Estudo Preliminar

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ESTUDO PRELIMINAR

EVELYN PENNA MELINA NUNES


Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Ateliê de Projeto Integrado V Habitação Social Vertical Professores: Rita Saramago Sandro Canavezzi Simone Villa


PLANEJAMENTO

Condicionantes Físicas



Levantamento Topográfico

Através do estudo do terreno, observou-se que o desnível de uma ponta a outra é de dois metros. Uma pouca declividade que para uma área de 4929m² é quase imperceptível aos olhos. Isto é claramente demonstrado na maquete tipográfica a baixo.


Estudo da Insolação / Ventilação

Representação gráfica dos ventos predominantes de Uberlândia: Nordeste

Este estudo de insolação levou em consideração o entorno do terreno, principalmente em relação as faces que dão diretamente a este. Vale ressaltar que esta região do bairro Presidente Roosevelt possui muitas casas térreas, algumas com dois andares (sobrados) e poucos edifícios de apartamentos. Dentre estes temos próximo a área escolhida, um que se encontra da parte leste do terreno de 10 pavimentos e outros dois, a poucos metros de distância de 3 a 4 pavimentos. Por isto não houve a necessidade de se ter mais amostragens volumétricas do entorno.

Equinócio de Outono 09h

Equinócio de Outono 17h

Solstício de Inverno 09h

Solstício de Inverno 17h

Equinócio de Primavera 09h

Equinócio de Primavera 17h

Solstício de Verão 09h

Solstício de Verão 17h

Observou-se que as edificações não exercem sombra na área a ser construída durante o ano. Apenas no solstício de inverno é quando as sombras mais se aproximam do terreno, mas é por poucos minutos. Voltaremos a analisar a insolação nos estudos volumétricos.


Estudo do Entorno Gabarito Esta região do bairro Presidente Roosevelt possui muitas casas térreas, algumas com dois andares (sobrados) e poucos edifícios de apartamentos. Dentre estes temos próximo a área escolhida, um que se encontra da parte leste do terreno de 10 pavimentos e outros dois, a poucos metros de distância de 3 a 4 pavimentos. Através de fotos panorâmicas representamos o entorno da área.

Vista 1: gabarito da face nordeste

Vista 2: gabarito da face noroeste

Vista 3: gabarito da face sudoeste

Vista 4: gabarito da face leste


Estudo do Entorno Mapa de Ocupação do solo N

O bairro Presidente Roosevelt possui diversas características que o destaca dos demais bairros, uma delas é seu formato radial, que a partir de um centro origina diversas diagonais e ruas curvilíneas. Além disso há quadras de diversos tamanhos e comprimentos. Por este mapa de ocupação do solo é possível perceber o construído sobre o não construído, e observa-se a quantidade de terrenos e lotes vazios, sem construção. e este foi um dos motivos a se ter escolhido o bairro como área de estudo, pesquisa e investigação. Uma região com ótima infraestrutura urbana, bem servida de uso como analisaremos no mapa ao lado, e com potencialidade de receber habitações sociais.


Mapa de uso do solo

Através deste mapa de uso do solo, observamos o entorno imediato a área escolhida. Próximo à praça da Igreja São Judas (o eixo central desta região em que se ramificam cinco importantes avenidas) há uma maior concentração de comércios variados que se estendem ao longo destas vias principais. Há também igrejas de diferentes religiões, e escolas para crianças de diferentes idades. Só neste perímetro demarcado pelo mapa temos as seguintes escolas: Escola Estadual Guiomar de Freitas Costa, Escola Estadual Sete de Setembro, Escola Municipal Padre Mário Forestan, Escola Municipal Maria Leonora, EMEI - Escola Municipal de Educação Básica. Tem-se supermercados, mercados, mini-mercados, padarias, entre outros. Já relacionado a saúde, tem-se no sentido norte do mapa, o UAI Roosevelt (Unidade de Atendimento Integrado), além de laboratório e ambulatório.


Estudo de Acessos Plantas de localização

Setor Norte de Uberlândia Bairro Presidente Roosevelt

UFU Em relação ao centro

Em relação ao bairro

Localização terreno

Em relação ao entorno


Linhas de Ônibus: 104 -106 -107

Os ônibus que dão acesso ao bairro Roosevelt passam a 1 quarteirão do terreno escolhido, e a cada 15 a 20 minutos de intervalo um do outro. Ou seja, a região é muito bem recebida de ônibus, que garantem a chegada ao centro em torno de 8 a 10 minutos.


Mapas

Mapa Sistema Viário de Uberlândia Bairro Roosevelt

Mapa de uso e ocupação do solo de Uberlândia Bairro Roosevelt


Restrições Municipais Lei Complementar de Uberlândia/MG, nº 525/2011 de 14/04/2011 XLVII - ZONA RESIDENCIAL 2: é a região da cidade que acomoda a função habitacional e permite atividades de pequeno e médio porte, compatíveis com este uso;

CAPÍTULO V DOS ÍNDICES URBANÍSTICOS Art. 29. Os índices urbanísticos referentes à ocupação do solo em cada zona são aqueles expressos no Anexo VII - Tabela 2 - Volumetria, desta lei complementar, constando de coeficiente de aproveitamento máximo, taxa de ocupação máxima, afastamentos mínimos, testada mínima do lote e área mínima do lote. Art. 30. A implantação da edificação no lote respeitará os afastamentos frontal, lateral, e de fundo, conforme exigência desta lei complementar. Parágrafo Único - Para definição dos afastamentos em lotes com mais de uma testada, será adotada uma frente e as demais serão tratadas como lateral e ou fundo. Art. 31. O afastamento frontal mínimo, independentemente do uso, é definido pelas seguintes regras: I - edificações com até 2 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, 3m (três metros); II - edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com as seguintes regras, sendo o mínimo de 3m (três metros): AFR = H/10 + 2,10, onde: AFR = Afastamento Frontal; H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje. § 1º Nas edificações com mais de 2 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, com escalonamento do afastamento, a dimensão "H" será medida, em metros, desde o nível médio do meio fio, até o piso do pavimento mais alto com a mesma área construída, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje: I - o primeiro afastamento calculado será determinado pela fórmula definida no segundo parágrafo deste artigo e será lançado nos projetos tendo o alinhamento do lote com o logradouro como referência; II - os afastamentos dos demais pavimentos serão calculados pela fórmula seguinte e lançados nos projetos, sempre no alinhamento do afastamento anterior:


§ 3º Fica dispensado o afastamento frontal para os lotes existentes, com área inferior a 200 m² (duzentos metros quadrados), exceto para os lotes dos programas habitacionais. Art. 32. Os afastamentos laterais e de fundo mínimos, independentemente do uso, são definidos pelas seguintes regras: I - edificações com até 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, será facultativa a implantação de 1,5 m (um vírgula cinco metros), atendido o Código de Obras; II - edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com as seguintes regras: a) ALF = H/10 + 1,5 onde: ALF = Afastamento lateral e de fundo, H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje. b) nas edificações com escalonamento do afastamento, segue a mesma regra definida no artigo anterior; Art. 34. Para a aplicação do coeficiente de aproveitamento será adotada a área privativa fechada da edificação, contida no seu perímetro externo. § 1º A superfície das áreas das unidades privativas é calculada pela seguinte tabela: Regras de delimitação das áreas privativas

§ 2º No caso de edifícios garagens, acima de 2 (dois) pavimentos, serão excluídas as áreas de circulação vertical. § 3º A área máxima privativa de construção será a área resultante da seguinte equação: Am = At x CA onde: Am = Área máxima permitida de construção At = Área total do terreno CA = Coeficiente de aproveitamento máximo Art. 35. As áreas de varanda quando totalmente abertas, poderão projetar-se sobre os afastamentos, em até 1,8 m (um vírgula oito metros) respeitada a distância mínima de 1,5 m (um vírgula cinco metros) das divisas frontal, laterais e fundo. Art. 36. A construção de pavimentos abaixo do nível do logradouro será permitida, sendo facultado os afastamentos, conforme estabelecido por esta lei, com taxa de ocupação máxima de 80% (oitenta por cento).


Art. 37. A taxa de ocupação máxima dos lotes existentes com área igual ou inferior a 200 m² (duzentos metros quadrados) será de 85% (oitenta e cinco por cento), sendo mantido o coeficiente de aproveitamento máximo da zona. Art. 38. As condições da absorção das águas pluviais nos lotes deverão ser preservadas, com a manutenção de no mínimo 20% (vinte por cento) da sua área, livre de impermeabilizações e construções. § 1º No caso da impossibilidade de cumprimento das exigências desse artigo, deverá ser previsto poço de infiltração ou outros mecanismos para escoamento das águas pluviais de forma a não comprometer o sistema público de drenagem pluvial. § 2º Ficam dispensadas as exigências deste artigo, as edificações com pavimentos abaixo do nível do logradouro. § 3º Para os lotes com área inferior a 200 m² (duzentos metros quadrados), a taxa permeável deverá ser de 10% (dez por cento).

CAPÍTULO VI DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS Art. 39. As áreas de estacionamento de veículos deverão atender às exigências desta Lei Complementar, específicas a cada atividade. § 1º As dimensões mínimas de uma vaga de estacionamento são de 2,4 m (dois vírgula quatro metros), por 5,0 m (cinco metros), com área mínima de 12,0 m² (doze metros quadrados), desimpedida para manobras, exceto para habitação multifamiliar vertical, que poderá ter 90% (noventa por cento) das vagas com dimensões mínimas de 2,4 (dois vírgula quatro) metros por 4,5 (quatro vírgula cinco) metros, desimpedidas para manobra. § 2º A área a ser considerada para cálculo do número de vagas de estacionamento é a área privativa definida no parágrafo primeiro do art. 34 desta lei complementar e as áreas destinadas à recepção e espera de pessoas. § 3º A área de estacionamento, quando descoberta e com número de vagas superior a 20 (vinte), deverá ser arborizada na proporção de 1 (uma) árvore para cada 4 (quatro) vagas, sendo que poderá ser utilizada 50% (cinquenta por cento) desta área para cobertura removível. Parágrafo Único - A razão de proporcionalidade é definida pelo Anexo VIII

Segundo TABELA 3 - ÁREA MÍNIMA DE ESTACIONAMENTO Para H3 horizontal e vertical o mínimo será 50% do nº. de unidades autônomas


Normas de acessibilidade

ABNT NBR 9050

Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos 1 Objetivo 1.1 Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. 1.2 No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como: próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais. 1.3 Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. 4.1 Pessoas em pé A figura 1 apresenta dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé.

4.2 Pessoas em cadeira de rodas (P.C.R.) 4.2.1 Cadeira de rodas A figura 2 apresenta dimensões referenciais para cadeiras de rodas manuais ou motorizadas.


ABNT NBR 9050 4.3 Área de circulação 4.3.1 Largura para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeira de rodas A figura 4 mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas.

4.6 Alcance manual 4.6.1 Dimensões referenciais para alcance manual


Normas de acessibilidade

ABNT NBR 9050

4.7.2 Aplicação dos ângulos de alcance visual

5.10 Sinalização de portas Nas portas deve haver informação visual (número da sala, função etc.) ocupando área entre 1,40 m e 1,60 m do piso, localizada no centro da porta ou na parede adjacente, ocupando área a uma distância do batente entre 15 cm e 45 cm. A sinalização tátil (em Braille ou texto em relevo) deve ser instalada nos batentes ou vedo adjacente (parede, divisória ou painel), no lado onde estiver a maçaneta, a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m, conforme figura 55.


ABNT NBR 9050 6.5 Rampas 6.5.1 Dimensionamento 6.5.1.1 A inclinação das rampas, conforme figura 79, deve ser calculada segundo a seguinte equação:

onde: i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal.

6.10.6 Acomodação transversal de circulação A acomodação transversal do acesso de veículos e seus espaços de circulação e estacionamento deve ser feita exclusivamente dentro do imóvel, de forma a não criar degraus ou desníveis abruptos nos passeios, conforme exemplo da figura 97.

Demais normas consultadas diretamente na cartilha da ABNT 9050


Normas específicas

ABNT NBR 9077

Saídas de emergência em edifícios 4.5 Acessos 4.5.1 Generalidades 4.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio; b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c) ter larguras de acordo com o estabelecido em 4.4; d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m; 4.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas 4.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido; b) o acréscimo de risco em função das características construtivas da edificação; c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos; d) a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas.

4.7 Escadas 4.7.1 Generalidades Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a) quando enclausuradas, ser constituídas com material incombustível; b) quando não enclausuradas, além da incombustibilidade, oferecer nos elementos estruturais resistência ao fogo de, no mínimo, 2 h; c) ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chama, isto é, com índice "A" da NBR 9442; d) ser dotados de guardas em seus lados abertos, conforme 4.8; e) ser dotadas de corrimãos, conforme 4.8; f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver Figura 3);


ABNT NBR 10004 Res铆duos S贸lidos



PLANEJAMENTO

Condicionantes econ么mica / materiais



Custos gerais estimados

Ao lado da quadra escolhida há um terreno para vender, com uma construção muito precária que ocupa menos da metade deste. Valor do imóvel: R$480000,00 520m²

R$923,07 por m² Outro terreno aleatório no bairro Roosevelt: RS 437,50 por m² Portanto, a estimativa de custo do terreno escolhido: R$923,07 x 4929m² = R$4549846,15

Placa cimentícia Garantia 5 anos contra defeitos de fabricação Placa Cimentícia Impermeabilizada Brasilit 6mm, 1,20 x 3,00 m Referência: 100384

Terreno ao lado a venda.

R$ 131,90

Metragens aproximadas As metragens de cada apartamento irão variar entre:

50 m²: para apartamentos para 1 ou 2 pessoas; 60 m²: para apartamentos para 3 pessoas; 70 m² para apartamentos para 4 pessoas. Placa cimentícia: Dimensões Espessura: 6 mm Comprimento: 1,20 m Largura: 3,00 m Peso da Placa: 36,7 kg Peso por m²: 10,2 kg


Materialidades e Sistemas Construtivos Materiais pesquisados que garantem a modularidade do projeto: Placa Cimentícia

Gesso acartonado

Paíneis Masterboard

Light Steel Framing

(paredes internas)

Para o projeto de habitação social vertical, a materialidade escolhida foram as placas cimenticias com a estrutura de Llight Steel Framing. Características das placas cimentícias:

Consultado em «Guia de Sistemas para produtos planos» da Brasilit.


Para elementos de proteção solar e acabamentos, pesquisamos sobre madeiras nacionais, o que diminui o custo caso fosse importada.

Cumaru

Freijó

Resistente a fungos e insetos. Uso: pontes, construção pesada, portos, estacas marítimas, obras imersas em ambientes de água doce, vigamentos, carpintaria, treliças, lambris, molduras, tacos, tábuas para assoalho, móveis, carroceria de caminhão, cutelaria, utensílios domésticos, tanoaria, escadas externas e internas, assoalhos, cabos de ferramentas, etc.

Uso: carpintaria, armários, decoração, lambris, painéis, molduras, coberturas, pisos e forros de embarcações, chapas compensadas para partes internas de móveis, construção naval, forros e divisórias, etc. De fácil serragem, aplainamento e colagem. Superfície de acabamento lisa.

Rimbuia

Jacarandá

Uso: contraplacado, pisos, prateleiras, objetos decorativos, etc. Cerne muito variável, indo do pardoclaro-amarelado ao pardo-escuro-avermelhado, normalmente com a presença de veios mais escuros, paralelos ou ondulados; superfície irregularmente lustrosa e lisa e odor característico e agradável.

Uso: painéis decorativos, armários, móveis de luxo, peças torneadas, revestimento fino, caixas, estojos entalhados, cabos de talheres, etc. Madeira de cor vermelha escura, textura média, com cheiro agradável. Madeira durável, resistente ao ataque de fungos

Andiroba

Aroeira

Moderadamente resistente. Uso: estacas marítimas; pontes, obras imersas em ambiente de água doce, postes, dormentes ferroviários; estrutura pesada de construção civil; embarcações (quilhas, convés, costado, cavernas); cabos de ferramentas; cutelaria; caibros, ripas, esquadrias de portas, lambris, venezianas, batentes, caixilhos, rodapés, etc.

Uso: carpintaria, marcenaria de luxo, compensado, cabos de ferramentas, artesanato, peças torneadas, tacos e tábuas de assoalhos, venezianas, marcos de portas e janelas, molduras, rodapés, lambris, escadas, móveis, puxadores, carrocerias, barris, tonéis, réguas.


Classe Social A classe social a que se destina são para pessoas e famílias de baixa renda.

Localização A área escolhida se localiza na porção norte de Uberlândia, Minas Gerais, no bairro Presidente Roosevelt. Um bairro consolidado, com boa infraestrutura urbana, com linhas de ônibus rápidas, e de fácil acesso ao centro da cidade. Como já mostrado nos mapas de uso e ocupação do solo, a área é bem servida de comércios, serviços, saúde, escolas estaduais e municipais, instituições religiosas e praças. Além disso o acesso a rodoviária é rápida, podendo ser feita a pé. Terreno escolhido


PLANEJAMENTO

Condicionantes s贸cio culturais


Público Alvo Classe social de baixa renda, pessoas e famílias de diversos tipos:

Abrangência: bairro Perfil Social (alguns exemplos da avaliação de pós-ocupação) Analfabetismo ao ensino médio completo

Perfil Econômico de salário mínimo até R$4000,00

Perfil Cultural (alguns exemplos da avaliação de pós-ocupação) Ficar em casa Cinema / teatro : nunca ou quase nunca



Lista de Atividades Assistir Tv

Cozinhar

Conversar

Alimentar-se

Receber visitas

Lavar louรงas

Sentar

Lavar roupa

Deitar

Passar roupa

Descansar

Limpar

Dormir

Contemplar

Descansar

Exercitar-se

Trabalhar

Tomar banho

Estudar

Lavar as mรฃos

Ler

Necessidades fisiolรณgicas

Meditar

Conviver


PLANEJAMENTO

Condicionantes conceituais


Referências Projetuais Complexo Alemão Itaoca Rio de Janeiro, RJ, Brasil MPU -Jorge Mário Jáuregui

TETRIS Ljubljana, Eslovenia OFIS Arquitetura

EDIFÍCIO APARTAMENTOS GIFU KITAGATA Gifu City, Motosu, Japão Kazuyo Sejima


Como referência deste projeto destacamos a disposição dos blocos em pares em que a área de serviço fica voltada para dentro. Assim, cria-se um c a m i n h o , u m a passagem. Outro ponto de destaque é a área de serviço como a m p l i a ç ã o d o apartamento.

Já no Tetris, o que se destaca são os materiais externos utilizados: Revestimento em painéis prémoldados de madeira em diferentes cores. T e m - s e t a m b é m a movimentação da fachada proporcionada pelos vãos, cortes e aberturas das sacadas e esquadrias.

Aqui o que se destaca são as diferentes tipologias para diferentes famílias. Além disso, tem-se a circulação externa, a movimentação da fachada feita através dos vãos e a possibilidade de ampliação.


Referências Conceituais «AMBIENTES SEMI-ABERTOS Pessoas do lado interno necessitam contato com a cena exterior. Projetar varandas, sacadas, galerias, nichos, lugares para sentar, pergolados, etc. Nos limites da edificação, especialmente onde se abrem para espaços públicos e ruas.» «HIERARQUIA ENTRE ESPAÇOS EXTERNOS Espaços externos concebidos como sobras entre edificações em geral não são usados. Criar espaços externos positivos ao redor dos edifícios, dotando-lhes de algum grau de fechamento por meio de: alas de edifícios, árvores, cercas, arcadas, pergolados. «ESPAÇO EXTERNO POSITIVO Posicionamento de Uhs num agrupamento reflete diferenças entre pessoas. Distinguir três tipos de Uhs: as fisicamente reservadas (mais silenciosas); as mais públicas, (ruas movimentadas); as meio-termo entre as outras duas.» «MATERIAIS APROPRIADOS Priorizar o uso de materiais ecologicamente corretos, adaptáveis na obra e de fácil manutenção posterior pelo proprietário. Deve ser considerada a adequação ao sistema construtivo, a possibilidade de reuso, as distâncias percorridas, a toxicidade, a durabilidade, o consumo de água, entre outros.» «O termo sustentabilidade está associado à gestão racional de recursos energéticos, tratamento de resíduos, bioclimátismo e o impacto das tecnologias inovadoras na qualidade de vida humana. Associa-se, ainda, entre outros, à produtividade urbana de alimentos, permacultura, educação ambiental e elementos de legislação para controle ambiental.»


Resultados de A.P.O. Os moradores gostariam de: Ÿ Espaços de convivência destinados a adultos, já que só há

espaços de lazer destinados ás crianças, como quadras e parquinhos. Ÿ Área de serviços com uma área maior, pois suas áreas de

serviço não satisfazem sua necessidade. Ÿ Vegetação ao entorno e um certo tratamento paisagísticos,

pois toda quadra é muito hostil, assim como os caminhos a serem percorridos. Ÿ Bicicletários, pois suas bicicletas não cabem nos pequenos

apartamentos. Ÿ Cobertura nos estacionamentos.


Partido a ser adotado A partir das condicionantes estudadas, da avaliação de pós ocupação, das análises de inserção urbana e densidade, o projeto já começa com as perspectivas de trazer aos moradores uma melhor qualidade de vida. Isto através de qualidade espacial interna e externa aos apartamentos e edificações, flexibilidade de usos e de ambientes. Além de ambientes externos para todas as idades e que também sirvam ao bairro onde está inserido. Ÿ Playground e pista de caminhada sustentáveis: pneus reutilizados e

fragmentos de pneus reciclados. Ÿ Reaproveitamento de água de chuva para irrigação, descargas e

limpezas em geral. Ÿ Brises de proteção solar, definidos a partir do estudo solar das fachadas. Ÿ

Esguinchos d`água em dois pontos do projeto, criando microclimas concentrados em locais cujo seu uso está tanto na barreira visual provocada quanto em sua refrescância, tão relevantes perto de uma academia ao ar livre.

Ÿ

Academia ao ar livre

Ÿ

Área de lazer

Ÿ

Playground

Ÿ

Circulação externa aos 126 apartamentos através de escadas e elevadores

Ÿ

Estacionamento no nível do térreo, para redução do custo da obra, e conseqüente incentivo a outros meios de transporte, como bicicletas e ônibus. Vale ressaltar que a área é bem servida de transporte público.

Ÿ

Terraço lúdico : uso dos terraços para hortas, placas solares, área de contemplação, estar e lazer.

Ÿ

Uso das reentrâncias entre os blocos para criação de nichos, conferindo uma maior variedade de ambientes nos espaços negativos gerados.

Ÿ

Delimitação do terreno por uma baixa cerca viva que percorre-o, sugerindo as entradas principais, não bloqueando a vista do interior para o exterior e vice versa.


Referências Palermo, Carolina. Sustentabilidade social do habitar. Florianópolis: Ed. da autora, 2009. Barros, Raquel Regina Paula Martini. Habitação coletiva: A inclusão de conceitos humanizadores no processo de projeto. São Paulo: Annablume, 2011.


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