no mercado bra sileiro. E, já a par t i r d a s ema na
que vem, a mídia brasileira vai estar laranja. Somos a transportadora da Seleção e dos passageiros. Por isso começamos a celebrar, porque transportamos o Brasil. E tem muito mais pela frente”, finalizou German. RÚSSIA Que a Gol é a transportadora oficial da Seleção Bra sileira e dos bra sileiros para a Copa da Rússia 2018, todo mundo já sabe. Mas como será a logística do transporte de toda a delegação do Brasil até a Rússia? Se depender da Gol, tudo será resolvido em breve. Isto é o que afirma German Carmona. Em entrevista ao M&E, na apresentação da nova campanha para a Copa, ele confirmou que as negociações com a CBF já começaram. “Neste contexto, estamos em conversas com a CBF, ainda não temos uma resolução final, dentro destas estratégias da Gol. As alianças continuam as mesmas, só que agora para levar a Seleção Brasileira para Europa. É estratégia da Gol. O transporte para Europa vem através da parceria com Air France-KLM e para América do Norte com a Delta, e daí para todo o mundo. Assim que tivermos uma resolução sobre isso, dividiremos com todo mundo”, disse. É claro que a Gol oferece diversa s maneira s para os pa ssageiros chegarem à Rússia, mas esta negociação é somente com a delegação brasileira por ser a Transportadora Oficial. Questionado pelo M&E sobre o que mudou desde 2013, quando a Gol passou a ser parceira da Seleção Brasileira, German foi claro: “mudou tudo! A Gol em sí mudou, vem se renovando, vem se transformando com a introdução de novos produtos e serviços. A Gol mudou completamente em quatro anos e, obviamente, muda a forma como iremos trabalhar esta parceria com a seleção”, disse German Carmona.
Gabriel Lucas, sósia de Neymar, ao lado do mascote da Seleção
Foto: Marcio Rodrigues/GOL
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Pernil, Henrique Del Lama, Fernando Duarte, da equipe decriação da agência Almap BBDO. Canarinho mascote da seleção. Gabriel Lucas, sósia do Neymar, e German Carmona Júnior, gerente de Marketing da Gol
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CRUZEIROS
Temáticos se reinventam para atrair antigos cruzeiristas Febre no Brasil há alguns anos, roteiros temáticos desapareceram nas últimas temporadas e agora miram o exterior Anderson Masetto Houve uma época em que os cruzeiros temáticos eram as principais âncoras da temporada na costa brasileira. Navios com programações específicas focadas em grupos de interesse como dança, saúde, fitness, melhor idade, estilos musicais e até clubes de futebol encheram de hóspedes os transatlânticos na última década. Com o aumento da capacidade dos navios e o esgotamento dos temas, aos poucos eles foram desaparecendo, até que na última temporada não foi registrada quase nenhuma saída com tema específico. O principal idealizador deste tipo de roteiro, o publicitário Francisco Ancona, que atuou por mais de uma década como consultor de Marketing da Costa Cruzeiros no Brasil, se juntou à MSC e à Agaxtur para colocar no mercado uma nova geração de cruzeiros temáticos. Serão, neste primeiro ano, duas saídas programadas e a diferenciação está justamente nos roteiros e navios. O público alvo segue sendo o mesmo. DANCING CRUISE CARIBE O primeiro é o Dancing Cruise Caribe, que acontecerá a bordo do MSC Seaside, saindo no dia 1º de setembro de Miami. O roteiro de sete noites contempla ainda St Maarten, Porto Rico e Bahamas. Os passageiros terão aulas diárias de diversos ritmos, bailes noturnos e a participação de Marcelo Grangeiro, Fabiana Terra & Patrick, Marcelo Chocolate, Fernando Galera & Pia Galiano, Katiusca Dickow e Renata Duarte. SENIOR CRUISE EUROPA O segundo roteiro, o Senior Cruise Europa, será a bordo do Seaview, navio que será inaugurado pela MSC em junho. Ele sairá no dia 9 de novembro de Barcelona e navegará – num roteiro de sete noites – por Marselha, Gênova, Nápoles/Pompéia, Messina/ Taormina/Vulcão Etna/Sicília, Valeta e retorna a Barcelona. A programação também será comandada por Marcelo Grangeiro e contará ainda com Helô Pinheiro, Maria Alice Corazza, Roberta Marques e Duo Jobinando. Além de palestras dinâmicas, os hóspedes terão aulas de ginástica e pocket shows exclusivos. A CONCEPÇÃO DO PRODUTO “Fizemos várias simulações e análises antes de chegar neste modelo. Os navios aumentaram muito de tamanho e ficou muito difícil ter uma programação para o navio inteiro e também para comercializar todas estas cabines apenas para um público específico”, explicou Ancona. “Antes, com uma ação conseguíamos encher 70, 80%, mas agora, com navios para 5 mil pessoas, fica mais difícil”, complementou. Com base neste raciocínio, Ancona contou que o primeiro passo para a concepção deste novo produto era abrir mão de ter todo o navio sob um tema, mas apenas uma parte das cabines disponíveis. Em seguida, optar por roteiros que ainda não foram contemplados pelos temáticos que navegaram pela costa brasileira e navios que se configurassem como novidades no mercado. Por isso foram escolhidos os dois navios mais novos da MSC: o Seaside e o Seaview. O primeiro foi inaugurado em dezembro e o segundo entra em operações em junho e farão roteiros pelo Caribe e pelo Mediterrâneo, respectivamente. “As operações na costa brasileira optaram por outro modelo de entretenimento. Isso nos levou a uma reflexão de que valia a pena implementar estes novos temáticos porque
há um legado de 500 mil hóspedes que participaram destes roteiros nos últimos 25 anos”, justificou. Uma das diferenças destes novos cruzeiros temáticos voltados ao público brasileiro é que eles não contam com o navio inteiro sob o mesmo tema e programação. De acordo com Ancona, há salas e espaços exclusivos para as ativi-
dades e uma “lotação” máxima. “Temos bloqueios de lugares e a expectativa de atender até 300 hóspedes em cada roteiro”, revelou Milton Higutsi, diretor de Cruzeiros da Agaxtur. “As companhias já não estavam fazendo estes temáticos na costa brasileira, então, ficou uma brecha. Resolvemos atender este público em destinos internacionais”, completou.
Francisco Ancona foi o idealizador dos cruzeiros temáticos no Brasil
FEIRAS E EVENTOS | AVIESP
Aviesp retoma evento e projeta mais mudanças para 2019 A 40ª edição da feira foi realizada em Campinas e contou com um total de 3,7 mil participantes, sendo 2.447 agentes de viagens Anderson Masetto e Igor Regis Um ano de retomada. Desde o lançamento do evento, a Aviesp destacou que a feira de 2018 teria características diferentes das 39 edições realizadas anteriormente. Isso porque em 2017 a entidade optou por cancelar a feira, uma vez que a quantidade de eventos naquela data dividiria a atenção de agentes de viagens e expositores. Com isso, o presidente da associação, Fernando Santos convidou todo o trade a buscar novos caminhos e propôs um novo modelo de evento. Os resultados, segundo ele, foram dentro do esperado, embora menores do que os da edição de 2016. Cerca de 70 estandes ocuparam o pavilhão do Expo Dom Pedro em Campinas, que nos dois dias do evento recebeu um total de 3.701 profissionais, sendo 2.4 47 agentes de viagens e 1.354 expositores. Um destaque foi a participação das operadoras: 30 no total, sendo que 23 eram associadas Braztoa. “A sensação é de dever cumprido”, disse Santos. “Sabemos como é difícil colocar um evento deste em pé e a nossa avaliação preliminar é positiva. As mudanças que fizemos no formato e na forma de pensar o evento – com o horário estendido e exposição e palestras no mesmo espaço – foram bem aceitas”, complementou. Neste ano, a feira aconteceu entre as 10 e 18 horas, na quinta e sexta-feira (anteriormente eram utilizados sexta e sábado) e foram incluídas três arenas e um auditório com foco nas capacitações. Foram 45 palestras nos dois dias de feira. “Trouxemos isso como tema para a feira e reiteramos que os nossos associados precisam se redescobrir. E isso passa, primeiramente, pelo campo da aceitação das mudanças, capacitação, participação de treinamentos e busca por parceiras concretas, que sejam transparentes e financeiramente sustentáveis”, discursou. “Vamos nos reinventar, buscar novas parcerias, novos projetos e fornecedores que estejam ao nosso lado para, juntos, buscarmos novos caminhos”, complementou. MUDANÇAS NÃO APENAS NA FEIRA Fazer diferente e buscar novos caminhos, segundo Santos, não é uma missão apenas para as feiras do setor, mas para todas as empresas que atuam no turismo. Ele lembrou que no último mês de dezembro, a Aviesp completou 35 anos e chega a 40ª edição da feira. Apesar de todo este tempo de estrada, nunca deixou de pensar no futuro e acompanhar as transformações do mercado. “A Aviesp esteve sempre com o olhar no futuro e em busca de oportunidades. Chegamos até aqui, mas reitero que novos tempos virão e, com ele, novos projetos”, adiantou. INOVAÇÕES PARA 2019 Para Fernando Santos, o objetivo desta edição foi alcançado. No entanto, ele reconhece que ainda há espaço para melhoria e mais mudanças, mas acredita que a Aviesp Expo 2018 apontou para o caminho certo. Ele revelou que o feedback recebido dos expositores foi positivo. “O público foi muito qualificado, tanto que as arenas estiveram sempre cheias e com agentes de viagens interessados em fazer negócio”, garantiu. “Este novo modelo já mostrou resultados. Agora vamos iniciar o planejamento para o próximo ano”, salientou. Ele reiterou que a interrupção em 2017 foi pontual. Santos foi enfático ao afirmar que a feira retorna em 2019 e que o mercado pode esperar por mais mudanças. “Não tenho dúvida que continuaremos com o nosso
Fernando Santos, presidente da Aviesp
evento. E posso afirmar que ele virá com mudanças substanciais”, disse. Ele também revelou que o local não está confirmado, mas não descartou continuar em Campinas. “Estamos olhando outras oportunidades. O período também não muda, seguiremos no primeiro semestre entre os meses de março e abril”, complementou. Embora esteja convencido de que, após 40 edições, a Aviesp Expo precisa passar por uma grande reformulação, Santos reiterou que o modelo feira – ao contrário do que muita gente afirma – não está saturado. “O modelo precisa ser repensado. Percebemos neste ano que a qualidade do público aumentou muito. Por outro lado, o sucesso das arenas mostra que eles vêm também em busca de conhecimento”, ponderou. Por isso, uma das certezas é que o número de arenas deve ser ampliado. No entanto, por conta do feedback dos expositores e dos próprios agentes, deve também existir um espaço de networking. É justamente esta equação que precisa ser resolvida e que norteará o modelo a ser formatado para o próximo evento. “Antigamente, o agente de viagens vinha à feira por conta dos estandes. Hoje, as arenas têm mostrado que eles buscam outras coisas também. Sabemos que o networking não pode perder espaço, porque é quando ele tem a oportunidade de conversar com diretores de empresas
A palestra de Claudemir Oliveira encerrou o segundo dia do evento
Cristiano Lopes falou das 10 principais sacadas para fazer o seu negócio ‘’bombar’’
que não estão disponíveis no dia a dia”, explicou. “O novo modelo sairá do mix destas duas coisas. Estamos procurando qual é a medida certa de cada uma delas”, adiantou.
nos dias 25, 26 e 27 de novembro. O resort será inaugurado no dia 1º de julho e será uma op ortunidade de mostrar o empreendimento aos agentes de viagens. O evento, que é voltado apenas aos associados da entidade, terá novamente o patrocínio da Bedsonline. Na ocasião, a entidade escolherá um novo presidente, uma vez que Santos deixará a presidência em dezembro e já garantiu que não tentará a reeleição.
CONVENÇÃO E ELEIÇÃO A Convenção Aviesp 2018 já tem data e local confirmados. O evento acontecerá pela segunda vez em Olímpia, desta vez com o apoio do Hot Beach
A diretoria da Aviesp comemorou os resultados obtidos no evento
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FEIRAS E EVENTOS | AVIESP
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1-Wiliam Périco, ex-presidente da Aviesp, e José Mario Caprioli, da Azul; 2-Afonso Gomes Louro, Cristiane Oliveira, Edson Akabane e Jose Roberto Pezzopane, da Visual Turismo; 3-Agnaldo Abrahão e equipe da ITA Seguro Viagem; 4-Aline Rebello, Isabela Braga, Jamile Felipe, Charlene Ribeiro e Fabiele de Bastos, da Monde; 5-Alunos da Hotec; 6-Angela Martinez, Barceló Hotels; 7-Renata Cohen, do Turismo de Israel; 8-Antônio Américo, da Azul, Ralf Aasmann, da Air TKT, e Juarez Cintra Filho, da Ancoradouro; 9-Carlos Antunes e Diego Lopes, da Alitalia, e Mirella Morici, da Enit; 10-Cintia Saldanha, da Atlantis Paradise, Juanita Gomez, da TM Latin America, e Raquel Queiroz, do Sandals; 11-Vanessa Garmes e Gleyce Luz, da Empetur; 12-Dante Campos, Monica Samia, Magda Nassar e Andre Lima, da Braztoa; 13-Diana Pomar, do Turismo do México; 14-Equipe da MSC Cruzeiros; 15-Diretoria da Aviesp e colaboradores da Azul; 16-Edmilson Romão, da Abav-SP, Edmar Bull, da Copastur, Fernando Santos, da Aviesp, e Geraldo Rocha, da GR Turismo; 17-Equipe da GTA; 18-Nanci Mendes, secretária de Turismo de São Paulo, e Michel Tuma Ness, presidente da Fenactur; 19-Estande do Ceará foi um dos mais movimentados; 20-Expositores da Bahia; 21-Expositores de Porto de Galinhas; 22-Expositores do Rio Grande do Norte; 23-Expositores de Santa Catarina; 24-Fernando Santos, presidente da Aviesp, Marcelo Matera, conselheiro da Aviesp, e Ana Maria Berto, da Orinter; 25-Flavio Louro, presidente da E-HTL e sua equipe; 26-Flávio Peruzzi, Marco Ferraz, da Clia Brasil, e Marcelo Oliveira, da Aviesp; 27-Jessica Morais, Fabio Cravo e Juliana Luengo, da Bedsonline; 28-João Araujo, da João Araujo Promoções, Michael Barkoczy, da Flytour MMT, e Roy Taylor, do M&E; 29-Juliana Assumpção, da Aviesp, com Jane Terra, do Visit Orlando; 30-Marcelo Jones, da Palmitur Turismo, e Mariana Garcia, da Expedia TAAP; 31-Renata Guedes, Gustavo Arrais, presidente do Fornatur e secretário de Turismo de Minas Gerais; 32-Marcos e Cibele Professiori, Pro Business; 33-Michael Barkoczy e a equipe da Flytour MMT Viagens; 34-Michele Ribeiro, Alex Bonareti, Roberto Vertemati e Rafaela Marques, do Beto Carrero World; 35-Miguel Andrade com sua equipe da Transmundi
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AGÊNCIAS E OPERADORAS
Schultz leva 300 agentes de viagens para sua convenção em Petrópolis (RJ) e projeta incremento de 30% em 2018 Evento teve também como missão apresentar a cidade imperial aos profissionais e projetar o destino para todo o país Pedro Menezes A Cidade Imperial de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi o palco escolhido p ela Schultz para rea li z ar sua 11ª Convenção. Em meados de abril, cerca de 300 agentes de viagens, de 100 cidades distribuídas por 25 estados, tiveram a oportunidade de conhecer o destino, se aprofundar nas novidades das Schultz e ter contato direto com os fornecedores parceiros da operadora. Uma programação especial que contou com rodada de negócios no clássico Palácio Quitandinha, workshop e tour na Cervejaria Bohemia, passeio pela Cervejaria Itaipava, compras na clássica Rua Teresa, além de um dia inteiro de palestras. Definitivamente, Petrópolis parou para atender a convenção. Nove hotéis e pousadas e mais de 20 restaurantes estavam mobilizados para estes quatro dias de programação. Até o prefeito da cidade, Bernardo Rossi, compareceu para revelar a importância do evento. “Um potencial enorme para a cidade. Estamos aqui com os maiores vendedores Schultz do Brasil, ou seja, uma promoção nacional e internacional instantânea. É o momento para mostrar como a cidade de Petrópolis está preparada para receber turistas”, disse. SALDO O presidente da Schultz, A roldo Schultz, fez um balanço do que foi esta 11ª Convenção. “Um grande sucesso. Nesta 11ª edição, tivemos a felicidade de escolher Petrópolis, uma aposta como um dos destinos que mais será vendido no futuro. E não só pela Schultz”, cravou. “Muitos concorrentes virão para cá e descobrirão o que vimos. É um diamante a ser lapidado, uma cidade feita para o turismo, mas que não explora o setor como deveria. Os políticos agora estão interessados em fazer da cidade um grande polo”, completou. O EVENTO No primeiro dia oficial da Convenção Schultz 2018, que aconteceu no Palácio de Cristal, outra relíquia do ano de 1844, Aroldo Schultz comentou que a Convenção é o evento mais importante do ano para a empresa. “Embora tenhamos mais de 60 ao
longo do ano, aqui estão as agências selecionadas, nossas grandes parceiras, de 100 diferentes cidades. Nem todos os eventos realizados no Brasil conseguem reunir profissionais de tantos lugares. Aqui estão os melhores agentes de viagens dispostos a invest ir e acre dit ar nos noss os projetos. E o que mais os motiva é justamente a seriedade do evento, com foco total na capacitação. Estão aqui p orque acre dit a m no nos s o trabalho”, disse Schultz. Não só os 300 agentes, mas como o staff da Schultz, liderado por Aroldo Schultz, patrocinadores e autoridades de Petrópolis também participaram desta convenção. Entre eles, Celia D’Azevedo, diretora da Tour Exp eriência, Le onardo Ra ndolfo, s e cretário de Cult ura e Esp ortes, Samir El Ghaoui, presidente do PCVB – Petrópolis Convention Bureau, Marcelo Valente, secretário de Turismo de Petrópolis, e Marcelo Florêncio, diretor de Marketing do Turispetro. Para o secretário de Turismo de Petrópolis, Marcelo Valente, a cidade abraçou o evento. “É sem dúvidas um grande momento para Petrópolis conseguir uma div ulgação sem gastos e instantânea. É algo que nos trará grandes ganhos ainda este ano. Bernardo Rossi, prefeito de Petrópolis, colocou o turismo em primeiro lugar”, afirmou. PRAZER, PETRÓPOLIS Com direito a Baile de Máscaras Imp erial na festa de encerra mento, a Convenção Schultz teve uma programação animada. Os agentes conheceram, logo no primeiro dia, a Catedral de Petrópolis, curtiram o festival Deguste e logo se dirigiram ao clássico Palácio de Cristal para a abertura oficial do evento. No segundo dia, o Centro de Convenções da Granja Brasil foi a casa da Convenção Schultz. O terceiro dia ficou marcado pela rodada de negócios no histórico Palácio Quitandinha, seguido por tour no próprio Palácio, visita ao Museu Imperial e fim de tarde de compras na clássica Rua Teresa. O quarto e último dia foi marcado pela visita às duas cervejarias da região: Bohemia e Itaipava, seguidas por uma parada rápida no Horto Municipal.
Fornecedores parceiros desta Convenção Schultz 2018
Aroldo Schultz, presidente da Schultz, fala para os 300 agentes de viagens convidados
Receita de R$ 130 milhões em 2017 e perspectiva de crescimento para 2018 O momento não p oderia s er melhor. Faturamento de R$ 130 milhões em 2017. Compromisso reafirmado com os agentes de viagens. Mercado doméstico com uma fatia cada vez maior de vendas. Previsão de cres cimento de 30% de re ceit a e passageiros embarcados para 2018. Este é o panorama da Schultz Operadora revelado pelo próprio presidente Aroldo Schultz. “Faturamos R$ 130 milhões em 2017, aumento de 27% com relação a 2016, e temos para 2018 uma previsão de crescimento de 30%. Isto é fr uto do trabalho, da equipe, dos novos produtos, da confiabilidade e pelo mercado ter reagido. Foi ao fundo do poço e voltou a aquecer naturalmente”, disse Aroldo, que também lembrou do expressivo crescimento em número de passageiros embarcados. “Tivemos um crescimento de 27% em 2017. A previsão para este ano é ainda maior: 30%”, completou.
At ualmente, 70% da mov imentação da Schultz é internacional. No entanto, o mercado doméstico, aos poucos, vem ganhando seu espaço. O presidente da Schultz falou sobre esta recuperação do Nacional, embora o exterior ainda seja o carro chefe da operadora. “O forte da Schultz é o ‘inter’, embora o doméstico venha crescendo. Há três anos, representava apenas 2% e hoje já chega a 10%”. Questionado se a Schultz tem algum diferencial no mercado para registrar crescimento de receita e passageiros ano a ano, Aroldo colocou o agente de viagens em primeiro lugar. “Nosso diferencial é a fórmula sincera que trabalhamos com as agências. Não fazemos venda para consumidor. Há um grande respeito entre as partes. Hoje, eu tenho estrutura para operar e atender agências, e não o consumidor. Não que eu não possa mudar isto um dia, mas não é o foco. O foco da Schultz é atender cada vez mais os agentes de viagens”.
Rodrigo Bonelli, Paulo Manuel, Rodrigo Rodrigues, Rafael Turra e Nelson Moreira, da Schultz Fabiano Simm, Luciano Bonfim, Aroldo Schultz, Ana Maria Santana, da Schultz, com Rafael Turra, da Vital Card
Agentes de viagens conheceram a Catedral de Petrópolis-RJ
Bernardo Rossi, prefeito de Petrópolis-RJ, e Aroldo Schultz, presidente da Schultz
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PARQUES
Disneyland Paris promove atrativos Mice no Brasil Pela primeira vez, parque vem ao país e mostra todas as suas potencialidades para a realização de eventos e incentivos Anderson Masetto A França é um dos principais destinos para o segmento Mice no Brasil. Convenções, reuniões, viagens de incentivo e eventos de empresas brasileiras sempre consideram o país, que é o que mais recebe turistas internacionais no mundo. Este potencial despertou a atenção de uma das atrações mais icônicas de Paris. Não, não se trata da Torre Eiffel, que é o maior símbolo da cidade, mas da Disneyland Paris, que no último ano completou 25 anos e, cada vez, mais atrai visitantes do mundo todo. Para tentar capturar todo este potencial e buscar novas oportunidades, a Disneyland Paris saiu a campo e veio ao país para mostrar todas a s p ossibilidades que ofere ce. Além de visitas a agências, promoveu um evento exclusivo no Hotel Em ilia no, em São Paulo, para agências que at uam neste setor. “Podemos prover experiências diferentes com um mix entre o parque e os arredores”, destacou a diretora de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Disneyland Paris, Zdenka Conflant, que junto com a especialista de eventos, Isabelle De La Motte, e da diretora adjunta de Marketing e Comunicação do Atout France no Brasil, Izabele Pesinato, em visita a sede do M&E em São Paulo. A executiva explicou que a Disney não oferece simplesmente espaços, mas sim uma solução completa para os organizadores de eventos e viagens de incentivo. Com departamentos próprios de catering e de produção para os eventos, é possível prover uma solução completa. A logística também é facilitada, uma vez que o complexo conta com dois centros de convenções, 6,5 mil quartos e um espaço modular de 19,3 mil m². “Para o s evento s, é p o s sível manter o parque ab erto após o horário de funcionamento de forma exclusiva aos participantes. Como as distâncias são p equena s, eles p od em ca m in har d o centro de convenções até o parque”, afirmou Zdenka. “Também é possível combinar os arredores, pois estamos a poucos minutos de Paris, Champagne e outros”, complementou. UM MERCADO DE OPORTUNIDADES Embora a França seja um dos principais destinos Mice dos viajantes do Brasil, a participação dos brasileiros neste mercado é praticamente zero para a Disneyland Paris. De acordo com Zdenka, 80% dos visitantes cor porativos são domésticos, 19% do Reino Unido e apenas 1% de outros mercados. “Nunca investimos muito fora da França. Esta incursão no Brasil é a primeira que fazemos fora do nosso mercado doméstico. Acreditamos no potencial do Brasil e da América Latina”, justificou. I z a b ele lembrou que no a no passado o órgão levou agências corporativas e organizadores de eventos em um famtrip que incluiu o parque na programação. “Entendemos que os eventos ainda não acontecem no parque por falta de conhecimento e sabemos que este tipo de ação é importante”, disse. “Há um potencial muito grande de crescimento”, completou Zdenka, lembrando que as novas ligações aéreas com a ampliação da oferta da Air France, é um fator que pode contribuir para isso.
SINAIS DO MERCADO A missão da Disneyland Paris no Brasil teve o apoio do escritório local do Atout France, comandado por Caroline Putnoki. Para ela, o interesse no mercado brasileiro reforça duas tendências já observadas no país: o aumento do interesse do segmento de lazer na França e os eventos como motivação das viagens. “No ano passado, quase 100 mil brasileiros viajaram à França a procura de lazer. A inclusão dos eventos ajudam a tornar a viagem ainda mais inesquecível”, destacou Caroline, lembrando que o parque recebeu cerca de 70 mil brasileiros em 2017. “Queremos mostrar que existem oportunidades sob medidas para incentivo e eventos e na Disney a criatividade não tem limite”.
Caroline Putnoki, da Atout France, entre Zdenka Conflant e Isabele De La Motte, da Disneyland Paris
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MERCADOEEVENTOS.COM.BR
Vai e Vem do turismo
Ú ATLANTICA HOTELS - A rede anunciou a contratação de mais dois prof issionais, assim como a promoção de outros três, para aprimorar sua qua lidade operacional. Os novos nomes da equipe são Mark Campbell, novo diretor sênior de Op erações, e Cecília Camargo, que atuará como gerente divisional de Operações na região Norte, Nordeste e no DF.
Makiko Matsuda Healy, diretora administrativa de Desenvolvimento do Mercado de Turismo.
ÚSETUR-SC - O governador de Santa Catarina Eduardo Moreira nomeou Tufi Micherffi Neto para o cargo de secretário de Turismo. Ele assume no lugar de Leonel Pavan, que deixou a pasta para concorrer ao cargo de vice-governador nas eleições de out ubro. Antes de assumir o cargo, Neto atuava como secretário Parlamentar na Câmara dos Deputados. No entanto, o que o credenciou para o cargo foi a atuação na Embratur.
Ú AGAXTUR - André Ricardo Soares é o novo executivo da Agaxtur para representar a empresa em todo o estado do Paraná. A contratação dá sequência ao plano de expansão de vendas anunciado no começo de 2018. O profissional tem mais de 15 anos de experiência no setor do turismo, com passagens por operadoras como MGM, Magic Way, Dreams Travel e Visual Turismo.
ÚMALAI MANSO - A equipe do Malai Manso ganhou três novos integrantes na área de atendimento d o r es o r t. Guil h er m e D ond a assumirá o cargo de gerente de Operações, Cléber Luiz Ferreira será o novo gerente de Serviços e Fernando Denardi completa o time como gerente de Alimentos e Bebidas. Os profissionais farão parte da gestão do novo gerente geral, Tiago Cabau. Ú N Y C & C O M PA N Y – A NYC & Company anunciou Lisa Tejeda como a nova diretora de Desenvolvimento do Mercado de Turismo, atendendo a América Latina e o mercado hispânico dos Estados Unidos. Ela trabalhará em conjunto com representantes comerciais da NYC & Company no Brasil, México e Argentina, além da Colômbia e do Chile, Peru, Uruguai e Estados Unidos. Ela se reporta a
Mais lidas
ÚSETUR –RN - Depois de quase três anos a frente da Setur-RN, Ruy Gaspar se afasta do cargo para concorrer as eleições em outubro, e quem a ssume s eu lugar é o presidente da Empresa Potiguar de Promoção Turística, Manuel Gaspar.
Ú REDE TAUÁ - A Rede Tauá apres ent a Wa nderléa Traja no, p r of i s sio na l com 18 a n o s d e experiência no mercado hoteleiro e p a s s agen s p or h otéis d e grandes redes, como Hplus, Blue Tree Hotels e BHG. Wanderléa é bacharel em Adm inis t ração d e Em p r e s a s, p ós g ra d ua d a em controladoria e auditoria, e pericia fiscal, pela Universidade de Tuiuti, no Paraná, e p ossui MBAs em Gestão Empresarial, e Ma r ket i ng co m ên fa s e n o Ambiente Digital, pela FGV. ÚCTUR - O Deputado Federal, R a fa el Mot t a ( PSB-R N), foi eleito presidente da Comissão d e Turism o (CTur) d a Câmara dos Deputados. A Comissão tem assento no Conselho Nacional de Turismo, do Ministério do Turismo, e já levou ao debate parlamentar temas que afetam di r et a m ent e a i ndús t ria d o Turismo no Brasil.
MSC e Francisco Ancona apresentam nova geração de cruzeiros temáticos O publicitário Francisco Ancona se juntou à MSC e à Agaxtur para colocar no mercado uma nova geração de cruzeiros temáticos.
Air France-KLM terá a maior operação de sua história no Brasil em 2018 S erão 4 4 voo s p or s ema na, u m aum ento d e 26%. A par t ir d e 3 d e m a io, ci n co vo o s s em a na i s s erão i n i cia d o s em Fo r t a l ez a.
1º Amadeus Airlines and Airports Focus Day, realizado no último dia 20 de março, reuniu representantes d e diver s o s s etores da av iação.
16 a 18/05
20 a 22/06
CONOTEL Com o objetivo de promover o Conotel/Equipotel Regional 2018, que acontece em Fortaleza, representantes da ABIH Nacional e da Equipotel percorrem 16 capitais do país para convocar profissionais e empreendedores do segmento turístico. Além disso, a presidente da ABIH-PB, Manuelina Hardman, confirmou o lançamento da candidatura de João Pessoa para sediar os eventos em 2020 ou 2021. O lançamento ocorrerá durante a realização dos dois eventos este ano, de 16 a 19 de maio, em Fortaleza (CE), no Centro de Convenções do Ceará. Informações: abih.com.br/conotel-2018
FESTIVAL DE TURISMO DAS CATARATAS O 12º Fórum Internacional de Turismo do Iguassu está com inscrições ab erta s. O evento será promovido em Foz do Iguaçu (PR), durante o Festival das Cataratas. Neste ano, “Turismo e Gestão de Crises” será o tema que irá guiar as atividades do Fórum, que em 2017, contou com a participação de mais de 1200 estudantes e professores, e registrou a submissão de 270 trabalhos científicos. De acordo com o idealizador do Festival das Cataratas, Paulo Angeli, o Fórum dá a oportunidade para a academia e o mercado do turismo interagirem diretamente. Informações: festivaldeturismodascataratas.com
03 a 06/05
25 e 26/05
ENCONTRO ANCORADOURO O 27º Encontro Ancoradouro acontece entre os dias 3 e 6 de maio. O local permanece o mesmo, o Bourbon Convention & Spa Resort Atibaia, no interior de São Paulo. Em 2017, o evento recebeu cerca de 600 profissionais, entre agentes de viagens e expositores. Para este ano a expectativa é de receber, novamente, 600 participantes. Ao todo serão 37 salas, com rodízio de 20 minutos para cada uma. Entre os principais parceiros desta edição estão Azul, Tap, United, Royal Caribbean, Latam, Avianca, Gol, Delta e Air-France/KLM. A programação completa já está disponível no site do encontro. Informações: ancoradouro.com.br/encontro
BNT MERCOSUL Conforme já anunciado anteriormente, a edição deste ano da BNT Mercosul ganhou oito salas de treinamentos, das quais sete já estão com capacitações confirmadas dos destinos Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Blumenau, Pernambuco, Rio Grande do Norte e do Parque Unipraias. Este novo formato p ermitirá que mais de 3 mil agentes possam participar dos treinamentos. Faltando apenas dois meses para o evento, a BNT tem somente mais cinco estandes a disposição para venda. Informações: bntmercosul.com.br
A D i s cover Cr u i s e s i n i cio u a s at iv idades de s eu es critório em São Pau lo, d e d ic a d o a at en d er exclusivamente agentes de viagens da capital e do interior do estado.
Exclusivo do site
Amadeus: tecnologia gera economia e fidelização para as aéreas
AGENDA
Discover Cruises inaugura escritório em São Paulo
Relais & Châteaux inclui hotel nas cataratas e outros nove em seu portfólio; veja fotos
A a s s o cia ção d e h ot éis Rela is & Châteaux anunciou a entrada de dez novos hotéis em seu portfólio. Deste total, seis são na Europa, um na África, um na Ásia além de dois nas Américas.
www.mercadoeeventos.com.br Tiragem: 17.120 exemplares Circulação nacional através de mala direta Presidente Adolfo Martins CEO Roy Taylor (roytaylor@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6319 Diretora de Relações Institucionais Rosa Masgrau (rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2222 - (55-21) 3233-6316 Diretora de Vendas Mari Masgrau (mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2249 Diretor de Novos Negócios Fernando Martins (fernando.martins@mercadoeeventos.com.br) - (55-21) 3233-6207 Editor-chefe Anderson Masetto (anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br) - (55-11) 3123-2236 Fotografia Eric Ribeiro | Designer Patrick Peixoto Reportagem Rio (55-21) 3233-6262 | Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 André Montanaro (andre.montanaro@mercadoeeventos.com.br) | Igor Regis (igor.regis@mercadoeeventos.com.br) Lisia Minelli (lisia.minelli@mercadoeeventos.com.br) | Pedro Menezes (pedro.menezes@mercadoeeventos.com.br) Victoria Storti (victoria.storti@mercadoeeventos.com.br) Colaborador Especial Luiz Marcos Fernandes (luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br) Atendimento ao leitor (55-11) 3123-2222 Departamento Comercial São Paulo (55-11) 3123-2252 | Rio de Janeiro (55-21) 3233-6316 / 3233-6320 Estados Unidos - Globe Travel Media +1 (954) 647-6464 Assistente Operacional Roberta Saavedra (55-21) 3233-6319 São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01042-001 - Tels (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095 Rio de Janeiro Rua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014 - Telefone e Fax (55-21) 3233-6201 Os artigos e opiniões de terceiros publicados na edição não necessariamente refletem a posição do jornal.
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