V. 0 trimestral
Aconteceu memórias o antes da associação
Acontece momentos | acontecimentos serviços entrevistas distinção padre Félix eco-associação
Acontecerá agenda cultural banda desenhada
Boletim Informativo - AMCSB Título Acontece – Margens culturais Diretor AMCSB – Associação Musical e Cultural São Bernardo Corpo Editorial Angelino Sousa Fernandes Bruno Rafael Vieira Marçalo Jesus Andrés Lopez Andrade Marisa Silva Gabriel Marta Isabel Carvalho Santos Tamára Duarte Santos Design Ana Salomé Carvalho Santos Edição Marta Isabel Carvalho Santos Correspondência AMCSB – Associação Musical e Cultural São Bernardo Rua Cónego Maio – São Bernardo – 3810/089 Aveiro
Editorial Acontece, que quando acreditamos em projetos ditos de grande
abrangência cultural, tudo se torna mais fácil para uma implementação informativa. Assim surge o intuito de desenvolver uma plataforma de ação do movimento associativo, tendo um pleno entendimento da importância da partilha de informação, a ser desenvolvida por uma equipa de colaboradores, suportados pela excelente performance histórico-cultural da AMCSB - Associação Musical e Cultural São Bernardo. Com a apresentação do primeiro boletim informativo “Acontece’ AMCSB”, com uma sequência trimestral, que regista a sua primeira edição como zero. Por razões óbvias, procuramos identificar momentos excecionais, onde se estabelecerá uma abertura de conhecimentos das muitas atividades. Serão ainda registados momentos considerados de interesse cultural que estejam em fase de acontecimento e ainda outros que prevaleçam em plano para acontecer. A diversidade e a complexidade de conteúdos transportaram-nos a vivências e atividades de uma socialização diversificada. Tendo por base os agentes culturais e um espaço inter-geracional de gestão associativa de referência surge a possibilidade assim de contribuir para o engrandecimento cultural e intelectual de toda a comunidade local. A versatilidade de ação deste novo projeto, tanto histórico como cultural terá com certeza um registo de notoriedade e trará um novo conceito de informação/afirmação intelectual. Possuirá uma capacidade de intervenção cívica na defesa inquestionável dos interesses da comunidade associativa. Refletirá, também, uma melhor qualidade de vida e de apresentação de novas oportunidades musicais valorizando a AMCSB, a Freguesia de São Bernardo e, nomeadamente, o Concelho de Aveiro. A respeitabilidade existente para com a AMCSB na sociedade local e internacional advém da forte expressão qualitativa das atividades musicais, da contribuição ativa de parcerias multidisciplinares e da partilha num âmbito social. Todos os motivos de valorização e empreendimento são gratificantes para a AMCSB, e é com uma enorme recetividade, dentro do espaço geográfico da Península Ibérica e Comunidade Europeia que se destaca. Com este novo projeto pretendemos a elevação cultural, a perpetuação, a defesa e a efetivação do empreendedorismo associativo, que é manifestamente o nosso dever como cidadãos e membros da AMCSB. Por isso temos o dever de uma contribuição ativa na cultura, salvaguardando e valorizando a nossa essência de raiz popular através da procura de uma afirmação de maior intensidade da tão desejada sustentabilidade musical e cultural. Angelino Sousa Fernandes
Presidente da Direção AMCSB - Associação Musical e Cultural São Bernardo Internacional
valências culturais da amcsb
gestão profissional
Acontece ' margens culturais AMCriativo Banda de Gaitas Caminho da Arte e Cultura Escola de Música Fanfarra de São Bernardo Grupo de Metais Grupo de Percussão Harmonia Harmonia - fanfarra Mascote ' Cão São Bernardo Musicalidades Orquestra D' Orff
Angelino Fernandes
Orquestra de Iniciação
Chefe de fanfarra
Presidente da Direcção
Orquestra Juvenil Odep - Oficina de percussão Orquestra de Metais Rota'cister São Bernardo Florido Secção D' Gala Equestre
membro efectivo da "Real Banda de Gaitas" Deputacion de Ourense
medalha d' ouro - ahbva . Bombeiros velhos aveiro medalha de mérito cultural "grau prata" Município de Aveiro medalha de mérito cultural e distinção - agbg . Ourense medalha de mérito cultural - junta de freg. de são bernardo
FGBG - federacion galega de bandas de gaitas - ourense AIBG - associação ibérica de bandas de gaitas - ourense campeonato internacional de bandas de gaitas - aveiro
AMCSB - Associação Musical e Cultural São Bernardo
Tambores na __________
AMCSB
Associação Musical e Cultural São Bernardo
fanfarra de São Bernardo
Internacional
trinta e cinco anos ao serviço da cultura
1976 - 2011
fanfarrasaobernardo@gmail.com angelino.sousa.fernandes@gmail.com http://fanfarrasaobernardo.blogspot.com contactos: 964 678 857 - 234 421 376- - telef. + fax. 234 188 110 Rua: Cónego Maio - São Bernardo 3810 - 089 AVEIRO - PORTUGAL
O passado é a história, é o ponto de partida para o futuro. Tudo o que nele foi realizado irá se prolongar para o futuro. Na AMCSB tudo o que aconteceu marcou, as várias gerações que se seguiram no tempo. É com o tempo que tudo se constrói!
aconteceu
aconteceu Memórias A construção do Centro Paroquial, foi o ponto de partida para o nascimento daquilo que é hoje a Associação Musical e Cultural de São Bernardo. Para ajudar a pagar as obras da construção do Centro Paroquial a comunidade de São Bernardo juntou-se e iniciaram o ritual dos cortejos das pastoras. Estes cortejos foram bastante rentáveis, assim conseguiram pagar esta Obra Sócio/Religiosa. Foi no início dos anos 70, num destes cortejos, que a rua de Castela se fez representar por uma “Banda de faz de conta” composta pela família dos “Grelos” com os cinco filhos do “Ti Avelino”: António, Angelino, João, José e Paulo. Com o apoio firme do “Ti Avelino” e com a ajuda do David Ratola e conseguida a adesão de mais jovens, aqueles jovens concretizaram a sua ideia. Os irmãos Fernandes construíram os instrumentos para a sua banda a partir de cepas retorcidas de uma velha vinha, como acompanhamento e para que a sua presença fosse mais notória, pediram emprestados dois bombos e umas caixas. Os Fardamentos, incluindo os bonés, eram feitos de sacos de cimento. Foi um sucesso com um impacto bastante criativo no cortejo. O Prior, padre Félix, recomendou-lhes que não faltassem no próximo cortejo e que seriam eles a abri-lo. Em cada cortejo aqueles jovens iam melhorando a sua apresentação e a sua constante presença, na abertura dor cortejos, davam um ar de animação e de festa. Padre Félix, apoiou bastantes estes jovens e apontou-lhes o caminho para alargar a sua actividade. Motivados com aquele gesto e pelas palavras, a curiosidade e o interesse pela música fez estes rapazes irem mais além, queriam imitar as bandas militares com as quais tiveram contacto através da televisão. Os jovens conseguiram o apoio material de mais pessoas e, em 1976, oficialmente, já com algum material com uma farda própria deram início á actividade da
aconteceu Memórias “Fanfarra de São Bernardo”. Para que pudessem desenvolver a sua actividade em boas condições, a paróquia contribuiu com um espaço junto ao balneários do campo de jogos, um salão grande, que actualmente é a Sede e o local de trabalho da Associação Musical e Cultural de São Bernardo. Passaram se já trinta e seis anos após aquela brincadeira de «faz de conta». Durante este tempo, a evolução deste grupo foi constante. A Fanfarra, hoje denominada Associação Musical e Cultural de São Bernardo evoluiu de forma progressiva devido ao esforço destes cinco irmãos, destacando o talento de Angelino Sousa Fernandes. Assim é possível que hoje quando se assiste às exibições desta Associação, que tem aumentado o número de valências culturais ao longo dos anos, se possa dizer que é uma das melhores no país.
Quando nos encontramos no presente é fácil entender o que ficou para trás, o que já está feito, pois está feito. O que não é fácil é aprender com o passado, com ele podemos aprender o que evitar e o que realizar. O presente é precioso, é a base do amanhã. Na AMCSB o que acontece, hoje, é o mais importante, pois é no presente que temos que podemos inovar para ter uma oportunidade no futuro.
acontece Distinção a Padre Félix A 17 de Outubro de 1922, na Freguesia de Fermelã, Concelho de Estarreja nascia uma criança, a que seus pais deram o nome de José Félix de Almeida. Desde cedo, José Félix mostrava à família e amigos as suas grandes capacidades e a facilidade de aprender, revelando-se assim na primária (com 7 anos de idade) um aluno ‘’ inteligente, assíduo e de comportamento irrepreensível ’’.No dia 3 de Setembro de 1933, fez a sua Comunhão solene e foi na igreja de Fermelã que algo lhe fez despertar para o seu caminho de sacerdócio. Com 16 anos o jovem José Félix dirigiu-se ao seu Pároco (Padre Francisco Nunes Teixeira) pedindo para ser sacristão, sendo-lhe impedido pela Junta de Freguesia por ser novo. Contudo este acontecimento só
fez aproximar o pároco do jovem e passado algum tempo ele pergunta a José Félix se queria ser padre onde o jovem responde sem hesitar: ‘’Quem me dera!’’.A partir desse momento, tudo começa a fazer sentido na vida daquele rapaz, que com a ajuda do seu pároco, conseguiu entrar no seminário em Setembro de 1939. Concluídos os seus estudos no dia 29 de Junho de 1953 (dia de S. Pedro), José Félix de Almeida, recebe a sua ordenação sacerdotal. Após essa ordenação, torna-se Pároco de Calvão fazendo um trabalho excelente com grande dinamismo, alegria e fé. Esteve presente em Calvão 8 anos e meio, aqui deixou muita saudade em toda a população, pois a 31 de Dezembro de 1963, Padre Félix, com então 41 anos, entregou-se com alma e coração à Paróquia de São Bernardo. Desde essa data não parou. Pensando sempre no futuro dos seus paroquianos, acelerou as obras da igreja, impulsionou a construção do cemitério da Freguesia, deu
acontece Distinção a Padre Félix início ao projeto para uma (nova) residência paroquial, ajudou a criar a Freguesia Civil (pois São Bernardo desde 11 de Outubro de 1835 integrava-se na Freguesia da Nossa Senhora da Glória). Empenhou-se tambémno Centro Paroquial de Assistência e mais tarde o Centro de Bem Estar Infantil (com serviço de creche). Trabalhou para a construção da casa mortuária, do posto médico e de um campo de jogos, juntamente com Balneários.
Ao tomarmos conhecimento de tudo o que o Reverendíssimo homem e Amigo Nobre, Padre José Félix, estava a fazer pela nossa Freguesia, dia após dia, a Junta tece plena consciência que a população não possuía as melhores condições económicas para conseguir suportar todos os custos envolventes a todos os projectos inovadores, que este tinha em mente. Foi então que um grupo de amigos decidiu organizar cortejos, visando obter fundos para ajudar na concretização das obras para a Paróquia. A ‘’Banda faz de conta’’ de outrora, com a ajuda pessoal do Padre Félix, é hoje a AMCSB. E por isso, hoje com um brilho no olhar e por ocasião do seu 90.º aniversário, e 48 anos após a sua chegada à nossa paróquia, quisemos Homenagear o nosso Pastor, dando o nome do mesmo ao Salão Nobre, símbolo do nosso eterno agradecimento. Padre Félix através de: Belmira Canha A 26 de Novembro de 2012, Belmira, abriu-nos a porta de sua casa a fim de termos uma conversa agradável e tranquila sobre o Sr. Prior, José Félix de Almeida. Ao pedirmos a sua opinião, sobre tudo o que o Padre Félix fez pela Freguesia de São Bernardo, D. Belmira disse: ‘’O Sr. Prior educou este povo. ‘’Penou’’, muito, trouxe muito dinheiro de empresas, e até foi à Venezuela pedir a amigos e conhecidos, apenas para conseguir fazer as obras na nossa Terra.’’ Esta senhora, humilde e pronta a ajudar o próximo, via em Padre Félix um pai e ao remexermos em memórias. D. Belmira fez uma pausa e riu-se dizendo: “ Houve uma vez que fui tratar da roupa do Sr. Prior e quando abri a gaveta vi que não tinha quase roupa nenhuma. Quando lhe fui
acontece perguntar pela roupa, ele disse que a que lá estava chegava. Vi logo que a tinha dado a quem mais precisava. Estava sempre a dar, nem guardou para os seus sobrinhos”. Sem hesitar afirmou que Padre Félix em plena missa ensinava, até mesmo, a poupar. Muitas pessoas não viam as coisas da maneira correta e foi o Sr. Prior que fez ver as coisas como na realidade eram. Um desses exemplos, foi o facto de a maior parte da população, de São Bernardo, não manifestar qualquer interesse na ajuda para comprar os bancos da atual igreja. Ao pedirmos para, pelo menos tentar, comparar o Padre Félix com o atual Padre da paróquia (Padre Luís), após o silêncio tomar conta da sala por alguns minutos, D. Belmira disse: ‘’ São muito diferentes. Padre Luís também não tem uma vida fácil, é doente e a sua família ainda precisa dele. O Padre Luís é outra maneira de ser.’’ Perguntamos também o porquê de a Senhora ter recusado o pedido, de dizer algumas palavras, do presidente da AMCSB (Angelino Fernandes) aquando da homenagem do Padre José Félix de Almeida, respondendo: ‘’ Já fui convidada para muita ‘’coisa’’ mas não consigo. Peçam-me para limpar casas de banho, para cozer uma broa ou fazer uma panela de sopa, mas para falar, não. É triste dizer isto mas tenho medo das pessoas e eu só tenho a terceira classe’’. Após o tempo desta conversa, amigável, se esgotar, visto que seus netos tinham acabado de encher a sua humilde sala com risos e brincadeiras. Assim lhe agradecemos o seu tempo.
acontece Eco Associação |
Magusto
Estamos na época de outono, momento em que as árvores perdem suas folhas e que estas cobrem as ruas e passeios. É altura do tempo de chuvas, temporais e época da castanha. Por falar em castanhas é nesta altura que se costuma celebrar o magusto. O magusto é uma festa popular comemorada de distintas formas que variam com a cultura de cada terra. Nesta época, amigos e familiares juntam-se à volta de uma fogueira para assar e comer castanhas. Há o costume de fazer brincadeiras como o enfarruscar a cara com as cinzas, de cantarem cantigas, entre outras. A bebida que tradicionalmente acompanha sempre as castanhas é a jeropiga. O magusto pode se realizar em distintas datas festivas como São Simão, no dia de Todos os Santos ou no dia de São Martinho. Em Aveiro a celebração do magusto é comum se realizar no dia de São Martinho. A lenda do verão de São Martinho fala-nos de um soldado romano, de nome Martinho, que quando fazia a sua viagem, a cavalo, de regresso a casa num dia de tempestade encontra um mendigo. Este estava completamente nu, tremia de frio e estendeu a mão para lhe pedir ajuda. O soltado sem hesitar, saiu do cavalo e sem ter nada para o ajudar tirou a sua espada da bainha e cortou a sua capa em duas partes iguais, dando uma ao mendigo e guardando outra para ele. Já mal agasalhado e a chover torrencialmente, o soldado segue caminho, cheio de felicidade. Mas, de repente, a tempestade parou e o céu abriu. Toda a terra ficou iluminada pela luz do sol. Foi a recompensa da sua generosidade. Na Associação Musical e Cultural de São Bernardo costuma-se celebrar o São Martinho. Este ano não foi exceção. No dia 9 de Novembro, depois de terminados os ensaios, juntámo-nos todos à volta de uma mesa a comer castanhas e a beber jeropiga, num ambiente de sociabilidade. A convivência e a união estiveram mais uma vez na base de actividades da AMCSB. Assim se passou mais um São Martinho em harmonia.
acontece Entrevista Nome: José Manuel Sousa Fernandes (Associado Efetivo “notável AMCSB”). Função: Chefe Ajudante de Fanfarra Idade: 52 anos.
Em que ano entrou para a associação? Em 1971, sou um dos fundadores. Tinha 11 anos quando fiz o meu primeiro cortejo e levava comigo a rabeca (reco-reco). Era um pau redondo e uma cana toda rachada (risos).Fazíamos na casa dos meus pais todos os “instrumentos’’ que levávamos nos cortejos. Depois toquei bombo (das feiras), no 3º/4º ano é que pedimos aos bombeiros Velhos alguns instrumentos. Que cargo exerce/ já exerceu desde que entrou para esta associação? Atualmente, sou Presidente do conselho fiscal, cargo que já exerço à, sensivelmente, 10 anos. No princípio eu nem queria exercer o cargo, mas como ninguém queria lá fui. Já fui também secretário e vogal. Que instrumento toca ou tocou? O primeiro foi a rabeca, depois bombo e caixa dos bombeiros. Em 1976 já tínhamos instrumentos próprios e fui dos primeiros a tocar clarim. Tive facilidade neste porque quando ia ver os jogos do São bernardo levava um buzio (que usavam os peixeiros) para tocar e foi com isso que apanhei a experiência necessária de bocadura para o clarim. O último que toquei, e é o que ainda hoje toco, é o baixo. Mas, em 1991 tive um acidente e afetou-me muito os pulmões, o que fez com que tivesse de me “afastar’’ da fanfarra. Quando melhorei comecei a tocar caixa e nela permaneci 6 meses (altura em que Farrugia já cá estava a ensinar). Quando havia falta de elementos em alguns serviços eu ia ou para o bombo ou para os pratos.
Em que dias da semana se juntavam? Todas as semanas à quarta-feira e à sexta-feira (sempre à noite), em casa dos meus pais. Quando viemos para a sede, o horário manteve-se. Mas passado algum tempo decidiu-se trocar de quarta-feira para terçafeira. Ainda se lembra do seu primeiro serviço? Olha, foi a Recessão ao general Ramalho e depois a festa em Verba. Íamos numa carrinha de caixa aberta (risos). Não tem nada a ver como é hoje. Andávamos aqui por gosto, não tínhamos aproveitamento nenhum, isto é, dinheiro pelas festas que fazíamos. Gostávamos do convívio, era uma oportunidade para quebrar a rotina, conhecer novos sítios e novas pessoas. Dou-vos um exemplo, ir daqui a Verdemilho era uma festa (risos). Já pensou em abandonar esta associação? Sim. Tive algumas divergências,principalmente,com os meus irmãos. São situações, mas ao fim de umas semanas afastado “disto” a pensar, a saudade vinha. Já a minha filha Carolina cá estava, e tive de me afastar, mas o “bichinho está cá dentro, ele manda mais’’. Já são 41 anos ”disto’’. Qual é a sua participação para com esta associação? Faço parte da direção como presidente do conselho fiscal e sou Chefe de seção de clarim baixo.
acontece Entrevista
Visão futura (país, economia, associação)? Está um bocado difícil. Não há apoios estatais, nem de lado nenhum, é só à base do nosso trabalho. As pessoas não têm a mentalidade de à 40 anos atrás, antes tocava-se só em prol da associação, por gosto. As pessoas desta associação não têm consciência que gastamos muito dinheiro para a Associação continuar. Temos uma despesa muito grande devido à nossa evolução, à nossa qualidade. Tendo qualidade, vamos tendo alguns serviços para combater as despesas que vão surgindo. Mas está muito complicado conseguir mais serviços, e por isso as pessoas também terão que mudar a sua mentalidade, porque se “isto” continuar assim teremos que entender o que é andar aqui na associação voluntariamente, sem esperar algo em retorno. Como se sente hoje? Sinto-me feliz, não só por ainda cá estar, mas também pela Associação festejar mais um ano e por estarmos cada vez mais fortes nesta luta pela qualidade, pois sem ela não há nada. Como influenciou as suas filhas como elementos da Associação. Não influenciei nada, ou quase nada para a entrada delas na Associação. A Carolina aos 6 anos quis vir para aqui. Começou por andar à frente a desfilar, depois aprendeu flauta transversal, pandeiro e agora toca gaita-de-foles na Banda de Gaitas. A Daniela veio quase por empurrão porque entraram para a Associação amigas dela e lá decidiu vir também.
acontece
acontece Parcerias culturais Uma relação de compromisso e de responsabilidade associativa. No âmbito das parcerias culturais entende-se como principal interlocutor o movimento associativo, tendo vários projetos que visam catalisar e promover a arte musical, nunca deixando de parte atividades culturais entre associações como é exemplo o projeto Musicalidades. A Nível cultural e institucional também podemos assinalar outras parcerias como a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro (Bombeiros Velhos), Melodias de Aveiro ou até mesmo a Câmara Municipal de Aveiro. O magnífico projeto musical e cultural, a que foi dado o nome de Musicalidades’ Orquestra de Sopros, tem como objetivo melhorar a articulação entre as várias escolas de música dos Concelhos de Albergaria a Velha e Aveiro, querendo desenvolver e aperfeiçoar novas técnicas musicais. O projeto Musicalidades iniciou quando três diretores artísticos resolveram estabelecer um paralelismo dos seus conhecimentos musicais entre as Orquestras e Escolas de Música das associações culturais, AMCSB - Associação Musical e Cultural São Bernardo, ARMAB - Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca e o GDCRF - Grupo Desportivo e Cultural de Ribeira de Fráguas.
Estas associações tinham em comum três amigos, os quais perfilavam a direção artística, estes amigos numa relação de amizade, surgiram algumas conversas, em conjunto surgiu a ideia de fazer uma parceria musical, juntando as orquestras para um trabalho, de certa forma, inovador no seio do associativismo, justificando a sua performance técnica e artística. Assim sendo nasce este novo conceito de partilha e de interatividade musical entre os diversos jovens e agentes
acontece culturais. Após serem efetuados alguns concertos, sentiu-se desde logo uma nova realidade e uma cumplicidade no desenvolvimento deste projeto, pelo facto de acreditar-se na capacidade dos jovens músicos, que dão vida ao projeto, contribuindo de forma muito positiva para o desenvolvimento intelectual. Surge entretanto o interesse de outras associações de se associarem, passando assim a um registo de nove associações. Alguns concertos realizados marcaram significativamente este mesmo projeto, deixando um registo de credibilidade musical, uma nova forma de parceria e de sociabilidade entre as várias associações culturais. São exemplo o Concerto de Solidariedade para com o povo Madeirense, o Concerto do Dia Mundial da Música e o Concerto da Gala do Município de Aveiro.
acontece Momentos|Serviço Carvalhosa - Paços de Ferreira No dia 25 de Agosto de 2012, a Associação Musical e Cultural de São Bernardo esteve pela primeira vez, presente no serviço de Carvalhosa. Esta pôde contar com 60 elementos para o realizar. Neste serviço estiveram as seguintes valências: secção equestre, a mascote, a fanfarra e a banda de gaitas. Às 14:30 encontrámo-nos todos na sede da associação, vestidos com o fardamento nº2 (camisa azul, blusão e luvas). Durante meia hora, cada elemento preparou os seus instrumentos e estivemos a ouvir as recomendações necessárias para um bom desempenho no serviço. Depois de tudo estar conforme o necessário indicado pelo presidente, Angelino Fernandes, e os instrumentos devidamente arrumados, dirigimo-nos para o autocarro e partimos em direção a Passos de Ferreira - Carvalhosa. Começámos por fazer um desfile pelas ruas de Carvalhosa. Foi um desfile pequeno mas que deu para assinalar a nossa chegada. Fomos muito bem recebidos, por aproximadamente 15 elementos da comissão de festas (tudo constituído por pessoas do sexo masculino) e pelo resto dos cidadãos que já se encontraram presentes. Recolhemo-nos para um espaço, disponibilizado pela comissão de festas, para podermos aguardar até à hora da procissão. Quando finalmente chega a hora da procissão já todos se em formatura para iniciar. Teve uma duração de 2 horas e 30 minutos, incluindo a apresentação final. Foi um momento espetacular. As famílias e a comissão de festas batiam palmas acompanhando as músicas que iam sendo tocadas. Nesta apresentação tivemos um momento nunca antes assistido noutra festa. No momento em que a banda de gaitas tocava a música “A Laurindinha”, toda a comissão de festas acompanhou cantando. Durante todo este dia, podemos contar com boas condições meteorológicas. Foi um percurso acessível, num ambiente muito calmo. Sem quaisquer referências de incidentes.
O futuro é imprevisível, não sabemos o que ele trará. Tudo o que nos compete é escolher, no presente, analisando as oportunidades e desafios, que poderão surgir no futuro. Na AMCSB tudo é realizado a pensar no que acontecerá. Quando é tomada uma decisão ela é bem pensada e estruturada. Esta foi sempre a visão dos seus fundadores para a construção de uma associação com um futuro…
acontecerá
acontecerรก Lazer
acontecerá 36ºAniversário da fundação da AMCSB ‘ 1976 - 2012 Ao elemento efetivo Porque estamos a viver intensamente as comemorações do nosso aniversário, aproveito esta oportunidade para te dirigir algumas palavras, este é com certeza um momento, para que possamos todos refletir o movimento associativo, da qual estamos responsavelmente integrados. Conscientemente, tenho a perceção efectiva do vosso interesse, manifestado através da vossa entrega e dedicação, nas diversas valências culturais da amcsb, facto de que muito nos podemos orgulhar pelo sentimento da vossa responsabilidade, procurando de forma muito activa e participativa, elevar a excelente qualidade musical da tua valência cultural. Procurando estabelecer uma interactividade de proximidade entre os restantes elementos - amigos, sim porque é patente o espírito de convivência e de partilha de saberes, com ênfase no longo caminho percorrido por todos quantos tenham feito a sua própria evolução cultural, não esquecendo os que foram a essência deste projecto, porque sempre acreditaram nas capacidades intelectuais, de todos os jovens que serviram a amcsb. Na qualidade apenas de um amigo, pauto pela convergência de interesses, salvaguardando e apurando a essência da amizade, ter amigos é um bem precioso nas nossas relações pessoais, manter a amizade é algo da maior importâncias nas nossas vidas, quero continuar a merecer toda a cumplicidade e o espírito da tua amizade, e porque sinto o retorno da tua amizade, quero muito sinceramente agradecer a tua estima e consideração. Eu serei sempre o teu amigo! Cordialmente, uma vez mais agradeço o favor da tua dedicação à causa musical e cultural, precisamos de todos, para que em conjunto possamos manifestar a nossa excelente qualidade (s). O amigo sempre presente. Angelino Sousa Fernandes
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