S ã o J o s é d o s P i n h a i s | Quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 |
Temporada do herpes começa no verão Altas temperaturas aumentam incidência da doença O herpes simples é uma doença causada por vírus e atinge boa parte da população. Sua ocorrência se dá sob as formas de herpes labial e herpes genital. Após o contágio, este vírus persiste no organismo, sendo capaz de apresentar manifestações periódicas. No verão, essas manifestações aumentam, devido a exposição solar frequente em praias e piscinas. O quadro pode ser evidente em períodos de stress. Todo mundo tem em algum momento contato com o vírus do herpes simples, que pode ser transmitido através da saliva do beijo, por relação sexual, por outras secreções ou até pelas mãos de pessoas que possuem o vírus. Ele sobrevive em uma junção Lesões, que nervosa do asaparecem frequentesintomático, até mente, podem ser em recém evitadas com cuidados se manifestar em nascidos. com a imunidade qualquer fase da Ao ser vida. A maioria beijada pela das pessoas é portadora do ví- mãe ou qualquer outra pessoa rus e não chega a desenvolver a que apresente a infecção (prinlesão. cipalmente no terceiro estágio), Herpes Labial a criança pode contrair o vírus. A infecção se divide em quaHerpes Genital tro estágios: o lábio arde e coça; O herpes genital é outro tipo inicia-se um pequeno inchaço, de infecção causada pelo vírus formando bolhas frequentemen- do herpes e é considerado, dente dolorosas; as bolhas rom- tre as doenças sexualmente pem-se e juntam-se ocasionan- transmissíveis, a de mais rápido uma ferida com secreção – do crescimento numérico. Mineste estágio, o vírus pode ser lhões de pessoas no Brasil têm transmitido a outras pessoas herpes genital e, a cada ano, com muita facilidade; a ferida dezenas de milhares de homens seca e sara – formam-se cros- e mulheres, a maioria entre 18 e tas e ocorre a cicatrização. 35 anos, podem transmitir esta Estas lesões reaparecem infecção. sendo variáveis de indivíduo para A forma inicial de transmisindivíduo. O vírus pode infec- são é através de relação sexual tar outras partes do corpo, se com pessoa que esteja com hertocada logo após o contato com pes genital em atividade. As maa ferida labial. Se, por exemplo, nifestações são mais graves na após tocar a ferida do herpes primeira infecção e aparecem labial, a pessoa tocar os olhos, poucos dias após a relação sepode provocar uma infecção xual. grave, com a formação de úlHá períodos com e sem maceras na parte transparente do nifestações clínicas e essas são olho. desencadeadas por algo que Durante a infecção pelo her- abaixe as defesas do organismo pes labial, o beijo é um impor- como o sol da praia, o stress, o tante meio de transmissão do período menstrual, e doenças do vírus. Se uma pessoa infectada sistema imunológico. beija outra durante episódio de É importante ressaltar que infecção, a transmissão torna- no período de manifestação as se possível. É assim que geral- lesões facilitam a transmissimente as crianças adquirem a bilidade de doenças venéreas primeira infecção pelo herpes, perigosas como AIDS e Heque é extremamente perigoso patite B.
Tratamento do Herpes Genital e Labial Não há como prevenir o herpes genital e labial. A solução é administrar o problema nas pessoas sabidamente infectadas através de uma vacina composta por substâncias que aumentem as defesas, ensinando o organismo a combater melhor a doença, diminuindo muito a ocorrência dos sinais e sintomas. A vacinação é feita mensalmente, totalizando nove doses, em média. Além disso, o uso de medicações sintomáticas e suplementos alimentares ajudam no combate a infecção. Herpes Zoster Apesar do nome ser semelhante aos outros tipos de herpes, o vírus e a forma da doença são diferentes. Sabe-se que por algum motivo (stress, mudança hormonal, imunossupressão etc) o vírus da catapora se reativa, levando ao aparecimento de vesículas em zonas muito dolorosas, sendo que alguns pacientes não aguentam nem o vento nessa região. Tratamento Já o herpes zoster poderia ser prevenido, tomando a vacina contra catapora. Nas pessoas aonde o herpes zoster se manifestou, pode ser aplicada vacinas imunoestimulantes que diminuem muito a frequência e a intensidade da doença.
CONTATO: taniajeferson@metropolesjp.com.br
Hospital Bom Retiro recebe recursos do MDS O Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, de Curitiba, recebeu nesta semana uma boa notícia do deputado federal André Vargas. O Ministério da Saúde empenhou a emenda parlamentar do deputado, no valor de R$ 200 mil, para a estruturação da rede de serviços de atenção básica em saúde. O recurso será utilizado para aquisição dos equipamentos para informatização, como, televisores nas unidades de tratamento, câmeras de segurança e gerador de energia de emergência para dar mais conforto e segurança para pacientes e funcionários. O principal objetivo da informática hospitalar é arquivar de forma adequada todos os dados do paciente e fornecer ao profissional da saúde toda a assistência para diagnóstico e terapias mais recentes durante o atendimento e tratamento posteriores. “Tenho procurado ajudar o hospital, pois esta causa muito me sensibiliza. As pessoas que utilizam o hospital precisam de todo o nosso apoio e carinho”, declarou o deputado. Segundo Beatriz Fernandes, diretora de
pesquisa e desenvolvimento do hospital, a entidade passa por um processo de reforma física e de adaptação a um sistema operacional visando o resgate da cidadania, a solidariedade e a inclusão social dos doentes mentais. O Hospital Bom Retiro é um complexo de atenção à saúde mental, formado por diversos setores de atendimento, dispõe de 60 mil metros quadrados de terreno. Aproximadamente 2 mil pessoas são atendidas mensalmente nos diversos setores do Hospital, que tem a psicóloga Eleonor Cecília Batista na coordenação geral, e o médico psiquiatra e homeopata Francis Mourão na direção técnica. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, ABP, o Estado do Paraná conta, atualmente, com 3.266 leitos psiquiátricos, um terço do que seria necessário para atender a demanda e bem abaixo da proporção indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de um leito para cada mil habitantes.
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Novo conceito em nutrição é aplicado para jovens brasileiros Colégios passam a utilizar a solução Scolarest a partir do início do ano letivo de 2011
Resultados positivos são atribuídos a fatores como o aleitamento materno e o aumento da cobertura de saneamento básico
Brasil reduz taxa de desnutrição infantil e atinge meta estabelecida pela ONU Queda do número de menores de cinco anos com baixo peso ou altura tem impacto na redução da mortalidade na infância. Ampliação do aleitamento materno também contribui; em cinco anos, doadoras de leite humano passam de 60,4 mil para 113,8 mil A desnutrição infantil, cuja queda é um dos principais fatores que contribuíram para a redução da morte entre crianças, é um desafio já superado pelo país. A redução desta taxa era uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 1 – Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome, alcançado neste ano, o que levou o país a ser premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. O levantamento aponta o Brasil como um dos países que mais avançaram na redução da desnutrição infantil, entre 1989 e 2006. No período, a proporção de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade caiu de 7,1% para 1,8%; e com baixa altura, de 19,6% para 6,8%. Os resultados podem ser atribuídos a quatro fatores: o aumento da escolaridade materna; a melhoria do poder aquisitivo das famílias; a me-
lhoria da atenção à saúde – principalmente para mulheres e crianças, coincidente com a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) em todo o país; e o aumento da cobertura de saneamento básico, como acesso à água encanada e rede de esgotamento sanitário. A evolução da Atenção Primária à Saúde é central para a garantia do acesso e promoção da saúde e prevenção de doenças. A ESF, carro-chefe da atenção primária, está presente hoje em 99% dos municípios brasileiros, com 31.500 equipes. Estudos internacionais mostram que cada aumento de 10% na cobertura da Saúde da Família corresponde uma redução de 4,6% na mortalidade infantil. Além da ESF, o Pacto pela Saúde e as ações de incentivo ao aleitamento materno são políticas públicas do Ministério da Saúde essenciais no combate à desnutrição.
O Scolarest, solução internacional de alimentação do Compass Group, acaba de ser implantada pela GRSA Soluções em Alimentação em sete novas escolas por todo Brasil. O principal objetivo da solução Scolarest é promover a boa nutrição, incentivando as crianças e os jovens a adotarem hábitos alimentares saudáveis, além de orientá-los na compreensão do impacto dos alimentos no desenvolvimento e no crescimento do ser humano. Com uma estrutura focada na geração de hábitos saudáveis, que norteia mix de produtos e diversas ações de conscientização, a filosofia Scolarest se encaixa perfeitamente às necessidades atuais das instituições de ensino. “Uma pesquisa encomendada pela GRSA ao Ibope mostrou que os alunos e pais se preocupam cada vez mais com a qualidade da alimentação. Esse resultado é fundamental para aplicação, ampliação e sucesso da filosofia”, afirma Celia Martins, diretora da Divisão Educação da GRSA. Atuando no segmento há cerca de 15 anos, a GRSA une à sua
experiência nacional uma marca global com boas práticas mundiais. O total investido na marca no Brasil foi de R$ 1 milhão no lançamento e os investimentos continuam a cada nova inauguração. No Brasil, a GRSA serve mensalmente 230 mil crianças e adolescentes nas escolas que atende. O Compass Group atua no mercado de educação em 35 países, com várias marcas presentes em mais de 2.500 escolas.
Xô micose e bicho geográfico Infecções comuns da estação podem ser evitadas As altas temperaturas – esperadas ansiosamente pelos são-joseenses e curitibanos – assim como o suor, a água do mar e da piscina, areia e terra são combinações perfeitas para o aparecimento de infecções de pele, principalmente, as micoses e o bicho geográfico. De acordo com a dermatologista Isabela Fronza, as micoses são causadas pelos fungos e se manifestam no tórax, pescoço e braços, com manchas que variam de cor (claras ou escuras). Nos dedos dos pés, deixa a pele macerada, com descamações, fissuras e coceiras. “As mais frequentes são aquelas que agridem as camadas superficiais da pele: couro cabeludo, mucosas e unhas e os sintomas dependem do tipo e localização das lesões”, explica. Já o parasita presente em cães e gatos (Ancylostoma braziliensis) pode causar infecção, mais conhecida por bicho geográfico. De acordo com a médica, os animais parasitados depositam suas fezes, assentando os ovos que se desenvolvem no calor e na umidade. “Após penetrar a pele, as larvas deslocam-se, causando coceira que pode ser de moderada a intensa”, destaca a médica. O diagnóstico é feito por exame clínico. “O tratamento deve ser iniciado o quanto antes e é importante ressaltar que não se devem fazer tratamentos caseiros, pois há risco de outras infecções”, alerta.
Para a micose, além da consulta clínica, às vezes precisa de exames específicos, como o micológico direto e coleta de cultura. Para tratar o problema, são receitados medicamentos antifúngicos. Segundo a dermatologista o uso de cremes sem orientação médica mascara os sintomas e dificulta o diagnóstico. Prevenção e proteção As micoses podem ser prevenidas mantendo a pele sempre limpa e seca, evitando o uso de calçados fechados, roupas de tecido sintético que não absorvam o suor ou umidade e a boa secagem do corpo após o banho. “Cuidados também devem ser tomados com animais de estimação, que podem ser transmissores de doenças. No caso de micose de unha, deve-se ter sempre o seu material de mani-
cure e pedicure”, ensina a dermatologista. Ela orienta que para prevenir o bicho geográfico é importante a conscientização da sociedade em não levar animais de estimação para a praia. “Uma das prevenções é evitar de andar descalço em locais onde há a possibilidade de contato com fezes de animais, como por exemplo, parques, praias e campos de areia”, enumera a médica. A dermatologista enfatiza que nesta época é importante usar repelentes de insetos e protetor solar, mas pondera: “É necessário lembrar que não devem ser aplicados juntos, pois diminui a eficácia do protetor solar”.
Para evitar micoses de unha, procure usar seu próprio material de manicure e pedicure
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A linguagem e suas disfunções Fonoaudióloga Christiane de Bastos Delfrate fala sobre a profissão e explica sobre alterações na estrutura linguística e seus tratamentos No último dia 9 de dezembro foi celebrado em todo o Brasil o Dia do Fonoaudiólogo. Para comemorar a data, o Jornal Metrópole convidou a fonoaudióloga Christiane de Bastos Delfrate para falar sobre o seu trabalho em São José dos Pinhais e o que ele significa para quem sofre com qualquer alteração de linguagem. Christiane de Bastos Delfrate é fonoaudióloga formada há seis anos. Desde então vem se aperfeiçoando em sua área. Primeiramente realizou mestrado em Distúrbios da Comunicação e atualmente finaliza doutorado em Linguística na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela também atua como pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O aperfeiçoamento, segundo a profissional, é para sempre aprimorar a área que escolheu para atuar: a linguagem humana e seus desvios patológicos. Atuante em São José dos Pinhais desde 2009, com consultório na Policlínica São José, Christiane tem tentado atuar de maneira diferenciada junto a seus pacientes, priorizando a individualidade e singularidade de cada caso clínico. A Linguagem A linguagem faz parte do nosso cotidiano, de nossas atividades diárias, pois é através dela que nos comunicamos, mostramos nossos desejos, nossas necessidades, nossos anseios e nossas dúvidas. Quando ocorre qualquer alteração nessa estrutura linguística, as pessoas tornam-se incapazes de interagir com outros indivíduos e isso se torna muitas vezes frustrante e difícil, principalmente pela linguagem ser uma questão social. Trabalhando com questões de linguagem de um paciente, envolvemo-nos com as mais diferenciadas questões, pois quando se trata de atendimentos terapêuticos, trabalha-se com família, escola, e todo o cotidiano de determinado paciente. Alterações de linguagem aparecem em diferentes formas, porém não é a gravidade da alteração linguística que importa para um paciente, mas sim, a existência dessa dificuldade e as consequências que isso traz para seu dia a dia. Essas alterações se manifestam de maneiras diferentes, mas todas
elas acabam de alguma maneira prejudicando a vida social de um indivíduo, pois é através da linguagem que nos comunicamos e é também através dela que gira nosso círculo social. Pretendo aqui, esclarecer um pouco sobre essas alterações linguísticas que afetam os indivíduos nas mais diferentes faixas etárias, e as consequências que essas trazem para a vida de um sujeito, entretanto, mostrando que todas as dificuldades podem ser trabalhadas, contribuindo para a cura, ou pelo menos melhora do quadro clínico. É importante ressaltar que as patologias fonoaudiológicas não se restringem apenas a essas, coloco aqui aquelas que acredito que posso contribuir em seus esclarecimentos, pois tratam-se de alterações de linguagem. A fonoaudiologia também trabalha com questões auditivas, vocais, de motricidade oral, entre outras, entretanto aqui não abordarei esses temas. Atraso de linguagem Uma criança em condições normais começa a falar por volta de 1 ano, 1 ano e meio de idade, entretanto, algumas crianças demoram bem mais que isso, e vão iniciar seu vocabulário linguístico lá por volta dos 3 anos. Esses pequenos aprendizes muitas vezes deixam os pais apavorados, acreditanto que algo está errado com seu filho, porém, na maioria das vezes esse problema se resolve e logo que começam a soltar as primeiras palavras, o vocabulário vai se ampliando. O importante não éa
criança começar a falar com 1 ano, o importante é que os pais tenham olhos para ver se a criança tem feito evoluções, se tem intenção de se comunicar, e se seu desenvolvimento em geral está acontecendo dentro da normalidade. Para se diagnosticar um problema linguístico com atraso de linguagem – como no caso de uma psicose autística- , é necessária uma ampla avaliação de um profissional especializado, mas principalmente a história dessa criança e marcos de seu desenvolvimento. Desvio Fonológico ou trocas fonoarticulatórias Algumas crianças apresentam trocas na oralidade. Essas trocas podem aparecer desde a aquisição da linguagem e se prolongarem, sendo necessária uma intervenção terapêutica. É comum que crianças que estão em início de aquisição da linguagem façam algumas alterações ou troquem algumas palavras, inventem outras. Esse é um processo normal que demonstra que a criança está fazendo hipóteses com as palavras até chegar a uma linguagem coerente, ampliando seu vocabulário. Em alguns casos essas trocas persistem pra além dos 4 anos. Nesses casos é necessária uma avaliação de um profissional especializado, pois nesse período não é mais comum que crianças apresentem trocas ou distorções das palavras, pois não está mais e m fase
de aquisição da linguagem. Assim, somente um profissional que trabalhe com linguagem poderá auxiliar, mostrando o ponto e o modo correto de articular os sons da fala, até que a criança sistematize e automatize essa nova forma de evocar os sons. Gagueira ou disfluência Existe um momento no decorrer da infância em que a criança pode apresentar gagueira. Isso se dá lá pelos 3 anos de idade e é o que chamamos de gagueira fisiológica. Esse problema tende a desaparecer com o tempo, e a fluência da criança deve voltar a normalidade. Porém é necessário que os pais tenham alguns cuidados para que esse problema não persista. Quando se chama a atenção de uma criança disfluente, ela automaticamente percebe que está falando errado, e com isso fica com receio de falar, o que causa uma tensão e automaticamente uma hesitação na hora de falar, fazendo-a gaguejar. Os pais devem tentar agir ao máximo com naturalidade, dando espaço para que a criança tente falar, e não ficar corrigindo a todo instante a sua falta de fluência. Novamente, se o problema persiste para além dos 4 anos, é hora de intervir. Assim é necessária a avaliação de um fonoaudiólogo para verificar quais as causas da gagueira e qual a melhor forma de trabalhar com determinado caso. Distúrbio de leitura e escrita ou ainda, dislexia A aprendizagem da leitura e escrita corresponde a um dos fatores básicos para a garantia do desenvolvimento escolar, uma vez que é sobre tal capacidade que se assentará o futuro desenvolvimento. A dificuldade no processo de aquisição da leitura e escrita dificulta a evolução escolar da criança , muitas vezes também causando problemas afetivos, sociais e principalmente a frustração. Entretanto, algumas crianças consideradas como portadoras de leitura escrita nem sempre podem ser taxadas como tal, pois na maioria das vezes o processo que a criança está passando é apenas um período intermediário para se chegar a leitura e escrita estruturada e convencional. Algumas crianças atingem a normalidade, porém em outras permanece a patologia. As causas são as mais variadas e o tratamento é realizado por um fonoaudiólogo juntamente a um psicopedagogo, em conjunto com a família e a escola. Desordem de Processamento auditivo central Alterações no processamento auditivo s ã o mui-
to mais frequentes do que se imagina. Crianças com audição normal e dificuldade escolar e de aprendizagem em geral são as que mais apresentam dificuldades, entre elas estão: dificuldade em manter atenção aos sons; dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita; dificuldade em compreender o que lê; necessidade de ser chamado várias vezes (parece não ouvir); solicitação com frequência a repetição de informações (Ah? O que?); dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas e idéias abstratas; dificuldade ao transmitir recados ou contar uma história; problemas de memória para nomes, datas, números, etc; dificuldade em localizar a origem dos sons e problemas de fala (troca L, R, S, E, CH). O tratamento para DPAC é bastante simples, através de treinamento auditivo, com atividades de consciência fonológica, de figura e fundo e de sequências de dígitos e números. Além disso, as atividades de leitura e de escrita são diárias em terapias para DPAC. Afasia A afasia ou cessação da linguagem ou fala, pode decorrer de acidente vascular ou um trauma crânio encefálico que afete o córtex do hemisfério esquerdo. A afasia é provavelmente a maior seqüela ou limitação , a maior “invalidez”, do ponto de vista pessoal, social ou econômico , causada por um dano cerebral. A capacidade lingüística é parte integral do indivíduo, veicula seu pensamento e sua comunicação com o ambiente. É compreensível que a adaptação a uma perda da linguagem brusca envolva muitos ajustes emocionais e cognitivos. Apesar de ser uma alteração linguística bastante severa, meus estudos até o momento comprovam que a reaquisição da linguagem de um paciente afásico pode ser realizada. Quanto antes haja uma intervenção, melhor será o prognóstico do caso, pois antes será iniciado o resgate da linguagem do sujeito, que por algum motivo a teve perdida. A afasia não tem idade, com isso, quando uma pessoa é afetada, sua vida muda muito e a rotina que antes era diária, agora não mais o é, pois é necessário afastar-se de quase todas as atividades que antes eram realizadas. Assim, na maioria das vezes concomitantemente aparecem doenças emocionais como a depressão ou o isolamento, vendo que esses sujeitos se sentem limitados e dependentes de seus familiares. Se você conhece alguém que ficou afásico, oriente que procure atendimento fonoaudiológico o quanto antes, além dos outros atendimentos que serão necessários para sua reabilitação. Os distúrbios linguísticos vistos aqui são variantes, entretanto causam de maneira geral uma grande dificuldade pela pessoa que os apresenta. Se você ou seu filho apresenta algum sintoma de alteração linguística, procure um fonoaudiólogo e faça uma avaliação. Ele poderá ajudar nas questões que houverem desvios ou alterações. Serviço: A doutora Christiane de Bastos Delfrate coloca seus serviços à disposição na Policlínica São José, que atende convênios e mantém parceria de descontos com a maioria das escolas de São José dos Pinhais. Os atendimentos são individuais. Mais informações pelo telefone (41) 3283 5472 ou pelo e-mail chrisdelfrate@yahoo. com.br
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Sem excessos nas festas de fim de ano Bebidas e pratos típicos dessa época podem prejudicar a saúde
Fórmulas manipuladas possuem diferentes mecanismos de ação para combater e amenizar a celulite
Os benefícios dos cosméticos manipulados no verão Princípios ativos específicos garantem saúde e beleza No verão, quando os corpos ficam mais à mostra, todos querem estar mais belos e saudáveis, especialmente as mulheres. Específicos para a estação, os princípios ativos manipulados podem auxiliar no controle de vários problemas, como pele oleosa, celulite, estrias e cabelos ressecados. De acordo com a farmacêutica Adriana Bess de Souza da Farmácia Magistral, aliar cremes, xampus e cosméticos tópicos cápsulas com princípios ativos chamados de nutracêuticos podem gerar bons resultados. “É o que chamamos de terapia combinada, que potencializa o tratamento e obtêm melhores resultados”, salienta. No caso da grande vilã, a celulite, a farmacêutica explica que as fórmulas manipuladas possuem diferentes mecanismos de ação para combatê-la e amenizar os “furinhos” concentrados nas áreas de gordura, como bumbum, coxas e barriga. “A cafeína age na circulação local e favorece a eliminação de toxinas, e outros princípios ativos, presentes em cremes, por exemplo, atuam como um termogênico, que promove o aquecimento superficial da região, estimulando também a circulação local”, esclarece. Segundo a farmacêutica também é possível prevenir as estrias, ao usar cremes manipulados, de duas a três vezes ao dia. “O creme aumenta a quantidade de água dos tecidos e permite maior distensão, sem ‘arrebentar’ a pele”, explica. Quando as estrias já estão instaladas, os tratamentos mais efetivos são à base de
ácidos e, por isso, desaconselháveis no verão. “Dependendo da situação, o médico poderá prescrever um manipulado mais brando, juntamente com um hidratante e regenerador da pele”, frisa. Pele e cabelo Para as pessoas expostas ao sol, água do mar ou piscinas há sempre a preocupação com a saúde dos cabelos. O uso de filtro solar e hidratação profunda dos fios podem ser manipulados. “Cada cabelo necessita de um produto específico, uns precisam de força, outros de hidratação, controle da oleosidade, da caspa e assim por diante. O médico poderá fazer uma fórmula exclusiva usando diferentes princípios ativos que atenderão às necessidades especiais de cada paciente”, enfatiza. Outro problema comum da estação é a pele oleosa, que passa a produzir maior quantidade de sebo por conta das altas temperaturas. “Os produtos em gel são os mais indicados, já que não preenchem os poros e refrescam a pele”, aponta. A substituição também serve para os hidratantes em creme que devem ser dispensados. “Somente os géis ou géis-creme podem ser utilizados durante o dia ou à noite”, ensina. Essa regra serve também para os filtros solares, que devem ser leves para não aumentar o excesso de oleosidade na pele. “Usar sabonetes e loções adstringentes duas vezes ao dia (pela manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir) também são uma boa opção de controle”, destaca.
As festas de final de ano estão chegando. Natal, Reveillon, comemorações com a família, confraternização com os amigos, festinhas no trabalho, e claro, nesses momentos bebidas e guloseimas não podem faltar! Porém, na hora da alimentação, é recomendável prestar bastante atenção para não prejudicar o funcionamento do organismo e evitar a intoxicação alimentar. “O ideal é não exagerar na quantidade. Já que se torna inevitável resistir à oferta de alimentos deve-se evitar repetir o prato, escolher apenas uma determinada sobremesa e beber só um cálice para brindar”, ressalta a nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Marina Rocha Balzer. O organismo segue um ritmo de trabalho, quando os alimentos são consumidos em exagero ocorrem reações, como, por exemplo, a sobrecarga do fígado, pâncreas e estômago. Para amenizar os efeitos dos nutrientes gordurosos e ricos em sal e gorduras, a nutricionista enfatiza que é necessário beber muita água e cuidar com a alimentação no dia seguinte. “Os alimentos frescos, como saladas, legumes e muitas frutas, ajudam a eli-
minar toxinas e excessos prejudiciais a vários órgãos do corpo e favorecem o funcionamento intestinal”, salienta. Um problema sério que pode ocorrer é a intoxicação alimentar. Uma doença infecciosa que ocorre em pessoas que tenham consumido alimento contaminado por vermes ou por bactérias. As crianças, idosos e gestantes são mais vulneráveis e podem ter desidratação em poucas horas. Os sintomas da doença são: língua seca, fraqueza, sensação de desmaio, ausência de urina, vômitos e diarreias.
“Essas perdas de líquidos e substâncias necessárias ao organismo prejudicam muito a saúde e é importante procurar um médico imediatamente” frisa a nutricionista. Algumas dicas que ajudam a desintoxicar o organismo: Para quem acha que exagerou, Marina sugere uma dieta saudável de desintoxicação por dois ou três dias após as festas, baseada em: suco de frutas, iogurte, queijo magro, frutas frescas, cereais e água de coco. “Não se deve passar mais de três horas sem se alimentar.
Não é jejum”, alerta. Suco: Ingredientes: 1 cenoura – 1 maçã descascada 2 talos de salsão – ramos de hortelã – suco de 1 limão – ½ copo de água mineral - 1 ramo de salsinha. Bata tudo no liquidificador e sirva imediatamente. É opcional coar. Não use açúcar. Se desejar use adoçante. Sopa: 2 cebolas grandes - 1 pimentão - 4 tomates grandes - 1 repolho grande - 4 cenouras grandes - caldo de carne natural ( magra) - salsinha, cebolinha - pouco sal - 1 beterraba pequena.
PARAPSICOLOGIA E VIDA MELHOR nº 171 Em algum momento da vida podemos passar por injustiças, traições, frustrações, violências, tragédias. Nessas situações outros podem estar envolvidos, pode ser a vida com suas surpresas, ou os nossos próprios erros. A verdade é que não é fácil recuperar a serenidade quando o sofrimento nos envolve. Dependendo de como reagimos diante de situações dolorosas ficamos ressentidos, criamos mágoa. Uma mágoa surge quando: 1. Algo acontece em nossas vidas que não queríamos que acontecesse ou quando não acontece algo que desejávamos muito que acontecesse. 2. Lidamos com a situação pensando muito a seu respeito, alugando um espaço muito grande na mente. A mágoa surge quando não se consegue lidar bem com o fato de não conseguir o que se deseja e, depois, se aluga um espaço muito grande em sua mente para esta situação que fez sofrer. Só porque coisas ruins acontecem não significa que você tem de ficar pensando ou falando nelas o tempo todo. Ao concentrarmos uma atenção muito grande num sofrimento, esse se torna mais intenso, criando um hábito que pode ser difícil de ser quebrado. Quando você pensa muito nas feridas elas passam a ter poder sobre você. Aquilo que você lembra ou em que concentra sua atenção pode ser trocado, do mesmo modo que você pode trocar o canal da sua tevê. Se você se acostumar a assistir o canal da mágoa, provavelmente vai ver que o mundo cheio de negatividade, mas, se você sintonizar os canais que transmitem as belezas da natureza e a cordialidade das pessoas, o mundo começará a parecer muito diferente. Nesse momento gostaria que você lembrasse de alguma situação dolorosa da sua vida. O objetivo deste exercício é avaliar se esta situação ainda afeta a sua vida hoje. Comece o processo fechando seus olhos e
pensando a respeito do que aconteceu por alguns minutos. Depois de recordar o que aconteceu, pense ou escreva um resumo a respeito da experiência que você viveu. Conte a história sobre o que aconteceu, no papel ou na sua cabeça. Agora avalie o que acontece hoje quando você pensa sobre essa situação. Identifique os pensamentos mais freqüentes que você tem ainda hoje sobre o que aconteceu. A seguir, perceba como você se sente quando pensa no acontecido e como seu corpo reage quando você relembra o sofrimento. Depois de analisar seus pensamentos e sentimentos a respeito de algo que lhe aconteceu, responda sim ou não a cada uma destas quatro questões: 1.Você pensa sobre essa situação dolorosa mais do que pensa nas coisas boas da sua vida? 2. Ao pensar sobre essa situação dolorosa, você fica fisicamente indisposto ou emocionalmente perturbado? 3. Quando pensa sobre essa situação, você tem hoje os mesmos e repetidos pensamentos que tinha na época? 4. Você se pega ainda contando a história sobre o que aconteceu repetidas vezes na sua mente? Se você respondeu com um sim a qualquer uma das quatro questões, provavelmente você criou uma mágoa e está alugando para ela um espaço muito grande na sua mente. Mas você pode libertar-se dela. O Perdão é uma escolha. Todos podem aprender a perdoar. Até as pessoas que sofreram perdas devastadoras podem aprender a perdoar e a se sentir melhor em termos psicológicos e emocionais. Parapsicólogo Flávio Wozniack - CNPAC nº 101 E-mail: flavio.wozniack@ig.com.br 1. Av. Manoel Ribas, 852 - sala 12 Mercês – Curitiba - 3336-5896 9926-5464 2. Estrada da Ribeira - Colombo Clínica Strapasson - 3606-2635