Especial Saúde Bahia

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salvador | segunda-feira | 2 de junho de 2014

Saúde

Mais Médicos já conta com 1,4 mil profissionais na Bahia

Saúde em movimento realizou 140 mil cirurgias de catarata

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Novas unidades de saúde ampliam atenção na capital e no interior

Carol Garcia/Secom

Estado ganhou novos hospitais e ampliou unidades, elevando em mais de 1,2 mil o número de leitos

PROJETOS ESPECIAIS


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CORREIO Salvador, segunda, 2 de junho 2014

saúde

Investimentos na Saúde mais que dobraram nos últimos anos Vaner Casaes/Secom

O total de recursos financeiros destinados à Saúde na Bahia ultrapassou os R$ 21 bilhões nos últimos sete anos. A média de investimento anual saltou R$1,8 bilhão para os mais de R$ 4 bilhões previstos no orçamento deste ano. O governo tem investido na ampliação da rede de atendimento, no reaparelhamento, na criação de programas e na requalificação do modelo de saúde. “Hoje, a Bahia é o quinto estado do Brasil com maior volume de despesa total em Saúde”, informou a secretaria de Saúde do Estado (Sesab). A mudança no modelo tem entre as premissas o fortalecimento da atenção básica. Nos últimos sete anos, a quantidade de equipes de Saúde da Família cresceu 36% e houve incentivo aos Municípios para a implantação de unidades básicas de saúde, resultando na construção de mais de mil postos em todo o estado.

A presença de médicos, sobretudo nas localidades mais carentes, foi ampliada com o programa Mais Médicos e com o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab). Com 1.684 novos profissionais, mais de 5 milhões de baianos, que não contavam com atendimento médico diretamente em suas comunidades, passaram a ter acompanhamento. Segundo a Sesab, houve uma evolução na estratégia da Saúde da Família. O número de Centros Especializados de Odontologia (CEO) saltou de 29 para 79 nos últimos sete anos. No mesmo período, a quantidade de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) cresceu de 88 para mais de 200. Já a Central Estadual de Regulação foi reestruturada, com a descentralização nas várias regiões do estado. Uma rede de laboratórios de referência regional começou a ser instalada em 2007 e hoje já são 10 implantados.

R$ 4 bilhões É o volume de recursos que será aplicado este ano em saúde na Bahia

Novos hospitais implantados Hospital do Subúrbio (Salvador) Hospital da Criança (Feira de Santana) Hospital de Santo Antônio de Jesus Hospital de Juazeiro Hospital de Irecê

313 leitos 280 leitos 146 leitos 134 leitos 119 leitos

Hospital de Santo Antônio de Jesus

Manu Dias/Secom

Hospital de Irecê Arison Marinho/Secom

Hospital de Juazeiro

Carol Garcia/Secom

Hospital do Suburbio

Cinco novos hospitais Desde 2007, foram inaugurados cinco novos hospitais na Bahia. Os investimentos foram de R$ 620 milhões, com a implantação do Hospital do Subúrbio, em Salvador; Hospital da Criança, em Feira de Santana; Hospital de Juazeiro; Hospital de Santo Antônio de Jesus, e Hospital de Irecê. Eles contribuíram para a criação de mais de 1,2 mil novos leitos, incluindo a ampliação em outras unidades. “Precisávamos criar novos leitos, o que foi feito com a construção de novos hospitais e a ampliação de outros em operação”, afirmou o secretário Washington Couto. Hoje, a rede hospitalar estadual de média e alta complexidade conta com 53 unidades, sendo 41 hospitais, seis unidades de emergência e seis centros de refe-

rência. “O número de leitos de UTI saltou de 319 para 932, ou seja, praticamente triplicamos a quantidade”, citou. Com pouco mais de três anos de funcionamento, o Hospital do Subúrbio é citado como exemplo, por ter sido a primeira Parceria Público Privada (PPP) no setor. Recebeu, inclusive, o prêmio como um dos 10 melhores projetos de investimento em saúde no mundo, pela empresa de auditoria KPMG, e também com um dos 10 melhores projetos de PPP da América Latina e do Caribe, concedido pelo Internacional Finance Corporation e pelo Infrastructure Journal. O novo hospital da capital baiana conta com 313 leitos, sendo 60 de UTI, e possui ainda 60 lei-

tos de internação domiciliar. A equipe conta com mais de 1,3 mil profissionais, sendo mais de 400 médicos das diversas especialidades. Diagnóstico Um novo projeto da Parceria Público-Privada (PPP) será desenvolvido pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) na área de Diagnóstico por Imagem. Ele prevê a prestação dos serviços de tomografia, ressonância, mamografia e raios X, inicialmente nos 12 hospitais de referência do Estado. Também será implantada uma central de laudos, a ser construída pelo parceiro privado. Maior projeto na área de diagnóstico por imagem em saúde pública no Brasil, ele aumentará a oferta desses tipos de exame em até 600% na Bahia.

Adenilson Nunes/Secom

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Novos leitos de UTI foram implantados

Expediente

Analista Responsável Projetos Especiais: Vanessa Santos Tel.: 71 3203 1090 Analista de Comunicação: Marina Xavier Tel.: 71 3203 1870 Comercial: Luciana Gomes Tel.: 71 3203 1357 Produção:

Tel.: 71 3342 4440



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CORREIO Salvador, segunda, 2 de junho 2014

saúde

Construção do HGE 2 elevará ainda mais o número de leitos Um novo Hospital Geral do Estado, denominada HGE 2, está sendo construído e garantirá a primeira ampliação da unidade em mais de 20 anos. Os recursos investidos pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) são da ordem de R$ 33 milhões, para implantação de um novo bloco cirúrgico, centro de queimados, unidades de terapia intensiva e outras especialidades. O HGE 2 terá oito pavimentos e abrigará 10 salas de cirurgia e mais 200 leitos, sendo 50 deles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com a ampliação, o complexo HGE/HGE 2 terá mais de 500 leitos. Além disso, outros espaços serão recu-

perados e ampliados, redimensionando toda a área de emergência. Também funcionará no local o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) terá 32 leitos. Trata-se do maior hospital de atendimento a politraumatismo no estado. Com números expressivos, o HGE atende na emergência a uma média de 400 pessoas por dia. Mensalmente, são realizados até 70 mil exames laboratoriais, duas mil radiografias e nove mil raios X. Desde 2007, reformas já haviam sido executadas na unidade, a exemplo das enfermarias e UTI. Além disso, foram incorporados avanços tecnológicos e aumentado o quadro clínico.

Outros investimentos programados Construção do novo Hospital São Jorge Construção da 2ª etapa do Hospital da Chapada Construção do novo Hospital Regional da Costa do Cacau (Ilhéus) Construção da Maternidade de Camaçari Ampliação do Hospital Prado Valadares (Jequié) Reforma no Hospital Geral de Vitória da Conquista Reforma no Hospital Clériston Andrade (Feira de Santana) Construção do anexo do Hospital Regional de Juazeiro Ampliação do hospital Menandro de Faria (Lauro de Freitas)

Hospital Roberto Santos está sendo ampliado

Carla Ornelas/Secom

As obras do anexo do Roberto Santos estão em fase final Com obras de ampliação em andamento, o Hospital Roberto Santos, em Salvador, também vai aumentar a capacidade dos serviços à população. Em um prédio anexo vão funcionar um novo ambulatório, a área administrativa, o setor de ensino e pesquisa e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas). O Hospital Roberto Santos dispõe hoje de 640 leitos de internação em neurocirurgia, nefrologia, traumatismo raquimedular, traumato-ortopedia, Aids, gestação de alto risco, gastroenterologia e as demais clínicas básicas. Atualmente, a UTI hoje funciona com 22 leitos adultos, 12 pediátricos e 25 neonatais. “Quando a obra

do novo prédio estiver pronta, a ideia é construir dentro do edifício original mais 250 leitos, elevando para quase 900 o número de vagas”, informou o secretário estadual de Saúde, Washington Couto. A previsão, segundo ele, é que o anexo seja inaugurado no próximo mês de julho. Couto explicou que, com a implantação da UPA anexa ao hospital, haverá uma qualificação na entrada para o hospital. Com a triagem, feita num primeiro momento na unidade, será possível fazer a classificação de risco, direcionando os pacientes que apresentam problemas mais graves para o atendimento de urgência.

Implantação do Laboratório do Hospital Regional de Ipiaú

Ilustração/Divulgação Sesab

Nova emergência do Hospital Ernesto Simões Filho (Salvador)

Novo Couto Maia em Águas Claras As novas instalações do Instituto Couto Maia serão erguidas no bairro de Águas Claras, em Salvador. Ele será um hospital especializado em doenças infecciosas e parasitárias e também utilizará o modelo de gestão Parceria Público-Privada (PPP). O vencedor da licitação para construção e administração do Icom foi o Consórcio Couto Maia, formado pelas empresas MRM e SM Gestão Hospitalar, que apresentou a melhor proposta financeira para a gestão da unidade. A estimativa é que o grupo vencedor invista R$ 97,3 milhões para a construção da unidade e para a aquisição dos equipamentos. “As obras já começaram e a expectativa é que fiquem prontas em agosto do próximo ano”, afirmou a diretora do Couto Maia, Ceuci Nunes. Segundo ela, o Icom terá 151 leitos, sendo 30 UTIs, e prestará atendimento de urgência e emergência e assistência ambulatorial. A unidade será aparelhada com equipamentos de radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, endoscopia digestiva, eletrocardiografia e eletroencefalografia. O fato de se tornar um Instituto deverá facilitar a realização da parcerias com instituições de ensino e pesquisa. “A ideia é transformar o Couto Maia num centro de referência internacional em pesquisa no campo de doenças infecciosas”, afirmou a diretora Ceuci Nunes, que é médica infectologista. Somente a parte clínica deverá envolver cerca de mil profissionais.

O HGE 2 terá oito pavimentos e abrigará 10 salas de cirurgia e mais 200 leitos



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Saúde

Saúde em Movimento realiza mais de 140 mil cirurgias Adenilson Nunes/Secom.

O programa Saúde em Movimento tem proporcionado a transformação na vida de milhares de baianos. Em cada edição, o sorriso estampado no rosto dá uma dimensão do tamanho da felicidade daqueles que foram beneficiados. A iniciativa da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) já proporcionou quase 400 mil consultas oftalmológicas e mais de 140 mil cirurgias de catarata, em cidadãos que voltaram a enxergar e recuperaram o prazer de trabalhar, garantindo mais qualidade de vida. “O impacto é muito grande. O programa muda definitivamente a vida de pessoas que viviam na escuridão, muitas sem autoestima”, afirmou a coordenadora do programa, Cláudia Almeida. Ela informou que há situação de famílias inteiras, com até 18 pessoas, que fizeram a cirurgia, incluindo crianças. “Houve um caso de jovem com 24 anos, já sem visão, e que voltou a enxergar”, destacou.

Em cada edição, são até cinco mil consultas oftalmológicas e 1,5 mil cirurgias Para a coordenadora, o programa reescreve a história de vida de milhares de pessoas. “Ele oportuniza ao cidadão ao resgate à sua dignidade, disse. A ação tem como diferencial o deslocamento de equipamentos e profissionais para atender nas diversas regiões do estado. Em cada etapa são disponibilizadas até cinco mil consultas oftalmológicas e 1,5 mil cirurgias. O atendimento é prestado por

uma equipe com mais de 100 profissionais, entre médicos oftalmologistas, anestesistas, enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio. O público alvo é formado por participantes do programa Todos pela Alfabetização (Topa) e pessoas com idade a partir de 60 anos, não excluindo o restante da população que precisa ser atendida. Os pacientes são encaminhados pelas secreta-

rias municipais. Ao chegarem ao local de atendimento, é feito o cadastro e realizados exames de tonometria (medição da pressão interna do globo ocular) e refração. Logo depois, eles seguem para consulta. Caso seja detectada a catarata, são encaminhados ao centro cirúrgico, onde em menos de dez minutos é realizado o procedimento. Quem realiza cirurgia de catarata recebe o colírio para uso durante 30 dias. Nos exames, também podem ser identificadas patologias como glaucoma, pterígio e retinopatia diabética e hipertensiva. Saúde na Escola - Crianças e

adolescentes entre 7 e 14 anos, alunos da rede pública de ensino, também têm uma atenção especial através do programa Saúde na Escola. Mais de 21 mil consultas oftalmológicas já foram realizadas, com seis mil óculos distribuídos. Outros 3,8 mil serão entregues. Equipes são deslocadas para municípios que aderem ao programa. Num primeiro momento, eles fazem a triagem das crianças e jovens que podem apresentar algum problema de visão. “Durante a execução do programa, já encaminhamos 30 crianças com catarata congênita para cirurgia”, citou Cláudia Almeida. Camila Souza/Secom.

Mais Médicos conta com 1,4 mil profissionais território baiano, em menos de um ano de operação do programa, ampliando o acesso da população à estratégia de Saúde da Família. Abreu explicou que os profissionais do Mais Médicos só podem atuar na atenção básica. Desta forma, é garantida a ampliação do número de profissionais nos municípios, pois os estrangeiros participantes do programa não podem atuar em plantões e áreas especializadas. O coordenador cita depoimentos, inclusive de prefeitos, sobre as mudanças provocadas pelo programa. Já há casos de municípios com redução no número de internamentos em hospitais. A médica

cubana Esperanza Rodriguez Carbonell cita que a intenção é ver as pessoas de forma integral e não apenas como um paciente doente. “A ideia é trabalhar na prevenção de doenças e na promoção da saúde”, disse. O Programa Mais Médicos, lançado pelo Governo Federal, com a parceria de Estados e Municípios, faz parte de um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema

Único de Saúde. Além de ampliar o número de profissionais médicos, conta com ações que impactam no processo de formação médica, como abertura de novos cursos, ampliação de vagas na residência médica bem como, qualificação e investimentos na estrutura física das unidades básicas de saúde, com o programa Qualifica UBS.

Carla Ornelas/GOVBA

A saúde das regiões mais pobres da capital e do interior ganhou o reforço de um programa que está mudando a realidade das comunidades, especialmente na atenção básica. O Programa Mais Médicos reforça o atendimento nas unidades de saúde da família. Hoje, já são mais de 1,4 mil médicos, brasileiros e estrangeiros, atuando em 378 municípios baianos e em nove polos de defesa sanitária indígena. “O Mais Médicos está transformando a realidade, sobretudo de pequenas cidades que tinham carência da presença de profissionais”, explicou o superintendente de Recursos Humanos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e coordenador do programa, Washington Abreu. Segundo ele, a cobertura já atinge 88% do


saúde

CORREIO Salvador, segunda, 2 de junho 2014

SAMU 192 chega a quase 80% da população baiana A cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU–192) se aproxima de 80% da população baiana. O objetivo do serviço é prestar o socorro imediato a qualquer cidadão em casos de emergência. Já estão em funcionamento 19 Centrais de Regulação de Urgência, garantindo atendimento em 257 municípios. Atualmente, estão em operação 299 unidades móveis, sendo 241 de suporte básico e 58 de suporte avançado. O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar, seja em residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita, através do telefone 192. De acordo com a diretora de Atenção Especializada da secretaria de Saúde (Sesab), Alcina Romero, o Estado co-financia o funcionamento do programa, numa parceria com o Governo Federal. Os recursos são direcionados para

custeio das centrais de regulação. A frota do SAMU vem sendo renovada nos últimos. Desde 2012, já foram entregues 125 novas ambulâncias. O serviço organiza o atendimento de urgência nas Unidades de Pronto Atendimento 24 h e nas Unidades Básicas, além de reorganizar as urgências e os pronto socorros dos hospitais, criando uma retaguarda hospitalar. Hoje, existem 16 Centrais de Regulação Regionais, nos municípios de Alagoinhas, Barreiras/ Ibotirama, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Camaçari, Eunápolis/Porto Seguro, Guanambi, Ilhéus Irecê, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim, Santo Antonio de Jesus/Cruz das Almas, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista, que servem às respectivas regiões. Há ainda a Central Metropolitana, em Salvador, e duas municipais, em Feira de Santana e Itabuna.

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Mais de mil unidades básicas do Programa de Saúde da Família (PSF) foram construídas desde 2007, incluindo os que estão em execução. Com recursos do Governo da Bahia e do Governo Federal, a rede de atendimento foi ampliada nos municípios. Os postos também estão sendo informatizados, para dar agilidade e eficiência ao trabalho das equipes. De acordo com o diretor de Atenção Básica da Secretaria de Saúde do Estado, José Cristiano Soster, a política estadual de Atenção Básica já cobre 66,5% da população baiana, com 3.028 equipes de saúde da família em atuação. “Somente nos últimos três anos, foram direcionados cerca de meio bilhão para construção, ampliação e reforma através do programa Requalifica UBS”, citou. As equipes de saúde da família são formadas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, dentista e agentes comunitários de saúde, que atuam nas unidades básicas e são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias numa determinada área.

UPAs garantem pronto atendimento 24 horas Manu Dias/Secom

As UPAs realizam atendimento de urgência e emergência de complexidade intermediária Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão sendo implantadas em várias regiões da Bahia. Já são 19, sendo que duas delas são geridas diretamente pelo Estado. Outras cinco estão em processo de implantação. Elas são voltadas ao atendimento de urgência e emergência de complexidade intermediária. “A UPA realiza o primeiro atendimento. Os pacientes chegam às unidades, os médicos estabilizam o seu quadro, definem o diagnóstico e analisam a necessidade de encaminhá-lo a uma unidade hospitalar”, informou a diretora de Atenção Especia-

lizada da secretaria de Saúde (Sesab), Alcina Romero. A estratégia de atendimento está relacionada ao trabalho do SAMU/192, que organiza o fluxo do atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. A proposta é reduzir as filas de espera nos hospitais e oferecer um atendimento qualificado. Em Salvador, por exemplo, a UPA do Largo de Roma conta com 30 leitos de observação, equipe completa de profissionais e oferece exames de raio-x e laboratoriais. Atende entre 450 a 600 pessoas por dia.

Carol Garcia/Secom

É o número de unidades móveis em operação no estado

Mais de mil unidades de saúde construídas

Nos últimos dois anos, foram entregues 125 novas unidades móveis para renovação da frota

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CORREIO Salvador, segunda, 2 de junho 2014

saúde

Programa garante medicamentos em casa Leonardo Rattes/Sesab

Os medicamentos são enviados diretamente para a residência do paciente

coordenadora de projetos especiais da Assistência Farmacêutica do Estado, Ana Brasil. Ela explicou ainda que o uso adequado, e sem abandono, dos medicamentos evita internamentos hospitalares, já que não há agravamento do quadro de doenças. Outros 100 municípios já assinaram termo de compromisso para aderir ao programa da Secretaria de Saúde do Estado. Para receber o medicamento, o paciente deve estar vinculado ao Programa de Saúde da Fa-

185 mil

Farmácia da Bahia chegará a 50 municípios

Fechada em 1996, a fábrica de medicamentos Bahiafarma está sendo reaberta. A estatal atuará na pesquisa científica, no desenvolvimento tecnológico e no fornecimento de medicamentos para entidades que integram o Sistema único de Saúde (SUS). Serão duas unidades de produção: uma no Centro Industrial de Aratu (CIA), em Simões Filho, e outra em Vitória da Conquista. A primeira deverá ser inaugurada este mês, com investimento inicial de R$ 25 milhões. A diretora da Bahiafarma, Julieta Palmeira, informou que a unidade de produção do CIA já está em operação, e o primeiro medicamento a ser fabricado é o Cabergoline, utilizado no tratamento de distúrbios hormonais, e que hoje é importado da Itália. “Vamos

Leonardo Rattes/Sesab

A primeira etapa prevê a implantação de 50 unidade do Farmácia da Bahia

mília há pelo menos três meses. Na unidade, o médico prescreve em um bloco específico do programa a receita, que é cadastrada no sistema do Medcasa. Um Central de Logística, em Salvador, que conta com a atuação de farmacêuticos, monta as baixas e envia para os endereços. “Há pacientes em ilhas, aldeias indígenas, assentamentos de sem-terra. Seja em qualquer lugar, o prazo médio para chegar é de 10 dias”, informou Ana Brasil.

É o número de baianos beneficiados pelo Medcasa

Bahiafarma é reaberta

Carol Garcia/Secom

Com o objetivo de garantir o acesso da população aos medicamentos e à assistência farmacêutica, sobretudo nos pequenos municípios, o Governo do Estado, através da Sesab, lançou o programa Farmácia da Bahia. Nove unidades já foram inauguradas e outras cinco já estão prontas. Numa primeira etapa, 50 municípios serão contemplados. De acordo com a coordenadora de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica da Sesab, Franciane Guedes, com as farmácias, os municípios passam a ter um local adequado para o armazenamento de medicamentos, além de espaço para orientação por um farmacêutico, de forma integrada à distribuição dos remédios destinados aos pacientes da rede de saúde da família. O programa busca fortalecer a reestruturação de serviços farmacêuticos via incentivo e apoio técnico a municípios com até 15 mil habitantes. A operacionalização fica por conta da Bahiafarma. Na primeira etapa, 50 municípios assinaram adesão ao programa, e uma nova etapa está prevista para ser lançada.

Um programa iniciado pelo governo baiano em 2008 está garantindo medicamento gratuito, em casa, a pacientes hipertensos e diabéticos e às mulheres inseridas no Programa de Planejamento Familiar. O Medcasa já beneficiou 185 mil pessoas em 180 municípios. “Além de garantir maior facilidade de acesso, inclusive evitando aos cidadãos despesas com deslocamento, o programa visa contribuir com o uso racional do medicamento”, afirmou a

inserir a Bahia no eixo de produção de medicamentos para o SUS”, informou, destacando o potencial da fábrica, totalmente automatizada. Outro medicamento a ser fabricado é o Sevelamer, voltado a doentes renais crônicos. “Hoje, os pacientes gastam cerca de R$1,8 mil por mês com este medicamento, que passará a ser fornecido pelo SUS após produção na Bahiafarma”, destacou Julieta Palmeira, lembrando o impacto positivo que terá no orçamento familiar dos pacientes renais. Outros seis medicamentos estão previstos. Para fabricar os remédios, a Bahiafarma firmou parcerias estratégicas com o laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, e outros da iniciativa privada, o que permitirá a transferência de tecnologia.

Farmácia Popular ultrapassa um milhão de atendimentos A rede Farmácia Popular do Brasil registrou a marca de um milhão de atendimentos na Bahia. O Programa, resultado da parceria com Estados e Municípios, garante a oferta de 97 medicamentos, cujo preço pode ser até 90% menor que as farmácias convencionais. Há ainda o fornecimento de remédios gratuitos para hipertensão, diabetes e glaucoma. A coordenadora de projetos especiais da Assistência Farmacêutica do Estado, Ana Brasil, destaca que o programa assegura à população acesso a medicamentos de baixo custo de forma fácil e eficiente. Além da rede própria, ela lembra que existem as farmácias particulares que oferecem o convênio Aqui Tem Farmácia Popular. Para ter acesso, o paciente, num primeiro momento, necessita fazer um cadastro. De posse de uma receita - que terá validade por até 120 dias – ele poderá retirar os medicamentos necessários. Sede da Bahiafarma no CIA, em Simões Filho


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