Lynn Hagen Bear county 07 confiando no cowboy

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Confiando no Cowboy Bear County 7 Uma diabólica corporação está atrás dele. Alguns peões querem ensinar-lhe uma lição. Steven está rodeado por perigo e parece que Colton é a chave para a sua sobrevivência. Porque Steven tem um dom que as pessoas estão morrendo de vontade de ter em suas mãos. É um dom que tem sido nada, senão uma maldição para ele. Colton

observa

Steven

trabalhar

com

os

outros

homens

na

construção. Eles estão terminando o barracão e Colton ainda tem de chegar perto o suficiente para falar com o homem. Mas ele está determinado a fazer de Steven seu, mesmo quando descobre o segredo sombrio de Steven. Juntos, eles se esforçam para não só manter Steven vivo mas para construir a vida que tão desesperadamente anseiam. Mas quando Steven entra em trabalho de parto prematuro, Colton teme perder a família que ansiou por toda a sua vida. Pior, traição atinge sua casa com uma de suas próprias tentativas de ganhar dinheiro com o contrato que está sobre a cabeça de Steven.


Capítulo Um O corpo bronzeado do homem estava escorregadio de suor enquanto os trabalhadores entravam na sua fase final da construção do barracão para os peões. Enquanto Colton Tselner ficava na varanda de trás da casa McMaster e via um trabalhador em particular, seu corpo se apertava com a necessidade. O ser humano se movia como uma máquina bem oleada sob o sol quente, seu corpo liso com suor. Colton deslocou-se para a outra perna. Lambeu sua língua sobre seu lábio inferior com os olhos fixos no cara, observando cada movimento seu. Ele sofria para afundar seus caninos na carne do homem. O trabalhador era Steven Chesney. O vento pulsava com o nome do homem. Colton o rolou em torno de sua língua como se pudesse sentir o gosto do homem. E ele queria. Deus, como queria. Ele estava observando o ser humano há duas semanas, à espera de uma oportunidade para se aproximar do rapaz. Quando Colton tinha notado Steven pela primeira vez entre os outros trabalhadores, podia jurar que o chão se mexeu e se moveu sob seus pés. Sua alma parecia querer chegar para Steven. Reconhecendo o humano. E quando Steven tinha falado com ele, a voz do homem foi como uma mistura de fumaça e calor que queimava Colton direto através de sua barriga. Colton não teve a chance de conversar com Steven desde aquele primeiro encontro. Steven sempre permaneceu ocupado durante todo o tempo que estava no rancho. E no fim do dia, era o primeiro a sair. O cabelo de Steven era como a sombra das folhas de outono, uma mistura de cores — de vermelho para o ouro até o rústico-marrom. Colton tinha chegado perto o suficiente para ver que os olhos de Steven eram como a palidez cristalina do céu de janeiro – o mais leve azul imaginável.


O ar frio se moveu em sua direção e Colton respirou fundo, puxando o delicioso aroma de canela e cidra de maçã — o cheiro de Steven. Essas foram duas das coisas favoritas de Colton. Lembravam-lhe o outono, uma lareira acolhedora e uma casa aconchegante. Inclinando-se contra o poste da varanda, Colton continuou a saborear seu café enquanto observava Steven sobre a borda de sua caneca. Era meados de outubro e as folhas já começavam a mudar. As noites eram um pouco mais frias, mas não muito frio. Havia nuvens espessas de outono no céu, passando à deriva em um ritmo calmo. Havia um cheiro limpo e nítido no ar, assim como o aroma de pão fresco. Sam estava na cozinha. Colton tinha deixado à porta dos fundos aberta. Os cheiros maravilhosos de fermento e massa flutuavam através da porta de tela e enchiam o ar ao seu redor. Colton amava esta época do ano. Havia apenas algo sobre o outono que lhe trouxe sentimentos de nostalgia para a superfície. Ele observou redemoinhos de folhas girarem em torno dos degraus da varanda antes de sua atenção ser uma vez mais atraída para a magra estrutura compacta de Steven. Colton revirou os ombros e segurou a xícara mais apertada quando Steven se inclinou, mostrando uma bunda bem em forma. Essa era uma visão da qual nunca se cansaria. O som de pneus esmagando o cascalho puxou sua atenção para longe de Steven. Poucos minutos depois, Harland e Clayton caminharam em torno do canto. Os dois homens do rancho Triple-B sorriram assim que avistaram Colton na varanda dos fundos. —O que está acontecendo?— Clayton perguntou com um sorriso quando parou a poucos metros de Colton. Ele olhou para Colton com um brilho de malícia em seus olhos escuros. Mas era assim que o italiano sempre se parecia, como se estivesse pronto para entrar em apuros a qualquer momento.


Colton acenou para o cara. —Só aproveitando o clima. Harland colocou as mãos nos quadris enquanto olhava para os homens que ainda trabalhavam no barracão. Ele deu um sorriso satisfeito. —Eu disse que Bear County Construções fazia um inferno de um trabalho. — disse ele. —E pelo que T-Rex me disse, alguns desses homens iram continuar a dar uma mão na fazenda. Clayton colocou uma bota nos degraus e se inclinou para frente, descansando os braços sobre o joelho. Ele usou o polegar para inclinar o chapéu de cowboy para trás. —Falando de fazenda, vocês já chegaram a um nome para o seu rancho? As coisas estão ficando por um fio. Colton colocou sua caneca de café no corrimão e depois cruzou os braços sobre o peito. —Nós decidimos. Vamos chamar este lugar de Rancho Grande Urso. Clayton riu como se achasse o nome bem-humorado. —Estou surpreso que T-Rex concordou com isso. Tenho a sensação de que ele ainda está de cabelo em pé sobre Milo dar à luz. Colton passou a língua sobre seu lábio inferior e depois sorriu. —Ele está, mas está se ajustando a ter tantos ursos ao seu redor. —Como vocês escolheram o nome? — Perguntou Harland. —Acabamos por todos escrever um nome, jogamos em um chapéu, em seguida, T-Rex pegou um. Voilà, temos um vencedor. — disse Colton. Harland riu quando balançou a cabeça. —E quem escreveu Grande Urso? Colton piscou para o homem. —Eu.


Seus olhos se desviaram para a esquerda quando avistou Steven inclinar-se ligeiramente enquanto cortava um pedaço de madeira que estava em um cavalete. Sua bunda estava envolta em um par apertado de Levi’s e Colton sentiu seu pênis ficar duro. Ele quase podia saborear o cheiro do homem enquanto olhava o traseiro do cara. —Droga isso cheira bem. Os olhos de Colton piscaram para Clayton. Ele sentiu o começo de um grunhido em seu peito. As garras escuras do ciúme espetaram em seu intestino. Mesmo que Colton estivesse bem ciente de que Clayton estava acasalado, seu urso estava em alerta máximo. —Será que Sam está fazendo pão suficiente para todos?— Clayton perguntou enquanto passava por Colton e subia os degraus. —Melhor ainda, ele fez um pão só para mim? Porque eu estou prestes a comer um. Harland virou e pressionou suas costas para o corrimão após Clayton ir para dentro. —Então, quem é o cara que você está verificando ali? Colton não conhecia Harland muito bem. Mas o que de mal podia vir se disser a ele? Acenou com a cabeça em direção a Steven. —O único usando a serra circular. Harland fez uma careta. Colton franziu a testa. —O quê? —Steven é primo do oficial Forez. Pelo que me disse Heath, seu primo é hetero. Seu urso rosnou em negação. —Como Heath pode saber disso? Só porque ele não viu Steven com um...


—Heath disse que Steven era casado. — disse Harland. —Com uma mulher. Colton sentiu um início de tic em sua mandíbula. Ele não esperou a vida toda para encontrar seu companheiro só para descobrir que o cara era hetero. O destino com certeza sabia ser uma cadela cruel. Ele estava mais uma vez rindo na cara dele. Já era ruim o suficiente a sua vida ter sido verdadeiramente fodida quando estava crescendo. Ele não o faria passar por merda de novo, ele iria? Sim, faria. Harland deu de ombros e se inclinou mais firme no corrimão. Ele não era um cara pequeno e a madeira gemeu sob seu peso. Colton estava esperando o corrimão rachar. —Mas se ele cheira bem para você, então você não deve deixar que o fato de que ele não gosta de homens ficar em seu caminho. A única coisa que Colton podia fazer era dar uma risada suave, sem humor. Era só a porra da sua sorte. Ele finalmente encontrou quem poderia ser seu companheiro, e o homem era mais hetero do que o corrimão que Harland estava encostado.

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Sorrindo, Harland subiu os dois degraus que levavam à varanda e, em seguida, tocou Colton em seu braço. —Se a vida fosse fácil, todos nós morreríamos de tédio. Agora, eu estou prestes a ir apanhar um pouco de pão. Até mais tarde. Sam estava cozinhando um ensopado de carne esta noite, espesso e saudável. Foi um dos pratos favoritos de Taylor, e uma vez que Taylor era o companheiro de Sam, Sam fez o seu melhor para agradar o cara. Mas Colton tinha acabado de perder o apetite. Ele pegou sua xícara de café e tomou um 1

Aqui é meio que um trocadilho, em inglês hetero é straight, que tbm tem uma tradução de reto, resolvi deixar hetero por que em português o correto seria isso, mas como podem ver a autora meio que fez um trocadilho aqui.


gole enquanto olhava para Steven e tentava descobrir uma maneira de converter o homem. Colton ignorou os sons da cozinha enquanto olhava para Steven mais uma vez. O homem enxugou a testa e, em seguida, virou-se. Seus olhos se encontraram por um instante e o urso de Colton rosnou por um pedaço de Steven. Cada instinto que possuía exigia que ele tomasse o humano. A alma de seu urso queria provar Steven. Ele queria respirar o cara. Steven cumprimentou Colton e, em seguida, levou sua madeira cortada em torno do canto do barracão. Vozes tagarelas altas flutuaram pela porta de tela. A ceia estava pronta. Colton olhou para onde Steven tinha desaparecido e prometeu a si mesmo que, se o ser humano realmente fosse seu companheiro, hetero ou não, Steven seria dele.

Capítulo Dois —O homem parece estar estudando você muito duro. — disse Leonardo para Steven, enquanto olhava para a casa de estilo fazenda. —Pelo que eu ouvi, não são nada mais que um monte de bichas lá em cima. —Isso não é certo. — disse Nate. Ele era uma das mãos que trabalham no rancho e era amigo de Leonardo. O cara era baixo e tão gordo quanto um barril. Tinha cabelos ruivos e grossas sobrancelhas espessas. Nate lembrava Steven de um boneco de troll. —E agora, o Congresso os está deixando se casar. Isso é contra Deus. De pé sob o sol poente, Steven não sabia o que dizer. Colton estava observando-o por duas semanas. Ele podia sentir a queimadura dos olhos do homem em suas costas sempre que Colton o estudava. Steven não tinha


certeza do que se tratava. Mas não compartilhava da opinião de Leonardo e Nate. Por uma questão de fato, pensou que os dois eram idiotas totais e absolutos. Eles estavam atacando os homens do lugar McMaster desde que começaram a trabalhar aqui há duas semanas. —Eu acho que ele tem um olhar estranho pra você. — disse Nate enquanto olhava para Steven. —Você balança desse jeito? —Vocês

dois

são

idiotas.

disse

Steven

quando

enfiou

as

ferramentas em sua mochila. Ele precisava reunir suas coisas e sair dali. Steven já tinha uma enxaqueca enorme de trabalhar em torno de todos, hoje só estava piorando de ter que ouvir os dois. —Só porque um dos chefes está observando não significa que ele tem um pau duro para um de nós. Steven tinha ouvido essa mesma música e dança na última fazenda que tinha trabalhado. Ele nunca entenderia esses idiotas de mente estreita. Dois caras. Duas meninas. Um rapaz e uma moça. O que isso importa? Mas importava para muita gente. Mesmo assim, esse não era o motivo de Steven se calar e se manter fora do radar de todos. Ele estava em fuga, esteve durante os últimos dois anos e ter a atenção especial de alguém sobre ele não era uma coisa boa. —Vocês dois não têm nada melhor para fazer do que fofocar sobre quem seus chefes levam para a cama? —Acho que temos um estranho entre nós aqui, Nate. — disse Leonardo enquanto Steven lutava com as ondas de dor golpeando sua cabeça. —É melhor cuidar de sua bunda. Ou o velho Stevie poderia tentar levá-lo. Steven girou, batendo com o punho no nariz de Leonardo. O sangue jorrou na frente da camisa do homem quando Leonardo bateu com a mão sobre o rosto. Seus olhos estavam arregalados, como se não pudesse acreditar que Steven tinha batido nele.


Steven sentiu uma dor aguda na cabeça com o contato. —Por que diabos você fez isso?— Nate gritou. Enquanto Steven assistia o fio de sangue entre os dedos de Leonardo, ele sentiu instantaneamente remorso. Normalmente não saia lutando assim. Ele era um homem pacífico. Mas tinha ouvido os dois chegando a isso. Leonardo e Nate eram tão brilhantes quanto uma lâmpada quebrada, mas Steven reconhecia uma ameaça quando a ouvia. Estes dois tinham planejado fazer dele um exemplo. Steven tinha cortado seu pequeno plano. Ele apontou o dedo para os homens e havia uma riqueza de amargura em sua voz. —Se vocês sequer pensarem em colocar uma mão em mim, eu vou enterrar seus dois corpos na última caixa e selá-los com cimento. Seu corpo vibrava com fúria mal contida quando olhou entre os dois. Memórias passaram pela sua mente e Steven sentiu o calafrio do laboratório do qual tinha escapado, os horrores que ele se esforçou para enterrar. O último homem que veio atrás dele se viu caindo de um penhasco de setenta metros. Steven não era a experiência de ninguém e ele com certeza maldita não seria o exemplo de alguém. Ele sabia que não deveria chamar a atenção para si mesmo. Essa era à última coisa que precisava. Mas porra se não se sentia bem em colocar Leonardo em seu lugar. Nate jogou as mãos para cima. —Uau agora. Ninguém disse nada sobre vir atrás de você. Mas havia algo torcido e demente nos olhos castanho-escuros de Nate. Eles fizeram uma promessa de vingança. Steven teve de respirar pelo nariz e pela boca para se acalmar. Nesse momento, Steven odiava esses dois por leva-lo a oscilar à beira do seu controle.


Nate jogou o braço sobre o ombro de Steven e Steven se afastou imediatamente, a dor balançando o seu corpo enquanto lutava para ficar de pé. Nate não parecia notar a agonia de Steven ou o fato de que tinha arrancado se fora do braço do homem. —Por que não vamos tomar algumas cervejas? Eu não tenho ideia do por que Leonardo pensou que você fosse gay. Quando Leonardo colocou um lenço no nariz, seus olhos se estreitaram para minúsculas fendas que se assemelhavam a uma ravina preta, torcida e curvada, cheio de ódio. —Eu acho que vou passar. — O cara empurrou passando por Steven enquanto se dirigia para seu caminhão. —Eu também. — disse Steven. Ele tinha visto dentro de Nate. Os pensamentos de Nate eram ondas escuras de imagens perturbadoras que tinham o estômago de Steven rodando. Nate não era um homem de confiança. Steven pensou em uma desculpa rápida que iria levá-lo para longe da cara. —Tenho um encontro quente esta noite de qualquer maneira. Nate ergueu as sobrancelhas. —Seu encontro tem uma amiga? Eu não iria arranjar o cara nem com uma mula de três pernas. Steven estendeu as mãos largamente, jogando bonito, apesar de sua enxaqueca estar piorando. —Desculpe, será um encontro a sós. Verdade seja dita, Steven não estava indo a qualquer lugar, senão sua casa. Mas isso levou Nate a acreditar que estava indo para um encontro com uma mulher. Isso nunca aconteceria. Embora Steven fosse gay, esse não era o problema. Qualquer tipo de contato humano lhe trazia muita dor. Sempre que alguém o tocava, sentia como se milhares de abelhas picassem seu cérebro, como vidro moído raspando em seu crânio.


Ele tentou o seu melhor para manter todos fora de seu espaço pessoal. Embora, ultimamente, estar perto das pessoas criava um zumbido de baixa estática constante em sua cabeça. Steven sabia que estava piorando, mas não tinha ideia de como parar o que estava acontecendo com ele. Nate saiu, deixando Steven para limpar a bagunça do dia. No momento em que tinha acabado, já estava escuro e não havia ninguém lá fora, além dele. Ele tinha jogado todas as ferramentas em uma caixa grande de trabalho, mas suas próprias ferramentas pessoais foram armazenadas na mochila sob seu ombro. Ele havia pago muito dinheiro por elas, só para deixá-las misturadas com todas as outras. Ele

caminhou

o

longo

caminho

do

barracão

para

onde

os

trabalhadores tinham de estacionar. Estava do lado dos estábulos construídos recentemente, longe da casa principal. Quando passou pela porta dos fundos, Colton saiu. O corpo de Steven reagiu instantaneamente à visão de Colton. O homem era bonito. Seu corpo era um convite descarado que Steven tinha de ficar longe. Apesar de sua atração para o homem fosse forte, quase beirando a obsessão, Steven não queria ver o interior do homem. Ele não queria saber se Colton tinha segredos obscuros que iria torná-lo feio aos olhos de Steven. Além disso, Steven já estava sofrendo com a dor de cabeça. Ele não precisava de mais contato esta noite. —Existe uma razão para você ter brigado no trabalho?— A voz de Colton não subiu, mas ardia com calor e intensidade. Ela fez Steven querer ir para o cara e se esfregar todo em Colton. Não era bom. —Venha para dentro. — disse Colton. Steven tinha uma sensação de que estava prestes a ser demitido. Ele não queria se mover novamente. Tinha acabado de se estabelecer em Bear


County. Se estivesse prestes a ser demitido, ele queria caçar Leonardo e fazer valer a pena. Mas sabia que tinha tomado um risco ao vir aqui. Heath era seu primo e, a corporação que estava atrás dele mais do que provável viraria suas atenções para esta pequena cidade. Ele não era próximo de seu primo, mas Heath era a única família que Steven tinha além de seus pais e não queria nem pensar em suas bundas traiçoeiras agora. Steven se sentia tão perdido, tão isolado, e o pensamento de estar em torno da família que não o trairia o atraíra para esta pequena cidade. A necessidade de estar aqui estava em seus ossos — profunda e avassaladora. Colocando sua mochila de ferramentas na varanda, subiu os degraus e foi em direção à porta de tela. Colton o agarrou pelo braço, seu agarre poderoso. Steven olhou nos olhos de Colton. O marrom era tão profundo que as íris quase pareciam pretas. Ele tinha um estranho desejo de beijar o homem. Sua garganta ficou seca quando seu coração começou a bater atrás de suas costelas. Por que não estava sendo assaltado pelos pensamentos de Colton? Onde foi a dor que sempre sentia quando alguém o tocava? Não fazia qualquer sentido para Steven. Normalmente pegava os pensamentos de alguém com quem entrava em contato, mas só houve um silêncio total com Colton. Enquanto estava ali no aperto de Colton, algo vibrou em seu estômago. Ele começou abaixar o olhar do homem. Aqueles olhos escuros o puxaram e criaram uma neblina suave sobre sua mente — uma tranquilidade reconfortante pela qual estava desesperado. Steven se inclinou para perto. Colton se inclinou mais perto. Seus lábios estavam a centímetros de distância antes do som alto de risada estrondosa de dentro da casa penetrar na névoa.


Steven empurrou de volta, piscando rapidamente enquanto tentava engolir. Mas sua garganta estava seca. Ele puxou seu braço do aperto de Colton. A expressão de Colton não havia mudado. Era como se Steven estivesse sendo vigiado por um predador faminto. Seu olhar escuro estava firme em Steven. O homem sorriu para ele, um breve flash de confiança em seu belo rosto áspero. Colton se moveu ao seu lado, em silêncio, calmo, seu corpo maior, mais musculoso roçando contra Steven. Steven caminhou para dentro para escapar da química crescente entre eles e depois parou. Toda a família estava reunida em torno da mesa da cozinha. Mesmo Rowdy, o capataz, estava desfrutando da ceia com esses caras. Por favor, não deixe que ninguém me toque. —Sente-se. — disse Tanner Rexford enquanto acenava para uma cadeira vazia. As pessoas normalmente não o convidavam para sua mesa de jantar se estivessem a ponto de te demitir. Será que eles faziam isso? Steven sentou-se no final, esperando que ninguém se sentasse na cadeira vazia ao lado dele. Ele esperou para ouvir a estática na cabeça por estar próximo a tantas pessoas, mas... nada. Ele era muito bom em lembrar nomes. Quando começou aqui há duas semanas, Rowdy tinha introduzido Steven a todos. Foi seu primo Heath quem tinha indicado Steven para o trabalho. Ele estava grato, mas temia ter estragado tudo complicando as coisas com Leonardo. T-Rex — como ele insistia em ser chamado — limpou a boca com o guardanapo antes de colocar os cotovelos sobre a mesa e cruzar os dedos. —Pode me dizer o porquê da briga? Steven olhou ao redor da mesa. Ninguém estava prestando-lhe toda a atenção, no entanto, sentia como se todos os olhos estivessem sobre ele. Por


que T-Rex o estava fazendo falar na frente de todas essas pessoas? Havia até mesmo uma criança na mesa. Ele se mexeu na cadeira e desejou não ter ficado até tarde. Se tivesse ido com os outros, então Steven não estaria preso aqui. Ele estaria com Heath, mais do que provável desfrutando de um banho longo e quente. —Eu prefiro falar com você em particular, se você não se importar. T-Rex acenou e um copo foi colocada na frente de Steven. Colton trazia uma grande porção de guisado em sua tigela e, em seguida, colocou uma fatia de pão em um pequeno prato ao lado. —Coma. — disse Colton antes de tomar a cadeira vazia ao lado de Steven. Ele queria tocar Colton, para ver se os pensamentos do homem ainda estavam fechados para ele. Foi à coisa mais calmante, mais serena que já tinha experimentado. Tinha nascido com essa maldição e só tinha ficado mais poderoso conforme foi ficando mais velho. Quando era pequeno, o ruído e os pensamentos em sua cabeça tinham sido abafados, como se falassem debaixo d'água. Mas quanto mais velho ficava, mais altos e mais claros os pensamentos dos outros ficavam. Não só isso, mas havia momentos em que alguém nem sequer tinha de tocá-lo e Steven podia ouvi-los. Ver dentro deles. Enquanto trabalhava, Steven ouvia isso o tempo todo. Era como um rádio mal sintonizado, os do tipo antiquado, que chiava e assobiava entre as estações. Mas quando se sentou lá na cozinha com quase uma dúzia de homens, tudo estava silencioso. Era por causa de Colton? Ele era uma espécie de ímã que repelia os sons? Steven queria saber. Mas até o último homem nesta sala era ignorante sobre o que e quem ele realmente era. Nem mesmo Heath sabia sobre a maldição de Steven.


Colton inclinou-se mais perto. —Você não está comendo. Steven deu uma mordida no guisado e seus olhos reviraram. —Agora, isso é o que eu estou falando. — Sam disse quando riu. — Melhor elogio de sempre. Steven não tinha percebido o quão faminto estava até que tinha provado a primeira mordida. Ele tentou não fazer um porco de si mesmo quando trouxe a tigela mais perto para raspar até estar limpa. Rowdy sorriu. —Sam é um cozinheiro muito bom. Você não concorda Steven? Colton colocou seu braço sobre as costas de sua cadeira. Steven endureceu e olhou em volta para ver todos os olhos nele. Seu pulso bateu mais rápido quando se lembrou do seu quase beijo com Colton. —Você quer mais?— A voz de Colton era tão profunda que o som suave ondulou sobre Steven. Ele balançou a cabeça e se levantou, levando sua tigela até a pia, sentindo a necessidade de ficar longe de Colton. A sala começou a esvaziar, e as únicas pessoas que ficaram na mesa eram Rowdy, T-Rex e Colton. Stripper — deus, Steven não podia acreditar que alguém realmente queria ser chamado assim — esbarrou o ombro no dele e Steven quase caiu de joelhos. O breve contato o deixou tonto. Ele viu coisas que não queria ver, coisas que Stripper ficaria mortificado se soubesse que Steven tinha visto. O cara tinha sido um franco-atirador no exército e teve mais mortes do que Steven poderia contar. Stripper parecia ser um cara descontraído, mas havia um turbilhão fermentando dentro da cabeça do homem. Steven teve a impressão de trevas e de força bruta, de algo letal mexendo perigosamente logo abaixo da superfície. Ele também tinha visto um urso feroz e não entendia o porquê.


—Não deixe isso intimidá-lo. — Stripper piscou para Steven antes de subir um conjunto de escadas que levavam ao segundo andar. Steven teve de recuperar o fôlego, para conter o seu controle e tentar calar aqueles pensamentos de sua mente. Ele puxou uma respiração instável e virou-se para os homens restantes na sala. —Isto fica em privado. — disse T-Rex. Steven entendia por que Rowdy estava lá. O cara era seu capataz. Ele sabia por que T-Rex estava lá. O homem era o responsável ali. Mas ele não sabia por que Colton estava lá. Mesmo assim, estava feliz pelo homem ainda estar sentado ali. Apesar de seu encontro com Stripper o ter deixado um pouco abalado, a estática não o tinha bombardeado. Colton estava relaxado, seu braço apoiado no encosto da cadeira de Steven. A atenção do rapaz estava fixada em Steven. Seus olhos cor de obsidiana estavam quentes de emoção. No momento em que o olhar de Steven entrou em confronto com o de Colton, a memória de seu quase beijo levantouse para ameaçá-lo. Steven limpou a garganta e manteve sua expressão cautelosa. —Foi um mal-entendido. Os olhos de Colton escureceram, como se soubesse que Steven havia mentido. Rowdy parecia bem. T-Rex o observava de perto. —Nós temos mais alguns cavalos que vão chegar amanhã. — T-Rex disse a Rowdy. —E um bom número de bovinos estará aqui neste fim de semana. Rowdy quer que você escolha cinco homens para trabalhar com você no sábado. Rowdy o cortou, dirigindo suas palavras a Steven. —Temos que marcar e etiquetar. Teremos gado Brahman-Brangus e touros Angus-Charolês. Quero as cercas verificadas e os cinco poços cheios. Há muito trabalho a ser feito.


—Então... eu não estou demitido? — Perguntou Steven. —Demitido? — Disse Colton. —O que lhe deu essa ideia? —Eu bati em um cara. —Só não faça novamente. — T-Rex advertiu. —Nós também temos alguém nos trazendo o equipamento que você precisa para plantar o feno. Vamos precisar de feno para alimentar o gado. Mas até que possamos plantar na primavera, vamos comprar um monte dele. Apenas quanto dinheiro esses caras tinham? Entre os animais, os cavalos, as novas estruturas, equipamentos, pagamento dos funcionários, e tudo mais, esses caras tinham que estar investindo uma fortuna. Uma coisa era certa. Steven não estaria pedindo a Leonardo e Nate para trabalhar com ele no sábado. Ele não precisava de uma repetição.

Capítulo Três Colton deixou seu fôlego escapar em um fluxo suave e controlado, limpando seus pulmões, limpando sua mente. Ele seguiu Rowdy fora de casa e na manhã fria. Ainda não eram cinco horas e os homens que foram supostamente para ajudar já haviam chegado. Ele podia ver suas respirações saindo em pequenas baforadas de vapor quando parou na varanda dos fundos. Ele olhou por cima no barracão e lembrou-se da conversa que ouvira Steven tendo alguns dias atrás com esses dois cowboys. Colton ouviu as acusações de que Steven era gay. O homem não tinha confirmado nem negado nada. Colton havia esperado, escutando, e prendeu a respiração para ver se Steven diria se era ou não. Mas ele nunca fez. Colton quase saía da cozinha quando ouviu a ameaça lançada para Steven. Não havia como confundir o veneno na voz de Leonardo.


Os músculos de sua barriga tinham apertado, ficando duro e dolorido. Tudo de proteção e masculino em Colton tinha levantado e o inundou com uma enorme necessidade de parar esses dois cowboys de ferir Steven. Mas, para espanto e divertimento de Colton, Steven lidou com Leonardo. Steven tinha medo que seria demitido. Mal sabia ele que Colton sorriu interiormente com orgulho. Sem olhar, Colton podia sentir Steven observando-o durante o trabalho. Era sábado e os caras estavam de pé onde o gado seria descarregado, etiquetado e inventariado. Eles teriam um longo dia pela frente pelo que Rowdy tinha explicado a Colton. Mas o olhar azul-claro de Steven continuou à vagar até ele. O conhecimento que o humano o observava fez a virilha de Colton apertar a ponto de dor, e um fogo começou a se espalhar pela sua barriga. Sua atração por Steven ia além de qualquer coisa que Colton tinha experimentado. Seu corpo estava duro e doendo e ele sabia que tinha que ter o homem. — Pronto para um dia inteiro de trabalho? Perguntou Rowdy. Colton sorriu. — Eu estou acostumado a fazer mais trabalho antes das cinco horas do que a maioria faz em um dia. Eu não sou um estranho para o trabalho duro. Rowdy assentiu. — Continuo esquecendo que você e os outros têm um passado militar. Eu acho que eu já estou começando a ver vocês como fazendeiros. — Havia admiração no sorriso do homem. Mais uma vez Colton sentiu os olhos de Steven nele. O olhar do homem se encheu de curiosidade e contemplação. Era como se Steven estivesse tentando descobrir sua conexão. Colton estudava as características de Steven enquanto caminhava para fora da varanda e foi em direção ao


humano, Rowdy ao seu lado. Um lampejo de timidez e algo mais entrou nos olhos de Steven antes dele abaixá-los, roubando Colton de suas profundezas azuis. — Vocês, homens estão prontos para o dia?— Rowdy perguntou enquanto se aproximava. Houve respostas murmuradas, mas Colton não ouviu nenhuma delas. Ele estava se concentrando apenas em Steven. — Bom dia. —

Colton armou a sua voz grave, rouca que era um

convite para o sexo quente e tempos selvagens. Steven olhou para seus pés antes de seu olhar azul vagar sobre Colton. Ele queria esmagar o homem contra ele e correr os dedos pelo cabelo sedoso de Steven, para enterrar o seu rosto em seu peito e

inspirar

profundamente. — Bom dia. — Steven respondeu. Colton pegou a ponta de algo na voz de Steven que não conseguia entender. Conflito interior. Agitação. Negação do que o homem sentia. Colton não podia ter certeza. Ele lutou contra a vontade de puxar Steven perto e provar esses lábios macios. Seu urso rosnava na aprovação, como se estivesse ofegante por um leve gosto. Colton era implacável uma vez que tivesse definido um objetivo, e ele tinha Steven em sua mira. O ser humano poderia lutar com suas emoções. Isso não importava. Colton poderia lidar com isso. Mas não havia nenhuma maneira no inferno que Steven ia fugir dele. — Que horas os trailers deveriam estar aqui? — Perguntou Steven. O ser humano já sabia a resposta. Mas Colton poderia dizer que Steven estava tentando preencher o silêncio constrangedor. O cara arrastou os pés e enfiou as mãos nos bolsos da frente quando olhou para o fim do caminho sinuoso.


Ninguém havia dito a Colton que seria assim, um desejo selvagem que se arrastou ao longo de sua pele, aquecendo seu sangue, e criando uma fome tão profunda, tão elementar que ele mal podia suportar estar perto de Steven sem querer tocar o homem. — Devem estar chegando.— Respondeu Colton. Como se confirmando suas palavras, o primeiro trailer ficou à vista e, em seguida, virou-se na calçada. A picape puxava um longo reboque de vinte e quatro metros atrás dela enquanto se movia lentamente em direção a eles. Não seria o mais longo do dia. Rowdy tinha espalhado as entregas de modo que eles não seriam sobrecarregados. Colton piscou para Steven. — Você pediu e eu trouxe pra você. Steven revirou os olhos e deu uma risada suave. O som percorreu ao longo do corpo de Colton como o toque de dedos o acariciando. —

Embora o timing seja perfeito, eu

duvido que você tenha esse

poder. Isso é impossível. — Impossibilidade é a minha especialidade. —

Colton não tentou

esconder o desafio em sua voz. No momento em que Colton tinha posto os olhos em Steven, ele sabia que o ser humano nasceu para ele. Steven podia não saber, mas isso não importava. Suas emoções nunca tinham estado tão descontroladas. Ele podia sentir o tanto gosto de canela e de maçã no fundo da sua garganta, que agora estava doendo. Como se detectasse a turbulência interior de Colton, Steven limpou a garganta e desviou o olhar. Ele tirou o Stetson para trás e olhou por cima no trailer

apoiado no lugar, o som de chiado dos freios altos na quietude da

manhã. — Algumas coisas são impossíveis por uma razão.— A voz de Steven soou tão baixa que Colton teve que se esforçar para ouvi-lo. Mas o som jogado


sobre sua pele infiltrou em seus poros, acariciou seu corpo até que cada célula estava viva e com fome, nervosa e necessitada. Steven começou a se afastar, mas Colton agarrou no braço do homem e o impediu de se juntar aos outros. Assim que ele tocou Steven, um tiro de energia elétrica atravessou o sangue de Colton. Cada terminação nervosa formigava. — Você está comigo hoje. Uma das sobrancelhas de Steven ergueu-se. Ele olhou para a mão de Colton e este relutantemente soltou o homem. — Eu pensei que eu estivesse indo com eles? — Disse Steven. Um tic começou na mandíbula de Colton. Instinto o tinha feito agarrar Steven. Colton não queria que o homem saísse do lado dele, mas Steven estava certo. Colton não podia parar o cowboy de fazer seu trabalho. Os outros olhavam para eles com expressões curiosas. — Você está. — Colton respondeu. Steven deu-lhe um último olhar antes de ir para os outros. Os olhos de Colton caíram para o traseiro de Steven, apreciando como as calças de brim do homem seguravam sua bunda tão bem. Visões do que ele queria fazer ao corpo de Steven inundaram sua mente. Seus caninos ameaçavam alongar quando a dor continuava a pulsar entre suas pernas. Rowdy caminhou em direção a ele. — Eu sei que não é da minha conta, mas você está projetando tão alto que até eu estou ficando com um tesão. Um sorriso malicioso se espalhou pelo rosto de Colton enquanto seus olhos seguiam Steven. — rispidamente.

Estou

mostrando

minha

reclamação.—

Ele

respondeu


— Eu entendo. — Disse Rowdy. — Mas não se esqueça que Steven tem que trabalhar com esses caras. Eu não estou tentando interferir entre vocês dois. Tudo o que peço é que você baixe o tom de seu interesse, enquanto os outros humanos estão ao redor. Você viu como Leonardo e Nate reagiram ao pensamento de um homem gay se interessar por Steven. Você quer causar mais problemas para o cara? O pensamento de alguém colocando a mão em seu possível companheiro fazia Colton ver

vermelho. Se alguém ferisse Steven, Colton

rasgaria essa pessoa membro a membro. E tanto quanto isso o irritava Colton sabia que Rowdy estava certo. Embora quisesse atirar a cautela ao vento, Steven não estava pronto para isso. Ele não ia forçar o ser humano para suportar qualquer tipo de ridículo. Steven necessitava aceitar o fato de que eles estavam destinados a ficar juntos, mas Colton não ia empurrar qualquer coisa. Rowdy gritou por cima do ombro para os outros. — Seu chefe precisa aprender o trabalho. Mostrem a Sr. Tselner.... — Colton. — Ele corrigiu o capataz. Rowdy assentiu. — Mostrem é a Colton a vida de um cowboy. Os

homens

gritaram,

orgulho

evidente

em

seus

altos

tons

barulhentos. Eles amavam seu modo de vida e pareciam muito felizes em incluir Colton nele. Eles eram só sorrisos e falavam ao mesmo tempo. Colton sorriu para a alegria deles. Se alguém iria ensiná-lo, ele preferia homens que amavam o que faziam. Rowdy bateu Colton em seu ombro quando um sorriso quebrou em seu rosto e paixão pela pecuária brilhava em seus olhos. — Você está em boas mãos, chefe.


Colton juntou-se aos outros, assim que a porta do trailer se abriu. As mãos pareciam estar trabalhando com uma facilidade que veio de anos de experiência. Eles eram como uma máquina bem oleada quando o gado saiu do trailer e os homens trabalhavam para marcar e inventariar cada um. Um dos cowboys, Tommy, estava perto de Colton e explicou as coisas para ele enquanto a manhã avançava. Ele aprendia rápido. No momento em que o primeiro trailer estava vazio, estava muito confiante no que estava fazendo. Colton olhou para cima para ver Steven o observando. Ele começou a piscar e depois parou, lembrando o aviso de Rowdy. Se ele não podia provocar, seduzir e convencer Steven na frente desses homens, então Colton ia ter que encontrar uma maneira de obter o cara sozinho. Mesmo que o ar frio estivesse cheio de poeira, o cheiro do gado, e o odor de suor, ele ainda podia detectar o aroma único de Steven. Ele estava dirigindo Colton louco por estar tão perto, e não ter o homem. Apenas um beijo. Isso era tudo que ele queria agora. Para sentir o corpo do cowboy esmagado a ele só por um momento. — Tudo bem. — Rowdy disse assim que a porta do trailer foi fechada e travada no lugar. — Eu quero vocês, homens, para obter este rebanho antes de chegar o próximo. — Steven. — Rowdy virou e olhou para o rapaz. — Eu quero que você pegue Colton e sele alguns cavalos. Uma vez que estas vacas passarem na inspeção, elas precisam ser guiadas para fora, ao pasto para que possam pastar. Colton acenou concordando com Rowdy. O capataz aparentemente ainda sentia a necessidade furiosa de Colton e sabia que precisava de um tempo sozinho com Steven. Rowdy sorriu enquanto Steven levava Colton para os estábulos. O ser humano não disse uma palavra enquanto caminhavam, mas Colton sentiu a tensão crescente.


Eles entraram no estábulo e tudo estava bem iluminado. Os cavalos estavam nas baias e pareciam estar dormindo. Será que os cavalos dormiam? Colton não tinha certeza, mas eles estavam relaxados. Ele sabia que Rowdy manteria os outros homens ocupados, longe de Colton e Steven. Quando Steven entrou na sala de aderência, Colton o seguiu e fechou a porta atrás de si. O lugar era longo e estreito, selas penduradas de um lado da parede, cordas e freios, e fragmentos e outras coisas pendurados na outra. Havia cobertores empilhados ordenadamente, selas em um banco de madeira que corria ao longo de uma parede. Antes que Steven pudesse se afastar, Colton parou atrás dele, colocando as mãos em sua cintura. Mais uma vez, ele sentiu a tempestade de raios dentro de si a partir de um simples toque do corpo do humano. Ele queria colocar os cobertores para baixo, criar uma cama confortável, e mostrar a Steven o quanto o homem o afetava. Apenas um beijo, ele lembrou a si mesmo. Se Steven realmente fosse hetero, o homem ia precisar de um inferno de um monte de persuasão antes que ele estivesse pronto para se deitar com Colton. — O que você está fazendo? — Steven tentou se torcer livre, mas Colton segurou o homem firmemente no lugar. Ele não respondeu. Colton não ia usar palavras. Ele estava indo para mostrar ao homem suas intenções. Com gentileza Colton roçou os lábios sobre a nuca de Steven. O homem endureceu e tentou se afastar novamente. Colton puxou Steven mais perto até que sua ereção coberta pelo jeans pressionasse firmemente na bunda de Steven. Ele beijou o homem ao longo de sua nuca, seus dedos massageando os quadris de Steven. O cara era alguns centímetros mais baixo do que Colton, mas ainda de estatura média. — Tire. Suas. Mãos. De. Mim. — As palavras foram rosnadas em um tom baixo e a ameaça estava lá. Steven empurrou para frente e, em seguida


girou, seus olhos vivos de fúria. Era como uma entidade viva e a determinação estava nos olhos do homem, pronto para atacar se Colton não recuasse. — O que diabos você pensa que está fazendo? Colton virou e encostou-se à parede, cruzando os braços sobre o peito. — Flertando. — Isso foi mais do que flertar, Sr. Tselner. — Os movimentos de Steven eram bruscos enquanto puxava uma sela do pino que estava segurando-o no lugar. — Você estava invadindo o meu espaço e eu agradeceria se você não fizesse isso de novo. Colton tinha a sensação de que a única razão pela qual Steven estava tentando ser racional e contido era por causa do status de Colton sobre o cara. Se eles tivessem sido dois desconhecidos regulares, Steven seria mais do que provável tentado a colocar Colton em sua bunda. O cara parecia vibrar com raiva quando empilhou o que seria necessário perto da porta. — Se você não se importa, eu gostaria de ter os cavalos prontos. — Steven olhou para a pilha que tinha construído. — Você pode pegar aqueles nos bancos? Colton sorriu com o tom controlado, mas autoritário de Steven. Ele não estava acostumado a ter alguém lhe dizendo o que fazer, muito menos alguém que Colton poderia ter com uma mão amarrada nas costas. Mas considerou o pedido bem-humorado, porque sabia que Steven estava lutando para recuperar o seu senso de masculinidade. Esse cara ia ser um osso mais duro de roer do que Colton tinha pensado originalmente. Como a maioria dos homens, Steven parecia associar qualquer coisa íntima com sua virilidade, sua masculinidade. E Colton tinha acabado de ameaçar isso.


E ele ia continuar empurrando Steven. Ele estava indo para tirar o homem de sua zona de conforto e empurrá-lo de cabeça para o que tanto queria, precisava. Steven podia estar lutando com Colton sobre isso, mas o que o ser humano não sabia era que Colton podia sentir o cheiro da excitação do cara como mel no ar. Se Steven admitisse ou não, ele estava interessado. Assustado, mas interessado. Colton passou por Steven, seus corpos esfregando na mais íntima das maneiras. Steven recuou como se tivesse sido tocado por lava. Colton deu uma suave e baixa risada quando abriu a porta e pegou uma sela. — Prepare-se para ter o seu espaço pessoal invadido, pisoteado, e levado da forma mais sensual possível. — disse Colton baixo, mas alto o suficiente para Steven ouvir antes de sair do galpão.

Capítulo Quatro Steven permaneceu na sala de aderência um pouco mais quando forçou o ar para dentro de seu corpo e diminuiu a respiração. Ele ainda podia sentir os lábios de Colton em seu pescoço. Ele fechou os olhos, mas tudo o que conseguia pensar era nas mãos de Colton tocando-o, os dedos do homem circulando seus quadris, a ereção que tinha pressionado em sua bunda. Ele sofria por Colton voltar, para puxá-lo em seus braços. Mas um caso de amor era algo que Steven não conseguia lidar agora. Sua habilidade tinha piorado desde que foi transportado para o laboratório há dois anos e Steven temia que o conforto que tinha encontrado em torno de Colton acabaria por diminuir e seria deixado com uma ferida aberta, os pensamentos de Colton se fixavam em sua mente como uma faca.


Era um risco que Steven não estava disposto a assumir. Ele quase não funcionava na maioria dos dias. A vibração constante em torno dele foi ficando mais alta, mais insistente, e ele sabia que em breve ela iria rasgar sua mente, deixando-o estilhaçado e além da recuperação. Se isso acontecesse, seria Colton pego no fogo cruzado? Será que sua mente derreteria tão certo como a de Steven faria? Ele sabia que havia uma forte reação entre eles, um vínculo cada vez maior. Steven não podia arriscar Colton. Ele tinha que fazer Colton acreditar que não estava interessado, que a ideia de estar com outro homem o revoltava. Mas na realidade Steven ansiava pela proximidade, os toques suaves e a carícia dos lábios que deixavam seu corpo em chamas. — Você vem? A voz profunda de Colton cortou os pensamentos de Steven, trazendo-o de volta para o seu entorno. Assustava Steven quão forte sua necessidade de era estar perto de Colton, ser tocado pelo homem, ouvir o som da sua voz. Era estranho como incompleto se sentia quando Colton tinha deixado à sala de aderência. — Eu vou. — Ele reuniu algumas das selas e caminhou para fora da sala. Colton não se moveu, forçando seus corpos a se tocarem quando passou pelo homem. Um rosnado baixo saiu do peito de Colton, seus olhos escuros quando Steven fugiu apressado. Colton segurou a outra sela e eles trabalharam em silêncio aprontando os cavalos. — Você sabe como montar? — Perguntou Steven. Ele não tinha visto Colton em um cavalo desde que chegou ali e já que o cara era novo na pecuária, Steven perguntou sobre suas habilidades de equitação. O homem não respondeu. Em vez disso, saltou para a sela como se tivesse nascido para montar.


— Estou impressionado. —

Steven montou e levou seu cavalo de

volta para onde os outros homens ainda estavam trabalhando. Nuvens começaram a se mover, bloqueando o calor do sol. O vento aumentou um pouco, lembrando a todos que uma chuva ameaçava cair, com os ramos coloridos balançando na brisa. Steven não trabalhou em ranchos toda a sua vida. Por uma questão de fato, até há alguns anos atrás, ele não tinha nenhum conhecimento sobre eles. Mas era momentos como este que realmente gostava de sua nova profissão. Sentado na sela, preparando-se para um passeio, o vento frio no rosto e balançando o cabelo que caiu um pouco mais abaixo de seu queixo. Ele podia sentir o cheiro doce da pradaria e adorou, ele era viciado neste modo de vida. — Você pode começar levando-os para fora. — Rowdy o chamou e Tommy abriu o portão. O gado começou a se mover e Colton montou para o outro lado do rebanho, como se soubesse o que estava fazendo. Eles os levaram a pasto aberto, movendo o gado para o canto oeste da propriedade. Foi uma viagem de quarenta minutos a cavalo e Steven respirou o ar do campo enquanto cavalgava. — Eu nunca estive tão longe. — Colton admitiu. — É lindo aqui, tranquilo. Steven não tinha vindo até ali também. Ele estava trabalhando para conseguir o barracão pronto. Ele tinha ouvido Rowdy falar dos cowboys que chegariam em breve. Não havia eletricidade e água corrente, e enquanto o lado leste do edifício não estivesse concluído, ele não estava pronto para ocupação. Steven não tinha planejado mudar-se para o barracão. Havia muitos homens, muitas chances de um deles esbarrar acidentalmente nele e enviá-lo para um mundo de dor. Ele não precisava da constante estática de seus


pensamentos também. Ele morava com Heath e seu primo trabalhava à noite. Era o cenário perfeito para Steven. — Heath me contou que você se mudou para cá há um mês atrás. — Disse Colton. Ele moveu o cavalo mais perto enquanto cavalgavam pelo pasto. — O que fez você vir a Bear County? Medo. Isolamento. A necessidade de dar sentido a minha situação caótica. Mas Steven não poderia dizer nada disso. Ele tinha que manter esses pensamentos para si mesmo. Ele não confiava em ninguém nem mesmo em seu primo. A Corporação Lander iria pagar muito bem para levá-lo de volta, e ganância era um inferno de um motivador para trair alguém. — Eu precisava de uma mudança de ritmo. — Steven respondeu, dando a Colton uma meia-verdade. Steven tinha se escondido em Oklahoma por um tempo, mas sabia que não podia ficar confortável e ficar em um lugar por muito tempo. Embora estivesse tão longe da costa leste quanto pudesse estar agora, não parecia suficientemente longe. Mesmo o outro lado do mundo não faria ele se sentir seguro. Ele

podia

se

envolver

com

Colton

porque

não

precisava

da

complicação, mas também porque não ia ficar por muito tempo. Ele tinha que se manter em movimento. Uma vez que o barracão estivesse pronto, Steven planejava sair. Ele não tinha certeza para onde iria, mas mais a oeste, parecia um plano muito bom. — Cansou-se da antiga vida? — Colton perguntou. —

Você

poderia

dizer

isso.

Steven

não

queria

mentir

descaradamente para o cara, mas proteger sua liberdade era a sua única prioridade agora. Ele mentiria para o Papa, a fim de manter-se fora dos laboratórios estéreis e frios. Respostas vagas eram sua melhor opção. A mudança de assunto não poderia magoar.


— Por que você se mudou para cá? O gado parecia instalar-se e começaram a pastar. Steven sabia que precisava voltar. Havia mais entregas programadas para hoje e Rowdy iria precisar deles. Mas gostava de estar ali sozinho com Colton, mesmo se tivesse considerado o homem fora dos limites. — O xerife pertenceu a nossa unidade. Nós fizemos um favor a ele e ele nos falou em nos estabelecer aqui. — Steven poderia detectar uma ligeira nota de admiração na voz de Colton quando falava dos homens de sua unidade. — Alguns de nós adquirimos empresas, e T-Rex surgiu com a ideia para o rancho. Mas Guarda-Costas Executivo é o nosso ganha-pão e supera todos os outros empreendimentos. Steven fez uma careta. — Guarda-Costas executivos? Os dois homens viraram os cavalos e começaram a voltar para onde eles vieram. O dia ainda estava começando. Steven estimou o tempo, devia estar em torno de uma hora da tarde. — Decidimos usar o nosso treinamento militar para iniciar nosso próprio negócio. — Disse Colton. — Nós contratamos a nós mesmos para fazer o trabalho de guarda-costas ou ir em missões para extrair as pessoas de situações hostis. Ainda rastreamos criminosos procurados que a lei está desesperada para recuperar, mas não consegue encontrar. Steven endureceu na sela. — Vocês são caçadores de recompensa? — Eu nunca pensei nisso dessa forma, mas acho que sim. — Colton encolheu os ombros. — É apenas uma parte do negócio e aquele que não fazemos com frequência. É muito demorado. Steven ficou em silêncio enquanto refletia sobre o que Colton acabara de lhe dizer. Ele se perguntou o que aconteceria se a Corporação Lander


contratasse guarda-costas Executivo para rastreá-lo. Será que os homens no Rancho Grande Urso o entregaria às pessoas de quem estava fugindo? Será que Colton entregaria? A possibilidade de que a empresa se voltaria para uma fonte externa para a ajuda era pequena, mas Steven sabia que não podia correr esse risco. Ele ia ter que sair, ou arriscar Colton traí-lo. E esse pensamento doeu mais do que gostaria de admitir.

Colton reparou como Steven estava intensamente esfregando as têmporas no final do dia. O homem estava um pouco mais pálido e tinha linhas de tensão se formando em torno de seus olhos azul-claros. O trabalho foi árduo e Colton estava exausto também, mas havia algo mais acontecendo com Steven. Queria confortar o homem. Colton queria puxar Steven em seus braços e tirar qualquer dor que o homem estivesse experimentando. Mas sabia que o homem não gostaria de receber qualquer toque que ele tinha para oferecer. O dia estava chegando perto do fim e o sol estava se pondo. Alguns dos homens já haviam saído, mas Steven tinha ficado para trás para pegar os cavalos e acomodá-los em sua baia. Colton caminhou através do arco que dava para os estábulos em direção a ele até que Steven olhou para cima.


— Eu vou ter isso concluído em um minuto. — Disse Steven quando pegou uma escova e começou a escovar o cavalo que Colton tinha montado naquele dia. Suas mãos se moviam suavemente sobre a pelagem brilhante e o cavalo estava ali como se gostando dos mimos. A virilha de Colton apertou com o pensamento de ter as mãos de Steven em seu corpo, acariciando-o tão suavemente. Sem dizer uma palavra, Colton pegou a sela que estavam colocadas perto das barracas, levou-as para a sala de aderência, e as colocou de volta na parede. Ele estava um pouco surpreso quando Steven entrou atrás dele, levando o resto do equipamento. Depois do que tinha acontecido mais cedo, Colton não teria acreditado que Steven se deixaria estar preso em uma sala com Colton novamente. — Sua cabeça dói? — Colton perguntou quando virou-se para assistir o trabalho de Steven. O cara era bem formado, mas não era grande. As mangas da camisa terminavam no bíceps do homem para mostrar um pequeno inchaço do músculo. Seu corpo era firme, mas era no traseiro de Steven que os olhos de Colton pousaram. Steven deu de ombros. — Já está começando a diminuir. Ele não sabia por que, mas Steven fez soar como se tendo Colton perto ajudava. Colton era muito bom em ler as pessoas, mas não poderia obter uma leitura correta sobre esse cara. Heath disse que seu primo era hetero, mas não havia dúvida quanto ao cheiro fraco de excitação que se agarrava ao ar a qualquer momento em que Colton e Steven estavam perto um do outro. Quando Steven começou a passar por ele, Colton agarrou o braço do homem. Seu polegar acariciou a pele exposta e o cheiro de excitação ficou mais grosso. Steven era tão hetero como uma estrada sinuosa.


— Há algo que precise?— Perguntou Steven. — Você! — Colton sussurrou enquanto deslizava a mão atrás da nuca de Steven e puxou o homem perto. Suas bocas se fundiram, elétricas e quentes. Colton se forçou a ir devagar, para não devorar o homem. Steven ainda estava duro em seus braços, mas seus lábios eram macios e convidativos. Colton empurrou o homem até

estar pressionado contra a parede.

Ele passou a mão sobre o lado de Steven e descansou no quadril do homem. Colton amamentou a boca de Steven, provocando com sua língua, dentes raspando suavemente sua boca quente e úmida. Colton perdeu-se no ser humano, no seu toque, na maneira como seus corpos moldavam em conjunto. Seus dedos deixaram a nuca de Steven e percorreu o cabelo macio do homem. Ele agarrou suas costas e inclinou a cabeça de Steven para expor o pescoço do homem. Sua língua deslizou sobre a extensão da pele quando sentiu Steven estremecer em seus braços. A mão que estava descansando no quadril de Steven deslizou até que ele estava segurando a bunda do homem. Ele começou uma massagem lenta e íntima, deliberadamente, maldosamente seduzindo o ser humano. Colton podia ouvir um gemido baixo em seu ouvido enquanto o corpo de Steven começou a balançar. Ele deslizou seus lábios sobre os contornos do pescoço dele antes de recapturar os lábios do homem. Eu não deveria estar fazendo isso. Eu não deveria estar deixando ele me tocar tão intimamente. Eu preciso afastá-lo, mas não posso deixar de querê-lo. Uma descrença atordoada atingiu Colton, mas ele se forçou a não reagir. Ele estava beijando Steven. Seus lábios estavam pressionados firmemente juntos. No entanto, ele tinha ouvido... pensamentos. Pensamentos de Steven. Como?


Colton estava confuso quando levantou a cabeça. Ele olhou nos lindos olhos azuis do homem e perguntou como tinha ouvido os pensamentos de Steven. Isso não deveria ser possível. Não deveria ser, mas ele ouviu o homem tão claramente como se Steven falasse as palavras em voz alta. — Eu preciso ir. — A voz de Steven estava ofegante, mas o homem não se mexeu. Ele ficou prensado contra a parede enquanto os dedos de Colton continuaram a massagem em seu traseiro. Steven estava tão duro como Colton estava. As ereções pressionadas entre eles. Colton estudou o rosto do homem enquanto tentava descobrir o que Steven era. Ele cheirava humano. Não havia cheiro sobrenatural sobre ele. Os olhos de Colton caíram para a longa extensão do pescoço de Steven e ele não pôde resistir. O homem era uma febre em seu sangue, um desejo, uma obsessão. Ele queria provar cada centímetro do corpo de Steven. Colton queria estar enterrado no interior do homem. Ele deslizou a mão debaixo da camisa de Steven e sentiu a extensão quente das entranhas do homem. Os músculos se aqueceram sob a palma da mão de Colton. Ele alisou a mão para cima, ao longo dos planos horizontais do abdômen de Steven até chegar a um mamilo tenso. Colton beliscou o pequeno broto e sorriu quando Steven arqueou as costas e engasgou. Ele tentou pegar mais alguns pensamentos de Steven, mas todos tinham desaparecido. Colton levantou a camisa do homem e depois rodou a língua sobre o mamilo sensível. Soprou um tufo de ar sobre a pele molhada e viu como o mamilo se apertou ainda mais duro. Steven começou a vibrar enquanto seus quadris empurravam para frente. Colton sabia quando um homem estava perto de gozar. Ele trabalhou a pressão do jeans de Steven enquanto lambeu, brincou, e sugou o peito do homem. Colton estava doendo e pesado, e além da razão. Tudo o que podia pensar era em fazer Steven gozar. Colton nem sequer se preocupava com o


seu próprio prazer. Ele estava focado nas necessidades de Steven e o desejo de ver o homem em chamas. A mão de Steven agarrou o pulso de Colton quando ele abaixou o zíper. — Não me faça parar. — A voz de Colton estava desesperadamente implorando e ele não se importou. Seu urso estava perto da superfície e se Colton não pudesse ver o ser humano explodir com seu orgasmo, ele só poderia ser o único a ficar em chamas em seu lugar. — Eu preciso tanto te tocar que eu sinto que estou ficando louco. Steven hesitou e em seguida sua mão caiu. Ele deu um leve aceno de cabeça, quase imperceptível, mas seus olhos ficaram trancados em Colton. Havia incerteza e um toque de medo nadando em suas profundezas, mas Colton também podia ver o desejo. Colton

beijou

os

lábios

de

Steven

quando

passou

os

dedos

firmemente ao redor da ereção dele. A pele estava quente e pulsando em sua mão. Colton dirigiu sua língua profundamente quando usou o polegar para espalhar o pré-sêmen sobre a cabeça do pênis de Steven. O homem sussurrou e se contorceu enquanto seus dedos agarravam os fios de cabelo de Colton. Ele apertou o eixo firmemente antes de acariciar a mão para cima e para baixo, para cima e para baixo. Colton precisava de mais. Ele empurrou no cós da calça jeans de Steven, levando-a ao meio da coxa. Steven estava tão perdido que não protestou. Enquanto Colton acariciava o eixo do homem com uma das mãos, ele usou a outra mão para deslizar um dedo na boca de Steven, gemendo, enquanto observava o homem lamber e chupar seu dedo. — Você está me matando. — Colton sussurrou. Steven parecia não ouvir. Ele trabalhou o dedo de Colton como se o homem estivesse realmente chupando o pau de Colton. Colton forçou seu dedo


da boca do homem antes de deslizar o dedo molhado no vinco entre as bochechas de Steven. Ele tomou os lábios do homem em um beijo ardente, apertando seu abraço no pau do homem, quando afundou seu dedo profundamente dentro do corpo de Steven. Steven gritou, sua cabeça batendo na parede, enquanto seu corpo se arqueou para fora. A bunda de Steven apertou o dedo de Colton enquanto jatos

quentes de sêmen vazavam do pau do homem. Ele empurrava e se

contorcia, cavalgando as ondas de seu prazer enquanto Colton espremia até a última gota do sêmen de Steven. O homem caiu de joelhos com tanta rapidez que os dedos de Colton foram forçados longe do corpo de Steven. Colton bateu as palmas das mãos na parede e olhou para o chão, enquanto Steven libertava o eixo pesado de Colton preso por trás de seus jeans. Steven tirou o peso em suas mãos e em seguida, engoliu vários centímetros em sua boca. O movimento roubou a própria respiração dos pulmões de Colton. Steven começou uma sucção molhada e apertada, sua língua dançando em cima da cabeça do pênis de Colton. O homem sugou e lambeu até Colton vibrar de dentro para fora. Ele estava ficando tonto, sua cabeça girava sem rumo enquanto Steven o devorava. Colton sabia que ele queria Steven, estava quase certo de que Steven era seu companheiro, mas ele não tinha percebido que Steven já havia se enterrado profundamente sob a pele de Colton. Ele estava olhando para a visão mais erótica que já tinha testemunhado enquanto Steven repetidamente engolia seu pau garganta abaixo. Seu estômago deu um salto mortal, sua mente se perdeu e suas bolas se contraíram perto de seu corpo. A chama percorreu sua corrente sanguínea, selvagem, quente e fora de controle. Colton empurrou seus quadris


para frente e outra vez, e quando Steven olhou para ele por debaixo daqueles cílios grossos, Colton gozou. Ele rugiu quando seu orgasmo correu através dele com uma força arrasadora que sacudiu para baixo até seus dedos do pé. Seus quadris subiram profundo na boca de Steven enquanto seu corpo se apertou. Colton não queria que essa sensação tivesse fim. Ele estava cambaleando pela intensidade do prazer que Steven lhe dera. Em um movimento lento, Steven se levantou e caiu contra a parede, suas pálpebras caídas quando engasgou em busca de ar. Colton colocava beijos suaves ao longo dos lábios do homem, queixo e pescoço. — Tão bom. — Colton roçou os dedos sobre a mandíbula do homem. — Eu sabia que estar com você seria incrível. A expressão preguiçosa, sonolenta desapareceu do rosto de Steven. Seus olhos sem um foco nítido quando se endireitou. Ele apertou as mãos no peito de Colton. Colton podia jurar que ouviu um estático suave e um murmúrio em sua cabeça. Ele tentou se concentrar no som, mas desapareceu muito rapidamente. — Isso foi um erro. — Disse Steven em um tom firme, como se despertasse de um tipo de sonho. — Eu sinto muito que aconteceu, mas isso nunca pode acontecer novamente. As palavras do homem eram como um tapa duro no rosto de Colton. Ele deu um passo para trás. Steven endireitou os jeans, mas manteve os olhos afastados. Seus lábios estavam inchados de chupar o pau de Colton e sua pele ainda segurava a onda de seu orgasmo. Quando Steven tentou sair da sala, Colton bloqueou o caminho do homem. Ele inclinou a cabeça para o lado, estudando o ser humano. Colton nunca tinha tido um amante tentando fugir dele depois de estar satisfeito. Os


homens costumavam tentar abraçar e perguntar sobre a próxima vez que eles poderiam ligar. Steven tentando correr do quarto não o agradava. — Do que você está fugindo? Steven estremeceu quando seus olhos ficaram um pouco mais amplos. — Quem disse que eu estou fugindo de alguma coisa? Colton teve sua resposta. Steven podia estar assustado a partir da forte atração entre eles, mas havia mais do que isso. Steven estava fugindo e Colton estava determinado a descobrir no que diabos esse homem havia se metido. Ele soltou o ser humano e se afastou. Mas antes que Steven pudesse desaparecer, Colton disse — Steven? Virando-se, Steven olhou para ele e Colton podia ver a tortura nos olhos do homem. A visão quase arrancou o coração de Colton fora. — Sim? — Por que você mudou de ideia? — Perguntou ele, desesperado para saber. — Por que você se entregou? Um triste, comovente sorriso surgiu no rosto bonito de Steven. Ele balançou a cabeça enquanto saía, mas Colton pegou o pensamento na mente de Steven. Porque não dói quando eu estou com você. Colton ficou atordoado e em silêncio enquanto ficava lá e sentia seu mundo se desfazer sob seus pés.


Capítulo Cinco Shott recostou-se na cadeira do computador, com os pés sobre a mesa e uma princesa adormecida aconchegada em seu peito largo. Sua mão direita clicou o mouse, enquanto sua mão esquerda segurava Sofia no lugar. Ela estava dormindo quando verificou os relatórios de despesas não só de seu serviço lucrativo de guarda-costas, mas a construção do barracão também. — O que há de errado com esta cena? — Colton perguntou quando ele entrou no escritório e sentou-se em frente à mesa. — Ah, sim, pai errado. Legend sabe que você está dormindo com sua filha? Shott sorriu. — Legend e Gabe estão em um encontro. Eu concordei em cuidar da princesa assim os dois poderiam tentar fazer um outro pequeno filhote. As sobrancelhas de Colton dispararam. — Eles disseram isso? — Dificilmente. — Shott respondeu. — O que está acontecendo? — Quando Colton não respondeu de imediato, Shott olhou para o cara. Colton estava lá pensativo largado na cadeira, os cotovelos apoiados nos braços enquanto esfregava os dedos no queixo mal barbeado. Colton não era um homem tagarela, para começar. Ele era mais do tipo de observar do que de comentar. Tal como acontece com os outros, Shott sabia sobre o passado de Colton, os orfanatos que ele tinha crescido, as favelas que ele tinha sobrevivido. O cara não tinha uma boa vida, roubou para se alimentar e para se manter vivo. Mas acabou por ser um bom homem e um inferno de um soldado. Colton era leal aos homens que considerava seus amigos e morreria para proteger até o último deles. Ele não confiava facilmente e era difícil para o


sujeito se abrir para alguém. Não que Shott queria psicanalisar o cara com uma sessão no sofá. Nenhum deles queria isso. Alguns deles tinham visto e passado por muitos horrores, não só em sua linha de trabalho, mas suas infâncias para nunca deixar um psiquiatra analisá-los. Shott esfregou as costas da pequena Sofia, enquanto esperava Colton reunir seus pensamentos. — Você ainda fala com Percy? Shott balançou a cabeça lentamente. Percy Whitemore era um gênio quando se tratava de quebra de códigos e invadir computadores. Hacker, mas Percy franzia a testa ao ouvir a palavra. O cara poderia entrar em qualquer computador do mundo sem ser detectado. Ele se formou no topo da sua classe no MIT2, mas o cara era socialmente desajeitado. Seu pai o fez juntar-se aos fuzileiros navais na esperança de endurecer o cara. Percy não tinha se encaixado. Enquanto seu recrutador havia tentado convencê-lo a ir para a Força Aérea e usar seus talentos em outras áreas mais adequadas para ele, Percy insistiu em provar algo a seu pai. Shott e os outros homens de sua unidade haviam tomado Percy sob suas asas e ajudaram-no a passar através do Boot Camp3. Eles praticavam o combate corpo-a-corpo com ele, ensinando Percy não só como lutar, mas para ser o melhor maldito fuzileiro que ele pudesse ser. Ele havia provado seu valor, e seu pai tinha se afastado. Agora Percy era um ativo valioso para o Pentágono. Shott manteve contato com o cara e eles ainda visitavam um ao outro de vez em quando só para lembrar os velhos tempos.

2

3

Universidade de Massachusetts muito conceituada em tecnologia. Até onde consegui verificar é um tipo de treinamento especifico.


— Você pode pedir a ele para executar uma verificação de antecedentes em alguém? O

pedido

surpreendeu

Shott.

Colton

era

bastante

bom

com

computadores. Por que ele precisava da ajuda de Percy? Isso só lhe disse que Colton estava com algum problema. — Você está em algum tipo de problema? Colton balançou a cabeça. — Eu acho que Steven está. Shott franziu a testa. — O cara que jantou com a gente? Colton assentiu. — Eu acho que ele é meu companheiro e eu acho que ele está em apuros. Se Colton queria Shott para entrar em contato com Percy, tinha que ser alguma merda muito profunda que Steven estava envolvido. Eles quase nunca pediam ajuda a Percy. Por um lado, nenhum dos homens queria abusar de sua amizade com o cara. E por outro Colton normalmente poderia resolver todos os problemas técnicos que tinham. — Que informação você tem sobre Steven? — Perguntou Shott. — Só o que está na sua ficha. Nome, endereço, número de segurança social, coisas desse tipo. — Colton correu um dedo sobre sua sobrancelha. — Eu faria isso sozinho, mas algo me diz que a informação que eu preciso não é fácil de obter. — Você vai ter que segurá-la. — Shott embalou Sofia quando Colton se levantou e caminhou ao redor da mesa. Ele puxou a criança em seus braços com uma facilidade graciosa e aninhou-a perto de seu peito antes de se sentar.


Shott usou uma conexão de chat privado que Percy havia criado para eles para se comunicarem. O homem respondeu em segundos. Shott abriu a pasta sobre os homens que trabalhavam na fazenda e encontrou o arquivo de Steven. Ele clicou sobre ele e, em seguida, deu a Percy todas as informações que conseguiu encontrar antes de agradecer ao homem por ajudá-lo. Shott sentou. — Ele diz que vai ligar para mim, logo que encontrar alguma coisa. — Obrigado. — Colton moveu a mão sobre o filhote dormindo. Shott ainda não se acostumou a chamá-la de filhote. Era estranho como o inferno para ele. Ele e T-Rex eram os únicos seres humanos em sua unidade e, por vezes, confundia sua mente que ele era cercado por shifters urso. Quando Shott descobriu primeiramente sobre os outros, ele quase não acreditou. Mas depois de ver alguns deles se transformarem e que isso quase tinha explodido sua mente Shott havia se acostumado aos homens não serem humanos. — Podemos manter esta conversa entre nós dois? Eu não quero qualquer um dos outros homens me enchendo. — Não tem problema, cara. — Shott respondeu. Ele franziu a testa quando Percy chamou. Isso foi rápido. Era apenas uma resposta rápida com o arquivo encontrado. Ele leu sobre os anexos de e-mail duas vezes para ter certeza que estava lendo as coisas corretamente. Seus olhos brilharam para Colton. — O que diabos está acontecendo? Colton sentou a frente com uma expressão de espanto no rosto. — Do que você está falando? Shott apontou para o computador.


— Eu não tenho certeza de quem Steven Chesney é, mas ele tem bandeiras vermelhas subindo em todo o seu nome. Seus pais são geneticistas que se especializam em neurobiologia. Heath nunca mencionou isso. Colton pareceu tão confuso quanto Shott. — Seus pais são cientistas? Quando Legend entrou no escritório, Shott rapidamente puxou um arquivo para cobrir o que estava fazendo. — Onde está o meu anjo? — Ele andou até Colton e pegou Sofia dos braços do cara. Como se ela soubesse que seu pai a tinha, Sofia acordou. Legend sorriu para Shott. — Obrigado por cuidar dela. — A qualquer hora. — Shott respondeu. — Nós vamos terminar esta conversa mais tarde. — Colton levantouse e saiu, deixando Shott pensando no que o seu amigo havia se metido.

Os olhos de Steven arregalaram quando seus dedos seguraram a madeira do curral. Ele ficou lá e viu como um bezerro correu um círculo em torno de Colton. A corda emaranhada em torno do homem quando o bezerro correu, derrubando Colton. O cara caiu com força em sua bunda. Embora Steven tivesse trabalhado em fazendas há mais de dois anos, ele nunca tinha tentado laçar um bezerro. Mas tinha certeza de que era o bezerro que era para estar envolto em corda e deitado no chão.


Rowdy estourava de rir quando Colton desatou-se em meio a uma série de maldições. Steven só podia ficar lá e assistir, hipnotizado como Colton espanava seu traseiro finamente em forma. Steven não deveria ter permitido que o homem o encurralasse na sala de aderência. Mas, mais importante Steven não deveria ter cedido à tentação irresistível. Uma vez que Colton tinha obtido um aperto nele, Steven tinha sido massa nas mãos do homem. E agora tudo o que podia fazer era assistir Colton fascinado por sua força e potência bruta. O corpo de Colton ondulava os músculos enquanto cruzava o curral. Mesmo que estivesse coberto por uma camisa de mangas compridas e calça jeans, Steven podia ver o contorno sexy do corpo do homem. Ele mordeu o lábio inferior, quando se lembrou do sabor de Colton, de como o homem o tinha preso à parede e o que fez com ele. Steven estremeceu com a lembrança. Não se apaixone por ele. Você não vai ficar muito tempo aqui. Mesmo que Steven continuamente se lembrasse sobre as razões pelas quais não deveria se envolver com Colton, já estava antecipando estar a sós com o cara de novo. O desejo era estúpido, insano, atrapalhando seu cérebro. Steven era uma aberração da natureza e ninguém no seu perfeito juízo iria considerar mantê-lo. Ele não achava que estava sendo duro consigo mesmo. Apenas verdadeiro. Se Colton descobrisse o que poderia fazer, o homem ficaria horrorizado. Qual homem em sã consciência queria estar com alguém que pudesse ler seus pensamentos? Mas, novamente, a mente de Colton era fechada para Steven. Ainda ... Quando Colton olhou para ele, Steven engoliu em seco. Parecia que estava engolindo seu coração. E então Colton piscou para Steven e Steven sentiu o calor subir por sua pele. Deus, ele estava corando. Que vergonha!


Colton riu e se virou quando pegou a corda de Rowdy. O homem estava rindo do fato de que Steven estava envergonhado. Os dedos de Steven cavaram mais fundo na madeira, observando como Colton tentou mais uma vez lançar a corda no bezerro, para entender o que Rowdy estava lhe ensinando. Steven deveria estar limpando as baias dos cavalos, mas parou quando viu o que Colton estava fazendo. Ele tinha sido atraído para o homem como uma abelha pelo mel. Shott e Stripper estavam lá fora zombando de Colton. Mas Steven sabia que eles teriam a sua vez em breve e seriam eles que estariam sendo ridicularizados. Ele gostava do fato de que esses caras estavam tentando aprender e não apenas deixando a fazenda para o capataz e os trabalhadores. Os homens que possuíam o rancho enrolavam as mangas e ficavam tão sujos como todos os outros. Quem não respeitaria isso? Steven

se

viu

subindo

na

cerca

do

curral,

os

calcanhares

descansando sobre a madeira maciça quando montou o degrau mais alto e viu de perto Colton. Ele cerrou os dedos hipnotizado. Colton caiu novamente. Desta vez, Steven riu. Era bom rir. Foi um prazer a que Steven raramente cedeu. Ele estava sempre ocupado demais se preocupando que ninguém o tocasse, sobre a estática em sua cabeça. Mas sempre que Colton estava perto havia um completo silêncio. Era um alívio maravilhoso e Steven estava se divertindo agora. — Tudo bem, eu cansei de ser derrubado. — Colton limpou-se de novo. — Torture um dos outros caras. — Disse ele ao Rowdy. Stripper e Shott brincaram com Colton, chamando-lhe alguns nomes obscenos enquanto Colton andou em direção a Steven. O coração de Steven bateu mais descontroladamente em seu peito a medida que Colton se aproximava. Tudo o que podia pensar era em como os lábios do homem se


sentiam sobre ele, como Colton tinha provado na boca de Steven, do puro prazer que tinha experimentado com este homem. Sendo amaldiçoado, Steven nunca havia permitido que qualquer homem chegasse perto dele antes. Ele estava muito aterrorizado com as repercussões. Ninguém em sã consciência queria sofrer enquanto eles faziam sexo. Steven não era um masoquista. Ele havia cuidadosamente evitado o contato, tanto quanto possível. Mas com Colton, o céu parecia ser o limite. E isso era o que o assustava mais. Ele podia ver a si mesmo ficando muito confortável com este homem. Por mais que a ideia lhe agradasse, Steven sabia melhor. Assim que o barracão estivesse acabado, iria partir. Colton lhe deu um tapa no joelho. — Acha que é engraçado ver um homem cair de bunda no chão? Um sorriso surgiu no rosto de Steven. — Sim. Colton virou-se e apoiou as costas na madeira do curral. Ele apoiou os braços em cada lado dele. O homem estava tão perto de Steven que podia sentir o cheiro do sabonete do cara. Era picante e convidativo e Steven encontrou-se babando sobre o perfume. — Então por que você não vai lá e tenta fazer? Steven balançou a cabeça. — Eu não sou louco. Esse bezerro está chutando a bunda de todo mundo. Eu não vou deixar voluntariamente o pequeno demônio me colocar para baixo. Colton estendeu a mão e enxugou na parte de trás do seu pescoço. Quando o braço voltou para baixo, ele descansou no colo de Steven. — Às vezes você tem que deixar antes de ter sucesso. Steven revirou os olhos.


— Eu não preciso, muito obrigado. Eu não estou adicionando ser vencido por um bezerro a minha lista. O que os vizinhos vão pensar? Colton riu e o som se envolveu em torno de Steven como seda macia. Ele fechou os olhos por um momento e se deleitou com seu calor. Por apenas alguns segundos Steven imaginou o que seria pertencer a este homem. Para acordar todas as manhãs nos braços do cara. Ele queria uma casa, uma família e tudo o mais que a maioria das pessoas tinham como certo. Quando abriu os olhos, Colton estava olhando para ele com aqueles olhos negros hipnotizantes. A maldição dita em voz alta fez Steven virar a cabeça. Stripper estava deitado de costas, com uma nuvem de poeira ao redor dele. — Talvez você devesse tê-lo amarrado nu.— Colton gritou. — Não lhe dê ideias.—

Shott gritou. — Eu já estou indo para ser

ferido quando for a minha vez. Eu não preciso ser cego também. — É alguma piada? — Perguntou Steven. Colton moveu o braço até que o cotovelo descansou no meio da coxa de Steven. — Não. O cara gosta de andar nu quando não está em uma missão. Estou surpreso que ele está vestindo roupas aqui fora. Steven fez uma careta. — Ele anda pelado pela casa? Por que um traço de ciúme passou por Steven e sacudiu-o? Ele não conhecia esses homens tão bem, mas Steven não achava que isso era normal. A ideia de ver Stripper nu não lhe agradava. Será que agradava Colton? Como se Colton pudesse ler sua mente, disse — Confie em mim. Nenhum de nós está empolgado com seu hábito de longa data. Legend comprou boxers básicos para o homem. — Colton encolheu os ombros. — Ultimamente ele está confinando sua nudez à sala de comunicações. Enquanto deixar a porta fechada, estamos todos felizes.


Estranho, mas Steven tinha lidado com o estranho. Enquanto não houvesse um grande festival de orgia dentro da casa, Steven deixaria o assunto de lado. Além disso, não era da conta dele. Realmente. Steven não tinha o direito de ficar chateado porque um homem nu andava na frente de Colton. Então, por que diabos estava rangendo os dentes?

Capítulo Seis Na noite seguinte, Steven estava na lavanderia obtendo suas roupas limpas. Ele empurrou essa tarefa até que não tinha nada limpo para se vestir. Esta não era uma de suas coisas favoritas para fazer e sempre adiava até o último minuto. Graças a Deus essa era uma lavanderia aberta vinte e quatro horas por dia. Depois do trabalho, tinha ido para casa dormir. Eram duas da manhã e ele despejou detergente na máquina de lavar. Que vida emocionante. Se ficasse mais emocionante, ele poderia cair em um coma. Mas Steven teve seu quinhão de emoção, não, era mais como aterrorizante. Tranquilo e mundano eram muito bom para ele. Depois que fechou a tampa da lavadora, Steven sentou-se na parte de trás da lavanderia e abriu uma revista que tinha comprado anteriormente na farmácia. Ele virou as páginas em um artigo sobre jardinagem, um hobby que nunca tinha experimentado, mas gostaria de tentar, então começou a ler. Steven parou de ler quando ouviu um barulho estranho, fungando. Algo estava estalando contra o piso frio. Unhas? O som era alto, audível acima do zunido da máquina de lavar. Steven ouviu um grunhido e depois outro fungar. Ele sentou-se perfeitamente imóvel, escutando. Sua cabeça não doía então soube que não era humano. Nenhum pensamento veio a ele, nem quaisquer dores agudas.


Mas o que quer que fosse, poderia dizer que era grande. Sua voz saiu quase estável. —Tem alguém aí? — Steven sacudiu a sensação de ser um daqueles idiotas que fez essa pergunta em um filme de terror. Você sabe, o tipo de cara que vai investigar e, em seguida, era cortado em pedaços pequenos. Já era tarde e escuro lá fora e sua imaginação estava selvagem. Steven não diria que tinha medo do escuro. Ele só não gostava dele. Não quando estava sentado em uma lavanderia, às duas da manhã. Isso só iria ensiná-lo sobre atrasar as coisas. O som de clique ficou mais alto. Steven engoliu em seco. Pressionou suas costas contra a cadeira enquanto colocava a revista de lado. Havia outro grunhido baixo. Era rouca e profunda. O pulso de Steven saltou em sua garganta, não podia respirar, quando um grande urso pesado caminhou ao redor do conjunto de anilhas. Ele sabia que havia vida selvagem nesta área. Esta era uma pequena cidade rodeada por floresta. Os animais seriam obrigados a passear pela cidade. Mas um urso em uma lavanderia? Steven olhou para a porta dos fundos que estava aberta. A porta de tela estava trancada. Mesmo que pudesse chegar a ela a tempo, o urso iria comê-lo antes que pudesse destravá-la. E, além disso, dada a sua dimensão, rasgaria a tela e madeira sem nenhum problema. O animal enorme olhou para Steven e ele se sentiu como um rato preso no olhar de um gato. Medo lavou através dele, em limpos e nítidos gumes. O pelo do urso era negro, um absoluto jato negro. Ele apenas ficou lá olhando para Steven. Não que Steven quisesse que o animal viesse correndo atrás dele. Sua voz era estridente de pânico quando disse — Você realmente não quer me comer, não é?


Steven se sentiu estúpido em falar com ele. Era um urso. A coisa não podia entendê-lo. Ele apenas rezou para que não estivesse com fome. Não era suposto que deveria se enrolar em posição fetal ou algo assim? Ele poderia enfiar a mão no bolso da calça e pegar o celular para pedir ajuda, mas Steven estava congelado de medo, incapaz de se mover. O urso baixou no chão e descansou a cabeça sobre as patas dianteiras. Ele lembrou Steven de um cachorro sentado aos pés de alguém. Ursos não eram dóceis, mas este parecia ser. Apesar de estar um pouco frio na sala, Steven podia sentir o suor escorrendo pelas costas. Ele jurou a si mesmo que se conseguisse sair de lá vivo, nunca iria adiar de lavar a roupa novamente. Sua máquina de lavar parou, mas estava apavorado demais para se levantar e ir até suas roupas na secadora. Steven estava ocupado demais olhando para o que tinha de ser um urso de quatrocentos quilos. Suas roupas podiam esperar. —Você não deveria estar vasculhando o lixo de alguém? O urso ergueu a cabeça e bufou como se estivesse ofendido com o pensamento. Steven não podia acreditar que estava sentado ali tendo uma conversa com um urso. Ele lambeu os lábios e tentou engolir, mas sua garganta estava seca. Steven desceu da cadeira. O urso ficou. Steven sentou-se novamente. O que diabos deveria fazer? Sentar-se ali. Era isso. Até que o urso saísse, ele não tinha escolha. O animal não parecia ameaçador, bem, seu tamanho era certamente intimidante. Mas ele não fez nenhum movimento agressivo. —Só para você saber, eu não tenho um gosto muito bom. Não há uma grande quantidade de carne em mim. Sou uma colheita magra.


Steven engasgou quando parecia que o urso estava... rindo? De jeito nenhum. Ursos não riam. Mas não havia dúvida sobre o brilho de humor em seus olhos. Steven olhou mais de perto, inclinando a cabeça para o lado. Aqueles não eram os olhos de ursos comuns. Eles mantiveram uma riqueza de inteligência neles. Não que os ursos não fossem inteligentes, pelo menos Steven tinha ouvido falar que eles eram inteligentes, mas havia algo muito diferente sobre esta criatura. —Você não é apenas um velho urso, não é? — Steven fez algo que só tinha feito uma ou duas vezes antes. Tinha sido doloroso, mais doloroso do que alguém tocá-lo. Mas tinha que saber. Ele abriu sua mente e chegou dentro da cabeça do urso. Não tenha medo de mim. Steven subiu de volta na cadeira, os dedos segurando o plástico com tanta força que a borda cortou sua pele. Ele estava perdendo sua mente maldita. Tinha que ser essa a explicação. Talvez tivesse adormecido enquanto esperava sua carga chegar ao fim e isso era tudo um sonho estranho. Ele sondou a mente do urso novamente. Eu não vou te machucar. Oh cara. Steven, engasgou na metade de uma risada nervosa. —Eu estou ficando louco, porque eu podia jurar que você apenas falou comigo em minha cabeça. E a voz soava como a de Colton. — Steven começou a rir quando deslizou para baixo em sua cadeira. Seu riso era quase histérico quando passou os braços em torno de seu estômago. —E eu que pensava que nada poderia me fazer mais louco que estar naquele laboratório. Eu finalmente me perdi. Ele limpou as lágrimas que caiam de seus olhos. —Você não tem idéia, Sr. Urso de como realmente estragada é a minha vida. Você tem feito isso. Eu queria ter a sua vida em seu lugar.


Steven enrolou as pernas contra o peito, apoiando o queixo nos joelhos. Muitas vezes se sentia sozinho, mas ultimamente tinha sido muito pior. Com exceção de Heath, ele não tinha ninguém. E ele realmente não tinha seu primo. Eles não eram próximos, e quando Steven estava em casa, Heath estava no trabalho, e vice-versa. —Eu conheci esse cara — confessou para o urso, que ainda estava deitado olhando para ele. —Ele parece ótimo, mas... — Steven encolheu os ombros —isso nunca vai funcionar. O urso grunhiu. —Porque eu não posso ficar perto de pessoas, é por isso — ele disse, como se o urso realmente tivesse lhe perguntado. —É complicado. É doloroso, também. O animal levantou-se e se moveu um pouco mais antes de se sentar para baixo. Uma das sobrancelhas de Steven subiu mais alto que a outra. —Por favor, não me faça sentir como se você não fosse me machucar e depois se desloca sobre mim assim. O urso bufou e depois colocou sua pata sobre os olhos. Steven sorriu. Ele ainda estava com medo em sua mente, mas não estava congelado de medo por mais tempo. —Você tem um companheiro? — Perguntou. —Uma garota que está esperando em casa por você? Aposto que você tem uma ninhada de filhotes também. O urso bocejou. Steven não tinha certeza se isso era um não ou se o animal estava bocejando. —Ok, não mais falar sobre família. Eu vejo que isso te aborrece.


Eu sou tão solitário que eu estou disposto a conversar com um grande urso, feroz? Sim, ele estava. Não havia mais ninguém com quem pudesse falar que entendia e que Steven confiasse. Não que ele confiasse nesse urso, mas sabia que o urso não ia repetir nada do que ele dissesse.

Colton desempenhou o papel idiota de um animal enquanto ouvia Steven conversar. O que o cara quis dizer quando disse laboratório? Que laboratório? Será que isso tinha alguma coisa a ver com seus pais serem cientistas? Colton tinha vindo aqui na esperança de conseguir Steven se habituando com seu urso. Ele não esperava que o cara começasse a confessar coisas. Mas Colton estava mais do que disposto a ouvir, aprender tudo o que podia sobre o cara. Afinal, tinha uma forte sensação de que Steven era seu companheiro, e Colton queria conhecer todas as camadas que havia no humano. Steven já tinha mostrado a Colton um vislumbre do que poderia fazer quando Colton foi capaz de capturar os pensamentos do homem na sala de aderência. Não deveria tê-lo surpreendido quando Steven confessou que doía estar em torno de pessoas. Mas surpreendeu. Ele também queria saber por Steven pensou que não daria certo entre eles. Mas Colton não poderia perguntar, considerando que estava em forma de urso e Steven não tinha ideia de quem ele realmente era.


—Aposto que você já viajou muito, não é? — Steven perguntou quando esfregou o queixo para trás e para frente sobre os joelhos. Colton queria mudar e puxar o homem em seus braços, para confortar o cara. Ele parecia tão malditamente oprimido que estava partindo o coração de Colton. —Eu tenho viajado muito, também. Mas não porque queria. Você não pode ficar em um lugar por muito tempo quando se está fugindo. Fugindo de quem? Colton queria saber quem estava atrás do cara para que pudesse ajudar. Mas se esperasse até mais tarde e perguntasse a Steven, o cara ficaria louco por que Colton sabia. Steven riu de alguma piada particular e depois balançou a cabeça. —Se meus pais pudessem me ver agora, eles me atirariam para baixo daquela fria mesa de metal e...— Steven balançou a cabeça e passou a mão pelo seu templo. —Podemos mudar de assunto? Colton avançou mais perto, sentindo a necessidade de se aproximar de Steven. Ele não queria assustar o cara, mas não conseguia ficar longe. Quanto mais aprendia sobre o homem, mais Colton estava atraído por ele. Talvez fosse o fato de que a juventude de Colton não tinha sido tão boa, como a de qualquer um. Ele sentiu como se compartilhasse algum tipo de parentesco com Steven. —Mantenha-se em seu espaço pessoal — Steven advertiu. Sua voz não estava mais tão cheia de medo. Esse tinha sido o propósito de Colton em vir aqui e parecia que estava funcionando. Steven estava começando a relaxar em torno do urso de Colton. Colton interiormente sorriu. —Pena que você não foi amansado e treinado — disse Steven. —Eu gosto de falar com você, mas eu tenho medo que você vai me comer se eu tentar levá-lo para casa. Mas eu vivo com o meu primo e eu tenho certeza que


ele não me deixaria trazer um urso dentro da casa. Ele é alérgico a gatos. Será que ele é alérgico a ursos? Em sua mente, Colton estava rindo. Steven era adorável. Se o cara apenas soubesse com quem ele estava realmente falando. —Eu não vou castrar você, no entanto. Isso é errado em tantos níveis. — Steven estremeceu. Colton concordou plenamente. Suas bolas doíam só de pensar nisso. Ele espancaria qualquer um que pensasse em cortar suas bolas fora. Confio em você. A cabeça de Steven se ergueu ligeiramente. —Veja, isso é o que eu estou falando. Eu juro que o ouço em minha cabeça. Eu tenho que estar projetando meus sentimentos, porque não há como um urso poder se comunicar assim.

As pernas de Steven

escorregaram para baixo até que seus pés tocaram o chão. Ele inclinou a cabeça para o lado. —Os ursos podem se comunicar? Colton não tinha certeza do quão longe ele deve ir com isso. Ele queria dizer a Steven quem realmente era, mas temia que o homem fosse se encerrar nele mesmo, e Colton queria descobrir tudo sobre o cara. —Quanto é dois mais dois? Ele teve que reprimir o desejo de responder. Talvez fosse a hora de sair. Colton agora sabia que poderia se mostrar para Steven em sua forma de urso e o homem não ficaria louco. Ele se levantou e estava prestes a ir para a porta da frente quando um carro parou no meio-fio. Colton hesitou. Ele não precisava de nenhum problema. Steven saiu de sua cadeira e olhou por cima das máquinas. —O que ele está fazendo aqui?


Espreitando em torno da linha branca de lavadoras, Colton viu Leonardo. Ele não queria deixar Steven, mas não queria que esses idiotas o descobrissem em sua forma de urso. Colton poderia fugir e fingir ser um urso na natureza, mas isso ainda lhe causaria muitos problemas. Colton virou-se e caminhou para a porta dos fundos. Sem pedir, Steven avançou perto de Colton e abriu a porta de tela. —Pena que você não pode ficar e comer aquele cara — Steven murmurou. Colton não ia longe. Ele empurrou a porta de tela e saiu, mas ficou perto da porta. Se Leonardo colocasse a mão sobre Steven, ele ia ter um urso irritado para lidar.

Capítulo Sete Steven queria correr pela porta dos fundos com o urso, mas não iria deixar ninguém afugentá-lo. Além disso, não poderia deixar suas roupas na lavanderia. Essas eram as únicas roupas que possuía. Ele olhou fixamente para Leonardo quando o homem entrou pela porta, esperando a dor, por causa das vozes e invasões indesejadas em sua mente. Mas não havia nada. A mente de Steven estava tão silenciosa como a noite. Ele não entendia por que não foi dirigido um prego em seu cérebro ou o baixo zumbido de estática. —Horrível final para a lavanderia —disse Leonardo quando parou de andar e se apoiou contra uma máquina de lavar. —Alguns podem dizer que não é seguro ficar fora tão tarde. Steven manteve algumas linhas de lavadoras entre eles. Ele aprendeu alguns movimentos de auto-defesa, mas nada que o ajudasse se Leonardo decidisse se lançar nele. Steven tinha a sensação de que o


brutamonte não o tinha provocado antes na fazenda porque estavam trabalhando. Não havia ninguém ali para parar o homem. Mesmo o urso tinha enfiado o rabo entre as pernas e fugido. Era apenas Leonardo e ele. Steven sentiu algo em sua mente, algo que ecoou, mas não doeu. O som era mais como... um grunhido ofendido? Virou-se para ver algo se movendo pela porta dos fundos. Steven não queria tirar os olhos de Leonardo, mas deu uma olhada para trás e viu o pelo escuro. O urso ainda estava ali? Grande. Se Leonardo o atacasse, o urso poderia se tornar agressivo e comer os dois. —Não sabia que havia uma lei contra lavar a minha roupa às duas da manhã — Steven respondeu. Ele olhou por Leonardo, mas as ruas estavam desertas. Não haveria ajuda ou testemunhas de qualquer maneira. Steven estava por conta própria. Seu coração começou a bater mais rápido quando viu Nate passando pela grande janela de vidro. Ele caminhou casualmente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Steven se afastou até que sentiu suas pernas baterem na cadeira em que estava sentado. Nate entrou na lavanderia, seu sorriso perverso. Um zumbido estático baixo começou a sussurrar em sua mente e ele sentiu como se todo o seu corpo estivesse coberto de formigas. Os pensamentos de Leonardo combinados com os de Nate foram revestidos como doença, uma densa escuridão que Steven se sentiu sendo engolido. Alguma coisa estava errada. Steven não sabia o que, mas a boca do intestino torceu em mil pequenos nós. Teve essa maldição toda a sua vida, Steven tinha aprendido que mesmo as pessoas mais intolerantes tinham algo de bom dentro de si. Mesmo que profundamente enterrado, mas estava lá. O amor por um filho. A compaixão por uma pessoa idosa. A alegria da amizade.


Havia sempre algo. Mas estes dois homens eram tão escuros e como o fundo de uma caverna sem fim. Nada de bom estava enterrado profundamente. Isso só não estava lá. —Eu realmente gostaria de envolver meus dedos ao redor de seu pescoço e olhar em seus olhos enquanto eu sufoco a vida fora de você —disse Leonardo. Suas palavras encheram a sala com uma queima suave e Steven sabia com certeza que não deixou espaço para dúvidas de que o homem estava dizendo a verdade. Leonardo provavelmente iria assistir a perda da vida dos olhos de Steven. Nate se movimentou nas anilhas para bloquear Steven de usar a saída. Ele estava sendo encaixotado. O zumbido ficou mais alto. Steven se forçou para não agarrar a cabeça quando a dor começou a piorar. Mas redemoinhos estranhos começaram a dançar na frente de seus olhos. A pressão foi se tornando muita. Leonardo se moveu tão rápido que um minuto ele estava perto da frente da lavanderia e, em seguida, ele estava de pé direto na frente de Steven. Steven piscou e tentou se concentrar quando o chão balançou sob seus pés. Era como se houvesse grandes ímãs em cada lado dele e Steven estivesse preso no campo magnético. —Você é sortudo, o contrato por sua cabeça diz que você não deve ser prejudicado. —A voz de Leonardo era um grunhido. —Ou eu iria recompensá-lo pelo que você fez para mim. Contrato? Steven tentou se concentrar, tentou entender o que Leonardo estava dizendo. Mas uma enxaqueca terrível estava arranhando seu cérebro. Nate estendeu a mão e o agarrou. Steven gritou. Ele tentou se soltar, mas Nate o tinha bem preso. E, em seguida, Leonardo o agarrou. A dor. A dor consumiu tudo. As imagens foram levadas a mente de Steven. Leonardo e Nate não trabalhavam


sempre na fazenda. Esses dois homens trabalharam para os médicos Harold e Lily Chesney. Os pais de Steven pagaram a cada homem uma quantidade substancial para obter a sua experiência de volta. Não seu filho. Sua experiência. Steven ficou mole. As imagens, vozes e dor eram demais. Sua mente não conseguia lidar com o ataque. Ele quebraria. E então tudo ficou em silêncio. Primeiro Steven pensou que tinha desmaiado. Mas ainda estava acordado. No entanto, a bagunça ilegível em sua cabeça foi embora. Ele ouviu um grande estrondo. Parecia desumano e muito perto. Leonardo e Nate foram lançados longe de Steven. Ele bateu no chão duro. O linóleo frio foi bem-vindo contra a sensação de sua pele quente. Steven se enrolou em uma bola, tremendo. Ele mal registrou Leonardo e Nate correndo pela porta dos fundos. Seu corpo doía. Sua pele se sentia como se mil abelhas o picassem de uma só vez. Steven não se importava se estava chorando naquele momento. Não importava se estava tremendo tanto que seus músculos começaram a ter espasmos. Ele nem sequer registrou quando o urso apareceu diante dele e, de repente Colton estava lá. O homem estava nu quando se ajoelhou ao lado de Steven, fazendo suaves, sons de silencio. —Eu vou te tirar daqui. —A voz de Colton era pouco mais que um sussurro. Seus olhos escuros estavam cheios de agonia enquanto continuava a fazer aqueles sons reconfortantes. —Será que vai doer se eu te tocar? Steven não conseguia formar as palavras para responder. Tudo o que ele podia fazer era se abraçar mais rígido, com os joelhos pressionados contra o peito dele. As lágrimas continuavam a correr quando seus dentes batiam ruidosamente. Colton amaldiçoou e, em seguida, disse —Eu sinto muito se isso te machuca. —O homem o pegou em seus braços, pressionando Steven em seu


peito quente, sólido. Steven se enterrou mais fundo, tentando roubar o calor do homem. Ele estava tão frio. Tão malditamente frio. Steven ouviu uma porta bater e tentou se enterrar dentro do corpo de Colton. Ele não queria que Leonardo ou Nate voltassem. Tudo o que queria fazer era ir para casa. —Calma, bebê. É só Shott. Ninguém vai te machucar. Afastando um pouco para trás, Steven olhou em volta de Colton e viu Shott entrar na lavanderia. Ele tinha um olhar de propósito em seus olhos enquanto se dirigia em direção a eles. Steven se abaixou para baixo e enterrou seu rosto no peito nu de Colton. —Ele está ferido? —Voz de Shott estava preenchida com veemência. —Eu não tenho certeza —Colton respondeu. —Até o momento que liguei para você, em seguida, mudei de volta e fiz meu caminho pela porta da frente, os dois o estavam agarrando. —Colton balançou a cabeça. —Não parecia que estavam fazendo nada com ele, mas Steven estava gritando como se o estivessem esfaqueando. —Tem que ser o toque —disse Shott em seguida. — O contato não é bom para Steven. —Mas não parece doer quando eu o toco —disse Colton. —Ele tem que ser meu companheiro. Não há outra explicação. Steven estava lá ouvindo, ainda em agonia, ainda se sentindo como se seus nervos tivessem sido esticados além de sua capacidade. Ele estava cansado. Tão malditamente cansado. Ele mal conseguia manter os olhos abertos, embora ele estivesse em uma tremenda dor. —Vamos levá-lo para casa — disse Shott. —Podemos o avaliar lá. —Pegue suas coisas da máquina de lavar — disse Colton. —Eu vou pegar um dos outros caras e pegar o seu caminhão uma vez que tenhamos Steven de volta para a casa —disse Shott.


Colton assentiu enquanto andava para fora com Steven ainda em seus braços. Através de sua mente confusa, Steven perguntou como diabos o homem poderia levá-lo. Mas essa era a menor de suas preocupações. Seus pais não só colocaram um contrato por ele, mas ele foi encontrado. Steven tinha que sair da cidade antes que Leonardo e Nate tentasse novamente.

—Eu nunca vi nada como isso— disse o médico, balançando a cabeça. —A coisa é muito mais estranha. Quanto à sua saúde física, ele está bem. Sinto muito, Colton. Mas o cérebro não é a minha área de especialização. Eu recomendaria descanso — ele encolheu os ombros —mas não tenho ideia do que ele realmente precisa. Colton agradeceu ao médico e, em seguida, entrou em seu quarto, fechando a porta silenciosamente atrás de si. Steven estava deitado na cama de Colton, enrolado apenas como se estivesse na lavanderia. Seus olhos estavam fechados e o cara ainda estava tremendo, apesar de ter melhorado um pouco. Colton jamais entenderia os instintos de alguns homens para vitimizar e torturar. Ele sabia que havia momentos na vida em que a violência era necessária para salvar vidas. Mas ir atrás de pessoas inocentes era algo Colton nunca compreenderia. Isso era tão estranho para ele como a capacidade de respirar debaixo d'água. Em sua vida e linha de trabalho, Colton tinha lentamente chegado à conclusão de que havia pessoas que acrescentavam bondade para o mundo e


pessoas que viviam a destruí-lo. Em sua mente, a decisão de proteger um inocente como Steven de psicopatas como Leonardo e Nate era tão clara como preto e branco — uma escolha simples. Rastejando na cama, Colton puxou Steven em seus braços e o abraçou. Ele usou os pés para lançar os cobertores até ele e depois cobriu a ambos. Steven estava frio ao toque e Colton estava preocupado com o homem. Ele não tinha certeza do que tinha acontecido quando Leonardo e Nate o tinha tocado, mas não tinha sido bom. Quando Steven se mexeu e abriu seus lindos olhos azul-claros, Colton se perdeu neles. Eles eram como fogo azul enquanto Steven estava lá observando Colton. O momento se estendia sobre eles e Colton se perguntou o que Steven estava pensando. Ele tentou voltar para a mente do homem, mas estava fechado para ele. —Esse urso era você— declarou Steven. Ele balançou a cabeça ligeiramente. —Como? —Eu disse que o impossível era minha especialidade— Colton respondeu. —Eu posso mudar para um urso assim como você pode ler a mente das pessoas. Inexplicável, mas ainda é possível. —Eu não posso ler a sua — Steven confessou. Colton ficou em silêncio, com o olhar fixo no rosto de Steven. Uma das sobrancelhas de Steven estava arqueou perfeitamente. —Mas eu o ouvi na minha cabeça quando você era um urso. —E eu peguei um de seus pensamentos aqui e ali— disse Colton. — Pode me dizer como tudo isso funciona? Steven desenrolou seu corpo e se afastou. Quando tentou levantarse, Colton agarrou o pulso do homem. —Eu acho que é hora de você parar de correr, Steven.


Ele apertou a mão de Colton e se levantou. O cara parecia tão perdido, tão sozinho. Colton conhecia esses sentimentos muito bem. Eles foram seus companheiros constantes quando estava crescendo. Ele escorregou da cama e deu a volta até que estava em pé na frente de Steven. —Você não precisa mais ficar sozinho— disse Colton quando estendeu a mão e deslizou seus dedos. —Mas eu preciso saber de quem você está fugindo. —Não é tão fácil— Steven calmamente argumentou. —O que foi feito para mim, as pessoas atrás de mim, é tudo muito complicado e perigoso. Colton apertou os dedos do homem antes dele puxar Steven ainda mais perto. Ele inclinou a cabeça do homem para trás até que estavam olhando nos olhos um dos outro. —Especializei-me em perigo. Eu vivi disso, trabalhei com isso, já estivemos em situações mais perigosas do que eu gostaria de contar. Esperança encheu os olhos de Steven. Por um momento, Colton pensou que o homem iria contar tudo. Mas Steven balançou a cabeça e virouse. —Eu tenho que sair. Eu trouxe meus problemas a este rancho e a última coisa que eu quero fazer é envolver você ou seus amigos. Colton rangeu os dentes na teimosia do homem. —Você não pode fugir para o resto de sua vida. Mais cedo ou mais tarde você vai ter que tomar uma posição. Por que não agora, quando você tem a mim e toda gente nesta casa disposto a cobrir suas costas? Steven puxou a mão de Colton e caminhou pelo quarto. Ele passou suas mãos por seu cabelo cor de outono em um gesto grave. —Você não entende? Há um bebê em sua casa. Seus amigos não têm interesse nisso e eu não estou disposto a colocar em risco suas vidas. —


Steven disse mais perto. —Eu não estou disposto a colocar em risco a sua vida. —Você não está indo embora— Colton afirmou categoricamente. Os olhos de Steven arregalaram. —Você não pode me obrigar a ficar aqui. Isso é sequestro. —Então, chame a polícia. Colton viu os olhos de Steven correrem em direção à porta. —Eu não entendo você, Colton. Por que você se importa? Você nem mesmo me conhece. Por que você corre o risco de me ajudar? —Porque eu já fui como você. Steven soltou uma risada amarga. —Eu duvido disso. Você não tem ideia do que eu passei ou porque eu estou disposto a correr pelo resto da minha vida. —Você está certo— disse Colton com um aceno rápido. —Eu não tenho ideia do que você está passando. Mas emocionalmente, não somos tão diferentes assim. Você deseja pertencer a algum lugar. Algo dentro de você está implorando para alguém dizendo que se importa. Steven mordeu os lábios e se virou. Colton não gostou de pensar sobre o seu passado, de sua vida como um menino de rua. As noites solitárias. As dores da fome. As orações que ele enviou por uma vida melhor, para apenas uma pessoa se preocupar com ele. Mesmo depois de entrar para o serviço e conhecer os caras que ele agora chama de amigos, ainda havia uma parte de Colton que estava faltando. Ainda havia uma parte dele que ansiava por alguém que pudesse chamar de seu. Ele se aproximou de Steven. —Você deseja que apenas uma pessoa desse a mínima sobre você. O rosto de Steven se transformou em raiva quando cerrou os punhos ao lado do corpo.


—Cale-se! Sim, havia raiva no rosto do homem. Mas Colton também podia ver o sofrimento e o desespero gravado nas linhas finas. —Por que você não me deixa ser essa pessoa? —Não se compare a mim— disse Steven furiosamente. —Não se atreva a pensar que você pode se relacionar comigo. Quando seus próprios pais te traírem, então podemos conversar. Colton deu uma risada sem humor baixo. —Querido, como diabos você acha que eu acabei nas ruas aos dez anos? Meu pai era um criminoso de carreira e não tinha tempo para mim. O novo marido de minha mãe não queria ter filhos. De repente, ela esqueceu que tinha um filho que amava com todo o seu coração. Cheguei em casa um dia depois da escola para um apartamento vazio. —Colton rangeu os dentes com as lembranças. —Isso é traição o suficiente para você? —Eu...— Steven balançou a cabeça. —Como você pode confiar em alguém depois disso? —Você encontra um grupo de amigos que se recusam a deixá-lo se afastar. Você encontra pessoas que amam tudo que é fodido sobre você. — Colton suspirou. —Você dá o passo mais assustador em sua vida, Steven. —Qual é?— Perguntou Steven. Colton fechou a distância e puxou Steven em seus braços. —Você se abre e dá a sua confiança a outra pessoa. —Por que não dói quando você me toca?— Steven sussurrou enquanto Colton envolveu o homem nos braços. —Minha mente fica calma quando você está por perto. Colton piscou. —Porque você ... eu ... nós, fomos feitos para estarmos juntos.— Ele colocou a mão sobre o coração de Steven. —Porque eu pertenço aqui.


Steven usou a palma de sua mão para limpar uma lágrima. —Por favor, não minta para mim. Eu não acho que posso aguentar, se mais uma pessoa me trair. —Eu já provei a amargura da traição. — Colton persuadiu Steven para descansar a cabeça contra o peito de Colton. —Eu nunca iria fazer você beber deste cálice. Steven passou os braços ao redor da cintura de Colton e o segurou com tanta força que Colton sentia como se tivesse encontrado o pedaço de si mesmo que faltava. Ele cheirou Steven. Canela e maçã. O cheiro era quente, convidativo, e fez Colton se sentir como se pela primeira vez em sua vida, que pertencer a alguém especial estava ao seu alcance.

Capítulo Oito A sensação de ter o corpo de Colton em volta dele era como nada que Steven tinha experimentado antes. Eles poderiam ter brincado ao redor nos estábulos, mas isso era diferente. Sentia-se diferente. Steven queria confiar em Colton. Ele queria acreditar que Colton estava dizendo a verdade. Uma criança deveria ser capaz de confiar em seus pais. Eles eram a âncora, a rocha, a rede de segurança que nenhuma criança deveria ficar sem. Se você não pode confiar em seus pais, então em quem você poderia confiar? Na mente de Steven, ser ferido por um dos pais era o pior tipo de traição. E aqui estava Colton em pé, pedindo algo que Steven não poderia nem mesmo dar a sua própria mãe e pai. Colton era um estranho virtual. No entanto, ele não se sentia como um. Acalmava a mente de Steven e lhe dava uma paz que não sentia em toda a sua vida. —Estou com medo— Steven admitiu.


—Eu sei— respondeu Colton. —Mas eu confiei em você o suficiente para deixá-lo ver o meu urso. Pode confiar em mim com o seu segredo? Steven sentiu o calor sob a pele quando se inclinou para trás e estreitou os olhos para Colton. —Eu abri meu coração para você. Colton riu quando passou os dedos pelo cabelo de Steven. O toque era leve, mas ele partiu uma tempestade elétrica que correu através do sangue de Steven e lhe ateou fogo. —Confie em mim. Eu não tenho nenhum companheiro ou filhotes. — A outro mão de Colton começou a deslizar pelas costas de Steven e parou acima de sua bunda. —Na medida em que você tem um gosto bom— Colton deu um beijo no pescoço de Steven —Eu vou ser o juiz disso. Colton beijou a pele abaixo da orelha de Steven. Foi um simples toque de seus lábios, mas Steven sentiu como uma marca. O homem virou a cabeça e tomou posse da sua boca. Steven traçou a definição dos músculos de Colton, deslizando as mãos sobre o corpo do homem como se ele lhe pertencesse. —Eu pertenço — disse Colton na boca de Steven. —Eu pertenço a você, mente, corpo e alma. Steven não perguntou como o homem sabia o que ele estava pensando. Apenas sorriu com o pensamento quando Colton enfiou a língua na sua boca. Steven soltou um longo gemido quando Colton o abaixou para o tapete. Quando Colton puxou sua cabeça para trás, os olhos do homem estavam nublados com paixão. —Eu quero você, Steven— disse Colton. —Mas eu não posso levá-lo até que você saiba tudo.


—Eu não entendo— disse Steven, enquanto tentava se concentrar na conversa e não sobre o quão bom se sentia sob suas mãos. Ele não queria falar. Queria eles nus para que pudesse sentir o corpo de Colton deslizando sobre o dele, tomando posse dele. Mas Colton não lhe respondeu. Suas mãos foram deslizando para baixo de Steven quando pegou imagens da menina, Sophia. Ele não entendia, até que viu outra imagem de Gabe... grávido? Steven recuou em busca dos olhos de Colton. Colton colocou o cabelo de lado e Steven jurou que viu ansiedade nessas profundidades obsidiana. Este homem ansiava por uma família. Ele queria que Steven lhe desse uma. Steven tentou engolir, mas sua garganta estava seca. —Como isso é possível? Colton passou a mão sobre o abdômen liso de Steven. —Eu quero ver você inchado com o meu filho. Quero uma vida com você, Steven. Uma vida que inclui crianças, risos e amor. —Whoa.— Steven apertou as mãos no peito de Colton. —Calma, amigo. Acho que estamos indo um pouco rápido demais aqui. Steven estremeceu quando Colton beliscou seu queixo. —Você já ouviu falar de companheiros? Steven assentiu. Mergulhando a cabeça, Colton acariciou o pescoço de Steven e respirou fundo. —Você cheira a canela e maçã. —E eu acho que você andou bebendo cidra temperada.— Steven olhou para Colton que pairava sobre ele. Ele queria desesperadamente puxar o homem para baixo, mas Colton acabava de abrir os olhos. Colton beijou sua mandíbula.


—Para um urso, companheiro, é para a vida toda. Nós não podemos continuar

sozinhos.

Às

vezes,

é

enganador.

Mas

meu

urso

o

quer

desesperadamente. Eu quero você. —E...— Steven balançou a cabeça, sem saber se acreditava na visão anterior —...a coisa da gravidez? Colton alcançou entre eles e apertou a ereção de Steven. Steven engasgou enquanto seu corpo se arqueava contra o homem. Seu pulso estava acelerado, seu pênis estava pulsando, e queria sentir Colton dentro dele. —A gravidez é a única forma segura de saber se você é meu companheiro— respondeu Colton. Ele apertou seus lábios em cada uma das pálpebras de Steven. —Eu nunca iria trair ou abandoná-lo. Nós sabemos o que isso é. Dê-me uma criança e eu vou dar-lhe uma vida de felicidade. —Mas você não pode prometer isso para mim. Ninguém pode prometer uma vida feliz— argumentou Steven, embora Colton estivesse oferecendo a Steven a única coisa que ele estava desesperado em ter. Tudo o que queria era a normalidade, viver uma vida sem dor, sem ver pensamentos e memórias de outras pessoas. A única vez que sua mente estava calma era quando estava com Colton. Colton rosnou e colocou as mãos de Steven acima de sua cabeça. —Eu disse a você, querido. Impossibilidade é a minha especialidade. Todos os casais têm problemas. Mas eu posso garantir que você nunca vai se arrepender de estar comigo. Steven procurou o rosto do homem e não viu nada alem da verdade gritante. Se Colton poderia se entregar ou não, o homem sinceramente acreditava no que estava dizendo. Mas Steven tinha pavor de colocar tanta fé em um homem. —Uma pessoa— disse Colton. —Basta confiar em uma pessoa.


Ele tinha que ser um idiota, mas acreditava em Colton. Steven honestamente acreditava no homem. Queria desesperadamente o que Colton estava oferecendo. Steven não queria correr mais. Ele não queria olhar por cima do ombro para o resto de sua vida. Queria criar raízes e viver uma vida simples. Com uma respiração forte, Steven disse —Eu confio em você. Os olhos escuros de Colton pareciam brilhar quando um sorriso se propagou pelo seu rosto. Os dedos do homem deslizaram sobre o abdômen de Steven. —Você nunca vai se arrepender. Steven orou como nunca fez. Ele envolveu suas pernas ao redor da cintura grossa de Colton e aterrou sua ereção no estômago do homem. Sua pele estava ultra-sensível, seu corpo implorando para a liberação. Mãos passaram sobre seus lados antes de Colton agarrar a bainha de sua camisa e puxá-la sobre a cabeça de Steven. Ele jogou o material de lado. Steven fez o mesmo, puxando a camisa de Colton livre. Steven explorou a pele do homem com as mãos. Traçou sobre os bíceps, ombros largos, peitorais fortes e abdômen rígido. —É isso mesmo, querido. Conheça cada centímetro do meu corpo.— As mãos de Colton estavam em cada lado da cabeça de Steven. O homem não se mexeu. Steven podia sentir Colton tremer sob seus dedos, mas o cara apenas pairou sobre ele, deixando Steven tomar seu tempo. Ele sugou seu lábio inferior e sorriu quando beliscou os mamilos de Colton. Colton assobiou. O sorriso sumiu do rosto de Steven enquanto observava como Colton reagia a ele. —Colton... Colton balançou a cabeça.


—Não importa. Steven não tinha certeza se o cara estava lendo sua mente novamente. Queria dizer a Colton que nunca tinha estado com qualquer outra pessoa. Como poderia, quando estar perto de alguém era muito doloroso? Mas Colton não pareceu se preocupar com a sua inexperiência. Surpreendeu Steven que ele tinha conseguido o homem nos estábulos. Essa tinha sido a primeira vez chupando o pau de qualquer um. —Você está pensando demais caramba — disse Colton com um grunhido. Steven começou a rir. —Essa é a primeira vez que eu fui acusado disso. —Você é lindo quando sorri— disse Colton. Ele estava olhando para Steven com tal reverência que Steven se contorcia. —Não devemos fazer sexo?— disse Steven, tentando mudar de assunto porque estava ficando muito desconfortável com a atenção lisonjeira de Colton. —Não— Colton disse beijando a ponta do nariz de Steven. —Estou acasalando com você. E nós não vamos apressar um maldito minuto disso. O estômago de Steven saltou quando Colton alcançou entre eles e desabotoou as suas calças jeans, baixando o zíper. O homem recuou e, em seguida, trabalhou o jeans fora do corpo de Steven. Ele ficou ali nu, sentindose vulnerável. Steven tinha um desejo selvagem de se cobrir. —Não se atreva— Colton advertiu. —Você é de tirar o fôlego. Steven estreitou os olhos. —Eu não sei como você continua lendo meus pensamentos, mas sai da minha cabeça, amigo. —Nunca.— Colton levantou-se e, em seguida, deslizou as calças de seu corpo. Ele ficou ali nu como o dia em que nasceu. Ele era glorioso e


lembrou a Steven de um guerreiro. Colton era rasgado com músculos, seu corpo bem bronzeado. Steven rolou de joelhos, apertou as mãos nas coxas duras de Colton e esfregou as bolas do homem. Ele lambia e gemia. Colton deslizou suas mãos pelo cabelo de Steven quando abriu as pernas mais amplas. —Cada centímetro— Colton rosnou. Steven lambeu a parte interna das coxas do homem e, em seguida, pressionou sua língua atrás das bolas de Colton, saboreando o pedaço de pele como se fosse um homem faminto. Ele inalou o cheiro almiscarado e gemeu com o quão bom Colton cheirava. Viril. Havia mistério nesse o cheiro e ele queria banhar-se nele. Os dedos de Colton apertaram no cabelo de Steven quando espalmou o saco do homem e movendo as bolas de lado para que pudesse empurrar mais. Sua língua lambeu o buraco enrugado apertado de Colton. Ele podia ouvir o homem gemer quando a ponta da sua língua brincou. Se o homem queria que ele conhecesse cada centímetro do seu corpo, então era isso que Steven ia fazer. Orando para que Colton não chutasse sua bunda, molhou um de seus dedos e deslizou até a primeira junta. Colton endureceu. Puxando para trás, Steven engoliu o pau de Colton. Chupou a cabeça e lambia as veias pronunciadas. Todo o tempo, seu dedo entrava e saía da bunda de Colton com curtas estocadas leves. Alterando

o

olhar,

Steven

olhou

para

cima

para

ver

Colton

observando. Gemeu em torno do eixo do homem quando deslizou o dedo mais profundo. Podia ver a confusão nos olhos de Colton. Seu pênis não tinha amolecido mas ele ficou imóvel. Steven engoliu o homem até a raiz. Ele engasgou, puxando para trás e depois engoliu Colton novamente. Sem saber o que estava fazendo, Steven entortou seu dedo e Colton gritou, seu sêmen jorrando na sua garganta. Por


mais difícil que tentou, Steven não conseguia engolir tudo. Ele tossiu e se puxou para trás, sentindo o sêmen de Colton escapar de sua boca. Colton se puxou livre, seu pau escorregou para fora da boca de Steven, o dedo dele escorregou para fora da bunda do homem. O cara deu um passo para trás e inclinou a cabeça para o lado, estudando Steven atentamente. —Eu sinto muito.— Steven abaixou a cabeça enquanto limpava a boca. —Eu prometo jamais fazer isso de novo. Colton ainda estava olhando para ele de forma estranha. —Eu nunca...— O homem sacudiu a cabeça. Steven deu de ombros. —Junte-se ao clube. Eu nunca tive nada na minha bunda também. Colton moveu-se à velocidade da luz, tendo Steven no tapete. Prendendo Steven, os olhos brilhando quando ele rosnou. —Confiança.— disse Steven à palavra. A mesma palavra que Colton tinha jogado nele. —Ela funciona em ambos os sentidos. Steven gritou quando Colton o capotou em seu estômago. Ele inclinou-se perto e disse no ouvido de Steven —Eu confio em você. Mas isso nunca vai acontecer. Contrariando, Steven tentou empurrar o homem. —Tudo bem, mas você não tem que ser um idiota sobre isso. —Eu não vou ser.— Colton recuou. Steven se virou. —Sim, você é.— Steven puxou-se em uma posição sentada. —Você estava pronto para tomar minha cabeça, porque sentia que estava minando sua masculinidade. Você acha que é fácil para mim? Eu coloquei um pau na minha boca. Diga-me que não é castrador. No entanto, por trás de portas fechadas, estou disposto a dar-lhe o que quiser.— Ele fez uma careta para Colton. —Foda-se.


Ficando de pés, Steven pegou suas calças. Colton agarrou seu pulso. Steven franziu os lábios. —Saia de cima de mim. Colton também ficou em pé, elevando-se sobre Steven. —Você não vai a lugar nenhum. Steven levantou o braço para trás e golpeou Colton em sua mandíbula. A cabeça do homem recuou e ele olhou para Steven em estado de choque. —Você é um bárbaro, criando duas medidas e com sete maneiras de ser um idiota. Se você pensou por um segundo que eu vou ficar aqui e deixá-lo ser senhor de mim, você está muito enganado. —Você é impossível! —E você é um menino assustado. — Steven enfiou as pernas em suas calças. —Eu deveria ter pensado melhor antes de confiar em alguém. —Espere. — Colton soltou um longo suspiro enquanto corria as mãos sobre o cabelo escuro. —Sinto muito. Você está certo. Estou criando um duplo padrão. Mas isso não é algo que eu queira. Steven sabia o que Colton estava se referindo. Sendo fodido. —Então, isso é tudo que você tem a dizer para mim— Steven respondeu. —Eu estou bem com a colocação de meu dedo na sua bunda. E não minta para mim dizendo que você não gostou. Mas não precisa ser mais do que isso. Eu não tenho porra de ideia do que estou fazendo e você foi o único que me disse para conhecer o seu corpo. Você gosta de um dedo. Tudo bem. Você não quer que vá mais longe do que isso. Tudo bem. Chama-se experimentar, conhecer gostos e desgostos de cada um. Se você não consegue lidar com isso, então nós não pertencemos um ao outro.


—Eu sinto muito— Colton se repetindo. —Você me pegou de surpresa. Steven começou a rir. —Não sabia que você gostaria disso, hein? —Claro que não.— Colton sorriu. —Mas só os dedos. —Eu vou te corromper ainda— disse Steven despreocupadamente. Uma das sobrancelhas de Colton subiu mais alto que a outra. —Eu duvido disso. Agora tire as calças. —Qual é a palavra mágica? Steven podia ver a mandíbula de Colton ficar rígida. —Por favor. —Todos os ursos são tão chatos?— Steven perguntou enquanto retirava suas calças. —Ou é apenas você? Colton fechou a distância e passou os dedos ao redor do pênis semiduro de Steven. —Vamos discutir a noite toda ou vai me deixar acasalar com você? —Deixe-me pensar sobre isso— disse Steven. Ele estava ofegante. Os dedos de Colton ficaram muito bem ao redor de seu pênis duro. O homem estava fazendo o impossível para Steven pensar. —Leve o tempo que precisar.— O sorriso de Colton era mau quando moveu a mão em um ritmo calmo, acariciando Steven. —Você pelo menos vai chupar meu pau?— perguntou Steven. Ele não tinha certeza de onde sua bravata estava vindo, mas queria saber o que Colton estava disposto a fazer. Se o homem disser que não, Steven só poderia atirar no cara. O polegar de Colton alisou a cabeça da ereção de Steven quando disse —Oh, sim. E eu sou muito bom nisso. Steven balançou a cabeça.


—Você é um homem muito confuso. —Vou confessar isso. — Colton moveu Steven para trás até que suas pernas esbarraram na cama. —Agora se deite para que eu possa mostrar-lhe exatamente o que esta língua mágica pode fazer. Steven não ia discutir com isso. Ele seria um completo idiota se não calar a boca e ter sua bunda na cama. Mas antes que pudesse se virar, Colton o empurrou. Steven caiu de costas, as pernas balançando sobre a borda. Colton caiu de joelhos e levou Steven todo o caminho até sua garganta. Os olhos de Steven rolaram na parte de trás de sua cabeça enquanto seus dedos se enroscaram no cobertor. Seus quadris se sacudiram e sentiu como se tivesse morrido e ido para o céu. Nunca em sua vida tinha experimentado algo tão maravilhoso, tão entorpecente que faziam os dedos dos seus pés se enrolarem. —C-C-Colton. — Os quadris de Steven sacudiram para frente quando arqueou as costas. Seu corpo inteiro estava em chamas. Estava sendo consumido. E então sentiu os dedos grossos de Colton empurrado em seu corpo. Steven estava tremendo. Seu corpo tremia violentamente. Colton empurrou suas pernas mais abertas quando trabalhou no seu corpo como um instrumento afinado. Ele sentiu o acúmulo de suas bolas puxando perto de seu corpo. Colton estava chupando, lambendo e brincando com seu saco. O cara estava cantarolando! A vibração ecoou por todo seu corpo. —Oh Deus... Oh, Colton... Oh!— Steven quebrou. Colton enfiou os dedos mais rápidos e mais profundos. Chamas atravessaram sua corrente sanguínea, selvagem e quente e fora de controle. Steven quase saiu da cama, quando a boca perigosa de Colton o varreu para outro mundo. Steven começou a arfar e se contorcer, porra, o homem estava dizendo a verdade. Sua língua era pura magia.


Colton recuou e beijou o seu caminho até a virilha de Steven, abdômen, peito e, em seguida, encontrou seus lábios. Steven colocou seus pés em torno do homem enquanto segurou a cabeça de Colton e beijou o homem com uma urgência quase animal. À medida que devoraram um ao outro, Steven sentiu algo circulando frio e úmido em torno de sua bunda. Os dedos de Colton. O homem estava lubrificando-o. Os dedos de Steven agarraram o cabelo de Colton quando o homem apertou a cabeça sem corte de seu pênis contra o corpo de Steven. —Respire— Colton sussurrou em sua boca. Steven balançou a cabeça assim que a cabeça do pênis de Colton passou no anel de músculo. Colton continuou a trabalhar o seu caminho, avançando lentamente, beijando Steven como se fosse a única coisa que importasse. Quando Colton finalmente chegou ao fundo, Steven estava com falta de ar. Seus corpos começaram a se mover em um ritmo que a dor de Steven se transformou em prazer. Ele agarrou-se a Colton quando o homem balançou dentro dele. —Como você pode não querer isso?— Steven gemeu as palavras. — É... é... Deus. Colton deu um rosnado baixo enquanto chupava o pescoço de Steven. Ele enfiou seu pau mais profundo. O homem não lhe respondeu e Steven não estava indo empurrá-lo. Claro que não. Ele estava muito ocupado caindo nos braços do homem. Colton agarrou Steven atrás dos joelhos e abriu mais suas pernas. Ele se afastou e seus olhos caíram para onde se juntaram. Steven engasgou. —Você sente isso? —É como...— Colton balançou a cabeça quando suor começou a se reunir sobre as sobrancelhas. —Eu estou na sua cabeça, dentro de você.


Steven nunca tinha sentido nada assim antes. A ponte entre suas mentes estava totalmente aberta. Absolutamente tudo foi exposto a ele. Ele viu Colton. Realmente o viu. E ele sabia que Colton podia vê-lo. Suas vidas, provações e tribulações, cada segredo escondido foi exposto de um ao outro. Ele não precisaria dizer a Colton o que ele passou. O homem podia vê-lo. Colton caiu e reuniu Steven em seus braços. —Nunca mais. Eles nunca mais vão fazer isso com você novamente. Não. Basta fazer amor comigo. Eu não quero que você veja a feiúra da minha vida. —Não importa para mim— disse Colton. —Nada disso foi culpa sua, bebê. Nada disso. Steven se contorcia debaixo do homem. Colton começou a bater nele, seu pau indo mais profundo. Apenas quando Steven pensou que não poderia lidar com isso por mais tempo, Colton mordeu seu ombro. Ele gritou, fitas de sêmen explodindo de seu pênis. Ele sentiu como se estivesse em espiral, caindo, caindo em um abismo. Colton empurrou mais algumas vezes, endureceu e depois rosnou em torno do ombro de Steven. O homem retirou os dentes, começou a lamber a ferida. Steven entrou em colapso, respirando com dificuldade. —Durma—. Colton acariciou o pescoço de Steven e foi exatamente isso que Steven fez.

Capítulo Nove Sparrow encostou em seu carro de patrulha de braços cruzados, ouvindo Colton contar-lhe sobre dois de seus peões. E aqui ele pensando que as coisas iriam se acalmar uma vez que esses canalhas do Trailer Lamont’s Heaven tivessem sido dissolvidos. Mas ter uma tranquila cidade nem sempre


era fácil. Sparrow sabia disso. Ia haver momentos em que ele e seus amigos, juntamente com seus vices teriam que lutar para manter o modo de vida ali em Bear County. Não era nada novo para ele. —E eles não têm se mostrado no trabalho desde então?— perguntou Sparrow. Colton balançou a cabeça enquanto estava dentro do carro de Sparrow. —Não. Mas meu instinto me diz que eles não deixaram a cidade. —Mas você não quer me dizer por que Steven tem um contrato com eles— afirmou Sparrow. —Eu prefiro não dizer— Colton respondeu. —Eu prometo a você que não é qualquer coisa que ele fez de errado, Sparrow. Ele não é um criminoso. Ele conhecia Colton por quase uma década. Sparrow havia se embebedado com o homem, vomitado com o homem e ido em inúmeras missões com Colton. Ele confiava em sua palavra. O cara era tranquilo na maioria das vezes, se guardava para si, mas Sparrow sabia do passado de Colton, assim como todos os outros homens de sua unidade. —Vou manter o meu olho neles com a patrulha. —Eu só estou dizendo a você sobre eles— Colton disse —porque se eles vierem atrás de Steven, não estou me segurando de volta. Sparrow assentiu. —Entendido. O que significava que se Leonardo ou Nate tentassem ferir Steven, Colton iria matá-los. Antes de Sparrow ter se acasalado com Josh e Clayton, ele teria avisado Colton para deixar a lei lidar com isso. Mas ele sabia que os shifters ursos viviam por seu próprio conjunto de regras. As coisas eram


bastante curtas e grossas para a sua espécie. Deixe a mim e aos meus... ou você vai sentir a minha ira. Sparrow tinha chegado a pensar da mesma maneira depois que Kane tinha nascido. Ele mataria qualquer um que tentasse machucar seu filho ou qualquer um de seus companheiros. —Dê-me a cortesia de uma chamada— disse Sparrow. Colton assentiu enquanto olhava para sua casa. Sparrow podia ver o cara olhando para o segundo andar da casa de estilo fazenda e sabia que a mente do rapaz estava com Steven. —Heath perguntou sobre seu primo. —O que você disse a ele?— perguntou Colton. —Eu não tenho certeza de que ele está ciente da situação de Steven. —Ele é da família— Sparrow apontou. —Você não acha que talvez tenha o direito de saber que seu primo está em perigo? Ele sabia que Heath tinha falado muito bem do seu primo e era preocupado com Steven. Sparrow tinha ouvido seu segundo em comando se gabar de Steven em mais de uma ocasião. Heath não era um shifter urso, mas estava ciente de que eles existiam. Sendo a aplicação da lei em uma cidade com shifters urso, era obrigado a saber. Sparrow tinha que dar crédito para Heath. O cara tinha se assustado com Sparrow quando descobriu. Mas, novamente, Sparrow tinha visto um homem dar à luz. Sparrow quase riu de si mesmo ao lembrar de como ele correu o mais rápido que podia do Rancho Triple-B. Graças a Deus Clayton tinha finalmente ido atrás dele ou ele jamais teria sabido como ter um belo relacionamento tanto com Josh quanto Clayton, ou o quanto ele amava ser pai. Colton balançou a cabeça. —Até que eu saiba que posso confiar nele, eu prefiro manter isso entre você e eu.


—E os homens no Rancho Grande Urso — Sparrow o lembrou. —A propósito, adoro o nome. Ouvi dizer que foi você que veio com ele. —Eu pensei que fosse astuto — Colton admitiu com um sorriso. —TRex e Rowdy pediram o sinal grande para colocar sobre a entrada da unidade.— Colton apontou para o final do caminho. —Eles queriam erigir um grande arco de aço por isso se sentir oficial quando as pessoas visitassem. Sparrow riu. —T-Rex não acredita em fazer as coisas de forma meia-boca. —Ele é um bom líder— disse Colton. —Eu confio nele para fazer as coisas direito neste rancho. —Eu não poderia estar mais de acordo— disse Sparrow. —Ele é um alfa entre os homens. Difícil, mas um bom homem. —Obrigado por ter vindo.— Colton bateu no ombro de Sparrow. — Não quis trazê-lo tão tarde. —Clayton está trabalhando até tarde no Ugly Broad. Entre você e eu, estou trabalhando nesta mudança apenas para que eu possa manter um olho nele.— Sparrow sorriu. —Mas não diga isso a ele. O homem fica intratável quando pensa que estou vigiando-o. —Não há nada de errado em proteger aqueles que você ama— disse Colton. —Eu preciso voltar para dentro, mas vou mantê-lo informado. Sparrow disse seu adeus antes de entrar em seu carro de patrulha e ir em direção ao Ugly Broad.


Steven não comia há dois dias. Ele não podia. Toda vez que colocava alguma coisa no estômago, a comida voltava. Era a pior sensação do mundo. E agora estava aqui assistindo Colton e alguns dos cowboys marcar a nova cabeça de gado que haviam sido entregues. Colton havia proibido Steven de fazer qualquer coisa que pudesse colocá-lo em perigo. Estar ocioso era perigoso. Steven não estava acostumado a ficar sem fazer nada. Ele precisava de algo para mantê-lo ocupado ou ia enlouquecer. Colton insistiu que ficasse perto para que pudesse ser sua âncora e cancelar o ruído na sua cabeça. Agora tudo o que podia fazer era ficar do outro lado e assistir os outros enquanto trabalham. Ele. Estava. Entediado. Fazia duas semanas desde o seu ataque e até agora ninguém tinha visto Leonardo ou Nate. Não que Steven quisesse vê-los. Mas seu instinto lhe disse os dois não tinham terminado com ele ainda. Ele também não confiava em seus pais. Lily e Harold Chesney não eram do tipo que desistiam. Seus cérebros eram muito analíticos. Eles derramaram uma quantidade substancial de dinheiro em suas pesquisas, onde Steven estava em causa. Eles não se preocupavam com o dinheiro, só a ciência. Eles queriam terminar seu projeto analisando a mente de Steven, tentando descobrir como ele podia fazer o que podia fazer. Eles podiam não ser responsáveis pela construção de sua mente, mas quando descobriram o que ele poderia fazer, eles aproveitaram a oportunidade para estudá-lo, tratá-lo como um rato de laboratório. Tiveram Steven confinado por quase toda a vida a um laboratório, passando por teste após teste. Enquanto a maioria das crianças brincavam com brinquedos, Steven estava jogando jogos para fortalecer sua maldição. Mas seus pais nunca lhe ensinaram a proteger sua mente das invasões. Eles não tinham interesse em Steven ser capaz de filtrar todos os ruídos. Eles só


queriam saber como ler a mente dos outros, ver a sua vida em imagens instantâneas. Ele podia estar entediado, mas, pelo menos, estava lá fora, nas grandes planícies abertas, e adorou cada segundo disso. As montanhas brancas cobertas eram de tirar o fôlego, o cheiro de tudo ao seu redor era acolhedor. Ele inclinou a cabeça para trás e apreciou a brisa fria de outono, sorrindo enquanto ela acariciava seu rosto. —Você parece excepcionalmente lindo assim. — Colton caminhou em sua direção enquanto retirava as luvas de trabalho. O cara estava empoeirado e havia suor ao longo de suas sobrancelhas, mas porra, se ele não parecia bom. —Só aproveitando o dia. —Eu pensei que você fosse enlouquecer. Steven começou a dizer que ele estava enlouquecendo. Isso foi até que viu a hesitação nos olhos escuros de Colton. O homem estava preocupado com ele, mas também estava preocupado que Steven iria se ressentir em ficar parado. —Conseguiu comer hoje? —Você deve estar se perguntando se eu fui capaz de manter qualquer coisa no meu estomago— disse Steven enquanto descansava o pé no degrau inferior da cerca de madeira. —E a resposta seria não. O médico tinha vindo alguns dias antes e declarou que Steven estava grávido. Steven ainda estava absorvendo aquele pedaço de informação. A notícia não iria afundar até que visse a prova real de seu inchaço no estômago. Mas, entretanto, a náusea o estava deixando louco. A mão de Colton segurou o rosto de Steven. —O doutor disse que salgadinhos ajudariam. —Eu já passei por eles. Nada está ajudando.


—A mãe de Harland disse que tem uma receita para a náusea. Renee vai trazê-la mais tarde— disse Colton. —Você precisa descansar? Steven riu. Ele poderia estar exasperado sobre sua dieta, mas desde que Colton tinha dito que Steven estava carregando o filho do homem, o cara estava sendo como uma mãe galinha. Era tanto cativante quanto irritante. Mas Steven nunca reclamou. Ele gostava de ter alguém se tanto preocupando com ele. —O que eu preciso é de algo para fazer. Colton assentiu antes dele gritar por cima do ombro —Eu vou estar de volta, Rowdy. O capataz acenou para Colton há distância. Colton pulou a cerca de madeira e caiu a seus pés, do outro lado. Ele balançou um braço em volta dos ombros de Steven antes de conduzi-lo para o calor da casa. —Eu poderia ter o trabalho perfeito para você. —E quanto aos outros?— perguntou Steven. —Você não pode ficar dentro de casa o dia todo. —Todo mundo está plenamente consciente de manter cinquenta metros de distância de você se eu não estou por perto. Eles sabem que você não pode ser tocado. Steven deu um suspiro irritado. —Eles devem me odiar por ter que tomar essas precauções. —Nah— disse Colton. —Eles gostam de você. Além disso, você é um de nós agora e nós cuidamos dos nossos. Eles vão fazer o que tiverem que fazer, a fim de certificar-se de que você não está sentindo dor. Independentemente do que Colton disse, Steven sabia que os homens deviam guardar algum tipo de ressentimento.


—Ei, T-Rex — Colton disse enquanto caminhava com Steven para o escritório no andar de baixo. —Você ainda está procurando alguém para assumir os registros do inventário? —Trabalho de escritório?— perguntou Steven. —Não há nada de errado com o trabalho de escritório— Colton respondeu enquanto beijava Steven na cabeça. —Isso precisa ser feito e T-Rex tem muito mais coisas para fazer. Tenho certeza que ele vai apreciar um pouco da carga da sendo tirada dele. T-Rex se recostou na cadeira e acenou com a cabeça. —Isso

eu

faria.

Executar

dois

negócios

distintos

torna-se

desgastante. Alguma vez você já trabalhou com registros antes? Steven balançou a cabeça. —Não é tão difícil — T-Rex respondeu. Colton se sentou em uma cadeira confortável em um canto e se esticou. —Acorde-me quando estiver pronto. Steven sabia que Colton tinha que ficar se T-Rex estava indo mostrar-lhe os documentos. O chefe deslizou sua cadeira para o lado e, em seguida, apontou para outra na parede. —Puxe uma cadeira e eu vou lhe mostrar o que precisa ser feito. Steven passou o resto da tarde com T-Rex. O homem era muito cuidadoso para não tocar em Steven quando lhe mostrava o seu sistema de gestão do inventário. Para seu alívio, Steven pegou rapidamente e estava navegando através do programa com facilidade no final do dia. —Eu vou ter um escritório montado ao lado — T-Rex disse quando se esticou. —Os homens vão reforçar as paredes para ajudá-lo. Steven olhou para a forma adormecida de Colton antes de perguntar —Por que não está com raiva de mim?


—Pelo quê? —Por colocar você e os outros através de todo este problema.— Ele não estava acostumado a ninguém ser tão amável. Não assim. T-Rex e os outros estavam saindo de seu caminho para ajudá-lo e Steven não estava acostumado com tal consideração. Seus pais e os outros cientistas que trabalhavam no laboratório nunca tinham apresentado qualquer bondade ou compreensão. Quando Steven não realizava as expectativas de seus pais, eles o deixaram com seus próprios dispositivos o resto do dia, até mesmo lhe dando caretas de desaprovação. Os outros homens que trabalhavam no laboratório tornaram-se sarcásticos com Steven, dizendo coisas ofensivas e chamando-o de nomes feios. Mas ali, naquele rancho, Steven encontrou os outros sendo mais do que atenciosos. Nem mesmo as outras fazendas que ele tinha trabalhado toleraram suas enxaquecas e crises de náuseas da investida dos pensamentos dos outros. Ele havia sido demitido de pelo menos três fazendas nos últimos dois anos. Ele ficou esperando uma vez que T-Rex desligava o computador. Steven foi até Colton e olhou para o cara por um momento, seu coração inchou no conhecimento que tinha se apaixonado profundamente pelo urso. Ele tinha muito

medo

de

dizer

as

palavras

em

voz

alta.

Apesar

de

estarem

constantemente na mente um do outro e ele sabia que Colton se importava profundamente com ele, Steven nunca tinha contado a ninguém que ele amava e tinha medo da rejeição. Era mais do que provável ser um medo infundado, mas Steven hesitou cada vez que tentava pronunciar essas três palavras. —Ei, é hora de acordar, dorminhoco.— Steven deu um tapinha na perna de Colton quando T-Rex saiu do escritório e fechou a porta atrás de si.


—Já estou acordado há algum tempo— disse Colton, embora seus olhos ainda estivessem fechados, seu rosto ainda sonolento sereno. —Então por que você não disse nada? Sem abrir os olhos, Colton estendeu a mão e agarrou Steven, puxando-o para baixo no seu colo. Steven se enrolou no abraço de Colton, pressionando seu rosto no peito quente e forte do cara. —Porque eu estava curtindo o som da sua voz. Havia momentos em que Steven não tinha ideia de como responder. Este era um deles. Ele não tinha ideia de que Colton estava acordado e ouvindo. Mas o que o deixou confuso foi à honestidade que ouviu na voz do cara. O homem realmente gostava de ouvir Steven falar com T-Rex sobre algo tão mundano como ordens de trabalho. —Não importa o que você estava dizendo— disse Colton quando finalmente abriu os olhos. Eles perfuravam Steven e ele achou difícil respirar. —Contanto que eu saiba que você está na mesma sala, eu estou contente.— Colton correu os dedos sobre o queixo de Steven. —E quanto a você ter medo de me dizer que você me ama, eu posso esperar. Steven fechou os olhos. Ele não tinha certeza do que tinha feito para merecer tal homem, mas seria sempre grato por Colton. Seu companheiro apertou a mão no estômago ainda plano de Steven e deu um beijo em sua testa. A mudança foi simples, mas Steven regozijava-se no fascínio da ternura de Colton.

Capítulo Dez Steven não tinha certeza de nada. Ele tinha um trabalho a fazer, a papelada em vez de trabalhar no rancho. Para ser honesto, ele gostava de trabalhar ao ar livre. A sensação do sol em sua pele, o suor lhe dizendo que


estava trabalhando duro. Até mesmo gostava da brisa ocasional que explodia em sua pele aquecida. Alguns podiam ser felizes não tendo que fazer o trabalho duro. Steven não era um deles. Ele gostava do que fazia e sentado lá dentro

era

um

pouco

chato.

Sua

parte

inferior

das

costas

estava

constantemente dolorida por estar na cadeira por tantas horas. Ele não tinha certeza do que seus pais estavam fazendo. Não tinha certeza do que Nate e Leonardo tinham planejado. Steven não tinha certeza sobre essa coisa toda de gravidez. Era muito estranho até para se por em palavras. Sabia que a criança estava crescendo dentro dele. O médico confirmou isso um mês e meio atrás. E mesmo que seu estômago estivesse ficando mais redondo e redondo, ainda não estava acreditando. O assoalho rangeu fora do escritório e Steven olhou para cima para ver de pé Rowdy na porta. Ele não tinha interagido com o capataz desde o início deste trabalho de escritório. Steven esperou a dor em sua cabeça, mas nada veio. No início, ele pensou que Colton devia estar por perto, mas sabia que seu companheiro estava aprendendo os papeis para a venda do gado no leilão. Colton não estaria de volta por horas. Então, por que não estava com dor? —Você não deveria estar aqui— disse Steven. Ele tirou as mãos do teclado e enrolou-os em seu colo, ainda à espera de algum tipo de reação por alguém estar tão perto. Rowdy inclinou a cabeça para o lado e acenou para ele, como se soubesse que não deveria estar lá. —Posso te ajudar. Steven não sabia do que o homem estava falando. —O que você quer dizer? Rowdy olhou para ele, seu rosto perfeitamente imóvel. —Eu conheci pessoas como você.


Steven trabalhou em não mostrar sua surpresa. Sentou-se ali rigidamente enquanto avaliava o capataz. Era algum tipo de truque? Estava Rowdy prestes a dizer-lhe que trabalhava para os seus pais e ele estava ali para sequestrá-lo? O ar em torno deles estava muito calado, muito imóvel. Steven se mexeu na cadeira desconfortável, enquanto esperava Rowdy para explicar o que ele quis dizer. —Nunca lhe foi ensinado a bloquear— Rowdy disse como se entendesse a situação de Steven. Parecia que ele entedia. Embora Colton houvesse dito aos homens da casa o que estava acontecendo, Steven sabia que seu companheiro não tinha dito nada para os trabalhadores ou o capataz. Então, como Rowdy sabia? Ele não estava recebendo um bom pressentimento sobre isso. Rowdy moveu-se para o escritório de Steven e fechou a porta atrás de si. Steven sentiu como se o homem tivesse apenas selando seu túmulo. O ar ficou ainda mais silencioso se isso fosse mesmo possível. A mão de Steven cobriu automaticamente sua barriga quando ficou tenso. Colton, Shott, e Legend estavam fora por causa dos leilões. T-Rex e Sam tinha ido para a cidade. Stripper era o único em casa e Steven sabia que o cara estava na sala de comunicação, fazendo qualquer coisa que fazia quando a porta estava fechada. Steven não tinha ideia de onde Gabe e Taylor estavam e sabia que não seriam de grande ajuda para ele. Era apenas Steven e Rowdy. Se ele tivesse que lutar, perderia. Rowdy não era grosso com os músculos, mas Steven tinha visto o homem trabalhar no rancho. Ele não era um peso leve. E Steven estava grávido. Isso o colocava em desvantagem. Uma imagem veio na cabeça de Steven e ele agarrou suas têmporas. Seu pulso acelerou e sua respiração tornou-se difícil. A dor era leve, mas o suficiente para fazê-lo desejar que Rowdy o deixasse.


—Pare com isso. —Isso foi apenas uma pequena projeção— Rowdy afirmou. —E você poderia bloqueá-lo. Steven balançou a cabeça enquanto respirava através de sua boca, a dor diminuindo lentamente. —Por que está fazendo isso comigo? Rowdy deu um passo mais perto. —Você já assistiu alguém que você ama morrer em seus braços?— perguntou. Steven não tinha certeza de onde Rowdy estava indo com sua pergunta. Ele não tinha certeza do que Rowdy queria ali. Ele não gostava disso. O homem estava o assustando. Mas ele estava preso em seu escritório com o capataz e tinha que encontrar uma maneira de sair dali. —Seu cérebro é um músculo grande — Rowdy continuou, embora Steven não tivesse respondido à primeira pergunta. —Dobre-o e você ficaria surpreso com o que você pode fazer. Steven odiava admitir isso em voz alta, mas tinha que dizer a Rowdy. —Você está me assustando. —Você deveria estar com medo.— O rosto de Rowdy estava duro como pedra. Steven sentiu uma gota de suor ao longo de seu lábio superior. O capataz ficou parado ao lado da porta do escritório, as sombras do escritório jogando em suas feições esculpidas. —Você deveria estar aterrorizado com o que os outros poderiam fazer para você. —Outros, ou você?— perguntou Steven. —Com todos — Rowdy respondeu. —As portas em sua mente estão abertas. Você não tem ideia de como fechá-las contra a menor intrusão e muito menos um ataque.


Steven parou quando ouviu a dor com o tom de Rowdy. O cara estava falando como se soubesse o que Steven estava passando, o quanto sofria quando Colton não estava por perto. —Quem? Rowdy sacudiu a cabeça. —O quê? —Quem você conhecia que poderia fazer o que eu faço?— Steven estava sendo vago e sabia disso. Ele queria respostas, mas não queria chatear Rowdy. Não quando eram apenas os dois trancados no escritório. O capataz não lhe respondeu, mas Steven podia ver o olhar distante nos olhos do homem. Tinha sido alguém próximo. Rowdy sentia uma profunda tristeza de quem quer que fosse. —Vou invadir. Você bate a porta. — Rowdy empurrou outro pensamento na mente de Steven, como um mágico com uma varinha. Foi lá sem se importar se Steven queria ou não. Ele podia ver, um homem de olhos verdes, de pele clara tão bonito, com um sorriso para iluminar a noite. Ele podia sentir o amor que Rowdy tinha pelo cara. —Bata a porta. Steven balançou a cabeça —Como? O pensamento foi mais profundo e o homem bonito estava de joelhos, balançando para frente e para trás enquanto o sangue escorria pelo seu nariz. Suas feições estavam distorcidas em agonia enquanto gritava de dor. Steven bateu as palmas das mãos sobre os lados de seu rosto. —Pare com isso! —Bata a porra da porta.— O tom de Rowdy era impiedoso. Steven viu as lágrimas derramadas nos olhos do homem, a dor e a raiva gravadas em sua expressão. —Mentalmente, estenda a mão e feche a porta.


Bile subiu da garganta de Steven quando o homem bonito em sua mente rolou para o lado, gritando. Outros estavam no quarto com ele. Eles estavam torturando o homem. Pegaram o cara, sabendo que eles estavam o machucando. Steven não queria ver esses pensamentos. Ele não queria ver o cara sofrer por mais tempo. Steven começou a ofegar enquanto o suor escorria pelo seu rosto. Uma porta apareceu em sua mente, que ele nunca tinha visto antes. Steven investiu contra ela, segurando as bordas e rangendo os dentes enquanto lentamente forçou-a fechar. As imagens desapareceram. Rowdy balançou a cabeça, como se aprovasse o que tinha acontecido. —A prática vai fazer você mais forte. —Seu desgraçado— Steven rosnou quando caiu contra a mesa, descansando o rosto na madeira dura. —Vou confessar que sou. Mas você vai me agradecer quando poder ficar em um quarto sem Colton e controlar os pensamentos que você tiver. Steven

esfregou

as

têmporas,

sentindo-se

como

se

tivesse

trabalhado oito horas seguidas. Ele estava um pouco exausto pelo feito. —Prepare-se. Antes de Steven entender o que Rowdy estava falando, outras imagens bombardearam nele. Ele agarrou os braços da cadeira e lutou para fechar as portas, para empurrar Rowdy fora de sua mente. Ele quase desmaiou, desta vez com o esforço. —Nós vamos continuar a praticar, diariamente— disse Rowdy. —Você tem inimigos à sua porta e você precisa aprender a mantê-los fora. Steven mal conseguia formar as palavras, enquanto tentava acalmar sua respiração. —Por que você está fazendo isso?


Rowdy sacudiu a cabeça, mas Steven podia ver a resposta formando na mente do homem. Ele tinha estado no quarto com aquele homem bonito, incapaz de ajudar, gritando para o cara usar seus bloqueios. Mas o homem não tinha. Rowdy estava atormentado com a culpa. Steven podia vê-lo. —Para lhe dar uma chance de que eu deveria ter dado...— Rowdy olhou para ele, completamente sem saber que seu coração estava desnudado em seus olhos cinza escuro. O cara virou as costas e saiu, deixando Steven sentado lá e se perguntando o que diabos o capataz tinha passado. Segundos depois, Stripper apareceu na porta. —Você está bem? Steven usou o truque que Rowdy tinha acabado de lhe mostrar. Não foi fácil e ele ainda estava cansado do exercício que o capataz tinha acabado fazer, mas ele conseguiu manter os pensamentos de Stripper na baía. —Eu senti algo... estranho— disse o homem. Steven não tinha ideia do que Stripper tinha sentido. Ele não tinha certeza do que sentia no momento. Ele acenou com a cabeça. —Eu estou bem. Stripper deu um passo para trás, como se de repente se lembrando que não devia estar perto de Steven. —Eu vou estar na frente se precisar de mim. Num piscar de olhos, o homem foi embora. Steven ficou lá por um momento mais longo, tentando imaginar a mente cheia de portas, e não podia. Podia parecer fácil, mas para colocá-lo em prática era bastante difícil. Só de pensar em uma porta não era bom o suficiente. Ele teve que se tornar em um objeto sólido em sua mente, Steven não conseguiu reunir forças para conjurar um. Um cobertor quente começou a se envolver em torno dele. Ele olhou ao redor do escritório antes de ouvir um murmúrio em sua mente. Colton. De


alguma forma, seu companheiro sabia que Steven estava se sentindo quebrado e estava enviando pensamentos quentes. Steven ficou sentado em silêncio, perplexo com a forma como Colton poderia sentir algo assim de tão longe, intrigado com a forma como Colton poderia fazer isso em tudo. Mas, novamente, Colton era um mistério para ele. Steven não tinha ideia de como seu companheiro poderia silenciar as coisas ao seu redor. Ele não sabia como Colton poderia fazer metade das coisas que fazia. O cara podia tocá-lo e Steven não sentia nenhuma dor. E agora, seu companheiro estava projetando bons pensamentos e Steven podia senti-los. Steven odiava sentir-se confuso e incerto, mas trancou as imagens de Colton e a fadiga lentamente foi drenada de seu corpo. Sorriu, quase rindo de como sua vida era bizarro. Ele era um homem que estava grávido, podia ler os pensamentos dos outros, ver em suas almas. Nada disso seria possível. No entanto, aqui estava ele, a prova viva de que mesmo a Mãe Natureza sabia como foder as coisas. E a melhor parte dessa situação de merda era que seus pais tinham tentado explorar e valorizar o que ele poderia fazer. Sim, sua vida era uma verdadeira joia. Steven esfregou os olhos com as palmas das suas mãos. Ele precisava se deitar. Nunca tinha cochilado de tarde antes, mas uma breve soneca soava muito boa agora mesmo. Afastando-se de sua mesa, ele aventurou-se no corredor. Mal Steven fechou a porta de seu escritório quando dobrou de dor. Mas não era a cabeça que estava doendo. Algo estava errado com o bebê.


Colton estava conversando com Legend, quando sentiu uma forte dor perfurar seu lado. Ele cambaleou para o lado e agarrou a parede enquanto sua respiração tornou-se superficial. —O que há de errado?— perguntou Legend, a preocupação em seus olhos. Colton tentou livrar-se do sentimento. Ele balançou a cabeça, seus olhos lacrimejando de dor. —Eu não tenho certeza. Um sentimento avassalador o afetou bastante, a necessidade de ir para casa, chegar até Steven. Felizmente, ele estava apenas trinta minutos da casa. Ele olhou para Legend. —Eu tenho que ir. Legend não fez mais nenhuma pergunta. Ele apenas acenou com a cabeça quando Colton decolou....

Capítulo Onze A dor tomou conta de Steven em ondas de agonia enquanto balançava para frente e para trás em suas mãos e joelhos. Ele não conseguiu passar a porta de seu escritório. Ele não podia. O que estava acontecendo com ele o fez cair no chão. Steven tentou gritar para Stripper, mas sua voz ficou presa na garganta. Ele não conseguia puxar ar suficiente. Dores agudas começaram nas


costas e se enrolava ao redor de seu umbigo. Steven poderia sentir algo pesado pressionando contra seu abdômen e estava apavorado que algo estivesse errado com o bebê. —Steven?— Taylor moveu-se rapidamente para o corredor antes de cair ao lado dele. —Diga-me o que está errado. Steven gritou. Ele não conseguia lidar com a dor em seu estômago e bloquear Taylor para fora ao mesmo tempo. O truque que Rowdy lhe mostrara, caiu no esquecimento. Imagens começaram a bombardeá-lo. Ele podia ver Taylor amarrado a uma cruz conforme era violentamente espancado. Havia um urso. Havia sangue. Havia a tortura avassaladora de querer morrer. Steven não poderia lidar com tudo isso. Ele ouviu passos pesados e apareceu então Rowdy, Stripper ao lado dele. —O que diabos está acontecendo?— Rowdy latiu. Taylor negou com a cabeça. —Eu encontrei-o no chão como esta. Steven lambeu os lábios secos enquanto ele ofegava. —O bebê. —Eu vou chamar o médico — Stripper disse quando saiu correndo. —É muito cedo— disse Taylor e Steven podia ouvir o pânico no tom do homem. Ele sabia como o cara se sentia. O mesmo pensamento passou por sua cabeça. Colton lhe havia dito que a gravidez deveria durar três meses. Tinha sido apenas um mês e meio. A dor tinha Steven tentando rastejar pelo chão, para escapar. A proximidade de Rowdy e Taylor estava fazendo à mente de Steven se quebrar. Ele caiu de costas quando um grito estridente se arrastou para fora dele. Rowdy colocou os dedos na testa de Steven.


—Eu sei que parece que não pode ser feito. Mas você tem que tentar nos bloquear. —O homem falou baixinho e suavemente, mas isso não ajudou. Ele estava pedindo o impossível. Mesmo quando não estava em dor, isso tinha sido um feito difícil. Agora não tinha jeito. Ele precisava de Colton. —Colton.— Steven mal sussurrou o nome de seu companheiro. Taylor assentiu. —Vou ligar para ele. Rowdy se movimentou até que estava olhando nos olhos de Steven. —Concentre-se em mim. Encontre a porta. Use-a. O corpo de Steven sacudiu violentamente com o contato. Ele queria que as mãos fossem tiradas de cima dele. Ele queria que a dor parasse. Ele queria seu companheiro. Steven apertou seu estômago e rolou para o lado, respirando pela próxima rodada de pura dor. Isso era pior do que qualquer coisa que já tinha experimentado antes. E isso era dizer muito. Era como se uma faca estivesse cortando a pele de sua espinha até o abdômen. Ele não tinha certeza de quanto tempo estava ali. O tempo de dor causava um borrão. Trabalho de parto deveria ser usado como uma forma de tortura. Seria muito eficaz, Steven estava pronto para derramar o feijão sobre tudo o que sabia. Inferno, estava disposto a contar segredos que ele nem sabia apenas para parar a agonia. —Eu quero Colton — Steven gritou. —Onde está Colton? —Ele está vindo— disse Taylor quando passou a mão pelo cabelo de Steven. —Apenas agüente até lá. —N-não me toque— Steven implorou. —Isso dói. Taylor pegou a mão dele. —Eu sinto muito, Steven. Eu esqueci.


Stripper, Rowdy e Taylor se ajoelharam perto dele e tudo parecia perdido. Steven se sentiu como um espetáculo. Ele não gostava de ser o centro das atenções. Ele gemeu quando Gabe veio correndo pelo corredor. —O médico está aqui! —Eu quero Colton — Steven repetiu enquanto balançava. Ele agarrou seu estômago apertado e sentiu as lágrimas picando os olhos. Ele não precisava de mais pessoas para fazê-lo sentir-se pior. Ele precisava da tranquilidade de Colton. Steven precisava parar de ouvir os pensamentos de todos e sentir suas emoções. —Leve-o para a cama— disse o médico, quando apareceu ao lado de Steven. —Não— Steven gritou. —Não me toque. —Eu não posso examiná-lo no chão— o médico argumentou. —Eu sinto muito, Steven, mas não temos escolha. Steven se preparou pelo ataque de dor. Mas, em vez de ser mergulhado mais profundamente na agonia, calma caiu sobre ele. Ele sentiu o ar ao seu redor agitar quando ficou mais frio, reconfortante. —Saia de perto dele.— A profunda voz de barítono de Colton ressoou nas paredes. Lágrimas derramaram dos olhos de Steven quando Colton pegou-o e segurou-o nos braços fortes. —Diga-me o que há de errado, querido. —O bebê— Steven choramingou. Seus braços ainda estavam em volta do seu estômago quando Colton o levou para seu quarto. Ele pensou em como Colton havia implorado por uma família, como seu companheiro tinha estado ansioso para o nascimento de seu filho. Os temores de Steven o dominaram e ele estava com medo de que alguma coisa fosse dar errado e que iria perder o bebê.


—Se alguma coisa está errada... — Colton beijou a testa de Steven — sempre podemos tentar novamente. Contanto que eu não o perca. —Vamos ver sobre salvar os dois— disse o médico. —Nós não devemos ficar à frente de nós mesmos até que saibamos o que está acontecendo. Mas Steven podia sentir a mágoa dentro de Colton. O homem já estava devastado e não tinham encontrado o que estava procurando. Steven se enrolou para o lado, enquanto esperava, sentindo-se como se ele deixasse Colton para baixo. Seu companheiro era a única pessoa que Steven queria fazer feliz. Ele daria qualquer coisa para ver o homem sorrindo e ouvir sua risada. A parte de Steven estava desmoronando quando o médico entrou no quarto e começou a examiná-lo. Colton foi o único a ficar para trás. Ele segurou a mão de Steven, dando-lhe um aperto encorajador. O médico balançou a cabeça, sua expressão cheia de perplexidade. —Você está em trabalho de parto — disse ele. —Mas eu vou ver se consigo pará-lo. —É muito cedo.— Steven disse o óbvio. —E se você não pode parar o trabalho de parto? —Então, nós lidaremos com isso — respondeu o médico. Ele fez isso soar tão simples, mas Steven sabia que não era. Uma mulher tendo uma criança era bastante complicado. Um homem? Isso não ia acabar bem. Steven esmagou a mão de Colton em sua quando a dor começou de novo. Ele tentou respirar através dela, mas não havia tanta coisa que a respiração dele poderia fazer. Isso não estava funcionando. Se qualquer coisa, as contrações foram ficando mais fortes.


—O que ele disse?— Renee perguntou quando entrou pela porta da frente, a bolsa apertada contra o peito. —Como está Steven? Sam tinha acabado de sair da cozinha. Ele tinha cozinhado o suficiente para alimentar um exército inteiro. Mas isso era o que Sam fazia quando estava preocupado. Ele jogou a toalha de chá por cima do ombro enquanto ele encolheu os ombros. —Nenhuma palavra ainda. —O que vai acontecer se o bebê nasce cedo?— Perguntou Taylor do sofá. —Eu não sei nada sobre o parto, mas no mundo humano, ter um bebê cedo nunca é uma coisa boa. —Não é no nosso mundo também— disse Renee enquanto colocava a bolsa de lado. Sam poderia dizer que queria ir lá para cima, mas o médico tinha ordenado a todos para ficarem de fora. Ela começou a andar antes de agarrar Sofia dos braços de Gabe e caminhou em direção à cozinha. Sam seguindo a mulher. —Eu não conheço Steven muito bem— disse enquanto colocava Sofia em sua cadeira. —Mas isso tem que ser devastador para ele e Colton. Sam arrancou um pedaço de frango em pequenos pedaços de tamanho da mordida e as colocou em um prato. Ele colocou o prato sobre a mesa para Sofia, mas sabia que ela não ia comer. Ninguém tinha muito apetite. Nem mesmo Stripper estava tentando pegar toda a comida. Todo mundo estava sombrio, enquanto esperavam por qualquer tipo de notícia. Fazia horas que o médico tinha chegado.


Ambos olharam para cima quando ouviram passos descendo a escada de trás. Colton apareceu abatido enquanto descia as escadas. Ele parecia ter ganhado 10 anos em sua aparência. O homem sentou-se à mesa e, em seguida, esfregou as mãos sobre o rosto. —Como está Steven?— Perguntou Renee. Sam podia ouvir a hesitação em sua voz. Nenhum deles queria ouvir más notícias. Mas todos eles estariam lá se Colton ou Steven precisassem deles. A cadeira rangeu quando Colton mudou seu peso. Ele olhou para os dois e depois balançou a cabeça. —O médico conseguiu parar o trabalho. Steven está em repouso até que ele dê à luz. Mas o repouso na cama não é uma garantia de que isso não vá acontecer novamente. Renee foi até Colton e colocou o braço em volta de seu ombro largo, dando-lhe um aperto. —Como está o bebê? —O médico disse que o bebê está bem— Colton respondeu. Sam ainda tinha que mudar sua mente sobre ter filhos. Isso só solidificou sua determinação de que ele e Taylor iriam esperar. Ele não podia imaginar o que Colton estava passando e não desejaria isso para Taylor. Ele não desejaria isso para Steven. —O médico quer mudar Steven para uma instituição privada, onde pode monitorar tanto Steven como a criança— disse Colton. —O que significa que você vai ter que ir com ele— disse Sam. — Você sabe que Steven não pode estar em torno de todas as pessoas sem você lá. Colton assentiu. Renee franziu a testa. —Perdi alguma coisa?


—Nada— respondeu Sam. Não era o lugar de Sam para contar a ela sobre o dom de Steven. Embora confiasse nela implicitamente, quanto menos pessoas soubessem, melhor. Pelo que Shott lhe tinha dito, os pais de Steven estavam dispostos a pagar uma recompensa grande para levá-lo de volta. Percy Whitmore tinha conseguido hackear os arquivos da corporação e apagar tudo sobre Steven, mas ninguém era tolo o suficiente para acreditar que iriam manter Steven seguro. Só porque os registros tinham ido embora não significava que os pais de Steven não tentariam obter o seu projeto de volta. Sam pegou Sofia da cadeira e levou Renee da cozinha. O resto dos homens estavam sentados na sala de estar, enquanto esperavam. Sam repassou a notícia. —Isso é uma coisa boa, certo?— Perguntou Taylor. Sam entregou Sofia para Legend. —Para o próximo mês Steven e Colton vão estar longe. —Eu não gosto disso— disse o T-Rex. —Por que não podemos monitorar Steven aqui, onde podemos ficar de olho nele? Sam deu de ombros. —Nós não temos o equipamento que Steven precisa. Esse é o meu palpite. —Eu estou indo lá em cima e ver como está todo mundo— disse Renee. Ela apareceu apressada quando ela subiu as escadas. Sam a viu ir antes dele se virar para todos. —Colton está também pessoalmente envolvido nisso. Acho que devemos criar uma rotação para manter um olho sobre os dois. Com os pais de Steven tramando sobre ele, não podemos correr nenhum risco. —Sam olhou para o teto e sabia que o seu trabalho de manter Steven seguro tinha acabado de se tornar mais complicado.


—Eu fico com o primeiro turno — Stripper ofereceu. —Quando é que ele deve ser transferido? Sam balançou a cabeça. —Colton não disse. Mas eu diria que será em breve. Mal Sam terminou de falar o médico desceu os degraus. Ele tinha sua maleta de médico segura na mão e parecia cansado. —Onde está Colton? Colton apareceu da cozinha. O médico virou-se para ele. —Eu liguei para o transporte. Steven está estável o suficiente para ser movido. —Vou reunir algumas de suas coisas — Colton respondeu. O homem parecia aliviado por ter algo para fazer. Sam sentia pelo rapaz. Ele sabia sobre o passado de Colton e quanto o homem queria uma família. Se estivesse em seu poder, Sam iria garantir que Steven e o bebê ficariam bem. Ele odiava ver Colton assim. O cara era normalmente forte e auto-confiante, mas agora parecia que poderia desmoronar a qualquer momento. Embora Colton estivesse colocando uma expressão corajosa, Sam sabia que a situação tinha de estar rasgando-o por dentro. —Eu vou pegar minhas coisas— disse Stripper. —Eu vou levar uma arma e meu fone de ouvido. O médico franziu o cenho. —Eu não estava ciente de que Steven precisava de uma comitiva. Stripper fez uma pausa enquanto olhava entre T-Rex e o médico. Sam olhou para o médico também. —Você sabe sobre sua condição — Sam respondeu. —Colton tem que estar lá com ele. O médico acenou para Stripper. —Estou plenamente consciente da situação de Steven. Mas por que ele precisa de um guarda-costas?


Todos se viraram em direção a T-Rex. O médico não tinha uma pista sobre os pais de Steven, e eles queriam mantê-lo assim. Sem perder o ritmo, T-Rex respondeu —Colton não está pensando direito. Eu quero alguém ali que pode nos avisar do que está acontecendo. O médico balançou a cabeça. —Eu posso dar-lhe relatórios diários. Eu não sei como o meu pessoal vai se sentir em ter alguém lá com uma arma. Stripper piscou para o homem. —Confie em mim, ninguém vai saber que eu tenho uma arma. O médico parecia querer discutir mais, mas deixou o assunto. Foi uma coisa boa, também. Ele não ia ganhar esse argumento. Dentro de uma hora, uma ambulância privada chegou até a casa e Steven foi trazido para baixo. Todos os homens lhe desejaram melhoras antes dele ser colocado na parte de trás da ambulância. Sam viu quando os quatro homens partiram. Ele não sabia por que, mas estava tendo uma sensação má sobre tudo isso. Quando se virou em direção a T-Rex, Sam podia ver que o homem usava a mesma expressão. Desconfiança. Mal-estar. Sam estava indo tomar o segundo turno. Nate e Leonardo ainda não tinham aparecido, e tendo Steven longe da proteção de sua casa não se parecia bem para Sam em tudo.

Capítulo Doze Colton esfregou a testa enquanto caminhava pelo longo e estéril corredor. Estava na clínica há semanas. Era grato que seus amigos se dividiram em turnos e ajudavam a manter um olho em Steven. A maioria da


atenção de Colton estava em seu companheiro e não era tão vigilante como deveria ser quando se tratava de seus arredores. Ao longo das últimas semanas, se apaixonou profundamente por Steven. O homem era um lutador. Mas também tinha visto o lado frágil de Steven. Não importava o quão duro tentasse convencer seu companheiro de que isso não era culpa dele, Steven parecia convencido de que tinha deixado Colton na mão. Ao passar pela recepcionista, notou algumas caras novas. Prestou apenas metade da atenção enquanto caminhava de volta para o quarto de Steven. Tinha que descobrir uma maneira de aliviar a mente perturbada de seu companheiro. Havia prometido ao homem uma vida feliz se Steven lhe desse um filho, e não tinha cumprido a sua promessa ainda. Sorriu quando entrou no quarto. Sempre sorria quando colocava os olhos em seu companheiro. Steven estava sentado na cama, tinha puxado a mesa para perto e seu jogo de cartas estava lá, esperando por Colton retomar. —Você não espiou as cartas enquanto eu estava fora, não é? — Ele perguntou quando se sentou. O sorriso atravessado de Steven disse que tinha. —Nunca faria uma coisa dessas, Sr. Tselner. Colton olhou para os cristalinos olhos azuis de Steven e se perguntou como diabos teve tanta sorte. O homem ainda estava tão lindo como sempre, especialmente desde que tinha inchado plenamente com o filho de Colton. Não tinham tido sexo desde que Steven entrou em trabalho de parto prematuro e, para ser honesto, olhando para seu belo companheiro, Colton não queria nada mais do que fazer amor, lenta e apaixonadamente, com o homem. Estava ficando duro enquanto estava lá.


Steven notou. Suas bochechas inflamaram quando se mexeu na cama. —Ter esses pensamentos impertinentes só vai lhe trazer problemas. Colton riu quando se sentou. Embora estivesse desenvolvendo bolas azuis, poderia esperar. A saúde de Steven era mais importante. Além disso, ele e sua mão se tornaram amigos íntimos ao longo das últimas semanas. Mas isso não o impediu de beber avidamente de seu companheiro. Steven empurrou a mesa de lado e entortou seu dedo. Colton não precisava ser chamado duas vezes. Foi para a cama estreita e se inclinou para frente, tomando os lábios de Steven num beijo sedutor. —Não aguento mais isso. — Disse Steven enquanto ofegava. — Preciso de ajuda. Colton olhou para a porta quando deslizou a mão sob os lençóis. Steven estava duro como rocha. Passou os dedos ao redor do pênis de seu companheiro e sentiu o pulsar da carne aquecida na mão. —Sabe que eu não deveria estar fazendo isso por você. Steven gemeu quando jogou a cabeça para o lado. —Um orgasmo não vai doer. Prometo. Colton

tinha

dificuldade

em

dizer

não

a

seu

companheiro.

Especialmente quando Steven estava de tirar o fôlego. Lambeu ao longo do queixo de Steven, sentindo a barba de um dia na pele do homem, enquanto bombeava sua mão. Steven segurou os seus ombros e choramingou. Era um som que Colton amava. —Rápido. — Steven implorou ofegante. — Posso lhe prometer que isso não vai demorar muito. Colton deu uma risada suave. —Tenho certeza que não vai.


Acariciou seu companheiro, beijando Steven junto ao pescoço, os dedos brincando com o pré-sêmen vazando da cabeça do pênis do homem e usando-o para lubrificação. Os músculos de Steven ficaram moles e flexionados, enquanto sua respiração saia em ofegos rasos. Seus dedos apertados sobre os ombros de Colton. O homem estava perto. O próprio pênis de Colton estava pesado e dolorido. Obrigou-se a ignorá-lo. Isso era tudo sobre Steven. Seu companheiro curvou as costas e engoliu um grito quando seu pênis explodiu no punho de Colton. Os caninos de Colton desceram e os raspou ao longo do ombro de Steven. Queria morder. Queria muito morder. Mas não o fez. Não desejava adicionar mais ao estresse de Steven. Mas não foi fácil. Cada instinto seu queria afundar profundamente seus caninos. Steven caiu contra o travesseiro, um sorriso feliz cruzando seu rosto. Colton deu um beijo na sua boca antes de se levantar e ir ao banheiro pegar um pano para limpar o seu companheiro. Enquanto molhava o pano, ouviu vozes no outro quarto. Saiu do banheiro para ver dois estranhos em pé no quarto. Os mesmos estranhos que tinha visto antes na recepção. Estavam vestidos de branco, indicando que eram médicos. Mas o que chamou a atenção de Colton era o olhar de puro pânico no rosto de Steven. Podia sentir o quão aterrorizado seu companheiro estava. —Algum problema? — Colton perguntou enquanto colocava o pano de lado e movia-se rapidamente em direção ao seu companheiro. Um médico era do sexo feminino e o outro masculino. Quanto mais Colton os estudava, mais percebia a impressionante semelhança entre eles e Steven. Estes dois eram os pais de Steven.


O pai tirou uma arma de seu jaleco branco. Era pequena o suficiente para caber na palma da sua mão. —Estamos levando nosso filho daqui e se tentar nos parar, vou atirar em você. Colton olhou para a porta. Era o turno de Shott e se perguntou onde o homem estava. Mesmo que fizesse semanas desde que chegaram aqui, os guarda-costas não teria se tornado negligente em seu dever. Os homens continuariam a ficar em alerta máximo. Então, onde estava Shott? A mãe moveu-se para o lado da cama, em frente de Colton. —Vamos sair daqui tranquilamente. — Disse para Steven. Seus olhos pousaram em seu filho e Colton podia ver a surpresa atordoada neles. Os dois não sabiam que Steven estava grávido. Como tinham encontrado Steven era um mistério, mas tinham. O que não tinham contabilizado era que seu filho estaria grávido ou acasalado a um urso, que os iria espancar até a morte se pensassem em tomar Steven dele. —Você vê isso? — Ela perguntou ao marido. — Como isso é possível? —Testes. — O pai respondeu. Colton podia ver a mente do homem voltar ao seu estado natural, analítico. Era um cientista e Colton estava disposto a apostar que o pai estava passando dados em sua cabeça, tentando chegar a uma explicação lógica. Não havia uma. Nenhum urso ainda descobriu como podiam ter seus companheiros do sexo masculino grávidos. Ainda era um enorme mistério para eles. Mas Colton iria lutar até a morte para proteger Steven e seu filho. —Testes. — A mãe repetiu a palavra quando ela balançou a cabeça. — Antes e depois do assunto dois nascer.


Ela parecia atordoada com a perspectiva. Assunto Dois. Não tinha se referido ao bebê como seu neto. Colton rosnou para eles, estavam falando de seu filhote. Podia sentir suas garras ameaçando deslizar. —Não vou a lugar nenhum com vocês dois. — Disse Steven quando chegou mais perto do lado da cama, onde Colton estava de pé. — Não sou seu assunto, maldição. Sou seu filho! Os dois não pareceram estar dando qualquer atenção a Steven. Estavam olhando animadamente para seu abdômen distendido. O pai ainda segurava a arma em sua mão, mas não apontava para Colton. Estava apontada para o chão. Colton caiu para frente, mas o pai levantou a arma no mesmo momento, seus olhos se estreitando. —Um passo para trás ou vou colocar um buraco em sua cabeça. A ameaça rolou na língua do homem tão naturalmente, que Colton tinha a sensação de que o pai tinha matado antes. O que significava que não hesitaria em matá-lo. Podia ser um urso poderoso, mas uma bala era uma bala. Uma sombra passou pelo vidro retangular na porta. Os olhos de Colton a seguiram por um instante antes que olhasse para o pai. —Então, planeja colocar Steven de volta em um laboratório como um rato e a meu filho também? —Seu filho? — A mãe zombou. — Ele, ou ela, pertence a nós. Criamos Steven e agora ele criou um outro Assunto. Vamos ser famosos por nossa descoberta. Já documentamos todos os aspectos do crescimento de Steven desde o momento da sua criação. Colton estava confuso como o inferno. Porque se referia a concepção como a criação de alguém? Ou será que realmente tinham criado Steven? Diria que era impossível, mas também era impossível um homem engravidar.


—Ah, cala a boca! — Steven reclamou. — Fui concebido, não criado. Estou doente e cansado de me tratarem assim. Não vou voltar. Não há nenhuma maneira no inferno que vai me enfiar numa gaiola dourada para que possa me tratar como um macaco de circo. Tudo em nome da ciência, certo? Colton sorriu com o tom irado de seu companheiro. Steven estava reagindo por si mesmo. Bom para ele. —Vai fazer o que lhe mandam. — Seu pai rosnou as palavras. — Ou vou matar o seu animal de estimação. — Sua arma acenou para Colton. — Sabemos o que ele pode fazer. Nosso informante nos disse como pode mudar num urso. Podemos levá-lo junto e dissecá-lo só para ver como tudo funciona. Colton rosnou. —Saia da cama. — A mãe de Steven o puxou da cama. Era muito forte para uma mulher magra. Steven lutou e chutou sem sucesso. Ela o ergueu e foi empurrando para a porta antes de Colton poder fazer algo sobre isso. Olhou para o pai e a arma em sua mão. Assim que a mãe abriu a porta, Shott bateu o punho na sua cara. O pai se virou para ver o que estava acontecendo e foi quando Colton pulou para a arma. Mas o pai não desistiria facilmente. Lutaram por ela. Suas mãos torcidas e a arma disparou. Colton podia ouvir Steven gritar. Avistou seu companheiro segurando o estômago, antes de cair. Piscou e olhou para baixo, para ver o sangue se espalhando por todo seu abdômen. Ele havia sido baleado. Shott não hesitou. Puxou a arma, apontou e disparou. O pai bateu no chão, os olhos arregalados enquanto a vida sangrava por eles. Estava morto. A mãe gritou e correu para o marido. Mas em vez de chorar sobre o homem, pegou a arma que estava em sua mão. Shott a matou também.


Colton caiu de joelhos quando apertou as mãos em sua barriga. Viu a falta de ar de Steven segurando seu próprio estômago. Seu companheiro estava entrando em trabalho de parto. O estresse da situação deve ter sido demais. —Mude! — Shott exigiu. — Mude, merda. O médico correu para o quarto, deu uma olhada para a bagunça e depois gritou com Shott. —Coloque Steven na cama enquanto levo Colton ao pronto-socorro. —Não vou deixar Steven. — Colton disse enquanto ofegava. —Vai lhe deixar permanentemente, se não me deixar tirar a bala e reparar os danos. — Disse o médico. Mais algumas pessoas entraram no quarto e o médico mandou um deles para buscar uma maca. Antes que pudesse parar o médico, foi colocado para fora na maldita coisa e levado para o corredor. Colton não teve tempo para dizer a Shott que tinham um traidor entre eles. Não tinha sido Nate ou Leonardo, Colton e os outros sempre tiveram cuidado para não mudar na frente deles. Mesmo na lavanderia, tinha tido o cuidado de que os dois não o vissem se transformar num urso ou voltar a ser humano. Steven ainda estava em perigo e Colton tinha que deixar Shott saber. Mas uma máscara foi puxada sobre o seu nariz e a boca e, em seguida, Colton estava alheio a tudo.

Capítulo Treze Colton

acordou

atordoado.

Piscou

rapidamente,

tentando

se

concentrar. Por um segundo, não conseguia se lembrar do que aconteceu. Seus pensamentos estavam confusos. E depois tudo voltou para ele. Colton levantou-se rapidamente e depois assobiou quando agarrou seu estômago.


—Steven. —Ei... — T-Rex agarrou os ombros de Colton e o acomodou de volta para a cama. — Não pode se mover desse jeito. Colton afastou as mãos de T-Rex. —Steven... — Ainda não estava totalmente concentrado, mas sabia que tinha de chegar ao seu companheiro. Havia um traidor no meio deles e Colton tinha que salvar seu companheiro. —Acalmem-se. — T-Rex exigiu. — Steven está logo ali. Virando a cabeça, olhou para onde T-Rex estava apontando. Na cama ao lado estava seu companheiro. Steven estava dormindo e Colton engoliu em seco quando percebeu o abdômen liso de seu companheiro. Não queria perguntar. Não queria saber. Mas, porra, estaria lá para Steven quando o homem acordasse. Colton deslizou as mãos sobre os olhos e fingiu esfregá-los. Na realidade, estava lutando contra as lágrimas. Se seu companheiro havia dado à luz a um filhote vivo, o bebê estaria numa pequena cama entre eles. Mas o espaço estava vazio e assim também estava o coração de Colton. Tudo

o

que

queria

era

um

companheiro

que

pudesse

amar

incondicionalmente e um filho para criar. Queria provar que podia ser um pai melhor do que o seu próprio fora. Queria uma família completamente diferente do que teve. Só queria alguém para amar e alguém para amá-lo de volta. Tinha isto com Steven. Sabia que seu companheiro o amava sem reservas. Mas ainda lamentaria a perda de seu filho. Lutou para se sentar. Tinha que chegar a Steven. Tinha que tocar o seu companheiro. Tudo o que queria fazer era se enrolar em torno do homem e deixar Steven saber que estava ali para ele. —Você é um teimoso. Idiota! — Disse T-Rex. Colton estava suando quando se sentou. A dor em seu estômago se intensificou, mas a ignorou.


—Você realmente precisa descansar. — Disse Legend. Colton olhou para o homem e viu que estava segurando Sofia nos braços. A visão da criança só aprofundou a dor de Colton. —Há um traidor entre nós. — Colton disse enquanto limpava a testa. Embora amasse Sofia, não conseguia olhar outra criança agora. Queria que todos na sala desaparecessem. —Nós achamos isso. — Disse T-Rex. — Shott ouviu a conversa quando os pais de Steven estavam na sala. Ligou para a casa e reuniu as tropas antes que derrubasse a mãe e o pai. Colton estava em estado de choque, mas se lembrou do que havia acontecido. Shott tinha matado os pais de Steven. Não tinha certeza de como Steven se sentia sobre isso. Apesar de serem filhos da puta egoístas, ainda eram pais de Steven. Fugiu para a beira da cama e plantou os pés descalços no chão frio. Pela primeira vez, percebeu o soro pingando no braço de Steven. Seu companheiro parecia tão pálido e impotente enquanto estava deitado lá. Colton queria envolver o homem em seus braços e nunca deixá-lo ir. —Foi Sam que percebeu as coisas. — Continuou T-Rex. Colton realmente não estava escutando. Estava focado em seu companheiro. Precisava chegar até ele. E então Steven abriu os olhos e Colton sentiu como se seu mundo tivesse realinhado. Empurrou-se da cama e se arrastou toda a distância antes de subir no lado de Steven. Envolveu seu corpo em torno de seu companheiro e o abraçou. —Eu te amo, Steven. — Colton deu um beijo no pescoço do homem fechando os olhos. —Acho que podemos terminar esta conversa mais tarde. — Disse Sam. Os homens saíram da sala enquanto Colton embalava Steven em seus braços.


—Eu também te amo. — Steven chegou por trás dele e segurou o rosto de Colton. Seus dedos brincavam sobre a barba de um dia no queixo de Colton. — Não percebi o quanto até que olhei nos olhos do nosso filho. Colton endureceu. —Como? — Seu pulso estava tão rápido que podia ouvir o sangue correndo em seus ouvidos. Esperança floresceu dentro dele. Steven se virou nos braços de Colton. —O nosso filho. —Onde ele está? — A voz de Colton estava tensa enquanto procurava no rosto de Steven. O bebê não devia estar no quarto com eles? Colton esmagou Steven junto a ele, sussurrando em seu ouvido. — Obrigado. Steven riu. —Oh, você vai pagar por isto. Dar à luz não é fácil. Dei-lhe a criança que pediu. Agora quero ser mimado para o resto da minha vida. Colton poderia dizer que Steven estava brincando, mas iria entregar o seu companheiro a lua e as estrelas, se pudesse. Isso era o quanto amava o homem. —Isso não era sobre me dar uma criança. Bem, um pouco, mas não tudo. Queria um companheiro desde que era um pequeno garoto e percebi que as relações não deviam ser uma merda. Queria alguém para chamar de meu. Steven esticou o pescoço e deu um beijo simples na boca de Colton. —E você tem esse alguém. Nós dois temos. Porque estive procurando a mesma coisa. Colton deu um grunhido brincalhão quando beliscou Steven no queixo. Só então a porta se abriu e Renee entrou com um pequeno carrinho. Colton começou a sentar-se, mas era muito esforço e seu estômago o estava matando.


Renee deu-lhe um olhar de reprovação. —T-Rex me contou como está sendo teimoso. Não se preocupe em se levantar. Vou levar o doce bebê até você. As entranhas de Colton se apertaram enquanto sua boca ficou seca. Viu quando Renee levantou um pequeno embrulho em seus braços. Seus olhos estavam grudados nela, enquanto caminhou ao redor da cama e sorriu para ambos, Colton e Steven. —Conheça os seus papais. — Disse ela ao pacote de cobertores em seus braços. Inclinando-se sobre a cama, Renee colocou o bebê entre Colton e Steven. —Vou deixar vocês três se conhecerem. — Ela sorriu e piscou para eles. — Só chamem se precisarem de ajuda. Colton se apaixonou no momento em que colocou os olhos em seu filho. Ele era tão pequeno e tão perfeito que sentiu como se seu coração estivesse explodindo em seu peito. —Ele é incrível! — Disse Steven. Mas Colton podia ouvir quão sufocadas

estavam

às

palavras

de

Steven.

Segurou

o

rosto

de

seu

companheiro e lhe deu um beijo suave. —Ambos são. — Disse Colton e quis dizer isso. —Disseram-lhe quem era o traidor? — Steven perguntou enquanto corria um dedo pelo rosto de seu filho. Colton balançou a cabeça. —Quando os homens chegaram aqui, perguntaram onde estava. Shott lhes disse o que havia acontecido. Sam foi imediatamente para a sala de cirurgia e encontrou o médico e o enfermeiro discutindo. Pelo que Sam pode entender, a enfermeira não aprovava o que o médico estava fazendo. Mas uma vez que Sam deu uma sacudida nela, o médico confessou.


Colton estendeu a mão e limpou as lágrimas dos olhos de Steven com a ponta do polegar. —Sinto muito sobre seus pais. Steven balançou a cabeça e engoliu em seco. —Não era como se me amassem, em primeiro lugar. Acho que o que mais dói é a perda do relacionamento que deveria ter sido, mas não foi. Colton sabia exatamente como Steven se sentia. Era a mesma coisa para ele. Seus pais tinham sido terríveis, mas Colton ainda os amava com todo o seu coração. Sabia o que sentia como traição e odiava que Steven tivesse passado por algo tão semelhante. —De qualquer forma... — Steven pigarreou. — O médico confessou ter sido pago pelos meus pais. Disse que Nate e Leonardo se aproximaram dele para saber sobre mim. Mas depois desse incidente na lavanderia, os dois deixaram a cidade. O médico não tinha dito aos meus pais que eu estava grávido. Apenas onde estava. Mas depois que Shott os matou, o médico entrou em pânico. Imaginou que se matasse você na mesa de operação, os homens ficariam tão devastados que não iriam procurar mais, já que meus pais haviam me encontrado. Atualmente está sentado na prisão por tentar matá-lo. Atordoado. Furioso. Traído. Nada chegou perto de descrever como Colton se sentia naquele exato momento. O médico shifter tinha feito o parto de inúmeros filhotes e era uma parte da comunidade shifter por décadas. Nunca deixava de lhe surpreender o que alguém faria por um preço justo. —Quanto ao parto de filhotes — Disse Steven, parecendo ter adivinhado a linha do pensamento de Colton. — Renee está pronta para assumir o cargo. Ela disse que traz os bebês ao mundo por um bom tempo e está confiante em suas habilidades. — Steven sorriu. — Ela costumava ser uma parteira. Sabia disso?


A única coisa que Colton podia fazer era sacudir a cabeça. O médico havia tentado matá-lo na mesa de operação. Estremeceu com a ideia de como as coisas poderiam ter sido. Teria para sempre uma dívida com Sam. —Ela é a pessoa que fez o parto do nosso filho? —Sim. — Disse Steven. — E como pode ver, ela fez um belo trabalho. Colton não poderia concordar mais. Não conseguia parar de olhar para o rosto do bebê. Seu filho era um milagre e sempre se lembraria disso. Respirou fundo e puxou o cheiro de canela e de maçã. —Nunca discutimos nomes. — Disse Steven. —Moirai. — Colton respondeu. — Ele se refere aos destinos. Por que foi o destino que fez o curso dos acontecimentos que nos trouxe juntos e nos manteve seguros. Foi o destino que impediu o nosso filho de nascer mais cedo. — Colton apertou os lábios na testa de Steven. — Mas acima de tudo, foi o destino que decidiu que devemos compartilhar nossas vidas e criar um filho, tão bonito juntos. Steven assentiu. —Gosto disso. Ambos, Colton e Steven, engasgaram quando sentiram uma pequena porção de felicidade inchar entre eles. Olharam para seu filho e o viram olhando para eles. —Ele só... —Acho que sim. — Disse Colton. — Parece que o nosso filho herdou seu talento. Colton teria a certeza de que seu filho iria aprender a amortecer as vozes desde a tenra idade. Sabia que Rowdy estava trabalhando com Steven e Colton era grato. Mas era o seu trabalho proteger a sua família e garantir que ambos vivessem uma vida livre de caos e feliz.


—Você estava realmente casado? — Perguntou Colton. Ele nunca trouxe o assunto à tona antes. Não queria. Não tinha certeza de por que estava perguntando agora. Steven deu de ombros. —Foi uma mentira que meus pais disseram à família. Eles também disseram que eu morava no exterior. Não queriam que ninguém fizesse perguntas ou se aprofundasse muito nos porquês de não me ver. E Colton pensou que sua vida tinha sido de baixa qualidade. Só porque algumas pessoas foram capazes de ter filhos, não queria dizer que estavam aptos para serem pais. Ambos os pais, seus e de Steven, eram a prova viva disso. Mas Colton ia fazer muita questão que seu filho soubesse todos os dias que era amado. A porta abriu mais uma vez e todos entraram. A sala tornou-se alta e barulhenta enquanto os homens felicitavam Colton e Steven pelo nascimento de seu filho. Colton, finalmente, tinha a vida perfeita, o par perfeito e o filho perfeito. Sua vida estava concluída.

Fazia dois meses desde que Steven voltou para casa e Colton estava fazendo tudo em seu poder para fazê-lo feliz. —Mantenha esse corpo sexy mexendo contra mim e não serei responsável pelo que acontecerá. Colton se aproximou até que Steven sentiu o toque quente do peito do homem pressionado contra suas costas. Em seguida, o calor da sua boca


começou a beijar a pele nua. E foi então que a tempestade elétrica em seu corpo começou a enviar todo o interesse para o sul. —Eu te amo, Steven. — Colton falou entre beijos. — Imensamente. —Também te amo. — Steven perdeu qualquer outra coisa que tinha planejado dizer quando as mãos fortes deslizaram por suas costas, uma descansando em seu quadril, a outro serpenteando em volta para descansar em seu abdômen. A ação de beijar e chupar o seu pescoço continuou, fazendo com que sua libido se movesse do primeiro ao quinto lugar, enquanto a mão em seu estômago o puxou de volta, rente corpo de Colton. Estava se moldando contra Colton mais, movendo a cabeça para descansar em seu ombro enquanto Colton sugado em sua pele. A evidência do que isto fazia para Colton era muito evidente no cume longo e duro pressionando contra sua bunda. O fetiche pelo pescoço fez isso por ele. E essa mão... Firme contra seu estômago, enquanto os dedos roçavam a pele exposta de seu estômago. Se movesse suas mãos um pouco mais ao sul, Colton saberia exatamente o que estava fazendo. Uma maldita parte enorme dele estava doendo para Colton fazer exatamente isso. Steven virou a cabeça para o lado, encontrando o olhar de Colton e ficou aliviado ao vê-lo sorrir um pouco e delicadamente. Colton beijou, apenas no canto de sua boca. Colton tomou o rosto de Steven em suas mãos e beijou-o de novo, completamente, tomando seu tempo. Voltou a se mover, até que teve Steven pressionado contra o colchão. Cobriu os lábios de Steven com os seus e Steven não conseguia o suficiente do homem. Deixou Colton fazer fosse o que fosse que estivesse fazendo, enquanto estava lá e se deleitava com seu companheiro.


Tinha certeza de que Colton estava inalando seu cheiro enquanto o beijava. Canela e cidra de maçã. Não era assim que Colton havia descrito o modo como Steven cheirava? —Steven... —Colton disse seu nome, num ronronar decadente. — meu pequeno e doce Steven. Não havia maneira de Steven se negar ao homem, não quando queria tanto Colton. —Você é tão sexy. — Colton disse num tom profundo e sensual, enquanto seus olhos caíram para a virilha de Steven. A pele de Steven aqueceu. Será que nunca se acostumaria com a maneira como seu companheiro o olhava com olhos famintos? O sorriso torto de Colton bateu duro em Steven. — Você está corando. Ele estava. Steven ficou com os olhos arregalados quando Colton se moveu rapidamente, tomando sua boca num beijo frenético. Depois de tudo que passaram, Steven nunca se sentiu mais perto de alguém em sua vida. Ainda era nada além de puro silêncio com Colton e amava esse fato, embora os dois pudessem se comunicar mentalmente. Steven jogou os braços ao redor do pescoço de Colton, aprofundando o beijo com os lábios e a língua. Sua cabeça começou a girar e Steven sentiu-se tonto. A felicidade o inundou quando foi puxado com mais força contra Colton. Este homem era seu, para sempre. O sorriso de Colton era um convite erótico. —Este é um inferno de uma maneira de acordar. Um vislumbre escaldante, predatório, apareceu nos olhos de Colton. Steven colocou seus pés em torno da cintura magra dele. O desejo nos olhos de Colton era bonito e tangível, e o queria tanto que era fisicamente doloroso. Colton era sua fantasia ganhando vida.


Passou a mão pela parte superior das costas de Colton e tremeu incontrolavelmente quando Colton respondeu com suaves toques e carícias sobre seus quadris, seus lábios roçando sobre o seu ombro nu. A cabeça de Steven bateu no travesseiro enquanto gemia e a deixava pender para o lado, para dar a Colton mais espaço para jogar. O pênis do homem estava preso entre suas nádegas, quente e latejante, enquanto seus dedos agarravam a cintura de Steven. —Quero tanto estar dentro de você. — Colton quase rosnou as palavras contra o ombro de Steven. Estendeu a mão sob o travesseiro e pegou o lubrificante. Seu companheiro apertou uma quantidade generosa em seus dedos e a próxima coisa que Steven sentiu foram os dedos lisos sondando sua entrada. Seus desejos foram renovados quando seus dedos agarraram os ombros de Colton, seu corpo girando enquanto Colton escorregava um dedo longo e grosso dentro dele antes que recapturasse os lábios de Steven. —Perfeito. — Houve um ronronar perigoso em sua voz que enviou um calafrio através de Steven. Podia sentir os músculos alongados e o corpo duro de Colton. O homem cheirava ricamente másculo, selvagem e delicioso. Steven estava cada vez mais apaixonado por seu companheiro, mais profundamente com cada beijo, cada impulso do dedo do homem. —Não posso esperar muito mais tempo. — Steven engasgou quando Colton inseriu um segundo dedo, tesourando os dois e movendo-os de forma mais provocante. —Você não terá. — Disse Colton quando mordeu suavemente no ombro de Steven. Deus, Steven poderia banhar-se nesse sentimento. Derreteu-se em seu peito forte, seu corpo amolecendo enquanto Colton puxou-o incrivelmente


perto e traçou a veia no seu pescoço com a língua. Estava pulsando freneticamente com o que Colton estava fazendo com ele. Colton pegou o lóbulo da orelha de Steven entre os dentes quando inseriu um terceiro dedo, fazendo Steven gemer mais alto, enchendo a sala com os sons de suas necessidades. O peito de Colton retumbou profundamente quando puxou sua mão e ajustou Steven antes de empurrar seu comprimento para dentro de Steven. A respiração apressada de seus pulmões se intensificou, enquanto suas mãos se apertaram ao redor do pescoço de Colton, com a cabeça pendendo para o lado, pois ambos gemiam de prazer. Selou seus lábios sobre os de Steven, dando-lhe um beijo molhado e exuberante, começando a mover seus quadris, empurrando para cima, dirigindo seu pênis mais fundo e fazendo Steven perder a maldita cabeça. Deu aos lábios de Steven um beijo lento, saboreando enquanto Steven passava a mão pelo cabelo sedoso de Colton. —Tão perfeito. — Seu companheiro murmurou. Suas mãos em concha na bunda de Steven, apertando seu rosto enquanto seu pênis puxava para trás e deslizava para frente. A lentidão estava deixando Steven louco. Arqueou o corpo em Colton, querendo que isso nunca acabasse. Nunca. A boca de Colton desceu e Steven choramingou quando os dentes começaram a provocar seu mamilo. Puxavam e rodavam, enquanto empurrava profundamente em Steven. Sua língua era magistral, o calor úmido trazendo uma névoa de suor na pele de Steven. Colton beijou seu caminho de volta até o peito de Steven até que seus lábios estavam roçando suavemente para trás e para frente. —Acho que sou o homem mais sortudo do mundo.


Steven sabia que era o contrário. O pênis de Colton continuou a lhe esticar deliciosamente quando se segurou, tentando o seu melhor para não se deixar gozar tão cedo. Colton pôs a boca sobre o pomo de Adão de Steven, seus lábios fazendo maravilhosa magia em sua pele. Steven engoliu em seco, balançando no ritmo de Colton enquanto murmurava. —Espero que todas as manhãs sejam assim para nós. Um duro impulso enviou Steven para mais perto da borda quando os dedos de Colton agarraram com mais força, puxando-o para mais perto. —Vão ser. Sempre. Jogando a cabeça para trás e soltando um longo gemido lascivo, Steven achou difícil falar. Suas emoções estavam por todo o lugar, criando o caos dentro de si. Colton mordeu suavemente em seu queixo e plantou suas mãos contra o colchão, fazendo Steven segurar mais apertado, quando os quadris do homem começaram a se mover rapidamente. Steven saltava enquanto Colton transava mais forte com ele. Seus lábios estavam procurando Steven, até que este virou a cabeça, dando ao homem o que estava procurando. Havia muito fogo e paixão no beijo, tanto que Steven sentiu que estava sendo marcado, reivindicado e possuído tudo de novo. O atrito de seus corpos balançando juntos, finalmente foi demais. Steven se jogou de costas, gritando enquanto seu pênis explodia entre eles. Colton mordeu seu ombro com um grunhido primal. A sensação atirou seu orgasmo mais alto, fazendo-o sentir como se estivesse fora de controle. Seus corpos se contorciam contra o outro, lisos pelo suor e esperma de Steven. Colton deu a seus quadris mais alguns golpes pesados antes de Steven sentir seu traseiro enchendo com o gozo de Colton. O rosnado do


homem ficou mais profundo, mais selvagem, enquanto seu corpo balançou para cima, seu pênis apenas ligeiramente amolecido enquanto Steven recuperava o fôlego. Quando seu companheiro lambeu a ferida que havia criado, Steven balançou com o conhecimento de que este não era um sonho, que Colton seria sempre seu, sempre estaria lá para ele. Sorriu enquanto passava as mãos pelo cabelo de seu companheiro. Este era o céu e Steven nunca mais queria flutuar de volta para a Terra.

FIM...


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