Som do rock magazine 11

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Foto-Reportagem Fotos: de @CMphotopt

Coluna do Dico


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Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock Administração Paulo Teixeira

Silveira Rock Fest III em foto-reportagem O Som do Rock Magazine continua com as reportagens, desta vez fomos á Silveira Rock Fest III, onde atraves da lente de @Cmphotopt, podemos ter uma visão do evento Mais noticias e um grafismo novo, mais apelativo e forte. Temos também a entrevista aos Brasileiros Monstractor em parceria com o UnderGround´s Voice. A Biografia dos Symphony X. A Coluna do Dico e muitos mais. Fala connosco atraves do e-mail, magazine@somdorock.pt

Data : Novembro de 2015 Preço: Grátis (Proibido a sua impressão e venda) Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira Reportagem/ Entrevistas: Lunah Costa Carolina Lobo

Indice: Noticias: Pag 05—TREMOR #3 2016: 15-19 DE MARÇO DE 2016 Pag 06—STANDING OVATION LANÇAM SEGUNDO ÁLBUM EM 27 DE Novembro Pag 06—GIRLS NAMES TRAZEM ‘ARMS AROUND A VISION’ AO PORTO Pag 07—SMSF BEJA 2016: ROTTING CHRIST, CRIPPLE BASTARDS e muitos mais. Pag 08—CRUZ DE FERRO - "A LÚCIFER" Pag 08– MACHINE HEAD NOS COLISEUS em DIGRESSÃO EUROPEIA Pag 09– Symphony X em Portugal no Paradise Garage Reportagem: Pag—10 Silveira Rock Fest III Entrevista: Pag –18 Entrevista com os Brasileiros MONSTRACTOR Coluna do Dico: Pag-23 Alto e em Bom Som—Os miseráveis Biografia: Pag-25 Symphony X Pag 26– Eventos Pag 27—Cinema

Cronicas: Ricardo Pato Colunista Dico Bandas Paula Antunes É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de Autorização. Contactos: geral@somdorock.pt magazine@somdorock.pt musica@somdorock.pt tv@somdorock.pt


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Noticias:

TREMOR #3 2016: 15-19 DE MARÇO DE 2016

O Tremor regressa à ilha de São Miguel, nos Açores, nos dias 15, 16, 17, 18 e 19 de Março. Capitão Fausto, Zeca Medeiros e Killimanjaro são as primeiras confirmações do abalo cultural cujo epicentro será a cidade de Ponta Delgada. O Tremor não é mais possível reduzir a um evento, ou circunscrevê-lo ao seu epicentro, na cidade de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel nos Açores. Trata-se, sim, de um abalo cultural, cuja forma sísmica se replica, uma vez mais, de 15 a 19 de Março de 2016 na forma de uma ponte simbólica entre dois continentes, e todas as possibilidades que um paraíso entre eles plantado possibilita.

Os primeiros exercícios de cartografia do Tremor 2016 trazem-nos os primeiros protagonistas da edição que se avizinha, a saber: Capitão Fausto, Zeca Medeiros eKillimanjaro. As novidades não tardam e, com elas, virão os nomes ainda por anunciar do alinhamento que se quer tão fresco, quanto corrente e premente, movido por força suficiente para abalar toda a região e as suas réplicas se estenderem até às portas da Europa e da América. Os bilhetes custam 20€ em antecipação e podem ser já adquiridos . A partir de 15 de Março, os bilhetes passam a valer 25€ dando acesso mediante a lotação de cada espaço, a todas atividades do festival.

Numa organização conjunta entre a YUZIN Agenda Cultural, a Lovers & Lollypops e o curador independenteAntónio Pedro Lopes, o Tremor é um evento de cinco dias de intensa actividade tectónica, cujas fissuras criadas servirão de catalizador para a criação futura. Partindo de todos os abalos premonitórios que a Ilha de São Miguel irá receber, a partir de 15 de Março, prepara-se o epicentro do Tremor, a registar-se em formato 24 horas, no dia 19, na cidade de Ponta Delgada. Desta forma, os dias que precedem o principal não se resumirão apenas a concertos, sendo enriquecidos com os já míticos "Tremores na Estufa" (concertos+viagem+ experiência surpresa na ilha) workshops, projecção de filmes, residências artísticas, palestras e actividades para escolas e crianças. Em suma, ao longo de cinco dias proporcionar-se-ão vários e irrepetíveis momentos de intimidade e partilha, numa perfeita harmonia entre a beleza natural ímpar da região insular dos Açores e a infinidade criativa da mão humana.

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Noticias:

STANDING OVATION LANÇAM SEGUNDO ÁLBUM EM 27 DE Novembro

Standing Ovation lançam segundo álbum em 27 de Novembro Aplaudido de pé. Esse caldeirão de estilos musicais, o alto-forno vermelho cintilante, o catalisador da revolução industrial, o pior pesadelo do sismólogo. Mais uma vez as placas tectônicas iram rasgar-se e os pólos magnéticos da Terra iram trocar de lugar quando a banda lançar seu próximo álbum que é intitulado "Gravity Beats Nuclear".. O título do álbum refere-se à criação de toda a vida Gravity. Sem isso, as estrelas jamais teriam nascido, e, portanto, não havia vida também. Embora o álbum lide com os temas poderosos da vida, a marca já familiar de humor torcido é novamente incluída com uma pitada de ficção científica. Os extremos musicais são ainda mais alargados e mais uma vez, é uma montanha-russa que nos coloca como de olhos vendados sem saber que surpresas haverá em torno das músicas. E por último, mas não menos importante todo o revestimento foi decorado pela mais rica geada melodia.

GIRLS NAMES TRAZEM ‘ARMS AROUND A VISION’ AO PORTO O novo álbum da banda irlandesa chegou este mês às lojas via Tough Love e será o objecto do concerto na próxima segunda-feira, 26 de Outubro, no Café au Lait. O 2 de Outubro era um marco para os Girls Names, mas o próximo dia 26 não será menos — será nessa data que a banda da Irlanda do Norte regressa a Portugal para apresentar o disco que lançou na tal data, no início do mês. “Arms Around a Vision”, disco editado pela Tough Love Records, é a firmação dos Girls Names enquanto veteranos no post-punk actual, trazendo para a cadência do género melodias brilhantes que alumiam o negro com tonalidades vivas; este quarto registo de longa-duração da banda tem recolhido uma atenção considerável da crítica especializada e será, de resto, o principal objecto do concerto no Porto. O concerto, apontado para segunda-feira, dia 26 de Outubro, decorre no Café au Lait, com o custo das entradas fixado nos 8 euros — os bilhetes já podem ser adquiridos nas lojas Matéria Prima e Louie Louie, ou online na Last2Ticket. As portas abrem às 21h e o concerto começa meia hora depois.

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Noticias:

SMSF BEJA 2016: ROTTING CHRIST, CRIPPLE BASTARDS e muitos mais.

O SMSF regressa a Beja de 9 a 11 de Junho com Rotting Christ à cabeça. Mais uma intensa dose de novidades na cena da música extrema. Registe-se no calendário de 2016: o SMSF está de regresso às planícies alentejanas nos dias 9, 10 e 11 de Junho, para onde levará, novamente, uma programação economicamente acessível e orientada para a música extrema, no seu sentido mais lato e sem restrições genéricas a estagnar o ar. A encabeçar o primeiro rol de confirmações estão os Rotting Christ (Gre), a quem se juntam os Cripple Bastards (Ita), o rapper Allen Halloween (Pt), os Decayed (Pt), os Amulet (UK) e os Empty (Spa) .Com mais de um quarto de século de história e um novo longa-duração, "Ritual", com edição prevista para Fevereiro próximo, os Rotting Christ são um dos nomes incontornáveis do black metal desde o seu surgimento. Pesa-lhes no conta-quilómetros uma abordagem inconfundível do género, sem que a deslocação geográfica atípica afectasse o seu percurso. Já os grinders Cripple Bastards vêm de Itália, um dos pilares da nossa sociedade, em oposição à própria civilização — algo que vêm a fazer de forma irrepreensível desde 1988. Na calha, e ainda fresco, está um disco de 2014

Aos gigantes gregos, que actuam na condição de cabeças de cartaz, e aos italianos, junta-se um astro de uma constelação completamente diferente: Allen Halloween, rapper, carrega o seu hip-hop de realidade, nua e crua, criando ambiências tão negras quanto familiares — e traz a sua própria noção de extremo para o SMSF 2016. A encerrar os primeiros anúncios, teremos um dos nomes essenciais do black metal português, os Decayed, o heavy metal canónico dos britânicos Amulet e o black metal dos espanhóis Empty. Por anunciar estão, ainda, cerca de duas dezenas de artistas, que actuarão ao longo dos três dias de festival. De notar que o SMSF mudou de recinto, sendo que a próxima edição acontece já no Parque de Merendas da Cidade de Beja. Brevemente disponibilizaremos informações sobre bilhetes e o alinhamento do festival.

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Noticias:

CRUZ DE FERRO - "A LÚCIFER"

Nunca uma personagem em toda a História terá sido tão enaltecida e denegrida quanto Lúcifer [do latim: lux fere, lucis fere, «o que traz a Luz»], favorecendo uma profunda evocação em todas as culturas antigas, as quais dotaram este ‘humano conceito’ com inúmeros nomes e tantos outros epítetos. Enquanto «Portador da Luz», o qual vomitou impropérios contra a suposta Divindade, entre outras tropelias pérfidas, permaneceu um figurino de si próprio por todos os séculos. Visceralmente misógino, encarnou a «Luz da Manhã», mas é agora atormentado pela sobriedade niilista e a cobardia do quotidiano. Estamos novamente a viver de temporum fine comœdia, pelo que se exige uma nova invocação da «Estrela d’Alva»! Para que exista o Bem é imprescindível a comparência do Mal. E vice-versa. Contudo, o mundo é muito mais do que duas facções antagónicas, tendo em conta que muitos homens nunca ouviram falar de Deus ou Lúcifer. Para esses imaculados no desconhecimento, o mundo está adiante dos sonhos e da imaginação. E para que não persista a damnatio memoriæ, só o bar vazio e uma estação de caminhos-de-ferro sem ninguém, qual Lúcifer sem fogo que nos ilumine. Porque o mais belo Ser de toda a Criação representa o ímpeto que faz bater o coração feroz da revolta dos homens, prestes a despertar um dia destes. Eis um aviso para os tempos que se avizinham. Não é que a História se repita, o Homem é que permanece igual desde a sua criação|evolução|destruição! E continua inexoravelmente mau, como sempre o foi. A História é, em boa justiça, uma assustadora História de Lúcifer!

MACHINE HEAD NOS COLISEUS em DIGRESSÃO

Os titãs do Metal, Machine Head, vão passar por Portugal, com duas datas incluídas na digressão europeia 2016, “An Evening With Machine Head”. A banda atua nos Coliseus do Porto e de Lisboa dia 07 e 08 de fevereiro, respetivamente, com dois concertos de duas horas, sem banda de abertura, dedicados exclusivamente ao metal dos Machine Head, onde serão tocados os principais hinos do grupo, bem como alguns temas menos referenciados. “Vamos fazer ‘An Evening With Machine Head’, o que significa que vamos ser só nós”, explica o guitarrista e vocalista Robb Flynn. “Estamos realmente entusiasmados por tocar longos sets e recuperar alguns dos temas mais esquecidos, com um concerto que é só nosso. Fizemos isto nos EUA e na Europa Oriental e foi absolutamente incrível. Os fãs mostraram que adoraram o formato, somos uma banda com um longo catálogo e faz todo o sentido. Houve concertos em que tocámos mais de duas horas, foi realmente incrível, o público estava louco”, salienta. No que diz respeito à decisão da banda de encabeçar os seus próprios concertos na digressão de apresentação do álbum 'Bloodstone & Diamonds', bem como não tocar em festivais, Flynn explica que “não estamos a tentar passar um bom tempo com qualquer grupo de pessoas que não sabem quem nós somos. Se os Machine Head fizerem uma festa, seja ela grande ou pequena, não queremos um bando de ‘estrangeiros’ lá. Trata-se de nós e do nosso público, os nossos verdadeiros fãs, não queremos saber dos outros. Nós estamos aqui e não vamos a lado nenhum, quem quiser fazer parte sabe onde nos encontrar”. Os norte-americanos Machine Head, liderados por Robb Flynn, são conhecidos pelas suas atuações vibrantes e inesquecíveis, legitimados por muitos com uma das melhores bandas ao vivo da atualidade. Bilhetes à venda sexta-feira, dia 16 de outubro nos locais habituais.

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Noticias:

Underworld LIVE

28 Fevereiro - Paradise Garage (Lisboa) Symphony X Abertura de Portas: 20h00 - Inicio espetáculo: 21h00

Para a maioria dos fãs de power metal progressivo, os SYMPHONY X não precisam de introduções. Ao longo das últimas décadas, o quinteto liderado pelos talentosos Michael Romeo e Russell Allen não só assumiu sem receios o papel de principal portaestandarte da tendência como tem conseguido manter a sua posição como uma das bandas mais consistentes e prolíficas de que há memória neste espectro desde que, em 1994, se mostrou ao mundo com a sua estreia homónima. Apoiado num catálogo sem mácula, alicerçado numa inteligente fusão dos arranjos cerebrais dos Rush, da técnica dos Deep Purple e do peso obscuro herdado dos Black Sabbath, os músicos norte-americanos têm assinado alguma da música mais tecnicamente proficiente, diversa, dinâmica e, simultaneamente, acessível e orelhuda de que há memória recente no vastíssimo universo do metal de tendências progressivas. Hoje são um dos nomes mais aplaudidos entre as hordas de apreciadores do peso sonoro que não se limita apenas ao óbvio e ao previsível. Não é, de resto, preciso pensar muito para perceber que, mais de duas décadas depois de terem dado os primeiros passos, os SYMPHONY X não são só mais uma banda qualquer. Seja o imenso talento de Michael Romeo na guitarra, o poderio vocal de Russell Allen, a proficiência imaculada dos restantes elementos do grupo ou o facto de manterem a formação intocada há mais de quinze anos, a verdade é que estes nativos dos Nova Jérsia tem muita coisa a jogar a seu favor. Uma dessas qualidades é, sem qualquer dúvida, o facto de – ao contrário de muitos dos seus competidores diretos – fazerem questão de provar a cada oportunidade que têm que, afinal, técnica não tem obrigatoriamente de ser sinónimo de exibicionismo instrumental. Apesar de serem músicos de exceção, ao nível dos que conseguem pôr uma plateia de pares a questionar as suas capacidades, o quinteto também consegue escrever canções muito bem estruturadas, com princípio meio e fim e com ganchos que agarram o ouvinte pelo colarinho do primeiro ao último momento.

Os maestros do power metal progressivo regressam a Lisboa para apresentar «Underworld», o seu mais recente registo de estúdio. Editado a 24 de Julho último, «Underworld» é o mais recente registo de longa-duração dos SYMPHONY X e mostra o grupo – que fica completo com Michael Pinnella nos teclados, Mike LePond no baixo e Jason Rullo na bateria – a mergulhar de cabeça na sua abordagem tão agressiva como épica ao som eterno. Ao nono lançamento de estúdio, o coletivo dá continuidade ao seu processo de crescimento e consegue o impensável, assinando um disco incrivelmente desafiante em que elevam as composições neoclássicas de Romeo a um patamar superior de intensidade e maturidade. Famosos pelos concertos arrebatadores e cheios de garra contagiante, os músicos norte-americanos preparamse agora para traduzir ao vivo a grandiosidade de «Underworld» numa digressão europeia que os vai trazer de volta a Portugal. Quatro anos depois de ter deixado a sua marca indelével na Incrível Almadense e no Hard Club, o quinteto regressa finalmente ao nosso país para, no dia 28 de Fevereiro, apresentar o seu novo álbum num espetáculo único no Paradise Garage, em Lisboa. Os bilhetes para o concerto custam 22€, à venda a partir do dia 25 de Setembro, nos locais habituais.

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Reportagem:

Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

Silveira Rock Fest III Mais uma vez voltamos á Foto-Reportagem desta vez no Silveira Rock Fest III Casal da Silveira (Famões) - Odivelas pela fotos de Carlos Monteiro aka @Cmphotopt. Opinião unanime é que foi o melhor Silveira Fest de sempre a fasquia ficou elevada para a proxima edição, bem como o espaço que desta vez ficou pequeno para os tantos que quiseram ir.

Destroyers of all

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Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

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Reportagem:

Silveira Rock Fest III

Dollar LLama

Silveira Fest 2015 @cmphotopt / Carlos Monteiro

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Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

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Reportagem:

Silveira Rock Fest III

don't disturb my circles Silveira Fest 2015 @cmphotopt / Carlos Monteiro

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Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

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Reportagem:

Silveira Rock Fest III

Scum Liquor

Silveira Fest 2015 @cmphotopt / Carlos Monteiro

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Reportagem:

Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

Silveira Rock Fest III

Stonerust Silveira Fest 2015 @cmphotopt / Carlos Monteiro

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Reportagem:

Fotos: C@Mphotopt/Carlos Monteiro

Silveira Rock Fest III Terror Empire

Silveira Fest 2015 @cmphotopt / Carlos Monteiro

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Uma parceria com o Underground's Voice

Entrevista: 18

Entrevista com os Brasileiros Monstractor

Os Brasileiros acabaram de lançar o seu novo álbum que certamente estará no top dos melhores do ano e que mostra uma enorme evolução da banda. Merece destaque. Não esqueçam o nome deles! A entrevista:

U.V - Antes de mais, bem vindos à Underground's Voice, é um prazer vos receber! Para quem não vos conhece, podem-se apresentar? Christian Klein - vocal e baixo do MONSTRACTOR. O prazer é nosso por estarmos em contato mais uma vez.

U.V - Lançaram recentemente o álbum "Recycling Thrash". Como o definem? Christian Klein - A definição é a mesma do início, só que com qualidade de audição e produção que nunca imaginamos ter um dia. Um som pesado, direto, sem frescura, sem pretensões de soar como ninguém.... a identidade é uma só: MONSTRACTOR. Buscamos a música que nos vinha à cabeça, lapidamos aprimoramos e bebemos muito whisky e cerveja no processo.

U.V - Monstractor é a primeira banda não Portuguesa a repetir a presença na Underground's Voice. O que mudou desde Outubro de 2013 desde essa entrevista? Christian Klein - Muita coisa, 2 anos parecem pouco, mas foram o suficiente para que pudéssemos gravar um disco com produção foda, superar obstáculos, mudar formação, ganha experiência e tudo mais.

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Uma parceria com o Underground's Voice

Entrevista: 19

Entrevista com os Brasileiros Monstractor U.V - Falem-nos um pouco de todo o seu processo de composição/gravação! Christian Klein - Composição: Geralmente o Diego (Monsterman) já vem com um riff na cabeça e uma lata na mão. (Às vezes até já pré gravado), aí ele me repassa, eu coloco um tema, uma linha de voz, escrevo as letras... modificamos coisa aqui coisa ali... eu dou sempre uma brecada no que ele traz de bruto... caso contrário a banda seria Death Metal ehehehehe.. porque o cara desenvolve muito peso sonoro e riffs puxados pro dearth. Sendo assim... Eu sempre acrescento algo às idéias dele, e de vez em quando vice versa. No final, Demetrios sempre faz uma linha de batera que dispensa comentários , eu puxo o baixo em cima disso e FINISH!! Gravações: Dessa vez gravamos em São Paulo, no MR. SOM estúdio, a produção foi e Marcello Pompeu e Heros Trench do Korzus.... a gente tinha que sair daqui da nossa cidade... quase 5 horas de viagem, chegavamos lá... e era tudo muito intenso, tentando aproveitar o máximo de tempo possível pra render.... no fim, saiu o que tinha que sair.. um disco poderoso e com sangue nos olhos. Ficamos brothers dos caras do Korzus...eles são muito foda... e isso foi uma experiência fantástica e inimaginável pra nós. Na hora das gravações, tudo é muito sério e profissional, são horas e horas de dedicação em cada faixa, em cada trecho. E tudo saiu como saiu. Profissional, de qualidade sonora indiscutível. Mesmo que uma pessoa não goste de thrash metal , ela precisa admitir que o som desse disco é muito bem produzido e tocado. U.V - Já obtiveram algumas reacções ao álbum? Que feedback têm recebido? Christian Klein - Não podia ter sido melhor. As pessoas estavam ansiosas pra ouvir, a expectativa criada foi imensa durante o processo, Nossa assessora (Ellen Maris) ajudou muito a criar essa expectativa, sempre colocando notas e dando notícias sobre a trajetória da banda... e cara, quando o disco saiu, nós ouvimos coisas sobre o trabalho que nos encheu de orgulho. As pessoas entenderam a luta e esforço que tivemos, perceberam o quanto fomos insistentes e persistentes para que isso saísse de forma profissional. E sobre o som e o disco, felizmente (pra nós) só recebemos críticas boas, elogios a cada um de nós e respectivas funções. O Feedback foi acima do esperado e tem nos deixado com sensação de dever cumprido. Agora é ir pros palcos em breve.

U.V - Gravaram um videoclip para a faixa "Immortal Blood". Falem-nos um pouco sobre ele! Christian Klein - Simples. Somos uma banda sem grana, não temos dinheiro pra investir...e um clipe pofissional custaria em média uns R$5000,00. A gente gastou tudo que tinha nas gravações do disco. A solução foi sermos criativos e colocar a mão na massa. Fechamos uma sala do meu estúdio de tattoo com tecido TNT preto.. pra fazer um fundo... trouxemos a batera pra cá, pegamos uma câmera que compramos a uns anos atrás, pegamos a minha luminária de tatuar. Fizemos o ambiente ficar escuro.. jogamos a luz debaixo da cara de cada um e “Voilà”......... o Monsterman jogou no programa de pc e editou os vídeos ele mesmo. \,,/ Foi o que deu pra fazer. Auhauhauhauhuha, e a meu ver ficou muito bom por sinal. U.V - Quais são os vossos planos para o que resta de 2015? Apenas promover o "Recycling Thrash" ou podemos esperar outras novidades? Christian Klein - Sim , agora percebemos o momento como uma fase de promoção da “Música em si” na internet. Entendemos que assitir um show de uma banda desconhecida pode ser legal.... Mas assistir um show de uma banda a qual se conhece as músicas, aí é totalmente diferente. É isso que queremos, que as pessoas nos ouçam... que queiram ouvir nossa música e nos ver ao vivo.... só depois vamos focar em shows. Enquanto isso.... já estamos gravando de novo, e em breve teremos novidades sobre isso. Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 19


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Entrevista: 20

Entrevista com os Brasileiros Monstractor U.V - Como está a vossa agenda nesta altura? Será possível uma data em Portugal em breve? Christian Klein - As propostas tem surgido, mas como eu disse anteiormente, somos uma banda que não tem recursos pra ficar bancando viagem do nosso bolso nem nada disso... por mais que a gente queira mostrar nosso trampo, tocar e viajar... não dá pra bancar isso do nosso bolso. Portanto investimos o que tínhamos em equipamento, equipe, gravação e prensagem. Muita gente tem nos chamado pra tocar... mas dizem que não podem se compometer em cobrir os custos, ou seja... estamos deixando passar muita coisa e priorizando os eventos que realmente nos dê condições estruturais pra isso.... ou eventos que realmente nos traga um benefício em relação à nossa projeção perante o público. Temos um evento grande que será o lançamento oficial o disco. Será na nossa cidade dia 26 de setembro próximo... será uma ótima estrutura e público bastante condiderável. Depois disso temos mais 3 datas à serem confirmadas até o fim do ano no Brasil. Portugal seria ótimo, tenho amigos que moram aí.. e seria muito legal se um dia pudéssemos fazer um barulho por aí. Tudo depende de contatos, quem sabe em algum momento algum produtor se interesse e faça esse link.. nunca se sabe. Interesse nosso sempre haverá. U.V - O que nos podem dizer sobre o Underground Brasileiro actual? Christian Klein - É Sustentado aos trancos e barrancos por músicos. O público nem sempre é frequente em eventos de pequeno e médio porte... as casas de shows são raras, e as condições que os produtores e músicos encontram na maioria das vezes pesam pro lado desfavorável. Se alguém resolve fazer um evento de médio porte, gasta com estrutura, casa, bandas, propaganda etc.... esse alguém também tem custos... e não há capital de giro se o público não comparece. Se o público não comparece, as bandas não tem ajuda de custo, se as bandas não tem ajuda de custo, as bandas muitas vezes não tocam... e por aí vai. A coisa anda feia por vários motivos... mas existem diversas bandas na luta, que acreditam no que fazem, que curtem o que fazem, e também existem pessoas (Público e apoiadores) que sempre estão dispostos a dar uma força. E por isso ainda não sucumbimos.

U.V - Conhecem alguma coisa do Metal Português? São fãs de alguma banda? Christian Klein - Eu particularmente sou muito fã de Moonspell.... esse último disco não sai do meu carro faz semanas.... já decorei até... ahuhauhauh E a uns tempos atrás ouvi uma outra que gostei bastante “RAMP”, que é outra pegada. Mas que achei de qualidade.

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Entrevista: 21

Entrevista com os Brasileiros Monstractor U.V - Como está a vossa agenda nesta altura? Será possível uma data em Portugal em breve? Christian Klein - As propostas tem surgido, mas como eu disse anteiormente, somos uma banda que não tem recursos pra ficar bancando viagem do nosso bolso nem nada disso... por mais que a gente queira mostrar nosso trampo, tocar e viajar... não dá pra bancar isso do nosso bolso. Portanto investimos o que tínhamos em equipamento, equipe, gravação e prensagem. Muita gente tem nos chamado pra tocar... mas dizem que não podem se compometer em cobrir os custos, ou seja... estamos deixando passar muita coisa e priorizando os eventos que realmente nos dê condições estruturais pra isso.... ou eventos que realmente nos traga um benefício em relação à nossa projeção perante o público. Temos um evento grande que será o lançamento oficial o disco. Será na nossa cidade dia 26 de setembro próximo... será uma ótima estrutura e público bastante condiderável. Depois disso temos mais 3 datas à serem confirmadas até o fim do ano no Brasil. Portugal seria ótimo, tenho amigos que moram aí.. e seria muito legal se um dia pudéssemos fazer um barulho por aí. Tudo depende de contatos, quem sabe em algum momento algum produtor se interesse e faça esse link.. nunca se sabe. Interesse nosso sempre haverá. U.V - O que nos podem dizer sobre o Underground Brasileiro actual? Christian Klein - É Sustentado aos trancos e barrancos por músicos. O público nem sempre é frequente em eventos de pequeno e médio porte... as casas de shows são raras, e as condições que os produtores e músicos encontram na maioria das vezes pesam pro lado desfavorável. Se alguém resolve fazer um evento de médio porte, gasta com estrutura, casa, bandas, propaganda etc.... esse alguém também tem custos... e não há capital de giro se o público não comparece. Se o público não comparece, as bandas não tem ajuda de custo, se as bandas não tem ajuda de custo, as bandas muitas vezes não tocam... e por aí vai. A coisa anda feia por vários motivos... mas existem diversas bandas na luta, que acreditam no que fazem, que curtem o que fazem, e também existem pessoas (Público e apoiadores) que sempre estão dispostos a dar uma força. E por isso ainda não sucumbimos.

U.V - Conhecem alguma coisa do Metal Português? São fãs de alguma banda? Christian Klein - Eu particularmente sou muito fã de Moonspell.... esse último disco não sai do meu carro faz semanas.... já decorei até... ahuhauhauh E a uns tempos atrás ouvi uma outra que gostei bastante “RAMP”, que é outra pegada. Mas que achei de qualidade. U.V - O que pensam das páginas/blogs/etc que divulgam cada vez mais as bandas? Sentem que actualmente uma banda tem obrigatoriamente que ter uma vida activa na internet para se fazerem conhecer? Christian Klein - Bom... verdade é que independentemente dos motivos que o cara resolve montar um blog ou site voltado pro estilo... é isso que mantém as coisas... pq a gande mídia exclui as bandas iniciantes, e eles precisam chegar ao público de algum jeito... e esses blogs, web radios e sites são fundamentais pra alcançar o público da internet. Claro que preciso fazer uma ressalva.... pois nem tudo é bom, tem muita gente que não tem preparo mental nem técnico pra trocar nem lâmpada, quanto mais pra ter blog, fazer uma entrevista legal... ou até mesmo peneirar as bandas boas das ruins... porra, vejo muita banda ruim sendo divulgada por blogs e sites como se fossem “pérolas” do metal mundial, quando no fundo a banda é uma bosta e quem divulga dessa forma (PAGA PAU DE BANDAS) parece não ter senso crítico, nem senso do ridículo Enfim, é preciso separar sempre as coisas boas do lixo... quem trabalha direito sempre terá espaço e sempre mostrará qualidade em diversos sentidos. E sim, hoje qualquer banda e qualquer profissional que seja precisa da internet hoje. Chegamos num ponto na comunicação mundial, onde a abragência e alcance são gradativamente expansivos, tanto em relações humanas , contatos,.... quanto no dia a dia e na música que se faz ouvir. A internet hoje é uma ferramenta essencial a qualquer profissional.

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 21


Uma parceria com o Underground's Voice

Entrevista: 22

Entrevista com os Brasileiros Monstractor

U.V - Por fim quero agradecer mais uma vez a disponibilidade para a entrevista e desejar tudo de bom para a banda! Últimas palavras para os leitores da Underground's Voice? Christian Klein - Nós que agradecemos a força de sempre... somos honrados por saber que somos a 1ª banda a participar pela segunda vez. E espero que um dia possamos ter mais dessas conversas. Contem conosco.

Últimas palavras??? Bom...Que as pessoas se conscientizem em FAZER MAIS e FALAR MENOS..... “ Actions... speak louder than words”. (corrosive envy) Quem é envolvido com o Metal, sabe das dificuldades pra se promover um trabalho de qualidade, e gente que critica tudo de forma negativa ou tenta puxar o tapete dos outros seja por inveja, por ciúmes, ou por ver outras pessoas fazendo....deveria deixar de lado a babaquice e começar a agir de forma consciente, agregando à cena, fazendo algo de útil, coisas que realmente vão auxiliar e melhorar nossa busca por espaço e qualidade nessa sociedade podre em que vivemos. O Metal deveria ser mais unido, e menos competitivo com besteiras egocêntricas. A ressalva e boa notícia é que vejo muita gente autêntica batalhando pelo bem comum e fazendo suas funções por que gostam e porque amam o metal...esse é o caso do MONSTRACTOR, e tenho certeza de que também é o caso do UNDERGROUND’s VOICE. Por isso, sempre contem conosco. Abraço a todos. \,,/ MONSTRACTOR......We ‘ll never stop!!!!

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 22


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Alto e em Bom Som Os miseráveis

Nos dias que correm, a cena metálica

Durante muitos anos a cena nacional foi marcada pela inocência, pelo amadorismo - no melhor sentido do termo -, mas também pela espontaneidade e dedicação desinteressada. No

seu

conjunto,

estas

caraterísticas

permitiram a criação de clássicos e referências imortais do nosso underground. Nos anos 80 e 90 o apoio entre os agentes Underground era incondicional e genuíno, sem contrapartidas ou interesses ocultos. Sem intrigas ou facadas nas costas. Registavam-se, obviamente, alguns conflitos, hoje lendários, mas essa era a exceção, não a

regra. Naquela época, o confronto físico era regular entre os fãs de Metal, mas em seguida as pessoas uniam-se em torno de um objetivo comum. Havia um sentimento geral de união. Hoje poucas vezes é assim. A competição de que o mercado se revestiu na presente década e na anterior, decorrente do acesso facilitado a mais e melhores

ferramentas

tecnológicas,

nem

portuguesa é cínica. Ao invés de apoiar, criticase violentamente alguns projetos em prol do Underground. inovação,

Muitos

preferindo

não a

enaltecem

estagnação.

feito. Têm a maledicência na ponta da língua. Contudo, não deitam mãos à obra. Nunca passam das intenções e nada fazem em benefício da cena. Por outro lado, constato tristemente que determinados históricos do Metal nacional, pessoas

que

nos

anos

80

deram

devemos, são hoje alguns dos principais focos de intriga no movimento. Estes miseráveis promovem o mal-estar entre os agentes underground, desancam tudo – desde bandas a

subgéneros,

passando

por

órgãos

possamos imaginar - o que não consideram “true”,

independentemente

do

esforço

validade desses projetos.

impera. Reinam o cinismo, o interesse, a cobardia, o egoísmo, a falsidade e a intriga. Os todo

de

comunicação social e todos os projetos que

já não são celebrados como antes. A inveja

Existe

um

importante contributo à cena e às quais tanto

realizações e feitos dos agentes Underground

multiplicam-se.

Não

destacam o que foi bem feito, só o que foi mal

sempre se revela saudável. Atualmente, as

conflitos

a

um

submundo de conflitos e ódios de estimação que minam o nosso underground.

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 23

e


A Coluna de Dico: 24

Alto e em Bom Som Na sua visão limitada e bacoca estes bandalhos fragmentam o Underground, pois é dessa forma que o veem – espartilhado, estanque, dividido em partes fechadas sobre si próprias. São pessoas mesquinhas, maldosas, frustradas,

de

mal

com

a

vida

e

orgulhosamente enclausuradas no passado. Renegam liminarmente tudo o que surgiu após 1995 e não têm pejo em fazer campanhas públicas contra outros agentes underground. São pessoas investidas em prejudicar a cena, desmantelando-a em fações antagónicas e minando

as

relações

entre

os

agentes

genuíno

espírito

underground. No

entanto,

o

Underground é o oposto – apoiar e divulgar a generalidade

dos

obviamente,

com

projetos espírito

(embora, crítico),

independentemente de nos revermos ou não no formato assumido. Desde que válidos no conteúdo e na forma, todos merecem uma oportunidade. É assim que o Underground deve ser visto – como um todo uno e indivisível (apesar das inúmeras ramificações), em que as diversas

partes

se

complementam

em

benefício do geral. Quem age de forma contrária, pura simplesmente não gosta de Metal nem do Underground.

Dico

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 24


Biografia: 25

BIOGRAFIA SYMPHONY X

Corria o ano de 1994 quando se começou a ouvir um murmúrio muito distante vindo do outro lado do Atlântico, cortesia do prodigioso guitarrista Michael Romeo. Uma gravação a solo e autofinanciada revelou ao mundo um músico de exceção, um dos últimos Messias das seis cordas do Séc. XX, que nos anos seguintes construiu de forma inteligente a carreira de um projeto que abalou as estruturas do metal progressivo. Misturando de forma inovadora heavy metal, rock progressivo e influências neoclássicas, os Symphony X deram à luz uma fórmula brilhante, posteriormente adotada por toda uma nova geração apostada em seguir-lhes os passos. No entanto, durante anos, mantiveram-se como um dos segredos mais bem guardados de grande maioria dos metaleiros. A trabalhar ainda na sombra do underground, lançaram os quatro primeiros álbuns – «Symphony X» em 1994, «The Damnation Game» em 1995, «The Divine Wings of Tragedy» em 1997, «Twilight In Olympus» em 1998 – e construíram uma base de seguidores dedicados nos Estados Unidos, na Europa e, particularmente, no Japão. No início começaram por apelar sobretudo aos apreciadores do metal mais virtuoso, mas com a sua atitude um pouco mais direta do que é habitual nestes meandros, não tardaram muito a transformar-se num caso raro de sucesso. Chegado o Séc. XXI, foram convidados por Dave Mustaine, dos Megadeth, para participarem na sua Gigantour e, finalmente expostos a plateias esgotadas de potenciais fãs que começaram a descobrir o seu fundo de catálogo, explodiram de uma vez por todas em termos de popularidade com «V: The New Mythology Suite» e «The Odyssey» - de 2000 e 2002, respetivamente – e estabeleceram-se como um dos mais visíveis e aplaudidos bastiões de um estilo em franco crescimento.

Oito anos depois de «Paradise Lost», um ambicioso concept baseado no famoso poema do britânico John Milton, e quatro após «Iconoclast», um registo menos subtil e mais direto ao assunto em que trataram de recuperar a garra que sempre os caracterizou, o grupo volta agora às edições com um soberbo «Underworld». No nono álbum de originais em mais de duas décadas de carreira, o quinteto formado por Romeo na guitarra, Allen na voz, Pinnella nos teclados, LePond no baixo e Rullo na bateria serve mais uma soberba coleção de metal progressivo com os ganchos e os refrões todos nos sítios certos e as guitarras, as teclas e a voz em grande destaque, originando temas que soam majestosos, épicos e envolventes. Em suma, apesar de um limar de arestas bem notório, a fórmula que os tornou famosos em primeira instância não mudou assim tanto com o passar dos anos, mas os Symphony X de 2015 soam ainda mais focados, agressivos e pesados do que alguma vez foram.

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 25


Eventos: 26

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 26


Cinema: 27

The Walk - O Desafio (II) (2015) "The Walk" (original title)

Em 1974, o artista Philippe Petit recruta uma equipa de pessoas para ajudá-lo a realizar seu sonho: andar a pé o imenso vazio entre as torres do World Trade Center.

Diretor: Robert Zemeckis Escritores: Robert Zemeckis (roteiro), Christopher Browne (roteiro). Atores: Joseph Gordon-Levitt, Charlotte Le Bon, Ben Kingsley.

Black Mass - Jogo Sujo (I) (2015) "Black Mass" (original title)

A verdadeira história de Whitey Bulger, o irmão de um senador estadual eo criminoso violento mais infame na história da South Boston, que se tornou um informante do FBI para derrubar uma família da Máfia invadindo seu território.

Diretor: Scott Cooper Autores: Mark Mallouk (roteiro), Jez Butterworth (roteiro). Atores: Johnny Depp, Benedict Cumberbatch, Dakota Johnson.

Som do Rock Magazine nº 11 Novembro 2015—Pag 27


28


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