Mergulho e Elegancia Acasalamentos atĂŠ a Meia-Noite
Socialmente desajeitado e praticamente invisível para o resto do mundo, Whitley Turner não estava muito chateado com o anúncio dos anciãos. Ou
ele
ia
encontrar
alguém
para
reclamá-lo
ou
ele
ia
desaparecer
completamente. Então, quando ele se encontra acasalado a um sexy shifter orca, ele não tem certeza se salta de alegria ou foge gritando. Jude Chambers sabe exatamente quem é o tímido shifter cisne. Ele está procurando uma maneira de chegar perto dele por meses. Usando o decreto de acasalamento forçado e uma pequena ajuda astuta de um amigo, o desembarque de Whitley como seu companheiro era só um pedaço do bolo. Sentindo-se culpado por uma situação que não deveria acontecer. Por que Whitley não poderia ser o idiota egoísta que ele imaginou que fosse? Não demora muito para Whitley perceber que algo não está certo. Quando a verdade é revelada, como Whitley pode perdoar seu companheiro, se ser invisível era bem menos doloroso?
Capítulo 1 ― Eles querem nos fazer o que? De jeito nenhum eu vou me acasalar a alguém que eu nem conheço. Isso é besteira! Sim, isso parecia ser o consenso que corria sobre o salão. Os anciãos queriam que eles apresentassem um companheiro antes da meia-noite, a menos de vinte e quatro horas de distância e o companheiro tinha que ser de uma espécie diferente. Se eles achassem que podiam sair dessa, bem, seria melhor pensarem novamente. Os anciãos tinham mesmo ido tão longe a ponto de manipularem suas bebidas com alguma porcaria mágica para induzir o calor do acasalamento. Enquanto alguns dos presentes pareciam animados e esperançosos com a perspectiva de encontrar um companheiro, outros apenas pareciam francamente assustados e fora de suas mentes, e estavam prestes a revirar tudo com sua raiva. Whitley Turner não se importava de qualquer maneira. Se alguém quisesse reclamá-lo como um companheiro, então que assim seja. Se ninguém o quisesse, ele iria ficar selvagem, seria caçado como desonesto, e no final teria uma existência longa, solitária e patética. Tanto quanto ele se via, isto era provavelmente o mais provável de acontecer. Ele ainda não identificou o que tinha sobre ele que transformava as pessoas, mas a maioria delas corria em um caminho rápido na direção oposta depois de passar cinco minutos com ele.
Ah, ele podia mentir, claro, mas que bem isso faria a ele? Qualquer novo companheiro era obrigado a descobrir o que ele era. Dizer a verdade iria salvá-lo de muita dor de cabeça e, possivelmente, de um olho preto. Então,
enquanto
todo
mundo
estava
gritando,
rosnando,
e
principalmente, se fazendo apenas de idiotas fora de si, Whitley sentou-se calmamente em um banco contra a parede e viu o drama se desenrolar. Ele tomou um gole de champanhe enfeitiçado, mesmo que ele já podia sentir o calor do acasalamento queimando seu sangue e inchando seu pênis. Homens e mulheres corriam ao redor da sala, atacando possíveis companheiros na esquerda e na direita. Eles realmente não pareciam se importar se a pessoa queria ser acasalado a eles ou não, qualquer um. Whitley suspirou quando viu dois homens enormes lutar um com o outro por um cara menor. Será que eles não percebem que isso foi exatamente o que havia desembarcado todos eles em água quente para começar? Toda esta luta constante e as brigas tinham que parar. Isso não significava que ele tolerava o que os anciões haviam inventado, mas duvidava que eles quisessem sua opinião. ― Filho, basta levar a menina, arrastá-la até lá, e escrever seu nome no maldito livro! Whitley sabia que não era educado escutar, mas era meio difícil não ouvir quando o homem estava gritando a poucos metros dele. ― Eu não vou pegar alguma garota aleatória para passar o resto da eternidade ― o homem mais jovem respondeu com uma expressão obstinada em sua mandíbula. ― Eu não estou falando sobre uma garota aleatória, e você sabe disso. Nós discutimos isso. Agora a encontre e obtenha a sua bunda lá em cima! Alguém sentou no banco ao lado dele, mas Whitley não podia tirar os
olhos dos homens discutindo. Bem, mais ao ponto, ele não conseguia tirar os olhos do filho. Se ele não era o exemplo mais perfeito de beleza masculina, fora pinturas e esculturas, que ele tinha visto. Cabelo castanho escuro, pele com um bronzeado suave, uma sombra sexy de cinco horas, e oh, que grandes músculos o homem tinha. Moviam-se com fluidez, flexionando e se juntando em todos os lugares quando ele acenou com os braços ao redor para enfatizar o ponto que ele estava tentando fazer. Pena que ele era aparentemente hétero. Não que ele fosse olhar para Whitley, mesmo que ele não estivesse, mas um cara poderia sonhar. ― Ele não parece muito feliz ― uma voz feminina sussurrou próximo ao seu ouvido, fazendo-o saltar. ― Oh, uh, não, eu acho que ele não está. ― Eu sou Melody. ― Ela estendeu sua mão delicada para Whitley. Ele tomou-a com cuidado e deu-lhe um aperto superficial antes de liberá-la rapidamente. ― Por que você está sentado aqui, em vez de caçar um companheiro? Você ouviu o que os anciões disseram. ― Eu poderia te perguntar a mesma coisa, ― ele respondeu. Melody suspirou e cruzou as mãos no colo, fazendo com que seus seios fartos empurrassem juntos.
― Eu acho que você está certo. Eu não
quero ser acasalada a qualquer um desses idiotas, no entanto. Basta olhar para eles.
― Ela abaixou a cabeça, deixando cair o cabelo longo e escuro
sobre um dos olhos, e indicou o caos acontecendo ao redor do quarto. ― Você é muito bonita. ― Ela era, também, para uma menina. Ela era magra, mas com curvas em todos os lugares que a maioria dos homens adorava. Seus olhos castanhos escuros amendoados foram o que chamou a atenção de Whitley, no entanto. Eles olharam lindos, mas também um pouco tristes.
― Tenho certeza que você poderia encontrar alguém que não é um
bárbaro completo. ― Whitley olhou na sala, esperando encontrar alguém que
pudesse apontar para provar seu ponto. Como ele teve sorte, ele viu um homem muito bonito encostado a um dos pilares do teto ao chão, olhando diretamente para Melody com tanto desejo em seus olhos que quase doía ver. ― O que tem ele? Melody seguiu seu olhar e sorriu tristemente. ― Ele é Shane. Ele é lindo, não é? Nossas famílias nunca permitiriam isso, porém. ― Bem, parece-me que você tem a desculpa perfeita agora. A culpa é dos anciãos. Ela parecia pensar sobre isso por um minuto antes de concordar com firmeza levantando-se. ―Obrigada... ― Whitley. Whitley Turner, e você é muito bem-vinda. Vá buscar o seu príncipe Melody. Você parece boa, e você merece ser feliz. ― Sim, eu mereço ―, disse ela com firmeza e endireitou os ombros. Em seguida, ela se curvou na cintura e deu um beijo suave na bochecha de Whitley. ― Então, você, Whitley. Boa sorte para encontrar seu companheiro. Ela se virou para ir embora, mas deu apenas um par de passos antes de o mais velho do par argumentando agarrasse ao redor do seu braço e começasse a marchar em direção à plataforma elevada onde os anciãos estavam sentados. ― Deixe-me! ― Ela exigiu, balançando e sacudindo para se libertar de suas garras. ― Aí está você, ― disse o homem com um sorriso satisfeito antes de olhar para seu filho. ― Leve-a até lá e coloque seus nomes na porra do livro! ― Não. Deixe-a ir, pai. Whitley olhou à sua volta, não surpreso de encontrar Shane fazendo o seu caminho através da multidão com uma careta de raiva no rosto. ― Você vai levá-la como companheira, ou você nunca verá Carter novamente. Vai demorar apenas um telefonema. Você sabe que eu posso fazer isso.
Whitley não sabia quem era Carter, mas a julgar pela vermelhidão do rosto do jovem, ele era alguém muito importante. A situação foi perdendo o controle rapidamente, e Whitley esperava como o inferno que Shane poderia chegar lá rápido para resgatar Melody e as clarear as coisas. Suas esperanças, porém, morreram rapidamente, quando um homem voou através do ar e derrubou Shane no chão. Antes que ele pudesse se levantar, duas mulheres se lançaram sobre ele e começaram a tirar suas roupas. ― Pô, Jude! Basta fazer o que você disse. Pai e filho olharam um para o outro por um momento tenso antes de Jude sacudir a cabeça no que Whitley percebeu haver um acordo e ele seguiu seu pai e uma Melody ainda lutando para cima do estrado. Ele provavelmente devesse ficar de fora, mas Whitley não conseguia parar de seguir. Certamente, alguém iria colocar um fim nisto. Os anciãos não estavam indo para deixá-los forçar essa garota em um acasalamento que ela não queria. Certo? ― Meu filho gostaria de gravar seu acasalamento. ― Nome? ― Um ancião perguntou, olhando para eles com uma expressão entediada. Whitley se aproximou da plataforma para que pudesse ouvir, mas olhou por cima do ombro para Shane. Dando um suspiro de alívio quando encontrou o homem em pé e caminhando em direção a eles como um rinoceronte, Whitley se voltou para o casal na frente dele. ― Jude Chambers, ― Jude disse através dos dentes cerrados. ― E o seu nome? ― O ancião perguntou a Melody. Ela estremeceu quando os dedos do pai de Jude se apertaram em torno de seu braço, cavando em sua pele. Ele, aparentemente a conhecia, porque ele abriu a boca para dizer algo, mas Melody o cortou, empurrando-o grosseiramente. ― Eu posso falar por mim ―, disse ela com um leve rosnado.
Whitley não sabia o que ele esperava, mas certamente não foi o que aconteceu em seguida. Melody olhou direto nos olhos do idoso, e mentiu como uma puta. ― Whitley Turner. ― Não! ― O homem mais velho rugiu, mas já era tarde demais. O ancião balançou a cabeça e rabiscou no livro colocado em sua frente antes que alguém pudesse fazer algo para detê-lo. Uma dor quente lancetou em toda a volta do pescoço de Whitley, causando-lhe um grito de agonia. Jude e seu pai se viraram para olhar para ele com a boca entreaberta, enquanto Melody silenciosamente implorou com os olhos pelo seu perdão. Jude esfregou distraidamente em sua coxa esquerda, e Whitley só podia supor que é onde o selo de acasalamento tinha sido marcado em sua pele. ― Não! ― O Sr. Chambers rugiu novamente. ― Você está mentindo vadia. ― Isso é o suficiente ―, uma voz profunda e indignada, disse à direita Whitley. Shane saltou para o estrado e puxou Melody longe do irado homem mais velho. ― Deixe-a em paz. ― Melody Eck e Shane White, ― Melody disse rapidamente para o ancião. ― Por favor, grave o nosso acasalamento. O ancião simplesmente deu de ombros e começou a escrever em seu livro novamente. Shane rosnou com os músculos tensos, e Melody gritou, segurando em seu estômago. Foi tudo em momento, e então, ambos sorriram um para o outro. Shane pegou o envelope que o ancião estava segurando, pulou do palco, e puxou Melody em seus braços para levá-la embora. Foi a coisa mais romântica que Whitley já viu, e ele descobriu que não poderia ficar bravo com a mulher astuta. Ela tinha feito o que ela tinha que fazer para se salvar de uma vida de miséria. Ele poderia respeitar isso, mesmo que isso deixou sua bunda na frigideira.
― Exijo que você faça alguma coisa ― Chambers disse e rosnou, batendo com o punho na mesa entre ele e os anciões. ― Ela enganou meu filho. Não apenas o acasalamento tem que ser anulado, mas ela deve ser punida. ― Pai, apenas deixe-me sozinho ― Jude disse em voz baixa. ― Você queria que eu fosse acasalado, e eu estou. ― Não seja um burro esperto, Jude. Isto não é o que eu queria, e você sabe disso. Meu filho não é gay! ― O Sr. Chambers olhou pra trás, para os anciãos. ― Por que você não está fazendo nada? ― Senhor, eu sugiro que o senhor se acalme, ou eu vou ter o senhor removido do castelo. O acasalamento foi gravado, e assim vai ficar, a menos que nós descobrimos que uma ou mais partes estão sendo abusadas.
― O
ancião se levantou, elevando-se sobre o pai de Jude, e sorriu. ― Mais alguma pergunta? Em vez de discutir com o ancião, o Sr. Chambers virou e deu um olhar mortal em Whitley. Seu rosto com raiva e manchado de vermelho, seus olhos assumiram um olhar enlouquecido, e suas mãos se cerraram ao seu lado. Então, sem aviso, lançou-se para fora da plataforma, o punho mirando diretamente para a cabeça de Whitley. ― Oh, merda. ― Os olhos de Whitley se arredondaram, seu coração martelava, e sua garganta apertou e se tornou difícil respirar. Não havia nenhum lugar para correr, nenhum lugar para se esconder, e por isso ele fez a única coisa que fazia sentido. Ele caiu no chão, jogou os braços sobre a cabeça, e não moveu um músculo. Seu comportamento estranho e pouco convencional fez o truque, no entanto. O pai de Jude tropeçou em um batente, abaixou a mão e olhou para a forma imóvel de Whitley com um olhar estranho no rosto. ― Eu nunca toquei nele. ― Houve vários suspiros e muitos passos
apressadas quando uma pequena multidão se reuniu em torno dele para formar um círculo. ― Eu nunca toquei nele ―, Chambers repetiu, e ele parecia com um pouco de medo. ― Saia ―, Jude rosnou para seu pai. Ele empurrou o homem de lado e ajoelhou-se, se aproximando da cabeça de Whitley. Um pequeno sorriso puxou os cantos de seus lábios cheios. ― Olá. Whitley ainda estava apavorado demais para dizer a seu corpo que a ameaça tinha passado, e ele poderia parar no chão como um idiota. Jude começou a acariciar a coluna de seu pescoço com toques leves, e quanto mais ele fez isso, mais Whitley começou a relaxar. ― Ninguém vai te machucar ―, Jude assegurou-lhe em voz baixa. ― Está tudo bem agora. Whitley piscou várias vezes e se derreteu no chão enquanto seus músculos relaxavam e suas articulações se desbloqueavam. Jude devia estar furioso com ele, no entanto. Seu pai com certeza estava. Então, por que o homem estava sendo tão bom para ele? ― Seu nome é Whitley, certo? Whitley acenou com a cabeça atordoado. ― Sim. Whitley Turner. ― Eu sou Jude. ― Eu sei. ― Se sentindo vulnerável deitado lá no chão, Whitley rapidamente se sentou, e finalmente se levantou. Jude ainda ficou ajoelhado, sem tirar os olhos de Whitley. ― Umm, obrigado. ― Você é bem-vindo. Chambers
fez
um
movimento
ameaçador
em
direção
Whitley
novamente, mas Jude estava lá para bloquear o avanço de seu pai. ― Acabou ―, ele rosnou. ― Vá para casa e deixe-o sozinho. Ele não
pediu isto, não mais do que eu fiz. ― Jude, você não pode ser acasalado a um homem. Eu não vou permitir isso. Certamente você quer essa coisa anulada. Whitley começou a andar para trás, na esperança de cair na multidão e sair despercebido pelo seu novo companheiro e seu pai nervoso. Ele deu mais do que meio passo antes da mão de Jude disparar atrás dele, pegar Whitley pelo pulso e o puxar até que ele bateu contra as suas costas. ― Não se mova, ― ele sussurrou por cima de seu ombro. Como se ele tivesse uma escolha. O homem ainda estava segurando seu pulso para evitar sua fuga enquanto ele discutia com seu pai. Tornando-se desconfortável com a atenção que eles foram ganhando, Whitley se moveu mais perto e escondeu o rosto na camisa de Jude. Então enfim ele percebeu que o homem não era muito mais alto do que ele. Ele era definitivamente maior e provavelmente tinha uns bons trinta quilos a mais que ele, mas não poderia haver uma diferença de mais de quatro centímetros de altura. Deus, o homem cheirava incrível. Lava derretida girava em sua barriga,
e
seu
pau
ficou
duro
no
espaço
de
segundos.
Mudando
desconfortavelmente, ele se abaixou para reajustar o bojo por trás de seu zíper, e um suave gemido explodiu de sua boca do prazer intenso que pouco de pressão lhe deu. Gotas de suor escorreram pela sua testa, e sua respiração se tornou acelerada, saindo em arquejos curtos através de seus lábios trêmulos. O polegar de Jude acariciou para frente e para trás contra a pele em seu pulso, obviamente tentando acalmá-lo. Tudo o que estava fazendo era o deixando com mais tesão, no entanto. ― Este não é o fim disto ―,Chambers alertou. ― Se você insistir em ir... ― Ele cortou a frase e deu a seu filho um olhar fulminante. ― Você disse Turner?
― Boa noite, pai ―, respondeu Jude, e Whitley podia ouvir o sorriso na voz dele. ― Não me empurre Jude. ― Então ele se virou e marchou em meio à multidão, em direção às Câmaras dos anciãos. Whitley sentiu o aumento da pressão de Jude em seus ombros e o homem suspirou pesadamente antes de se virar para encará-lo. ― Você está bem? ― Eu estou bem. ― Ele não estava, mas o que mais ele deveria dizer? De perto, Jude era ainda mais lindo, e seus olhos verde-escuros deixaram Whitley hipnotizado. ― Sinto muito sobre o que aconteceu. Eu juro que não sabia que ela faria isso. ― Eu acredito em você. ― Jude parecia triste quando ele empurrou a mão pelo cabelo curto e escuro e suspirou novamente.
― O que fazemos
agora? Com seu pau latejante em seus jeans, a única resposta que Whitley poderia dar a essa pergunta era se envolver em uma boa trepada dura. Ele duvidou que essa resposta seria bem-vinda, no entanto. Então, ele apertou os lábios e balançou a cabeça lentamente, enquanto encolhia os ombros. O sinal universal para “Como diabos eu vou saber?”. ― Antes que eu esqueça, ― o ancião que tinha gravado seu acasalamento disse do lado deles. Ele passou um envelope para Jude e inclinou a cabeça. ― Suas instruções de acasalamento. Leia e as siga cuidadosamente. Parabéns pelo seu acasalamento. ― Então ele foi embora como se tivesse lhes entregado nada mais do que uma bala de hortelã após o jantar. Jude bateu o envelope contra a palma da mão por alguns segundos antes de falar novamente. ― Vamos encontrar um lugar tranquilo e conversar. Eu acho que seria uma boa maneira de começar. Desde que Whitley não tinha opções melhores, ele simplesmente balançou a cabeça e permitiu que Jude o levasse através da multidão de
pessoas para as portas duplas do outro lado da sala. Esta era ou ia ser a melhor ou pior coisa que já aconteceu com ele. Quem poderia ter sabido que uma pequena mentira definiria todo o seu futuro?
Capítulo 2 Seu novo companheiro seguiu atrás dele com o queixo enfiado em seu peito, olhando o chão, enquanto eles caminharam pelo longo corredor. Jude sabia que o homem estava com medo, mas ele não sabia o que dizer para acalmá-lo. Diferente do seu nome, o fato é que ele era de tirar o fôlego, e ele tinha algo que Jude queria muito, mas Jude não sabia nada sobre ele. Ele estava esperando remediar isso em breve, no entanto. Verificando a primeira porta que ele encontrou, viu o que parecia ser algum tipo de sala de estar. Felizmente estava desocupada, o que se adequava às suas necessidades no momento, então ele pegou a mão de Whitley e o puxou para dentro. Fechando a porta atrás de si, ele atravessou a sala e se estabeleceu em uma poltrona, apontando para Whitley fazer o mesmo. Whitley
caminhou
lentamente,
cada
movimento
inundado com
tristeza enquanto ele se abaixou na borda do sofá e olhou para suas mãos, deixando os punhos em seu colo. Tudo sobre seu comportamento partiu o coração de Jude. ― Você pode olhar para mim, por favor?
Após um momento de hesitação, Whitley levantou a cabeça como se estivesse prestes a enfrentar um pelotão de fuzilamento. Ele olhou para Jude apenas brevemente, desviando os olhos mais uma vez. ― Então, o que você gostaria de saber sobre mim? Ele geralmente não tinha rodeios para perguntar às pessoas qual o tipo de paranormal que eram, mas Jude percebeu que as circunstâncias exigiam um pouco mais de etiqueta social. ― Você é um shifter? Whitley balançou a cabeça. ― Um shifter cisne, para ser preciso. Jude balançou a cabeça lentamente. Tão longe, tão bom. Tudo foi se encaixando e somando. Whitley não era como ele imaginava que seria o filho de Seymour
Turner,
no
entanto.
O homem
parecia
ter
muito
pouca
autoconfiança, enquanto seu pai tinha arrogância derramando de suas orelhas. Turner era um nome muito comum. Talvez os dois não fossem relacionados em tudo. Jude poderia ter acreditado nisso se Whitley não fosse a cara de seu pai. ― Bem, eu sou um shifter, bem como, ― Jude falou quando seu companheiro não disse mais nada. ― Uma orca. ― Uma baleia assassina? ― Os olhos de Whitley se arregalaram, e ele subiu no sofá, pressionando nas almofadas e praticamente escalando a volta dele. Jude sabia o que ia acontecer uma fração de segundo antes, e ele pulou rapidamente para impedir o homem de cair sobre as costas do sofá. Seu movimento sem aviso prévio só pareceu assustar Whitley mais, embora, e ele gritou em voz alta antes de cair no chão com um baque forte e um gemido alto. ― Whitley! Apressando-se para o lado de seu companheiro, Jude se agachou ao lado dele e acariciou delicadamente suas costas.
― Nós realmente temos que parar de recorrer a este caminho ―, ele brincou. O Riso silencioso de Whitley se transformou em outro gemido enquanto ele cuidadosamente se levantava do chão. ― Sinto muito. Você parece um cara muito legal. Eu não sei por que eu reagi daquela maneira. Jude deu de ombros enquanto ajudava o homem menor a levantar. Era uma reação comum quando as pessoas descobriam exatamente que tipo de shifter ele era. ― Está tudo bem. Eu estou acostumado com isso. ― Isso não é desculpa. ― Whitley balançou a cabeça firme e limpou seu traseiro.
― Eu não deveria ter me assustado assim. E acho que estou
apenas um pouco nervoso porque eu não sei o que diabos está acontecendo. Em um minuto eu estou num chá de cadeira, e no próximo eu estou acasalado. Jude se recostou na poltrona e esperou por Whitley fazer o mesmo. ― Eu entendo. É um pouco desconcertante para mim também.
―
Não era uma mentira total, mas, no entanto não era também a verdade completa. ― Você é gay? ― Whitley perguntou e depois corou, se tornando cada vez mais vermelho enquanto sugava o lábio inferior entre os dentes, mastigando-os vigorosamente. O toque de cor contra a sua pele perfeitamente bronzeada era lindo, e Jude se viu sorrindo suavemente. Ele não achava que ele já tinha conhecido alguém como Whitley Turner. ― Eu prefiro ficar longe de rótulos. Eu não acho que estou em termos de gênero. Eu gosto de pessoas. Elas não têm que ter certos equipamentos entre as pernas para eu achá-las atraentes. ― Você me acha atraente? ― Whitley soava esperançoso, mas era como se ele não estivesse esperando uma resposta positiva. ― Muito ―, Jude respondeu honestamente. ― Você é um homem
muito atraente. Whitley acenou com a cabeça distraidamente, como se ele estivesse trabalhando sobre a informação em sua mente. ― Eu estava assistindo você ― admitiu.
― Quando você estava
discutindo com seu pai, eu não conseguia parar de observá-lo. ― Isso significa que você me acha atraente, também? ― Jude não poderia resistir a um pouco de provocação. O homem parecia tão ferido, parecia que um vento suave o quebraria em mil pedaços. ― Você está brincando? Você está pirando de quente! Jude riu quando os olhos do Whitley se arregalaram, e ele bateu a mão sobre sua boca como se tivesse sido apanhado ao dizer uma palavra suja perto de sua mãe. ― Obrigado, Whitley. ― Você é bem-vindo ―, Whitley disse com um sorriso tímido e largou a mão de volta para seu colo. ― O que estava no envelope que o ancião lhe deu? ― É uma boa pergunta. Ele disse algo sobre instruções de acasalamento.
― Jude franziu a testa, puxando o envelope do bolso e
estudando o selo atentamente. Desde quando um acasalamento vem com um guia de como fazer? Não era como montar uma estante. Rasgando o fim do envelope, ele extraiu o grosso pedaço de pergaminho dentro e o desdobrou, alisando a página em sua coxa quando começou a ler. ― Bem? O que diz? ― Whitley mastigava nervosamente sua unha e seu joelho subia e descia. ― Bem, você está preso comigo nos próximos quatro anos, até o próximo encontro. Nosso vínculo de acasalamento vai garantir que tenhamos algum tipo de fusão de alma. ― Ok ― Whitley assentiu com firmeza. Então ele parou e inclinou a cabeça para o lado. ― O que significa isso?
― Isso significa que temos de cuidar um do outro, porque se um de nós morre, nós dois morremos. ― Oh ― Isso é tudo o que ele disse, mas o olhar no seu rosto era tão cômico que Jude não podia deixar de rir outra vez. ― Mais alguma coisa? Havia algo mais, e isso fez o coração de Jude bater mais rápido e seu pau inchar mais. Ele havia lutado contra o calor de acasalamento desde o brinde da meia-noite, e depois de colocar os olhos em Whitley, não foi nada fácil. Ao ler a próxima parte das instruções de acasalamento, ele percebeu que não havia razão para combatê-lo. Na verdade, seria melhor se ele não fizesse. ― Temos de consumar nosso acasalamento pelo menos uma vez a cada vinte e quatro horas. ― Ele não estava esperando isso, mas ele não tinha problemas de jogar por aquelas regras específicas. A boca de Whitley caiu aberta, e ele começou a abanar a cabeça rapidamente. ― Isso não pode estar certo. Leia-o novamente. Em vez de reler a informação, ele passou o pedaço de pergaminho para Whitley para que o homem pudesse ver por si mesmo. Sua testa enrugou enquanto seus olhos corriam ao longo da página, e seu corpo magro começou a tremer, fazendo com que o farfalhar de papel sacudisse em sua mão. Obviamente, Whitley não estava feliz com o que ele estava lendo. Enquanto Jude não tinha problemas, tendo o shifter sexy em sua cama, ele não iria forçar-se onde não era desejado. Embora, se Whitley não concordar, ele ia causar alguns problemas grandes para os dois em mais maneiras do que uma. ― Nós ficamos selvagens se não o fizermos? Isso não está certo. ― Whitley deixou cair a folha de papel no chão, fechou os olhos e gemeu. ― Eu sinto muito, Jude. ― Por que você está se desculpando? ― Tanto quanto Jude podia ver Whitley não tinha nada a desculpar. Se tudo corresse da maneira que ele
esperava, ele estaria agradecendo o cara. Whitley não parecia muito animado em ter qualquer tipo de relacionamento íntimo com ele. Depois de questionar a orientação sexual de Jude e seu comentário posterior sobre Jude ser quente, ele tinha certeza de que o homem era gay. Talvez ele não fosse experiente quando se tratava de sexo. Se fosse esse o caso, a ideia de serem forçados em um relacionamento, e, em seguida, descobrir que ele tinha que se consumar toda maldita noite poderia ser extremamente esmagadora. ― Isso não é justo com você ―, sussurrou Whitley desanimado. ― Desculpe-me? ― Agora Jude estava completamente perdido. ― Eu diria que toda esta situação não é justa para ninguém neste castelo. Nenhum de nós pediu por isso. ― Eu sei ―. Whitley suspirou e deixou cair o queixo ao peito. ― Eu só quis dizer que não é justo que você ficou preso comigo porque Melody mentiu. Você poderia ter tido alguém nesse baile. ― Eu não sei nada sobre isso. ― Jude não achava que ele era um grande prêmio, e não o que Whitley estava falando sobre ele de qualquer maneira. Além disso, ele não queria mais ninguém no salão de baile. ― Você já me ouviu reclamar? ― O que era essa falta de autoestima? Whitley era lindo, e ele era doce como uma torta, embora um pouco deprimente, às vezes. Por que ele tinha uma opinião tão baixa de si mesmo? ― Por que você não está reclamando? Jude deu de ombros. ― Não me faria nenhum bem. Eu não vou mudar as mentes dos anciãos, assim eu poderia muito bem acabar com ela. Estar chateado é apenas um desperdício de energia. Será que ele tinha uma ideia de como ser um companheiro e compartilhar sua vida com alguém? Nem um pouco. Ele, porém, era um aprendiz rápido, e ele podia fingir até que ele acertasse.
― Não foi isso que eu quis dizer. ― Whitley suspirou e acenou com a mão ao redor. ― Não importa. Então, eu acho que a próxima pergunta é para onde vamos a partir daqui? ― Bem, você conheceu meu pai. Eu duvido que eu fosse bem recebido em casa. ― Você ainda vive com seu pai? Era uma pergunta razoável, considerando sua idade, mas Jude se irritou com o comentário. ― É complicado ―, ele respondeu com firmeza. Isso era outra coisa que ele ia ter que falar com Whitley a respeito, mas ainda não. Ele precisava de mais tempo antes que ele revelasse todos os seus segredos.
― Então,
onde você mora? ― Virginia Beach com minha família. ― Ele deu um sorriso malicioso Jude. ― Eu não quis dizer o comentário anterior do jeito que soou, como você pode ver. Eu estava apenas curioso, porque ele parece um cara mau. Sem ofensa. Jude se sentiu um fraco. ― Não, não, me desculpe eu tenho toda a culpa. Ele é um idiota de carteirinha, mas tenho minhas razões para continuar ao redor. ― Bem, eu espero que você se sinta confortável o suficiente para compartilhá-las comigo algum dia. ― Eu vou, mas não ainda. ― Ainda assim, foi refrescante saber que Whitley não ia o pressionar para obter informações. Tudo sobre ele surpreendeu Jude, e uma pequena parte dele começou a se sentir culpado. Teria sido muito melhor se Whitley fosse um bastardo como seu pai. ― Então, quem é Carter? ― Apenas alguém que eu conheço ―, Jude respondeu rapidamente. ― É ele... Você o ama? ― Eu amo, mas não como você está pensando. ― Jude fez uma
pausa, decidindo o quanto revelar.
― Ele é meu irmão ―, ele disse
calmamente. Só de pensar no adolescente fez o seu coração ferido. ― Eu vejo ―, Whitley respondeu lentamente. ― Hum, não quero me intrometer, mas ele vai ficar bem com seu pai? Eu não estava tentando ouvir, mas você dois estavam discutindo muito alto, e eu tenho a impressão de que seu pai não gosta muito dele. ― É uma longa história e eu prefiro não entrar nisso agora. Carter vai ficar bem. ― Deus, Jude esperava que o garoto estivesse bem até que ele pudesse tirá-lo da casa de seu pai. ― Eu não vou perguntar mais nada, mas saiba que eu estou disposto a ajudá-lo se você precisar. ― Obrigado. ― Isso o fez sentir-se estranhamente quente por dentro, sabendo que Whitley estava disposto a ajuda-lo, mesmo que eles só se conheceram a alguns minutos atrás. Ele também o fez perceber que seu plano para libertar Carter não ia ser tão duro como ele pensou. ― Minha pele vai derreter. Whitley se mexeu em torno de seu assento e arranhou seus braços. Então, sua mão desceu para pressionar contra a saliência muito visível entre as coxas, e Judas não conseguiu parar o gemido que se levantou em seu peito e saiu através de seus lábios entreabertos. Preocupar-se com seu irmão tinha o distraído do fogo queimando em seu corpo enquanto o calor do acasalamento trabalhou sua maneira através dele. Agora que Whitley tinha trazido o assunto para frente de sua mente mais uma vez, Jude não conseguia pensar em nada, somente em afundar o seu pau dolorido no traseiro perfeitamente moldado de seu companheiro e montá-lo duro. Não exatamente romântico, mas ele estava perdendo o domínio sobre seu controle rapidamente. ― Você não parece muito entusiasmado em ter sexo comigo. Você tem muita experiência?
― Ele não tinha a intenção de ser tão franco sobre
isso, mas realmente não havia nenhuma maneira fácil de contornar a questão. Ao ritmo do calor de acasalamento estava para consumi-lo, ele precisava saber de antemão para que ele pudesse ter cuidado extra com o homem se fosse sua primeira vez. ― Não muita ―, admitiu Whitley, ainda esfregando o pau duro por cima do jeans. ― Eu não sou virgem, mas eu não durmo por aí, também. ― Ele parecia quase vergonha do fato, mas a informação só empurrou a luxúria acima de Jude. Enquanto ele não podia ser o primeiro homem a conhecer o prazer do corpo flexível de Whitley, ele estava feliz que o próprio homem se respeitava o suficiente para não permitir que as pessoas o usassem como uma prostituta barata. ― Olhe para mim. ― Whitley manteve sua cabeça abaixada e o evitou com os olhos. Isso não faria nada. Como Jude ia convencer o homem a ficar nu, se ele nem sequer olhava para ele? ― Whitley, eu disse olhe para mim. Sua cabeça se levantou e um arrepio sexy vibrou sobre seu corpo. Interessante. Jude não tinha a intenção de rosnar para o seu companheiro do jeito que ele tinha, mas se ele ganhou esse tipo de reação, ele não era contra usá-lo para sua vantagem. ― Levante-se ―. Jude falou baixinho, mas colocou em suas palavras um tom de autoridade para que Whitley soubesse que ele falava sério. Como antes, Whitley estremeceu e se levantou como se estivesse em piloto automático. Ele ficou parado no lugar, os braços rígidos ao seu lado, olhando diretamente nos olhos de Jude. ― Venha aqui ―. Whitley deslizou pelo chão com uma graça que Jude jamais seria capaz de imitar e parou bem na frente dele, onde ele descansava na poltrona. Jude
nunca
tinha
sido
particularmente
dominante
antes.
Ele
realmente não importava quem estava no comando dentro ou fora do quarto, enquanto ele tivesse uma palavra a dizer para o que estava acontecendo. Whitley pareceu se acalmar ao comando de Jude, mas era mais como se ele se retirasse de si mesmo do que se ele estivesse recebendo algum prazer com isso. ― Whitley, se você não quer isso, você precisa me dizer agora. Eu sei o que as instruções de acasalamento dizem, mas eu não vou forçá-lo. ― Eu quero isso ―, resmungou Whitley convincente. ― Eu não acredito em você. ― Eu quero você ―,disse ele com apenas um pouco mais de convicção. ― Basta olhar para você. Como eu não poderia querer? Eu só... ― Ele parou e baixou a cabeça novamente. ― Eu não quero decepcioná-lo. Alguém tinha trabalhado em seu companheiro muito bem. Jude não sabia quem era ou o que tinha acontecido, mas havia definitivamente uma história. ― Eu vou lhe contar um pequeno segredo, Whit. ― Jude não deixou de notar como os olhos do homem se iluminaram no apelido, mas ele preferiu ignorar por enquanto.
― Não importa o que você faça ou como você está
qualificado para isso. Contanto que você esteja fazendo nu, eu não posso possivelmente ser desapontado. Whitley não riu, mas deu um sorriso torto, e os seus ombros tensos se aliviaram um pouco. ― Diga-me o que fazer. Jude tinha ouvido essas palavras antes, e elas geralmente eram ditas como uma forma de sedução. Seus companheiros de cama queriam saber o que ele gostava e como ele gostava. O pedido de Whitley tinha soado mais como um fundamento, como se ele fosse passear perto da borda de um penhasco se não lhe fosse dada a direção correta. Havia algo nele que só gritou: “Manuseie com cuidado”.
― Jude? ― A voz de Whitley se embargou na palavra.
A falta de
resposta de Jude estava, obviamente, o deixando nervoso e com dúvidas. Ele não poderia fazê-lo. Não havia nenhuma maneira que ele pudesse tratar seu companheiro como um pedaço de propriedade ou um garoto de aluguel. Se levantando, ele pegou a mão de Whitley e o puxou para a porta. Ele não sabia que tipo de relações Whitley tinha tido anteriormente, mas não poderia ter sido saudável. Mais culpa lhe inundou com o conhecimento, mas o que foi feito estava feito, e ele não podia mudar nada agora. Jude entendia que algumas pessoas desejavam a disciplina e a estrutura de um relacionamento D/S, mas algo sobre o comportamento de Whitley e sua atitude o fez pensar que esse não era o caso de seu companheiro. Na verdade, ele tinha a sensação de que o comportamento do homem resultou mais de um mecanismo de defesa do que qualquer desejo real de ser dominado. ― Aonde vamos? ― Whitley perguntou suavemente enquanto eles fizeram o seu caminho ao longo de um dos muitos corredores do castelo. ― Eu fiz alguma coisa errada? ― Não, Whit. Você não fez nada de errado.
― Jude continuou
andando, e sua mão se apertou ao redor de Whitley, com confiança, mesmo quando ele se repreendeu mentalmente sobre todas as formas que ele já tinha feito asneiras nos vinte minutos desde que eles se conheceram. Não deveria ser assim! ― Eu fiz.
Capítulo 3 Whitley não sabia o que tinha feito de errado, mas Jude não parecia muito feliz com ele. Ele fez exatamente o que os seus outros amantes sempre exigiram dele, manter a boca fechada e fazer o que diabos ele foi mandado. Ele não prestou muita atenção a qualquer coisa além do chão, enquanto Jude o levava através do labirinto de corredores do castelo, levantando a cabeça quando o homem parou na frente dele. ― Este é o meu quarto ―, lhe informou Jude antes de entrar e acenar para Whitley o seguir. Whitley assentiu, mostrando que ele compreendeu, apesar de que Jude não tinha tecnicamente lhe perguntado nada. Ele queria perguntar por que eles estavam lá, mas ele não podia fazer sua boca trabalhar para formar as palavras. Seus lábios estavam secos, seu estômago estava em nós, e o seu coração batia em um rápido compasso contra as costelas. Embora ele estivesse nervoso e apreensivo, seu pau ainda latejava dolorosamente dentro de sua calça jeans, e seu corpo queimava como fogo líquido, o engolindo e consumindo. ― Você está bem? ― Jude perguntou enquanto desfazia o nó da gravata e a puxava de seu pescoço. Desabotoando a camisa em seguida, tirou fora de seus ombros para expor seu peito nu, e tudo que Whitley queria fazer era choramingar como uma vagabunda. Levou um momento para processar o que Judas perguntou a ele. Ele ainda não poderia fazer sua boca trabalhar embora, então ele apenas deu um estranho aceno que, provavelmente, mais parecia uma contração involuntária do que qualquer coisa. A dor em seu pau irradiava para fora até que envolveu
todo o seu corpo, e até mesmo o peso de suas roupas contra a sua pele era doloroso. Ele se perguntou antes como o calor de acasalamento poderia forçálos a ficar selvagem, mas ele não tinha mais que adivinhar. Se ele não aliviasse a queimadura em breve, ele ia perder sua cabeça maldita. ― Whit? ― Como o inferno Jude podia falar tão calmamente? Ele não estava tendo os mesmos efeitos que Whitley? Ele não podia sentir suas entranhas fervendo e sua pele fritando?
― Whitley, você está tremendo. ―
Jude deu um passo mais perto dele e estendeu a mão como se quisesse colocar a mão no ombro de Whitley. Whitley saltou para trás como se a mão de Judas fosse uma cobra venenosa e balançou a cabeça rapidamente.
― Não ―, ele implorou. Um
toque e ele provavelmente iria se incendiar como uma vela romana. Jude o estudou por um longo tempo antes de ignorar completamente o seu pedido e acariciar o lado de seu rosto. O toque do homem foi como um refrescante calmante, e então o calor subiu e Whitley gemeu e esfregou o rosto sobre a palma de seu companheiro. ― Quão ruim é isso, Whit? ― Dói ―, confessou Whitley. ― Você não consegue sentir isso? ― Eu sinto. ― Jude balançou a cabeça lentamente. ― Eu não acho que eu estou sentindo como você, no entanto. Deixe-me ajudá-lo. Antes de Whitley poder concordar ou negar, a palma da outra mão de Jude se pressionou contra a sua ereção e massageou seu pau latejante. Os quadris de Whitley se contraíram, e seus olhos se reverteram em sua cabeça. ― Shhh ― Jude disse a ele enquanto habilmente abriu o botão das calças de Whitley e baixou o zíper com facilidade. Seus dedos longos e quentes chegaram a seus boxers rodeando seu pênis, apertando levemente e o tirando de seu confinamento. Ele chegou mais perto, invadindo o espaço pessoal de Whitley e se inclinou para sussurrar em seu ouvido. ― Eu tenho você, Whit.
Deixe-me dar o que você precisa. Seu aperto se intensificou em torno de comprimento rígido de Whitley, e ele lhe acariciou duas vezes antes de Whitley irromper como um gêiser, agarrando-se aos ombros de Jude, atirando sêmen perolado em suas calças de aspecto caro. Whitley gemia e rebolava, enterrando o rosto no pescoço quente de Jude enquanto o mundo à sua volta ficava fora de controle. Suas pernas começaram a tremer, a respiração acelerada, e em vez de aliviar a dor, o seu clímax só pareceu aumentar a queimadura. ― Por favor, por favor, por favor, ― ele cantou. Ele sabia que precisava parar de falar, mas ele simplesmente não podia. Jude cheirava tão bem, e sua pele nua era tão suave. Mergulhando sua cabeça, Whitley capturou um dos mamilos de cor cobre em sua boca e sua língua girava em torno da ponta. Sua própria luxúria disparou quando Jude gemeu para ele, o som retumbante em seu peito enviando vibrações fracas sobre a língua de Whitley. Em seguida, Jude colocou a mão na parte de trás de sua cabeça e o puxou para perto, enquanto com a outra mão continuou a acariciar e provocar o pau ainda duro e úmido de Whitley. Usando seus lábios, língua e dentes, Whitley torturou o mamilo em sua boca, enquanto ele trabalhava no fecho das calças de Jude. Ele queria pele, queria sentir o homem apertar contra ele, sem fronteiras entre eles. ― Calma ―, Jude disse em voz baixa, descendo até onde as mãos desajeitadas de Whitley estavam. Quando ele se afastou, Whitley queria chorar de frustração, mas manteve os lábios apertados, e simplesmente ficou ali, tremendo de necessidade. ― Deixe-me mostrar-lhe alguma coisa. Jude podia mostrar-lhe tudo o que quisesse desde que envolvesse estar nu e na horizontal. Inferno, eles nem sequer tinham que estar na horizontal. Whitley iria se contentar com qualquer posição, desde que
envolvesse ter um pau duro e latejante em sua bunda. Ele não poderia pedir essas coisas, no entanto. Ele tinha aprendido há muito tempo a aceitar o que lhe foi dado e nunca exigir mais. Deus, por que Jude apenas não dizia o que ele queria, dizia a ele o que fazer? Isso tornaria as coisas muito menos complicadas. ― Vem cá, Whit. ― Ninguém nunca o chamava assim, e Whitley percebeu que gostou. Ele gostou ainda mais porque veio de Jude. Whitley deu um passo à frente, moldando-se ao peito de seu companheiro mais uma vez, e gemeu de prazer quando os braços de Jude o rodearam. Havia algo sobre estar envolto nesses braços poderosos que fazia Whitley se sentir seguro e protegido como ele nunca tinha sentido antes. Isso, no entanto, fez pouco para esfriar seu desejo. ― Jude, por favor, ―, ele murmurou. ― Eu preciso de... ― Ele sabia exatamente do que ele precisava, mas não como pedir. Se ele não mantivesse sua maldita boca fechada, ele ia assustar Jude. Ninguém gostava de carente e desesperado, mas era exatamente assim que Whitley se sentia. ― Eu sei. Eu sei. Vou cuidar bem de você, Whit. Apenas relaxe e me deixe cuidar de você. Ninguém jamais quis cuidar dele. Em sua experiência, tudo se resumiu ao que ele poderia fazer por seu companheiro. Jude não era como qualquer um desses caras, e o confundiu como o inferno. Whitley só sabia ser de um jeito, e Jude não parecia querer o que ele era. ― Diga-me o que fazer ― ele implorou. Se Jude pudesse apenas dizer o que ele queria e o que ele gostava, Whitley poderia fazer isso. Sem qualquer direção, ele estava se debatendo, e sua ansiedade estava ameaçando tirar o melhor dele. ― Faça tudo o que você quiser. ― Jude recostou-se e segurou o rosto de Whitley, em ambas as mãos. ― Faça tudo o que se sente bem. ― Então, muito lentamente, como se pedindo permissão, ele abaixou a cabeça e
apertou seus lábios juntos. Whitley sabia que o beijo era para ser uma proposta, para acalmá-lo. O primeiro contato dos lábios de Jude foi como um choque elétrico para sua virilha, embora, e ele respondeu por instinto, atirando os braços ao redor do pescoço de Jude e o arrastando para perto. Mais, mais, mais! Ele esmagou sua boca duramente na de Jude, não somente brincando com a língua sobre a costura dos lábios de seu companheiro, mas deixando-os abertos para que ele pudesse empurrar sua língua dentro e saborear as quentes e doces profundezas escondidas. Um rugido feroz saiu de dentro dele quando Jude abriu facilmente, não resistindo a ele, e sua língua úmida disparou para fora se enroscando com a de Whitley. Se ele pensava que Jude tinha um cheiro incrível, isso não era nada se comparado ao gosto do homem. Quente e rico, embora levemente adocicado, o lembrou do café que tomava todas as manhãs, com bastante açúcar e um monte de creme, do jeito que ele gostava. Querendo e necessitando estar mais perto, Whitley puxou o pescoço de Jude, praticamente escalando o corpo do homem enquanto mergulhava sua língua dentro e fora da boca do seu companheiro, tomando em vez de pedir o que queria. Jude não se queixou, no entanto. Ele enrolou um braço em volta da cintura de Whitley e o levantou para que ele pudesse embrulhar as pernas em torno de seus quadris. Seu pênis nu deslizou sobre a extensão quente e ondulada do abdome de Jude enquanto ele moía contra ele e continuava a reivindicar a sua boca. Foi erótico, uma paixão crua, alucinante e diferente de tudo o que Whitley tinha experimentado. Se beijar o homem poderia fazê-lo sentir tão bem, qual seria a sensação de finalmente ter Jude dentro dele? Ele não sabia quanto tempo ficou no meio da sala, beijando e explorando com as mãos. Perdido no gosto e na sensação do homem em seus
braços, Whitley não percebeu imediatamente que eles tinham se movido até que ele se sentiu caindo e sentiu a maciez da cama. Jude o abraçou, enquanto ele mesmo caia contra o colchão e o cobria da cabeça aos quadris. Seus joelhos prenderam Whitley, e ele levantou apenas o suficiente para começar a tirar o jeans de Whitley para baixo de suas coxas. Havia uma urgência nos movimentos de Jude que o excitou. Mesmo que fosse só por causa do calor de acasalamento, ninguém jamais o quis da maneira como Jude fazia. Gemidos e rosnados saiam de seu peito e morreram na boca de Whitley enquanto suas línguas continuaram o duelo. A estrutura maciça de Jude o abalou com o seu desejo quando ele usou suas mãos e até mesmo os pés para empurrar o jeans fora dos tornozelos de Whitley, de modo que o jeans caiu no chão. ― Diga-me que você quer isso ―, Jude arquejou um pouco mais forte.
― Se continuar, não serei capaz de parar, então você precisa falar
agora. Whitley nunca quis tanto algo em sua vida. ― Por favor, Jude. Toque-me, foda-me, o que quiser. Eu não me importo, mas apenas faça alguma coisa! Jude fechou os olhos e gemeu. ― Estou em tantos problemas. Então ele saiu da cama, deixando Whitley sozinho e confuso. E se ele tivesse dito algo de errado? Talvez ele tenha soado muito fácil e sacana. Ele apertou as pernas juntas e começou a rolar para o lado, mas uma mão em seu quadril o impediu. ― Aonde você vai? Whitley olhou nos olhos verdes de Jude e balançou a cabeça. ― Eu pensei que... que você deixou, e ... Um olhar estranho passou pelo rosto de Jude, quase como se ele estava triste com alguma coisa. Whitley não tinha muito tempo para pensar
sobre o que isso podia significar, porém, porque de repente ele notou que Jude estava completamente nu, e que o pênis saliente em sua virilha era comparável a um poste telefônico. Não havia nenhuma maneira que a coisa estava indo para caber no seu traseiro, o que não ia impedir Whitley de tentar. Sua boca molhou e seus dedos se contraíram para chegar e pegar o comprimento rígido. Jude estava gloriosamente nu, seu corpo desprovido de qualquer cabelo, exceto em sua cabeça e ao longo de sua mandíbula. Seu pênis flexionado, balançando levemente e vazando gotas claras de pré-sêmen a partir da ponta. Algo caiu sobre o colchão ao lado dele, e Whitley olhou para cima, querendo bater na própria cabeça quando viu o pequeno frasco de lubrificante. Será que ele nunca ia parar de tirar conclusões precipitadas e sempre pensar o pior? ― Pare de pensar tanto―, Jude disse em voz baixa, como se estivesse lendo sua mente. Ele montou as coxas de Whitley novamente e deslizou as mãos quentes sob a barra de sua camisa para acariciar a extensão plana de seu estômago. Então, muito lentamente, ele trabalhou o material até o peito de Whitley, e com uma pequena ajuda, puxou a camiseta sobre sua cabeça e a atirou para o lado. Depois de completamente despojado de sua roupa, Whitley se sentiu exposto, e não em um bom caminho. Não ajudava que Jude estava apenas olhando para ele. Ele não podia decifrar o olhar que ele estava recebendo, e só esperava que estivesse à altura das expectativas de seu companheiro. ― Você é lindo ―, Jude sussurrou enquanto ele se estendeu mais em Whitley e roçou os dedos sobre o osso do quadril. Então, seus dedos se aproximaram do torso de Whitley e delicadamente em volta do seu pulso, puxando seu braço para fora do peito. ― Não se esconda de mim. Whitley não tinha percebido que ele estava fazendo exatamente isso.
Ele sabia que não era muito bom de olhar, certamente não como Jude. Cada parte do homem era a perfeição absoluta da ponta do seu cabelo espetado para o fundo de seus dedos longos. Como poderia Whitley se comparar a isso? ― Você está fazendo isso de novo ―, Jude castigou. ― Acho que vou ter para distraí-lo para levá-lo a parar de pensar. Com isso, ele espalmou o pau dolorido de Whitley e acariciou da raiz à ponta várias vezes. Whitley gemeu e baixou a cabeça de volta para o colchão enquanto seus quadris arqueavam até deslizar seu pau latejante no aperto da mão de Jude. Em algum lugar de seu cérebro cheio de luxúria ele ouviu o barulho suave de uma tampa de garrafa, mas ele não podia se incomodar com essas coisas, não quando as mãos de Jude sobre ele estavam tão boas. Jude
cutucou
suas
pernas,
e
Whitley
abriu
automaticamente,
espalhando suas coxas e até mesmo indo mais longe, dobrando os joelhos e plantando os pés no colchão. Ele podia não ser capaz de pensar em linha reta, mas seu corpo sabia o que queria e respondeu de acordo. Então, um dedo escorregadio desceu sobre o seu períneo, indo para baixo no vinco de sua bunda para circundar seu buraco apertado. ― Por favor! Ele implorou quando o seu corpo estremeceu e seu mundo inteiro se limitou à sensação do dedo seu companheiro contra a sua entrada. Cuidadosamente, o dedo de Jude trabalhou seu caminho dentro do seu canal e começou um lento deslizar que pretendia torturar e provocar. É assim que Whitley viu. Tudo parecia tão incrível, mas ele precisava de mais. ― Deixe ir e pare de pensar, ― Jude ordenou pouco antes de sua boca cair para baixo outra vez em Whitley e ele mergulhar sua língua dentro para explorar e saquear as profundezas de sua boca. O cérebro de Whitley entrou em curto-circuito, e ele mal percebeu quando Jude inseriu um segundo dedo em sua bunda.
― Jude, por favor! Foda-me! ― Whitley chorou quando ele arrancou a boca longe de Jude e apertou os punhos nos cobertores debaixo dele. Uma pitada afiada e uma queimadura sutil acompanhou a adição de um terceiro dedo em seu orifício necessitado. Jude bombeou preguiçosamente, serrando o dedo dentro e fora, enquanto sua boca viajava ao longo da garganta de Whitley, indo até sua clavícula. Apenas quando Whitley pensou que ele iria morrer se as coisas não se movessem rápido, os dedos de Jude saíram do seu túnel, o fazendo se sentir vazio e insatisfeito. Ele rapidamente estava de volta posicionando-se entre as coxas de Whitley enquanto segurava o seu pau comprido e grosso. Apoiando uma mão ao lado da cabeça de Whitley, Jude se inclinou sobre ele e fez uma pausa com a cabeça de seu pau mal roçando buraco Whitley. ― Respire fundo, bebê. Ninguém nunca o tinha chamado por um carinho, assim como ninguém jamais havia lhe dado um apelido. Whitley desejou poder apreciá-lo mais, mas naquele momento, tudo o que ele queria era aquele pau lindo enterrado dentro dele. Então, ele fez como instruído, sugando uma respiração profunda e soltando lentamente. Jude olhou em seus olhos quando ele avançou, enterrando seu pau em Whitley até que ele estava revestido até a raiz. Os olhos de Whitley se arregalaram, e ele começou a sentir a sério a queimadura intensa. Deus, ele sentiu como se estivesse dividido em dois. Suas paredes internas ficaram tensas quando esticaram na capacidade máxima para acomodar o perímetro maciço do eixo de Jude. ― Relaxe ― , Jude o persuadiu, acariciando o peito de Whitley com a palma da mão. ― Basta relaxar e respirar. ― Ele começou um deslizamento lento, puxando todo o caminho e facilitando lentamente de volta para a base. Ele fez isso várias vezes, tendo seu tempo e permitindo a Whitley se ajustar.
No terceiro golpe para dentro, a dor começou a diminuir, e um prazer intenso e avassalador tomou o seu lugar. Whitley estendeu a mão, enrolando os braços em volta do pescoço de Jude, e puxou o homem para baixo em cima dele. Ele não podia explicar, mas ele queria estar o mais próximo de Jude quanto possível, sem engatinhar direito dentro de sua pele. Felizmente, seu amante não pareceu se importar, porque ele deslizou uma das mãos sob os quadris de Whitley e o levantou para fora do colchão, segurando-o firmemente contra o peito, enquanto ele continuava a empurrar em seu corpo novamente e novamente. Whitley agradecia pela sua vida enquanto eletricidade percorria sua espinha e suas bolas se apertaram em seu corpo, doendo com a necessidade de liberação. ― Duro ―, ele sussurrou sem fôlego. Tomando-lhe a sua palavra, Jude aumentou o ritmo, batendo no canal Whitley enquanto ele empurrava seus quadris para cima em cada estocada, enterrando seu pênis tão profundamente quanto possível. ― Você vai gozar para mim novamente, Whit? Ou você vai me fazer trabalhar para isso? As palavras saíram agitadas e ofegantes contra sua orelha, mas Whitley respondeu como se fosse um comando forte. Suas costas se inclinaram, as veias em seu pescoço se esticaram, e ele gritou para o teto quando seu orgasmo se chocou contra ele. Quente e pegajoso sêmen estourou de seu pênis para seu peito e abdominais, onde eles se pressionavam juntos, seu pau jorrando entre eles. Jude aninhou seu rosto contra o lado do pescoço de Whitley e gemeu, enquanto seus músculos se ficaram tensos e lava escaldante banhava as profundezas escuras de Whitley. Eles caíram juntos em uma confusão suada e ofegante, e um sorriso
satisfeito sobre os lábios de Whitley. Ele se sentiu tão cansado, mas era o tipo bom de exaustão, o que significava que ele estava bem e verdadeiramente encantado. Eventualmente, o pau amolecido de Jude escorregou de seu buraco ainda se contorcendo, e ele rolou para o lado, puxando Whitley com ele e o envolvendo em seus braços. ― A próxima vez será melhor ―, prometeu. Whitley não via como o homem estava indo iniciar mais um. ― Foi perfeito. ― Eu nunca tinha gozado sem tirar. Eu não sabia que seria tão bom. ― Nunca? ― Não. ― Jude encheu de beijos a face de Whitley. ― Eu não queria ter uma chance de reivindicar acidentalmente um companheiro. ― Então, orcas reivindicam os seus companheiros gozando dentro deles? ―Whitley acabou de ser reivindicado? Como ele se sentia sobre isso? ― Bem, se você quiser ser franco e grosseiro sobre isso, sim. ― Jude se aconchegou um pouco mais. ― Você é meu agora, Whitley Turner. Espero que você esteja bem com isso. Whitley fechou os olhos e suspirou. ― Sim, eu acho que estou mais do que bem com isso. ― Então, como cisnes reivindicam os seus companheiros? ― Nós realmente não reivindicamos. Não há mordida especial ou aperto de mão secreto ou qualquer coisa assim. Cisnes têm companheiros para toda a vida e são muito leais. Você está tipo preso comigo agora. ― Ele disse isso levianamente, mas ele esperava que Jude fosse levá-lo como o voto de sua fidelidade. ― Mmm, eu acho que posso viver com isso. Sim, tudo era sempre sol e margaridas durante o êxtase pós-sexo. Whitley só esperava que o homem se sentisse da mesma maneira quando ele
descesse de sua onda orgástica.
Capítulo 4 ― Você tem certeza que seus pais não vão se zangar? Você lhes disse que eu estava vindo? Jude estava tão nervoso que poderia cuspir enquanto esperavam o seu voo na sala de espera do aeroporto. Trocar o seu bilhete da Califórnia para a Virgínia tinha sido bastante simples, embora ele tivesse que fazer alguma barganha com um dos passageiros para que ele pudesse se sentar ao lado de Whitley durante o voo. ― Relaxe ― Whitley lhe ofereceu-lhe sorriso caloroso e tomou sua mão para dar um apertão tranquilizador.
― Sim, eu disse aos meus pais, e
eles não podem esperar para conhecê-lo. Além disso, eu realmente não vivo com eles em sua casa. Eu tenho meu próprio lugar. Ele só está na sua terra. Jude realmente não via a diferença, mas ele gostava da ideia de que não teria que ficar na ponta dos pés em torno de pais do homem o tempo todo. Na verdade, seria muito bom se ele não tivesse que vê-los em tudo. Isso o fez pensar em uma coisa, no entanto. ― Quantos anos você tem? ― Vinte e sete. Jude resistiu ao impulso de gemer. Mesmo para os seres humanos, isso era relativamente jovem. No mundo paranormal... Jude se sentiu como um velho sujo.
― Quantos anos você tem? ― Whitley perguntou distraidamente, soltando a mão de Jude e pegando a sua bagagem. ― Esse é o nosso carro. Tudo sobre Whitley, da forma como ele se vestia para a sua personalidade, era tão despretensioso que Jude tinha um sentimento que a maioria das pessoas simplesmente se esquecia dele. A limusine que estacionou no meio-fio era tão fora do personagem com o pouco que ele sabia sobre Whitley que Jude revirou os olhos. O motorista levou o seu tempo para sair do veículo e recolher a sua bagagem. Ele não cumprimentou Whitley, nem se incomodou de abrir a porta para ele. Foi além de rude, e completamente antiprofissional. Se fosse Jude, o idiota teria sido demitido na hora. ― Jude, você está vindo? ― Whitley estava ao lado da porta de trás aberta e olhou para ele em preocupação. ― Há algo de errado? Jude balançou a cabeça em silêncio, e se inclinou para recuperar sua mochila, apenas para descobrir que o motorista já tinha colocado no portamalas para ele. Bem, pelo menos ele tinha feito uma coisa certa. Balançando a cabeça de novo, ele fez sinal para Whitley deslizar no banco de trás e rapidamente se juntou a ele. ― Você tem certeza que está bem? ― Whitley perguntou, aparentemente despreocupado com o tratamento que ele tinha acabado de receber de seu motorista. ― Eu não estava esperando isso ― Jude mentiu. ― É um pouco pretensioso, não é? ― Whitley cruzou as mãos em seu colo e revirou os olhos. ― Minha mãe insistiu, quando ela soube que eu estava levando meu companheiro para casa. Não vai ser sempre assim. ― Então, sua família tem um monte de dinheiro ou algo assim? Eu sei quem você é? ― Eu não sou ninguém ―, Whitley respondeu, e parecia que ele acreditava. ― Você não respondeu minha pergunta, no entanto. Quantos anos
você tem, Sr. Chambers? ― Duzentos e dezenove, ― Jude respondeu, olhando com cuidado o seu companheiro para ver a sua reação. ― Legal. Isso foi tudo o que ele disse e Jude suspirou de alívio que isso não ia ser um problema para o homem. Rodaram em um silêncio confortável por alguns quilômetros antes de Jude tentar novamente. ― Falando sério, o que se passa com a limusine? Quem é você? Whitley fechou os olhos brevemente e gemeu. ― Não é um grande negócio. Meu pai faz algum trabalho para a UPAC, isso é tudo. ― O que ele faz? ― Jude se reclinou no banco com o braço jogado sobre o assento, não querendo parecer demasiado ansioso para a informação. ― Você conhece essas celas elegantes que a UPAC usa para segurar paranormais? Jude assentiu casualmente para mostrar que entendia, mas por dentro ele estava bombeando mentalmente seu punho na informação. Havia ainda mais uma coisa que ele precisava saber, mas ele não queria forçar muito ainda. ― Seu pai desenha isso? Seu pai é Seymour Turner? Whitley balançou a cabeça, aparentemente impressionado. ― Sim. Ele faz algumas outras coisas estranhas para covens diferentes, embalagens, e outros enfeites, mas a maior parte do dinheiro da família vem de projetar e construir as celas. ― Ele é um homem brilhante. ― Ele falou a verdade, embora a contragosto. Ele não podia negar que as células eram engenhosas quando usadas apropriadamente. Celas humanas normais eram boas para...bem, para os seres humanos ... mas um dragão furioso ou uma bruxa inteligente iriam
reduzi-las a uma pilha de escombros em poucos minutos. As celas da UPAC foram especialmente concebidas para anular os poderes dos paranormais de um modo que não poderiam usá-los para sair. ― Sim, eu acho que sim. Jude tinha a sensação de que podia haver um pouco de desavença entre pai e filho. Ele também estava com a impressão de que Whitley não se importava de falar sobre isso. Com seus próprios problemas para pensar, Jude não estava muito chateado por isso. Se seu companheiro queria compartilhar com ele, seria mais do que feliz em ouvir, mas ele não ia procurar informações, até que ele precisasse. ― O que você faz na Califórnia? Você vai ser capaz de encontrar um trabalho igual aqui na Virgínia? ― Eu fiz um monte de coisas diferentes ao longo dos anos. Eu não sou rico, mas eu tenho bastante guardado para sobreviver por um tempo se eu precisar. Em casa eu faço design personalizado de barcos para pessoas com mais dinheiro do que cérebro. Whitley sentou-se um pouco mais reto e seus olhos brilharam. ― Uau, realmente? Isso é ótimo. Então, isso é definitivamente algo que você poderia fazer aqui, certo? ― Sim, eu acho que eu poderia. ― Isso não significa que ele queria, mas ele supunha que era tecnicamente verdade. O carro diminuiu e Whitley virou para olhar pela janela. ― Chegamos, mas eu quero saber tudo sobre o seu trabalho no minuto que estivermos sozinhos. Certo? Jude riu e balançou a cabeça. ― Sim, eu te direi. ― Não era tão importante para ele, mais como um hobby. A maioria das pessoas achava bonito, mas se Whit queria ouvir sobre o projeto arquitetônico de um barco, ele não se importava de partilhar. ― Então, o que você faz?
― Eu trabalho para o meu pai. ― Whitley deixou por isso mesmo e não se aprofundou. ― Minha mãe está esperando por nós. ― Ele fechou os olhos e gemeu. ― Está tudo bem, Whit. Relaxe. Vou ter que conhecer seus pais eventualmente. Nós também podemos acabar com isso.
― Jude não se
importava de conhecer a família de seu companheiro. Ele estava realmente ansioso por isso. ― Será que o seu pai vai estar aqui? ― Eu não tenho certeza. Ele está quase sempre em um tipo de reunião ou outra coisa. ― Ele fez uma pausa e olhou pela janela novamente, mexendo nervosamente no banco. ― Minha mãe pode ser um pouco intensa. Então, se ela chegar a ser demais, apenas me diga, e nós iremos embora, ok? ― Whit, venha aqui. ― Jude entortou seu dedo para seu companheiro chegar a ele, sorrindo quando Whitley veio imediatamente. Uma vez que ele o tinha colado ao seu lado, ele passou um braço ao redor de seus ombros e beijou o topo de sua cabeça. ― Vai ficar tudo bem. Eu sei que vou conseguir uma avaliação, e eu estou bem com isso. Eles só estão fazendo isso porque eles se preocupam com você. Whitley acenou fracamente com a cabeça. ― Só não vá embora. Você pode mudar o que quiser. Nós nunca temos de ver meus pais. Podemos voltar para a Califórnia, se quiser. Apenas... não vá embora. Apesar de Whitley não dizer, Jude o ouviu alto e claro. Ele estava tão assustado que Jude iria deixá-lo. Eles mal se conheciam, e o apego extremo de Whitley o fez desconfortável. Ele não podia negar que algo sobre Whitley aflorou seus instintos protetores. Não havia nenhuma maneira de ele saber se os sentimentos eram reais, ou se eram algo fabricado pelo vínculo de acasalamento. Talvez isso estivesse além e tinha algo a ver com a poção que os anciãos lhes deram. De qualquer maneira, eles estavam presos juntos, pelo menos nos
próximos quatro anos. Ele não podia ir a qualquer lugar, mesmo se ele quisesse, o que significava que não havia razão para as inseguranças de Whitley. Não, ele não estava sendo justo. Whitley sabia o que aconteceria se eles fossem separados por qualquer período de tempo antes do próximo encontro. Ele estava apenas com medo de que Jude iria deixá-lo ficar selvagem. Jude sabia exatamente o que acontecia com os paranormais que ficavam selvagens. Primeiro vinha a dor, então a doença e, finalmente, o delírio, até que eles eram deixados rosnando, gritando, e se contorcendo, zombando-se de si mesmos. A execução da sentença proferida pelos anciãos para aqueles que tinham ficado selvagens era uma bênção. A probabilidade de trazer alguém desse inferno era tão mínima que era mais misericordioso apenas terminar o seu sofrimento. ― Hey, ― Whitley disse calmamente. ― Você está bem? Eu disse algo errado? Jude sacudiu para fora seus pensamentos deprimentes e estampou um sorriso no rosto para seu companheiro.
― Não, Whit. Eu estou bem.
Vamos para que eu possa conhecer seus pais.
― Whitley! ― Sua mãe cantava. ― Eu senti sua falta querido. Como
foi sua viagem para a Escócia? Whitley beijou ambas as bochechas de sua mãe como se esperava dele. Sua atitude falsamente alegre já estava fazendo seus nervos estalarem, mas ele não queria assustar Jude no minuto em que o homem saiu do carro. Assim, ele manteve suas opiniões para si e se virou para apresentar o seu novo companheiro. ― Mãe, este é o meu companheiro, Jude Chambers. Jude, esta é... ― Por favor, me chame de Elaina. ― Ela estendeu a mão delicadamente enquanto olhava Jude de cima a baixo desconfiada. Era imaginação de Whitley, ou seu rosto tinha empalidecido um pouco? ― Você é um grande problema, não é? Jude levou tudo na esportiva com um grande sorriso em seu rosto quando ele pegou a mão dela e levou aos lábios. ― É um prazer conhecê-la, Elaina. ― Quando Whitley disse que estava trazendo para casa um companheiro, eu não esperava alguém tão... ― Tão? ― Jude perguntou brincando. ― Atraente ―, Elaina brincou. Whitley viu Jude vacilar e a forma como a sua boca se escancarou momentaneamente antes que ele pudesse esconder seu choque. Ele ouviu tudo isso em sua vida, embora, por isso não o incomodou. Ele sabia que Jude era bom demais para ele no minuto que ele pôs os olhos no homem. Se Melody não os tivesse enganado, era pouco provável que Jude teria dado a ele uma segunda olhada. ― Bem, obrigado, mas devo dizer que estou com inveja de seu filho. Eu sou um cara bonito, mas ele é o pacote total. Você deve estar muito orgulhosa. ― Oh, bem, isso é o doce de você, querido. ― Os olhos de Elaina dispararam para Whitley, mas havia pouco mais do que decepção lá.
―
Whitley, que desleixo, o que você está vestindo? ― Ela puxou sua camisa xadrez e franziu o nariz. ― Você vai mudar antes do jantar. Whitley abaixou a cabeça, envergonhado pela forma como sua mãe estava o tratando na frente de Jude. O que ele devia fazer, então? Era sua mãe, e não importava seus defeitos, ele a amava. Além disso, se ele desrespeitasse sua mãe, ele sabia que tinha seu pai para lidar. E ele fazia questão de nunca lidar com seu pai. ― Sim, mamãe. Elaina bufou com altivez e lhe deu algo que provavelmente deveria ser um sorriso antes de ela se virar para Jude. ― Sinto muito que meu marido não está aqui para conhecê-lo. Tenho receio de que ele foi chamado em uma viagem de negócios importante. ― Compreensível. Ouvi dizer que ele é um homem muito ocupado. Tenho certeza que vamos nos encontrar em breve. O sorriso de Jude ainda estava em vigor, embora ele estivesse um pouco tenso. Elaina, claro, estava tão perdida em seu pequeno mundo que nem notou nada de errado. As coisas estavam indo exatamente como Whitley sabia que aconteceria. A única coisa que poderia ter feito pior era a presença dos membros masculinos de sua família. ― Onde está Ashley? ― Você tem uma irmã? Jude arqueou uma sobrancelha, mas parecia nada mais do que curioso. ― Meu irmão ―, Whitley respondeu rapidamente antes que sua mãe poderia dizer algo imprestável. Por que ela insistiu em lhes dar nomes femininos e, em seguida, ficava indignada quando as pessoas erroneamente assumiam que eram meninas estava além dele. ― Ele está aqui em algum lugar. ― Elaina se virou e caminhou em
direção à porta da frente, obviamente, confiante de que eles iriam segui-la. Whitley deu a Jude um sorriso de desculpas e fez sinal para o homem segui-lo. Não adiantaria nada discutir com sua mãe. A mulher sempre conseguia o que queria. Ele só desejava saber o que ela queria agora. ― Ah, o filho pródigo voltou. Whitley gemeu quando ele entrou no saguão e foi imediatamente saudado pelo som da voz de seu irmão. As coisas poderiam ficar piores? Jude estava, provavelmente, já planejando sua fuga. ― E eu vejo você me trouxe um presente da Escócia. Você sempre foi atencioso. Ashley rondou Jude como um predador perseguindo sua presa, enquanto seus olhos praticamente transavam com ele na entrada. ― Ashley, este é o meu companheiro, Jude Chambers. Ashley o ignorou completamente enquanto estendeu a mão para Jude. ― É um prazer conhecê-lo. ― Da mesma forma, ― Jude respondeu firmemente, apertando a mão de Ashley. Whitley mordeu o interior de sua bochecha para esconder o sorriso quando viu seu irmão estremecer e puxar a mão rapidamente. Aparentemente, Jude não estava comprando suas besteiras como todo mundo fazia. Isso empurrou o homem um pouco mais alto em sua estimativa. ― Eu estava no meu caminho ―, disse Ashley, recuperando rapidamente. ― Eu tenho certeza que vamos ver outra vez em breve. ― Tenho certeza que faremos. ― Jude estreitou os olhos e cruzou os braços sobre o peito. Ashley apenas sorriu como um homem que sabia o que queria e esperava tê-lo entregue a ele. ― Estou ansioso para isso. ― Ele então inclinou a cabeça, recuou
alguns passos, se virou e saiu. ― Você tem um real encantador lá, ― Jude disse calmamente. ― Ele não é exatamente sutil, não é? ― Ele era, no entanto, lindo, inteligente, manipulador, e conivente. Whitley não tinha dúvida de que Ashley teria seus ganchos em Jude se fosse lhe dada uma chance. Whitley iria ter a certeza que ele não teria essa oportunidade. ― Você quer sair daqui? Jude olhou na direção que Elaina havia desaparecido e depois se voltou para Whitley. ― E sua mãe? Whitley encolheu os ombros. ― Confie em mim. Ela fica mais feliz quando tem algum motivo para estar zangada comigo. Se não for isso, vai ser outra coisa. ― Ele se virou e caminhou de volta para a porta da frente. ― Venha, e eu vou lhe mostrar o seu novo lar. ― Parando com a mão na maçaneta da porta, ele olhou por cima do ombro como o cenho franzido. ― Ou seja, se você ainda quiser ficar. Descruzando os braços e os deixando pendurados em seus lados, Jude deu uma risadinha e atravessou o piso quadriculado, se pressionando contra o traseiro de Whitley. Em seguida, cobriu a mão de Whitley sobre a maçaneta e a girou. ― Nós já passamos por isso, Whit. Depois de crescer com o meu pai, sua família é comparavelmente mansa. Tem que ter muito mais do que isso para me assustar. Infelizmente, Whitley sabia que sua família era capaz de tornar as coisas mais incomodas do que eles mostraram. Inferno, eles praticamente estiveram em seu melhor comportamento. Ele iria ficar surpreso se Jude falar isso por volta do meio do mês. ― Tenha cuidado em torno de Ashley. Ele não é alguém que está acostumado a ouvir não. Ele não vai desistir até que ele consiga o que quer.
Suave, os lábios quentes pastaram em todo o lado de seu pescoço, terminando em seu ouvido. ― Eu não quero o seu irmão ― , Jude sussurrou, enviando um arrepio de espinha de Whitley. Sua língua serpenteava para fora e deslizou ao longo da concha da orelha Whitley. ― Tem sido vinte e quatro horas ainda? Whitley gemeu quando ele se encostou no peito de Judas. ― Temos algumas horas. ―
Mmm,
você
tem
certeza?
Nós
não
podemos
ser
muito
descuidados. Não gostaria de arriscar alguma coisa... nos atrasar, não é? ― Não ―, Whitley respondeu distraidamente enquanto tentou controlar o tremor em suas pernas. Honestamente, ele não tinha certeza qual era a pergunta. Ele tinha certeza que envolveu os dois nus, entretanto, que era o quanto ele precisava saber. Os lábios de Jude se esticaram um sorriso de encontro ao seu pescoço. ― Então, lidere o caminho, Whit.
Capítulo 5 Jude não estava particularmente orgulhoso da maneira como ele lidou com a situação da família de Whitley. Ele sabia que os seus problemas não poderiam ser resolvidos com o sexo, mas parecia ser a distração perfeita no
momento. Jude apenas não poderia ajudar a reação do seu corpo para o homem lindo. ― Precisamos tomar banho e nos preparar para o jantar. Minha mãe vai ficar puta o suficiente se nos atrasarmos. ― Whitley, no entanto, não fez nenhum movimento para sair da cama. Ele estava deitado de costas com a mão sobre o coração, olhando para o teto com as bochechas coradas e um sorriso satisfeito. Seu companheiro era normalmente tenso, e agora com esse olhar tão deliciosamente debochado, Jude percebeu que tinha o direito de se sentir um pouco arrogante. Ele tinha feito isso. Ele trouxe esse sorriso ao rosto de Whitley. ― Acho que devemos tomar banho juntos. Pouparia tempo e, claro, devemos conservar a água. Whitley fechou os olhos e riu. ― Você é incorrigível. ― Como posso me conter se eu tenho um companheiro sexy que eu não consigo manter minhas mãos fora? ― Jude rolou para o seu lado e começou a desenhar círculos no sêmen secando na barriga de Whitley com as pontas dos dedos. Whitley respondeu gemendo baixinho e se arqueando em seu toque. Seu
pênis
semi-duro
se
contorceu
com
renovado
interesse,
inchando
rapidamente e flexionando de modo que colidiu contra o pulso de Jude. Por mais que Jude quisesse continuar, eles já estavam atrasados. ― Vamos lá, Whit. Vamos começar esse banho. ― Não pare ― Whitley pediu, agarrando a mão de Jude e a empurrando em direção a sua virilha em uma jogada ousada, que era tão diferente dele que Jude à primeira vista não resistiu. ― Hey ― . Jude pairava sobre seu amante, esperando que ele abrisse os olhos e se concentrasse nele. ― Eu ficaria mais que feliz em ficar
aqui na cama para o resto da noite. No entanto, nós vamos ter que enfrentar seus pais, mais cedo ou mais tarde. Por que nós apenas não acabamos com isso, ok? Whitley suspirou pelo nariz, mordendo o lábio quando balançou a cabeça lentamente. ― Sim, você está certo. ― Ele não parecia muito feliz com isso, no entanto. ― Você quer tomar banho primeiro? Estava na ponta da língua argumentar, mas sabia que nunca iam chegar a jantar se tomassem banho juntos. Um Whitley molhado e nu era uma tentação que não podia resistir. ― Na verdade, eu preciso fazer um par de telefonemas, assim você pode ir primeiro. Abençoe seu coração, mas ele nem sequer perguntou quem Jude precisava chamar. Ele apenas deu de ombros adoravelmente, saiu da cama, e caminhou até o banheiro, balançando sua bunda todo o caminho. O balanço de seus quadris parecia tão convidativo que Jude realmente pensou em ir atrás dele, mas no final, ele deixou Whitley ir e cavou através de seus jeans para o seu telefone celular. Recostando ao lado da cama, ele esperou até que ouviu o chuveiro ligar antes de discar e pressionar o telefone no ouvido. Quando ele começou a tocar, ele se levantou do colchão e foi até a sala, procurando um pouco mais de privacidade. ― Rapaz, onde está você? Jude suspirou e beliscou a ponta de seu nariz enquanto andava na cozinha. ― Olá, Cara, eu estou bem. Obrigado por perguntar. ― Não seja insolente, Christopher Jude ―, ela disparou de volta em seu tom de bom senso. ― Eu lhe fiz uma pergunta. ― Me desculpe Cara. Estou estressado e irritado. Eu não tive a
intenção de descontar em você. A mulher o criou como dela própria desde que ele tinha nove anos. Ela era a única pessoa que tinha estado sempre lá para ele e nunca o deixou para baixo. ― Eu sinto sua falta. ― Você sabe que eu sinto sua falta, também, querido. Agora, pare de se desviar da minha pergunta e me diga onde você está. Os boatos sobre o encontro são verdadeiros? Será que os anciãos realmente forçaram todo mundo a acasalar? ― Eles são verdadeiros ―, Jude respondeu com um suspiro pesado. ― Eu estou na Virginia com meu companheiro. ― Oh, Jude, que é maravilhoso. Parabéns, meu menino. Você terá que me dizer tudo sobre ela. ― Ele ―, Jude corrigiu. Cara nem sequer perdeu uma batida. ― Bem, então você vai me contar tudo sobre ele logo depois que você me diga o que em nome de Deus você está fazendo na Virgínia. Por que você não trouxe seu companheiro para cá? ― Será que o pai está em casa? ― Jude perguntou. ― Jude ―. O tom de Cara ficou sério. ― É por isso que eu estou chamando. Não é seguro para Carter aqui. Esse garoto precisa de você. Seu coração galopava no peito, batendo com força contra seu esterno. ― Ele está machucado? Cara, o papai feriu Carter? ― Você precisa voltar para casa, Jude. Traga o seu companheiro, se você quiser, mas chegue aqui.
― O silêncio pesado imperou por um breve
momento antes dela falar novamente. ― Alguém está vindo. Eu tenho que ir. Um clique alto soou em seu ouvido, seguido por nada mais que o silêncio. ― Foda-se! ― Jude rugiu, chutando uma das cadeiras da cozinha e a
batendo entre os azulejos brancos. Um suspiro suave chamou sua atenção, e ele se virou, um rugido profundo em seu peito enquanto seu lábio superior enrolava entre os dentes. Whitley estava do lado da porta, vestindo apenas uma toalha pendurada na cintura, seus cabelos ainda pingando do chuveiro. Seus olhos estavam arregalados e assustados, e seus lábios apertados com tanta força que eles estavam ficando brancos, enquanto olhava para a destruição que tinha sido sua cadeira da cozinha. A coisa estava em uma pilha quebrada contra a porta de trás, um testemunho de quão mal Jude tinha perdido a paciência. ― Whit ― Jude disse em voz baixa, dando um passo a frente. Ele estendeu a mão para seu companheiro, mas Whitley recuou dele, balançando a cabeça rapidamente. Sabendo que o homem estava com medo, com medo dele fez Jude se sentir com cerca de três centímetros de altura. Tinha sido um longo tempo desde que ele deixou seu temperamento obter o melhor dele assim, e ele odiava que Whitley tinha que ver esse lado dele. ― Whitley ―, disse ele quase num sussurro.
― Eu não vou te
machucar. Eu nunca faria mal a você. Whitley bufou com desdém. ― Os homens violentos não apenas escolhem em quem eles são violentos. Seu cérebro pareceu apanhar o que sua boca estava dizendo, e o sangue se drenou de seu rosto tão rapidamente que Jude pensou que ele iria desmaiar na cozinha. Uma mão surgiu para cobrir sua boca, enquanto seus olhos ficaram tão grandes, que corriam o risco de estalar para fora de seu crânio. Jude não o culpava pelo que ele disse, no entanto. As pessoas ficavam com raiva. Era o que acontecia todos os dias. Eles não saiam por aí quebrando móveis como um
bárbaro maldito, no entanto. Ele, no entanto, deu outra olhadinha no enigma que era Whitley Turner. ― Eu não sei quem te machucou, mas eu não sou eles, Whit. Eu fiquei louco, perdi a minha mente, e chutei a cadeira. Isso não significa que eu vou começar a bater em você. Whitley o fitou por um longo tempo com seus olhos apertados nos cantos, e balançou a cabeça lentamente. ― Por que você estava com tanta raiva? Ele esperava ter mais tempo para conquistar Whitley, mas depois de sua conversa com Cara, ele não poderia manter isso em segredo por mais tempo. ― Alguém que eu amo está sofrendo, e eu não estou lá para ajudalo. ― Seu irmão? ― Sim. Whitley continuou a estudá-lo um pouco mais antes de finalmente balançar a cabeça lentamente. ― Então, vamos buscá-lo. ― Só assim? O cara parecia prestes a se irritar após explosão de Jude, mas agora ele estava pronto para entrar em uma situação perigosa com ele sem saber todos os fatos? ― Você precisa de ajuda. Eu posso ajudar. ― Whitley estendeu as mãos para os lados e encolheu os ombros. ― Você deseja ajudar o seu irmão ou não? ― Meu pai não vai nos deixar levá-lo. Se fosse assim tão fácil, eu o teria tirado de lá meses atrás. ― Jude enterrou as mãos nos quadris e franziu a testa. ― Pode ser perigoso.
― Você acha que eu sou fraco. ― Whitley balançou a cabeça como se isso não fosse nada de novo e fosse o que ele esperava.
― Você
provavelmente está certo. Eu deixei todos me empurrar, andar em cima de mim, e me tratar como merda. Inferno, você viu o caminho que a minha própria família sente sobre mim. ― Ele cruzou os braços sobre o peito magro e suspirou. ― Quero ajudá-lo, no entanto. Eu não preciso ser capaz de dar um soco para fazer isso. ― Você não me conhece mesmo, Whit. Por que você iria colocar seu pescoço na linha por mim? ― Jude já tinha planejado para lhe pedir para fazer exatamente isso, mas o confundiu saber que Whitley iria oferecer sem ser persuadido. ― Em parte, porque você é meu companheiro e se você se matar, eu vou morrer com você. ― Ele fez uma pausa e esfregou a palma da mão sobre o seu cabelo curto e molhado. ― Principalmente, porém, é porque você é a primeira pessoa que já precisou de mim. Ele não estava se lamentando, nem parecia triste sobre o fato. Afirmou isso como uma simples verdade do que havia acontecido com ele desde cedo, Jude assumiu. Enquanto ele apreciava que Whitley não sentia pena de si mesmo, ele não gostava do jeito que o cara via a si mesmo. Do pouco que sabia sobre ele, Whitley era inteligente, gentil e altruísta. Essas não eram qualidades que o moviam na cadeia alimentar, mas também não o tornava fraco. Mesmo que ele precisasse da ajuda de Whitley, Jude honestamente gostava do cara. Com isso dito, ele decidiu que se ele estava arrastando seu companheiro dentro do tanque do tubarão, ele queria que Whitley soubesse pelo menos algumas informações básicas de auto-defesa. Isso não iria ganhar nenhuma guerra, mas podia evitar que o homem acabasse morto ou pior. E sim, havia coisas piores do que a morte. ― Quão rápido você pode nos levar a Santa Rosa?
― Papai deve retornar em um par de horas. Assim que verifiquem o avião sobre o reabastecimento, podemos sair. ― Você tem seu próprio avião? ― Jude balançou a cabeça rapidamente. ― Não importa. Obrigado, Whit. Whitley deu um sorriso torto, e seus olhos brilharam de malícia. ― Ei, isso me deixa fora de jantar com minha mãe.
― Ok, pise no meu pé e jogue sua cabeça, cotovelos e quadris para trás. ― Jude, eu vou te machucar. Whitley não sabia sobre isso. Enquanto parte dele estava morrendo de vontade de aprender a deixar de ser o saco de pancadas de outra pessoa, ele não sabia ele poderia propositadamente ferir seu companheiro. ― Esse é o ponto, Whit. Um dos braços de Jude estava enrolado em torno de sua garganta, enquanto o outro pendia inerte ao seu lado. Jude explicou que se alguém o segurasse nesta posição particular, eles estavam muito provavelmente usando sua outra mão para apontar uma arma para alguém enquanto eles usavam Whitley para alavancar ou como um escudo humano. Nem parecia muito atraente para ele. ― Eu não posso fazer isso. ― Você pode.
― Eu não posso. ― Pare de dizer isso e faça. Jude grunhiu em seu ouvido, e Whitley tremeu, embora não de medo. Ainda assim, ele não conseguia machucar Jude. Mudando os pés na grama, Whitley olhou ao redor seu quintal e suspirou. ― Sinto muito. Isso não vai funcionar. O braço de Jude apertou em torno de sua garganta, cortando-lhe o fluxo de ar. ― Faça isso ―, ele rosnou.
― Ou você é fraco demais para me
impedir? Whitley lutou e puxou os braços de Jude, mas ele poderia muito bem estar tentando dobrar uma barra de aço por toda a ação que ele fez. ― O que você vai fazer Whit? ― Jude o insultou enquanto o seu braço apertava em volta de seu pescoço, mandando-o em pânico.
― Você
pode me parar quando quiser. Basta fazer o que eu mostrei. Seus
pulmões
queimaram
e
a
necessidade
de
respirar
era
esmagadora. Quanto mais ele lutava contra seu companheiro, mais apertado Jude o segurou, até que Whitley sabia que ele ia desmaiar por causa da privação de oxigênio. ― Faça isso! Whitley dobrou o joelho, levantou o pé do chão, e, em seguida, bateu com ele em cima de Jude tão duro quanto podia. Ele ouviu um grunhido abafado, e o braço em volta do pescoço afrouxou. Ganhando confiança, ele sacudiu a cabeça para trás, estremecendo quando bateu solidamente com o queixo de Jude. Seu cotovelo e quadris se moveram ao mesmo tempo, e Jude gemeu, liberando a sua restrição, e Whitley caiu no chão, ofegando por ar. Um enorme sorriso se espalhou em seus lábios um momento mais tarde, e ele rolou na grama para olhar para Jude. ― Eu fiz isso.
Jude coçou o queixo e a barriga, mas ele também estava sorrindo, e olhou em sua maioria ileso da provação. ― Eu avisei. ― Como faço para evitar ser atropelado? Whitley perguntou, se levantando e limpando a sujeira de seu traseiro. ― Fique na minha frente. Whitley saltou em seu lugar, ansioso para aprender mais com seu companheiro. ― Agora, o que você faria se eu fosse bater em você? Jude puxou o braço para trás, em seguida, o jogou para frente, o punho direito mirando o nariz de Whitley. Whitley reagiu por instinto, baixando no chão, enrolado em uma bola, e envolvendo os braços em volta da cabeça. ― Bem, isso iria funcionar por cerca de dois segundos, ― Jude disse com um suspiro. ― Vamos tentar de novo. Se desenrolando, Whitley se levantou e inclinou a cabeça para o lado. ― Isso funcionou antes ―, disse ele defensivamente. Isso não foi estritamente verdadeiro. Além do pai de Jude, isso nunca havia parado seus atacantes. No entanto, o salvou de um monte de ferimentos faciais. ― Certo ―. O sarcasmo de Jude não era muito lisonjeiro. ― Tente esta vez. Eles trabalharam juntos por mais meia hora, Whitley absorvendo tudo o que podia aprender. Jude era um excelente professor, e não doeu que ele era bom para os olhos também. Ele nunca perdeu a paciência, mas ele sabia quando e como empurrar Whitley quando ele precisava. ― Bom, bom ―, elogiou Jude.
― Faz novamente. ― Seu punho
cortou o ar novamente, e Whitley respondeu abaixando para o lado e atirando o braço para cima para proteger o golpe. ― Excelente!
Radiante de orgulho, Whitley se estendeu na ponta dos pés e apertou os lábios para Jude em um beijo forte, estalado. Eles nunca realmente tinham se tocado a menos que eles estavam fazendo sexo, então ele esperava que fosse permitido. Ele achava que era quando ele puxou de volta para encontrar Jude sorrindo para ele. O telefone de Whitley começou a tocar antes que qualquer um deles pudesse falar, e ele o pegou no bolso, conectando a chamada, e o apertou contra seu ouvido. ― Ei, Benny, está tudo pronto? ― Estaremos prontos para a decolagem em cerca de 40 minutos, Sr. Turner. ― Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não me chamar assim? ― Whitley revirou os olhos e bufou.
― Ok, nós vamos estar aí em 30.
Obrigado por fazer isso, Benny. ― É o meu trabalho. ― Houve uma pequena pausa, e quando seu piloto falou novamente, havia um sorriso em sua voz.
― Você sabe que eu
estou feliz em ajudar, Whitley. Vejo você em breve. Colocando o telefone de volta no bolso, Whitley olhou para o céu escurecendo, respirou fundo, e falou lentamente. ― Eu acho que é isso. ― Você está com medo? Era uma pergunta razoável, e Jude não parecia zombar dele. ― Um pouco, eu acho. ― Ele piscou para seu companheiro para aliviar o clima.
― Isso ainda é melhor que o inferno de ficar aqui e ver a
minha mãe. Jude não parecia muito divertido, apesar de tudo. ― Você prefere voar por todo o país e ter uma possível lesão corporal a ter um jantar com sua família? ― Sim, isso resume tudo.
Capítulo 6 ― Então, me diga sobre o seu irmão. ― Jude falou de Carter como se ele fosse uma criança, o que significava que tinha de haver uma diferença de idade grande entre eles. Jude suspirou e se moveu mais adiante em seu assento. ― Carter é o meu meio-irmão. Minha mãe morreu quando eu tinha nove anos, e meu pai tinha outra mulher vivendo com ele uma semana depois ela foi enterrada. Era obviamente uma memória dolorosa para Jude. Whitley se inclinou em sua cadeira onde se sentou em frente ao seu companheiro, e pegou a mão de Jude. ― Sinto muito sobre sua mãe. Seu relacionamento com sua própria mãe poderia ser descrita como tenso na melhor das hipóteses, mas a tristeza na voz de Jude disse que não tinha sido o mesmo para ele. ― Obrigado ―. Jude apertou a mão de Whitley um pouco e olhou para fora da janela pequena. ― Havia uma série de mulheres dentro e fora depois até que ele conheceu Isa Gamble. ― Gamble? ― Whitley franziu as sobrancelhas, e buscou em suas
memórias, tentando determinar onde ele tinha ouvido o nome antes. ― Sim, a filha de Emmett Gamble, o ancião que preside os shifters oceânicos. ― Ouvi dizer que ele assumiu todos os shifters de água, não só a variedade de água salgada. Não foi a coisa mais útil que ele poderia ter dito, mas foi a primeira coisa que veio à sua mente, e só saiu antes que ele pudesse deter. Jude apenas riu. ― Pode ser. Eu não tenho nenhuma tendência a política, por isso nem ouço quando alguém começa a falar sobre isso. Seu polegar se moveu para trás em toda a lateral da mão de Whitley, mandando um formigamento até seu braço. ― De qualquer forma, Isa não tem muito poder, mas seu pai tem, então, meu pai estava determinado a ficar com ela. Isso não o impediu de manter outras amantes do lado, no entanto. Eu não sei a história toda, e eu não quero saber. Cerca de seis meses atrás, este adolescente de olhos brilhantes, bate em nossa porta à procura de seu pai. Você poderia dizer só de olhar para ele que ele era filho de meu pai. ― Eu imagino que sua esposa não reagiu muito gentilmente para isso. Há quanto tempo eles estão juntos? ― Quarenta e dois anos ―, Jude respondeu com um sorriso torcido. ― E você está certo. Isa fez as malas e saiu no mesmo dia. ― Por que o seu pai só não expulsou Carter? Ele obviamente não o queria lá. Whitley tinha uma sensação de que ele sabia a resposta, no entanto. Era tudo sobre o poder. ― Meu pai é louco, ok? Ele também é uma daquelas pessoas que nunca faz nada de errado. Se as coisas não dão certo para ele, é sempre culpa de alguém. A mãe de Carter morreu no ano passado, então ele não podia
culpá-la. Isso deixou Carter. Na mente de Reginald Chambers, Carter é a razão pela qual ele perdeu Isa, ou mais ao ponto, o dinheiro e o poder que ela trouxe para o relacionamento. ― Eu entendo. ― Whitley enlaçou os dedos através de Jude e trouxe suas mãos ligadas aos lábios para roçar um beijo nas juntas de Jude.
―
Vamos tirá-lo de lá. ― Algo que Jude havia dito anteriormente voltou para ele. ― Se Carter tem vivido lá há menos de um ano, por que você não poderia jamais o deixar? ― Carter não é o único que depende de mim. Cara tem sido como uma mãe para mim durante a maior parte da minha vida. O resto do pessoal do meu pai é mais família para mim do que ele sempre foi. Eu tenho dinheiro suficiente para cuidar de mim, mas eu não posso manter todas as pessoas alimentadas e vestidas por conta própria. Achei que o mínimo que eu podia fazer era ficar por aqui e vigiar a interferência do meu pai. ― Você é um bom homem com um coração grande. Não há vergonha nenhuma nisso. Talvez você não tenha que suportar toda a responsabilidade sozinho.
― Parecia um enorme fardo para Whitley, pesado demais para um
homem só. ― Bem, eu tenho você agora, não tenho? ― Jude piscou antes de soltar a mão de Whitley, estabelecendo-se de volta em seu assento, e fechando os olhos. ― Eu só não quero que ninguém se machuque. Whitley também não, especialmente se esse alguém era ele. ― Você tem um plano, ou será que estamos indo só para aparecer e tipo, assa-lo? ― Ele gostava de ter seus patos enfileirados, tudo bonito e arrumado, mas ele não tinha a menor ideia por onde começar com isto. ― Vamos esperar até que meu pai esteja fora de casa. ― Jude abriu os olhos e olhou para Whitley sério. ― Depois disso, é apenas um pouco de sorte. ― Ele sentou-se um pouco mais reto em seu assento. alguma coisa sobre as celas que seu pai constrói?
― Você sabe
― Carter está em uma cela? Whitley perguntou em estado de choque. Jude acenou com a cabeça, estudando-o cuidadosamente. ― É uma cela portátil, mais como uma gaiola grande no meio de uma sala. Whitley balançou a cabeça lentamente. ― Sim, eu posso ajudar com isso. ― Formação para assumir os negócios da família? ― Jude perguntou com um sorriso. ― Não exatamente. ― Whitley mordeu o lábio e desviou o olhar. Como ele ia dizer para Jude que ele era realmente o único a criar as celas e seu pai só construiu? Ninguém nunca tinha acreditado nele, e depois de um tempo, ele simplesmente parou de tentar convencê-los. ― Bem, eu aprecio qualquer ajuda que você pode me dar. ― Jude se mexeu em seu assento e fechou os olhos novamente. ― Acorde-me quando chegarmos perto. Whitley tinha mais perguntas, mas ele as manteve para si mesmo. Subindo suas pernas em seu assento, ele apoiou o queixo para cima na palma da mão e olhou para fora da janela. Não tinha muita visão, as nuvens na maior parte estavam apenas escuras, mas não importava. Ele mal as viu. A única maneira que Reginald Chambers poderia ter uma cela em sua casa era através de suas conexões com a UPAC, ou porque o próprio pai de Whitley havia construído para ele. Desde que ele nunca tinha ouvido falar de Jude ou seu pai psicótico, ele estava se inclinando para a primeira opção. O que não o fez se sentir melhor, no entanto. Ele havia descoberto a forma de silenciar um poder paranormal por acidente, mas depois disso, não tinha levado muito tempo para perceber o potencial da informação. Agora, algo que ele tinha desenhado para ajudar a manter as pessoas seguras do mais selvagem de sua espécie estava sendo
usado como uma prisão para uma criança inocente. Ele não sabia o que os anciãos haviam feito antes da invenção da sedação das celas. Claro que ele precisava de capital para obter a sua ideia em funcionamento, e é aí foi que ele cometeu o erro de ir a seu pai. Ele devia ter sabido que algo estava acontecendo quando seu pai concordou, sem hesitação, reservas ou questionamentos. Mesmo com a idade de dezesseis anos, ele deveria ter sabido melhor, mas ele queria tão desesperadamente a aprovação de sua família, que ele não parou para pensar nas consequências. Antes que a primeira cela fosse concluída ou testada, Seymour havia vendido a ideia para a UPAC. Whitley não sabia por quanto seu pai tinha assinado o contrato, mas o único dinheiro que ele viu foi o que seu pai lhe pagou para manter a calma e continuar a elaboração de novos projetos e melhorias para as celas. Se arrastando da cadeira, ele deixou seu companheiro dormir para ir vasculhar a geladeira. Depois de sua viagem deprimente na memória, ele poderia realmente usar uma bebida. Embora ele tivesse descartado a tripulação de voo antes da partida, ele esperava que eles tivessem se lembrado de estocar seus chocolates favoritos.
Jude não estava se sentindo muito feliz quando ele deslizou para o banco traseiro do SUV esperando por eles no aeroporto. Parecia ser uma recorrência comum quando ele estava na presença de Whitley. O homem não era nada como ele esperava que ele fosse, e culpa revolvia em suas entranhas
como um peso de chumbo com o que ele estava fazendo ao seu companheiro. Era tarde demais para voltar atrás agora, mas ele prometeu a si mesmo que uma vez que Carter estivesse seguro, ele tinha que resolver isso com Whitley. Ele não tinha certeza de como ele ia realizá-lo, mas gostaria de encontrar um caminho. ― Bem-vindo ao lar, Jude ―, o motorista disse com um sorriso jovial. ― É bom ter você de volta. ― Obrigado, Arman. ― Jude deu ao homem um sorriso genuíno e virou em seu assento, agitando uma mão para indicar Whitley.
― Este é o
meu companheiro, Whitley Turner. Whit, este é Arman. Ele é parte do pessoal do meu pai e um bom amigo. ― É bom conhecê-lo, Arman. ― Whitley sorriu e inclinou a cabeça antes de voltar e afivelar o cinto de segurança. ― Da mesma forma, Sr. Turner. ― Arman falou cordialmente, mas Jude não achou que ele perdeu o rastro de desconfiança em sua voz. Ele não gostou, mas ele entendeu. Estranhos geralmente soletravam problemas. Se Whitley notou as boas vindas menos calorosas, ele não deu nenhuma indicação disso. Ele só encostou a cabeça no encosto de cabeça, cruzou as mãos no colo, e fechou os olhos. O homem tinha que estar esgotado. A última vez que ele realmente dormiu foi na noite antes de deixar a Escócia. E, no entanto, já estava empurrando vinte e quatro horas acordado. ― O que está acontecendo em casa, Arman? ― Bem, seu pai está chateado, isso é certo. Eu não sei o que diabos vocês dois arrumaram na reunião, mas ele chegou em casa com um chip em seu ombro. Ele está pisando em torno do lugar, rosnando para quem fica em seu caminho. Estamos fazendo o que podemos para distraí-lo de Carter, mas não sei quanto tempo isso vai funcionar. Ele já demitiu Judith. Jude baixou a cabeça e gemeu. Nada disso foi culpa dele, e ainda tudo era culpa dele. Ele nunca deveria ter saído. Três dias que ele tinha saído,
e as coisas já estavam indo à merda. Desafiando seu pai e aceitar Whitley como seu companheiro provavelmente não ajudou as coisas. ― Qual é a sua agenda para amanhã? Arman sabia exatamente o que ele estava pedindo, o que tornou as coisas um inferno de muito mais fácil. ― Ele tem reservas para o jantar às sete horas. Tenho instruções rigorosas para pegá-lo precisamente às sete e quarenta. Isso não o deixava com muito tempo para entrar, obter Carter, e sair. ― Onde estão suas reservas? ― O Trevo. Menos de 10 minutos de casa, de modo que lhes deu menos de uma hora. ― Whit, quanto tempo você vai demorar para obter a cela aberta? A testa de Whitley se moveu, mas ele não abriu os olhos. ― Eu teria que ver primeiro a configuração. Eu acho que não mais que vinte minutos, no entanto. Jude suspirou de alívio. Eles poderiam fazer isso. ― Precisamos de um carro ―, ele murmurou mais para si mesmo do que ninguém. Sua caminhonete ainda estava estacionada na garagem, mas seu pai, certamente notaria a sua ausência. Eles poderiam usá-la, uma vez que tivessem Carter, mas eles precisavam de um solução para chegar à casa, em primeiro lugar. ― Não podemos simplesmente pegar um táxi? ― Whitley perguntou, finalmente abrindo os olhos e sentando-se um pouco mais reto. ― Uh, sim, eu acho que podemos. Isso não parecia muito capa e espada. Quem diabos tomou um táxi para uma missão de resgate? ― Eu tenho uma alternativa, ― Arman disse por cima do ombro. ― Eu sou todo ouvidos ―, Jude respondeu.
― Você podia ficar na casa da piscina. Seu pai estava bem abalado quando eu saí. Precisou de três da equipe pra leva-lo ao seu quarto. Ele nunca saberá que você está lá. ― Exatamente qual era o seu plano, se ele não estivesse caindo de bêbado? ― Jude não tinha pensado muito bem quando ele tinha chamado Cara e pediu para ter um carro encontrá-los na pista. ― Ele sempre vai para a cama bêbado ―, Arman finalizou. Jude não poderia refutar isso, então ele apenas riu e balançou a cabeça. ― Ok, então será a casa da piscina. Parecia que Whitley queria dizer alguma coisa, mas no final, ele apenas apertou os lábios e voltou a olhar pela janela. Com tantos pensamentos diferentes flutuando em torno de sua cabeça, Jude não lhe deu muita atenção. Se o homem tinha algo a acrescentar à conversa, ele acabaria falando. Caso contrário, não era de qualquer ajuda, e, portanto, não tinha qualquer utilidade para ele. Seu companheiro voltou-se para ele de novo, abriu a boca, fechou-a, e balançou a cabeça. Ele fez isso mais duas vezes, e Jude achou isso perturbador. ― Se você tem algo a dizer, apenas cuspa. ― E os guardas? ― Não existem guardas. Whitley inclinou a cabeça para o lado e franziu a testa, mas não disse mais nada. O comportamento foi começando a grelhar os nervos de Jude. Ele precisava de Whitley, no entanto. Rosnar para o homem não ia lhe garantir nenhum favor. As próximas milhas passaram em um silêncio tenso, e Jude estava começando a se sentir sufocado no confinamento do veículo. Ele só tinha que se segurar por mais algum tempo. Seria tudo mais cedo. Então ele tinha que
se concentrar no que vinha a seguir. Ele
não
poderia
deixar
a
equipe
assumir
a
culpa
pelo
desaparecimento de Carter. Ele ia ter que jogar limpo com Whitley, eventualmente, também. Não que alguma coisa que ele disse tenha mentira, mas havia um monte que ele não estava dizendo. O número um da lista que é que eles não estavam voltando para Virginia uma vez que isto estivesse terminado. Jude sentiu-se como a escória do planeta por manter as coisas escondidas de Whitley, mas não havia nenhuma maneira de contornar isso. Carter estava contando com ele, e não havia nada que ele não correria o risco para manter seu irmão seguro.
Capítulo 7 ― Parecia que você tinha algo a dizer no carro. Whitley mordeu o lábio e olhou para a televisão em branco. Eles tinham todas as persianas e cortinas fechadas, e apenas uma lâmpada acesa. Ele entendeu a necessidade de manter um perfil baixo, mas o deixava nervoso. ― Whit? Oh, ele tinha muito a dizer no interior do SUV, e ele ainda tinha. Ele só não sabia se devia dizer isso. Havia várias coisas que não estavam se somando com a história de Jude, mas talvez ele estivesse apenas sendo paranóico. Não seria a primeira vez que ele saltou para suas conclusões apenas para descobrir que ele tinha sido completamente errado sobre a
situação. Jude suspirou e caiu no sofá ao lado dele. ― Apenas me diga tudo o que você quer dizer. ― Por que estamos fazendo isso? Quero dizer, por que não basta ir aos anciãos? Certamente eles não vão deixar que o seu pai mantenha Carter prisioneiro. Whitley tinha assumido que seu comportamento furtivo tinha algo a ver com um monte de guardas contratados. Quando Jude lhe informou que não havia guardas na casa, a primeira dúvida se formou e se espalhou como fogo. ― O Ancião Gamble não quer que a existência do meu irmão vaze. Não só mostraria a mentira e o enganador que meu pai é como também ia deixar Isa mau. ― Isso é apenas um ancião, Jude. Há uma abundância de outros. Faça a sua escolha. Jude sacudiu a cabeça obstinadamente. ― Eu não posso arriscar. Não sei quantos deles sabem sobre isto ou apoia Gamble e meu pai. Não posso arriscar indo para a pessoa errada. Eu nunca veria Carter novamente. Comprimindo a ponte de seu nariz, Whitley fechou os olhos e engoliu o gemido que construiu em seu peito. ― Então por que estamos tentando esgueira-lo? Se não houver guardas, em seguida, o que só deixa o seu pai para nos parar. Tenho certeza que você pode dominá-lo. ― E quanto tempo você acha que ele levaria para chamar o Ancião Gamble e ter guardas da UPAC respirando no nosso pescoço? Jude estava ficando com raiva, mas isso ainda não estava fazendo qualquer sentido, tanto quanto podia ver Whitley. ― Você acha que ele não vai saber quem o levou? ― Ele vai saber, mas pelo tempo que ele perceba que algo está
errado, nós vamos ter uma boa dianteira. Nós só precisamos nos esconder até eu descobrir quem podemos confiar. ― Se o homem não tivesse descoberto isso nos seis meses desde que Carter entrou em sua vida, Whitley duvidava que ele pudesse fazer isso antes de serem pegos por sequestro. Jude estava escondendo algo. Whitley não esperava que ele a derramar todos os seus segredos depois de apenas um dia, mas isso era diferente. Este foi burro Whitley na linha se foi pego. Ele imaginou se ele estava se colocando lá fora, para a perseguição, ele pelo menos tinha o direito de saber o que diabos ele estava fazendo para ela. ― Eu vou dormir um pouco. ― Talvez isso fizesse mais sentido quando ele acordasse, porque agora, ele não estava se sentindo muito amigável com o seu companheiro. ― Talvez devêssemos tirar toda a coisa de consumação do caminho. Então eu não vou ter que acordar você mais tarde, e você pode simplesmente dormir até que meu pai deixe a casa. A boca de Whitley caiu aberta durante um segundo antes de ele a fechar. Jude estava falando sério? Ele tinha posto sexo em sua lista de coisas a fazer. ― Você sabe o que, Jude? ― Whitley fechou os olhos e suspirou. ― Honestamente, você pode simplesmente ir se foder. Então ele se virou e saiu do quarto, deixando Jude falando sozinho atrás dele. ― De tudo o estúpido, arrogante... ― Ele resmungou quando caminhou no pequeno corredor em direção ao quarto. Bem, pelo menos, o lugar tinha um quarto, e ele seria capaz de ficar longe de seu querido companheiro por um tempo. Fechando a porta atrás dele, ele tirou suas roupas e subiu na cama. Seu corpo inteiro estava tremendo na hora que ele puxou os cobertores em torno de seus ombros. Nunca em sua vida ele tinha dito algo rude para outra
pessoa. Ele tinha ficado tão magoado e irritado porque Jude poderia pensar em algo assim, e quanto mais dizer em voz alta. Eles não se conheciam bem, ainda não de qualquer maneira. Mas Whitley sentiu que eles tinham uma ligação. No mínimo, ele achou que eles tinham um respeito mútuo. Nenhum deles tinha escolhido por isso, estarem ligados um ao outro. Ainda assim, Whitley estava fazendo o seu melhor para fazer isso funcionar, e as palavras descuidadas de Jude o fez se sentir como uma prostituta de aluguel. ― Whitley? ― A porta do quarto se abriu, e Whitley fechou os olhos. ― Whit, me desculpe. Isso foi uma coisa estúpida de se dizer. Eu não quis dizer isso, ok? ― Certo, porque não havia outra maneira para ele levá-la. ― Jude, não precisamos nos preocupar com isso pelo menos nas próximas oito horas. Você pode voltar depois? ― Whitley estava assustado com seu comportamento. Ele nunca falou de volta, nunca fez ondas. Isso foi antes que ele tivesse um companheiro. Sua família não podia respeitá-lo. Seus ex-amantes nunca fizeram. Mas dane-se! Ele não achava que ele estava pedindo muito. O fim da cama caiu quando Jude se sentou no colchão. Whitley nunca tinha encontrado uma pessoa mais cabeça-dura em sua vida. Ele não poderia pedir licença de cara, mas isso não significa que ele tinha que reconhecê-lo. ― Será que podemos falar? ― Não. ― Bem, isso tinha ido bem. Whitley não poderia mesmo ignorar uma pessoa corretamente. ― Olha eu estou estressado e exausto, e eu sou um idiota. Sinto muito, Whit. Eu não acho que eu disse essa merda antes. Você sabe que eu acho que você é mais do que uma maneira de obter minhas pedras. Whitley se levantou na cama e se virou para seu companheiro.
―
Não, eu não sei nada disso. Como diabos eu vou saber? Eu não posso ler sua
mente de merda, Jude! Então, isso só deixa suas ações e suas ações não estão dizendo coisas muito boas no momento. ― Eu sabia que havia algum fogo em algum lugar ―, brincou Jude. Whitley não achou graça. ― Você é um babaca. ― Onde tudo isso está vindo? Quer dizer, eu sei que eu estava fora da linha sobre o comentário do sexo, mas tenho a sensação que começou antes disso. ― Você está mentindo sobre algo ―, desabafou Whitley. Jude fechou os olhos e seus ombros caíram, confirmando as suspeitas de Whitley. Quando olhou para cima novamente, não havia nada em seus olhos, como Whitley esperava ver. ― O Conselho não pode saber sobre Carter, ok? Apenas... Apenas confie em mim, Whit. ― Isso é um pedido muito grande considerando que você não me deu uma única razão para confiar em você desde que nos conhecemos. Eu estava disposto a acreditar que você era um bom rapaz até que você me provou o contrário. Parece que tudo que você tem feito desde que saímos de Virginia é apenas me provar que algo está errado. ― Isso não é o que eu estou tentando fazer. ― Jude passou a mão em seu rosto e rosnou.
― Há apenas algumas coisas que eu não posso te
dizer. ― No entanto, você ainda quer a minha ajuda. ― O inferno, isso era tudo Jude queria. Uma vez que soube que Whitley poderia manipular a segurança na cela, ele não parecia ter qualquer outro uso para ele. ― Sim. ― Eu vou ajudar ―, admitiu Whitley. ― Eu não estou fazendo isso por você, no entanto. Eu estou fazendo isso por Carter. Jude lhe deu um olhar estranho que ele não conseguiu decifrar antes
dele desviar o olhar rapidamente. ― Eu estou bem com isso.
Jude andava inquieto em todo o piso acarpetado, esfregando os braços e rosnando baixinho. Sua pele se arrepiou, suas entranhas ferviam, e sua camisa estava embebida de suor, se agarrando a ele, desconfortável. Seu cérebro argumentou que o sexo não estava na agenda, mas seu corpo não estava recebendo a mensagem. Seu pau estava duro o suficiente para cortar vidro e não muito feliz por estar confinado dentro de seu jeans. Mesmo se Whitley estivesse disposto, o que, depois de sua explosão, Jude duvidava, não havia tempo. Seu pai iria sair em vinte minutos para cumprir sua reserva, e eles precisavam estar prontos para se mover. Caminhando até a porta do quarto, ele bateu alto. ― Whit, está na hora. A porta do quarto se abriu, e Whitley olhou para ele, o rosto vermelho, marcado com suor na testa. Ele estava completamente vestido, e parecia tão desconfortável quanto Jude. ― O que acontece se deixarmos de ter sexo a cada vinte e quatro horas? ― De acordo com os anciãos, perdemos nossa capacidade de mudar e ficamos selvagens. Ainda é suportável. Nós vamos ficar bem por mais um tempo. Whitley rosnou e o empurrou.
― Basta parar de falar. Tudo que sai de sua boca me irrita.
― Ele
arranhou os braços e puxou o colarinho de sua camisa de algodão. ― Você é sem dúvida o pior companheiro no planeta. Judas sabia que ele não estava fazendo um grande trabalho, mas não sabia que ele ia levar isso tão longe. ― Eu estou tentando, Whit. O que você quer de mim? ― Esqueça isso. Então, qual é o plano? Tomando uma chance, Jude percorreu as pontas dos dedos na parte de trás do pescoço de Whitley, sorrindo quando seu companheiro estremeceu. ― Isso é importante, Whit. Nós não temos uma enorme margem de tempo para fazer este trabalho. Eu prometo que vou cuidar bem de você assim que nós sairmos daqui. Por favor, confie em mim. Ele estava pedindo muito para o homem e dando muito pouco em troca, mas ele não poderia dar uma chance do homem saltar sobre ele. Se aproximando mais, ele se moldou em Whitley, fechando seus braços ao redor do peito de seu amante, e beijou o lado do seu pescoço. ― Estamos juntos nisso, certo? Eu estou sofrendo o mesmo que você, mas você sabe o quê? Eu quero você mesmo se eu não estivesse. Não era apenas uma mentira que ele inventou para ganhar o respeito de Whitley. Whitley era diferente de qualquer pessoa que ele tinha conhecido e muito diferente do que Jude imaginava que ele seria. Havia algo tão perdido sobre ele, mas ele tinha uma força interior que ele ainda não tinha percebido. Mesmo que não tivesse começado assim, Whitley estava rapidamente se tornando alguém que Jude podia facilmente se apaixonar. ― Quando a gente sair dessa confusão, eu quero a verdade, Jude. Eu quero saber tudo. Eu acho que você me deve isso. ― Uma vez que estivermos seguros, vamos sentar e conversar durante dias se é isso que você quer. Eu vou lhe dizer todos os pensamentos que eu já tive.
― Isso não é o que eu quero. ― Whitley retirou os seus braços e se virou para enfrentá-lo. ― Eu não preciso saber a sua história de vida. Eu só quero saber as partes que me envolvem. Isso. ― Ele acenou para a janela, indicando a sua situação atual. ― Trata-se de mim, e eu tenho o direito de saber. Ele estava certo, é claro. Quanto menos ele soubesse, melhor tudo estaria. Isso parecia ser um grande plano no começo, mas agora Jude se sentia em conflito. Por um lado, ele precisava de ajuda de Whitley para tirar o seu irmão da cela. Por outro lado, Whitley não era um idiota, mimado arrogante como Jude tinha imaginado que um Turner seria. O cara tinha se oferecido para ajudá-lo sem exigir nada em troca. Jude ainda estava tentando navegar na linha do certo e errado quando seu celular tocou com uma mensagem de texto de Arman, dizendo-lhe que era hora de ir. ― Eles estão saindo. ― Vamos acabar com isso. ― Não havia nenhum traço do brilho nos olhos Whitley, o brilho que eles tinham enquanto eles estavam praticando jogadas em seu quintal. Ele não parecia preocupado como ele ficou no avião, ou confuso e frustrado como ele tinha ficado no carro. A raiva de momentos antes tinha ido embora, e ele nem sequer parecia tímido como quando eles se conheceram. Seu olhar estava simplesmente vago. Esse olhar fez o interior da barriga de Jude se apertar dolorosamente. Não era para ser assim. Ele não tinha a intenção de machucar Whitley. Eles deveriam ter mais tempo juntos antes que ele descarregasse todo este drama sobre o cara. As coisas não tinham acontecido dessa forma, embora, e agora não havia para onde ir, somente seguir em frente. Sem nada para dizer que poderia fazer as coisas melhor, Jude simplesmente balançou a cabeça, pegou sua mochila do chão, e estendeu a mão para Whitley. Seu companheiro parou, pegou sua mochila, colocou sobre o ombro antes de virar as costas e marchou em direção à porta. Não era
pesada, mas Jude percebeu que era algo pequeno que ele poderia fazer para o homem. Aparentemente, ele estava errado. Whitley não queria nada em troca de sua ajuda. Ele não queria nada de Jude. Isso não era exatamente verdade. Ele queria que Jude fosse um bom companheiro. Qualquer coisa seria um passo acima do modo como ele tinha agido até agora, mas Jude não podia se preocupar com isso naquele momento. ― Há um caminho no quintal que a equipe de serviço usa para percorrer o terreno. Seguiremos para a parte de trás da casa e entraremos pela cozinha. ― Tudo bem ―. Whitley abriu a porta e fez sinal para Jude ir primeiro. ― Me mostre o caminho. Parando ao lado de seu companheiro antes de sair da casa da piscina, Jude olhou nos olhos de Whitley por um longo momento. ― Sinto muito. Whitley olhou para ele vagamente, enquanto suor continuava a rolar de seu rosto e seu corpo tremia da necessidade reprimida. ― Sim, eu sei. Com um pedacinho dele morrendo por dentro, Jude acenou com a cabeça bruscamente e passou pela porta, esperando que Whitley fosse acompanhá-lo antes de correr até o caminho que levava à casa principal. A viagem não foi longa, levando pouco mais de um minuto para alcançar a porta dos fundos. Jude espreitou através do vidro, sorrindo quando ele encontrou Lucia se movendo dentro da cozinha. Abrindo a porta, ele colocou o dedo aos lábios para silenciá-la quando ela se virou com uma exclamação de surpresa. Seus olhos estavam arregalados, mas ela acenou com compreensão e apontou em direção ao teto. ― Sua picape estará esperando lá na frente ―, disse ela calmamente, e em seguida, voltou a seus afazeres como se os dois homens não tinha acabado de estourar em sua cozinha.
Verificando por cima do ombro para se certificar de que Whitley ainda estava o seguindo, Jude os levou dentro da casa, até um lance de escadas. Correndo pelo corredor, ele parou na última porta à esquerda e pressionou seu ouvido nela, verificando todos os sons dentro. Quando ele não ouviu nada, ele fez sinal para Whitley ficar parado enquanto ele corria de volta pelo corredor, no escritório de seu pai, e direto para sua mesa, vasculhando as gavetas até que ele encontrou a chave do quarto. Uma vez que ele tinha o pedaço de metal firmemente em suas mãos, ele correu de volta para seu companheiro, colocou a chave na fechadura, e girou a maçaneta. No minuto em que eles entraram na sala, um grito ecoou no ar, e Carter mostrou os dentes. Seus olhos estavam arregalados e enlouquecidos, suas narinas queimando, e ele rosnou ferozmente para eles. Parecia que ele não tinha tomado banho ou sido alimentado em dias. Suas roupas estavam penduradas fora dele, como pedaços de material de sucata, e seu cabelo parecia uma massa confusa e emaranhada. Havia queimaduras e contusões frescas enchendo a pele exposta, e Jude queria encontrar seu pai e destruí-lo lentamente. ― Carter, vamos tirá-lo daí. Apenas espere ok? Se Carter entendeu, ele não deu nenhuma indicação e somente se atirou contra as grades de sua jaula e gritou para eles. Jude sacudiu a cabeça tristemente e voltou ao seu companheiro. ― Precisamos nos apressar. Whitley estava congelado no lugar, os olhos arregalados e a boca aberta. ― Por que você não me contou? Foda Jude, isto é loucura. Eu não posso fazer isso. ― Whit, você tem que me ajudar. ― Jude resistiu ao impulso de pegar o homem e sacudi-lo. ― Eu sei que é ruim, mas ele é meu irmão. Ele é
apenas um garoto, e ele não merece isso. Por favor! ― Ruim? ― Whitley balançou a cabeça lentamente.
― Isso não é
ruim, Jude. Isso é muito pior. ― Não é tão ruim assim. ― Ele tinha que acreditar que não era, e Carter estava apenas nas primeiras etapas. Tudo estaria bem. Ele não tinha perdido ele ainda. ― Jude! ― Whitley gritou com ele. ― Ele está selvagem.
Capítulo 8 Bem, Whitley finalmente entendeu por que Jude não podia ir aos anciãos com isso. Nenhuma maneira no inferno que eles permitiriam que Carter fosse libertado, sem executá-lo no local. ― Como isso aconteceu? ― Podemos falar depois? ― Jude empurrou a mão pelos cabelos escuros e gemeu. ― Nós não temos muito tempo. Basta desligar a cela para que possamos sair daqui. ― E o que você pretende fazer quando o tirarmos daqui? Ele não está em sua mente direita, Jude. Ele não sabe quem você é, e ele é mais propenso em atacá-lo do que abraçá-lo. ― Eu vou lidar com isso. Eu só preciso de você para obter a cela aberta porra! ― Jude rugiu para ele. Whitley pulou e recuou alguns passos antes de recuperar a compostura e assentir com a cabeça. Ele estava fazendo isso para Carter, porque não importava se o garoto tinha perdido a cabeça ou não, o que tinha
sido feito para ele não estava certo. ― Obrigado ―, disse Jude em reverência quando Whitley largou a mochila perto da porta e caminhou por toda a sala. Whitley o ignorou. Já era difícil se concentrar com Carter gritando e rosnando e ainda com seu próprio corpo, devido ao sobreaquecimento de qualquer maldição que os anciãos tinham posto neles. Ele estava tão furioso com Jude que ele quase desejava que tivesse a coragem de simplesmente ir embora e nunca olhar para trás. Agora que ele foi confrontado com o que aconteceu quando um shifter ficava selvagem, ele estava com muito medo de algo assim acontecer com ele. Contornando em volta para a parte de trás da cela portátil, ele se ajoelhou perto de uma pequena caixa de metal ligada a uma das barras de aço. Carter disparou em sua cela com os braços estirados através das barras, forçando Whitley a recuar para fora de seu alcance. Carter puxou para trás e gritou quando a pele em seus braços começou chiar devido à corrente elétrica através das grades. Isso não o impediu de tentar novamente. ― Jude, eu preciso que você o distraia. A caixa de controle que estava conectada à cela foi o pior projeto que Whitley já tinha visto, mas ele sabia que as coisas tinham mudado desde que seu pai assumiu o controle. Deus, o homem era um idiota. ― Carter, ― Jude disse em voz alta, sua voz profunda ressoando por toda a sala. ― É isso mesmo. Venha aqui, amigo. Sim, é Jude. Você se lembra de mim, certo? Whitley duvidou seriamente que Carter se lembrava de seu próprio nome, mas pelo menos ele se afastou e foi lentamente em direção de Jude, para persegui-lo do outro lado da cela. Trabalhando tão rápido quanto seu corpo trêmulo permitiu, Whitley se recostou em sua bunda e chutou o bloqueio ligado à caixa, quebrando-o com tanta facilidade que teve de rolar os olhos.
Uma vez que ele tinha o painel de controle exposto, ele se sentou e fechou os olhos, tentando pensar em que código o seu pai teria usado. Cada célula foi equipada com um código para desativar a alta voltagem que fluía através das barras de metal. A onda de energia extrema era o que anulava os poderes paranormais e os deixavam praticamente indefesos dentro de sua prisão, mas também representava um perigo para os guardas. Dois códigos de substituição separados foram programados em cada cela no caso de um guarda, ou pior, o carcereiro se encontrarem no lado errado das grades. Whitley não tinha ideia de que senha o pai de Jude iria usar, de modo que o deixou com seu próprio pai. Seu pai não era um homem extremamente
inteligente,
nem
era
o
seu
processo
de
pensamento
particularmente complicado, por isso não devia ser muito difícil. Porra, ele sentiu que suas entranhas estavam fervendo. Suor pingava em seus olhos, fazendo-os picar e borrar sua visão. Se eles saíssem desta vivos, ele ia matar Jude. Ele experimentou os números óbvios, primeiro o aniversário do seu pai, aniversário de sua mãe, seu aniversário, os números das contas bancárias de seus pais. Nenhum deles funcionou. Ele até chegou a tentar seu próprio aniversário, mas ele tinha pouca esperança, de modo que ele não estava muito decepcionado quando não deu certo. ― Já se passaram dez minutos, Whit. ― Jude parecia tenso, e Whitley não podia culpá-lo. Ele não tinha ideia de que tanto tempo já tinha passado. Eles ainda tinham, pelo menos, quarenta minutos antes que o Sr. Chambers voltasse de seu jantar, mas uma vez que ele tivesse a porta da cela aberta, eles ainda tinham que arrastar Carter até a picape sem ele mastigar suas cabeças. Ao ritmo que ele estava indo, isso iria chegar bem perto. “Pense porra!” O telefone celular de Jude tocou, e Whitley quase pulou para fora de
sua pele. Ele não sabia o que a mensagem de texto dizia, mas ele assumiu que não era nada bom. Com certeza, pois Jude gemeu quando olhou para a tela do monitor.
― Eu acho que a reunião não saiu como o planejado. Arman vai
tentar parar, mas temos cerca de vinte minutos. Crap! Crap! Crap! Whitley enterrou seu pânico e tentou fazer o seu cérebro trabalhar. Mais e mais ele digitou números diferentes no teclado, mas a pequena luz ainda piscava verde, insultando-o. ― Você sabe que código o seu pai poderia ter usado? ―, Ele finalmente perguntou. ― Não tenho a mínima ideia ―, Jude respondeu distraidamente. ― Doze minutos, Whit. Bem, era uma coisa boa que o seu companheiro estava sendo útil pra caralho. Uma ideia lhe ocorreu, mas foi tão simples que ele duvidava que isso fosse funcionar. Com nada a perder, ele encolheu os ombros e bateu mais uma vez o código de substituição original que ele havia programado uma vez que seu projeto foi concluído-seu primeiro nome soletrado numericamente. A luz verde se acendeu mais duas vezes antes de ficar vermelha, e uma campainha eletrônica soou. Whitley quase caiu de susto. ― Está aberta ―, ele informou seu comparsa no crime. ― Bom trabalho, Whit. ― Jude correu para a porta da cela e tentou abri-la, mas ela não se mexia. ― Oh, certo. ― Whitley deu um tapa na testa, retornando para o bloco de controle e inserindo o código para destrancar a porta. Que não tinha mudado, também. Ele se maravilhou com a estupidez de seu pai. Mas por enquanto, ele estava muito aliviado para se importar. Jude abriu a da cela e deu um passo para trás, segurando as mãos em sinal de rendição para Carter. ― Nós não vamos te machucar. Eu sei que você está aí em algum lugar, Carter. Eu preciso que você venha com a gente. Carter tinha parado de rosnar para eles, mas ele não parecia menos
hostil. Jude deu um passo hesitante em direção à cela, e Whitley começou a questionar se seu companheiro era incrivelmente corajosa ou extremamente estúpido. Ele ia reservar seu julgamento até que ele visse como os próximos minutos iriam se desenrolar. Embora ele estivesse com medo de que ele iria acabar como isca de orca, o calor de acasalamento não tinha diminuído. Seu estômago estava começando a ter cãibra, e seu pênis estava duro e latejante dentro de seus jeans. Se ele não obtivesse alívio em breve, ele estava com medo de que haveria danos permanentes. Olhando para baixo em seu relógio, seu coração chutou com força contra suas costelas, e seu estômago se apertou novamente. ― Sete minutos, Jude. Eles estavam muito perto. Jude disse que eles tinham vinte minutos no máximo. Era possível que seu tempo já estava terminando. ― Foda-se ―, Jude rosnou antes de entrar na célula, levantando Carter por cima do ombro, e sair. ― Vamos. Em linha reta para fora da porta da frente e na minha picape. Não pare para ninguém. Entendeu? Whitley não precisa ser mandado duas vezes. Carter estava gritando e rosnando, batendo contra o traseiro de Jude e balançando as pernas. Ele não era tão grande como Jude, ou mesmo Whitley, mas era malditamente assustador em sua raiva. Ligando os calcanhares, Whitley pegou sua mochila e correu rápido para o corredor. Descendo escadas dois degraus de cada vez, ele saiu pela porta da frente aberta, agradecendo ao moço ali de pé. Jogando sua mochila em cima da traseira do caminhão, ele abriu a porta do passageiro e dançou de pé para pé, enquanto esperava Jude. Ele só teve que esperar um momento antes que Jude estivesse correndo os degraus da escada até ele. Depois de praticamente jogar Carter para o banco traseiro, ele colocou Whitley dentro também e correu em volta para tomar o seu lugar ao volante. Whitley virou em seu assento, pressionando as costas para o painel e
tentando se manter o mais longe possível Carter. O garoto não estava gritando mais. Inferno, ele nem mesmo estava em movimento, mas seus olhos seguiram Whitley como se pudesse atacar a qualquer momento. Jude ligou o carro, pisou no acelerador, e os enviou cambaleando em torno da unidade circular. ― Porra! ― Cuspiu quando passaram o mesmo SUV preto que tinha os pegou no aeroporto. Sem dúvida, era Arman trazendo o Sr. Chambers de sua reunião. ― Vá! ― Whitley gritou, cavando seus dedos em suas coxas e apertando os olhos fechados. Merda como essas não aconteciam com ele. Ele levava uma vida muito normal, chata, e talvez até um pouco deprimente. Jude pressionou o acelerador com mais força, passando através dos portões abertos e para fora na estrada principal. Ninguém falou por um longo tempo enquanto a picape corria sobre o asfalto com Jude se revezando em velocidades perigosas. ― Aonde vamos? ― Whitley perguntou quando ele percebeu que ainda estavam para o oeste. ― O oceano ―, Jude respondeu firmemente. ― Ele precisa mudar. Whitley não via como é que isso ia ajudar, mas, novamente, ele não entendia nada disso. Assim, ele manteve sua boca fechada e os olhos em Carter. Bem, se ele ia morrer pelo menos ele tinha uma história emocionante para contar na sua vida após a morte.
Até o momento que eles chegaram ao seu destino, Carter estava
rosnando novamente e se atirando em torno do banco traseiro. Ele não tentou prejudicá-los, porém, assim que Jude tinha que acreditar que ainda havia esperança. Parando tão perto da praia quanto podia, ele saltou do caminhão e abriu a porta traseira. ― Vai, Carter. Seu irmão não hesitou quando ele se lançou pra fora do banco de trás e correu em direção à água, tirando a roupa enquanto corria. Jude o assistiu até que Carter tinha água até a cintura, as ondas quebrando em torno dele, rezando para que isso fosse funcionar. Ele tinha que acreditar que iria, porque não tinha outras opções. Quando Carter saiu nadando, Jude cruzou os dedos e prendeu a respiração. O garoto nadava como se sua vida dependesse disso, e então ele desapareceu sob a superfície. Pânico revolveu no intestino de Judas, e ele quase entrou após seu irmão. Ele deu dois passos de distância da picape quando Carter emergiu da água, completamente transformado em seu homólogo orca. As pernas de Jude começaram a tremer e um sorriso vacilante apareceu sobre os seus lábios, e ele engoliu o nó na garganta. Eles tinham feito isso. Ele se alertou para não ficar muito animado. Havia uma chance de que Carter não fosse capaz de mudar de volta para humano, ou ele ainda seria selvagem. Mas pela primeira vez em meses, ele tinha esperanças. ― Obrigado ―, ele sussurrou para Whitley sem se virar. ― Será que ele vai ficar bem? Judas se virou para encontrar seu companheiro de joelhos no banco do motorista. ― Eu não sei ao certo, mas eu espero que sim. Ele não tentou nos atacar, e eu juro que vi o reconhecimento em seus olhos, enquanto eu estava tentando distraí-lo. O fato de que ele foi capaz de mudar agora é um bom sinal. Acho que o tiramos antes que pudesse haver qualquer dano
permanente. Aconteça o que acontecer, eu não posso lhe agradecer o suficiente por ajudá-lo. ― Temos que dizer a alguém. Você sabe disso, né? Não podemos simplesmente deixar o seu pai fugir com isso. ― Eu sei, e eu prometo que ele não vai. Vamos apenas dar um passo de cada vez. Whitley franziu a testa, mas balançou a cabeça. ― Posso dar o próximo passo, um que envolve seu pau na minha bunda? ― Seu corpo inteiro vibrou, e seu rosto estava um vermelho carmesim. ― Dói, Jude. Tantas coisas tinham acontecido que Jude tinha sido capaz de afastar seu próprio desconforto. Agora que Carter estava livre e eles estavam seguros no momento, os efeitos do calor do acasalamento lhe bateram com força total. Seu coração trovejou dentro de seu peito, sua respiração acelerou, e seu pau latejava dolorosamente, lutando contra o seu fecho. Não era exatamente uma localização ideal, mas que escolha ele tinha? Ele não poderia deixar seu irmão, e agora que ele reconheceu a necessidade, ele não sabia quanto tempo ele podia esperar para se enterrar dentro do corpo apertado Whitley. Empurrando Carter para o fundo da sua mente, Jude focou toda a sua atenção em seu companheiro. Ele não tinha feito direito para Whitley, e ele sabia disso. A partir desse momento, ele prometeu fazer tudo ao seu alcance para reverter isso. Chegando acima da traseira do caminhão, ele puxou a mochila para fora e vasculhou o bolso lateral até encontrar a garrafa tamanho viagem de lubrificante que tinha escondido lá. Mesmo em sua pressa para chegar ao seu irmão, ele tinha clareza suficiente para perceber que eles iriam precisar. Ponto para ele. Whitley já estava tirando as suas roupas pelo tempo que ele voltou, e
a visão de seu corpo magro e firme puxou um rosnado possessivo dos lábios de Jude. Havia alguns vagabundos que pairavam ao redor da praia, mas com o pôr do sol sobre o horizonte e as temperaturas caindo, a maioria havia desistido e ido para casa. Privacidade não era um problema para ele, mas ele não tinha certeza de como Whitley se sentia a respeito. Desde que o homem estava nu, exceto por suas meias, Jude tinha que descobrir que ele não dava a mínima. ― Eu não posso ir devagar ―, ele alertou quando estalou o botão da calça e deslizou o zíper para baixo. Alcançando dentro de suas boxers e extraindo sua ereção pulsante, ele gemeu e seus olhos quase se reverteram em sua cabeça. ― Definitivamente, duro e rápido. ― Eu estou bem com isso ―, Whitley disse ofegante, girando no banco e se posicionando de quatro, e empurrando a bunda para trás de modo que pairava sobre a borda do assento. Seus joelhos se separaram e ele abaixou até que o peito estivesse pressionado contra o assento, abrindo-se para o olhar de Jude. A primeira vista do buraco rosa de seu companheiro encheu a boca de Jude de água e seu corpo tremeu violentamente. Seu peito rugiu em algum lugar entre um grunhido e um ronronar quando ele abriu a garrafa de lubrificante e regou o líquido escorregadio para baixo no vinco de Whitley. Seus dedos se seguiram rapidamente, esfregando o lubrificante em torno do buraco ansioso de Whitley e empurrando contra os músculos que o guardavam. ― Não há tempo para brincadeiras ―, Whitley advertiu com uma nota de desespero em sua voz quando ele balançou para trás, de joelhos, tentando capturar os dedos de Jude. ― Então segure firme. ― Jude mal conseguiu as palavras da sua boca antes de empurrar dois dedos lisos no buraco de Whitley e bombeando. As paredes internas de seu amante apertavam a invasão, e um gemido estrangulado irrompeu na cabine do veículo. Torcendo o pulso e
tesourando seus dedos, Jude serrou dentro e fora do canal aquecido de Whitley, até que ele pode inserir um terceiro dedo. ― Pô, Jude! Apenas me foda, agora! Sem uma palavra, Jude subiu no estribo, abriu as pernas se equilibrando, e tirou os dedos do buraco ganancioso de Whitley. Com uma mão no quadril de seu amante, ele usou a outra para segurar a base de seu pênis e posicionar a coroa. Uma vez em posição, ele rangeu os dentes e avançou, encerrando-se no calor sedoso de seu companheiro até que suas bolas bateram contra as bochechas da bunda de Whitley. Ele não parou para dar ao seu companheiro tempo para se ajustar. Ele não podia. A intensa pressão em torno de seu pau o obrigou a se mover, e ele foi incapaz de resistir. Seus dedos se cavaram nos quadris de Whitley forte o suficiente para deixar hematomas enquanto dirigia para ele em um ritmo exigente. Seus quadris batiam com tanto força que ele teve que mover uma mão para o ombro de Whitley para segurá-lo no lugar e impedir que ele se movesse no assento. Em algum lugar no fundo de sua mente, ele temia que estivesse sendo muito duro com o homem menor, mas era uma voz pequena e foi facilmente silenciada, enquanto ele continuou batendo nele. Felizmente, Whitley não deu nenhuma indicação de que ele não estava se divertindo. Seus altos gemidos enchiam os ouvidos de Jude, estimulando e levando-o selvagem. As chamas da luxúria o envolveram, apagou tudo de sua mente, havia somente o aperto confortável da bunda Whitley em torno de seu pau latejante. Com mais três estocadas rápidas, Jude ficou tenso quando jogou a cabeça para trás e rugiu, enchendo as profundezas Whitley com resmas sem fim de esperma. Ele nem sequer teve tempo para saborear o seu orgasmo antes que seu amante caísse para frente, e o pau saciado Jude escorregou de seu buraco.
Whitley rolou de costas, espalmando seu comprimento inchado e começou a acaricia-lo furiosamente enquanto ele olhava nos olhos de Jude suplicante. A onda pós-orgástica desapareceu instantaneamente, e Jude se sentiu um filho da puta egoísta. Ele nunca deixou de satisfazer um amante, e este era seu companheiro. Precisando regularizar a situação, ele mergulhou para frente e capturou a cabeça inchada do pau de Whitley em sua boca, girando a língua ao redor da coroa e chupando duro. Empurrando as pernas de Whitley mais abertas, Jude inseriu dois dedos no buraco de seu amante e bombeou rapidamente, enterrando os dedos mais fundo enquanto ele procurava a pequena glândula do tamanho de uma noz. Tirando a mão de Whitley, Jude balançou a cabeça, capturando o eixo rígido na boca até que ele deslizou facilmente através de seus lábios. Então tomou toda a extensão na parte traseira de sua garganta e o engoliu, ao mesmo tempo em que escovou os dedos sobre a próstata de Whitley. O corpo de Whitley se arqueou e um grito irrompeu de seus lábios quando sêmen salgado explodiu sobre a língua de Jude. Quando ele tinha drenado cada gota, Jude lambeu seu amante até ficar limpo e arrastou o seu corpo de modo que eles estavam olho a olho. ― Melhor? ― Obrigado ―, Whitley respirava, um sorriso satisfeito no rosto. ― Por um minuto eu pensei que você ia me deixar pendurado. ― Não vai acontecer ―, prometeu Jude com um beijo rápido nos lábios de seu amante. Ele começou a tomar o beijo mais profundo, mas um assovio alto seguido por gritos de “Traseiro bonito” chegou aos seus ouvidos. Ele olhou para Whitley para avaliar sua reação, e bastou um olhar para eles caírem na gargalhada. ― Tudo bem ―, disse Whitley quando eles se acalmaram um pouco. Os braços dele em volta do pescoço de Jude, e as pernas enroladas em torno
de sua cintura. ― Eu acho que eu gosto de você. As palavras só fizeram Jude se sentir mais culpado, mas ele escondeu bem e sorriu. ― Eu acho que eu gosto de você também.
Capítulo 9 ― Eu tenho que ir com ele. Whitley estava estendido na areia perto da costa e cruzou as pernas. ― Eu sei. ― Você provavelmente deve encontrar um lugar para se esconder. Eu e o garoto estaremos seguros o suficiente na água, mas você está muito exposto aqui. ― Eu vou ficar bem, Jude. ― Whitley não estava ansioso para passar tanto tempo sozinho, mas ele entendeu por que era necessário para Jude manter um olho em seu irmão.
― Vamos encontrar um lugar para nos
encontrar a cada dia, no mesmo horário, porque essa merda suga. ― O calor do acasalamento? Sim, ele faz.
― Jude suspirou e se
sentou na areia ao lado dele. ― Whit, eu não quero que seja assim. Eu não estou tentando tratá-lo como uma prostituta, mas eu não sei mais o que fazer. Tomando a mão de seu amante em sua própria, Whitley atou os seus dedos e apertou enquanto ele olhava para o horizonte. ― Eu sei. Eu não posso ir com você, e Carter não pode ficar sozinho. É o que é até sabermos se ele vai ficar bem ou não. Nós ainda precisamos conversar, mas agora, eu entendo. Talvez tenha sido a sua sorte na vida para poder entender. Havia coisas piores que poderiam ter, por isso não o incomodou muito. Foi o jeito que
ele tinha imaginado seu acasalamento? Nem um pouco, mas sua situação não estava indo para permitir uma fase de lua de mel. ― Eu vou fazer isso por você. Não era a primeira vez que Jude tinha dito isso para ele, mas Whitley ainda não sabia o que o shifter sentiu que tinha de se desculpar. Eles estavam em uma situação fodida, mas não era culpa de Jude. Whitley gostaria de pensar que seu companheiro teria o ajudado sem reserva se suas posições se invertessem. ― Apenas certifique-se do bem estar de Carter. Eu vou levar o caminhão e ver se consigo encontrar um motel por perto. Vou encontra-lo bem aqui, na mesma hora amanhã. Jude se inclinou e roçou os lábios na face de Whitley. ― Por favor, tenha cuidado. Eu... eu me sinto um pouco responsável por você estar aqui. Whitley bufou e revirou os olhos. ― Você acha? ― Ok, é completamente minha culpa que você está aqui ―, admitiu Jude.
― Isso não significa que eu não quero que você esteja seguro, no
entanto. Há algum dinheiro debaixo do assento. Use isso se você precisar de dinheiro. Não fale com ninguém e fique alerta.
― Ele enumerou algumas
instruções mais antes de beijar os lábios de Whitley e se levantar. ― Vejo você amanhã. Parte dele se ressentia de ser tratado como uma criança, enquanto o resto do corpo se aqueceu no fato de que Jude realmente se importava o suficiente para se preocupar com ele. Até aquele momento, ele tinha suas dúvidas. ― Sim, eu vou te ver amanhã. Jude puxou a camisa sobre a cabeça e a deixou cair no chão. ― Ei, Whit.
― Sim? ― Se você vir algo suspeito, ou se alguém vier atrás de você, eu quero que você fuja ok? Não olhe para trás. Não se preocupe comigo. Basta fugir. Ele se afastava enquanto ele falava, e quando ele entregou o último pedido, ele se virou e correu em direção a beira da água, sem esperar por uma resposta. Whitley ficou lá por um longo tempo após o sol se pôr e o seu companheiro desaparecer no Pacífico com o seu irmão. Eventualmente, ele se levantou, espanou a areia seu traseiro, e fez o seu caminho para o caminhão de Jude. Ele não sabia para onde ele iria, mas ele não podia ficar toda a noite esperando pelo retorno de seu amante. Ele já tinha gastado muito tempo em um só lugar. Se o que Jude disse era verdade, seu pai não ia desistir sem luta. Reginald Chambers não queria Carter, mas ele não podia deixar o seu segredo se espalhar. Que mulher poderosa ele seria capaz de manipular então? Sem mencionar que iria manchar a reputação de Isa Gamble, o que tinha uma ligação indireta ao prestígio de seu próprio pai na comunidade paranormal. Havia também o fato de que o pai de Whitley estava provavelmente envolvido. Ele não sabia de que outra forma a cela tinha chegado a encontrar seu caminho para casa dos Chambers. Isso realmente não o chocou. Ele sabia por anos que seu pai não era honesto. No entanto, algo gritou em seu subconsciente sobre a informação. Ele simplesmente não conseguia colocar o dedo sobre o motivo que o incomodava. Com o aviso de Jude ainda pesando fortemente sobre ele, ele saiu do estacionamento e partiu em busca de um lugar para dormir durante a noite.
― Sinto muito, Jude. ― Não se preocupe garoto. ― Jude não sabia quanto tempo eles tinham nadado, mas ele podia ver o sol brilhando sobre a superfície da água. Não tinha levado muito tempo para procurar e chegar até seu irmão. Uma vez que o encontrou, Jude tinha mantido uma constante conversa de uma só via através da sua ligação telepática. Se ele tivesse falado em voz alta, ele teria feito isso até ficar rouco. Ao longo do monólogo inteiro, Carter nunca tinha respondido, no entanto. Agora que ele estava falando, Judas realmente não sabia o que dizer. O alívio que o percorria foi tornando difícil respirar. Se Carter estava finalmente respondendo, então esperava que isso significasse que ele ia ficar bem. ― Estou me sentindo melhor, mas eu não quero mudar de volta. Tudo o que aconteceu ainda é tipo de loucura. Eu fiz mal a alguém? ― Não, você não machucou ninguém. E você não precisa mudar de volta até que você esteja pronto. Dedique todo o tempo que você precisa. ― Você vai ficar comigo? Jude queria dizer sim, mas ele sabia que teria de encontrar Whitley em breve. Ele não seria de muita utilidade para Carter se ele ficasse selvagem. Levou meses para o garoto para atingir a condição em que eles o encontraram, mas Jude só poderia adivinhar que o seu vínculo de acasalamento e a poção que os anciãos tinham inventado iriam acelerar o processo. ― Eu tenho que encontrar alguém por pouco tempo, mas vou voltar
logo. ― Quem você tem que encontrar? Carter mergulhou e nadou por baixo de Jude e em torno dele em um círculo antes de parar ao lado dele novamente. ― Alguém que eu conheço. Podemos confiar nele.
― Whitley não
iria traí-los. O homem era inteiramente demasiado honrado para isso. Jude só desejava que ele pudesse dizer o mesmo sobre si mesmo. Não que ele já tivesse usado Whitley como bode expiatório, mas todas as mentiras que ele disse uma vez que encontrou o homem começaram a foder com a sua cabeça. Não era suposto ser assim. Ele não deveria se sentir culpado sobre o uso do homem. Foi tudo culpa de Whitley, também. Por que ele não podia ter sido o imbecil, arrogante pomposo que Jude tinha imaginado quando ele tinha inventado esse esquema todo? ― Eu confio em você, então eu acho que confiar nesse cara, também. Eu vou ficar por perto até que você volte, mas eu não quero mudar de novo.
― Houve uma longa pausa antes que ele empurrasse seus
pensamentos na cabeça de Judas novamente. ― Eu não estou certo de que posso mudar de volta. ― Vamos levá-lo um dia de cada vez. Vamos descobrir isso, ok? ― Isso seria o verdadeiro teste. Eles já haviam estabelecido que Carter ainda estava lá, pelo menos mentalmente. Agora, eles só tinham que continuar e esperar para ver se Carter seria capaz de mudar de volta para sua forma humana. ― Sim, você está certo. ― Os pensamentos de Carter estavam felizes novamente quando ele saiu em disparada à frente de Jude e disparou em linha reta em direção à superfície. Jude esperou enquanto ele brincou antes de encurralar seu irmão e o convencer a voltar para onde ele deveria encontrar Whitley. À medida que se aproximavam do seu destino, Carter disparou, fazendo um caminho mais curto
para a superfície, mais uma vez. Ele não estava pensando muito nisso até que ele avistou a sombra flutuando acima deles e os pés palmados chutando preguiçosamente na água. ― Carter, não! Em uma explosão de velocidade, Jude pegou seu irmão em poucos segundos, levando-o para longe do cisne nadando. Antes que Carter pudesse reagir, Jude se virou e disparou em direção ao seu companheiro. Ele pegou Whitley na boca, segurando-o delicadamente entre os dentes, e nadou para a praia, até chegar à areia. Uma vez que ele soltou seu amante, fechou os olhos e mudou rapidamente. ― Você está louco? ―, Ele gritou ao homem menor, uma vez que Whitley também tinha mudado. ― Que diabos, Whit? ― Merda, você tentou me comer! ― Whitley revidou com acusação. ― Sério? ― Eu não estava tentando comê-lo. Eu estava salvando sua maldita vida! ― Eles deviam estar fazendo uma bela cena, dois homens de pé pelados na areia gritando um com o outro. Jude não dava a bunda de um rato. ― Eu não acho que os cisnes são exatamente compatíveis com água salgada. ― Você não é o único que precisa mudar ocasionalmente. Eu realmente não tenho muitas opções.
Whitley estava coçando a barriga
enquanto falava, e Jude queria revirar os olhos. ― Basta ter mais cuidado. Eu não ia te comer, mas Carter com certeza ia. Os olhos de Whitley se arredondaram e sua boca se abriu em um O. grotesco. ― Oops. Jude suspirou e balançou a cabeça. ― Venha cá. ― Ele suspirou novamente quando Whitley veio para os seus braços sem hesitação. ― Você deveria estar cuidando de si mesmo. Não
me assuste desse jeito novamente. Whitley se afastou e olhou para ele, um brilho travesso brilhando em seus olhos. ― Eu lhe trouxe uma roupa, mas eu estou esperando que você não precise delas de imediato. ― Poderia ser melhor esperar até chegarmos de volta ao seu quarto de motel. ― Jude riu quando Whitley prendeu o lábio inferior e fez beicinho. ― Eu só não quero ninguém vendo essa bunda linda novamente. Nada mais de sexo público. Whitley encolheu os ombros e lhe deu um sorriso radiante. ― Então vamos indo. Será que Carter vai ficar bem até você voltar? Jude adorava seu companheiro por pensar em seu irmão. ― Ele vai ficar por perto até eu voltar. Ele está se sentindo melhor, e eu acho que ele vai ficar bem por uma ou duas horas. ― Duas horas? ― Parecia que o Natal de Whitley tinha chegado mais cedo. ― Eu só esperava meia hora no máximo. Claro que ele tinha. Jude não tinha lhe dado qualquer motivo para esperar mais que isso. Já era tempo de ele começar a tratar seu companheiro como o homem merecia. ― Eu vou dirigir.
Essa foi sua rotina para os próximos seis dias. Jude passava a maior parte do tempo nadando no oceano com Carter, mas ele foi estendendo a sua estadia com Whitley um pouco mais a cada noite. Whitley não sabia o que
havia mudado, mas ele estava feliz com isso. Enquanto ele entendia que o bem-estar de Carter era importante, ele admitia que tivesse sentido um pouco de inveja. Agora que Jude estava realmente o tratando como um companheiro real em vez de apenas um brinquedo de sexo, o tempo que passavam separados era um pouco mais fácil de lidar. Ele sentia falta do homem quando ele não estava por perto, mas ele nunca reclamou, querendo aproveitar ao máximo o tempo que eles passavam juntos. Enquanto ele se sentava na traseira da picape esperando Jude na sétima noite, Whitley se perguntava por que ninguém veio procurá-los ainda. Eles estavam a quase uma hora de distância da casa de Jude, e ele assumiu que o oceano seria o primeiro lugar que as pessoas viriam procurá-los. Jude tinha dito algo sobre se esconder à vista de todos, e talvez ele estivesse certo. Algo ainda não se sentia bem, apesar de tudo. Ele pegou seu companheiro ao telefone na noite anterior quando ele saiu do chuveiro. Jude deu uma olhada para ele, deu um apressado adeus, e passou a agir como se nada tivesse acontecido. Nenhum dos pais de Whitley tinha tentado entrar em contato com ele. Ele tinha deixado sua casa sem qualquer explicação, levando o jato da família, e desapareceu por mais de uma semana. Enquanto Benny havia retornado há muito tempo, Whitley ainda achou estranho que seus pais não estavam
soprando
o
seu
telefone,
querendo
saber
onde
ele
estava
especialmente se seu pai estava trabalhando com o pai de Jude. Ele pegou o telefone de Jude várias vezes, debatendo se percorria através de sua lista de chamadas recentes. As coisas estavam indo tão bem entre eles, no entanto. Ele não queria trair a confiança de Jude com isso. Certamente, se algo estivesse errado, o seu companheiro lhe diria. Ele tinha aprendido muito sobre Jude ao longo da semana. Eles conversaram e conversaram até que Whitley não tinha mais coisas para dizer.
Então eles faziam amor, talvez comiam algo e conversavam um pouco mais. Ele duvidava que tudo que ele já disse em toda a sua vida somariam até o número de palavras que ele tinha falado ao longo dos últimos dias. Embora quanto mais ele aprendeu sobre Jude o tinha deixado cada vez mais caído pelo homem, Whitley ainda não conseguia afastar a sensação de que seu companheiro estava escondendo algo dele. Olhando para o telefone celular na mão, ele suspirou e debateu sobre ligar pela milionésima vez. Jude estaria lá a qualquer minuto, mas Whitley tinha que saber. A única resposta que tinha recebido quando ele perguntou a Jude sobre o telefonema era que tinha sido um número errado. Era uma mentira tão óbvia e não muito inteligente. ― Dane-se ―, ele murmurou baixinho quando abriu a lista de chamadas e percorreu as chamadas recebidas. Havia apenas três da semana passada, e elas eram todos do mesmo número. Não havia um nome associado a elas, e Whitley não conseguia encontrar o número na lista de contatos de Jude. Respirando fundo para encontrar sua coragem, Whitley destacou o misterioso número e pressionou para chamar. Segurando o telefone no ouvido com a mão tremendo, ele vasculhou o litoral para qualquer sinal de Jude. ― Jude? ― Uma voz feminina atendeu ao quarto toque.
― Eu te
disse que não teria nenhuma informação para você até a próxima semana. Você não pode me chamar assim. A respiração de Whitley se prendeu em sua garganta, e ele começou a abanar a cabeça em silêncio. Ele sabia de quem era a voz. Ele podia imaginar o rosto conectado a ela tão claramente, como se ela estava sentada ao lado dele. ― Jude ―, ela perguntou, a preocupação em seu tom. ― Aconteceu alguma coisa? Enquanto ela falava, Jude saiu da água, pegou as roupas que Whitley
tinha deixado para ele, e se vestiu rapidamente. Então ele correu pela areia, com um sorriso radiante no rosto que Whitley podia ver mesmo na luz minguante. Jude abrandou quando chegou mais perto da picape, e o sorriso sumiu de seu rosto quando ele deu uma boa olhada na a expressão de Whitley. ― Whit? Quem está no telefone? Ele se aproximou com cautela, como se temesse que Whitley entrasse em parafuso se ele fizesse um movimento brusco. Ele não estava longe da verdade. O coração de Whitley estava quebrando, e se sentia como o maior idiota do mundo. Como ele poderia ter confiado em Jude Chambers? Como ele poderia ter se permitido ficar tão apegado a uma mentira, se deixar ser manipulado como um idiota? ― Jude? ― A mulher do outro lado da linha perguntou novamente. ― O que há de errado? Fale comigo. ― Melody? Houve uma pausa longa, grave, interrompida apenas pelo suspiro de Jude. Whitley deslizou para fora da porta traseira e começou a recuar longe de seu companheiro. ― Whitley? ― Melody perguntou em estado de choque. ― Whitley, é você? Onde está Jude? Aconteceu alguma coisa? Algo tinha acontecido. Naquele momento, algo mudou dentro de Whitley, e ele perdeu algo que não achava que ele já tinha tido. Ele não poderia colocar um nome exato sobre o que era aquilo, mas fez o seu peito apertar e seu coração bater dolorosamente. Whitley jogou o telefone para Jude e deu mais um passo para trás. ― É para você. Então ele se virou, pegou sua mochila da traseira do caminhão, e foi embora.
Capítulo 10 ― Jude? ― Sim, Melody, eu estou aqui. ― Isso foi Whitley Turner? Judas assistiu enquanto Whitley desaparecia na escuridão e então fechou os olhos. ― Sim, era ele. ― Você não disse a ele, não é?―, Ela acusou. ― Não, eu ia dizer, mas não tive a oportunidade ―, Jude disse, tentando se defender e sabendo que estava fazendo um péssimo trabalho. ― Você disse que estava apaixonada por ele. ― Eu estava. Quer dizer, eu estou. Eu só foda...!
― Jude virou e
começou a andar enquanto empurrava a mão pelo cabelo molhado. ― Não era para ter acontecido assim. ― É preciso lhe dizer, explicar, ― Melody respondeu suavemente. ― Ele parecia um bom rapaz quando eu o conheci. Ele vai entender se você de lhe der uma chance. Judas esperava que ela estivesse certa, mas depois de ver a expressão no rosto Whitley, antes que ele se afastasse, ele altamente duvidava disso. ― Certo. Apenas me chame se você descobrir alguma coisa. Ele esperou que ela assentisse antes de desligar e guardar o seu telefone no bolso. ―
Whitley
―,
ele
gritou
enquanto
corria
em
frente
ao
estacionamento na direção de seu amante que havia desaparecido. ― Sinto
muito. Por favor, deixe-me explicar. ― Explicar o quê? ― Uma resposta suave veio de algum lugar à sua esquerda. ― Explique como você mentiu para mim? Como você me enganou para ajudá-lo? Ou talvez você queira explicar como você me usou ―. Whitley saiu de debaixo de um dos pavilhões e cruzou os braços sobre o peito. ― Por que você ainda está aqui, Jude? Você conseguiu o que queria. Não há nenhuma razão para fingir que você dá a mínima para mim. ― Whit... Jude parou, sem saber o que dizer. ― Não se preocupe. Eu não vou entregá-lo para os anciãos, se é isso que você está preocupado. O pensamento nunca passou por sua cabeça. Ao contrário dele, Whitley era demasiado nobre para fazer algo tão dissimulado. ― Deixe-me explicar. Isso é tudo que estou pedindo. Depois disso, se você ainda quiser sair, eu não vou parar você. ― Se eu fosse sair, eu já teria ido embora ―, Whitley respondeu com um rosnado leve para o seu tom. ― Eu não sou estúpido, Jude, e eu sei que você também não é. Eu estou preso com você. O que você achou? Que eu estava apenas correndo de volta para casa de mamãe e papai e me sentar no meu quarto até que eu ficasse selvagem? Jude não sabia o que era pior, ter Whitley o odiando do outro lado do país, ou ver o homem a cada dia sabendo o quanto ele o desprezava. Quando ele não respondeu de imediato, seu companheiro balançou a cabeça e começou a caminhar de volta para a picape. Andando atrás dele, Jude ensaiou o que ele queria dizer dentro de sua cabeça. Quanto mais ele repetiu as palavras para si mesmo, menos convincente isso parecia. Não havia literalmente nada que ele pudesse dizer que poderia fazer essa situação fica melhor. Por outro lado, também havia muito pouco que ele poderia dizer para torná-la pior.
Quando eles chegaram ao seu caminhão, Whitley jogou sua bolsa de volta para a traseira e pulou para a porta de passageiro. ― Fale ―, exigiu. Jude permaneceu de pé, mantendo uma distância respeitosa. Seus dedos coçavam para chegar perto de seu amante, mas ele sabia que seu toque não seria bem-vindo. ― Melody é filha do Ancião Elder Gamble e irmã de Isa. ― Eu pensei que seu sobrenome era Eck? ― É. Sua mãe e seu pai nunca foram casados ou mesmo acasalados. Eck é o sobrenome de sua mãe. ― Então, você sabia sobre o que os anciãos haviam planejado antes mesmo de chegar à Escócia. ― Foi por essa razão que eu fui ―, Jude admitiu. ― Eu tentei tudo o que eu sabia para obter Carter fora da cela, mas quanto mais tempo ele ficava sem a mudança, mais ele se tornava instável. Passei todos os meus momentos livres com ele, tentando dar a ele algum tipo de influência sobre a realidade, mas eu tinha que trabalhar. Quanto pior ele ficava, mais desesperada eu ficava. Ele é apenas um garoto. ― Então, você precisava de um Turner ―, Whitley deduziu. ― Você precisava de alguém que sabia como desligar a cela. ― Sim. Jude fechou os olhos e abaixou a cabeça. ― Por que você só não me perguntou? Gostaria de tê-lo ajudado, mesmo que não estivéssemos acasalados. ― Eu sei disso agora. ― Ele tinha errado em tantas maneiras, que ele não sabia nem por onde começar. ― Eu conheci Seymour quando ele veio para discutir os planos para a cela com meu pai. ― E você acabou assumindo que qualquer filho de um saco de merda egoísta era obrigado a ser igual a ele.
― Bem, seu irmão parece ser assim ―, Jude respondeu com sarcasmo. ― Você tem um ponto ―, admitiu Whitley. ― Eu acho que a maçã geralmente não cai longe da árvore. Continue falando. ― Quando Melody me contou sobre o acasalamento forçado que os anciãos haviam planejado, eu sabia que era um tiro arriscado, mas ela me garantiu que você estava na idade de acasalamento e solteiro. Você estaria lá. Ela tinha ouvido rumores de que você era a pessoa que originalmente tinha projetado as celas, e nós dois concordamos que você era o único que poderia nos ajudar. ― Que interesse Melody tem para ajudar Carter? Jude olhou para Whitley e sorriu. ― Ela é uma boa pessoa, Whit. Depois do que ela fez na reunião, eu sei que você provavelmente não pensa assim, mas ela tem batido na minha bunda toda a semana para lhe dizer a verdade. ― Ok, tudo bem. ― Whitley mordeu o lábio inferior e fez sinal para Jude continuar. ― Você se parece exatamente como seu pai, então não foi difícil te achar. Uma vez que eu sabia quem você era, era apenas uma questão de estar por perto na hora certa. Por causa de suas ligações com a UPAC, meu pai sabia sobre as bebidas fortificadas também. Desde que Isa o deixou, ele imaginou que a próxima melhor coisa para mim era estar acasalado a Melody. ― Você armou a coisa toda. ― Whitley assentiu distraidamente. ― Meu encontro com ela, a discussão com seu pai, você planejou tudo. ― Melody vive com a mãe na América do Sul. A maioria dos anciãos sequer sabe que Gamble tem outra filha. Quando descobrimos sobre o livro de acasalamento, isso foi a cereja do bolo para ela mentir sobre seu nome. Ajudou o seu nome ser bem feminino, para que os anciãos nem sequer a questionassem.
― Tenho certeza que minha mãe gostaria de ouvir isso ―, Whitley disse com uma risada escura. ― Depois que fossemos acasalados, o que você pretendia fazer então? Ganhar minha confiança? Que saísse de mim a ideia de ajudá-lo? Jude beliscou a ponte do seu nariz enquanto a culpa tomava conta dele. ― A minha intenção era realmente forçá-lo a me ajudar. Se fossemos acasalados, eu teria algum poder sobre você, e iria usá-lo se eu tivesse que fazer. ― No entanto, era muito mais fácil simplesmente mentir e me manipular. Você deve ter ficado muito satisfeito com isso. ― Não. ― Jude sacudiu a cabeça com firmeza.
― Dez minutos
depois que eu te conheci, eu sabia que você não era nada parecido com seu pai. Eu sabia que não teria de forçá-lo, mas eu também não queria mentir para você. No entanto, eu não tive escolha no dia em que Cara chamou. A vida do meu irmão estava em perigo, e eu não conseguia saber com certeza se eu poderia confiar em você. ― Você teria me dito se eu não tivesse chamado Melody? ― Eu tenho tentado descobrir como lhe dizer durante toda a semana! ― Jude se aproximou de seu companheiro, aliviado quando Whitley não se afastou dele. ― Eu tentei manter minha distância. Eu não queria me apegar a você, porque isso faria o que eu estava fazendo muito mais difícil. ― Ele se moveu um pouco mais perto. ― Você é diferente de qualquer um que eu já conheci Whit. Você é tão altruísta, se dando assim. Você sempre vê o lado bom das pessoas, mesmo quando elas não merecem isso. ― Eu não tenho certeza se eu sou mais aquela pessoa ―, Whitley sussurrou.
― Estou realmente começando a me perguntar se existe algum
lado bom nas pessoas. Todos que eu já conheci me usaram de alguma forma. Eu realmente pensei que você seria diferente.
― Me dê outra chance ―, Jude pediu. ― Eu serei qualquer coisa que você quer que eu seja. Eu sei que eu fodi tudo, mas eu posso consertar isso. Deixe-me provar para você que eu não sou a pessoa que você está pensando. Em apenas uma semana, Whitley tinha tomado seu caminho no coração de Jude e mudou as regras do jogo. Inferno, isso não era nem mesmo um jogo mais. Se houvesse tal coisa como a perfeição, Whitley Turner estava bem próximo dela, e Jude não poderia desistir dele. A mão de Whitley pousou sobre o seu peito, e Jude congelou, sem ter percebido que tinha chegado tão perto do homem. ― Eu não posso pensar quando você está tão perto. Jude não queria que ele pensasse. Se Whitley pensasse muito sobre isso, ele se daria conta de que não valia a pena dar a Jude segunda chance. ― Eu penso em você o tempo todo ―, confessou.
― Eu sinto sua
falta quando você não está comigo. ― Dando mais um passo, ele se insinuou entre as coxas de Whitley e se inclinou mais perto até que ele colocasse sua mão sobre a de Whitley, onde ainda repousava em seu peito.
― O
pensamento de nunca mais ver você novamente faz meu peito doer. Muito lentamente, ele abaixou a cabeça, dando a Whitley tempo de sobra para se afastar antes que ele pressionasse seus lábios em um beijo carinhoso. ― Não me deixe Whit, e não fique porque você precisa. Se você realmente quer ir, eu vou encontrar uma maneira de quebrar o vínculo, mas eu preciso que você fique.
― Ele cobriu a boca de Whitley com a sua própria
antes que o homem pudesse lhe negar. Quando ele se afastou, ele ficou feliz em ver o desejo ardente nos olhos de Whitley. Talvez se ele mantivesse seu companheiro distraído por muito tempo, ele se esqueceria do por que ele queria o deixar, em primeiro lugar. Jude mergulhou novamente a cabeça, mas a mão de Whitley em seu peito o deteve com um empurrão duro.
Ele se afastou da porta traseira, vendo Whitley sair e se levantar. ― Você pode realmente quebrar a ligação? Jude assentiu, não gostando do rumo que a conversa estava tomando. ― Tem que haver uma maneira. O ancião que gravou nosso acasalamento disse que pode ser quebrada se eles achassem que uma ou mais partes estavam sendo abusadas. ― Isso não é o que você quer, no entanto, não é? ― Não ―, Jude respondeu honestamente. Ele nunca mais mentiria para o seu companheiro. ― Eu quero fazer isso funcionar. Eu sei que vai levar um tempo para que você possa confiar em mim novamente, mas eu estou disposto a trabalhar para isso. ― Talvez ele não merecesse, mas isso não o impedia de querer. Whitley ficou quieto por um tempo enquanto descansava as mãos nos quadris e olhou para o chão. Quando ele finalmente levantou a cabeça, Judas sabia o que ele ia dizer antes de ele abrir a boca, o que fez seu estômago apertar dolorosamente. ― Whit, não precisa dizer. Eu posso ver isso em seus olhos, e eu estou te implorando, ok? Lamento que eu fodi tudo e fui um companheiro de merda para você. Só me dê outra chance. ― Tudo o que você sempre me disse era uma mentira. Por que eu deveria acreditar em você agora? Jude não tinha uma boa resposta para isso. Não havia absolutamente nenhuma razão para Whitley confiar nele. ― Porque eu preciso que você acredite. Ele estendeu a mão, mas Whitley se esquivou de seu avanço e balançou a cabeça. ― Sinto muito pelo que aconteceu com seu irmão. Eu também entendo que tudo que você fez foi para ajudá-lo. Mas você me usou, Jude.
Tudo o que você acabou de dizer, que gostava de mim, você explorou isso para seu próprio ganho. ― Eu não posso te dizer o quanto eu lamento isso. Não posso mudar isso, mas posso fazê-lo diferente de agora em diante. Whitley balançou a cabeça novamente e recuou. ― Não, você não pode. Não me siga neste momento. ― O que eu devo fazer? Apenas me diga o que fazer. Seu companheiro olhou por cima do ombro e deu a Jude um olhar triste. ― Quebrar o vínculo porque eu nunca mais quero vê-lo.
Capítulo 11 ― Você só vai deixá-lo ir? Jude não se virou quando respondeu à pergunta de Carter. ― Você ouviu o que ele disse. Ele me odeia. ― Isso não foi o que ele disse. Ele está machucado. Eu só ouvi parte da conversa, mas eu diria que ele tem um motivo muito bom para isso também. ― Fico feliz em ver que você está se sentindo melhor ―, disse Jude, mudando de assunto. Se o seu mundo não estivesse desmoronando ao seu redor, ele teria oferecido a seu irmão mais entusiasmo. O garoto tinha finalmente voltado para a terra dos vivos, mais uma vez. Isso era motivo de
comemoração, mas Jude não tinha muito a celebrar. ― Sim, eu tenho sentido isso vindo há um par de dias. Então eu ouvi você argumentar comigo na água, e eu estava com medo de que poderia haver problemas. Eu nem sequer pensei nisso. Depois de tudo que você fez para mim, eu não poderia deixar ninguém te machucar. A próxima coisa que eu sabia, eu estava em minhas mãos e joelhos na areia, ofegante depois de eu ter mudado. Todo mundo agora ia fazer Jude se sentir como o maior merda do mundo? Ele havia ajudado Carter, porque eles eram família e ele era apenas um garoto. No entanto, ele não sabia o que ele tinha feito para merecer esse tipo de lealdade. ― Suas memórias estão de volta? ― Pare com isso ―, resmungou Carter. ― Eu aprecio o que você fez por mim, mas isto é sobre você e que cara que eu estou supondo que é seu companheiro. Você está fodido. Jude se virou com um rosnado. ― Você acha que eu não sei disso? Você acha que eu não daria qualquer coisa para ter ele de volta? ― Então por que você não está lá? ― Carter desafiou. ― Vá pegálo! ― Ele não me quer, e eu não o culpo. Inferno, ele merece alguém muito melhor que eu. Whitley é tudo o que eu queria, e todas as coisas que eu nunca poderei ser. ― Você o ama? ― Eu o conheço há oito dias. ― Jude olhou para seu irmão e revirou os olhos antes de recolher sua mochila e retirar uma muda de roupa. ― Vistaas, ― ele ordenou, lançando a roupa para Carter. ― Eu não te perguntei há quanto tempo você o conhece. ― Carter puxou as calças de brim e bufou quando elas caíram de seu quadril.
Agarrando-as novamente, ele as colocou no lugar e olhou nos olhos de Jude. ― Você o ama? ― Eu não sei. Talvez? Como você sabe sobre algo assim depois de apenas alguns dias? ― Eu tenho dezoito anos, Jude não, oito. Posso não saber muito sobre relacionamentos, mas o amor não soa como algo que você tem que adivinhar. Ou você se sente ou não. O garoto era muito intuitivo0 para o gosto de Judas. No entanto ele disse a verdade. Suas emoções estavam por todo o mapa. Enquanto ele tinha fortes sentimentos por Whitley, ele não sabia se ele ia chamá-los de amor. Quando Whitley tinha andado para longe dele, era provavelmente a coisa mais dolorosa que ele já tinha suportado. Isso não significava necessariamente que ele amava o homem. O aguilhão da rejeição era suposto doer. Em seguida, houve o vínculo de acasalamento. Ele ainda tinha que descobrir tudo o que isso implicava, mas havia uma chance de que seu vínculo emocional para Whitley tivesse tudo a ver com o seu acasalamento. Se fosse esse o caso, como ele saberia o que era real e o que era fabricado? Ele poderia até mesmo confiar em seus sentimentos? ― Você está seriamente teimando sobre isto ―, disse Carter com exasperação. ― Se você não o quer, eu vou levá-lo. Ele é gostoso. Um grunhido possessivo retumbou no peito de Jude e através de seus lábios antes que ele pudesse cortá-lo. ― Ele é meu! Carter apenas sorriu para ele. ― Isso é o que eu pensava. Agora, você vai buscá-lo ou não? Jude nem sequer teve tempo para responder de forma afirmativa, antes que ele ouvisse passos batendo no outro lado da calçada, vindo rápido em sua direção. ― Jude! ― Whitley gritou. ― Corra! Eles estão vindo!
Faróis queimaram na outra extremidade do estacionamento, e o pânico se alojou no peito de Jude. Whitley tinha arriscado tudo para voltar e avisá-los. Agora, ele pagaria por eles, e não havia absolutamente nada que Jude poderia fazer para pará-lo. Contornando o seu caminhão, ele correu em direção ao seu companheiro, mas ele sabia que não iria chegar a tempo. Antes que ele mesmo cruzasse metade da distância entre eles, um sedan de luxo escuro derrapou e parou entre e Whitley. A porta traseira se abriu, Whitley foi puxado para dentro, e os pneus cantaram contra o asfalto quando o veículo fugiu. ― Porra! ― Jude gritou, enterrando ambas as mãos em seu cabelo. Correndo de volta para sua picape, ele estava contente de encontrar Carter já no banco do passageiro olhando para o lugar em que o carro tinha tomado o seu companheiro. ― Isso foi Reginald? ― Meu palpite seria sim. ― Jude saiu do espaço do estacionamento e acelerou o carro, começando a perseguição. ― Mantenha os olhos sobre eles. Seu telefone celular começou a tocar, vibrando contra sua coxa dentro do bolso. Ele o pegou com uma mão, rosnou para a tela, e conectou a chamada. ― Eu juro que se você o machucar... ―, Jude disse, deixando a ameaça no ar. ― Você vai fazer o que exatamente? ― Seu pai zombou dele. ― Por que você não pode apenas fazer como lhe foi dito? Nada disso tinha que acontecer, Jude. ― O que você quer? ― Ele daria qualquer coisa para conseguir que Whitley escapasse ileso. ― Eu quero o menino. Melody já estragou o acasalamento que eu havia planejado para você. Reginald rosnou, mas não disse mais nada sobre o assunto.
Claro que seu pai iria exigir a única coisa que Jude não estava disposto a negociar. ― Como você nos encontrou? Reginald riu asperamente. ― Eu estive te observando por dias. Eu não tinha a certeza que você ainda tinha meu filho bastardo com você, no entanto. Agora, podemos fazer isso da forma mais fácil, e você pode me dar o que eu quero. Ou... ― Ou? ―, Jude cutucou, sabendo que ele não ia gostar da resposta. ― Ou o seu companheiro pode ter um pequeno acidente. Se ele morrer, você também morre, certo? Então não há nada que interfira entre mim e a criança. Eu não quero fazer isso, Jude, mas eu vou se você me forçar. O grito alto de dor de Whitley perfurou o seu tímpano e ele quase saiu da estrada. ― Não o machuque! ― A escolha é sua, filho. ― Houve um momento de silêncio antes de Whitley gritar novamente. ― O que é que vai ser? O próximo grito de Whitley terminou em asfixia, e Judas não aguentava mais. ― Tudo bem ―, ele concordou.
― Tudo o que você quiser, basta
parar de machucá-lo. ― Eu sabia que você ia ver as coisas do meu jeito. ― Jude, ele está mentindo! ― Whitley gritou por cima da linha. ― Você sabe que ele está mentindo. Não faça i- ― Suas palavras foram cortadas e substituídas por outro grito angustiante. ― Vou encontrá-lo em casa ―, Reginald disse calmamente. ― Você tem uma hora. Então, a linha ficou muda. Levou todo o autocontrole de Jude para não lançar o seu telefone através da picape, ou pior, fora da janela.
― Estou te levando para um lugar seguro, e então eu vou buscar o meu companheiro. ― Eu vou com você ―, Carter argumentou. ― Whitley não estaria nessa confusão se não fosse por mim. Eu quero ajudá-lo de volta. ― Whitley está nessa situação por minha causa. Eu não vou levar você lá. ― Corta o papo furado, Jude. Eu posso ajudar, e você vai precisar de toda a ajuda que você puder encontrar. Agora cale a boca e dirija mais rápido. Jude estava muito preocupado com a tarefa que tinha pela frente para discutir com o garoto. Eles precisavam de um plano, e mais importante, eles precisavam de um milagre. Seu pai tinha o coração frio o suficiente para matar Whitley sem piscar para conseguir o que queria. Jude não tinha medo da morte, mas ele não podia deixar seu companheiro morrer por seus erros. Perfurando os números em seu telefone celular, Jude pressionou o telefone no ouvido e esperou por uma resposta. Foi sua última lasca de esperança, e ele orou para cada divindade que ele conhecia. Quando a sua chamada foi finalmente atendida do outro lado, ele nem se incomodou com uma saudação. ― Meu pai têm Whitley, e eu preciso de sua ajuda.
― Olá, mamãe. ― Sentado de pernas cruzadas no meio da cela, e sem um pedaço de roupa, Whitley olhou para seus captores. Ele não tinha a menor ideia do por que eles o queriam nu. Aparentemente, eles pensaram que
ele seria capaz de esconder algum tipo de arma dentro dos jeans. Talvez eles estivessem apenas tentando humilhá-lo. Se esse fosse o caso, não estava funcionando. Whitley não poderia se importar menos sobre estar nu. O que ele estava realmente preocupado era com as feridas abertas no peito e braços, onde eles cortaram. As lacerações latejavam dolorosamente, e sangue continuava a sair delas. ― Ele já devia estar ―, Elaina Turner disse, andando em círculos e verificando seu relógio repetidamente. ― Onde ele está Reggie? O pai de Jude se inclinou calmamente contra a parede, olhando as feridas em Whitley. ― Ele estará aqui. Jude parece ter formado um vínculo com ele. Ele vai trazer o menino. ― Bem, eu certamente espero que sim. Eu não sei por que eu ainda preciso estar aqui. Suponho que se você quer algo bem feito, você tem que fazê-lo sozinho. Whitley não sabia por que não o surpreendeu que sua mãe fosse o cérebro por trás de tudo. Seu pai não conseguia colocar dois pensamentos juntos sem tropeçar neles. Eles estavam latindo para a árvore errada, no entanto. Depois de tudo que Jude tinha feito para resgatar seu irmão, não havia nenhuma maneira que ele iria entregá-lo, companheiro em perigo ou não. Eles deviam estar longe, provavelmente na metade da costa. ― Ah, relaxa, Lainey. Jude é meu filho, mas ele não é exatamente a ferramenta mais afiada do galpão. Ele está com medo e não tem a menor ideia em quem confiar. Tanto quanto ele está preocupado, eu tenho todo o Conselho no meu bolso. Ele não irá aos anciãos. ― Ele não podia ter escapado! ― A mãe de Whitley explodiu.
―
Você jurou que iria prendê-lo até que ele tinha ficasse selvagem, então você ia libertá-lo e jogar para a execução. É assim que deveria acontecer. Você sabe o que eles irão fazer conosco, se não pudermos consertar isso?
― Eles quem? ― Reginald perguntou com uma sobrancelha arqueada.
― A UPAC? Os anciãos? Ninguém vai nos tocar. Gamble não vai
fazer nada que possa manchar a preciosa reputação de Isa. Ninguém sequer sabe que estamos separados. ― Eu simplesmente não sei como você pode ter feito isso com seu próprio filho. Reginald piscou duas vezes e jogou a cabeça para trás, caindo na gargalhada. Whitley também tinha vontade de rir. Com quem diabos sua mãe achava que estava brincando nesse momento? ― Você percebeu que você acabou de esfaquear seu filho e depois o jogou em uma cela que ele mesmo criou e o deixou sangrar? No seu lugar eu não iria lançar pedras, Lainey. ― Por que você me odeia tanto? ― Whitley perguntou em voz baixa. Era uma pergunta que ele queria perguntar a anos, mas ele nunca teve coragem. Como havia uma grande probabilidade de que ele não viveria pra isso, ele não tinha nada a perder se fosse agora à procura de respostas. Sua mãe virou um olhar gélido sobre ele. ― Eu não odeio você, Whitley. Eu não me importo o suficiente para sentir alguma coisa por você. Você é um menino inteligente. Certamente você já tinha percebido isso. ― Eu sei que eu fui um acidente. ― Você foi um engano! ―, Sua mãe gritou para ele. ― Você nunca devia ter nascido. Tivemos Ashley e isso era tudo que precisávamos. Eu era a próxima na fila para ser anciã. Você sabia? Ela não soou como se realmente quisesse uma resposta, então Whitley manteve sua boca fechada e cruzou as mãos em seu colo enquanto ouvia seu discurso retórico. ― Então eu acabei grávida de você. O médico achou que corríamos o risco de ambos morrermos durante o parto. Você era uma coisa insignificante,
uma coisa doentia. Se eu tivesse tirado você e assumisse a posição de anciã, como você acha que as pessoas teriam olhado para mim? Então, eu dei tudo por você, e que você acabou sendo uma verdadeira decepção. No momento em que ela se acalmou, Whitley estava lutando para engolir o nó na sua garganta. Não foi uma revelação chocante, mas ainda doía como o inferno ter todas as suas suspeitas confirmadas. Sua família realmente o odiava, e eles só o toleraram para manter as aparências. Se isso não era um chute no saco, ele não sabia o que era. ― Senhor ―, uma pequena mulher com cabelo loiro arrumado em um coque anunciou entrando na sala. ― Jude chegou com o menino. ― Ela lançou um olhar solidário em Whitley, antes de voltar sua atenção para o pai de Jude. ― Obrigado, Cara. Ele sabe onde estamos. Ela baixou a cabeça respeitosamente, lançando outro olhar de canto de olho sobre Whitley, e então correu para a porta novamente. Whitley não tinha certeza se cantava ou chorava com o fato de que Jude tinha chegado para ele. Ele ainda não acreditava que seu companheiro iria vender Carter desse jeito. Então, o que o homem estava fazendo? Esperava como o inferno que Jude tivesse um plano, porque ele estava totalmente sem ideias. Dois conjuntos de passos, um baque abafado e outro barulho mais parecido com uma confusão ficaram mais alto quando eles vieram para a porta aberta. Então Jude estava lá, levando Carter por uma corda. Ele não deu nem um olhar para Whitley, mas encarou o pai direito nos olhos. Carter olhou para frente, os olhos arregalados e sem ver, enquanto ele se balançava para frente e para trás e murmurava baixinho. Os resmungos rapidamente se transformaram em rosnados, baba derramando através de seus lábios e escorrendo no queixo. Whitley não sabia o que diabos estava acontecendo, mas ele não
estava em posição para questionar. Jude lhe disse que Carter estava ficando cada vez melhor. E se ele estivesse fingindo? Era tudo uma encenação? Se tudo fosse um ato, ele não conseguia ver como isso ia ajudar a qualquer um deles. ― É hora ―, disse Jude uniformemente.
― Isto era o que você
queria. Não há chance de que ele volte ao normal. Eu não quero vê-lo desta maneira, e uma vez que ele se for, todos os seus problemas estarão resolvidos. Reginald rondou Carter, olhando-o atentamente. Ele deu um pulo para trás quando Carter se virou para ele, um rosnado alto acima do peito. ― Ligue para o Ancião Gamble, ― Jude exigiu. ― É hora de acabar com isso. ― Estou aqui ―, anunciou outro homem entrando pela porta. ― Eu tenho todo o interesse em ver toda essa confusão terminar. Whitley inclinou a cabeça para o lado e sorriu. O Ancião Gamble era um homem jovem, provavelmente não tinha mais do que 55 anos. Seus longos cabelos loiros escorriam sobre os ombros, fazendo-o parecer extremamente jovem. Por que todo mundo tinha tato medo dele? Ele era um shifter tubarão, mas o que na terra ele poderia fazer para eles fora da água? Reginald cruzou os braços sobre o peito e franziu a testa, olhando tão concentrado para Jude que Whitley teve que desviar o olhar. Talvez seu companheiro tivesse mentido para ele e o manipulado, mas isso não significava que ele era tão dissimulado quanto o pai. Judas não era cruel. Ele só queria salvar seu irmão. Quando ele analisou o assunto por esse lado, Whitley não o levou tão pessoalmente. Jude quis machuca-lo deliberadamente. Poderia ter sido qualquer um, desde que eles tivessem o que ele precisava para ajudar Carter a escapar. Inferno, até poderia ter sido Ashley. Seguindo essa linha de pensamento, Whitley percebeu que Jude nunca tinha mentido para ele. Ele reteve uma porrada de informação. Ele tinha
usado Whitley para conseguir o que ele precisava, mas ele nunca tinha sido malicioso sobre isso. Talvez ele estivesse tendo dificuldade em entender porque ele nunca se importou por alguém como Jude se importava com seu irmão. Ou talvez fosse porque nunca ninguém tinha precisado ou dependido dele. Vendo seu companheiro parado, se preparando para assistir seu irmão morrer para que Whitley pudesse estar livre, mudou alguma coisa dentro de seu coração, permitindo que um pequeno raio de luz espreitasse através da escuridão. Era provável que Jude tivesse motivações puramente egoístas para suas ações. Se Whitley morresse, Jude morreria também. Ao longo de todo o calvário, Jude nunca tinha encontrado o tipo de homem que se preocupasse com o seu próprio bem-estar. Tudo o que ele fez foi para aqueles com que se preocupava, e apenas talvez, Whitley foi uma dessas pessoas.
Capítulo 12 Ele não conseguia olhar para Whitley. Se ele fizesse, ele ia estragar tudo. Jude podia sentir o cheiro de sangue, e ele pegou um flash de pele nua dentro da cela quando ele entrou na sala, mas ele não conseguia olhar. Se fosse tão mau como ele imaginou em sua cabeça, ele ia perder a cabeça e matar todos que tinham feito isso para seu companheiro.
― Faça o telefonema ―, seu pai disse ao ancião.
― Nós todos
queremos acabar com isso para que possamos seguir em frente. Jude não sabia o que a mãe Whitley tinha a ver com tudo isso, mas ele assumiu que tudo tinha a ver com o dinheiro. Ele não estava muito interessado nos detalhes. Quando chegasse a hora, a morena arrogante poderia ir para baixo com o resto deles. Ele gostava especialmente de como eles estavam falando sobre Carter como se ele fosse o bandido, e eles estavam todos reunidos para aplicar uma justiça merecida. Se tudo ocorresse como o planejado, eles estavam caminhando para um despertar muito rude. ― Muito bem ―, disse o Ancião Gamble quando pegou o celular do bolso.
― Nós não podemos envolver a UPAC, no entanto. Seria prejudicial
para a minha carreira e reputação se eles soubessem sobre isso. ― Você não está sugerindo a Allegiance, ― A mãe de Whitley engasgou. Ela enterrou suas mãos delicadas em seus quadris e rosnou.
―
Seymour fez isso se transformar em uma bagunça. Eu nunca deveria ter confiado nele com algo tão importante. ― Sim, bem, a Allegiance é discreta, e eles nunca falam. ― O Ancião Gamble começou a discar enquanto ele falava.
― Não se preocupe Elaina.
Você ainda terá o seu assento no Conselho. Jude manteve o seu rosto impassível, mas, interiormente, ele estava sorrindo um quilômetro de largura. Mais peças foram se encaixando sobre a razão do envolvimento de Elaina Turner. Ele assumiu que Whitley podia lhe dizer os detalhes mais tarde. Ele também estava mais do que um pouco contente que Gamble estava indo para a Allegiance sem a necessidade de ser estimulado
nesse
sentido.
Até
agora,
as
coisas
estavam
funcionando
perfeitamente. ― Temos um shifter selvagem aqui ―, disse Gamble em seu telefone, um momento depois. ― É uma situação delicada. A UPAC não pode
estar envolvida. Sim, isso mesmo. Residência do senhor Reginald Chambers. ― Ele falou o endereço, perguntou quanto tempo alguém estaria lá, e desligou a chamada calmamente como se estivesse pedindo uma pizza.
― Alguém
estará aqui antes do nascer do sol. Reginald e Elaina ficaram boquiabertos. ― Você não pode estar falando sério! ― Elaina exclamou. ― O que devemos fazer até lá? ― Gamble deu de ombros. ― Eles não estão indo a lugar nenhum, minha cara. Vamos tomar uma bebida enquanto esperamos. Aparentemente, nenhum deles tinha um bom argumento contra isso, porque simplesmente balançaram a cabeça e seguiram o velho para fora da sala, trancando-os. O bloqueio não significava nada para Jude. Ele não tinha intenção de tentar escapar. ― Jude, o que está acontecendo? ― Whitley perguntou em um sussurro alto. Balançando a cabeça, Jude colocou um dedo sobre os lábios e pressionou seu ouvido contra a porta, ouvindo até que as pegadas tinham desaparecido. Uma vez que ele tinha certeza de que seus captores tinham ido embora, ele correu pela sala e se ajoelhou em frente à porta da cela, mas não a tocou. Whitley se mexeu ao longo do chão e parou no outro lado das barras. ― Você voltou para mim. Jude queria alcançar e tocar Whitley da pior maneira. ― Você tinha alguma dúvida? ― O olhar no rosto de seu companheiro disse que ele tinha muitas. ― Tudo vai ficar bem. Eu preciso de você para aguentar apenas um pouco mais. Três longos cortes no peito Whitley escorriam sangue, e um braço mutilado estava com marcas de perfuração. Jude não poderia parar o rosnado
que estourou de seus lábios, e ele estava feliz por ele não ter dado uma olhada no seu companheiro antes. De jeito nenhum ele poderia ter permanecido passivo depois de ver algo assim. ― Dói muito, Whit? Whitley encolheu os ombros. ― Não está mais tão ruim. Jude olhou em torno de seu amante, de olho nas manchas de sangue sobre o chão da cela. Apenas quanto sangue Whitley tinha perdido? Quanto mais ele poderia perder antes que seja demais? Se eles pudessem levá-lo para fora da cela, ele poderia mudar e curar a si mesmo, mas até que isso acontecesse, eles não tinham muitas opções. Whitley disse alguns números para ele e balançou a cabeça em direção ao canto de trás da cela. ― Esse é o código para desligá-la. Antes que Jude pudesse se mover, Carter estava do outro lado da sala e digitando os números no teclado da caixa. ― Feito ―, disse ele com um sorriso brilhante.
― Esta corda coça
Jude. Tirando sua camisa, Jude a enfiou através das grades. ― Coloque pressão sobre a pior das feridas. A ajuda está chegando, bebê. Basta aguentar um pouco mais. ― Então ele se virou para o irmão. ― O mesmo vale para você. Temos que manter esse teatro um pouco mais. ― Ligue a cela novamente, ― Whitley disse quando pegou a camisa e a apertou contra um dos cortes no peito. ― Eu não sei o que você tem na manga, mas precisamos que isto olhe tão real quanto possível. ― Primeiro mude ―, Jude ordenou.
― Mude e cure a si mesmo
antes de eu reativá-la. Whitley balançou a cabeça. ― Eles saberão que algo está errado se voltarem e eu estiver curado.
Precisamos que tudo seja o mesmo de quando eles partiram. ― Ele chegou através das grades com a mão trêmula e descansou a ponta dos dedos no antebraço de Judas. ― Eu vou ficar bem. A tensão em sua voz e o rubor de sua pele, disseram o contrário. Os braços de Jude se queimaram onde seu companheiro o tocou, e, de repente, lhe ocorreu que mais uma vez, eles superaram o limite de tempo de 24 horas. ― Eu sou horrível para esta merda de acasalamento. Whitley riu e balançou a cabeça. ― Bem, eu não lhe daria uma estrela de ouro, mas você não tinha nenhuma maneira de saber que isso iria acontecer. Eu vou fazer você pagar quando sair daqui. ― Então ele puxou o braço através das grades e acenou para Carter ativar a cela. Se Whitley queria fazê-lo sofrer, Jude aceitaria qualquer coisa que o cara quisesse fazer. ― Eu nunca quis que isso acontecesse. Eu sinto muito por tudo. ― Você pode fazer isto para mim mais tarde. ― Whitley lhe deu um sorriso torto e se sentou sobre os calcanhares. ― Eu não estou dizendo que eu te perdoo, e eu não estou dizendo que eu confio em você. Eu só não odeio mais você, então eu acho que isso é um bom começo. ― Você não vai se arrepender ―, prometeu Jude, aliviado que depois de tudo o que ele tinha feito, Whitley estava disposto a lhe dar uma segunda chance. ― Vai ser perfeito dessa vez. Whitley lhe deu um olhar incrédulo, mas balançou a cabeça. ― Eu espero que sim, Jude. Carter andou de volta para a porta e se sentou na frente dela, pressionando seu ouvido à madeira. Ciente de que seu irmão iria deixá-los saber se alguém estava chegando, Jude se sentou e cruzou as pernas embaixo dele. ― Qual é a sua cor favorita?
― Umm, verde? ― A inflexão na voz de Whitley fez o som de sua resposta como uma pergunta. Jude achou bonitinho. ― O meu é cor de laranja. E sobre hobbies? O que você gosta de fazer para se divertir? Whitley lhe deu um leve sorriso, aparentemente se recuperando para o seu jogo. ― Qualquer coisa a ver com computadores, eu acho. Jude balançou a cabeça, memorizando tudo. ― E quanto aos livros? Você gosta de ler? ― Eu gosto dos clássicos. E você? ― Eu não leio muito. ― Jude deu de ombros. Ele não era analfabeto. Ler apenas não era algo que ele gostava de fazer por prazer. ― Diga-me um segredo sobre você. ― Você primeiro ―, Whitley retornou. Isso pareceu justo. ― Embora eu seja um shifter de água, eu não posso nadar a menos que eu mude. Whitley bateu a mão sobre sua boca para abafar o riso. ― Sério? ―, Ele sussurrou. Ele riu um pouco mais quando Jude acenou com a cabeça antes de se controlar. ― Eu não posso voar. Bem, acho que, tecnicamente, eu posso, mas eu não faço, porque isso me assusta pra caramba. Foi a vez de Jude rir. Eles eram um bom par. Eles continuaram o jogo, cada um deles fazendo perguntas e desenterrando segredos. Ele não sabia quanto tempo ficaram lá, mas a sua bunda comecei a doer, e seu pau empurrou animadamente com cada sorriso que Whitley lhe deu. Parte disso era por causa do calor do acasalamento, mas uma parte maior tinha a ver com o quanto Jude realmente desejava seu companheiro. ― Alguém está vindo ―, Carter sussurrou antes de se levantar e
estender suas mãos atadas em direção a Jude. ― Basta se sentar afastado, ― Jude disse a seu amante, então se levantou, atravessou a sala, e tomou a ponta da corda amarrada ao redor dos pulsos de Carter. ― Agora é com você. Carter começou a babar e rosnar de novo enquanto lutava contra suas restrições. O garoto era um ator muito bom. Jude o prendeu a parede com um braço sobre suas clavículas, tomando cuidado para não cortar seu suprimento de ar. ― Desculpe ―, ele murmurou. Piscando para sinalizar que entendeu, Carter sacudiu a cabeça para frente e estalou os dentes, assim que a porta se abriu e várias pessoas lotaram a sala. Reginald conduzia a todos, com Elaina e Gamble seguindo logo atrás dele. Em seguida, dois homens e uma mulher pequena e ruiva vieram depois deles. Jude assumiu que eram da Allegiance. A última pessoa que entrou na sala fez seu queixo cair e sua cabeça rodar. ― Ancião Swanson? Carter, não percebendo o seu choque, fez outra investida para ele. Jude não estava preparado, e ele amaldiçoou ruidosamente quando a testa de seu irmão bateu em seu queixo. ― Porra, Carter! ― Sim, eu vejo o que você estava dizendo ―, comentou o Ancião Swanson enquanto olhava Carter de cima a baixo. Ele parecia entediado com as mãos atadas atrás das costas e nariz virado para cima no ar. ― Eu ainda não entendo por que você não poderia simplesmente chamar os guardas de UPAC. Emmett Gamble correu para frente e começou um discurso prolixo sobre defender a honra da sua família e blá, blá, blá. ― Então, você vê, isso seria muito indigno para a minha filha se
vazasse que eu peguei não só o seu companheiro a traindo, mas que desse caso resultou uma criança. Elder Swanson balançou a cabeça lentamente. ― Sim, eu vejo a sua situação, Emmett. O menino já estava selvagem quando você o encontrou? Gamble e Reginald se entreolharam e se remexeram nervosamente. ― Sim ―, o pai de Jude mentiu. ― Eu vejo. Ancião Swanson deslizou pelo chão em direção à cela onde estava Whitley. ― E você o trancou dentro desta cela para que ele não pudesse prejudicar ninguém. Então você me chamou de imediato. ― Sim ―, Elaina respondeu. O ancião virou a cabeça para sorrir para ela. ― Elaina, é bom vê-la. Eu estou supondo que você está aqui para obter o seu filho de volta. ― O rosto de Elaina empalideceu e ela começou a tremer.
― Ele...
não... Quero dizer, nós o pegamos tentando libertar o menino. Ele não está bem de sua mente. ― É mesmo? ― Ele se voltou para a cela e inclinou a cabeça para o lado. ― Olá, Whitley. ― Olá, senhor ―, Whitley retornou, deixando a cabeça cair respeitosamente. ― Você estava envolvido na libertação deste jovem? Whitley levantou a cabeça e olhou para o ancião direito nos olhos. ― Sim. ― Veem? ― Elaina apontou o dedo e o balançou repetidamente na direção de Whitley. ― Ele admite isso. ― Você quer calar a boca? ― Whitley gritou para sua mãe,
exasperado. ― Você poderia falar da maldita pintura na parede. Jude se encheu de orgulho com a explosão de Whitley. Caminho a percorrer, bebê, ele aplaudiu silenciosamente. A cadela merecia algo muito pior do que isso, mas ele ficou feliz ao ver seu companheiro finalmente se levantar por si mesmo. O Ancião Swanson riu baixinho. ― Talvez você pudesse tentar novamente, Elaina. Seu filho parece perfeitamente estável para mim. ― Você não está aqui em nome da UPAC, e não é o seu trabalho questionar qualquer coisa. ― Ancião Gamble cruzou os braços e o olhou. ― Basta continuar com a execução. ― ― E quem eu teria que executar? Todos se viraram para olhar para Carter, que estava sorrindo feliz enquanto Jude desamarrava as cordas em torno de seu pulso. ― Oi, pai ―, disse ele com um aceno alegre quando os pulsos estavam livres. ― Você vem sempre aqui? ― Você! Jude se manteve firme quando seu pai avançou sobre ele. Dois dos guardas se colocaram entre eles e mandou Reginald de volta.
― Você, seu
bastardo traiçoeiro! Você nos enganou. Ele estava selvagem! Eu tenho certeza disso! ― Sabe quanto dinheiro eu desembolsei para isso sua cadela estúpida? ― Gamble sacudiu a cabeça em Elaina.
― Tudo para que este
pequeno problema fosse embora. Você vai pagar por isso. Descansando as mãos sobre os quadris, Jude inclinou a cabeça para o lado e sorriu. Na sua fúria, eles tinham acabado de soltar tudo que o Ancião Swanson precisava saber. Ele tinha um desejo muito infantil de por a língua para fora e cantar: “Nana, nana, nana!”, mas ele naturalmente se absteve, embora ele possa ter feito isso dentro de sua cabeça. Só um pouco.
O Ancião Swanson acenou a cabeça para os guardas, e em poucos segundos Elaina, Reginald e o Ancião Gamble estavam no chão com as mãos atrás das costas. Swanson estava dizendo algo que soava oficial, mas Jude não estava escutando. Ele correu pela sala, abriu a tampa da caixa de controle sobre a cela, e olhou para cima para Whitley lhe dizer os códigos. Whitley disse e Jude socou os números um por um. Quando ele desligou o fornecimento de energia, ele socou no próximo código para destrancar a porta. Momentos depois, ele puxou Whitley em seus braços e cobriu sua boca em um beijo duro e possessivo. ― Você está bem? ― Ele acariciou o rosto de seu companheiro e limpou o suor da sua testa. ― Vou cuidar de você bebê. Whitley revirou os olhos, mas ele estava sorrindo de orelha a orelha. ― Eu estou bem, Jude. Basta respirar fundo e relaxar.
― Então ele se
empurrou para cima na ponta dos pés e pressionou seus lábios juntos.
―
Obrigado por ter vindo de volta para mim. Então, como você fez isso? ― Bem, foi assim...
Capítulo 13 ― Veja, eu chamei Melody, e ela conversou com Shane, que conhecia esse cara que se chama Shadow, que faz parte da Allegiance e lhe devia um favor, e aqui estamos nós.
Whitley olhou atordoado para o seu companheiro. ― Huh? ― Essa explicação inteira apenas fez sua cabeça doer. ― Ok, conte de novo, um pouco mais lento neste momento. Jude riu, levantou Whitley em seus braços, e o girou em torno dele antes de coloca-lo de volta no chão. ― Melody vem tentando me ajudar a encontrar uma maneira de corrigir tudo isso. É por isso que ela estava me chamando. Bem, Shane é um guarda da UPAC, e ele trabalha com a Allegiance às vezes, então ele conhece esse cara, Shadow Santiago. Eu acho que ele estava na reunião e terminou com dois companheiros, mas isso não tem importancia. ― Jude acenou com a mão em desdém. A excitação na voz de Jude fez Whitley sorrir, mas ele ainda não estava acompanhando. ― Eu não tenho ideia do que você acabou de dizer. Que diabos é a Allegiance? ― É um grupo que persegue paranormais desonestos. Eles trabalham com a UPAC às vezes, mas eles são na maioria uma entidade independente. Whitley assentiu. ― Ok, eu tenho isso. ― Ele teria muito mais perguntas sobre isso mais tarde, mas por agora, foi o suficiente. ― Agora, como Melody e Shane se encaixam em tudo isso? ― Shane já fez parte da Allegiance. ― O Ancião Swanson respondeu quando os guardas escoltaram os três shifters da sala. ― Entretanto, Shadow não sabe e não tem nada a ver com a minha presença aqui. ― Ele sorriu se desculpando com Jude. ― Lamento que ele tivesse que mentir para você, mas ninguém pode saber que eu também dirijo a Allegiance. ― Isso significa que você vai nos matar agora? ― Whitley perguntou com os olhos arregalados. Ele não gostava desse plano. O ancião riu.
― Não, eu não vou te matar. Durante muito tempo, isso teria sido o caso, mas eu tenho de fazer alterações constantes desde que eu assumi. Tome Shane, por exemplo. Costumava ser, ou era lealdade ou morte. Desde que eu sou responsável, eu percebi que eu poderia quebrar as regras um pouco para o meu sobrinho. ― O companheiro de Melody é seu sobrinho? ― A cabeça de Whitley estava realmente começando a latejar agora. ― Então isso significa que ele te pediu um favor, e não pra esse cara, Shadow? ― Sim e sim. Mas não acho que eu estou escolhendo favoritos na minha família. Shadow será recompensado, é claro. Quando encontrei Shane ―, ele acrescentou em voz baixa.
― Você não pode imaginar como fiquei
chocado ao vê-lo na reunião. Nossos membros desistem de tudo quando eles se juntam, incluindo as esperanças de encontrar um companheiro. Acho que senti pena dele, no entanto. Ele esteve sozinho por mais de seis milênios, por isso eu permiti. Eu mesmo gravei seu acasalamento. Foi difícil não rir da expressão em seu rosto quando ele me viu, no entanto. Tudo isso era muito interessante, mas Whitley não sabia o que tinha a ver com sua situação atual. ― Ah, mas eu discordo ―, disse o ancião, como se lesse a sua mente.
― Vamos apenas dizer que se o seu companheiro e sua amiga
tivessem confiado no meu sobrinho, mais cedo, muito disso poderia ter sido evitado. Whitley entendeu essa parte, e olhou para Jude. ― Hey! ― Judas ergueu as mãos em sinal de rendição.
― Ele é
companheiro de Melody! Como diabos eu ia saber que ele tinha este tipo de ligação? Depois do que aconteceu quando eu disse a verdade para você, ela decidiu que era hora de fazer o mesmo com seu companheiro. Eu tenho que dizer que ele levou isso muito melhor do que você fez. Whitley não se importou com a acusação no tom de Jude.
― Bem, nada disso realmente nos afetará agora, não é isso? ― Você tem um ponto. ― Jude acariciou o lado do rosto de Whitley e sorriu.
― Você já concordou em me dar uma segunda chance, e eu vou
manter isso. Sem recuar agora, Whit. ― Você é uma dor na minha bunda ―, Whitley resmungou. No entanto, ele tinha concordado em dar mais uma chance ao seu acasalamento. A parte engraçada era que ele estava realmente ansioso para começar de novo sem toda essa confusão entre eles. ― Se você estragar tudo novamente, vou alimentá-lo com as suas bolas. ― Eu não esperaria nada menos ―, Jude ronronou pra ele antes de mergulhar a cabeça e pressionar seus lábios juntos. ― Você é a melhor coisa que já me aconteceu. Eu tenho muito a perder pra ser burro de novo. Oh, o homem disse todas as coisas certas. Whitley só esperava que ele pudesse cumpri-las. ― Então, o que vai acontecer com nossos pais e o Ancião Gamble? ― Ele perguntou ao Ancião Swanson. ― Eles vão ser julgados e condenados conforme seus crimes. Os guardas também foram enviados para a sua casa na Virgínia, para prender seu pai e seu irmão. Suas memórias vão ser alteradas pela Allegiance, para que eles esqueçam que eu estive aqui, e uma história adequada será oferecida ao Conselho. Todos os direitos e lucros para as celas serão transferidos para seu nome, e esta propriedade pertence agora a Jude. Será que tudo está coberto? Whitley balançou a cabeça lentamente. Ele realmente gostou deste ancião. ― Como é que você sabe sobre as celas? O Ancião Swanson piscou para ele. ― Há muito pouco que eu não sei. Além disso, seu pai é um idiota completo. Não há nenhuma maneira na terra que eu iria acreditar que ele projetou uma invenção tão brilhante.
― Então, essa casa é minha agora? ― Jude perguntou. ― Será por volta das cinco horas esta noite. ― O ancião parecia estar esperando para ver se eles tinham mais perguntas. Quando eles não o fizeram, ele baixou a cabeça e se afastou.
― Vou ter de lhes pedir para
manter isto em segredo. Tenho certeza que você entendem o porquê. ― Pode confiar em nós ―, Whitley disse apressadamente. ― Eu sei. É por isso que eu não estou alterando as suas memórias também. Eu odeio me apressar, mas eu preciso estar em Dallas, Texas, amanhã de manhã para lidar com uma sereia e suas tias extremamente incômodas.
― Ele franziu o cenho, parecendo pensar muito nisso ― Eu
realmente não gosto dessas mulheres. Eu sabia que essa coisa toda de acasalamento forçado iria causar problemas. Sabe quantos anciãos tiveram que ir resolver problemas entre os pares recém-acasalados? Ele não esperou por uma resposta quando saiu da sala, resmungando baixinho por todo o caminho. Uma vez que eles estavam sozinhos, Carter caiu na gargalhada. ― Eu gosto desse cara. Ele é quase normal para um ancião. Whitley mal o ouviu. Agora que tudo acabou, o fogo voltou com força total através de seu corpo, fazendo o seu sangue ferver. Para agravar ainda mais o problema, Jude colocou a mão impedindo o seu avanço e balançou a cabeça. ― Vamos curá-lo em primeiro lugar. ― Que tal um boquete? ― Não. ― Um trabalho de mão? ―, Ele perguntou esperançoso. ― Não, ― Jude disse com um sorriso. ― Você pode esperar mais alguns minutos, até que você obtenha uma solução. ― É isso ―, Carter anunciou com um estremecer. ― Eu estou fora daqui.
― Tome um banho e pegue algumas roupas em meu quarto ―, Jude disse enquanto passava os dedos em volta do pescoço de Whitley e o levou para fora da sala.
― Segunda porta à esquerda. ― Ele apontou para o
corredor. ― Você pode usar o meu banheiro também. ― Obrigado Jude. Divirta-se e não faça nada que eu não faria. ― Carter piscou e saiu na direção oposta. ― Talvez você pudesse apenas fazer cócegas em minhas bolas ― , Whitley sugeriu, voltando para as coisas importantes. Jude riu quando ele os encaminhou em direção da escada. Whitley não via o que era tão engraçado. Ele estava falando sério sobre ter suas bolas agarradas. ― Eu não gosto muito de você agora. ― Eu sei, mas a partir de agora, estou colocando você em primeiro lugar. Se você acha que eu não quero estar enterrado dentro de sua bunda agora, você está errado. Eu não sei todas as regras sobre ser um bom companheiro, mas eu não vou toma-lo enquanto você está machucado e sangrando. Ok, o homem tinha um ponto, e ele estava tentando. ― Tudo bem, onde estamos indo? ― Você vai mudar, de modo que você pode curar a si mesmo, tomar um banho, e então eu vou alimentá-lo. Vamos ver o que acontece a partir daí. Isso é exatamente o que eles fizeram, também, com zero de variação do plano. Enquanto Whitley sentia como se seu pau fosse cair, ele teve que admitir que uma vez que a adrenalina passou, ele não tinha realmente se sentindo mal enquanto brincava com seu companheiro. Mudar curou as feridas mais superficiais, mas as outras ainda doíam como o inferno. Após o banho, Jude o enfaixou, o levou para a cozinha, e o colocou em uma das cadeiras da cozinha. Então, embora ele tivesse uma equipe completa na mão, mandou todos embora e preparou um café da manhã
ele mesmo para Whitley. ― Você acha que você gostaria de ficar aqui? ― Jude perguntou enquanto ele virou o pão francês na chapa. ― Poderíamos ter todas as suas coisas enviadas. Ou podemos até ir buscá-las quando você estiver se sentindo melhor. Whitley sabia que Jude tinha a responsabilidade com o pessoal que vivia dentro da casa. Ele não também não tinha nenhum desejo de retornar à Virgínia. ― Este lugar é muito mais agradável do que a minha casa, e eu realmente gosto do que eu vi da Califórnia. Eu não tenho muito em meu lugar, mas eu realmente não conheço ninguém que poderia encaixotar as minhas coisas e enviá-las para mim. ― Você não tem amigos? ― Não. ― Ele sempre se guardava para si, o que não permitiu muitas oportunidades de conhecer pessoas. Os poucos amantes que passaram por sua vida haviam sido arranjados por sua família. Agora fazia sentido do porque todos eles o tratavam como um pedaço de propriedade. Pelo menos seus pais não tinham tentado forçar uma mulher sobre ele. A única razão que ele acabou na Escócia para o encontro foi porque o convite tinha dito que era obrigatório. Ele gostava de regras e sabia o que devia ser seguido, especialmente quando elas vieram do maior órgão do mundo paranormal. ― Será que você se opõe a Arman indo? Whitley pensou sobre isso brevemente. ― Isso seria bom, se ele não se importar. ― Ele se contorcia na cadeira e apertou a palma da mão contra a sua ereção.
― Jude, não sei
quanto tempo eu aguento. Estou queimando vivo e meu pau dói. ― Oh! ― Jude virou e correu para a mesa, puxando um pequeno frasco de seu bolso.
― Eu não sei exatamente o que é isso ou como ele
funciona, mas o Ancião Swanson deu o mesmo para mim. Isso nos dá um alívio de três dias para que você possa se curar antes que precisamos para obter contato físico novamente. ― Ele balançou as sobrancelhas quando ele passou o tubo de vidro para Whitley. Whitley pegou e bebeu o conteúdo, ávido por qualquer tipo de alívio. Em poucos segundos o seu pau desinflou e o calor se dissipou de seu corpo o fazendo dar um suspiro cansado. ― Acho que tenho uma queda por esse homem. Jude riu e beijou a ponta do seu nariz. ― Desde que ele salvou nossas bundas, eu vou deixar isso passar. Porém se engane. Você pertence a mim. ― E você pertence a mim ―, rebateu Whitley. ― Agora, apresse o seu traseiro doce e me traga o café da manhã. Seu companheiro olhou ofendido por um segundo antes de ele rir e balançar a cabeça. ― E você costumava ser tão quieto e tímido. Era verdade, mas parecia que foi toda uma vida atrás. ― Em pouco menos de duas semanas, eu fui acasalado, usado, manipulado, sequestrado, esfaqueado, e ouvi que eu nunca deveria ter nascido por minha própria mãe. Para completar, eu nem sequer comecei a usar os movimentos ninjas impressionantes que você me ensinou. Eu acho que essas coisas têm uma maneira de mudar as pessoas. Jude não disse nada, mas seus músculos ficaram tensos e sua cabeça baixou um pouco. Se eles realmente estavam indo para tentar fazer este trabalho, Whitley teria que esquecer a decepção que teve com Jude. Inferno, ele podia ver o que o homem estava pensando, e ele realmente não estava mais com raiva. De jeito nenhum ele teria dado outra chance a Jude se sentisse que as ações de seu companheiro tivessem um toque sinistro em seu intento.
Ainda assim, Jude tinha sido um idiota de proporções épicas, e Whitley não via mal nenhum em fazê-lo se contorcer por mais algum tempo.
Capítulo 14 ― Eu vou sair ―, Carter anunciou que ele correu escada abaixo. ― Não me espere! Whitley parecia que ia dizer algo, mas Jude estendeu a mão e tapou a sua boca. ― Divirta-se e fique fora de problemas ―, ele falou. Carter deu-lhe um aceno e saiu pela porta da frente. ― Eu sei que ele é jovem, mas ele não é um garoto ―, disse Jude delicadamente ao seu companheiro.
― Ele tem
quase 19, e eu acho que ficou comprovado que ele é responsável. ― Eu sei ―. Whitley suspirou e se recostou no sofá. ― Eu só me preocupo com ele. Jude se preocupava também, e ele provavelmente sempre o faria. Carter tinha crescido a passos largos nos últimos quatro meses, no entanto. Ele nunca saiu de linha ou fez qualquer outra coisa, mais do que ganhar sua confiança. ― Eu acho que ele tem uma namorada. ― O quê? ― Whitley se levantou, e Jude teve de agarrá-lo, evitando que ele saísse do sofá. ― Ele é muito jovem. Quem ele está vendo? Eles estão tendo cuidado, certo? Eu sei que não podem adquirir doenças, mas ele ainda poderia ter uma menina grávida. Ele ainda não está pronto para isso. Jude riu e puxou seu companheiro de volta para as almofadas. ― Primeiro, ele não é muito jovem. Em segundo lugar, eu tenho uma suspeita de que as meninas não empurram seus botões, se você sabe o que
quero dizer. Deixe a criança se divertir. Ele merece.
― Tudo bem, mas eu
quero que você fale com ele quando ele chegar em casa. ― Whitley puxou os pés em cima do sofá e se enrolou para o lado de Jude.
― Ele pode ter
dúvidas. ― Eu vou falar com ele. ― Não era uma conversa que ele estava ansioso, mas se isso iria fazer Whitley feliz, ele faria o seu melhor. Assim como ele vinha fazendo todos os dias desde que Whitley tinha concordado em permanecer e trabalhar as suas questões. Nem uma vez nos últimos quatro meses que tinha mentido para o seu companheiro sobre qualquer coisa. Ele confessou até todos os delitos, de comer o último dos Oreos até o de jogar fora todas as camisas com coletes de Whitley. Em sua defesa, eles eram realmente horríveis. Embora Whitley estivesse chegando perto, ele ainda parecia estar escondendo alguma coisa. Ele sabia que levaria tempo para ganhar de volta a confiança plena de Whitley, mas isso ainda doía. Acordar com o homem em seus braços todas as manhãs era a melhor sensação do mundo. Sua vida sexual ainda era de sentir a terra tremer, e Whitley era a grande parte do seu relacionamento. Só sentia como se algo estivesse faltando. As palavras de Carter continuavam voltando para assombrá-lo também. Se o que ele sentia por Whitley era amor, ele saberia. Certo? Ele não teria que adivinhar ou imaginar. Bem, em algum lugar durante o curso da construção de sua nova vida com o homem ao seu lado, ele tinha parado de pensar. Ele estava relutante em expressar seus sentimentos. Era altamente improvável que Whitley sentia o mesmo sobre ele, e o pensamento da rejeição o assustava. E se foi rápido demais? Ele não achava que seu coração iria sobreviver se Whitley tentasse fugir novamente. Assim, ele manteve suas emoções engarrafadas dentro dele e só fazia
o melhor que podia para ser um bom companheiro e companheiro devotado. Às vezes, ele se questionava se ele estava sendo egoísta. Ele havia prometido nunca mentir ou manter as coisas escondidas de Whitley novamente. No entanto, lá estava ele, escondendo parte de si mesmo para que ele não enfrentasse uma decepção se seus sentimentos não fossem correspondidos. ― O que você está pensando? ― Whitley perguntou, interrompendo seu argumento interno. ― Em nós ―, Jude respondeu honestamente. ― Em nós? ― Whitley se mexeu e inclinou a cabeça para trás. ― Há algo de errado? ― Vendo a preocupação no rosto de seu amante, Jude fechou os olhos e suspirou. Ele não aguentava mais ver aquele olhar no rosto de Whitley e sabia que ele tinha causado mais uma vez. ― Eu estive escondendo algo de você. Como esperado, Whitley ficou tenso e se afastou dele. ― Jude, eu pensei que nós já tínhamos passado isso? Abrindo os olhos, Jude estendeu a mão e pegou a mão de Whitley. ― Eu sei, e eu sinto muito. Eu estava com medo de lhe dizer. ― Ok, então me diga agora ―, Whitley exigiu e seus olhos se estreitaram. ― Você é a coisa mais importante na minha vida. Eu realmente não lembro quem eu era antes de te conhecer, e eu não quero, porque eu sei que eu não gostaria da pessoa que eu era. Você tem essa...essa elegância sobre você, mas não é feminina. Eu acho que é mais parecido com sofisticação. Eu não sou assim. Ele sabia que não estava fazendo um bom trabalho ao explicar o que ele queria dizer, mas ele não era bom com as palavras como seu companheiro. Não importa o que aconteceu, Whitley sempre levou tudo na esportiva. Raramente ele ficava chateado, e quando o fazia era uma raiva silenciosa. Quando Jude olhou para ele, ele poderia facilmente imaginar o cisne gracioso
que se escondia dentro de seu companheiro. Um pequeno sorriso puxou os cantos dos lábios de Whitley. ― Eu entendo Jude. Continue. Isso
era
outra
coisa.
Whitley
sempre
entendeu
e
tinha
o
entendimento. Enquanto os dois podiam parecer a mesma coisa para algumas pessoas, Jude viu como duas coisas muito distintas. Whitley sabia o que Jude estava tentando dizer e foi simpático o suficiente para perceber o quanto era difícil para ele dizer isso. ― Eu sei que somos diferentes, e não temos muito em comum, mas eu acho que nos encaixamos. Você me faz feliz, Whit. Eu gosto mais de mim quando estou com você. Whitley riu baixinho. ― Você me faz feliz, também, Jude. Será que você acabou de falar agora? ― Eu te amo. ― Jude não sabia como ele esperava sentir depois de dizer as palavras, mas ele ficou agradavelmente surpreso ao descobrir que isso fez o seu coração inchar e suas entranhas ficarem pegajosas. ― Eu sei que você ainda está aprendendo a confiar em mim novamente, e eu respeito isso. Mas eu te amo, e eu queria que você soubesse. ― Isso foi tão difícil? ― Whitley sussurrou enquanto ele se aproximava, se moldando ao peito de Jude. ― Eu tenho um segredo, também. ― Ah? ― Jude duvidava que fosse tão grande quanto o dele, mas isso não o impediu de querer ouvi-lo. ― Basta dizer. ― ― Eu confio em você. Eu acho que você tem mais do que provado para mim e para a si mesmo. Claro, você está um pouco áspero em torno das bordas, mas vamos trabalhar nisso. ― Ele piscou maliciosamente. ― Eu amo você, Jude, e eu estou muito feliz que você me enganou para acasalar com você. Judas não estava certo do que aconteceu, mas algo dentro dele
rompeu, e quando ao tempo em que a realidade voltou para ele, ambos estavam completamente nus e se contorcendo juntos no chão. ― Eu realmente amo você ―, ele ofegou antes de atacar a boca de Whitley, enfiando a língua no interior profundo. ― Isso é um monte de amor ―, Whitley engasgou quando Jude liberou seus lábios. ― Eu quero lhe dar uma coisa, Whit, algo que eu nunca tinha dado para qualquer outra pessoa. Algo que eu espero que prove que eu nos vejo como iguais e eu confio em você tanto quanto eu quero que você confie em mim. ― Ele estava nervoso como o inferno, mas ele quis dizer cada palavra. Felizmente, Whitley como sempre o entendeu e não o fez soletrar. ― Obtenha o lubrificante. ― Estendendo o braço para o lado, Jude se atrapalhou debaixo da almofada sofá e voltou com uma garrafa pequena de lubrificante. ― Em caso de emergência ―, ele disse com um encolher de ombros quando Whitley arqueou uma sobrancelha para ele. ― Em suas mãos e os joelhos, bebê ―, Whitley pediu com um tapinha em seu quadril. Jude nunca tinha visto esse lado forte de seu companheiro antes, e isso o deixou duro como rocha. Ainda assim... ― Eu quero ver você. Whitley olhou para ele por um momento e balançou a cabeça lentamente. ― Ok, então deite e relaxe. Empurrando a mesa de café de lado, Jude fez como instruído, estendendo-se de costas e dobrando os joelhos. Seus músculos se contraíram, seu traseiro cerrava e relaxava, e seu pau latejava em antecipação nervosa do que estava por vir. O barulho da tampa da garrafa tinha as bochechas de sua bunda
apertando como se estivesse tentando proteger seu buraco. Whitley sorriu suavemente e arrastou o seu corpo, salpicando beijinhos ao longo dos seus abdominais. ― Respire bebê. Suas pernas foram empurradas mais amplas, e um dedo escorregadio acariciou ao longo de seu vinco. Whitley lambeu e mordiscou de volta para baixo de seu corpo e jogou a língua sobre a coroa ingurgitada do pau de Jude. Com o dedo ele encontrou o buraco tremulo de Jude e o acariciou em pequenos círculos, aplicando pressão, mas sem nunca entrar. ― Respire ―, Whitley repetiu antes de envolver seus lábios ao redor do pau de Jude e empurrar a ponta do seu dedo na entrada virgem de Jude. Jude ofegou e levantou os quadris do chão. Ele não sabia se ele gostou ou se ele queria parar. Whitley chupava a cabeça do seu pau, e ele decidiu que ele gostou. Quando os lábios rechonchudos deslizaram no resto de sua extensão rígida e os músculos da garganta de seu companheiro se apertaram ao redor da ponta, ele decidiu que foda, ele adorou. Havia um pouco de picada e um pouco de pressão quando Whitley trabalhou o dedo mais fundo no canal de Jude, mas não foi tão ruim, possivelmente porque a sucção em torno de seu pau o manteve distraído, mas ele poderia viver com isso. Só quando ele foi se acostumando com o deslizamento lento de um dedo no seu traseiro, Whitley acrescentou um segundo. Jude definitivamente o sentiu, e ele ainda não conseguia decidir se era bom ou ruim. Em seguida, os dígitos sondaram e acharam algo dentro dele que fez luzes explodirem em sua visão e um grito forte sair de seus lábios ofegantes. ― Achei ―. Whitley riu, soltando o pau de Jude, de modo que ele bateu contra o seu baixo ventre. ― Só mais um. ― Faça isso de novo ―, Jude implorou.
― Quem manda aqui? Um terceiro dedo escorregou ao lado dos dois primeiros, e Jude se curvou fora do tapete quando ele balançou contra mão do seu companheiro. Ele supunha que isso respondia à pergunta de se ele gostou ou não. Seu orgasmo correu na direção dele, correndo em cima dele como um trem de carga. Ele estava tão perto, apenas um pouco mais. Então, tudo parou quando Whitley tirou os seus dedos do buraco de Jude. ― Não! ― Relaxe, amor. Vou cuidar bem de você. O clique da tampa do frasco soou de novo, e Whitley posicionou-se entre as coxas de Jude, empurrando seus joelhos para trás em direção ao seu peito. A ponta cega de seu pênis cutucou contra o buraco faminto de Jude, então, muito lentamente, ele empurrou para frente até que ele violou o anel que guardava os músculos. A respiração de Jude ficou presa em sua garganta e sua bunda apertava em torno da invasão do comprimento de Whitley. ― Porra! ―, Ele engasgou quando ele conseguiu respirar novamente. ― Respire ―, Whitley pediu pela terceira vez.
― Você tem que
relaxar. ― Sua voz soou tensa, e seu rosto estava apertado enquanto ele continuava facilitando para frente, revestindo até que suas bolas estavam firmemente situadas contra a bunda de Jude.
― Diga-me quando estiver
pronto. ― ― Basta se mover ―, Jude grunhiu. Whitley recuou para fora até que somente a coroa estivesse dentro, em seguida, avançou novamente. A cada impulso, a queimação diminuiu e o prazer aumentou. O pau de Jude saltou de volta à vida, duro e latejante contra sua barriga, pré-sêmen derramando em sua barriga. ― Duro.
Tomando sua palavra, os dedos de Whitley cavaram na parte de trás de suas coxas, e ele levou a bunda de Jude com uma intensidade selvagem. Levantando os braços sobre a cabeça, Jude os apoiou contra o sofá e começou a se mover com seu amante, balançando para trás para que ele pudesse tomar Whitley mais profundo dentro dele. Dobrando uma perna para o lado, Whitley plantou o pé no chão ao lado do quadril de Jude e se inclinou sobre ele, mudando o ângulo e cravando o ponto doce de Jude no próximo mergulho. Mais e mais, Whitley acertou sua próstata até que Jude não era nada mais do que um amontoado, choramingando e se contorcendo. Quando os dedos longos de seu companheiro se apertaram em volta do seu pênis, ele não poderia ter parado o seu clímax, mesmo se ele quisesse. ― Whit ―, ele gritou quando sua visão esmaeceu. Cordas quentes de sêmen saíram de sua fenda, arqueando para o ar e espirrando em seu peito e estômago. Em algum lugar em seu cérebro cheio de luxúria ele vagamente registrou o rosnado baixo de Whitley enquanto calor úmido revestia suas paredes internas e enchia o seu canal. ― Você está bem? ― Whitley perguntou um momento mais tarde, quando ele caiu no peito de Jude. ― Estamos fazendo isso de novo. Logo, várias vezes, e muitas vezes. A risada de Whitley se transformou em um silvo quando sua ereção deslizou do buraco ainda convulsionando de Jude. ― Eu gosto do som disso. Não por um par de dias, no entanto. Você vai estar um pouco dolorido, e eu tenho medo de te machucar. Jude não se importava. Isso totalmente valeu a pena. ― Talvez um banho quente fosse ajudar. ― Mmm, se importaria se eu me juntar a você? ― Eu estava contando com isso. Whitley rolou de cima dele e se levantou, estendendo uma mão para
ajudar Jude. ― Mova sua bunda sexy, Sr. Chambers. Jude foi de bom grado com um sorriso enorme no rosto. ― Ei, Whit? ―, Ele chamou por cima do ombro. ― Sim? ― Whitley respondeu com um sorriso em sua voz. ― Eu realmente amo você. ― Eu sei amor. Como não poderia? Jude riu todo o caminho até as escadas e em seu banheiro. Ele não podia negar que o cara tinha um ponto. Ele era um homem incrível, e ele era todo de Jude. Ele não sabia o que mais ele poderia pedir. ― Hey, Jude? Jude sorriu quando ele ligou a água do banho. ― Sim? ―, Ele respondeu sem se virar. Ele gostava do lado dominante de Whitley, mas ele gostava deste lado lúdico da mesma maneira. ― Eu realmente amo você, também. Com um sorriso grande em seu rosto, Jude entrou na banheira, abriu as coxas, e suspirou de contentamento quando Whitley subiu e se estabeleceu entre as suas pernas, se recostando contra seu peito. Envolvendo os braços em volta de seu companheiro, ele o abraçou e arrastou beijos ao longo do seu pescoço. Como de costume, ele estava errado. Havia mais uma coisa que ele queria, e isso era o amor de Whitley em troca. Agora que ele tinha, a sua lista de Natal ia parecer um pouco sombria. ― Você está arruinando a sério o meu feriado favorito. Whitley inclinou a cabeça para trás e olhou para Jude em confusão, as sobrancelhas se reunindo e sua testa enrugando. ― Você sabe que eu realmente não entendo a metade das coisas que saem de sua boca. ― Basta ir com isso ―, Jude sugeriu antes de mergulhar a cabeça
para um beijo. ― É mais fácil dessa maneira. ― Então, qual é o seu feriado favorito? ― Natal. ― E como eu estraguei tudo de novo? Jude sorriu e estendeu a mão para o sabão. ― Ao me dar tudo que eu queria hoje. FIM