Cowboy Stripper Bear County 09 Para Stripper não é estranho a usar todos os meios necessários a fim de obter as informações que precisa. Ele foi contratado para encontrar uma mulher desaparecida que tem os códigos que Nicolas Reno quer. Quando Stripper sequestra Reno e o leva para um lugar onde ele planeja torturá-lo para obter informação, ele descobre que pode ter pegado o cara errado. Wilbur Castro não tem nenhuma pista por que ele foi sequestrado. Ele acorda amarrado a uma cadeira em um quarto sujo sem se lembrar da noite anterior. O estranho com olhos castanhos continua o chamando Reno e não importa o quanto Wilbur argumenta o contrário, o cara não está escutando. Seu captor está convencido de que Wilbur é o homem em questão. Quando o Reno verdadeiro vai atrás de Wilbur com a intenção de roubar sua identidade e sua vida, Wilbur se encontra estendendo a mão para o homem que o sequestrou.
Capítulo 1 —Que diabo!— Wilbur estalou quando a água fria espirrou sobre ele. Ele piscou a água para fora de seus olhos, tentando colocar o quarto em um foco mais nítido. O ar estava frio, o fazendo tremer quando a água escoou sob suas roupas e se agarrou na sua pele. Onde diabos ele estava? —Que bom que você pode se juntar a mim. — Um homem com olhos castanhos penetrantes se moveu para exposição. Ele era imponente e um pouco assustador. Sua camiseta preta estava esticada em um peito amplo, e seus músculos ondulavam quando se movia. Wilbur balançou a cabeça como um cachorro balançando a umidade de sua pele. Ele não conseguia tirar a água, considerando que suas mãos estavam atadas atrás das costas. Como ele conseguiu isso era uma incógnita. Olhando ao redor da sala, Wilbur notou paredes de concreto, uma porta de aço e um grande espelho como nos usados em programas policiais. Esse cara era um policial? Desde quando é que um policial joga água sobre as pessoas ou as amarra? Cada um dos seus tornozelos foram presos em cada uma das pernas da cadeira que estava sentado. Wilbur não sabia como acabou nesse estado, e seu nariz estava coçando. —Agora, Sr. Reno — o estranho disse enquanto colocava o balde de lado. —Não vamos perder o seu tempo ou o meu. Tempo seria desperdiçado, porque Wilbur não tinha maldita ideia quem era esse cara ou onde eles estavam. E quem era Sr. Reno? Esse não era seu sobrenome. A última coisa que Wilbur conseguia se lembrar era de sair do prédio onde trabalhava. Tinha se atrasado, ele saiu era mais de meia-noite. Fechou tudo, saiu para o estacionamento e ...
As coisas estavam um pouco confusas ai. O estranho circulou lentamente a cadeira de Wilbur como um abutre em torno de um animal morto. Os olhos do homem estavam estáveis, frios, não segurava compaixão alguma, mas então algo letal começou a se mexer naqueles olhos cor de avelã. Wilbur tinha uma terrível vontade de gritar ‘Não bique meus olhos!’ —Tudo que você tem a me dizer é onde escondeu a Sra. O'Connor, e nós podemos acabar com isso. Wilbur poderia terminar isso antes porque não tinha ideia do que o cara estava falando. Quem era Sra. O'Connor? Este era, obviamente, um caso de identidade equivocada. Wilbur puxou a fita que o prendia. Ela não se moveu. —Eu não sei do que você está falando. Eu não conheço nenhuma Sra. O'Connor. O riso do homem era sinistro quando ele colocou sua bota na cadeira entre as pernas de Wilbur. O estranho apoiou os braços volumosos em seu joelho enquanto ele sorriu para Wilbur. —Vamos lá, Sr. Reno. Seu pequeno ato inocente não vai funcionar comigo. Se você não começar a falar em breve, eu posso te fazer falar. A voz do estranho era selvagem, profunda, com uma borda de perigo que disse que iria aplicar qualquer ameaça feita por ele. O homem estava sobre Wilbur como um guerreiro escuro que tinha escapado do inferno. Suas feições estavam fechadas, mas seus olhos ainda tinha uma promessa de tortura se Wilbur não cooperasse. Ele perderia, pois não sabia o que dizer ou fazer. De alguma forma ele sabia que negar conhecimento não significava nada para esse cara. O corpo de Wilbur continuou a tremendo enquanto se perguntava o que ia acontecer com ele. Se ele continuasse a alegar inocência ou fabricar alguma história para
agradar esse homem, as coisas ficariam bastante feias. Será que seu captor o mataria? Com quem exatamente Wilbur estava lidando? Wilbur gritou quando o desconhecido agarrou seus cabelos e puxou sua cabeça para trás. Seus rostos estavam a centímetros de distância, a respiração quente deslizava do homem nos lábios de Wilbur. Cheirava mentolado. —O silêncio não é uma tática inteligente Sr. Reno. Nos olhos do estranho não havia piedade, sem entendimento de que esta era uma grande confusão. Wilbur começou a contar ao cara isso, mas sua voz ficou presa na garganta. Medo o estrangulou, e sua cabeça doía por causa do controlo apertado do homem em seu cabelo. —Onde. Está. Sra. O'Conner? —Eu-eu não sei— Wilbur sussurrou. Ele estava olhando para sua própria morte. Ele lutou contra o impulso de pedir que este homem acreditasse nele. Se o cara o matasse, quem alimentaria seu peixinho dourado? Harry morreria de fome. Então, novamente, Wilbur teve três peixinhos morrendo nos últimos dois meses. Talvez ele devesse reconsiderar ser proprietário de um animal de estimação. Wilbur engoliu em seco, o movimento doeu desde que seu pescoço estava dobrado todo o caminho de volta. Pelo lado positivo, ele não estava mais frio, porque o homem estava compartilhando o calor do seu corpo com ele por estar tão perto. —Você realmente quer jogar este jogo comigo?— Os dedos do homem apertaram dolorosamente. —Confie em mim. Você não quer o que eu tenho para oferecer. —Você poderia me oferecer um banheiro? Eu realmente preciso dele. —Wilbur tentou esquecer a bexiga, mas o idiota puxou o seu cabelo de novo, e por algum motivo estranho, o movimento deu pontada em sua bexiga.
Estranho, mas verdadeiro. —Devagar— Wilbur gritou. —Isso realmente dói você sabia. Você tem muito maus modos. O cara rosnou quando ele largou Wilbur. —Tudo bem, vamos fazer as coisas da maneira mais difícil. Wilbur não sabia o que isso significava. O homem saiu da sala, batendo a porta atrás de si. Quando o filho da mãe não voltou, Wilbur olhou ao redor e disse —Olá? Alguém pode me ouvir? Estou amarrado e realmente tenho que fazer xixi. Nada. Droga. Ele tentou fugir e mover a cadeira do chão e conseguiu cerca de alguns centímetros, quando a porta se abriu. O desconhecido estava de volta. Havia outro balde em sua mão e um pedaço de pano. —Você já ouviu falar de afogamento a seco? —Não realmente. Será que exigiria uma roupa de mergulho? —A pele de Wilbur estava começando a coçar quando as partes expostas começaram a secar. Ele realmente precisava de suas mãos livres para que ele pudesse coçar. Ele estava pronto para se lançar para o lado para que pudesse cair no chão e fugir através dele como uma lagarta apenas para ter algum atrito na pele. —Vamos ver se você é tão inteligente quando eu terminar com você. — O estranho colocou o balde de lado e veio em direção a Wilbur. Wilbur tentou mover sua cadeira para longe, mas não foi rápido o suficiente. Ele jogou a cabeça para a direita e depois à esquerda quando o cara tentou colocar o pano sobre a cabeça de Wilbur. —Eu sou claustrofóbico! —Melhor ainda — o homem rosnou. —Agora espere, porra. —Não podemos falar sobre isso como dois adultos sensíveis?— Wilbur tentou se mover para a direita, mas o cara manobrou e deslizou o pano sobre
sua cabeça. Ele segurou um grito em seu peito. Ele ficou tonto, e o quarto começou a girar. —Por favor— implorou e sentiu as lágrimas brotando. —Eu estou realmente com medo. —Então me diga onde está Sra. O'Connor. Os ombros de Wilbur caíram quando balançou a cabeça. O pano estava quente, mas arranhado. O material o fez espirrar. —Eu não sei. Eu juro— disse Wilbur antes de sentir a primeira raia de lágrima pelo seu rosto. —Eu sou apenas um contador. Eu não tenho nenhuma ideia de quem você está falando—. E depois acrescentou —Por favor, senhor. Eu realmente sou claustrofóbico. Por favor, tire isso de mim. — Os pulmões de Wilbur estavam queimando enquanto tentava puxar ar suficiente para respirar, mas não estava funcionando. O suor começou a escorrer por seu rosto quando choramingou. —Por favor. O pano foi removido em um movimento fluido, e Wilbur estava envergonhado que seu captor pudesse ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ele tentou limpá-las em seu ombro, mas sua camisa estava molhada e o material arranhava. Pela primeira vez desde que Wilbur pôs os olhos no homem, o cara parecia incerto. Wilbur considerou implorar um pouco mais, mas se manteve em silêncio. Ele já estava envergonhado por suas lágrimas. —Qual o seu nome?— O estranho perguntou seu tom de veludo macio. —Wilbur Castro. — Wilbur fungou. —Eu sou um contador em Fiber e Filho. Você pode ligar para o meu chefe, e ele vai verificar isso. Ele é malhumorado e não muito agradável na maior parte do tempo, mas eu tenho certeza que ele vai lhe dizer quem eu sou. —Wilbur olhou para seu captor e perguntou — Por favor, posso ir ao banheiro? Eu não me molho desde que eu tinha nove anos. —Nove?
Wilbur encolheu os ombros. —Questões de infância. O lado da boca do homem sacudiu como se ele estivesse tentando parar um sorriso. —Por que você trabalha para alguém que te trata desse jeito? Wilbur não queria dizer a esse estranho sua história de vida. Era muito chata e um pouco patética. —Ele é um amigo da família. Meu pai achou que estava me fazendo um favor quando pediu ao seu amigo para me contratar. E Wilbur não dissera ao seu pai quão idiota Sr. Fiber era. Os dois eram amigos íntimos, e Wilbur não queria cavar um fosso entre eles. —Então você vai trabalha em um lugar que odeia, só para agradar o seu pai?— O homem fez soar como se isso fosse uma coisa ruim. —Será que você não faz nada para fazer seu pai feliz?— O pai de Wilbur tinha trabalhado duro para colocar comida na mesa e criá-lo. Seus pais se amavam profundamente, e seu pai era um cara completamente bom. Era apenas um trabalho. Wilbur podia lidar com isso. —Eu não iria sacrificar minha própria felicidade — o cara respondeu. —Você já disse a ele sobre seu amigo? Wilbur balançou a cabeça. —Não. Eles regressam de volta para os seus dias de faculdade. Eu não posso estar entre eles. Isso não seria legal da minha parte. O cara olhou para Wilbur em descrença. —Eu estarei de volta. —Mas eu tenho que usar o banheiro— lembrou ao homem. —Por favor. O cara suspirou e, em seguida, puxou uma faca do cinto. Wilbur se encolheu até que o desconhecido se agachou e cortou a fita ao redor dos tornozelos de Wilbur. O cara então movimentou Wilbur e cortou a fita em seus
pulsos. Wilbur esfregou a dor quando o homem o levou a partir da sala por um longo corredor. —Onde estamos? Isto parece uma sala de aquecimento dos filmes de Freddie Kruger. — As luzes piscaram em sobrecarga e Wilbur correu para chegar até seu captor. Quando Wilbur estava perto, ele percebeu o quão alto o cara era a sua mera altura de 1,64m. Ele estava olhando diretamente para as costas do rapaz. —Localização não é importante. — O homem parou no final do corredor e abriu uma porta que tinha mais manchas de tinta. Ela rangeu, e Wilbur esperou por alguma criatura saltar até ele. —Basta usar o banheiro e se apresse. Wilbur balançou a cabeça e entrou no quarto. Havia manchas de ferrugem na pia e banheiro, e a luz era um daqueles tipos de puxar as cordas. Quando ele puxou o cordão, ele quebrou. Wilbur manteve a corrente em sua mão e em seguida, a empurrou no bolso. Ele poderia precisar dela para sair daqui, mas ele não tinha certeza de como ele iria usá-la. Mas poderia vir a calhar. Estava escuro neste banheiro do tamanho de um armário quando a porta foi fechada, mas Wilbur tinha certeza de que, se ele não batesse sua marca, ninguém notaria. O banheiro era deplorável. Wilbur tinha medo de tocar em tudo. Onde estava o desinfetante para as mãos quando se precisava? Ele usou o pé para puxar a tampa, e surpreendentemente, ele corou. Ele não estava prestes a colocar as mãos nessa pia. Em vez disso, ele as enxugou em suas calças e saiu do banheiro. Ele as lavaria na primeira chance que tivesse. Seu captor estava ao telefone, em silêncio, rosnando para alguém. Wilbur pegou algumas palavras. ‘Confusão’ e ‘estrangular’ eram bastante simples de entender. Quando o estranho se virou e viu Wilbur ali, o cara desligou.
—Eu tenho que voltar para aquela sala?— Wilbur perguntou quando foi escoltado de volta para o corredor. —Eu prometo não escapar se você me colocar em uma sala com uma mesa e me der algo quente para beber. Maldição. Wilbur tinha prometido, o que significava que ele tinha que manter sua palavra. Seu pai lhe ensinou isso, embora não achasse que seu pai imaginasse um cenário de sequestro quando ele ensinou Wilbur o valor de manter sua palavra. Ainda assim... —Eu vou ver o que eu posso fazer. Wilbur tinha que caminhar rapidamente para se manter com passos largos do homem. Ele interiormente se animou quando viu passos à frente. Talvez o cara deixasse Wilbur ir. Ele cruzou os dedos quando subiam os degraus.
Capítulo 2 A antiga escola foi fechada há anos. Ela se localizava no lado oeste de Junction City, a cerca de arame em torno da estrutura desgastada era para manter as pessoas fora. Não tinha havido qualquer eletricidade até Stripper ter aproveitado a fonte de alimentação principal no pólo e religado algumas coisas. Shott montou seu equipamento na secretaria da escola, e Stripper realizou seu interrogatório no porão. Ele ficou chocado ao encontrar a sala lá em baixo. Talvez tenha sido uma das razões do lugar ser desativado. Não era uma grande escola, e de sua pesquisa, essa tinha sido particular. As salas de aula eram pequenas. Stripper deixou Wilbur na posse de quinze mesas no máximo. O homem estava um pouco pálido quando Stripper fechou a porta atrás de si. Ele se inclinou contra a parede branca descascada no corredor. Ele fechou os olhos e amaldiçoou. O aroma de Wilbur o estava deixando louco. Desde o primeiro momento em que arrebatou o homem no estacionamento na área de negócios,
Stripper cheirou chuva de verão quente e alcaçuz. Era uma combinação muito estranha, mas recorreu em todos os níveis do seu urso. Isso estava tudo errado. Toda essa situação. Ele virou-se quando sentiu mais do que ouviu pessoas vindo pelo corredor. T-Rex e Legend pareciam um duo de potência, grande e imponente. Mas assim era Stripper. —O que diabos foi isso?— T-Rex perguntou, seu tom cortante. —Você irá lhe oferecer o jantar agora? —Esse não é Nicolas Reno — Stripper argumentou se afastando da parede. —Por que, porque ele chorou e implorou-lhe para ser bom?— T-Rex estava no modo chateado completo. Seus traços eram escuros, e suas narinas estavam queimavam. —Se deixarmos ir cada pessoa que nos pedisse nós estaríamos mortos anos atrás. Legend ficou em silêncio, com o olhar fixo na porta da sala de aula. O homem tinha uma maneira de parecer ameaçador, mesmo quando não estava tentando. Stripper enrolou suas mãos em seus lados, cerrando os dentes. —Eu fiz a pesquisa sobre Nicolas Reno. Passei semanas aprendendo todos os seus movimentos. Diga-me o que diabos está acontecendo. Como é que eu peguei o cara errado? —Você nunca ouviu falar que todo mundo tem um irmão gêmeo, neste mundo?— Perguntou Legend, a voz neutra. —Eu acho que Reno encontrou o seu e explorou a situação. Stripper tinha um trabalho a fazer, e ser atraído por alguém que poderia ser extremamente perigoso não era a sua xícara de chá preferida. Ele não fazia compromissos, e ele não teria um caso de uma noite com o cara. Ele não deveria estar caindo pelas lágrimas de Wilbur. Isso o levaria a ser morto. Ele imediatamente sentiu uma ponta de desgosto em sua tentativa de tornar
essa situação em algo sem emoção, algo menos poderoso do que ele estava se tornando. O rosto de Wilbur veio a tona na mente de Stripper para atormentá-lo e deixá-lo com fome por ver o homem novamente. Que diabos estava o ser humano fazendo com ele? Os Guarda Costas Executivo foram contratados por uma empresa privada para verificar espionagem corporativa. Mas a barriga de Stripper disse a ele que Wilbur não era mais um espião do que o Pato Donald. Nicolas Reno era astuto, cruel, e usaria todos os meios necessários para fazer o trabalho. Poderia Wilbur e Nicolas ser uma e a mesma coisa? Stripper não pensava assim, mas suas emoções estavam correndo soltas. Ele queria Wilbur muito mal, isso foi nublando seu julgamento. Nunca antes sentiu pena de alguém que ele estava interrogando. —É preciso dar um passo atrás disso— disse T-Rex. —Eu não sei o que está acontecendo, mas você parece desgastado. Legend irá assumir. Stripper tinha trabalhado muito duro com o perfil de Reno. Ele havia encontrado associados de Reno, seus compradores, e até mesmo um parceiro silencioso que havia fugido do país há dois dias. Ele conseguiu roubar Reno antes do homem fugir também. Mas ele ainda não podia acreditar que Wilbur era Reno. Embora a semelhança fosse impressionante. —Eu tenho isso. — Stripper sabia que estava jogando um jogo perigoso. Logicamente, ele deveria entregar este a Legend. E se ele fizesse a chamada errada e o cara fosse o bandido? Mas se Wilbur era quem dizia ser e Stripper desencadeava Legend no ser humano? Ele balançou a cabeça. —Eu vou quebrá-lo. —Você tem certeza?— Perguntou T-Rex. —Não podemos permitir que você seja suave. Stripper agarrou sua virilha.
—Não há nada de suave sobre mim. Legend revirou os olhos. T-Rex não parecia nem um pouco divertido. Stripper se lançou e os virou tanto dentro como fora. —Foda-se vocês dois. Eu sei qual é o meu trabalho. —Esse é meu garoto— disse o T-Rex. —Agora, faça o que você veio fazer aqui. Quebre aquele filho da puta, para que possamos ir para casa. Stripper assentiu, centrado em si mesmo, e depois voltou para a sala de aula. Seus pulmões encheram instantaneamente com o cheiro de Wilbur, fazendo os dentes de trás de Stripper apertarem de necessidade. Ele parou ao lado da porta para ver Wilbur usando o quadro-negro. Stripper olhou para o que o homem havia escrito. O título dizia ‘Lista’, e abaixo disso, o primeiro item era o de ter relações sexuais. Estava presente algum tipo de código? Wilbur estava deixando algum tipo de mensagem para seus contatos? O segundo item era para se tornar um pai melhor para seu animal de estimação. O terceiro era aprender a se afogar a seco com roupa de mergulho. Que diabos? Stripper pigarreou. —Sente-se, Sr. Reno. Wilbur deixou cair o giz e engasgou quando ele girou como se Stripper tivesse lhe assustado. O terno do humano estava amassado da água que Stripper jogou sobre o homem, e seu cabelo castanho-avermelhado estava espetado em todos os ângulos. Wilbur parecia uma bagunça quente e tão fodidamente adorável que Stripper estava ficando duro. —Estamos de volta a isso de novo?— Wilbur perguntou enquanto seus olhos verde-esmeralda se arregalaram. Stripper pegou a cadeira mais próxima a ele e a virou antes que dele a montar. Ele apoiou os braços nas costas e apontou para outra cadeira. —Sente-se.
Wilbur se manteve de costas para as janelas com tábuas, quando ele deslizou para a direita. Ele pegou a cadeira e sentou-se, juntando as mãos em seu colo. —Como posso convencer você de quem eu realmente sou? —Eu faço as perguntas — Stripper afirmou, tentando permanecer distante e não afetado pelo cheiro forte preso no ar, mesmo que cada célula de seu corpo exigisse que ele tomasse Wilbur ali, sobre a mesa empoeirada do professor. Wilbur era diferente, o coração de Stripper jurou, embora sua mente lutasse nesse conhecimento instintivo. A cabeça de Wilbur balançava com um aceno de cabeça. —Então você pode perguntar quando eu posso ir para casa? Eu não tive nada para comer, e quando meus níveis de açúcar caem, eu fico um pouco tonto. —Você é diabético? —Borderline1. Meu médico tem me monitorado desde que eu era uma criança pequena, e, juntos, nós conseguimos manter-me de tornar um completo viciado em remédios. —Wilbur dedilhou os dedos sobre os joelhos. — Você tem uma barra de chocolate no bolso ou um pacote de açúcar, talvez uma sobra de M & M que caiu do saco? Stripper
estava
simplesmente
fascinado
por
essa
criatura
maravilhosa. Wilbur não era o que a maioria das pessoas consideraria surpreendente ou mesmo bonito, mas ele era totalmente sexy para Stripper. Wilbur levava um pouco mais de peso do que se consideraria um modelo magro, mas parecia bom no cara. O homem tinha uma bunda gorda, quadris largos, e era grosso em todos os lugares certos. Stripper foi ficando cada vez mais duro a cada segundo. Ele tentou mais uma vez desligar suas emoções, para se tornar o militante letal que ele
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É chamado "Borderline" o transtorno de personalidade na qual quase todos nós conhecemos indivíduos pessoas que se consideram ou são consideradas como "Impulsivas" "Irritadiças" entre outros adjetivos.
tinha sido treinado para ser. Stripper tornou-se rigidamente duro, e estreitou os olhos. —Pare com essa besteira, Sr. Reno. Quero saber onde... —Senhorita O'Connor esta — Wilbur terminou por ele. —Nenhuma pista. —Você a raptou em uma tentativa de extrair os códigos dela. Agora me diga onde você a deixou ou... —Você vai me deixar entrar em um coma diabético?— Wilbur lambeu os lábios, e Stripper reparou como o suor começou a recolher sobre a testa do homem. Poderia ser o fato de que Wilbur, ou Nicolas ou quem quer que este homem fosse estava nervoso. Ele queria se levantar e verificar o ser humano, mas se Wilbur estivesse o enganando, Stripper não seria feito de bobo. Ele nunca esteve em tal conflito em sua vida. Ele tentou resistir, para ver se Wilbur estava fingindo. O cara estava tremendo mais cedo, de modo que não era nada novo. Stripper não estava caindo para... o cara poderia ficar mais pálido? Stripper olhou nos olhos verdes de Wilbur. —Hey? Wilbur piscou e olhou para o quadro-negro. Sua cabeça moveu-se ligeiramente de lado a lado enquanto seus olhos continuavam a agitar-se rapidamente. —Você nunca irá me deixar usar o banheiro? Seria algum tipo de truque? —Você já usou o banheiro. — Stripper fechou os dedos, resistindo à vontade de ir para o homem. A cabeça de Wilbur subia e descia. —Eu lembro. Inalando profundamente, Stripper cheirou algo estranho misturado com o cheiro de Wilbur. O quarto ainda tinha a fragrância de chuva de verão quente e alcaçuz, mas havia um toque de ... Stripper inalou novamente.
—Eu estou fedendo?— Wilbur cheirou sob seus braços. —Eu poderia, após o que você me fez passar. —Você não fede. — Não no sentido humano. Mas em um nível sobrenatural, algo estava errado. Stripper simplesmente não conseguia colocar o dedo sobre o que o cheiro o lembrava. —Foda-se!— Wilbur gritou e pulou de seu assento, andando como se agitado. —Estou cansado dessa besteira. Deixe-me ir para casa. —Senta. Ai. —Eu não vou sentar. Eu não vou ficar aqui por mais um momento. Wilbur correu para a porta, mas Stripper foi para cima e tinha o homem em torno de sua cintura em um segundo. Wilbur lutou para se libertar e, finalmente, Stripper teve de envolver seus braços em torno do ser humano fixando-os no peito de Wilbur. —Acalme-se!— Estando tão perto, Stripper reconheceu o odor. Suor do homem cheirava a bile. Que diabos? Ele podia sentir o pulso de Wilbur batendo rapidamente, e o cara se sentia úmido. Wilbur não estava fingindo. Stripper liberou o homem e se dirigiu para a porta. Legend estava fora, segurando alguns pacotes de açúcar na mão. —Agarrei da caixa que Shott transporta para o café. —Obrigado. — Stripper os agarrou e voltou para a sala de aula. Wilbur não se moveu. —Sinto muito— disse Wilbur. —Eu prometi que não iria sair, e eu apenas tentei. Stripper entregou Wilbur os pacotes. —Coma estes. Wilbur rasgou-os, esvaziando cada pacote em sua língua. Stripper olhou para a porta para ver tanto Legend quanto T-Rex olhando. Enquanto Wilbur digeria o açúcar, Stripper voltou para o corredor. —E se ele não estiver fingindo? Você está disposto a matá-lo para provar um ponto? Dando ao cara uma refeição não poderia machucar.
T-Rex não parecia satisfeito. Ele tinha uma confiança inabalável uma vez que esta tarefa começou. Houve falta de arrependimento nos olhos do homem, e isso só irritou Stripper. Quando T-Rex falou suas palavras contradisse sua expressão. —Eu já enviei Shott para ir pegar algo rico em carboidratos. Pelo menos o homem tinha uma consciência. Se T-Rex tivesse dito não, Stripper teria que lutar tanto com seu comandante quanto Legend. Shott teria tentado acalmar todo mundo, mas não haveria ninguém para acalmar Stripper. Mais uma vez ele se perguntou o que diabos tinha acontecido com ele. Mas ele já sabia a resposta. Seu urso queria Wilbur, queria proteger o homem, queria envolver o ser humano em caixas de algodão e mantê-lo seguro do mundo. Shott se moveu pelo corredor com passos firmes,
segurando um
saco em sua mão. —Deli2 há uma quadra. Serviço rápido. Stripper encontrou Shott no meio do caminho e tomou o saco. —Obrigado. — Ele virou-se e voltou para a sala, ignorando o estranho olhar que estava recebendo de todos os três homens. Os olhos de Wilbur, foram para o saco. —Isso é para mim?— O cara estava pegando o saco antes de Stripper dar uma resposta. Wilbur virou a bolsa em cima, deixando cair o sanduíche na mão em espera. Ele desembrulhou-o e deu uma mordida, seus olhos rolando para trás enquanto mastigava. —Sente-se. — O tom de Stripper era um pouco menos imponente. — Eu não preciso de você cair e rachar sua cabeça em qualquer coisa. —Isso é tão bom— disse Wilbur enquanto mastigava. —Eu não sei como você conseguiu isso tão rápido, mas obrigado. — Ele recuou e, em seguida, sentou-se. Stripper observou como Wilbur comeu. 2
Uma rede de restaurantes.
—Melhor? —Eu estarei em 15 minutos. — Wilbur levantou a outra metade da sua comida. —Quer um pouco? O homem só surpreendia Stripper. Ele ergueu a mão. —Isso é para você. Por que diabos Stripper se sentia melhor sabendo que o ser humano estava sendo cuidado? Ele não se sentia assim quando sequestrou o cara e empurrou-o para dentro da van. Não houve emoções estranhas quando puxou Wilbur para o porão e o amarrou na cadeira. Ele estava pronto para torturar o ser humano para conseguir o que ele precisava. E agora ... Wilbur suspirou quando terminou o sanduíche e amassou o papel em que o tinha envolvido. —Obrigado ... Qual é o seu nome? —Não é importante.— Embora Stripper quisesse dizer a ele. Ele estava mesmo disposto a confessar o seu nome de nascimento embora ninguém ligasse para ele. Gah, ele realmente estava se perdendo. —Agora que você já comeu, eu quero que você baixe as calças. Os olhos de Wilbur se arregalaram quando apertou o papel em sua mão o enrugando. —Você quer que eu faça o quê? Nicolas Reno tinha uma marca de nascença na bochecha esquerda de sua bunda. Era grande e marrom. Stripper sabia disso a partir dos registros médicos que ele hackeou. Se esse cara não tivesse a marca de nascença, então ... Bem, eles o levariam de lá. —Eu não vou fazer sexo com você. — Wilbur levantou-se e recuou até que ele encostou contra o quadro-negro. —Você é bonito e tudo mais, mas eu não sou esse tipo de cara.
—Não é gay?— Ele não conseguia manter o sarcasmo fora de seu tom de voz, porque um flash de ressentimento rasgou através dele. A cor de Wilbur estava voltando, e era uma máscara profunda de vermelho. —Isso não é da sua conta. Stripper apontou para o quadro-negro atrás de Wilbur. —Número um em sua lista. Wilbur se virou e olhou para a lousa como se ele nunca tivesse visto isso antes. Ele franziu a testa e, em seguida, usou a mão para borrar as letras. Eram manchadas, mas ainda eram legíveis. —Eu estava entediado e pensei que você ia me matar. —Eu ainda posso. — Stripper atravessou a sala e prendeu Wilbur. — Agora baixe as calças maldição. Ele precisava saber. Queria saber se era Reno ou Wilbur que estava deixando Stripper insano. Se este era Reno, ele teria o prazer de matar o homem depois que ele tivesse as respostas que procurava. Ele gostaria de ter pensado nisso quando derrubou o cara. Mas Stripper estava determinado no momento que pegou o homem certo. Agora só a marca de nascença lhe diria a verdade. —Não— Wilbur cruzou os braços sobre o peito. —Você acha que um sanduíche Deli está me pagando o jantar? Eu não tiro as roupas no primeiro encontro, especialmente não um barato. Stripper se inclinou para perto, seus rostos a centímetros de distância. Ele franziu o lábio superior e rosnou suas próximas palavras. —Esta não é a porra de um encontro. Você tem cinco segundos para soltá-los, ou eu vou arrancá-los do seu corpo.
Capítulo 3 — Algo não está certo. — Disse T-Rex, quando entrou no escritório da escola abandonada. — Você realmente acha que o cara está dizendo a verdade?— Legend perguntou enquanto caminhava atrás de T-Rex. — Será que ele realmente é este Wilbur Castro? — Não é isso. — T-Rex respondeu. — Quero dizer Stripper. Algo aconteceu com ele. Giovani Zolton, o nome real de Stripper, era um dos interrogadores mais ferozes que T-Rex conhecia. O cara nem sempre usava a força bruta, mas ele sempre conseguia o que estava procurando. Stripper era astuto e poderia enganar qualquer um em dizer a ele o que ele queria saber. Mas, como T-Rex tinha escutado a transmissão ao vivo tocando no escritório mais cedo, ele sabia que Stripper agiu de modo anormal. — Pode ser que Wilbur seja seu companheiro. — disse Shott tão despreocupadamente que a notícia não registrou na cabeça de T-Rex em primeiro lugar. Ele virou-se, olhando para Shott como se o homem tivesse acabado de declarar que as armas eram ilegais. Os olhos de T-Rex se arregalaram. — Cala a boca. — Disse T-Rex. — Nem sequer brinque com algo assim. Fazia três anos desde que a última pessoa tinha acasalado. Rowdy e Cameron eram muito felizes, e T-Rex estava cercado por homens acasalados. Ele, Shott e Stripper eram os últimos solteiros em casa, e queria mantê-lo assim. Quando um dos ursos encontrava seu companheiro, eles perdiam sua mente. — Ele pode estar certo. — Disse Legend. — Stripper nunca foi tão gentil para alguém quando os interrogou. Isso só poderia significar uma coisa.
— Legend se sentou em uma das mesas e chutou seus pés à frente. — É hora de conhecer o material de berçário que está armazenado no sótão. T-Rex arrancou a porta do escritório aberta e seguiu pelo corredor. Legend pulou e foi no seu encalço, tentando o seu melhor para esconder um sorriso. — Vá com calma com ele. — Inferno. — T-Rex latiu. —Temos que descobrir quem sequestrou Sra. O'Connor e parar Reno antes que ele venda as informações que já recolheu. Não temos tempo a perder. Ele parou do lado de fora da porta e olhou através do vidro. Arreganhou os dentes quando viu os dois contra a parede, Stripper olhando Reno como se ele quisesse transar com o cara. Seus rostos estavam a centímetros de distância, perto demais, na opinião de T-Rex. Eles iam foder tudo. T-Rex abriu a porta e entrou. — Qual é o cheiro de Reno? As sobrancelhas de Stripper franziram quando ele se virou para olhar para T-Rex e Legend. — O quê? — Qual é o cheiro de Reno?— T-Rex repetiu. — Como diabos eu vou saber?— Perguntou Stripper. T-Rex estava a segundos de distância de bater no bastardo. Ele não mataria Stripper, mas ele iria feri-lo o suficiente para uma viagem ao hospital apenas para levá-lo longe de Reno. Esta era uma missão, não um serviço de encontros. Se Stripper realmente estava caindo para o inimigo ... Droga. — Ele. — T-Rex finalmente apontou para o homem encurralado contra o quadro-negro. — Como é que ele cheira?
A expressão cautelosa que cruzou os olhos escuros de Stripper disse tudo. O olhar gritava para recuar e afastar-se. A letalidade nos olhos de Stripper era tangível. — Calma, T-Rex. — Legend advertiu. — Você está falando com seu urso agora. — Dane-se seu urso. — T-Rex estalou. Ele deu um passo para dentro da sala, mais perto de Reno, quando Stripper rosnou. A porra do cara rosnou. As feições de Stripper escureceram, e não havia dúvida do desafio em seu tom. — T-Rex. — Legend disse seu nome lentamente. — Você está colocando em risco a missão. — T-Rex disse a Stripper. — Vá para o escritório com Shott. Legend vai assumir. — O inferno que ele vai. Agora saia daqui para que eu possa terminar com Wilbur. — Ele não é Wilbur! — T-Rex nunca tinha perdido a cabeça assim em uma missão antes. Ele estava fervendo e pronto para arrancar a cabeça de alguém. Ele respirou fundo e concentrou-se. Antes que ele pudesse dizer outra palavra, ele ouviu o som de algo metálico caindo fora da porta. Legend olhou para T-Rex antes de dar um passo atrás e olhar no corredor. Quando seus olhos se arregalaram, o estômago de T-Rex se apertou. — Granada!— Ele pulou para o chão, enquanto T-Rex caiu atrás da mesa, empurrando-a para usar como escudo. Stripper e Reno foram ao chão, quando a explosão detonou. A cortiça caiu da parede. O teto de suspensão mofado perdeu alguns painéis que caíram no chão. O vidro da porta da sala de aula foi destruído. — Shott! — T-Rex disse antes de ficar de pé e correr. Ele tossiu através da nuvem de gesso e chutou para o lado destruindo portas do armário quando arrastou sua bunda pelo corredor. Seus ouvidos zumbiam, mas T-Rex estava determinado a chegar a Shott.
— Que porra é essa? — Shott apareceu do lado de fora da porta, arma na mão, tossindo também. — Será que esse merdinha tinha uma granada no bolso? — Não foi Reno. — T-Rex empurrou Shott para o escritório e bateu a porta. Ele esperou até que o zumbido nos ouvidos parasse antes de dizer — Alguém não quer que falemos com ele. — Ou isso ou a segurança nesta área tem de levar seu trabalho a sério. — Os dois se moveram em direção à porta, e T-Rex pode finalmente ver que a nuvem de poeira tinha desaparecido. O corredor estava vazio, mas ele não queria correr nenhum risco. — Arrume nossas coisas. — Ele disse a Shott. — Vamos sair daqui. Enquanto Shott arrumava o equipamento, T-Rex falou no fone de ouvido. — Você e Stripper tragam Reno até o escritório. Estamos evacuando. Eles haviam sido atacados, e os seus homens quase foram mortos. TRex queria o culpado, e queria ele ou ela para ontem. Ele não aceitava que seus homens quase fossem explodidos. Shott tinha o equipamento desmontado e embalado em menos de dois minutos. Legend tinha assumido a liderança quando ele conduziu Stripper e Reno para o escritório. Quando todo mundo estava na mesma sala, T-Rex olhou para Reno. — Quem diabos apenas tentou nos explodir? — Seu tom era ameaçador e cheio de raiva. Stripper se colocou entre eles, seus olhos se estreitando. — Não foi Wilbur. T-Rex não estava disposto a ficar ali e discutir. Ele tinha coisas mais importantes para se preocupar do que a deficiência de Stripper. Os cinco deles tiveram sorte de sair do prédio vivos. Eles teriam que encontrar outro lugar
para esconder Reno até que T-Rex pudesse descobrir quem estava por trás do ataque.
Wilbur agarrou o braço de seu sequestrador em um estrangulamento mortal. Ele não podia acreditar que ele estava olhando para mais três homens. Dois deles tinham entrado na sala de aula. O mais alto tinha assustado o inferno fora dele. O nome dele era realmente T-Rex? Que tipo de nome era esse? — Mantenha Reno na sua mira, Stripper. Stripper. Wilbur finalmente tinha um nome para colocar com a face. Mas isso não poderia ser seu nome verdadeiro. Nenhuma mãe em sã consciência iria nomear seu filho de Stripper. Então, por que ele tinha esse nome, e por que a resposta possível fazia os dentes de Wilbur moer juntos? — Oh, devemos estar usando nomes com Reno ainda ao redor?— Disse um homem que Wilbur ainda não tinha visto. Ele usava uma camisa de manga curta e tinha uma tatuagem tribal em seu bíceps direito. O cara era construído como um linebacker3. Ele era muito bonito. Todos os homens eram. Ele sentiu como se tivesse pisado em uma sala cheia de GQ4 de modelos militares. Mas o mais bonito de todos era o seu sequestrador. Ele não deveria pensar assim. Wilbur deveria estar tentando encontrar uma maneira de sair dessa. Mas as sexys características masculinas de Stripper eram intimidadoras e de parar o coração. A parte superior do corpo 3 4
Uma das posições de futebol americano. Tipo nossa G Magazine kkk.
do homem segurava proporções perfeitas, de musculoso e rasgado. Ombros largos afilando para baixo para reduzir nos quadris e o que tinha de ser o melhor bumbum que Wilbur já tinha visto em sua vida. Wilbur queria quebrar um dente mordendo o homem. O cabelo louro de Stripper era cortado estilo militar. A cor misturavase perfeitamente com os olhos do homem. Sobrancelhas cortadas paralelas e maçãs do rosto acentuadas faziam dele delicioso de se olhar. Poder e força vazavam por todos os poros do corpo do homem. E essa voz. Wilbur amava um homem com uma voz profunda, e a de Stripper era um barítono letal. Era ligeiramente rouca, rica e escura, como a melhor fricção aveludada contra os sentidos. Wilbur involuntariamente estremeceu. Stripper também tinha tatuagens. Como um bad boy. Em seu bíceps esquerdo era um padrão estranho. Havia um dragão em seu bíceps direito, e algum tipo de escrita chinesa em seu antebraço direito. Wilbur queria contorná-los com a língua. Que diabos havia com ele? Ele nunca esteve babando por alguém assim, especialmente alguém que o havia sequestrado. Talvez ele estivesse finalmente quebrando sob a pressão. Alguém tinha acabado de tentar explodi-los depois de tudo. Quando Stripper olhou para ele, Wilbur quase desmaiou. O homem era alto e perigoso, e ele se perguntou como Stripper parecia nu. Stripper estendeu a mão e apertou o dorso da mão na testa de Wilbur e depois seu rosto quando eles silenciosamente rastejaram pelo corredor. As características do homem estavam mascaradas, mas seus olhos tinham uma riqueza de emoções. Wilbur nunca foi bom em decifrar expressões faciais, mas ele notou que os olhos de Stripper não eram perigosos. Eles se suavizaram. O que isso significava?
mais punhais
Os homens pararam. T-Rex levantou a mão. Ele fez algum sinal estranho, e então o homem com a tatuagem tribal rompeu com o grupo e moveu-se rapidamente para a parede oposta. Wilbur mordeu o lábio inferior e esperou. Seu coração batia forte como seu aperto no braço de Stripper. Stripper acariciou o quadril de Wilbur e depois colocou a mão lá. Este era um comportamento muito estranho para um interrogador. Não que Wilbur estava reclamando. O calor da mão de Stripper atravessou as calças de Wilbur. E Wilbur se viu desfrutando do contato. Wilbur estava confuso, mas ele também estava excitado. Este não era o momento apropriado, mas ele não podia negar a maneira como seu corpo estava reagindo à proximidade da grande musculatura de Stripper. Agora que o cara não o estava ameaçando, Wilbur podia apreciar o delicioso homem bonito. Ele tentou olhar em qualquer lugar, longe de Stripper. O homem era uma distração, e Wilbur necessitava
estar atento. Não só ele precisa
sobreviver a quem os atacava, mas ele também precisava fugir desses homens. Mas ele não podia ignorar como ele se sentia. Stripper o tocando, fez o corpo de Wilbur se tornar muito sensível, muito quente, pois o calor começou a incendiar dentro dele. Droga, ele estava ficando de pau duro apenas segurando o braço do homem. T-Rex fez aquela coisa estranha com as mãos novamente, e então os homens começaram a se mover. Wilbur não tinha ideia de como sobreviver a uma situação como esta. Ele ia ter que depender exclusivamente de Stripper para mantê-lo vivo. Isso não era irônico? Ele pensou que a coisa mais difícil que ele fazia em sua vida era tentar manter um peixe vivo. Bem, isso e tentar não destruir a amizade de longa data entre o seu pai e Sr. Fiber.
Wilbur foi empurrado para a frente quando os homens fizeram uma pausa. Passaram através das portas de trás e correram num caminho de concreto, cheio de ervas daninhas. Wilbur foi empurrado para a parte traseira de uma caminhonete preta com vidros escuros. Ele teve tempo apenas o suficiente para entrar antes que mais dois homens pularam na parte de trás com ele. Um deles era Stripper. T-Rex assumiu o volante quando o homem com a tatuagem jogou duas caixas-pretas na parte de trás e, em seguida, correu para o lado do passageiro. Os pneus cantaram quando o SUV voou para frente e, em seguida, T-Rex ligou o motor e o veículo acelerou pela rua. —O vidro é à prova de balas. — Stripper informou. Wilbur torceu suas mãos em seu colo enquanto ele assistia os edifícios passarem por ele. Agora, como é que ele ia fugir? Ele não tinha ideia de para onde eles o estavam levando. —Mas você não é. — T Rex disse do banco da frente. — Tente qualquer coisa Sr. Reno, e eu vou colocar uma bala entre os seus olhos. Wilbur sentiu Stripper tenso. Os olhos do homem pousaram na parte de trás da cabeça de T-Rex, mas Stripper não disse nada. Toda a sua vida Wilbur tinha sido muito gentil para seu próprio bem. Mesmo agora, quando ele sabia que deveria pensar em uma maneira de escapar, ele não quis voltar atrás em sua promessa para Stripper. Wilbur precisava de sua cabeça examinada. O cara o tinha sequestrado e ameaçado, e tudo em que Wilbur podia pensar era em manter sua palavra. Atravessaram Junction City, passando por um conjunto de trilhos de trem, em seguida, T-Rex virou a esquerda, saindo da cidade. Wilbur estava feliz que ele ainda estava vivo, mas não tinha vontade de sair da cidade. Ele tinha um emprego, uma casa e uma vida. Isso despertou sua raiva e se virou para Stripper, pronto para dar ao homem um pedaço de sua mente. —Você poderia me dizer para onde estamos indo?
Stripper balançou a cabeça. — Isso não é importante. —Você diz muito isso. — Wilbur estava ficando extremamente cansado dessa resposta. Ele queria saber o que estava acontecendo, quem era o Sr. Reno, e por que ele tinha sido sequestrado. Acima de tudo, ele queria saber por que ele estava atraído por Stripper. Poderia ser síndrome de Estocolmo? Ele achava que não. Wilbur não estava relacionado com o cara. Ele só queria Stripper para saltar em seus ossos. —Isso deveria lhe dar uma pista. — Stripper estava de volta ao seu comportamento frio. Wilbur estava pronto para socar o homem em seu nariz. Em vez disso, sentou-se ali e resmungou. Depois de andar por quase duas horas, T-Rex pegou uma estrada de terra com fileiras de milho em ambos os lados da mesma. A estrada era esburacada e Wilbur continuou até que o SUV parou fora de um celeiro degradado. Quando eles saíram do caminhão, o calor sufocante bateu Wilbur no rosto. Ele não tinha percebido o quão quente estava quando eles deixaram o último edifício. Provavelmente porque ele estava muito apavorado para prestar atenção. Ele começou a suar, a camisa agarrada a ele quando olhou ao redor. Havia uma grande fazenda à esquerda e silos pouco além do celeiro. O ar cheirava a estrume de vaca, e Wilbur ofegou, não podia cobrir seu nariz. Uma variedade de equipamentos agrícolas estavam espalhados. Ele endureceu quando alguns cães vieram correndo de trás da casa, latindo. —Eu tenho medo de cães. — Disse ele a Stripper. — Será que eles mordem? —Eu não tenho ideia. — Respondeu Stripper. — Por que você não tentar acariciar um? Wilbur estreitou os olhos.
—Você não é um homem muito bom. — O que era uma contradição com a maneira que Stripper tinha agido antes. O cara era Doutor Jekyll e Sr. Hyde. Num minuto ele era letal e intimidador, no próximo ele era simpático e educado. Wilbur estava recebendo uma enxaqueca tentando lidar com as múltiplas personalidades de Stripper. Wilbur quase engoliu a língua quando o homem mais alto e maior que ele já tinha visto saiu para a varanda. O cara era ainda mais alto do que o TRex. Ele usava um chapéu de cowboy, botas de trabalho, calças jeans empoeiradas e a palavra Golias veio à sua mente. —Jeremiah. — O sorriso de T-Rex era enorme quando ele atravessou o pátio com a mão estendida. —Há quanto tempo não nos vemos. A mão de Jeremiah engoliu a de T-Rex quando os dois apertaram. Os notáveis olhos azul-claros de Jeremiah se viraram para Wilbur e se fixaram nele. — Esse é o cara? Wilbur deu um passo para trás. Ele tinha certeza de que seu nariz estava na altura do umbigo do homem. Uma das mãos musculosas do cara se encaixariam perfeitamente ao longo de todo o rosto de Wilbur e uma parte de sua cabeça. Ele podia assustar Wilbur até à morte. Ele tentou se encolher atrás de Stripper quando os cães se aproximaram dele. Wilbur engoliu em seco enquanto seus dedos agarraram a parte de trás da camisa de Stripper. — Calma cachorrinhos... —Coloque-o no celeiro. — T-Rex disse ao homem com a tatuagem tribal descarregando algumas coisas da parte de trás do SUV. Wilbur rapidamente balançou a cabeça. — Mas eu não quero ir para lá. Você não pode me interrogar na varanda da frente com uma limonada? Stripper virou e pressionou Wilbur contra o SUV.
—Tudo o que você tem a fazer é deixar cair suas calças e podemos acabar com isso. Cada homem no quintal virou, com os olhos pousados em Wilbur.
Capítulo 4 Stripper encostou seu corpo em Wilbur. Ele deslizou as mãos sobre Wilbur e depois as deixou ao lado do ser humano. —Eu não vou tirar minhas calças para você. — A voz de Wilbur era instável. —Então pare de pedir. Stripper estava plenamente consciente de que todos os olhos estavam sobre eles, e que ele queria matar todo homem que ousou olhar para o humano. Ele fechou os olhos e contou até dez antes de puxar uma respiração profunda. —Então vamos para o celeiro. Embora ele tivesse quase certeza de que aquele homem não era Reno, Stripper não estava totalmente convencido. Ele não podia baixar a guarda. Ele queria. Deus, como ele queria levar Wilbur para o celeiro e transar com ele. Mas, exceto pela marca de nascença, ele tinha que ter certeza de quem era o cara. A atração que sentia em relação ao ser humano foi crescendo, e o urso de Stripper estava rosnando para a ideia de que ele não poderia ter o homem. Ele agarrou os pulsos de Wilbur e puxou o homem junto. — Pare! — Wilbur gritou. —Esse lugar não parece muito higiênico. Se este era Reno, o homem era muito bom em atuar. Stripper estava oscilando à beira de seu controle, pronto para ceder. Ele empurrou Wilbur através da porta do celeiro. O homem pousou na sua bunda. Stripper não tinha a intenção de usar tanta força. Ele xingou baixinho e ajudou Wilbur a levantarse.
—Obrigado. — Disse Wilbur quando se limpou. Stripper se perguntou por que esse cara iria agradecê-lo quando... Não importa. Isso realmente não importa. Stripper estava cansado de ser gentil. — Mostre-me sua bunda. — Mostre-me a sua. — Wilbur cruzou os braços sobre o peito, como se quisesse mostrar a Stripper uma coisa ou duas. Bem, Stripper estava prestes a mostrar a Wilbur algumas coisas. Como o fato de que ele não tinha nenhum problema em ficar nu. Ele puxou a camisa sobre a cabeça, com negligência, jogando-o ao chão. — Desde quando você tem que tirar a camisa para mostrar a bunda? — Wilbur perguntou. — Você desafiou o homem errado quando se trata de mostrar partes do corpo. — Stripper afrouxou o cinto, o tilintar de metal quando ele foi para o botão de sua calça. Wilbur levantou ambas as mãos como se estivesse tentando parar um muro invisível se fechando sobre ele. — Certo. Certo. Certo. Não há necessidade de ficar nu. Eu retiro o meu desafio. As bochechas do homem tinham virado escarlate, lançando seu olhar nervoso. Ele estava procurando uma fuga? Não havia uma. T-Rex tinha ligado e pedido a Jeremiah para garantir o celeiro. Jeremiah era ex militar e sabia exatamente o que implicava o pedido. Não haveria fuga para Wilbur. —Mostre-me seu traseiro. — Stripper disse, repetindo sua exigência. — E tudo isso pode acabar. —Por que você está tão inflexível sobre ver minha bunda nua? — Perguntou Wilbur. — Porque Reno tem uma marca de nascença. Você tem uma? Incerteza penetrou nos olhos verdes de Wilbur.
—Como eu sei que isso não é um truque? —Você não sabe. —Então por que eu deveria mostrar? E se eu colocar minhas calças para baixo e você... — Wilbur ficou um tom mais escuro de vermelho. —Você sabe... Quiser mais? Stripper lambeu os lábios e sorriu. —Então você pode eliminar o primeiro item fora de sua lista querido. — Ele abaixou as calças até os joelhos. Ele estava a comando hoje e estava feliz que ele estivesse. A cabeça de Wilbur virou-se lentamente para o lado, puxando as sobrancelhas juntas. Ele franziu os lábios e, em seguida, bateu em seu queixo. — Eu não estou tentando ser rude ou criticar qualquer parte de você. Você é um homem muito bonito mas... — Ele acenou com a mão em direção a virilha de Stripper. — Suas bolas deveriam ser tão grandes? Elas são como dois cocos pendurados em sua árvore. Eu sinto que elas devem ter um efeito sobre as marés do oceano. —Bom, não é?— Stripper espalmou seu saco e apertou, gemendo enquanto pensava em como os lábios de Wilbur se sentiriam envolvidos em torno deles. Todo mundo sempre fez uma piada sobre suas bolas, mas Stripper estava muito orgulhoso delas. Elas não eram tão grandes como todo mundo dizia, mas era um impulso no ego ouvir isso. Espera, ele deveria estar interrogando Wilbur, não mostrando seus ativos valorizados. —Agora me mostra o seu. — Ele quis dizer como uma exigência, mas saiu mais como um apelo rosnado. Wilbur hesitou. — Prometa-me que você não vai fazer nada contra mim. — Prometo.
O cara não parecia convencido, mas virou-se e abaixou as calças. Stripper teve que morder o lábio inferior quando os dois montes roliços foram revelados. Eles eram cremosamente brancos, perfeitos, e... o pulso de Stripper acelerou. Nenhuma marca de nascença. Este não era Reno. Ele puxou as calças para cima o suficiente para ir para Wilbur e tocálo, mas, em seguida, o telefone tocou. Ele manteve os olhos fechados para não olhar sua bunda quando ele respondeu ao seu telefone.
Iria o cara realmente atender ao telefone? Wilbur ficou lá com a bunda de fora, sem saber se ele devia puxar as calças para cima. Seu coração já estava a mil, e agora seus nervos estavam agitados. Quanto tempo ele teria de ficar assim desse jeito? —Você tem que ir para o quinto nível. — Disse Stripper. — Não, não, não. Ignore as coisas no quarto. O material é inútil. Franzindo a testa, Wilbur se virou. Stripper ainda estava lá com suas bolas e pau de fora, falando ao telefone. Ele tinha um braço dobrado com o telefone pressionado para seu ouvido. —Você tem que matar os cães de guarda. Não, não utilize o Glock. Use o rifle M4. — Stripper revirou os olhos. — Só tome cuidado porque Rei Sangrento gosta de deslocar-se sobre as pessoas e matá-los quando eles estão lutando. Que diabos ele estava falando? As armas, cães, matando as pessoas? Apenas quem era esse cara? Rei Sangrento? Quem era? Wilbur não tinha certeza se queria saber. Stripper ficou lá com o seu material pendurado para
fora, como se fosse uma coisa natural a fazer, como se fosse algo que ele fizesse o tempo todo. Wilbur roubou olhares para a virilha do homem. Ele não podia evitar. Esse era o maior pênis que ele já tinha visto. Não que ele tinha visto muitos. Mas era definitivamente muito maior do que o de Wilbur. Wilbur apenas manteve a sua calça abaixada, sua bunda ainda pendurada para fora. Sua pele corada de vergonha enquanto ouvia Stripper conversando no telefone. Seus olhos se dirigiram para a virilha de Stripper mais uma vez. Qual seria a sensação de ter sexo? Mais importante ainda, qual seria a sensação de ter essa coisa empurrando nele? Com esse pensamento, Wilbur rapidamente levantou a calça e prendeu-a. A realidade tinha resolvido voltar, e o fedor do celeiro começou a fazê-lo querer vomitar mais uma vez. Pela primeira vez ele percebeu cavalos nas baias. Wilbur deu um passo para trás quando ele percebeu que ele estava muito perto de um deles. —Olha, eu tenho que ir. —Disse Stripper no telefone. — Eu estou ocupado. — O homem fez uma pausa. — Sim, bem, alguns de nós temos empregos. Eu te ligo quando chegar em casa. Stripper desligou e balançou a cabeça enquanto grunhia. — Algumas pessoas só precisam ser conduzidas pela mão. — Ele empurrou o seu telefone no bolso e, em seguida, olhou para Wilbur. — Por que você puxou as calças para cima? Iria Wilbur realmente ter essa conversa? Nada disso parecia real. Talvez ele tivesse dormido no escritório e sonhado tudo isso. Mas ele nunca tinha tido um sonho tão vivo antes, e ele definitivamente nunca tinha sonhado com um homem tão bonito. — Você tem a prova agora?
Ele esperava que sim, porque ele não iria mostrar a Stripper sua bunda novamente. O homem já pareceu desapontado porque Wilbur não estava tão nu como Stripper. Ele estava fazendo beicinho? —Olha... — Stripper disse enquanto se movia para frente. Wilbur balançou a cabeça. — Puxe suas calças para cima se você vai falar comigo. — Wilbur estremeceu. — É como uma cobra olhando para mim. Stripper parecia como se tivesse esquecido que seu feijão e salsicha estavam expostos. Ele deu de ombros como se não fosse grande coisa. — Eu só quero pedir desculpas por toda essa confusão. Desde que você não tem a grande marca de nascença, você não pode ser Reno. A menos é claro que você encontrou uma maneira de se livrar dela. Wilbur grunhiu em frustração enquanto tentava mover-se longe de Stripper. —Eu não vou passar por isso com você novamente. Eu mostrei minhas nádegas. Eu não sou Reno. Agora você pode me levar para casa? Stripper estendeu a mão e agarrou o braço de Wilbur, puxando-o para perto. Seus paus colidiram, e Wilbur achou difícil respirar. Ele sentiu o pênis de Stripper encravado entre eles, e ficando mais espesso a cada segundo. A respiração de Wilbur saiu em goles enquanto olhava para os belos olhos castanhos de Stripper. —Você prometeu. — Sua voz saiu ofegante enquanto seu corpo começou a se moldar com Stripper. — Eu prometi não tocar em você quando suas calças caíram. — Stripper acariciou o pescoço de Wilbur e respirou fundo. Quando olhou para cima, seus olhos pareciam brilhar. Sua voz tornou-se baixa e áspera. — Mas eu não vou levá-lo em um celeiro sujo. Não em sua primeira vez. A própria alma de Wilbur parecia derreter com as palavras de Stripper. Muitas sensações correram através de seu corpo, muito calor e
muitos pontinhos de emoções para fazerem sentido. Ele lutou com seu coração acelerado, para aliviar a dureza de sua respiração. Deslizando os dedos pelo cabelo de Wilbur, Stripper agarrou a nuca dele, pegando-o de surpresa, o homem derrubou a cabeça de Wilbur de volta e baixou a sua. A língua de Stripper roçou os lábios de Wilbur e acariciou dentro em um impulso provocando o que teve os dois perdendo o fôlego quando o beijo se aprofundou para muito mais do que um ataque suave. Stripper incendiou Wilbur. Não havia outra maneira de descrevê-lo. O homem o fez queimar com a necessidade e se afogar em uma fome de ser possuído. Sua mão deslizou para cima no peito de Stripper quando seus sentidos foram despertados. Wilbur começou a se abrir. Ele permitiu que Stripper explorasse sua boca enquanto as mãos do homem agarravam sua bunda. Ele não queria viver com mais nenhum arrependimento. Ele sacrificou muito para fazer os outros felizes, mas ele queria ser ganancioso, egoísta e, por uma vez, encontrar a felicidade para si mesmo. Ele queria ser selvagem e livre com Stripper. Ele não se importava mais que Stripper o tinha sequestrado. Tinha sido um mal-entendido, um engano. Ele perguntou à sua racionalidade, mas não podia negar o vínculo estranho que parecia estar se formando entre eles. Era como se ele não pudesse chegar perto o suficiente do cara. Uma coisa era verdade porém, Wilbur estava cansado de viver pela expectativas de outras pessoas. Ele queria jogar a precaução ao vento e se divertir por uma vez, para viver o momento. —Olhe para você. — Stripper disse contra os lábios de Wilbur antes de beliscá-los sedutoramente. —Você está um pouco tímido, não é? Wilbur balançou a cabeça.
— Mais como um gatinho domesticado. Mas eu vou ser um gato selvagem se você me mostrar como. —Wilbur piscou para Stripper e disse — Meu prazer. — Ele seguiu a palavra com um ronronar suave. As narinas de Stripper queimavam antes que ele balançasse a cabeça e a abaixasse mais uma vez, exigindo outro beijo. O calor cresceu entre eles quando Wilbur cedeu ao prazer. —Toque-me. — A voz de Stripper soou tensa. — Eu preciso sentir sua mão me envolvendo. Wilbur estava pronto para fazer qualquer coisa que Stripper exigisse dele. O sentimento de puro abandono era incrível. Era realmente triste que Wilbur nunca tinha conhecido paixão como essa, e tudo o que o homem estava fazendo era beijá-lo. —Deus! Caramba!— T-Rex entrou no celeiro. — Você deveria estar interrogando-o. Não metendo a língua na garganta dele. Pela primeira vez desde que conheceu estes homens, Wilbur queria chutar T-Rex na canela pela interrupção. A mão dele estava a centímetros do pênis de Stripper e Wilbur estava meio tentado a agarrá-lo de qualquer maneira. Stripper em seguida, puxou as calças para cima, virou-se e deu um ameaçador rosnado baixo. —Pelo menos me diga que você conseguiu as informações que precisamos antes de decidir molestá-lo. — Disse T-Rex. Wilbur sentiu sua pele se aquecer no constrangimento de ser pego em flagrante. As mãos de Stripper o apertaram. — Esse não é Reno. Eu verifiquei para a marca de nascença e ele não a tem. Os olhos do T-Rex caíram para a bunda de Wilbur, e Wilbur tinha um desejo de esconder a sua parte traseira. —Você tem certeza?— Perguntou T-Rex.
—Eu examinei o seu traseiro. — Stripper respondeu. —Além de estar em uma forma muito boa, não tem nenhuma marca. Eles ficaram ali falando sobre a bunda de Wilbur como se não fosse grande coisa, uma conversa cotidiana. Se T-Rex pedisse para ver seu traseiro nu, Wilbur iria gritar. Em vez de ficar aliviado, a expressão de T-Rex escureceu. —Então, onde está o verdadeiro Nicolas Reno? —Eu não acho que ele fugiu do país ainda. — Disse Stripper. — Nós ouvimos que ele tinha conseguido os códigos. —Que códigos?— Perguntou Wilbur. —É uma longa história. — Disseram Stripper e T-Rex, ao mesmo tempo. — Mas precisamos devolver Castro para a sua vida. — T-Rex acrescentou. O pensamento de ir para casa para seu peixinho já não agradava Wilbur. Ele teve um vislumbre de emoção e agora estava viciado. Ele não queria voltar ao seu chato, trabalho estressante ou seu apartamento vazio. Wilbur tinha pessoas com as quais se misturava, mais ninguém que pudesse chamar de amigo. Como patético que parecesse, ele queria ficar com os caras que o tinham sequestrado. Ele era realmente tão solitário? Wilbur tentou negar o fato, mas ele sabia que era verdadeiro. Ele puxou sua determinação e assentiu. —Isso vai ser bom para mim. Ele não era um perdedor, e ele não estava sozinho. Ele tinha uma vida. Tão emocionante como tudo isso tinha sido, ele precisava ir para casa. Esse sentimento de querer ser selvagem e livre era apenas um subproduto do que Stripper estava fazendo com ele. Wilbur era uma pessoa responsável, e ele tinha obrigações. Além disso, Wilbur não era um homem rico. Ele não podia simplesmente largar tudo e ir perambulando atrás de uma aventura. Ele tinha contas para pagar.
A máscara caiu sobre o rosto de Stripper quando ele se afastou de Wilbur. Ele colocou a calça de volta no lugar e saiu do celeiro, camisa esquecida. —Se você for para o SUV, nós vamos dar-lhe uma carona para casa, Sr. Castro. Eu realmente sinto muito pela confusão. — T-Rex disse antes dele também sair do celeiro. Wilbur ficou ali de pé, olhando para a porta escancarada. Ele correu para a camisa de Stripper e a pegou. Ele tinha a intenção de devolvê-la, mas em vez disso, ele apertou-a, enrolou-a, e depois a enfiou no bolso. Era volumoso, mas Wilbur não se importava. Ele não tinha certeza de por que ele estava mantendo a camisa, mas ele se sentia melhor sabendo que ela estava lá. Ele saiu do celeiro para ver os homens de pé ao redor do veículo. Mesmo Jeremiah estava ali de pé, uma cabeça mais alto do que todos os outros. Wilbur odiava que todos os olhos estavam sobre ele, mas ele manteve seu passo certo e confiante. Quando chegou ao SUV, T-Rex abriu a porta de trás. Wilbur deslizou dentro e cruzou as mãos no colo. Para sua decepção, Stripper sentou na frente. O homem não olhava para ele. Talvez tenha sido melhor assim. Era melhor que Wilbur deixasse o dia de hoje para trás. Ele precisava esquecer a emoção e terror que ele tinha vivido. Não importava que hoje tivesse sido o primeiro dia em que ele se sentiu vivo. Ele estava indo para casa, tentar não matar seu peixinho, e voltar à sua rotina normal. Pela primeira vez em cinco anos, Wilbur tinha perdido um dia de trabalho. Ele tinha certeza de que o Sr. Fiber não iria explodir uma junta ou demiti-lo. Talvez. Wilbur poderia até ir visitar seus pais neste fim de semana. Pelo menos agora ele tinha algo para olhar para frente. Quando o SUV se afastou, Wilbur deu uma última olhada na fazenda. Seus olhos brilharam ao longo do
celeiro, e sua pele se aqueceu com a memória do beijo mais quente que ele já teve. O homem ao lado dele, o único com a tatuagem tribal cutucou Wilbur na perna e, em seguida, estendeu a mão. — Realmente sinto muito pelo que aconteceu. Sou Shott. Wilbur apertou a mão do homem. — Onde estamos exatamente?— Uma vez que ele não era mais considerado uma ameaça, Wilbur sentiu-se seguro para perguntar. —Bear County. —
Shott respondeu. Wilbur sabia onde era. Era o
município mais próximo de Junction City. Ele viu pela janela que ele estava sendo levado para casa. Quando o caminhão parou em sua garagem, ele olhou para Stripper novamente, mas o homem estava olhando para frente. T-Rex saiu e abriu a porta de trás, ajudando Wilbur a sair do veículo. Ele enfiou a mão no bolso e entregou um cartão a Wilbur. —Desde que te devo uma por isso, ligue se você precisar de um favor. Wilbur olhou para o cartão. A empresa era Guarda-Costas Executivos. Uau. Esses homens eram legítimos. Eles eram profissionais. Fez Wilbur ainda mais grato que ele saiu dessa vivo. Ele balançou a cabeça e guardou o cartão. —Obrigado por não me torturar. —Disse ele e, em seguida, apertou a mão de T-Rex — E por me alimentar no almoço. O homem sorriu. — Você realmente é um tipo estranho. Wilbur estava em sua garagem quando o SUV se afastou e decolou.
Capítulo 5 Wilbur estava a caminho da casa de seus pais, para passar o fim de semana com eles. De fato ele não tinha sido demitido, e sua vida estar de volta no lugar, como se o rapto nunca tivesse ocorrido. Mas não tinha como negar que ele tinha sentido falta de Stripper o que era terrível. Todas as noites ele adormecia com a camisa do homem debaixo de sua cabeça, inalando o perfume masculino dele. Muitas vezes pegou o telefone para ligar para o numero que estava no cartão, mas desligou no ultimo segundo. Ele precisava esquecer a aventura que teve e guardar esse momento apenas como uma boa lembrança. —Droga de celular. — Wilbur rosnou quando levantou o telefone acima da cabeça e ainda não conseguiu obter um sinal. Jogou o celular no banco do passageiro enquanto dirigia. Se ele não acreditasse que não deveria desperdiçar as coisas, jogaria o celular pela janela e o veria desaparecer na estrada. Além disso, já era tarde, e não estava pensando direito. Precisava encontrar um motel barato para descansar. Suas costas estavam matando-o por ter permanecido muito tempo sentado, e seus olhos ardiam de olhar para a estrada. Ele não tinha certeza se visitar seus pais foi uma boa ideia. Eles viviam a dez horas de distancia. Talvez devesse ter ligado primeiro. Tinha iniciado a viagem logo após terminar o dia de trabalho, e agora estava arrependido de não ter esperado até a manhã seguinte, para inicia-la. Porem ele queria passar o máximo de tempo possível com eles antes de voltar ao trabalho na segunda-feira. Wilbur disse a si mesmo que essa viajem o ajudaria a esquecer Stripper. O problema é que não estava funcionando. Ao contrario, as horas que já havia passado dirigindo o fizeram pensar ainda mais no homem. O fato de Stipper tê-lo ignorado pelo resto do tempo que passaram juntos tinha lhe
mostrado como ele se sentia. Wilbur não precisava de alguém assim em sua vida. Ele viu mais a frente um sinal que indicava o caminho para um motel. Seguindo as orientações que o levariam ate o motel ele percorreu uma estrada sinuosa sem iluminação publica. Wilbur teve que usar faróis altos para poder evitar bater em alguma criatura que estivesse perambulando pela estrada. A baixa altitude e o nevoeiro espesso davam um ar de mistério. A escuridão e a nevoa que cercavam uma casa mal iluminada dava a sensação de estar entrando em um dos romances de Stephen King. Ele não deveria pensar nisso agora. Sua imaginação fértil não estava fazendo nenhum bem. Finalmente, Wilbur avistou um letreiro vermelho piscando vagamente na escuridão. Era como um farol guiando-o para a segurança. Este lugar era remoto, e duvidava que criaturas ocultas estivessem por ali. Nenhuma das criaturas dos romances de Stephen King viria atrás dele. Depois de estacionar, Wilbur saiu e foi em direção ao escritório. A porta rangeu quando ele a abriu, e um pequeno tilintar soou acima da sua cabeça. Tinha uma pequena televisão em cima do balcão, que estava com o volume baixo. Também tinha uma lâmpada em cima do balcão para iluminar o ambiente, mas era muito fraca. Wilbur atravessou a sala e foi em direção do balcão. —Olá? Houve rangido e um gemido e, em seguida, os sons de pés se arrastando. Seu pulso acelerou. Talvez ele devesse ter dormido no carro. Bem, ele não iria permitir sua imaginação assusta-lo. Wilbur fechou as mãos sobre o balcão e esperou. Depois de sua provação com Stripper e os outros, não deveria ter medo de nada. Ele enfrentou profissionais e viveu para contar a historia, embora não tivesse ninguém para contar. Não que fosse dizer uma palavra de qualquer maneira. Esses homens tinham uma missão, e jamais iria tagarelar
sobre eles e comprometer seu trabalho. Nem que ele pudesse. Afinal não conhecia ninguém importante o suficiente para passar esse tipo de informação. Houve outro gemido, então soou como se algo tivesse caído. Um assalto? Alguém tendo um ataque cardíaco? Zombies? Ele não tinha certeza e estava pronto para sair dali quando um senhor idoso apareceu, amaldiçoando enquanto se aproximava. —Desculpe por isso. Derrubei o livro que estava lendo. Isso não soou como um livro caindo no chão. Mais Wilbur deixo-o ir. O cara era baixo, redondo como um barril, meio careca e o cabelo que restava era acinzentado. Seu rosto era gordo, e seus olhos eram demasiados pequenos para sua face. Ele parecia uma espécie de avô assustador. O homem pegou um cartão no contador e colocou-o na frente de Wilbur. Suas mãos eram cheias de manchas, e sua pele parecia um papel fino. Será que um neto ou alguém mais jovem não deveria cuidar do balcão a essa hora da noite? —Basta preencher isso e vou te dar um quarto. — O homem bateu com o dedo gorducho no cartão amarelado. —Minhas taxas são justas, meus quartos não são sofisticados, mas são confortáveis. Wilbur ouviu um barulho vindo do quarto que o homem tinha saído. Ele olhou para a porta, em seguida, para o cavalheiro em pé a sua frente. Ele deu um sorriso largo a Wilbur, e depois assentiu. —Continue, preencha o cartão. —Vou precisar de caneta. —OH!— O sorriso do senhor se alargou enquanto procurava no balcão. —Que distração a minha. Os olhos de Wilbur foram em direção à porta, mas ninguém apareceu, e ele não ouviu mais nada. Preencheu o cartão e assinou na linha indicada. A maioria dos lugares utilizavam computadores, mas ele não viu nenhum. Havia uma caixa a moda antiga na parede de trás, com dez faixas.
Duas das fendas tinham cartões envelhecidos nele. As outras continham apenas chaves penduradas com o numero do quarto nelas. Este motel era tão retro como retro poderia ser. O tempo parecia ter sido congelado na década de cinquenta ou sessenta. Nada foi atualizado. Wilbur quase pulou quando o relógio cuco soou. Meia noite. Ele olhou para o relógio e viu que era uma replica de plástico barato. Metade da noite já havia passado. —Agora, deixe-me ver. — O homem se virou e olhou para as chaves. Ele as olhava e começou a coçar a cabeça como se estivesse indeciso. Não devia ser tão difícil. Havia oito chaves. Bastava escolher uma. —Quanto custa o quarto?— Wilbur perguntou colocando a caneta sobre o balcão. O homem não pareceu ouvi-lo. Ele continuou a olhar para as chaves, como se fosse uma espécie de enigma a resolver. Dois dos quartos pareciam estar ocupados, era só pegar uma das outras chaves. Ele finalmente pegou a chave do quarto dez. O cara se virou e foi em direção de Wilbur. —Aqui está. —Posso ter o quarto três?— Wilbur perguntou. Ele não gostava da ideia de ficar no ultimo quarto, separado dos outros. Porque não poderia ficar do lado dos outros hospedes? O homem sorriu e pegou o cartão, apertando os olhos enquanto o olhava. —Tudo parece devidamente preenchido. Wilbur ficou frustrado. Ele só queria pagar pelo quarto e tirar uma soneca. Tinha dirigido por umas boas seis horas, e estava morto em seus pés. Wilbur não era de dormir tarde. No máximo ás dez horas da noite já estava na cama. —Quanto custa o quarto?
O homem bateu em uma maquina de somar antiga, o barulho soou muito alto na quietude da sala mal iluminada. Os olhos de Wilbur foram em direção da porta novamente. —Custam vinte cinco dólares. — O cara sorriu olhando para Wilbur. — Só aceito pagamento em dinheiro. Claro, porque eles não tinham maquina de cartão de credito na década de cinquenta. Wilbur balançou a cabeça em confusão enquanto pegava a carteira. —Isso é muito barato. Embora gostasse de economizar, não queria ofender o senhor idoso. Wilbur acreditava fortemente em karma. Ele não gostava de tirar vantagem de ninguém. —Essa é a taxa. — O cara pareceu um pouco ofendido por Wilbur interroga-lo. Foi á primeira brecha na expressão sorridente do homem. —Se você não gosta disso encontre outro motel. — Ele sorriu. —Mas não há um por mais de 30 quilômetros. Wilbur tinha pensado algumas coisas bem desagradáveis sobre o cara e depois se sentiu culpado. E se ele fosse senil? Sentiu seu rosto corar de vergonha enquanto colocava uma nota de vinte e cinco dólares sobre o balcão. —Não, não. Suas taxas são boas. O homem lhe entregou a chave, e Wilbur agradeceu antes de sair. Uma coruja piou, grilos piavam, e a neblina caiu sobre sua pele como minúsculos pontos de transpiração. De repente, sentiu um calafrio e tudo que mais queria era entrar no quarto, onde poderia trancar a porta e afugentar seus medos. Entrando em seu carro, se dirigiu a fileira de quartos. Seus pneus rangiam sobre o cascalho antes de parar em frente do quarto de numero dez. Ele deixou sua bolsa no carro quando saiu. Iria pega-la pela manhã.
Enfiou a chave na fechadura, e teve que mexê-la envolta antes que a porta rangesse aberta. Um cartão chave teria sido muito melhor. O quarto estava escuro como breu, exceto pelo sinal vermelho neon que piscava no lado de fora. Wilbur deslizou sua mão sobre a parede ao lado da porta, procurando um interruptor. A luz inundou o quarto, piscou, e depois morreu. Inferno? Frustrado ele usou as batidas do coração vermelho neon que piscava no lado de fora para chegar até cama. Tinha que haver uma lâmpada no suporte. E lá estava. Ele a ligou. O quarto parecia um pequeno escritório. As cortinas eram amarelas, e tinham um leve cheiro de velho. A colcha era de um rosa pálido, com listras diagonais vermelhas. A pequena mesa tinha manchas sobre ela e sobre as duas cadeiras de plástico verde. Ele sacudiu a sensação de que tinha entrado numa espécie de universo paralelo, enquanto fechava a porta. O quarto estava extremamente quente e não havia um aparelho de ar condicionado. Wilbur verificou as janelas e viu que poderia abri-las. Ele deslizou-a aberta, tanto quanto podia e, em seguida, foi para o banheiro. Havia uma janela lá, então a abriu também. Depois de usar o banheiro, e lavar as mãos, serpenteou de volta para o quarto, desligou a luz, e caiu sobre a cama. Estava tão cansado que nem se preocupou em tirar os sapatos. Ele simplesmente pegou o travesseiro e colocou debaixo da cabeça, fechando os olhos e suspirando. Pensando em Stripper, Wilbur tentou o seu melhor para não pensar no beijo que haviam compartilhado. Mas seu corpo tornou-se mais sensível, sua excitação aumentando quando pensava no beijo que tinham trocado, como o homem praticamente implorou para Wilbur toca-lo. Wilbur desejava toca-lo. Seus dedos formigavam, e ele gemeu ao imaginar envolver os dedos ao redor do pênis grosso do homem.
Um barulho quase inaudível veio do banheiro. Wilbur ficou tenso enquanto se esforçava para ouvir. Que foi isso... Alguém estava tentando tirar a tela da janela do banheiro e entrar no quarto? Saiu silenciosamente da cama e foi em direção da porta do banheiro. Alguém resmungou. O som era tão suave e fraco como o vento, mas perceptível. Cada fio de seu cabelo levantou como se alguém estivesse escovando-o. Ele tremia e não conseguia parar. Wilbur fechou os olhos, sabendo que alguém estava invadindo seu quarto. Ele andou tão silenciosamente o quanto podia no tapete escuro em direção da porta. Não conseguiria sair silenciosamente. A porta rangeu. O invasor saberia que estava saindo. Mas não tinha outra escolha. Ele tinha duas opções. Ficar e enfrentar o invasor, ou tirar sua bunda dali o mais rápido possível. Ele decidiu fugir. Assim que chegou a porta, agarrou a maçaneta, respirou fundo, então abriu a porta. Correu em direção do seu carro, batendo a porta e se trancando dentro antes de se atrapalhar com as chaves. Uma silhueta baixa apareceu na porta. Um corpo estranho encheu o espaço. O suor corria pelo rosto de Wilbur quando ele colocou a chave na ignição e ligou o carro. O estranho veio correndo na direção dele, deu macha ré. O estranho mostrou os caninos...? Será que ele realmente tinha dentes longos e afiados? Wilbur quase congelou de horror quando percebeu que estava olhando para alguém praticamente idêntico a ele. Esse era Reno? O homem que Stripper e os outros estavam firmemente decididos a apanhar? Porque o cara veio atrás dele? Wilbur não iria ficar ali para descobrir. Seus pneus giraram no cascalho quando pisou fundo no acelerador. Ele dirigiu no sentido inverso até chegar á estrada principal e, em seguida, virou o carro, os pneus guincharam.
Pegando seu telefone que tinha deixado no banco do passageiro, sentiu um pouco de esperança. Tinha serviço! Discou 911 enquanto dirigia feito louco pela estrada. —Departamento do xerife do condado de Stark. — A voz tinha um profundo e reconfortante barítono. —Alguém invadiu meu quarto de hotel fora da estrada 24!— Wilbur quase deixou cair o telefone quando a estrada fez uma curva fechada á direita. Se não diminuísse a velocidade, acabaria capotando. Deixou de fora a parte de o cara ter, dentes longos e afiados. Também deixou de fora o fato que o homem se parecer com ele. —O Baker motel? —Sim. — O coração de Wilbur estava na garganta. Quem diabos era aquele cara? Porque ele havia invadido seu quarto? Seu estomago parecia ter um peso de chumbo dentro dele. Tinha um sono pesado. Se ele tivesse caído no sono... —Agora, agora senhor Castro. — A voz caiu inferior. —Porque você não encosta para resolvermos isso? Não há necessidade de correr. Wilbur olhou para o telefone com horror. Ele não tinha dito ao policial seu nome. Como ele sabia seu nome? Wilbur jogou o telefone de lado quando uma luz alta o cegou. O cara estava lhe seguindo. Seu celular tocou. Wilbur ignorou. Ele viu a entrada da rodovia, virou rapidamente e pisou fundo no acelerador. O carro balançou como se fosse virar, e então se endireitou. Porra! Porra! Porra! Os faróis altos começaram a desaparecer, e Wilbur sabia que estava pegando distancia de quem estava lhe perseguindo. O velocímetro mostrava que estava acima de noventa quilômetros por hora, mas não abrandou. Uma vez que estava bem longe do motel, e não viu mais o carro que estava perseguindo-o, ele pegou o celular. Tinha armazenado o numero do
guarda-costas executivo em sua agenda do celular. Odiava transportar cartões de visita. Ele ligou e continuou a verificar o espelho retrovisor a procura do seu perseguidor. Havia alguns veículos na estrada, porem nenhum estava chamando sua atenção. O telefone na outra extremidade tocou tantas vezes que tinha certeza que a secretaria eletrônica é que iria atender. Ele começou a desligar quando alguém atendeu. —Olá. Wilbur estava aliviado por não ser a voz do policial assustador. No inicio tinha sido calmante, mas ele não queria ouvir essa voz nunca mais. —Aqui é... —Wilbur. — O homem disse. Wilbur se esforçou para falar, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. —É Shot falando. —Oh, oi Shot, como tem passado? — Polidez sempre é apreciada. —Bem, qual o motivo de ter ligado? Está em apuros?— O tom de Shot ficou serio e Wilbur questionou se deveria ter ligado. Ele deveria se envolver de novo com os homens que tinham lhe sequestrado? Não tinha certeza do porque ter feito há ligação, mas não tinha mais ninguém para recorrer. —Mais ou menos. — Mordeu o lábio inferior ainda podia sentir o tremor no corpo pelo que havia acontecido. —Vocês pegaram Reno? O telefone ficou em silencio por um momento antes de Shot responder. —Não. Wilbur pigarreou. —Acho que o encontrei. —Onde?— Ouve um sussurro do outro lado, que Wilbur não conseguiu identificar. O que Shot estava fazendo?
—Em um lugar chamado baker motel. — Wilbur se preocupou por estar incomodando Shot. Ele não queria parecer carente. —Só queria que você soubesse. —Espere. — Shot disse. —Onde você esta, e como você o encontrou? —Ele entrou no meu quarto de motel e veio atrás de mim. — Com dentes afiados, mas Wilbur não disse a ultima parte em voz alta. Era muito louco para contemplar. Não queria que Shot pensasse que era louco. —Ele o quê?— Shot soou como se não acreditasse em Wilbur. —Você tem certeza? Wilbur não tinha certeza de nada. Essa era a segunda vez que a sua vida saia dos trilhos e tudo que queria era que ela voltasse ao normal. —Tenho certeza. Parecia que ele estava me perseguindo, e deixe-me dizer que foi muito assustador se você quer saber. O cara de algum modo respondeu a chamada que fiz para 911. —Ele é astuto Wilbur. E tem habilidades que você nem sonha. Digame onde está para que possa ir busca-lo. Wilbur olhou para o sinal que estava passando. —Estou no quilometro 71 da interestadual indo para o sul. Acabei de passar o porto de saída. —Há uma lanchonete a um quilometro a frente. — Shot disse. — É uma lanchonete 24 horas de nome Loone Caboose. Conheço o proprietário. Diga a Bill que precisa de ajuda. Ele vai mantê-lo seguro até eu chegar lá. —Você quer que peça algo para comer?— Wilbur estava se sentindo horrível por tirar Shot da cama a essa hora da noite. O cara tinha uma viagem de seis horas pela frente. Se sentiu compelido a fazer algo de bom para ele. —Você realmente é um tipo. Não, Wilbur. Tudo que quero é que fique seguro até eu chegar.
Capítulo 6 Wilbur entrou no restaurante quase vazio. Olhou ao redor e em seguida, sentou-se no balcão. Embora Shott lhe tinha dito para procurar Bill, Wilbur hesitou. Talvez Reno não o encontrasse ali e ele poderia desfrutar de um jantar de fim de noite. Talvez ele não tivesse que se preocupar com Bill depois de tudo. A jukebox tocava uma música da década de oitenta, e o restaurante era muito bem iluminado ninguém iria tentar alguma coisa em um lugar iluminado, certo? Havia um menu no balcão em frente a ele. Era laminado e um pouco pegajoso. Wilbur olhou por cima de suas escolhas e decidiu por algo leve. Um homem alto e bem construído caminhou em sua direção a partir de uma única porta de madeira que Wilbur imaginou que levaria para a cozinha. O homem usava um avental cheio de manchas de comida e uma toalha sobre seu ombro esquerdo. Pêlos no peito magro atingiram o pico de debaixo gola do homem, e seu nariz parecia que havia sido quebrado uma ou duas vezes. Ele não era classicamente bonito, mas áspero. —É Wilbur Castro?— O homem perguntou quando ele colocou um copo de água na frente de Wilbur. Wilbur endureceu e olhou para a porta, pronto para fugir, se este homem viesse atrás dele. O cara sorriu, todos os dentes brancos. —Calma rapaz. Shott me chamou e me disse que estaria chegando. Ele disse que estava em um pouco de calda. Wilbur bufou. —Eu estou nadando em um frasco inteiro dela.
O riso do homem era alto e espirituoso. Seus olhos azuis iluminados como estrelas cintilantes quando ele descansou um braço musculoso em cima do balcão. —Ele também disse que você era uma peça e que você e eu nos daríamos muito bem. —Eu não quero ser um problema— disse Wilbur quando ele tomou um gole de sua água. —Eu estava no meu caminho para visitar meus pais. Não planejei essas coisas malucas acontecendo. —Nós nunca fazemos. Mas a vida parece estar a acontecer — disse Bill. —Além disso, eu poderia usar um pouco de emoção por aqui. —Então você pode ter tudo isso— disse Wilbur. —Eu não acho que meu coração aguenta mais emoção. —Não, você está bem. Excitação mantém o velho tique-taque do coração. Às vezes você precisa da alegria. Vai mantê-lo jovem, e você conhece pessoas interessantes ao longo do caminho. —Bill piscou para ele. —Agora, o que eu posso fazer por você? Wilbur gostou desse cara. Bill parecia um grande urso, mas um gentil. O cara era definitivamente fácil de falar. Wilbur iria definitivamente conhecer pessoas interessantes. Ele só não tinha certeza essas pessoas eram boas para sua saúde. Eles eram homens perigosos, afinal. Mas esse fato só fez Wilbur se sentir como um bad boy. Ele interiormente riu com o pensamento. Ele, um bad boy? Nah. —Você tem alguma coisa que não envolva carboidratos?— Tudo no menu parecia bom, mas engordava. Wilbur lutava com seu peso toda a sua vida. Não importava o quanto ele exercitou ou assistiu o que ele comia, ele sempre teve uns bons quilos para perder. Ele veio de uma família de ossos grandes, onde a genética era contra ele desde o primeiro dia. No entanto, Wilbur sempre tentou alimentos saudáveis e ir para a academia pelo menos três vezes por semana.
Os olhos de Bill viajaram mais em Wilbur, antes que ele balançar a cabeça. —Por favor, não me diga que você está em uma dieta. Eu não vejo onde você precisa para perder. Ah, Bill não era um cara tão legal? Wilbur apreciou o elogio. Ele o fez corar um pouco antes de ele tomar outro gole de sua água. Com seu ego acariciado, ele disse — Só estou tentando ficar em forma. —Nada de errado com isso— disse Bill, seus olhos ainda vagueavam sobre o corpo de Wilbur. —Eu não me importaria de pedir-lhe para sair, mas pelo que ouvi dizer, você já está comprometido. — O homem sacudiu a cabeça. —Isso é muito ruim. Eu teria te tratado como meu pequeno rei. Wilbur estava sem palavras. Ninguém nunca falou com ele assim. Ele tomou cada palavra de Bill como um elogio. E então Wilbur piscou e balançou a cabeça. —Espere um minuto. Quem disse que eu era comprometido? O proprietário piscou para ele. —Stripper colocou sua reivindicação em você. Queria ter chegado primeiro. Você é um homem sexy. Wilbur ia derreter em sua cadeira com todos os elogios que Bill estava distribuindo. Ele sempre foi para frente com seus clientes? Wilbur não queria pensar nisso. Mas ele sabia que estava se enganando. Bill só estava sendo gentil. —Eu vou te prender com uma das minhas especialidades— disse Bill, antes de voltar para a cozinha. Wilbur olhou para a porta da cozinha, e em seguida, um pequeno sorriso trabalhou em seu rosto. Em sua vida normal, Wilbur tinha sido praticamente ignorado. Os homens não olhavam para ele como se ele fosse um delicioso colírio para os olhos. Mas Stripper tinha. E assim parecia Bill. Mesmo Shott foi bom para ele.
Havia outros três auditores no escritório onde Wilbur trabalhava. Dois deles eram rapazes de boa aparência. Mas agiram como se fossem bons demais para falar com Wilbur. Havia um escritório de advocacia no segundo andar do prédio em que Wilbur trabalhava. Alguns desses advogados eram quentes. Mas nenhum deles lhe deu um minuto. Wilbur não tinha certeza do que as pessoas no terceiro andar faziam. A partir do que ele ouviu, eles lidavam com operações de mercado de ações. O quarto andar era um estúdio para modelos. Agora, esses caras eram lindos de morrer. Muitas vezes ele tomou suas pausas no lobby apenas para que ele pudesse babar nos homens que iam e vinham. Ele muitas vezes se fantasiou sendo um desses modelos, sobre ser alto e magro e procurado por seu looks. Ele suspirou enquanto olhava ao redor da lanchonete. Havia um caminhoneiro sentado em uma das cabines, comendo. Havia outro cara em outro estande, bebendo uma xícara de café enquanto mandava uma mensagem de seu telefone. O segundo rapaz lembrou Wilbur de um viajante cansado, apenas pronto para chegar em casa. Wilbur conhecia o sentimento. Ele não queria mais visitar seus pais. Tudo que Wilbur queria fazer era tomar um banho quente e dormir em sua própria cama. Ele sentia falta de seu peixinho, Harry. Bill saiu da porta de vaivém com um prato na mão e um sorriso no rosto. O avental se foi e Wilbur notou que o homem tinha penteado os cabelos. Wilbur suprimiu o sorriso quando Bill colocou o prato em sua frente. A colônia Musky encheu o ar. Talvez Bill realmente pensasse que Wilbur era bonito. O cara parecia ter rejuvenescido. —Deixe-me saber se gosta— disse Bill antes de ir até a geladeira e pegasse um suco de laranja. Wilbur olhou para o prato para ver claras de ovo, espinafre e algum tipo de queijo branco. A comida parecia deliciosa. Ele deu uma mordida e gemeu quando o queijo branco derreteu em sua boca.
Bill serviu um copo de suco de laranja e, em seguida, tomou um longo gole. —Você faz isso novamente e eu vou esquecer que Stripper pôs os olhos em você. Wilbur deu uma pequena risada. —Você é sempre tão namorador? —Só quando eu vejo um cara muito quente— respondeu Bill. Ele sorriu e acrescentou —Só para você saber, Stripper sempre erra, então vou estar à espera nos bastidores. O cara era demais. Wilbur estava realmente se divertindo. Não era sempre que um homem bonito flertava com ele. Wilbur estava imerso. Não tinha intenção de fazer qualquer coisa com Bill, mas a atenção era boa. —Posso pegar um limão para a minha água?— Perguntou Wilbur. —Querido, você pode conseguir o que quiser — Bill caminhou de volta para a cozinha. Wilbur apenas abanou a cabeça. Se ele não tivesse já conhecido Stripper, ele poderia ter considerado a oferta do Bill. Mas Wilbur já sabia onde estavam seus interesses. Ele estava obcecado com Stripper toda a semana. Ele não conseguia tirar o homem de sua mente ou parar de cheirar a maldita camisa do cara. Era como se ele estivesse obcecado com Stripper. Wilbur não tinha certeza do que Shott faria uma vez que aparecesse. Será que Shott o levaria para algum lugar para se esconder? Será que ele daria a Wilbur um guarda-costas? Será que Wilbur seria cobrado por seu guarda-costas? Talvez ele devesse ter perguntado. Wilbur franziu a testa quando Bill não voltou da cozinha. Ele olhou ao redor da lanchonete para ver o motorista do caminhão havia ido embora. Havia dinheiro em cima da mesa, e ele ouviu o barulho do caminhão do homem. O viajante se levantou e caminhou até o banheiro dos homens. O restaurante estava vazio.
Lançando-se de seu assento, Wilbur se aventurou em direção à cozinha. Ele não achava que Bill se importaria se ele fosse até lá. Abrindo a porta, Wilbur entrou. A cozinha era limpa e arrumada, e ele podia ouvir máquina de lavar louça ligada. Mas Bill não estava à vista. —Olá?— Wilbur estava com um mau pressentimento. Ele torceu as mãos na frente dele e caminhou para dentro da cozinha. Ele notou uma porta atrás. O escritório de Bill? Wilbur entrou no escritório e engasgou quando viu Bill deitado no chão, com os olhos fechados. —Olá, Sr. Castro. Wilbur girou para ver seu sósia atrás dele. —Parece que as nossas identidades foram misturadas— disse Reno. —O que é um plano brilhante. — O homem enfiou a arma no lado de Wilbur. — Eu poderia entrar na sua vida, e ninguém saberia. Eu poderia terminar o que comecei como Wilbur Castro.
Estava sendo uma longa viagem, e Stripper ficava mais ansioso quanto mais próximo ao seu destino se dirigiam. Ele deu a Wilbur uma semana inteira, e Stripper não planejava esperar mais. O homem parecia tão resoluto em ir para casa, deixando Stripper para trás. Mas Stripper tinha uma maldita certeza de que Wilbur era seu companheiro. Nunca em sua vida Stripper quis um compromisso, mas na semana passada, ele havia enlouquecido ao ser separado do humano. Ele tinha mordido a cabeça de todos, virava na cama à noite, se masturbou tantas vezes com a memória daquele beijo que o pau dele tinha
queimaduras de fricção. Se Wilbur estava pronto ou não, Stripper planejava alegar o homem. —Quanto falta?— Perguntou Shott. Shott olhou para ele. —Você me perguntou isso dez vezes na última hora. O GPS do seu telefone funciona tão bom quanto o meu. Stripper se inclinou para o lado e olhou para o hodômetro. Ele espalmou seu rosto. —Nem sequer comece— Shott advertiu. —Eu já estou indo a oitenta e cinco onde é permitido sessenta. Se nos pararem, você está pagando a multa. Talvez fosse bom que Shott estivesse dirigindo. Stripper estaria indo a cem agora. Wilbur estava com problemas, e parecia que estava levando uma eternidade para chegar ao humano. Além disso, Stripper sabia como Bill era. O homem era um tarado puro e estaria todo em cima Wilbur. Stripper queria estrangular Shott por enviar Wilbur para Bill. O que seu amigo estava pensando? O coração de Stripper tinha se alojado em sua garganta quando Shott finalmente saiu da rodovia. Ele viu a placa para a lanchonete em frente. Stripper estava pronto para pular do caminhão antes mesmo de Shott puxar para dentro do estacionamento. Havia três carros parados lá, e Stripper reconheceu o de Wilbur. O sedan preto estava estacionado sob a luz da rua. Assim que Shott parou, Stripper saltou para fora. Seu estômago deu um nó quando ele olhou para as grandes janelas lanchonete e viu que o lugar estava vazio. Ele não deveria estar vazio. Shott levantou a mão. —Algo não está certo. Mas Stripper não acatou a advertência do homem. Ele estava cheio de fogo e enxofre, e foi direto para a porta da lanchonete. Ele entrou no interior climatizado e viu um homem vindo do banheiro. Stripper deu ao
homem um olhar fugaz, antes de se dirigir para a cozinha. Shott estava em seu encalço. Assim que entrou na cozinha, Stripper puxou sua arma. Ele não estava tendo um bom pressentimento também. Ele congelou quando sentiu cheiro de sangue. Seu urso ficou louco, rosnando e tentando se libertar. Os dois homens procuraram a cozinha antes de Stripper se dirigir para o escritório de Bill. Sua mão tremia quando ele estendeu a mão para a maçaneta. Normalmente, Stripper sempre foi calmo e frio sob pressão. Ele nunca tremeu e nunca hesitou. Ele geralmente era tão sólido como uma rocha. Stripper havia interrogado muitos homens no seu tempo e sempre permaneceu determinado. Ele serviu seu tempo no Iraque, viu muitas batalhas, e foi em muitas missões como guarda-costas Executivo. Mas nada chegou perto do medo que sentiu naquele exato momento. Ele não era calmo e estava pronto para pedir sorte para deixar Wilbur ficar bem. Apenas nesse curto período de tempo que ele passou com o humano, Stripper se tornou encantado com o homem. Nunca antes considerou ter uma família, mas na semana em que ele passou sem Wilbur, era tudo em que Stripper pensava. Seus dedos apertaram a maçaneta quando ele a virou. Shott estava do outro lado do batente da porta com uma arma na mão. Em um movimento rápido, Stripper tinha a porta aberta e os dois homens estavam de pé no escritório de Bill, as armas preparadas. Stripper cambaleou para o lado quando seus olhos pousaram sobre os dois homens deitados no chão. Ele caiu de joelhos e rapidamente verificou o pulso de Wilbur. Shott correu para Bill. Havia apenas um pulso fraco no pescoço de Wilbur, mas o homem estava vivo. Stripper puxou o telefone e chamou uma ambulância. Ele olhou para Shott, mas Shott balançou a cabeça, seu rosto sombrio. Enquanto Stripper conversava com o operador de emergência, ele verificou as feridas de Wilbur. Wilbur tinha um tiro no peito. Quem atirou em
seu companheiro tinha perdido o coração por um centímetro e Wilbur estaria morto. Stripper não queria pensar nisso. Não podia pensar nisso. Ele não queria brincar com a ideia de que ele poderia nunca ter sido capaz de tocar Wilbur, nunca mais sentir seu gosto, nunca saber o culminar de necessidade que o encheu toda vez que pensava em seu companheiro. Stripper sentiu gelo em suas veias quando ele pensou na pessoa que tinha feito isso. Ele estava indo para encontrar o responsável e fazer o homem desejar nunca ter nascido. Só poderia ser Reno. Wilbur disse que Reno invadiu seu quarto de motel. Não poderia ser qualquer outra pessoa. Ele encontraria esse desgraçado astuto e arrancaria o intestino do homem. E embora ele e Bill nunca fossem próximos, o homem foi um bom amigo para Shott. O veterano não merecia um final assim. Bill não merecia ser morto em sua própria lanchonete, porra. Reno não veria uma cela de prisão. O homem não sobreviveria tempo suficiente para ver um julgamento. Stripper passou as mãos pelo cabelo curto de Wilbur. Ele queria ver os olhos verdes do homem. O que ele não daria para ver o sorriso tímido de Wilbur e ouvir o seu humor espirituoso. Sirenes encheram o ar e logo os paramédicos estavam fazendo seu caminho através da cozinha. Por mais difícil que era para ele, Stripper se afastou de Wilbur para que os médicos pudessem fazer seu trabalho. Shott deixou o escritório para falar com os policiais locais. Stripper não poderia lidar com isso agora. Ele não teria paciência para interrogatório. Em vez disso, ele seguiu os paramédicos fora da lanchonete e pulou na traseira da ambulância. Ninguém o questionou. Ninguém perguntou quem ele era ou por que ele estava lá.
O que era uma boa coisa. Porque Stripper não seria separado de Wilbur novamente. Ele estava agora permanentemente ligado ao quadril do ser humano. Não demorou muito para eles chegarem ao hospital local. Stripper seguiu a maca, mas foi parado fora da sala de cirurgia. A enfermeira lhe deu um sorriso compassivo, quando ela disse — Há uma sala de espera para a direita. Nós vamos deixar você saber como ele está depois de avaliar e o médico realizar a cirurgia. Apertando os punhos, Stripper assentiu. Ele caminhou até a sala de espera e pegou seu telefone, ligando para casa.
Capítulo 7 T-Rex respondeu ao telefone no segundo toque. Ele havia acordado quando Shott e Stripper tinham saído. Tanto quanto T-Rex podia se lembrar, ele sempre foi uma coruja da noite. Mesmo no serviço, ele poderia trabalhar noite a fora com apenas algumas horas de sono. Isso ainda era verdade. Agora ele era proprietário de parte do rancho e ainda trabalhava até tarde, podia ficar acordado até ao romper da aurora e estaria pronto para começar o seu dia. Embora fosse o homem mais velho da sua unidade, T-Rex parecia operar em um nível diferente. —Como vão as coisas?— T-Rex perguntou quando atendeu ao telefone. —Vocês já encontraram Wilbur?— Ele olhou para fora da janela da cozinha, olhando para o rancho quando a aurora começou romper. T-Rex nunca se cansaria da visão. As montanhas cobertas de branco, o rancho alastrando, ou os peões que estavam começando o dia. O Rancho Grande Urso estava prosperando, e T-Rex tinha caído no amor pelo lugar. Ele aprendeu a trabalhar no rancho e adorava cada parte do trabalho.
Ele cresceu em uma família rígida, porém amorosa. Ele sempre foi um garoto da cidade que tinha caído no amor pelo campo. Havia algo sobre os espaços abertos e frescos que recorreu a ele em todos os níveis. Crescendo na cidade, T-Rex tinha aprendido como lidar por si mesmo nas ruas. Os militares só aguçaram essas habilidades. Ele sempre seguiu um rigoroso conjunto de regras, e essas regras lhe salvara a vida mais de uma vez. Alguns da equipe o acusavam de ser insensível, mas tinha tanta compaixão como os outros homens ao seu redor. T-Rex só era melhor em esconder isso. Ele tinha que fazer. Ele era o líder, e sempre tinha que manter a cabeça fria em todos os momentos. —Aquele filho da puta atirou em Wilbur. — disse Stripper. T-Rex estava lá e ouviu enquanto Stripper falava. Sua mandíbula se apertou quando soube que Bill estava morto. Reno precisava ser parado. Quando Stripper continuou a falar, T-Rex saiu da cozinha. Ele encontrou Sam e Legend na sala de estar. Ele estalou os dedos e acenou para que o seguissem. —Nós estamos no nosso caminho. — disse T-Rex antes de desligar o telefone. Ele explicou a Sam e Legend o que havia acontecido. —Colton pode ficar aqui com os companheiros e filhos. Colton se juntou a eles e depois assentiu. —Nós temos muitos trabalhadores por aqui que são shifters urso. Reno não virá perto deste lugar. —O tom do homem era letal. T-Rex foi para a sala de armas e reuniu alguns rifles, revólveres e munição antes de ir para seu caminhão. Se Reno tenta-se algo, T-Rex iria explodir a cabeça do homem fora. Ele estava cansado do jogo do cara e estava pronto para acabar com isso. Ele esperou por Sam e Legend para se juntar a ele. O sol começou a subir e assim o fez o temperamento de T-Rex. Ele não teve a intenção de obter um homem inocente envolvido. Foi um caso de identidade equivocada. Mas de alguma forma Reno tinha percebido isso, e T-Rex tinha a sensação de que o
homem estava tentando assumir a vida de Wilbur. Mas T-Rex acabaria com Reno, antes que deixasse isso acontecer. Os três homens partiram pela estrada, indo em direção ao Hospital Stark County.
Stripper se empurrou da cadeira quando o médico entrou na sala de espera. T-Rex, Legend e Sam tinham aparecido apenas dez minutos antes. Todos os cinco homens reunidos em torno de prognóstico de Wilbur. —Seu marido é um homem de sorte. — disse o médico a Stripper. Stripper não piscou um olho na mentira que ele tinha dito a enfermeira. Ele queria ter todos os direitos aos cuidados de Wilbur, e a única maneira de conseguir isso era afirmando que ele era o marido de Wilbur. Era verdade, em um sentido. Shifters não se casavam. Eles acasalavam, embora ele tivesse visto isso com Harland – um shifter do Rancho Triple-B – havia se casado com seu companheiro. Isso era uma exceção, não a regra. E desde que Stripper tinha quase certeza de que Wilbur era seu companheiro, ele não tinha mentido. —Outro milímetro e Wilbur não teria tido tanta sorte. — o médico continuou. —Desse jeito, Wilbur vai precisar de cuidados extensivos. A bala raspou um dos principais vasos que conduzem ao coração. É um milagre ele não sangrar até morrer. Eu reparei o rasgo, mas resta a válvula enfraquecida. —O que significa isso?— Stripper estava tentando entender o que o médico estava dizendo, mas sua cabeça estava girando a partir do fato de que
Wilbur deveria estar morto, mas não estava. Ele estava grato além das palavras, mas ainda aterrorizado com o que tudo isso significava. —Ele vai precisar de exames regulares e terá que evitar o estresse, tanto quanto possível. Com o tempo, a válvula deve ficar mais forte, mas, por enquanto, em termos leigos, tratem-no como vidro. Stripper caiu em uma cadeira, esfregando as mãos sobre o rosto para esconder as lágrimas que ameaçavam cair. O estresse, a preocupação, o medo e a raiva estavam vindo à tona, e Stripper sentiu suas fundações racharem. O médico tocou seu ombro. Quando Stripper olhou para cima, o homem deu-lhe um sorriso caloroso. —Ele está na UTI. Você pode entrar para vê-lo. Stripper pigarreou algumas vezes antes de balançar a cabeça e se levantar. Ele seguiu o médico de volta e foi levado para o quarto de Wilbur. —Deixe os enfermeiros saber se você precisar de alguma coisa. — disse o médico, antes de se afastar. Stripper se encontrava no limiar e olhou para dentro do quarto. Wilbur estava lá, inconsciente, com um tubo que saia de sua boca. Havia um IV em seu braço e fios que conduziam do corpo a uma máquina. O sinal sonoro ecoava na sala de outra forma silenciosa. Stripper fechou a porta atrás dele e inclinou-se contra ela, tentando se recompor. Ele piscou para conter as lágrimas enquanto pensava sobre a advertência do médico. Sem stress. O que significava que Wilbur não seria capaz de transportar uma criança no momento. Tão mal como Stripper queria uma, Wilbur vinha primeiro. Seu companheiro estava vivo, e isso é tudo o que importava para Stripper. Ele pensou em como sua mãe tinha fracassado três vezes antes de dar à luz a ele. Mas quando estava trazendo Stripper ao mundo, ela teve uma hemorragia durante o parto. Ele cresceu sem conhecê-la, apenas ouvindo as histórias de seu pai de quão suave e bonita, ela era. Ela sacrificou sua própria vida, a fim de trazer Stripper a este mundo.
Ele não ia correr o risco de ter o mesmo destino com Wilbur. Embora o pai de Stripper segurasse nenhuma amargura em direção a ele, ele cresceu vendo o homem que respeitava e adorava lentamente definhar. Houve momentos em que seu pai tinha se sentado na sala, ouvindo um CD antigo que era o favorito de sua esposa e Stripper podia sentir a perda como um tsunami. Ele nunca quis saber como se sentia, a agonia de perder um companheiro. Afastando-se da porta, Stripper se sentou ao lado da cama de Wilbur. Ele deslizou a mão de Wilbur entre a sua enquanto olhava para seu companheiro. Ele pensou em como tinha interrogado o homem e nas respostas de Wilbur, como Wilbur tinha oferecido seu sanduíche para o homem que o havia sequestrado. Stripper sorriu quando pensou na lista de Wilbur. O homem parecia determinado a aprender a se afogar a seco em uma roupa de mergulho. Esse pensamento quase fez Stripper rir. O homem era tão perfeito que Stripper não sabia como ele foi abençoado com essa criatura única. Ele ficou lá por horas, cochilando dentro e fora enquanto segurava a mão de Wilbur. Ele não podia suportar a ideia de não tocar o homem, de não estar perto dele. A Stripper foi dada uma segunda chance com Wilbur, e ele não ia perder um segundo da vida do homem. Eram quase cinco da tarde, quando as pálpebras de Wilbur começaram a se agitar. Stripper se inclinou sobre o seu companheiro. Ele queria ser a primeira pessoa que Wilbur olhasse. —Ei, lindo. — Stripper disse suavemente quando os olhos de Wilbur bloquearam nos seus. Wilbur levantou a mão e apontou para o tubo em sua garganta. Stripper assentiu e apertou o botão das enfermeiras. —Vamos ver se podemos tirar isso de você. A mão de Wilbur tremeu quando seu polegar levantou no ar. Uma risada curta explodiu de Stripper no sinal de positivo de Wilbur. Ele acariciou o rosto do seu companheiro quando sua garganta ficou apertada.
A porta se abriu e a enfermeira entrou. —Ele está acordado. — Ela sorriu e se aproximou da cama. Enquanto ela verificava os sinais vitais de Wilbur, Stripper afastou-se, mas manteve um bom aperto na mão do seu companheiro. A enfermeira assentiu. —Nós vamos começar por obter esse tubo fora. Stripper viu quando ela o removeu, Wilbur engasgando ligeiramente. Sem pensar, Stripper se inclinou e beijou os lábios secos de Wilbur. Ele não se importava com o que a enfermeira pensou. Ele só sabia que precisava da estreita conexão. A enfermeira sorriu. —Basta manter em um beijo e eu não vou ter que jogá-lo fora aqui. O polegar de Wilbur levantou mais uma vez. Ela deu uma pequena risada, balançou a cabeça e saiu da sala. —Dói. — disse Wilbur, sua voz áspera e rouca. —Eu sei, bonito. Você teve apenas uma cirurgia cardíaca. Você tem uma longa recuperação pela frente. —Stripper beijou cada uma das pálpebras de Wilbur. —Mas eu vou estar com você a cada passo do caminho. Uma carranca trabalhou seu caminho sobre características de Wilbur. —Por quê? Stripper se inclinou, seus lábios perto do ouvido de Wilbur. —Porque você roubou meu coração.
—Não, mãe. Eu estou bem. Era um assalto, e eu estava no lugar errado na hora errada. O médico de me costurou. —Wilbur odiava mentir para sua mãe, mas ele não podia dizer-lhe a verdade. Fazia duas semanas desde que deixou o hospital, e Wilbur tinha evitado chamar seus pais até agora. Ele sentiu como se deveria ficar no canto por ter mentido para ela. —Eu ouvi que o dono da lanchonete foi morto. — Sua voz tinha subido, e Wilbur sabia que ela estava à beira de perder-se. —Eu ainda não entendo por que você estava lá em uma hora tão tardia. Wilbur tentou não pensar em Bill. Quando ele ouviu pela primeira vez o proprietário foi morto, Wilbur tinha chorado por dois dias seguidos. Se não fosse por ele, Bill ainda estaria vivo. Wilbur sempre carregaria essa culpa com ele. Wilbur desejou que pudesse voltar no tempo e decidir não visitar seus pais. Ele nunca odiou ninguém em sua vida, nem mesmo seu chefe, Sr. Fiber que era irritante, mas Wilbur não tinha odiado o homem. Ele odiava Reno com cada respiração que ele tomava. Wilbur queria ver o homem sofrer pela morte de Bill. Ele também queria que Reno sofresse por Wilbur ter faltado ao funeral de Bill. —Wilbur, você está ouvindo? — Perguntou sua mãe. Wilbur esfregou sua têmpora e suspirou. Não havia como falar com ela agora. Ela estava em modo histérico completo. Ele já estava sentado lá por cinco minutos e ouvindo-a fazer tanto barulho por não tê-la chamado mais cedo. Ele olhou para cima quando a porta do quarto se abriu. Wilbur ainda não estava acostumado a dormir na cama de Stripper. Ele tinha ido viver na casa com seus pais para a casa que ele morava agora. Ele teve duas camas em toda a sua vida, e apesar da de Stripper ser grande e confortável, iria levar algum tempo para se acostumar. Mas o que realmente estava tomando algum tempo para se acostumar era assistir o homem caminhar ao redor do quarto nu. O cara nunca
usava nenhuma roupa quando estavam a sós. Não sabia Stripper o efeito que a sua nudez estava tendo sobre Wilbur? Toda vez que ele via a bunda em forma de Stripper ou seu pênis, Wilbur tinha uma ereção. Graças a Deus Wilbur tinha um lençol cobrindo-o. —Eu tenho que ir. — disse. Não gostava de pensar em sexo quando estava conversando com sua mãe. Isso era apenas assustador. —Eu ligo para você em poucos dias. — Ele desligou antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa. Amava-a até a morte, e ela era uma mulher doce, mas às vezes o sufocava. —Como foi o telefonema?— Stripper perguntou enquanto se despia. Wilbur se esqueceu de pensar, enquanto olhava para as costas de Stripper. Seus dedos se enroscaram nos lençóis enquanto ele cerrou os dentes. Stripper virou-se, franzindo a testa. —Wilbur, você está bem? Ele desviou os olhos da nudez de Stripper e olhou para a parede em seu lugar. —Estou cansado de ficar aqui. Eu não posso ir lá para baixo? Prometo não me esforçar ao descer os degraus. Vou até me pendurar em seu braço para tranquiliza-lo. Stripper parecia incerto e depois assentiu. —Ok, mas um sinal de que você está lutando e voltamos para a cama. A única maneira que Wilbur estava voltando para essa cama era se Stripper se juntasse a ele com a promessa de sexo quente. Ele deslizou o lençol de lado e então corou quando seu pênis balançou livremente, totalmente ereto. Os olhos de Stripper comeram o pau de Wilbur, mas o homem não disse uma palavra. Ele ajudou Wilbur a se vestir e, em seguida, colocou suas próprias roupas. Os músculos de Wilbur protestaram depois de estar tanto
tempo deitado na cama, mas ele não disse a Stripper. O homem só iria fazê-lo voltar para a cama. Ele se arrastou até a porta e esperou enquanto Stripper a abria e o conduziu para o corredor. Wilbur tomou a passos um de cada vez, com cuidado e lentamente. Ele estava ofegante quando ele chegou à parte de baixo. —Você está lutando. — disse Stripper. —Não, eu não estou cansado. Acabei de ter um monte de pausas horizontais. Grande diferença. Agora me mostre esta grande televisão que você está falando. —Wilbur começou a avançar antes que Stripper o arrastasse de volta para cima. —Eu tenho uma melhor para você. — Stripper levou-o pelo corredor até a sala à direita. Havia toneladas de equipamentos eletrônicos configurados por todo o quarto. —O que é isso?— Wilbur perguntou enquanto olhava ao redor. —A sala de comunicações. — Stripper ajudou-o através da porta e, em seguida a fechou. —Os caras me deixam sozinho aqui, já que é a única sala que eu posso deixar meu lixo de fora. Wilbur riu. —Você tem uma maneira doce com as palavras. Stripper acomodou Wilbur em um grande travesseiro no chão acarpetado antes de se virar para ligar a televisão, juntamente com algum tipo de aparelho de jogos. —Eu vou te ensinar os jogos on-line. — Stripper anunciou. —É uma ótima maneira de passar o tempo e não é cansativo. —Tudo bem. — Wilbur assentiu. —Que tipo de jogos você joga? —O meu jogo favorito. — Stripper piscou para ele. —Você começa a correr e atirar em tudo que se move.
Okay. Wilbur nunca tinha jogado um jogo de videogame em sua vida. Mas se Stripper estava disposto a mostrar-lhe, ele ficaria lá sentado durante todo o dia e aprenderia. Além disso, o quão difícil podia ser? Quando Stripper se acomodou por atrás dele, Wilbur situado no V das pernas do homem, o seu cérebro tentou sair para o almoço. O peito de Stripper estava pressionado contra as costas de Wilbur, e o calor foi bem acolhido. O cara tinha um cheiro tão bom que Wilbur ficou ali sentado inalando profundamente, sorrindo para si mesmo. —Certo, você já jogou antes? —Não. — respondeu Wilbur. —Mas eu sou um aprendiz muito rápido. — E se você me mostrar como fazer sexo, então eu sou um aprendiz fantástico. Wilbur desejou que ele tivesse a coragem de dizer isso em voz alta. Ele estava dormindo ao lado de Stripper por duas semanas, e o homem não tinha feito um movimento para ele. Além do beijo no celeiro e um no hospital, seus lábios não tinham sequer se tocado. Ele estava se tornando mais e mais frustrado a cada dia. Ele estava com tesão sempre que Stripper estava por perto, e precisava fazer alguma coisa sobre isso. Wilbur estava desenvolvendo bolas azuis. —Então, vamos começar com o básico. — Os braços de Stripper enrolaram em torno de Wilbur para que ambos pudessem segurar o controlador, e Wilbur não estava ouvindo uma palavra que o homem estava dizendo. Ele estava muito ocupado chafurdando no aroma do cara, na sua proximidade, e na sensação da virilha de Stripper tão perto de sua bunda. Ter tantos músculos a sua volta estava dando ao celebro de Wilbur um curtocircuito. —Entendeu? —Uh, oh sim, com certeza. — Wilbur tentou o seu melhor para prestar atenção. Ele não estava sendo muito bem sucedido. Ele continuou tentando mexer um centímetro das suas costas para que pudesse sentir o
toque do pênis de Stripper em sua bunda. Infelizmente, cada vez que ele se movia, seu short deslizava ligeiramente para baixo. Ele agora estava sentado lá com o ar frio da sala lambendo sobre a fenda de sua bunda. —O que você está fazendo? — Disse Stripper em seu ouvido, seu hálito quente deslizando por todo o lóbulo de Wilbur. Wilbur estremeceu quando seu pênis endureceu. Ele engoliu em seco e balançou a cabeça. —Só ficando mais confortável. —Você preferiria se sentar no sofá? Havia um sofá largo, macio, por trás deles que parecia confortável, mas, em seguida, Stripper não estaria tão perto. —Não, eu estou bem. —Há diferentes níveis para o jogo. — Stripper continuou no tom de um professor. —Há cães de guarda para matar e homens e criaturas para capturar. Wilbur pensou na conversa por telefone que Stripper teve no celeiro, e tudo fez sentido para ele agora. O cara não estava falando sobre o assassinato de ninguém. Ele estava falando sobre jogos de videogame. Wilbur queria rir do alívio que sentia. Stripper deveria ser um verdadeiro jogador se ele estava recebendo telefonemas de outras pessoas sobre a forma de jogar. Esse pensamento fez Wilbur prestar mais atenção ao que Stripper estava lhe ensinando. —Certo, eu estou prestes a desencadeá-lo para o mundo dos jogos. Pronto? Stripper deixou o controle ir e estabeleceram as mãos sobre as coxas de Wilbur. Seus grossos, longos dedos se sentaram perto da virilha de Wilbur. Wilbur tentou o seu melhor para se concentrar no que ele estava fazendo, mas tudo sobre o que conseguia pensar era em Stripper movendo as mãos um pouco mais para dentro.
—Mate o cara. — disse Stripper. — Esse é o Rei Sangrento, e ele vai atirar em você quando estiver de costas. Tente mata-lo no início do jogo. Wilbur assentiu e apertou vários botões ao mesmo tempo. Ele não tinha uma maldita ideia do que estava fazendo. Ele não tinha pago um pingo de atenção para os conselhos de Stripper. Seu cara morreu. —Tudo bem. — Stripper deu um beijo rápido no pescoço de Wilbur, fazendo a pele de Wilbur formigar. —Você é um novato. Você só vai ter que continuar tentando. Antes que Stripper pudesse reiniciar o jogo, Wilbur perguntou — Por que você é chamado de Stripper? O homem riu. —Eu sou um espírito livre, e quando não estou em uma missão, gosto de andar nu. Eu tiro cada peça de roupa logo que eu puder. —Qual é o seu nome verdadeiro? —Não vou dizer. —Por quê? — Perguntou Wilbur. —Porque eu gosto do meu apelido. Wilbur colocou o controle para baixo e franziu a testa. —Eu não gosto de chamá-lo de Stripper. Por um lado, parece desprezível. Por outro, eu sinto como se você deveria estar carregando um poste ao redor com você. As costas do homem vibraram enquanto ele ria. —Confie em mim, bonito. Eu estou carregando um poste em torno de mim. Wilbur corou com as insinuações do homem. Tinha visto esse poste e Stripper era proprietário de um poste muito bom. O pênis do homem era grosso, longo e muito impressionante.
—Por favor. — disse Wilbur. —Se você me disser o seu nome, eu vou te dizer o meu. —Eu já sei o seu nome. —Eu poderia estar mentindo. — disse Wilbur provocativo. —Você nunca vai saber agora, você vai? O sorriso de Stripper era incrível. Era brilhante e o fez parecer mais bonito do que ele já era. —Tudo bem, é Giovani Zoltan. Wilbur assentiu. —Meu nome é Wilbur Castro. O homem riu e abraçou Wilbur. —Você é muito adorável. Wilbur tomaria esse elogio. Ele sorriu para o homem. —E você é muito sexy para vestir roupas. — Os olhos de Wilbur se arregalaram quando seus pensamentos derramaram de seus lábios. Ele não tinha a intenção de dizer isso em voz alta. Ou tinha? Ele não tinha certeza, mas não estava indo para levá-las de volta. —Sério?— O tom de Stripper caiu um nível, fazendo-o soar rouca e absolutamente sensual. Ele balançou a cabeça e apertou seus lábios, como se afirmando sobre algo. —Sem sexo. Isso é muito cansativo. Havia algo nos olhos do homem, algo que Wilbur não conseguia decifrar. A emoção quase parecia pesar. Mas Wilbur não podia ter certeza. —Não, não é. —Há coisas que você não sabe sobre mim. — Stripper disse, sua voz ficando sério. —Coisas que você precisa saber. Coisas que podem ser muito estressantes para ouvir agora.
—Eu prometo não desmaiar. — disse Wilbur. —Eu posso levá-lo. — Ele franziu a testa. —Por favor, não me diga que você é casado. Se eu te chamar de lindo, você é o único que eu estou chamando de bonito. O homem sacudiu a cabeça enquanto espalhava a palma da sua mão sobre a barriga de Wilbur. Wilbur mexeu um pouco e se perguntou o que havia de errado com o cara. —Eu não sou casado. — disse Stripper. —Também não estou namorando ninguém, envolvido em um relacionamento de qualquer espécie, ou sou do tipo que trai. Isso era bom de ouvir. Wilbur ficaria arrasado se Stripper tivesse alguém escondido em algum lugar. —Então o que é? Stripper escondeu o rosto no pescoço de Wilbur e respirou fundo. —Não podemos apenas jogar o jogo? Por que o cara parecia tão triste? O que estava escondido Stripper que fez sua voz soar tão perturbada? A mão de Stripper continuou a mover-se lentamente sobre a barriga de Wilbur com círculos suaves. —É tão ruim assim? — Perguntou Wilbur. O homem não era impotente. Wilbur tinha visto o pau duro de Stripper em mais de uma ocasião. Então qual era o problema? O que ele precisava saber que Stripper não estava dizendo a ele? Stripper apenas segurou-o e não disse mais uma palavra. Wilbur se sentou lá, se perguntando quais segredos o homem estava escondendo.
Capítulo 8 Wilbur estava completamente cansado de ser tratado como se ele fosse quebrar a qualquer momento. Ele estava se sentindo melhor na quarta semana no Rancho Grande Urso, e ele queria um pedaço de Stripper.
Ele estava de licença médica do trabalho, o que garantiu que ele ainda tinha um trabalho, mas Wilbur sentiu-se mudar. Ele não queria uma vida monótona. Ele gostava da emoção que Stripper mostrou-lhe, embora tivesse que ver o entusiasmo da varanda dos fundos da casa, uma vez que ele não foi autorizado a fazer qualquer coisa extenuante. Mas esta noite Wilbur estava tomando uma posição. Ele estava indo para agarrar o touro pelos chifres e jogar a precaução ao vento. Era bem depois da meia-noite, e Stripper estava dormindo, nu, como de costume. Wilbur começou a ver o que estava fazendo como uma missão. Ele teria que ser extremamente cuidadoso e esperar que ele não acordasse seu alvo. Não até que estivesse totalmente engajado e Stripper não fosse capaz de dizer não. Respirando por fortalecimento, Wilbur deslizou para baixo da cama, ficando cara-a-cara com o seu objetivo. O pau de Stripper. Ele interiormente revirou os olhos quando uma trilha sonora interna do tema de Missão Impossível começou a tocar. Wilbur ignorou o som para fora e moveu-se ainda mais perto do eixo grosso repousando contra a coxa de Stripper. Ele lambeu os lábios, respirou fundo, e depois chupou o pau flácido na boca. Stripper gemeu. Wilbur não tinha a menor ideia do que estava fazendo. Ele chupou a carne, usando a língua para sentir os sulcos e rugas, até o pênis de Stripper começar a encher. Foi crescendo muito rápido. Wilbur tinha que usar uma mão para agarrar o espesso poste, enquanto chupava e lambia, sugando a cabeça, porque ele achou difícil de tomar todo o pênis em sua boca. Stripper assobiou. Wilbur se recusou a abandonar sua missão secreta e moveu-se, até que estava entre as coxas musculosas de Stripper. Isso era muito melhor. Ele se inclinou para cima, levando o pênis, tanto quanto podia em sua boca.
—Porra, Wilbur. — Stripper gemeu. —O que você está fazendo? Não havia nenhuma maneira que ele estivesse parando para ter uma conversa. Não quando tinha o eixo de Stripper encravado entre suas bochechas. Os dedos de Stripper enterraram nos cabelos de Wilbur quando sua cabeça jogava de um lado para outro. Wilbur sentia o fogo dentro dele inflamar. —Não é uma boa ideia. — disse Stripper, embora suas palavras fossem sufocadas e roucas. Lançando os quadris para frente, dirigindo seu pênis mais para baixo na garganta de Wilbur. Wilbur pegou, mas recuou um pouco quando o perímetro tornou-se demais para suportar. Talvez Wilbur não devesse estar fazendo isso, indo contra as ordens do médico, mas ele não poderia passar outra noite deitado ao lado de Stripper sem ao menos provar o homem. Stripper era muito de uma tentação, e a resistência de Wilbur ia só até certo ponto. Ele estendeu por semanas e agora precisava sentir Stripper em sua boca. Não havia absolutamente nada extenuante sobre isso. Suspenso entre o desejo carnal e entorpecente prazer, Wilbur espalmou o saco de Stripper, dando a carne um leve puxão. Ele não era um amador quando se trata de masturbação, e Wilbur sabia o que ele gostava. Ele só tinha que descobrir o que Stripper gostava. As costas de Stripper arquearam quando Wilbur continuou a puxar saco de seu amante. —Mais forte. — Stripper gemeu. Wilbur chupou o pau com mais força em sua boca enquanto apertava as
bolas
de
Stripper,
puxando-as
e
rolando
em
sua
mão.
Ele
era
descoordenado, mas nada ia parar Wilbur de dar o seu primeiro boquete. Apesar de Stripper não estar fazendo nada mais do que apenas ficar deitado lá, Wilbur encontrava-se a ponto de explodir de excitação, seu próprio pênis completamente latejante. Agora que ele tinha provado Stripper, Wilbur
não poderia viver sem o gosto de novo. Ele precisava do homem, sofria por ele. Era como uma besta voraz dentro dele, uma fome que não podia negar por mais tempo. A necessidade consumidora de ser fodido tomou conta dele. Wilbur queria saber como era ter o homem enterrado profundamente dentro de si. Ele estava determinado a descobrir. Soltando o pau de seu amante, Wilbur olhava para os olhos castanhos desfocados. Stripper estava observando-o. Calor morno espalhou por de baixo da pele, e Wilbur odiava o fato de que ele estava corando. Stripper espalmou seu próprio pênis enquanto jogava um braço sobre os olhos. —Deus, o que você está fazendo comigo? Wilbur não tinha certeza se era apenas uma figura de linguagem, ou se o homem realmente queria uma resposta. Ele baixou a cabeça e lambeu um longo caminho ao longo do saco enrugado do homem. Stripper assobiou quando abriu as pernas bem mais amplas. Tomando isso como um convite, Wilbur usou a língua para traçar as linhas finas. —Wilbur. — Era uma demanda, mas pelo que, Wilbur não tinha nenhuma pista. —Por favor, não me faça parar. — sussurrou Wilbur, um baixo apelo de desejo não declarado ecoando na sua voz quando ele agarrava o pênis de Stripper mais forte. Ele começou a mamar na cabeça, e Stripper passou os dedos pelo cabelo de Wilbur. —Eu deveria. — Stripper disse, com a voz tensa. —Mas eu não posso. Deus me ajude, eu não posso te mandar embora. Usando a língua, Wilbur traçou um caminho sobre as coxas de Stripper. Ele beliscou e lambeu até que ouviu a respiração de Stripper saindo em suspiros curtos. Wilbur não tinha ideia do que ele estava fazendo. Ele agia
por instinto. Mas, aparentemente, o homem gostou do que Wilbur estava fazendo. Ele abaixou a cabeça, perseguindo a língua sobre o pedaço de pele logo abaixo do saco de Stripper. Stripper espalmou suas bolas, movendo-as de lado. Wilbur baixou mais a cabeça e lambeu o anel apertado de músculos centrado entre as nádegas apertadas de Stripper. —Espere. — disse Stripper. O homem passou a perna sobre a cabeça de Wilbur e, em seguida, virou-se até que ele estava em suas mãos e joelhos. Sem avisar, Wilbur voltou a lamber o músculo apertado do homem. Stripper balançou para trás e para frente, com a cabeça enterrada no travesseiro. Wilbur fechou os dedos em torno do eixo do homem, acariciando a carne dura enquanto lambia sua parte traseira. Ele nunca tinha feito nada assim antes e estava adorando a sensação. —Perto. — disse Stripper. —Não pare. Wilbur não tinha nenhuma intenção de parar. Por uma questão de fato, ele começou a acariciar o homem mais rápido. Ele endureceu a língua e empurrou-a
profundamente.
Stripper
gritou
quando
sua
bunda
e
pau
começaram a pulsar violentamente. Wilbur sentiu o sêmen quente derramando sobre sua mão. Com um rugido profundo e predatório, Stripper girou e pegou Wilbur, colocando-o em suas costas. Os olhos do homem pareciam brilhar enquanto pressionava seu corpo perto. Para espanto de Wilbur, Stripper ainda estava duro como pedra. —Se você sentir qualquer dor em tudo, por Deus é melhor você me dizer. Wilbur assentiu. —Eu vou. Eu prometo.
Stripper chegou debaixo de seu travesseiro e voltou com um tubo de lubrificante. Wilbur não ia perguntar. Ele não se importava por que o homem o manteve lá. Tudo o que importava era o que Stripper planejava fazer com isso. Levou apenas um segundo a Stripper para puxar fora a calça do pijama de Wilbur. Eles estavam flutuando no chão antes de Stripper baixar a cabeça. Calor e fome consumiam Wilbur agora. Quando o beijo de Stripper o consumia, a língua do homem acariciando através dele, devorando os lábios de Wilbur, ele sentiu as emoções que surgiam dentro dele, coisas que não estava certo do que fazer. Enquanto as mãos de Stripper se moviam sobre a pele de Wilbur, as palmas das mãos e dedos calejados do homem acariciando a carne dele, ele sabia que não poderia sobreviver à noite se Stripper não lhe desse o que precisava. Ele sentiu os músculos sob seus lábios flexionar e prazer percorreu seu corpo. Os lábios de Stripper percorriam por Wilbur, marcando um caminho de fogo do pescoço até o peito. Wilbur estava tão pronto para Stripper. Tão pronto para os dedos do homem mergulharem profundamente dentro dele. Ele gemeu e mexeu até que sentiu os dedos molhados de Stripper circulando o anel apertado de músculos. Wilbur engasgou e abriu mais as pernas em convite. Foi um convite que Stripper aceitou. Seus dedos afundaram, e Wilbur teve que morder o lábio inferior para impedir o grito de desconforto de escapar. Ele nunca teve qualquer coisa dentro dele antes, e o sentimento era... Estranho. —Respire. — Stripper sussurrou. —Não fique tenso. Wilbur se agarrou a Stripper quando os dedos do homem se dirigiram dentro e fora de seu corpo. Ele começou a relaxar e depois gemeu quando a pressão virou-se para o prazer. —É isso aí, bonito. — Stripper sussurrou perto de seu ouvido.
Quando o prazer continuou a correr por ele, Wilbur inclinou seus quadris para cima, de encontro aos golpes. Stripper começou a beijá-lo novamente, e sua língua era como um chicote de pura sensação, lambendo, acariciando, fazendo com que o corpo de Wilbur se arqueasse enquanto lutava para chegar mais perto da incrível agonia de prazer. Quando Stripper tirou os dedos livres, Wilbur se sentiu vazio, perdido. Mas esse sentimento não durou por muito tempo. Stripper rolou para o lado dele. —Vai ser mais fácil para você desta maneira. Tudo que Wilbur podia fazer era acenar com a cabeça. Confiava em Stripper e iria seguir o exemplo do homem. Stripper levantou a perna direita de Wilbur e segurou-a firmemente enquanto o homem se estabelecia atrás dele. A respiração de Wilbur ficou presa na garganta quando sentiu a cabeça do pau de Stripper pressionada contra ele. Seus dedos se enroscaram no colchão quando a cabeça entrou dentro dele. Deus, queimava. Wilbur soltou um longo suspiro quando cerrou os dentes. O corpo de Stripper moveu, a pressão dura de seu pau o deixou quando ele se afastou um pouco e, em seguida, deslizou para frente. As pontas de seus dedos calejados acariciando a perna de Wilbur enquanto Stripper beijava um longo caminho sobre o ombro de Wilbur. A sensação de ter Stripper dentro dele era como nada que Wilbur poderia ter imaginado. Sentia-se tão cheio, como se estivesse esticado até o limite. —Oh Deus, bonito. — Stripper sussurrou contra sua pele. —Tão incrível. Eu poderia me perder em você. O quarto estava girando — não — Stripper estava se movendo. Ele deslizou seu outro braço por baixo do pescoço de Wilbur, e Wilbur se sentiu em um casulo. O cheiro de Stripper cercou Wilbur e afundou em seus sentidos. Ele foi dominado pelo homem e disposto, bem como incapaz, para lutar contra o
prazer nublando sua mente. Mas, novamente, Wilbur não queria lutar contra isso. —Eu preciso de mais. — Wilbur implorou. —Eu quero você todo dentro de mim. Stripper afundou, e Wilbur gritou de prazer. Wilbur esfregou-se contra a larga espessura do pesado pênis pulsando dentro dele. Ondas agudas de
fome
apressaram suas
despertadas,
criadas
terminações nervosas que
apenas
para
responder
ao
pareciam recém
toque
de
Stripper.
Sensibilizado e agora ávido das sensações, seu corpo pulsava e doía mais e mais. O prazer era tão intenso. —Você é meu. — Stripper rosnou as palavras no ouvido de Wilbur. — Eu nunca vou deixar você ir. —Giovani! — Wilbur gritou quando o pau de Stripper o levou profundamente e o homem o consumiu de corpo e alma. Ele estava sendo puxado para baixo, como uma marca. Wilbur engasgou quando sentiu algo afiado raspando sobre sua pele. Ele virou a cabeça para ver, dentes longos e afiados. Ele tentou se lançar para frente, para fugir, mas os braços de Stripper eram apertados como barras de aço. —Não tenha medo. — Stripper sussurrou. —Eu nunca vou te machucar. Você sempre estará seguro comigo. O quarto parecia escurecer, quando os receios de Wilbur assumiram. Ele balançou a cabeça e fechou os olhos, rezando. —O que você é? —O seu companheiro. — Stripper respondeu. —O único homem que sempre te protegera, sempre ira mantê-lo seguro. —Mesmo de você? — Perguntou Wilbur. As estocadas de Stripper desaceleraram antes que ele acariciou o pescoço de Wilbur. Wilbur lutou para respirar, lutou para dar sentido a tudo isso. Reno tinha os mesmos dentes afiados, e o homem havia tentado matá-lo.
—Eu sou um shifter urso. — Stripper confessou. —E o destino escolheu você como meu companheiro. O coração de Wilbur estava batendo violentamente enquanto tentava absorver o que Stripper estava lhe dizendo. Poderia o homem estar dizendo a verdade? Poderia Wilbur confiar nele? Como um humano, sim. Mas Stripper não era humano. Ele parecia humano. Ele agiu como humano. Mas mesmo quando Wilbur foi interrogado, ele sentiu algo mais, algo cru e perigoso. —Eu prometo. — disse Stripper. —Eu dou a minha palavra de que você está na casa mais segura neste planeta. Wilbur assentiu. —Mas eu não sou um dono muito bom para animais de estimação. Stripper começou a rir e depois abraçou Wilbur firmemente. —Eu sou muito auto suficiente. Basta esfregar a minha barriga e eu sou um urso feliz. —O-Okay. Mas não confie em mim para alimentá-lo, ou você só pode morrer de fome. —Wilbur sabia que não estava falando racionalmente, mas ele agarrou-se a primeira coisa que veio à mente. Ele precisava meditar sobre a revelação de Stripper, examinando-a de perto. Mas acima de tudo, o que Wilbur precisava era de tempo. —Alimente-me com doces e eu sou seu para a vida toda. — Stripper beijou o ombro nu de Wilbur. O homem começou a se mover novamente, mais rápido, mais duro. A conversa desapareceu da mente de Wilbur quando ele foi novamente puxado para baixo e se perdeu no que Stripper estava fazendo com ele. Stripper balançou a cabeça para trás e para frente, rosnando baixo. Wilbur não entendeu o que o homem estava fazendo. Era como se Stripper estivesse lutando contra alguma coisa. —O que é isso?
Quando os olhos de Stripper se abriram, a coloração avelã na íris do homem era forte e escura. —Eu não posso. — A voz do homem era áspera. —Não pode o quê? Um profundo e ameaçador rosnado rasgou de Stripper antes dele virou os dois, Wilbur desembarcou em suas mãos e joelhos. —Morder você. — Stripper respondeu antes de bater seu pau no corpo de Wilbur. Os ombros de Wilbur caíram sobre a cama enquanto seus dedos agarravam a cabeceira da cama. As sensações teve o poder de trazer Wilbur ao orgasmo. Suas costas curvaram quando ele gritou, derramando seu sêmen abaixo dele. Os dedos de Stripper agarraram os quadris de Wilbur quando seu ritmo acelerou. O som de pele contra pele ecoou no quarto antes de Stripper gritar o nome de Wilbur, e suas investidas se tornarem descoordenadas e ele se enterrar dentro do corpo de Wilbur. O pênis de Stripper pulsava, preenchendo Wilbur com o gozo do homem. Wilbur desabou na cama, Stripper seguindo-o. Stripper amaldiçoou baixinho antes de curvar o corpo em torno de Wilbur, segurando-o com força. Ele não tinha ideia contra o que seu amante estava lutando. Mas o que quer que fosse, fez Stripper segurar Wilbur como se ele fosse desaparecer a qualquer momento.
Capítulo 9 Sam, Shott e Mason se sentaram numa van disfarçada como um veículo de uma empresa de encanamentos, enquanto observavam a casa do outro lado da rua. Sam não tinha aprovado o civil que foi junto, mas com poucos jogadores. Embora Mason fosse apenas o reserva, pelo menos tinha
algum tipo de treinamento. O rancho era grande e desajeitado, e Sam esperava que isto funcionasse a seu favor. Haviam recebido uma dica que a Sra. O'Connor estava sendo mantida nesta casa residencial. Sam, certo como merda, esperava que sua inteligência fosse precisa. Não podiam deixar a van ligada, o que significava que estava mais quente que o inferno na parte de trás. Estava suando pra caramba enquanto sentava ali com o fone de ouvido. Até agora não tinham pego Reno. Embora o homem tivesse ameaçado tirar a vida de Wilbur, Reno não tinha aparecido na casa ou no trabalho de Wilbur. Era como se tivesse desaparecido no ar. Sam sabia que estavam ficando sem tempo. —O que há para o jantar? — Shott perguntou enquanto olhava para fora com os binóculos. Sam virou-se, as sobrancelhas franzidas. —Como diabos vou saber? Estou ocupado no momento. —Um bife suculento seria bom. — Comentou Mason. O homem lambeu os lábios enquanto digitava em seu laptop. — Com alguns cogumelos caramelizados e cebolas. Porra, estou me deixando com fome. Sam olhou sobre o grande corpo do homem. —Parece que você come o tempo todo. Shott bufou. —Ele provavelmente poderia comer um boi inteiro de uma vez. — Shott estreitou os olhos. — Você não vai comer os nossos animais, não é? Sam passou a mão pelo queixo. —Rowdy mencionou algo sobre algumas cabeças de gado perdidas. Mason parou de bater quando estreitou os olhos. —Se estivesse comendo o seu gado, você notaria. —Eu não sei. — Disse Shott. — Talvez esteja comendo o gado do Triple-B.
—Eles criam cavalos. — Mason argumentou. — As pessoas não comem cavalos. —Se estiverem com fome o suficiente... — Disse Sam. — Você acabou de admitir que estava com fome. Mason não se perturbava fácil e Sam gostava disto. Mason apontou um dedo para Shott. —Ele foi quem falou em comida. Agora estou morrendo de fome. Talvez vá comer um par de cabeças de gado e alguns cavalos. Enquanto faço isto, por que não roubo alguns cervos e umas peles de alguns ursos? Sam riu. —Só estamos enchendo você, Mason. O homem grunhiu quando voltou a tocar em seu laptop. Sam podia ver o sorriso no rosto de Shott. Estavam todos entediados. Havia uma empresa de limpeza na casa que estavam observando, e Sam e os outros estavam esperando até que a calçada ficasse vazia antes de se mover. —Peguei alguma atividade. — Disse Shott. — A equipe de limpeza está saindo. Mason fechou o laptop enquanto Sam tirava o fone de ouvido. Ele pegou sua arma da pequena mesa e empurrou-a na parte de trás da cintura. Os três esperaram até que o carro saísse da garagem e estivesse na metade do quarteirão antes de saírem da van. Estavam vestidos com macacões azuis, com o logotipo da empresa falsa em suas costas. Mason levava o equipamento pesado, enquanto Sam tinha uma prancheta na mão. Subiram à calçada e, em seguida, Shott desapareceu na parte de trás da casa. Sam bateu na porta lateral e olhou em volta antes de arrombar a fechadura. Sam notou um cheiro leve e arejado quando ele e Mason entraram. Talvez devesse contratar essa mesma empresa de limpeza porque a casa
cheirava bem e estava ótima. Ainda podia sentir o cheiro da fragrância leve de folhas secas. Como se soubesse o que Sam estava pensando, Mason pegou um cartão de visita do balcão e lhe entregou. Sam olhou para ele e sorriu. Era o cartão de visita da empresa de limpeza. Enfiou no bolso antes de abrir o longo zíper, enfiou a mão dentro e puxou sua arma. Assumiu a liderança já que Mason não tinha uma arma. O homem estava lá por ser forte e musculoso. O trabalho de Mason era pegar a Sra. O'Connor e tirá-la de lá, se a merda estourasse. Sam fez uma varredura da cozinha e sala de estar e viu que os dois cômodos estavam limpos. Eram decorados com bom gosto, quase como se esta casa não fosse nada mais do que uma peça de mostruário. Quando olhou ao redor, percebeu que não havia fotos da família na parede ou lareira. Não havia nada nos dois cômodos que deixasse este lugar pessoal ou acolhedor. Tudo era branco, como novo, e estéril. Sam gostou da casa dos McMaster. Brinquedos espalhados, sapatos no corredor da frente e as crianças em todos os lugares, mas isso é o que a tornava um lar. Caos controlado. Esta era apenas uma casa. Estava sem vida. Não havia revistas espalhadas ao redor, a TV não estava alta e não havia nenhum barulho vindo da cozinha, indicando que o jantar logo estaria pronto. Podia gostar da forma como o lugar cheirava, mas era só isso. Virou-se quando Mason bateu-lhe no ombro. Olhou para onde ele apontou. Não entendia o que Mason estava apontando até que viu algo preso sob a parede. Sob o rodapé. Shott moveu-se pelo corredor e deu um aceno rápido a Sam, dizendo-lhe que a parte de trás da casa esta limpa. Movendo-se mais perto da parede, Sam inclinou-se e soltou um pequeno pedaço de papel. Era um recibo. Verificou-o, mas não eram itens comuns que estavam listados. Mas não foi o
papel que o intrigou. Deslizou a mão por cima da parede, tentando descobrir se havia algum tipo de entrada escondida. Shott começou a fazer o mesmo. Mason voltou para a sala e ficou de olho na rua. —Aqui. — Disse Shott. Sam olhou para ver uma ligeira falha nos painéis. Shott empurrou os painéis e uma parte da parede deslizou para o lado. Não era um pedaço grande, mas o suficiente para uma pessoa passar. —Filho da puta. — Sam murmurou. Estava olhando para uma sala escondida. A área era talvez de dez por dez, não muito grande. As paredes estavam nuas, as ripas de madeira aparecendo. Havia uma lâmpada pendurada no teto com uma corrente de tração ligada. Sam estendeu a mão e puxou a corrente e engasgou em horror quando viu o colchão no chão e uma mulher com seus pulsos e tornozelos amarrados ali. Contusões a cobriam da cabeça aos pés. —Parece que ele tentou obter as informações dela. A mandíbula de Shott estava tensa, suas palavras foram um rosnado. Sam começou a entrar no quarto quando ouviu algo que soou como um relógio de pulso. Era um tique-taque baixo e quase imperceptível. Shott se voltou para Sam, os olhos arregalados. —O quarto está armado. Sam rapidamente enfiou a arma no bolso de seu macacão, antes de saltar para frente e agarrar a mulher do colchão. Ela estava inconsciente e quase sem respirar, mas Sam não tinha tempo para verificar o seu estado. —Mason, dê o fora daqui. — Gritou Shott. — Bomba! Os três correram para fora da porta lateral, até a calçada e sua van disfarçada. Estavam no meio do quarteirão quando a casa explodiu. Sam caiu para frente, mas virou no último segundo para absorver todo o impacto da
queda. Olhou para trás para ver chamas lambendo o céu, detritos em todos os lugares. Olhou para os outros dois homens. —Shott, vá pegar a van. Precisamos levar essa mulher para o hospital. — Shott assentiu enquanto saía da rua. Mason ajudou Sam se erguer. O rancheiro olhou para a mulher e balançou a cabeça. —Não entendo como alguém pode fazer isso com outra pessoa. Sam concordou. —Podemos ser shifters ursos, mas também ficamos espantados com os monstros que vivem neste mundo. Ele aconchegou a mulher em seu peito enquanto Shott parava a van. Mason abriu a porta lateral e Sam se arrastou. Partiram em direção ao hospital, deixando os destroços para trás. Mesmo que fosse a última coisa que Sam fizesse, iria encontrar Reno. Havia alguns homens que não mereciam viver. E Nicolas Reno era um deles.
Após Stripper ajudar Wilbur com o caminhão, eles caminharam até a calçada e passaram por um canteiro de flores bem cuidadas. Stripper segurou a porta aberta para Wilbur, quando entraram no interior do consultório do médico. O interior estava banhado com calmas cores de tons creme e a recepcionista era uma morena atraente. Shelly. Stripper reconheceu o seu nome a partir das visitas anteriores. —Olá, Sr. Castro, Sr. Zoltan. — Ela pegou um gráfico de sua mesa e se levantou. — Sentem-se, vou deixar que o médico saiba que estão aqui.
Stripper odiava vir aqui. Sempre se sentia como se fosse o único que seria examinado. Por alguma estranha razão, tinha medo de médicos. Tecnicamente, era um medo de agulhas. Enquanto crescia, seu pai sempre teve que lutar com ele para levá-lo no caminhão. Stripper era como um animal que sabia que estava indo para o veterinário. Tentava se esconder, correr e até mesmo subornar o pai para cancelar o compromisso. Depois sentar na sala de espera, a perna de Stripper começou a saltar nervosamente. Pegou uma revista apenas para que pudesse tentar ocupar sua mente. Wilbur não estava melhor. O cara andava como se fosse um pai expectante. Os olhos do homem iam mil vezes à porta da sala de exames e suas mãos iam para os bolsos de trás, para depois cair para os lados, apenas para repetir o processo novamente. Poderia ser imaginação de Stripper, mas jurava que cheirava antisséptico, como se estivessem no hospital. E essa era a coisa estranha. Hospitais não o assustavam. Apenas o consultório do médico. —Por que ele está demorando tanto? — Wilbur parou de andar e perguntou. Stripper olhou para o relógio e gemeu. Fazia apenas três minutos. Isso ia demorar uma eternidade. —Vamos, sente-se. — Odiava observar o ritmo de Wilbur. Stripper não gostava do fato do homem estar nervoso e isto só deixava os nervos de Stripper em frangalhos. O tapete iria se gastar sob os pés de Wilbur. Eles fizeram inúmeras visitas e o homem andou o tempo todo. Stripper voltou a olhar a revista e começou a ler um artigo sobre como manter as flores frescas. Qualquer coisa era melhor do que ficar sentado lá, olhando para a porta da sala de exame. —Eu me sinto bem. — Disse Wilbur. — Não vejo por que tenho que continuar vindo aqui. —Precisamos ter certeza de que seu coração está indo bem.
Lembrou-lhe Stripper, embora estivesse pronto para fugir a qualquer momento. Continuava prevendo a entrada do médico com uma seringa de três metros na mão, rindo maldosamente, enquanto o perseguia em torno da sala de espera. Wilbur bateu no peito. —O relógio está bem. Podemos ir agora? Eu sinto uma brotoeja chegando. Tal como acontecia em todas as visitas anteriores, Stripper teve que colocar seus próprios medos de lado, a fim de acalmar Wilbur. Se não o fizesse,
o
homem
iria
tentar
fugir
da
sala
de
espera.
Parecia
que
compartilhavam os mesmos medos quando vinham para o consultório médico. Stripper jogou a revista de lado e se levantou, agarrando Wilbur quando o homem passou por ele. Wilbur estava mordendo o lábio, um suor se reunindo nas sobrancelhas. —É apenas um check-up, bonito. Não há nada para se preocupar e estarei ao seu lado o tempo todo. —Esse consultório é tão pequeno. — Wilbur puxou a gola de sua camisa e seu olhar correu ao redor. — Por que não podemos simplesmente ir e tomar um sorvete? Eu gosto de sorvete. É um dia quente o suficiente para apreciá-lo. Não temos que perder o nosso tempo aqui. Stripper abraçou Wilbur e riu levemente. Parecia que o medo de Wilbur era muito pior do que o seu. Estava meio tentado a ceder quando a porta se abriu e o médico sorriu para eles. —Senhores. Ele se afastou para permitir a Stripper e Wilbur entrarem. Foram levados por um corredor curto e lhes mostrado a última porta à direita. Wilbur pulou sobre a mesa de exame enquanto Stripper sentou-se ao lado da mesa. O médico sentou-se no seu banco no balcão enquanto olhava um arquivo em suas mãos.
Stripper
e
Wilbur
se
entreolharam
algumas
vezes
enquanto
esperavam o médico falar. Wilbur tinha ido ao hospital uma semana antes e fez os testes, e agora estavam à espera dos resultados. Stripper odiava esperar. A paciência não era um de seus pontos fortes. —Você está tendo problemas, Wilbur? — Perguntou o médico. — Como está se sentindo? —Tudo bem. — Disse Wilbur. — Cuido com o que como, faço os exercícios que recomendou e meus níveis de açúcar no sangue têm se mantido estáveis. —Bom. — Disse o médico, mas Stripper não gostou da carranca que ele tinha quando continuou a ler o arquivo. O doutor Brown geralmente tinha um sorriso no rosto sempre que Wilbur estava lá. Parecia achar que Wilbur era o homem mais engraçado que já conheceu. Mas hoje esse sorriso estava ausente. Os óculos do homem estavam empoleirados na ponta do nariz, as sobrancelhas grossas puxadas para baixo, tão severamente, que quase se tocavam. —Não há febre, perda de fôlego ou qualquer outra coisa que estava na lista de coisas para prestar atenção? — Perguntou o médico. Wilbur balançou a cabeça. —Não. O médico finalmente colocou o arquivo de lado e se virou. —Vamos ouvir o seu coração. —Espere. — Stripper estava bem. — O que não está nos dizendo? Os olhos de Wilbur dispararam de Stripper para o médico. —Há algo de errado, Doutor Brown? — Wilbur começou a tremer e Stripper deslizou o braço em torno de seu companheiro, puxando-o para perto, para confortar não só a Wilbur, mas também a si mesmo. Se o médico desse uma má notícia, Stripper queria estar segurando Wilbur quando o homem se desintegrasse.
—Esse é o problema. — O médico coçou o cabelo. — Os testes deram negativo, com exceção de um. O seu exame de sangue está alterado. Os níveis de estrogênio estão no telhado, ainda que não tenha quaisquer sinais que seu corpo pareça saber disso. Stripper balançou a cabeça. —Não entendo. —Simples — disse o médico. — o excesso de estrogênio num homem não é uma coisa boa. Pode levar a doenças crônicas. Mas como disse, todos os testes de Wilbur deram negativo. É como se o seu corpo estivesse se preparando para alguma coisa. Stripper congelou internamente, em choque. Manteve o rosto mascarado, enquanto olhava do médico para Wilbur. Não podia ser. Não tinha mordido o homem. Não havia maneira do corpo de Wilbur estar mudando a fim de levar uma criança. Todos os shifters tinham que morder seus companheiros para que ele concebesse. Isso era um fato conhecido entre sua espécie. Stripper precisava levar Wilbur para o doutor Gallagher, o médico shifter. Tinha que haver uma explicação lógica para tudo isso. O médico finalmente sorriu. —Mas desde que parece em forma, vamos monitorá-lo um pouco mais de perto. Após o exame de Wilbur, Stripper levou seu companheiro de volta para o caminhão. Mas antes de entrar, chamou Gallagher. —Preciso te ver, imediatamente. — Ele explicou o que o doutor Brown disse a ele e a Wilbur. —Venha ao meu escritório. Vou vê-lo. — Disse Gallagher. —Estou indo. — Stripper desligou o telefone e olhou para seu companheiro que estava sentado no banco do passageiro, mexendo com os canais no rádio. Wilbur estava alheio à ameaça potencial e Stripper queria
manter o homem dessa maneira até que tivesse respostas concretas. Não havia necessidade de assustar Wilbur. Mas foda se Stripper não estava apavorado.
—A Inteligência acabou de chegar. — T-Rex disse quando entrou na cozinha onde Shott e Sam estavam de pé. Sam estava mexendo numa panela de algo que cheirava bem e Shott estava implorando por um pouco. — Podem ter uma pista sobre Reno. Colton está trabalhando em outra atribuição, e Legend está em reunião com um cliente. Leve Mason com você. Ele parecia bem da última vez. Sam virou o queimador para baixo, para não ferver e apontou para a panela. —Mexa a cada dez minutos e depois retire do fogo em cerca de vinte. Não coma, prove ou saboreie dele. T-Rex balançou a cabeça, esperou até que Sam tinha saído da sala e pegou a colher de pau do fogão. Levantou a tampa e mergulhou a colher. Deus, cheirava bem. Provou e congelou. Ele girou, correu para a pia e depois lavou a boca. Sam caminhou de volta, rindo. —Eu lhe disse para não provar. Estou testando um detergente natural para Chris. Ele continua quebrando e Gallagher acha que é o detergente. Mas não se preocupe, não vai deixá-lo doente. T-Rex olhou para a escova na parte de trás da pia e considerou usála em sua língua. Agora, sua boca tinha gosto de lavanda. Ele ia matar Sam. O
homem sabia que ninguém podia resistir a roubar amostras de tudo o que estivesse cozinhando. T-Rex estava limpando a língua com a toalha quando seu celular vibrou. Checou suas mensagens de texto para ver que Jeremiah tinha deixado uma mensagem. Recrutou o homem para ajudar com Reno. Parecia que Reno estava se movendo. —Vamos. —Pensei que você não viria. — Disse Sam. —Reno pode estar se posicionando fora de Junction City. Quero estar lá quando pegar sua bunda. — T-Rex pensou em todos os danos que Reno tinha feito e queria ser o primeiro a torturar o homem. Isso geralmente não era seu estilo, mas Reno não merecia menos. Sam, Shott e Mason foram para sua SUV, e os quatro partiram em direção a Junction City. Foi uma longa viagem e T-Rex esperava que chegassem lá antes de Reno escapulir. Jeremiah iria tentar parar o homem, mas mesmo tendo em conta o tamanho grande de Jeremiah, Reno era uma força a ser reconhecida. Era muito esperto e muito desesperado neste momento. Não havia como dizer o que poderia fazer a Jeremiah e T-Rex não ia ter outra morte em suas mãos. A Sra. O'Connor estava se recuperando no hospital, mas não quis falar com ninguém. Recusou-se a receber a visita de T-Rex e as enfermeiras não iria contrariar a vontade da mulher. Ela disse que não tinha dado a Reno os seus códigos, mas isso é tudo o que diria. T-Rex não iria pressionar. Ela passou por muita coisa. T-Rex empanturrou-se com a água que tinha trazido com ele, ainda tentando tirar o gosto de lavanda da sua boca quando chegaram a Jeremiah. O homem montanha estava sentado em seu caminhão fora de um prédio de escritórios. Assim que os viu chegando, ele saiu. O homem se arrastou em direção a eles e parou na janela de T-Rex.
—Ele ainda está lá dentro. T-Rex olhou para a placa do prédio de vidro e aço para ver que estavam estacionados em frente a um escritório de advocacia. Reno foi consultar seu advogado? Nada iria manter o homem fora da cadeia. Ele matou um cara, quase matou Wilbur, torturou uma mulher e cometeu espionagem corporativa. O homem ficaria preso por um longo tempo. —Entrei e verifiquei o local. — Disse Jeremiah. Ele não estava usando suas roupas habituais de fazenda. Hoje estava vestido com um terno e, caramba, parecia muito bem. Não que Jeremiah fosse seu tipo, mas o homem realmente ficava bem. — Os escritórios são utilizados principalmente pelos escritórios de advocacia, mas o quinto andar é usado por uma pequena empresa de software. Conversei com uma loira na recepção e ela me disse que a empresa de software é especializada em quebrar códigos criptografados. —Provavelmente está se encontrando com alguém para comprar um desses programas. — Disse T-Rex. — Reno não confia em ninguém para quebrar os códigos para ele. —Então, sugiro que o agarremos antes que possa usar o programa. — Disse Jeremiah. —Não, não quero que se envolva mais do que o necessário. — Disse T-Rex. — Obrigado por nos levar a ele, mas vá para casa, Jeremiah. Você era um cozinheiro da marinha. Não trabalhou com contra-espionagem. —Mas eu estava me divertindo muito. — Jeremiah piscou para ele. — Preciso voltar. Tenho uma tonelada de coisas que precisam ser feitas. T-Rex agradeceu ao homem e sentou-se, à espera de Reno sair do prédio.
Capítulo 10 —Wilbur, posso explicar. — Disse Stripper enquanto Wilbur ficou lá, olhando para o médico como se o homem tivesse enlouquecido. Que tipo de maluco médico era este? —O que há para explicar? — Perguntou Wilbur. — O homem, a quem me trouxe, disse que estou grávido. Ele está, obviamente, sem seus remédios. —É verdade. — Disse o doutor Gallagher. — É raro que um macho possa engravidar quando não é mordido por seu companheiro. Mas acho que com a cirurgia e os medicamentos que está tomando, a química do seu corpo alterou, o que lhe permite conceber quando você e Giovani tiveram relações sexuais. —Você entende o que ele está dizendo? — Stripper perguntou a Wilbur. Ele deveria ter pensado melhor antes de pensar que este homem sexy estava são. Não eram todos os homens bonitos ou comprometidos, ou heteros ou loucos como o inferno? E começou a acreditar em Stripper quando o homem disse que era um urso. Wilbur estava, provavelmente, alto com seus medicamentos quando viu os dentes afiados, mas isso não explicava Reno. Então, novamente, Wilbur tinha ficado com medo de ter perdido sua mente naquele motel. Ele, mais do que provavelmente, tinha imaginado Reno ter caninos longos. Wilbur acariciou o peito de Stripper e sorriu para seu amante. —Não me importo. Estou apenas fazendo os cálculos sobre o quão cheio de merda vocês dois são. —Wilbur! — Stripper parecia atordoado. —Estarei no corredor. — Disse o doutor Gallagher. — Deixe-me saber se precisar de alguma coisa.
—Preciso que volte a tomar seus remédios. — Disse Wilbur ao médico quando o homem saiu da sala. —Isso foi rude. — Disse Stripper. Wilbur pulou da mesa de exame e começou a se vestir, dando as costas a Stripper. Não se importava com o que o médico disse ou o que os testes indicavam. Não estava grávido. Isso não era possível. Colocou seus pés em seus sapatos e se dirigiu para a porta. Antes que saísse, virou para Stripper e disse — Todo mundo tem o direito de ser um pouco louco, mas você está abusando do privilégio. Voltaria para casa. Wilbur acabaria de se recuperar lá e arriscaria suas chances com Reno. Se Stripper achava que estava grávido, então o homem estava totalmente fora de si. Wilbur passou pelo médico, deu um sorriso educado e se afastou antes que o homem o diagnosticasse com algo mais, como parvo virose. O homem era um charlatão. Chegou ao estacionamento e franziu a testa. Caramba. Stripper o levara ali e Wilbur vivia em Junction City. Teria que pedir ao cara uma carona para casa. É o tipo de coisa que tornava a sua saída dramática menos eficaz, agora que tinha que esperar no estacionamento. Pena que ele não poderia sumir queimando pneu deste lugar. Isso teria sido um toque agradável. Em vez disso, encostou no caminhão de Stripper e o esperou sair. Não demorou muito tempo. —Wilbur, vai ouvir por um segundo? —Não. — Wilbur cruzou os braços sobre o peito. — Posso ter gostado de sair com você, porque era divertido e excitante, mas agora está me pedindo para aceitar o estranho e sobrenatural. É hora de saltar desse trem louco e ir para casa. —Você está cheio de sarcasmo, não é?
Wilbur encolheu os ombros. —Minha alma foi removida para dar lugar a ele. — Ele chutou o dedo na calçada e amaldiçoou o fato de que ele tinha se apaixonado por Stripper. Deveria saber, com um nome como esse, o cara era um problema. Apostava que o destino estava dando uma boa risada com ele agora. Wilbur babava por homens bonitos desde que percebeu que era gay. Agora que, finalmente, tinha um cara quente para chamar de seu, descobria que tinha conseguido um louco. Wilbur virou um pouco para que Stripper não visse as lágrimas ameaçando derramar. A ideia de romper com Stripper machucava tanto que queria se enrolar numa bola e chorar, mas esperaria até que estivesse em casa para isso. E pensou que tinha encontrado alguém que o compreendia, que o aceitava. O centro de seu peito doía tanto que sentia como se algo estivesse o esmagando. —Wilbur... — Stripper se aproximou, prendendo Wilbur contra o caminhão. Suas mãos emolduraram o rosto de Wilbur quando sorriu. —Se puder provar a você que estou dizendo a verdade, vai me ouvir, então? Ele tentou se afastar, mas Stripper estava muito perto, segurando-o no lugar. O homem inclinou a cabeça de Wilbur de volta até que estivesse olhando para aqueles lindos olhos castanhos. Sentiu como se estivesse olhando para sua própria alma. —Venha comigo. — Stripper agarrou a mão de Wilbur e levou-o atrás da pequena clínica. Havia matas e uma grande lixeira. Alguns carros estavam estacionados lá também. Deveria ter ficado com medo de seguir Stripper, depois de descobrir que ele não estava bem da cabeça, mas ainda confiava na cara. Talvez Wilbur fosse louco também. Quando Stripper levou-o em direção ao bosque, tentou puxar a mão. —O que está fazendo? Stripper se manteve firme ao lado de Wilbur.
—Mostrando que sou um urso. Isso ia ser interessante. Wilbur estava esperando o cara grunhir muito e, talvez rolar, no chão, mas o que não esperava era Stripper começar a tirar suas roupas. —Você quer fazer sexo na floresta? — Wilbur não tinha certeza de que era uma boa ideia. Stripper piscou para ele enquanto seu cabelo loiro brilhava ao sol. —Não, não quero estragar a minha roupa. O caminhão tem bancos de couro e certas partes devem ter o couro. Fazia sentido. Assim que o rapaz estava nu, o pau de Wilbur começou a encher. Não podia evitar. Stripper era um inferno de um homem lindo de olhar, especialmente quando estava nu. O cara era todo linhas grossas, proporções perfeitas e corte em todos os lugares certos. Wilbur lambeu os lábios, lembrando o quão bom era o gosto de Stripper. O homem riu e balançou a cabeça, lembrando a Wilbur um inocente menino tímido. Mas Stripper não era nada disso. O cara fodia como um sonho e tinha visto muito na vida para ser considerado tanto inocente quanto um menino. Mas foi assim que ele parecia para Wilbur. —Tudo bem. — Disse Wilbur jogando as mãos no ar. — Mude para um urso feroz. — Levaria Stripper para dentro quando tivesse acabado e tentaria agendar um psicólogo para ele. Talvez com a quantidade certa de remédios, Stripper pudesse ser normal. —E se eu mudar, o que ganho? — Stripper perguntou enquanto se movia mais para dentro da floresta. Estupidamente, Wilbur o seguiu. Wilbur bateu o dedo no queixo, tentando pensar em algo bom. Stripper não ia mudar para um urso, então tinha que ter certeza que essa barganha valesse seu tempo.
—Se mudar, vou acreditar em qualquer coisa que me diga. Sem argumentos. Stripper balançou a cabeça, parecendo satisfeito. —Mas se não fizer isso... — Wilbur continuou. — então... — Ele começou a dizer que queria ir para casa e Stripper nunca entraria em contato com ele novamente. Mas Wilbur não podia dizer as palavras. Não tinha coragem de romper o vínculo entre eles. A dor de nunca mais ver Stripper novamente voltou e teve de limpar a garganta várias vezes antes que pudesse falar. — Se não mudar, então vai procurar ajuda profissional para seus delírios. — Ele pensou mais uma coisa e acrescentou — E vai fazer um striptease completo para mim. Quero a coisa toda. —Espere. — Stripper disse, franzindo a testa. — Quero a mesma coisa se puder provar... —Tarde demais. — Disse Wilbur rapidamente. — O negócio já está fechado. — Não havia nenhuma maneira na terra que faria strip para seu amante. Wilbur possuía dois pés esquerdos. Cairia na primeira vez que girasse ao redor. —Tudo bem. — Disse Stripper. — Mas me prometa uma coisa. Wilbur suspirou. —Depende. — Sua pele formigava e seu coração começou a bater mais rápido quando Stripper caminhou até ele. O corpo do homem flexionado, seus músculos ondulando e Wilbur estava perto de implorar ao homem para tomá-lo, ali naquela floresta. —Não tenha medo, ok? Demorou um segundo para entender as palavras de Stripper. Wilbur estava ocupado demais olhando para pênis do homem. —Ok.
—Meus olhos estão aqui em cima. — Stripper apontou para o rosto dele. —Uh-huh. — Wilbur assentiu, mas continuou olhando para eixo grosso do homem. Seu corpo começou a ganhar vida, queimando por um toque, um beijo, uma carícia. Estremeceu quando seu próprio pênis começou a engrossar. —Acho que criei um monstro. — Disse Stripper e depois recuou. — Basta lembrar de não ter medo. Sou só eu. Prometo. —Sim, sim. — Wilbur falava de algo que não iria acontecer. Queria sexo. Agora que era uma possibilidade real. Pulou de um pé para o outro, perguntando se deveria ficar nu também. Se ficariam na floresta, poderia muito bem tornar isto divertido. Wilbur piscou algumas vezes quando cabelo começou a brotar por todo o corpo de Stripper. O homem caiu de quatro enquanto se torcia, sofrendo uma remodelação corporal. Wilbur cambaleou para trás, caindo de bunda no chão. Tentou fugir para longe quando um grande urso pardo ficou no lugar de Stripper. Isso não poderia ser possível. Stripper não poderia ter transformado em... Poderia? Wilbur tentou acalmar seu coração acelerado. Estava batendo muito rápido e isso não era bom para ele. Começou a se sentir tonto quando o urso se aproximou dele. Wilbur agarrou um pedaço de pau e sacudiu-o na frente dele. —Vá buscar. — Ele jogou para o lado, rezando para que o urso fosse atrás dele para que pudesse fugir. Mas o urso se sacudiu como se estivesse tentando eliminar a água de sua pele. —Estou tentando. — Disse Wilbur enroscando seus dedos na terra sob ele. — Realmente estou tentando não pirar. Poderia, por favor, mudar de volta? Meu coração está batendo muito rápido. Stripper mudou instantaneamente de volta à sua forma humana e correu para Wilbur.
—Respire, bonito. Acalme-se. Sei que é algo imenso, mas tem que regular a sua respiração. Isso era mais fácil dizer do que fazer. Se o cara estava falando a verdade sobre ser um urso, então Wilbur realmente estava... Seu coração começou a acelerar novamente. Stripper se vestiu rapidamente, pegou Wilbur do chão e correu de volta para dentro da clínica. Tudo em que Wilbur podia pensar era no que o Doutor Gallagher havia dito. Wilbur ia ter um bebê. Não podia nem cuidar de um peixinho dourado. Harry ainda estava vivo graças a Stripper cuidar dos peixes. Como cuidaria de uma criança? E se acordasse uma manhã e o bebê estivesse de barriga para cima? Sem mais bolhas? Não, isso não estava certo. Wilbur sabia que crianças não viviam na água, mas sua mente estava correndo em todas as direções. Pensamentos estranhos e loucos o assolavam. —O que há de errado? — O doutor Gallagher perguntou quando Stripper correu para dentro com Wilbur em seus braços. —Mostrei a ele que eu poderia mudar e agora seu coração está batendo muito rápido. O médico levou-os para a parte de trás e colocou uma máscara de oxigênio sobre o rosto de Wilbur, enquanto começava uma IV. Wilbur tentou empurrar as mãos do homem para longe, mas o médico era muito mais forte do que parecia. Odiava agulhas. Fez uma careta quando a agulha da IV deslizou em seu braço. —Vou te dar algo para se acalmar. — Disse o médico. — Não é forte, mas deve ajudá-lo a relaxar. Wilbur desejava que o homem parasse de falar e desse algo logo para ele. O doutor Gallagher saiu do quarto, mas estava de volta em segundos com uma seringa em sua mão. Empurrou o medicamento na IV e começou a examinar Wilbur.
—Já vai ser cansativo carregar uma criança. Precisa aprender algumas técnicas de relaxamento, Wilbur. Wilbur enfiou o polegar para cima, quando sentiu o medicamento fazer efeito. Sorriu para Stripper e depois fechou os olhos. Não ia adormecer e ainda podia ouvir tudo ao seu redor. —Tenho a sensação de que ele vai precisar de repouso no último trimestre. — Disse o médico Stripper. — Não gosto do fato de que terá filho tão cedo após uma cirurgia de válvula cardíaca. A sala ficou em silêncio enquanto o corpo de Wilbur relaxava. Nunca teve esta satisfação em sua vida. Todas as suas preocupações e todos os seus medos drenados dele. Não estava flutuando, mas estava bem perto. —Existe uma chance de perder Wilbur? — A voz de Stripper encheu a mente de Wilbur e sorriu ao ouvir o som profundo e masculino. Amava a voz de Stripper. Era reconfortante e, às vezes, francamente sexy. —Não vou mentir. — Disse o médico. — Há sempre uma chance com o parto. E, com a condição de Wilbur, é difícil de dizer. —Não posso perdê-lo, Gallagher. Minha mãe sacrificou sua própria vida para me dar à luz. Não posso deixar Wilbur fazer o mesmo. Não vou viver sem o meu companheiro. Wilbur franziu a testa. Era verdade? Foi seu cérebro confuso ou estava ouvindo Stripper corretamente? Tentou puxar a sua máscara, para dizer a Stripper que não ia a lugar nenhum, mas seus dedos estavam muito grossos e não podia tirar a maldita coisa. —Basta manter um olhar atento sobre ele e terei certeza de que faça exames regulares. Vamos acompanhar a ele e a criança de perto. Wilbur parou de tentar lutar para tirar a máscara e se deixou ficar em uma profunda calma. O medicamento estava fazendo o seu trabalho, porque logo se sentiu começando a cair no sono.
Capítulo 11 T-Rex, Shott, Sam e Mason se abaixaram quando Reno saiu do edifício. Shott queria pular fora do SUV para ir atrás do homem. Porra, se ele não se parecia com Wilbur. Shott podia ver o por que Stripper tinha confundido os dois. Reno tinha o mesmo cabelo castanho-avermelhado espetado, a mesma constituição, e eles até andavam da mesma maneira. Só que Reno estava vestido com um terno e carregava uma maleta. O homem olhou para cima e para baixo da rua, depois entrou em um sedan escuro, que estava estacionado perto do edifício e arrancou. T-Rex o seguiu. Enquanto seu líder de equipe dirigia, Shott e Sam travavam e carregavam as armas. Shott não conseguia tirar Bill de sua mente. Ele tinha enviado Wilbur ao seu amigo, e Bill tinha acabado morto porque Shott pediu sua ajuda. Esse pensamento queimava em sua mente enquanto eles viraram esquinas e paravam no semáforo. Bill não tinha sido um anjo, não por um longo tempo, mas estava sempre lá quando um amigo precisava de ajuda, sempre que tinham alguém a quem salvar. E Reno tinha matado o homem. Shott rezava para que não matasse o filho da puta, quando finalmente colocasse as mãos sobre o homem. Reno
estava
sendo
cauteloso.
Ele
dirigia
por
becos
e
ruas
semidesertos, mas T-Rex despistou o homem, pegando-o uma ou duas quadras mais à frente para que não fosse visto. O dia estava acabando, e o tráfego ficou mais pesado, por que as pessoas estavam deixando o trabalho. Mas eles eram bons no que faziam, e não tinham perdido Reno de vista Reno nenhuma vez. Estavam atados ao homem na Rua Burgess, onde Reno parou e entrou num restaurante gorduroso, onde as placas anunciavam que tinham os
melhores cheesesteaks Philly5. T-Rex estacionou em um lugar vazio ao longo do meio-fio alguns carros mais abaixo e esperou. Shott ficou lá, seu cotovelo estava apoiado na porta, esfregando o dedo indicador e o polegar pelo queixo enquanto seus olhos ficaram vigiando a loja. —Vá para dentro e peça algo. — Disse T-Rex para Sam. —Eu não quero Reno escorregando para fora pela porta dos fundos. T-Rex olhou para Shott pelo espelho retrovisor. Os olhos azuis do homem segurava uma riqueza de informações e conhecimento, como se T-Rex soubesse que a vinda de Shott até lá tinha sido uma má ideia. T-Rex estava certo. Shott tinha um interesse pessoal nisso. Se dependesse de Shott, teria entrado naquele restaurante movimentado, passado por Reno e deslizado uma faca entre as costelas do homem. E teria entrado e saído de lá antes que alguém pudesse perceber, sendo tão inteligente. Em vez disso, sentou-se e deu um longo suspiro enquanto tentava se convencer de que o principal objetivo não era matar Reno, mas sim levar o homem para a justiça. Um pulmão perfurado teria feito justiça. Mason sentou-se no outro lado de Shott, olhando para fora da janela. Mas ele não estava olhando para o restaurante. O cara estava observando alguns twinks que também estavam num SUV, esperando pacientemente que o seu pequeno cão farejasse terminasse. Reno saiu do restaurante. Segundos depois, Sam também saiu, com um saco de comida para viagem na mão. Quando Sam voltou para o SUV, jogou o saco para Mason. —Agora você não vai comer os nossos animais.
5
Cheesesteaks Philly é um sanduíche feito de fatias finas de bife com queijo derretido em uma baquete. Uma popular, comida regional de fast food, que tem suas raízes na cidade de Filadélfia, Pensilvânia.
Shott sorriu enquanto o cheiro de cebolas caramelizadas encheu o interior. Mason não perdeu tempo degustar o sanduíche enquanto eles começaram a seguir Reno, mais uma vez. —Não se atreva a deixar qualquer alimento cair nos meus bancos. — Disse T-Rex. —Eu geralmente não permito que qualquer pessoa coma aqui. —Que alimento?— Disse Mason com um sorriso enquanto amaçava a embalagem e a jogava de volta no saco, lambendo os lábios. O sanduíche já tinha se acabado. Eles
dirigiram
até
um
monte
de
armazéns
abandonados
e
estacionaram, parando num lugar ao lado de um prédio de tijolos com janelas rachadas e quebradas e portas com a madeira em decomposição. Reno tinha entrado lá dentro. T-Rex manobrou o SUV, estacionando entre um caminhão quebrado, caixas empilhadas, e máquinas antigas, e olhou pelo espelho retrovisor para Mason. —Eu quero que você fique aqui e deixe-nos saber se Reno tentar escapar. —Em outras palavras — Mason disse —uma vez que não tenho qualquer formação, tenho que manter minha bunda sentada. —Isso resume tudo. — T-Rex saiu do banco do motorista, Shott e Sam saíram também. Shott queria perguntar, em primeiro lugar, por que eles haviam trazido Mason, mas estavam em total silêncio agora. Cada um deles colocou um fone de ouvido e sincronizaram seus relógios. T-Rex sinalizou para que Sam fosse pela frente do prédio enquanto Shott e T-Rex se dirigiram em torno do prédio fazendo a volta.
Stripper passou pelas portas francesas abertas, olhando para fora sobre o rancho quando o sol começou a se pôr. Wilbur estava dormindo na cama, enrolado debaixo do lençol. Após o sedativo que tinha tomado no consultório do médico, Stripper tinha trazido seu companheiro para casa. Mas Wilbur não tinha dito uma palavra durante toda a viagem. Uma vez aqui, Wilbur tinha se arrastado para cama e ido dormir. E agora que Stripper se levantou, seu intestino torcia em apertados nós enquanto se perguntava o que fazer. Saiu de casa assim que completou dezoito anos para aderir ao serviço militar. Após a adesão, Stripper tinham sido recrutado para forças especiais onde treinou ao lado de T-Rex, Sam, Colton, Shott, e Legend. Stripper tinha tomado a sua formação como um peixe na água. Ele era um soldado nato. Viajou pelo mundo todo, esteve em muitas situações entre a vida e a morte. Havia sido esfaqueado, teve armas enfiadas em seu rosto, foi quase explodido algumas vezes, enfrentou o pior dos piores. No entanto, um pequeno pedaço de homem tinha o poder de quebrar Stripper, fazendo o mundo desabar à sua volta. Stripper saiu para a varanda, apertando os dedos em torno da grade. Não podia perder Wilbur, mas não tinha certeza de como manter o homem seguro. Estava enfrentando a decisão mais difícil de sua vida. Poderiam abortar o bebê e tentar novamente mais tarde, quando Wilbur estivesse mais forte. Mas o pensamento quase fez Stripper cair de joelhos.
Sabia que não poderia viver com a decisão de matar seu próprio filho. Não podia. Mas então, onde é que isso deixaria Wilbur? O coração do homem poderia não ser capaz de aguentar o stress da gravidez e do parto. —Por que esta aqui fora nu? Stripper se virou para ver Wilbur em pé na porta, um lençol envolto em torno dele. O coração de Stripper se apertou com a visão. Estendeu a mão, e Wilbur veio até ele. Stripper envolveu o homem em seus braços em um abraço. —Só pensando. Esfregou seu rosto no cabelo curto castanho-avermelhado de Wilbur, deleitando se com o contato. Ele nunca quis saber se ele seria mesmo seu companheiro. Stripper estava começando a entender o que seu pai tinha passado depois de perder sua companheira. Wilbur ainda estava aqui, mas Stripper sentia uma inegável sensação de perda. Sabia que não era nada perto do que seu pai tinha sentido, mas mesmo tendo uma pequena amostra, ameaçou destruí-lo. —Eu ouvi o que você disse para o médico. — Disse Wilbur enquanto deslizava suas mãos ao redor Stripper, envolvendo o lençol em torno de ambos. —Sua mãe realmente fez isso? —Os médicos haviam avisado a ela. — Stripper disse, incapaz de olhar para Wilbur, com medo de que fosse desmoronar. —Mas ela estava decidida a ter um filho. —E você está com medo que o mesmo vá acontecer comigo. — Wilbur supôs. —Aterrorizado. — Stripper normalmente não confessava a todos seus sentimentos de fragilidade, mas este era Wilbur, seu companheiro. Este era o homem que ele se permitiria ser vulnerável ao seu lado. Esta seria a única pessoa que iria permitir chegar perto o suficiente para ver seus demônios.
Wilbur esfregou seu rosto contra o peito nu de Stripper, mostrando que ele também precisava do contato. —Eu estou tentando colocar meus pensamentos em ordem em torno de tudo isso. Ainda estou tentando entender como tudo isso é possível. —Às vezes tudo isso ainda me deixa perplexo. — Disse Stripper. —E cresci sabendo que era um shifter urso, e ainda assim há momentos em que ainda realmente me surpreendo. —Eu não tenho órgãos femininos. — Wilbur afirmou. —Como é que posso ter esse bebê? Stripper sorriu por causa da perplexidade na voz de Wilbur. —Essa é uma pergunta a ser feita para o médico. Temo que ainda não entendo como é possível. Mas, mais do que um homem já esteve grávido nessa casa, então eu sei que pode ser feito. Wilbur se afastou um pouco e olhou para Stripper. Deus, aqueles olhos verdes eram tão mágicos. Stripper poderia perder-se neles. Segurou o rosto de Wilbur e deu um beijo suave nos lábios do homem. —Eu acho que me apaixonei por você. Os olhos de Wilbur se arregalaram levemente antes de serem preenchidos com um calor abrasador. Stripper sentiu o pênis de seu companheiro crescendo enquanto eles estavam ali. Um sorriso maroto apareceu no rosto de Wilbur. —Você só está dizendo isso porque você me sequestrou. Stripper riu levemente. —Você acha? Mordendo o lábio inferior, Wilbur balançou a cabeça. —Não, eu apenas digo coisas insanas quando estou nervoso. E já que nunca estive apaixonado antes, estou muito nervoso. —Então, você está dizendo que me ama?— Os polegares de Stripper acariciaram as bochechas macias de Wilbur.
—Eu não posso resistir a um homem que me oferece um sanduíche fino depois de me sequestrar. Stripper caiu na gargalhada, abraçou Wilbur firmemente enquanto o crepúsculo se instalou, banhado pelo brilho da lua crescente. Beijou Wilbur, mais uma vez, mas desta vez Stripper aprofundou o beijo, suas mãos vagavam sobre a pele lisa do homem. A respiração de Wilbur disparou enquanto ele tremia nos braços de Stripper. Droga, Wilbur o estava deixando louco. A sensação de intensos impulsos percorreram seu pênis, apertou suas bolas, e dispararam através de suas terminações nervosas enquanto provava o homem. Wilbur arqueou se aconchegando nele, avidamente sugando os lábios de Stripper. Colocando a mão entre eles, Stripper enrolou sua mão num punho fechado em torno da ereção de Wilbur. O homem resistia enquanto seu corpo tremia. Um lamento desesperado e longo escapou dos lábios de Wilbur, seus dedos apertaram no bíceps de Stripper. O lençol flutuou para varanda quando Stripper pressionou as costas de Wilbur na grade da varanda. Wilbur entreabriu os lábios e a língua de Stripper lambeu e cortornou os lábios de seu amado. Se jogou dentro da boca de Wilbur, apenas para recuar quando os quadris de Wilbur empurraram mais perto, num pedido silencioso por mais. Seu companheiro arqueou debaixo dele, os quadris de Wilbur se levantaram para mão de Stripper. —Eu quero que você me foda. — Wilbur implorou. Stripper levantou seu companheiro até que Wilbur envolveu as pernas em torno da sua cintura. Levou seu amante para dentro e o deitou na cama, em seguida, pegou o lubrificante. Conforme Stripper trabalhava no músculo apertado, enfiava a língua no fundo da boca de Wilbur. Tudo sobre Wilbur era incrível. Tudo sobre Stripper fascinava o humano. Calor subiu dentro dele, se construindo ao seu redor. Cada parte de Wilbur era uma parte de Stripper, coração, alma, e o próprio ar que respirava.
Removendo os dedos, Stripper se acomodou entre as pernas de Wilbur, deu um impulso entrando em seu companheiro com um golpe feroz, duro. A forte sensação imediata de estar enterrado dentro Wilbur, o prazer que o atravessou, o elevou ainda mais. Choque arregalou os olhos de Wilbur quando Stripper puxou para trás e começou a se mover através do interior apertado da bunda de Wilbur com golpes poderosos. Estava morrendo. O suor escorria pelo seu rosto enquanto enterrava seu pênis dentro de Wilbur ao máximo no quarto golpe. Empurrando dentro de seu companheiro novamente, Stripper parou fazendo uma careta, lutando para não gozar. Inferno, ele estava indo gozar. Suas bolas estavam tão apertadas que estavam doloridas, a sensibilidade em seu pênis estava perto do agonizante. Estava perdido em um mundo sensual de prazer, em que nada importava, nada mais que o momento e seu companheiro. Estava acasalado a Wilbur, mais do que apenas fisicamente, mais do que apenas tendo seu pênis enterrado dentro da mais apertada, mais doce bunda que ele já tinha conhecido. Stripper estava acasalado a alma de Wilbur, e sabia que não havia nenhuma maneira de escapar. E não queria escapar. Flexionando os quadris, Stripper se moveu, puxando o comprimento feroz e latejante de seu pênis antes de empurrar novamente para dentro Wilbur. Lentamente. Não podia ir mais rápido, ainda não. Um movimento errado e ele gozaria. Ele não conseguiria sentir o pulsar do ânus de seu companheiro em torno de seu pênis enquanto ele gozava. Gozaria no homem se não se segurasse. —Wilbur. — Gemeu o nome do homem quando as pernas de Wilbur rodearam seus quadris o segurando firme. —Foda-me. Mais forte. Oh Deus, estou tão perto ... —Os quadris de Wilbur se agitaram debaixo Stripper. —Tão perto.
Jogando a cabeça para trás, Stripper cerrou os dentes e soltou o último
pedaço
de
controle
que
tinha.
Fodendo
Wilbur
com
golpes
desesperados, Stripper sentiu seu a construção do seu orgasmo, aquecendo, ameaçando... Wilbur gozou embaixo dele. Um baixo e longo gemido de orgasmo encheu o quarto enquanto Stripper empurrava dentro de seu companheiro de novo e de novo, conduzindo Wilbur através de um orgasmo feroz e profundo. Se enterrando duro e profundamente, Stripper liberou ferozes jatos de sêmen branco e quente, quando começou a gozar dentro de seu companheiro. Quanto mais ele dava seu sêmen a Wilbur mais a bunda do homem tentava ordenhar Stripper. A bunda de Wilbur ondulou, agarrou e acariciou o pau de Stripper até que ele estava tremendo, certo de que nunca iria sobreviver a isso. Quando finalmente a sensação começou a diminuir, e a força do ato deixou seus corpos, Stripper entrou em colapso ao lado Wilbur, lutando apenas para poder respirar, e então começou a se perguntar se ter essa criança iria lhe trazer a maior alegria que jamais soube que existiu ou se iria destruí-lo completamente.
Capítulo 12 T-Rex subiu as escadas de metal para entrar pela porta do segundo andar. O metal rangeu quando abriu, e ele se moveu rapidamente para dentro. Sam tinha entrado pela porta no andar de baixo, e já estava fora de vista. O lugar estava banhado em escuridão, exceto pela lasca de luz da lua que entrava em ângulo através das janelas. T-Rex se manteve nas sombras enquanto fazia seu caminho através do segundo andar, verificando Reno.
O segundo andar não tinha muitas salas. Parecia que foi usado para armazenamento. T-Rex não encontrou nada lá, exceto ratos. E odiava ratos. Se virou e voltou pelo caminho que ele veio. Algo chamou sua atenção. T-Rex olhou para baixo em direção à grande área aberta abaixo, vendo Sam e Shott em pé no meio de uma dúzia de homens, que estavam em torno deles. Isto tinha sido uma armadilha. Reno, de alguma forma percebeu que estava sendo seguido e pediu reforços. Ambos Sam e Shott tinham suas armas em punho, mas assim também tinham os outros homens. Estavam num impasse. E de um lado, Reno surgiu, com um sorriso presunçoso no rosto. Ele ainda tinha a maleta que segurava em uma das mãos. T-Rex queria arrancar essa expressão triunfante fora do rosto de Reno, mas, em seguida, ele teria uma dúzia de
armas destinadas a ele, disparando.
Preferiu não ser
transformado em queijo suíço. Desaparecendo novamente junto as sombras, T-Rex pegou seu telefone e mandou uma mensagem para Colton, o informando da situação. Olhou ao redor novamente e, em seguida, guardou o telefone. Duvidava que alguém chegaria ali a tempo, mas, pelo menos, todo mundo em sua casa saberia o que aconteceu quando encontrassem o massacre sangrento. Saiu para fora pela porta que entrou e desceu correndo os degraus. Mason ainda estava sentado no SUV. Como os homens não tinham visto o SUV, era uma incógnita, mas T-Rex estava grato. Abriu a porta do motorista e deslizou para atrás do volante. —Outros homens chegaram.— Disse Mason. —Liguei para Legend e disse a ele. —Há quanto tempo?— T-Rex perguntou enquanto ligava o motor. —Assim que vocês desapareceram no prédio. Não sabia mais o que fazer. —Mason se inclinou no banco de trás. T-Rex só podia adivinhar que os
vidros filmados tinham impedido de verem Mason. O SUV parecia estar vazio. Os homens provavelmente pensaram que era de Reno. —O que você pretende fazer?— Mason perguntou enquanto seus olhos se voltavam para o edifício. —São um monte de homens armados, para irmos contra. —Nós vamos dar a Sam e Shott uma carona. — T-Rex afastou o SUV de ré até que ele estava bem uns 20 m a partir do armazém, travou as rodas e depois enfiou o pé no acelerador. O SUV se lançou para a frente e em seguida, ganhou velocidade. Ele dirigiu direto para o armazém, fazendo uma parada brusca, gritou —Entre! Sam e Shott não hesitaram. O som das balas que atingiam o SUV parecia um rufar de tambores. O barulho era constante e rápido. T-Rex manteve a cabeça tão baixa quanto podia enquanto acelerava e saia, batendo na parte de trás do edifício. A destruindo já que era feita de madeira e não de metal. O para-brisa rachou, o espelho lateral foi arrancado, e à frente do SUV provavelmente parecia uma sanfona, mas eles conseguiram sair de lá. O SUV pulou e arremeteu enquanto T-Rex dirigia ao redor do prédio e seguia para a saída. Os homens tinham acabado de sair do armazém e ainda estavam atirando neles enquanto T-Rex fazia a curva fechada e saia para rua. —Mason foi atingido!— Shott gritou. T-Rex olhou para trás para ver um monte de serração e madeira caída sobre seu assento, e sangue escorrendo por sua camisa.
Stripper correu para fora da casa quando SUV de T-Rex chegou com uma freada dura. Foram necessários quatro homens para carregar Mason do veículo para dentro de casa. Eles o levaram para cozinha e o deitaram sobre a mesa. O Doutor Gallagher estava lá, depois de ter sido chamado antes para o caso de uma emergência. O médico afastou os homens de lado antes que ele começasse a trabalhar na bala de Mason. O cara tinha perdido tanto sangue, estava muito pálido para estar bem. —Por que ele não muda?— Stripper perguntou quando T-Rex aproximou-se dele. Mason ocupava toda a largura da mesa. —Eu não tenho a menor ideia. — Disse T-Rex. A frente da camisa de T-Rex estava coberta de sangue de Mason. —O filho da puta teimoso não quis. Isso não fazia nenhum sentido para Stripper. A bala ainda estaria alojada no homem, mas pelo menos, seu corpo teria isolado a lesão até Gallagher poder tirar a bala. —Eu fiz um telefonema a caminho daqui. — T-Rex disse para ninguém em particular. —Gator e seus homens estão a caminho. Eles estarão aqui amanhã. Quero Reno muito mal. Os olhos de Stripper se arregalaram. Para T-Rex pedir ajuda significava que as coisas estavam indo muito ruim. Para ele chamar Gator e sua equipe, o mundo tinha que estar no fim. Gator era um menino do pântano por completo. Nascera na profundamente dos pântanos, era radical, e concluía toda a situação em que esteve envolvido. Sua equipe era conhecia como fantasma. Se era entregue a eles uma atribuição, não se ouviam falar deles até que sua missão estivesse completa. Entravam sem ser detectados, faziam seu trabalho, e desapareciam na noite. Stripper virou quando Sparrow entrou pela porta dos fundos. Seus olhos escuros pousaram em Mason. —O que aconteceu?
—Era uma armadilha. — Disse T-Rex. —Reno sabia que estava sendo seguido e montou uma emboscada. — A equipe de Stripper manteve uma expressão sombria, enquanto observava Mason sendo operado. Stripper podia ver a tristeza nos olhos de T-Rex. Mason não deveria ter estado lá, mas eles precisavam de um vigia, e o homem do rancho parecia entusiasmado para estar com eles. T-Rex se sentia culpado pelo que aconteceu com Mason, tanto quanto Shott se culpava pelo que aconteceu com Bill. O médico finalmente extraiu a bala e depois injetou algo em Mason. Mason deslocou imediatamente para sua forma de urso. O médico levantou a bala com uma pinça cirúrgica. —Ela está misturada com prata. Não é de admirar Mason não pudesse mudar. Stripper amaldiçoou. Mason ia ficar com uma cicatriz, mas isso era a menor das preocupações de Mason. Não havia como dizer se a prata não tinha feito nenhum dano. A prata era venenosa para shifters, e que o médico ia ter que executar vários testes em Mason. O homem iria sobreviver ao ferimento da bala. A pergunta era: Será que ele sobreviver ao veneno da prata?
No dia seguinte, Wilbur e Stripper se encontravam na sala de comunicações. O homem estava totalmente nu, se balançando por aí somente com um fone de ouvido. O cara estava xingando, ameaçando alguém, Wilbur não podia ver enquanto seus dedos dançavam sobre o controle.
Wilbur fechou a porta e ficou ali, observando. Seu pulso se acelerou com a visão. É claro que não doeu que Stripper estava nu, mas não foi o que chamou a atenção de Wilbur. Wilbur já tinha visto Stripper em seu modo militar. Isso era algo que uma pessoa não iria esquecer. Seus olhos cor de avelã estavam preenchidos com uma promessa de morte. Ele também tinha visto Stripper em seu modo mais vulnerável. As emoções que atravessavam os olhos do homem ainda assombravam Wilbur. Ele tinha visto Stripper cheio de paixão, fazendo amor como se Wilbur fosse o centro do seu universo. E agora estava vendo Stripper relaxado e brincalhão. Havia tantas camadas no homem, que Wilbur achava que nunca iria descobrir tudo sobre Stripper. Seu companheiro era uma criatura complexa, com muitas facetas. Wilbur se sentou no tapete, cruzando as pernas pra frente enquanto observava Stripper trabalhar. Isso tinha que ser o modo Stripper de descompressão. Ontem à noite, depois que Mason tinha sido trazido para casa, Stripper tinha ficado calmo, distante. Ele ainda segurava Wilbur enquanto estava deitado na cama, mas Wilbur tinha sentido como se Stripper não tivesse estado lá. Seu companheiro tinha se fechado, perdido em seus pensamentos e tinha deixado Wilbur do lado fora. Mas
havia
algumas
coisas
que
Wilbur
não
queria
que
seu
companheiro compartilhasse com ele. Todos estavam autorizados a esconder um pedaço pra si. Stripper não sabia tudo sobre Wilbur, o que estava bem. Os braços de Stripper se estenderam com a vitória, enquanto ele falava mal de alguém no fone de ouvido e, em seguida, o homem jogou o controle de lado. Ele se virou e piscou para Wilbur. —Vitória mais uma vez. Mas foram os olhos de Stripper que preocupavam Wilbur. O sorriso não os alcançou. Apesar de seu companheiro estar falando com ele, Wilbur
sentia como se ainda estivesse sendo excluído. Alguma coisa estava acontecendo dentro da cabeça de Stripper, e o homem se recusava a deixar Wilbur saber. Wilbur balançou os braços para cima e para baixo, brincando imitando uma líder de torcida. —Vamos lá. Grito de guerra! Depois de retirar o fone de ouvido, Stripper agarrou o calção no sofá e se vestiu. Normalmente, seu companheiro sempre tentava agarrá-lo. Stripper era uma criatura tátil e nunca conseguia manter suas mãos para si mesmo, quando se tratava de Wilbur. Mas Wilbur podia sentir um muro entre eles. Seu companheiro não lhe perguntou como estava se sentindo, ou se tinha ficado doente esta manhã, algo que Stripper sempre perguntava. Ele, no entanto, ajudou Wilbur a se levantar. Stripper sorriu e saiu da sala de comunicações. Wilbur ficou ali, sem saber o que fazer. Uma vez que este foi seu primeiro relacionamento de verdade, estava tendo dificuldades a respeito de como trazer essa parede para baixo. Wilbur entrou na cozinha para encontrar Taylor, Steven, Gabe, e Cameron sentado à mesa. Embora ele tivesse falado com cada homem desde que chegou aqui, Wilbur não tinha tido uma conversa real com qualquer um deles. Passou a maior parte de seu tempo trancado no quarto de Stripper, se recuperando. O momento se tornou estranho quando Wilbur ficou no meio da cozinha, sem saber o que dizer a qualquer um deles. Ele veio até ali por um lanche, mas se sentiu como se estivesse sob um microscópio, quando quatro pares de olhos o observaram atentamente. —O quê foi?— Perguntou Wilbur. Por alguma estranha razão, olhou para si mesmo para se certificar de que estava completamente vestido. Sabia que estava, mas com os homens o olhando tão de perto Wilbur se sentiu desconfortável.
Taylor se levantou e, em seguida, puxou uma cadeira. —Vamos tome um lugar, Wilbur. Sentando junto de Taylor, Wilbur batia com os dedos sobre os joelhos, enquanto esperava que um deles dissesse alguma coisa. Tinha certeza como inferno, que não sabia como começar a conversa. Wilbur não sabia nada sobre esses homens e era socialmente desajeitado na maioria das vezes. A única coisa que ele conseguia pensar era em contabilidade, mas tinha certeza de que iria aborrecer estes homens até a morte. Wilbur se entediava até a morte na metade do tempo. Taylor pegou um pouco de sorvete da embalagem e colocou ao lado dele. Depois que colocou o deleite açucarado em uma tigela, o deslizou na direção de Wilbur. Wilbur sorriu educadamente e balançou a cabeça. —Eu não estou autorizado a comer isso, mas obrigado de qualquer maneira. —É diet!— Afirmou Taylor. —Não acho que uma colher vá te machucar. Wilbur realmente não queria, mas aceitou a taça com polidez. Usando a colher, brincou com a pasta pegajosa enquanto olhava ao redor da mesa. Tentou pensar em alguma razão para se desculpar e sair, mas nada veio à sua mente. Era como estar sentado em uma sala de tribunal à espera de um veredicto. Wilbur podia sentir-se suando, pronto para fugir. —Então, você está acasalado com Stripper.— Disse Gabe. —Muito legal. —Sim—. Wilbur assentiu. Parou de fingir interesse pelo sorvete e empurrou a tigela de lado. —E você está acasalado também. Que coincidência. Taylor começou a rir. Cameron acompanhou. Steven sentou mais longe, tentando não olhar para Wilbur. Stripper havia dito a Wilbur sobre o talento de Steven em ser capaz de ler a mente das pessoas e ver seus
pensamentos. Wilbur tinha um desejo louco de colocar uma folha de papel alumínio em volta da cabeça para proteger seus pensamentos. Ele
não
precisava
que
ninguém
visse
o
quão
caótico
seus
pensamentos estavam no momento. Wilbur não queria que ninguém soubesse como se sentia isolado. Isso era uma coisa sua e seu negócio para resolver sozinho. Steven olhou para ele naquele momento, e Wilbur soube que o homem o tinha ouvido em sua mente. Algo se passou entre eles, quase um entendimento. Era como se Steven entendesse o que Wilbur estava passando. —Eu preciso cuidar de algumas coisas lá fora. — Disse Steven de onde estava. Se virou e olhou diretamente para Wilbur. —Se importa de me ajudar? Wilbur começou a dizer ao homem que não poderia se envolver em qualquer coisa extenuante, mas a expressão nos olhos de Steven pediam que Wilbur se levantasse e saísse pela varanda dos fundos. Talvez Wilbur estivesse curioso, ou talvez simplesmente queria sair da cozinha, mas com prazer o seguiu. —Eles estão apenas tentando entender você.— Disse Steven. — Nenhum deles estão intencionalmente sendo rudes. Mas, além de Gabe, todos nós viemos de origens fodidas, e não é fácil se abrir para alguém novo. Wilbur gostava mais do um a um, era muito melhor. —Minha história é muito chata e monótona. — Confessou. —Mas ultimamente as coisas têm se animado. —Algumas boas e outras ruins.— Disse Steven. E foi uma afirmação. —A vida é uma gangorra.— Wilbur respondeu. —E agora você está sentado no lado negativo, à espera de ser levantado.— Disse Steven. —Eu sei como é isso. Estive lá muitas vezes. Wilbur sabia que Steven estava tentando se unir a ele, em algum tipo de caminho. Deve ter sugado Steven viver em uma casa onde as pessoas
sabiam o que podia fazer. Eles provavelmente o tratavam com uma colher de cabo longo. Ninguém queria ter seus pensamentos invadidos. —Mas eu estou lidando com isso cada vez melhor.— Disse Steven. — Rowdy tem me ensinado muito. Mas não é fácil me afinar com as pessoas. Eu não invado intencionalmente os pensamentos dos outros. Um pária em sua própria casa. Wilbur começou a sentir pena do homem. Ele sorriu e acenou para Steven. Teria segurado a mão do homem, mas tinha sido avisado que o toque era doloroso para Steven. —Oi, sou Wilbur Castro. Você quer ser meu amigo? Steven riu, e seus olhos brilhavam quando ele sorria. —Todos nós poderíamos usar um amigo, uma vez ou outra. —Você não está sentindo dor, por eu estar tão perto de você?— Perguntou Wilbur. A última coisa que ele queria era causar qualquer dor ao homem. Steven balançou a cabeça. E apontou para os currais. —É por isso que vim aqui fora. Sempre que Colton está perto, minha mente fica tranquila. —Mas você ainda ouviu meus pensamentos. — Wilbur afirmou. Ele mordeu o lábio inferior, e acrescentou — Então, você sabe o que eu estou sentindo. Se sentando no degrau mais alto da varanda, Steven assentiu. —Quando eu conheci o Stripper, o homem bateu no meu ombro. Tive uma sensação de escuridão e força bruta, de algo letal que se mexia perigosamente. Wilbur sentou-se no chão da varanda e cruzou as pernas. —O que isso significa? Tudo o que Steven fez foi dar de ombros. —O cara tem um monte de turbulência dentro dele. Eu não sei por que.
Wilbur sabia o porquê. Era por causa da mãe de Stripper. Mas ele não ia contar para Steven sobre isso. Wilbur não tinha mais ninguém a quem recorrer para obter respostas, e ele esperava que Steven fosse um verdadeiro amigo. —Eu só não entendo por que ele está me excluindo. Steven se virou e descansou as costas contra a grade da varanda, dobrando os joelhos. Wilbur apenas escutava os homens que trabalhavam no curral. Sua mente estava em crise, e ele não gostou. Wilbur já estava lidando com o suficiente. Estava com medo também, mas ele não estava fechando Stripper do lado de fora. Wilbur sabia dos riscos de levar a gravidez completa da criança. O que ele precisava era do apoio de seu companheiro, não do seu silêncio. —Culpa. Preocupação. Pode ser uma combinação de uma série de coisas. Talvez ele esteja com medo de deixá-lo continuar a gravidez, porque está apavorado que vai perdê-lo. — Disse Steven. —Mas lembre-se, é apenas uma suposição. —Você seria capaz de ler a mente do meu peixinho?— Perguntou Wilbur. Ele queria mudar de assunto. Tristeza e melancolia não eram sua xícara de chá preferida. Steven olhou para ele estranhamente por um momento e então começou a rir. O som era tão contagiante que Wilbur encontrou-se rindo também. Ele tinha falado algo sério, embora. —Eu gosto de você.— Disse Steven. —Aw, que nojo.— Wilbur sentiu-se corar. —Obrigado.— E então ele pensou em algo. —O que é ser afogado a seco? Steven ficou sério e inclinou a cabeça para o lado. —Você realmente sabe como mudar de assunto. É quando um tecido é colocado sobre seu rosto e água é despejada em sua boca. A água realmente não passa pelo pano, mas você sufoca. Eu acho. — Steven coçou a cabeça. — Mas esse é mais ou menos o conceito.
Wilbur ficou lá por um longo tempo olhando para Steven. Enquanto pensava sobre a ameaça que Stripper lhe fez quando se conheceram, e sua raiva começou a crescer. Ele sabia que tinha sido um mal entendido, que Stripper tinha pensado que Wilbur era Reno. Mas o pensamento de Stripper fazendo isso com qualquer pessoa horrorizava Wilbur. A expressão de Steven ficou séria. —Não o julgue. Pense nos bandidos com que ele lutou. Reno é a escória da terra. Esse cara não hesitou em colocar uma bala em você ou matar os outros. Ele apenas tentou eliminar T-Rex, Sam, Shott e Mason na noite passada. E quase conseguiu. Os métodos de Stripper podem ser brutos, mas isso não é nada comparado com a devastação que Reno está disposto a deixar para trás. Wilbur bateu a porta fechada sobre os pensamentos de como Stripper operava em campo. Ele sabia que Steven estava certo. A parte lógica de seu cérebro argumentou que Stripper fez o que tinha que fazer, a fim de manter o mundo seguro. Mas ele conhecia o homem intimamente, e era difícil para ele envolver sua mente em torno dos métodos de Stripper. —Basta deixar pra lá.— Aconselhou Steven. —Ele ainda é o mesmo homem que você se apaixonou. Você tem que aprender a separar o trabalho de sua vida em casa, ou vai ficar louco. —Eu ainda não sei o que fazer com a parede. —Vá falar com ele. Deixe-o saber o quão assustado você está e que você não o culpa. Wilbur não culpava Stripper. Seu companheiro não sabia que Wilbur poderia engravidar sem ser mordido. Embora o médico disse que era extremamente raro, Stripper não sabia que isso poderia acontecer. Wilbur lembrou o quão difícil Stripper tinha lutado para não mordê-lo. E seu companheiro não o tinha mordido. Wilbur levantou e limpou sua bunda.
—Eu vou encontrá-lo. —Basta lembrar o que ele já passou, com a perda de sua mãe e viveu com um pai que esteve enterrado em culpa. Isso não pode ser fácil para o cara. Converse.
Capítulo 13 Stripper, Shott e T-Rex estavam se preparando para ir ao encontro de Gator quando o cheiro de chuva de verão e alcaçuz encheu seus pulmões. Stripper olhou para fora da sala onde as armas estavam sendo mantidas e viu Wilbur vindo em sua direção. Culpa corroeu Stripper. Culpa por colocar Wilbur para fora, por expulsar o homem grávido, por colocar sua própria vida em perigo. Depois de quase perder Mason ontem à noite, o fato de que ele poderia perder Wilbur tinha batido nele. Stripper estava sendo um idiota, e sabia disso. Ele já amava o ser humano para além das palavras, mas estava tentando calar o homem, porque estava com medo de passar pelo o que seu pai passou. Stripper não queria conhecer essa dor. — Posso falar com meu companheiro por um momento? — Wilbur pediu a T-Rex e Shott. — Nós realmente precisamos sair. — Disse T-Rex. — Isso pode esperar? — A menos que você queira que eu castre meu companheiro, não. — Wilbur estava cansado de jogar bonito. Ele estava acabado pela tentativa de apaziguar a todos. Ser bom não adiantava de nada, e ele realmente queria falar com Stripper. Shott sorriu quando saiu da sala. — Eu vou estar lá fora.
Era admiração que ele via nos olhos azuis de T-Rex? Wilbur não tinha certeza, e agora não se importava. Ele estava pronto para assumir o dinossauro grande, se fosse preciso. — Você tem cinco minutos. — T-Rex disse antes de sair. Quando T-Rex deu as costas para Wilbur, Wilbur imitou o cara. Ele se virou para ver Stripper sorrindo para ele. Wilbur se sentiu desorientado, quase tonto com o poder de enfrentar alguém maior do que ele. Ele gostava dessa sensação. — Meu companheiro está se transformando em um pequeno pit bul. — Stripper disse quando inclinou um braço contra a prateleira. — Mas eu realmente tenho que ir. Wilbur apontou o dedo no peito de Stripper. — Não até que resolver as coisas entre nós. — Não há nada para resolver. — Besteira. — Pare de agir assim e não finja que dá uma foda para o que está acontecendo ao nosso redor, Wilbur. Se não parar Reno... — Eu realmente tenho muito de fodas. Toneladas de fodas. Eu sou uma prostituta de sentimentos. — Disse Wilbur. — Mas se não resolver as coisas entre nós, o que Reno faz não importa mesmo. Eu quero que você pare de me ignorar. — Eu tenho que ir. — Stripper tentou passar por Wilbur, mas Wilbur bloqueou o caminho do homem. Wilbur estava pronto para bater em alguma coisa. Ou seja em Stripper. — Não, eu ainda tenho mais quatro minutos, e você vai me ouvir. — Wilbur mudou de tática e deixou toda sua raiva sair, deixando a dor em seus olhos transparente. — Você não acha que eu tenho pavor? Alguma vez lhe ocorreu que eu estou francamente com medo do que pode acontecer comigo?
A mandíbula de Stripper cerrou quando uma máscara caiu sobre seu rosto. Seus olhos castanhos ficaram escuros. — Você não cresceu em uma casa de luto. Você não tem ideia de como é ser o sobrevivente, e viver com essa perda a cada dia de sua vida. Lágrimas se reuniram nos olhos de Wilbur quando ele puxou sua mão para trás e deu um tapa em Stripper em sua face. — Eu não estou morto, então pare de me tratar como se eu já morri! A expressão nos olhos de Stripper virou letal. — Eu te coloquei para fora por uma única noite, e você está pirando em mim? —Hormônios. — Wilbur argumentou. — Lide com eles. Mas o que você espera que eu faça, que espere passar um mês inteiro antes de dizer alguma coisa? Eu acho que não, amigo. Eu não gosto de me torturar. Ou vamos limpar o ar ou faço sua vida um inferno. Stripper pareceu desinflar. — Eu não quero discutir com você. — E eu não quero viver com alguém que tem medo de me amar. Eu estou carregando o seu filho, Stripper. Eu preciso de alguém ao meu lado, e não com uma sombra escondida em um canto. Seja um homem de merda e assuma isso. Stripper agarrou Wilbur e empurrou-o para a prateleira. Seus caninos estavam mostrando, e seus olhos tinham um leve brilho. Wilbur pensou que tinha empurrado o homem longe demais. Ele nunca tinha tido uma briga com um amante antes e não tinha certeza se ele deveria ter sido tão agressivo. Seu companheiro deu um rosnado baixo antes de seus lábios colidirem com os dele. Wilbur engasgou e então passou os braços e as pernas em torno de Stripper, agarrando-se ao homem, desesperado para chegar mais perto.
Stripper estendeu a mão e fechou a porta, bloqueando-a. Wilbur estava no céu. Ele sugou a língua de Stripper na garganta dele enquanto ele moeu sua ereção no estômago de seu amante. Isto deve ser o sexo de reconciliação que Wilbur tinha ouvido falar. Ele adorou. —Três minutos. — Stripper disse ofegante na boca de Wilbur. — Prepare-se para um sexo rápido e duro. — Mas não temos qualquer lubrificante. — Wilbur lembrou o homem. — Então vamos ter que usar a saliva. Mas você está prestes a ser fodido. — Stripper empurrou o cós de Wilbur para baixo até que sua bunda estava exposta. Wilbur ainda tinha suas pernas em volta da cintura de Stripper se mantendo pela sua vida quando seu companheiro desapertou as calças. Stripper cuspiu na sua mão e usou a umidade para molhar a bunda de Wilbur. Ele repetiu o processo mais duas vezes antes de alinhar seu pau para cima e levar para casa. — Filho da puta! — Wilbur gritou. — Segure-se em mim, bonito. — Stripper plantou as mãos na parede e dirigiu duro e profundo dentro de Wilbur. Não era suave e lento, como faziam desde que Stripper descobriu que Wilbur estava grávido. Isto foi rápido e brutal, e Wilbur amou cada segundo. — Eu não vou perder você, porra. — Stripper disse com um rosnado baixo e mortal. — Eu não vou a lugar nenhum. — Wilbur prometeu, embora soubesse que era apenas meia verdade. Não havia nenhuma certeza, mas ele tinha que ser otimista. Ele arregalou os olhos e sua cabeça caiu para trás quando Stripper mordeu seu ombro. Essa era a primeira vez que seu companheiro tinha feito isso, e o pau de Wilbur explodiu. Ele gritou o nome de Stripper quando seu companheiro bateu nele. Seu companheiro ficou bloqueado para ele por um longo momento antes de Stripper puxar seus caninos livre e lamber a ferida no ombro de Wilbur.
— Meu! — Stripper rosnou a palavra enquanto ele fodeu Wilbur ainda mais rápido. — A quem esse corpo pertence? De quem é essa bunda? — Minha. — Wilbur gritou. Stripper vacilou e depois um sorriso perversamente pecaminoso apareceu em seu rosto. — Pensamentos cognitivos não é sua especialidade durante o sexo, não é? — Cale a boca! — Wilbur gritou. — Só me fode. E Stripper fez. As costas de Wilbur estavam esmagadas contra a prateleira quando Stripper agarrou os quadris de Wilbur, empurrando duro e rápido. A cabeça do homem rolou para trás, os lábios abertos, seus caninos se mostrando quando ele rosnou e então gritou sua liberação. Wilbur estava igual um macarrão molhado. Ele estava desossado quando Stripper descansou suas testas juntas. Wilbur olhou nos olhos de seu companheiro e pode ver a vulnerabilidade lá. — Nunca me expulse novamente, por favor. — Eu vou tentar. — Disse Stripper. — Mas se eu fizer, só ameace me castrar e eu sou todo seu. Wilbur assobiou quando Stripper saiu de dentro dele. Ele ia estar ferido por um tempo. Talvez devesse levar um pouco de lubrificante no bolso para situações de emergência. Stripper
ajudou
Wilbur
a
reajustar
as
calças
antes
de
seu
companheiro colocar sua própria. Stripper deu a Wilbur um beijo suave e gentil até que alguém bateu na porta. — Acabou o tempo. — Disse Shott. — Nós temos que ir. Wilbur abriu a porta e tropeçou para fora da sala. Ele sabia que parecia uma bagunça quente. Ele se virou e apontou o dedo para seu companheiro. — Não vamos ter essa conversa de novo.
Ele tentou pisar fora, mas suas pernas estavam muito molengas, e ele não tinha energia. Em vez disso, tropeçou longe, com um sorriso feliz no rosto. Ele e Stripper tinham que discutir com mais frequência. O sexo de reconciliação era fantástico.
Eles se reuniram com o outro time e tinha elaborado um plano. Stripper se sentou na parte de trás do SUV de T-Rex, imerso em seus pensamentos enquanto se dirigiam para Junction City. Era isso. Tudo ou nada. Eles estavam indo capturar Reno ou matar o homem. De qualquer maneira, ele não ia fugir novamente. Gator já tinha feito o reconhecimento sobre isso e tinha encontrado onde Reno estava escondido. Como o homem tinha feito isso era um mistério que o cara não estava compartilhando com eles. Gator tinha recursos que Stripper e os outros só poderiam desejar. Eles pararam a uma quadra da área residencial, onde Reno deveria estar se escondendo. Eles estavam indo andar sob a cobertura da escuridão. Gator e sua equipe se prepararam e estavam prontos para rolar quando Stripper e a equipe fizeram o mesmo. Gator olhou em volta para os homens com ele. — Silêncio total. Mantenham o plano. Eles saíram de seus veículos, e Gator e sua equipe desapareceu. Era estranho. Um momento eles estavam ali, no próximo partiram. T-Rex levou Stripper e Shott para a casa em questão, sinalizando-os para espreitar o local.
Stripper olhou para a direita e mal podia ver um dos homens vestidos completamente de preto, com rosto camuflado, sentado em uma das árvores, rifle voltado para a casa de Reno. O homem estava tão quieto que, se Stripper não soubesse o que procurar, ele nunca teria visto o homem lá. O cara se misturou perfeitamente com o seu entorno. Virando-se, Stripper concentrou-se no que tinha que fazer. Ele puxou um dispositivo do bolso lateral na calça e o usou para desligar o sistema de alarme. Ele deu um sinal de positivo quando o sistema saiu do ar, desmantelado. Enfiando o dispositivo de volta em suas calças, ele trabalhou a fechadura da porta lateral e, em seguida, deslizou para dentro da casa. A casa estava em silêncio. Uma pequena luz brilhou sobre o fogão e Stripper viu uma luz vinda de um quarto apenas após a sala de estar. O som de batidas podia ser ouvido. Alguém estava usando um computador. Stripper começou a avançar e depois parou. Ele quase bateu em um arame. Ele recuou e, em seguida, passou por cima dele. Ele ficou de costas para a parede quando fez o seu caminho em direção à luz brilhante da sala. Virando a esquina, ficou cara-a-cara com um dos homens de Reno. Stripper
agarrou
o
homem,
puxou-o
para
a
cozinha,
e
aplicou
um
estrangulamento nele. O homem lutou e arranhou contra a preensão apertada de Stripper. Mas Stripper não ia deixar este homem alertar Reno. Ele manteve até o cara cair em seus braços. Ele abaixou o homem no chão e, em seguida, puxou a arma. Ele estava determinado a colocar Reno para baixo. Morto ou vivo. Ele não conseguia parar de pensar sobre o que Reno tinha feito com Bill ou Wilbur. Sua raiva estava lá, corroendo-o agora que estava tão perto do cara. Esquivando-se para baixo, Stripper fez um checape rápido para verificar se não havia outras surpresas esperando por ele. T-Rex estava do outro lado da sala, de costas para a parede do corredor. Quando Stripper entrou na sala de estar, uma bala passou zunindo por sua cabeça.
Ele caiu, rolou, e respondeu ao fogo. Seu elemento surpresa foi embora. Stripper estava de costas, disparando no bastardo que tinha atirado nele. O cara caiu no chão quando T-Rex virou, apontou e disparou contra um homem que Stripper ainda não tinha visto. O inferno começou. Homens pareciam vir de todos os lugares, prendendo Stripper e T-Rex. Stripper pulou atrás do sofá, empurrou-o para o lado, e usou o sofá como proteção quando ele apontou e disparou. Alguém caiu atrás dele. Stripper se virou para ver um homem caído sobre Shott e movendo-se de um canto sombrio. O pulso de Stripper estava batendo em seus ouvidos quando se empurrou de costas para o sofá, pegou o pente extra que estava preso ao cinto, e recarregou a arma. Quadros caíram da parede, vidro quebrado por toda parte, e a espuma do sofá começou a sair. Ele rosnou, girou, caiu no chão e disparou em tantos filhos da puta que podia. Algo forte e quente atingiu seu ombro. Stripper ignorou a dor quando ele rolou para trás e, em seguida, veio por cima do sofá, pulando sobre o cara mais próximo. Eles lutaram lado a lado, algo que Stripper era especializado. T-Rex se moveu, batendo a coronha do revólver na têmpora de um homem. Shott movimentou-se em torno deles e correu para o quarto com a luz brilhante. Seu objetivo era capturar Reno. Stripper levou o seu homem para baixo, e então ele e T-Rex foram em direção ao quarto. Mas a única pessoa que havia lá era Shott. Era um pequeno escritório, e Stripper poderia dizer que um laptop tinha sido ligado ao monitor, mas ele se foi. A janela estava aberta, as cortinas soprando para dentro. Mantendo sua arma em um punho apertado, Stripper moveu-se para a janela e fez uma vistoria rápida. Gator estava no quintal, nas sombras, segurando Reno em um aperto. Stripper se virou e olhou para T-Rex e disse.
— Gator o tem. T-Rex foi até a janela e fez sinal para Gator trazer Reno para dentro. Assim que Reno foi trazido pela porta de trás, Stripper levantou o braço para trás e deu um murro no estômago do homem. Reno dobrou, deixando cair à maleta na mão. Stripper endireitou o homem e acertou-o novamente. — Chega. — T-Rex agarrou o braço levantado de Stripper. — Todos nós queremos um pedaço dele, mas nós temos trabalho a fazer em primeiro lugar. Reno cuspiu sangue no chão e depois sorriu ameaçadoramente para Stripper. — Você nunca vai obter os códigos. Você nunca vai parar a operação a tempo. Um dos homens de Gator agarrou a mala do Reno, sentou-se à mesa, e começou a socar chaves. Seus dedos trabalharam tão rápido que tudo que Stripper podia fazer era ficar lá e assistir enquanto rezava que o cara poderia acabar com a transação. Os olhos de Stripper se voltaram para Reno e raiva em brasa, mais uma vez o encheu. Se não tivesse sido por Reno, a vida de Wilbur não teria sido ameaçado. Suas garras se estenderam quando seus caninos surgiram. Reno riu dele. — Pena que eu não matei aquele fuinha choramingão. Wilbur implorou por sua vida, você sabe. O homem me implorou para não matá-lo. Stripper fechou a distância, agarrou o cabelo de Reno e colocou a cabeça do homem para trás. — Engraçado, você está prestes a fazer o mesmo antes disso acabar. A cadeira foi trazida para a sala de estar, e Gator empurrou Reno nela. Gator apontou uma arma para a cabeça de Reno enquanto T-Rex o segurava. T-Rex se elevou sobre o homem.
— Eu fui pago para levá-lo a justiça. — Disse T-Rex. — Mas você fodeu com as pessoas erradas, ou seja, nós. Você roubou informações que poderiam prejudicar o país, com a intenção de vender essa informação para o nosso inimigo. Reno cuspiu em T-Rex. Embora o cara parecesse com Wilbur, suas personalidades eram como a noite e o dia. Era como olhar para o gêmeo mal de Wilbur. Stripper estremeceu com o pensamento de seu companheiro agindo desta forma. Ele sabia que Wilbur não era astuto e egoísta, e Stripper estava feliz. — Eu quero um advogado. — Disse Reno. A expressão de T-Rex era tão misteriosa como um cemitério. — Nós não somos policiais, e não seguimos o mesmo protocolo. Você terá sorte se conseguir sair desta casa vivo. —Eu tenho direitos! — Reno rosnou. — Não com agente. — T-Rex afirmou. — Se essas transações não puderem ser interrompidas, então eu vou atirar em você eu mesmo. Reno não parecia perturbado por T-Rex o ameaçar, isto é, até que Stripper bateu a perna para fora, e Reno caiu no chão. Stripper em cima do homem, afundando suas presas profundamente no lado de Reno. Reno gritou e depois mudou. Stripper levou o homem para baixo quando o urso de Reno recuou. — Conte-nos qual é a senha, ou eu vou deixar meu homem rasgar sua garganta. — Disse T-Rex para Reno. — Ele vai te matar lenta e dolorosamente. Stripper balançou a cabeça para os lados e rasgou a carne dos ossos do homem. Reno gritou e caiu para o lado dele antes de mudar de volta a sua forma humana. Ficou ali ofegante, suando, com uma boa porção de seu lado rasgado. Ele estava sangrando, e urso de Stripper queria terminar o que tinha começado.
— Wilbur. — Reno ofegante. — A senha é Wilbur. — Você conseguiu isso? — T-Rex gritou para o homem de Gator, que estava constantemente trabalhando no programa que Reno tinha comprado para quebrar os códigos. — Entendi. — O cara gritou de volta para ele. Stripper
pairava
sobre
Reno,
esperando
o
homem
fazer
um
movimento errado. Reno mudou de volta para a sua forma de urso, mas ficou lá sem fazer uma jogada. O desgraçado estava curando-se. — Foda-se! — Homem de Gator gritou. — Isso não era um código de acesso. Isso era um gatilho. — Para quê? — Gator perguntou enquanto seus olhos passaram de Reno para a porta do escritório. — Dê-me um segundo. — O homem gritou de volta. Um minuto depois, o cara veio correndo da sala. Seu olhar correu para Gator. Aparentemente era importante, mas o homem não parecia bem. — Eu parei as transações, mas usando a senha 'Wilbur' detonei um temporizado. Precisamos tirar nossas bundas daqui. — Um timer? — Shott olhou para o rapaz. — Por favor, não me diga que vamos fugir de outra bomba. O homem deu de ombros, enquanto ele e Gator foram em direção a porta. — Tudo bem, eu não vou dizer-lhe que você tem menos de um minuto para dar o fora daqui. Stripper mudou. — E Reno? T-Rex olhou para baixo, para o cara e depois balançou a cabeça. —Traga-o. Stripper pegou o urso ainda deitado no chão, sangrando, e arrastou para a porta. Assim que estava fora, Reno atacou. Mas seu ataque não durou
muito tempo. O cara que estava empoleirado em cima da árvore deu um único tiro, acabando com a vida de Reno. Stripper largou o urso morto e levou sua bunda longe da casa. Ela explodiu, enviando grandes detritos no ar. — Droga. — Shott disse enquanto eles continuaram a fazer o seu caminho de volta para o SUV. — Se eu tiver que correr de mais uma casa explodindo, eu vou me aposentar. — Você ama seu trabalho demais para ir embora. — T-Rex disse quando entrou no SUV e decolou. Eles teriam que informar a empresa que os havia contratado que as informações tinham sido destruídas, junto com Reno. Mas Stripper não se importava neste momento. Eles resgataram Sra. O'Connor, o que eles tinham sido pagos para fazer. Era apenas um bônus que Reno estava morto. Ele sabia que Gator e seus homens já estavam saindo da cidade. E Stripper estava bem com isso. Tendo a equipe de Gator aqui não era uma coisa boa. Eles viviam por seu trabalho, e Bear County tinha um ritmo muito lento para eles. Quando se dirigia para casa, Stripper pensou no caos e destruição que Reno tinha causado. Uma morte rápida tinha sido muito bom para que o homem tinha feito. Ele queria trazer de volta Reno e matar ele lentamente. Mas agora que a ameaça não estava atrás deles, Stripper tinha outras preocupações para se concentrar. Após a confissão de Wilbur na sala de armas, Stripper sabia que não podia ignorar o seu companheiro. Para melhor ou pior, eles estavam juntos, e ele daria um passo a frente e seria o companheiro Wilbur merecia.
Capítulo 14 Dois meses depois... —Você tem tudo?— Wilbur caminhou ao redor do quarto, gingando ao redor, tentando se certificar de que tinha tudo o que seria necessário. Ele era uma pilha de nervos e tinha embalado e desembalado, apenas para embalar a bolsa de fraldas pela centésima vez. Stripper não parecia melhor. Ele ficou no meio do quarto, coçando a cabeça, olhando ao redor. — Acho que sim. O médico queria tirar o bebê uma semana mais cedo, para evitar o estresse que Wilbur iria passar durante o parto. Chame-o de covarde. Wilbur não estava ansioso por qualquer tipo de cirurgia. Por uma questão de fato, ele tremia com o pensamento. —Fraldas? Stripper pareceu sair de seu transe e balançou a cabeça. — Temos tudo, Wilbur. — Seu companheiro atravessou a sala e puxou Wilbur para os braços fortes. Ao longo dos últimos dois meses, Stripper não tinha sido nada, além de amoroso e atento, não importava o quanto Wilbur tentou seduzir o homem para que pudessem ter relações sexuais. Stripper não tinha mordido a isca. Wilbur tinha ficado em repouso no leito durante o mês passado, e embora ele não quisesse fazer uma cirurgia, ele estava feliz de sair da casa. Eles pegaram o saco de fraldas, o assento de carro, a bolsa de viagem de Wilbur e depois desceram as escadas. Todo mundo estava ali, esperando por eles, desejando a Wilbur e Stripper boa sorte. Steven deu um passo adiante. Ele e Wilbur tinham-se tornado bons amigos ao longo dos últimos meses. O cara tinha sentado com Wilbur, muitas
vezes, ajudando-o há passar o tempo quando Wilbur sofreu com o tédio do repouso. Eles tinham jogado damas, cartas, e tinham escutado todos os tipos de música. Steven era um homem muito interessante e tinha um senso de humor espirituoso. Gabe, Cameron e Taylor o visitaram também, mas eram as visitas de Steven que Wilbur tinha apreciado mais. Steven entregou a Wilbur um urso de pelúcia. Era macio ao toque, marrom e bronzeado. — Isso é para o rapaz ou a menina. Wilbur e Stripper recusaram-se a saber qual era o sexo de seu filho. Eles queriam ser surpreendidos. —Obrigado. — Wilbur tomou o brinquedo de pelúcia, e para sua surpresa, Steven o abraçou. —Lembre-se, respire. — Steven sussurrou-lhe. — Concentre-se em seu ponto focal. Wilbur assentiu e, em seguida, virou-se para a porta, mas parou quando T-Rex chegou. Ele sorriu para o homem. — Quando nos conhecemos, eu realmente não gostei de você. — Disse ele. T-Rex estava convencido de que Wilbur era Reno. Ele sabia que ser um líder de equipe significava que T-Rex tinha que ser duro como pregos, mas ele tinha visto o outro lado dele também. — Mas você é um cara legal. T-Rex sorriu e apertou o ombro de Wilbur. — E você ainda é um tipo estranho. Vá agora e faça de Stripper um papai orgulhoso. Wilbur assentiu e caminhou para fora da porta. Stripper o ajudou a descer as escadas e entrar no caminhão. Colocar o cinto de segurança tornouse complicado uma vez que Wilbur tinha crescido até o tamanho de uma baleia, mas Stripper teve a certeza que estava no lugar antes de deslizar atrás do volante.
— Se você continuar com essa calma, eu vou bater em você. — Wilbur ameaçou. — Você está me dando nos nervos. Stripper riu quando ele acelerou a caminhonete. — Confie em mim, eu estou tremendo descaradamente no interior. Mas um de nós tem de se manter no controle. Wilbur estreitou os olhos. — Você trouxe o seu Game Boy, não é? Stripper teve a decência de parecer envergonhado. — Eu trouxe, quase derrubei o Rei Sangrento no segundo andar. Wilbur revirou os olhos. — Só não puxar a maldita coisa para fora na sala de cirurgia, ou eu vou descer da mesa e bater em você sem sentido. —Tão violento!— Stripper disse quando ele riu. — Eu prometo mantêlo no bolso até que tenha sido movido para o seu quarto e esteja dormindo. Seu companheiro era impossível. Eles dirigiram à clínica isolada que empregava nada, além de shifters urso e só atendia shifters como pacientes. As únicas exceções eram os humanos acasalados a shifters. E desde que Wilbur era um, fora admitido ali. Pena que ele não tinha uma cesta cheia de guloseimas. Wilbur estava com fome. Mas ele tinha sido proibido de comer qualquer coisa depois de meianoite. Ele estava pronto para roer o volante. Eles tinham chegado à clínica rápido demais na opinião de Wilbur. Assim que o edifício de madeira entrou em vista, seu coração começou a bater mais rápido. Não só porque ele estava tendo uma cirurgia, mas ele estava prestes a dar à luz. Wilbur estava prestes a conhecer a criança que vinha crescendo nele há meses. — Eu não estou pronto para ser um pai. — Disse Wilbur em pânico. — Podemos voltar mais tarde, como no próximo ano?
Stripper puxou o caminhão para o estacionamento e desligou o motor. Ele se virou e emoldurou o rosto de Wilbur com as mãos. —Você pode fazer isso, lindo. Eu tenho fé em você. Wilbur desejou ter muita fé em si mesmo. Ele estava pronto para sair do caminhão e gingado até a calçada, fugindo. Ele respirou fundo antes que ele assentiu. Stripper ajudou-o para fora do caminhão e, em seguida, os dois entraram. Jennifer, a recepcionista, deu-lhes um sorriso caloroso e amigável. — Você não foi um frangote, Wilbur. Ele mostrou a língua para ela. — Mostrei pra você, não foi? — Então, vamos levá-lo para lá e prepará-lo para a cirurgia. —Disse ela. Wilbur girou e tentou correr para longe, mas Stripper agarrou-o e levou-o até a porta que Jennifer estava segurando aberta. — Oh não, você não vai fugir. — Disse Stripper. — Traidor — Wilbur murmurou. — Você deveria estar do meu lado. — Eu estou. — Respondeu Stripper. — Mesmo quando você não quer fazer algo que é necessário. —Mas quem é que vai cuidar de Harry? — Perguntou Wilbur. —Quem vai alimentá-lo amanhã? —Steven concordou em cuidar do seu peixinho. — Disse Stripper. — Agora, pare de enrolar e leve sua bela bunda lá atrás. Jennifer riu quando ela levou-os a uma sala. O quarto tinha uma cama com grades, máquinas e o Doutor Gallagher. O homem sorriu para Wilbur quando Stripper ficou ao lado dele. —Eu vou deixar o seu companheiro ajuda-lo a se despir. Uma vez que você está no seu avental, eu quero você na cama. — Disse o Dr. Gallagher.
Wilbur balançou a cabeça e soltou um suspiro quando o médico e Jennifer saíram do quarto. Wilbur estava um pouco envergonhado que ele ficou duro quando Stripper começou a despi-lo. — Desculpe. — Disse Wilbur. Stripper balançou a cabeça antes que ele deu um beijo na boca de Wilbur. — O dia em que seu corpo deixar de reagir a mim é o dia em que eu devo começar a me preocupar. Stripper ajudou-o a colocar o avental, em seguida o pôs sobre a cama. Seu companheiro puxou o lençol até o colo de Wilbur, antes de ir para o corredor e chamar o médico de volta. Outro cara que Wilbur não conhecia entrou no quarto com uma pequena bandeja na mão. —Este é Justin. — Disse o médico. — Ele vai colocar sua IV. Justin deu a Wilbur um sorriso amigável antes de começar seu trabalho. A manhã passou voando enquanto Wilbur foi preparado. Ele teve de ficar em posição fetal para ter uma punção lombar. Até o momento ele foi levado para a sala de cirurgia, ele estava se sentindo um pouco tonto. A medicação estava fazendo efeito. — Como você se sente? — Perguntou Doutor Gallagher. —Como se eu pudesse lutar com um urso. — Respondeu Wilbur e depois riu. Isso fez com que o médico e Stripper sorrissem. Seu companheiro estava vestido com um avental, uma máscara cirúrgica pendurada em sua mão. Wilbur estava sorrindo de orelha a orelha. —Você está sexy com essa roupa. Veja se você pode mantê-la e podemos brincar de médico. Eu serei o seu paciente voluntário. Uma vez que Wilbur foi acomodado na sala de cirurgia, Stripper se aproximou, seus lábios macios pressionando contra a orelha de Wilbur. — Você será.
—O quê? — Perguntou Wilbur, rapidamente esquecendo a conversa. Stripper apenas balançou a cabeça e saiu de sua frente para que o médico se aproximasse. —Pronto?— Perguntou Doutor Gallagher. —Vamos começar a festa. — Disse Wilbur e então ergueu um braço e o agitou. —Whoop. Whoop.
Os nervos de Stripper tinham estado apertados durante toda a cirurgia. Qualquer coisa poderia ter dado errado, e ele se preocupava o tempo todo com Wilbur. Mas agora que ele estava em seu quarto privado na clínica, segurando seu filho nos braços, os olhos de Stripper estavam cheios de lágrimas. Ele nunca tinha segurado uma criatura tão perfeita em seus braços antes. Além de Wilbur. Seu companheiro estava na cama, dormindo. Gallagher tinha lhe assegurado que Wilbur estava bem. Somente agora ele poderia finalmente respirar. Durante toda a gravidez de Wilbur, Stripper tinha sido um feixe de nervos crus. Ele se preocupou com qualquer dorzinha que Wilbur experimentava, sua mente correndo para o pior cenário. Mas ele manteve suas preocupações para si mesmo e fez o que era necessário para sempre estar lá para Wilbur. —Olhe para você. — T-Rex disse enquanto caminhava para a sala. — Você é um pai natural.
T-Rex atravessou a sala e espiou o pacote enrolado nos braços de Stripper. — Ele se parece com você. —Você acha? — Perguntou Stripper. Ele sentiu que seu filho parecia mais com Wilbur. Ele não podia esperar para que Wilbur acordasse, para que pudessem compartilhar este momento. O médico tinha dado a Wilbur algo para que seu companheiro não sentisse nenhuma dor. Gallagher tinha dito que queria Wilbur o mais confortável possível. Shott e Sam foram os próximos a entrar, amplos sorrisos em seus rostos. Shott levou uma olhada, e seu sorriso cresceu. — Diabinho bonito. — Obrigado. — Respondeu Stripper. Ele sentou, ainda nervoso por estar segurando um pacote tão pequeno. Ele estava com medo de largar o seu filho a qualquer momento. — Ele tem um nome?— Sam perguntou quando ele colocou um saco sobre a mesa perto da janela. Havia balões ligados ao saco anunciando É um menino! em letras azuis. — E sobre Wilbur Júnior?— Perguntou T-Rex. — E o que vai ser o seu apelido, We-Jay? — Perguntou Stripper. — Wilbur e eu discutimos nomes. Se tivéssemos uma menina, nós estávamos indo para chamá-la de Serenity. Nós decidimos Abriel para o nome de um menino. — Bem, Olá, Abriel. — T-Rex disse quando se abaixou e correu um dedo pelo rosto do bebê. Stripper escondeu o sorriso quando T-Rex começou a fazer sons de bebê. — Por favor, não me diga que é meu filho. — Disse Wilbur grogue. — Eu não quis dar a luz a um dinossauro. T-Rex riu bem-humorado. — Bem-vindo de volta à terra dos vivos.
Stripper esperou até que Wilbur estava completamente acordado antes que ele colocou seu filho nos braços de seu companheiro. Seus olhos se arregalaram um pouco quando as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Wilbur. —Nós vamos sair para o corredor. — Shott disse quando conduziu os dois homens para fora do quarto. — Vocês dois precisam de um momento. — O que está errado, lindo?— Stripper enxugou as lágrimas de Wilbur. —Está se sentindo bem?— Ele sentiu o pânico se instalar e começou a procurar o botão para chamar a enfermeira quando Wilbur balançou a cabeça. —Ele é tão... perfeito. Eu não posso acreditar que eu fiz algo tão incrivelmente bonito. —Nós. — Stripper corrigiu seu companheiro quando ele passou a mão sobre o espetado cabelo castanho-avermelhado de Wilbur. — Eu tive alguma coisa a ver com isso. Wilbur sorriu para ele. —Você poderia ter tido uma pequena parte dela. Wilbur tinha levado através de sua gravidez sem muita complicação. Stripper tinha sido abençoado com um filho lindo e um companheiro que estaria com ele por um tempo muito longo. A identidade equivocada levou Stripper para Wilbur, o amor de sua vida, e Stripper estava feliz por esse erro a cada momento que passou na presença de seu companheiro. Seu companheiro olhou para ele, e Stripper sentiu seu coração derreter. Ele deu um beijo na testa de Wilbur e disse — Eu te amo, Wilbur Castro. —Eu também te amo. — Wilbur respondeu. — Mas eu ainda não sei onde Sra. O'Connor está. Uma gargalhada escapou de Stripper quando ele abraçou seu companheiro e filho, sentindo-se como se sua vida estivesse completa. — Eu tenho maneiras de fazer você falar.
Wilbur mexeu as sobrancelhas. — Contanto que você use esse avental...
FIM