Alexis e Colt nunca planejaram que seus caminhos se cruzassem. Alexis e sua filha de três anos fugiam do seu passado e Colt procurava o seu futuro. Não planejavam encontrar a salvação um no outro. Uma noite mudou tudo... E eles não tinham nenhuma esperança de alguma vez voltar a serem os mesmos. Encontrar uma maneira de fazer as coisas funcionarem quando parece que tudo está contra eles é algo que eles terão que trabalhar duro para superar. Colt será forte o suficiente para lidar com o passado de Alexis? Ou será que será demais?
Prólogo Alexis — Mamãe, eu estou com fome, — Maddison falou por detrás de mim. O som de sua pequena doce voz só fez meu coração doer mais intensamente. — Eu sei bebê. A mamãe achará algo para você logo. Prometo. — Diminuí a velocidade do carro para parar e agarrei a bolsa acomodada ao meu lado. Vasculhando-a, eu retirei o pacote de bolachas que peguei na nossa última parada. Virando para trás, olhei a minha doce menininha, e forcei um sorriso. A última coisa que eu queria que ela visse é quão instabilizada eu me sentia por dentro. Ela parecia tão cansada, e ver isso me fez sentir uma mãe desprezível. Abrindo o pacote, dei a ela as duas bolachas. — Aqui, pequena ervilha, coma isso por agora. Sei que não é muito, mas conseguirei outra coisa para você logo, certo?
Maddison balançou a cabeça e pegou as bolachas. — Ainda tem suco em seu copo? — Perguntei, e ela movimentou sua sonolenta cabecinha novamente. — Bom, nós vamos parar realmente logo. Virando
para
frente,
respirei
profundamente
e
comecei
a
procurar. Passei por uma placa que dizia, Bem-vindo a Brooklet, um quilômetro e meio atrás. Quando olhei ao redor, me encontrei me perguntando se existia mesmo um hotel aqui nesta cidadezinha. Era definitivamente uma grande mudança de San Diego. Com só um pouco mais de duzentos dólares sobrando, eu sabia que precisava fazer durar. O pensamento de não poder cuidar de Maddison deixou meu estômago enjoado. Não tive nenhuma escolha; eu não podia voltar. Precisei partir, precisava me esconder. Ele cruzou uma linha que nunca poderia ser restaurada. Viver como nós vivíamos precisava terminar. Eu não podia mais continuar com medo; nós merecíamos mais que isso. Sabia que eu me arriscava ao voltar para casa, em Palm Beach, mas eu precisava da minha família mais do que nunca. Sabia que seria o primeiro lugar que ele apareceria, mas era o único lugar que eu podia ir. Manter Maddi segura vinha em primeiro lugar. Era meu trabalho, e nos últimos seis meses, eu falhara com ela e com a memória de seu papai, Troy. Então, a escolha de partir no meio da noite, quando Seth menos esperava, foi fácil de fazer. Uma escolha que nunca lamentaria, não importasse o quanto precisasse sacrificar. Maddi precisava de estabilidade e segurança. Quando ela tivesse isso, minhas necessidades viriam, mas não até então. — Preciso de pinico, Mamãe, — Maddison anunciou do banco de trás. A decisão acabou de ser feita; aparentemente nós pararíamos em Brooklet no momento, pelo menos por hoje à noite. Procurando por um lugar para parar, eu parei no estacionamento de um restaurante pequeno. Era logo após sete da noite, e o
estacionamento parecia deserto. Dois veículos estavam estacionados perto da entrada. O resto estava vazio. Segurando firme na mão Maddison, nós caminhamos lado a lado em direção à entrada. O cheiro de gordura me engolfou quando abri a porta, e cheirava surpreendente. Passaram horas desde que eu comi alguma coisa. — Apenas vocês duas? — Uma mulher mais velha com um sorriso genuíno perguntou. Acenei com a cabeça enquanto ela nos levava a uma pequena cabine nos fundos. — Você tem um banheiro que minha menininha possa usar? — Perguntei enquanto procurava na pequena área da lanchonete. — Logo após aquele corredor, à sua esquerda. Posso pegar alguma coisa para as duas? — Ela perguntou. — Sim, hum, um queijo grelhado e achocolatado, se você tiver? — Respondi, levando Maddi em direção ao banheiro. — O que você vai querer, querida? — Ela gritou atrás de mim. — Nada, obrigada. Não estou com fome, — eu disse acima de meu ombro, trazendo Maddi para mais perto. Forcei um sorriso enquanto me apressava em direção ao banheiro. — Mamãe, sua barriga está rosnando. — Maddi olhou para mim enquanto eu continuava guiando-a em direção à parte de trás. — Não, bebê. A mamãe comeu esta manhã. Estou bem, — a assegurei. Decidi, assim que deixamos San Diego, que eu só me permitiria uma refeição por dia. Embora eu matasse por um suculento hambúrguer e fritas, eu precisava usar minha cabeça. O dinheiro tinha que durar até que eu achasse uma fonte de renda. Quando voltamos para nossa mesa, eu pensei por um momento que nós estávamos na mesa errada. Havia uma grande salada de um lado, e de outro, uma tigela com molho de maçã. Um refrigerante grande e uma xícara de achocolatado no centro.
Permaneci olhando, confusa, no mesmo momento que a senhora que nos saudou pôs um prato de batatas fritas na mesa. — Senhora, eu não pedi tudo isso. Não posso… — comecei a dizer, com o pânico aparecendo. Ela levantou a mão para me interromper. — Não se preocupe, querida. Já foi pago. — Ela sorriu e indicou com a cabeça em direção à porta. Olhei para cima quando um largo homem alto abriu a porta. Ele inclinou a cabeça em minha direção e piscou, um sorriso de covas agraciando seus lábios. Permaneci olhando fixamente para ele até que ele desapareceu. — Aquele doce homem acabou de comprar o jantar para vocês duas. — Ela colocou a mão em meu ombro e deu um aperto tranquilizante. — Existe pessoas amáveis lá fora, querida. Colt Thompson é um bom homem. Suas palavras finais deixaram um vazio em meu peito. Um bom homem. Não tinha certeza de que eles existiam mais. Além de meu pai, não conheci muitos outros. Troy, o pai de Maddison, era um bom homem – um homem que deu a vida pelo seu país e nunca teve a chance de saber que seria um pai. Meu irmão também era um bom homem, mas diferente desses poucos, eu começava a sentir como se bons homens fossem apenas mitos.
Capítulo 01 Alexis Eu me sentei em uma cadeira bolorenta no lado da cama de motel, olhando fixamente para minha menininha enrolada firmemente em seu cobertor favorito. O luar que espiava pela cortina entreaberta destacou sua pequena forma. Minha mente corria com medo e intranquilidade. Como cheguei a este ponto? Como pude ter deixado tudo isso ir tão longe? Atravessei o país para ficar com Troy. Nós fomos apresentados por um amigo em comum quando ele estava de licença como um soldado. Eles estavam de férias na Flórida, e fui capturada no momento que o vi. Cabelo loiro, olhos azuis, e um sorriso doce. Eu não tive nenhuma esperança. Eu estava no último ano do segundo grau e me apaixonei perdidamente por um marinheiro de Cali1.
1 Califórnia
Depois da graduação do segundo grau, a escolha foi fácil. Escolhi a faculdade mais próxima do homem que segurou meu coração. Toda a chance que tínhamos, nós estávamos juntos. A única família que ele tinha era a mãe dele, que no momento estava em seus sessenta anos. Troy foi um choque para ela quando foi concebido, mas, como sua mãe dizia, ele era o melhor presente que ela já recebera. Agora ela estava em uma casa de repouso, com demência e, em seus bons dias, ela lembrava que uma vez teve um filho. E ficava pior e pior diariamente. Nós planejávamos nos casar um dia, e eu teria o seguido a qualquer lugar. Ele foi enviado no começo do meu último ano na Universidade do Estado de San Diego. Um pouco mais de um mês depois meu mundo foi destruído. PFC2 Troy Aaron Walters morreu ativo em dever. No momento que ouvi aquelas palavras, um pedaço de mim morreu também. Cinco dias após perder meu melhor amigo, eu descobri que esperava seu bebê. E mais uma vez, eu chorei. Não porque eu estava grávida, mas porque Troy nunca conheceria seu filho. Durante semanas eu mal podia sair da cama; na maioria dos dias era uma luta até para abrir meus olhos. Pensei em voltar para casa, mas eu amava a Califórnia. Amava minha escola e meus amigos. Partir de lá seria como deixá-los para trás, e eu não tinha estômago para isso. Era o lugar que segurava todas as nossas memórias. Então, com ajuda de alguns bons amigos e o conselheiro da faculdade, eu me recompus. O dia que a minha filha nasceu foi um dos melhores dias da minha vida. Naquele dia eu soube que um pedaço de Troy foi devolvido para mim. Eu podia olhar para minha menininha e ver o homem por quem me apaixonei. Ela era a pequena fatia de céu que ele devolveu para me fazer prosseguir. 2 Private First Class - Primeira classe privada (PFC) é um posto militar ocupado por pessoal alistado júnior.
Maddi se mexeu na cama e murmurou algumas palavras antes da sua respiração igualar e ela voltar para um sono mais profundo. Lágrimas queimaram no fundo dos meus olhos enquanto eu relembrava cuidadosamente os eventos do ano passado. Olhando para trás, sei que eu deveria ter apenas voltado para casa na Flórida. Após a morte do Troy, foquei somente em Maddison Erin Walters – meu anjo, meu presente de Troy. Ela é e sempre será o centro de meu mundo. Nem sequer considerei namorar ou me envolver com qualquer homem depois de Troy. Era a coisa mais distante da minha mente até nove meses atrás. Logo após o aniversário de quatro anos de Maddison, ela e eu fomos tomar um sorvete. A caminho de casa, nós encalhamos com um pneu furado. Seth Trowbridge, um homem de conversa doce, veio nos salvar. Nós éramos amigos há muito tempo, mas, até então, eu nunca dera um segundo pensamento ao seu comportamento paquerador. Culpei aqueles malditos olhos azuis. Aqueles olhos puxaram algo bem no meu interior, e de repente, me senti viva novamente. Ele abusou disso naquele dia. Eu me apaixonei por ele, embora dissesse a mim mesma que não estava pronta. Devia ter ido embora na primeira vez que ele levantou a voz para mim. Culpei o álcool que ele consumiu. Ele era uma pessoa diferente quando bebia, e depois daquela noite do lado de fora do restaurante, eu soube o que precisava fazer. Eu precisava cair fora. Precisava me impedir de ser outra vítima nas mãos de um homem abusivo. Passei uma hora assistindo Maddison dormir profundamente na cama de motel. Um peso me apertou enquanto eu deixava os e se passar por minha mente. Era um jogo que eu fazia frequentemente comigo mesma. E se Troy tivesse voltado para casa seguramente? E se eu apenas tivesse voltado para casa depois da morte dele? Minha mãe e irmã frequentemente me chamavam, tentando me convencer a voltar. Meu irmão sempre ameaçava vir me sequestrar e me
forçar a voltar para Flórida. Eu era a filha do meio, cercada por aqueles que sentiam que precisaram me abrigar. Apenas senti como se precisasse fazer isso sozinha. Agora acabou. Minha irmã, Harper, tem vinte cinco – apenas três anos mais jovem que eu. Meu irmão Jett é um solteirão convicto – ele faz as mulheres babarem, ou é o que ele diz. Não negarei que ele é atraente, porque ele é. Ele só precisa perder a arrogância e altivez que governa seu mundo nos últimos vinte e nove anos. Quando é para minha irmã e eu, entretanto, ele é um amor completo. Jett nos adora e faz tudo para qualquer uma de nós. Essa foi uma das principais razões de continuar com Seth e seu comportamento agressivo para comigo. A última coisa eu queria era que Jett entrasse em problemas por mim e meu drama. Ele tinha muito a perder. Eu não podia ser responsável por ele perdendo o que construíra sozinho.
Capítulo 02 Alexis Acordar em um motel bolorento fez meu estômago revirar. Maddison dormia muito pacificamente curvada em meu lado, e passei a maior parte da noite olhando fixamente para a mancha de água no teto. Depois que nós duas tomamos banho e trocamos de roupas, voltamos para a mesma lanchonete. Imaginei que eu podia comprar café da manhã, graças ao bonito estranho e sua generosidade da noite anterior. O restaurante estava muito mais cheio hoje do que ontem à noite. No momento que nós entramos, eu senti como se estivesse em exibição. Podia sentir olhos em mim, e estava me enervando. No momento que meus olhos encontraram a mesma garçonete, senti um alívio imediato. Seus olhos amáveis acalmaram o rugir em meu estômago. — Bem, oi bonitas senhoritas. Estou realmente feliz por vocês voltarem para nos ver. — Ela ajoelhou na frente de Maddison e afastou
seus cachos loiros de seu rosto. — Você tem o mais doce sorrisinho. Você é uma boneca. Então ela se levantou e nos levou a uma mesa. — Você quer um café querida? — Ela perguntou. Acenei a cabeça e assisti ela sair para pegar a cafeteira. Levei um tempo permitindo meus olhos vagarem pelo restaurante e ver que existiam várias pessoas olhando em nossa direção. Traguei forte, tentando tranquilizar meus nervos. — Não deixe eles te aborrecerem. Só estão curiosos. — Uma profunda voz rouca falou atrás de mim. Virei depressa, só para ficar cara a cara com o homem de ontem à noite. Ele sorriu enquanto me observava atentamente. — Não é frequentemente que nós temos visitas aqui na cidade. Você terá que ignorar as encaradas. — Sua voz era uma daquelas vozes que faziam você querer que ele continuasse falando. Fazia você se sentir aquecida por dentro e segura. Sorri nervosamente e logo evitei seus olhos. Seus olhares estavam me distraindo um pouco e, por um momento, me achei esquecendo o que ele havia dito. Preste atenção, Alex, honestamente. Eu precisava manter minha cabeça em ordem. Olhei para trás até voltar para ele, que ainda me observava atentamente. — Nunca tive a chance de dizer obrigada. — Ele levantou uma sobrancelha de forma interrogativa. — Pelo o jantar ontem à noite. Foi realmente bom, mas você não precisava fazer isso. — Sei que não precisava; eu quis. Só considere isso um presente de boas-vindas a Brooklet. — Um sorriso apareceu inesperadamente de seus lábios convidativos. Novamente me achei desviando o olhar, tentando diminuir a velocidade da batida do meu coração.
A garçonete colocou uma xícara de café na minha frente, e pude usar isso como uma distração. Eu precisava de algo para me afastar dele. Ainda podia sentir seus olhos em mim, e estava um pouco enervada. Não que eu não apreciasse ligeiramente sua atenção, mas eu conhecia meu histórico. A última coisa que eu precisava era fingir que existia qualquer coisa mais do que uma atração física acontecendo aqui. — Bem, eu realmente aprecio as boas-vindas. Foi um bom gesto. — Sorri, e no momento que ele piscou, meu estômago tremulou. — Você pode me chamar de Colt. — Ele estendeu a mão, e suavemente a segurei para uma sacudida gentil. Eu estava momentaneamente sem palavras. Sua mão com calos era morna, e a minha parecia tão pequena em seu aperto. Quando Maddison derrubou o garfo e ele caiu no chão, nunca fui tão grata por ela ser desajeitada. Eu precisava de uma distração para me afastar de seu sorriso doce. Fiz o possível para continuar olhando para frente, com minhas costas para ele. Foi umas das coisas mais difíceis que já tentei. Só quando ele se afastou que então notei que ele não estava sozinho. A doce e gentil mulher mais velha parou próxima a minha mesa e sorriu. — Ela é bonita como uma anjinha. Como uma doce boneca preciosa, — ela disse, movendo em direção a Maddi. — Obrigada, — respondi. — Você está viajando sozinha, querida? — Ela perguntou. — Sim senhora. — Respondi. Pude ver a preocupação em seus olhos e senti seu lado maternal. — Seja cuidadosa querida. Viajar sozinha com uma criança é assustador. Você tem família perto? — Colt parou próximo a ela e colocou a mão em seu ombro. Ela virou para encará-lo e sorriu amorosamente. Sua interrupção me poupou de responder sua pergunta.
— Ok, Mamãe, vamos deixar estas bonitas meninas apreciarem seu café da manhã. — Ele a cutucou para frente e sorriu enquanto passava. Meus olhos nunca os deixaram enquanto paravam para pagar a conta e caminharam em direção à porta da frente. Ele olhou para trás quando segurou a porta para sua mãe, piscando uma última vez. Algo sobre o modo que ele era com ela fez meu coração derreter. Foi cuidadoso e gentil ao segurar o braço dela. Ainda era capaz de vêlos através das janelas dianteiras enquanto ele a levava ao carro. Não era só um show que ele fez na frente das pessoas. Ele não a soltou nenhuma vez até que ela estava seguramente guardada dentro de um pequeno carro azul que assumi ser dela. Meu estômago apertou e revirou. Que diabos eu fazia pensando em algum homem agora mesmo? Estava correndo do último, e não estava em nenhuma posição para me permitir falsas esperanças. Não podia me permitir acreditar que existisse um homem gentil lá fora, um com um coração amável. Estava na hora de Maddison e eu voltarmos à estrada. Eu não precisava desenvolver quaisquer amizades aqui. A única coisa que eu precisava era voltar para casa, para as pessoas que me amavam e me protegeriam.
Capítulo 03 Alexis Após o café da manhã, nós voltamos para o hotel. A saída era as onze, então eu só tive tempo suficiente para dar outro banho em Maddi, lavando o xarope que ela derrubou mais do que comeu no café da manhã. Quis deixá-la arrumada para outra viagem na estrada. Colocando tudo na bolsa, devolvi a chave para a recepção. Uma parada rápida na loja mais próxima para pegar alguns lanches, e então nós estaríamos a caminho. Após algumas tentativas para ligar meu carro, finalmente ele pulou para vida, e senti um alívio me inundar. Estava perto da morte, e sabia que estava forçando-o com esta viagem. Apenas rezava para que resistisse mais alguns dias. Depois que eu estivesse em casa, não me importava se já não ligasse novamente. Maddi já começava a adormecer no seu cochilo da tarde, mas eu precisava mantê-la acordada só um pouco mais.
Lá estava eu, de pé no corredor, fazendo caretas para minha menininha enquanto ela ria. Agir como louca era algo que ela amava. Neste momento eu tentaria qualquer coisa para mantê-la alerta só um pouco mais. Virei para pegar um suco da estante do centro e bati em uma mulher. Na verdade, foi a barriga dela que sofreu o impacto da trombada. Olhei para a pronunciada barriga de grávida e me senti horrível. — Sinto muito. Realmente, verdadeiramente, desculpe. — Ótimo, Alexis. Machuque uma grávida. Ela acenou com a mão na frente dela. — Oh, por favor, não se preocupe com isso. Esta coisa devia ter algum tipo de bipe ou algo. Algum sinal de perigo. Está sempre entrando no caminho. — Ela riu. — Você está bem? — Perguntei. Ela estendeu a mão e a colocou em meu braço. — Honestamente querida, não se preocupe com isso. Meu marido, por outro lado, insistiria que eu fosse levada as pressas para a Emergência. Ele está me deixando louca com seus modos dominantes. — Ela revirou os olhos e então notou Maddi no carrinho. — Oh, ela é bonita. Esses olhos. — Ela observou Maddi, admirada, e tudo que eu podia fazer era sorrir. Os olhos eram do pai dela, isso é certo. Aqueles azuis magníficos. Conversamos por alguns minutos antes de irmos em direções opostas. Manter Maddison acordada ficava mais difícil. Minha pobre menininha estava exausta. Sair e ver que eu tinha um pneu furado não era o que eu precisava. Olhava fixamente para ele como se fosse consertar o problema. Lágrimas de raiva começaram a se juntar em meus olhos e chutei minha roda. — Filho de uma cadela. — Rosnei e chutei novamente. — Bem, não sei se isso te ajudará muito. — Girei para ver a garota grávida da loja olhando fixamente para mim. Ela sorriu e
ligeiramente riu. — Deixe-me ligar para meu marido, assim ele pode trocar isso para você. — Ela pegou o telefone no bolso. — Não! Sério, está tudo bem. — Honestamente não estava, nem sequer ligeiramente. Mas ela não me devia nada. — Não precisa se aborrecer. — Silêncio agora, — ela insistiu. Eu a assisti enquanto ela segurava o telefone em sua orelha. Eu podia ouvir uma profunda voz filtrar do telefone, mas era incapaz de entender as palavras. — Estou bem, besta. Por favor, só escute. — Ela pausou e revirou os olhos. — Você é uma dor em minha bunda. Estou bem; o bebê está bem. Agora, você apenas entre em sua caminhonete e venha ao supermercado? Tenho uma amiga que precisa de um pouco de ajuda. Ela riu de algo que ele disse. — Não, se fosse Kori ela ligaria para Reed. Só chegue aqui no mercado. — Ela desligou e gemeu. — Aquele homem me deixará louca. Ele é tão superprotetor. Precisei escapar sorrateiramente de casa só para ir sozinha até ao supermercado. Se fosse do modo dele, eu estaria seguramente deitada na cama, dia e noite. — Ela agitou a cabeça. — Ficaria louca. — Na verdade, é muito doce. Não tive ninguém para exagerar em cima de mim quando estava grávida de Maddison. Penso que teria sido bom sentir isso. — Encolhi meus ombros e observei minha menininha adormecida. Ela estava curvada no carro em um ângulo desajeitado, e partiu meu coração. O que eu estava fazendo arrastando-a ao redor? — Hey, você está bem? — Ela perguntou. Acenei a cabeça. — Estou bem. Obrigada pela ajuda. — Não é um problema. — Seu sorriso era genuíno. Era quase como se eu fosse uma antiga amiga, alguém que ela conhecesse há anos. Era confortador, e pela primeira vez em muito tempo, me senti segura e bem-vinda. No meio de todas as coisas, era estranho que uma completa estranha me desse àquela sensação de paz. ***
Em um estrondo de motor, assisti uma grande caminhonete Ford preta parar no espaço próximo ao meu carro. Fiz tudo que eu podia para não babar ao ver o homem que saiu dela. Seu sorriso malicioso era uma distração, para não mencionar que ele preenchia muito bem aquela calça jeans. A garota que anteriormente se apresentou como Maria, se iluminou como uma árvore do Natal. Esse era definitivamente o marido dela, e me encontrei me sentindo só um pouco ciumenta. Ele a alcançou e a puxou para perto. Beijando-a suavemente, ele sussurrou algo que só eles podiam compartilhar antes de sorrir amorosamente. Quase senti como se estivesse me intrometendo. Os dois eram adoráveis juntos, e o amor que compartilhavam era óbvio. Ele a adorava. Uma criança se aproximou deles e embrulhou os braços ao redor da cintura dela em um abraço. Alguns segundos passaram enquanto eles compartilhavam um momento, antes do homem virar para me encarar. Ele estendeu a mão em uma introdução amável. — Oi senhorita. Eu sou Gavin. — Ele sorriu, e maldição se seus olhos não eram uma alucinante tonalidade atraente de azul. O que havia com homens e aqueles azuis sedutores? — Prazer em te conhecer. Meu nome é Alexis, e esta é minha filha, Maddison. — Seu olhar vagou para Maddi curvada no carro. A cabeça dela descansava em seu cobertor fechado, e ele sorriu suavemente. — Vamos dar uma olhada no que você tem aqui, — ele disse, se ajoelhando próximo ao meu pneu. Assisti ele ir até a caminhonete e agarrar um macaco e uma alavanca da parte de trás. Após erguer o meu carro, ele começou a tirar o pneu. O olhar no rosto dele só me deixou nauseada. Eu sabia que levaria dinheiro que eu não tinha sobrando.
Aparentemente os meus planos para partir estavam suspensos por um dia ou dois. Quando Gavin disse que levaria meu pneu para um amigo na tentativa
de
consertá-lo,
eu
estava
agradecida,
esperando
que
consertasse o problema e eu pudesse prosseguir com a viagem. Tirei Maddi do carrinho de compras, e a deitei no banco traseiro do meu carro, permitindo que ela se esticasse. Acampar no mercado local não era meu plano para o dia, mas parecia que eu seria forçada a fazer isto. — Hey, onde você está ficando? — Maria perguntou, me fazendo virar para encará-la. — Oh, eu uh… — nervosamente estalei meus dedos. Sim, um hábito sórdido, eu sei, mas um que ultimamente me encontrei fazendo frequentemente. — Estava ficando no hotel, mas saí hoje. Achei que viajaria esta tarde. — Pausei por um segundo. — Parece que farei check-in de novo. — Oh, isso é loucura. Minha mãe tem um quarto na casa dela. Ela vive sozinha e adoraria a companhia. — Ela pegou a sacola que eu tinha no carrinho, com biscoitos e suco, e virou para mim com aquele sorriso de boas-vindas. — Vamos, eu te levarei. — Oh não, eu não posso, sério. Agradeço muito por isso, mas o hotel está bom. — Esta cidadezinha era tão diferente comparada a cidade grande. Todo mundo era tão cortês e prestativo. — Honestamente, querida, você me faria um favor. Ela me liga constantemente. Pensei em conseguir um cachorro para ela ou algo para ocupar seu tempo. Ontem mesmo ela me ligou à noite para conversar sobre suas almofadas de sofá. — Maria revirou os olhos. — Ela não podia decidir se devia recuperá-las com um novo material ou apenas comprar novas. — Ela riu e inclinou a cabeça. — Me levou quase quarenta e cinco minutos para convencê-la que comprar novas seria mais barato.
Não pude deixar de rir enquanto refazia aquela conversação em minha mente. — Minha mãe tem uma casa cheia, então ela tem pouco tempo para discutir comigo sobre esses tipos de coisas. — Honestamente, minha mãe adoraria ter você e Maddi, ainda que só por hoje à noite. — Existia algo nela que me fez sentir tão segura. Não podia explicar. Eu não tinha nenhuma ideia de quem era ela até uma hora atrás, ainda assim eu sentia como se a conhecesse a vida toda. Nos últimos seis meses, eu consegui perder lentamente os amigos que eu tinha. Sei agora que foi Seth que os afastou, entretanto eles não lutaram muito. Era agradável sentir que eu tinha uma amiga, uma que parecia se importar mais comigo do que aqueles que eu conhecia durante anos. — Certo, mas insisto em pagar para ela o que eu pagaria no hotel. — Ergui Maddison do carro, agarrando nossa bolsa também, e caminhando em direção ao SUV de Maria. — Sim, boa sorte com isto. Deixarei essa conversa para você e mamãe. — Ouvi sua risadinha, mas escolhi não comentar. Não aceitaria piedade. Eu precisava deixar este lugar sabendo que não devia nada a ninguém. Eu não era uma daquelas pessoas que pegavam sem retribuir.
Capítulo 04 Alexis — Você tem certeza que isso não é nenhum problema? — Perguntei a Ann enquanto ela me levava ao quarto no fim do corredor. No momento que a vi na cozinha, meu coração acelerou. Quais eram as chances de que Maria fosse a irmã do homem do restaurante? Ann sorriu de orelha a orelha conforme escutava Maria explicar minha manhã horrenda. Ela insistiu para que eu ficasse com ela antes de Maria até ter a chance de pedir. — Doçura, isso não é nenhum problema mesmo. Você fica quanto tempo precisar. Minha casa é sua e de Maddi enquanto vocês precisarem. — Sua generosidade me subjugava. — E esta tolice sobre você me pagando. Não aceitarei isto. Você é uma convidada. — Ela sorriu docemente enquanto deixava minha bolsa na cama. — Ter companhia será uma mudança boa.
Maddison olhou ao redor do quarto, para as bonecas que se enfileiravam na estante bem acima da cômoda. — Mamãe, olhe, — ela disse, apontando naquela direção. — Bonita. — Sim, elas são bonitas, mas nós não podemos tocar. — Maddison ama bonecas. A maior parte de nossos pertences está em um depósito que eu aluguei. Após conversar com meu proprietário e vizinho, eles concordaram em levar minhas coisas depois que eu partisse. Assim que eu estiver estabelecida, acharei uma maneira de conseguir tudo. No momento, Maddi e eu estamos vivendo só com o necessário. — Oh, ela pode brincar com aquelas, — Ann disse, puxando uma boneca da estante. — Acho que está aqui tem algumas roupas extras. Você pode vesti-las e fazer seu cabelo. Você gostaria? — Ela perguntou a Maddi. Contive as emoções que me encheram quando o rosto de Maddison se iluminou. Ela balançou a cabeça enquanto estendia a mão e pegava a boneca de Ann. Ela estava em um estado de adoração naquele momento, e era de aquecer o coração. Nós nos estabelecemos e me permiti relaxar, algo que eu raramente podia fazer. Eu sempre sentia como se em qualquer momento algo ruim aconteceria e nosso mundo seria virado de cabeça para baixo. *** Ann permitiu que Maddison a ajudasse a fazer o jantar. Eu me encolhi com a visão diante de mim. Maddison conseguiu deixar molho em todos os lugares, e tudo que Ann podia fazer era rir. As risadinhas de Maddison encheram a casa, e sua felicidade trouxe lágrimas aos meus olhos. Eram lágrimas de felicidade, claro, porque minha menininha estava fazendo o que ela fazia melhor. Ela fazia Ann se apaixonar por ela. Ela parecia ter a habilidade de capturar
quase qualquer um em questão de minutos. Seu sorriso doce e olhos gentis eram a ruína de qualquer um dentro de três metros. Uma risada profunda por detrás me fez pular. Colocando a mão em meu peito, surpresa, virei depressa. Lá, diante de mim, estava Colt – sujo, suado, e mal arrumado, mas atraente Colt. Um sorriso astuto apareceu em seus lábios, e não pude afastar meus olhos dele. Acompanhado pelas covinhas, era impossível olhar para outro lugar. Limpando a garganta, ele riu suavemente. Meu olhar encontrou o dele, e imediatamente pude sentir o calor inundar minhas bochechas. — Oi novamente, — ele disse, e eu apenas o encarei, muda. Como uma adolescente, eu tremia com a proximidade dele. Eu me afastei e sorri, com um riso forçado que eu estava certa que ele podia ver bem. — Então, você é a bonita loira com a doce menininha ficando na casa da minha mãe, — ele disse, e minhas bochechas pareceram ficar quentes novamente. — Palavras do meu sobrinho, para ser exato. Minha irmã foi um pouco mais precisa com sua descrição. Por um momento, me senti desapontada. O que ele estava dizendo? Ele não me achou atraente? — Penso que deslumbrante loira soaria um pouco melhor. Por alguma razão, Maria sentiu que era muito importante que eu viesse aqui hoje à noite para consertar a pia do banheiro da minha mãe. — Ele se debruçou só um pouco mais perto e abaixou a voz. — Estou bastante certo que ela teve um motivo oculto para me enviar. — Ele piscou antes me contornar e caminhar até a mãe dele. Tomei um tempo para tomar algumas profundas e calmantes respirações, interiormente sorrindo com a ideia dele pensando em mim como deslumbrante. Agitando minha cabeça para limpá-la da neblina que ele causou, enxuguei minhas palmas na calça jeans.
Colt beijou sua mãe na bochecha, mas seus olhos ficaram nos meus. — Se eu soubesse sobre todas as bonitas senhoras nesta casa, acho que eu teria vindo mais cedo. Movi meus olhos rapidamente para o chão, seu olhar era intenso e distrativo. Como uma garota deveria manter a cabeça em ordem com ele por perto? As risadinhas de Maddison soaram abruptamente, e olhei para cima novamente, para encontrar Colt e ela tendo uma mini luta de comida. Não pude segurar a risada que me escapou. Cobri minha boca depressa, olhando para Ann, horrorizada. Sua pobre cozinha parecia uma zona de guerra. Ela acenou com a mão no ar. — Oh querida, isso não é nada. No último domingo, Colt e Mikey brincaram jogando ovo na cozinha. Colt riu enquanto limpava uma mancha de cobertura de morango da ponta do nariz de Maddison. — Mikey começou aquilo, mamãe. Eu disse para ele atirar sorrateiramente. Ele veio todo profissional sobre mim e lançou como na liga profissional. Ann agora ria tão forte que segurava seu estômago. — Sim, mas o olhar em seu rosto quando espirrou em seu peito foi a melhor parte do dia. — As lágrimas corriam por suas bochechas conforme ela continuava rindo com vontade. — Bagunças sempre podem ser limpas, mas essas memórias durarão para sempre, — ela disse, olhando para seu filho, admirada. Meu telefone tocando no outro quarto me fez correr até ele. Nem perdi tempo olhando o número. Estava tão envolvida na felicidade do momento que bati em aceitar e trouxe para minha orelha, meus olhos ainda olhando para eles. — Oi, — eu ri em saudação. — Onde você está? — Pude ouvir a intensa raiva na voz do Seth. Também percebi imediatamente o fato que ele havia bebido. — Fiz uma pergunta, Alex. Me responda. Onde, inferno, você está? Meu peito apertou e meus olhos se encheram de lágrimas. Medo passou por mim, fazendo minhas mãos tremerem.
— Me deixe sozinha, por favor. — Pedi em um sussurro. Ele riu uma risada insana, maligna. — Sim, isso não acontecerá. Você é minha, Alex. Nós podemos fazer isso do modo fácil. Só me diga onde você está, e irei e pegarei vocês duas. Você foi para a casa dos seus pais, não é? — Não, — eu clamei. A agitação em minha voz só me fez me sentir mais fraca. — Por favor, só nos deixe sozinhas. Acabou, Seth. Deixe isso ir. Só fique longe de nós, nos deixe sozinhas. — Eu implorava agora, mas não podia evitar. Queria apenas que isso tudo parasse. — Escute aqui, sua cadela. — O telefone foi arrancado da minha mão antes que eu pudesse registrar o que aconteceu. Colt segurou meu telefone, e a raiva que saía dele era intimidante enquanto escutava as palavras do Seth. — Quem é, inferno? — Ele ferveu no telefone, e suas narinas chamejaram conforme escutava a voz do outro lado do telefone. Eu podia só imaginar as coisas que Seth dizia para ele. De repente, eu estava com náuseas conforme meu estômago apertava. Ele deveria estar enchendo Colt com todos os tipos de mentiras. Meu estômago continuou a revirar e girar enquanto minha garganta queimava. O revirar em meu estômago me fez correr pelo corredor. Alcancei o banheiro na hora certa, esvaziando meu estômago enquanto lágrimas escorriam intensamente pelas minhas bochechas.
Capítulo 05 Colt Levou tudo que eu tinha em mim para não jogar o telefone dela contra a parede. O imbecil no outro lado da linha, que continuava criticando-a, só deixou mais difícil lidar com a minha raiva. Eu mal conhecia Alex e Maddison, mas sabia que o lixo que este imbecil vomitava era um monte de merda. — Me escute, seu imbecil filho de uma cadela. Não sei quem infernos é você. Sei que aparentemente você tem um efeito negativo em Alexis, de forma que coloca sua bunda desprezível em minha lista de merda. Sua melhor chance é fazer como ela pediu e deixá-la sozinha. Se não, é melhor apostar que o resultado será um que você não vai gostar muito. Bati no encerrar e desliguei o telefone. Não perdi tempo em ouvir a resposta dele, porque tive o suficiente. Ela pareceu tão apavorada e
perdida no momento que virou para me encarar quando tomei seu telefone. Achá-la ajoelhada no chão do banheiro quase quebrou meu coração. No momento que toquei suas costas, ela correu para o lado da banheira e dobrou seus joelhos firmemente em seu peito. Seu corpo tremia enquanto soluçava incontrolavelmente. — Colt, o que está acontecendo? — Minha mãe sussurrou da porta e acenei para ela sair. Ela segurou Maddison firmemente e saiu, distraindo a pequena anja. Dei a Alex alguns momentos silenciosos antes de fazer outra tentativa de alcançá-la. Estabilizando minha voz tanto quanto possível, tentei acalmá-la com palavras. — Alex, eu não vou te machucar. Ninguém te machucará. Você está segura aqui. Ela agitou a cabeça sem olhar para cima, e meu peito apertou até mais. Pensando apenas no que está menina bonita passou parecia me rasgar lentamente. — Não estou segura. Sou uma idiota. Eu fiz isso. Eu nos coloquei nesta situação. Não mudará. Não irá embora. — Ela sussurrou entre seus soluços. Eu me inclinei só um pouco mais perto e sentei no chão na frente dela. Sem tocá-la, tentei reassegurar para ela que o que eu disse era verdade. — Garanto a você que quem quer que fosse, ele não chegará em qualquer lugar perto de você. Eu não deixarei. — Sua cabeça ergueu e seus olhos avermelhados focaram em meu olhar fixo e determinado. — Não depende de você. Você não pode me salvar. — Ela pausou e enxugou as lágrimas de suas bochechas. — Não posso ir para casa agora, porque ele me procurará lá. Ele sabe que o único lugar que eu tenho para ir é para meus pais, mas não voltarei agora. Não posso ir lá. Preciso apenas prosseguir e achar uma maneira de começar de novo.
— Penso que você precisa ficar aqui durante algum tempo, — declarei, sem pensar duas vezes sobre isto. — Você na estrada não é realmente uma boa ideia. Ela olhou para o chão entre seus joelhos, quase como se estivesse em um torpor. — Aquele sujeito no telefone. Ele era seu…? — Pausei. Imaginei que era melhor deixar que ela preenchesse a coluna, mas só se ela quisesse conversar comigo sobre isso. Houve uma longa pausa de silêncio, que achei que significava que ela não tinha nenhuma intenção de me responder. — Ele não é o pai da Maddi, se é isso que você está perguntando. O pai dela nunca teria me machucado; ele era um bom homem. Troy era um Fuzileiro. Eu o segui para a Califórnia, e nós falamos sobre nos casar depois que eu terminasse a escola. Ele não tinha nenhuma ideia de que eu estava grávida. Nunca tive a chance de dizer a ele. — Alex levantou o olhar e seus olhos encontraram os meus. — Ele morreu em serviço, — ela sussurrou. Minha boca imediatamente ficou seca. Eu me perguntei se isso era tudo que ela iria dizer para mim. O silêncio apareceu novamente. — O sujeito no telefone era Seth. Eu o conheci no meu primeiro ano da faculdade. Ele era um amigo, alguém com quem frequentemente eu passava tempo. Nós éramos parte do mesmo grupo. Nunca imaginei namorá-lo. — Alex agitou a cabeça ligeiramente. — Passei quatro anos sem ter sequer o desejo de namorar. Derrubei minha guarda após ele tentar repetidamente. — Outra pausa encheu o banheiro. Não quis dizer nada, com medo de fazê-la se afastar de mim. Só esperei que eu sentado aqui em silêncio permitisse que ela tivesse um pouco de sensação de paz. Por dentro eu morria lentamente por ela. Meu coração quebrou repetidas vezes na ideia do que ela suportou. — Era ótimo a princípio. Seth me mimou. Maddi também. Tudo era quase muito perfeito. — Ela abaixou os joelhos e cruzou as pernas na frente dela. — A primeira vez que ele colocou a mão em mim, eu congelei. Era tão inesperado, e quase como se eu tivesse sonhado isso, –
um pesadelo horroroso que eu havia imaginado. — Ela encolheu os ombros. — Ele pensou que eu estava permitindo um sujeito dar em cima de mim em uma festa. Seth havia bebido, e me empurrou para trás. Eu tropecei e caí. — Assisti seus olhos vagarem pelo pequeno banheiro, procurando por algo. — Você podia me dar àqueles lenços? Por favor. — Sim, — respondi roucamente. Minha garganta queimando com tudo que ela confessava a mim. — Obrigada. — O sorriso que ela forçou era fraco. Nunca tirei meus olhos dos dela enquanto ela tentava limpar suas lágrimas. Posteriormente, ela abaixou as mãos para seu colo e cutucou nervosamente o Kleenex com dedos trêmulos. — Terminei com ele imediatamente. Só o deixou com mais raiva, e desde que ele já havia afastado todos os meus amigos, eu apenas me senti só. Quando ele me encurralou uma semana depois, eu estava tão assustada. — O lábio inferior de Alex tremeu conforme ela lutava contra as lágrimas iminentes. — Ele me prendeu contra meu carro, com a mão ao redor da minha garganta. Eu havia acabado de sair do trabalho. Ele disse que as coisas não acabaram porque ele ainda não havia terminado comigo. — Filho de uma… — eu rosnei, frustrado. Abaixei minha cabeça e respirei fundo, segurando as palavras que ameaçavam sair. Quando eu tinha certeza que podia falar sensivelmente, tentei novamente. — Alex, nada disso é culpa sua, você não pode continuar se culpando. Você foi embora. Você o abandonou. Você deu esse passo, então agora me deixe ajudar você. — Imediatamente, ela começou a balançar a cabeça em um não. Levantei minha mão. — Por favor, me deixe terminar. — Esperei ela concordar. — Sei que você acabou de me conhecer e a minha família, mas juro que estamos aqui por você, caso nos permita ajudá-la. Nenhuma
corda, nada esperado em retorno. Só ajuda. Você não deveria ter que fugir com medo. — Acho difícil me apoiar nas pessoas. Não sei se posso. — Ela falou apenas acima de um sussurro. — Apenas tente, isso é tudo que eu peço. — Ela movimentou a cabeça ligeiramente. — Certo. Agora, a primeira coisa que nós precisamos fazer é conseguir um novo número para você. Então você dará apenas para aqueles que você sabe que não passarão para ele. — Não contei a minha família o que aconteceu. Sei que eu devia, mas meu irmão enlouqueceria se soubesse. Jett tem muita coisa para perder por um sujeito como Seth. Eu não podia viver com o fato de que ele perdesse tudo por causa de uma escolha estúpida que eu fiz. — Eu podia ver o pânico nos olhos dela. — Nós arranjaremos algo, — a assegurei.
Capítulo 06 Alexis Colt e sua família eram impressionantes. Eles fizeram Maddison e eu nos sentirmos como se fôssemos parte da família dele. Na semana passada, Colt me ajudou me organizar, o melhor que eu podia. Falei com minha família algumas vezes e expliquei que eu mudei a operadora de telefone e agora tinha um novo número. Era uma mentira, sobre a qual me senti horrível em dizer, mas era necessária no momento. Um dia eu explicaria tudo, mas no momento era melhor assim. Maddison ama aqui, e estou realmente gostando de Brooklet. É pacífico e tranquilo, exatamente o que nós precisamos em nossas vidas. Colt passa por aqui diariamente, fingindo ajudar a mãe dele com uma nova dificuldade na casa. Sei que existe mais que isso. Eu não era cega à atração que eu podia sentir que nós dois estávamos sentindo.
Escolhi deixar isso achar seu caminho para a superfície. Não queria forçar nada. Os gritos de Maddison no quintal me causaram pânico. Corri para a porta dos fundos e parei abruptamente. Colt a erguera acima de sua cabeça, e girava. Com os braços estendidos ela ria e guinchava encantada. A profunda risada dele filtrou através do riso dela, e um sorriso surgiu em meus lábios. Permaneci assistindo eles brincarem. Ele a colocou no chão, e ela correu em direção ao balanço. Colt correu atrás dela, e o riso dela só aumentou. — Ele a adora. — Virei depressa ao som da voz de Ann. Ela assistiu Colt e Maddison brincarem com olhos úmidos. — Tudo que eu sempre quis para todas as minhas crianças é que eles encontrassem alegria. Perdi contato com meus meninos mais velhos. Jake liga semanalmente, e um dia ele encontrará isso. Entretanto, ele é tão parecido com o pai que me preocupo com ele. Maria e Colton são mais parecidos comigo. Eles têm almas amorosas. Ela pausou, ainda observando o quintal. — Maria encontrou Gavin, e sei que o coração dela está seguro. Aquele homem moveria montanhas para mantê-la feliz. Ela achou um bom homem. Colt merece a felicidade também. Ann virou para me encarar e seu sorriso aumentou. Ela estendeu a mão e segurou a minha, apertando suavemente. — Querida, eu sei que você teve uma vida difícil. Sei que você sente como se precisasse guardar seu coração de se apaixonar novamente. Quero apenas que você saiba que se chegar a decidir compartilhá-lo novamente, Colt o manteria seguro. Ele também foi machucado anteriormente. Ele não adora apenas a Maddi, ele adora você também. Posso ver isso quando ele está próximo de você. Posso sentir isso quando ele conversa você. Só saiba que você tem um lugar aqui conosco. Todos nós adoramos você duas, muito. — Houve um último aperto na minha mão antes dela girar e caminhar em direção à sala de estar.
Senti o nó em minha garganta aumentar enquanto considerava cuidadosamente suas palavras. Ann era tão amável e atenciosa. Ela abriu sua casa e seu coração para nós e se tornou verdadeiramente uma parte muito importante de nossas vidas em muito pouco tempo. Todos se tornaram, se eu fosse honesta comigo mesma. *** Colt ficou para o jantar, e depois ajudou sua mãe a limpar a cozinha. Eles insistiram que eu levasse Maddi e a arrumasse para dormir. Ela estava exausta, e os sinais começavam a aparecer. Assim que ela estava deitada, caminhei em direção à cozinha e a encontrei escura e silenciosa. Eu me senti desapontada por Colton partir sem dizer adeus. Fui surpreendida por sua voz profunda enchendo a escuridão. — Ela adormeceu? Pulei e coloquei uma mão contra meu peito, cobrindo minha boca com a outra. Um grito ameaçando sair. — Merda, desculpe. Não quis te assustar, querida. — Ele levantou da mesa e caminhou em minha direção. Ele parecia preocupado quando fechou a distância entre nós. Esticou e escovou as pontas de seus dedos acima de minha bochecha suavemente. — Você está bem? — Perguntou. — Sim, eu estou bem, sério, — eu o assegurei. Colt colocou seus braços ao redor dos meus ombros e me puxou para perto, seu odor masculino enchendo meu nariz. Enterrei meu rosto em seu peito e apreciei a segurança de seu abraço. Eu amava quando ele me abraçava forte. Ao longo da semana passada, ele ficou mais corajoso com suas tentativas de me acalmar. A princípio ele manteve a distância, mas todo dia ele dava um passo a mais, e eu o deixei. Honestamente, eu esperava ansiosamente que ele me abraçasse, e até mesmo apenas se sentasse perto de mim mais frequentemente. Existia uma atração se construindo
entre nós que era óbvia, mas era até mais que isso. Existia um sentimento seguro quando ele estava perto, e todo dia minha confiança nele crescia. Ele se tornava alguém em quem eu podia contar. Achei isso calmante e apavorante ao mesmo tempo. Quando se afastou, ele me observou atentamente. — Realmente não quis assustar você. Só não queria partir sem dizer adeus. — Estou bem, — o assegurei novamente. — Ann já está na cama? — Sim, — ele respondeu. Ele ainda me segurou perto, e eu podia sentir suas mãos brincando com as extremidades de meu cabelo. — Você quer assistir algo na televisão, ou precisa ir? — Eu podia sentir meu estômago ficar tenso. Queria quebrar o transe que sua proximidade estava causando. — Posso ficar um pouco mais. Preciso acordar cedo, mas um pouco de TV não machucaria. — A voz de Colt alcançou uma nova profundidade que eu tinha certeza que estava cheia com um desejo escondido. Eu sentia isso também, e me deixou malditamente nervosa. Pela próxima hora, nós ficamos no sofá assistindo um programa que eu não poderia dizer nada sobre ele para você. A distância cresceu entre nós, mas isso era culpa minha. Fiz questão de manter o espaço entre nós. Apenas não estava certa de que eu estava pronta para o que eu sabia que aconteceria se o tocasse. Eu sabia que nós estávamos lutando contra a necessidade de sentir o outro. *** Durante a semana passada, toda manhã eu despertei com uma única rosa do lado de fora da porta do quarto. Colt passava toda manhã e deixava isso junto com uma nota. Elas eram curtas e doces: Bom dia, bonita. Tenha um grande dia, querida. Pense em mim.
Cada uma acelerou o meu coração. Eu me achei desejando que o amanhã viesse logo, assim eu poderia ver o que ele escreveria. Estava me deixando sentir algo por ele, algo que eu disse a mim mesma que eu precisava ficar longe. Meu medo do futuro se repetir estava fortemente em minha mente. Estava sendo uma boba novamente? Estava me permitindo acreditar que podia ser feliz e me sentir amada?
Capítulo 07 Colt — Hey campeão, você está pronto para ir incomodar a Vovó? — Baguncei o cabelo na cabeça do Mikey quando o segurei em um mata leão. Ele lutou contra mim. Sua mãe, minha irmã, o ensinou sobre meu ponto fraco, e agora eu só podia segurá-lo por pouco tempo. O momento que senti seu aperto na minha lateral, eu soltei. Sim, havia um lugar no qual eu sentia cócegas. Maria tinha um bocão e entregou meu segredo. — Estou pronto, mas nós temos que esperá-los agora. — Ele gesticulou acima de seu ombro em direção ao corredor. Gavin irritou Maria, e ela bateu no braço dele. — Estou bem, seu bruto. Meus pés funcionam. Você vai parar? O doutor disse para você que nós estamos perfeitos, então pare agora. Eu ri com o óbvio aborrecimento dela com a maneira super protetora dele. Após a perda do primeiro bebê, ele pairava acima de
todos os movimentos dela. Não posso dizer que o culpo. Uma perda assim assustaria profundamente qualquer pai. Eu estava certo de que Maria não poderia ter outra perda assim. Certamente este caçulinha seria mimado por todo mundo. — Você dirá a este homem que eu não sou uma inválida? — Ela gemeu, caminhando em direção à porta da frente. — Eu vim apenas para pegar meu amigo aqui. Você está por conta própria com aquele ali. — Ajoelhei e joguei Mikey por cima de meu ombro. Passei correndo pela porta da frente antes que Maria pudesse me parar. Ela estava perto de oito meses de gravidez, então, na verdade, não se movia rápido esses dias. Eu ri quando a ouvi me chamar de babaca, logo antes da porta se fechar e abafar sua voz irritada. *** Passaram quase duas semanas desde que convenci Alex a ficar aqui em Brooklet. Ela planejava procurar um apartamento, o qual ela podia alugar por mês, mas mamãe não aceitou. Ela disse que Maddison e Alex deveriam ficar com ela, e eu precisava admitir que gostava da ideia também. As duas precisavam uma da outra de sua própria maneira, e me confortou ver a proximidade se desenvolver entre elas. Alex e Maddison se encaixavam com todo mundo. Nós nos reuniríamos na casa dos pais de Kori para um almoço de domingo. Na verdade, era um chá de bebê, mas Maria não sabia. Ela estava acostumada as grandes reuniões na casa de Gemma e Bud, então ela não suspeitou de nada. Kori prendeu Alex debaixo de sua asa, e ela e Leann a fizeram se sentir bem-vinda. Pensei nos comentários que ela fez sobre perder todos os seus amigos, e convencê-la a ficar me fez sentir bem. Ela foi amada imediatamente e se tornou parte do pequeno grupo. Mikey e eu nos sentamos no sofá e assistimos as meninas correrem em torno da sala. Elas finalizavam algumas coisas de última hora antes da convidada de honra chegar.
Alex usava um vestido rosa suave que abraçava seu corpo perfeitamente, e eu não podia parar de admirar. Pensei ser discreto até que peguei Gemma me dando um olhar interrogativo. Eu me movi nervosamente na cadeira, mas tudo que ela fez foi sorrir e piscar. Mantive tudo entre Alex e eu em um passo muito lento, ou então eu tentei como inferno fazer isso. A última coisa que ela precisava era algum cara babando em cima dela. Ela tinha o suficiente de problemas para resolver. Sou dez anos mais velho, é sorte minha ela pensar que sou muito velho para ela. Inferno, talvez eu seja, mas não posso negar que estou atraído por ela. Naquela primeira noite em que a vi na lanchonete, ela me prendeu. Alex tem uma inocência doce sobre ela e uma natureza quieta que faz com que você se sinta como se tudo fosse perfeito, até quando não é. Maddison correu da cozinha, diretamente em minha direção. Ela vestia um vestido rosa como a mãe. O de Maddison era um pouco mais fofo e tinha uma camada de renda na saia. Ela correu para mim, e a peguei, puxando-a para perto. — Hey princesa, você está bonita. Você conseguiu um novo vestido? Sua pequena cabeça começou a concordar depressa. — A mamãe achou na promoção, — ela declarou orgulhosamente. — Em promoção, huh? — Eu sabia que Alex foi para essas liquidações com minha mãe e Maria. Não sei por que o pensamento dela pechinchando por roupas e artigos pessoais me aborreceu tanto. Eu apenas desejava que ela aceitasse minha oferta de levá-las as compras. O olhar no rosto dela quando ofereci era um que eu não quero ver novamente. Eu sei que a ofendi, mas honestamente, queria apenas fazer algo bom para elas. Encontrei-me sentindo como se precisasse protegê-las e tomar conta delas frequentemente. Era um sentimento completamente novo, mas um que eu meio que gostava. — Eles estão aqui, — Kori gritou da entrada, e todos os convidados correram em direção à cozinha.
Maria sabia que a maior parte das pessoas aqui vinha para almoços do domingo da Gemma, mas os outros estacionaram na parte de trás. Acho que Kori convidou toda a equipe e professores da escola primária. Mantive meu lugar no sofá com Maddi em meu colo e Mikey do meu lado. Eu podia ouvir Maria dizendo a Gavin que ela podia subir os degraus sem a ajuda dele. Tudo que eu podia fazer era rir e balançar minha cabeça. Ele ainda pairava, e se ela estivesse usando suas botas vermelhas, eu estava certo que ele receberia uma em sua bunda agora. Quer dizer, se ela tivesse a habilidade de erguer a perna alto o suficiente. Quando ela entrou pela porta da frente e olhou em volta, eu podia ver que ela parecia suspeitar. Antes de poder perguntar, todo mundo gritou surpresa e ela pulou para trás, surpreendida. — Oh inferno. — Ela se inclinou. — Honestamente, vocês não sabem que já é difícil o suficiente não urinar em mim mesma toda vez que me movo? Agora vocês simplesmente assustaram o xixi diretamente em mim. — Ela riu. Tudo que eu podia fazer era enrugar meu nariz em desgosto. — Boa, Mar, — eu gemi. Enquanto a festa prosseguia, eu assistia Alex se esconder cada vez mais. Ela não conhecia todas estas pessoas, e toda vez que alguém perguntava algo pessoal para ela, eu podia sentir seu comportamento nervoso piorar. Meu instinto para protegê-la estava puxando algo bem no meu interior. Esperei seus olhos errantes se conectarem com os meus. No momento que eles fizeram, eu pisquei e movimentei minha cabeça para ela vir e se juntar a mim no sofá. A princípio ela ficou hesitante, o que fez meu estômago doer. Uma sensação não desejada de rejeição. Então ela andou em minha direção, e aquela tensão se transformou em excitação. Eu me senti como uma criança com sua primeira paixonite.
Ela se sentou perto de mim, muito mais perto do que eu esperava. De fato, seu lado estava completamente encostado confortavelmente contra o meu. Eu gostei e envolvi meu braço ao redor dos seus ombros. — É um pouco esmagador, não é? — Eu me inclinei em direção a sua orelha e sussurrei. —
Sim,
—
ela
sussurrou,
sua
doce
inocência
brilhando
novamente. Nós nos sentamos próximos, com sua mão inconscientemente em minha coxa. Estava bastante certo que ela ainda não havia percebido aquele fato. Ou talvez ela tivesse; tudo que eu sabia era que eu amava sentir a mão dela em mim. Evitei os olhares fixos em torno da sala. Podia senti-los em nós, mas estava focado em só uma pessoa agora mesmo. Não queria que Alex ficasse mais desconfortável do que já estava. Em vez disso, eu foquei em Maddi brincando no meio da sala. Existiam algumas outras menininhas da idade dela, e ela estava apreciando o tempo com elas. Aproveitei a chance e comecei a arrastar as pontas dos meus dedos ao longo do braço do Alex. Quando ela não reclamou, continuei o gesto. Estava bastante certo que me acalmou mais do que a ela. Eu queria esta proximidade com ela e estava com muito medo de fazer uma tentativa. Isso parecia ser um ponto decisivo para nós.
Capítulo 08 Alexis Estava certa que sem Colton eu teria caminhado para casa. Eu me senti esmagada por todas as perguntas e cutucadas dos convidados. Eu era a nova menina ao redor, e todo mundo queria saber sobre meu passado e o que me trouxe para Brooklet. Estava ficando sem maneiras de evitar os detalhes do meu passado. Colt manteve as coisas simples durante as últimas duas semanas, e eu estava certa de que havia o assustado. Ele vinha diariamente, mas era apenas diferente. Antes da minha confissão no banheiro naquela noite a duas semanas atrás, ele costumava me paquerar. Agora ele apenas sorria amavelmente e me tratava como se eu pudesse quebrar. Estava certa de que eu o assustara com todo meu drama, mas no momento que ele gesticulou para eu me juntar a ele no sofá, eu
congelei. Por dentro, eu queria correr para ele e usá-lo como um amortecedor, mas isso era uma ideia inteligente? Quando seu sorriso brilhou aquela covinha, eu abandonei a minha hesitação. Eu queria nada além de permitir que ele me protegesse das perguntas contínuas. Agora eu estava sentada firmemente perto dele. A segurança de seu abraço me confortou mais do que imaginei que poderia. No momento que percebi que minha mão descansava na coxa dele, me senti envergonhada. O que eu estava fazendo? Quando seus dedos começaram a correr pelo meu braço, um sentimento tranquilo me dominou. Seu toque era suave e gentil. Eu permiti que meus olhos se fechassem para focar somente no sentimento. Quando ele se inclinou e sussurrou contra minha orelha, arrepios percorreram meus braços e pernas. — Acho que você devia me deixar levar você para jantar. Apenas nós dois. Eu podia sentir sua respiração morna abanando meu pescoço e ombro. Virei apenas o suficiente para olhar em seus calorosos olhos marrons. Ele sorriu suavemente e esperou eu responder. — Você tem certeza que quer ficar envolvido com uma garota que tem um passado tão dramático? Você não precisa de tudo isso em sua vida. Uma mulher com uma criança fugindo de um ex-louco. — Eu tentava fazer uma piada disso, mas seus olhos apenas escureceram intensamente. — Nada sobre seu passado me assusta, Alex, — ele insistiu. Pensei cuidadosamente nisto por um momento antes de sorrir. — Certo. *** Após Maria abrir o presente que Colt fez para ela à mão, meu coração ficou muito mais aficionado por ele.
Ele fez um berço à mão e um magnífico trocador de carvalho combinando. Quando Maria começou a soluçar, eu pensei que era puramente devido ao detalhe do projeto. Mas quando Gavin a abraçou e também ficou muito sentimental, eu soube que era por causa de algo mais. Foi o cartão que a fez chorar. Kori pegou da mão de Maria e, depois que ela balançou a cabeça, Kori leu em voz alta. Maninha,
é
seu
tempo.
Nossas
perdas
nunca
serão
esquecidas, mas elas são pedaços que nos mantém unidos. Isto era para acontecer. O amor que você tem dentro de sua alma pode acalmar toda aflição. O amor que você e Gavin compartilham me deu esperança de que um dia eu possa achar o mesmo. Amor, Colt Foi me dada à chance de ser uma parte deste momento sentimental. *** Colt levou nosso encontro a sério. Ann ficou com Maddison e, como prometido, eu fui pega às sete da noite. Ele me levou até a sua caminhonete, e como um completo cavalheiro, me ajudou a subir e entrar. Ao sentar no lado do motorista, ele me passou uma única rosa vermelha, e me encontrei perguntando onde ele a escondera. Colt me surpreendeu ao se inclinar para colocar um beijo suave em minha bochecha, passando rapidamente seu nariz pelo meu osso da bochecha. Apenas escovando seus lábios acima da minha orelha, ele sussurrou suavemente, — Você está bonita.
— Obrigada, — eu disse sem ar. Ele fez meu coração acelerar com a proximidade de nossos corpos. Ele cheirava surpreendente e masculino. Algo mudou hoje entre nós dois. Ainda não estava exatamente certa sobre o que era ou o que nós estávamos fazendo, eu apenas sabia que parecia diferente. Queria apreciar a mudança; queria apreciar a ideia de que isso podia levar a algum lugar. O problema era que eu sabia que todas as boas coisas pareciam se transformar nas piores, pelo menos foram assim para mim. — Você parece nervosa, — ele disse. — Por quê? Meus olhos encontraram os dele, e nos encaramos por um momento. Lambi meus lábios
nervosamente, e seu olhar caiu
imediatamente para meus lábios. — Quero beijar você, Alex, — ele sussurrou, continuando a encarar meus lábios. — O que você está pensando? — Ele perguntou. Abaixei minha cabeça por um segundo e puxei uma respiração calmante. — Não percebi que eu era tão transparente. No momento em que sua mão alcançou a minha, eu virei para olhar para ele. — Isso não precisa ser mais do que você quer que seja. Não estou tentando empurrar você ou forçá-la a fazer qualquer coisa que você não esteja confortável. Senti-me envergonhada imediatamente, talvez eu tivesse lido mais que devia. Ele só tentava ser amigável, e pensei que fosse algo mais. Comecei a puxar minha mão e agir como se tudo estivesse bem quando ele a agarrou mais forte. — Não mentirei e direi que não quero que isso vá a algum lugar. Eu quero. Eu quis desde o momento que vi você entrar na lanchonete segurando a mão de Maddison. — Eu não podia falar enquanto olhava fixamente para ele. — Entendo completamente o seu vacilar. Sou um homem paciente, Alex. Esperarei, mas não posso ficar longe. Quero passar tempo com vocês duas. Ele ficou um silêncio, o que fez meu estômago queimar. Colt me olhou, e fiquei até mais nervosa. — Te darei somente o que você pedir.
Saiba apenas que não machucarei você. Você está segura comigo, completamente segura. Vocês duas estão. Tudo que eu podia fazer era balançar a cabeça. Eu queria acreditar nele. Não achava que ele me machucaria, mas achava isso de Seth também.
Capítulo 09 Colt Eu precisava descobrir uma maneira de fazê-la se sentir segura comigo. Sabia que ela estava intranquila; se você olhasse perto o suficiente, alguém podia ver. Hoje na festa, eu achei que ela finalmente havia abandonado seu medo. Eu sei agora que era só uma coisa de no momento. Não a culpo por se proteger. Ela tinha uma escuridão dentro dela que a segurava. Tudo que eu queria era dar a ela uma sensação da liberdade. Queria devolver o sentimento de segurança para ela. Toda vez eu pensava no que aquele imbecil fez com ela, era difícil não ficar chateado. Era melhor que ele esperasse que eu nunca tivesse a chance de mostrar o quanto ele me irava.
Nenhuma mulher jamais deveria ter aquele tipo de medo incutido nela por qualquer homem. Cara babaca e um vil filho de uma puta, era mais como isso; ele não era nenhum homem. O jantar estava silencioso e tenso. Eu a levei para um pequeno restaurante italiano, pedindo uma mesa afastada das outras pessoas. Queria a chance de conversar, mas agora eu desejava que nós tivéssemos uma pouco mais de distração. — Sinto muito, estou arruinando tudo hoje à noite, — ela sussurrou do outro lado da mesa. Não tinha certeza se era para eu ouvir sua desculpa, mas foi clara. — Você não está arruinando nada. Estar aqui com você é suficiente. Eu disse que não forçaria isso. Só pense nisso como dois amigos jantando juntos. Não existe nenhuma expectativa, eu juro. Ela balançou a cabeça, e nós terminamos de jantar um pouco mais relaxados do que começamos. — Sobremesa? — Perguntei, e ela gemeu em protesto. Segurando a mão contra o estômago, fechou os olhos por um breve momento. — Se comer outra porção, eu posso explodir. — Eu ri quando ela inflou suas bochechas, deixando-as inchadas. Ela então riu e agitou a cabeça, envergonhada. Suas reações e gestos eram tão atraentes. Quase disse isso, estava na ponta da língua, mas segurei. Eu notei isto, se a elogiasse, ela se afastava. Levou-me muito tempo para deixá-la relaxada, e não estava pronto para dar dois passos para trás. Ao invés disso, admirei caladamente seus movimentos e fingi não estar tão afetado quanto estava. Era quase impossível, mas consegui esconder minha atração por ela. *** Quando paramos diante da casa da minha mãe, estava escuro. Mamãe deixou a luz da varanda acesa e uma luz suave do lado de dentro, para Alex.
Ela caminhou na minha frente e até os degraus, em direção à porta da frente. Não mentirei e direi que não notei o balanço de seus quadris esbeltos. Ela é bonita, e qualquer homem aproveitaria a oportunidade de admirar sua perfeição. Não fiquei muito perto. Quis ficar na zona de conforto. Estava com tanto medo de deixá-la temerosa de qualquer avanço da minha parte. Ela parou de repente e virou para me encarar. — Obrigada pelo jantar. — Ela mordeu seu lábio antes de encontrar meu olhar. — Não tenho medo de você. Não penso que você me machucaria. Essa é a parte que me apavora. — Por quê? — Perguntei. — Porque eu disse a mim mesma que nunca mais confiaria em um
homem.
Seth
nunca
deu
qualquer
sinal
de
quem
ele
verdadeiramente era, até que era muito tarde. Veio do nada. Só não posso passar por isso novamente. — Ela colocou os pés no primeiro degrau da varanda. Com dois degraus entre nós, estávamos quase da mesma altura. — Preciso proteger a mim mesma e Maddi. Apaixonar-me por você não seria a coisa esperta a se fazer agora. Realmente estraguei as coisas desde que Troy morreu. Acho que minhas escolhas foram erradas, e estou tentando fazer as coisas direito. Quis discutir com ela, mas ela me parou. — Podemos apenas focar em sermos amigos? Agora mesmo eu podia precisar de um bom amigo. O nó em meu peito aumentou dois tamanhos enquanto eu lutava com a bile no meu estômago. Eu queria dizer a ela: inferno, não. Queria ser mais do que amigo dela. Queria poder beijá-la e abraçá-la. Queria ser o homem que a abraçava à noite e de manhã. Ao invés disso, eu forcei um sorriso e empurrei de lado minhas necessidades. — Claro que nós podemos. Qualquer coisa que você quiser, querida. Eu disse que estava tudo em suas mãos.
Alex desceu os dois degraus e envolveu seus braços ao redor do meu pescoço, me abraçando. Seu odor doce encheu meu nariz e seu calor me engolfou. Envolvendo meus braços ao redor dela, eu os mantive firmemente no centro de suas costas, lutando contra o desejo de deslizá-los mais para baixo. Amigos. Ela precisava disso agora, e eu daria isso a ela. Matar-me-ia e eu sabia disso, mas faria qualquer coisa que precisasse para que ela conseguisse o que procurava. Eu estava forçando demais. Precisava retroceder. Ela deixava claro que nós éramos apenas amigos, algo que um homem nunca quis ouvir da mulher sobre quem fantasiava. *** — Colt, você está aqui? — Gavin gritou da frente da loja. — Sim, aqui atrás. — Levantei minha mão no ar ao redor da extremidade da caixa que eu pintava. Estava marcada para ser pega no sábado, e precisava de mais uma mão de tinta antes. Eu estava adiantado com meus pedidos, mas é isso que acontece quando você não faz nada além de trabalhar. Desde a semana passada, tenho ralado minha bunda para manter minha mente ocupada. Começava no momento em que acordava e ia até que estivesse à beira de desmaiar. O único momento em que eu parava era para pegar algo rápido para comer, mas então eu trabalhava entre mordidas. — Então, Maria não estava me enganando. — Gavin puxou uma cadeira e se sentou perto de mim. — Ela disse que você estava se escondendo e trabalhando até o esgotamento. Quer conversar sobre isso? — Ele perguntou. — Nada para conversar. Só tenho serviços para fazer. — Desviei meus olhos. Não precisava de um coração para coração. Sei que ele queria o meu bem, mas que sujeito queria admitir para outro que foi dispensado? Eu não.
— Ela chorou esta manhã, — ele declarou. Olhei para ele, esperando ele me dizer sobre o mais novo drama da minha irmã grávida demais.
A
menina
estava
malditamente
ranzinza,
inchada
e
sentimental. Senti pena do cara. De verdade. Mas era sempre o mesmo. Maria enlouquecia e chorava por horas, só para mais tarde estar irritada porque teve um desarranjo em primeiro lugar. Era um ciclo recorrente que eu tinha muito prazer em evitar. — Alexis. — Uma palavra foi tudo que ele me deu. Atraiu minha atenção imediatamente, e me sentei ereto, uma dor intensa povoando bem no fundo de meu estômago. — O que tem Alex? — Uma corrida de preocupação fervilhou dentro de mim. — Ela falou tudo, acho que conversou com o irmão dela e confessou tudo que passou. Sua mãe ligou para Maria, elas tentaram ligar para você, mas você não atendeu seu telefone. — Levantei depressa e escovei o pó de minhas calças. — Ela foi embora, homem. — O quê? — Eu me apavorei com as palavras dele. — Que diabo você quer dizer, ela foi embora? Onde ela iria? — Flórida. O irmão dela comprou passagens para ela e Maddison. Elas voaram a mais ou menos vinte minutos atrás. Aparentemente ele não aceitaria um não como resposta. Conseguiu que elas estivessem no primeiro voo para casa. — Gavin olhou para mim com pena. Acho que ele sabia que eu estava enlouquecendo por dentro. — Quer me dizer o que está acontecendo com você dois? — Perguntou. — O que você quer dizer? — Respondi, ainda não realmente querendo admitir que ferrei tudo. — Colt, eu estive lá; você sabe disso. Algo aconteceu. Ela disse que afastou você, e então você a evitava. Parecia realmente chateada sobre isso. — Seu comentário só fez meu estômago se apertar mais. Eu me sentei na cadeira em frente a ele, descansando os cotovelos em meus joelhos. — Ela está certa. — Encontrei seu olhar, e ele me encarou, confuso. — Eu estava evitando-a. Queria mais e ela
não. Eu disse que podíamos ser amigos, mas eu não podia. Era mais difícil do que eu pensava. Estourei uma respiração irritada. — Então apenas me afastei e ignorei as ligações dela até que era muito tarde para retorná-las. Enviei algumas mensagens dizendo que estava sobrecarregado aqui na loja, mas a verdade é que eu apenas não podia estar perto dela e fingir que não a queria. Ele olhou para mim com um olhar de compreensão. Gavin estava certo. Ele passou por isto. Ele evitou seus sentimentos por Maria por muito tempo, até que finalmente acordou e os tornou conhecidos. — Ela deixou isso para você. — Ele estendeu um envelope. Olhei em sua mão e meu estômago afundou. Eu queria ler isso? Eu podia lidar com as palavras dela, sabendo que a machuquei quando prometi que nunca iria? Sei que não era a mesma coisa que ela tivera no passado, mas ainda a machuquei. Ela precisou de um amigo e, por causa do meu ego machucado, eu virei minhas costas para ela. Engoli forte e agarrei o envelope da mão dele. Não podia encontrar seu olhar. Mantive meus olhos no chão, apertando o envelope muito firmemente, até que ele amassou com meu aperto.
Capítulo 10 Alexis Jett me conhecia bem, o que era uma das principais razões que escolhi evitá-lo. Sabia que cederia se ele empurrasse forte o suficiente. Ele sabia que eu escondia algo. Ele sabia que existia uma razão pela qual eu decidi deixar a Califórnia, e não parou até descobrir. Faz quatro horas que aterrissei em Palm Beach International Airport. Jett e Harper esperavam por mim no portão. Meu irmão não perdeu tempo conversando, mas me agarrou e me prendeu firmemente contra seu peito. Ele me segurou enquanto expressava sua preocupação caladamente. Dentro de segundos, eu cedi dentro de seu abraço e permiti que ele me segurasse enquanto deixava tudo me inundar. Toda a raiva, frustração, e dor que segurei por tanto tempo. Harper ajoelhou e abraçou Maddison, dizendo inúmeras vezes que ela ficou tão grande.
— Pegarei este imbecil, Alex, e quando eu fizer... — Jett deixou suas palavras morrerem, e evidente a raiva que fervia dentro dele. Ele não era pequeno, de forma alguma. Era alto e intimidante. Segurava uma aura de confiança da qual eu me orgulhava. Ele era e sempre foi meu protetor. Sabia que ele falava sério, essa era a razão principal pela qual eu escondi a verdade dele. — Não, é por isso que não contei para você. Você não entrará em problemas por isso. Eu fui embora, Jett. Acabou. Se ele vier aqui, eu chamarei a polícia. Eu não poderia viver se você entrasse em problemas por causa dos meus erros. — Supliquei a ele. Quis que ele entendesse minhas preocupações. Ele me olhou fixamente, seu rosto ilegível, e precisei desviar o olhar dele. No momento que nós chegamos a meus pais eu fui puxada em um abraço apertado. Meu pai foi informado sobre tudo, e odiei os olhares de pena que todos me deram. Não queria ser vista como uma vítima. Eu não era mais uma vítima; era uma sobrevivente. Ainda precisava ligar meu telefone após a minha chegada. Sabia que, agora, ele deveria saber que eu fui embora. Estava dividida com a ideia de que Colt podia ou não ter ligado. Se ele não tivesse, queria dizer que ele não se importava que eu tivesse partido, o que quebraria meu coração. Se tivesse ligado, eu teria coragem de ouvir o que ele tinha a dizer? Maddison estava ocupada mostrando a minha mãe o quão bem ela podia colorir dentro das linhas. Aproveitei a oportunidade para agarrar nossas bolsas e vagar para cima e para o meu velho quarto. Olhei todas as coisas que me lembraram da minha mocidade, todas as coisas que costumavam me fazer feliz antes da vida mudar. Sentando na cama, prendi minha bolsa com firmeza contra meu peito e me dobrei em uma bola no centro da minha cama. Podia ouvir o riso de Maddison e da minha mãe subindo do andar de baixo, e não podia deixar de sorrir. A risadinha doce da minha menininha tinha o melhor efeito em mim.
Minha mente vagou para o dia em que Colt a fez rir tão forte, fingindo ser diferentes animais da fazenda. Foi antes das coisas ficarem complicadas, antes do nosso encontro. Antes que eu deixasse o medo de seguir em frente afastá-lo. Lembrei de repente da fotografia que peguei da casa de Ann. Vasculhei minha bolsa e puxei o pequeno retrato emoldurado. Uma sensação de culpa passou por mim por pegar isto. Eu queria algo para me lembrar dele. Ainda não queria deixá-lo. A fotografia era do casamento de Maria. Colt vestiu uma camisa e uma gravata, e o sorriso convencido em seu rosto só o fez parecer mais sensual. Cada dia que passou depois daquele encontro que mudou tudo, eu soube que havia cometido um engano. Apenas não sabia como consertar isso. Quando os dias prosseguiram, achei mais difícil me forçar a ir atrás dele. Eu me convenci de que ele mudou de ideia e não queria mais nada comigo. Era um jogo infantil, eu sei, mas um que joguei de qualquer maneira. Meus medos e inseguranças conseguiram o melhor de mim, como sempre faziam. — Knock, knock. — Encontrei minha irmã de pé na entrada. — Posso entrar? — Ela perguntou. Balancei a cabeça e ela fechou a distância entre nós, sentando ao meu lado na cama. Ela escovou o cabelo caído de meu rosto e dobrou atrás da minha orelha, seu olhar se moveu para a fotografia que eu ainda segurava em minhas mãos. — Este é ele? — Ela perguntou. — Sim, — eu sufoquei, virando para ela, assim ela podia ter uma visão melhor, e um sorriso estendeu através de seus lábios. — Bem, oi, vaqueiro gostoso. — Ela puxou das minhas mãos e segurou mais perto. — Ele é gostoso, Alex.
Eu ri ligeiramente porque ela estava certa; ele era extremamente gostoso. Quando me devolveu a fotografia, passei ligeiramente a ponta do meu dedo por cima. Sei que fiz a escolha, mas droga, era a errada. Queria simplesmente poder voltar e mudar. Eu estava assustada, e o afastei quando devia ter o agarrado firmemente. — Você sente falta dele? — Harper perguntou e, sem vacilar, eu balancei minha cabeça com um sim. — Você conversou com ele? — Não, não desde o dia depois do nosso encontro. Tentei ligar algumas vezes, mas acho que ele estava me evitando. — Encolhi meus ombros e olhei para ela. — Um minuto eu o agarrava por segurança e segurava sua coxa. O próximo eu evitava o fato que ele disse que queria me beijar. Se eu fosse ele, teria corrido para as colinas, também. Sou uma bagunça, Harp, e ele merece algo melhor. Ela virou na cama para me encarar. — Alexis, você teve uma sorte de merda com o amor. — Nossa, obrigada, Harper. Só coloque tudo para fora. — Ela revirou os olhos e pegou minha mão. — Me escute, — ela continuou. — Você sabe que é verdade. Você precisa conversar com ele, dizer como se sente. — Escrevi uma carta para ele antes de partir. Entreguei para a irmã dele, e estou certa de que ele a tem por agora. — Olhei para o retrato novamente e fechei meus olhos firmemente. — Só estou assustada com o resultado. Isso pode ir de várias maneiras. — Ligue para ele, ou pelo menos ligue seu telefone e veja, e se ele ligou para você? Você deve isso a você mesma; você deve isso a ele. — Ela se debruçou e conectou seu olhar com o meu. — Depois de tudo que ele fez por você, sua generosidade e da sua família, você deve muito a ele. Ela estava certa. Eu devia.
Capítulo 1 Colt Li a carta do início ao fim, pelo menos dez vezes, suas palavras me batendo fundo. Você me deu esperança quando tudo foi tirado de mim. Você não me devia nada, ainda assim, você tentou me dar tudo que podia. Serei para sempre grata a você e sua família. No curto tempo que nós conhecemos vocês, todos vocês nos aceitaram e nos deram uma casa. Não existirá um dia que passe em que não pensarei em você. Errei em afastar você, mas eu temia o que você podia fazer comigo caso deixasse você entrar. Agora eu somente lamento o fato de que devia ter dito para você me beijar. Devia ter dito que queria isso também.
Sinto muito se machuquei você, Colt. Nunca tive a intenção. Você merece a felicidade, e espero, mais que tudo, que você consiga isso algum dia. Obrigada por me dar a esperança de que ainda existem bons homens lá fora, em lugares que você menos espera achá-los. Alexis Por que no inferno ela não me ligou e disse como se sentia estava me comendo. Eu pareci tão frio que ela não pode vir para mim? Então o pensamento me bateu. Ela tentou me ligar, mais de uma vez. Escolhi me esconder da rejeição e ignorar a dor que causou. Eu a fiz sentir como se não me importasse mais. Agarrei uma camisa, a vesti depressa, e procurei minhas chaves. Precisava saber se minha mãe sabia como encontrar Alex. Era a única chance que eu tinha de encontrá-la. O que eu precisava dizer a ela não podia ser dito pelo telefone. Acabara de me aproximar da caminhonete quando o telefone começou a tocar. O número da Maria iluminou a tela e me fez sorrir. Atendendo, eu subi em minha caminhonete. — O que está errado agora, outro desastre? O som da voz apavorada de Mikey fez meu coração acelerar. — Hey, amigo, desacelere. Não posso entender o que você está dizendo. — Ele
tentou
falar
novamente,
mas
chorava
tanto.
—
Respire
profundamente, amigo, vamos. — Sangue, e ela não…não acorda, — ele soluçou. — Onde vocês estão? — Perguntei, ligando minha caminhonete. — Casa, nós estamos… — ele chorou. — Estou indo, você me ouviu? — Eu o assegurei, e ele sussurrou um aflito sim. Disse a ele que ia desligar, assim eu podia focar em dirigir. — Estou só alguns minutos longe, amigo. Fique tranquilo.
Não perdi tempo desligando a caminhonete ou fechando a porta quando parei na calçada. O carro da Maria estava lá, mas Gavin não estava em lugar nenhum. Eu me apressei pela porta, só para achar Mikey ajoelhado no chão, próximo a Maria. Ele segurou a mão dela na dele, e havia um olhar de terror em seus olhos. Havia sangue, e a visão fez meu estômago revirar. Ela vestia calças rosa de elástico, que estavam completamente ensopadas. Não tinha nenhuma ideia do que fazer. Em adrenalina pura, eu a peguei do chão e virei em direção à porta. Berrando, eu disse que Mikey fosse para a minha caminhonete. Não queria desperdiçar mais tempo esperando uma ambulância. Eu a deitei na cabine da caminhonete, sem me importar que o sangue estivesse ensopando tudo. — Mikey, coloque o cinto, amigo, — eu falei, dando ré. Assim que estávamos na estrada, eu o examinei e bati levemente em seu ombro. — Você fez bem, homenzinho, pedindo ajuda. Eu me orgulho de você. Ele virou a cabeça para olhar para mim, e meu coração quebrou com suas palavras. Lutei contra a sobrecarga sentimental dentro de mim. — Ela vai morrer? — Suas lágrimas caíam fortemente e seu lábio tremia. — Eu vou perder minha mãe de novo? — Não, — eu firmemente declarei. — Ela não vai morrer. Ele passou por isso uma vez, e rezei para que eu estivesse certo. Ele não podia perdê-la. Foda-se, eu não podia perdê-la. E Gavin. Oh merda. — Mikey, onde está Gavin? — Sequer pensei em ligar para ele. O medo do momento assumiu o comando quando os vi no chão. — Trabalhando, — ele respondeu. — Tentei ligar para ele, mas apenas tocou. Ele começou a olhar em volta como se procurasse por algo. — Esqueci o telefone em casa. — Ele olhou para mim em pânico.
— Tentarei novamente após chegarmos lá. Essa é nossa primeira prioridade, — expliquei, e ele movimentou a cabeça em compreensão. Parando nas portas de emergência, deixei minha caminhonete ligada enquanto agarrava Maria e a levava em direção à entrada. No momento que a enfermeira na escrivaninha dianteira me viu, seus olhos se arregalaram. — Precisamos de ajuda aqui, — ela gritou, me abordando. Após Maria ser colocada em uma maca e levada, eu tomei tempo para puxar algumas respirações profundas. Meu coração corria, e meu corpo inteiro tremia de medo. Peguei o telefone do meu bolso de trás e fiz o telefonema. Ligar para Gavin devia ter sido a primeira opção, mas temi que ele dirigisse logo depois de ouvir as notícias. Então liguei para Reed, ao invés. — Hey, Wood. — Ele riu com o apelido que me deu. — Escute, Reed, eu preciso que você vá ao Bud. Encontre Gavin e o traga para o hospital, agora. — Tentava manter minha compostura, mas a cada segundo que passava era mais difícil me controlar. — Estou aqui, homem. Que diabos está acontecendo? — Eu podia ouvir o medo em sua voz. — É Maria. Mikey me ligou após não conseguir alcançar Gavin. Só o traga aqui, por favor. Não tenho nenhuma resposta. Sei apenas que é ruim. — Ele desligou depressa, me assegurando de que estavam a caminho. Eu me sentei próximo a Mikey na área de espera e deixei minha cabeça descansar contra a parede atrás de mim. Sabia que a qualquer momento a área seria inundada com aqueles mais próximos da minha irmã. As notícias se espalham depressa, e só um telefonema era necessário para levar a mensagem. *** O som das portas da entrada se abrindo me fez olhar para cima. Gavin entrou correndo, seguido por Reed e Bud. Eu me levantei da
cadeira e fui até eles. O fato de ainda ter sangue em toda minha frente escapou da minha mente. Gavin olhou para mim e seus joelhos cederam, caindo no chão. Ele começou a agitar a cabeça ferozmente de um lado para o outro, dizendo não repetidamente. Bud e Reed agarraram seus braços enquanto o ajudavam a ficar em pé. Coloquei firmemente minhas mãos em seus ombros e o forcei a olhar para mim. — Me escute, olhe para mim. — Meus olhos bloquearam com os dele. — Eles estão trabalhando nela. Você precisa se segurar, me escutou? Eles precisam de você, Gavin; eles precisam que você fique forte. No momento que ele registrou o que eu disse, a cena diante de mim me dilacerou novamente. Um homem adulto soluçava fortemente enquanto os outros dois sustentavam seu peso. — Mikey os salvou. Ele conseguiu a ajuda que os dois precisavam. — Os olhos de Gavin encontraram os de Mikey, e ele se libertou de Reed e Bud. Todos nós testemunhamos ele correr para Mikey e levantá-lo do chão. Ele o segurou firmemente e sussurrou obrigado repetidas vezes. Demos a eles alguns momentos a sós e saímos pelas portas de entrada. Dentro de minutos, Gemma parou o carro e saíram Kori, Gemma, e minha mãe. Eu assisti quando os olhos da minha mãe começaram a me examinar. Sua reação foi malditamente parecida com a de Gavin. — Nós realmente precisamos conseguir outra roupa para você, — Reed disse, abraçando Kori e assegurando-a de que tudo ficaria bem. Eu não podia ter concordado mais. Eu tinha certeza que me ver faria alguém pensar o pior. Eu era um filme de horror andando. Durante a próxima hora, todos nós nos sentamos em um estado preocupado. Toda vez que a porta se abria, todos nós girávamos nossas cabeças em sua direção. Era uma reação natural para nossa preocupação. Precisávamos de respostas.
— Suspeito que vocês sejam a família de Sra. Tennison? — Um homem mais velho perguntou ao nos abordar, com a roupa cirúrgica ainda cobrindo seu corpo e uma máscara rondando seu pescoço. — Sim, — Gavin sussurrou. — Por favor, me diga que eles estão bem. Os dois, minha esposa e meu filho. — Ele implorou ao doutor. Fechei meus olhos firmemente enquanto me preparava para o pior. — Seu filho é saudável e está sendo examinado pelo pediatra agora. — Ele pausou e ajoelhou até olhar para o temeroso olhar dilacerado de Gavin. — Sua esposa perdeu muito sangue. Tivemos que fazer uma cesariana de emergência. Ela teve o que nós chamamos de ruptura de placenta. A placenta separa da parede uterina, causando hemorragia. No caso da Maria, foi uma separação completa, que causou uma hemorragia muito intensa. Não perdemos tempo porque ela estava o suficientemente perto da sua data prevista. O doutor pausou, observando todos nós conforme esperávamos que ele continuasse. Estávamos no limite de nossas cadeiras, esperando a bola ser lançada. — Foi uma boa coisa ela ter um menino valente que conseguiu a ajuda que os dois precisavam. Ele salvou a vida deles, — o doutor disse, olhando em direção a Mikey, e sorriu. — Você é um herói, homenzinho, e sua mãe e seu irmãozinho estão aqui por sua causa.
Capítulo 12 Alexis Meu dedo pairava acima do enviar enquanto eu olhava fixamente para a mensagem em meu telefone celular. Sinto sua falta. Queria que ele soubesse quão forte ele estava em minha mente. Ele era tudo em que eu podia pensar. Estive apagando a mensagem e redigindo por três vezes diferentes. Porém ainda não juntei a coragem que eu precisava para clicar enviar. Uma batida na porta me surpreendeu, e deixei meu telefone cair no chão. Maddison estava em seu cochilo, e disse a todo mundo que eu faria o mesmo. A verdade era que eu apenas não podia afastar a tristeza que sentia. Eu lamentava ter deixado Brooklet. Devia ter dito não para Jett.
Devia ter explicado para ele que encontrei a felicidade na cidadezinha e nas pessoas amáveis que viviam lá. Eles aceitaram Maddi e eu, embora não tivessem nenhuma ideia de onde eu vinha. Peguei meu telefone rapidamente e caminhei para a porta. Os cativantes olhos verdes de Jett me olharam enquanto um sorrisinho puxava na esquina de sua boca. — Hey, — eu disse. — Nós podemos conversar? — Ele perguntou. Eu me afastei da porta e permiti que ele entrasse, antes de fechála atrás dele. — Harper me disse sobre o cara. Aquele que você encontrou na Geórgia. — Eu me sentei na cama e me recusei a olhar para ele. Era o infame discurso de irmão. Ele me diria que o homem não me merecia e que eu estava onde precisava estar. — Ela também me contou o que ele e sua família fizeram, como abrigaram você. — Aqui vamos nós, eu pensei. — Isto é malditamente incrível. Suas palavras me confundiram e olhei nele. — O quê? — Por que você simplesmente não me disse sobre ele? Eu podia dizer durante os últimos dois dias que você escondia algo. Sabia que algo a incomodava; apenas imaginei que você precisasse de algum tempo sozinha. Queria que tivesse conversado comigo, — ele declarou. — Você realmente não me deu uma chance, Jett. Você comprou nossas passagens enquanto me dizia que eu estava voltando para casa, — respondi, agitando a cabeça e dobrando minhas mãos nervosamente em meu colo. — Sei que baguncei as coisas depois de Troy. Devia ter apenas voltado para casa então, mas tentei manter a vida que tive com ele, o melhor que eu podia. Não podia abandonar as coisas, porque se eu fizesse, sentiria como se estivesse deixando-o também. Quando Maddison nasceu e vocês foram para Califórnia, eu lamentei deixar vocês partirem sem mim. Mas empurrei adiante e fingi que tudo estava ótimo.
Traguei as emoções iminentes. — As coisas melhoraram, e finalmente podia seguir em frente. Seth era um amigo, alguém em quem eu pensei que podia confiar. Na menção de nome do Seth, a mandíbula de Jett apertou com raiva. — Ele era bom para mim a princípio. Tratou Maddi e eu perfeitamente. Mas depois de um tempo, ele mudou, e por sua vez, me mudou. Ele me encarou, e eu podia dizer que isso tudo o afetava muito mais do que ele mostrava. Eu conhecia aquela expressão facial dele, o que significava que ele estava lutando contra sua raiva. — Ele me fez duvidar de todas as pessoas com quem entrei em contato depois dele. Não confio facilmente. Não cedo ao que eu quero, porque eu temo que só me leve ao mesmo caminho que tomei com ele. — Nem todo mundo é como ele, Alex. Nem todo homem quer fazer uma mulher sentir medo. Ele não é um homem; nenhum homem colocaria suas mãos em mulheres para incutir medo nela, — ele me assegurou. — Eu sei, mas não me impediu de afastar Colton, — sussurrei. — Colton, huh? — Ele sorriu. — Colt, Colton, que seja. — Apenas a menção do nome dele me fazia sorrir. — Ele é um bom homem. Eu soube no momento que o vi com a mãe dele. Ele é mais velho, mas o amor nele é escrito por toda parte de seu rosto. Ele tem um coração amável, e corri disto. — Uma única lágrima parou na minha bochecha com o pensamento do que eu joguei fora. — Mais velho, quanto mais velho? — Jett perguntou. Eu ri ligeiramente e olhei para ele. — Dez anos. Ele só movimentou a cabeça, aceitando as informações. Ele não disse mais nada, então assumi que ele estava bem com isso. — Você conversou com ele? — Ele perguntou. Balancei a cabeça em um não, mordendo meu lábio. — Você devia ligar para ele. Ele estava certo. Eu devia, mas mesmo que eu me esforçasse, não conseguia me levar a fazer isso. Não ouvi sobre ele, e sei que ele devia
ter recebido minha carta por agora. Talvez fosse seu modo de me dizer que nós nunca iríamos longe, uma maneira de evitar o desajeitado adeus. *** Passei o resto do meu dia brincando com Maddison. Junho em Palm Beach significava tempo quente o suficiente para nadar. Então minha menininha e eu ficamos do lado de fora tanto tempo que nossa pele ficou enrugada da água. Ela estava cansada, mas determinada a continuar. Suborná-la com um picolé foi o único modo que eu pude convencê-la que estava na hora de entrar. Após estar feliz e pegajosa, eu a levei para cima para dar um banho nela. Meu pai, que estava sentado na poltrona reclinável assistindo as notícias, sorriu para nós quando passamos por ele. Uma vez que ela estava limpa e vestida em seu pijama, eu a coloquei na cama e penteei meus dedos por seus cachos loiros. — Mamãe, quando nós voltaremos para Ann? Sinto falta dela. — Lágrimas acumularam dentro de meus olhos quando olhei para minha doce menina. — Você gostaria de ligar para ela? Dizer boa noite? — Seu rosto se iluminou e ela se sentou, sorrindo e movimentando a cabeça. — Certo. Peguei meu telefone e notei que tinha uma chamada perdida de Kori. Foi meu primeiro telefonema de qualquer um de Brooklet. Fez-me sorrir, e fiz uma nota mental para ligar para ela depois que Maddison falasse com Ann. Disquei o número, e quando tocou, passei o telefone rapidamente para Maddi. Eu podia dizer o momento que ela atendeu, porque Maddison ficou excitada demais. — Nana, — ela disse. Nana era como Mikey chamava Ann, e Maddison pegou isso imediatamente. Elas conversaram por mais ou menos cinco minutos,
conforme Maddison dizia tudo sobre o nosso dia para ela. Eu não podia tirar o sorriso do meu rosto assistindo sua excitação. No momento que ela passou o telefone para mim, meu estômago afundou. Enjoo assumiu o comando, e segurei o telefone firmemente, levantando-o até minha orelha. Ann chorou quando eu parti. Ela disse que eu era como outra filha para ela. Agarrou meu rosto firmemente em suas mãos e me olhou diretamente nos olhos, com os seus cheios de lágrimas quando falou. Você duas me fizeram me apaixonar por vocês. Nunca pense que você não tem um lugar para chamar de casa. Minha casa sempre será sua também. — Oi, querida. Como está a Flórida? — Ela perguntou. — Está quente. — Não sabia mais o que dizer. Sentia falta dela horrivelmente, e o som de sua voz deixou isso mais difícil de lidar. — Eu tenho notícias, — ela declarou. — Que notícias? Eu podia ouvir a felicidade em sua voz quando respondeu. — Garrett Michael nasceu no dia seguinte que você partiu. Maria nos assustou malditamente, mas estão saudáveis e felizes. Graças a Mikey, eles voltarão para casa amanhã. — Oh uau, — sussurrei. Ela continuou me falando sobre Maria e como Colt a levou rapidamente para o hospital depois do telefonema de Mikey. Meu peito se apertou quando pensei sobre todos aprovados. — Estou tão contente que eles estão bem. Isso deve ter sido tão assustador, para todos vocês. — Eu me apaixonei por todos eles, também, e ouvir o que os últimos dias reservaram para eles partiu meu coração. Conversamos um pouco mais sobre o bebê e Maria. Ela perguntou sobre minha família, e a enchi com cada um deles. Harper era um mistério. Ela era indisciplinada e um espirito livre; era difícil controlá-la e sua mais recente indagação.
Jett era dono de um negócio bem-sucedido e o cara que a maioria das turistas e mulheres locais tentava pegar. Ele sempre disse que estava muito ocupado para relações e ficava longe de todo o drama. Dirigia um restaurante local, que era um lugar badalado. Era bem na praia, e a atmosfera sempre mantinha os clientes voltando. Sem mencionar que a comida era muito surpreendente. Meus pais eram tranquilos. Meu pai era um dentista e minha mãe uma enfermeira. Não quis perguntar a Ann sobre Colt, porque não quis que ela estivesse no meio de nossa confusa amizade. Mas não podia me controlar. Eu precisava saber. — Como vai o Colt? — Perguntei. O silêncio enchendo o outro lado da linha telefônica fez meu coração
acelerar.
Por
que
perguntei
isso
mesmo?
Quis
retirar
imediatamente. — Ele tem estado bastante quieto desde que você partiu. Acho que ele sente falta de você e Maddi. — Minha garganta queimou e minha vista ficou nublada com lágrimas. — Sinto falta dele também, nós duas sentimos, — confessei.
Capítulo 13 Colt A última coisa que um homem adulto quer que alguém testemunhe é sua mãe o corrigindo. Mas isto é exatamente o que aconteceu. Fui convidado para o banquete semanal de Gemma e Bud. No momento que entrei da cozinha, minha mãe acertou minha bunda. — Você precisa arrumar uma mala e colocar sua bunda teimosa em um avião para Flórida, — ela disse, apontando seu dedo em mim de onde se sentava em uma mesa cheia de pessoas. Levantei minha sobrancelha em confusão e ouvi alguns risos silenciosos em torno da sala. — Você pensa que se esconder e cuidar de seu ego ferido a trará de volta? — Ela perguntou. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, ela começou novamente. — Não, não irá. Ela pensa que você mudou de
ideia sobre ela. Ela acha que você a deixou ir porque decidiu que não a quer afinal. Então, depois de uma hora e meia de minha mãe punindo minhas ações e Gemma movimentando a cabeça de acordo, eu me esgueirei pela porta dos fundos e me escondi na escuridão na varanda. O único problema era que Gavin, Reed, e Ben usaram isso como uma oportunidade para escapar sorrateiramente também. Então, me sentei em uma varanda cercada pelos caras. Era um silêncio desconfortável, com exceção dos barulhos da natureza e vozes saindo da casa. Gavin se sentou segurando Garrett, meu adorável sobrinho, contra seu peito, embrulhado em um cobertor azul. Reed segurou a pequena Grace enquanto ela chupava a chupeta e puxava o dedo dele. Chloe pulava sobre o joelho de Ben, e eu fiquei ali, passando meu olhar entre eles. Um desejo me encheu extremamente ao vê-los segurarem suas crianças. Pensei no tempo em que achei que estaria casado e teria filhos agora. Esse era o plano, mas quando Claire foi para a faculdade, tudo mudou. Nós permanecemos juntos no primeiro ano depois que ela partiu, mas eu podia sentir as coisas mudando. Cada dia que passava nós ficávamos mais distantes. Nunca lutei por ela, eu só a deixei ir. Desisti da ideia de amor e família. Então, eu fiquei lá olhando ao redor, e percebi que estava fazendo isso novamente. Abandonava a ideia de que Alex e eu podíamos ter algo. Não estava lutando por ela; eu estava desistindo. Inclinei minha cabeça e me debrucei, descansando meus cotovelos nos joelhos. Uma risada profunda me rasgou enquanto eu corria as mãos em meu cabelo. Quando me endireitei, cada um dos caras olhava para mim como se eu tivesse enlouquecido. — Minha mãe estava certa, — declarei. Aparentemente, todos pensavam a mesma maldita coisa. Todos sorriram e movimentaram as cabeças em acordo.
— Agora preciso descobrir como encontrá-la, inferno. — Caí contra minha cadeira e soltei uma respiração frustrada. — Posso ajudar você com isto, — Gavin declarou, e todos os olhos viraram para ele. Levantei uma sobrancelha, esperando ele continuar. — Você esqueceu que Maria e sua mãe ainda conversam com ela? — Ele perguntou. — Ela está em Palm Beach. Começou a trabalhar no restaurante do irmão hoje até conseguir um trabalho no hospital ou em um consultório. — Você sabe o nome do restaurante? — Perguntei. — Sim, — ele sorriu. — Chama Jett’s. Retornei seu sorriso e soube o que eu faria de manhã. *** Não precisei convencer Gavin a me levar ao aeroporto, desde que ele se ofereceu antes que eu perguntasse. Sei que isso era porque minha aflição deixava Maria melancólica. Gavin não gostava de nada que deixasse Maria chateada, então colocar minha bunda em um avião era um passo mais próximo para fazê-la sorrir. O cara fez uma completa reviravolta para minha irmã. Estava bastante certo de que ele iria aos confins da Terra e voltaria só para ver o sorriso dela. Todos nós pensamos que ele era protetor e pairava sobre ela durante a gravidez, mas agora… estava apenas pior. Ela nos assustou profundamente, e ele a mimava inacreditavelmente. Eu amava assistir, porque ela merecia isso. Maria quisera o tipo de amor não consigo comer, não consigo dormir, não consigo nem respirar sem você. Agora ela tem isto, o que me faz feliz. É minha vez. O voo todo deixou meu estômago em nós. Não tinha nenhuma ideia do que diria ou faria. Apenas sabia que eu precisava vê-la. Precisava dizer o quanto senti falta dela e Maddi. Então veríamos o que fazer sobre isso.
O GPS do carro de aluguel disse que o restaurante ficava a menos de dez minutos. A cada quilômetro meu estômago ficava mais agitado. Eram três na tarde e, através da minha irmã, eu confirmei que Alex estaria trabalhando agora. Parando no restaurante, eu estava impressionado. O lugar estava cheio, e demorei a achar um lugar para estacionar. Ao entrar pela porta da frente, fui saudado por uma jovem anfitriã vestindo uma camisa polo preta com um logotipo escrito Jett’s na frente em um tom de azul. — Boa tarde. Precisa de uma mesa para um? — Ela perguntou com um sorriso doce. — Na verdade, eu esperava poder conversar com o dono. — Ela me inspecionou lentamente enquanto seu sorriso aumentava. Movimentando a cabeça, ela levantou o telefone no lado do balcão e discou, não tirando os olhos de mim. Aproveitei o tempo para olhar ao redor. — Posso ajudá-lo, senhor? — Uma voz profunda me fez virar e olhar para trás. No momento que o vi, eu sabia que era o irmão da Alexis. Suas características eram bem parecidas. Cabelo claro, curto. Ele era alto, alguns centímetros mais alto do que eu, na verdade, e sua construção era impressionante. Estendi minha mão para ele e ele agitou firmemente. — Você deve ser Jett. — Ele balançou a cabeça, ainda tentando descobrir que eu era. — Eu sou Colt, um amigo da Alex. Notei seu rosto suavizar só um pouco, e um sorriso puxar o canto de sua boca. Não sabia se devia estar nervoso ou feliz dele saber quem eu era. — Bom encontrar você, Colt. Por que não vamos ao meu escritório? — Ele virou e gesticulou para mim em direção ao corredor. — É a primeira porta à direita.
Ao atravessar a porta aberta, fui surpreendido. Toda parede de frente para o restaurante era feita de vidro, e girei ao redor para examinar sobre ombro, — Estou impressionado. — Obrigado. — Ele indicou à cadeira em frente a sua grande mesa. — Eles não podem nos ver, mas gosto de manter meu olho nas coisas. Observar o pessoal, convidados, e ter certeza que as coisas estão correndo suavemente, — ele esclareceu. Balancei a cabeça, examinando mais uma vez o grande restaurante cheio de pessoas. — Então, acredito que você não voou tudo isso só para me ver? — Ele riu. — Ela sente sua falta, você sabe. Estava ligeiramente surpreso por sua franqueza. — Sinto falta dela também, — eu disse a ele. — Alex e Maddi significam muito para mim. Vim aqui para dizer a ela como me sinto. Seu restaurante era o único modo que eu sabia como achá-la. Mas não podia simplesmente entrar e abordá-la. Esse é o seu restaurante, sua vida. Então você é minha primeira parada antes de encontrar sua irmã e fazer com que ela entenda que eu preciso dela e Maddison em minha vida. Ele me encarou sem falar uma palavra, sua linha de visão nunca oscilando da minha. Seus lábios apertados em uma linha firme. Ele estava me analisando, procurando por qualquer sinal de fraqueza. Eu não mostrava. Eu me sentia forte sobre minhas ações e sabia exatamente o que eu queria. — Por que eu devia confiar que você não será igual ao último sujeito? — Ele perguntou com uma expressão ilegível. — Alexis é uma mulher forte. Ela colidiu com um cara que pensava ser um homem. Ela sente que não pode encontrar o amor, mas posso jurar para você que eu sou um homem. Nunca colocaria minhas mãos em qualquer mulher, por qualquer razão. — Eu me inclinei e o olhei diretamente nos olhos. — Não há nada que eu queira mais do que ajudar Alex a perceber que ela merece ser estimada. Quero ser o homem que a refaça e a faça ver que ela é uma mulher surpreendente, uma mulher que qualquer homem teria sorte de poder compartilhar uma vida.
Ele continuou me encarando silenciosamente. — Escute, desde que eu vi Alex e Maddison, meu coração sofreu. Sofreu porque eu tive este desejo incontrolavelmente forte de protegêlas. Não posso explicar o que era ou por que me senti daquele modo. Apenas senti. Quando entrei na casa da minha mãe e as vi lá, rindo e sorrindo, eu soube que as queria em minha vida. — Eu estava agora em um ponto onde não me importava se pareceria um fracote. Precisava fazê-lo entender que eu nunca a machucaria. Ele podia ser minha entrada, e precisava de ajuda para convencer Alex que eu podia amá-la, se ela apenas me deixasse. Um sorriso se arrastou no canto de seus lábios, e sua linha de visão enfocou em algo acima de meu ombro. Eu virei bem na hora que Alex se aproximava de uma mesa, levando uma bandeja de bebidas. Meu estômago afundou e meu coração acelerou. Seu cabelo loiro estava preso em um rabo-de-cavalo alto, com alguns cachos caindo ao redor de seu bonito rosto. Ela sorriu docemente para o par sentado à mesa enquanto colocava suas bebidas na frente deles. Não percebi que apertava o braço da cadeira tão fortemente até que meus dedos começaram a doer. Queria levantar naquele momento e ir até ela. Queria que ela soubesse que eu estava lá e que não a esqueci, que eu não podia. — Conseguirei pegar o homem que a machucou. — Jett falou duramente atrás de mim. Movimentei minha cabeça em acordo. — Espero pelo dia que eu tenha a chance de mostrar a ele do que sou feito também. Não há nada que eu gostaria mais do que ter a chance de derrubá-lo. — Eu o assegurei sem olhar para ele. Alex ainda segurava minha atenção. Ela sorriu para algo que a senhora disse e virou, caminhando em direção à cozinha. Quando ela ficou fora de vista, meu corpo inteiro sofreu com a perda. — Ela faz um intervalo em aproximadamente vinte minutos. Normalmente ela se senta na área pessoal à esquerda, do lado de fora
da cozinha. Se ela sente tanta falta de você como eu penso que ela sente, acho que não precisará de muito convencimento da sua parte. — Girei em direção a Jett e balancei a cabeça. — Só não a machuque, por favor. Ela não merece mais nenhum sofrimento do que já teve. — Obrigado, — eu disse, me levantando da cadeira. Estendi minha mão enquanto ele levantava. — Você tem minha palavra de que eu farei tudo que posso para fazê-la se sentir adorada todos os dias. Maddison e ela merecem se sentirem seguras, e sempre estarão seguras comigo.
Capítulo 14 Alexis Eu estava na Flórida há uma semana. Todo dia era o mesmo – levantar, ir trabalhar, e apenas existir. A paixão em mim foi embora; o desejo de prosperar foi esvaziado. Maddison era minha única felicidade. Era minha alegria e minha razão para levantar todo dia e tentar colocar o melhor rosto feliz que eu podia administrar. Eu me inscrevi no hospital e em algumas clínicas particulares com esperanças de colocar meu diploma em uso. Quando Jett me ofereceu um trabalho no restaurante, eu estava agradecida. Não podia viver com meus pais para sempre. Precisava pensar em ter o meu próprio lugar. Depois disso, eu teria que trazer o resto das minhas coisas da Califórnia. Meu pai arranjou uma conta para Maddison. Todo o dinheiro que ela ganha do estado, pelo serviço de Troy ao seu país, irá diretamente
para ela. Quando tiver dezoito anos, ela receberá aquele dinheiro; eu só espero que ela use sabiamente. Tentei ficar ocupada e aceitar o fato de que Colt me esqueceu. Ele nunca tentou me contatar depois que eu parti. Escrevi a carta esperando que ele entendesse que eu cometi um engano. Estava atraída por ele, muito. Apenas deixei o meu medo controlar o resultado. Fiquei encarando a vista da água, escutando as ondas. Turistas e locais cobrindo a praia, todos aparentemente muito em paz. Empurrei a comida em meu prato; meu apetite era inexistente. O som de passos se aproximando atraiu minha atenção, e virei em minha cadeira para ver quem estava chegando. Eu vinha aqui para me afastar dos outros. Era meu tempo para pensar. Não gostava da ideia de outro trabalhador se juntando a mim. Congelei em choque no momento que virei completamente. Lá, diante de mim, estava Colt. Ele vestia calças cáqui e sandálias. Acho que nunca o vi em qualquer coisa diferente de sua calça jeans e botas. Uma camisa vermelha abraçava seu tórax e braços, mostrando todos os músculos e ondulações definidas. Meu coração acelerou quando ele fechou a distância entre nós. Ele não desperdiçou nenhum tempo, mas se ajoelhou diante de mim e sorriu aquele seu sorriso magnífico. — Hey, bonita, — ele disse. Se aproximando, ele pegou minha mão. — Você realmente achou que eu simplesmente deixaria você partir sem vir atrás de você? Minha garganta parecia seca. Abri a boca para falar, mas nada saiu. Ainda não estava certa de que isso era real. — Eu teria estado aqui mais cedo, mas com Maria e o bebê, precisei ter certeza que eles ficariam bem. — Colt ergueu a mão e tirou meu cabelo do meu rosto. Coloquei a minha mão em cima da dele; segurando sua mão com firmeza contra minha bochecha, fechei meus olhos brevemente. — Você está aqui, — sussurrei.
— Sim, eu estou, querida. Estou aqui, — ele me garantiu. — Senti sua falta. — Pensei que talvez você tivesse escolhido esquecer sobre nós, — sussurrei, ainda chocada por ele realmente estar aqui, ajoelhado diante de mim. — Nunca. De modo nenhum eu poderia esquecer as minhas duas meninas favoritas. — Ele se inclinou um pouco mais, e assisti os contornos de seu rosto. Sua mandíbula forte, ligeiramente coberta com uma barba por fazer de dois dias. Cílios longos destacando seus olhos magníficos, olhos que tinham um jeito de me fazer sentir segura. Instintivamente, coloquei minha mão em seu peito, só para senti-lo sob mim. — Eu li sua carta, — ele disse. Um sorriso agraciou sua boca perfeita. — Você quis dizer aquilo? — Cada palavra, — eu disse, sem vacilar. Os olhos de Colt caíram para meus lábios, e ele lambeu seu lábio. Quis que ele me beijasse. Eu precisava disso. Afastei a chance que eu tive antes, mas desta vez, de modo nenhum modo eu pararia isso. — Sei que fui teimoso e evitei você. Nunca significou que eu não queria ver você; era só muito difícil estar perto a você. Eu quis mais do que você estava pronta, e não podia continuar empurrando, então precisei me distanciar. — Eu podia sentir sua respiração bater acima da minha pele, e meus batimentos aumentaram pela proximidade. — Achei que havia estragado tudo, — admiti. — Você não estragou nada, querida. Você tem razões para proteger seu coração. Eu entendo. — Ele falou em uma voz calmante. — Quero apenas que você entenda que está segura comigo. Eu nunca machucaria você. Eu me importo demais com você e Maddison. Minha vista ficava borrada enquanto olhava fixamente para o homem bonito diante de mim. Colt tinha um coração surpreendente. Era tão bom e caridoso. — Sinto muito por partir sem dizer adeus. — Minha voz vibrou com emoção. — Eu devia ter ido até você.
— Sim, você deveria, — ele declarou, e meu coração afundou. — Se você tivesse, eu teria nos salvado há muito tempo. Teria dito a você então, que eu não podia deixar você ir. Teria dito que precisava de você e Maddison e que me recuso a deixar vocês desaparecerem da minha vida. Uma única lágrima escapou e rolou pela minha bochecha. O dedo polegar de Colt a limpou rapidamente. Eu podia ver a batalha que ele lutava, e meu peito doía. Eu sabia que ele pensava em me beijar pela maneira que seu olhar continuava caindo para meus lábios. Também sabia que ele estava hesitante por causa do modo que eu reagi na primeira vez. Não o deixei continuar a briga. Ao invés, embrulhei minha mão ao redor da sua nuca e o puxei para frente. Deslizando para a extremidade da cadeira, coloquei meus lábios nos dele. No momento que nossos lábios se tocaram, seus braços embrulharam minha cintura, me segurando perto. Agarrei o cabelo de sua nuca, abrindo minha boca para ele, e sua língua acariciou suavemente a minha. Ele se afastou e descansou a fronte contra a minha enquanto meus olhos ainda estavam fechados. — Uau, — sussurrei. Sua risada profunda me fez sorrir. Inclinando para trás, ele olhou para mim quando meus olhos tremularam abertos. — Que hora você sai do trabalho? — Às cinco. Quanto tempo você ficará aqui, em Palm Beach? — Perguntei. — O tempo que levar para convencê-la que você pertence à Geórgia, comigo, — ele declarou, sem um segundo pensamento. Meu coração tremulou com o pensamento de estar com ele, em seus braços. Ignorei o medo, porque com Colt eles não eram necessários. — E se eu disser que já sei disso? Quanto tempo nós ficaríamos aqui? — Eu o questionei com um sorriso.
— Até que você esteja pronta para partir, querida. Sei que sua família está aqui. Você provavelmente quer passar algum tempo com eles. Posso ficar por alguns dias antes de precisar voltar. Passei muito tempo adiantando os pedidos que eu tinha, então não estarei atrasado. — Todos terão muito prazer em finalmente encontrar o homem que eu não pude fazer minha mente parar de pensar. — Teci meus dedos pelos seus e brinquei com sua mão. — Você está me convidando? — Ele perguntou, e balancei minha cabeça. — Farei o check-in no hotel e então encontro você aqui, às cinco. Como isso soa? — Perfeito. — A energia nervosa em meu estômago corria excessivamente. Eu estava pronta para este passo, e sabia que Maddison ficaria muito animada ao vê-lo. Colt se inclinou, colocando um beijo doce contra meus lábios antes de levantar e me guiar para dentro. Jett sorria próximo ao bar quando nós nos aproximamos. Estreitei meus olhos para ele e seu sorriso aumentou. — Você teve algo a ver com isso? — Eu o questionei. — Fiquei tão surpreso quanto você. — Ele levantou e colocou a mão no ombro do Colt, dando um aperto. — Se eu soubesse que a aparição dele faria você sorrir assim, eu mesmo teria feito com que ele voasse até aqui. Só um pequeno conselho, entretanto. Se você acha que interroguei você, espere até encontrar meu pai. — Ele piscou antes de passar por nós, rindo e saudando alguns clientes regulares conforme eles entravam no restaurante. Quase ri do olhar nervoso que cobriu o rosto de Colt. Era uma das coisas mais engraçadas que eu vi em muito tempo. Jett não estava mentindo; meu pai é normalmente quieto e fácil… até que minha irmã ou eu trazemos um sujeito para casa. Lembro-me da primeira vez que ele encontrou Troy. Passei uma hora escutando meu pai questionar todas as metas dele, como também o que ele planejava para nossa relação. Troy aguentou, entretanto, e eu não tinha nenhuma dúvida que meus pais adorariam Colt.
Apenas esperava que meu pai fosse tranquilo com Colt. Ele estava com muita raiva acumulada devido ao que Seth fez, e não queria que Colt tivesse que sofrer por causa disso. Eu disse um rápido adeus para Colt antes de voltar a trabalhar. Nunca tive tanta pressa para o dia terminar. Liguei para minha mãe para informá-la que nós tínhamos um convidado para o jantar e ela guinchou, literalmente. Ela passou dias escutando Maddi e eu conversando ininterruptamente sobre Colt e sua família. Agora estava na hora dela encontrar o homem que roubou nossos corações.
Capítulo 15 Colt — Eu devia levar flores? Inferno, ou talvez uma garrafa de vinho? — Puxei uma respiração profunda. Meu coração estava como uma maldita britadeira dentro do meu peito. — Não tenho nenhuma ideia de como são estas pessoas. E se apareço de mãos vazias e eles imediatamente me odeiam? — Colton Matthew, você só precisa parar com esta tolice e respirar, menino. Eles amarão você. — Minha mãe tentava me tranquilizar, mas eu ainda não estava convencido. — Flores para a mãe e um aperto de mão firme para o pai. Balancei a cabeça como se ela realmente pudesse me ver, caindo sobre a cama do hotel. Inclinando-me, corri minha mão por meu cabelo. — Você me ouviu? — Minha mãe perguntou.
— Sim, mamãe, eu entendi. Flores, aperto de mão. — Ela estava certa. Eu apenas precisava me acalmar. A última vez que encontrei os pais de uma menina, eu tinha dezoito anos de idade. Peguei Claire para nosso primeiro encontro e brinquei de vinte perguntas com o pai dela antes dele me deixar entrar na casa. Depois que eu estava do lado de dentro, ele continuou me dizendo que possuía três espingardas e as mantinha carregadas. Então ele me disse que seria melhor ver sua filha caminhar por sua porta às dez horas e nenhum segundo mais tarde. Sei que não tenho mais dezoito anos e que Alexis é uma mulher adulta, mas não me deixou menos nervoso. Sei como eu agiria se um dia eu tiver uma filha e um sujeito aparecer em minha porta por ela. Posso quase garantir que eu iria ao maldito encontro com ela. Cinco horas estava se aproximando. Tomei um banho longo e me certifiquei de vestir as melhores roupas que eu havia trazido. Eu não mudaria quem eu era, então vesti botas de cowboy e calça jeans. Parando rapidamente na floricultura mais perto, escolhi o melhor arranjo que ofereciam. Parando do lado de fora do restaurante, eu subi e esperei do lado de dentro, próximo a porta da frente. Removi um dos lírios do arranjo, e quando Alex apareceu, eu me levantei imediatamente. Andando até ela, estendi o lírio e a beijei suavemente. O sorriso que agraciou seus lábios fez meu estômago apertar. Ela era tão bonita. O cabelo frisado e desarrumado e manchas de comida em sua camisa devido ao seu dia duro não mudaram nada; ela fazia meu coração acelerar. — Estou uma bagunça, — ela disse, olhando suas roupas. — Eu me sinto nojenta. — Você está bonita, — eu a tranquilizei. As bochechas de Alexis se avermelharam quando olhou para mim. Peguei sua mão e a levei ao carro de aluguel, mantendo a porta aberta enquanto ela entrava. Uma vez que subi no carro, me inclinei e
coloquei minha mão em sua bochecha, beijando-a mais uma vez. Seus olhos se fecharam quando relaxou sob o meu toque. — Esperei muito tempo para beijar você. Agora não posso parar, — sussurrei, passando rapidamente meus lábios sobre os dela. — Nenhuma necessidade de explicação, — ela sorriu. — Não estou reclamando nem um pouco. *** O caminho até a casa de seus pais foi tranquilo. Sua mão descansava acima da minha, a qual estava bem acima de seu joelho. Sentir seu toque me acalmou. Eu fazia tudo que eu podia para parecer relaxado, mas por dentro eu estava extremamente nervoso. Entrando na garagem da casa na qual ela cresceu, minha garganta começou a sentir como se estivesse ficando mais apertada. Lá, diante de mim, estava uma enorme casa de dois andares e com colunas. O passeio circular era forrado com azulejos e arbustos decorativos cortados perfeitamente. Uma cerca de ferro cercava a propriedade, e bem à esquerda estava uma enorme piscina. Eu não tinha nenhuma ideia de que tipo de infância ela teve, mas pela aparência disso, ela e eu viemos de dois mundos diferentes. — Você está pronto? — Ela perguntou, e tudo que eu podia fazer era assentir com a minha cabeça. — Não se preocupe. Eles ouviram o suficiente sobre você para parecer como se já te conhecessem. — Eu a examinei, e ela parecia ligeiramente envergonhada com sua admissão. — Querida, você tem falado de mim? — Sorri e coloquei seu cabelo atrás de sua orelha. — Talvez um pouco, — ela confessou, e suas bochechas ficaram avermelhadas. — Maddison não parou de dizer sobre as corridas nas costas que você deu a ela. Ela faz Jett e meu papai preencherem o vazio.
— Não posso esperar para vê-la, — confessei. — Senti falta de suas risadinhas doces. Quando subimos a varanda, a porta da frente se abriu, e senti como se tivesse dezoito anos novamente. Na entrada estava um homem que tinha perto de 1.95, e sua estrutura volumosa enchia a abertura. — Hey, papai, este é Colt. — Alex me apresentou e estiquei a mão para ele, lembrando as palavras da minha mãe. — É bom encontrar o senhor. — Sua expressão não hesitou enquanto segurava a minha mão e a balançava firmemente. — Hey, sis3, por que você não vai ajudar sua mãe na cozinha. Harper está lá, e você sabe que desastre é toda vez que aquela menina tenta cozinhar. Colt e eu estaremos em meu escritório. — O pai dela nunca desviou seus olhos dos meus. Alex se esticou nas pontas dos pés e beijou a bochecha do seu pai. Ela sussurrou, mas ouvi claro como o dia. — Seja legal, papai. Ele não é Seth. Na menção do nome daquele imbecil, minha mandíbula apertou. Sabia que seu pai notou o movimento, porque um sorrisinho se arrastou no canto de sua boca. — Vá indo, só tomaremos um pouco de tempo para conhecermos um ao outro. Não é, Colt? — Ele perguntou. — Claro, senhor. — Sorri um sorriso tranquilizante para Alex, deixando-a saber que estava tudo bem. Hesitantemente, ela saiu e murmurou as palavras, sinto muito, enquanto caminhava em direção à cozinha. Piscando para ela, fiz uma tentativa de assegurá-la que tudo ficaria bem, embora, por dentro, o meu estômago estivesse um pouco intranquilo. Uma mão apertando meu ombro fortemente afastou minha atenção da menina bonita saindo lentamente. — Vamos compartilhar
3 Sister - irmã
nossos segredos, Colt, — O pai de Alex disse enquanto me dirigia ao corredor à direita. Uma vez que nós estávamos dentro de seu escritório, ele fechou a porta atrás de nós e se sentou atrás da mesa. Sentado em sua cadeira, ele descansou os cotovelos nos braços dela e bateu as mãos na frente dele. Descansando os dedos contra os lábios, olhou fixamente para mim, esperando. — O que você gostaria de saber, senhor? — Não desviei o olhar enquanto ele estudava todos meus movimentos. Então o interrogatório começou. Estou em julgamento agora. — Tudo, Colt, — ele declarou. — Mas vamos começar com o básico. O que você faz para viver? — Ele perguntou. — Trabalhei com meu pai, que possuía um negócio de madeira personalizada até que ele faleceu recentemente, — expliquei. Não contaria os detalhes do hábito de jogar do meu pai e como ele perdeu tudo que possuía por isto. — Sinto muito ouvir isso, filho. — Ele falou com mais sinceridade em sua voz. — Você assumiu o comando desse negócio? — Não, na verdade, eu abri meu próprio negócio. Tenho três irmãos mais velhos que não quiseram continuar depois que ele morreu. Voltei para Geórgia para ficar mais perto da minha mãe e irmã. Meus pais não estavam juntos desde que eu era um adolescente. Pensei que seria bom voltar a ficar perto da família que sobrava. — De propósito, eu omiti os detalhes ruins da minha vida. Sabia que já estava debaixo do microscópio, então eu não precisava disparar quaisquer alarmes. — Comecei meu negócio, e antes de perceber, tudo decolou. Meu cunhado e alguns amigos próximos espalharam a notícia, e agora eu tenho pedidos entrando de toda parte. — Expliquei, ainda segurando seu olhar fixo. — Você já foi casado? Tem alguma criança? — Ele perguntou. Nada como ir direito ao ponto. Movimentei a cabeça. — Não para ambas as perguntas, na verdade.
Estive
noivo
uma
vez
quando
era
mais
jovem,
mas
descobrimos que queríamos coisas diferentes e fomos para caminhos separados. Apenas não achei a garota certa. — Debati dizer a ele que eu sentia que Alex era aquela garota, mas não quis forçar. — Agradeço o que você fez para minha filha e neta. Elas parecem bastante aficionadas a você. — Eu não conseguia refrear meu sorriso quando pensava naquelas duas; elas iluminavam o meu mundo. Saber que Alexis e Maddison falavam sobre mim parecia malditamente bom. — Elas são bastante especiais, senhor. — Ele se debruçou, descansando os cotovelos em sua escrivaninha e movimentando a cabeça de acordo. — Toda a minha família se apaixonou pelas duas; não precisou de muito. — Você as ama? — Sua pergunta me pegou fora de guarda. Respirei profundamente e assenti com a cabeça. — Acredito nisso, senhor. Pensei muito nas duas depois que elas partiram. Me sentia só sem elas ao redor. Eu me acostumei com seus sorrisos e risos. Todo mundo meio que andou nas pontas dos pés em torno do assunto, mas era óbvio que todos nós sentimos a falta delas. — O sorriso que puxou seus lábios não foi despercebido. Sabia que ele tentava representar o papel de pai malvado que mataria por sua filha. Também soube que no fundo ele era um homem amável. — Você podia me fazer um grande favor, entretanto? — Perguntei, e ele levantou a sobrancelha em questionamento. — Você podia não dizer para ela que eu admiti isso, considerando que provavelmente ela devia ser a primeira a ouvir essas palavras de mim? Desta vez ele sorriu, e seu rosto suavizou um pouco. — Você precisa entender que estou preocupado com as duas. Elas passaram por mais do que o suficiente. Queria apenas que ela tivesse vindo para mim, mas ela estava envergonhada. Entendo isso também. Admitirei que eu estou bem contente por você cruzar o caminho delas. — Ele pausou e limpou a garganta, e eu podia dizer que toda a situação pesava duramente sobre ele. — Não posso impedi-la de prosseguir.
Posso simplesmente esperar que ela encontre um homem que a trate como se nenhuma outra mulher se comparasse a ela aos olhos dele. — Senhor, eu sei que nós acabamos de nos conhecer e você não me deve nada. Não espero que você confie em mim; isso é algo que farei tudo o que puder para conseguir. Posso dizer uma coisa, entretanto. — Pausei e clareei minha mente por só um momento. Eu quis ter certeza que ele entendesse que tipo de homem eu sou. — Posso prometer para você que Alex e Maddi nunca terão que me temer. Elas nunca se sentirão inseguras ou não amadas desde que eu esteja com elas. Elas significam muito para mim, e sem elas, eu me sinto vazio. Elas se tornaram uma parte da minha vida, uma parte do meu coração. Preciso delas em minha vida, senhor. Farei tudo em meu poder para protegê-las, — o assegurei. Houve uma longa pausa antes dele assentir e levantar da cadeira. Contornando a extremidade da escrivaninha, ele estendeu a mão para mim novamente. Coloquei a minha mão na dele e ele apertou firmemente. — Sem esse negócio de senhor. Me chame de Jim.
Capítulo 16 Alexis Não mentirei e direi que não estava preocupada. Eu estava. Não podia parar de pensar sobre o que meu pai estava fazendo Colt passar. Eles estavam lá há quase uma hora, e os comentários de Harper e Jett não ajudava meus nervos. — Colt provavelmente se esgueirou e voltou correndo para Geórgia. Ele percebeu não valia a pena o interrogatório do papai. — Harper riu e minha mãe bateu em seu ombro, fazendo careta para ela. — Nah, o sujeito aguentou minhas perguntas. Estou certo que Papai está indo leve com ele. — Jett pausou por um momento. — Você não ouviu alguns barulhos altos ou brigas, né? Talvez Papai tenha mostrado a Colt o que faria se ele colocasse uma mão em Alex. Você acha que ele está mostrando a sua coleção de armas de fogo? — Parem, você dois. Não é engraçado. — Virei para olhar a entrada novamente e esperei eles entrarem.
Bem quando eu estava prestes a ir atrás deles, eu os ouvi conversando. Ficando cada vez mais próximo e seguido por uma risada profunda de Colt. Quando dobraram o corredor, Colt piscou e andou na minha direção. Eu me senti aliviada que eles pareciam estar muito felizes. Meu pai sorria tão largo, e seu rosto parecia relaxado e à vontade. A tensão que segurara quando cheguei com Colt foi embora agora. Antes de Colt chegar ao bar no meio da cozinha, Maddison veio correndo para a sala e pulou nele. Ele a pegou na hora certa e a segurou firmemente contra seu peito. Seus bracinhos envolveram seu pescoço quando ela beijou a bochecha dele. — Colton, eu senti sua falta. — Ela guinchou e o abraçou com toda a força que possuía. — Senti sua falta também, querida. Você sabe que seus abraços são meus favoritos. — Ele olhou para ela com tanto amor, e meus olhos se encheram com lágrimas felizes. Olhei a sala silenciosa e vi que todas as pessoas assistiam Maddi e Colt também. Era como se eles fossem os únicos na sala. Ela contou para ele sobre nossos dias na piscina e como nós líamos de noite. Ele estava tão atento em suas palavras que parecia hipnotizado por ela. — Tio Jett tentou me contar as histórias de meus livros favoritos, mas seus sons não são tão bons quanto os seus. — Ela enrugou o nariz. — Hey criança, eu estou aqui, você sabe. — Jett riu quando Maddison revirou os olhos e voltou para Colt. Ela era como uma diva pequena estes dias. Era tão difícil conter o riso com suas ações. — Sinto falta de você lendo para mim e de montar em suas costas. Você veio para nos levar? — Ela perguntou, e a sala ficou muda. Todos os olhos estavam em mim agora, e não tinha nenhuma ideia do que dizer. Eu queria voltar para Geórgia? Sim. Mas o que minha família pensaria? Eu gostava de estar aqui, eu gostava, mas amava estar em
Brooklet. Pela primeira vez em muito tempo, eu senti como se pertencesse a algum lugar. Soube que estava cometendo um erro no momento que embarquei no avião. Naquele ponto, era muito tarde. — Que tal nós apenas vermos o que acontece, certo? — Colt sussurrou para ela, mas era tão claro. — Você ficará? — Ela perguntou, e meu coração doeu com o olhar no rosto dela. Eu sabia que ela amava Colt, mas até que aquele momento eu não entendia o apego que ela tinha com ele. — Ficarei por alguns dias, se estiver tudo bem, — ele disse, olhando para minha família. Minha mãe foi a primeira a andar e, quando ela se debruçou e abraçou Colt, não pude conter a lágrima que escorreu do meu olho. Eles o aceitaram, e eu estava completamente emocionada. — Você é mais que bem-vindo. Qualquer um que pode fazer Maddison e Alex sorrirem do modo que você faz é parte desta família também. — Minha mãe sorria brilhantemente para ele. Harper avançou, e eu soube que ela diria algo embaraçoso; eu podia ver o olhar travesso em seus olhos. Ela era indomável. Era tão indomável e direta. Colt a assistiu se aproximar, e quase ri alto do olhar no rosto dele. Ele parecia estar a segundos de correr. Harper realmente esquadrinhava o corpo dele, da cabeça até o dedão do pé, lendo seu corpo de uma maneira apreciativa. Senti minhas bochechas aquecerem pela avaliação óbvia que ela estava fazendo. Ela caminhou ao redor dele, e ouvi um baixo assovio. Inclinei minha cabeça e ri ligeiramente. — Bem, Alex, você não estava mentindo. Ele tem uma boa bunda, e esses braços são suficientes para fazer qualquer menina dentro de milhas terem pensamentos lascivos. — Jett riu porque sabia que ela estava fazendo isso também. Ela sempre tentava tirar um homem de sua zona de conforto. Ela tinha um temperamento quente. Meu pai foi para seu lugar de costume, e minha mãe acabou escolhendo ignorar Harper e seu molestamento sexual do pobre Colt.
Minha mãe sabia que ela só abasteceria o fogo se tentasse a controlar. Harper era o tipo de menina que se você dissesse não para ela, ela só empurraria mais forte. Colt olhou para cima e me encontrou olhando ele, e naquele momento, eu acho que algo clicou. Ele colocou Maddison no chão, e ela correu para brincar com suas bonecas. Quando ele viu que ela não conseguiria ouvir, ele se inclinou um pouco em direção a Harper, que não hesitou. Seus olhos estavam fixos nos dele quando ele começou a olhar para ela da mesma maneira que ela olhou para ele. Para um momento breve, me senti um pouco ciumenta. Sei que Harper estava só brincando; era o que ela fazia. Mas a ideia de Colt verificando-a provocou algo em mim que eu não gostei. — Bem, Harper, certo? — Ele perguntou, e ela acenou ligeiramente. Ele sorriu um sorriso sensual. — Harper, você pode olhar tudo que quiser querida, mas a única sentindo meus braços ao redor dela é sua bonita irmã ali. Ele levantou o olhar e olhou por cima de seu ombro, piscando para mim. Ele não recuou, mas devolveu na mesma medida. Harper riu, seguida pela risada de Jett. — Você é para ficar, Colt. Eu gosto de você, — Harper disse a ele, abraçando-o e olhando para mim. Ela apertou seus bíceps e fingiu tremer com os calafrios da excitação. — Maldição, Al, ele é sexy. Pensei que você estava, com certeza, exagerando quando o descreveu. Assim que Harper terminou de apalpar os braços dele, ele caminhou para mim. Ele passou rapidamente os lábios em cima da minha bochecha, só pegando o lado de minha boca. — Mantenha a pequena Senhorita Apalpadora longe. Não gosto de ser apalpado por ninguém, a menos é claro, que você queira fazer isto. Ele levantou as sobrancelhas, e sorri com sua brincadeira. — Eu poderia aceitar isto, vaqueiro.
*** O jantar acabou sendo ótimo, e todo mundo deu boas-vindas a Colt como se ele fosse parte da família. Após dar um banho em Maddison, ele me ajudou a colocá-la na cama e leu o livro que ela implorou. Eu me sentei na extremidade da cama e assisti ele se aconchegar ao lado dela. Ele atuou nas partes com tal animação, e ela sorriu para ele em admiração, seu rosto mostrando apenas o quanto ela verdadeiramente o adorava. Quando a história terminou, ele saiu da cama e ajoelhou próximo a ela. Seus olhos começaram a ficar pesados quando ele cantou suavemente uma melodia calmante. Eu não tinha nenhuma ideia de que ele podia cantar; era bonito. As palavras que ele cantou eram familiares, ainda que eu não soubesse o nome da canção. Era tranquilo e relaxante. Os olhos de Maddison começaram a se fechar lentamente e, logo antes de se fecharem completamente, ela sussurrou as palavras que me bateram forte. — Eu amo você, Colt. Seus olhos levantaram rapidamente para encontrar os meus, e eles pareciam brilhantes. Olhando para ela novamente, ele afastou o cabelo de seu rosto gentilmente.
Capítulo 17 Colt Droga se esta menininha não se cravou em meu coração mais fundo do que ela já estava. Não achei que fosse possível me apaixonar por ela mais do que eu já tinha. Não até que ela sussurrou aquelas quatro palavras. Ela quase fez um homem adulto chorar, e eu nunca choro. Mas quando ela me disse que me amava, meu estômago se apertou, meu coração acelerou, e meus olhos nublaram. — Amo você também, anjo. — Sussurrei, porque eu sabia que era tudo que eu podia falar sem chorar. Eu podia sentir Alexis olhando fixamente. Levantar os olhos até encontrar seu olhar choroso quase me desfez. Afastei a forte emoção e pisquei, antes de olhar novamente para o anjo dormindo perto a mim.
Foi quase impossível me levantar e me afastar dela, mas me forcei. Meu coração ainda estava debilitado por suas palavras, e eu estava no limite de um território desconhecido. Ser criado por um homem que não mostrava nenhuma fraqueza me fez sentir como se eu fosse menos homem se eu mostrasse. Sabia que não era verdade, mas ainda era um obstáculo que eu enfrentava. Ficando na frente de Alex, eu a alcancei e segurei sua mão. Com um leve puxão, eu a trouxe em meus braços. Segurando-a perto, eu enterrei meu rosto em seu pescoço, respirando-a. Não sei quanto tempo permanecemos assim. Uma sombra na entrada atraiu minha atenção, e olhei, encontrando o pai dela bem do lado de fora do quarto. Com um sorriso agraciando seus lábios, ele movimentou a cabeça e saiu. Eu esperava que ele percebesse o quanto estas duas meninas significavam para mim. Foi naquele momento que eu soube de fato que elas eram meu futuro. Elas eram tudo que eu precisava e mais do que já imaginei. Alex se inclinou para trás e olhou para mim. A escuridão do quarto permitiu que eu visse somente a sombra de um leve sorriso. — Obrigada por vir atrás de nós, — ela sussurrou. — Estava tão preocupada de ter afastado você e de nunca ter a chance de mostrar para você como me sinto verdadeiramente. — Não precisa me agradecer, querida; só me prometa que não fugirá novamente. Prometa-me que dará uma chance a está coisa entre nós. — Tentei me impedir de implorar, mas foi inútil; eu já estava. — Eu prometo, — ela me tranquilizou. Ficando nas pontas dos pés, ela colocou seus lábios doces nos meus, e eu estava imediatamente perdido. Esperei tanto tempo para senti-la contra mim que não podia nem pensar direito. O toque gentil de sua língua contra meus lábios ativou um gemido em meu peito. Ela sorriu contra a minha boca, e então lambeu meu lábio novamente.
— Oh, você é má, — sussurrei, descansando minha testa contra a dela. Alex mordeu seu lábio, e apertei seu quadril para puxá-la mais perto. — Provavelmente, eu devia ir. Me acompanhe até a porta. O sorriso em seus lábios enfraqueceu só o suficiente para eu notar, mas ela se recuperou depressa. Segurando minha mão, ela me guiou no quarto e corredor. A casa agora estava quieta, conforme caminhávamos para a porta da frente. Antes de eu poder abrir, ela debruçou suas costas contra a porta e olhou através de seus cílios longos, com um olhar que fez minha mente ir a todos os tipos de direções. O cara em mim desejava colocar meu corpo contra o dela e prendê-la contra porta, devorando e explorando seu corpo com minhas mãos e boca. A parte mais lógica lembrou que nós estávamos na casa dos pais dela e seu pai estava em algum lugar ao redor. Eu estava certo de que ele não apreciaria nos achar nas posições que eu deixava minha mente imaginar. Agitei minha cabeça como se para limpar a imagem, e ela enrugou o nariz. — Não olhe para mim assim; você sabe exatamente o que está fazendo. Está tentando me fazer levar um tiro. — Passeio o dedo em seu lábio inferior, o qual ela prendeu entre seus dentes, arranhando ligeiramente o meu polegar. — Existe um tempo e um lugar para o que nós estamos pensando, e a entrada dos seus pais não é esse lugar. Ela fez beicinho e eu ri. — Agora, mova essa sua bundinha doce então, para que eu possa voltar ao hotel e tomar um banho frio. O cintilar em seus olhos era malditamente sensual. Ela sabia que me tinha pelas bolas, e amava isso. Depois de tudo que ela passou, eu me esforcei para fazê-la se sentir desejável e querida. Ela precisava saber que merecia mais do que como ela foi tratada. Planejava fazer com que ela soubesse com certeza como era ser tudo de alguém.
Após alguns beijos mais quentes, a contragosto me afastei dela e desci os degraus da frente, agitando minha cabeça para ela. — Você está pedindo por problema, loira. Um grande problema. — Talvez eu esteja, vaqueiro. Talvez eu tenha me contido quando não devia, e agora estou pronta para tudo isso. — Ela estava me tentando, e meu coração estava acelerado. — Oh, eu darei tudo isso para você, — a assegurei com um sorriso. — Só não na entrada do seu pai. Acontecerá realmente logo. Posso prometer isso a você. — Vou te cobrar isso. — Ela deu um passo em minha direção, e dei outro para trás. Eu não podia deixar ela me tocar novamente. Estava no limite. — Entre, — eu disse a ela, e ela agitou um não com a cabeça. Outro passo em minha direção me fez dar outro longe. — Sim. — Estreitei meus olhos em uma tentativa de adverti-la. — Posso ler você claramente, Colt. Posso dizer que você está realmente perto de perder seu controle. Talvez seja isso que eu queira. — Oh, ela era uma sedutora. Aquele olhar brilhando e o modo que ela continuava se movendo lentamente em minha direção deixaram minha boca seca. Eu assisti ela fechar a distância entre nós e correr a mão no meu peito. Fechei meus olhos firmemente e puxei uma respiração profunda. — O que você está fazendo, baby? — Perguntei, um pouco acima de um sussurro. — Ainda não terminei de beijar você, — ela declarou quando seus lábios rasparam através dos meus. — Preciso de mais. — Sua língua lambendo meu lábio enfraqueceu meus joelhos. Esticando-me, agarrei seus quadris firmemente e puxei seu corpo contra o meu. — Não aqui, não agora. — Abri meus olhos e os prendi com os dela. — Amanhã à noite, me deixe levar você para jantar. Talvez sua mãe ou irmã possa olhar Maddi. Eu podia apenas controlar meu desejo de levá-la comigo agora. — Você acha que podemos fazer isso dar certo? — Perguntei.
— Eu perguntarei, mas voltarei para casa depois? — Aquele olhar cheio de luxúria gritava para mim. — Depende de você, — eu disse. Isto precisava ser algo que ela soubesse com certeza. Eu não apressaria isso entre nós. Não podia dar a chance de perdê-la novamente. — O que você quer, Colton? — Ela perguntou. — Você, — respondi sem vacilação. — Amanhã à noite, — ela declarou, e eu sabia o que ela queria dizer. Amanhã mudaria tudo para nós. Nós estávamos tomando a decisão naquele momento de ir completamente adiante. Depois disso, ela seria minha, e nada jamais mudaria isto.
Capítulo 18 Alexis Não podia acreditar quão nervosa eu estava. Ontem à noite eu estava forte e confiante. Estava muito diferentemente de mim. Talvez como a velha eu, mas as coisas mudaram. Eu mudei. Até ontem à noite, eu apenas acompanhava, nunca empurrei as coisas para o que eu queria. Colt trouxe algo em mim que parecia bom. Ele me fez sentir como se nada estivesse fora de alcance. Depois que ele partiu, eu estava tão excitada. Eu teria ido direto para o hotel dele se ele pedisse. Parada na frente do espelho me examinando, eu fiquei contente de não ter ido. Nós não éramos uma rapidinha em um quarto de hotel; nós éramos mais que isto. Um assovio alto me surpreendeu, e virei para olhar para trás. Jett estava
debruçado
contra
o
batente,
sorrindo.
—
Você
parece
surpreendente, Al, verdadeiramente surpreendente. Esse sorriso parece malditamente bom em você. Acho que Colton é bom para você. Ouvir aquelas palavras fez meu sorriso aumentar. — Ele é Jett, para nós duas. O modo que ele é com Maddi, e como me faz sentir. — Encolhi os ombros. — Apenas não posso explicar isso, mas sei que ele é o que eu quero. — Bem, eu penso que está na hora de você conseguir algo que você queira para variar. Não é? — Jett era sensato. Ele trabalhou duro para chegar onde está, e eu o admirava tremendamente. O único problema que eu tinha com seu sucesso era que ele estava sozinho. Ele merecia uma mulher que soubesse quão maravilhoso ele era. Apenas esperava que um dia ele achasse a pessoa que o faria se sentir inteiro. *** Colt me pegaria às seis. Passei horas tentando me deixar completamente perfeita, desde meu cabelo e maquiagem até as roupas que eu vestia. Ainda não estava certa sobre o que eu escolhi vestir, mas teria que servir. Eu só tinha dez minutos para me acalmar e me controlar. Meu telefone tocou no quarto, e fui para ele, vestindo um grande sorriso em meu rosto, pensando que fosse Colt. Acabei de sair do telefone com meu irmão. Não posso expressar quão feliz eu estou por ele ter achado você. Colt adora você, ele merece ser feliz. Você o faz feliz, Alex, você e Maddison. Não posso esperar até que ele traga vocês para casa. Maria Fiquei lá encarando meu telefone, sorrindo. Digitei uma resposta rápida e joguei o telefone na bolsa enquanto me apressava em direção à campainha. Estava tendo vertigens, sabendo que além da porta estava o homem que havia ganhado o meu amor.
Meus pais levaram Maddi para comer pizza, e eu tinha a casa só para mim. Eu saltitei, sim, saltitei feliz, corredor abaixo e abri a porta. Meu coração imediatamente doeu, e todo o meu corpo começou a se agitar. No outro lado estava Seth. Um ombro descansando contra o batente, e vestindo um sorriso arrogante nos lábios. — Hey, baby, você esperava companhia? — Ele perguntou, dando um passo em minha direção, e seu sorriso aumentando. Minha garganta doía com a necessidade de gritar. Meus olhos começaram a esquadrinhar o ambiente, procurando por qualquer coisa que pudesse me ajudar a escapar. — Eu disse que a veria novamente, — ele sussurrou. — Você está pronta para voltar para casa? Meu olhar subiu rapidamente para encontrar o dele enquanto ele estendia a mão e agarrava meu pulso, me puxando na direção dele. Agitei minha cabeça em um não e tentei arrancar meu braço dele. — Você está me machucando. — Estremeci quando ele apertou mais. — Seth, por favor. — Você me machucou por me abandonar. Então correu direto para os braços de outro homem. Imagine como isso me faz sentir. — Seus olhos eram duros, e a expressão em seu rosto estava muito fria. — Outro homem, Alex. Foi como se eu não significasse nada para você. Eu estava esperando, e você se prostituindo. Um sentimento estranho engolfou meus sentidos e comecei a entrar em pânico. Seth me agarrou mais forte e começou a me arrastar pelo corredor. Esforcei-me para manter minha compostura. Eu não podia mostrar a ele que estava perdendo-a. Não podia mostrar o meu medo; precisava me levantar por mim. Entrando na sala de estar, ele empurrou meu braço e trouxe meu corpo contra o seu. Sua boca estava só a centímetros da minha, e foi então que eu cheirei o álcool em sua respiração. — Senti sua falta, Alex. Sei que você está sozinha. Sei que seus pais saíram com Maddison, então nada está em nosso caminho. — Ele
lambeu os lábios. — Estou pensando que você me deve uma coisinha. Afinal, eu dirigi todo esse caminho. Meu estômago apertou em desgosto. Ele costumava fazer eu me sentir completamente cuidada e amada. Agora ele apenas me apavorava demais. Virei meu rosto antes dele beijar meus lábios. Ele não deixou isso impedi-lo. Agarrou meu queixo firmemente e me virou para encará-lo, apertando seus lábios dolorosamente contra os meus. Gemi em protesto. Ele entendeu meu gemido como de luxúria e me empurrou contra a parede. Eu podia sentir sua excitação contra meu estômago, e lutei contra a náusea crescendo dentro de mim. — Por favor, pare, — pedi. — Shh, Alex, — ele sussurrou. Lágrimas aumentavam em meus olhos conforme meu coração corria mais rápido com o pânico. A campainha tocando me deu uma pequena sensação de esperança, sabendo que deveria ser Colt. Soltei um choramingo ao pensar nele vindo me salvar. Ele não tinha nenhuma ideia de que eu precisava dele, mas sabendo que ele estava tão perto me ajudou a aliviar o medo. — Inferno, quem é? — Seth zombou furiosamente. — Seu novo brinquedo? Seu aperto em meu braço me fez gritar. Ele me alfinetou contra a parede, colocando a mão ao redor do meu pescoço, e quando apertou mais forte, começou a ficar difícil de respirar. Tentei remover seus dedos da minha garganta enquanto ofegava por ar. Eu não podia gritar porque não podia puxar uma respiração. Meus lábios formigavam, e fechei meus olhos firmemente, ainda puxando seus dedos. A campainha tocou novamente, seguido por um golpe. Seth só ficou mais bravo. — Melhor esperar que ele vá embora realmente logo, — ele declarou. Ele olhou feio para mim enquanto eu ofegava para respirar.
Eu podia sentir meu corpo ficando mais fraco conforme eu deslizava sem peso pela parede abaixo. Seth abaixou comigo, mantendo seus olhos fixos nos meu. Meus pés tocaram o chão quando meu corpo caiu contra a parede. Era como se ele apreciasse me assistir enfraquecer lentamente. O rosto de Maddison e seu sorriso doce relampejaram diante de mim. Meu corpo inteiro formigou, e meus olhos reviraram quando tudo ficou escuro. Meu mundo se quebrava nas mãos de Seth. Tudo que eu imaginei para Colt e eu estava sendo levado de nós. Minha menininha estaria só, e isso quebrou meu coração.
Capítulo 19 Colt Fiquei na varanda olhando ao redor e me perguntando por que ela demorava tanto. Ela sabia que horas eu estaria aqui. Nós conversamos algumas vezes hoje, e o horário foi confirmado mais de uma vez. Após tocar a campainha pela quarta vez, dei a volta e examinei a janela dianteira. Senti-me como um maldito perseguidor, tentando ver pelas cortinas. Vaguei
de
janela
em
janela
procurando
por
movimento.
Ajoelhando debaixo da frente da casa, olhei pela fresta na parte inferior das cortinas. Eu podia ver uma sombra leve, então ajoelhei um pouco mais. Meu estômago apertou com a imagem diante de mim. Pés de mulher, vestindo sandálias de salto, chutavam o chão, lutando. Outro conjunto de pés, cobertos em botas pretas diante dela.
O instinto de protegê-la me atravessou, e agarrei a primeira coisa que pude achar. Levantei a pequena mesa de ferro na varanda e comecei a bater contra a janela dianteira. A ira assumiu o comando enquanto eu continuava batendo contra o vidro até ele quebrar. Eu não parei. Corri e subi pela a abertura. A cena diante de mim abasteceu minha raiva; vi Alex caída contra a parede, sem vida. Meu coração corria com tal ira que avancei no homem diante dela, trazendo-o ao chão. Tudo era uma névoa quando oscilei sobre ele, um soco depois de outro. Meu punho conectando com seu rosto, e sua cabeça caindo de um lado para o outro. Ele lutou contra mim, tentando se proteger. Até que fui puxado; eu não fazia ideia de que havia mais alguém na casa. Lutei contra a pessoa me segurando por trás, incapaz de registrar os arredores. Minha raiva assumiu o comando, e quis que ele pagasse pelo o que a fez passar. Queria que ele soubesse como era ser derrotado. — Acalme-se, filho. — Uma voz falou atrás de mim. Virando somente o suficiente, eu registrei o rosto preocupado do pai de Alex. Respirações fortes fluíam de mim enquanto eu tentava frear minha ira. Olhando além do ombro dele, achei Harper ajoelhada perto de Alex. Lágrimas caíam de seus olhos enquanto ela segurava Alex com um olhar apavorado. Ela ofegava por ar. Passando pelo pai dela, eu caí no chão ao lado dela. — Você está bem? — Eu a olhei atentamente. Seus olhos lacrimejavam e sua pele estava pálida. As marcas vermelhas que desfiguravam seu pescoço só fizeram minha raiva retornar. Tudo ao meu redor desapareceu, e Alex era a minha única preocupação. Eu me movi para mais perto, escovando ligeiramente minha mão em sua bochecha. — Sinto muito, baby. Eu sinto muito por não estar aqui mais cedo. Quebrava-me por dentro saber que eu podia ter prevenido isso se não tivesse parado para as flores.
— Não é culpa sua. — Sua voz saiu em um sussurro, um rouco sussurro que me quebrou mais. Eu a puxei e enterrei meu rosto em seu cabelo. Eu a segurei assim até que os paramédicos me fizeram me afastar; mesmo depois, ainda segurei a mão dela. Assisti-os verificaremna e seus olhos continuaram a abaixar. Ela escondia suas lágrimas, sentindo vergonha da situação. Depois que a polícia nos questionou, ela foi levada para o andar de cima, para o quarto dela. A mãe dela estava com Maddison quando eles pararam e acharam a janela quebrada. Ela chamou o 911, não sabendo o que acontecia. Jim, pai de Alex, estava chocado com o que havia achado. Lá estava eu, no meio do chão da sua sala de estar, esmurrando Seth repetidamente. Permaneci na parte inferior dos degraus, assistindo Alex ser levada para longe de mim. Com cada passo que davam, meu peito ficava mais apertado. Uma mão apertando firmemente meu ombro me fez virar depressa. Eu ainda estava alerta devido a noite inteira, com uma silenciosa adrenalina passando fortemente por mim. Jim tentou parecer tranquilo, mas sabia que ele estava tão bravo quanto eu. — Acho que eu devo uma cerveja para você, filho, — ele declarou, me cutucando em direção à cozinha. Pegando duas garrafas da geladeira, ele estendeu uma para mim. Movimentei a cabeça, agradecendo caladamente. Ainda não confiava em minha voz. — Obrigado pelo que você fez hoje à noite, — ele disse. — Desculpe pela janela, — respondi. — Para o inferno a maldita janela, você salvou minha filha. — Seus olhos brilharam quando disse as palavras. — Se ele tivesse… — Ele pausou e limpou a garganta. — Obrigado, Colt. — Acho que eu podia ter o matado, — admiti sem vacilar.
— Eu sei, — ele respondeu. — Estou bastante certo que eu poderia ter feito o mesmo. Permanecemos
na
cozinha,
cuidadosamente
considerando
calados os eventos que aconteceram. Meu estômago estava em nós por Alex e o medo nos olhos dela. Tenho muita certeza que era uma imagem que eu nunca esqueceria. Era um olhar que eu nunca queria ver em seu rosto novamente. O medo nos olhos dela seguramente assombraria meus sonhos. — Colt, — Harper sussurrou da entrada. Imediatamente coloquei a cerveja no balcão e dei um passo em sua direção. — Ela hum… — Ela pausou e tomou uma respiração calmante. — Alex quer ver você, lá em cima. Balancei a cabeça e voltei um olhar para Jim. A leve inclinação de sua cabeça me disse que estava tudo bem para ele, então corri sem outro pensamento. Quando passei pela porta, suas costas estavam para mim. Ela estava dobrada na cama com as cobertas embrulhadas firmemente ao seu redor. Ouvir o barulho de meus pés a fez olhar para cima do lugar em que estava na cama. No momento que seu olhar se prendeu ao meu, as lágrimas caíram fortemente de seus olhos. Sentando na cama ao lado dela, eu me enrolei ao seu redor. — Não chore, baby. Não aguento ver suas lágrimas. Isso acaba comigo. — Estava tão assustada, Colt. — Alexis segurou meu pescoço só um pouco mais apertado. Fiz tudo que eu podia para acalmá-la, mas eu acho que ela apenas precisava chorar. Eu a segurei enquanto ela soluçava contra meu pescoço, soltando seu medo e alívio ao mesmo tempo. Agora Seth estaria onde merecia estar, atrás das grades. Ele devia se considerar sortudo por ter a segurança daquelas grades, porque, se ele não tivesse, eu, com certeza, terminaria o que comecei. Ele nunca mais tocaria em Alex. Isso eu podia garantir.
Capítulo 20 Alexis Eu o queria perto, tão perto quanto possível. Precisava me sentir protegida, e Colton me deu isso. Ele me fazia sentir segura, algo que não sentia há muito tempo. Segurei nele com tudo o que eu tinha em mim. Em algum momento, me embrulhei ao redor dele, e então ele rastejou na cama, se aproximando mim. Descansei minha cabeça em seu peito, escutando a batida de seu coração embaixo de mim. Era calmante, pacífico. Fingi estar adormecida quando meu pai entrou para me checar. Escutei-o agradecer a Colt novamente por salvar minha vida. Permaneci tão quieta quanto possível quando Jett e Harper passaram para ver como eu estava. Não queria que nada me afastasse do abraço de Colt. Era como se eu pudesse esconder dentro dele tudo que estava errado em minha vida.
Escutei as palavras de Jett, cheias de ódio por Seth. Ele prometeu que um dia teria a chance de mostrar a Seth como era ser estrangulado quase a ponto de ter sua última respiração. Sua declaração me deixou ainda mais triste com os eventos. Odiava causar dor para aqueles que eu amo. Harper, claro, chorou e abraçou Colt, agradecendo-o pelo o que fez. Ela também pareceu achar paz nele. Ele reassegurou para ela que cuidaria de mim. A visita da minha mãe e minha garotinha foi a mais dura de todas. Minha mãe segurou forte e fez tudo para não chorar, pelo bem de Maddison. Sabia que ela choraria mais tarde, quando estivesse sozinha com o meu pai. Maddi subiu na cama e ficou perto de Colt, segurando a minha mão que descansava no peito de dele. — Vovó disse que mamãe está doente, — ela sussurrou. Acho que ela temia que eu acordasse. Foi a coisa mais doce ouvir sua minúscula voz. — Sim, pequena, entretanto, sua mãe ficará bem. Prometo isso para você, — Colt reassegurou. Abri meus olhos só um pouco e assisti ela subir do outro lado dele. Ela se enrolou nele, descansando a cabeça em seu ombro. Eu não podia mais impedir que meus lábios tremessem. Minha menininha se apaixonou por este homem, tão forte quanto eu. Foi assim que nós passamos nossa noite, nós duas enroladas contra Colt, seguras dentro de seus braços. *** Deslizando da cama, entro no banheiro tão silenciosamente quanto possível. Ficando diante do espelho, inspeciono as contusões ao redor do meu pescoço. Elas mudavam das marcas avermelhadas de ontem à noite para purpúreas e azuis. E trouxeram de volta toda a experiência horrorosa. Saltei surpresa quando a porta de banheiro se abriu. Olhei para cima e meu peito ficou cheio. O olhar de Colt estava fixo no meu.
Assisti-o me esquadrinhar lentamente, até seus olhos endurecerem e sua mandíbula se apertar com raiva. Ele via a evidência das mãos de Seth, e sua antipatia era evidente. Girei ao redor e descansei meu quadril contra o balcão, forçando um sorriso. — Obrigada por ficar comigo ontem à noite, — eu disse. Tentava afastar seus pensamentos do que havia acontecido. — Obrigada por assegurar a Maddi que eu ficaria bem. Um sorrisinho se arrastou em seus lábios. — Achei que você estivesse dormindo. — Ele estreitou seus olhos e eu ri. — Não, eu estava acordada o tempo todo. Queria apenas que você ficasse comigo, — declarei. — Estar em seus braços fez eu me sentir segura. Colt fechou a distância entre nós e rapidamente passou as pontas dos seus dedos sobre a minha mandíbula. — Você está segura comigo, sempre, — ele sussurrou. — Eu amo você e Maddison. Não há nada que eu não faria por vocês. Seus lábios tocaram os meus em um beijo gentil. Meus olhos tremularam, se fechando com o contato. Ele nos amava. Quero dizer, acho que eu sabia que ele amava, mas ouvir isso significava tanto. Tremi nos braços dele e ele se afastou, olhando para mim. — Eu amo você também, — sussurrei, com meus olhos ainda firmemente fechados. Houve um longo silêncio, e lentamente permiti que meus olhos se abrissem para ver Colt diante de mim, sorrindo largamente. — Por que você está sorrindo assim? — Perguntei. A língua dele traçou seu lábio inferior, lutando para segurar seu sorriso largo. — Só feliz por você finalmente admitir que tem fortes sentimentos por mim também. O brilho convencido em seus olhos me fez rir. — Sabia que você seria problema quando encontrei você. — Seus olhos se estreitaram quando me puxou, me aconchegando contra seu corpo. Seus lábios apenas a centímetros dos meus, e eu podia sentir o calor de sua respiração soprando acima de meus lábios. — Problema,
huh? — Ele sussurrou. Balancei minha cabeça, e ele passou seus lábios acima dos meus de maneira provocante. — Como? — Sabia que seria difícil não me apaixonar por você. Você é amável. — Alisei sua mandíbula com a ponta do meu dedo. — Qualquer homem que trata a mãe do modo que você tratou tem um coração de ouro. — Permitindo que minha mão enrolasse em seu cabelo, eu o arrastei para mais perto. — Sabia que seria difícil deixar você, uma vez que eu permitisse que você entrasse, — confessei. — Bem, nunca tente me deixar então. — Antes de eu poder responder, ele apertou seus lábios contra os meus e fiquei perdida no beijo. Todos os pensamentos desapareceram no momento que sua língua traçou meu lábio. Uma risadinha enchendo o banheiro nos fez pular e nos afastar, como se estivéssemos pegando fogo. Maddison estava na entrada com a mão na boca, tentando esconder seu sorriso. Ela acabou de testemunhar Colt e eu nos beijando, e por um breve momento, me preocupei. Como ela se sentiria nos vendo juntos assim? — Hey, princesa, — Colt disse quando se ajoelhou diante dela. — Por que você está rindo? — Ele perguntou a ela, afastando os cachos dourados de seu rosto e colocando-os atrás da orelha. — Você estava beijando mamãe. — Ela mais uma vez deu uma risadinha enquanto escondia o rosto atrás da mão estendida. Colt a pegou e se levantou com ela nos braços. Ele me examinou e então se voltou para Maddison. — Isso está bom para você? — Ele perguntou a ela. Maddi balançou a cabeça com seus olhos presos aos meus. — Sim, — ela disse. — O que você acha de você e sua mãe voltar para casa comigo? Todo mundo sente falta de vocês, — ele disse a ela. — Não parece o mesmo sem ver seus rostos doces todos os dias. Meu coração acelerou, imaginando o que Maddison sentia. Lamentei deixar Brooklet desde o momento que embarquei naquele
avião. Sentia falta de Ann e das meninas. No pouco tempo que fiquei lá desenvolvi grandes amizades com Maria, Kori, e Leann. Elas me fizeram sentir tão bem-vinda e em paz. Corri por medo de tudo isso, medo disso acabar como todas as outras coisas. Colt queria Maddison e eu. Ele deixou claro no dia que chegou à Flórida. Eu queria isto também, tanto. Entretanto, Maddison tinha a decisão final. Eu faria o que ela quisesse. Estava na hora dela ter alguma estabilidade, então agora o futuro estava nas mãos dela. — Onde nós viveremos? Nana ainda tem meu quarto? — Maddison perguntou, olhando para Colt com um olhar preocupado. — Nana ainda tem o seu quarto e da sua mãe. — Eles sorriram um para o outro, e amei como ela ficava tão confortável com ele. — Espero que uh… — seu olhar vaga até encontrar o meu. — Bem, eu estava pensando que talvez sua mãe e você me deixariam achar uma casa para nós três. Meu coração acelerou com suas palavras. Ele quer viver conosco? Era como se ele pudesse ler meus pensamentos, e estendendo a mão, a passou pelo meu braço. — Não imediatamente, Alex, mas logo. Embora você e Maddison possam viver nele enquanto eu fico no apartamento. Até que nós sintamos que estamos prontos para esse passo. Quero apenas que Maddison tenha uma casa, um lugar que vocês duas poderão começar a criar memórias felizes. Minha garganta doía com a emoção iminente. Tudo que eu podia fazer era balançar a cabeça. Ainda não sabia como ele me encontrara, mas estava tremendamente contente por parar naquela cidadezinha naquela noite.
Capítulo 21 Colt — Tentarei vendê-lo? Sei que não ganharei muito, mas qualquer coisa será melhor do que nada. Conseguirei outro carro após me estabelecer e encontrar um trabalho, um mais confiável. — Escutei Alex fazer um acordo com seu pai para vender o seu carro velho. Ele estava preocupado sobre ela dirigindo-o, porque realmente estava à beira da ruína. Ainda estava parado na calçada da minha mãe, e até pensei em eu mesmo jogá-lo fora. Ela realmente precisava de algo mais seguro. Amanhã de manhã nós tínhamos um voo de volta para Geórgia. Passamos os últimos dias arrumando as coisas. A mãe de Kori, Gemma, arrumara umas entrevistas para Alex. Ela tem alguns amigos que trabalham no campo médico, e com o diploma de enfermagem de Alex, suas perspectivas pareciam boas.
Alex se sentou perto de mim no sofá, enrolando seu corpo no meu. Sua mão descansava em meu estômago, e coloquei a minha em cima da dela. Desenvolvemos uma sensação de conforto um com o outro que era agora uma segunda natureza. Permaneci no hotel por respeito a seus pais. Eles ofereceram a casa deles, mas a tentação era muito grande. Com nosso voo amanhã cedo, eu cedi e decidi ficar no quarto de hóspedes. Eu me senti como uma criança novamente, debaixo do olho alerta de seu pai. Alex, por outro lado, achou que a coisa toda era engraçada. Ela continuava me tocando e me provocando em toda chance que tinha. Eu começava a ver um novo lado de Alex, divertido e relaxado, um lado sem medo. Era refrescante. Depois do jantar, eu tomei um banho rápido e estava prestes a rastejar para a cama, só para parar abruptamente na entrada. Certamente a minha boca estava aberta em choque e reverentemente. Alex estava deitada na cama, sobre as cobertas. Ela vestia uma camisa e o par mais minúsculo de shorts que eu já vi. Um joelho estava levantado, e suas pernas estavam ligeiramente separadas. Um sorriso astuto estendeu seus lábios enquanto ela torcia seu longo cabelo loiro ao redor do dedo. A temperatura do meu corpo parecia ter acabado de subir mais ou menos vinte graus. — O que você está fazendo? — Perguntei para ela, minha voz rachando pela intensa excitação passando por mim. — Pensei em vir te colocar na cama, — ela sussurrou. Sentando, ela mordeu seu lábio. Ela fez meu sangue ferver, e imagens de um ataque surpresa inundaram minha mente. Seus olhos percorriam meu corpo e pura luxúria enchia seus olhos dourados. Permaneci na entrada do banheiro, com uma toalha envolvendo minha cintura. Alex, lentamente e muito sedutoramente, rastejou da cama e começou a diminuir a distância entre nós. — Você precisa ir para a
cama, — suspirei. Meu coração corria com antecipação quanto mais próxima ela ficava. A ponta do seu dedo se arrastando junto da minha cintura bem ao longo da extremidade da toalha fez todo pensamento racional desaparecer. — Você está realmente dificultando eu me lembrar de que estamos na casa dos seus pais, Alex. — Eles têm um sono pesado, eu juro, — ela sussurrou, colocando um beijo junto ao meu peito e em direção ao meu pescoço. Minha cabeça caía para trás enquanto eu respirava profundamente. — Não posso dormir lá em cima sabendo que você está aqui embaixo; é muito tentador. Exatamente a razão pela qual eu escolhera ficar no hotel. Agarrei seus quadris e a puxei firmemente contra mim. Deslizando minhas mãos e agarrando sua bunda, eu a ergui do chão. Imediatamente, ela embrulhou suas pernas ao redor da minha cintura e as enganchou atrás das minhas costas. O olhar em seus olhos seguramente combinava com o meu. Desejo puro e necessidade ingovernável. Em três passos curtos, eu tinha Alex presa na cama, apertando firmemente minha excitação contra ela. Seu gemido necessitado abasteceu ainda mais a minha necessidade. Cobri sua boca com a minha em um beijo faminto. Prendendo suas mãos acima de sua cabeça com uma mão, eu ergui sua camisa com a outra. Seus quadris deixaram o colchão, moendo contra minha ereção. Uma Alexis excitada foi uma surpresa completa. Ela era um pouco resoluta e agressiva. Permiti que ela me virasse e ficasse em cima de mim. Escarranchando meus quadris, ela começou a mover seus quadris sugestivamente. — Você tem certeza disso, baby? — Perguntei entre nossos beijos. — Sim, — ela suspirou. Correndo minha língua sobre a dela, eu chupei a ponta suavemente. — Nunca quis nada mais do jeito que eu quero você, — ela me assegurou. — Eu preciso de você.
Nossos olhos se encontraram em um olhar acalorado. Não existia nenhum medo, nenhuma vacilação. Alex estava confiante e sensual. Eu estava perdido na tortura doce de seus lábios em meu corpo. Nunca estive tão excitado, nunca mais pronto para compartilhar a feliz alegria do desejo. Seguramente, ela era minha deste momento em diante. Ela estava se dando a mim sem medo. Eu entesouraria este presente, e ela nunca mais questionaria sua importância para mim. Acalmei-me, apreciando cada declive e curva perfeita. Ela era meu futuro. Não planejei isso; eu esperei por isso. Quando ela pegou um preservativo e começou a rolar em minha dureza, suas bochechas avermelharam. — Você planejou isso, não é? — Eu a questionei com um sorriso. — Talvez, — ela admitiu. Assisti, reverentemente, Alex posicionar seu corpo em cima do meu. Lentamente ela começou a se abaixar, me levando dentro dela. Incapaz de tirar meus olhos dos dela, eu assisti seus olhos revirarem. Ela soltou um baixo gemido quando alcancei sua profundidade, e empurrei só um pouco mais. Nós dois pausamos, memorizando o prazer de nossa primeira vez juntos. Quando estava pronta, ela começou a se mover. Apertei seus quadris firmemente, ajudando-a a erguer antes de abaixar novamente. Eu estava completamente perdido nela.
Capítulo 22 Alexis Tentei tirar o sorriso pateta do meu rosto, mas era inútil. Ontem à noite foi incrível e eu não podia esconder. Ainda podia sentir suas mãos em mim, sua boca beijando meu corpo. Ainda podia sentir onde ele esteve, e desejei mais do que qualquer coisa poder refazer a noite, repetidas vezes. Nosso voo partia às 9:15 da manhã, e fui incapaz de dormir. Estava muito excitada e nervosa. Estava pronta para seguir em frente com minha vida, mas triste por deixar minha família. Passei os últimos quatro anos e meio longe da Flórida. Sabia como era estar longe, mas algo mudou desde então. Fiquei mais próxima dos meus pais nessa visita. Não percebi o quanto eu havia sentido falta de Harper e Jett, também.
Até mesmo com a tristeza de deixá-los para trás, eu sabia que voltar para Geórgia era a coisa certa para Maddi e eu. Estava pronta para começar de novo, com Colt. — Você está pronta, querida? — Minha mãe perguntou na entrada. Meu olhar se prendeu com o dela e balancei minha cabeça, girando em direção à porta. —
Ele
adora
você
duas,
—
ela
declarou,
me
pegando
desprevenida. Meu olhar encontrou o dela e ela acenou a cabeça com certeza. — Ele está no andar de baixo agora mesmo, prometendo ao seu pai que te amará para sempre. Ele não está retendo nada. — Ela me abraçou. — Eu confio nele, porque ele lembra tanto o seu pai. Colt é um bom homem, e sei que ele não falhará com você ou Maddison. — Espero que você esteja certa, mamãe, — sussurrei em seu pescoço quando ela me apertou. Não sabia se eu poderia lidar com mais fracassos. *** Aterrissagens
sempre
me
deixavam
nervosa.
Meu
coração
acelerava e meu estômago tremulava com intranquilidade. Ouvir o som das rodas deslizando ao longo da pista, e fechei meus olhos muito mais apertados. Prendendo minha respiração, fiquei tensa do bater dos pneus ao longo no pavimento. — Hey baby, você está bem? — Abri meus olhos lentamente, sentindo Colt acariciar suavemente minha mão. Ele olhou para mim com um sorriso nervoso. — Odeio esta parte, — sussurrei. Se inclinando, ele me beijou suavemente e descansou a cabeça contra a minha. Um sorrisinho assumiu o comando da minha carranca e me senti imediatamente mais relaxada. — Mamãe, olhe, — Maddison disse. E olhei minha menininha valente apontando feliz para a janela. Ela era definitivamente o oposto de mim e amava a excitação. Ela quis a cadeira da janela, e eu alegremente dei a ela. Ela tinha aquela
característica de seu pai, o valente que nunca correu de aventura. Era só outra lembrança do homem que ajudou a criar minha menina bonita. Ela era toda sorrisos, e eu não podia deixar de sorrir. Assim que o avião estava seguramente no chão e a aeromoça anunciou que nós podíamos começar a sair do avião, eu consegui respirar novamente. Era hora de colocar meus dois pés em chão firme. Colt colocou a mão em meu quadril e me guiou para frente do avião enquanto Maddi ia à frente. Ela achava que era muito mais velha do que era. Eu mal podia acreditar que minha menininha iria à escola no próximo ano. Estava espantada com o quão rápido o tempo passava. Não esperava encontrar todo mundo lá, esperando por nós quando pegamos nossas bolsas. Imediatamente me senti em casa; foi acolhedor. Maddison foi imediatamente engolfada nos braços de Ann. Ela não a tratou diferente de Mikey, e isso aquecia minha alma. Maddison amava Ann; ela era a Nana dela. Quando vi Maria segurando firmemente um bebê em um cobertor, excitação correu por mim. Deixei Colt para trás e corri para ela. Precisava ver o doce pequeno carinha. — Olhe para todo esse cabelo, — eu disse, espiando-o. — Ele é tão pequeno. — Quase três quilos, — ela anunciou. — Mas come como um cavalo. — Gavin riu ao lado dela. Ele não podia deixar de olhar para eles. Era bonito, o amor escrito em todo seu rosto. As boas vindas não pararam ali. Encontrei uma reunião em andamento na casa de Ann; Reed e Kori esperavam pacientemente a nossa chegada. Gemma e Bud, juntos com Ben, Leann, e Chloe, sorriam da varanda conforme nós nos aproximávamos. — Bem-vindas a casa, meninas, nós sentimos falta de vocês duas por aqui, — Kori disse, se esticando para me abraçar. — Colt parece muito mais feliz agora do que quando partiu. Vocês colocam um inferno de um sorriso no rosto dele, — ela sussurrou antes de se afastar.
Minhas bochechas se aqueceram quando olhei para Colt. Ele sorriu e meu estômago se apertou. Ele parecia ficar mais sensual a cada dia. Ou talvez fosse porque nada mais era um mistério, eu sabia o que ele tinha a oferecer. E me sentindo imediatamente excitada com o pensamento, tentei controlar minha furiosa libido. As garotas prepararam um banquete e tudo estava tão relaxado, enquanto risadas enchiam a sala. Eu fui aceita de volta como se não tivesse partido. Colt estava muito feliz, e eu não podia tirar meus olhos dele. O observei silenciosamente através da sala, enquanto ele falava com todos os outros caras. Há muito tempo eu não sentia essa sensação de paz. E soube naquele momento que voltar para Geórgia foi a escolha certa. Esse foi o lar que encontrei quando nem procurava por um. Aqui era onde nós pertencíamos.
Capítulo 23 Colt Eu queria pedir a ela para ir para casa comigo, mas senti como se estivesse
empurrando
muito
rápido.
Honestamente,
eu
queria
simplesmente colocar as duas em minha caminhonete e levá-las para lá, sem perguntas e sem discussão me impedindo. Ao invés disso, dei um beijo de despedida em Alex e abracei a pequena Maddison antes de partir. Agora que estava em casa, eu não podia dormir por merda nenhuma. Ontem à noite foi a primeira noite que pude sentir o corpo dela contra o meu, e precisava de mais. Pensei nele muitas vezes, mas agora eu estava viciado na pele suave e nas curvas perfeitas de Alexis. Incapaz de dormir, eu vaguei até o andar de baixo para distrair meus pensamentos com algum trabalho. Trabalhei ao longo da noite, mas ainda achei a distração inevitável. Eu as queria, precisava delas, e,
droga, eu precisava convencê-la que viver comigo era a melhor coisa para todos nós. Esperei o máximo que pude na manhã seguinte até voltar para minha mãe. Encontrei Maddison em uma cadeira perto da minha mãe, misturando a massa para panquecas. Alex estava no fogão, de costas para mim. As bonitas calças de pijamas cor-de-rosa cobriam sua metade inferior, e uma camiseta confortável moldava sua parte superior. Não percebi que era assistido até que virei para olhar para minha mãe. Ela tinha aquele olhar eu sei o que você está pensando no rosto dela. Eu sorri, e ela piscou. Caminhando devagar em direção ao fogão, eu me esgueirei atrás de Alex. Colocando minhas mãos em seus quadris, trouxe seu corpo contra o meu. Aninhando em seu pescoço, beijei seu ombro, fazendo-a dar uma risadinha. Sua bunda balançando contra mim teve um efeito não desejado em mim. Eu estava na cozinha da minha mãe, e suas costas pressionadas contra minha crescente ereção só fazia com que fosse ainda mais difícil eu me controlar. — Bom dia, bonita, — sussurrei contra seu pescoço. — Dormi como merda ontem à noite. Não podia parar de pensar em você, e desejar que você estivesse lá comigo. Alex girou só o suficiente para olhar para mim, sorrindo. — Senti sua falta também, — ela confessou. Aproveitei a oportunidade para beijar seus lábios doces. Eu queria mais, mas sabia que não era o momento. Era malditamente difícil me afastar, mas lidei com isso. — Nós podíamos consertar este problema muito facilmente. Você sabe disso, certo? — Perguntei. Seus olhos se desviaram enquanto ela olhava por cima do meu ombro. Minha mãe e Maddison ainda estavam ocupadas trabalhando no café da manhã.
Ela começou a falar, mas logo a interrompi. — Me escute. Sei que é rápido e sei que você não quer confundir Maddi, mas eu quero vocês duas comigo. — Eu a virei para me encarar, sem me importar que me ouvissem. — Eu quero você e Maddison não somente hoje, não apenas amanhã, mas para sempre. Estou pronto para mostrar a vocês como é o amor. Tenho tanto dentro de mim, e estou pronto para banhar vocês duas com isto. Quero acordar e ver você em nossa cozinha, ou ver você em nossa cama. Estou pronto para ouvir o riso de Maddison todo dia quando eu entrar em nossa casa. — Alex olhou para mim com olhos brilhantes. — Eu amo tanto você duas, e estou pronto para começar a construir nossa vida juntos. Só pense nisso, prometa-me. Tudo que Alex podia fazer era acenar a cabeça enquanto tragava forte. — Isso foi a coisa mais doce, irmão mais velho, estou super impressionada. — Virei e encontrei Maria na entrada, segurando Garrett. Mikey, nosso pequeno herói, permanecia ao lado dela, segurando uma bolsa de fraldas. — Sim, sim, eu te ouvi. — Eu ri e beijei Alex na testa antes de me afastar. Eu me apoiei no balcão perto de Maddison, que sorriu para mim. — Nós podemos ficar com você hoje à noite? — Ela me surpreendeu com sua pergunta, e olhei imediatamente para Alex, com olhos questionadores. — Você quer? — Perguntei. Ela balançou a cabeça entusiasticamente. — Se você quiser e sua mãe quiser, é claro que vocês podem, — eu disse. Alex sorriu e ficou atrás de Maddi, inclinando a cabeça para olhar para ela. — Acho que seria divertido. Talvez nós pudéssemos alugar alguns filmes e pedir uma pizza.
Maddi começou a pular alegremente. Olhei e vi Mikey observando atentamente, e uma dor me atingiu de repente. Fiquei bastante próximo dele, e ultimamente eu não passava muito tempo com ele. — Hey, amigo, você quer vir e passar a noite também? Tenho certeza que te devo uma festa de zumbi. — Seus olhos se prenderam nos meus e um sorriso se estendeu em seus lábios. Ele olhou para Maria, que ainda permanecia ao lado dele. — Posso? — Ele perguntou. — Não vejo por que não, — ela respondeu. Então estava acertado. Nós teríamos uma festa do pijama em meu pequeno sótão, acima da minha loja. Não era grande, estava cheio de mobília usada e merdas masculinas, mas seria perfeito. *** — Deixe-me tentar. — Alex se sentou no sofá perto de mim. — Não parece tão difícil. Dei meu controle e me afastei para observar. Maddi rastejou para o meu colo e o sorriso de Mikey ficou maior ao observar Alex se preparando para jogar. O round começou, e Alexis começou a se mover com o sujeito na televisão. Se ela queria que ele fosse para esquerda, seu corpo inteiro se debruçava naquela direção. Toda vez que atirava com a arma de fogo, tentando acertar os zumbis, ela pulava. Era a coisa mais malditamente engraçada que vi em muito tempo. — Ah, — ela gritou. Se levantando completamente e pulando. — Não, — ela disse. — Ah, não, sério, onde eu devia ir? — Ela perguntou. — Vá para a esquerda. Vê o prédio a esquerda? Atrás dos carros abandonados. Vê? — Mikey perguntou a ela. — Sim, eu vejo, — ela respondeu. — Entre e eu cobrirei você. Se nós saímos pelos fundos, eu tenho um carro que podemos usar para ir embora. — Continuei assistindo
seu corpo balançar de lado a lado, ainda pulando quando ficava muito excitada. Pela próxima hora, eu assisti silenciosamente Alex e Mikey abrirem os caminhos por cada cenário. Ela melhorou e melhorou com o tempo, e pelo fim, ela chicoteava seriamente algumas bundas de zumbis. Nunca pensei que assistir minha garota animada com um videogame seria algo que eu achasse sensual, mas estava enganado. A pizza chegou, e todos nós nos juntamos ao redor da mesa de café na sala de estar, tendo nosso próprio piquenique na frente da televisão. As duas crianças estavam excitadas e um pouco hiperativas. A noite inteira me iluminou. Nunca tive isto em minha vida, uma família que fosse minha e com
crianças.
Era
algo
que
eu
percebi
agora
que
queria
desesperadamente, porque eu estava sentindo falta. Peguei Alex me observando com um sorriso no rosto, e pisquei. Eventualmente, eles se cansaram. Maddi tombou em um canto do sofá e Mikey no outro. Alex e eu ficamos com a pequena namoradeira, e isso me deu a chance de abraçá-la. Com a cabeça dela descansando em meu peito, beijei sua têmpora. — Você cansou? — Perguntei. Sua cabeça se movimentou contra mim conforme seus olhos se fechavam. — Quer que eu te leve para a cama? — Eu não podia lutar contra o sorriso, porque aquela ideia fez meu coração acelerar. — Sim, — ela sussurrou. Balançando a cabeça, ela olhou para mim. — Entretanto, posso pensar em outra coisa que eu prefira fazer ao invés de dormir. Oh sim, agora ela falava. Abaixei minha boca para encontrar a dela, traçando seu lábio com minha língua. — Mm, — ela gemeu. Movendo-me para mais perto, tomei sua boca em um beijo faminto. Sua língua saiu para encontrar a minha, e ela agarrou minha nuca, me puxando para mais perto.
Eu a puxei sobre meu colo e a levantei, segurando-a firmemente. Caminhei a curta distância até o quarto e a deitei na cama. Não desperdiçando nenhum tempo, abaixei meu corpo sobre o dela. As pernas de Alex se embrulharam ao redor da minha cintura e me seguraram apertado enquanto se movia vigorosamente contra mim. Ela fez meu coração correr com pensamentos selvagens. Queria tomá-la aqui e agora, mas ao invés disso, eu me refreei. — Colt, — ela arquejou quando beijei abaixo do seu pescoço. Erguendo lentamente a sua camisa, passei rapidamente meus dedos polegares acima de seus mamilos endurecidos. — Sim, — ela sussurrou sem ar. Meu corpo se excitou com a necessidade dela. Ela era um pouco sedutora, completamente diferente quando estávamos a sós. Eu amava Alex excitada; esta versão era malditamente sensual.
Capítulo 24 Alexis Senti como se eu fosse explodir. Coração acelerado, dedos dos pés enrolados, e por dentro, tensa. Colt era tão gentil e agressivo ao mesmo tempo. Ele tinha a habilidade de fazer meu coração se derreter e me deixar queimando dentro de segundos. As emoções que ele trouxe em mim eram tão esmagadoras, e era tão difícil não se perder nelas. Comecei pegando a camisa dele e tirando-a, corri minhas mãos em seus braços e os senti se flexionarem sob minhas palmas. Seu peito nu apertado contra meu, e meu coração acelerava em antecipação. Eu queria mais. Minha voz soava tão necessitada; eu implorava para ele se soltar e me levar. — Shh, — Colt sussurrou. — Planejo dar tudo a você, baby. — Seu comentário tinha tanto significado. Eu sabia que ele não falava somente sobre esse momento. Ele falava do para sempre.
Ele tomou seu tempo beijando cada polegada do meu corpo. Enganchando seus dedos no cós de minhas calças, começou a abaixálas, beijando o caminho até que ela estava em uma pilha no chão. Assisti ele desafivelar suas calças e deixá-las cair no chão. Mordi meu lábio quando meus olhos encontraram os olhos dele. Ele estava na ponta da cama, nu. Sem nenhuma boxer debaixo de sua calça jeans; e sorria confiantemente. Contornando a cama, assisti ele pegar uma caixa ainda fechada de preservativos da gaveta. — Você estava bastante confiante, não? — Eu disse. — Baby, isso é tudo culpa sua. Foi você que deu a si mesma para mim, e agora não posso me segurar. — Sorri e ele se abaixou para a cama, ao meu lado. As mãos de Colt acharam o caminho para os lugares que eu mais precisava dele, e fiquei imediatamente perdida nele. Um gemido profundo simultaneamente nos escapou quando ele afundou dentro de mim e começamos a nos mover. Ele fazia amor comigo, não existia nenhum engano. Seus olhos presos nos meus com cada arremetida de seus quadris. Quando senti meu corpo construir em direção a liberação, nossos olhos se encontraram e ergui meus quadris, moendo contra ele. Me beijando, ele chupou meu lábio inferior suavemente. — Você é tão bonita, Alex. Eu amo tanto você, — ele sussurrou. Minhas costas curvaram enquanto eu apertava meus peitos contra ele. Meu corpo estava tenso e apertado quando meu orgasmo assumiu o comando. Colt começou a bombear mais rápido enquanto continuava me olhando fixamente. Amei o olhar em seus olhos exatamente antes dele alcançar seu ápice e ficar tenso em cima de mim. Com sua testa descansando contra a minha, eu podia senti-lo estremecer dentro de mim. Deitamos caladamente juntos, nos permitindo voltar ao presente.
Sabia que ele era para mim. Peguei uma curva no caminho errado no ano passado. Mas se eu não pegasse aquele caminho, eu estaria aqui com Colt? Teríamos nos encontrado, e eu teria achado esse amor? Ele me fez sentir salva e segura. No pouco tempo que o conhecia, ele deu tanto para mim. Não é sobre o tempo que nós tivemos juntos, é sobre tudo o que ele me deu naqueles momentos. Não existe nenhuma dúvida em minha mente de que Maddi e eu ficaremos com Colt. *** — Nós estamos tão felizes por você aceitar esta posição. Gemma tem sido uma amiga por anos, e ela elogiou você. — Sorri para Alice, a gerente de escritório que acabara de me contratar. Recebi uma oferta para trabalhar na emergência do hospital, mas quando a posição veio para o escritório pediátrico local, não restou nenhuma dúvida. Eu seria capaz de trabalhar durante o dia e não ficar longe de Maddi. Planejava pedir a Ann para ajudar com Maddi, mas Colt insistiu que ele cobriria isso. Durante a semana passada, ele conseguiu nos sequestrar e nos manter reféns em seu sobrado. Ele nos mimou e fez impossível pensar em voltar para Ann. Estava bastante certa que era o plano que ele havia colocado em movimento na primeira noite que nós ficamos na casa dele. Também sabia que Maria e Ann estavam naquele plano. Ele nos queria tanto com ele, e não aceitaria um não como uma resposta. Ele nos tinha com ele agora, e não nos deixava ir. Parecia incrível. Eu disse um rápido adeus para Alice e caminhei para a caminhonete de Colt. Ainda precisava conseguir outro carro; o meu tinha sorte de ligar em um bom dia, então no momento, ele insistia que eu usasse o dele. Eu tinha o fim de semana para aproveitar antes de começar meu primeiro trabalho aqui, no lugar que eu agora chamava de casa.
Parei nos fundos da loja e agarrei as sacolas para o jantar do assento do passageiro. Entrando pela porta dos fundos, caminhei até a frente da loja. O som de uma risada feminina e paqueradora me impediu de levar a comida para cima. Ao invés, coloquei as sacolas no balcão e saí da parte de trás. Meu estômago se apertou quando assisti a cena diante de mim. Uma atraente ruiva vestindo uma roupa muito reveladora estava ajoelhada próxima a Colt. Ele apontava os detalhes na arca diante deles. Ela se inclinava muito para frente, e do lugar onde eu estava, fiquei surpreendida por seus peitos não pularem de sua camisa de decote baixo. Eles estavam à beira de brincar de esconde-esconde, e eu estava bastante certa de que ela queria. — Os detalhes nessa parte são realmente bonitos, Colton. Você é tão talentoso. — Ela arrulhou, e tudo que eu quis fazer era vomitar. — Não podia ficar mais feliz com isso. Você é incrível. — A mulher virou, olhando para Colt e batendo seus cílios. Eu estava nauseada assistindo-a babar em acima dele. Estava me perguntando quando ela começaria a se esfregar na perna dele como um cachorro no cio. Maddison estava apenas alguns metros deles, colorindo em uma pequena escrivaninha que Colt fez para ela. Ela me viu e gritou. Minha atenção foi rapidamente desviada para ela, afastando-me de Colt e a ruiva exagerada. Maddison correu para mim, abraçando minhas pernas. — Mamãe, — ela guinchou. — Hey, meu amor, — eu disse, me ajoelhando diante dela. — Como foi seu dia? Eu fazia tudo que podia para não desviar o olhar de seu rosto doce. Um ciúme feio enchia minha mente, e não queria ser aquele tipo de garota. Era realmente difícil não querer arrancar os globos oculares da prostituta. Peguei seus movimentos pelo canto do meu olho, mas escolhi ignorá-los.
— Quer me ajudar a fazer o jantar? — Perguntei a Maddison. Seus olhos clarearam e ela balançou a cabeça. — Deixarei você pôr tudo na panela e mexer. Ela examinou seu ombro, sorrindo. — Adeus, Donna. Vou com minha mamãe agora. — Outra onda de calor encheu meu estômago no anúncio de seu nome. Aparentemente, ela passava tempo suficiente lá para ficar íntima da minha filha. — Adeus, querida. Foi muito divertido colorir com você. Prometo pendurar seu desenho em minha geladeira assim que eu chegar em casa. — Sua voz nasalada me fez querer revirar meus olhos. Ela era muito mais que uma fraude. Era daquelas pessoas que fingiam adorar algo até que viravam de costas. Eu tive minha parcela de encontros com mulheres como ela, e elas me deixavam louca. Virei em direção à escada e estava quase subindo quando o braço forte de Colt me envolveu, me prendendo no lugar. — Não suba ainda, — ele disse. — Preciso começar o jantar. — Tentei dar um passo, mas ele me segurou firmemente. Uma risada suave escapou dele. Olhei para ele e arqueei uma sobrancelha. — Não há necessidade de ficar com ciúmes, baby. Ela compra coisas só para paquerar. Inferno, se ela quiser continuar pagando a minha hipoteca para que possa tentar ganhar minha atenção, ela pode. Ela vem tentando por semanas, mas não conseguirá o que procura por aqui. — Ele beijou minha testa. — Não suba ainda, me deixe apresentála para você. Ele me arrastou e me deixou sem nenhuma escolha, além de encarar a piranha. Ela forçou um sorriso, mas vi o olhar que ela segurava. Ela me verificava e rodava perguntas em sua mente sobre o porquê de Colt me escolher. — Donna, esta é minha namorada, Alexis, aquela que eu contei para você. — Colt falou de mim com ela, e eu não sabia se gostava deles falando sobre mim. Acho que dependeria do que eles falavam.
— É realmente bom encontrar você. Sinto muito sobre seus eventos recentes. Você deve ter ficado tão assustada. — Meus olhos se atiraram para encontrar os de Colt, e ele enrugou seu nariz em confusão. Fiquei
imediatamente
machucada,
brava,
e
ligeiramente
envergonhada. Não gostava da ideia desta mulher estranha sabendo dos meus negócios. Quem no inferno ele achava que era para falar com ela sobre minha vida? — Com licença. Tenho coisas que preciso cuidar lá cima. — Não perdi mais tempo compartilhando outra palavra com nenhum deles. Peguei a mão de Maddison e a levei em direção aos degraus. Não queria estar brava com ele. Realmente não queria. Entretanto eu não podia controlar isso. Ele pegou minha vida privada e exibiu para uma pequena vagabunda, que olhava para mim como uma lombada em sua estrada para Colt. Eu estava irritada em um nível inteiramente novo. Sabia que Colt e eu estávamos prestes a ter nossa primeira briga.
Capítulo 25 Colt — Entregarei isso para você na terça-feira, — assegurei a Donna. Queria que ela partisse rapidamente. No momento que ela mencionou o passado de Alex, meu coração se afundou. Como infernos ela sabia qualquer coisa sobre Alex? Após ver o rosto dela, eu sabia que ela achava que eu havia dito a ela. Precisava reassegurar para ela que eu não disse nada a Donna. Alex e seus problemas não eram da conta de ninguém. — Isso soa ótimo, Colton. Espero ansiosamente ver você, — Donna arrulhou, e honestamente, eu estava a cinco segundos de guiar sua bunda falsa para fora da porta. No minuto que ela saiu, eu tranquei a porta da frente e corri para a escada. Subi os degraus, dois de cada vez, até o topo.
Alex e Maddison estavam na pia, lavando os legumes que Alexis cortava. Ela olhou para mim, e meu estômago pareceu bater no maldito chão. A dor que vi no rosto dela me provocou náuseas. Ela olhou para suas mãos, me dando as costas. Um milhão de coisas passaram por minha cabeça e fizeram meu coração acelerar. Como eu devia lidar com isso? Ficando ao lado dela, eu inclinei meu quadril contra o balcão. Cruzando os braços acima do peito, esperei ela olhar para mim, mas ela não olhou. — Olhe Colt, estou fazendo o jantar, — Maddison anunciou orgulhosamente. — Eu vejo isto, joaninha. Estou certo que ficará realmente bom também. — Ela deu um sorriso cheio de dentes e eu sorri para ela. Esperei alguns segundos mais antes de me debruçar perto da orelha de Alex e sussurrar, — Eu nunca disse nada para ela. Ela agitou a cabeça de um lado para o outro. — Agora não, Colt. — Sua simples declaração disparou o pânico dentro de mim. — O que você quer dizer com agora não? — Perguntei. Sem olhar para mim, ela declarou firmemente, — Exatamente o que eu disse. Agora não. Não conversarei sobre isso na frente de Maddison. — Por quê? — Não existia realmente muita coisa para conversar. Eu nunca disse merda nenhuma para Donna. — Porque eu disse isso. Porque coisas assim não precisam ser discutidas quando ela estiver por perto. — Ela ainda não olhava para mim. Eu queria respeitar a escolha dela, mas estava irritado por ela não me ouvir. — Mas eu nunca… — tentei explicar novamente. Ela me cortou, e desta vez ela virou a cabeça e olhou para mim. — Eu disse agora não. Segundos se passaram enquanto nos encarávamos. Uma mistura de dor e raiva inundou seus olhos.
Agitei minha cabeça e deixei o balcão. Caminhando para o banheiro, liguei o chuveiro e tirei minhas roupas. Passei os próximos trinta minutos tentando compreender como no inferno Donna podia ter descoberto qualquer coisa sobre Alexis e o passado dela. *** O jantar estava silencioso, com exceção da doçura tagarela de Maddison. Ela era nossa fonte de distração. Alex continuou evitando contato com meus olhos, mas não deixei isso me impedir de tentar. — Como foi com Alice hoje? — Perguntei a ela. — Bom, eu começo segunda-feira, — ela disse sem tirar o olhar do prato. — Precisamos olhar um carro para você. — Continuamos adiando isso, e agora ela precisava de um. — Cuidarei disso. — Ela estava irritada. Eu não tinha nenhuma dúvida sobre isto. Sua voz era distante e desdenhosa. Maddison saltou da mesa e levei seu prato para a pia. Esperei até ter certeza que ela estava longe o suficiente de nós, se ocupando com alguns brinquedos na sala de estar. Virei e me inclinei um pouco mais perto de Alex. — Quanto tempo você planeja ficar irritada comigo por algo que eu não fiz? Seus olhos se prenderam nos meus, estreitando-os e olhando feio para mim. — Bem, quem mais podia ter contado a sua amiguinha sobre o meu passado? Tenho a maldita certeza que não contei para nenhum completo estranho os meus problemas, de forma que resta você. Ela empurrou a cadeira para trás e levantou da mesa. Caladamente, eu permaneci assistindo-a limpar a mesa, um prato de cada vez. Esperava que isso acalmasse um pouco a sua raiva. — Como isto deveria me fazer sentir, Colton? — Ela rosnou. — Eu entro e a encontro babando em cima de você. Minha filha e ela parecem
estar muito íntimas, e então ela estala sobre quão triste é o meu passado. Alex fazia tudo que podia para manter a compostura. Eu me juntei a ela na cozinha e a forcei a me encarar. — Eu nunca disse merda nenhuma para ela sobre o seu passado. Não sei de onde aquele comentário veio. Permanecemos olhando fixamente um para o outro, tendo uma silenciosa disputa. Ela estava malditamente louca, e eu começava a alcançar um nível de raiva também. Por ela pensar que eu ofereceria seus problemas para pessoas aleatórias era o suficiente para me fazer querer chacoalhá-la até que ela começasse a entender a situação. — De que outra forma ela saberia, Colt? — Ela perguntou. Deixo os eventos da tarde passarem pela minha mente repetidas vezes. Donna ficou apenas um pouco mais de uma hora. Esperou pacientemente enquanto eu terminava com o Sr. e Sra. Williams antes de tomar o tempo para mostrar a ela a peça que pediu. Ela ficou com Maddison, elas riram e coloriram, lado a lado. Então o pensamento me bateu. — Hey Maddi, você pode vir aqui um minuto? — Gritei da cozinha. Alex franziu as sobrancelhas e estava para me perguntar o que eu fazia quando Maddi apareceu. Ela trazia uma boneca e um cobertor nos braços. Ajoelhei e a puxei perto. — Você teve uma tarde boa comigo lá embaixo na loja hoje? — Perguntei. Ela balançou a cabeça e sorriu largamente. — Gosto de ter você lá também. Pausei, assistindo-a embrulhar a boneca um pouco mais apertada no cobertor. — Você fez alguns amigos hoje também, não fez? — Sim, eles me chamaram de sua pequena ajudante, — ela anunciou, orgulhosamente. — E você era, querida. — Ignorei a expressão questionadora de Alexis. — Donna foi bastante boa com você. Vocês até coloriram juntas.
— Sua cabecinha foi para cima e para baixo, em concordância. — O que mais vocês duas conversaram, além de colorir? Ela
continuou
brincando
com
seu
cobertor
e
a
boneca
embrulhada nele. — Um, nós conversamos sobre você, — ela declarou. Um barulho de humph veio de Alex. Eu a ignorei e empurrei um pouco mais para informações. — O que mais? — Perguntei a Maddi. — Eu disse a ela sobre Nana, e as bonecas na casa dela. Sinto falta daquelas bonecas, então talvez Nana me deixe trazer elas aqui. — Maddi ficou ligeiramente distraída pelas bonecas, e precisei redirecionála para nossa conversa. — Sobre o que mais vocês conversaram? — Perguntei Ela considerou cuidadosamente isso por alguns minutos. — Donna nunca esteve na Califórnia. Ela me perguntou onde nós costumávamos viver. — Minha garganta se apertou, mas permaneci calado. — Eu nunca voltarei lá. Seth machuca mamãe e ele vive lá. Meus olhos se arregalaram rapidamente e meu olhar encontrou o de Alexis. Seu brilhante olhar fixo registrou o que havia acontecido. Donna usou Maddison para conseguir informações sobre a nossa relação. Ela foi furtiva sobre isso, fingindo ficar interessada em Maddison e o que ela fazia. A coisa toda me deixou bravo agora. Alex se ajoelhou na nossa frente. — Maddison, querida, você não devia discutir coisas pessoais com estranhos. Donna é uma estranha. Ela não precisa saber sobre Seth ou a Califórnia. — Ela não é uma estranha, mamãe. Ela é amiga do Colton. — Agitei minha cabeça e belisquei a ponta do meu nariz em frustração. Eu me afastei das duas enquanto Alex continuou tentando explicar o conceito de privacidade para Maddi. Mas fazer uma jovem criança entender esse conceito era muito impossível. Agora sabíamos de onde vieram as informações da Donna sobre Alex. Maddison era um objetivo fácil e a informou facilmente. Caminhei em direção ao quarto e vesti minhas calças jeans. Estava sentado na ponta da cama colocando minhas botas quando Alex
entrou no quarto. Seus pés entraram na minha vista bem na minha frente, mas mantive meus olhos voltados para o chão. — Aonde você vai? — Alex perguntou em um sussurro baixo, aflito. — Dirigir um pouco. — Respondi. Ela se ajoelhou diante de mim e se aproximou mais. Não existia como evitar seus olhos agora. — Não vá, — ela pediu. — Sinto muito. Segurei seu olhar por um momento antes de me debruçar e beijar sua fronte ligeiramente. Levantando-me, eu a contornei e caminhei para a porta. Precisava apenas de um tempo. A tensão entre nós se construiu por horas, e agora eu apenas precisava de um tempo. Precisava limpar minha cabeça. Estava irritado por ela não ter acreditado em mim no começo, quando disse a ela que não disse nada, mas podia entender por que não. A melhor coisa para nós agora mesmo era eu me distanciar durante algum tempo e me acalmar.
Capítulo 26 Alexis Duas horas passaram e Colt ainda não voltara. Eu estava preocupada e nervosa. Eu errei e sabia disso. Devia ter o escutado. Devia ter o deixado explicar quando tentou. Ao invés disso, construí uma parede e agi como uma cadela. Agora tudo se rompeu e eu estava deitada acordada na cama, esperando. Maddison já estava na cama e o apartamento estava silencioso. Só me fez sentir muito mais só. O suave clique da porta fez meu coração disparar. A enorme silhueta de Colt encheu a entrada do quarto. Ele permaneceu me encarando pela luz que entrava do banheiro. Tirou as botas lentamente e abriu a calça, entrando no quarto em um passo cauteloso. Ele se sentou na ponta da cama e abaixou a cabeça.
— Hoje a noite se transformou em merda realmente rápido, não? — Ele gemeu. — Sim, estraguei tudo, — confessei. Colton virou para olhar em meus olhos. — Nós dois criamos esta bagunça, — ele declarou. — Então, nossa primeira briga. Estava destinado a acontecer, certo? Tudo que eu fiz foi balançar a cabeça em concordância. Fiquei envergonhada quando Donna falou do meu passado. Foi uma surpresa ouvi-la mencionar coisas que ela não devia saber. O mais fácil de culpar era Colt, porque parecia ser a única maneira dela saber. — Sinto muito por ser muito teimosa para escutá-lo. Se tivesse parado tempo o suficiente para deixar minha raiva abrandar, eu podia ter descoberto com você. Ao invés disso, tratei você como um inimigo. — Meu coração doía dentro de meu peito, literalmente. Brigar com Colton era algo que eu não podia suportar. Deixou-me fraca e perdida. — Você significa o mundo para mim. Eu não machucaria você intencionalmente, nunca, — ele insistiu. — Amo você, baby. Não gosto dessa merda. Brigando e discutindo, ignorando um ao outro. Isso não consertará nada. — Eu sei, — concordei. Colton atou seus dedos com os meus quando eles descansaram em minha perna estendida. — Onde você estava? — Perguntei. — Passando um tempo com Mikey, o herói. Aquela criança tem um modo de pegar meu humor e mudá-lo completamente. Jogamos videogame por mais de uma hora, então vegetamos com pizza fria e cerveja de raiz 4 . — Ele sorriu para mim. — Desculpe se te deixei preocupada. — Eu sei que você precisava de tempo. Só é uma droga dar isto a você. Planejei minhas desculpas pelas últimas duas horas, — disse a ele. 4 Uma bebida efervescente feita a partir de um extrato de raízes e cascas de certas plantas.
Ele deslizou um pouco mais perto e levantou meu queixo com o dedo. — Vamos concordar que nós dois ferramos isto. Nós dois podíamos ter agido diferente. Vamos também combinar de nos esforçarmos mais para superar essas merdas juntos. Antes que eu pudesse responder, ele me beijou, me fazendo esquecer o que eu havia planejado dizer. Em vez de tentar lembrar, eu envolvi meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para cima de mim. — Faça amor comigo. Preciso de você, — eu pedi. Colton não falou. Ele apenas fez exatamente como eu pedi, e lentamente, mas muito docemente, e nos perdemos em nosso êxtase. *** — O que nós estamos fazendo aqui? — Perguntei enquanto saía da caminhonete de Colton, olhando a bonita propriedade e uma velha casa de fazenda afastada da estrada e cercada por uma ampla variedade de flores. Necessitava desesperadamente de um pouco do TLC5. Parecia estar localizada em, mais ou menos, metade de um acre de terra. Uma grande garagem separada ficava atrás da casa, à esquerda. — Duas razões, na verdade. — Ele sussurrou por detrás de mim e me cutucando para frente. Ann levou Maddison e Mikey com ela para um filme na cidade, então Colton me convenceu a dar uma volta. Ainda não tinha nenhuma ideia do que ele tinha em sua manga. — Oi, filho. Estou contente que você pode vir. — Um homem mais velho e grisalho falou enquanto deixava a varanda. — Está bonita senhora deve ser a garota para quem você está comprando. Olhei para Colton, confusa. Comprando?
5 TLC - canal de tv sobre decoração de casas
Tudo que ele fez foi rir e estender a mão, agitando a mão do homem mais velho. — O que você quer olhar primeiro? — Ele perguntou a Colt. — Deixarei você liderar, Earl. Você escolhe, — Colt respondeu. Eu estava tão confusa com o código deles. Obviamente eles criaram um plano, e eu precisava apenas embarcar para o passeio. Earl nos levou a garagem separada e abriu a porta lateral. Ele gesticulou para nós entrarmos antes dele. Um interruptor foi aceso, e lá na garagem estava um SUV prata de algum modelo. Parecia ser novo, limpo, e quase não usado. Olhei para Colton e ele sorriu para mim. — Então, o que você acha? — Ele perguntou. — Um, o que eu acho? Disso? — Apontei em direção ao SUV e esperei, confusa com o que estava acontecendo. — Quando minha esposa ainda era viva, minha filha insistiu que nós precisávamos de um carro novo, — Earl explicou. — Foi uma batalha que ambos não queríamos lutar. Nós cedemos e compramos este Tahoe. Foi dirigido, talvez, uma dúzia de vezes no máximo antes da minha esposa ficar doente. Não tenho nenhum uso para isto. Eu ligo e dou uma volta semanalmente, mas é só isso. Colton se aproximou de mim e me cutucou com seu ombro. — Fiz um pequeno trabalho customizado para a filha do Earl, que vive em Savannah. Ela nos apresentou. — Então você me trouxe aqui para olhar um carro? — Perguntei enquanto continuava examinando o pouco usado Tahoe. Era perfeito. — Bem, o SUV e algumas outras coisas, — ele esclareceu. Arqueando uma sobrancelha em confusão, esperei que ele explicasse. Notei que Earl saiu, e Colt e eu estávamos sozinhos agora. — Earl está vendendo tudo isso – a casa, a terra, e o Tahoe. Sua saúde está piorando, e ele se mudará para Savannah para ficar mais perto da filha e a família. Colt ficou na minha frente e segurou minha mão. — Sei que nós conversamos sobre isso, conseguir um lugar maior. Precisa de muito
trabalho e alguns melhoramentos. Earl entende isso também. Ele está sendo muito razoável sobre o que está pedindo. Colt colocou a mão em minha bochecha e passou o polegar sobre a minha mandíbula. — Três quartos, um banheiro e um lavabo. Quase um acre de terra. Poderíamos torná-lo nosso, ir de quarto a quarto e refazer tudo. Minha mente corria e meu coração batia forte. Uma casa, um carro. Ele me trouxe aqui para dar nosso próximo passo. Seus lábios tocando os meus suavemente fez meu coração bater mais rápido. — Posso ver a casa, pelo menos? — Perguntei. Ele sorriu e pegou minha mão, me levando em direção à entrada ainda aberta. Earl estava sentado em um balanço de varanda atrás da casa, esperando com um sorriso à medida que nós nos aproximamos. Ele se levantou devagar, se apoiando contra a lateral da casa. — Você está pronta para ver sua nova casa, querida? Minha nova casa. Pensar nisso me deixou aquecida e confortada. A última vez que senti como se eu tivesse uma verdadeira casa foi antes de Troy morrer, porque ele próprio me dava este sentimento. Colt e eu seguimos atrás de Earl quando ele nos levou para o lado de dentro. Colt estava certo. A casa precisava de alguma reforma. Ainda tinha papel de parede e um velho tapete marrom dourado. As paredes estavam descascadas e as cores envelhecidas. Mas o espaço era perfeito. Os quartos eram espaçosos. Girei ao redor e peguei a mão de Colt, sorrindo para ele. Deixei minha excitação bem clara. — Você acha que nós podemos fazer deste lugar uma casa para você e Maddison? Sem mais me importar se estávamos a sós. Fechei a distância entre nós, fiquei na ponta dos pés, e o beijei. Segurei seu rosto em minhas mãos e lutei contra as lágrimas que estavam muito perto de se derramarem. — Nossa casa está em qualquer lugar que você estiver, Colton. É você que nos fornece essa sensação de segurança. Você nos deixa
seguras. Então estas paredes só segurarão nossas memórias, aquelas que nós criaremos juntos. Ele me puxou e me abraçou. — Eu amo você, — ele sussurrou.
Capítulo 27 Colt Ao longo das últimas semanas, as coisas aconteceram depressa. Earl descobriu que estava em uma fase avançada do câncer de colón, o que infelizmente o deixou com tempo limitado. Ele quis vender a casa e resolver tudo o mais depressa possível. Alexis e eu somos agora os orgulhosos donos de nossa primeira casa juntos. O Tahoe é perfeito para Alex, e eu podia dizer que ela amou. Nos dias que ela trabalhava, Maddison e eu trabalhávamos na loja. Quando ela voltava para casa, nós passávamos as noites trabalhando na casa ou ficando no apartamento. Decidi contratar Reed e Ben para ajudar com a reforma. Era muito difícil fazer tudo sozinho. Queria ter isso pronto no Natal, e sem a ajuda deles seria impossível.
Achei algumas revistas no chão do apartamento – coisas estavam circuladas, ou páginas dobradas com ideias que Alex gostou. Então, após solicitar algum material extra e nós três unirmos nossas cabeças, eu trouxe aqueles sonhos à vida. Alex teria sua sacada do lado de fora do quarto de cima. Teria sua cozinha dos sonhos com uma ilha no centro. Estava até aumentando a cozinha e adicionando uma área com um banco e mesa. Ela ficou um pouco irritada quando eu disse que ela precisava ficar longe de casa durante algum tempo. Sabia que no fim ela ficaria muito feliz e eu seria perdoado. Fazer Maddison jurar guardar segredo me deixou nervoso, mas confiei que ela me ajudaria na surpresa para sua mamãe. *** — Colt. — Ela soou ofegante. — Colt, onde vocês estão? Gritei para o andar de baixo; Maddi e eu preparávamos pizzas caseiras. — Aqui em cima, baby. Ouvi seus pés pisando forte contra os degraus. Quando ela apareceu, seus olhos estavam vermelhos e inchados. Limpei minhas mãos e corri para ela. — O que está acontecendo, o que foi? — Ele não apareceu no tribunal. Minha mãe ligou para dizer que ele fugiu da cidade. Eles estão procurando-o. — Ela enterrou seu rosto contra meu peito enquanto eu esfregava suas costas. — Ele deveria estar na prisão. Não deveria caminhar pelas ruas. A ideia de Seth em algum lugar lá fora fez meu sangue ferver. Ele tinha várias acusações que deviam ter o colocado atrás das grades por anos. Ele também era acusado pela intenção de vender drogas, desde que uma grande quantidade de drogas foi achada no carro dele, embrulhada e pronta para venda. Agora ele vagava nas ruas, e ninguém sabia onde ele estava. — Shh. Eu tenho você, baby. Ele não sabe onde você está. Você está segura, — a reassegurei.
— Não, eu não estou. Maddi e eu não estamos seguras enquanto ele estiver lá fora. — Ela se afastou e olhou para mim. Ela parecia perdida e apavorada, e quebrou meu coração. Esperei ela adormecer e saí da cama, levando seu telefone comigo. Rolei os números até encontrar o de Jett. Fui até o andar de baixo, para a minha loja, então eu podia conversar livremente, sem ela escutar. — Hey, sis, não consegue dormir? — Jett bocejou no telefone. — Jett, sou eu, Colt, — declarei. — Hey, como ela está? — Pude sentir que ele ficou um pouco mais alerta do que quando atendeu. — Ela está caindo aos pedaços. Não deixa Maddi sair de perto dela. Até a fez dormir na cama conosco. Está apavorada de que ele possa aparecer aqui. — Eu me larguei na cadeira e apertei meu nariz. — Houve alguma notícia? Eles têm alguma ideia de onde ele está, com quem está? — Meu pai conversou com um detetive que disse que Seth estava enrolado
com
alguns
sujeitos
de
quem
ele
vendia
drogas.
Aparentemente, eles não gostam quando seus negociantes fumam a merda que deveriam vender. Ele está bem encrencado com eles, e estou bastante certo que ele está se escondendo. — Jett disse. Calou-se por alguns minutos antes de falar novamente. — Escute, Colt, ela tem você ao lado dela, homem. Você só precisa tranquilizá-la, diariamente. Ela tem toda razão para estar assustada, porque foi para o inferno com aquele imbecil. Você precisa ser o suporte para ela. Elas precisam de você. — Eu sei, elas me têm, e sempre terão. Queria apenas poder garantir para ela que ele nunca a achará novamente. — Queria dizer a ela que não existe mais nenhuma razão para temer Seth, mas honestamente, eu não podia dizer isto. ***
— Então me deixe entender isso direito. Eles simplesmente o perderam? — Maria perguntou à mesa. Eu apenas balancei a cabeça e tomei um gole de café. — Como, inferno? Eles nunca deveriam ter o liberado sob fiança. Isto é ridículo. — Eu sei Mar, eu sei. — O que mais eu podia dizer? Concordava totalmente com ela. — O pai dela tem feito tudo que pode. Ele passa a maior parte do dia no telefone, com detetives e investigadores. Inferno, ele até contratou seu próprio investigador para localizar os amigos e a família de Seth. Ela não sabe que ele me liga diariamente para me manter atualizado. Maddison estava na sala de estar da minha mãe assistindo desenho. Mamãe, Maria, e eu nos sentamos à mesa e as preenchi com tudo. — Ela está assustada e nervosa. Não come, apenas dorme. Eu a encontro encarando o nada, como se estivesse perdida em sua própria cabeça. Quando tento conversar com ela, ela se fecha. O ciclo se repete todo dia, e sinto como se estivesse perdendo-a. — Meu peito estava apertado e meu estômago revirado pela inquietação. — Faz uma semana, e ela simplesmente parece mais perdida a cada dia que passa. Eu a ouço de noite, chorando e vomitando por causa disso. Entretanto, ela não me deixa entrar. Ela me afasta. — Tentei acalmá-la. Tentei beijá-la e distraí-la através do toque. Toda vez que faço uma tentativa, ela acha um jeito de fingir que está ocupada. É seu modo sutil de dizer que não está no humor. — Hey, por que vocês não me deixam levar Maddison hoje à noite? Dar a vocês dois algum tempo para conversar, — Maria sugeriu. Soava ótimo, mas sabia que Alex não permitiria isto. Era difícil ela deixar Maddi diariamente para trabalhar, imagine deixá-la em algum lugar durante a noite. — Eu mesma perguntarei. Faço isso soar como eu tivesse planejado. — Maria nem esperou eu responder, apenas discou de seu telefone e deixou uma mensagem para Alex.
— Hey menina, Mikey quer ter uma noite de crianças. Ele esperava que Maddison pudesse passar a noite com ele e Rhett. Ele está super animado e quase não dormiu ontem à noite. Já tem a noite toda planejada. Ligue para mim em seu intervalo. Após desligar, ela olhou para mim e encolheu os ombros. — O quê? Apenas ri e agitei minha cabeça para ela. Ela era realmente uma coisa.
Capítulo 28 Alexis A ideia de Maddison não estar comigo me deixou extremamente nervosa. Sabendo, entretanto, que ela estaria completamente segura com Gavin e Maria, eu não podia continuar engaiolando-a porque não era justo para ela. Que tipo de exemplo eu ensinava para ela ao instilar medo nela, de qualquer maneira? Não era justa com Colt também. As coisas entre nós têm estado silenciosas. Estive distante, e preciso mudar isto. Existem coisas que preciso conversar com ele, e hoje à noite é minha chance. — Hey você, está no intervalo? — Maria falou através do telefone. — Um, sim, só por alguns minutos. Na verdade, estamos entre pacientes. Só estou te ligando para dizer que hoje à noite soa ótimo. Estou certa que Maddison adoraria uma noite longe de mim em cima dela. — Eu ri ligeiramente, fingindo achar engraçado, mas não achava.
— Colton está realmente preocupado com você, com a relação de vocês, na verdade. Ele estava na mamãe esta manhã. Sei que eu devia cuidar dos meus problemas, mas é difícil não dizer nada. Ele ama você loucamente, Alex. Talvez hoje à noite fosse uma boa noite para vocês conversarem. — Ela estava certa. Não podia discutir com ela. — Obrigada, Maria, sério. Eu o amo também, muito. Nós conversaremos, eu prometo, — garanti. Quando cheguei em casa depois do trabalho, eu contei a Maddi sobre sua noite fora e ela saltava das paredes6. Ela ama Mikey. Ele é como um irmão mais velho para ela. Ele a trata com tanta generosidade. O bebê Garrett era um enorme bônus, porque ela ama bebês. Meu estômago apertou quando pensei nela e como ela amava alimentá-lo e ajudar a vesti-lo. — Hey, joaninha, você está pronta para ir? — Colton perguntou da entrada. Nossos olhos se encontraram e ele piscou para mim. Maddison pulou nos braços dele, abraçando-o firmemente. — Sim, vamos. Segui atrás conforme nós saíamos e nos reuníamos no Tahoe. Olhei o assento do passageiro enquanto ele a afivelava e fazia cócegas na barriga dela. Suas risadinhas trouxeram um sorriso ao meu rosto. Quando ele subiu e colocou o SUV em movimento, Colt pegou minha mão e a trouxe para seus lábios, beijando minhas juntas. — Amo você, — ele disse. — Amo você também, — sussurrei. Suas palavras me tocavam profundamente. Hoje à noite tudo mudaria. Virei e olhei por cima do meu ombro, no espaço vazio próximo a Maddison, e traguei forte. Esta noite redirecionaria nossas vidas para sempre. ***
6 Estar animado e cheio de energia.
Ficamos na sala de estar da Maria e Gavin, rindo de Mikey e Maddi. Ele imitava uma lombriga, revirando seu corpo no chão. Maddison estava bem ao lado dele tentando copiar seus movimentos. Era uma tentativa fraca, mas alegre. Meus olhos lacrimejaram com o riso, e minhas costelas doíam. Peguei Maria me observando com um sorriso, e enxuguei as lágrimas felizes que escaparam. Era realmente bom rir. Deixei o medo e a preocupação me assumirem, e agora estava na hora de me encontrar novamente. Não podia me esconder atrás dos e ses. Precisava lembrar que eu tinha algumas pessoas surpreendentes ao meu lado. Colt colocou a mão em minhas costas e esfregou suavemente, de cima a baixo. — Você está pronta para ir, baby? — Ele perguntou. Balancei minha cabeça. Após dizermos nosso adeus, beijarmos e abraçarmos Maddi, nós voltamos para o SUV. — Jantar? — Ele disse. — Quer sair e pegar algo? Ou nós podíamos pegar algo e voltar para o apartamento. Eu me virei, encarando-o, e por um momento, apenas admirei seu sorriso magnífico e mandíbula forte. Aqueles olhos atenciosos estavam tão cheios de amor. — Tenho uma ideia melhor. — Sorri e ele também, esperando que eu continuasse. — Podemos pegar algo e ir para a casa? Sei que você não queria que eu visse algumas das coisas que você tem feito até que estejam terminadas. Quero apenas conversar, e por causa de algumas coisas que eu quero dizer para você, quero olhar para trás um dia e me lembrar de que estava em nossa casa quando compartilhei aquelas coisas. — Certo, — ele respondeu. Paramos na loja e saqueamos o departamento da delicatessen, pegando um sanduíche e algumas caixas de papelão contendo tipos diferentes de macarrão. — Você quer algum vinho…? — Ele perguntou. Agitei minha cabeça, — Não, vamos só pegar algo aqui, a menos que você queira. Quando paramos na casa, abri minha boca em assombro. Ele não estava brincando – parecia um lugar totalmente novo. O exterior estava
coberto com um magnífico tapume de madeira escura. Uma varanda nova e moderna estava na frente. Quando saímos do carro, meus olhos se encheram de lágrimas conforme eu olhava até encontrar uma varanda no quarto que seria nosso. — Você construiu a varanda que eu vi na revista, — sussurrei. Ele ficou atrás de mim e abraçou minha cintura. — Sim, você queria. Eu quis dar a você tudo que esperava. — Ele pausou e beijou minha testa. — Há mais do lado de dentro. Virei em seus braços e sorri para ele como uma boba. — Mais, — eu gritei. — Vamos. — Dei uma risadinha e ele balançou a cabeça, me levando para dentro. Nós entramos pelos fundos e chegamos primeiro na cozinha. Eu não podia segurar as lágrimas felizes que caíram. — Uau, — ofeguei. — É lindo. Olhando, observei todos os detalhes – os armários feitos à mão, a ilha no centro, uma nova pia, eletrodomésticos, piso ladrilhado e uma perfeita mesa com assentos embutido em uma nova área construída do lado de fora da cozinha. — É quase como o retrato que eu vi. Virei e encarei o homem que tinha minha alma nas mãos. Ele me cativou completamente e roubou toda esperança de poder viver sem ele em minha vida. Ele era agora, e para sempre, o homem com quem eu era destinada a estar. Ele deu dois passos na minha direção, trazendo seu corpo contra o meu. Seus lábios cobriram os meus suavemente, amorosamente. Lentamente, ele me moveu até a ilha no centro e me ergueu, me colocando em cima dela. Imediatamente, eu embrulhei minhas pernas ao redor de sua cintura e o puxei para mais perto. Suas mãos passaram nos meus lados, indo descansar em meus quadris. Nossos lábios se moviam em um ritmo perfeito, provando e saboreando um ao outro. As bolsas de comida no chão da entrada foram facilmente esquecidas. — Senti falta disto, — ele gemeu contra meus lábios. — Senti falta de nós.
— Sinto muito, — respondi. Eu me afastei e olhei em seus olhos. — Não mais. Não deixarei o medo me controlar mais. O medo assumiu o comando, e me deixei ficar escondida, como sempre escolhi fazer. Sinto tanto por ter afastado você. — Com seus olhos ainda presos nos meus, tracei a curva de seu lábio inferior com meu polegar. — Não se esconda mais. Nós estamos nisto juntos, — Colt disse. — Exato. Sempre juntos, — respondi. Beijando-me novamente, ele se afastou e olhou as bolsas de comida. — Nós podíamos comer na mesa. Tenho um cobertor atrás do Tahoe. Podíamos colocar em cima para cobrir o pó. Sorri e concordei. — Você pode pegar minha bolsa para mim também? — Certo, baby, eu já volto, — ele disse, saindo pela porta dos fundos. Fiquei a tarde toda nervosa sobre hoje à noite e o que eu precisava dizer a ele. Agora estava somente ansiosa. Assisti ele voltar com o cobertor em um braço e minha bolsa no outro. Ele fechou a porta e trancou. Peguei minha bolsa enquanto ele sacudia o cobertor e agitava uma vez, caminhando em direção à mesa. — Que tal um piquenique no chão? — Declarei quando ele estava prestes a colocar o cobertor na mesa. Ele sorriu e colocou no chão, ao invés. Tirando suas botas, ele se sentou. Cuidadosamente, ele começou a colocar a comida e as bebidas em cima. Sentei próxima a ele e nós comemos juntos, roubando beijos e toques gentis enquanto apreciávamos o jantar que era um dos melhores que já compartilhei com alguém. Quando terminamos e o lixo foi tirado, Colt agarrou um recipiente pequeno de uma bolsa atrás dele. Era da padaria na loja, e minha boca se encheu d’água. — Quando você conseguiu sobremesa? Ele estendeu para mim e sorriu. — É para você. — Onde está a sua? — Perguntei a ele.
— Este foi feito especialmente para você. Ver você desfrutar será tudo que eu preciso, — ele declarou, ainda vestindo aquele sorriso perfeito. Ele estava definitivamente aprontando. Eu podia sentir. Ele nunca tirou os olhos do recipiente quando o estendeu e o peguei de suas mãos. Quase estava com medo de abrir, de repente nervosa com o conteúdo. O olhar esperançoso em seu rosto não me deu nenhuma outra escolha. Ergui a tampa lentamente e cuidadosamente. Meus olhos imediatamente procurando até encontrar o dele. Ele me observou atentamente, nervosamente. — O que é isto? — Perguntei, olhando para a caixa aveludada dentro do recipiente. — Abra e descubra, — ele disse, se aproximando só um pouco mais. Peguei a caixa vermelha e coloquei o recipiente ao meu lado. Tive um sentimento forte de que já sabia o que estava na caixa. No momento que abri a tampa, eu ofeguei, vendo o magnífico diamante dentro. — É… — não havia nenhuma palavra. — Não sei o que você está pensando nesse momento. Não sei se esse é o momento errado ou certo para fazer isto. Só sei que não existe nada que eu queira mais do que ter você duas oficialmente como minha família. — Colt alcançou a caixa que eu segurava e tirou o anel. Quando o virou entre as pontas dos dedos, nossos olhos enfocaram seu brilho. — Pensei em esperar até depois de nós mudarmos, nos estabelecermos. O problema com essa ideia foi que uma vez que comprei o anel eu não podia esperar para perguntar a você. Não podia esperar para colocar isso em seu dedo. — Ele ergueu a cabeça e seus olhos prenderam os meus. — Eu ia perguntar a duas semanas atrás, mas… — ele pausou. — Coisas aconteceram. Só espero que hoje à noite eu não esteja cometendo um erro. Minha vista ficou borrada e meus olhos nublados com emoção. — É lindo.
— Um anel bonito, para minha menina bonita. — Seu sorriso era tão contagioso. — Eu amo tanto você. Não procurava me apaixonar, mas com você e Maddison, foi inevitável. Não havia nenhuma esperança para mim, não com vocês duas. Vocês duas se agarraram a mim, e não quero que nenhuma de vocês me solte. — Nós não vamos a lugar nenhum. — Sorri para ele. Meu lábio tremia com as emoções intensas do momento. — Você se casará comigo, Alex? Ajoelhei e rastejei em direção a ele, escarranchando em seu colo. Olhando fixamente em seus olhos, aproximei meus lábios do dele. Logo antes de colocar meus lábios contra os dele, sussurrei. — Sim, Colton. Eu casarei com você.
Capítulo 29 Colt Ela disse as palavras e tudo imediatamente caiu no lugar. Segurando seus quadris, eu a puxei mais perto e a beijei com todo o amor que eu sentia por ela. Colocando o anel em seu dedo, nunca em minha vida me senti completo como me senti naquele momento. Os lábios dela acharam o caminho de volta para o meu, e ela começou a me beijar novamente. Agarrei sua camisa e a tirei lentamente. Coloquei beijos em seu pescoço, até o inchaço de seu peito, e abri seu sutiã, jogando-o lentamente para longe. Envolvendo sua cintura, eu a virei e a deitei no cobertor. Ela deitou debaixo de mim, seu cabelo espalhado atrás dela. Ela era tão bonita que fazia meu peito doer.
O modo que ela olhou para mim me fez sentir como se eu fosse o homem
mais
poderoso
no
mundo.
Seus
olhos
adoradores
me
prenderam com um intenso poder. Comecei a desafivelar sua calça jeans e abaixá-la. Ela mordeu seu lábio, assistindo meus movimentos. Minhas roupas rapidamente se juntaram as dela em uma pilha ao nosso lado, e abaixei meu corpo sobre o dela. Afundando dentro de seu corpo, meu coração bateu rapidamente em meu peito. Nosso desejo um pelo outro assumiu o comando, e estávamos perdidos na intensidade. — Você é perfeita, Alex. Isto, nós, — sussurrei. — Amo você, baby. Seu corpo se curvou e sua cabeça agitou para trás. Eu a senti construindo conforme eu continuava empurrando meus quadris. — Sim, — ela gemeu. Suas unhas afundaram em meus ombros e ela estremeceu debaixo de mim. Nossos corpos cobertos por uma camada brilhante de suor. Seus olhos firmemente fechados quando ela arquejou com seu gozo. Seguindo bem atrás dela, enterrei meu rosto no canto do seu pescoço e a segurei firmemente, empurrando suavemente meus quadris e me dando totalmente para ela. Nós deitamos em silêncio, apreciando o resultado de nosso amor. — Lembrei que você tinha algo que precisava me contar. — Virei para o meu lado e escorei minha cabeça em cima do meu braço curvado. — Ficou um pouco fora de curso. — Pisquei e ela sorriu para mim. — Entretanto, o desvio definitivamente valeu a pena, — ela suspirou, arrastando seu dedo pelo meu peito e circulando meu estômago de forma provocadora. — De fato, eu aceitarei esse desvio a qualquer hora que você oferecer. Minha pequena sedutora voltou. Ela me deixou preocupado durante algum tempo. — Sobre o que você precisava conversar? — Eu não podia deixá-la escapar. Mais cedo, era importante estar aqui para ela me dizer algo. Agora ainda era importante, talvez até muito mais.
— Em minha bolsa, — ela apontou atrás de mim. — Dentro do bolso da frente, há algo para você. Analisei sua expressão por alguns segundos antes de rolar e agarrar a bolsa dela. Retirando uma sacolinha de papel marrom, eu estendi para ela. — Isto? — Perguntei e ela assentiu, mordendo seu lábio nervosamente. Eu me sentei e abri lentamente, espiando como se estivesse vivo. Ouvi sua risadinha e ela me cutucou no lado. — Não vai te morder. Só abra. Deslizando minha mão no bolso dianteiro, envolvi minha mão em torno do item lá dentro e o ergui. Minha cabeça balançou e ela me encarava, esperando a minha reação. — Sério? — Perguntei. Sua cabeça foi para cima e para baixo lentamente enquanto continuava esperando a minha reação. — Quando? Quero dizer, como? — Minha gagueira continuou. — Bem, eu sei como, mas… — olhei para minhas mãos. — Eu serei um pai? — Sussurrei. Eu estava quase assustado por aceitar isto, temendo que estivesse imaginando a noite toda. — Sim, fiz o teste semana passada. Então confirmei no trabalho. Alice tirou meu sangue e nós enviamos ao laboratório. Eles ligaram esta manhã e confirmaram os resultados do teste de farmácia. — Ela sentou perto de mim e nossos olhos se encontraram novamente. — Nós estamos grávidos. Engoli o caroço em minha garganta. — Eu serei um pai. — Você já é um pai. Maddison nunca teve o que você dá a ela. Mas sim, Colt, você será papai de alguém. — Suas palavras apenas faziam minhas emoções aumentarem. Chorar não era algo que eu fui ensinado a fazer. Nunca foi aceito pelo meu pai. Ele nos ensinou que meninos erguiam a cabeça e encaravam. Nenhuma lágrima seria derramada. Mas naquele momento, ouvindo as palavras dela, eu chorei.
Soltando o teste, eu a puxei sobre meu colo em um movimento rápido. Eu a abracei e enterrei meu rosto em seu peito. As lágrimas enchiam meus olhos e caíam. Em uma noite, eu fui de um homem que não sabia onde nós estaríamos amanhã para um homem que tinha tudo na palma da mão. Estava noivo da melhor pessoa que já caminhou em minha vida. Tinha a mais doce menininha que eu tive a chance de ajudar a criar. Eu teria muito prazer com aquelas duas pelo resto da minha vida, mas saber que ela levava minha criança derrubou a última parede que ainda estava em pé. Alex deixou um homem adulto figurativamente de joelhos. Ela me deu mais em uma noite do que eu já recebera antes. — Obrigado, baby, — sussurrei contra seu pescoço. — Obrigado por tudo que você me deu.
Capítulo 30 Alexis As coisas voaram. Colt trabalhava duas vezes mais duro para deixar a casa pronta para nossa pequena família. Concordamos em segurar as notícias de nossa gravidez no momento. Ainda estava muito cedo, e com tudo ainda acontecendo com Seth, eu não queria que nada turvasse a felicidade de nossas notícias. Com o aniversário de Maddison daqui a três dias, mantive minha mente ocupada. Celebraríamos em um de seus lugares favoritos, o parque que fica próximo à loja de Colt. Sabia que se ela tivesse a chance, ela nunca deixaria aquele lugar. Ela ainda estava no escuro sobre a surpresa que Colt planejara. Ele estava projetando uma surpreendente área de brinquedos para ela, e não podia esperar para mostrar. Seguramente ela estaria no céu ao ver o escorregador que ele pediu só para ela.
Eu puxava
a caçarola do forno quando Colt entrou no
apartamento. O olhar em seu rosto era com certeza um sinal de que alguma coisa o preocupava. Ele forçou um sorriso, mas não alcançou seus olhos. Era um show, um show que eu não o deixaria tocar. — O que está errado? — Perguntei. Ele tirou as botas e a camisa suja. Caminhou em direção a Maddison e eu e curvou até dar a cada uma de nós um beijo na fronte. Ele pausou ao lado da minha orelha e sussurrou. — Conversaremos sobre isso mais tarde. Não se preocupe. Só não quero conversar na frente de Maddi. — Ele me deu mais um beijo na bochecha antes de se afastar e caminhar em direção ao quarto. Dizer a uma mulher que conversará mais tarde sobre algo é cruel. Como eu deveria ignorar o fato que de que algo o preocupava? Eu precisava saber. Estava me comendo. Arrumei a mesa rapidamente, e quando ia segui-lo, ele emergiu do quarto. Ele acabara de tomar banho e me fez querer saltar nele. Com a água ainda brilhando em sua pele, seu cabelo estava bagunçado e apontando para toda parte. Ele vestia um moletom que pendia perigosamente baixo em seus quadris. Ele limpou a garganta e eu soube que havia sido pega olhando-o. Minhas bochechas coraram imediatamente e ele riu. — Mais tarde, querida. É hora de jantar, — ele disse, e guiou minha bunda excitada para a cadeira na pequena mesa da cozinha minúscula. Nossa hora do jantar foi preenchida novamente por Maddison tagarelando sobre seu dia. Raramente havia um momento silencioso quando estávamos juntos. Ela amava conversar, e contar histórias para Colt era uma de suas coisas favoritas. O fato dele alimentar isto com perguntas constantes me fazia sorrir. Ela amava a atenção dele, e ele sempre fazia com que ela se sentisse a pessoa mais importante no lugar. Eles adoravam um ao outro igualmente, e eu, por minha vez, adorava estes momentos juntos.
Passamos a noite assistindo o Canal da Disney, e Maddison sabia as palavras da maioria dos programas. Ela assistira os episódios mais de uma vez, eu estou certa. A criança vive para a Disney. Quando seus olhos começaram a fechar, tentei não ficar aliviada. Entretanto, eu não podia evitar, porque significava que finalmente eu saberia o que preocupava Colt. Assim que ela deitou na cama, nós dois a beijamos, demos uma boa noite e saímos do quarto. O quarto que agora era dela, não era realmente um quarto; era mais como um closet. Colt se esforçou para fazer disso um quarto, mas a maior parte dos brinquedos dela estava na sala de estar, que era uma das principais razões pela qual nós precisávamos de um lugar maior. Colt entrou na sala de estar na minha frente e se inclinou contra a parte de trás do sofá, cruzando os braços acima de seu peito. Um sentimento impaciente enchia meu corpo, e esperei que ele explicasse. — Conversei com seu pai hoje, — ele declarou. — Você conversou com meu pai? — Eu estava um pouco confusa. Não sabia que ele e meu pai tinham o número um do outro. Ele limpou a garganta e esfregou a barba que crescia em seu queixo. — Sim, na verdade, tenho conversado com seu papai todos os dias. — Ele pausou, observando silenciosamente a minha reação antes de continuar. — Seu pai contratou um investigador particular. Ele sentiu que a polícia não estava fazendo o suficiente, rápido o suficiente. Outra pausa enervante silenciou a sala. Meu estômago batia com medo. — Baby, eles acharam Seth. — Seus olhos encontraram os meus. Ambos, alívio e medo, inevitavelmente passaram por mim. Um milhão de pensamentos corria em minha mente. Ele estava a caminho daqui. Tentava seguir minha família. O quê? Ele machucou alguém que eu amo? — Eles o acharam em um antigo edifício, junto com outro sujeito, fora de Palm Beach. Ambos estavam mortos.
Um sentimento nauseante me bateu, e sentei na poltrona. — Como? — Perguntei, olhando para o chão. — Overdose. Eles conseguiram alguma merda ruim, — ele disse, dando um passo em minha direção e se ajoelhando no chão. — Acabou, baby. Ele já não aborrecerá você novamente, — ele me garantiu. Eu me senti culpada por me sentir aliviada. Nunca desejei a morte dele, mas não tinha nenhum controle pelo seu resultado. Ele seguiu um caminho de destruição por muito tempo e, infelizmente, eu acho que ele estava muito longe para ser salvo. Estava na hora de abandonar o medo que segurei por meses. Agora eu tinha outra chance de fazer as coisas direito. Tinha a chance de ser feliz com um homem surpreendente. Estava na hora de abaixar todas as paredes que levantei e deixar todo mundo que me ama entrar. Sem reserva, sem vacilação, estava na hora de viver.
Capítulo 31 Colt — Sinto que eu deveria ir vê-la. Ainda que ela não me conheça, não me sentiria bem estando aqui pela última vez sem vê-la. Ela foi uma mulher tão amorosa e atenciosa. Ela amou Troy com toda grama do seu ser, e preciso dizer adeus enquanto há tempo, — Alex explicou com dor nos olhos. Finalmente voamos para Califórnia para buscar as coisas dela. Alugamos um U-Haul 7 para voltar para Geórgia. Perguntei sobre sua relação com a família do pai de Maddison. Quando perguntei e seus olhos se encheram de lágrimas, eu me senti imediatamente culpado por comentar. Acho que ela se sentia culpada de falar de seu passado. Mas
7
isso era a última emoção que eu queria que ela sentisse. Troy e a família dele eram uma parte de quem ela é hoje. — Então nós iremos vê-la. Ainda que ela não saiba quem é você, baby, nós iremos. — Segurei a mão dela e a trouxe para meus lábios, beijando suas juntas suavemente. *** A delicada mulher sentada na cadeira e olhando pela janela parecia vazia. Não sabia o que ela realmente olhava, porque a janela dava para um edifício pequeno e não existia muito para ver. A cena trouxe muitas emoções. Eu me lembrei dos últimos momentos do meu pai, o olhar perdido e esvazio em seus olhos quando ele deu aquelas últimas respirações. Ele era uma concha, um homem vazio, não mais o pai que me criou. Minha garganta se apertou ao assistir Alexis escovar suavemente o cabelo da mulher. Suas palavras me acertavam forte. — Não sei se você entende o que estou dizendo. Quero apenas que você saiba que Maddison é saudável e feliz. Queria que ela pudesse ter tido a chance de conhecer você. Eu queria mais do que qualquer coisa que você pudesse se lembrar de mim, lembrar que eu amei tanto o seu filho. Só por um momento, eu queria que você tivesse a chance de encontrar Maddison, que é como Troy. Alex limpou a lágrima que escapou. — Eu sempre amarei Troy. Seus olhos encontraram os meus quando de repente se lembrou de que eu estava no quarto. Pisquei, garantindo para ela que estava bem com aqueles sentimentos. Sei que ela me ama; não existe nenhuma dúvida disso. — Estamos seguras e felizes. Nós sempre seremos cuidadas, — ela sussurrou, e meu coração acelerou. Malditamente certo que elas seriam. Eu garantiria isso. Quando
nós
deixamos
a
casa
de
saúde,
Alex
parecia
emocionalmente drenada. Tínhamos um longo caminho diante de nós, e
eu queria apenas levá-la para casa e finalmente começar nossas vidas juntos, sem toda a escuridão pendurada em cima de nós. Ela dormiu por horas antes de pararmos no hotel para passar a noite. Recomeçaríamos na manhã seguinte. Maddison ficou com minha mãe porque achamos que a viagem seria mais fácil se nós tentássemos isso sozinhos. Eu sentia falta dela loucamente, e reconhecer isso me fez sorrir. Um ano atrás, quem teria pensado que eu teria uma menininha segurando meu coração com sua mãe segurando minha alma? Pela primeira vez, as coisas pareciam boas. Eu tinha tudo isso e, maldição, meu futuro parecia bastante surpreendente. O som do chuveiro desviou minha atenção da televisão. Saber que ela estava só alguns metros longe, nua e molhada, era um convite que eu não podia deixar passar. Rapidamente escapei das minhas roupas e entrei no banheiro. Suas costas estavam para mim, e fiquei dentro do chuveiro apenas admirando a visão. Ela ainda não havia me notado. Quando ela virou e me encontrou observando-a com olhos famintos, ela pulou, surpresa. — Oh meu Deus, Colton, você me assustou terrivelmente. — Desculpe, só admirando minha bonita noiva. — Sorri com minhas próprias palavras. Ela deu um passo em minha direção e correu suas suaves mãos no meu peito, entrelaçando-as juntas atrás do meu pescoço. Com seu corpo suave apertado contra o meu, ela me puxou para encontrar seus lábios. Agarrei seus quadris firmemente e a girei, apertando-a contra a parede. Pequenas palavras foram compartilhadas quando exploramos um ao outro. Elas não eram necessárias, porque ela seguramente entendia a profundidade do meu amor por ela. Estávamos perdidos um no outro. Alex se virou e apertou suas costas contra meu peito, meneando sua bunda contra mim e me persuadindo.
Segurando minha dureza, me posicionei atrás dela e lentamente comecei a entrar, tomando o tempo para saborear cada segundo. Ela tinha outros planos, e empurrou contra mim em um movimento rápido. Gemi e agarrei seus quadris mais firmemente, mantendo-a parada. Ela olhou por cima do ombro e sorriu com um brilho travesso em seus olhos. Estreitei meus olhos para ela, e seu sorriso ficou mais largo, porque ela sabia exatamente o que fazia. Assim que eu comecei a mover, seus movimentos combinaram com os meus e seus quadris giraram contra mim. Ela sabia o que eu precisava e quando eu precisava. Nós dois alcançamos nossos orgasmos rapidamente. Gememos quando tremi dentro dela e, por sua vez, ela tremeu de satisfação. Nós nos secamos e rastejamos na cama, nos enrolando um com o outro. Eu a puxei firmemente e beijei seus lábios. — Amo você, menina bonita. — E eu amo você, — ela sussurrou. A fadiga a reivindicava depressa. Permaneci acordado durante algum tempo, só assistindo o leve tremular de sua respiração e o modo que suas pálpebras se moviam à medida que ela dormia. Seu braço drapejou ao redor da minha cintura, me segurando firmemente, como se precisasse saber que eu não ia a nenhum lugar. Alex era tão forte, e sua força era inspiradora. Ela passou por tanta coisa, e tudo que eu queria era que sua dor finalmente terminasse. Ela merecia ter seus sonhos realizados. Estava na hora de seu final feliz.
Capítulo 32 Alexis — Quando o voo deles chega? — Kori perguntou. — Em duas horas, — eu disse, empurrando o carrinho pelo corredor de produtos. — Eu me sinto mal pela casa não estar acabada, mas pelo menos eles têm um lugar para dormir. Sério, você pode imaginar mais duas pessoas no apartamento? Kori riu e Maria bufou. — Sim, eu estou certa de que seu irmão e irmã não querem estar tão perto de você e Colt. Ouvir a cama batendo na parede seguramente faria seu irmão se encolher. O pensamento de Jett escutando Colt e eu me fez rir. — Sim, eu provavelmente não iria querer isto também. Harper, por outro lado, estaria de pé na porta do quarto, gritando vulgaridades. — Mal posso esperar para encontrar essa garota. Ela soa como uma viagem. Colton me disse tudo sobre seu primeiro encontro. — Maria riu e Kori sorriu.
— Meninas, só me prometam que vocês não levarão nada do que ela diz a sério. Ela não tem nenhum filtro, juro. Às vezes ela não pensa antes de falar, mas é verdadeiramente inocente. — Eu estava um pouco nervosa sobre Harp. Estava apavorada dela dizer que algo que ofenderia Kori ou Maria. — Não se preocupe. Já advertimos os meninos, e eles estão preparados para serem despidos pelos olhos da sua irmã. — O comentário de Kori me fez rir. Eu os adverti na semana passada, fazendo tudo que eu podia para prepará-los para Harper e sua personalidade. Ela era difícil de aceitar se você não a conhecesse muito bem. Nós nos mudamos para a casa na semana passada. Não estava acabada, mas estávamos ultrapassando o espaço do apartamento. Agora que tínhamos todas as minhas coisas e também os brinquedos de Maddison, o apartamento apenas não era grande suficiente. Então os caras tiraram o fim de semana para adiantar a pintura e colocar carpetes. Eles puderam terminar os dois quartos. Na maior parte, a casa estava bem a caminho da felicidade. O banheiro recebeu as novas instalações, e precisava de um novo piso. Metade dos armários estavam na cozinha, e a outra metade ainda na garagem. Mas ajudando adicionar diariamente até as coisas mais pequenas me fizeram me sentir útil. Amava ser uma parte disso, montar nossa casa como um time. O terceiro quarto seria usado por Harper, e o quarto de hóspedes nos fundos da casa serviria como um lugar para Jett ficar. Eles nos visitariam por uma semana. Eu estava mais que animada com a visita deles. Queria que eles vissem minha vida aqui e encontrassem minha nova família. Sabia que eles os adorariam como eu. Eu disse aos meus pais ontem à noite sobre o noivado e o bebê. Eu os fiz jurar guardarem segredo, porque quero dizer a Harp e Jett quando eles chegarem. Ainda precisamos contar para todo mundo aqui em Brooklet sobre o bebê, então meu irmão e irmã serão parte da
surpresa. Todos descobrirão juntos. Planejamos um churrasco para a chegada da minha família. Então, depois de hoje à noite, todo mundo saberá que Colt e eu teremos um bebê. Eu estava nervosa, mas não podia esperar para compartilhar nossa excitação com todo mundo. Colt e Maddison pegariam os dois no aeroporto, então as meninas estavam pegando os itens para o nosso jantar. Os caras estavam de babás. Passamos uma hora picando as coisas, batendo levemente os hambúrgueres, e misturando as saladas. Agora nos esforçávamos para abastecer o refrigerador na garagem, arrumar as mesas, e juntar lenha para o fogo. O som de pneus na calçada, seguido pelo bater de portas de carro, fez meu coração correr com excitação. — Bem, onde estão todos os vaqueiros sexys? Estou pronta para apreciar a visão. — A voz de Harper ecoou do lado da casa me fazendo sorrir. — Ou você podia apenas tirar essa camisa e flexionar seus músculos para mim, Colt. De qualquer modo, eu ficaria feliz. A risada de Colt seguida por Jett dizendo a ela para ficar quieta fez as meninas sorrirem. Maddison veio correndo pela lateral da casa, pulando com excitação. — Mamãe, eles estão aqui, olhe, — ela disse, apontando atrás dela. No minuto que Harper me viu, ela correu para cima de mim e me abraçou fortemente. — Você parece feliz, Al, — ela sussurrou. — Eu estou feliz, mais do que você imagina, — eu a tranquilizei. Ela sorriu largamente, e então notou Kori e Maria atrás de mim. — Oh hey, esta é Maria, irmã de Colt. — Maria acenou e disse oi. — E esta é Kori, melhor amiga de Maria. — E uma amiga da sua irmã, — Kori anunciou, sorrindo para Harper.
— Ótimo encontrar vocês meninas. Vocês trouxeram alguns vaqueiros sexys com vocês? — Harper perguntou imediatamente, e abaixei minha cabeça, agitando de lado a lado. — Bem, nossos vaqueiros não estão aqui ainda. Eles são sexys, mas infelizmente estão tomados, — Maria declarou com um grande sorriso. —
Bem,
inferno,
senhoras.
—
Harper
piscou,
levantando
Maddison e girando-a em círculos. — Parece que a Tia Harp se deu mal de novo, baby girl. — Meninas, este é o meu irmão, Jett. — Quando elas olharam para Jett, eu tive que morder meu lábio para me impedir de rir. Ambas o encararam em apreciação. Eu vi este olhar um milhão de vezes. Jett era um sujeito atraente que tinha um efeito na maioria de mulheres. — Bom encontrar vocês, senhoras, — Jett arrulhou e piscou. Estava contente por Gavin e Reed não estarem aqui ainda. Eles ficariam completamente viris agora. Mas não demorou muito para os caras chegarem. Eles se interessaram e receberam Jett bem depressa. Amei ver minha família entrelaçada com meus novos amigos. Deixou minha vida aqui até mais perfeita. O assovio alto de Harper ecoou da porta dos fundos quando ela saiu. Maddison a levou para dentro para exibir seu novo quarto. Eu sabia que ela ia para cima de Gavin e Reed. Virei depressa para observar as meninas quando Harper se aproximou de Gavin e Reed. Kori e Maria escondiam seu riso atrás das mãos. Fiquei imediatamente aliviada pela reação e grata das meninas não estarem ofendidas com Harper. — Maldição, meninas, nem preciso imaginar porque vocês estão tendo bebês por todo lado. Estes homens são terrivelmente sexys. Acho que eu passaria todo meu tempo entre os lençóis também. Devia ser ilegal vaqueiros vestirem calça jeans e botas de cowboy, porque fazem coisas para a garotas que são meio que perigosas. — As bochechas de
Reed se avermelharam, e Gavin levantou uma sobrancelha em direção a ela. — Estou me sentindo um pouco acalorada demais, ligeiramente febril. — Ela os olhou de cima a baixo, mordendo o lábio. — Sério, caras, vocês precisam achar um homem sexy para mim, em alguma calça jeans apertada e com coxas como aquelas, — ela disse, apontando para eles. Kori
se
rompeu
inesperadamente
em
risos,
seguida
imediatamente por Maria. A coisa toda era uma grande fonte de entretenimento. Os caras notaram as meninas rindo e pareceram um pouco confusos. — Certo, a piada somos nós, — Reed disse. — Esta é a pequena Senhorita Apalpadora? Colt, essa é a mesma menina que atacou você na Flórida? — Harper levantou uma sobrancelha em direção a Colt. — Sim, esta é Harper. Não a deixe chegar muito perto, porque ela tem mãos errantes. — Colt riu e o sorriso de Harper aumentou. Gavin andou até a Maria. Era engraçado o ver usá-la como uma proteção. — Não se preocupe, vaqueiro, você dois estão seguros. Não os apalparei. — Ela piscou para eles. — Pelo menos não enquanto vocês esperarem. Colt agitou a cabeça e a abaixou. Jett riu, e nós todas rimos do olhar nos rostos de Reed e Gavin. Harper nunca falhava em fazer uma performance. Ela era um entretenimento, e eu estava tão feliz por Maria e Kori não ficarem ofendidas por seu comportamento. A noite foi tão divertida, cheia de riso e histórias amigáveis. Jett e Harper foram aceitos e se ajustaram bem. Ann passou em Gemma no caminho, por pedido nosso, porque nós queríamos compartilhar nossas notícias com ela também. Colt juntou todo mundo em torno do fogo. Todos nos observavam atentamente, sabendo que algo estava acontecendo. — Alex e eu temos algumas notícias. Jett e Harper, nós quisemos esperar até que vocês chegassem aqui para dizer a todos em primeira
mão. — Ele pausou, me puxou sobre um joelho e Maddison sobre o outro. Ele nos abraçou docemente antes de olhar para meu irmão e irmã. — Eu pedi a Alexis para se casar comigo, e ela disse sim. Jett sorriu largamente, e Harper se levantou, vindo abraçar a nós três. — Melhor você tratá-la bem, vaqueiro, — ela disse antes de beijá-lo na bochecha e voltar para o seu lugar. — Sabe. Estas duas já não precisam se preocupar novamente. — Seu abraço nos reassegurava... Após Harper tomar sua cadeira ao lado de Jett, Colt continuou. — Nós temos mais notícias para compartilhar. Falamos com os pais de Alex ontem à noite, e queremos que vocês saibam também. Alex está grávida. — Um grito surpreso escapou de Maria, e Ann imediatamente começou a chorar de alegria. Os
parabéns
ao
redor
do
fogo
foram
esmagadores.
Jett
permaneceu olhando para mim com um sorriso nos lábios. Ele ainda não havia dito nada, mas era fácil ver que ele estava muito feliz por mim. Uma vez que a excitação se aquietou um pouco e eu estava livre do círculo de mulheres alegres, Jett se aproximou. Ele colocou um braço acima do meu ombro e me puxou mais perto. — Estou feliz por ver você assim. Sei que Colt ama você, e não tenho nenhuma dúvida de que ele cuidará de você. Eu me orgulho de você sis, de verdade. Ninguém no mundo merece isto mais do que você. É hora de você ter tudo. — Seu tempo virá um dia também, — disse, olhando seu rosto sorridente. — Sim, talvez um dia. — Ele riu, me abraçando um pouco mais forte. ***
Mais tarde, quando Colt e eu colocamos juntos Maddison na cama, ela ainda não havia dito muito sobre o bebê. Eu estava um pouco preocupada que ela poderia ficar com um pouco de ciúmes. Não queria que ela se sentisse afastada, desde que foi somente ela por tanto tempo. — Então, querida, o que você acha da mamãe tendo um bebê? — Perguntei. Colt se sentou em um lado da cama, comigo no outro. — Precisarei compartilhar meu quarto? — Ela perguntou. — Não, — Colt respondeu antes que eu pudesse. — O bebê terá o quarto do outro lado do corredor. — Ela pareceu contente com esta resposta. Colt tirou seu cabelo do rosto e se inclinou um pouco mais perto, ficando mais no nível dela. — Princesa, você sabe que este bebê não significa que nós amaremos você menos. Você sempre será nossa princesa. Sempre terá um lugar muito especial em meu coração. Este bebê irá procurar por você; você será uma irmã mais velha. Ela sorriu amplamente e se virou para mim. — Posso ajudar você alimentar o bebê e o vestir também? — Ela perguntou. — Claro que pode. Pode ajudar a qualquer hora com qualquer coisa, — a tranquilizei. Alívio me inundou quando ela começou a adormecer, e logo antes de cochilar, ela sussurrou em uma doce voz sonolenta, — Estou feliz mamãe, não se preocupe. Amo você. —
Amo
você
também,
pequena
ervilha.
—
Meus
olhos
lacrimejando encontraram os de Colton, e o seu combinava o meu. Nossa doce anjinha estava crescendo rápido.
Capítulo 33 Colt — Baby, você está pronta? Todo mundo está esperando por nós. — Gritei para o andar de cima. Maddison e Alexis apareceram no topo da escada e meu rosto se iluminou imediatamente. Elas caminharam pelos degraus lentamente – a cada passo, meu coração batia mais rápido. Elas estavam bonitas. Hoje a noite teria programação de Natal das crianças na escola. Alex passou a última hora arrumando o cabelo de Maddi, maquiando-a e vestindo seu bonito vestido. Alex vestia um vestido vermelho que abraçava suas curvas perfeitamente. Ela parecia magnífica. Assim que elas alcançaram o último degrau, eu sorri para elas. — A duas serão as meninas mais bonitas de lá. Você duas estão lindas. — Obrigada, — Maddison respondeu.
— De nada, querida. Você está pronta para cantar para nós? — Perguntei. Seu rosto se iluminou e ela deu uma risadinha. — Sim, eu pratiquei por semanas. Alex deu um passo para seguir atrás de Maddison, e a parei, colocando minha mão na base das suas costas. A outra mão eu coloquei na pequena protuberância em sua cintura, e a beijei suavemente. — Eu amo você, baby. Você está de tirar o folego. — Obrigada, bonito. Amo você também, — ela sussurrou, me beijando antes de seguir atrás de Maddison. Fiquei atrás, assistindo elas colocarem seus casacos e sapatos. Elas são meu mundo, minha vida. Aquelas duas me fizeram perceber que a vida é mais do que eu alguma vez pensara que podia ser. Elas me ensinaram a amar e viver. Elas me mostraram que sentir não é uma fraqueza, que mostrar emoção não me fazia menos homem. Eu passaria o resto da minha vida dando tudo que eu sou para as duas e nossa futura criança. A vida agora fazia sentido. Eu tive o amor que qualquer um teria sorte de ter. Eu sempre as manteria perto e as protegeria, e nunca mais elas se se sentiriam inseguras. A segurança delas estava agora em minhas mãos.
***
Alexis Ele ficou nos assistindo vestir nossos casacos, ostentando aquele sorriso que eu via muito frequentemente ultimamente. Cada vez mais eu o pegava nos observando quando ele não sabia que eu estava olhando. Era quase como um estado hipnotizado de admiração. Seu
amor por nós era algo que ele expressava em toda chance que tinha. Nunca pensei que seria amada novamente do modo que ele me ama. A casa foi terminada há umas semanas, e todo dia parecia mais como nossa casa. Nós conseguimos mover todas as coisas e colocá-las no lugar. Agora existem decorações de Natal ao redor. As luzes estão brilhando e meias foram penduradas na lareira. Este Natal será um dos melhores para Maddison e eu, graças a Colt. Ele nos mimava, e era um sentimento surpreendente. Após deixarmos Maddi na sala de aula, achamos nossas cadeiras no ginásio. Kori e Reed, Maria e Gavin, Gemma, Bud, e Ann estavam todos reunidos. Mikey e Maddi se apresentariam hoje à noite, e todo mundo foi lá para assistir. Até Leann e Ben vieram assistir a apresentação. Todas as crianças começaram a tomar suas cadeiras, se preparando para a apresentação. Maddison nos achou na multidão e acenou ao tomar sua cadeira. Colt esticou e segurou minha mão, sorrindo orgulhosamente enquanto assistia nosso anjinho. Tudo parecia certo, perfeito. A classe de Maddi foi primeiro. Quando a música começou a tocar das caixas de som, Colt e eu viramos para nos encarar com um sorriso conhecedor. Maddison correu pela casa cantando esta canção durante semanas. Ela adorava o filme Frozen, e Let it Go era tudo que nós ouvíamos. Assistir ela apresentar me deixou emocionada. Quando eles alcançaram o refrão, cada criança jogou uma pequena quantidade de glitter prateado no ar, e ele tremulou até o chão. O rosto de Maddison se iluminou com excitação. Era um momento que eu nunca esquecerei, e um que apreciarei para sempre. Meu anjo tinha proteção, segurança. Agora ela estava cercada por pessoas que a amam e a adoram. Aquilo significava mais para mim do que qualquer outra coisa. Meu bebê merecia essa vida. Olhei para o homem que nos deu essa sensação de segurança. — Eu amo tanto você, — eu disse.
Ele sorriu para mim, se inclinando suavemente e me beijando. — Amo você também, baby.
***
Maria Ver meu irmão tão feliz me deixou muito mais feliz do que eu já era. Eu quis que ele encontrasse o que eu tinha. Quis que ele deixasse o amor entrar e, agora que ele tem, é bonito. Segurei meu menininho dormindo em um cobertor perto de meu peito, batendo levemente em suas costas. Estava tão contente por ele conseguir dormir em qualquer lugar. Mikey logo estaria lá cima, e eu queria poder assistir sem escapar sorrateiramente para acalmar o bebê chorando. — Eu poderia segurá-lo, baby, — Gavin sussurrou em minha orelha, deixando seus lábios passarem rapidamente sobre o meu pescoço de propósito. Virei para encará-lo, nossos lábios a centímetros de distância. — Estou bem, — sussurrei. Ele colocou seus lábios nos meus e beliscou meu lábio inferior. — Hoje eu te disse quão bonita você é? — Ele perguntou. — Hoje não, — respondi. — Devo estar escorregando. — Ele arrastou seus dedos sobre minha bochecha. — Você está incrível, — ele disse, olhando para mim amorosamente. — Obrigada, bonito. — Eu me inclinei em seu toque. — O que está em sua mente, vaqueiro? — Somente pensando em quão sortudo eu sou. O quão agradecido eu sou por acordar antes que fosse muito tarde. — Ele me
abraçou, puxou Garrett e eu para mais perto e colocou um beijo no topo da minha cabeça, sussurrando contra mim, — Eu amo você. — Bem atrás de você8, Sr. Tennison. Fiquei cercada por meus meninos, e não podia estar mais feliz. A estrada para chegar onde nós estávamos foi rochosa, mas nos deixou mais forte. Precisamos das lutas da vida para saber que o que nós temos é verdadeiro. Gavin é minha rocha. Lutamos para chegar ao topo, mas a visão daqui de cima valeu todo sofrimento.
***
Gavin Abracei Maria, olhando meu garoto dormindo em seus braços. Eu sabia o que ele sentia, porque sua mãe me fazia me sentir em paz também. Ela é meu consolo, meu anjo que me salvou da escuridão. Eu era um bobo por alguma vez ter acreditado que podia ignorar o que sentia por ela. Todo aquele tempo perdido, fingindo que ela não mexia comigo. Nunca mais eu desperdiçaria outro momento sem ela. Mikey parou junto com o resto de sua classe, e meu coração inchou ainda mais. Aquele homenzinho era meu melhor amigo. Sem ele, hoje poderia ser muito diferente. Ele salvou Maria e Garrett, e seria para sempre um herói em meus olhos. Nomear Garrett em homenagem a Mikey parecia ser a coisa certa a se fazer depois do que ele fez para seu irmão. Garrett Michael Tennison um dia saberia que seu irmão mais velho salvou sua mãe e ele. Eu garantiria isso. Ele pode não ser do meu sangue, mas aquele menino é meu filho. O amor que tenho por ele e por
8 Uma exclamação usada para expressar o mesmo sentimento de quem primeiro falou; Significaria o mesmo que você, ou para você também.
Garrett não é diferente. Os dois são meus meninos, e Maria sente o mesmo. Minha família. Amo o som disso. Minha família.
***
Kori Escutar todas as criancinhas cantando trouxe lágrimas para os meus olhos. Rhett estaria lá antes que eu percebesse. Não podia acreditar quão grande meu homenzinho estava ficando. Grace estava no colo de Reed, brincando com os dedos dele. Seu joelho balançava para mantê-la feliz. Rhett ficou entre nós, brincando com meu telefone. Uma gotinha de tristeza ficou no fundo da minha mente ao pensar no quanto Blake perdeu. Reed foi meu primeiro amor, o homem para quem fui feita para compartilhar minha vida. Acredito nisso agora. Blake era e para sempre seria uma parte da minha vida, mas agora o meu coração pertence ao magnífico homem perto de mim. Levantei os olhos e nossos olhos se encontraram. Ele sorriu e piscou para mim. Maldição, meu coração ainda tremulava quando ele fazia isto. Ele ainda me fazia sentir da mesma forma de quando eu tinha quinze anos e ele paquerou comigo no lago. Ele podia me derreter com um olhar. — Você está bem? — Ele perguntou, estendendo a mão e contornando a Rhett. Ele colocou sua mão em minhas costas e a esfregou suavemente, de cima para baixo. — Sim, eu estou bem. Como não podia estar? Tenho tudo o que eu preciso aqui mesmo, — o assegurei. — E você sempre terá, — ele declarou.
***
Reed Nunca me senti mais completo do que eu me sentia nesse instante. Todo mundo que eu amava aqui no mesmo lugar, com exceção da minha mãe e do meu pai. Meu pai estava em casa esperando Kori e eu. Nós jantaríamos na casa dele hoje à noite. Estava bastante certo de que Helen estaria lá também. Helen era uma amiga dele, viúva, que tem passado muito tempo conosco ultimamente. Ela era boa com as crianças e parecia poder lidar com meu pai. Não muitas pessoas sabiam como fazer isso. A ausência da minha mãe ainda era um peso em meu peito às vezes, mas acredito que ela sabia como minha vida se transformou. Ela sabia como eu me sentia sobre Kori. Ela sabia que eu estraguei tudo quando era mais jovem e que lamentei isso mais do que qualquer coisa que já fizera. Então eu precisava acreditar que ela sabia que eu encontrei o caminho de volta para a mulher que segurou meu coração. Não haveria mais ninguém. Minhas crianças e Kori são meu destino. Vejo outro pequeno ali, em algum lugar, mas isso é um assunto para mais tarde. Grace puxou minha mão em direção a sua boca, e senti sua baba gotejar sobre meu pulso. Eu a virei em meu colo e ela olhou em mim, arrulhando. Minha menininha é a perfeita versão em miniatura de sua mãe. Sim, ela tinha meus olhos, mas o resto é Kori. Teria problemas quando ela ficasse velha o suficiente para namorar. Tremi com o pensamento. — O que está errado com você? — Kori sussurrou com um sorriso em seu rosto. — Acabei de ter um pensamento que não gostei muito, — sussurrei de volta.
— Que pensamento? — Ela perguntou, curiosamente. Olhei para Grace, e então para Kori. — Ela não pode namorar, tipo nunca. — Kori deu uma risadinha, e olhei para ela com uma expressão séria. — Baby, eu não estou brincando. Ela não tem permissão para namorar, não até que esteja fora de casa. Eu não poderia lidar com isso. — E quanto a Rhett? — Ela perguntou. — Isso é diferente, — respondi. — Não é diferente, — ela declarou. Antes de poder responder, ela riu e continuou. — É um longo caminho até este tempo chegar, papai. Ela estava certa, mas eu falava sério. Grace não se encontraria com garotos, pelo menos não se eu não fosse junto também.
Fim;
Trilogia Finalizada.