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O Método
Para isso, criaram a Escola Especial, cuja base eram textos de antropologia pedagógica e os métodos didáticos desenvolvidos por Édouard Séguin. Os resultados do trabalho do trio foram surpreendentes, e algumas das crianças conseguiram aprender mais na Escola Especial do que as crianças sem deficiências aprendiam nas escolas regulares da época.
Logo, voltou a estudar novos cursos e práticas, que a levaram a inaugurar uma escola na periferia da França, onde ali, experenciava novos formatos de ensino, o espaço se chamava Casa da Criança, lá as crianças eram alfabetizadas, e se tornavam, gentis, concentradas e disciplinadas. Assim, nasceu a Pedagogia Cientifica, uma abordagem que se transforma a partir da observação do professor, enquanto as crianças vivenciam o ambiente com liberdade fazendo tudo que contribuem para um bom desenvolvimento. (ROHRS, 2010)
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O Método
Segundo Rohrs (2010) O Método Montessori pode ser definido como um conjunto de teorias, práticas e materiais, didáticos, que são resultados das experiências realizadas pela médica em creches infantis e nas primeiras classes elementares.
A proposta tem como objetivo promover a criatividade da criança, associando a vontade de aprender. As práticas consideram diferentes fases de aprendizado, preocupando-se com o corpo, espirito e a adaptação da vida pelo aluno. Os principais fundamentos são: Atividade, Liberdade e Individualidade. (ROHRS, 2010)
O Método Montessori leva em consideração o estudo de três aspectos: a criança, educador e o ambiente, com o objetivo de proporcionar uma “educação para a vida”, para educar é preciso saber observar a criança e entender suas necessidades, respeitando seu ritmo e seu interesse, a figura do professor é apenas como um guia.
As salas de aula tradicionais eram vistas com bons olhos por Montessori, dizia que pareciam coleções de borboletas, com cada aluno no seu lugar. Em uma sala de aula Montessori as crianças ficam espalhadas, sozinhas ou em pequenos grupos, concentradas nos exercícios. (ROHRS, 2010)
Ainda de acordo com Rohrs (2010) o ambiente possui um papel importante no desenvolvimento do Método, o mesmo, precisa ser confortável, convidativo, que desperte o interesse do aluno e suas manifestações, os espaços precisam permitir flexibilidade e valorizar a mobilidade das crianças. A flexibilização é exemplificada pela importância do mobiliário escolar, com mobiliários com a altura das crianças, próximas ao chão, trazendo liberdade para a criança desloca-la por onde for, em um primeiro momento, será desordenado, porém as próximas vezes em que for realizar a atividade, poderá se corrigir e se aperfeiçoar.
Com essa linha de raciocínio, uma série de cinco grupos de material didático foi desenvolvido por Montessori, permitindo o desenvolvimento da atenção, da iniciativa, da disciplina, da educação e dos sentidos e do senso de percepção., materiais simples, mas atrativos, desenhados para estimular o raciocínio. (ROHRS, 2010)
A escolha das atividades é livre, valorizando a independência e o esforço individual, porém o método não desconsidera a ação coletiva, pois, a união está nas atividades domésticas, ao organizar os brinquedos na escola, por exemplo. O Método Montessori tem sido utilizado não só em escolas do mundo todo, desde o berçário até o ensino médio, como também em lares, clinicas e escolas especiais.
Nota-se que, como dito até aqui, que existe grande diferença entre os Métodos Montessori e o Tradicional. Logo, para facilitar a compreensão, o site da ABEC - Associação Brasileira de Educação e Cultura, apresenta algumas comparações entre os dois métodos (tabela 1).