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IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO

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PEDRA FUNDAMENTAL

PEDRA FUNDAMENTAL

A história começa conhecendo o soldado romano de nome grego chamado Sebastós, significa divino, venerável, nacido na Itália em 256 d.C. Foi militar por influencia de seu pai. Chegou a patente de 1º capitão da guarda pretoriana do Imperador Maximiniano, sendo uma grande honra para época. No entanto o Imperador não sabia que Sebastós era cristão, sua intenção em ser militar era de afirmar e dar força aos cristãos, enfraquecidos diante das torturas. O Imperador quando tomou conhecimento de cristão que pertenciam ao exército romano os perseguiu e os expulsou do exército. Por ser filho de militar não havia sido descoberto, mas ainda assim foi denunciado por um soldado e o Imperador por se sentir traído ordenou que Sebastós renunciasse a sua fé. Quando Sebastós negou o Imperador mandou que ele fosse morto de forma cruel e pública para que servisse de exemplos para outros possíveis cristãos infiltrados no exército. Assim ele foi amarado em um poste no estádio de Palatino e que fosse morto a flechadas e que deixam ele lá até morrer. Passado algumas horas Irene e outros cristãos foram retirar o corpo para o sepultamento e qual sua surpresa quando perceberam que ele estava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de irene até a sua pronta recuperação.

No Ano de 287 d.C. não temendo ser perseguido e morto, Sebastós após sua cura continuou evangelizando e se apresentou ao Imperador Maximiliano par que ele parasse de perseguir os cristãos, esse não atendendo a seu pedido o prendeu novamente, mas desta vez mandou açoitá-lo até a morte e que fosse jogado em uma das fossas de Roma para que ninguém o encontrasse. De acordo com os cristãos Sebastós apareceu para Lucina, também cristão, falando a ela onde o seu corpo estava e pedindo para que fosse sepultado junto as catacumbas dos apóstolos.

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Sebastós, agora São Sebastião é o santo protetor contra a peste e as doenças contagiosas devido no ano de 680 d.C., Roma enfrentava uma terrível epidemia, que desapareceu quando os restos mortais do santo foram levadas para lá. São Sebastião é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, dando seu nome à cidade, desde a sua fundação por Estácio de Sá. Conta-se que na A batalha de Uruçumirim, sendo a última que conseguiu expulsar os franceses do Rio, no dia 20 de janeiro de 1567, São Sebastião foi visto com uma espada na mão, entre os portugueses, mamelucos e indígenas Temiminós, lutando contra os franceses calvinistas e indígenas Tupinambás. Era o dia 20 de janeiro, o dia em que se passou a celebrar o santo.

Agora nossa história começa efetivamente no Arraial de MestreD’armas. Tudo foi dito para que fosse possível entender que Planaltina foi fundada graças a devoção a São Sebastião. Foi no ano de 1810 que uma epidemia atacou o povoado de Mestre Darmas, levando a população de maioria católica, a fazer uma promessa a São Sebastião que se os livrassem da epidemia doariam ao Santo por meio da Igreja uma porção de terras e ergueriam uma capela em sua homenagem. Foi então que no dia 20 de janeiro de 1811, a cidade de Planaltina nasce formalmente, quando a comunidade do arraial de Mestre D’armas celebra a missa de ação de graças e, entrega formalmente as terras a igreja, mudando de nome e se chamando agora Arraial de São Sebastião de Mestre D’armas.

Localizada na Praça São Sebastião, a primeira Igreja da cidade foi principal lugar de formação que culminou com o surgimento da cidade de Planaltina. Construída em adobe, a construção de pé direito duplo possui um pavimento complementado por um mezanino, além de duas entradas. A “Igrejinha” foi sede Paroquial até a construção da nova Igreja Matriz. Suas estruturas já passaram por diversos processos de restauração. Foi tombada pelo Decreto nº 6.940 de 19 de fevereiro de 1982

A doutrina do Amanhecer ou Obras Sociais da Ordem Espiritualista Cristã Vale do Amanhecer - OSOEC, em seu nome oficial, surge a partir das visões espirituais da sergipana Neiva Chaves Zelaya, conhecida como Tia Neiva. Nascida em 1925, já com seus 22 anos e quatro filhos ficou viúva e para conseguir manter sua família, tornou-se, dentre outras profissões, fotógrafa, (que veio a lhe causar um enfisema pulmonar que a debilitou até a seu desencarne em 1985) e posteriormente a primeira caminhoneira registrada no Brasil. Trabalhou na construção de Brasília, sendo uma das poucas mulheres que vieram para trabalhar na edificação de Brasília. Aos 33 anos começaram suas visões espirituais e em 1958 começaram os primeiros atendimentos espirituais as diversas pessoas que começaram a procurá-la. Em 1959 ela funda a UESB, União Espiritualista Seta Branca, na Serra do Ouro, GO, atual Alexânia, posteriormente mudaram-se para Taguatinga permanecendo lá até 1959 quando Pai Seta Branca informou a ela que deveriam partir para o local definitivo que seria em Planaltina-DF.

Tia Neiva foi contactada por um ser espiritual chamado Pai Seta Branca, onde sua aparência é de um indígena que remonta sua última encarnação como um Cacique de povos originários da América do Sul, os antigos Incas. Pai Seta Branca trouxe a mensagem onde Tia Neiva seria a responsável por fundar uma nova doutrina, a doutrina do novo milênio, onde o principal objetivo seria trazer o Doutrinador. Esse doutrinador tem como símbolo uma cruz adornada com um manto branco. Tia Neiva entregou ao doutrinador a responsabilidade por todos os processos e funcionamentos da doutrina do Vale do Amanhecer. Seja na condução das celebrações, na organização das escalas voluntárias, que os adeptos cumprem nos templos, na estrutura hierárquica de comando dos rituais, no planejamento dos eventos diários, semanais, mensais e anuais e nas orientações tanto dos próprios adeptos, quanto dos visitantes/pacientes.

O Vale do Amanhecer se destaca devido ao colorido e brilho de suas roupas ritualísticas, indumentárias, tendo muitos grupos que se dividem de acordo com o local de ritualização. As mulheres possuem a maior número e as mais variadas indumentárias, onde muitas remetem a antigas civilizações da história mundial, são 23 grupos chamados de falanges missionárias.

O Vale do Amanhecer conta com uma arquitetura bem diferente e expressiva, a exemplo do Templo que tem um formato de elipse.Dentro dele existem várias salas, chamadas de Castelos onde se realizam os rituais, trabalhos e celebrações da doutrina.

A elipse é um símbolo que recorrentemente aparece em todos os locais do Vale. Um outro local que se destaca é o es- pelho d’agua em formato da Estrela de Davi que juntamente com o lago artificial,que foi construído em homenagem a Orixá Yemanjá, forma o Solar dos mestres. Existe também uma pirâmide com bustos da família de Amenófis IV, faraó da XVIII dinastia egipsia, conhecido como Akenaton, esposo de Nefertiti e pai do mais famoso faraó do antigo Egito, Tutankamon. Akenaton governou o Egito a cerca de 1.300 anos antes de Cristo. Nesta pirâmide os visitantes podem entrar e escolher um dos muitos e coloridos bancos de pedra para sentarem e ficarem em meditação. Todos esses locais são utilizados como áreas templárias por todos os adeptos da doutrina do Pai Seta Branca.

Toda essa grandiosidade arquitetônica é ocupada principalmente por seus adeptos, chamados de médiuns. Divididos em Doutrinador, já explicado aqui e o segundo, que está aos cuidados do doutrinador, chamado Apará, esse é o adepto que possibilita por meio dele a manifestação do mundo espiritual, onde tantos os adeptos quanto os pacientes, pessoas que vem em busca de ajuda, podem se consultar com esses seres espirituais, sejam eles Pretos Velhos, Caboclos, Médicos de Curas, Ministros de Deus, Cavaleiros espirituais, Guias missionárias dos mundos evoluídos e tantas outras entidades que estão presentes no panteão espiritual do Vale do Amanhecer.

Existem muitos rituais na doutrina do Amanhecer, que em sua grande maioria, qualquer pessoa pode participar como paciente e participar em sua totalidade como mestre ou ninfa do Vale. Além do grande número dos rituais, onde em cada um deles existem vários locais de posicionamentos. Para se ter uma ideia o trabalho de Estrela Sublimação só pode ocorrer com um número mínimo de 70 médiuns, menos que isso não pode acontecer. A consagração de 1º de Maio, dia do Doutrinador, é a maior celebração do Vale do Amanhecer, que congrega mais de 30 mil pessoas que vem de todo o DF, do Brasil e mesmo do exterior.

O Vale do Amanhecer conta hoje com mais de 800 templos, inclusive muitos fora do Brasil, como em Portugal, Inglaterra, Estados Unidos, Bolívia e etc. Em sua grande maioria os templos tem uma estrutura menor que a do templo de Planaltina, chamado de Templo Mãe, devido ter sido aqui a origem de todo o sistema doutrinário trazido por Tia Neiva. O Vale do Amanhecer, com todos os seus templos, tem mais de 1 milhão de adeptos registrados e mais de 250 mil médiuns que participam ativamente de suas celebrações.

O Vale do Amanhecer é o segundo local que mais recebe visitantes do Distrito Federal, cerca de 1 milhão de visitantes por ano, segundo a Secretaria de Turismo do DF. Por isso da sua grande importância no cenário cultual da nossa cidade, além disso a sua grande relevância em prática religiosa por e ser uma religião nascida aqui na cidade e expandida pra todo Brasil e para o mundo. Por esse grande valor cultural é possível falar que por todas as práticas, celebrações, rituais, monumentos, templos, construções, estilo arquitetônico, roupas, linguagem, preces, modo de agir, acessórios, joias, valores éticos e visão do mundo, por tudo isso podemos dizer que o Vale do Amanhecer é único, consequentemente faz parte da vida e do cotidiano de todos os candangos. Por isso deve ser vista, celebrada e reconhecida como algo que traz muito orgulho devido ser aqui o Templo Mãe. O Vale do Amanhecer traz olhares para Planaltina, para a região e divulgar, preservar, difundir esse local único é o dever de todos os combatentes que defendem o patrimônio, seja ele material, ambiental e/ou imaterial, que é o Vale do Amanhecer.

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