Jamie begley - série the last Riders #04 shade's fall

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Disponibilizado: Juuh Alves Tradução: Mari Souza Revisão Inicial: Rosa B Revisão Final: Erika P Leitura Final e Formatação: Sonia


Shade ‘s Fall The Last Riders Jamie Begley


Sinopse Shade é tudo o que Lily não quer em um homem. Ele é rude, antipático e ele definitivamente não é um caubói. O executor tatuado dos Last Riders é um mistério que Lily não quer resolver. Ele é demais para ela lidar, especialmente com os pesadelos de seu passado constantemente ameaçando sua sanidade.

Lily é tudo o que Shade quer em uma mulher. Ela é doce, gentil e submissa. Quando ela descobre a verdade sobre os Last Riders, isso ameaça dividir cada relacionamento dentro do clube. Sua rebelião faz com que os instintos predatórios aflorem no atirador ex Seal da marinha.

Quando os Last Riders são ameaçados por outro clube de motoqueiros que está determinado a reivindicar Lily, Shade é a sua única esperança de sobreviver ao confronto que se aproxima. Poderia a sua paixão ser a queda de Shade?


Prólogo — Shh... Bebê, você vai ficar bem. Shade estava no canto com seus irmãos, Razer e os Last Riders estavam em pé, tensos ao seu lado. Ele sabia que Razer tinha vindo para cuidar da sua cunhada. Ambos estavam observando com expressões sombrias quando Lily tentou novamente sair da cama do hospital. Beth, sua irmã, a impediu com uma voz suave, murmurando palavras a todo o momento que nenhum dos homens conseguia ouvir sobre uma Lily chorando. Os médicos haviam aliviado a pressão sobre o cérebro dela ontem à noite, salvando sua vida. Em sua mão quebrada será colocado gesso manhã. O trauma associado com a dor e a medicação a deixaram desorientada. Cada grito e gemido que passou por seus lábios só fizeram aumentar a sua determinação em se vingar dos dois homens que foram responsáveis por seus ferimentos. A polícia os tinha sob custódia e eles não iriam sair tão cedo, mas Shade tinha toda a fé que o sistema judicial iria deixá-los em liberdade condicional. Ele estaria esperando por eles quando isso acontecesse, assim como o motoqueiro que tinha ousado tocar nela e o policial de Treepoint. Ambos tinham desaparecido assim como Joker e Dale desapareceriam. Lily finalmente caiu em um sono profundo, agitada e virando na cama do hospital enquanto Beth continuava sentada ao seu lado segurando sua mão. Shade deu um passo à frente. — Vocês dois devem ir e dormir um pouco. Vou ficar até vocês voltarem. — Eu não vou deixá-la; — Beth protestou.


— Vá e descanse umas duas horas na casa dos pais de Sex Piston; Eles moram a apenas algumas quadras de distância. Eu vou ligar assim que ela acordar. Foi mais de uma hora antes da exaustão alcançar Beth, fazendo-a sair relutantemente com Razer. Depois que eles saíram, Shade se sentou na cadeira ao lado da cama de Lily, olhando para a mulher que tinha estado em sua mente desde o momento em que ele a viu sair do restaurante em frente ao escritório do xerife. Ele e Razer tinham ido lá para fazer a vistoria de sua moto e as duas irmãs estavam tomando sorvete. Shade deu uma olhada na mulher deslumbrante e sabia que ele estava indo para tê-la. Seus lábios se torceram ironicamente. Ele não sabia, então, que ele teria que esperar, mas a paciência era sua única virtude. Ele esperou, planejando e conspirando para conseguir o seu prêmio, e Lily era um prêmio. Ele não tinha estado em sua companhia por mais do que alguns segundos antes que ele percebesse que ela era perfeita para ele; No entanto, Lily e sua irmã tinham um sonho para ela, e Shade queria que ela tivesse esse tempo de liberdade antes dele levála. Seu controle quase tinha quebrado duas vezes. Uma vez, quando eles se reuniram no piquenique de quatro de julho e ele olhou para o quintal para ver Lily segurando uma criança enquanto Charles, seu namorado do ensino médio ficava por perto, tocando-a. Eles pareciam como uma jovem família feliz. Se seus irmãos não o segurassem, ele teria rasgado o imbecil. Ele podia ver que Charles pensava que estava olhando para o seu futuro com Lily. Shade tinha planejado lhe mostrar uma única vez que Lily jamais teria qualquer outra pessoa que não fosse ele. Ela nunca carregaria o filho de alguém que não fosse o dele. Charles ainda continuava a ser uma pedra em seu sapato, embora Shade tivesse um plano para lidar com ele no momento certo. Ninguém iria ficar em seu caminho quando ele viesse para


reivindicar Lily. A noite de despedida de solteiro de Razer tinha sido outra vez que ele tinha perdido o controle. Ela tinha chegado ao Rosie para falar com Razer; Ela queria tanto proteger sua irmã que enfrentou o seu medo de ficar perto de álcool. Ele estava na parte de trás do bar com Bliss em seu colo, tentando convencê-lo a deixar ela e a stripper se revezarem mais tarde naquela noite, quando um dos irmãos dele tinha dado um sinal de cabeça que Lily tinha entrado no bar. Meio bêbado, ele invadiu a frente, cansado de tentar foder ela fora de sua mente, mas Knox o deteve quando ele tinha chegado perto o suficiente para ouvir sua verdadeira idade. Ele tinha ficado maluco. Ele estava bêbado e com tesão suficiente para não se importar mais com o que qualquer um falava. E se ele conseguisse chegar até ela, Lily teria sido a única em sua cama naquela noite. Claro, ele teria sido obrigado a trancá-la e colocar uma barricada na porta contra todo o seu MC, mas ele não teria tido qualquer escrúpulo em fazer isso. Infelizmente, eles tinham conseguido segurá-lo; No entanto, ele teve a satisfação de ter seus punhos batendo a sua frustração em cada um deles, especialmente sobre Razer, porque Shade ainda não confiava que Razer dizia a verdade sobre não saber a verdadeira idade de Lily. Depois da noite passada, quando Lily tinha quase morrido, não havia ninguém que não soubesse que ele tinha chegado ao seu limite. Ele estava cansado de esperar. Ele tinha jurado que, se Lily sobrevivesse, ela seria sua. Acabou a espera, acabou foder por ai. Ele planejou ter Lily do jeito que ele teria feito em uma de suas missões como Seal. Era por isso que à portas fechadas, ele era conhecido como o atirador mais letal das forças armadas dos Estados Unidos, com mais de duzentos e vinte e seis mortes confirmadas. Aquelas eram apenas as que eles sabiam, não contando os contratados privativamente pelo governo que ele ainda levaria a cabo quando o preço ou a razão fosse motivo suficiente. Ele tinha ganhado o seu apelido Shade por causa de sua capacidade de se misturar nas sombras, atingindo seus alvos com precisão a


sangue-frio, coisa que outros considerariam impossível. Parte do que o fez ser tão bem-sucedido em atingir o seu alvo era por aprender tudo sobre eles, sabendo sobre as suas forças e fraquezas. Especialmente suas fraquezas. Para ganhar a confiança de Lily, ele tinha que descobrir sua fraqueza. Ela e sua irmã tinham segredos que elas escondiam de todos, se recusando a falar sobre o passado de Lily. Nenhuma mulher teria tanta ansiedade e medo como Lily, sem uma razão. Para alcançá-la, ele teria que superar esses medos. Cada vez que ele tinha tentado descobrir sobre a causa de seus ataques de pânico, ele tinha sido frustrado. Ela não confidenciou a Razer ou a Penni, sua irmã, que ele subornou para se transferir de faculdade para se tornar companheira de quarto de Lily, e nem mesmo a terapeuta que Beth tinha contratado. Ele tinha invadido seu escritório várias vezes procurando, mas cada vez que ele tinha lido a ficha dela, nenhuma razão foi abordada. A terapeuta estava tentando construir a confiança de Lily lentamente. Foda-se isso. Ela era uma merda como terapeuta, outra coisa que Shade mudaria. A única coisa que a mulher tinha feito foi colocar um elástico no pulso de Lily, ensinando a ela a se entregar a dor como uma forma de aliviar suas ansiedades. Shade tinha a intenção de ensinar a Lily a mesma coisa, exceto que seria uma forma mais agradável. Shade se sentou ao lado da cama, observando o sono de Lily quando o dia se transformou em noite. Quando as enfermeiras que foram verificar Lily tentaram convencê-lo a sair da sala, seu olhar frio as intimidou ficando em silêncio, fazendo-as sair correndo. Quando o lado de fora tinha sido completamente engolido pela noite, Shade se levantou da cadeira, indo para a porta e fechando depois que a enfermeira saiu. Determinado a descobrir os segredos de Lily, ele só tinha uma opção a seguir. Razer tinha deixado escapar que Lily dormia com a porta do


banheiro aberta, dependendo de uma luz a noite. Duas vezes desde que Razer havia se mudado com Beth, sua eletricidade tinha desligado devido a tempestades no meio da noite. Ambas às vezes, Lily havia se tornado histérica quando despertou no escuro. Beth teve que ir às duas vezes para acalmá-la. Lily estava começando a acordar; Ele notou que ela havia começado a se movimentar debaixo das cobertas. Ele orou para que os remédios a mantivessem desorientada tempo suficiente para que quando terminasse, ela não se lembrasse do que ele estava prestes a fazer. Os dedos de Shade foram ao interruptor da luz, mergulhando o quarto na escuridão.


Capítulo 1 Lily deslizou a fita através da parte superior da caixa, selando-a completamente. Seus olhos foram para o relógio na parede do outro lado da grande extensão da fábrica, e ela engoliu duro. Era quase hora do almoço; Uma hora do dia que ela começara a temer a cada manhã, logo que a porta de metal fechava atrás dela. A mesma porta abriu agora com Evie carregando uma bandeja do almoço para o escritório principal. Um dos trabalhadores sentado próximo se levantou para abrir a porta para Evie. Ela riu, dizendo alguma coisa antes de entrar e fechar a porta com pé dela. O pobre homem ficou vermelho de alegria com as palavras de Evie. Lily saiu de seu banco se esticando enquanto tentava aliviar os músculos que estávamos rígidos. Suas mãos alisaram seu vestido solto, que havia levantado. — Lily. — Ela endureceu, se virando para a porta do escritório onde Shade estava na porta. Relutante, ela fez seu caminho para o escritório. Quando ela se aproximou, Evie saiu, lhe dando um sorriso amigável. — Como está indo hoje?. — Perguntou Evie. — Tudo bem. — Lily respondeu, sorrindo de volta. — Legal. Vocês dois desfrutem do seu almoço. — Disse Evie quando ela começou a se afastar. — Por que você não fica e almoça com Shade hoje? Eu não estou com muita fome. — Lily tentou impedir a mulher de sair. Os olhos de Evie foram para Shade antes de voltar para ela. — Eu já comi. Eu acho melhor voltar. Deixei Rider fazendo o almoço sozinho, —


disse Evie, saindo antes que Lily pudesse dar outra razão para ela ficar, não que isso fosse funcionar. Isso nunca funcionava. Lily passou por Shade, que não fez nenhum esforço para se afastar da porta, forçando-a a encostar o seu corpo contra o dele. Ela então se sentou na cadeira, ao lado da sua mesa. Ela tinha almoçado com ele todos os dias durante o mês passado, e ela estava determinada a colocar um fim nisso naquele dia. Quando ele a chamou em seu escritório depois de ter começado o seu primeiro dia na fábrica, ela achou que era porque ela era nova e era a cunhada de Razer, mas ela tinha estado aqui por mais de um mês e ele ainda estava esperando para almoçar com ela. Ela tinha tentado de tudo para conseguir sair da situação tensa, mas de alguma forma, todos os dias ao meio-dia ela se encontrava sentada na mesma cadeira. Shade fechou a porta, em seguida, sentou-se em sua mesa. Entregou-lhe um dos pratos com frango assado e legumes, então ele começou a comer sua própria comida. Lily deu uma mordida no frango enquanto debatia a melhor maneira de dizer a ele que ele não tinha que amarrar sua hora de almoço com a dela. — Como o seu braço está indo depois que tirou o gesso? — Shade rompeu seus pensamentos. — Bem. O médico disse que ele está curado. — Quando é que as aulas recomeçam? — Em um mês. — Lily olhou para a comida. Descia mais fácil se ela não o olhasse nos olhos. Shade sempre foi educado, mas ele a deixava nervosa. Ele era amigo do marido de sua irmã; Ambos haviam cuidado dela desde que Razer e Beth começaram a ver um ao outro. — Quantas aulas você está pegando? — Quatro. Elas são bastante simples. Eu já completei as matérias principais. As únicas matérias que me restam são apenas para me dar créditos suficientes para a pós-graduação.


Shade continuou a comer sua comida em silêncio. Lily deu outra mordida, engolindo quando ela decidiu abordar o assunto em sua mente. Limpando a garganta, ela brincava com a comida em seu prato. — Eu sei que você e Razer são amigos, e eu agradeço ao clube por me dar um emprego no verão, mas você não precisa almoçar comigo todos os dias, Shade. Eu posso comer com o resto dos trabalhadores. — Lily soltou o seu fôlego, orgulhosa de si mesma. — Você não quer almoçar comigo? — Shade perguntou, seu olhar firme sobre ela. — Não. Sim. Eu não quero que você se sinta como se tivesse que me fazer companhia por causa de Razer e Beth serem seus amigos. — Pareço ser o tipo que faz qualquer coisa que eu não quero fazer? — Não. — Ele definitivamente não era desse tipo. — Bom então isso está resolvido. Espere o que isso significa? Lily estava confusa e, a menos que ela parecesse como uma pirralha ingrata, ela estava presa por mais um mês de almoços com Shade. — Você já está mandando seu currículo em busca de trabalho? — Perguntou Shade, mudando de assunto. — Vários. Um em Jamestown e dois no Colorado. — Você acha que você vai realmente ser capaz de lidar com um emprego como assistente social? A voz de Shade tinha dúvida, que ele não fez nenhuma tentativa de esconder. Lily enrijeceu em sua cadeira. — Sim. Por quê? — Os olhos dela se levantaram do prato com raiva para encontrá-lo olhando para ela zombeteiramente.


— Bem, você não consegue cuidar muito bem de si mesma. Como você irá cuidar de alguém que precisa de sua ajuda? — Nenhuma das situações em que eu estive envolvida foi minha culpa. — Lily protestou. — Você precisa aprender a cuidar de si mesma antes que você possa ajudar a cuidar de outras pessoas que estarão dependendo de você. — Eu posso cuidar de mim muito bem. — Lily estalou. — Você poderia se eu te ensinasse. — Disse Shade se recostando na cadeira. — O que? Como? — Lily tentou manter o controle da mudança da conversa. — Eu poderia te ensinar autodefesa. Isto é, a menos que você mude de ideia sobre ser uma assistente social. — Eu vou ser uma boa assistente social. Eu... — Lily argumentava. — Bom então isso está resolvido. Segunda-feira, quando você vir trabalhar, traga algumas roupas de ginástica. Eu vou trabalhar com você por uma hora todos os dias, no final de seu turno. — Mas... — Se você terminou você poderia pedir à Train para vir aqui? — Lily se levantou, indo para a porta e, em seguida, fechando-a atrás de si. O que diabos aconteceu? Ela tinha ido ao seu escritório para deixar de gastar sua hora de cada dia com Shade, e não para ficar presa por mais uma hora a cada dia. Ela encontrou Train e lhe deu a mensagem de Shade antes de voltar ao trabalho, ainda tentando descobrir como ela conseguiria se livrar das aulas de defesa com Shade. Afastando esses pensamentos, Lily puxou outro pedido do computador e começou a pegar os itens antes de ir para a mesa e embalar. Ela trabalhou de forma


constante, e até o final do dia, terminou com um adicional de quinze pedidos. Passava da sua hora habitual de sair, mas Lily tinha pegado o maior pedido, que estavam lá por mais de uma hora sobre a mesa onde os pedidos maiores foram colocados. Ninguém queria tocá-lo tão perto da hora ir embora. Fechando a caixa, ela conseguiu levantá-la para o carrinho dos correios. Orgulhosa de si mesma, ela limpou sua mesa de trabalho. Quando a tesoura acidentalmente caiu no chão, Lily se abaixou para pegála. Ela sentiu seu olhar sobre ela enquanto se endireitava. Seus dedos passaram sobre o elástico vermelho em seu pulso, tentando não pegá-lo. Ele não gostava quando ela esticava e soltava em sua pele. Ela fazia isso para dar a si mesma uma pequena ferroada de dor que faria seu medo recuar. A terapeuta havia dito que isso desviava a ansiedade, descrevendo as sinapses do cérebro e como eles trabalhavam. Lily não se importava com os motivos. O elástico vermelho a ajudava. Ela contava com o elástico para mantê-la plantada no presente. Os lábios de Shade apertavam em desagrado quando ele a pegava estalando em sua pele deixando-a saber, sem palavras para parar. O problema era que ele aumentava a necessidade de estalar o elástico em sua presença. Bastava um olhar com seus impressionantes olhos azuis, para deixar seus nervos tão no limite que ela precisava do pequeno estalo de dor para acalmar suas emoções descontroladas. Suas mãos trêmulas alisaram o vestido na altura do joelho em vez disso. — Eu terminei por hoje Shade. — Seus olhos não encontraram os dele, em vez disso foram para Rider que estava sentado em uma das mesas próximas. Ele e Shade estavam falando sobre os pedidos enquanto esperavam que ela terminasse para que eles pudessem trancar. Os outros trabalhadores da fábrica haviam saído há mais de meia hora atrás, mas sua velocidade não havia aumentado muito desde que o gesso tinha sido removido no início da semana. O médico tinha avisado que levaria várias semanas para recuperar a força normal de sua mão. Ela tinha se apressado


com o último pedido, porque ela podia ver que ambos os homens estavam esperando para o seu fim de semana começar. Sua própria irmã chegaria em algumas horas para passar a noite na casa construída na colina acima da fábrica. O clube Last Riders era dono da fábrica e toda a propriedade circundante, incluindo a enorme casa onde eles faziam a sua festa semanal. Lily sufocava seus próprios sentimentos de mágoa por nunca ter sido convidada. Ela sabia que era por causa de sua reação de estar perto de homens que bebiam álcool, mas ainda assim doía que ela tinha sido excluída dessa parte da vida de sua irmã. Sua companheira de quarto, Penni, tinha tentado ajudá-la a superar o seu medo ao levá-la para algumas festas na faculdade, mas aquelas onde o álcool era servido tornou-se um fracasso. Ela sempre deixou que o medo superasse, afundando em um pânico paralisante que resultaria inevitavelmente em sua amiga praticamente transportando ela de volta para seu carro. Lily tinha vergonha de admitir para si mesma que ela era uma covarde. Ela tinha medo de tudo, e a única pessoa que inspirava o seu maior medo era Shade. Quando ele olhava para ela com seus olhos azuis penetrantes, sua mente entrava em pânico todas às vezes. Seus temores, no entanto tinham diminuído ao longo dos últimos anos desde que se conheceram e sua irmã se casou com Razer, seu melhor amigo. — Cacete. Lá se foram os bons tempos. — Rider disse, pulando da mesa em que ele estava sentado. Lily tentou esconder seus sentimentos, mas devido ao olhar afiado que Shade jogou em Rider pelo seu comentário insensível, ela sabia que tinha sido mal sucedida. Lily pegou os pedaços de papel que estavam em sua mesa, jogando-os na lata de lixo antes de voltar para a mesa e pegar a sua bolsa. — Vejo vocês segunda-feira. — Lily estava saindo pela porta


quando Bliss estava entrando. — Terminou o seu turno? — A membro bonita dos Last Riders era extremamente feminina e delicada, fazendo Lily se sentir como uma desajeitada de quinze anos de idade. Ela lhe deu um sorriso aberto até olhar o que estava em suas costas e uma carranca se formou em seu rosto. — Sim, tenha um bom fim de semana, Bliss. — Lily virou a cabeça e viu Rider e Shade olhando para ela com sorrisos. Pensando que ela tinha confundido a expressão preocupada, ela começou a sair pela porta em seguida, fez uma pausa, olhando para a roupa que Bliss estava usando. O short jeans azul era minúsculo, bem como o top biquíni que amarrava entre seus seios. A tatuagem em seu seio chamou sua atenção até que Bliss correu por ela na fábrica. Lily acenou um adeus com a mão, fechando a porta atrás dela. Ela subiu em seu carro, assobiando aliviada por estar longe de Shade, que geria a fábrica e seus funcionários. Estar em sua presença todos os dias do verão passado estava dando em seus nervos. Ela não podia acreditar que estava ansiosa para voltar à faculdade em um mês. Ela tinha pensado que iria temê-la depois que Penni havia se formado em maio, mas agora ela não via a hora de começar o mais rápido possível. Beth e Razer, os Last Riders, e até mesmo a equipe de Sex Piston acreditavam que ela era um desastre esperando para acontecer, independentemente de quantas vezes ela lhes lembrou de que nenhuns dos incidentes que ela invariavelmente se envolveu não eram culpa dela. Ela simplesmente sempre conseguiu estar no lugar errado na hora errada. Não era culpa dela que isso acontecia muito. O incidente, há três meses resultou na sua quase morte. Desde então, Shade a tinha vigiado como se fosse ela fosse a Maria Tifóide e estava apenas esperando para ver quando seria a próxima catástrofe. Lily não queria ferir os sentimentos de Beth; No entanto, o amigo de Razer era um verdadeiro idiota. Ela se sentiu culpada, logo que a palavra passou por sua cabeça. Ela


procurava o melhor nas pessoas, mas Shade realmente tornava isso difícil. A tensão familiar de — Girls Just Wanna Have Fun — soou em sua bolsa quando Lily estava prestes a sair do estacionamento. Ela parou o carro antes de enfiar a mão dentro da bolsa para pegar o celular tocando. — O que foi? — Lily perguntou, vendo o nome da irmã no identificador de chamadas. — Lily, você ainda está na fábrica? — Beth perguntou. — Sim. — Lily não disse que ela estava sentada no carro, pronta para sair. — E Rider está aí? — Sim, ele está conversando com Shade e Bliss. — Oh. — Beth fez uma pausa. — Isso provavelmente deve ser o motivo que ele não atende ao telefone. — Sim. — disse Lily sem hesitação. — Você pode me fazer um favor? — A voz de Beth parecia cansada e frustrada. — Meu carro está quebrado na casa da Sra Langley. Você pode perguntar à Rider se ele pode trazer o reboque para buscá-lo? Razer e Viper vão encontrá-lo aqui para ajudar. Eles estavam no supermercado quando eu liguei. Eu disse a ele que ligaria para Rider e o encontraria em casa. — Sem problemas. Vou dizer a ele agora. — Lily ofereceu. — Obrigada. Te vejo mais tarde. — Beth desligou o telefone. Lily estacionou novamente. Saindo do carro, ela foi em direção à fábrica com seus pensamentos sobre sua irmã. Abrindo a porta, ela teve que parar. Rider estava de pé atrás de Bliss, com o braço em volta da cintura com a mão aberta sobre sua barriga nua. O rosto de Bliss estava preenchido com desinibida excitação enquanto ela olhava para Shade que estava de pé algumas polegadas de distância, olhando para Bliss. Ambos os homens


tinham expressões de desejo escrito claramente em todo o seu rosto. Um fragmento de dor atravessou o cérebro de Lily, ao mesmo tempo em que a porta de metal se fechava com um estalo alto, e todos se viraram para encará-la de pé na porta. — Uh, hum. — Lily teve que se forçar a se concentrar tentando fazer com que sua mente ficasse em ordem. — Rider, o carro de Beth está quebrado na casa da Sra Langley. Ela precisa que você leve o reboque. Com licença. — Ela explicou sua presença para os três congelados no lugar antes de virar e correr. Sua mão bateu no metal da porta de ferro e a porta se abriu. Lily correu para o carro, com o rosto em chamas com a sua reação exagerada e fazendo a si mesma de tola, como sempre. Ela abriu a porta do carro às pressas, voltando para dentro. Ela estava saindo do estacionamento quando viu Shade, Rider e Bliss saírem da fábrica. Ela acenou para eles antes de virar o carro. Lily respirou fundo; Uma dor de cabeça estava começando, deixando sua condução difícil. Pegando sua bolsa, sem tirar os olhos da estrada, ela procurou por seus óculos de sol. Encontrando, ela o colocou, esperando que isso ajudasse com a sua dor de cabeça que estava ameaçando fazê-la vomitar. Suas mãos apertaram o volante enquanto ela continuava a inspirar profundamente, em seguida, liberava várias vezes, se concentrando em sua respiração e não sobre o olhar nos rostos dos dois homens com Bliss entre eles. Fragmentos de dor atacaram novamente com o simples pensamento. Começando de novo, ela redirecionava seus pensamentos, se fazendo lembrar mentalmente cada pedido que ela tinha feito naquele dia. Ela tinha acabado de recitar seu quinto pedido quando ela felizmente chegou na garagem da casa que ela dividia com Beth e Razer. Dando um suspiro, Lily saiu de seu carro, indo para a porta e desbloqueando-a. Ligando as luzes, a tensão diminuiu quando ela entrou na casa que ela tinha sido criada desde a sua adoção. Fechando a porta da frente, ela pegou uma garrafa de água na geladeira da cozinha em seguida,


subiu as escadas para o quarto dela. As cores suaves de seu quarto aliviavam os seus nervos ainda mais. Indo para o armário de remédios, ela tirou um frasco que o médico prescreveu e pegou uma pílula, engolindo-a com outra garrafa de água que ela tinha levado lá em cima. Voltando ao seu quarto, ela tirou os sapatos antes de se deitar sobre a cama que ela fazia todas as manhãs antes de descer. Ela puxou a pequena colcha que sua mãe tinha feito para ela e estava no fundo da sua cama, esfregando sua bochecha contra o material macio, deixando a pílula que ela tinha tomado para fazê-la dormir. Fechando os olhos, ela adormeceu fugindo da enxaqueca e do olhar no rosto de Shade quando ele assistia Rider segurar Bliss.

Lily acordou de sua soneca e a sua dor de cabeça havia desaparecido. Finalmente se sentindo bem o suficiente para lavar o cheiro da fábrica, ela tomou um banho e lavou o seu longo cabelo. Depois se vestiu com calças muito largas de moletom e uma camiseta também larga que pendia sobre seu corpo, escovou o cabelo molhado, deixando-o secar naturalmente. Descendo com os pés descalços, ela encontrou a irmã e Razer sentados à mesa jantando. — Você está com fome? Eu mantive um prato quente para você. — Os olhos de Beth procuraram os dela quando ela começou a se levantar da mesa. — Não, obrigado, talvez mais tarde. — Lily pegou um copo do balcão, se servindo de um copo de chá antes de ir para a sala e se enrolar no sofá. Passando rapidamente pelos canais da televisão, ela procurou um programa para assistir quando ouviu Beth e Razer lavarem os pratos. Beth finalmente veio e sentou-se no sofá ao lado dela.


— O que você está assistindo? — Um programa culinário; — Lily viu o olhar preocupado no rosto da irmã. — Aconteceu alguma coisa? — Não. Não, acho que não. — Beth respondeu; Seus olhos foram para cima do ombro de Lily em seguida, voltaram para os dela. — Razer e eu estamos indo para o clube, se estiver tudo bem com você? — Claro. — Respondeu Lily. Beth suspirou, ficando de pé e subiu as escadas quando Razer se sentou na cadeira ao lado do sofá. Lily gostava de Razer. Ele era tranquilo e sempre cordial com ela enquanto era um resmungão para todos os outros. — Como foi o trabalho hoje? — Ele perguntou casualmente. — Tudo bem. — Lily deu de ombros, não tirando os olhos da tela da televisão. — Estou feliz que você e Beth estão saindo. Vocês não foram a uma festa no clube desde que eu cheguei em casa do hospital. — Ela teve a infelicidade de passar no salão de Sex Piston, quando o ex de Crazy Bitch e da T.A decidiu roubá-las. Durante o assalto, sua mão tinha sido quebrada e ela tinha conseguido um hematoma quando bateu a cabeça. Desde então, tanto Beth quanto Razer tinham sido superprotetores. Eles não a tinham deixado uma noite sozinha. Antes, eles passavam a maior parte de seus fins de semana na sede do clube. Sua nova casa que estavam sendo construída atrás do clube estava quase terminada e Lily não tinha sido convidada para vê-la ainda. Seus dedos foram para o elástico vermelho em seu pulso, esticando-o contra a sua pele. — O que está incomodando você, Lily? O olhar preocupado de Razer encontrou o dela. Ela lhe deu um sorriso tranquilizador, mas não contou que estava magoada por não ter sido convidada para a sua casa. Ela não queria que eles a convidassem por


obrigação. — Nada que um pouco de descanso não resolva Razer. — Os olhos de Lily voltaram para o programa de culinária na televisão. O celular de Razer tocou e ele foi para a cozinha para atendê-lo. O programa estava quase no fim quando Beth voltou lá embaixo. Seu cabelo loiro estava liso e solto e ela tinha colocado em seus olhos uma sombra com efeito esfumaçado, lhe dando um olhar sexy. Seu jeans e camiseta com botas eram todo casual, mas Lily a viu colocar um vestido na bolsa no corrimão da escada. — Eu não posso usar minha saia na moto de Razer. — Ela sempre explicava toda vez que levava suas roupas para o clube. Lily pegou o seu elástico vermelho. Tratavam-na como uma criança, e Lily estava ficando frustrada que eles observavam tudo o que falavam perto dela. — Eu acho que estamos indo. — Divirtam-se. — Lily se levantou do sofá, dando a sua irmã um abraço, sua frustração devido à superproteção da irmã desaparecendo pelo olhar de preocupação de Beth. — Não se preocupe. Vou passar a noite recuperando a minha leitura. — Beth deu um sorriso aliviado. — O que você vai ler? — Eu ainda não decidi. Eu tenho uma sobre a descoberta do Alaska que eu não li. Em geral eu leio algo inspirador. — Lily sorriu. — Isso pode me inspirar. — Alaska? — Beth perguntou pegando a bolsa com o vestido. — Quando eu me formar, eu estou pensando em ir para lá. É por isso que eu queria trabalhar este verão. Eu tenho guardado todos os meus pagamentos. — Lily disse com entusiasmo. — Lily, me dê um tempo para superar quase ter perdido você antes


de você começar a falar sobre ir para o Alasca. — Tudo bem. — Lily riu, abrindo a porta para sua irmã. Beth saiu franzindo a testa enquanto a risada divertida de Razer estava olhando para os seus olhos divertidos. — Mana Lil, eu acho que você precisa sonhar em visitar um clima mais quente. — Ele seguia sua esposa para a porta. Lily fechou a porta atrás deles, já sentindo falta de sua companhia. Ela não gostava de ficar sozinha. O problema era que ela não se encaixava com a maioria dos grupos. As pessoas da idade dela pensavam que ela era antiquada, grupos mais velhos achava que ela era imatura; O único lugar que ela realmente se encaixa era na igreja. Lily foi até o armário e pegou sua bolsa de livros que ela tinha colocado lá quando tinha voltado para casa da biblioteca no outro dia. Levando a bolsa de grandes dimensões para o sofá, ela se sentou, ficando confortável antes de pegar o grande livro que ela estava procurando. O livro tinha uma capa da região selvagem do Alasca, que tinha mexido instantaneamente no sentido de aventura de dela. Abrindo o livro, ela relaxou contra a suave almofada, enfiando os pés debaixo dela. Ela tinha acabado de terminar a terceira página quando a campainha tocou. Lily foi para a porta e verificou o olho mágico, fazendo uma pausa antes de abrir. — Abra a porta, Lily. — A voz impaciente de Shade soou do outro lado. Lily fez o que ele pediu, ficando cara a cara com ele. Shade estendeu a mão com as chaves. — Rider colocou a bateria no carro de Beth. — Lily se perguntou por que ele apenas não foi para o clube onde Beth estava ou podia simplesmente ter vindo amanhã, mas ela permaneceu em silêncio sobre isso. — Obrigada. — Lily estendeu a mão, pegando as chaves de sua


palma, cuidando para não tocar nele. — Você se importa se eu entrar? Quero encomendar alguns chineses e eles não vão entregar no clube. — Claro que não. — Lily abriu mais a porta, deixando Shade entrar antes de fechar. Ele pegou o seu celular e em seguida, Lily ouviu-o encomendar a sua comida enquanto ela retomava o seu lugar no sofá. Pegando seu livro, ela começou a ler novamente, ignorando o homem que a tinha assustado novamente. Shade se sentou no sofá ao lado dela, olhando para o livro que ela estava lendo. Inconscientemente, ela endureceu prestes a levantar-se do sofá, mas a mão de Shade em sua coxa a pressionou nas almofadas. Pegando o livro dela, ele virou para que pudesse olhar para as páginas. — Você gosta do Alaska? — Sim; — disse Lily, permanecendo imóvel. Shade virou outra página. — O que você gosta sobre o Alaska? — A neve. Eu amo neve. Eu gosto como ela se parece sobre as montanhas no inverno. — Lily estava ciente de quão tola ela soava. — Neva em Kentucky. — Shade disse distraidamente. — Não é tão intenso como no Alasca. — Lily olhou para as imagens enquanto ele virava as páginas, afundando de volta no sofá. — Eu já fui para o Alasca. — Shade comentou. — Você foi? — Perguntou Lily, olhando surpresa para Shade. Ela nunca tinha conhecido alguém que já tenha estado lá antes. — É tão bonito como nas fotos? — Sim, mas eu estava muito ocupado congelando pra caramba para apreciar o momento. — Lily riu de sua expressão. Ele começou a virar as páginas do livro, descrevendo os lugares que ele tinha ido quando esteve lá.


Ele estava descrevendo a aurora boreal quando a campainha tocou. Lily começou a se levantar, mas a mão sobre sua coxa a pressionou mais uma vez no sofá. Ele foi até a porta, abrindo-a para o cara da entrega, que entregou uma grande sacola para Shade que pegou o dinheiro para pagá-lo. Lily observou quando Shade fechou a porta atrás do cara da entrega. Ele colocou a comida na mesa de café antes de ir para a cozinha, onde pegou pratos e garfos tirando da geladeira duas garrafas de água. Ele voltou para o sofá, colocando os pratos. Ele então abriu a sacola com a comida e começou a servir os dois pratos. Lily se sentou atordoada, sem saber o que fazer, exceto pegar o prato que ele tinha feito para ela por reflexo. — Mas eu pensei... — Lily tinha pensado que ele iria pegar a comida e sair. — Coma, Lily. A comida teria ficado fria antes que eu estivesse de volta no clube. — Lily imediatamente começou a comer, satisfeita com sua explicação. Comida chinesa era na verdade, um de seus favoritos, como Beth não ligava muito para a comida chinesa, ela não comia muitas vezes. Curiosamente, Lily perguntou a Shade. — Que outros lugares você foi? — Lily comia enquanto Shade falava sobre os diferentes países que ele tinha ido quando estava a serviço na marinha. Ouvindo, ela estava espantada que ele tivesse viajado tanto quanto ele tinha. — Meu pai estava a serviço, e constantemente ia de base para a base. — Aposto que foi divertido. Shade deu de ombros. — Eu não me importava, mas minha mãe se cansou disso rápido. Isso foi a principal razão deles se divorciarem. — Sinto muito; — disse Lily com simpatia. — Não sinta. Ambos voltaram a casar e tem casamentos felizes. —


Lily terminou sua comida, colocando seu prato sobre a mesa antes de se enrolar de volta no sofá, olhando quando Shade encheu o prato com comida novamente. Lily pegou o livro sobre Alaska, folheando as páginas, enquanto Shade acabava de comer, em seguida, levou os pratos para a cozinha. — Eu iria fazer isso. — Lily protestou. — Termine de olhar o seu livro. Eu vou cuidar disso. — Lily voltou a olhar o seu livro, apenas meio consciente quando Shade voltou a sentar no sofá, olhando os outros livros que estavam sobre o ele. — Você tem vários livros aqui sobre o Texas e Arizona, — disse ele. — Hum, hum. — Lily virou outra página antes de parar. Suas mãos apertaram o livro quando o seu estômago virou. Ela engasgou quando uma dor cegante golpeou a cabeça mais uma vez. Ela deixou cair o livro no chão quando tentou ficar de pé para ir ao banheiro, sentindo que perderia a comida que tinha acabado de comer. Essa foi à última coisa de que se lembrava.


Capítulo 2 Lily acordou com um tom preocupado se inclinando sobre ela. Ela ficou brevemente desorientada em se encontrar deitada no sofá, mas a lembrança do que tinha acontecido voltou rapidamente. — Lily, você está bem? — Sim, eu estou bem. — Ela se levantou constrangida, e Shade a ajudou a se sentar no sofá. — O que aconteceu? — Shade perguntou, seus olhos azuis a estudando. Lily colocou a mão em sua cabeça, mas a dor se foi. — Eu não sei. Eu estava olhando o livro e de repente fiquei enjoada. Quem sabe eu tive uma reação à comida? — Eu acho que se fosse a comida, teria apenas lhe feito vomitar, não desmaiar. — Eu tive uma terrível dor de cabeça. Eu as tive em toda a minha vida, mas elas estão piorando. Você acha que pode ser por que bati minha cabeça durante o assalto? — Eu não acho. O seu médico fez vários testes para se certificar que tudo estava bem. Beth insistiu que fosse completo já que há tanta informação nova saindo sobre ferimentos na cabeça. — Eu sei. É só que eu nunca tive duas no mesmo dia antes. — Disse Lily com voz trêmula, pegando a garrafa de água que estava na mesa de café. — Quando você teve outra dor de cabeça?


— Na volta para casa. Eu tirei um cochilo quando cheguei em casa e me senti melhor. — Lily colocou a garrafas de água de volta na mesa antes de se abaixar para pegar os livros no chão, colocando-os de volta dentro da bolsa. — Eu vejo. — Shade lhe entregou um dos livros, lhe dando um olhar especulativo que ela não entendia. Ela deslizou o livro dentro da bolsa sem olhar para ele. — E a sua dor de cabeça passou? — Sim. — Lily afastou o cabelo do rosto pálido. Ela se sentiu boba por desmaiar na frente de Shade. Ela sempre parecia ter algum incidente ou outro na frente dele, o que a fez parecer uma fracote. — Talvez assistindo algo na televisão vá desviar a sua mente disso. — Shade pegou o controle, passando entre os canais até encontrar uma comédia. Lily se sentou no sofá assistindo a TV até que o show finalmente conseguiu chamar a sua atenção por causa do tema bobo. Ela ainda estava rindo uma hora mais tarde, quando o programa terminou. Lily se esticou, bocejando. — Vá para a cama, Lily. — O homem simpático que tinha sentado e compartilhado suas viagens com ela se foi, e em seu lugar estava o mesmo homem distante que ela conhecia. — Estou cansada. Obrigada pelo jantar, Shade. — Lily esperava que ele se levantasse e saísse. — Vá para a cama, Lily. Eu vou dormir no sofá. — Não há nenhuma necessidade de você ficar. — Lily protestou. — Você simplesmente desmaiou uma hora atrás. Eu não vou te deixar a menos que você queira que eu chame Beth e Razer. Tenho certeza que ela voltaria para casa.


— Eu não sou uma criança que você está cuidando e quando não está se sentindo bem, você precisa chamar os pais para voltar para casa. — Lily estalou com raiva. — Eu estou perfeitamente bem. — Não, Lily, você não está. As pessoas que estão bem não batem de cara contra a mesa de café. Se eu não estivesse aqui, poderia ter atingido a sua cabeça novamente, e ninguém saberia até que Beth voltasse para casa de manhã e encontrasse você. Lily apertou os dentes. Ela sabia que ele estava esperando isso para jogar nela. — Shade, hoje eu estou bem — Lily repetiu suas palavras, esperando que desta vez ele acreditasse nela. — Lily, vá para a cama, agora. Eu vou trancar as portas. Eu serei um cavalheiro e sairei pela manhã antes de Beth e Razer chegarem em casa. — Lily sabia pela sua expressão que ele não estava saindo. — Bem. Se você quiser dormir em um sofá, vá em frente. — Lily saiu com raiva, indo até a escada ouvindo o seu riso zombeteiro. Quando ela chegou ao seu quarto, fechou a porta atrás dela, imediatamente se sentindo culpada. Ela nunca tinha sido uma garota que fazia birras e não estava disposta a deixar o homem teimoso fazê-la começar agora. Se deitando na cama e deixando a luz do banheiro acesa ela se enrolou em uma bola, puxando as cobertas sobre ela, mesmo que o quarto estivesse quente; Contudo, ela estava muito sonolenta para se levantar e ligar o ar condicionado. Ela sempre se enterrou debaixo das cobertas para dormir desde que ela tinha vindo morar com Beth e seus pais adotivos. Assim que o pensamento veio à mente, Lily imaginou uma porta imaginária bloqueando todos os pensamentos de sua vida de antes. Era um truque que tinha aprendido quando era uma menina, e ela ainda usava para manter todas as memórias na baia. Ela ficava com raiva quando todos a tratavam


como uma criança, mas ela usou truques infantis para manter a maré negativa de emoções longe em vez de enfrentá-los. Ela não queria lembrarse das memórias que foram trancadas atrás daquela porta. Ela lutava contra seus medos e ansiedades todos os dias, com medo que o que estava atrás daquela porta imaginária, levasse o pouco da sanidade que lhe restava.

Na manhã seguinte ela acordou estando coberta de suor e o seu pijama se agarrando a ela. Ela tomou um banho, lavou os cabelos aproveitando a água fria em sua pele superaquecida. Quando ela se secou, colocou um vestido rosa fresco que tinha pequenas mangas. Lily preferia usar vestidos a calças jeans, gostando da sensação de leveza deles em seu corpo do que as roupas mais apertadas que as mulheres de sua idade preferiam. Indo para sua cama, ela tirou os lençóis em seguida, colocou lençóis frescos, arrumando cuidadosamente. Ela pegou os sujos, e os levou para baixo, enquanto esperava que Shade tivesse cumprido sua palavra e ido embora. Beth e Razer estavam sentados na sala de estar bebendo café quando ela descia os degraus. — Bom dia, — disse Lily brilhantemente. — Bom dia, — ambos responderam. — Posso pegar o seu café da manhã? — Perguntou Beth, começando a se levantar. — Não, obrigada. Eu vou derramar uma xícara de café em um minuto. Entrando na lavanderia Lily começou a lavar seus lençóis antes de se servir de uma xícara de café.


— Você se divertiu na noite passada? — Lily perguntou se sentando na cadeira, com cuidado equilibrando a sua xícara de café. — Sim. — Beth respondeu. Lily se perguntava sobre o rubor no rosto de Beth, mas não fez nenhuma observação. — O que você fez ontem à noite? — Beth perguntou. — Li por um tempo, assisti um pouco de televisão e, em seguida, fui para a cama. — Lily observou o rosto de Beth para ver se Shade havia lhe falado alguma coisa sobre os desmaios dela e decidiu que ele não tinha falado, quando a expressão de sua irmã permanecia a mesma. — Quaisquer planos para hoje? — Perguntou Beth. — Não. Eu pensei apenas em limpar a casa. — Eu vou ajudar — Beth ofereceu. Razer se levantou. — Eu vou cortar a grama enquanto vocês duas limpam. Eu vou colocar alguns hambúrgueres na grelha quando terminar. — Soa como um plano. — Lily sorriu ficando de pé. Elas conseguiram fazer a maioria da limpeza antes que Razer terminasse o almoço. Eles passaram o resto do dia cuidando dos afazeres domésticos e relaxando. Lily gostava de passar o tempo com Beth e seu marido, sabendo que este momento não estava longe de acabar para sempre. — O que há de errado? — Beth fez uma pausa ao encher a máquina. — Nada. — Lily sorriu. — Eu estava pensando sobre como as coisas estão mudando. Eu estou me formando em dezembro e sua casa vai estar pronta. Eu acho que eu já estou sentindo falta de vocês. — Lily.


Lily pegou a mão de sua irmã quando seus olhos se encheram de lágrimas. — Beth, eu não quis dizer isso para deixar você triste. — Eu não quero que você saia de Treepoint. — Eu ainda não decidi o que eu vou fazer. Tudo depende do local que eu receba uma oferta de emprego. Ao mesmo tempo, você não queria que eu me contentasse com Treepoint, — Ambas sabiam que a probabilidade de conseguir um emprego como assistente social em Treepoint era pequena. Há um pequeno conselho e empregos estatais que não abria muitas vezes. — Me prometa que você não vai sair correndo e tomar uma decisão se você conseguir um emprego em outro lugar? — Claro. Eu prefiro ficar em Treepoint. — A decisão aliviou a atmosfera, Lily disse. — Mas primeiro eu tenho que encontrar o meu caubói e convencê-lo a vir para Treepont comigo. Penni está amando o Texas. Estou pensando em ir visitá-la depois do natal. A banda que ela está gerenciando a turnê não sai até fevereiro. — Isso parece divertido — disse Beth, terminando de carregar a máquina de lavar louça. — Eu também acho. Talvez eu precise mudar minha mente e ir atrás de um roqueiro em vez de um caubói.

Na manhã seguinte, elas caminharam para a igreja, apreciando a manhã bonita de verão. Lily e Beth caminhavam de braços dados com Razer seguindo atrás. Na igreja, eles se sentaram juntos com Beth no meio. Muitos dos Last Riders começaram a frequentar a igreja. Viper se juntou a


Winter na frente com Evie, Jewell e Bliss sentados no mesmo banco. Lily se perguntava quantos dos membros do clube de motoqueiro frequentavam a igreja regularmente, não que isso realmente importasse. Ela era perfeitamente feliz em ter este clube em sua igreja. Shade nunca frequentou, no entanto. Lily balançou a cabeça afastando qualquer novo pensamento sobre ele. Ela encontrou seus pensamentos vagando sobre ele mais agora do que antes de trabalhar com ele e compartilhar o almoço todos os dias. Seus olhos foram para as mulheres dos Last Rider, pensando sobre o seu relacionamento com elas e qual delas estava envolvida com ele. Lily nunca fazia perguntas a Beth sobre os Last Riders. Toda vez que ela abordava o assunto, quando Beth começou a ficar séria com Razer, Beth evitava discutir os membros individualmente e seus relacionamentos. Lily deu de ombros, não querendo invadir a privacidade dos outros quando ela não queria que ninguém invadisse a dela. Após o culto, eles pararam e conversaram com pastor Dean, que estava na frente da igreja. Lily sorriu para ele brilhantemente. Ele era um excelente pastor que havia assumido após a morte de seu pai, alguns anos atrás. — Lily, como você está nessa bonita manhã? — Ele a cumprimentou. — Muito bem, pastor Dean. Eu gostei de seu sermão. — Obrigado. Eu tenho um favor para lhe pedir. Vários paroquianos fizeram doações que eu coloquei no porão. Uma vez que tem uma entrada separada, eu pensei se eu poderia conseguir alguns voluntários para limpar o porão e em seguida, organizar as doações, então eu poderia abrir ao público que precisa de nossa ajuda. — Eu acho que é uma ideia maravilhosa. Eu ficaria feliz em ajudar. — Lily se ofereceu.


— Eu adoraria isso. Rachel se ofereceu para ajudar no próximo sábado. Será que isso está bem para você?— Perguntou pastor Dean. — Sim — Lily disse ansiosamente. — Eu posso ajudar. — Beth entrou na conversa. — Eu acho que Rachel e Lily serão suficientes por agora, mas obrigado pela oferta. Se isso for demais para elas, eu vou lhe ligar. — Oh, tudo bem. Pastor Dean deu a Beth um sorriso caloroso. — Beth, você está muito ocupada com o nosso programa de doação de alimentos. Acho que é tempo suficiente que você nos doa. Beth riu. — Eu não estou muito ocupada. Prometi a Razer que eu não assumiria qualquer outra coisa até chegarmos em nossa nova casa. — Eu tenho toda a confiança que você pode fazer qualquer coisa que você põe na sua mente Beth. — Lily observou como Beth deu a pastor Dean um sorriso brilhante em sua resposta. Sua irmã estava tão bonita em pé no sol com os cabelos louros brilhando e seu vestido de cor clara. Ela parecia um anjo. Lily se virou seus olhos escurecendo com tormento. Não como eu com meus demônios perseguindo constantemente a minha mente. Tentando afastar esse sentimento, Lily caminhou até a calçada e esperou por Beth e Razer. Seus olhos foram em direção ao restaurante, vendo as motos estacionadas em frente. — Pronta? — Beth perguntou, ficando ao seu lado. — Eu não vou me juntar a você hoje. Eu pensei em ir para casa. Eu não estou com muita fome. — Ela não estava com vontade de ir almoçar e assistir todos controlando as suas palavras ao seu redor. — Isso é bom. Eu vou com você e comeremos algo mais tarde. — Disse Beth.


— Não seja boba. Vá almoçar. Eu posso me virar sozinha por uma hora, Beth. — Beth hesitou. — Tudo bem. Vejo você daqui a pouco. Lily sorriu, dando um beijo no rosto preocupado de sua irmã. — Você se preocupa demais — Lily acenou para os outros quando ela saiu, andando pela calçada de volta para sua casa. Realmente estava uma manhã adorável e Lily caminhava perto das árvores na estrada. Elas sempre iam para a igreja e, em seguida, almoçavam no restaurante. Os membros dos Last Riders que não iam à igreja se reuniam com todos no restaurante depois para o almoço. Ela tinha visto a moto de Shade do lado de fora e sabia que ele estaria esperando lá dentro com Train e Rider. Aqueles três precisavam ir à igreja mais do que qualquer um. Pelo jeito que os amigos agiam, eles mantinham a população feminina ocupada. Várias de suas amigas

do

colégio,

que

ainda

viviam

em

Treepoint,

falavam

constantemente sobre como é bom olhar os homens. Elas tinham tentado usar Lily para ser apresentada a eles. Quando viram que Lily não faria as apresentações, elas tinham procurado outros meios. Algumas tiveram sucesso e foram incapazes de esconder sua alegria em se exibir para as outras, mas quando as outras perguntavam como eles eram um olhar secreto surgia, e as garotas mudavam de assunto. Lily não era tola. Não precisava ser uma cientista para descobrir que o clube tinha uma política sobre manter em silêncio tudo que acontecia na sede. Mais uma vez, Lily teve que abafar sua mágoa. Ela sentia como se a cada dia ela e Beth ficassem mais distantes. Afastando outro pensamento incômodo, ela virou a esquina para a rua dela. Isso nunca deixou de dar-lhe uma sensação de voltar ao lar quando via a casa. Enquanto caminhava, Lily começou a sentir como se alguém estivesse olhando para ela, no entanto. Ela olhou ao redor, não vendo ninguém, mas ela inconscientemente começou a andar mais rápido, não sabendo o porquê. Ela sentiu calafrios rastejarem em suas costas e arrepios subirem nos braços dela. Felizmente, ela chegou em casa,


subindo os dois degraus até a porta, e rapidamente deslizou a chave na fechadura. Uma vez lá dentro, ela trancou a porta atrás ela, dando um passo para trás para olhar a porta fechada. Levou vários minutos para o som tranquilo da casa acalmar seus nervos, se sentindo boba por ter exagerado. Colocando a sua bolsa sobre a mesa ao lado da porta, ela decidiu que, talvez, deixar Shade lhe ensinar alguns movimentos para se defender poderia não ser uma má ideia, afinal.


Capítulo 3 Lily entrou no estacionamento dos Last Riders. Quando ela estacionou o carro, viu Train conversando com Kaley. Ela era a irmã de uma amiga dela do ensino médio, Miranda. Miranda estava preocupada com sua irmã desde o divórcio com o seu namorado da escola. Kaley pegou o marido a traindo, e desde então, ela vinha tentando igualar o placar. Lily se sentiu mal por Kaley. Ela não a conhecia bem, mas se lembrava da agonia que Beth tinha atravessado quando tinha pego Razer a traindo. Lily estacionou o carro e saiu. Ela teve que caminhar pelos dois enquanto ia em direção à porta da fábrica. — Bom dia, Kaley, Train. — Oi, Lily. — Kaley olhou para ela com uma careta. — Bom dia, Lily. — Train acenou com a cabeça. De todos os Last Riders, Train era o que Lily menos conhecia. Ela tinha estado próxima a ele tanto quanto os outros; Ele era apenas o mais silencioso do grupo. Lily andava para a fábrica, hesitando brevemente quando viu Shade de pé na porta e segurando a porta aberta para ela. — Bom dia, Shade. — Lily sorriu. — Lily. — Seus olhos foram para Lily, antes de passar por cima do ombro para Kaley e Train. Lily passou por ele sem parar, entrando para ficar ocupada. Os pedidos já estavam esperando na mesa. Ela levou um minuto para olhar sobre os pedidos que aguardavam serem preenchidos e, em seguida, pegou dois dos maiores. — Vai deixar um para mim? — Hardin perguntou em suas costas. Lily riu, dando um passo para o lado. — Eu poderia se você não fosse tão


lento, — brincou de volta para o jovem que conhecera desde que chegou a trabalhar para os Last Riders. Hardin pegou um pedido fora da mesa. — Por que você não pega uma das estações de trabalho junto à minha e eu lhe mostro como se faz. A resposta de Lily foi cortada pela voz irritada de Shade. — O local de trabalho de Lily é onde eu a colocar; E o seu será o centro de desempregados se não começar a trabalhar. — Lily começou a ficar irritada com a observação rude de Shade, mas ela rapidamente abafou qualquer comentário que ela faria quando seu olhar caiu sobre ela. Ela não usaria a conexão com Beth para dizer o que ela queria a Shade. Na verdade ele era seu chefe e ela devia prestar atenção em suas palavras. Isso não impediu de lhe dar um olhar de reprovação enquanto Hardin corria para o seu posto de trabalho. — Não olhe para mim assim, Lily. Ele mereceu. Comece a trabalhar. — A hora do almoço veio muito mais rápido do que ela queria. Hoje, foi Bliss que entregou seu almoço. Lily continuou trabalhando, esperando não ouvir o nome dela. Bliss ficou dentro do escritório por vários minutos antes que ambos saíssem. A menina bonita de cabelo loiro estava sorrindo sedutoramente para ele e, em seguida, acenou para Lily quando saia. Lily acenou de volta para ela. Bliss era outro membro que ela nunca conseguiu saber com qual Last Rider ela estava envolvida. Ao mesmo tempo, Lily havia suspeitado que era com ela quem Razer tinha enganado a Beth, mas Beth nunca confirmou ou negou. Lily pensava que Beth não queria que ela se ressentisse contra a mulher que a tinha traído. Lily estava feliz que não sabia, também. Ela não tinha certeza se não guardaria rancor depois de testemunhar em primeira mão o quanto sua irmã tinha sido magoada. — Lily.


Lily ajeitou a caixa em que estava trabalhando, indo ao escritório de Shade. Suas mãos fechadas, ela estava determinada que hoje seria o dia em que ela colocaria um fim em almoçar com ele no escritório. Ela não perdeu o olhar especulativo que Hardin e vários outros funcionários lhe davam quando caminhava e entrava em seu escritório. Ela se sentou ao lado de sua mesa quando ele fechou a porta e voltou a se sentar, lhe entregando uma das bandejas com salada de frango grelhado. Lily comeu o seu almoço rapidamente, querendo acabar logo com isso para que ela pudesse sair do escritório. — Qual é a pressa? — Shade perguntou. Lily terminou de mastigar a comida em sua boca, perturbada. Ele nunca deixava nada passar sem notar. Ela decidiu não fazer rodeios, que não tinha treinado de qualquer maneira. — Eu acho que é melhor se eu almoçar com todos os funcionários. — Lily começou delicadamente. — Não — Shade deu uma mordida em sua própria comida enquanto Lily estava atordoada. Ela apenas lhe disse que não queria comer com ele. Ela foi pega de surpresa por sua recusa contundente, sem saber como ser mais direta, exceto se fosse mais obvia, e ela não queria seguir esse caminho com ele. — Mas... — Você trouxe uma muda de roupa? — Ele perguntou, olhando para seu vestido rosa. Lily se sentiu corar quando seus olhos pousaram sobre os botões minúsculos na frente do vestido dela. — Sim. Shade continuou comendo enquanto Lily continuou a comer mais devagar, pensando num jeito para sair desta situação ridícula. — Por que você não almoçou no restaurante ontem?


— Eu não estava com fome. — Lily estalou. A boca de Shade se contraiu em diversão. — Se você não almoçasse aqui, onde você almoçaria Lily? — Gostaria de almoçar com os outros trabalhadores. — Disse Lily honestamente. — Você não precisa almoçar com eles. Você se tornaria muito amigável e eles iriam tirar proveito. — Isso é ridículo. — É? Todos eles estão conscientes que sua irmã é casada com um dos proprietários da fábrica. Lily terminou de comer a sua salada em silêncio, chegando à conclusão de que ela não ganharia essa discussão com Shade. — Eu nunca usaria a minha conexão com Razer. — Eu acho que é melhor não colocá-lo nessa situação. É tão difícil me fazer companhia no almoço? — Eu não acho que lhe falte companhia, Shade, — Lily brincou ironicamente com ele enquanto se levantava. — Sério, o que te faz dizer isso? — Seus olhos perfuraram os dela. Ela especulou: — Eu tenho certeza que qualquer uma dos Last Riders iria te fazer companhia no almoço, para não mencionar as outras mulheres que trabalham aqui. Várias mulheres estão interessadas em você. Elas me perguntam constantemente se você está vendo alguém. — Diga-lhes para se ocupar com as suas próprias vidas. Lily riu de sua expressão descontente. Abrindo a porta, ela olhou para trás. — Eu não posso fazer isso, Shade. Eu não usaria a minha relação


com você para falar por você. — Ela fechou a porta antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa. Pela primeira vez, ela realmente sentia como se tivesse tido a última palavra.

Lily trabalhou de forma constante o dia inteiro, parando apenas uma vez para uma pausa rápida quando saiu para pegar ar fresco, beber uma garrafa de chá. Hardin saiu não muito tempo depois e eles ficaram conversando casualmente. — Por que os dois estão tirando uma longa pausa? — Georgia perguntou quando caminhava até eles. Lily tentou gostar da mulher que se aproximava deles, mas ela fazia isso extremamente difícil. Ela era a gerente, e usava o seu poder para intimidar os outros. Lily começou a notar que ela pegava no pé, desnecessariamente, daqueles que ela não gostava, repreendendo-os em seu trabalho e, muitas vezes obrigando-os a refazer os seus pedidos. — Não chegou há quinze minutos, no entanto. — Hardin respondeu, seu rosto perdendo o sorriso. Os olhos de Geórgia se estreitaram para Hardin. — Se flertar é mais importante do que o seu trabalho, e ainda continuar aborrecendo Shade, — ela retrucou, sacudindo a cabeça na direção de Shade que conversava com Rider enquanto ele trabalhava em uma das motos dos membros. Sem outra palavra, Georgia se virou, caminhando de volta para a fábrica. Hardin virou para olhar para Shade que não tinha tirado sua atenção deles antes de voltar para Lily. — Se há algo acontecendo entre vocês dois, seria bom saber. Essa é segunda vez hoje que o meu trabalho foi ameaçado


porque eu estava falando com você. Lily balançou a cabeça. — Ele é um amigo da família, isso é tudo. Minha irmã é casada com seu amigo. — Uh, huh. Lily jogou a garrafa na lixeira. — Isso é tudo que existe. — Nesse caso, quer ir ver um filme comigo neste fim de semana? Lily fez uma pausa. Ela gostava de Hardin; No entanto, ela não queria encorajar nada mais. — Eu fico bastante ocupada nos fins de semana, mas obrigada de qualquer maneira. — Eu não pensei que você aceitaria, mas eu pensei em tentar. — Ele sorriu para ela, segurando a porta aberta. Eles voltaram ao trabalho e o resto da tarde passou rapidamente. — Vejo você amanhã, Lily — disse Hardin atravessando a porta. — Hardin, eu preciso ver você em meu escritório. — Shade estava na porta, segurando a porta aberta. Hardin deu a Lily um olhar antes de ir para o escritório, que Shade fechou depois que entrou. Lily limpou seu posto de trabalho e foi colocar o último pacote no carrinho quando Hardin saiu do escritório de Shade. Sua expressão amigável tinha ido embora e seu rosto estava pálido. — Está tudo bem? — Lily perguntou. Hardin não falou com ela, passando por ela ao sair do prédio ao mesmo tempo em que Shade saia de seu escritório. — Está tudo bem? — Ela perguntou à Shade desta vez. — Tudo está bem. — Shade disse com sua habitual expressão indiferente.


— Por que Hardin estava chateado? — Isso não é da sua conta. — Quando Lily falaria algo mais, Shade a antecipou. — Mas eu vou te dizer de qualquer maneira. Eu lhe dei uma promoção. Nós precisamos de outro motorista para trabalhar nos caminhões a partir de agora. — Lily olhou pela janela quando Hardin acelerou saindo do estacionamento. — Ele não parece estar muito feliz com a sua promoção. — Tenho certeza que ele não está. — Disse ele severamente. — Você está pronta? —Lily assentiu com a cabeça e, em seguida, o seguiu. — Eu preciso pegar minhas roupas. Shade esperou quando ela caminhava para pegar sua pequena bolsa de viagem no banco de trás do seu carro. — Onde vamos treinar? — Lily perguntou curiosamente, enquanto caminhava de volta para o lado dele. — Na academia do porão. — Shade andou pelo caminho que levava até a sede do clube que foi criado para tornar mais fácil para Winter caminhar em vez de todos os degraus da escada. O caminho de concreto tinha levado uns meses para ser feito e dava a volta pela casa pela porta dos fundos, Lily tinha vindo ao clube apenas uma vez e foi quando Winter tinha se casado com Viper, o presidente dos Last Riders. Em vez de ir pela porta da cozinha, Shade abriu outra porta ao lado da casa, levando para o que parecia ser o porão onde havia uma academia completa dentro. Lily olhou em volta com curiosidade. Quando ela tinha começado a trabalhar na fábrica, Beth tinha dito a ela que havia apenas uma regra, ela não tinha permissão de entrar na sede do clube. Lily tinha ficado magoada, mas ela concordou, escondendo a dor que ela sentiu. Beth explicou que os homens gostavam de beber às vezes durante o dia e eles


não queriam que ela ficasse chateada se inadvertidamente entrasse enquanto eles estivessem bebendo. Lily havia concordado, não querendo que sua irmã se sentisse mal desde que ela tinha usado a sua ligação com Razer para conseguir o trabalho em primeiro lugar. O quarto era muito grande com o equipamento de ginástica, e havia um poste de pole dance montado no meio da sala igual ao que Lily usava em sua aula de pole dance na faculdade. Havia também um grande sofá e uma televisão de tela plana. — Você pode se trocar aqui. — Shade atravessou a sala, abrindo outra porta. Quando ela se aproximou da sala que ele indicou, ela notou que havia uma porta à direita, e outra a esquerda e depois outra no final do corredor. — Esse quarto tem uma banheira de hidromassagem. — Shade apontou para a porta do lado esquerdo. — Esse é o banheiro, onde pode se trocar. A porta no final é o meu quarto. Eu esperarei por você na academia. — Shade saiu deixando ela no corredor. Lily entrou no banheiro, espantada com o espaço. Ele era grande, com um conjunto de cinco peças e um chuveiro. Ela se trocou rapidamente, não querendo deixá-lo esperando. Tirando o vestido e colocando-o em sua bolsa, ela pegou as roupas. Ela usaria apenas as suas roupas de ginástica que usava em casa; Ela não se sentia confortável em mantê-lo esperando enquanto ela tomava banho. Seu estômago se apertou com as borboletas, sem acreditar que ela o estava deixando ensiná-la autodefesa. Apenas sua determinação em se tornar uma assistente social a fez passar por isso. Como ela tentaria proteger os outros, então primeiro tinha que aprender a se proteger. Ontem havia provado sua vulnerabilidade quando tinha trancado a porta contra seja lá quem a seguiu. Se eles a tivessem abordado, ela não saberia o que fazer. Ela vestiu as calças e camisa de moletom de grandes dimensões e, em seguida, seus tênis. Tirando seu elástico, ela


reuniu seu cabelo escuro em um rabo de cavalo apertado. Reunindo o que ela tinha de confiança, ela pegou sua bolsa e foi para Shade que estava usando um short e uma camiseta. Ela deu uma parada. Ela não tinha percebido que ele mudaria de roupas também. Lily sentiu seus olhos correrem sobre ela passando por suas roupas. — Que tipo de roupa de treino é essa? — É o que eu sempre uso. — Disse ela — Então você precisa conseguir algumas diferentes. Essas não vão dar certo. — Shade gesticulou para ela ficar no tatame. Lily foi para frente dele, onde estava apontando. Shade era mais alto que ela, mas ele era realmente o menor em tamanho dos Last Riders. Ele era magro, mas Lily notou que os braços cobertos de tatuagens eram musculosos. Shade se aqueceu primeiro se alongando, e então se virou de novo para onde ela estava. Shade lhe mostrou como chutar e bloqueou repetidamente todas às vezes. — Vamos, Lily, você pode fazer melhor do que isso. — Lily tentou se mover, golpeando com o pé várias vezes. — Isso é o suficiente. — Disse ele quando ela parou para recuperar o fôlego. — Pelo menos você está em boa forma física, mas precisa fazer algum treinamento de peso. Lily assentiu com a cabeça. — Eu concordo. Obrigada, Shade. — Quando estivermos aqui, você me chama de senhor. — Ok. — Pessoalmente, Lily pensou que ele estava tomando seu papel de instrutor um pouco a sério, mas ela não faria isso um grande negócio. As poucas dicas que ele mostrou a ela hoje foram suficientes para perceber que ela seria uma vitima facilmente como tinha sido no passado se não continuasse o seu treinamento. Talvez, se Shade lhe ensinasse bem o


suficiente, ela estaria mais bem preparada. Pegando sua bolsa, ela se virou para sair, quando Shade a surpreendeu caminhando até o seu carro. — Tchau, Shade. — Até mais tarde. — Shade fechou a porta do carro e viu quando ela saia do estacionamento. Lily estremeceu quando o ar condicionado a atingiu esfriando sua pele superaquecida. Ela não tinha certeza o que o olhar que ela tinha pegado no rosto de Shade em seu espelho retrovisor significava, contudo um sentimento de mau presságio tomou conta dela. Em seu caminho para casa, Lily decidiu parar na loja local de desconto para comprar roupas de ginástica diferentes. Ela estava indo para o caixa quando viu sua amiga Miranda, que estava empurrando um carrinho com sua filha na cesta. — Oi, Lily. — Oi, Miranda. Elas conversaram agradavelmente por vários minutos antes de Miranda falar sobre a irmã dela. — Kaley deixou o emprego na farmácia da cidade. Estou muito preocupada com ela. — Lily não disse a Miranda que tinha visto Kaley no clube dos Last Riders, ela não gostava de fofocas e não fazia questão de começar uma. — Tenho certeza que ela vai ficar bem. Eu tenho que ir, Miranda. Foi bom vê-la novamente. Lily pagou a suas compras se sentindo culpada por não ter contado a sua amiga, mas Kaley era alguns anos mais velha do que Miranda e Lily, e ela tinha certeza que a mulher não ficaria feliz se soubesse que sua irmã estava espalhando seu negócio privado pela cidade. Lily foi para casa e tomou um banho rápido antes de se vestir e se preparar para o jantar com Beth e Razer. Quando chegavam em casa, jantavam antes de ir para a sala


para assistir a um filme. Era momentos como este, quando sentavam assistindo televisão e compartilhando pipoca, que Lily perderia. Mais tarde, quando ela se preparava para dormir, desligou a luz do quarto, deixando a luz do banheiro acesa. Se aconchegando sob seus lençóis, ela olhou para a luz que vinha do banheiro até que ela adormeceu.

O dia seguinte foi sem intercorrências e sem Hardin. Sua companhia tinha feito o tempo passar mais rápido. Nenhum dos outros trabalhadores fez qualquer tentativa de falar com ela, apesar de sua insinuação amigável. Georgia especialmente mandava os funcionários fazerem pequenos trabalhos então ela se viu sem conversar por muito tempo. Na hora do almoço, Lily estava começando a ficar chateada. Ela comeu seu almoço tranquilamente, sem perceber os olhares especulativos que estava recebendo de Shade. — Algo errado? Lily balançou a cabeça, pegando seu hambúrguer e batatas fritas. — Não. — Você tem certeza? — Sim. — Lily disse com tristeza. Os lábios de Shades torciam. —Você está muito emocional, não é? — Lily endureceu em sua cadeira. — Me desculpe se eu não consigo ser uma pessoa sem nenhuma emoção como você. Eu fico um pouco chateada quando as pessoas correm como a peste quando eu me aproximo. — Quem está correndo?


— Os outros funcionários. Se eu tento falar com eles, eles me ignoram e se afastam. — Eu tenho certeza que você está exagerando, — disse Shade, comendo com um saudável apetite. — Eu não estou exagerando. Perguntei à Gaige se ele sabia onde os foguetes de bolso estavam e você teria pensado que eu estava perguntado sobre preservativos. Eu pedi para Trent me ajudar a encontrar um pacote de sementes, e ele foi embora enquanto eu ainda estava falando com ele. E no caso de você não saber, Geórgia é a reencarnação do Átila. — Shade desatou a rir e o ressentimento de Lily desapareceu um pouco. Quando Shade ria, sua aparência se suavizava e ele se tornava um homem muito bonito. Lily realmente nunca tinha notado antes e ela não estava feliz em perceber isso agora. Ela cuidadosamente abriu a porta imaginária em sua mente e empurrou o pensamento para dentro; Em seguida, sua mão foi para o pulso dela, esticando o elástico vermelho. — Por que você fez isso? — Shade retrucou. Lily lhe entregou o prato parcialmente intacto, se preparando para se levantar. — Sente-se. — Sua voz dura à fez retornar imediatamente em sua cadeira, seus olhos indo para as mãos que estavam em seu colo. — Olhos em mim, Lily. — Os olhos de Lily relutantemente voltaram aos dele. — Responda a minha pergunta. Por que você puxa e solta o seu elástico? — Eu não sei. É apenas um hábito. Às vezes eu faço isso sem saber o porquê. — Lily disse suavemente. — Eu vejo. Eu vou avisar apenas uma vez, Lily. A próxima vez que você tocar nesse elástico perto de mim, é melhor você ser capaz de explicar


o porquê. Você me entendeu? — O duro olhar azul de Shade fixou diretamente nos dela. Lily assentiu com a cabeça. Suas mãos se fecharam para se impedir de tocar no elástico novamente. — Eu preciso voltar ao trabalho. — Lily disse desta vez conseguindo se levantar e atravessando a porta do escritório. Dando um suspiro de alívio, ela voltou ao trabalho, passando pelos pedidos tão rápido que Geórgia olhou para ela estranhamente, felizmente, ela deixou Lily em paz o resto do dia. Terminando o horário, Lily limpou seu posto de trabalho e foi para seu carro buscar a bolsa de ginástica. Ela entrou novamente na fábrica para ver Shade encostado na porta de seu escritório com Geórgia falando com ele. A expressão geralmente fechada havia desaparecido de seu rosto substituída por uma de flerte. Lily não interrompeu; Ela pessoalmente achava que os dois seriam um jogo feito no céu. Shade conversou por mais alguns minutos antes de terminar a conversa, andando em direção a Lily. O rosto de Georgia atrás de Shade se transformou fazendo Lily concordar que eles foram feitos um para o outro, e então ela se sentiu culpada por desejar a Georgia qualquer pessoa. A mulher não tinha o menor jeito agradável, e ao mesmo tempo Shade não era a pessoa mais amigável, mas ele sempre tinha vigiado ela. — O porquê desse olhar tão culpado? — Shade perguntou. Lily, como sempre, tentou ser honesta. — Eu estava pensando que você e Georgia fariam um belo casal. — O rosto de Shade fechou. — Sério? — Foi quando eu me senti culpada. No caso que você não saiba, ela realmente não é uma boa pessoa. Shade deu a Lily um olhar que ela não conseguia interpretar. — Eu acho que posso lidar com Geórgia — ele disse, caminhando até a porta da fábrica a mantendo aberta para ela.


— Isso é bom saber. Então eu acho que você deveria dar uma chance a ela. Obviamente ela tem uma coisa por você. — Lily disse amavelmente. Shade parou. — Lily, estou lhe dando a impressão que eu quero ser o seu melhor amigo? — Nãoo... — Bom. Lily seguiu os passos rápidos de Shade, tentando esconder seus sentimentos feridos. Quando ele abriu a porta do porão, esperando ela para entrar, Lily evitou os seus olhos quando entrou. — Eu vou me trocar — disse Lily, indo direto para o banheiro. Não demorando muito tempo para se trocar, mas Shade ainda a venceu já se exercitando com os pesos. Ele parou quando ela entrou na sala, seus olhos em suas novas roupas de ginástica. Shade não disse nada, mas Lily podia ver que ele não gostava das roupas que ela escolheu. As leggings pretas eram vários tamanhos maiores, e o top de lycra também era muito grande, com mangas compridas. Shade colocou os pesos para baixo. — Venha aqui. Lily se moveu em direção a ele. Shade passou a hora seguinte treinando com peso, se certificando que a mão que tinha sido quebrada começasse com peso mínimo. — Mais dois Lily. — Ela estava deitada no banco, levantando os pesos, quando a mão de Shade foi para o interior de sua coxa. — Mantenha as pernas retas. — A mão de Shade passeava pela perna até onde ele queria. Lily ficou rígida, quase deixando o peso cair. — Mantenha os braços firmes. — Sua mão deslizou até o


comprimento do braço dela, firmando-o. Lily se obrigou a endireitar os braços tremendo, em seguida quase deixou os pesos caírem, quando sua mão parou em sua barriga plana. O material fino de sua camisa não ofereceu nenhuma barreira contra o calor de sua mão. — Respire Lily. — Lily respirou fundo, em seguida, soltando. Ela estava começando a se sentir cercada por Shade. — Isso é o suficiente por hoje. — Shade se endireitou, ficando acima dela. Lily o sentiu pegar os pesos dela enquanto ela rapidamente se levantou. Ela estava agradecida pela experiência mais foi estranho. — Dois dias por semana nós faremos o treinamento com pesos. Os outros três nós trabalharemos com os movimentos de defesa. — Isso parece bom, — Lily disse, sem olhar para ele enquanto pegava a sua bolsa de ginástica. — Eu agradeço a sua ajuda, senhor. — Ela se obrigou a se referir a ele da maneira como ele havia pedido antes de ir até a porta, não esperando por ele, mas ela estava muito consciente que ele a estava observando enquanto fazia o seu caminho para seu carro. Lily foi para casa, se debatendo sobre dar um fim às suas sessões de treino. A mão dela constantemente esticava o elástico contra seu pulso todo o caminho de casa. Na hora do jantar naquela noite, ela estava colocando os pratos na máquina de lavar louça quando Beth suspirou. — Lily. — Ela olhou para sua irmã, vendo o olhar horrorizado então olhou para o seu pulso. Estava um vermelho irritado e estava inflamando. — O que você fez? — Beth exclamou, ficando chateada e as lágrimas surgindo em seus olhos. — Nada. — Lily contestou, continuando a colocar os pratos na lava-louças. — Eu nem mesmo tinha reparado que eu estava fazendo isso.


— Algo deve ter chateado você. O que foi? — Beth perguntou. — Nada. Honestamente, eu não entendo isso, também. — Disse Lily com sinceridade. Beth respirou fundo. — Ok, mas da próxima vez tenha mais cuidado. — Eu vou. — Lily não perdeu o olhar preocupado que se passou entre Razer e Beth. Ela tinha que ter controle, ela pensou, olhando para o próprio pulso. O que estava provocando a sua ansiedade teria de ser enfrentado. Ela não poderia evitá-lo. Mais cedo ou mais tarde, ela teria que enfrentar seus medos. Esperançosamente, ela não perderia a cabeça como ela fez. No andar de cima, ela trocou para o seu pijama, desligando a luz do quarto dela, mas deixando a luz no banheiro acesa. O vento soprou contra a janela e Lily estremeceu. O vento estava ganhando força, mas ela não se preocupou com isso. Não houve avisos de tempestades anunciadas. Se aconchegando debaixo das cobertas, ela se enrolou para o lado deixando sua mente voltar para o jantar naquela noite. Beth parecia tão feliz com Razer. O amor que Beth e Razer compartilhavam era especial. Lily sabia que ela nunca encontraria a felicidade como a irmã dela; No entanto, ela ficaria satisfeita se pudesse encontrar alguém para compartilhar sua vida e ter filhos. Ela queria várias crianças, embora temesse que não existisse a probabilidade de encontrar o pai perfeito. Lily estava certa que tudo o que ela amava acabou por ser destruído com a exceção de Beth. Ela era a única constante na vida dela. Se Beth algum dia fosse tirada dela, Lily não saberia o que fazer. Ela era a única pessoa que a mantinha enraizada e sã. Lily sabia que, mesmo quando estava na faculdade, tudo o que tinha que fazer era ligar e Beth estaria lá. Que Deus a ajudasse que nunca chegasse o dia que ela não estivesse lá.


Capítulo 4 Ela foi capaz de acalmar os nervos até sexta-feira, aliviada que o fim de semana estava quase chegando. O dia passou trabalhando de forma constante. Ela nem sequer se preocupou ao almoçar com Shade. Lily começou a se soltar ligeiramente perto dele desde que estava gastando muito tempo com ele todos os dias. Jewell e Bliss estavam rindo e rindo muito, fazendo piadas enquanto trabalhavam uma do lado da outra. Lily notou que Geórgia não disse nada para as duas mulheres; Na verdade, ela parecia estar tentando conseguir a amizade delas. Embora as duas mulheres fossem sempre amigáveis com ela, não faziam qualquer tentativa real para se conhecerem melhor. Após o almoço, Lily entrou na sala dos fundos e estava tentando arrumar as sementes quando vários pacotes estavam espalhados. Inclinando-se, ela estava tentando colocá-los para trás quando a porta se abriu e Gaige entrou. — Precisa de alguma ajuda? — Eu tenho tudo sob controle, — Lily respondeu. Ela sempre se sentiu desconfortável quando ele estava por perto. Ele inevitavelmente conseguia fazê-la se sentir suja quando olhava para ela. Antes que ela pudesse se levantar, a mão dele deslizou sob a bainha de seu vestido, deslizando contra sua parte interna. Lily deixou cair as sementes que ela estava segurando no chão, empurrando para longe de seu toque. Ela não disse nada enquanto rapidamente foi até a porta. — Ei, eu só estava brincando. — Ele falou. Assim que a porta abriu atrás dela, ela começou a tremer; no entanto, sua mão conseguiu ir para o bolso do seu vestido para tirar seu telefone. Rezando silenciosamente para si mesma, ela pressionou número


de Beth e colocou o telefone no ouvido, ciente que Bliss, Jewell e Georgia estavam olhando para ela estranhamente. Trêmula, ela conseguiu começar a caminhada para sua estação de trabalho, ficando mais e mais chateada que Beth não estava atendendo. Ela precisava de Beth quando a escuridão estava prestes a bater. Beth podia falar com ela e acalmá-la. Shade estava de pé com Train em seu escritório, mas ela notou que seus olhos estavam sobre ela. Ela passou os dedos pelos cabelos quando um gemido saiu de seus lábios. Ela precisava de Beth! A porta se abriu e a figura conhecida de Razer atravessou quando outro gemido inconscientemente passou por seus lábios. Ela deu um passo em direção a ele. — Lily! — Lily parou suas mãos indo para seu cabelo. — Lily, venha aqui. Agora! — Os pés de Lily mudaram de direção e ela se moveu em direção a Shade, tentando não gemer novamente quando os dois homens saíram pela porta. — Vá se sentar em sua cadeira. — Lily queria Razer se ela não conseguia falar com Beth. Ele conseguiria Beth para ela. — Eu preciso de Beth. — Ela conseguiu dizer entre os dentes batendo. — Vá se sentar — Shade repetiu, com uma expressão dura. Ele pegou o seu queixo. — O que foi que eu lhe disse sobre repetir as minhas ordens? — Shade? — A voz preocupada de Razer estava nas costas de Lily, mas ela não podia virar para ele, porque Shade ainda estava segurando o seu queixo. — Eu vou lidar com isso, Razer. — Lily estremeceu com o olhar que Shade deu a Razer. Shade tirou a mão de seu rosto. Ela ouviu Train murmurar: — Eu vou cuidar disso, — antes que Shade entrasse no escritório e fechasse a porta.


— Volte a se sentar, Lily. — A dura voz de Shade fez com que a escuridão não caísse sobre ela. — Agora. — Ele retrucou. Os pés de Lily imediatamente a levaram para o canto onde estava, de frente para o escritório, enquanto Shade retornava ao seu lugar na mesa e voltava a trabalhar com a sua papelada como se ela não estivesse lá. Lily não sabia o que fazer ou como se sentir. Ela tomou uma respiração profunda, estremecendo, inclinando a cabeça na parede. — Sente-se reta. — Shade não tirava os olhos de sua papelada, trabalhando com o teclado de seu computador antes de fazer mais anotações. Lily se endireitou, sua mão indo para seu pulso. — Não. — Desta vez seus olhos se levantaram, desafiando-a a esticar o elástico. A mão dela relutantemente se afastou; se concentrando no que ela podia e não podia fazer, ela finalmente afastou a sua mente de Gaige a tocando. A dupla pressão por estar sentada reta e não esticando o elástico contra a sua pele afastou o seu foco da sensação da mão de Gaige sob o seu vestido. Os olhos de Lily foram para o relógio, vendo quando os minutos passavam. Era estranho, mas ela sentiu gradualmente o stress do encontro deixar o seu corpo, se sentindo segura no escritório fechado com Shade. — Venha aqui, Lily. — Lily não hesitou; Ela foi para o seu lado enquanto ele empurrava a sua cadeira para trás de sua mesa. Esticando a mão para pegar a mão dela, empurrando-a para se sentar em sua coxa. Lily começou a ficar descontrolada. — Continue sentada. — Lily parou de lutar, se sentando duramente em sua coxa. Shade não tentou tocá-la além disso, a mão voltou para a tela do computador, movendo o cursor para começar a passar um e-mail.


— Os Farthings encomendaram mais três quites de sobrevivência. Acho que estão planejando a III Guerra Mundial. — Ele abriu os e-mails, verificando-os um por um. Às vezes ele fazia uma observação, às vezes ele não o fazia. — Então o que aconteceu para você ficar chateada? — Shade finalmente perguntou quando ele olhava a lista do próximo e-mail. Lily, lendo os e-mails solicitando kits de sobrevivência, disse a ele sem pensar. — Quando eu estava na sala de trás, Gaige entrou. Eu estava inclinada sobre a geladeira e ele deslizou a mão por baixo do meu vestido. — Eu ficaria chateado se ele tentasse tocar a minha bunda, também. — Shade comentou, ainda trabalhando e não olhando para ela. Lily riu. Ela não podia acreditar, mas ela riu. — Ele tentou te impedir de sair do quarto? — Shade sondava. — Não. Eu provavelmente exagerei. Eu sei quão tola eu pareço. — Você não exagerou. Ele não tinha nenhum direito de tocar em você — disse Shade, a mão indo para o quadril, ajustando para que ela se sentasse mais confortavelmente em sua perna. Vários minutos se passaram. — Está tudo bem agora? — Sim. Obrigada, Shade. — Ela se levantou sentindo-se ridícula por ter surtado sobre algo que as mulheres tinham sofrido por anos no local de trabalho. Lily abriu a porta voltando ao trabalho, consciente que os olhos de todos estavam sobre ela com Georgia lançando seus olhares irritados. — Você está bem? — Bliss e Jewell pararam por sua área de trabalho quando elas saiam. — Estou bem. Eu só exagerei. — Precisa de alguma coisa antes de nós sairmos? — Bliss deu um sorriso amigável. Lily hesitou antes de responder. — Você se importaria de


pegar para mim o pacote número quatro de feijão verde da geladeira? — Ela se sentia como uma covarde por perguntar a Bliss. — Sem problemas — Bliss disse, se virando para ir para a sala dos fundos para pegar o item. — Eu vou lidar com isso, Bliss. Vocês duas vão para o clube. — Lily observou quando Shade andou até elas. As duas mulheres saíram, dando-lhe um olhar de simpatia. — Vá pegar as sementes. Vou esperar aqui. — Shade disse a ela. Lily quase recusou, mas sabia que ela estava sendo boba. Gaige não estava próximo a ela pelo resto da tarde, e ela já tinha ido para o quarto várias vezes antes sem incidentes. Ela foi para o quarto, passando por Geórgia entusiasmada que estava realmente começando a saturar seus nervos. Ela estava levemente aliviada quando ouviu Shade dizer para ela sair quando Lily passou. Lily correu e abriu a geladeira, e encontrando as sementes rapidamente, fechou a porta e voltou para sua mesa. Shade viu quando ela terminou seu pedido enquanto o resto dos trabalhadores terminavam seus turnos. Quando Lily completou o pedido e limpou a sua estação de trabalho para segunda-feira, ela estava aliviada por finalmente o dia chegar ao fim. — Vá pegar sua bolsa enquanto eu tranco tudo. — Shade ordenou. — Mas eu pensei... — Lily protestou. Ela realmente queria ir para casa. Shade balançou a cabeça com seu questionamento. Resignada, Lily respondeu. — Eu vou pegar minha bolsa. — Lily tinha pensado que ele a deixaria faltar ao treinamento hoje à noite por causa do incidente; No entanto, ela deveria ter pensado melhor. O homem severo não dava uma polegada à margem de manobra sobre isso. A consciência dela pesou sobre como ele conseguiu acalmá-la de seu ataque de pânico completo. Agarrando sua bolsa, ela seguiu Shade para o porão e foi se trocar. Shade estava se aquecendo no tatame quando ela voltou e Lily caiu no tatame para


começar a se alongar. Shade a observou antes de se levantar e ligar a música. Ele não tinha usado música durante seus treinos anteriores, por isso Lily olhou para ele com expressão de pergunta, mas Shade não disse nada, indo para a posição e começando o seu treinamento de defesa. Ele trabalhou os seus pontapés por vários minutos, ficando irritado quando ela não o acertava. Lily começou a se distrair; O barulho do andar superior era alto. Ela podia ouvir pelas vozes que havia um grande número de pessoas. Ela podia ouvir os risos femininos e masculinos. Lily compreendeu agora por que Shade ligou a música para tentar disfarçar o barulho do andar de cima. — Preste atenção, Lily. Se você usasse mais força, teríamos terminado há dez minutos e eu estaria lá em cima bebendo uma cerveja gelada. Provavelmente com uma das mulheres ao seu lado, Lily pensou, chutando fortemente e conseguindo acertar o lado da coxa de Shade. — Já era hora porra. — Shade sorriu para ela com orgulho. Lily estava espantada consigo mesma e arrependida ao mesmo tempo. — Eu machuquei você? — Não, Lily, você não me machucou. Da próxima vez que um imbecil como Gaige tentar tocar sua bunda de novo, tente esse movimento. Lily sorriu de volta. — Ok. — Terminamos. — Obrigada, senhor. — Lily estava achando mais fácil se dirigir a ele como senhor quando eles treinavam. Indo para sua bolsa, ela a pegou antes de hesitar por um momento, torcendo a alça na mão. — Obrigado por me fazer ir buscar as sementes. Eu teria apenas evitado o quarto. — Eu sei. Lily, vamos trabalhar em nos livrar dos velhos medos


antes de adicionar novos. Você está completamente segura na fábrica e aqui. — Eu sei disso. — Bom. Eu vou te ver domingo. — Tudo bem. — Lily saiu leve ao caminhar e sorrindo por sua conquista. Pela primeira vez, ela estava começando a se sentir capaz de tomar o controle de seu bem-estar físico.

Lily viu a preocupação de Beth quando ela chegou em casa. Beth estava hesitante em sair naquela noite, mas Lily lhe assegurou que estava bem. Na verdade, pela primeira vez, ela estava querendo algum tempo sozinha. Depois que Beth e Razer saíram, Lily tomou banho e vestiu o pijama antes de descer para assistir televisão. Um show de música estava passando e ela se viu dançando ao redor da sala de estar. Penni costumava dançar com ela quando ficava chateada e isso era algo que ela nunca tinha feito com um garoto. Ela gostava de dançar quando não estava sendo observada, no entanto. Lily riu quando terminou uma música, girando até que estava quase tonta. Ela não se deixava ir muitas vezes. Sua personalidade estava sempre mantida sob controle, por isso, quando ela finalmente se soltava, o fazia de todo o coração. Ela estava pegando um pouco de água quando a campainha tocou, ela olhou para si mesma, vendo seu pijama de lã azul escuro. Indo para a porta, ela olhou pelo olho mágico antes de abri-la. Shade estava ali, segurando duas caixas de pizza e uma caixa com seis cervejas. Lily apenas ficou lá de boca aberta. — Ande Lily, antes que eu deixe a pizza cair.


Destrancando a porta, Lily deu um passo para trás, deixando-o entrar. Shade entrou, colocando a pizza e a cerveja na mesa de café. — O que você está fazendo aqui? — Lily perguntou fechando a porta antes de caminhar descalça de volta para o sofá. — Eu achei que você poderia estar com fome. — O cheiro vindo das caixas estava delicioso. O estômago de Lily resmungou. — Vá pegar dois pratos para nós. — Ela foi até a cozinha, pegando os pratos e sua garrafa de água. Ela se sentou no sofá quando Shade abriu a caixa, colocando duas fatias em seu prato. Ela imediatamente deu uma mordida na pizza quente, amando o gosto do queijo derretido na sua língua. Shade colocou duas fatias em seu próprio prato e começou a devorar o seu. Eles comeram em silêncio até que Lily colocou um filme para eles assistirem. Ela endureceu quando o ouviu abrir a cerveja, se recusando a olhar em sua direção. Suas mãos tremiam; No entanto, ela tentou agir como se não fosse grande coisa. Shade começou a falar sobre o filme que estavam assistindo e os outros dois da série. Lily relaxou nas almofadas, mas não antes de pegar outra fatia de pizza. Ela estava cheia até a borda, quando colocou seu prato de volta na mesa, envolvida com o filme. Shade pegou outro pedaço de pizza e ela o ouviu abrir outra cerveja. Ela foi para o lado do sofá, não olhando quando ele bebia. Quando ele terminou, ele limpou a mesa e colocou o resto da cerveja na geladeira antes de relaxar no sofá. O filme terminou e eles discutiram sobre o próximo que assistiriam. Lily foi até a metade do segundo filme, quando cochilou, sua cabeça no lado do sofá. Sentindo ser levantada, ela foi colocada ao lado de Shade quando ele se esparramou no sofá. Ela sentiu o cheiro fraco de cerveja em seu hálito e ficou espantada que ele estivesse tão perto dela. Ela estava simplesmente muito sonolenta e cheia para protestar sobre seu abraço imparcial. — Volte a dormir. — Por ter se levantado cedo e combinado com


seu longo dia ela acabou cochilando fortemente com a cabeça em seu braço. Seu corpo tenso estava relaxado. Suas costas estavam contra as coxas e parte de cima do corpo não a tocava. Além disso, sua proximidade não ativava qualquer um de seus alarmes internos. Sentia-se segura. As palavras passavam suavemente por sua mente. Será que ela já se sentiu segura? Quando ela acordou na manhã seguinte, Shade havia ido embora e ela estava deitada em sua cama, coberta com os lençóis. Lily se sentou confusa a respeito de como ele havia se virado sem acordá-la. Ela olhou para o relógio de cabeceira, em seguida, correu para o banheiro para tomar banho e se vestir. Beth e Razer ainda não tinham voltado assim ela fez uma torrada e deixou um recado dizendo que estava indo à igreja. Rachel estava trabalhando duro quando ela chegou, já atravessando as caixas no porão. — Desculpe o atraso. — Lily pediu desculpas. — Não se preocupe com isso — Rachel respondeu. Lily gostava de Rachel e tinha uma dívida com ela que nunca seria capaz de pagar. À noite em que o policial da cidade tinha tentado matar a ela e Winter, Lily tinha corrido para a floresta para escapar. Rachel a tinha encontrado e levou-a para a casa que dividia com seus três irmãos que eram muito protetores com a irmã. — Como Logan está indo? — Lily perguntou sobre o sobrinho de Rachel. — Crescendo como uma erva daninha. Ele vai ser tão alto quanto meus irmãos. — Lily virou algumas caixas próximas, abrindo-as para encontrar as decorações de natal. As duas mulheres dividiram as caixas para as que seriam mantidas pela igreja e as que seriam doadas na nova loja. Empilhando as caixas que eram para uso da igreja de volta para a sala elas continuaram até o almoço. — Quer comer alguma coisa? Eu trouxe almoço para nós duas. —


Rachel ofereceu. — Eu posso comer — disse Lily, colocando as bolsas que elas estavam separando para o lado. Elas saíram para comer no quintal em uma das mesas de piquenique. — Você vai voltar para a faculdade em poucas semanas, não é? — Rachel perguntou lhe entregando um sanduíche e um pacote de batatas fritas. Elas tinham pegado refrigerantes da máquina de refrigerantes. — Sim. — Lily abriu seu sanduíche, dando uma mordida. — Você deve estar ansiosa para o seu último semestre. — Sim e não. Agora que Penni se formou, eu não tenho muitos amigos. Eu na verdade tenho créditos suficientes para que eu possa fazer as minhas últimas aulas na internet. — Você não quer voltar para a faculdade? — Perguntou Rachel surpresa. — Na verdade não, mas eu não quero atrapalhar Beth e Razer ficando. Eu sei que deve ser difícil me ter por perto o tempo todo. — Lily admitiu. — Eu não acho isso. Eu acho que ela gostaria de ter você perto de casa ainda mais depois que você foi ferida tão gravemente. — Talvez, eu vou falar com ela sobre isso depois de ter certeza. — Você irá para a feira hoje à noite? — Lily perguntou à ruiva bonita. Elas tinham ido para a escola juntas e se conheciam bem. — Não, nós fomos na última noite. Logan brincou em tudo duas vezes. Hoje à noite eu tenho alguém vindo do Canadá. — Lily deu um assobio. Rachel estava ficando famosa devido as suas ervas medicinais e seu toque de cura. Lily não sabia se acreditava neles, mas estava feliz que os doentes encontravam algum conforto.


— Deve ser maravilhoso ajudar tantas pessoas, — disse Lily. — Isto é verdade. Minha avó ficaria orgulhosa que estou usando seu dom para ajudar os outros. — Sua avó? — Ela era uma Cherokee puro-sangue, e ela me ensinou tudo sobre as ervas medicinais e como colocar minhas mãos. Ela foi uma inspiração para mim. Lily sorriu tristemente. — Deve ser maravilhoso ter esse tipo de herança. — É. — Rachel fechou a lancheira. — Você já se perguntou...? Não importa, eu não devo perguntar. Isso não é da minha conta. — Se algum dia eu fiquei curiosa sobre o meu passado? — Perguntou Lily, sua mão indo para sua testa. — Eu não tenho certeza; Eu sei sobre minha mãe, pelo menos. — A mão de Lily começou a tremer. — Lily, você está bem? — Lily ouviu a preocupação na voz de Rachel. — Sim. Eu fui adotada quando tinha oito anos. — Lily disse. — Meus pais adotivos me falaram que a minha mãe estava morta e meu pai não me queria, por isso não há necessidade de buscar, não é? — Eu não queria ser intrometida. — Eu sei que você não queria. — Lily sorriu timidamente, ficando de pé. Rachel estendeu a mão para firmá-la e Lily sentiu o calor da mão dela contra seu braço. Ela conseguiu ter de volta o controle com esse gesto reconfortante. Quando elas voltaram ao trabalho, Lily estava quieta no começo, mas não conseguiu permanecer assim por muito tempo com a alegre presença de Rachel. Rachel disse a ela que um homem tinha voado da Inglaterra para que ela pudesse curar seu pênis que não conseguia ter


uma ereção. — Eu pensei que eu morreria, eu estava tão envergonhada Rachel disse, descrevendo o incidente. — Meus irmãos recusaram-se a sair da sala. Lily estava rindo tanto que ela quase deixou cair uma caixa que estava carregando. — O trabalho deu certo? — Ele teve dois filhos desde então. Claro, eu tenho um texto de sua esposa, me perguntando se eu poderia desligá-lo novamente. A risada de Lily borbulhava ainda mais, desfrutando de passar o dia com Rachel. Quando elas terminaram, Lily recebeu uma mensagem no celular de Beth, lhe dizendo para encontrá-la na feira, quando estivesse livre. Elas haviam trabalhado a maior parte do dia e só tinha um quarto da loja concluída. — Vejo você no próximo sábado? — Rachel perguntou quando elas pegaram as suas bolsas. — Com certeza. — Elas se despediram no estacionamento, cada uma seguindo o seu próprio caminho. Lily foi para casa e tomou banho, usando um vestido de verão azul pálido e um suéter caso a noite ficasse fria. Ela dirigiu para a periferia da cidade indo para as feiras, onde já havia uma enorme multidão. Ela conseguiu encontrar uma vaga no final do estacionamento e começou a caminhar em direção a feira quando Lily ouviu várias motos aparecerem. Ela olhou para trás, esperando ver os Last Riders ou mesmo os Destructor, mas ela não reconheceu as jaquetas de couro dos motoqueiros que chegavam. Lily se perguntou como Treepoint estaria lidando com outro clube de motoqueiros.


Capítulo 5 Lily entrou na fila para comprar sua entrada, o texto de Beth dizia que ela estava na feira. Depois de comprar o bilhete, ela vagou através de vários stands antes de Beth mandar uma mensagem de volta que eles estavam a caminho para encontrá-la. Lily sorriu quando leu o texto de Beth que disse que Razer estaria no carrinho de cachorro-quente quando elas chegassem, pensando que seria mais provável que Beth se juntasse a ele para começar. Lily parou em um dos stands, olhando sobre as estatuetas delicadas de vidro. Ela viu uma flor delicada com uma pequena gota de chuva de cristal pendurada em uma das pétalas. Era tão bonito. — Quanto? — Lily estava impressionada com a habilidade para fazer a bela arte. — Vinte. — O vendedor falou. Lily enfiou a mão no bolso de seu vestido de verão para pegar o seu dinheiro, tirando uma nota de vinte, incapaz de resistir à compra. — Obrigada — disse Lily, pegando a peça envolvida em papel. Com medo que fosse danificado durante seu passeio pelo resto da noite, Lily decidiu levá-lo de volta para seu carro. Mandando um texto para Beth que ela estaria de volta, Lily caminhou de volta para o estacionamento. Estava apenas começando a ficar escuro, mas ainda havia muita luz. Ela estava no meio do caminho quando teve a sensação que estava sendo observada. Lily olhou em volta casualmente. Ainda havia várias pessoas indo e vindo para a feira, e ela não se preocupou com sua segurança; No entanto, ela começou a se sentir desconfortável e não entendia por que. Ela estava quase em seu carro quando a porta de uma caminhonete se fechou. Lily engoliu em seco quando reconheceu quem tinha saído da camionete. Ele já estava caminhando em direção a ela com raiva.


— Você puta de merda! — Gaige parou na frente dela, olhando para ela com raiva. Ele tinha um lábio arrebentado e um olho negro que estava meio fechado. — Gaige — Lily cumprimentou-o, apesar de suas palavras de ódio. — Espero que esteja feliz. Eu perdi meu emprego por sua causa. Como eu vou alimentar meus filhos sem trabalho? — Me desculpe. Eu não queria que você fosse demitido — disse Lily, dando um passo para trás em sua postura agressiva. — Eu só estava brincando. — Não foi muito engraçado quando você colocou a mão na minha bunda. — Lily estalou. — Então você mandou Train bater o inferno fora do meu rosto. — Eu não mandei. — Lily protestou. — Pelo menos eu saí de lá antes que Shade viesse atrás de mim. Agora eu tenho que sair da cidade por alguns dias. Ele estava procurando por toda cidade por mim hoje. Você precisa parar esse psicopata. — Eu vou falar com ele. — Lily prometeu. — Você faz isso, porque se ele vier atrás de mim, quando ele terminar eu virei atrás de você. — Ameaçou ele. Pegando o vidro delicado de sua mão, ele rasgou o frágil papel. — Bem, se não é tão bonito. — Virando para o lado, ele jogou o vidro no para brisa do carro dela, quebrando o seu objeto em vários fragmentos fazendo o vidro voar. Lily fungou enquanto as lágrimas vieram aos olhos pela destruição gratuita de algo tão bonito. Ela não se importava com o para-brisa; ela estava mais chateada por perder a estatueta de vidro. Ela quase nunca ostentava e comprava algo como isso. Ele pegou seu braço fortemente quando ela estava dando um passo


para trás. — Agora isso é jeito de tratar uma mulher? — Uma voz dura veio por trás dela. Pelos olhos arregalados de Gaige, ela podia dizer que não era bom. Virando a cabeça, ela viu os motoqueiros que tinham chegado depois dela e tinham vindo para ajudá-la. — Eu não quero nenhum problema com vocês. — Disse Gaige. Desta vez, foi ele quem deu um passo para trás quando os três homens vieram em sua direção, soltando o seu braço. — Eu odeio quando bocetas começam a chorar antes que eu possa colocar as minhas mãos nelas — o maior deles reclamou. Ele era enorme, quase rivalizando com Knox em tamanho. Embora Knox parecesse mais feroz, este homem parecia que bateria a merda fora de você enquanto ria ao fazê-lo. Os dois restantes, por outro lado, parecia que nunca riam. Um era loiro com um olhar duro e o outro era simplesmente assustador com seu cabelo escuro e cicatriz em sua bochecha. — A lindinha aqui não precisa me ver batendo a merda fora de você, então por que não saímos daqui e cuidamos de alguns negócios. — O homem enorme segurava o braço em torno de Gaige, virando-o em direção a um conjunto de árvores. A expressão assustada de Gaige puxou a consciência de Lily. — Espere, ele acabou de perder a paciência. — Tudo bem, docinho eu vou ajudá-lo a encontrar a paciência novamente. — Ele estava empurrando Gaige que estava lutando para longe. Lily deu um passo adiante quando sentiu um braço deslizar em torno de sua cintura. — Deixe o Max acertar as coisas com ele. Ele não pode parecer muito pior do que ele está agora, — disse uma voz divertida em seu ouvido. Lily endureceu, começando a ficar assustada.


— Lily! — O grito de Beth quando se aproximava foi cortado quando Razer agarrou seu braço, impedindo-a de chegar mais perto. Lily virou a cabeça quando os Last Riders apareceram em massa. Viper, Cash, Razer, Shade, Train e Rider estavam cobrindo o estacionamento quando o resto de seus membros seguia atrás, enquanto os membros mulheres pararam, Beth corria para a irmã. — Quer fazer uma aposta sobre a qual deles ela pertence? — Aquele com o braço em volta da cintura dela falou. — Não precisa. Eu sei. — Aquele de cabelos escuros disse com diversão, andando para frente de Lily, impedindo-a de ser vista. — Deixe-me ir. — Lily tentou se afastar das garras em cintura. — Acalme-se. Eu vou deixar você ir. A voz áspera de Viper poderia ser ouvida sobre o batucar de seu coração. — A deixe ir. — Aquele que mantinha Gaige num estrangulamento voltou se aproximando de seus amigos. — Eu tenho toda a intenção de deixar essa coisa doce ir. Nós não queremos problema; Estamos só de passagem. — Ele acenou com a cabeça para Gaige. — O encontrei causando algum problema. — Balançando a cabeça para o carro de Lily, ele então disse. — Decidi ajudar. Vendo que ela é sua, nós recuaremos. — Seu braço deslizou para longe de Lily, soltando-a. Lily deu um passo adiante em direção a Razer enquanto os homens não paravam de se encarar. Aquele com a cicatriz deu um passo para o lado. Quando Lily passou por ele, ela escovou contra ele e sua jaqueta virou para o lado. Lily viu a arma presa em sua cintura. Terror quase tomou conta dela, mas Lily sabia que não queria ninguém ferido. — Ele está dizendo a verdade, Viper. Gaige estava com raiva por ter sido demitido e eles o fizeram me deixar em paz.


— Lily, vá para a sua irmã. — Shade falou. Lily fez o que foi pedido indo para Beth. Ninguém do grupo de motoqueiros estava interessado em sua opinião neste momento. Agora havia um impasse entre os dois grupos. — Você está bem? — Beth perguntou. — Eu estou bem. — Respondeu Lily, se virando para ver o que estava acontecendo. Vendo o cara chamado Max com a mão sobre Gaige entregando-o para Shade, Lily começou a voltar. — Fique aqui, Lily. Knox está entrando no estacionamento. — Disse Beth, colocando a mão no braço de Lily. Knox, ex-membro dos Last Riders, levou o carro para o estacionamento perto dos homens. Lily, Beth e as outras mulheres observavam enquanto os homens conversavam. Knox levou Gaige de Shade, pondo as algemas antes de colocá-lo no banco de trás da viatura. Elas continuaram a observar quando os homens conversavam com os membros do outro clube. Lily mordeu o lábio, não querendo que ninguém entrasse em uma briga. Os outros homens tinham apenas entrado em cena quando viram Gaige a incomodando. — O que aconteceu? — Evie perguntou. Lily contou a ela e as outras mulheres sobre Gaige quebrar o seu para-brisa e agarrar seu braço, explicando como os homens o detiveram. Elas ficaram observando quando os Last Riders começaram a voltar em direção a elas enquanto os homens do outro clube iam para as suas motos. Razer foi o primeiro a alcançá-la; No entanto, ela sentiu os olhos de Shade correndo sobre ela, verificando para ver se ela estava ferida. Assegurando-lhe ao seu cunhado que estava muito bem, eles voltaram para a feira. Lily não queria estragar a diversão de todos, então ela mudou de assunto quando caminhava de braços dados com a irmã pela feira.


— Você quer voltar para o stand e pegar outra estatueta? — Perguntou Beth. — Não. — Lily disse ciente dos outros olhos sobre ela. — Vamos começar a jogar. — Tentando provar que estava bem, ela caminhou até uma das cabines onde você tem que jogar um anel em torno de um jarro de leite; entregando ao funcionário algum dinheiro ele lhe deu vários anéis. Apontando, ela perdeu pateticamente. Ela tentou novamente com os outros dois anéis, jogando cuidadosamente cada um deles, e perdeu todos eles. Em seguida, os outros se separaram, indo para diferentes jogos e brincando. Os homens foram para o jogo de tiro enquanto Lily foi para outro jogo, que jogava água na boca de um palhaço. Ela fez bem ao disputar com as outras mulheres, pulando para cima e para baixo, rindo quando ganhou. Eles fizeram mais duas corridas e Lily finalmente ganhou um prêmio, escolhendo um macaco roxo. O homem atrás do balcão entregou a ela. — Aqui está. — Lily entregou a Beth. — Você não quer? — Beth protestou. — Você é a pessoa que gosta de bichos de pelúcia. — Lily não gostava de coletar itens. A única coisa que ela se permitiu em um longo tempo foi aquela estatueta e Gaige a destruiu. Quando seu jogo acabou, elas foram para assistir os homens jogarem. Train e Rider estavam atirando nos alvos, enquanto Viper e Shade observavam de perto. Razer caminhou para Beth, colocando o braço sobre seu ombro enquanto todos eles esperavam para ver quem ganharia. Lily ficou de lado perto de Beth quando Evie e Jewell vieram para ficar ao lado dela. Foi divertido apenas observar todos relaxarem. — Por que não damos uma volta, Shade? — Bliss perguntou. Os olhos de Shade foram para Bliss e a mulher pequena pareceu se encolher em si mesma. Shade era bom nisso. Lily se sentiu mal pela


mulher, jogando um olhar irritado a Shade que ele ignorou. — Vamos dar uma volta no bate-bate — Bliss sugeriu. Os Last Riders fizeram o seu caminho através da feira, parando e andando, jogando vários jogos. Todo mundo estava esperando na fila para um passeio que Lily não tinha a intenção de participar. — Eu estou indo pegar algo para beber. — Lily disse a Beth, que estava na fila com Razer, os braços em volta de sua cintura. Lily estava feliz que Beth era tão apaixonada pelo marido. Ela caminhou para um dos vendedores para pegar um refrigerante. Incapaz de resistir, ela comprou um algodão doce também. Se sentando em uma das mesas de piquenique nas proximidades, ela assistiu o brinquedo dando voltas e voltas. Não, esse brinquedo não era para ela. Abrindo o saco de algodão doce, ela puxou um tufo de confecção macia e comeu. O açúcar derretia em sua língua. Ela lambeu os cristais de açúcar de seus lábios. Shade se sentou no banco ao lado dela. — Você não quer jogar? — Não, eu não brinco nesse. — Lily respondeu sorrindo, sua raiva esquecida. Ela se sentou, comendo seu doce quando os Last Riders entraram. Segundos depois, ela ouviu gritos das mulheres e dos homens zombando delas. Ela tirou outro tufo de algodão doce, deixando-o derreter na sua língua mais uma vez quando sentiu um movimento inquieto de Shade ao lado dela; ela olhou para ele interrogativamente. Ela lambeu os cristais de açúcar de seus lábios e observou quando seus olhos azuis caíram para seus lábios. Desconfortável, Lily se virou tomando um gole de refrigerante. Quando ela viu os Last Riders descerem do passeio, Bliss, Jewell e Evie estavam andando com Rider; Dawn e Stori estavam ao lado de Train; Raci estava caminhando com Cash; Winter e Viper estavam andando lado a lado; Ember estava misturada com o resto dos motoqueiros, provocando Nickel por ter estômago fraco. Lily pensou em como feliz


todos pareciam. — O que você está pensando? — Perguntou Shade. Ela se virou para ele lhe dando um sorriso doce. — Eu só estava pensando como feliz todos se parecem, e como eles são perfeitos juntos. Eu posso ver todos cuidando um dos outros. — Lily rasgou outro pedaço do doce. — Você não deveria ser tão duro com Bliss. Eu acho que ela tem uma coisa por você. — Disse Lily, levando o algodão doce aos seus lábios. A mão de Shade pegou o seu pulso em um aperto duro. — O que eu disse a você sobre eu não ser o seu melhor amigo? Bliss sabe exatamente o que eu sinto por ela. — Shade levou a mão dela à boca, dando uma mordida no algodão doce. Sua língua lambeu os dedos, tirando o açúcar. Lily estremeceu seus olhos escurecendo. Sacudindo a mão da dele, ela evitou seus olhos. Ela se levantou e jogou o algodão doce e o refrigerante no lixo antes de fazer um caminho mais curto para o lado de Beth. Ela se recusou a se deixar pensar ou se debruçar sobre o incidente. Era apenas mais uma memória para bloquear atrás de sua porta imaginária quando ela não conseguia lidar com a reação. Ela não podia lidar com a faísca que acendeu dentro dela quando a língua de Shade deslizou nas pontas dos seus dedos. Ela estava deixando suas defesas caírem perto dele, e ela tinha que construí-las de volta. Ele era tudo o que ela não queria em um homem, tudo o que ela não podia ter. Se ela falhasse em mantê-lo na baia, podia muito bem ser o caminho para sua destruição.

Shade seguia atrás do grupo, mantendo um olhar atento sobre os membros de seu clube. Lily não saiu do lado de Beth no resto da noite,


usando-a como proteção contra ele. Lily usava Beth e Razer como seu escudo contra o mundo; No entanto, ingenuamente pensou que iria protegêla dele. Eles tentariam. Ele tinha pensado que Beth seria o seu maior obstáculo, mas, surpreendentemente, Razer estava jogando de irmão mais velho e tinha estabelecido às regras do jogo. Shade estava disposto a ir junto com ele por agora. Ele viu quando ela olhava para trás por cima do ombro, em seguida, se aproximava de Beth. Suas entranhas torciam quando se perguntava se ela nunca buscaria por ele e se Beth seria a única que ela buscaria por proteção. Ele se relaxou. Ele podia esperar; Ele era um homem paciente. Por agora.


Capítulo 6 Lily manteve a cabeça baixa durante o sermão se concentrando nas palavras do seu pastor, deixando-as encher seu coração e acalmar sua mente tumultuada. A mão de Beth agarrou a dela e Lily a segurou com força, juntando a força da irmã dela também. Depois do sermão, os olhos do pastor Dean procuraram os dela. — Você e Rachel fizeram muito ontem. Obrigado pela ajuda. — Eu gostei. — Lily respondeu, caminhando para frente e deixando os outros paroquianos cumprimentarem o pastor. — Vamos almoçar. — Razer disse. Lily pensou em ir para casa, mas se lembrou da experiência estranha da semana passada e decidiu ficar. Seguindo sua irmã, Razer, Evie, Bliss, Raci, Diamond, Winter e Viper atravessaram a rua e entraram na lanchonete. Shade, Rider, Train e Cash já estavam lá bebendo seu café. Quando Lily tomou um assento entre Razer e Winter no final mais distante de Shade ela sentiu seus olhos nela. Após a garçonete pegar o pedido de sua mesa e sair, Lily ouvia a conversa perto dela, mas não participou. A comida chegou e ela comeu sua salada. Enquanto comia, ela ouviu a porta da lanchonete abrir, mas não se virou até que o silêncio na mesa a fez levantar a cabeça para ver o olhar preocupado das mulheres e expressões duras dos homens. — O que está acontecendo? — Lily perguntou a Winter. — Os motoqueiros da noite passada acabaram de chegar. — respondeu Winter. — Oh. — Ela não se virou para não tornar óbvio que ela estava olhando para eles. A conversa gradualmente foi retomada; No entanto, Lily ainda podia perceber que os homens estavam tensos.


Felizmente o almoço terminou e todo mundo se levantou para sair. Lily seguiu os Last Riders até a porta, mas parou na caixa registradora, abrindo a bolsa para pegar algum dinheiro. — O que você está fazendo? Razer já cuidou da conta — Beth disse a ela. — Eu sei. — Ela deu dinheiro para o caixa. — Eu quero pagar pelos pedidos dos homens que estão na janela. — A boca da caixa se abriu, mas ela pegou o dinheiro. — Lily, o que você está fazendo? —Beth perguntou em voz baixa. — Devolvendo um favor — Lily disse, respirando profundamente, e antes que alguém impedisse, ela se aproximou dos homens sentados à mesa. Havia mais deles hoje, mas Lily tinha estado perto dos Last Riders e os Destructors o suficiente para facilmente reconhecer o líder. Parando na frente do homem loiro escuro, ela falou em um fôlego. — Eu queria agradecer pelo que você fez na noite passada. As coisas poderiam ter ficado mal sem a sua ajuda. — Os olhos do homem passaram por cima do ombro de Lily. Ela sabia que os Last Riders estavam esperando na porta. — A qualquer hora, docinho. — Os olhos duros do homem suavizaram quando ele olhou brevemente para ela, mas a dureza retornou instantaneamente, assim Lily não tinha certeza de ter testemunhado isso. Lily sorriu, se virando para a porta, embora seu olhar fosse brevemente capturado por um dos homens. Seu cabelo era um pouco mais longo e tinha um cavanhaque juntamente com várias tatuagens em seu braço. Foi a bondade em seu olhar, no entanto, que chamou sua atenção. — Oi, eu sou Colton. — Ele estendeu a mão. — Oi, eu sou Lily. — Ela colocou a mão na sua, e ele balançou. — Oi Lily. Esse é Ice. — Ele acenou com a cabeça na direção do


loiro. — O cara grande lá é Max, e o feio ao lado dele é Jackal. — É bom conhecer você. — Lily sorriu antes de continuar: — Eu não queria perturbar o seu almoço. Eu queria agradecer a seus amigos. — Tenho certeza que eles gostaram de conhecê-la. Tome cuidado, Lily. — Disse Colton seu olhar suave o oposto direto da sua aparência de bad-boy. — Eu vou. — Lily sorriu de novo, se afastando e quase colidindo em Shade que estava vindo para ficar atrás dela. Ela não gostou do olhar de aviso que ele deu aos homens. Ele ignorou seu próprio olhar, porém, levando-a para longe da mesa e de volta para os Last Riders que não se afastaram da porta. Eles esperaram até que ela estava fora para lhe dar o inferno. — O que você estava pensando, Lily? — Beth começou. — Eu estava pensando em ser educada e lhes agradecer por me ajudar a sair de uma situação difícil. — Você não pode ser amigável com outro clube — disse Evie. — Eu não sei por que não. — Quando várias bocas se abriam, Lily levantou a mão. — Eu não estava sendo amigável. Eu estava lhes agradecendo. Eu posso ser amiga de quem eu quiser. Eu sou amiga de Stud. — Lily mencionou o presidente dos Destructors, mas exagerou quando o chamou de amigo. A partir das expressões duvidosas direcionadas a ela, ela sabia que não estava retirando o seu exagero. Lily reparou Viper e Shade conversando baixinho entre eles, e quando ela e Beth se viraram para ir para casa, Razer ficou para trás. — Vocês duas vão em frente. Eu estarei lá daqui a pouco — Disse Razer. Lily hesitou, de alguma forma sabendo que eles estavam indo para enfrentar os homens no interior quando saíssem, e eles queriam que ela e


Beth fossem embora. Lily enfrentou Viper, tocando seu braço gentilmente. — Deixe-os em paz, por favor, Viper. Eles não querem problemas e eu me aproximei deles. — Eles entraram vendo que as nossas motos estavam aqui fora. — Viper respondeu. — Por favor, Viper. — Eu vou deixar passar neste momento Lily, mas não me peça para desistir novamente. — Viper respondeu. Lily estendeu a mão, beijando Viper em sua bochecha. — Obrigada — disse ela antes de se afastar. — Vamos para casa. — Desta vez a voz de Razer vibrou quando ele guiou as mulheres em direção a sua casa. Lily olhou para trás a tempo de ver Shade dar um murro no estomago de Viper. Ofegando, ela se virou para voltar para eles novamente. — Continue Lily. — Desta vez a voz de Razer estava cheia de diversão. — Por que Shade apenas bateu em Viper? — Eu não tenho ideia. — Lily achava que ele sabia perfeitamente o que estava acontecendo, mas ele não contaria sobre seu amigo. Lily olhou para a irmã. — Homens. — foi a única resposta de Beth, revirando os olhos para o comportamento estranho.

Lily não precisou se preocupar em almoçar com Shade no dia seguinte, ele não foi trabalhar. Era a primeira vez desde que tinha


começado a trabalhar na fábrica que ele não estava lá. Em seu lugar, Rider correu a fábrica naquele dia com o seu fácil bom humor. Evie trouxe uma bandeja de comida, que ela comeu na mesa de piquenique enquanto Rider foi para casa almoçar. Assim que a porta se fechou atrás dele, todo comportamento de Georgia mudou. Lily não conseguia deixar de pensar, mais uma vez, que a mulher não era boa. Sua intimidação tinha se elevado a um novo patamar; Ela começou a manipular o cronograma de trabalho, dando aqueles que não estavam em suas boas graças menos horas de trabalho. Lily realmente ainda estava procurando algo de bom em Geórgia, mas não estava sendo fácil. Ela era pequena e cheia de curvas; No entanto, sua aparência mal-humorada a tornava pouco atraente até que um dos Last Riders estava na fábrica, então ela se iluminava como um vagalume. No final do dia, ainda sem Shade, Lily voltou para casa, estranhamente decepcionada por não treinar com ele.

Joker inseriu o bico de combustível em sua moto, mantendo um olhar atento para o lado de fora quando o Dale enchia o seu próprio tanque, no lado oposto da bomba. Quando ele terminou, ele subiu em sua moto, esperando impacientemente. — Se apresse. Eu quero estar no Jake antes que escureça. A viagem é difícil o suficiente para ver a luz do dia imagine a noite. Dale terminou de abastecer e enroscou a tampa em seu tanque. — Você tem certeza que ninguém vai pensar em nos procurar na casa de seu primo? — Não, eu nunca o mencionei. Eu nunca levei Crazy Bitch para


encontrá-lo, porque ele vive no topo da porra de uma montanha e ela odeia altura. Ela teria se mijado apenas olhando para a estrada. Seu primo vivia na Black Mountain em uma casa que tinha sido passada por gerações. Ninguém iria encontrá-los lá. Eles iriam se esconder no Jake e sua esposa até que a lei os deixasse em paz. Eles decidiram perder o dia da sua audiência e fugir quando o seu advogado disse que eles não iriam se livrar das acusações. Muitas testemunhas. Se esses filhos da puta não tivessem aparecido não haveria nenhuma testemunha viva para falar merda nenhuma. Ele tinha toda a intenção de matar cada uma daquelas cadelas, mesmo uma de cabelos escuros, bonita. Não era culpa dele que ela tinha sido estúpida o suficiente para sair com sua ex. Ele ligou a sua moto voltando para a estrada montanhosa cheia de curvas. Dale estava ligeiramente a frente dele, indo em torno de uma curva acentuada, quando ouviu o tiro. Sua moto caiu e Joker mal conseguiu diminuir sua moto quando o pneu da frente de Dale explodiu, fazendo a sua moto girar. Ele gritou quando bateu na barra de proteção fazendo a bile subir na garganta de Joker quando Dale saiu voando sobre a margem da montanha. Antes que ele pudesse diminuir a velocidade ele ouviu outro tiro. Ele nem sequer teve tempo de gritar quando sentiu a umidade quente entre as coxas. Joker desesperadamente tentou controlar sua moto quando sua roda dianteira explodiu. Sua moto atingiu a barra de proteção da montanha, e a força o arremessou de sua moto o fazendo seguir Dale na margem da montanha, para a escuridão eterna.

Lily não sabia o que esperar no dia seguinte, e ela definitivamente não queria examinar os sentimentos de alívio que sentiu quando Shade estava lá quando ela chegou. Ela ficou ocupada e conseguiu concluir vários


pedidos antes do almoço. Quando ele chamou seu nome, ela não reclamou para si mesma; Ela simplesmente foi para o seu escritório e tentou não notar o olhar de ódio no rosto de Georgia. Lily não podia entender por que a mulher não gostava muito dela. Shade fechou a porta depois que ela entrou indo se sentar na cadeira ao lado de sua mesa onde ele lhe entregou a salada de frango. — Obrigada, Shade. Quando Lily comeu, ela percebeu que ele estava permanecendo terrivelmente quieto. — Você parece cansado hoje. — Lily perguntava. — Dormi tarde. — Oh. — Lily deu outra mordida em sua comida, brincando com ela por vários minutos, o silêncio rasgando seus nervos. — Você está com raiva de mim por causa de alguma coisa? — Lily estava com raiva de si mesma por se importar. — Sim. — Lily já devia saber que não podia perguntar a Shade se não queria ouvir uma resposta. — Por quê? Shade lhe deu um olhar zangado, se recostando na cadeira. — O que você acha? — Porque eu falei com aqueles motoqueiros? — Você sabe melhor que não deve ser amigável com motoqueiros como eles. Lembra-se da primeira vez que você nos viu no lago? Você ficou petrificada, mas você escorregou a sua bunda até a mesa deles. Lily estremeceu com sua descrição e, em seguida, tentou explicar. — Eu não estava com medo deles. Eu sabia que você estava lá.


A expressão de Shade mudou. Ele não estava exatamente menos irritado, mas ele parecia um pouco amolecido por sua explicação. — Eles deixaram a cidade, mas se voltarem fique longe deles. — Shade deu a ela o aviso em uma voz fria. — Eu vou. — Lily prometeu. Ela descobriu que não queria Shade zangado com ela, embora o maior motivo fosse que Beth poderia ficar numa posição difícil. E ela nunca colocaria Beth em uma situação de ter que escolher entre o clube ou ela. Lily se levantou da mesa, seu apetite completamente desaparecido. Colocando o prato na bandeja, ela virou a maçaneta da porta, prestes a sair de seu escritório com sentimentos de culpa e raiva que o seu pequeno gesto de gratidão com os outros motoqueiros tinha causado tanta confusão. — Lily. — Ela se virou para rosto de Shade. — Nunca toque Viper ou outros homens novamente. Lily sentiu um calafrio descer em suas costas. Sem olhar para trás ou dar uma reposta, a mão girou a maçaneta e ela passou apressada, fechando-a atrás dela. Essa foi uma observação que não tocaria. Ela era inteligente o suficiente para saber que não queria ouvir qualquer outra coisa que ele falasse quando dava essa ordem.

Naquela tarde, Shade passou seu tempo andando gerenciando um enorme número de pedidos. Ela foi forçada a assistir Geórgia flertar e se jogar sobre ele, o que não a incomodava. O que a incomodou, porém, foi quando Kaley entrou na fábrica com Rider e Train. Ela estava usando um short que fez Lily ficar vermelha e um biquíni mostrando seus seios grandes. Evie e Bliss estavam na porta enquanto tentavam convencer Shade


a ir nadar com eles. Lily achava que ele iria. Por que um homem no seu perfeito juízo recusaria ir com um bando de mulheres atraentes em vez de ficar enfiado em uma fábrica para o resto da tarde? Ele permaneceu, e foi aí que Lily chegou à conclusão que talvez Georgia e ele estivessem ficando mais próximos. A mão de Lily agarrou o elástico várias vezes quando o pensamento a atingiu durante toda a tarde. — Você está pronta? — Shade falou atrás dela. Lily pulou. — Para o quê? — Para treinar. — Shade olhou para ela estranhamente. — Eu não trouxe minha bolsa. Eu não sabia se você sairia novamente hoje. — Eu deixei uma mensagem com Geórgia para lhe dizer que eu estava fora da cidade ontem e eu estaria de volta hoje. — Eu acho que ela se esqueceu. Shade não parecia convencido, mas ele continuou falando — Não importa. Winter mantém sempre roupas extras em seu armário. Você pode usar uma delas. Você precisa de roupas novas de qualquer maneira. — Não há nada de errado com o que eu tenho. — Lily protestou. — Exceto serem dois tamanhos maiores do que você usa e feitos para serem usados durante o inverno, e você os deixou em casa. Lily se calou. Ela estava ficando cansada de perder as batalhas de palavras com ele. — Tudo bem. — Ela retrucou. Ela podia ver que ele não gostou de seu tom. — Sinto muito. — Lily se desculpou apressadamente. Shade acenou com a cabeça, se acalmando com o seu pedido de desculpas. — Saia. Eu estarei lá em um minuto.


— Ok. Lily esperou no caminho que levava até a casa. Vários minutos mais tarde Georgia saiu, e seu passo irritado devorou o caminho até o seu carro. Em seguida Shade saiu da fábrica fechando a porta atrás de si. — Por que ela está com raiva? — Lily perguntou enquanto observava Georgia sair do estacionamento. — Quando eu deixar uma mensagem, eu espero que ela seja entregue. — Você sempre tem que ser tão rude? — Lily sabia que seria horrível trabalhar com a mulher a partir de agora. Por outro lado, ela não tinha sido gentil até agora de qualquer maneira. — Sim. Ela deveria ter pensado melhor antes de perguntar; É claro, que essa seria a sua resposta. Quando chegaram ao porão, Shade foi para um armário no canto e puxou algumas roupas, entregando a ela. Lily entrou no banheiro e olhou para as roupas. Mordendo os lábios, ela olhou para a parte de cima roxa brilhante e short preto. Isso não ia acontecer. Lily abriu a porta do banheiro, parando quando viu Shade de pé do lado de fora, encostado na parede. — Se troque. — Mas eu não posso usar isso — Lily protestou. — Se troque. — Ela bateu a porta. Tirando o vestido, ela vestiu o short e o top. O short atingia a linha média das coxas e se agarrou como uma segunda pele. O top era ainda pior. Ele mostrava os topos de seus seios cheios. Não tinha manga; Era um top e deixava a sua barriga completamente nua. Ela nunca usava algo tão revelador mesmo na academia, que ela treinava em sua faculdade e era um


ginásio só de mulheres. Não havia nenhum jeito dela sair e ficar de frente com Shade. Ela pegou o vestido para trocar novamente quando a porta se abriu e Shade entrou. — O que você está fazendo? — Ela gritou. — Vamos lá. Eu não tenho o dia todo. Pegando a mão dela ele a levou para o outro quarto para o tatame. — Comece a alongar, — ele disse, soltando a mão dela. Lily ficou ali, sem saber o que fazer enquanto Shade começou a alongar ignorando-a. Ela rangeu os dentes, começou a alongar e gradualmente se soltou quando Shade a ignorou. Ela estava certa que estava exagerando. Esta era a mesma roupa que Winter treinava. Ela tinha visto outras semelhantes na academia da faculdade em dezenas de mulheres. — Ok, isso é o suficiente. — Shade interrompeu seus devaneios. Ele usou os movimentos que tinha aprendido na semana passada. Ela se tornou mais apta a chutá-lo, fazendo-o dar um passo para trás. Uma vez ela conseguiu o suficiente para fazê-lo feliz, ele lhe ensinou um movimento diferente, onde o joelho realmente entraria em contato com ele. — Mas eu vou te machucar. — Lily protestou. Ela odiava o pensamento de ferir alguém, mesmo Shade. — Bebê, você não vai chegar perto o suficiente das minhas bolas para me machucar. — Shade riu na cara dela. A raiva de Lily a atingiu e ela jogou o seu joelho, mas Shade agarrou a sua coxa. A sensação de sua mão no interior de sua coxa a fez dar um passo para trás, e a mão indo para o elástico. — Lembra que eu te disse sobre se machucar com essa coisa maldita na minha frente? — Shade falou. Lily não estava prestes a explicar por que sentia a necessidade de


puxar e soltar o elástico, então apertou as mãos. — Vamos lá Lily, deixe de ser uma completa covarde. — Shade instigava. O mau humor geralmente inexistente de Lily disparou. Seu joelho se soltou e ela ficou grata ao ver que ela quase cumpria a sua missão. Shade mal conseguiu se salvar quando a mão pegou seu joelho, colocando-o para trás. O peso de Lily estava desequilibrado. Suas mãos foram para seu peito e sua cabeça virou quando ela sorriu para ele. — Eu quase pego você. — Lily se gabou. — Quase não conta. — Shade ergueu a perna para seu quadril e Lily encontrou o seu sexo contra o pênis dele. Suas roupas de treino eram muito finas entre eles. Lily começou a entrar em pânico, sua mente se encheu de terror. Quando o pé de Shade saltou, passando por ela que ainda estava de pé ela começou a cair, caindo de costas com Shade em cima dela. Sua mente começou a ficar preta e ela abriu a boca para gritar. Antes que um som pudesse sair, Shade se levantou dela em um movimento fácil se abaixando, ele pegou a sua mão e a levantou. — Mais uma vez. Desta vez, eu vou lhe mostrar como me impedir de derrubar você. — Lily não conseguia se concentrar, ficando entorpecida. Shade a pegou pelo braço, levando-a para o canto da sala. — Fique ai até ficar pronta para continuar. — Shade a deixou. Sem outra palavra, ele começou a levantar pesos, ignorando-a. Lily tentou tirar a sua mente da escuridão, a mão indo para seu pulso. — Não Lily. — Lily estava ficando frustrada. Sua mente deixou a escuridão e ela decidiu sobre a sua raiva contra Shade enquanto ele trabalhava com os pesos como se ela não estivesse na sala. Lily finalmente conseguiu se recompor, a respiração deixando-a em um suspiro. Quando sua respiração desacelerou e sua mente limpou, ela começou a sair do


canto. — Não saia até você estar pronta para tentar o movimento novamente. — Lily pensou que ela iria se vestir e ir para casa. Obviamente, Shade tinha outros planos. Ela ficou no canto, se perguntando mais e mais. Ela não podia aguentar ele a tocando tão intimamente. A sensação de seu corpo contra o dela era mais do que ela poderia suportar. Sua mente em tumulto, ela começou traçar desenhos imaginários na parede, tentando se distrair. — Mãos esticadas, fique reta. — Lily corrigiu a postura o odiando por não saber por que ela estava obedecendo a suas exigências. Sua teimosia a venceu e Lily finalmente decidiu simplesmente ignorá-lo. Certamente, ele se cansaria disto e a liberaria. Ela estava errada, ele foi para a esteira e começou a correr. O homem era uma máquina. Ela nem sabia que os homens poderiam ter tanta resistência. Quando Lily começou a ficar com fome e suas pernas estavam ficando cansadas, ela deu um passo saindo do canto. — Vá para o tatame. — Shade saiu da esteira, fazendo-a esperar enquanto tirava sua camisa, usando-a para limpar o suor da testa. Ele era coberto de tatuagens. Não havia um centímetro que não tinha sido tocado. Seu corpo magro destacava as paisagens de tatuagens. Que lhe davam uma aparência ameaçadora que só alimentava o medo que Lily sentia dele. Ela desviou o olhar quando ele se aproximou do tatame. — Olhos em mim. Você está pronta? — Lily assentiu com a cabeça, apenas querendo acabar logo com isso para que ela pudesse escapar. Assim que ele estava na posição, ela atacou, tentando pegá-lo de surpresa. Neste momento quando ele pegou seu joelho e a desequilibrou, antes que a sua mente entrasse em pânico outra vez, Shade lhe deu instruções para manter o equilíbrio e seus pés se afastaram dela. Infelizmente, ele usou seu ombro


para equilibrar a si mesmo. Suas mãos segurando sua carne dura procurando levá-la para longe da realidade de novo, mas as mãos de Shade em seus quadris lhe mostraram como se afastar dele. — Bom. Isso é o suficiente por hoje. — Ele tirou as mãos de seu corpo. — Graças a Deus. — Lily murmurou. — O que você disse? — Shade perguntou. — Nada. Senhor. — Você pode ir se trocar. — Obrigada senhor. — Desta vez, seu tom era um pouco sarcástico; Suas ordens perto dela estavam ficando velhas, rápido. — Você gostaria de receber a lição de, eu acredito que alguém está sendo desrespeitosa? — Shade estalou. — Não, senhor. — Lily correu para o banheiro, fechando a porta atrás dela. Ela sabia que a lição mais importante em legítima defesa era saber quando correr.


Capítulo 7 Vida esperou impacientemente enquanto se sentava no sofá, assistindo Sawyer caminhar enquanto torcia uma mecha de seu cabelo. Ela ficou tensa, se levantou quando a porta se abriu e Colton, Ice, Max e Jackal entraram na suíte do hotel. Eles estavam em Louisville, Kentucky, se hospedando em um hotel, enquanto Kaden estava fazendo um concerto lá hoje à noite com Mouth2Mouth. Vida correu para os braços de Colton no minuto em que o viu. — Você a viu? — Vida olhou para o marido com olhos lacrimejantes. A porta se abriu e fechou novamente. Vida sabia que Kaden estava entrando no quarto; Colton com certeza o chamaria quando eles estivessem de volta na cidade. Kaden tinha ficado o máximo de tempo que pôde antes de ir à arena para verificar o som. — Eu a vi — Colton respondeu à pergunta de sua esposa. Vida não conseguia se ajudar. Ela começou a chorar, sabendo pelos sons ao seu lado que Sawyer não foi capaz de conter suas emoções melhor. — Vida, você está partindo meu coração, por favor, pare. — Disse Colton, segurando-a e balançando o seu corpo. — Eu sinto muito. — Vida conseguiu se manter sob controle. Colton se sentou no sofá, puxando Vida ao lado dele. — Ela estava bem? — Perguntou Sawyer, sentado no colo de Kaden quando ele se sentava em uma cadeira. — Ela estava bem. — garantiu ele. — Queremos vê-la, Colton, — Vida e Sawyer falaram juntas. — Vocês duas vão ter que esperar. O julgamento de Digger vai acontecer em dois meses. Depois que ele for condenado e enviado para a prisão, vai ser


mais seguro para vocês duas se aproximarem dela. Mas não vai ser fácil, Vida. Colton pôs freios sobre o possível reencontro. — Por quê? — Vida perguntou impaciente. — A pouca informação que Penni nos disse sobre sua amiga é verdade. Ela é propensa a ataques de ansiedade e fica facilmente assustada. Além disso, sua irmã adotiva é casada com um dos membros de um clube de motoqueiros, os Last Riders. — Sua voz sombria fez Vida procurar o seus olhos. — Ela está em perigo com eles? — Não, querida. Ela está segura com eles. Para ser honesto, isso alivia minha mente que eles cuidem dela tanto quanto eles fazem. — Disse Colton, não contando a ela sobre o incidente na feira. — Ela não deveria estar em perigo em relação à Digger. Ele nem sequer sabe que ela está viva. — Sawyer entrou na conversa. — Não, ele não sabe e eu quero que continue assim. Ele não está dando quaisquer informações sobre as mulheres que ele sequestrou até que consiga um acordo. Eu não me sentirei melhor sobre a segurança de Lily até que toda a operação esteja concluída. — Disse Colton a ambas. — Eu concordo. — Ice falou. — Não subestime Digger só porque ele está na prisão. — Sawyer e Vida apesar de relutantes concordaram com a cabeça. — Será que ela se parece... — Vida conseguiu sua voz de volta sob controle. — Como ela se parece? Colton correu o polegar sobre a bochecha de Vida, enxugando a lágrima que se agarrou a sua pele macia. — Ela é linda querida, como você disse.


Ele disse suavemente. A cabeça de Vida caiu para seu ombro. — O que for preciso Colton, o que tivermos de fazer, iremos fazer para mantê-la segura. — Ela prometeu, vendo a mesma determinação nos olhos de Sawyer. Tinham esperado todos esses anos; Elas poderiam esperar mais alguns meses.

A semana passou rapidamente para Lily. Na sexta-feira, ela conseguiu se sentir mais confortável com Shade manipulando o seu corpo durante suas aulas de defesa. Ele recusou a deixá-la voltar à suas antigas roupas de treino, a fez colocar de volta as roupas de Winter depois que ela tinha lavado e tentado devolvê-la. Quando ela saia depois do treino na sexta-feira, ela e Shade viraram a esquina da casa e viram Kaley subindo os degraus em uma saia de couro vermelha e um top preto. Rider tinha o braço em volta dos ombros dela. — Eu pensei que ela estava namorando Train — Lily disse. Shade não disse nada, continuando a andar silenciosamente até o seu carro. — Vejo você domingo. — Disse Lily, entrando em seu carro. — Até mais tarde. — Shade disse, voltando para a casa. Com isso, Lily foi para casa. Entrando, ela viu Beth e Razer se preparando para ir para a festa na sede do clube. — O que você vai fazer esta noite? — Beth perguntou quando eles estavam indo para a porta. — Vou jantar com Charles, Miranda e seu marido. — Lily respondeu subindo as escadas para tomar um banho. — Quando Charles voltou para a cidade? — Ontem à noite — respondeu Lily. Charles tinha passado os


últimos meses abrindo um novo restaurante para seu pai. — Divirta-se. Vejo você amanhã. — Beth falou, fechando a porta atrás deles. Lily subiu as escadas e tomou um banho. Ela escovou o cabelo, em seguida, fez um nó alto na cabeça. Indo até o armário, tirou um vestido amarelo brilhante que caia suavemente até os joelhos. Para finalizar o look, ela colocou um cordão colorido de miçangas em torno de seu pescoço. Deslizando em suas sandálias, ela estava descendo os degraus quando a campainha tocou. Ela abriu a porta para o rosto sorridente de Charles, em seguida, o deixou entrar enquanto pegava a bolsa e o celular. — Sentiu a minha falta? — Charles perguntou. — Claro. Como foi a inauguração? — Muito bem. Meu pai já está planejando o próximo. — Ele merece. Tanto quanto você por ter colocado um monte de horas para fazer dos restaurantes um sucesso. — Lily sorriu para ele. — Pronta? — Sim. Eles se encontraram com Miranda e seu marido no Pink Slipper. Lily sempre se sentiu desconfortável lá porque eles serviam álcool; No entanto, eles se sentaram bem longe do bar e nem Charles nem Jackson beberam. Miranda falou de seu filho, enquanto os homens falaram sobre a abertura do restaurante em Lexington. — Quem está cuidando dele para você hoje à noite? — Perguntou Lily, brincando com seus talheres. — Eu perguntei a Kaley, mas ela estava muito ocupada. Eu sei que você trabalha para eles, e que Beth é casada com Razer, mas eu realmente gostaria que ela não se envolvesse com os Last Riders. Estou ficando preocupada com ela. — Miranda confidenciou. Lily não mencionou que ela


tinha visto Kaley na sede do clube várias vezes nessa semana. — Ela ainda não está à procura de um emprego. — Disse Miranda com uma expressão preocupada. — Eu tenho escutado rumores também, das coisas que acontecem lá, mas quando eu pergunto a ela, ela não fala comigo sobre isso. Lily podia respeitar isso, Kaley queria manter a sua vida particular privada. Lily não gostava quando outros tentavam bisbilhotar a vida dela. Treepoint era uma cidade pequena e a maioria das pessoas fofocava para se manterem ocupados. Lily mudou de assunto, não querendo ouvir os rumores sobre os Last Riders. Eles tinham sido gentis com ela e Beth e não se envolviam em nada que era ilegal. Lily não queria ser desleal com Beth falando sobre eles. Eles foram assistir a um filme mais tarde, e todos gostaram da decisão de ir ao restaurante para café e sobremesa. Eles estavam sentados lá, rindo sobre o filme quando a porta se abriu e os Last Riders entraram pegando várias mesas grandes. Beth e Razer passaram pela porta por último com o braço de Razer em volta dos ombros de Beth e seu cabelo bagunçado pelo vento. Sentaram-se em uma mesa grande. Lily notou que Beth perdeu o sorriso quando a viu, mas ela ainda veio a sua mesa. Lily notou que Shade estava ausente do grupo. — Você se divertiu no cinema? — Sim, foi bom. Eu vejo que vocês foram dar uma volta. — Lily perguntou a irmã com um rubor brilhante. — Sim. — Aproveitem enquanto pode, o inverno começará em breve. — disse Lily enquanto Charles pagava a conta dele para a garçonete. — Onde está Kaley? Será que ela não pegou uma carona? — Miranda perguntou a Beth.


— Não, ela ficou na sede do clube. — Beth falou quando se virava para ir a sua mesa. — Vejo você de manhã, Lily. — Ok. — Lily poderia ver que Miranda não estava feliz com a resposta de Beth. Seguindo Charles que saia, ela acenou para os membros sentados à mesa, vendo que Rider também estava ausente do grupo. — Você está quieta esta noite. — Disse Charles quando voltava para casa, enviando um olhar questionador. — Eu acho que só estou cansada. — Lily respondeu, colocando a cabeça contra o encosto de cabeça. — Lily, está tudo bem? Eu tento não me intrometer, mas você sabe que você pode conversar comigo. — Eu sei Charles. Você sempre foi um bom amigo para mim. Estou feliz por você estar de volta à cidade — disse Lily, olhando para fora da janela. — Para onde estamos indo? — Ela perguntou a Charles quando passaram pela casa dela, ficando instantaneamente em alerta. — Ainda é cedo. Eu pensei em dar um passeio. — Lily estava pronta para ir para casa. Sua mão foi para seu pulso. — Eu tenho que acordar cedo amanhã, Charles. Eu me ofereci para ajudar na igreja. — Eu não vou mantê-la até muito tarde, Lily. Eu senti sua falta enquanto estava fora, eu pensei que nós poderíamos ser capazes de passar o verão juntos. O restaurante do meu pai levou mais tempo para caminhar do que eu pensava. Você não sentiu a minha falta? Lily olhou para o belo rosto enquanto dirigia. — Eu senti falta da nossa amizade, Charles. Eu realmente não tenho ninguém com quem conversar desde que Penni deixou a faculdade. Seus lábios se apertaram. Lily sabia que não era a resposta que ele


queria ouvir. Ela olhava a estrada, se perguntando para onde estavam indo. Eles saíram da cidade, indo em direção ao lago. Lily não estava assustada. Ela tinha namorado Charles desde o colégio, então suas ações não dispararam quaisquer alarmes. Dez minutos depois, ele parou num local a uma curta distância do lago. Charles saiu do carro, chegando a abrir a porta para ela. Lily saiu o deixando pegar em sua mão. Ele procurou seus olhos. — Você se lembra de quando nós costumávamos fazer isso no ensino médio? Caminhávamos a pé por uma hora apenas para conversar. — Lembro-me, Charles. — Lily caminhou ao lado do seu corpo alto, sabendo que ele estava estendendo a mão para ela na tentativa de se reconectarem depois de terem ficado afastados pela maior parte do verão. No entanto, Lily sentiu a perda de sua proximidade antes dele ter saído depois que ele tentou aprofundar a sua relação, e ela teve que lhe dizer que não retornava os seus sentimentos. Ela pensou que talvez a distância tivesse mudado a sua mente, que a falta dele teria mostrado que ela se preocupava com ele depois de tudo. Lily olhava os seus pés enquanto caminhavam. Ela podia ter dito a ele antes de sair que não mudou de ideia sobre ele. Ele não a atraia dessa forma. Nenhum homem conseguia. Assim que o pensamento cruzou sua mente, uma imagem de Shade apareceu para substituí-lo. — Há algo errado? — Charles parou ao lado dela. — Não, eu acho que alguém andou sobre a minha sepultura. — Ela estremeceu novamente. Charles colocou o braço por cima do ombro enquanto caminhavam mais adiante, se afastando do carro.


Shade estava sentado na caminhonete que pegou emprestado de Cash na escuridão, observando Lily enquanto ela caminhava ao lado do filho da puta que estava cortejando o desejo de morrer se ele não tirasse o seu braço dela. Ele relaxou quando viu Lily se afastar um pouco mantendo alguma distancia entre eles. Ele não gostava deles de mãos dadas, mas ele podia lidar com isso. Ele havia planejado inventar outra desculpa esfarrapada para passar a noite com ela, mas Razer tinha lhe dito que Charles lhe tinha batido com o soco. Ele não teve que lidar com Charles antes de agora porque Charles estava fora da cidade, mas agora que ele estava de volta e pensava que ele e Lily continuariam a namorar então ele iria agir. Shade saiu da caminhonete, assim que eles andaram longe o suficiente e não podiam ver carro. Mantendo-se nas sombras, caso eles voltassem, Shade foi rapidamente para o carro de Charles, se ajoelhando no pneu traseiro. Pegando a faca de sua bota, enfiou no pneu antes de se virar e ir para o da frente e fazer o mesmo. Assim que ele ouviu o ar assobiando, ele voltou para a caminhonete, sentando ao volante. Pegando o seu celular, ele ligou para Rider para avisar que Razer o chamaria logo, de modo que ele precisava terminar o seu negócio com Kaley. Ele queria a sua bunda pronta para sair quando Razer ligasse para pedir uma carona para Lily de volta para casa. Shade se sentou e esperou pacientemente pelo retorno do casal.

Lily não podia esconder seu bocejo enquanto Charles falava sobre o novo restaurante de seu pai. — Vamos voltar, eu posso ver que você está cansada. — Charles parou de falar. — Sinto muito, Charles. Tem sido um longo dia. — Ela apertou


sua mão, aliviada quando ele lhe deu um sorriso. Quando chegaram ao carro, ele abriu a porta, fazendo-a entrar. Lily observou quando ele caminhou pela frente do carro, vendo Charles se curvar diante do pneu da frente, ficando com uma carranca no rosto. Ela se virou enquanto ele caminhava para o pneu de trás e se levantou, olhando para baixo por um minuto antes de entrar no carro. — Eu tenho más notícias. Temos dois pneus furados. — Charles disse, enfiando a mão no bolso e puxando o seu celular. — Você não tem o reserva? — Lily perguntou, sentindo-se estúpida devido o olhar que ele lhe deu. — Eu tenho, mas não dois. Meu pai ainda está em Lexington, então eu não posso ligar para ele. Vou tentar Lyle, mas é sexta-feira, assim as chances não são boas que ele vá realmente atender. Lyle era o bêbado da cidade. Lily odiava se referir a ele dessa maneira; No entanto, ele estava mais vezes bêbado do que sóbrio. Ela realmente não queria ficar presa na caminhonete reboque com ele depois dele ter bebido demais está noite. — Vou ligar para Razer. — Lily ofereceu quando Charles não teve sorte ao ligar para Lyle. Ela pegou o seu celular, ligando para o seu cunhado. Ele respondeu no terceiro toque, e Lily rapidamente explicou sua situação. Ele se ofereceu para enviar Rider. — Obrigada, Razer. — Ela guardou o telefone, se virando para Charles. Ela podia ver que ele não estava feliz com ela chamando Razer, mas o problema em viver em uma cidade do tamanho do Treepont era que suas opções eram limitadas. — Eu queria passar mais algum tempo com você. Eu acho que consegui o meu desejo — Charles disse ironicamente. Lily riu. Se


aproximando mais do console, ela beijou sua bochecha. — Eu realmente senti sua falta, Charles. — A tensão desapareceu de seu rosto e ele relaxou contra seu banco. Eles começaram a falar sobre as travessuras que aprontaram no colégio. Vinte minutos depois, faróis pararam atrás deles. Rider abriu a porta da sua caminhonete quando outra caminhonete parou próxima a ele. Shade saiu da outra caminhonete mais velha e que todos na cidade sabiam que pertencia a Cash. Tanto Charles quanto Lily saíram do carro. — O que está acontecendo, Lily? — Rider perguntou enquanto caminhava ao lado de Charles e olhava para baixo no carro para os dois pneus furados. — Nós fomos dar uma caminhada e, quando voltamos, os pneus estavam murchos. — Charles explicou. — Eu vou colocá-lo no reboque e deixá-lo na garagem. — Eu vou dar aos dois uma carona para casa. — Shade ofereceu, andando para frente. Nenhum deles falou nada enquanto os dois homens levavam o carro de Charles de reboque. Quando terminaram, Rider subiu de volta em sua caminhonete. Shade foi até a caminhonete que estava dirigindo e abriu a porta do passageiro para eles. Lily subiu na caminhonete primeiro segurando seu vestido para baixo enquanto deslizava pelo banco de forma que Charles tivesse espaço suficiente para se sentar. Shade subiu no banco do motorista e ligou a caminhonete, quando Lily puxou o vestido para baixo sobre os joelhos. Quando Shade deu ré e virou, ela ficou sentada tão perto dele que quando se mexia para trocar as marchas passava o braço contra seus seios. Lily ficou tensa, presa entre os dois homens com nenhum lugar para ir. O silêncio no carro poderia ser cortado com uma faca. Se sentindo agitada e desconfortável no silêncio, sua mão foi para seu pulso, mas antes que


pudesse esticá-lo e soltá-lo a mão de Shade cobriu a dela, impedindo-a de tocá-lo. Ela retirou as mãos colocando as duas mãos sobre o colo. — Eu agradeço a você e à Rider por isso. — Charles quebrou o silêncio quando se aproximaram da periferia da cidade. — Tentamos ligar para Lyle, mas ele não atendeu. — Isso é porque ele estava em Rosie. Eu vi sua caminhonete enquanto passava por lá. — A voz fria Shade encheu a cabine da caminhonete. — Isso explica tudo. — Charles murmurou. Lily esperava que Shade a deixasse primeiro mas ele continuou dirigindo após sua casa. — Onde? — Shade perguntou. Charles lhe deu as instruções e o silêncio foi retomado no caminhão. Ela teve que se forçar se a manter respirando, mesmo quando eles viraram a esquina e ela foi pressionada contra o lado de Shade. Felizmente, Charles morava perto e não demorou muito antes que eles estivessem chegando em sua garagem. Charles abriu a porta quando a caminhonete parou. — Obrigado, Shade. Você e Rider podem passar pelo restaurante e eu vou pagar o jantar. — Disse Charles, saindo. — Nós vamos fazer isso. — Shade disse. — Boa noite, Lily. Vejo você na igreja domingo. — Boa noite, Charles. Charles fechou a porta e Shade saiu da garagem, o braço de novo esfregando contra seus seios novamente. Lily tentou fugir, mas o vestido estava preso em sua coxa. Quando seu vestido começou a deslizar ela se sentou presa no seu lugar. Ela não fez disto um caso, uma vez que era curta


a distância até a sua casa. — Você se divertiu no seu encontro hoje à noite? — Sua voz áspera a sobressaltou. — Sim. Fomos assistir a um filme e jantar com minha amiga Miranda, a irmã de Kaley. — Shade não respondeu, parando no sinal vermelho. — Beth e os outros foram para o restaurante quando estávamos tomando café. Você não foi passear com eles? — Não, eu não estava com disposição para um passeio hoje à noite. — O sinal ficou verde, e a caminhonete começou a se mover. — Sinto muito que você teve que sair hoje à noite. — Lily pediu desculpas. — Você teria feito melhor se tivesse deixado a sua bunda dentro de casa esta noite. — Lily endureceu ao lado dele. — O que você quer dizer com isso? — Shade virou o caminhão para a sua rua. — Quero dizer, você precisa ser cruel para ser gentil, e terminar ao invés de enrolar o cara. — Shade respondeu, virando em sua garagem. — Eu não estou enrolando Charles. — Lily protestou, se virando para olhar para ele quando ele parou. — Sim você está. Quando você saiu com ele hoje à noite você estava pensando em foder com ele? — Claro que não! — Disse Lily, chocada com a sua declaração sem filtro. Ela rapidamente empurrou o vestido para debaixo de sua coxa. — Então está enrolando, em minha opinião. — Bem, graças a Deus que a sua opinião não conta. — Lily


retrucou, deslizando pelo banco em direção à porta. — E você com certeza sabe sobre ser cruel. — Lily abriu a porta da caminhonete, descendo do banco e batendo a porta. Puxando a chave da casa de seu bolso, ela estava abrindo a porta e, em seguida, se encontrou pressionada contra a porta. O corpo de Shade estava pressionado contra ela, suas mãos plantadas contra a porta, a impedindo de se virar para colocar a chave na fechadura. — Não é uma jogada inteligente, não deixar uma luz acesa na varanda, Lily. Você acha que eu sou cruel? Como eu estava sendo cruel, lhe dizendo que você deve parar de ferrar com a cabeça dele? Você não acha que cada vez que ele sai com você, ele está se perguntando se este é o momento de começar a tocar a sua pele macia. — Sua boca baixou ao lado de sua orelha. — Se você vai deixá-lo tocar seus seios firmes. — Lily tremeu, mas enquanto seu corpo a mantinha presa à porta, seu corpo não tocou o dela. Foi o calor de seu corpo e o cheiro de sua jaqueta de couro que estavam atacando seus sentidos, mantendo-a presa pelo susto, enquanto, ao mesmo tempo, seus seios apertavam em resposta a suas palavras. — Eu sou um homem, e eu estou dizendo a você que sem dúvida, quando ele sai da casa dele para sair com você, ele está pensando em passar a noite entre as suas coxas. Eu não sou o único a ser cruel, você é. — Lily gemeu, sem saber exatamente por que, Shade deu um passo para trás. Levou um momento antes de Lily conseguir reunir o suficiente para abrir a porta e entrar. Quando ela se virou para bater a porta na cara dele, ela parou quando ele colocou a mão na porta. — Eu vou ter que te ensinar como parar de enrolar. — Ele se virou, deixando-a sem outra palavra. Ela ainda bateu a porta, mas ele já tinha saído da garagem e não teve o efeito que ela queria. Isso a fez se sentir melhor, no entanto. Ela trancou a porta antes de ir até seu quarto para se


arrumar para dormir. No quarto, ela se viu no espelho, fazendo uma pausa antes de subir na cama. Suas bochechas estavam coradas e seus seios ainda se sentiam duros e doloridos. Sua mão foi para sua testa, sentindo o início de uma dor de cabeça. Ela abriu uma porta em sua mente, empurrando todos os pensamentos sobre Shade para dentro. Ela não podia deixar acontecer de se sentir atraída por ele. Mais cedo, quando ela se virou para fechar a porta, ela tinha visto um olhar em seu rosto antes que ele pudesse disfarçá-lo com o seu rosto impenetrável habitual. Ela não teve nenhuma dificuldade em reconhecer a escuridão em sua alma que ele mantinha escondida. Ela não tinha a intenção de se apaixonar por ele como as outras mulheres que constantemente o cercavam. Ela estava indo para encontrar seu caubói e trazê-lo para Treepoint, e eles viveriam felizes nesta casa. Lily previa isso, fantasiando sobre seu homem imaginário e tentando afastar todos os pensamentos de Shade. Ela não percebeu quando finalmente conseguiu adormecer, que a imagem dele foi a última coisa em sua mente.



Capítulo 8 Lily sentou-se de mãos dadas com Charles na igreja, e desejou que ela pudesse sentir o que ele sentia por ela. Não demoraria muito para ela falar com ele novamente. Já havia dito a ele antes que não tinham futuro e ele precisava encontrar alguém, mas ele apenas balançou a cabeça, dizendo que ele esperaria. Lily sorriu tristemente para si mesma. Ele esperaria para sempre por ela se lhe desse um pequeno incentivo. Ela não queria isso para ele, não era justo. Ele merecia uma mulher que o amasse tanto quanto ele a amava. Ela sabia que não tinha estômago para ser cruel como Shade a acusou; Ela decidiu que poderia fazê-lo entender sem feri-lo. Lily se levantou quando chegou à hora de cantar, seu olhar foi pego por Rachel enquanto ela se sentava com seu sobrinho e irmãos. Holly e Sra. Langley sentaram no mesmo banco. Ela e Rachel haviam trabalhado por muito tempo na tarde de ontem organizando o porão, conversando durante todo o dia, ela se viu compartilhando coisas com Rachel que ela tinha falado apenas para Beth. Rachel era fácil de conversar e tinha a idade de Lily, compartilhando muito das mesmas experiências. Ela perderia seus dias juntas quando voltasse para a faculdade, que já estava temendo devido à ausência de Penni. Depois da igreja, Charles foi para o restaurante com ela e eles se sentaram na mesma mesa com Beth e os Last Riders. Foi desconfortável no início, mas gradualmente todos na mesa apenas os ignoraram quando eles se sentaram no final da mesa falando em voz baixa. Todos, exceto Shade, cujo olhos ela podia sentir sobre eles, embora ele estivesse usando seus óculos de sol. — Nós vamos nadar Lily. Quer vir? — Beth a convidou. — Não, obrigada. Vou ficar em casa e relaxar. — Lily recusou o


convite, sabendo que iriam se abster de tomar suas cervejas se ela fosse. Ela não queria estragar o dia deles. — Tem certeza? — Beth perguntou. — Sim. Não muito tempo depois, Charles terminou, se inclinando para lhe dar o beijo habitual na bochecha antes de sair. Um copo despedaçou no chão e todo mundo pulou. — Desculpe, meu cotovelo bateu no meu copo. — Beth pediu desculpas. — Você não se cortou com o vidro, não foi? — Lily viu o copo espatifado aos pés de sua irmã. — Não, eu estou bem. Apenas desastrada. — Eu vou te ligar esta noite — disse Charles antes de sair, ignorando o silêncio tenso na mesa. Quando chegaram em casa alguns minutos depois, Beth e Razer subiram para se trocar e colocar os seus trajes de banho. Enquanto eles se trocavam, Lily carregava o cooler com sanduíches frios e frutas para quando sentissem fome. Abrindo a geladeira, ela encontrou algumas garrafas de água e refrigerantes, colocando no cooler, também. Enquanto pegava a água e refrigerante, ela notou que as cervejas que Shade tinha deixado ainda estavam dentro da geladeira. Beth não tinha perguntado por que tinha cerveja lá dentro, por isso Lily tinha chegado à conclusão que ela tinha pedido a Shade para manter um olho sobre ela. Ela se sentiu envergonhada que Shade tinha sido colocado na posição de vigiar uma mulher adulta. — Você tem certeza que não quer mudar de ideia e vir? — Perguntou Beth, vindo para a cozinha.


— Não, obrigada. Acho que vou ler um pouco no quintal e pegar um sol. — Tudo bem, se você tem certeza. — Dando um olhar à Razer ela disse: — Nós podemos passar a noite no clube, se estiver bem? — Claro. Eu vou ver vocês dois amanhã. Lily os observou sair, se lembrando dos dias em que ela e Beth passavam o dia juntas nadando. Ela sentia falta daqueles tempos com Beth. Ela não se ressentia de Razer ou dos outros. Era sua própria culpa não conseguir suportar estar perto quando eles estavam bebendo. Ela colocou seu biquíni antes de pegar o chá gelado e ir para o quintal. Sentou-se numa poltrona, colocando um pouco de loção de bronzeamento antes de se deitar e voltar a ler um livro de autoajuda. Ela gostava de se deitar no sol quente, especialmente no quintal que era completamente fechado com uma cerca dando privacidade e árvores centenárias que impediam qualquer um de olhar para ela. Era sua própria zona segura e tinha privacidade uma vez que as casas de ambos os lados eram de um andar e a que ficava atrás deles estava vazia há anos, mas era regularmente verificada, eles sempre viam um carro do lado de fora. O pai delas tinha lhes dito que pertencia a um casal que passava férias neste lugar duas vezes por ano. Lily rolou sobre seu estômago após deixar a cadeira de praia plana. Ela sentiu o fundo do biquíni subir um pouco, mas estava muito sonolenta para arrumar, sabendo que ninguém veria. Estava ficando um pouco apertado nela e ela precisava de um novo. Ela tinha o mesmo desde o colegial, embora ela raramente usasse, não queria desperdiçar dinheiro. Lily depois de um tempo acordou assustada de sua soneca, sentindo mãos quentes esfregando loção fria em sua pele. As mãos dela foram para o lado pronta para pular da cadeira. — Fique quieta. Eu não queria que você se queimasse. — A voz de Shade soou atrás dela quando esfregava mais loção nas costas de suas


pernas. — Já chega. Eu estava indo me trocar; — Lily protestou. — Fique e relaxe. Eu trouxe para nós algumas carnes para grelhar. Quando estiverem quase prontas, você pode se trocar. — Lily não tinha certeza, mas pensou ter sentido o toque leve de seu polegar contra o globo de seu bumbum. Ela começou a endurecer; No entanto, Shade se afastou. Lily virou a cabeça, vendo que ele devia ter estado aqui há algum tempo uma vez que os bifes já estavam em um prato, à espera de serem colocados na grade que ele estava esquentando. — Como você entrou? — Perguntou Lily. — Eu tenho uma chave. — O que? Como? — Perguntou Lily. — Beth me deu a chave extra quando você estava no hospital. Ela me pediu para embalar algumas roupas para você. — Sua irmã tinha se esquecido de dizer a ela que foi Shade quem levou as roupas dela para o hospital. Lily ficou horrorizada com o pensamento de Shade passar por seu quarto, e abrir as suas gavetas. Lembrou-se da calcinha vermelha que havia sido enviada para ela. Lily teria uma conversa com Beth quando ela voltasse para casa. — Você pode tomar um banho rápido. As carnes estão quase prontas — Lily não queria se levantar da poltrona. Sua parte de cima do biquíni era indecente e seus seios grandes mal cabiam dentro das partes pequenas. Chateada consigo mesma por não levar algo para se cobrir, Lily se levantou e correu em direção à porta dos fundos, mantendo o rosto longe de Shade. Um braço duro foi ao redor da cintura dela, puxando-a para si. — Espere um minuto. Um dedo pressionou sobre a pele logo acima da carne de seus seios.


— Você pegou muito sol. Ponha um pouco de loção antes de você voltar aqui para baixo. Eu manterei os bifes aquecidos. — Eu sou uma mulher adulta. — Lily estalou. — Eu posso ver isso por mim mesmo. — Seus olhos estavam em seus seios. — Idiota. — Lily começou a se afastar, mas foi liberada antes que pudesse forçar a sua saída. — Ficando nervosinha. — Shade sorriu. — Vá se trocar. Lily se afastou, mas, em seguida, caminhou depois que ela recatadamente olhou para trás e viu os olhos dele em seu bumbum. — Não diga nada a não ser que você queira aprender a minha lição sobre respeito. — Ele disse vendo o fogo em seus olhos. Lily murmurou alguma coisa ininteligível baixinho. — O que você disse? — Ele perguntou com um brilho de advertência em seus olhos. — Eu vou estar de volta em um minuto. — Lily tomou um banho, lavou o cabelo completamente. Depois que se secou, aplicou a loção em sua pele antes de colocar o vestido verde pálido que ia até os tornozelos. Deixando o cabelo secar naturalmente, ela desceu as escadas sentindo o cheiro dos bifes, deixando-a com fome. Lá fora, Shade já estava colocando os bifes em um prato. Ele também havia levado o jarro de chá e copos com gelo. Havia até mesmo uma grande batata cozida colocada em cada prato. — Exatamente há quanto tempo você estava aqui? — Perguntou Lily, tomando um lugar na mesa. — Tempo suficiente. — Shade sorriu, colocando o prato de carnes sobre a mesa. — Eu iria reclamar, mas a comida parece boa demais; — Lily disse


com diversão irônica. Shade colocou um dos grandes bifes no prato dela antes de servir a si mesmo. Lily cortou um pedaço da carne macia em seguida, deu uma mordida. — Está deliciosa. — Ela cumprimentou. — Você não achou que eu poderia cozinhar? — Shade levantou uma sobrancelha. — Por que você precisaria cozinhar? Você tem um monte de mulheres bonitas cozinhando e entregando para você; — brincou Lily sem rancor. — Você sabe que todos nós revezamos para cozinhar e dividir as tarefas. — Aposto que é interessante. Com que frequência Winter fica presa fazendo as tarefas? — Nem sempre, a menos que seja um castigo. Ela tem uma maneira de conseguir as coisas que quer. — Eu sei. Trata-se de uma diretora de escola. — Ela era um gênio em conseguir que as crianças fizessem coisas que eles não queriam fazer. Lily se lembrou das suas próprias experiências em perder as suas travessuras com Winter. — Sério? Lily assentiu com a cabeça. — Os idosos queriam cortar classe no primeiro dia da primavera. Era uma tradição na nossa escola e a cada ano os estudantes conseguiam encontrar problemas. O diretor anterior tentou pará-los, mas não foi bem sucedido. Winter, por outro lado, fez de tudo para nós termos o dia de folga. Ela disse que se nós nos oferecêssemos para limpar a cozinha do chef do programa de treinamento escolar ela nos deixaria ter a tarde livre.


O que ela não nos avisou, é que tinham sido os estudantes que fizeram pizza no dia anterior e não tinham usado as bandejas de pizza. E nos levou o dia todo para limpar aqueles fornos. Eu tive pesadelos com queijo queimado por um mês. Shade tinha parado de comer. Lily o fitou com um olhar questionador percebendo o que o olhar significava. Ela não conseguia parar o riso vindo de sua garganta. — Não me diga que ela te pegou nessa? Vamos mudar de assunto antes de me decidir fazê-la arrumar o nosso forno. Eles conversaram pelo resto da refeição sobre as diferentes coisas que as pessoas faziam nos pedidos da fábrica. — Knox colocou Diamond em um orçamento — Lily disse quando descreveu como Diamond sorrateiramente ia para a fábrica quando uma nova remessa chegava. — Ela finalmente se acalmou. Ela está muito ocupada decorando sua nova casa. Lily não disse a ele sobre os dois quites que Diamond havia comprado em seu dia de folga. Limpando a mesa, ela assistiu Shade por sua vez, desligar o grill se certificando que estava tudo arrumado antes de irem para dentro. — Eu cozinhei. Você pode lavar os pratos — disse ele, abrindo a geladeira para pegar uma cerveja. Lily ficou tensa quando ele foi para a sala e ligou a televisão. — O que você quer assistir? Algo assustador ou algo engraçado? — Engraçado. — Lily respondeu, enquanto continuava a colocar os pratos na maquina.


— Então será assustador. — Não se atreva. — Então é melhor você se apressar. — Lily fechou a máquina de lavar louça antes de entrar na sala e sentar no outro lado do sofá. Ele havia escolhido uma comédia romântica para assistir, que Lily não assistia muitas vezes e nunca com um homem. Ela ficou tão desconfortável assistindo os dois personagens principais brincar na tela durante uma cena em particular, que se levantou e foi até a cozinha fazer pipoca. Ela encheu duas tigelas, pegou um refrigerante para ela e hesitante pegou outra cerveja para Shade. — Obrigado. — Ele pegou a cerveja e a pipoca dela, e então Lily retornou à sua cadeira. Ela nem sequer endureceu quando ouviu o barulho da cerveja dessa vez, enquanto não tirava os olhos da televisão. Depois que o filme acabou Lily levou as vasilhas de pipoca e latas vazias para a cozinha. Shade já estava na porta quando ela voltou. — Tranque a porta atrás de mim. — Eu irei. Obrigada pelos bifes, Shade. — Lily se apoiou e se inclinou escovando a bochecha com um beijo suave antes de se afastar às pressas. — Boa noite. — Boa noite, Lily.

Shade estava sentado em sua moto no estacionamento de Rick Pub. As luzes de dentro sendo desligadas e os funcionários saíam, dando olhares cautelosos na direção de Shade. Charles foi o último a sair fechando e trancando as portas. Quando ele se virou para o estacionamento e o viu


sentado lá, Shade não viu qualquer surpresa. Ele andou até Shade. Ele teve que dar crédito ao garoto, que ele não recuou com o seu olhar duro. — Se você veio para o jantar, eu receio que estejamos fechados. Shade deixou um sorriso irônico tocar seus lábios. — Nós dois sabemos que não é por isso que estou aqui. Charles olhou para ele. — Se você veio aqui para me ameaçar para que eu fique longe de Lily, eu não vou. Você está desperdiçando seu tempo. Mesmo se você me bater tudo o que tenho que fazer é mostrar a Lily. Isso iria virá-la contra você. Não há nenhuma maneira que você possa ganhar Shade. O merdinha sorriu para ele. Shade sorriu afavelmente antes de ir ao seu bolso, pegando algumas fotografias e entregando ao Charles. Charles pegou as fotos dele, empalidecendo. Ele olhou de volta para Shade. Shade se inclinou pegando as fotos de volta, olhando para a mulher e a criança na imagem. — Semelhança surpreendente, não acha? Eu acho que nós dois sabemos o que Lily faria se descobrisse que você fodeu uma de suas amigas. Miranda pode ter passado seu filho para o idiota que ela se casou, mas nós dois sabemos que o garoto é seu. Não apenas Lily não iria querer ter nada a ver com você, mas acabaria com o casamento de Miranda, e as fofocas voltariam contra o seu papai. Eu acho que o marido dela é um diácono na igreja; — Shade se inclinou apoiando o antebraço em seu joelho, seus olhos fixando Charles no lugar. — O que você quer? — Perguntou Charles, sua mandíbula apertada. Shade sorriu com satisfação. — O que eu quero é que você volte para Lexington. Vou até mesmo lhe dar duas semanas em casa antes de você ter que sair, só não


tente ver Lily mais. — Charles assentiu com a cabeça. Shade se endireitou, ligando o seu motor. — Ela nunca vai te amar. O que faz você pensar que tem uma chance melhor do que eu? — Charles olhou para ele como se fosse lixo. Shade lhe deu o seu momento. Charles sabia que tinha perdido toda a esperança de ter Lily. Ele com certeza dos diabos estava se saindo melhor do que Shade conseguiria. Ele olhou para trás, para o homem, mas não sentia pena. — A diferença entre nós Charles, é que eu daria meu braço direito por ela. Você, por outro lado, não demorou cinco segundos para colocar a porra de um preservativo. — Shade partiu, deixando o homem sem palavras para trás.


Capítulo 9 Lily se trocou vestindo suas roupas de treino, não mais preocupada em estar exposta. Ela havia se acostumado com Shade a vendo daquele jeito depois de treinar por quase um mês agora. Enquanto ela o vencia no tatame o que foi a primeira vez, ela podia escutar a música tocando no andar de cima, o que significava que a habitual festa de sexta-feira já havia começado. Ela começou a se alongar enquanto esperava Shade aparecer. O tempo tinha voado e ela podia dizer que as suas aulas de defesa a tinham ajudado com sua confiança, combinados com a musculação fazendo-a se sentir mais forte. Seus ataques de pânico tinham diminuído para quase inexistente. Ela até confidenciou a Rachel que tinha decidido ficar em Treepoint e terminar suas aulas na internet. Lily estava gostando de sentirse mais confortável no mundo, e ela não queria voltar para as inseguranças da vida universitária. Ela não podia admitir que sentiria muita falta de todos quando saísse. Ela havia se acostumado a gastar seus sábados com Rachel, e ela gostava de passar os seus dias na fábrica. Georgia era a única mosca na sopa. A hostilidade tinha aumentado quando ela testemunhou o fortalecimento da amizade entre Lily e Shade. A mente de Lily evitou a simples menção de um relacionamento real com Shade, mas uma amizade tinha certamente se desenvolvido. Ele havia passado os últimos fins de semana com ela em sua casa quando Beth e Razer tinham ido para o clube. Ela estava tão feliz que sentiu como se o peso de seus temores estivesse lentamente se dissolvendo. Sua música favorita tocou no sistema de som, enquanto ela estava terminando o aquecimento quando ele desceu as escadas. — Desculpe, foi algo que eu precisava cuidar.


— Sem problemas. — disse Lily, saltando para cima e para baixo nas pontas dos pés. — O que vamos treinar hoje? Você quer que eu tente joelho de novo? — Seu rosto ansioso estava iluminado com entusiasmo. — Você parece ansiosa para tirar meu pau fora de combate. — Lily riu seus olhos brilhando. Normalmente, este era um lado de si mesma que só Beth via, mas Shade tinha provado seu comportamento cavalheiresco ao longo do tempo, e ela agora se sentia confortável o suficiente para ser ela mesma em torno dele. — Nós vamos treinar algo diferente hoje. — disse ele, andando para mais perto da extremidade da parede indo para o tapete. — Eu quero que você tente sair de um tipo específico de ataque. Por exemplo, se você está entrando em seu carro e alguém vem por atrás de você. — Lily assentiu. — Esta pronta? — Sim. — Vire-se. Lily inocentemente se virou, ignorando o que ele estava prestes a fazer. Quando Shade se aproximou dela, pressionando seu corpo contra suas costas, a mão de Lily foi automaticamente para a parede para evitar ser pressionada contra ele, deixando-a indefesa. Ela começou a entrar em pânico, mas conseguiu se acalmar. Um de seus braços deixou a parede por instinto, virando para tentar afastá-lo, e a mão dele agarrou seu pulso, segurando-o preso contra parte inferior das costas. A outra mão automaticamente retornou e foi presa também, deixando-a indefesa, pressionada contra a parede. A parte inferior do corpo estava contra a bunda dela, fazendo-a se sentir cercada. Sua respiração começou a acelerar e sua mente começou a desligar. Ela ficou mole, prestes a desmaiar. Shade deu um passo atrás, e sem poder fazer nada, ela começou a deslizar pela parede.


Shade a pegou pelo braço, levando-a para o canto, e a deixou lá para ficar sozinha. Ela ficou de pé, ofegante, as mãos indo para a cabeça, lutando contra a escuridão que afetava os seus sentidos cheios de terror. — Solte as suas mãos. Fique em pé. Lily, por agora você deve saber como eu quero que você fique. A voz dura de Shade a fez corrigir a sua postura, seus ombros endireitaram enquanto suas mãos obedientemente se soltaram. Acalmando a sua respiração ela se concentrou em Shade e em como ele tomou um gole de sua garrafa de água antes de ir para os pesos e começar a trabalhar neles, a ignorando. Lily queria estar com raiva dele por arruinar seu bom humor. Ela se ressentia por ele jogá-la em um ataque de pânico. — Baixe a bola Lily, ou minha mão vai estar nessa sua bunda saltitante. — Lily estava chocada que ele a ameaçou com violência física. Ela nunca pensou que ele colocaria as mãos sobre ela de uma forma pessoal. Shade estava sentado no banco com o braço congelado com o peso olhando para o seu rosto chocado. — Eu não disse que eu bateria em você, Lily. Mas umas palmadas na bunda, se você não se comportar. — Seu olhar azul a encarou. Lily suspirou, virando os olhos para a parede. — Olhos para frente. — disse Shade, enquanto continuava malhando com o braço. Os olhos de Lily foram para frente enquanto tentava acalmar as suas emoções tumultuadas. O choque dele falando que bateria em sua bunda a fez esquecer a sensação de ser presa contra a parede. Quando ela se acalmou, ela foi capaz de começar a olhar a situação objetivamente. Levou um longo tempo para Lily trabalhar com o quão perigoso à lentidão era e por que ela precisava aprender a sair dela. Ela sequer percebeu onde tinha feito besteira.


— Eu não deveria ter dado as costas; — disse ela em voz alta. — Não. — Shade respondeu. Lily deu um passo adiante. — Você está pronta para voltar ao tatame? — Sim. — Lily disse com determinação, deixando o canto. — Se vire. — Lily respirou fundo e encontrando seu olhar brevemente, se virou. Nesse momento Shade a agarrou empurrando-a contra a parede, ela se preparou com os braços. — O que eu faço agora? — A voz de Lily tremeu ao sentir seu corpo pressionado. Ela sentiu o ataque de pânico chegando, no entanto, se forçou a ouvir as suas instruções. Ela fez exatamente o que ele disse a ela, e enquanto seus movimentos eram tímidos demais para funcionar, ela sabia que se eles praticassem ela poderia ser mais rápida. Shade a soltou. — Já chega? — Sim. — Lily se virou, afastando-se dele. — Nós vamos trabalhar nisso até que você faça isso direito. Você precisa aprender a se defender mesmo quando alguém vem por atrás de você. Os homens que atacam as mulheres são confiantes que vocês vão entrar em pânico, e que vocês vão estar muito surpresas para serem capazes de se defender. — Eu vou treinar isso até que eu acerte. — Lily estava indo para provar a ele que ela poderia ser mais ágil. — Eu sei que você vai. Você está aprendendo rápido. Eu estou orgulhoso de você. — Shade a elogiou. Lily levou o seu louvor ao coração. — Obrigado, senhor. — Lily estendeu a mão e o abraçou. Ela abraçava Beth o tempo todo. Era parte de sua personalidade mostrar a sua afeição. — Eu realmente agradeço a sua ajuda. — Lily se afastou dele, perdendo a expressão faminta em seu rosto.


— Eu vou me trocar. — Lily se afastou tão feliz que ela não tinha entrado em pânico duas vezes. Ela estava aprendendo a ser mais capaz de se defender. Para uma mulher que tinha um histórico de falta de sorte, isso era uma grande coisa, se tornar mais confiante no mundo ao seu redor em vez de ver fantasmas em cada esquina. Lily não demorou muito para se trocar; ela tomaria banho quando chegasse em casa, e Shade estava esperando por ela no outro quarto quando ela saiu. O barulho vindo do andar de cima estava ainda mais alto do que o normal quando ela fazia o seu caminho pelo quarto. Seus olhos viajaram ao subir as escadas para a porta fechada. — Parece que um jogo de futebol está acontecendo lá em cima. — Ela comentou. — Vários dos irmãos de Ohio vieram passar o fim de semana. — Oh. — Lily tentou não parecer desapontada, certa de que com a visita de seus amigos Shade não sairia com ela neste fim de semana. Ela havia se acostumado a ter ele por perto. Ela havia conversado com Charles, lhe dizendo o mais suavemente possível que ele era um amigo, e seria sempre apenas um amigo. Ele tinha aceitado bem, mas Lily acreditava que ele esperava que ela mudasse de ideia. Ela não iria, e desde que ela falou com ele, não se sentia bem lhe pedindo para passar um tempo com ela. Ela teve a sensação que passaria o fim de semana só. Shade estava caminhando saindo pela porta quando seu celular tocou. Ele escutou por um minuto antes de atender a pessoa que o ligou. — Me dê cinco minutos. Preciso de um banho e trocar de roupa. — Ele, então, desligou a ligação. — Vá em frente. — Lily disse a ele, não querendo afastá-lo de sua diversão. — Tem certeza disso?


— Meu carro está ao virar a esquina. — Disse Lily tristemente. — Tudo certo. Eu te vejo mais tarde — disse Shade, entrando de volta. — Tchau. — Lily desceu pelo caminho em direção a seu carro, verificando suas mensagens de texto para ver que Beth tinha deixado uma dizendo que ela e Razer tinham saído para ir à festa mais cedo e que eles iriam vê-la amanhã. Ela viu a moto de Razer parada no estacionamento quase cheio. Ela colocou a bolsa no banco de trás de seu carro e estava prestes a entrar quando um carro entrou no estacionamento. Lily o reconheceu instantaneamente. Deixando a porta aberta do carro, ela viu Miranda sair do carro batendo a porta antes de subir os degraus da casa. — Miranda! — Lily gritou, chamando a atenção dela. Miranda não parou. Lily correu atrás dela, pegando-a no meio do caminho das escadas. — O que está acontecendo? — Lily perguntou pegando o braço dela. — Não se atreva a falar comigo Lily, depois de ter mentido na minha cara! — Miranda cuspiu as palavras, tentando se afastar da mão de Lily. — Sobre o que eu menti? — Lily perguntou sinceramente confusa. — O tempo todo em que eu lhe disse que estava preocupada com Kaley, você sabia que ela estava aqui todos os dias e nos fins de semana, também. — Lily não tinha tentado esconder que Kaley estava aqui constantemente, ela simplesmente não tinha dado a informação, e Miranda nunca tinha perguntado. — Eu sabia, mas eu não queria me intrometer em sua vida privada. — Lily tentou se defender.


— Você não é nenhuma amiga minha, Lily. Georgia me viu na loja, e me disse que a viu aqui bêbada e fazendo Deus sabe o que, e você não me disse nada. — Eu nunca a tinha visto bêbada — Lily protestou. — Por que eu acreditaria em você? Você é um deles. Sua irmã está lá agora. Bem, talvez você não se preocupe com a sua irmã, mas eu me preocupo com a minha. — Ela correu para os degraus. Lily não sabia o que fazer. Torcendo as mãos, ela agora não se arrependia de não ter falado a Miranda que Kaley tinha estado lá com tanta frequência. Ela verdadeiramente acreditava que era assunto privado de Kaley. Lily ficou aliviada quando ela olhou para cima para ver que Miranda havia sido impedida de entrar na casa. Vários homens estavam de pé na frente da porta, observando curiosamente enquanto Miranda descia os degraus de volta. Lily se virou para sair, mas Miranda fez uma manobra brusca andando pelo quintal montanhoso para o caminho que a levava ao redor da casa e desapareceu ao virar a esquina. Lily desejou não ter deixado seu celular no carro. Ela poderia ter ligado para Beth. Não sabendo mais o que fazer, ela seguiu Miranda. — Miranda! — A fúria da mulher a fez andar rápido. Lily correu atrás dela, tentando pará-la de fazer uma cena que ela se arrependeria depois, mas não conseguiu pegá-la. A porta dos fundos que levava a cozinha estava aberta, então Lily correu atrás da mulher que desapareceu. Vários olhos da sala estavam voltados para onde Lily podia ouvir vozes altas. Quando ela se virou mais para dentro da casa, ela esperava ver uma atmosfera de festa e lá estava, só não o tipo de festa que ela tinha pensado. Várias mulheres estavam em um estado de nudez. Kaley estava em cima de um dos sofás ao lado de Cash. Sua roupa de cima estava completamente aberta, a saia estava a caminho da cintura e ela não estava usando calcinha.


Sua irmã tinha pegado eles realmente transando a céu aberto. E eles não eram os únicos. Várias mulheres estavam sem as suas roupas. E aquelas que estavam vestidas era o tipo de roupa que Lily nunca tinha visto antes. Ela estava imediatamente agradecida que todos estivessem de costas para ela enquanto observavam Miranda e Kaley discutirem. — Você puta. Isso mataria a nossa mãe se ela soubesse o que está fazendo; — Miranda gritou a irmã. — Certifique-se de correr e contar a ela; — Kaley gritou de volta. — Como você pode foder alguém na frente de todas essas pessoas? — Miranda soou horrorizado com a irmã. — Olhe ao seu redor, imbecil. Eu não era a única fodendo. Eu estava fazendo isso porque me senti bem. Eu tive mais pênis nos últimos dois meses do que eu tive em cinco anos de casamento e eu adoro foder. Na verdade, foi melhor assim você pode ficar sabendo que estou me juntando ao clube depois que eu terminar de foder todos os membros chefes. — O quê!? — Miranda gritou. — É assim que você entra. Você tem que foder seis dos oito membros originais. Mas estou pensando em foder todos eles. — Kaley se gabou. Miranda estendeu a mão, batendo no rosto de sua irmã e elas entraram em uma briga de gato completamente. Lily ficou congelada, incapaz de se mover por um segundo, sem saber que gemidos escapavam de sua boca. Foi quando Razer e Viper desceram correndo as escadas com Beth e Winter atrás deles. Ambas as mulheres parecia que tinha acabado de vestir suas roupas. Beth estava usando uma saia curta e um colete de franjas que Lily nunca tinha visto antes e nunca teria esperado que sua irmã o usasse. Lily não estava ciente que todos os olhos na sala não estavam em


Miranda e Kaley e sim nela. Ela estava perdida demais em processar o que Kaley tinha falado. Ela entenda o choque de Miranda porque ela estava passando por isso ela mesma. De fato, ela estava tão atordoada que não conseguia mesmo se virar quando Jewell começou a lutar para vestir os seus shorts, ao mesmo tempo em que Stori estava empurrando Nickel para longe, quebrando seu poder sobre seus seios nus. — Lily. — Beth desceu os degraus, falando com sua irmã em voz baixa. Lily deu um passo para trás indo para a cozinha, e a porta ao seu lado abriu. Evie deu uma parada abrupta quando viu Lily. Ela não estava usando um top e seu short jeans azul estava desabotoado. Ela se virou para o lado, obviamente desconfortável, e Rider apareceu, subindo os degraus sem camisa e vestindo apenas jeans. Seu cabelo estava molhado e seu rosto congelou. Se virando para o lado os olhos de Lily viram Shade. Ele havia se trocado; Seu cabelo estava muito molhado, mas ele estava vestido. Seu rosto endureceu quando a viu ficar pálida e ele se aproximou dela. Dando um passo em direção a ela, Beth estava tão branca como um fantasma, Lily se afastou deles. Os dois tentaram falar ao mesmo tempo, mas seus gemidos de dor não deixaram ouvir suas palavras. Lily correu incapaz de suportar o que sua mente estava dizendo a ela. — Lily! — Ela ouviu Shade correndo atrás dela e a voz de súplica de Beth, mas ela não podia parar. Ela tinha que ir embora. Ela voou pelo caminho, quase caindo várias vezes. Ela sentiu que Shade estava perto de chegar a ela enquanto gritava por todo o caminho até o carro, mal conseguindo entrar, fechando a porta e travando antes que ela sentisse que ele tentaria abrir a porta. Neste momento as pessoas estavam saindo da casa para ver a comoção. Beth e Razer puxavam Shade para trás de seu carro enquanto ela engatava a marcha e saia do estacionamento. Lily não podia ir para casa. Ela não conseguiria enfrentar Beth e Razer agora, e ela sabia que


não estariam muito longe dela. Ela precisava de um lugar que pudesse ir e pensar antes que o pânico tomasse a sua mente. Lily desviou o carro quando uma ideia a atingiu. Ela sabia para onde poderia ir. O único lugar que foi deixado para ela.


Capítulo 10 Lily pegou sua mochila após o professor terminar a aula. Essa era apenas a segunda semana de aula, mas Lily podia ver que não seria um desafio e ela precisava de um desafio para manter a mente ocupada. Ela honestamente desejou agora que não tivesse deixado todas as aulas fáceis para o último semestre. Ela caminhou lentamente de volta para seu quarto do dormitório, ficando cansada antes de chegar ao meio do caminho. Se sentando em um dos bancos, ela via os estudantes despreocupados indo para suas aulas. Ela olhou para o vestido marrom claro que estava usando. Ela precisava comprar mais algumas roupas. Ela não tinha voltado para casa desde o dia em que saiu da fábrica. Naquela noite, depois que ela deixou Beth no clube dos Last Rider, Lily tinha voltado para a faculdade. Ela então se sentou dentro de um restaurante localizado na periferia da cidade por toda a noite até que o seu dormitório abrisse pela manhã. Ela havia mandado uma mensagem para Beth avisando que estava bem e que a veria em algumas semanas, mas ela precisava de tempo. Beth mandou uma mensagem de volta, pedindo para Lily falar com ela. Ela não respondeu a seus textos ou ligações, no entanto. Ela tinha dormido praticamente todo esse fim de semana, e mal tinha conseguindo ir até a loja local de desconto para comprar algumas roupas e artigos de higiene por causa da enxaqueca, antes de voltar para sua cama. Lily se sentiu tão sozinha; Ela não sabia como conseguiria fazer isso sem Beth. Foi uma luta constante não ligar e falar com ela; No entanto, Lily não teve coragem de quebrar seu silêncio. Ela não se importava que Beth tivesse se envolvido no que consideravam um clube de sexo. Ela não era tão ingênua que não tinha ouvido falar deles antes,


mesmo que ela e Beth nunca tivessem falado sobre sexo. Lily acreditava que era a escolha de sua irmã como era a de Kaley. O que feria Lily e o que ela não conseguia entender foram as mentiras que Beth tinha usado para esconder sua outra vida. Lily tinha pensado que elas contavam tudo uma para a outra, e ainda assim, ela havia se tornado uma parte de um estilo de vida que tolerava sexo livre com todos os membros e não tinha contado a ela, e tinha realmente levado a medidas tortuosas para mantê-lo escondido dela. Beth obviamente tinha escolhido os Last Riders sobre ela. Com eles, ela poderia ser ela mesma enquanto que com Lily, ela se sentia compelida a esconder sua relação profunda com eles. Beth tinha se afastado dela; Era tão simples assim. A única pessoa que ela havia confiado em todo o mundo mentiu para ela várias vezes para proteger o código de sigilo dos Last Riders. Lily piscou as lágrimas de seus olhos, escovando o cabelo para trás de seu rosto. Ela se levantou do banco, continuando a ir para o seu dormitório. Ela teve que passar pelo estacionamento em frente de seu dormitório, onde o sol brilhava sobre a moto cromada estacionada. Lily fez uma pausa, desejando ter notado antes. Ela poderia ter se virado antes que eles a tivessem visto. Lily continuou andando, vendo Beth de pé na porta do seu dormitório. — Olá Lily. — O rosto ansioso de sua irmã assistia a reação dela. — Beth. Beth avançou um passo, mas Lily deu um passo para trás, seu rosto torcendo em uma máscara de dor. — Por favor, fale comigo Lily. Eu não posso suportar este silêncio de você; — Beth implorou. Lily assentiu com a cabeça. Ela não queria levar Beth para o quarto, mas ela não queria ficar onde os transeuntes pudessem ouvi-las. Lily apontou para um banco à sombra sob uma grande árvore. — Você está bem? — Beth perguntou uma vez que elas estavam


sentadas. — Eu estou bem. As aulas são praticamente as mesmas — disse Lily, dando de ombros. — Lily eu gostaria de explicar o que viu naquela noite. Ela estremeceu ao ouvir as palavras de sua irmã. — O que eu vi foi autoexplicativo. — Sim, foi. — Beth respirou fundo. — Mas não é feio do jeito que Kaley disse. Todos nós nos preocupamos uns com os outros Lily. Somos amigos que... — Tem relações sexuais um com o outro. — concluiu Lily, olhando para as mãos apertadas determinadas a não puxar e soltar o elástico vermelho na frente de sua irmã. — Sim… Não. Eu não tenho relações sexuais com os outros membros. — explicou Beth. — Kaley disse que para se tornar um membro você tem que ter sexo com os membros originais. — Desta vez, sua mão agarrou o elástico, apesar de sua promessa a si mesma. — Sim, mas eu não. Eu me tornei um membro porque vários deles sentiram que me deviam um favor ou queriam o voto de Razer para o futuro. Viper me deu seu voto quando você foi ferida no acidente e eu não enlouqueci com Tom. Alguns me deram os votos deles porque eu ajudei a resolver o assassinato de Gavin. — Então você teve todos os seus votos dessa maneira? — Perguntou Lily. — Não. — Sua irmã admitiu calmamente. Lily esticou o elástico em seu pulso com mais força. — Eu não preciso ouvir isso, Beth.


— Lily, eu simplesmente não me sentia à vontade em discutir isso com você. — Eu entendo. — E Lily entendia. Era algo que ela estava desconfortável em discutir em detalhe. — É difícil falar com alguém que enlouquece com qualquer coisinha. — Não foi isso querida. — Beth tentou tocar a sua mão, mas Lily se afastou. Lily olhou para frente, se concentrando em uma árvore à sua esquerda, não deixando seus olhos irem para os homens sentados em suas motos, observando-as atentamente. — Quem são os membros originais que Kaley estava falando? — Perguntou Lily e ela sabia que doeria mais. Beth hesitou, no entanto ela respondeu sua pergunta baixinho. — Viper, Cash, Rider, Train, Lucky, Knox, Razer e Shade. — Inconscientemente, a mão de Lily foi para a pele sobre seu coração, esfregando a carne. — Seu marido é um dos homens que dá votos sexuais a mulheres que entram no clube? — Lily não conseguia esconder sua descrença de que Beth deixaria Razer ter relações sexuais com outras mulheres. — Ele não vota mais. Ele não faz desde que terminamos há três anos. — Foi por isso que você terminou? — Não, nós nos separamos porque eu pensei que ele tinha me traído com Bliss. E ele não tinha. — Entendo. Sex Piston e sua tripulação sabem sobre os Last Riders? — Sim. — Então, todo mundo que está próximo a você sabia, exceto eu; — Lily declarou. — Você não contou a mim.


— Não. Eu não sabia se você seria capaz de lidar com a vida que tenho com Razer. Eu não queria que você pensasse mal de mim, — confessou Beth. — Em vez disso, você só me excluiu. — Lily deu a sua irmã um sorriso triste. — Eu nunca a teria julgado sobre a sua vida sexual, Beth. Porque eu tenho ataques de pânico não me faria acreditar no que os outros falam. O que me magoou foi à decepção. Você mentiu para esconder o que estava acontecendo. — Lily sentiu as lágrimas deslizarem por suas bochechas. Não, os detalhes não importavam, mas as mentiras definitivamente sim. — Eu nunca menti para você, nunca, e eu não acho que você deveria mentir para mim também. Estou magoada, mas eu vou superar isso provavelmente em poucos dias. Você sabe que eu nunca consigo ficar com raiva por muito tempo. — Lily olhou a expressão de dor de sua irmã. Ela não sabia mais o que dizer, no entanto. Era como se seus sentimentos em relação à Beth estivessem envolvidos em gelo. Ela não podia consertar o coração machucado da irmã quando o dela própria estava machucado. — Tudo bem. Pelo menos você vai parar de ignorar os meus textos e ligações? — Sim. — Lily se levantou, pegando sua mochila. — Você quer ir buscar algo para comer antes de entrar? — A expressão esperançosa de Beth não mexeu com Lily. Ela não queria estar perto Shade nunca mais. — Não, obrigada. — Que tal eu vir aqui este fim de semana e trazer suas malas? Você deve estar precisando de roupas. — Eu já comprei algumas novas. Você pode embalar as que estão


no meu quarto e doar para a igreja. Eu tenho um teste na segunda-feira, assim este fim de semana não é um bom momento. Eu vou te ver no dia de ação de graças. — Sem outra palavra, Lily foi para o interior do edifício, não deixando o seu olhar voltar para o estacionamento. Ela queria correr de volta para os braços de sua irmã, mas ela sabia que não podia. Ela não confiava mais nela.

Beth viu sua irmã passar pelas portas antes que ela pudesse prendêla por mais tempo. Ela escondeu o rosto entre as mãos, o coração partido pela devastação que tinha causado com seu segredo. Lily nunca iria perdoála. Ela quebrou a fé que Lily tinha nela. Ela podia ver em seu delicado rosto pálido. Parecia que o vento a levaria para longe. Ela parecia tão frágil. — Beth, por favor, não chore, gatinha. — Razer se sentou ao lado dela, puxando-a para o seus braços. — Eu a perdi Razer. Eu posso ver isso em seus olhos. Ela está tão magoada. É como olhar para uma ferida aberta. — Ela vai superar isso. — Não, Razer, ela não vai. Ela acha que eu tenho mentido e enganado, e ela está certa. Eu deveria ter dito a ela, pelo menos partes disso. Ela poderia ter aceitado isso. O que ela não consegue aceitar é que a única pessoa em quem ela confiava escondesse as coisas dela. — Ela lhe disse para não falar mais com ela? — Não, mas ela me disse para dar suas roupas. Ela está se afastando de mim. — Então, não deixe ela se afastar — a voz de Shade veio por cima do ombro de Razer.


Beth olhou para ele. — Ela sabe tudo agora, Shade. Ela sabe que Razer e você ambos são membros originais. E como as mulheres conseguem os votos. — Ela estava prestes a descobrir mais cedo ou mais tarde. Quando você, Winter e Diamond descobriram, foi menos doloroso? Mas cada uma de vocês lidou com isso e seguiu em frente. Lily também. — Não, ela não vai, Shade. Lily é diferente. Ela vai pensar que você e Razer tiram vantagens das mulheres. — Isso não vai durar muito tempo, quando ela estiver perto delas. — Shade disse ironicamente. Beth se levantou. — Você simplesmente não entendeu Shade. Ela cortou não apenas eu, mas todos nós de seu coração. Isso é o que Lily faz. Ela não dá segundas chances com seu amor. — Não, Beth, é você que não entendeu. Não vai ser dada a Lily uma escolha.


Capítulo 11 No dia seguinte Lily voltou para seu dormitório depois de sua aula. Sua mente não estava na aula, mas no rosto de Beth. Lily entendia a situação em que Beth estava e devia ser difícil, mas o gelo que a envolvia a impedia de se aproximar. Lily parou, se inclinando contra uma árvore quando uma onda de tontura tomou conta dela. Respirando fundo, ela se endireitou, apenas querendo voltar ao seu dormitório e rastejar na cama. Ela caminhou mais alguns pés, vendo a construção do dormitório não muito longe. Seu único foco era simplesmente colocar um passo à frente do outro, de modo que ela não notou a grande caminhonete parar ao lado dela. — Entre, Lily. — Lily olhou para janela do passageiro e viu Shade. Ela não disse nada, dando mais um passo para frente. — Você pode entrar ou eu vou colocá-la aqui dentro. — Seu óculos escuro fez pouco para esconder sua expressão dura. — Vá embora. — Lily se forçou a falar com ele. Ela ouviu a porta da caminhonete abrir e Shade sair da caminhonete, abrindo a porta do passageiro. — Entre. — Se você não for embora, eu vou gritar. — Lily ameaçou. — Experimente e veja o que eu faço. Ela podia ver que ele quis dizer isso. Lily suspirou. Se ele queria falar como Beth tinha feito, ela ouviria em vez de discutir com ele em uma calçada movimentada. Talvez então, ele a deixasse como Beth e ela poderia ficar sozinha novamente. Ela subiu na caminhonete, e bateu a porta antes de Shade ir para frente e voltar para dentro. Quando ele fez a caminhonete se movimentar saindo do estacionamento, Lily não tentou falar com ele


enquanto dirigia através da pequena cidade. Ele parou em um restaurante com um drive-thru, e encomendou comida, sem nenhuma palavra dita entre eles. Ele não perguntou o que ela queria no momento da encomenda, mas ela sabia que ele encomendaria a comida para ela. Ela ficou igualmente surpresa quando ele não parou ao lado para comer. Em vez disso, ele conseguiu voltar para a estrada após o grande saco de comida ser entregue a ele. Os aromas provenientes do saco estavam causando náuseas em Lily. — Não se atreva a vomitar. Rider vai ficar puto o suficiente quando ele vir que sua caminhonete sumiu. — Lily forçou a bile de volta. Shade parou dentro do estacionamento do hotel local, estacionando na frente de um bloco de quartos. Pegando a bolsa, ele caminhou até um dos quartos e desapareceu dentro depois de destrancar a porta. Um segundo depois, ele estava de volta, abrindo a porta ao seu lado. — Saia. — Pare de ficar me dando ordens por ai. Eu não vou entrar lá. — As palavras não demoraram ao sair de sua boca quando ela se encontrou sendo carregada da caminhonete. Shade bateu a porta com o ombro enquanto ela lutava para fugir, e, em seguida a levou para o quarto, batendo a porta com o pé. O quarto era pequeno, mas tinha duas camas, uma pequena mesa e uma cômoda com uma televisão. Ele a colocou em uma das cadeiras da mesa redonda no pequeno quarto. Quando ela estava pulando para ficar de pé, ele se inclinou colocando uma mão em cada lado da cadeira que ela estava sentada efetivamente bloqueando a sua saída. — Lily, eu sou um homem com infinita paciência, mas você está me tentando. Eu aconselho você a manter a sua bunda na cadeira. Você me entende? — Lily obedeceu. Ela podia ouvir a ameaça em sua voz. Shade se endireitou indo para a outra cadeira e sentando. Ele abriu o saco, puxando uma pequena xícara de sopa e vários pacotes de bolachas, e colocou na


frente dela com uma colher de plástico. — Coma. — Por favor, você vai parar de me dar ordens? — Lily perguntou de novo, sua voz tão fria como o gelo. — Eu vou pensar sobre isso. — Os lábios de Shade se contraíram em diversão devido ao olhar gelado dela. Lily tirou a tampa da sopa, e seu estômago embrulhou. — Coma um biscoito primeiro. — Os dedos trêmulos de Lily rasgaram um pacote de bolachas, removendo um. Ela mordiscou até que o seu estômago se acalmou, então comeu outro. Ela observou Shade comer um grande hambúrguer e batatas fritas enquanto pegava a colher e tomava uma pequena colherada da sopa antes de abrir outro pacote de biscoitos. Seu estômago gradualmente melhorou. Shade terminou de comer, colocando uma das bebidas na frente dela. Lily tomou um gole. O shake de chocolate estava delicioso. Ela começou a chorar enquanto bebia, recordando as refeições que tinham compartilhado durante o verão. — Eu te odeio. — Eu sei. — Shade tirou os óculos de sol, deixando-a ver seu remorso. Lily parou de comer, sentada ali com lágrimas correndo por suas bochechas, se odiando por deixá-lo ver como ela estava fraca. Shade se levantou, carregando-a antes de levá-la para a cama. — Durma Lily. Você vai se sentir melhor quando acordar. Você está exausta. — Lily fechou os olhos, incapaz de manter a sonolência na baia.

Ela não sabia quanto tempo tinha dormido. Acordando, se sentou e


podia ver que estava escuro lá fora. — Que horas são? — Dez horas. Você dormiu seis horas. — Oh. — Lily passou as mãos pelos cabelos, tentando se livrar da confusão. — Ali está a roupa para você na bolsa. Vá tomar um banho. — Lily não discutiu. Ela tinha aprendido que era inútil lutar contra Shade. Então, pegando a bolsa, entrou no banheiro. Ela tomou um banho rápido, se secou e saiu espiando dentro do saco que ele lhe deu. Tudo o que ela precisava estava lá. Ela vestiu jeans e moletom, colocando meias quentes e tênis. Ela escovou o cabelo, deixando-o secar antes de colocar as roupas sujas na bolsa. Ela foi para a outra sala para ver que ele tinha de alguma forma feito sanduíches. Ela levantou a mão, impedindo-o. — Eu vou comer. — Ela não estava à altura de lutar com ele. E se ela comesse sem discutir, então talvez ele a levasse de volta ao seu dormitório. Lily se sentou à mesa, comendo seu sanduíche enquanto o observava se deitar na cama para assistir televisão. Quando ela terminou, ela jogou no lixo a embalagem vazia de leite. — Você vai me levar de volta para o meu dormitório agora? — Mais tarde. Venha aqui. Lily não era estúpida; Ela não ficaria perto dele. Se levantando, ela foi até o telefone na mesa de cabeceira. Antes que ela pudesse fazer uma ligação, o telefone foi puxado da mão dela e ela se sentiu caindo sobre a cama. Lily congelou quando Shade a pegou e arrumou a até que ela estava deitada na cama, com a cabeça sobre o travesseiro. — Vou levá-la de volta amanha de manhã a tempo de sua aula às oito horas.


— Eu quero ir agora. — Lily falou entre dentes cerrados. — Muito ruim. — Shade se deitou na cama ao lado dela, ajustando o travesseiro até que ele conseguiu ver a televisão. — Você é inacreditável. Você acha que pode fazer o que quiser — disse ela ressentida. Shade a ignorou, aumentando o volume. Lily cruzou os braços sobre o peito, odiando o homem teimoso. Ela ficou lá, gradualmente incapaz de se ajudar a ser atraída para o velho filme em preto-e-branco. Ela voltou a dormir antes que ele terminasse. A próxima coisa que ela percebeu foi Shade a acordando. — Se apresse se você não quiser perder sua aula. — Lily se levantou da cama, seguindo Shade para o lado de fora. Ela subiu de volta para o caminhão, sem dizer nada. Shade passou por um drive-thru, pegando o seu café da manhã e entregando a ela então continuou a dirigir de volta para seu campus enquanto ela comia. Ela terminou quando ele parou do lado de fora do seu dormitório. Abrindo a porta, ela saiu da caminhonete, batendo a porta atrás dela. Ela ouviu a caminhonete finalmente sair quando entrou em seu dormitório. Ela tinha uma hora para se trocar e ir para a aula, então correu para se preparar para o dia. Foi somente mais tarde, enquanto caminhava para a aula, que ela percebeu que ele sabia qual era o horário de sua aula.

Shade apareceu durante o resto da semana, levando-a para o seu quarto de hotel a cada fim de tarde. Lily parou de tentar discutir com ele. Ela tinha tentado evitá-lo, apenas para perder. Ela não tinha falado com ele desde o primeiro dia, e o que a irritava mais era que ele não parecia se importar que ela estivesse lhe dando o tratamento de silêncio. Sexta-feira, ele estava esperando por ela mais uma vez. Ela subiu na caminhonete,


esperando que ele virasse em direção ao hotel novamente; Mas ao invés, ele dirigiu passando pelo hotel, continuando na estrada. Lily se virou para ver seu perfil duro, perguntando onde ele estava indo. Poucos minutos depois, não havia nenhuma dúvida em sua mente. — Eu não quero ir para casa nesse fim de semana. Eu tenho um teste na segunda-feira. — Seus livros estão em sua mochila. Você pode estudar em casa. — Lily não era muito de ficar irritada, mas quando isso acontecia era geralmente forte, e ela tinha tido o suficiente dele decidir o que era melhor para ela. Era uma coisa boa que ele estava dirigindo ou Lily teria pulado da caminhonete. Quanto mais se aproximavam de Treepoint mais furiosa ela ficava com ele. Ela nem sequer tinha o seu carro para que ela pudesse dirigir de volta para a escola. Ela seria forçada a fazer Beth levá-la de volta, o que ela tinha certeza que era o que ele tinha planejado. Quando ele finalmente parou em frente da casa dela, a mão de Lily imediatamente voou para a maçaneta da porta. Saindo da caminhonete, ela atirou um olhar de ódio para Shade. — Aproveite a sua noite de sexta-feira! — Ela bateu a porta, virando para a casa, doente com o seu comportamento. Ela abriu a porta da casa e estava prestes a fechá-la quando uma mão a impediu. Shade a levou para frente com uma mão em seu braço, fechando a porta atrás deles. — O que você está fazendo? — Lily tentou se afastar, deixando sua mochila cair. — Fazendo algo que eu avisei repetidamente que faria — disse Shade severamente. Ele a empurrou para o sofá onde ele tomou um assento em seguida, puxou-a sobre seu colo. — O que!


O tapa em seu bumbum a pegou de surpresa. Ele havia ameaçado várias vezes, mas ela nunca tinha pensado que ele realmente colocaria uma mão sobre ela. Ela tentou sair de seu colo, mas sua mão em suas costas a impediu, ela chutou as pernas, que lhe rendeu um outro tapa em sua bunda. Ela estava usando um vestido, que estava deslizando perigosamente alto com ela deitada sobre seu colo. Ela estava mortificada e mais irritada do que nunca, tudo ao mesmo tempo. — Você não pode fazer isso! — Lily gritou para ele. — Observe-me. Sua mão golpeou sua bunda várias vezes até que Lily parou de lutar e se ajeitou molemente em suas coxas, derrotada. Quando ele terminou, ele a levantou para se sentar ao lado dele no sofá, segurando o queixo na mão. — Nunca mais fale comigo desse jeito de novo. Não bata portas para mostrar sua raiva e me lance um olhar de merda como o que você fez, ou eu vou bater em sua bunda sem nenhum vestido e calcinha no caminho. Você me entende? Lily tentou virar o rosto, seus cílios escondendo seus olhos. Ela estava envergonhada com seu comportamento infantil. — Compreendo. — Como você fodidamente se refere a mim? — Eu entendo senhor. Com a mão soltando o seu maxilar, Shade se levantou, saindo pela porta sem outra palavra. Lily ficou lá por alguns minutos, desejando não ter perdido a calma. Em questão de minutos, Shade tinha rasgado seu distanciamento gelado deixando-a crua e doendo. Qualquer mulher que queria seu voto precisava ter a cabeça examinada.


Capítulo 12 Lily tinha o jantar esperando por Beth e Razer quando eles passaram pela porta. Ela podia ver que eles não ficaram surpresos ao vê-la, o que não era de certo modo chocante. Eles jantaram com Beth perguntando sobre suas aulas. Lily respondeu as perguntas, mas ela continuou a manter uma barreira entre eles; A mesma barreira que ela tinha colocado contra Razer. Enquanto Beth estava tentando ser mais amigável, Razer não fez nenhuma tentativa de esconder a sua raiva dela. Lily não o culpava, tampouco. Era óbvio que Beth que estava magoada. Lily não conseguia se aproximar ainda. Após o jantar, Lily se levantou para limpar a mesa. — Eu vou ajudar. — Eu tenho isso. Vá em frente e se arrume; — Beth olhou nos olhos dela enquanto Razer colocou o braço em torno do ombro. — Vá, Beth. Não há nenhuma razão para se sentar pela casa, entediada até a morte. Além disso, eu tenho um teste para estudar. — Eu não quero ir. — Disse Beth. Lily suspirou ignorando o olhar furioso de Razer. Isso era entre Beth e ela, por mais que ele estivesse com raiva indo até eles para resolver o problema. Lily se sentou à mesa, de frente para o casal, fazendo o que ela não tinha sido capaz de fazer a algumas semanas atrás. Suas emoções enterradas lhe permitiu discutir a situação friamente. — Beth, você gosta de ser um membro dos Last Riders e seu estilo de vida. Isso é sua vida pessoal. Isso é o que eu tentei dizer a Miranda sobre a Kaley. Vocês nunca devem levar o que eu penso ou sinto em


consideração quando é algo que você quer fazer. — Lily — Beth protestou. — Eu não sou mais uma criança. Eu tenho que me tornar mais autossuficiente sem você, como você é sem mim. — Seus dedos foram para o elástico em seu pulso. O casal não disse nada desta vez, escutando. — Eu acho que é melhor, depois que sua casa for construída, nós vendermos esta casa e você ficar com o dinheiro. Tenho várias vagas de emprego e dinheiro suficiente guardado pelo trabalho que fiz neste verão para que eu possa usar para alugar um apartamento. — Querida, eu não vou vender a sua casa — disse Beth com firmeza. — Não é a minha casa. É a sua casa. Você trabalhou e pagou a dívida de nossos pais. Você pagou por esta casa. Ela é sua. — É nossa. Lily balançou a cabeça, ficando de pé. — Eu não tenho uma casa. — Você está deliberadamente tentando machucá-la? — Razer estalou. — Eu não estou tentando machucar Beth, Razer. Estou tentando libertá-la. — Lily subiu as escadas, deixando o casal olhando um para o outro. Quando ela voltou para baixo mais tarde para estudar, Beth e Razer ainda estavam em casa apesar dos protestos de Lily. Se obrigando a ficar lá embaixo, começou a estudar na mesa da cozinha. Ela não queria que eles sentissem que estava os evitando. Ela estava tendo dificuldades de concentração, pensando em Shade na sede do clube. Ela constantemente puxava e soltava o elástico quando seus pensamentos inadvertidamente iam para ele. Finalmente desistindo, ela disse boa noite e foi para a cama. Na manhã seguinte, ela estava vestida


e saindo antes que Razer e Beth acordassem. Ela deixou um bilhete dizendo que estava indo para a igreja. Ela chegou cedo o suficiente e Rachel ainda não tinha chegado. Lily se sentiu culpada de ver que Rachel tinha feito um bom progresso na triagem das doações sem ela. Ela começou a passar por várias caixas, conseguindo esvaziar várias antes de ouvir Rachel passar pela porta. — Bem, olá Lily. — Oi, Rachel. — Lily sorriu sem seu calor habitual. — Estou feliz que você está aqui. Eu não me importo com o trabalho, mas não é divertido falar consigo mesma. — Me desculpe te deixar na mão. Eu deveria ter falado com o pastor Dean para fazer alguns arranjos com alguém para me substituir. — Rachel olhou para ela com curiosidade. — Beth disse que você voltou para a faculdade e ela se ofereceu para ajudar, mas eu disse que não. Ela já está ocupada o suficiente. Pastor Dean se ofereceu para encontrar alguém, mas eu estava com muito medo de com quem ele iria substituí-la. — Rachel estremeceu de horror fingido. Lily não podia culpá-la. Seria difícil ter algumas das mulheres da igreja por perto por muitas horas. — Bem, eu estou aqui hoje, — disse Lily tentando colocar entusiasmo em sua voz. Elas trabalharam de forma constante pelas próximas horas antes de ir para o restaurante almoçar. Elas retornaram ao trabalho novamente após a pequena pausa. — Como está indo a escola? — Bem. — Lily respondeu, abrindo uma caixa de roupa. — Eu pensei que você tinha decidido ficar em casa no seu último semestre?


— Eu mudei de ideia. — respondeu Lily. — Você e Beth tiveram uma briga? — Perguntou Rachel surpresa. — Não exatamente. — Me desculpe. Parece que sou sempre curiosa. Eu preciso aprender a cuidar da minha vida. — Você não é sempre curiosa. Eu só decidi ficar na faculdade e dar a Razer e Beth um tempo sozinhos, que é o que eles precisam. Eu tenho certeza que está ficando velho me ter por perto o tempo todo. Às vezes, a verdade era a coisa mais difícil de falar quando envolvia a si mesma. — Eu não acho que Beth sinta isso. Ela sentiu a sua falta quando você foi embora. Eu a vi na semana passada e ela parecia horrível, e você não parece muito melhor. Eu posso ver que você perdeu peso. — A preocupação de Rachel pelas duas irmãs era evidente. — Eu vou me ajustar. — Lily deu de ombros afastando seus próprios sentimentos. Beth tinha todo um clube de amigos e um marido. Ela estava melhor sem Lily ser tão dependente de seu tempo e finanças. — Eu tenho certeza que você vai — disse Rachel duvidando, em seguida passou a falar sobre como ela poderia ter algum espaço com os seus irmãos. — Eu quero ter um apartamento na cidade, mas eles continuam adiando. — Os irmãos de Rachel eram muito protetores com ela. — Você poderia levar um das minhas mãos — Rachel implorou. — Todos três ainda estão solteiros — ela lembrou a Lily. Lily riu, sacudindo a cabeça. — Oh, bem, eu gosto da Holly. Talvez eu possa convencê-la. — Elas passaram o resto da tarde conspirando namoradas para os


seus três irmãos enquanto constantemente organizavam as caixas. Lily estava tomando um gole de água quando Rachel veio com uma escolha surpreendente. — O divórcio da irmã de Miranda definitivamente saiu. Eu posso vê-la com Greer. — Lily engasgou com a água e Rachel deu um tapinha nas costas. — Eu acho que Kaley está vendo alguém. — Lily disse a ela. — Droga. Quem ela está vendo? — Um dos Last Riders. — Respondeu Lily, desejando que Rachel terminasse a conversa. — Sério? Qual? Levou tudo para Lily não dizer todos eles, em vez disso, ela agiu de forma refinada. — Eu não tenho certeza qual deles. — Talvez não seja sério? — Eu acho que é bastante sério — disse Lily entre os dentes apertados. — Ah bem. E quanto a… — Os pensamentos de Lily perderam a noção da conversa enquanto sua mente jogava visões de Shade e Kaley juntos. — Lily, você está bem? Você ficou tão branca como um fantasma — Rachel perguntou, esticando a mão para tocar o braço dela. — Eu estou bem. — Abaixando-se, ela pegou uma caixa se afastando antes que Rachel a tocasse. No final do dia, Lily disse a Rachel que iria vê-la na próxima semana, enquanto caminhava para casa recusando a oferta da carona de Rachel. Ela tinha apenas começado a atravessar a rua para chegar ao seu bloco quando um rugido alto de pneus soou e Lily


congelou quando um carro preto acelerou em direção a ela. No próximo segundo, ela se viu voando quando uma pessoa a empurrou para fora do caminho. Ela se deitou no pavimento quando o vento passou por ela, as palmas das mãos e joelhos em chamas. Ela se virou para ver o carro acelerando pela rua, em seguida, virando na outra esquina. — Filho da puta. — Lily olhou para cima em choque com a profanação vindo do homem que tinha salvado sua vida. — Está tudo bem, Lily? — A voz do pastor Dean não soava como ele fazia nos domingos na igreja, nem a expressão dura era a mesma afável que ela estava acostumada a ver. — Eu acho que sim. — Lily pegou a sua mão, ficando trêmula quando se levantava. Ele então a ajudou levando-a para a calçada depois de pegar sua bolsa que estava do meio da rua. — Quem quer que esteja naquele carro estava vindo tão rápido que eu nem sequer os vi quando comecei a atravessar a rua — disse Lily, passando a mão pelo cabelo bagunçado tirando de seu rosto. — Isso é porque ele estava parado. — Pastor Dean respondeu severamente. — Eu estava saindo da casa do Sr. Isaac quando vi que o carro não iria parar. — Talvez os freios estivessem com defeito? — Não. Eu vi as luzes de freio acenderem quando reduziram para virar a esquina. — Tenho certeza que era apenas alguém correndo animado então. De qualquer forma, isso não importa. Agora acabou e ninguém saiu ferido. — Suas mãos e joelhos machucados não parecem concordar — Pastor Dean falou. — Eu vou voltar para casa e colocar um pouco de antisséptico sobre


eles. — Lily prometeu, chegando a tocar sua jaqueta com a ponta dos dedos, não querendo colocar sangue nele. — Obrigada. Se você não tivesse reagido tão rápido, poderia ter sido muito pior. — Isso é o que eu estou preocupado. — Pastor Dean disse seus olhos ainda em busca da rua vazia. — Não fique. Acidentes acontecem, e eles sempre conseguem me encontrar; — disse Lily pesarosa. — Fique de olho, Lily, — Pastor Dean alertou. — Tenho certeza que não é nada. — Disse Lily casualmente. — Vejo você na igreja amanhã. — Boa noite, Lily. Lily caminhou até a casa dela, ignorando a dor que queimava seus joelhos e as palmas das mãos. Quando ela abriu a porta, olhou para trás para a rua para ver que o pastor Dean ainda estava olhando para ela. Ela acenou com a mão antes de entrar, fechando a porta. Ela subiu as escadas indo para o quarto, lavando cuidadosamente a poeira e sujeira das palmas das mãos e joelhos. Ela, então, colocou antisséptico nos joelhos antes de envolver gaze em torno deles. As mãos ela deixou descobertas, não querendo chamar a atenção para elas. Vestiu-se com os moletons e uma camiseta solta, sentindo frio. Escovou os cabelos e os trançou. Ela estava ficando com outra enxaqueca. Decidindo jantar uma comida leve, ela desceu as escadas onde pegou o celular de sua bolsa. Beth tinha mandado um texto dizendo que a Sra. Langley estava doente e que ela e Razer estavam indo para o hospital. Ela não sabia que horas estaria em casa. Lily deu de ombros. Ela não queria realmente passar outra noite embaraçosa com Beth e Razer de qualquer


maneira. Ela foi para a cozinha, fazendo uma sopa e um sanduíche de queijo grelhado. Ela estava derramando a sopa na tigela quando sentiu como se alguém estivesse olhando para ela. Era a mesma sensação que tinha tido um par de vezes antes, e isso a enervava. Indo para a porta dos fundos, ela conferiu para ter certeza que estava trancada antes de fechar as cortinas. Pensando estar exagerando, ela começou a caminhar para longe da porta quando viu a maçaneta silenciosamente virar. Se ela não tivesse estado ali, ela nunca teria notado. Lily deixou escapar um pequeno grito, correndo saindo da cozinha para pegar seu celular, a ponto de chamar Knox quando a campainha tocou. — Quem é? — Perguntou ela indo até a porta. Será que um assaltante responderia? Pensou inutilmente. — Shade. A raiva apareceu e ela apressadamente abriu a porta. — Da próxima vez, venha pela porta da frente primeiro. Você quase me matou de susto. — — Do que você está falando? — Shade perguntou passando pela porta. — Você não estava na porta dos fundos? — Lily perguntou seu medo começando a voltar quando viu o olhar que surgiu em seu rosto. Não tinha sido ele na porta dos fundos. — Fique aqui. — Shade foi até a porta dos fundos, abrindo-a e saindo. Lily ficou onde estava, assustada por Shade. Será que ela deveria ligar as luzes do lado de fora para ele ou não? Ela ficou ali indecisa durante vários minutos, se debatendo se ligaria para Knox, mas antes que ela pudesse decidir, Shade voltou com uma expressão ainda mais sombria. — Alguém estava lá fora. Ele deve ter saído quando ouviu minha moto parar na calçada. — Lily se sentou no sofá antes que seus joelhos


tremendo falhassem. — Devo ligar para Knox? — Eu vou. — Shade pegou seu celular e ligou, falando com ele por vários minutos antes de desligar. — Ele está a caminho. — Quem tentaria invadir a minha casa? — Lily perguntou. — Eu não sei, mas eu pretendo descobrir. — Não demorou muito para Knox chegar. Minutos depois, Cash bateu na porta, entrando para ouvir em silêncio enquanto Lily contava que enquanto preparava algo para comer sentiu alguém a olhando, e decidiu trancar a porta. — Você tem certeza que viu a maçaneta se movimentando? — Sim. Pelo menos, eu penso que sim. Talvez eu só estivesse tensa. Eu não sei. — Poderia ser apenas a noite brincando com seus olhos? Lily passou as mãos para tirar o cabelo de seus olhos. — O que aconteceu com sua mão? — Perguntou Shade estreitando os olhos. — Eu caí esta tarde quando eu estava voltando para casa da igreja. — Como assim? — Eu estava atravessando a rua e um carro estava em alta velocidade. Pastor Dean me empurrou para desviar do carro, e eu caí e machuquei minhas mãos e joelhos. — Lily deu de ombros. Os homens olhavam silenciosamente um para o outro antes de Cash sair pela porta dos fundos. — Onde ele está indo? — Lily perguntou. — Verificar as coisas. — Knox disse a ela. — Eu vou fazer um relatório, em seguida, dar uma olhada em volta antes de voltar para o escritório. Vou ligar para Razer e deixar que ele e Beth saibam o que está


acontecendo. — Tudo bem. — Disse Lily. — Shade? — Knox voltou para o homem com a expressão sombria. — Eu não acho que seja uma boa ideia deixar ela sozinha. — Eu vou ficar até eles chegarem em casa. —Shade concordou. — Parece bom. Até mais. — Knox saiu pela porta. — Você acha que eles serão capazes de encontrar qualquer coisa? — Provavelmente não, mas Cash é bom. Se há uma coisa a ser encontrada ele vai encontrar. — Lily acenou com a cabeça antes de ir para a cozinha, onde colocou a sopa na geladeira. Em seguida, ela se forçou a comer o queijo grelhado frio quando viu que Shade estava prestes a fazer uma observação. Ela colocou os pratos sujos na pia, muito cansada para lidar com ele agora. Ela faria isso amanha de manhã. — Vá para a cama. Você parece exausta. — Lily se virou para os degraus. — Você não se cansa de me dar ordens? — Lily estalou. — Não. — Lily começou a fazer outro comentário quando ele levantou a sobrancelha e cruzou seus braços contra seu peito, esperando. — Eu não posso acreditar que pensei que você fosse um cavalheiro. Shade caiu na gargalhada. — Eu não sou nenhum cavalheiro. — Não merda. — Lily colocou a mão sobre a boca. — Você me fez dizer um palavrão. — Lily, palavrões não vão ser a pior coisa que vou lhe ensinar. — Ela fugiu subindo os degraus, ouvindo sua risada zombeteira logo atrás.


Capítulo 13

Lily desceu no dia seguinte para ver a preocupação de Beth e Razer. Tentando lhes assegurar que tinha sido apenas um pequeno susto, ela pegou sua bolsa, pronta para a igreja. Ela viu Beth olhando para seu vestido sem dizer nada. Lily alisou o vestido azul-escuro querendo saber o que estava errado. — Eu pensei em dirigir o carro até a igreja nesta manhã. Assim posso levá-la de volta para a faculdade após o almoço no restaurante. — Eu vou pegar minha mochila. — Lily subiu as escadas para pegar a bolsa enquanto Razer e Beth esperavam no carro. A igreja estava lotada naquele domingo. Lily assentiu com a cabeça em direção à Rachel e outros paroquianos na congregação quando eles estavam se sentando em seus lugares. Depois, ela conversou com pastor Dean brevemente, andando antes que ele pudesse mencionar o incidente do dia anterior. Ela não sentia que havia necessidade de mencioná-lo. Lily temia ir para o restaurante após o culto. Se houvesse uma maneira de evitar isso, ela teria o prazer de fazer. Ver as mulheres que ela tinha vindo a vê-las sem as suas roupas e Cash e Train, cujas partes íntimas tinham sido expostas, isso tinha sido profundamente embaraçoso para ela. Demoraria um longo tempo antes que ela estivesse confortável em torno deles novamente. Ela endireitou os ombros, atravessando a rua depois de ter certeza de olhar para os lados várias vezes. Os outros já estavam lá quando Lily se sentou ao lado de Diamond e Beth se sentou do outro lado dela. Ela estava de frente para a porta do restaurante movimentado, vendo as várias famílias que estavam almoçando. Pastor Dean entrou, agarrando uma cadeira com a família de


Rachel. Lily pediu a sua comida, ouvindo a conversa enquanto ela tentava não olhar para qualquer um dos Last Riders, o que foi difícil de fazer com Bliss e Evie sentadas em frente a ela. — Como está a faculdade? — Perguntou Diamond com simpatia. — Bem. Como está Knox em seu novo emprego? — Eu não acho que ele possa responder ainda. Ele adora interromper as lutas, mas ele não está tão apaixonado por ser arrastado para fora da cama às três da manhã. — Enquanto Lily ouvia Diamond, seus olhos foram momentaneamente pegos por Shade até que ela conseguiu arrancar seu olhar para longe, caindo em uma família pequena a algumas mesas de distância. A menina tinha o cabelo castanho escuro e estava sentada com sua mãe e pai, a garçonete colocou seus pratos na frente deles. Isso era a personificação perfeita da reunião de família em uma tarde de domingo. — Nós sentimos a sua falta na fábrica. Ninguém gosta de preencher as grandes encomendas — Evie reclamou. Lily não se importava de preencher essas encomendas. Ela considerava desafiador enquanto os outros achavam que era uma dor. — Eu sinto falta disso, também. — Lily confessou, com sinceridade. O trabalho tinha mantido ela ocupada. Seus olhos se voltaram para a mesa com a pequena família. A menina levantou o copo em sua boca para beber quando uma pessoa sentada atrás dela a empurrou fazendo-a derramar um pouco do suco de seu copo em seu vestido. O olhar de medo que veio em seu rosto fez Lily congelar e seu batimento cardíaco aumentar quando os lábios da mãe apertaram. Pegando um guardanapo, limpou o vestido com movimentos bruscos. O tempo todo a mãe fez movimentos rápidos os olhos da garotinha começaram a marejar e ela teve que pedir desculpas para a mãe.


— Lily? — A voz de Evie a fez tirar os olhos da mesa momentaneamente. — Diamond. Por favor, ligue para Knox. — A voz rouca de Lily fez todos sentados à mesa ficar em silêncio enquanto olhavam para ela. A mão de Lily foi para o elástico em seu pulso, puxando furiosamente quando uma dor de cabeça maçante começou a bater sobre ela. Diamond pegou seu celular, ligando para Knox e lhe pedindo para vir ao restaurante, enquanto a voz de Beth lhe perguntava o que estava errado enquanto o bombeamento alto de seu coração abafava sua voz. Lábios da menina tremiam quando a mão de sua mãe desapareceu sob a mesa. Sua dor óbvia fez Lily se virar para o final de sua cadeira, prestes a se levantar quando o pai da menina falou bruscamente com a mãe, e ele estendeu a mão para acalmar a menina. Esse simples movimento trouxe um flash de dor que fez Lily agarrar a cabeça, gritando em agonia. Ela se inclinou com uma dor excruciante, sua cabeça entre as mãos. A dor parecia que estava esmagando seu crânio. — Lily! — A voz de Beth gritou o nome dela, mas não havia como voltar atrás; Lily tinha colocado uma barreira entre elas. Ela não podia chegar a Beth desta vez como ela sempre tinha conseguido antes. Lily cegamente se levantou da mesa, tentando escapar da dor, quando uma mão ao redor da sua cintura tentou segurá-la, mas Lily lutou para se libertar. Ela precisava de um lugar para esconder e não havia lugar disponível. Ela gritou em agonia com o ataque que acontecia em sua mente. Lily caiu no chão, se contorcendo em tormento. Ela ouviu vagamente várias pessoas chamando seu nome. No entanto, sua mente tinha bloqueado tudo, exceto a porta em sua mente que estava tentando abrir. Ela estava fraca demais para mantê-la fechada. Os segredos que detinha queriam sair. Ela se viu em pé na frente da porta, tentando impedi-la de ser aberta.


— Ajude-me! Ajude-me! — Lily gritou de medo. Ela sentiu a sua cabeça ser levantada e colocada no colo de alguém. Ela tentou fugir da agonia, mas não conseguia. Isso estava em toda parte em torno dela… Dentro dela, a sufocando. — Ajude-me! — Os gritos de Lily eram torturados, mas ela não sabia como parar eles. Ela estava com muito medo que a porta fosse aberta. Ela não podia deixá-la ser aberta. — O que você precisa que eu faça? — A voz, nem homem nem mulher, perguntava em sua mente. — Ajude-me fechar a porta! — Lily gritou. — O que está por trás da porta? — Tudo. Ajude-me. Ela não pode abrir. — Lily soluçava quando a porta se abriu um pouco. — Eu estou ajudando você, Lily. — Lily viu outro par de mãos a ajudando a pressionar a porta fechando-a novamente. Quando foi completamente fechada, ela falou para quem a tinha ajudado. — Eu tenho que trancá-la. — Lily fechou a porta imaginária enquanto as mãos a seguraram fechada. Depois que ela trancou, ela deslizou para baixo da porta, enrolando em uma bola quando se balançava para trás e para frente. — Está tudo bem, Lily. A porta está trancada de novo. — a voz assegurou. — Eu não consigo lembrar o que está por trás dessa porta. — Lily soluçou, balançando para frente e para trás, tentando se consolar agora que todas essas memórias foram trancadas para sempre. — Não hoje, Lily, mas em breve — a voz disse com tristeza. — Nunca. — Respondeu Lily, se enrolando em uma bola apertada.


— Em breve, e eu vou te ajudar. Durma Lily. Vá dormir. — Lily se sentiu relaxar quando o calor calmante passava pelo seu corpo. Lily acordou, virando a cabeça no travesseiro macio rolando para o lado antes de abrir os olhos com relutância. Fechou e em seguida, os abriu novamente, não tendo certeza do que ela estava olhando. Examinando o quarto, ela viu que o mobiliário preto era moderno. O carpete escuro parecia espesso e caro num quarto enorme que ela nunca esteve antes. De um lado havia duas cadeiras pretas grandes de couro com uma mesa de café que estava à frente delas, e uma televisão de tela plana que estava montada sobre um pedestal na parede, que poderia ser virada em direção às cadeiras ou da cama. Um frigobar estava em cima de um armário escuro e um enorme armário feito de madeira escuro se elevava contra a parede. Sua cabeça se virou e viu uma parede de espelho de frente para a cama. Seu rosto pálido e corpo esguio estavam vestidos com um pijama conservador, ela se olhou pelo espelho da enorme cama de pedestal. A parede atrás da cama também tinha espelho. Lily engoliu em seco. Ela se virou e viu um grande armário com nada em cima e uma cadeira ao lado da cama. O quarto era impecavelmente limpo. Ela não via quaisquer objetos pessoais; Não havia nada para lhe dar um indício a respeito de quem era quarto em que ela estava dentro. A porta estava aberta, onde Lily podia ver um banheiro com a luz acesa. Vendo o banheiro à fez perceber que sua bexiga estava cheia. Retirando o edredom macio ela se levantou antes de deslizar seus pés para fora da cama. Chegando a seus pés, ela sentiu uma onda de tontura, mas ela lentamente conseguiu caminhar até o banheiro, parando quando viu a suíte de luxo. Tinha uma pia dupla com cores escuras rodeando por toda parte. Fechando a porta, ela usou o banheiro. Hesitante, ela lavou o rosto e pegou uma toalhinha que tinha sido colocada lá. Ela olhou para o enorme chuveiro, que facilmente era metade do banheiro. Os azulejos em preto e cinza e três degraus levavam para o boxe de vidro. Ela viu que tinha


torneiras que cercavam como se fosse chuva no teto. Também tinha um banco de azulejos de um lado. A ducha era uma fantasia. Lily não se surpreenderia se tivesse um som surround. Descartando a toalha suja dentro de um cesto, ela saiu do banheiro voltando para o quarto se perguntando onde estava. Ela estava a meio caminho para a cama quando a porta se abriu. Lily não sabia se sentia alivio ou ficava assustada com o rosto familiar. — Onde estou? — Lily perguntou sentando na ponta da cama. — Meu quarto. — Shade respondeu, entrando e fechando a porta, carregando uma bandeja. Atravessando a sala, ele colocou a bandeja na mesa de café. — Venha e coma. — Lily se levantou da cama, indo para a cadeira e olhando para a bandeja de comida. — Como... Por que estou aqui? — Ela olhou para Shade, sem entender por que ela estava em seu quarto. — O que você lembra? — Shade perguntou pacientemente. Lily se sentou na cadeira, tentando lembrar o que tinha acontecido antes dela acordar aqui. Ela procurou em sua mente, tentando descobrir sua última memória. — Eu estava na igreja ajudando Rachel. — Lily lambeu os lábios secos. Andando ela pegou uma garrafa de água abriu e tomou um longo gole. Shade não disse nada quando Lily colocou a garrafa de água de volta na bandeja, mantendo os olhos sobre ele. — Lily, você teve uma crise na lanchonete depois do culto no domingo. Isso foi há dois dias. — Shade explicou suavemente. — Uma crise? — O maior medo de Lily, que era o de perder a sua mente tinha começado.


— Você ficou histérica. — Oh Deus. Onde Beth está? Por que estou aqui em vez de meu quarto? — Perguntou Lily, tentando manter a calma. — Você teve que ser sedada Lily. O médico sentiu que era melhor que alguém mantivesse um olho em você. Como Beth trabalha o dia todo concordamos que este seria o melhor lugar para você agora. — Onde estão as minhas roupas? — Lily perguntou. — Eu quero me vestir. — Coma primeiro. Suas roupas estão no armário e gavetas. Eu vou lhe mostrar quando você terminar. Lily pegou uma fatia de maçã do prato e deu uma mordida. Engolindo a mordida, ela disse. — Eu preciso voltar para a faculdade depois de me vestir. Posso... — Lily, você vai ficar aqui por um tempo. Lily balançou a cabeça. — Eu tenho que terminar a faculdade. — Você irá. Beth entrou em contato com a faculdade e falamos que era uma emergência médica assim você pode concluir o seu curso online. — Mas por que não posso voltar para a faculdade? — Lily, alguém tentou te atropelar e, em seguida tentou entrar em sua casa. Nós sentimos que é mais seguro mantê-la onde possamos manter um olho em você. — Shade falou sobre eventos pensando que ela se lembrava. — Eu posso ficar na minha casa — Lily falou tentando absorver o que ele estava dizendo a ela, ficando com medo já que ela não se lembrava de qualquer incidente. Lily pegou a torrada e o mordeu. — Isso não vai funcionar com o horário de trabalho de Beth.


Precisamos descobrir quem tentou machucá-la duas vezes. — Eu simplesmente não posso ficar enfiada em seu quarto. — Você não vai. Você pode voltar a trabalhar na fábrica e terminar suas aulas. — Eu não quero ficar no clube. — Lily protestou. — Algumas semanas não vão machucar você Lily. Até então, podemos ter uma ideia de quem está tentando te ferir e isso vai te dar algum tempo para descobrir por que você se esqueceu dos últimos dias. — Lily olhou para o lado, não querendo admitir que ela não queria se lembrar. — Você sabe o que me levou a ter uma crise? — Sim. Na verdade, foi Diamond quem descobriu. Você quer saber? — Não. — Lily se levantou. — Onde estão as minhas roupas? Eu quero me vestir. Você se importaria se eu usar o seu chuveiro? Eu poderia usar outro banheiro; Isso parece muito complicado. Os lábios de Shade tremeram com a sua tentativa de humor. — Use o meu. Eu acho que você pode lidar com ele. — Tudo bem. — Ela ficou aliviada que ele parou de tentar refrescar sua memória. Shade abriu um lado de seu armário, mostrando suas roupas. Lily deu um passo para trás. — Essas são as roupas que eu reservei para dar à Igreja. Eu comprei roupas novas. Eu vou comprar mais. — Lily virou o rosto para longe, mas teve seu maxilar capturado pela mão de Shade. — Esses trapos que você comprou é o que serão doados. Elas se parecem como roupas que alguém usaria para um funeral, tudo preto, marrom e cinza. Desde que eu conheci você, você só usou vestidos com cada cor do arco-íris. Por que de repente você parou de usar roupas


coloridas? — Eu não sei — Lily disse confusa. — Sim Lily, você sabe. Há algumas coisas que eu vou deixar você esconder de mim por mais algum tempo, outras eu não vou. — Lily ficou tensa tentando se afastar de seu aperto firme. — Por que as cores escuras? — Ela com rebeldia se recusou a responder. — Nós vamos ficar aqui o dia todo até você me responder. Lily não respondeu quando sua mão foi para o seu pulso para pegar o seu elástico vermelho. As pontas dos dedos dela procuraram e não conseguiram encontrá-lo, embora ele não a deixou olhar para o pulso. Sua mão ainda estava em seu queixo, forçando-a a olhar para ele. — Eu peguei. — Devido ao seu olhar de horror, ele falou antes que ela pudesse. — Eu vou te entregar com duas condições. — Quais? — Ela precisava do elástico. — Você tem que me contar sobre suas roupas e segundo, cada vez que você usá-lo você vai ter que me contar se eu estiver lá. Se eu não estiver, então você vai anotar em um pequeno caderno que vou te dar. Todas às vezes — Lily pensou freneticamente, tentando pensar em outro substituto que ela pudesse usar, mas ela também tinha certeza que ele teria pensado nisso. — Tudo bem. — Lily cedeu a suas exigências. A mão de Shade a soltou. Dando um passo para trás, ele exigiu — Conte-me sobre as roupas. — Lily lambeu sua boca seca, desejando ter a água. — Eu não sei como explicar isso. Quando eu usava meus vestidos, as cores faziam eu me sentir feliz. Eu escolheria a cor em alguns dias porque combinava com o céu ou o sol ou devido à cor de uma flor que eu


tenha visto. — Lily deu de ombros se sentindo infantil. — Os novos vestidos? — Eu não sei. Eu só acho que... Eu não sei. A cor é... — Você se sente triste? — Sim, mas não como um triste deprimido é como se alguém tivesse morrido. — Lily tentou explicar o profundo sentimento de perda que ela sentiu na última semana ou algo assim. Shade acenou com a cabeça, prendendo seus olhos com os dele. — Quem você sente como se tivesse perdido, Lily? — Beth. — Uma lágrima solitária deslizou pela bochecha. — Alguém mais? — Razer. — Outra lágrima se juntou à primeira. — Quem mais, Lily? — Lily permaneceu em silêncio. — Quem mais, Lily? — A voz de Shade se tornou mais firme. — Você. — Sua voz era um sussurro. — Por que você acha que me perdeu? — Eu não sei. Você era meu amigo, então eu vi você com Evie e Rider e eu sei que... — Lily deu um suspiro trêmulo. — Eu não te conheço. — Seu polegar traçou sobre sua bochecha. — Você me conhece, e você com a maldita certeza não me perdeu, mesmo que eu saiba que você queira isso. Vá tomar um banho e depois coloque as suas roupas de treino. Vou arrumar para você, enquanto está no banho. Vou encontrá-la na academia. — Ok. — Lily se afastou com gratidão, aliviada que as suas perguntas terminaram. Ela fechou a porta do banheiro, se recostando contra ela. Ela ficaria durante o dia e falaria com Beth hoje à noite, e iria


convencer sua irmã que poderia voltar para a faculdade. Ela não podia ficar na sede do clube, e ela não estava prestes a ficar mais uma noite no quarto de Shade. Quem quer que fosse lá fora, que queria machucá-la não era tão assustador como o homem do outro lado da porta.


Capítulo 14 Shade estava esperando por ela no tatame. — Pronta? — Sim — Lily respondeu. — Hoje, eu só quero que você alongue e em seguida, treine com pesos. — Ok. — Lily se aqueceu e foi para os pesos. Shade lhe entregou alguns pesos. — De agora em diante, quando você se sentir desconfortável com algo ou estiver com medo, eu quero que você diga uma palavra que me permita saber que você está ficando com medo e quer que eu pare. — Tudo certo. Qual é a palavra? — Você diz uma. Dessa forma, você vai lembrar melhor. — Mirtilos. — Mirtilos? — Sim, eu gosto de mirtilo. Somente falando seu nome me deixa feliz. — Ela sorriu para ele. — Cristo. — Shade voltou a trabalhar com seus próprios pesos. — O que há de errado com mirtilos? — Lily perguntou com curiosidade. — Nada — afirmou Shade, sua mandíbula tensa. — Então por que você está franzindo a testa?


— Eu não sei. A maioria das mulheres escolheria uma cor ou um objeto, não uma fruta. Lily continuou levantando os pesos. — Eu posso escolher uma cor. Eu gosto de rosa. — Lily, mirtilos está bom. — Ele retrucou. — Por que você ficou com raiva? — Eu não fiquei com raiva, você está apenas me distraindo. — Oh. — Lily levantou o peso novamente. — Eu gosto de azul bebê. Shade parou e olhou para ela. — Se você não parar de me chatear, você usará sua palavra segura nos próximos sessenta segundos. — Lily se calou. No momento em que eles terminaram, ela estava cansada e precisava de outro banho. — Você termina enquanto eu tomo um banho e me troco. — Disse Shade. Shade saiu e Lily fez mais alguns alongamentos. Não demorou muito tempo para ele voltar, vestido com jeans desbotados, botas e uma camiseta preta. Seu cabelo escuro ainda estava molhado. — Tome banho. Eu peguei outra roupa para você. Lily ignorou suas últimas palavras, indo para seu quarto. Quanto mais cedo Beth aparecesse seria melhor. Ela entrou no quarto, vendo um vestido azul pálido em cima da cama com seus sapatos baixos ao lado dele. Lily tomou um banho antes de se vestir. Ela estava escovando o cabelo quando Shade voltou para o quarto. — O jantar está pronto; — disse Shade. — Vamos lá.


— Nós vamos sair para comer? — Perguntou Lily, esperançosa. Ela poderia pedir a ele para deixá-la em casa depois, certamente ele não se importaria de deixar ela lá com Beth. — Não. Estamos comendo lá em cima com todo mundo. — Mas eu não tenho permissão de ficar lá em cima. — Lily argumentou, tentando se afastar quando Shade pegou a mão dela, levando-a para a escada. Shade parou e olhou para ela. — Se você terá que se acostumar a viver aqui, isso significa que você se acostumará a ir lá em cima. Você não quer ficar aqui o tempo todo, não é? — Não, mas eu não quero ir lá em cima, também. — Lily insistiu. — Vamos lá. — Lily tentou se afastar novamente, sua mão indo para o elástico em seu pulso. — Lembre-se do nosso acordo — Shade avisou. — Eu já disse a você, eu não quero ir lá em cima. — Lily, o clube não vai se esconder de você. Esse gato já está fora do saco. De primeira, você vai ficar desconfortável, mas então você vai se familiarizar com a forma como as coisas funcionam por aqui. Quando Shade a puxou, Lily estava com medo de tentar se afastar, não querendo cair. Vindo de cara com as escadas, abriu a porta da cozinha, que estava cheio de membros dos Last Rider. Lily tentou se segurar, mas Shade a empurrou para frente da sala grande. Evie, Jewell e Raci assistiram com diversão enquanto Lily estava sendo puxada para frente para entrar na fila da comida. — Olá. — Lily os cumprimentou. — Oi. — elas cumprimentaram de volta.


Shade a empurrou para frente quando a fila andou e ela ficou parada. Lily lhe lançou um olhar frustrado. — Estou com fome. Ao contrário de você, eu não comi. — Sinto muito. — Disse Lily cheia de culpa que ela estava sendo difícil enquanto ele só queria comer. — Eu estava brincando, Lily. Você leva tudo literalmente. — Lily baixou a cabeça, seus sentimentos feridos. As mãos de Shade foram em torno de seu pescoço, e ele usou o polegar para levantar a cabeça para encontrar seus olhos. — Você está muito linda nesse tom de azul. — Você está tentando me consolar? — Um pouco. — admitiu. Lily riu, balançando a cabeça para ele. Pegando um prato, ela pegou algumas coisas que pensava estar bom apesar de não ter muita fome. Shade por outro lado, encheu seu prato com porções muito maiores. Depois eles se sentaram em uma mesa com Evie, Rider, Train e Bliss. Lily manteve os olhos em seu prato, não sendo capaz de olhar para Rider e os olhares divertidos de Train. — Você deu a Killyama seu passeio? — Lily perguntou a Rider quando ela não podia aguentar mais. A expressão divertida de Rider desapareceu. — Ainda não. Eu estive ocupado. — Boceta. — Train provocava. Rider apertou o garfo. — Essa mulher provavelmente espera que eu a monte. — Rider dava desculpas para si mesmo. — Se a calcinha couber use. — disse Train, esquivando-se do garfo que Rider jogou sobre a mesa. — Eu gosto da Killyama. — Lily disse cortando sua carne de porco assada. Silêncio era a sua única resposta.


— Ela salvou minha vida, e eu ouvi dizer que a mãe de Star teve que fazer uma cirurgia plástica depois que ela entrou em uma briga com ela. Eu posso ver onde ela pode ser demais para você. — disse Lily, pensando que o homem descontraído não teria nada em comum com a muito séria Killyama. Todos na mesa explodiram em gargalhadas. Rider virou-se para Shade. — Marque o dia— ele exigiu, todo o humor desapareceu. — Vou fazer. — Respondeu Shade, mantendo uma cara séria. — Certifique-se de ter proteção. — Train provocava. — Qual você está falando? Preservativos ou a minha arma? — Rider perguntou. — Ambos — disse Train com sinceridade. Lily jogou um olhar de reprovação em Train. — Eu acho que você deve se voluntariar para dar um passeio a Crazy Bitch, Train. Acho que vocês dois tem muito em comum. — Evie colocou a mão sobre sua boca enquanto Bliss, sentada ao lado dela, perguntou: — Ela está falando sério? — Eu acho que sim — disse Evie, ficando de pé antes de cair na gargalhada, levando os pratos sujos com ela. Lily se levantou para ajudar ela, e Shade a seguiu até a cozinha. Ela começou a lavar os pratos, mas Shade pegou a mão dela. — É de Raci e Train essa semana. Nós nos revezamos. — Lily seguiu nervosamente para a outra sala, onde todos estavam sentados ao redor, conversando. — Eu pensei que Beth estaria aqui, — Lily disse notando que Train e Cash estavam servindo bebidas no bar.


— Beth não vai estar aqui esta noite. A Sra Langley fez uma cirurgia para remover sua vesícula e Beth vai ficar com ela no hospital — disse Evie, sentando em frente a ela. Lily olhou para Shade bruscamente antes de seus olhos voltarem para o bar onde vários membros estavam indo e voltando, com cervejas. — Mas eu preciso falar com ela. — Tenho certeza que sim, mas isso não vai fazer diferença. — Shade respondeu. A mão de Lily foi para o seu pulso quando Viper e Winter passaram pela porta da frente. Um suspiro de alívio saiu de Lily. Winter a levaria de volta para a faculdade ou a deixaria na casa dela. Viper parou no bar tempo suficiente para tomar uma cerveja e o casal veio para se sentar no sofá, forçando Lily a deslizar mais perto de Shade. Winter sentou ao lado de Lily. — Estou aliviada ao te ver. Como você está? — Perguntou Winter. — Tudo bem — disse Lily, não deixando seus olhos irem para a garrafa de cerveja na mão de Viper. — Você acha que poderia me dar uma carona de volta para a minha casa? Eu realmente preciso voltar para a faculdade. — Você vai ficar aqui. Shade não te disse? — Ele mencionou, mas... — Ele lhe disse por quê? —Viper perguntou, olhando para Shade. — Sim ele disse. Alguém tentou me atropelar e em seguida, invadir a minha casa, mas na faculdade, eu vou estar perfeitamente segura. — Lily, quando Cash seguiu as impressões de quem tentou invadir sua casa, eles levaram para a casa atrás da sua. Alguém tem observado você por algum tempo.


— Essa casa pertence a um casal que passa férias aqui algumas vezes por ano. E está geralmente vazia — explicou Lily. — Knox rastreou o dono da casa que estava em nome de uma corporação e foi até onde ele conseguiu chegar. Cash disse que a pessoa que estava ficando lá estava vigiando a sua casa. Havia câmeras Lily. — Lily sentiu medo que alguém estava invadindo sua privacidade a esse ponto. Winter pegou a mão dela. — Isso não é tudo. — O seu quarto do dormitório tinha dispositivos de escuta plantados lá. Não há realmente um lugar seguro para você ficar diferente daqui, por enquanto. Cash e Knox ambos estão tentando descobrir quem poderia estar fazendo isso, mas até que eles descubram você tem que ser paciente. Na sua casa, você estaria inevitavelmente sozinha, mas e se a presença de Beth ou Razer não impedi-los? Você não quer que eles se machuquem porque você não quer aceitar a nossa ajuda, não é? — As palavras duras do Viper a fez balançar a cabeça em negação. — Claro que não. — Bom então tudo está resolvido. — Lily estava feliz em ver que Winter ficou aliviada. Ela só queria poder dizer a mesma coisa. — Eu estava com medo que você não quisesse ouvir a razão. Tenho certeza que Beth ficará aliviada, também. Ela não quer você infeliz, mas ela quer que você esteja segura; — Viper disse a ela. — Eu sei. — Lily não sabia mais o que fazer ou dizer. Ela realmente não queria ficar aqui. Eles obviamente viviam um estilo de vida que ela não se encaixava; No entanto, era a única opção que ela tinha disponível naquele momento. Viper tomou outro gole de sua cerveja e alguém deixou a música mais alta. Winter e Evie começaram a falar sobre a Sra Langley enquanto Lily meio que escutava enquanto seus olhos vagavam pela sala, que tinha várias áreas de estar. Os membros haviam se


espalhado em toda a grande sala. Seu olhar parou em Bliss sentada com Cash. Ela se inclinou para frente e seu top caiu aberto expondo seus seios. As mãos de Cash tinham saído e traçou o contorno da tatuagem que Lily não podia ver. Ela rapidamente tirou seu olhar se juntando à conversa entre Evie e Winter. Ela sentiu Shade se levantar e em seguida, retornar. Ele lhe entregou uma garrafa de água enquanto ela viu que ele tinha uma cerveja em sua mão. Lily passou a mão nervosamente pelo cabelo. Ela desesperadamente queria usar seu elástico, ainda que ela não quisesse que ele perguntasse por que ela estava fazendo isso na frente dos outros. Ela então percebeu Cash e Bliss subindo os degraus para o andar de cima. Winter se inclinou para o lado, interrompendo a conversa com Evie. — Os membros vão se comportar em torno de você por um tempo, mas eventualmente você vai entrar em uma situação embaraçosa. Basta fazer o que eu faço. Saia da sala. — O rosto de Winter estava vermelho sangue enquanto falava, deixando Lily saber que ela estava tão desconfortável como Lily estava enquanto discutia o tema. — Pelo menos ela saiu nas primeiras vezes — Viper a corrigiu cortando a conversa. Winter jogou a Viper um olhar sujo. — Manda ver menina bonita. — Viper advertiu. O rosto de Winter ficou uma sombra ainda mais escura de vermelho. Evie se levantou. — Alguém quer uma cerveja? — Vou querer uma — Viper falou. Lily começou a mexer com o elástico em volta do pulso. — Desculpe Lily. Os homens podem se abster de agir de forma inadequada em torno de você, mas não há nenhuma maneira de afastá-los de seu álcool. — Winter disse. Lily não pôde evitar ela começou a rir.


— Eu acho que a cerveja supera o sexo. — Elas riram em troca e Lily começou a ficar mais confortável quanto podia o que não foi muito, mas

era

um

começo.

Enquanto

nenhum

dos

homens

bebesse

excessivamente ou agissem fora de controle, Lily tinha a sensação de que estaria tentando acostumar-se lentamente. Ela não sabia se ficava encantada ou com raiva por seus comportamentos. Evie afundou-se na sua cadeira, tomando um gole de sua própria cerveja. — Não critique até você tentar. — O rosto de Lily empalideceu com a sugestão de Evie para ela tomar uma bebida. — Eu só estava brincando— Evie disse em tom de desculpas. A mão de Shade foi para seu rosto. — Pare com isso Lily. Ninguém espera que você beba. Ok? Evie estava só brincando como ela faria com qualquer pessoa. — Lily assentiu com a cabeça. Será que ela nunca seria capaz de agir normal? Lily sentia como se ela não se encaixasse em qualquer lugar. — Eu acho que viver aqui por um tempo pode ser bom para mim. — Lily sempre tentou olhar para o lado positivo das coisas. — Eu preciso me acostumar em estar perto de pessoas diferentes. Isso vai me fazer deixar de ser sensível sobre pessoas beberem em torno de mim. Eu me pergunto se caubóis bebem muito. — Lily olhou para Evie desta vez, sendo a única a fazer uma piada. — Como um peixe. — ela respondeu.



Capítulo 15 Lily sufocou seu bocejo enquanto olhava para as suas cartas. Ela e Shade estavam jogando vários jogos de pôquer com Winter e Viper. — É hora de dormir se você quiser voltar para a fábrica amanhã. — Shade disse a Lily quando Winter foi para frente reivindicar sua vitória que foi principalmente, garantia contra punições. Lily falou que elas geralmente apostavam por dinheiro, mas Winter preferiu apostar por punições; Dessa forma, quando ela estivesse em problemas e tivesse que pagar uma punição, ela descontaria com um das suas vitórias de jogo. — Eu não paguei uma punição em seis meses. — Ela se gabava. Viper bagunçou o cabelo de sua esposa. — A menos que fossem as punições que você queria — Winter bateu afastando suas mãos. Lily ficou de pé, sorrindo para o casal. — Eu provavelmente vou ter que encontrar outra maneira de pagála de volta pelas minhas perdas. Eu provavelmente não estarei por perto tempo suficiente para usar todas elas. Winter olhou desconfiada para Lily, mas respondeu: — Eu tenho certeza que vamos elaborar um acordo. — Boa noite — disse Lily, seguindo Shade para a porta do piso térreo. Desceram as escadas, Lily se sentindo terrível por ocupar o espaço de Shade pelos próximos dias. Ela entrou em seu quarto, indo pegar o seu pijama, que estava na cadeira. Ela endureceu quando a porta do quarto se fechou e Shade foi para um lado da cama, tirando sua camiseta. — O que você está fazendo? — Lily perguntou chocada. — Indo para a cama.


— Oh, onde vou dormir? — Na cama ao meu lado. — Não, eu não vou. — Lily balançou a cabeça. — Sim você vai. — Não, Shade, eu não vou. — Eu não durmo em sofás. — Então eu vou. — disse Lily com firmeza. — O que você vai fazer se um dos irmãos tropeçarem bêbados lá embaixo? — Lily olhou para a porta com medo quando Shade continuou: — Este quarto está fora dos limites, mas os outros quartos não. Temos uma política de quarto aberto. — Mesmo Winter e Viper? — Você acha que você vai tirar Viper de sua cama? — Shade perguntou com uma sobrancelha levantada. Não, ela não vai. Ninguém conseguiria obrigar Viper a fazer qualquer coisa que ele não quisesse fazer, e ela tinha visto a maneira óbvia que a mão de Viper intencionalmente acariciou a coxa de sua mulher debaixo da mesa. Isso foi difícil de não ver com Winter constantemente batendo na mão dele para afastá-lo. — Não, talvez Evie? — Evie não dorme sozinha. Nenhuma das mulheres dorme. Vá se trocar Lily. Estou cansado. Não é como se fosse a primeira vez que compartilho um quarto. — Lily entrou no banheiro, colocando seu pijama. Quando terminou, ela voltou para o quarto para ver que Shade já estava na cama. Ela chegou à conclusão que não conseguiria evitar ir para a cama com ele. Suspirando, Shade saiu da cama, levando a cadeira para o canto. Deslizando ele a pegou pelo braço e a levou para o canto.


— Este é o seu lugar seguro no quarto. A qualquer momento que algo te assustar ou fizer você se sentir desconfortável, você vem até aqui. Eu não vou chegar perto de você aqui. — Shade se virou e foi embora, Lily não conseguia desviar os olhos de seu corpo magro. Shade não tinha um pingo de gordura, mas seus músculos eram firmes e ágeis. Shade voltou para a cama puxando o cobertor fino sobre ele. — Posso ter um cobertor? — Não, — ele disse, desligando a luz. A luz do banheiro continuou ligada evitando que o quarto ficasse escuro. Agradecendo a Deus por essa pequena misericórdia, ela se levantou debatendo o que fazer a seguir. Ela podia esperar até que ele dormisse e tirar as cobertas dele ou pelo menos pegar o travesseiro, mas ela realmente não gostava de ser uma pessoa ruim. Após descansar vários minutos, ela estendeu a mão para puxar a grande cadeira em sua direção. — Deixe a cadeira onde ela está. — Lily não podia acreditar em quão ruim ele estava sendo com ela, mas ela não se atreveu a pegar a cadeira de qualquer maneira. Ela ficou ali por algum tempo, antes que ela calmamente deslizasse pela parede, sentando-se no chão enquanto esperava que ele dissesse alguma coisa. Quando ele não fez, ela fechou os olhos inclinando a cabeça para trás contra a parede. Lily cochilou, acordando várias vezes durante a noite para tentar ficar mais confortável. Ela acordou completamente em torno das seis e meia, rigidamente ficando de pé. Não tentando ser quieta, olhou nas gavetas das calcinhas, batendo todas as portas quando fechava até que ela encontrou o que estava procurando, esperando acordar Shade e privá-lo de um pouco de sono. Ela então foi até o armário, abrindo a porta. — Use o roxo. — Lily pulou assustada, se virando para vê-lo olhando para ela da cama. Consciente que tinha conseguido acordar ele, ela


pegou o vestido roxo e fechou o armário num piscar de olhos. Lily foi ao banheiro, demorando no chuveiro. Ela se vestiu e foi secar o cabelo quando uma batida soou na porta. — A menos que você deseje compartilhar, você precisa se apressar. — Lily desligou o secador de cabelo e pegou a escova, levando um tempo escovando os cabelos. Finalmente ela abriu a porta. Esperando Shade passar ela se viu pressionada contra a porta do banheiro. — Lily, eu estou chegando à conclusão de que você é um pouco mimada, e enquanto eu não me importo com isso em certas ocasiões depois que você ganhou tais recompensas de mim só agora não é o momento para me irritar. — Lily engasgou quando sentiu seu pênis por trás de seus shorts pressionando contra seu monte com apenas o material do short e o vestido entre eles. Lily começou a entrar em pânico quando ele se afastou, indo para o banheiro. Ela podia ver que ele não esperaria por ela sair para usar o banheiro, então ela fechou a porta às pressas antes que ele fizesse as coisas dele. Ela quase foi para o seu canto, mas estava desconfiada que se fosse ficaria a manhã inteira lá. Ela em vez disso resolveu arrumar a cama e endireitar o quarto. Shade abriu a porta do banheiro, saindo com apenas uma toalha enrolada na cintura magra. Lily correu até a esquina, não apreciando o riso zombeteiro quando ele tirava as roupas das gavetas. Ela se virou para a parede quando ele começou a deixar a toalha cair. Ela ouviu o farfalhar de suas roupas enquanto ele se vestia e o bater dos seus pés quando colocava as botas. — Vamos tomar café da manhã, a menos que queira ficar aí por mais tempo. — Lily se virou para segui-lo, mas ele a deteve com a mão em seu queixo, fazendo-a olhar em seu rosto. Ela não tentou esconder seu ressentimento. — Já são dois, por bater as gavetas.


— Dois o quê? — Perguntou Lily em confusão. — Dois tapas em sua bunda. Eu vou manter um total e sexta-feira será o dia em que vou limpar a lousa e começar de novo; — disse Shade, a levando até a porta. — Você perdeu sua mente, se acha que eu vou ficar de pé e deixá-lo bater em mim. — Você não vai ficar de pé. Sua bunda será entregue ao meu joelho. — Claro Shade. Tudo o que disser Shade — disse Lily ironicamente, zangada demais para ter medo. Hoje era apenas quarta-feira. Ela planejava estar muito longe quando sexta-feira chegasse. Nesse meio tempo, vou deixá-lo contar tão alto quanto ele quiser; Sua mão não vai a lugar nenhum perto da minha bunda novamente. Lily pensou confiante.

— Você não pode ser mais rápida? — Georgia reclamou. O dia não tinha começado melhor; Ela estava cansada e malhumorada por ter de dormido no canto e sua mente estava encontrando o vazio enquanto pensava em lugares alternativos para ela ficar, fazendo Georgia pegá-la distraída. — Sim. Desculpe-me, eu estar levando tanto tempo; — Lily realmente queria dizer algo indelicado, mas ela engoliu a resposta. Os maus modos de Shade estavam passando para ela. Ela estava com medo porque não estava de volta por um dia inteiro e Lily já queria pular de volta na mulher. Durante o intervalo, ela tinha ligado para Charles e descobriu que ele havia deixado a cidade mais uma vez. Ela pensou em ligar para


Miranda, mas ela tinha uma criança pequena e Lily realmente não queria comprometer sua segurança. Além disso, tinha uma sensação de que Miranda ainda estava zangada com ela. Ela tinha outra opção e ela queria falar com Beth antes de fazer isso. Ela poderia ficar com Penni. Ela tinha certeza. Resolveria todos os seus problemas ao tirá-la de Kentucky até que pudessem descobrir quem estava vigiando e tentando machucá-la. Seria uma situação sempre vantajosa. O dia terminou sem mais comentários de Georgia, e Lily andou com Shade de volta para seu quarto. Sua sessão de treino e jantar foram gastos com Lily dizendo o mínimo possível para o homem. Ela ficou desapontada ao ver que Beth não apareceu novamente naquela noite, e Winter também foi a uma reunião com o conselho de pais de aluno. Ela estava presa com Shade, que não parecia se importar com o seu tratamento de silêncio. Depois do jantar, ela pensou que ele iria para a sala principal, e ela estava prestes a se desculpar quando ele a surpreendeu. — Eu preciso verificar algum trabalho acontecendo na minha casa. Você quer vir comigo? — Perguntou. — Claro. — Lily saiu pela porta de trás com ele para o enorme quintal. Beth tinha dito a ela que uma das razões que o irmão de Viper, Gavin, queria esta propriedade era por causa da quantidade de terra. A casa de Shade estava sendo construída atrás da Beth e Razer. Ela estava localizada entre a casa principal e a de Beth, com uma varanda envolvente e um caminho principal que dividia, um lado levava a Beth e o outro para a de Shade. Shade abriu a porta, entrando no que parecia ser a sala de estar e sala de jantar combinadas. Era uma casa toda aberta, onde você podia ver todo o térreo. As paredes eram todas secas e os pisos estavam expostos. Shade entrou na cozinha, onde nenhum armário ou qualquer coisa tinha sido colocado. Havia uma pequena mesa dobrável e duas cadeiras de metal na sala com vários livros em cima. Shade olhou ao redor da sala, andando


de uma área para outra. Lily olhou com curiosidade. — O que você está fazendo? — Tentando descobrir onde eu quero a ilha da cozinha e a parede com os aparelhos. — Comece com onde deseja que a pia fique, que é, obviamente, na janela. Ela apontou para a referida janela. — Porque a janela? — Então você pode olhar para fora, enquanto você cozinha. — explicou Lily. — E o fogão? — Lily olhou ao redor da sala e apontou para a parede à direita. — Dessa forma, você pode manter um olho sobre a sala enquanto está cozinhando; A outra parede te deixaria de costas para a sala. — Isso é verdade, mas o exaustor tiraria a linha de visão. Lily concordou, temporariamente esquecendo que ela estava zangada com ele. Shade finalmente decidiu colocá-lo contra a parede que Lily apontou. Ele sentou à mesa, passando por amostras de piso, Lily ajudou a diminuir a madeira dura, em seguida, o tipo de madeira. Em seguida, ele escolheu armários, mas quando Lily fez uma careta, ele virou as várias páginas até encontrar uma que ela achava se adequar ao estilo da casa. — Estou surpreso. Eu pensei que você tentaria me convencer a uma cozinha com estilo country, mas você está me guiando para um modelo mais moderno. — Lily sorriu. — Estou surpresa que você saiba a diferença. Eu gosto da aparência moderna das linhas simples e dos ângulos.


— Eu também. — Shade fechou os livros. — Isso é o suficiente por hoje. Vai levar algumas semanas para terminá-lo, então eu posso escolher as luminárias do banheiro. — Se certifique de colocar uma igual ao que você tem agora. Seu chuveiro é incrível. — Eu gosto dele também, mas eu estava pensando em algo um pouco maior aqui. — Quanto maior você precisa? Já é grande o suficiente para várias pessoas. — Ficou claro na mente de Lily, logo que as palavras saíram de sua boca que ele provavelmente compartilhava seu chuveiro muitas vezes com os membros femininos. Lily fechou o livro que ela estava olhando num piscar de olhos, se levantando sem olhar para ele. — Pronto? — Perguntou ela. — Se você precisa ficar eu posso voltar sozinha. — Eu terminei — Shade respondeu, indo para a porta e desligando as luzes no caminho. Eles caminharam de volta para a casa, e em vez de atravessar a cozinha, ele a levou pela porta, que a levava diretamente ao térreo. Lily foi ao quarto de Shade, pegando um novo conjunto de pijamas de flanela antes de entrar no banheiro para se trocar. Ela estava cansada. Esta noite ela queria dormir na cama, mas sabia que seria incapaz de subir na cama com Shade. Lily abriu a porta para ver Shade tirando seus sapatos. Ele já havia retirado sua camiseta e o jeans estava desabotoado. Ele se levantou da cama e, em seguida, foi para o banheiro, fechando a porta. Lily ficou no meio da sala por alguns segundos. Ela não conseguia fazer isso, então foi para o canto. Quando Shade saiu do banheiro, ela pensou ter visto um flash de decepção antes de seu rosto ficar impassível. Ele subiu na cama, desligando a lâmpada. Lily ficou lá vários segundo antes de sentar no chão. Sua mente estava pensando que já era duro trabalhar fora e dormir


no chão ia machucá-la ainda mais. Ela tinha que encontrar outro lugar para ficar. Enquanto estava sentada ali pensando, várias coisas lhe ocorreram. Ela tinha caminhado descalça e enquanto o carpete era grosso por toda parte, onde ela estava sentada era extremamente acolchoado. Ela colocou a mão para baixo e percebeu que era mais grosso. Havia cobertura extra debaixo do carpete que ela estava sentada. O próprio quarto estava muito quente, como ela gostava; Não estava frio e não precisava de um cobertor para se aquecer. Ela estava olhando para ele dormir na cama quando ocorreu que ela podia vê-lo claramente. Sua cabeça, em seguida, virou na direção do banheiro. Ele tinha deixado a porta aberta e a luz acesa.


Capítulo 16 Lily preenchia o último pedido do dia, consciente dos olhos de Geórgia sobre ela. Lily queria se virar e dar a língua para ela. Se sentindo infantil, ela arrumou os itens de volta na mesa e começou a classificá-los. Jewell estava saindo e terminado a sua última caixa, quando parou pela mesa de Lily. — Essa mulher está fissurada em você. — Ela não gosta de mim, — Lily concordou. — Não me diga. — Jewell zombou lançando um olhar para Georgia. Lily quase riu, mas não achou que isso ajudaria a situação, e só serviria para aumentar a hostilidade de Georgia em direção a ela. — Eu devo ter esfregado do jeito errado. Eu não acho que fiz qualquer coisa para fazê-la não gostam de mim. — Eu vou te dizer por que ela não gosta de você em uma palavra. Ciúme. — Georgia não está com ciúmes de mim; — disse Lily ironicamente. — Oh, sim ela está. Ela parou em Shade. Ela fez amizade comigo apenas para ficar mais perto dele — Jewell deu de ombros. — Eu sou uma otária por uma cara bonita e um corpo balançando. — Lily estudou o corpo sensual que sempre esteve perto de um dos Last Riders. — Eu pensei... Quero dizer... Não importa, — Lily interrompeu envergonhada. — Que eu estava em caras? Eu estou em quem me faz me sentir bem; — Jewell respondeu, nem um pouco envergonhada. — Eu gosto de sexo. Eu realmente gosto de sexo. — Lily não podia se ajudar, a mulher


havia lhe mostrado onde tudo estava quando ela começou o seu primeiro dia no trabalho na fábrica, então continuou falando. — Eu continuo esperando que ela vá aliviar — Lily admitiu. —Georgia não vai tomar uma pílula de personalidade um dia e se tornar uma boa pessoa. Você tem que defender seu território. Ela não pode demitir você por isso mande-a se foder. — Eu não posso ser desrespeitosa. Ela é supervisora de todos. — Ela é uma funcionária. Somente os membros do clube são chefes na fábrica. Isso é o que conta. Você tem que aprender a se defender, Lily. É por isso que nenhum de nós disse nada a ela. Este é o seu primeiro emprego de verdade, e todos querem que você aprenda a lidar com essa situação sem um de nós entrar e corrigi-lo para você. Você tem que parar de ser uma pessoa tão doce o tempo todo. Ser um pouco de uma cadela não vai machucar. — Jewell aconselhou. Lily ficou com as emoções misturadas. Ela entendia o que Jewell estava dizendo. Ela estava tentando dizer para ela parar de ser uma covarde. Ela não queria enfrentar Georgia. Ela sempre evitou confrontos. Ela odiava confrontos. Ela não gostava dessa parte de si mesma. Ela tinha que passar por esse medo ou ela nunca pararia os ataques de pânico que se prolongaram durante toda a sua vida. — Vou tentar. — Legal. Se você precisar de alguma ajuda, deixe-me saber. Eu sempre gostei de uma boa luta. — Tudo bem — disse Lily, voltando ao trabalho. — Terminou? — Raci perguntou a Jewell. — Quase. Eu só preciso dar essa papelada à Shade. — Jewell saiu, levando a papelada para o escritório de Shade, deixando a porta aberta. Lily continuou a embalar o pedido, ouvindo Raci descrever um filme que ela


tinha assistido na noite anterior. Ela viu Jewell sentar no canto da mesa de Shade, se inclinando em direção a ele enquanto falava. A expressão em seu rosto era muito explícita. Quando sua mão deslizou por seu braço, Lily desviou o olhar, se concentrando nas palavras de Raci. — Você vai participar da sua primeira festa hoje à noite? — Raci perguntou ansiosamente. — O quê? — Perguntou Lily em estado de choque. Raci encolheu seu ombro. — Bem, já que não é mais um segredo e você tem estado na casa durante toda a semana, eu apenas assumi que estaria na festa de hoje à noite. Eu tenho uma roupa que você poderia usar, mas você tem que prometer devolvê-la. — Não, obrigada. Eu não estou indo para a festa. — Ela poderia ter subido várias vezes durante as refeições e durante a noite, quando a maioria dos membros principalmente não tinha feito nada mais do que beber algumas cervejas, mas nenhum tinha ficado bêbado. Vários membros tinham sequer subido juntos, não deixando dúvida que estava prestes a acontecer, mas Lily tinha certeza que sua festa de sexta-feira não seria tão controlada. Raci sorriu de forma contagiante. — Eu me lembro da primeira vez que Beth e Winter vieram para as nossas festas. Elas ficaram em estado de choque. Não se preocupe. Uma vez que você ver isso e deixar de ser novidade, ver todos é quente. É o meu dia favorito da semana, mas eu desfruto do resto da semana também. Raci era aberta e agradável e gostava de manter todos felizes. Ela constantemente saltava e se voluntariava quando tinha pedidos reservas. Durante a semana, Lily também tinha notado os muitos homens ao seu redor.


— Posso lhe fazer uma pergunta, Raci? — Lily hesitou. Raci assentiu. — Você tem um quarto para você ou você compartilha com os outros? — Eu tenho um quarto só para mim agora desde que Knox saiu de casa. Por quê? — Eu sei que isso é uma imposição, mas você se importaria se eu compartilhasse com você? — Você está desistindo da cama de Shade? Você está louca? Ele é o único membro que não deixa ninguém dormir com ele. Nunca. Sabe quantas mulheres tentaram passar a noite com ele? — Hum, não. Shh... Todo mundo vai ouvi-la. — Raci não diminuiu a voz da sua boca grande. — Muitas, inclusive eu. Ele te fode toda noite, mas ninguém dorme ao seu lado. Merda. — Raci balançou a cabeça, olhando para ela em descrença. — Eu não me importo em compartilhar o meu quarto com você. Vai ser divertido. Claro, Train e Rider vão adorar. Um deles sempre passa a noite; Eles adoram se exibir... — Não importa. Eu vou ficar com Shade. — Quando Raci pareceu desapontada, Lily chegou à conclusão de que os homens não eram os únicos que gostavam de se exibir. Lily olhou para o escritório de Shade. A porta estava fechada. Lily começou a ficar agitada e não tinha certeza do porquê. A mão dela foi para seu pulso, puxando o elástico antes de fechar a embalagem. Raci estava descrevendo a nova roupa que ela tinha comprado para esta noite. — Eu me empolguei e comprei algumas roupas novas. As mulheres são conhecidas por roubarem as melhores. Elas as roubam das cestas da


lavanderia. — Seus olhos viajaram para o vestido creme de Lily. — Claro, você não precisa se preocupar com suas roupas.— Ela terminou sem jeito. Lily percebeu que seu gosto em roupas tinha sido insultado. Ela olhou para si mesma. Ela tinha a intenção de comprar mais roupas. A próxima vez que ela fosse para a cidade ela compraria, mas duvidava que qualquer uma fosse considerada para empréstimos. Seus olhos voltaram à porta do escritório de Shade para vê-lo abrir e ambos saírem. Ambos pareciam de bom humor, o que era raro para Shade. Os dentes de Lily apertaram. Ela começou a limpar sua estação de trabalho com movimentos bruscos. — Pronta? — Perguntou Shade, chegando ao seu lado e tocando o seu braço. Lily sacudiu seu toque para longe. — Sim. — Lily se virou para a porta, ignorando a pergunta de seu olhar azul. Abrindo a porta, ela piscou rapidamente enquanto seus olhos se ajustaram à luz, seu temperamento fervendo sem uma causa justa. Ela foi pelo caminho que levava até a casa onde estavam Train e Kaley discutindo, não fazendo nenhuma tentativa para diminuir as suas vozes. — Por favor, Train, fale com eles. — Sua voz estava implorando para o seu rosto de pedra. Lily sentiu pena dela quando ouviu resposta negativa de Train. Ela teve que passar por Kaley no caminho para a casa, e a reação de Kaley ao vê-la não foi agradável. — Isso é tudo culpa sua — disse ela com ódio. — Desculpe-me? — Perguntou Lily, parando. — Cale a boca, Kaley. Não é culpa de Lily que você não ficou de boca fechada. — Train disse. — Ninguém se importaria se ela não tivesse fofocado com a minha irmã.


— Miranda estava preocupada com você — Lily protestou. — Miranda estava apenas com inveja. Eu estava tendo uma abundância de sexo e ela não. — Suas palavras duras fizeram Lily dar um passo para trás, entrando em contato com Shade. Quando o seu braço deslizou ao redor de sua cintura, Lily tentou se afastar, mas ele a manteve imóvel. — Isso não é verdade — Lily tentou argumentar com a mulher enraivecida. — É verdade. Nenhuma de vocês sabe como fazer sexo com exceção de ficar deitada e espalhar as suas pernas. E eu duvido que você tenha coragem suficiente para fazer isso, Lily. — Ela movimentou a cabeça em direção ao Shade. — Ele está fodidamente desperdiçando o tempo dele com você, mas ele vai se cansar de sua merda, e quando ele cansar ele vai voltar a foder qualquer coisa com uma boceta. — Lily, vá para a casa. — Shade disse calmamente, largando a sua cintura. Ela deu um passo em frente, andando com Jewell e Raci ao lado dela. — O que a deixou tão fora de si? — Lily perguntou as outras mulheres. — Eles disseram que ela não tem permissão para vir para o clube mais. Ela quebrou as regras quando contou a irmã sobre os votos. — Lily passou pela porta de entrada para o porão, enquanto as outras duas continuaram até a porta da cozinha. Lily se dirigiu para o quarto de Shade para trocar para as suas roupas de treino, embora ela não estivesse realmente com vontade de treinar. Winter tinha dado a ela um par extra de leggings pretas e uma camiseta nova para vestir para que ela não tivesse que lavar a outra todos os dias. Sua mente ainda estava na porta do escritório fechado e as palavras de Kaley, tentando expulsá-lo de sua


mente. Ela voltou para a academia e começou a alongar, sem dizer nada quando Shade entrou, lhe dizendo que ele iria se trocar e estaria de volta. Ela sentiu como se algo estivesse batendo. Quando Shade voltou, ela ficou na posição. Eles sempre fizeram um conjunto de manobras, alternando de vez em quando, quando ela ficava entediada. Shade fez um de seus movimentos praticados, e Lily respondeu com mais força do que o habitual, quase conseguindo uma joelhada em suas partes íntimas. — Você está ficando melhor. Você quase conseguiu me acertar nesse momento — Shade a elogiou. Lily cerrou os dentes. Ele nunca realmente esperava que ela tivesse sucesso em superar ele. Lily circulou o tatame. — Você não viu nada ainda. — Shade ergueu a sobrancelha para sua afirmação. Desta vez, quando ele veio para ela, Lily reagiu inesperadamente, usando ambos os punhos para bater nele entre as omoplatas quando ela pulava para longe de seu domínio. — Que diabos? — Eu tenho que fingir que você está me atacando, não tenho? — Sim, mas eu quero que você aprenda a parar um atacante, não irritá-los. — Contanto que isso funcione e eu fuja isso é tudo o que importa — disse Lily presunçosamente. — É mesmo? — Sim. — Lily continuava de frente para ele, não deixando as suas costas desprotegidas, como sempre fazia. Ela estava cansada de desempenhar o papel de alguém que estava prestes a ser atacado. Ela queria vê-lo indo para ela. — Será que Kaley foi para casa?


Shade tinha começado a se mover em direção a ela, mas seu movimento parou com as suas palavras. — Sim. — Um monte de mulheres tenta se juntar? — Sim. — Shade estava começando a receber a mensagem que ela era a pessoa que estava chateada lhe dando um olhar desconfiado. — Eu aposto que é divertido para os homens. Os membros femininos não se ressentem de novos membros? — Lily não podia acreditar que ela estava discutindo isso com ele. — Não. Por que você está interessada? — Shade perguntou levando seu movimento contra ela. Neste momento o seu pé disparou e ela conseguiu acertá-lo no estômago. A parte triste foi que provavelmente a machucou mais do que o machucou. Seu estômago era como uma pedra .dura; No entanto, ela forçou a recuperar o fôlego. Lily caminhou em torno dele se gabando. — Você está ficando lento, Shade — disse Lily, saltando de pé para pé. — E não, Não estou interessada. Você e os outros homens podem ter todas as mulheres em Treepoint que quiserem aderir a seu clube. Eu não vou ser uma delas. Eu pretendo encontrar um homem que saiba apreciar uma mulher. — Isso é uma piada. — O que você quer dizer com isso? — Lily parou de saltar. — Que você nunca vai deixar um homem te tocar. Diga-me, como é que você pretende pegar um caubói ou qualquer homem, quando você não tem nenhuma intenção de dar-lhes alguma coisa? Eu aposto que as bolas de Charles são azuis em torno de você, mas eu tenho certeza que ele encontra no restaurante do pai as garçonetes para aliviá-lo.


— Isso não é verdade. Charles é um cavalheiro. — Ele gosta do seu pau chupado tanto quanto qualquer homem. — Shade provocou. — Você é nojento! — Lily gritou com ele, virando-se para sair do tatame. — Qual é o problema, Lily? O que realmente desencadeou esta pequena birra sua? — Lily não respondeu quando Shade bloqueou seu caminho. — Saia. — Me faça sair. Eu já estou chocado como a merda que você não correu para o seu canto como uma garotinha assustada. — Você é uma pessoa ruim. Eu odeio você. — Lily levantou as mãos, empurrando seu peito, tentando fazê-lo sair de seu caminho. Lily sentiu seus pés varridos debaixo dela, em seguida, ela caiu de costas sobre o tapete. Maldito, apenas uma vez ela queria sair melhor que o homem. Só uma vez, ela queria limpar o sorriso de auto satisfação de seu rosto. Sua raiva fervia. Lily nunca tinha ficado irritada do jeito que Shade a fazia ficar e ela não sabia como lidar com a raiva fervendo em suas veias. Ela era uma mulher temente a Deus, caramba, e Shade a fez querer estrangulá-lo com as suas mãos. — Você perdeu. Novamente. — Shade olhou para ela em triunfo. Ele sempre disse a ela para reagir como se ele fosse um estranho, então ela fez. Sem pensar sobre as consequências de suas ações, sua mão se estendeu e agarrou suas bolas violentamente, e as apertou. Ele caiu de joelhos quando sua mão foi para suas bolas, tentando empurrar a mão dela. Sua mão apertou ainda mais quando ela se levantou de joelhos, apertando com mais força. Seu sorriso satisfeito se arregalou com sua expressão cheia de


dor. — Como foi o treinamento para pegar o atacante de surpresa? Você está surpreso? Não me subestime. Eu não gosto disso. — Sua mão apertou suas bolas mais uma vez antes de deixá-lo ir, ficando de pé. — É chato falar sobre Charles assim. É problema particular meu, assim como você e Jewell em seu escritório. Eu não me importo que qualquer um de vocês brinquem — Ela retrucou. Shade se levantou e Lily veio a seus sentidos, percebendo o que ela tinha feito muito tarde. Ela não era estúpida. Quando viu o olhar de retribuição em seu rosto, ela correu em direção aos degraus e conseguiu fazê-lo até que ele pegou seu tornozelo em um aperto duro. Lily chutou com o outro pé equilibrando as mãos nos degraus de cima, acertando na mandíbula e fazendo-o soltar o pé dela. Ela conseguiu escapar dele, subindo os últimos degraus que davam para porta aberta nos fundos, correndo pela cozinha e batendo a porta na cara furiosa dele. Todos na fila para o jantar se viraram para olhar para ela correndo pela cozinha. Ela fez uma parada. Ela ouviu Shade bater a porta quando ele veio atrás dela. — Lily? — A voz de Beth a fez virar para a mesa. Ela viu sua irmã, Razer, Winter e Viper olhando para ela em estado de choque. Bem, oh inferno.


Capítulo 17 — Vindo do treinamento? — Perguntou Beth, seu olhar indo e voltando entre Lily e Shade. — Sim. Acho que finalmente estou pegando o jeito dele. — Ela jogou um olhar triunfante em Shade sobre seu ombro. — Isso é ótimo. Eu estava tão preocupada com você depois do jantar, mas eu sabia que todo mundo olharia por você, e a Sra Langley não tem ninguém. O médico vai lhe dar alta em uma hora. Vou passar o fim de semana com ela, mas eu queria parar e ver você. — Estou ótima. Na verdade, por que você não fica aqui e eu fico com a Sra Langley? Ninguém vai pensar em me procurar lá. — Lily planejou rapidamente. — Talvez quando ela estiver melhor, mas ela precisa de cuidados especializados depois de ter saído da cirurgia. — Merda. Toda vez que ela vinha com uma ideia, eles davam um banho de água fria nela. — Estou feliz que você apareceu. Eu tenho outra ideia. Desde que nós não sabemos quem estava me espionando faz sentido para eu deixar Kentucky. Eu posso entrar em contato com Penni e ficar com ela até que a banda que ela está trabalhando saia em turnê. — Eu acho que é uma ótima ideia. Eu sei que você estaria segura com Penni e eu posso entender que não é confortável para você ficar aqui. — Os olhos de sua irmã foram para Shade quando ele pediu licença para ir tomar um banho. — Vou ligar para ela depois do jantar, depois lhe darei a resposta. — Eu posso pedir à Razer para levá-la até o aeroporto; — disse


Beth. Lily ainda sentia o muro que ela criou entre elas, mas ela estava tão aliviada por ter seu problema resolvido que ela lhe deu um sorriso genuíno pela primeira vez em semanas. Lily pegou um prato de comida e, em seguida, sentou à mesa ao lado de Beth. — Você teve quaisquer ataques de pânico? — Beth perguntou enquanto comiam. Lily teve que parar e pensar. — Não. — Ela não teve um em toda a semana e ela raramente sentiu necessidade de esticar e soltar o elástico contra o pulso também. Shade pode não ser a pessoa mais legal que ela já conheceu, mas ele a fez se sentir segura. Ele voltou do andar de cima tomado banho e trocado de roupa e colocou algo para comer enquanto Beth continuava falando a ela quão bem ela parecia. — Você tem cor em suas bochechas novamente. Espero que estar aqui esta semana tenha te mostrado que eles realmente se preocupam com você. — Sim. — Lily sabia que todos eles eram pessoas boas, embora ela nunca fosse capaz de entender como eram sexualmente tão livres. Era um lado de Beth que ela tinha mantido escondido e que a tinha machucado. Beth e Razer se levantaram da mesa. — Deixe-me saber a resposta de Penni — Lily ficou de pé, abraçando tanto Beth quanto Razer e dizendo adeus. Ela tinha que tentar deixar o sentimento de mágoa ir. Ela adorava Beth e Razer. Ela não queria danificá-los com suas ações. Beth deu um sorriso triste antes de sair. Ela ignorou Shade quando deu a todos boa noite e foi para o térreo, ansiosa para ligar para Penni. Ela pegou o telefone dela em cima do criado-mudo e discou o número de Penni. Escutando ela ouviu o telefone tocar duas vezes antes que a voz de Penni viesse através da linha.


— Olá? — Penni, aqui é Lily. — Oi, eu ia ligar para você. Eu estava sentindo falta da sua voz! — Disse Penni entusiasmada. — Como o novo trabalho está indo? — Lily se sentou de pernas cruzadas na cama enquanto conversava com Penni. — Ótimo. Eu finalmente tenho o meu escritório organizado e a turnê marcada. Mal posso esperar. — Isso é bom. Estou feliz que você esteja gostando de seu novo chefe. — Kaden é um sonho para se trabalhar. Ele pode ser um pouco tenso, mas sua esposa o mantém sob controle. O sorriso de Lily desapareceu quando Shade casualmente entrou no quarto, fechando a porta e trancando-a atrás dele. Ela quase não prestou atenção a Penni enquanto falava sobre a esposa e todos que seu chefe a tinha apresentado desde que chegou. Ela observou como Shade saiu da porta, indo para o armário onde ele tirou a camisa, em seguida, suas botas, colocando-as de lado. Andando descalço, ele foi para o grande armário que estava contra a parede onde suas roupas estavam sendo mantidas. Lily não ficaria surpresa se ele não estivesse com raiva suficiente para embalar para ela. Ao invés, ele enfiou a mão no bolso e tirou um chaveiro, desbloqueando o outro lado do armário que havia pensando que teria suas roupas. Sua boca se abriu na vasta gama de objetos no armário que estavam arrumados ordenadamente. Lily começou a ficar nervosa. Ela havia cometido um erro terrível em subestimar Shade. Um após outro, ele puxou vários itens, testando seu peso em suas mãos. Ele pegou uma régua espessa, que ele bateu contra sua mão antes de colocá-lo de volta no


armário. Ele então tirou o que parecia um mini chicote com várias cerdas, que ele bateu contra sua coxa antes de colocá-lo de volta na gaveta. — Lily, você está aí? — Sim. — Lily não tirou os olhos de Shade. — Eu pensei que você estaria animada por mim. — A decepção de Penni soou através da linha. Lily arrastou sua mente de volta para a conversa que estava tendo. — Sobre o que? — Ir a Londres para uma mini turnê depois de amanhã. Nós vamos ficar por duas semanas. — Oh, Deus, ela não seria capaz de ir com Penni; Ela não tinha um passaporte. Ela estava presa aqui com o homem que tirou uma pá fina que parecia estar coberta de couro. Ele bateu-a contra a palma da mão, desta vez parecendo feliz com sua escolha. Fechando o armário, ele caminhou até a cadeira e se sentou, olhando diretamente em seus olhos. Lily sentiu como se um predador estivesse olhando para ela, se preparando para um ataque. Seus olhos foram para a porta, analisando a distância. Tinha que correr mais uma vez hoje; Certamente, ela poderia fazê-lo novamente. Ela tentou avaliar todos os fatos, incluindo o tempo que levaria para destrancar a porta. Ela não faria isso. Ela sabia que teria que fazer uma pausa no banheiro em vez disso. Enrijecendo seu corpo, ela se preparava para fazer sua fuga. — Eu te ligo quando voltar. — Certifique de fazer isso. Eu estou pensando em te fazer uma visita. — Isso seria fantástico. Eu vou falar com você mais tarde. Tchau. — Lily pulou da cama, fazendo uma corrida para o banheiro. Ela não conseguiu isso. No meio do caminho, ele a tinha pego pela cintura.


— Oh, não, você não. — Não se atreva a me tocar! — Lily gritou. — Estou indo para fazer mais do que tocar você. Eu vou te ensinar uma lição que você nunca vai esquecer Lily. Ela estava prestes a gritar, apavorada, quando ele a sentou em seu canto e deu um passo para trás. Não entendendo, ela o viu quando ele puxou a cadeira para encará-la, sentando. — Eu acho que já passou da hora de arrumar algumas coisas. — Sua mão foi para o elástico quando ela se pressionou contra a parede. — Pare com isso. Você está em sua zona segura e não vou tocar em você quando você estiver ai. Shade se recostou na cadeira. — Eu entrei para os Last Riders quando saí do serviço militar. Existem oito membros iniciais. Quando começamos o clube, decidimos que as mulheres seriam membros. Ambos os homens e mulheres têm regras sobre como eles podem entrar. Os homens, se eles quiserem entrar e nós os quisermos como uma parte do clube tem que escolher dois dos oito membros originais para lutar. Se ele conseguir lidar com ele mesmo se torna membro. As mulheres precisam de seis votos dos oito membros originais para participar. Para conseguir os votos, o membro vai fodê-las ou terem um orgasmo, como resultado de seu jogo. — Eu não quero saber. — Lily gemeu. — Lily, você vai ouvir tudo. Sem mais fingimento. Agora, para continuar, Beth e Winter ganharam seus votos de forma diferente. Elas ganharam favores. Isso não quer dizer que elas não ganharam alguns votos normais. Assim, não a maioria dos votos. — Sua voz desapaixonada falava com naturalidade sobre a sua irmã e Winter.


— Eu realmente não quero ouvir isso — disse Lily, se sentindo doente, virando o rosto para a parede. — Depois que elas ganham seu último voto, as mulheres podem fazer sua tatuagem com a data em que ganharam seu último voto e tornaram-se um membro. Lily se virou para encará-lo. — Beth não tem uma tatuagem. — Eu acredito que Beth e Winter ambas tiveram suas tatuagens colocadas onde ninguém possa vê-las. Eu não sei. Eu lhes dei o meu marcador. Eu também nunca participei em nenhuma das suas diversões com o clube. Diamond também. — Por quê? — Porque Beth é sua irmã, Winter é sua amiga, e Diamond eu podia ver que, quando você finalmente passasse mais tempo com ela, vocês se tornariam amigas íntimas. Eu não quero que você se sinta desconfortável ao seu redor. — Eu não entendo. — Lily balançou a cabeça. — Sim, você entende. Você não quer admitir isso, mas você entende. — Não. — Quando Lily virou o rosto para a parede, ouviu seu profundo suspiro. — Lily, eu queria você desde o primeiro minuto que te vi saindo da lanchonete com Beth quando nos mudamos para Treepoint. Dei uma olhada em você e sabia que você era minha. — Lily balançou a cabeça, ainda não enfrentando ele. — Razer, infelizmente, fez o seu movimento com Beth primeiro, e eu tive que mentir e recuar para deixá-lo ver onde isso estava indo. Eu também sabia que você era jovem e queria que você tivesse algum tempo


para si mesma. Nunca tive intenção de esperar tanto tempo por você, mas eu deixei Winter me convencer a deixá-la terminar a faculdade. Então, eu esperei. — Você não esperou sofrendo esperou, Shade? Com um clube cheio de mulheres a sua disposição a um estalar dos dedos. — Lily pontuou. — Eu não sou nenhum santo. Eu desfrutei de todas as mulheres aqui no clube, mas elas não eram você Lily. Nunca você. Eu as fodia por horas tentando me fazer passar a noite para eu não subir na minha moto e ir atrás de você. — Você não pode seriamente acreditar que eu teria aceitado você. — Lily olhou para a sua expressão dura. Entendimento lhe bateu, seus olhos azuis claros estavam dizendo que ela não teria uma escolha. Ela começou a tremer. Ele não ia lhe dar uma escolha agora. — Eu não vou esconder nada de você, e você vai ter que aprender a lidar com o que você pode e o que você não pode lidar. Você tem o seu espaço seguro, e eu lhe dei o verão para me conhecer. — Eu o conheci demais. Você é mandão, você é mau, e você tem sexo com muitas mulheres. — Eu não sou um caubói — ele zombou. — Você não é um caubói — Lily concordou. — Não importa o que eu seja ou não. Eu serei aquele em cuja cama você vai estar, que vai colocar o meu anel em seu dedo, meu bebê em sua barriga, e você vai deixar, Lily. — Não. — Lily balançou a cabeça, negando suas palavras. — Sim, Lily, você vai. Você não será capaz de ajudar a si mesma. Eu vou ter a maldita certeza disso. Desde que eu quero garantir de não existir mais segredos entre nós, eu vou lhe contar, Penni é minha irmã. Na


verdade meia-irmã, mas ela diz que não conta. — Lily respirou fundo. Seu senso de traição foi tão profundo que ela não sabia se poderia suportar. Beth e agora Penni tinham mantido segredos dela. — Beth não sabia e Penni pensou que eu pedi a ela para se transferir de faculdade por causa de Beth. Ela não tem ideia do meu interesse em você. — Lily se recusou a olhar para ele. — Lily, olhe para mim. Ela não queria olhar, mas ainda assim ela virou a cabeça para olhar para seu rosto sombrio. — Eu sei que isso é muito para você? Você não se dá bem com surpresas, no entanto, há um último detalhe do negócio que precisamos cuidar. Você me provocou durante toda a semana. Depois que eu lhe disse que você tinha ganhado uma surra, você deliberadamente tentou me aborrecer. Eu não perdi a calma, ao contrário de você. Em vez disso, você ganhou mais alguns golpes. Vou lhe dar uma chance de se explicar e você pode ser capaz de diminuir a sua punição, se a explicação for boa o suficiente. Caso contrário… — Shade deu de ombros. — Eu não vou levar uma punição de você. Eu não sou uma de suas mulheres que realmente se importa em agradá-lo. Você pode ir para o inferno. Estou indo embora. Se você colocar uma mão em mim, eu vou chamar a polícia. — Foi então que Lily percebeu que ela não tinha mais o seu celular. Ela freneticamente olhou ao redor do quarto procurando por ele, vendo-o no chão onde Shade tinha pego. Shade se virou para onde ela estava olhando e levantou da cadeira, andando até o celular e o pegando. Caminhando de volta, ele entregou a ela antes de ir para a gaveta, abri-la e lhe entregando um envelope. Ele retomou ao seu lugar. — Antes de fazer a ligação, você deve abrir o envelope. — Lily sabia que ela não devia, temendo o conteúdo fechado. Lentamente, ela


rasgou o envelope puxando os papéis e, em seguida, analisando-os. Eram documentos de posse dos Last Riders, a fábrica e a casa. E mostrou todos os nomes separados da corporação. Seus olhos foram para os dele, não compreendendo. — Meu nome é John Hunter. — Seus olhos voltaram para os papéis, passando por eles mais uma vez. Então horror a golpeou. Embora o nome de todos os bens estivesse dividido igualmente entre os membros, a propriedade onde tudo foi construído, incluindo a nova casa em que Beth amava, era de propriedade de Shade. Ela olhou de volta para ele. — Quando todos nós saímos do serviço militar, nós queríamos começar um negócio, mas eles não tinham capital. Eles tinham as ideias; Eu tinha o dinheiro. Meu dinheiro combinado com o que eles conseguiram poupar foi investido no negócio. A terra ficou em meu nome para garantir que eu não sairia sem nada desde que assumi o maior risco. — A casa de Beth e Razer... — Está na minha propriedade — Shade confirmou seus piores medos. — Oh Deus. — Não há necessidade de ficar chateada. Eu não tenho nenhuma intenção de tomar a casa deles... Se chegarmos a um acordo. — O que você quer Shade? — Uma lágrima solitária deslizou por sua bochecha. Ela já sabia o que ele ia dizer. — Você. Lily balançou a cabeça. — Você não pode estar falando sério. Você tem que saber que isso me fará desgostar ainda mais de você. — Lily, você não sabe o que quer. Você quer um homem que não existe. Um que nunca vai tocar em você, fingindo que você não tem algo


sério desarrumado subindo no interior de sua cabeça, e disposto a aguentar você entrando constantemente em algum tipo de problema. — Eu não. — Lily estalou. Shade ergueu a sobrancelha para ela e sua incapacidade de negar a verdade das duas declarações. — O homem que eu quero existe e eu sei que você não é ele. — Eu sou o único homem que você terá. — Ameaça derramava de seus olhos antes que ele recuperasse o controle, encolhendo os ombros e acenando com a cabeça em direção ao celular. — Pense. — Beth e Razer podem construir outra casa. — Lily argumentou. — Eles certamente podem, mas não vai ser aquela casa. — Razer e você são como irmãos, você não faria isso com ele, — Lily chamou o seu blefe. — Sim, eu faria. — Ela pensou sobre a sua abordagem a sanguefrio para tudo o que ele lidou e sabia que ele não estava blefando. — Eu não posso fazer isso. — Ela apontou entre eles. — Eu não vou apressá-la. Podemos ir tão lento como você quiser. Eu sou um homem paciente. Se ele me disser que é um homem paciente mais uma vez, eu vou gritar. Lily pensou. — Eu vou falar com Diamond. — Vou levá-la para vê-la amanhã, depois de sair da igreja. — Se eu puder encontrar uma maneira, vou sair. — Lily tinha toda a intenção de encontrar uma maneira de sair de sua armadilha. — Você pode sair agora, Lily. A decisão é sua. — Ok. — Lily cedeu, deixada sem escolha, até que ela pudesse se certificar que Beth não perderia a sua casa. Beth a tinha protegido por


muitos anos para deixá-la perder sua casa sem tentar salvá-la. Se Shade fosse fiel à sua palavra, ele não pressionaria, e ela poderia encontrar uma maneira de sair dessa bagunça. Beth ficaria com raiva e a faria sair se ela descobrisse. Ela perderia a casa que amava para protegê-la; Lily não podia fazer menos.


Capítulo 18 — Bom, agora que está tudo esclarecido, precisamos cuidar de sua punição por quase ter arrancado as minhas bolas. — Eu me concentrei em nosso treino — Lily defendeu suas ações. — Você estava chateada comigo por alguma coisa. Importa-se de dizer? — Lily permaneceu em silêncio. — Tudo bem. — Shade se inclinou para frente. — Vamos começar com Jewell. Ela fechou a porta do meu escritório quando Cash ligou. Kaley quebrou as regras. Eu realmente não dou à mínima se ela tentou se juntar ao clube ou não. Ela nunca teria conseguido votos suficientes para isso de qualquer maneira, isso não é nenhuma perda. — Agora, vamos falar sobre a sua punição. Eu vou ser tolerante desta vez — ele parou no bufo grosseiro de Lily — E lhe dar uma escolha de punição. — Quais são as opções? — Lily não tinha dúvida que ela não ficaria feliz com qualquer uma delas. — Você pode levar a surra que você merece, ou você pode dormir na cama hoje à noite, ou você pode me dar um beijo. Faça sua escolha. — Você não está falando sério? — Sim, eu estou sendo mais do que justo. Doeu demais quando você agarrou minhas bolas. Nenhuma de suas escolhas envolve dor excruciante. — O cinto parece que vai doer. — Eu pretendo que você aproveite isso. — Shade deu um sorriso.


Lily estremeceu, e não era de prazer. — Qual? — Shade pediu a ela. — Você gostaria que eu escolhesse para você? — Não! — Lily estava presa. Ela teria que escolher um. Ela realmente não queria uma surra de cinto, mas os outros dois eram tão ruins. O beijo estava totalmente descartado. Ela não podia imaginar tocar sua boca com a dele. — Eu vou dormir na cama — disse Lily com relutância. — Tem certeza? — Lily assentiu com a cabeça. — Bem. Você pode se preparar para dormir. — Shade se levantou da cadeira, virando a televisão. Lily reuniu seu pijama antes de ir para o banheiro. Lá retirou suas roupas e desceu os três degraus para o chuveiro. Ela ligou, sentindo a água atingir seu corpo em diferentes áreas. Ela levou seu tempo, o chuveiro estava se tornando uma obsessão para ela. Cada vez que tomava um banho, se sentia absolutamente extasiada. Lily baixou a cabeça, confusa com o fato de ele querê-la quando tinha uma variedade de mulheres à escolha, não só no clube, mas também na cidade. Toda mulher na cidade que era solteira, e algumas casadas, o perseguiam desde que ele montava pela cidade. Relutantemente saiu do chuveiro, então secou o cabelo com secador para demorar ainda mais, atrasando o inevitável. Ela queria puxar e soltar o elástico, mas ela não o fez. Vestida em seus pijamas grossos, ela abriu a porta, indo para o quarto. Ela queria ir para o canto, mas em vez disso, forçou seus pés em direção à cama. Shade não tirou a sua atenção da televisão quando Lily subiu na cama, indo para o lado, tanto quanto ela podia sem cair. Shade, em seguida desligou a televisão e foi para o banheiro. Lily relaxou quando ele saiu do quarto, ficando ainda mais confortável quando ouviu o chuveiro. Ela entrava e saiam do sono, tensa


demais para escorregar em um sono profundo. Quando a porta se abriu ela fingiu estar dormindo. Ela sentiu a cama mergulhar no outro lado e sentiu Shade desligar as luzes. Com as costas para ele, Lily abriu os olhos e viu que ele tinha deixado à luz do banheiro ligada. Ela continuou a fingir de forma tensa, sentindo ele se mover sob as cobertas, ficando confortável. Ela estava tentando não entrar em pânico. Se ele rolasse um centímetro mais perto dela, ela iria para o canto. Lily não sabia quanto tempo ficou tensa antes de perceber que ele já estava dormindo. Obrigou-se a relaxar mais uma vez, a ponta dos dedos estando contra o elástico vermelho como se ele fosse protegê-la. Fechando os olhos, ela adormeceu, pensando que ela tinha começado bem com Shade. Este não foi um castigo; Ela estava feliz por estar fora do canto.

Shade forçou seu corpo a permanecer relaxado ainda por muito tempo depois que Lily tinha conseguido adormecer. Toda a cama tinha praticamente balançado com seus tremores assustados. Quando ele teve a certeza que ela finalmente caiu em um sono profundo, ele rolou para perto dela, se encaixando contra ela para seu calor se infiltrar em seu corpo gelado dela. Ele deixou os dedos brincarem com as mechas do cabelo dela sobre o travesseiro. Ele era um especialista em mover seu corpo centímetros de cada vez. Todos os seus anos de experiência levou a este momento que ele tinha esperado por anos, Lily em sua cama, segurando-a perto. Depois que ela foi ferida no verão, ele comprou um novo conjunto de cama. Nenhuma das mulheres tinha ficado na cama que Lily estava dormindo agora. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Seu mau humor o surpreendeu hoje. Nos últimos anos ele tinha visto alguns flashes


dele, mas hoje ele havia passado por ela e se soltou. Ela havia ficado com ciúmes, e ela nem sequer percebeu que essa era a emoção que estava sentindo, mas ele sabia quando abriu a porta do escritório e viu seu rosto. Ele não tinha tocado Jewell em seu escritório. Ele havia dito a Lily a verdade. Ele não tinha tocado uma mulher desde que ele quase a perdeu e a viu deitada em uma cama de hospital. A visão dela na cama o fez chegar à conclusão de que não podia esperar por ela. Lily precisava dele tanto quanto ele precisava dela. Durante todo o verão, ele havia trabalhado com o objetivo de atraí-la. Ele estava quase conseguindo se não fosse por causa daquela puta da Kaley. Agora, ela acreditava que Kaley a odiava e ele não podia culpá-la, mas não conseguiu fazer diferença porque, de qualquer forma, ela não estava pronta para admitir para si mesma que ela se importava com ele.

Lily acordou na manhã seguinte para uma cama vazia. Ela tomou um banho e se vestiu e em seguida saiu do quarto, encontrando Shade malhando. — Eu preciso ir à igreja. — Pegue um pouco de café da manhã, enquanto me visto. — disse Shade, colocando os pesos no chão. — Tudo bem. — Lily subiu as escadas. Ninguém estava na cozinha quando ela se preparou uma tigela de cereais. Ela tinha apenas terminado quando Shade entrou. — Pronta? — Sim — ela respondeu, colocando a tigela na máquina de lavar.


— Você não vai a tomar café da manhã? — Rider e eu vamos comer no restaurante. — Eles caminharam para fora indo para a moto de Shade. Rider acenou para ela quando ele veio de fora, montando sua própria moto. Lily colocou o capacete que Shade lhe entregou e, em seguida subiu atrás dele. O carro dela ainda estava na faculdade. Ela precisava fazer arranjos para tê-lo de volta em Treepoint para não ter que depender dos outros para o transporte. A viagem pela montanha era espetacular no outono com as folhas mudando de cores. Lily não podia imaginar uma visão mais bela. Shade parou no estacionamento da igreja na porta que dava para a sala que ela e Rachel estariam trabalhando o dia todo. Lily desceu da moto, entregando a Shade seu capacete. — Obrigada. — disse Lily, começando a caminhar em direção à porta. — Lily. — Ela fez uma pausa, voltando para ele. — Ligue quando você terminar. — Lily assentiu, entrando no edifício. Ela precisava de seu carro. Rachel já estava lá, tirando as roupas. — Ei, Lily. — Bom dia, Rachel. Eu vejo que você já está trabalhando duro. — Lily pegou um punhado de meias que a mulher estava separando. Rachel riu. — Alguém doou um saco cheio de meias que não tinham pares. — Lily olhou para a variedade de cores. — Apenas coloque em sacos menores. Eles não se importam. A maioria das pessoas que iremos ajudar vai estar feliz por ter algo quente em seus pés neste inverno. — Boa ideia, — disse Rachel, dividindo as meias em pilhas menores. As mulheres trabalhavam de forma constante, falando sobre sua semana. Lily sentiu Rachel hesitar ao abordar o assunto de seu colapso.


— Você estava bem quando acordou? Lily fez uma pausa antes de abrir outro saco. — Sim, mas eu não consigo me lembrar do que levou ao meu ataque de pânico. Rachel assentiu com a cabeça, estendendo a mão para abrir o saco para ela. — Eu nunca vi ninguém ter um ataque de pânico antes. Foi assustador para eu assistir. Eu só posso imaginar como Beth e Shade se sentiram. Lily olhou para Rachel. — Shade? — Rachel olhou nos olhos dela. — É óbvio que ele se preocupa com você, Lily. O homem nunca deixa você fora de sua vista, a menos que você esteja com Beth e Razer ou na igreja. — Eu não gosto dele... Às vezes. — Por que não? Certamente não pode ser sua aparência que não atrai você. Eu estava na cidade na semana passada, quando uma mulher praticamente passou pela máquina de cobrança do estacionamento enquanto ela estava observando ele. — Bem ele é muito... Também... — Lily não podia pensar na palavra que ela estava procurando. — Muito? Lily assentiu. — Ele é muito bonito, mandão, exasperante, e ele pode ser mau, também. Rachel começou a ficar com raiva. — Ele é ruim com você? — Não exatamente — Lily admitiu. Rachel deu um suspiro de alívio. — Graças a Deus. Eu não estava ansiosa para chutar a bunda dele para você. Lily deu uma risadinha. —Você não precisa; Eu posso fazer isso por


mim mesma. — Ela contou a Rachel o que ela tinha feito no dia anterior. — Pare. Vou fazer xixi em mim mesma se você não parar. — Levou vários minutos para Rachel ficar sob controle. — Você realmente agarrou Shade pelas bolas? — Lily assentiu com a cabeça. — Por quê? — Porque ele me deixou com raiva pela forma como ele tratou Kaley. Rachel lhe deu um olhar irônico antes dela começar a dobrar as roupas do saco. — Você tem certeza que isso é tudo? Você não estava apenas com um pouco de ciúmes? — Rachel sondava. — Não, eu não estava. Shade é apenas amigo de Beth e Razer, isso é tudo. — Hum, hum... Eu acho que a senhora se defendeu demais. — Lily jogou uma das camisetas nela e Rachel riu, esquivando-se dela. A abertura da porta fez as duas mulheres girarem para ver quem tinha entrado. — Oi, meninas. — Oi, Willa. — Willa Weeks estava em seus trinta e poucos anos. Ela era uma fornecedora especializada em bolos. Suas criações ainda estavam em algumas revistas de receitas. Seus bolinhos também pareciam deliciosos, mas eram como pequenas obras de arte que não mereciam ser comidos. — Eu tenho vários sacos de roupas velhas para doar se vocês quiserem. Eu também atualizei a minha cozinha se você precisar de quaisquer utensílios de cozinha. Eu tenho as roupas no carro, mas os aparelhos estão em minha garagem em casa. Eu não conseguia trazê-los sozinha, então se você conseguir que alguém os pegue, a igreja pode tê-los.


— Isso é ótimo. A igreja poderia dar a alguém que realmente precise deles. — Rachel disse. — Eu pensei em um casal de famílias que eu sei que está cozinhando em pratos quentes porque não podem pagar por um fogão novo. — Disse Willa. — Eu vou falar com o pastor Dean e ver se ele pode conseguir alguns voluntários para buscá-los. — Lily disse. — Ok. Normalmente estou em casa, a menos que esteja fazendo uma entrega quando é preciso. — Willa respondeu. — Eu vou pegar as roupas do meu carro. — Eu vou ajudar, — Lily ofereceu. — Me deixe ajudar. — disse Rachel. — Eu preciso queimar o meu jantar de ontem à noite. — Rachel seguiu Willa pela porta. Lily continuou a separar as roupas enquanto elas traziam mais sacolas. — Isso é um monte de roupas. — Lily comentou. — Limpei meus armários. Eu temo que o meu cozimento não esteja ajudando a minha silhueta de qualquer forma — Willa era uma morena bonita que ambas Lily e Rachel tiveram que olhar para baixo por causa da sua pequena estatura. — Eu continuo dizendo que eles vão inventar uma dieta que irá fazer dos bolinhos uma opção. — Quando você encontrar uma me avise. — Rachel riu. — Há mais um saco. Eu vou buscá-lo — disse Willa, saindo pela porta. Lily colocou os sacos de roupa para o lado para que elas trabalhassem neles depois. Pelo jeito que todo mundo estava doando, ia levar várias semanas para ela e Rachel ter tudo organizado. — Você está pensando o que eu estou pensando? — Rachel perguntou.


— Temo que sim — respondeu Lily. — Se nós estamos tentando abrir esta loja em breve, então precisamos de outro voluntário ou teremos que trabalhar durante os dias da semana. — Willa voltou para a loja carregando outra sacola de roupas e uma pequena caixa. — Nós apreciamos as doações. — Rachel sorriu para Willa que colocou as roupas no balcão e, em seguida, a caixa pequena, que ela empurrou em direção a Lily e Rachel. Lily abriu a caixa para ver dois bolinhos que pareciam pequenas nuvens perfeitas. A geada rosa com gotas de chocolate fez as mulheres imediatamente agarrarem um. — Eu pensei que vocês duas mereciam um agrado pelo tempo que vocês estão doando. — Disse Willa, observando as duas mulheres comerem seus bolinhos. — E nada para mim? — Pastor Dean falou entrando na sala da igreja. Lily observou o rosto de Willa vermelho de vergonha. — Eu sinto muito, Pastor Dean. Eu não pensei que você estaria na loja. — Pastor Dean olhou para elas comendo os restos dos bolinhos com inveja. — Estava delicioso. — Lily elogiou. — Eu não posso responder— Pastor Dean disse lamentando. Lily e Rachel riram enquanto Willa parecia envergonhada. — Melhor eu ir. Tenho uma encomenda que preciso começar. — Willa se aproximou da porta. — Espere um minuto, Willa — Rachel parou a mulher. — Pastor Dean, Willa tem alguns aparelhos para doar, mas ela precisa de alguma ajuda para trazê-los aqui. — Eu cuidarei disso. Quando seria uma boa hora?


— A qualquer hora estaria bom. Normalmente estou em casa — Willa disse a ele. — Esta tarde, por volta das cinco soaria bem? Eu serei capaz de encontrar alguns homens para ir buscá-los. — Isso está bom. — Eu aprecio as doações para a igreja. — Não foi nada. Bem, é melhor eu ir. Até amanhã, Rachel e Lily. Pastor Dean. — Willa saiu e Lily olhou para Pastor Dean. — Acho que ela pensou que você iria começar um sermão espontâneo da forma como ela saiu daqui. — Rachel disse. — Ela sempre age assim. Eu não sei por quê. Eu sou um desses pregadores que coloca o temor de Deus em você por estar na mesma sala? — Ele perguntou com uma careta. — Nenhuma das outras mulheres na igreja age assim. Elas gostam de fazer sobremesas para mim, mas ela tem uma cozinha completa de produtos assados e nunca me traz nada. — Se Lily não o conhecesse bem ela teria pensado que o pastor fez beicinho. — Essas mulheres lhe trazem comida tentando pegar você. Elas querem impressionar você com suas habilidades culinárias — Lily disse a ele. Não era segredo que pastor Dean era o solteiro mais cobiçado da cidade. Desde que ele tinha assumido a igreja depois da morte de seu pai, as mulheres solteiras da congregação tinham disputando sua atenção. — Willa não precisa se preocupar que ela vá me dar essa impressão. Ela não me dá uma hora do seu dia, se ela pudesse. Eu acho que se houvesse outra igreja na cidade, ela já teria deixado a nossa. — Disse pastor Dean. Lily podia ouvir a preocupação em sua voz. — Eu não acho que


isso seja verdade em tudo. Ela provavelmente deve estar com pressa. — Pode ser — disse pastor Dean, mas ele não soava como se acreditasse em suas próprias palavras. Rachel e Lily trocaram um olhar. Era raro ver pastor Dean inseguro de si mesmo. Ele era amado e respeitado por toda a congregação. Lily tinha certeza que ele estava pensado sobre a reação da Willa na sua presença. — Quanto tempo vocês acham que vão ser capazes de abrir a loja para a comunidade? — Pastor Dean perguntou, mudando de conversa. — Nós estávamos falando sobre isso, — Lily respondeu. — Nós pensamos que precisamos de outro ajudante ou que precisamos de uma noite extra. — Eu não quero impor mais o tempo de vocês, eu já pedi a várias pessoas para ajudar e todos me deram desculpas que não podem. — Eu não me importo de fazer isso na quarta-feira, Rachel? Poderíamos fazê-lo após o trabalho. — Eu acho bom. Eu tenho tempo. — Se você duas tem certeza? — Perguntou pastor Dean. — Temos a certeza. — Respondeu Lily. Isso lhe daria algumas horas extras longe do clube na semana. — Vejo vocês amanhã, até mais. — Pastor Dean falou. Lily e Rachel passaram o resto do dia fazendo progresso com o grande trabalho à frente delas. Eles estavam passando pela última sacola quando Rachel puxou uma camisola grande. Elas olharam para ela, em seguida, começaram a rir. — Você acha que foi um engano ou você acha que ela estava tentando dar ao pastor Dean uma mensagem? Lily corou, dobrando roupas em cima da mesa ao lado dela. — O que devemos fazer com isso? — Perguntou Lily.


— Reserve-o. Nós vamos ter que observar e ver quem vai ficar com ela. Rachel a levantou para Lily ver melhor. — Tem certeza que você não quer levá-la para casa? — Eu não preciso dela. Eu não acredito em sexo antes do casamento. Rachel apenas olhou para ela em descrença. — Boa sorte com isso. — O que isso significa? — Perguntou Lily, insultada. Rachel apenas balançou a cabeça. — Eu não vou falar sobre isso. — Eu não sei por que você acha estranho. Eu não vejo você mostrando qualquer homem para os seus irmãos. Rachel sorriu de forma conspiratória. — Ninguém me tentou o suficiente para me fazer ir contra esses idiotas, mas acredite em mim, quando eu fizer eu não vou ter nenhum problema em dizer sim. Lily olhou para ela com surpresa. Lily tinha pensado que da forma como Rachel era religiosa ela partilharia do seu ponto de vista sobre esse assunto. — O que você faria? — Ah sim. Eu estou ansiosa para perder o meu cartão V. Eu simplesmente não consigo encontrar o homem para quem valha a pena dar isso. — Rachel sorriu. — Você deveria ver o seu rosto, Lily. — Eu quero que a minha primeira vez seja especial — disse Lily, olhando para as roupas presas firmemente em suas mãos, não tendo certeza do motivo que a fez querer chorar de repente. — Eu também quero, — disse Rachel, estendendo a mão para tocar a mão de leve. — Eu não disse que não o amaria com todo o meu coração,


só que eu não preciso de um pedaço de papel me dizendo que está tudo certo expressar meu amor de uma forma física. — Mas eu gostaria da bênção do meu pastor. — Tenho certeza que o pastor Dean te daria a sua bênção se ele soubesse que você se importa com isso. — A mão de Rachel apertou as dela antes de soltá-la. Lily perdeu o calor reconfortante de seu toque. — Quero esperar. — Então você deve esperar. Ninguém está pressionando você, não é? Lily pensou muito sobre as palavras de Shade na noite passada. Ele tinha dito que a queria, mas ele não tinha pedido nada sexualmente. O homem estava precisando da paciência de Jó se ele achava que ela algum dia se casaria e teria os filhos dele. — Não. — Então tudo certo. Não se preocupe com algo antes de acontecer. A vida é estressante o suficiente. — Você está certa. Eu não vou. Tenho certeza que quem eu escolher para passar a minha vida vai entender a minha vontade. — Lily disse confiante. — Eu não iria tão longe, mas eu acredito que você tem que dançar com o que a vida dá a você, — disse ela, balançando a cabeça para a janela, vendo Shade parar em frente. — Basta lembrar-se da promessa que você fez a si mesma quando esse bad boy for uma tentação para você. Lily olhou para a janela. — Ele não é o tipo do homem que eu imaginei para a minha vida.


— Ainda procurando um caubói? — Sim. — respondeu Lily, teimosamente determinada a encontrar uma maneira de salvar a casa de Beth. — Bem, tudo o que posso dizer é, espero que ele saiba como manejar uma arma tão bem quanto montar um cavalo.


Capítulo 19 Lily subiu na garupa de Shade. — Eu preciso pegar meu carro na faculdade. — ela disse enquanto colocava o capacete. — Eu já cuidei disso. Ele está estacionado em sua casa. — Shade disse antes de ligar a moto. Lily estava feliz que já estava na cidade. — Você pode me deixar pegá-lo? — Mais tarde — Shade respondeu, dirigindo pelo estacionamento quando Lily endureceu com a sua resposta evasiva. Shade dirigia pela cidade, virando uma rua lateral e depois outra antes de parar em frente a uma casa bonita de dois andares. — O que estamos fazendo aqui? — Perguntou Lily. — Este é o lugar onde Diamond e Knox vivem. Vou esperar aqui enquanto você fala com ela. — Lily estava com raiva de si mesma por não se lembrar de que ela precisava conversar com Diamond. Saindo da moto, ela lhe entregou o capacete, mas antes que pudesse se afastar, ele enfiou a mão no bolso do casaco e tirou um agora familiar envelope. — Você pode precisar deles. — Lily pegou o envelope da mão dele, ignorando o sorriso confiante. Seu óculos de sol escondia seus olhos, mas ela tinha certeza que estavam brilhando com a diversão que ele não estava fazendo nenhum esforço para esconder. Ela foi até o passeio e tocou a campainha. Levou vários minutos antes de ouvir alguém se aproximar do outro lado da porta. A mulher descabelada que atendeu não era a advogada fria e calma que ela estava acostumada.


— Lily. — Seus olhos foram para Shade montado na calçada. — O que posso fazer por vocês? — Sinto muito incomodá-la, mas eu tenho uma pergunta legal para fazer, se você não estiver muito ocupada. — De modo nenhum. Entre. — Diamond abriu mais a porta para ela entrar. — Me desculpe. Eu deveria ter marcado um horário no seu escritório. — Eu não estava fazendo nada importante — protestou Diamond. — Sim, ela estava. — Knox disse, entrando na sala enquanto afivelava o cinto da arma ao redor de sua cintura. Lily queria morrer de vergonha por ter interrompido. — Me desculpe. Eu deveria ter ligado primeiro. — O rosto de Lily estava vermelho. — Está tudo bem. Ela pode terminar isso mais tarde. Eu preciso voltar ao trabalho de qualquer maneira. — Knox provocou sua esposa antes de se abaixar e dar um beijo de adeus. Lily olhou para longe quando o beijo se tornou apaixonado antes de terminar. — Tchau Diamond. Lily está tudo bem? — Perguntou Knox. — Sim, eu só preciso de um conselho jurídico. — Tudo bem. Eu vou deixar você com Diamond. Se cuide. — Eu vou. — Lily respondeu ao homem enorme que não precisava do uniforme para ter uma aparência assustadora como o diabo. Diamond esperou a porta se fechar antes de perguntar. — O que foi? Lily lhe entregou o envelope. — Eu tenho um sentimento que eu


vou precisar de uma xícara de café para lidar com isso; — disse ela, levando Lily para a cozinha. — Sente-se. — Lily se sentou em seu balcão enquanto Diamond derramava para ambas uma xícara quente de café. Diamond abriu o envelope em cima do balcão e leu enquanto tomava um gole de café. — O que eu estou procurando? — Ela perguntou. — Tudo parece simples. Lily apontou para uma seção que mostrou a propriedade. — É aí que Beth e Razer construíram sua casa. Diamond passou novamente pela papelada. — Foda-se — disse ela. Que praticamente resumiu o que Lily tinha medo de; Ela estava em apuros. — Você sabe quem é John Hunter? — Diamond Perguntou, olhando por cima da papelada. — Shade. — Bem, isso é um alívio. Eu fiquei preocupada por um momento. — Diamond se virou para soprar seu café. — Por quê? — Porque, se a casa é construída em sua propriedade, então tecnicamente a casa é dele, como todos os edifícios da propriedade. Eles foram muito inteligentes. Se houvesse uma ação judicial, isso poderia segurar quem os estiver processando por vários anos no tribunal para separar os dois. — Eu vejo. — Lily murmurou. — Mais alguma coisa? — Não, isso é o que eu precisava saber; — disse Lily, se levantando. — Lily, você tem certeza? Você não parece como se estivesse feliz


agora. Existe alguma coisa que você não está me dizendo? — Não, eu só estava preocupada com Razer e Beth. Às vezes até mesmo os melhores amigos discutem e eu fiquei preocupada que eles pudessem perder a sua casa se brigassem no futuro. — Para ser honesta, Razer e Beth deviam ter pensado nisso antes de decidirem construir a casa onde eles construíram, mas se Razer não está preocupado com isso, então você não deve ficar também, Lily. Vamos deixar Razer e Shade lidarem com isso. — Isso é mais fácil dizer do que fazer. — É por isso que eu sou uma boa advogada, eu posso dar muitos conselhos. — Ela caminhou com Lily até a porta. — Se você precisar de mais alguma coisa me deixe saber. Se você está realmente preocupada com isso, converse com Shade. — Eu irei. Obrigada. — Disse Lily, indo para porta. Ela sentiu os olhos de Shade sobre os seus no minuto que ela saiu. — Podemos buscar o meu carro agora? — Lily colocou o capacete, subindo atrás de Shade. — Sim. — Lily o segurou com força enquanto se dirigiam para a casa dela. Ela tinha montado com Shade várias vezes e nunca tinha se preocupado com a segurança dela. Se alguma coisa, ela sentia que Shade era excessivamente cauteloso quando ela montava em sua moto. Ela desejou que às vezes ele aumentasse a velocidade e a deixasse andar sem o capacete para sentir o vento pelos seus cabelos. Em vez disso, ele parou atrás de seu carro e desligou o motor. — Você precisa pegar qualquer coisa enquanto está aqui? — Não. — Lily pegou as chaves do carro de sua mão antes de ir para o carro e correr para dentro. Ela estava com medo que se ela entrasse,


ela não sairia novamente. Ela queria correr e se esconder de quem estivesse vigiando ela... E Shade. Ela não tinha certeza de qual deles deveria ter mais medo no momento. Shade a seguiu de volta ao clube. Enquanto ela dirigia, o céu escureceu com nuvens de tempestade. Lily odiava tempestades. Suas mãos apertaram o volante do carro quando o forte vento atingia o veículo. Ela parou no estacionamento dos Last Riders, dirigindo para o fundo do terreno onde Shade fez sinal para ela estacionar, enquanto ele estacionava sua moto de frente como o resto deles. Shade caminhou até o carro dela quando ela saiu, carregando uma capa para carro. Ele jogou sobre o carro e Lily perguntou — Por que cobrir meu carro? — Para ser cuidadoso. Se alguém estiver procurando descobrir onde você está hospedada eles vão ter que segui-la ou vir até a propriedade para ver se este é o seu carro. — Se eles me procurarem? — Então nós iremos vê-los. — Shade apontou para as câmeras. Foi um alívio ver que eles poderiam pegar quem a estava vigiando. Dessa forma, Knox poderia lidar com isso sem que ninguém se machucasse. — Colocamos algumas em sua casa também, por isso, se eles tentarem invadir novamente, um alarme vai soar no escritório do xerife e aqui também. — Talvez eles desistam e se mudem? — É possível, mas eu não acredito nisso. Quem está de olho em você vem fazendo isso por um tempo. — Lily tentou esconder o quão preocupada ela estava se tornando, mas ela não foi bem sucedida. Shade tentou aliviar seus temores. — Não se preocupe. Nós vamos descobrir quem é ele e lidar com isso. — Você vai entregá-lo ao Knox?


— Talvez. Vamos jantar. — Sua resposta evasiva renovou seus medos. Lily não queria que Shade entrasse em apuros tentando protegê-la, não importa o quão irritante ele poderia ser. Subiram o caminho para a porta da cozinha. Ela podia ver que a maior parte da grande multidão já tinha se servido. Lily pegou um prato antes de entregar um para Shade e entrou na fila da comida. Quando ela terminou, ela viu Winter e Viper sentados em uma mesa com Bliss e Raci. Indo para a sua mesa, ela se sentou ao lado de Winter e Shade se sentou em frente a ela, ao lado de Bliss. Lily comia enquanto ouvia Winter e Viper discutirem sobre ele doar dinheiro, para que ela pudesse comprar para os seus alunos da escola alternativa, onde ela era diretora, computadores que eles precisavam. — Não é justo Viper. Eles merecem os computadores, tanto quanto os alunos do ensino médio. — Se eles tivessem mantido suas bundas fora de problemas, então eles não teriam sido expulsos da outra escola. — Isso é injusto. Ambas as escolas devem ter os mesmos padrões, — Winter argumentou. Viper deu de ombros. — Eu lhe dei dois grandes sacos de dinheiro este ano. Você atingiu seu limite com a minha generosidade, mas isso não significa que você não pode pedir aos outros membros por doações. Os bolsos deles estão mais cheios que o meu desde que você já me roubou duas vezes. Winter voltou seus olhos para os membros sentados na frente dela. Lily queria rir de seus olhos iluminados. — Raci? — Não me pergunte. Eu não sou um membro original. Eu ganho um salário como todos os outros. Lily estava convencida que Raci não tinha qualquer dinheiro por


causa da sua expressão patética. Ela estava prestes a lhe oferecer um empréstimo quando as palavras de Winter a fizeram mudar de opinião. — Eu faço a folha de pagamento. Eu sei o que você ganha. — Winter deu à mulher um olhar afiado. Lily poderia ter dito a ela que seria um desperdício de tempo a manobra que Winter estava fazendo. — Eu posso comprar dois. — Raci admitiu relutantemente. Desde que Lily esteve perto do clube, ela tinha aprendido que Raci amava roupas e sapatos. Bolsas caras eram a sua maior fraqueza como ela tinha dito. Lily não sabia o porquê; Ela nunca a tinha visto usar uma em todo o tempo que Lily tinha conhecido Raci. — Bliss? — Posso dar dois. — Bliss nem mesmo tentou lutar contra o inevitável. — Obrigada. Shade? Shade parou o garfo a meio caminho de sua boca. — Não. — Lily lhe lançou um olhar de reprovação. — Não olhe para mim desse jeito, Lily. Eu já comprei para a escola dois grandes equipamentos caros para a sua oficina mecânica, um forno industrial para a cozinha da classe e paguei o salário do professor da oficina, dessa forma ela não vai levar nenhum computador de mim. Talvez no próximo ano, se você não pedir outra coisa antes disso. — Shade não teve nenhum problema para retornar o olhar de Winter lhe dando um dos seus próprios. — Você já perguntou à Razer? — Lily entrou no concurso de encarar. — Não. — Disse Winter.


— Por que não? — Lily tinha certeza que Razer estaria disposto a doar. — Porque ele cuspiu o dinheiro para pagar os tutores da escola. As chances de ela conseguir qualquer dinheiro de Razer são nulas. — Shade respondeu, dando um gole em sua cerveja. Lily lhe enviou outro olhar reprovador. — Rider e Train? — Perguntou Lily. Winter permaneceu em silêncio. — Um ônibus novo para conduzir as crianças, e equipamentos de laboratório. — Shade respondeu depois que Winter continuou em silêncio. — Knox? — Lily perguntou hesitante. — Biblioteca de mídia. — Aí. Eu poderia comprar dois. Tenho algum dinheiro guardado. — Lily ofereceu, finalmente entendendo que Winter tinha gastado o dinheiro dos membros no momento. Quando todos na mesa olharam para ela, a fez se sentir autoconsciente. — Não, Lily. Eu não posso pegar o seu dinheiro. Tem outro membro para quem eu não pedi ainda. — Quem? — Perguntou Lily. — Lucky. — Eu não o conheci ainda. — disse Lily, olhando por cima da mesa para ver que Bliss estava dando a Shade uma olhada furtiva por debaixo de seus cílios. Ela olhou de volta para o seu prato, sua mão indo para a dor aguda no peito. — Você está bem? — Shade perguntou olhando por cima da mesa para ela com uma carranca.


— Sim, eu devo ter comido algo que me deu indigestão. — Disse Lily, se levantando da mesa. — Sim, eu me sinto um pouco enjoada também. — Winter comentou com um olhar de advertência para Bliss que estava sentada em frente a ela. — Você provavelmente está estressada, se preocupando com o dinheiro para os computadores. Deixe-me saber quanto custam e eu vou fazer um cheque para dois deles. Eu gostaria de poder fazer mais. — Lily disse, sem olhar para as pessoas sentadas na mesa. — Vou pedir ao Lucky. Se ele não o fizer, então eu vou pagar por eles. — Viper concedeu, pegando a mão de Lily enquanto pegava seu prato. — Nós vamos cuidar disso. Mantenha seu dinheiro, Lily. — Lily deu a mão dele um aperto antes de soltar e pegar o prato depois a de Winter. — Tudo bem, mas se você decidir que você precisa me avise. Eu vou para a cama. Estou cansada esta noite. Boa noite a todos. — Lily deixou todo mundo sentado à mesa, levando os pratos sujos para a pia. Jewell estava lavando e empilhando os pratos sujos na máquina de lavar. Lily tranquilamente a ajudou a terminar os pratos até que Nickel apareceu para ajudar. Desejando-lhes boa noite, Lily desceu as escadas para o quarto de Shade. Pegando seu pijama foi para o banheiro, tomou um banho rápido, e, em seguida, demorou secando o cabelo. Pela primeira vez, ela estava feliz que estava lá embaixo enquanto o vento uivava lá fora. Ela odiava tempestades. Ela havia notado que a tempestade estava se movendo para mais perto quando ela tinha estado lá em cima. A chuva estava começando, e os sons de estrondo vinham por através da casa, onde um trovão estourava. Ela desligou o secador e depois foi para a porta do quarto fazendo uma


pausa ao ver Shade tirando a camiseta, já retirando as botas. Lily começou a ir para o canto. — Cama, Lily. — Mas... — Você concordou quando você escolheu sua punição na noite passada. — Shade a lembrou. — Eu pensei que era apenas ontem à noite — ela protestou. — Não. Vá para a cama. Vou tomar um banho. — Lily estava se sentindo muito cansada para discutir esta noite. Ela subiu na cama e não tentou reproduzir a imagem da expressão no rosto de Bliss, quando ela pensou que Lily não estava olhando. Bliss era uma mulher muito atraente, com uma sexualidade que, mesmo ela não podia deixar de notar. Os olhos dos homens iam constantemente sobre ela e ela não era tímida sobre retornar o seu olhar. Lily fez o que sempre fazia. Trancou longe, onde isso não fosse incomodá-la mais, levando a sua mente na direção da fantasia de viajar para muitos lugares que ela queria explorar em vez de pensar sobre isso. Aos poucos, ela adormeceu ao som da água do chuveiro de Shade. Lily acordou mais tarde, rodeada com calor das cobertas puxadas confortavelmente em torno dela. Ela podia ouvir o uivo do vento, soando como gritos na noite. Os olhos se abriram para a completa escuridão que a fez se levantar da cama, cheia de terror. — Lily. — Ela ouviu a voz de Shade ao lado dela na escuridão. — A energia desligou. O gerador vai ligar em um minuto. Apenas respire fundo comigo e vamos contar. — Ela não conseguia se concentrar o suficiente para contar. A porta estava tentando se abrir. — Lily! Se concentre. Conte comigo. Um, dois, três… — Quatro... Cinco... — Lily se concentrava no som da voz


tranquilizadora de Shade quando ela contava. Ela respirou soluçando e retomou a contagem. — Seis sete… Quando as luzes piscaram brevemente, em seguida retornou ela se virou para Shade, que também estava sentado, e deitou a cabeça no ombro dele, chorando de alívio. — Eu tenho você, querida. Shh... Eu tenho você. Os movimentos de seu corpo balançando a acalmaram e os seus braços rodearam o pescoço e ela se enterrou mais perto dele, tentando se aquecer. Ela sempre foi tão fria. Muito fria. Tremores finos sacudiram seu corpo enquanto as mãos firmes se Shade acariciavam suas costas, continuando a balançá-la com suas palavras suaves, repetindo várias vezes que era uma tempestade. Ela gradualmente relaxou, exausta, deitada molemente contra ele, e caiu no sono. Um homem mais forte que as sobras em suas memórias tinha deixado seus demônios na baia.


Capítulo 20 Lily acordou no dia seguinte, se sentindo como se não tivesse dormido. Ela olhou para o relógio, percebendo que teria que correr para se arrumar para ir à igreja. Quando ela começou a sair da cama, ela notou que Shade estava deitado de bruços, onde ela podia ver suas costas nuas cobertas em uma grande tatuagem. No meio de suas costas estava o emblema da marinha com uma grande serpente enrolada em torno dele de cima para baixo com a cabeça realmente aparecendo como se fosse atacar. No pé da tatuagem tinha dois revólveres que estavam enrolados na corrente em torno de dois canos. Ao lado e mais acima havia um par de soqueiras. Lily Também viu uma mão de cartas e uma navalha de cabo longo. Toda a tatuagem tinha uma aparência sombreada. Enquanto as tatuagens no resto de seu corpo estavam agrupadas juntas, ele só tinha uma única grande em suas costas. Lily mostrou o senso de importância para ele. Tirando atenção para longe da tatuagem, ela saiu da cama, correndo pelo quarto para ficar pronta para a igreja. Colocando um vestido azul-marinho e sapatilhas, ela escovou o cabelo e ficou pronta para sair. — Vá com Evie e Winter. — Shade não se levantou, apenas rolou na cama com o braço sobre os olhos. Foi então que Lily percebeu que não tinha apenas a luz do teto, mas as duas lâmpadas em cada mesa de cabeceira e a luz do banheiro. Ela parou para desligar as luzes antes de sair do quarto. Retirando seu celular no andar de cima, Lily viu que Evie tinha mandado uma mensagem para ela que elas estavam no carro com Bliss, Jewell e Raci todas esperando por ela. Ela saiu correndo e subiu no banco de trás ao lado de Bliss. — A tempestade foi terrível ontem à noite. — Evie comentou


quando ela se virou para a estrada. Lily pensou que devia ter dormido no meio da tempestade. — Eu não percebi, — disse Bliss. — Train e Cash me mantiveram muito ocupada. — Lily viu Evie jogar um olhar de advertência em Bliss pelo espelho retrovisor. O carro ficou desconfortavelmente tranquilo. Quando Winter olhou por cima do ombro para ela, Lily se virou para olhar para janela enquanto se dirigiam para a montanha. Gradualmente, a conversa recomeçou com Raci quebrando o silêncio, discutindo a festa de Halloween da próxima semana. Lily ficou atenta à discussão, tentando se lembrar da noite anterior. A cabeça dela começou a doer, e desejou ter pensado em colocar alguns ibuprofeno na bolsa. A igreja já estava cheia quando entrou pela porta. Olhando ao redor, Lily viu que Beth e Razer guardaram um banco ao lado deles, então ela deslizou em seu banco. Beth olhou o rosto dela, pegando sua mão. Lily esquecendo seus ressentimentos por enquanto segurou a mão dela durante todo o sermão, ouvindo quando pastor Dean apresentou um sermão eloquente sobre a doação da comunidade. Ele terminou a palestra e foi para a porta, como de costume. Quando todos saíram pelas portas, Willa ficou na frente de Lily, e ela estava feliz de ter a oportunidade de falar com ela. — Obrigada pelo bolinho de ontem. Willa sorriu de volta quando a fila andava. — Eu gosto de assar. — Obviamente — Georgia disse atrás de Beth, não fazendo nenhum esforço para diminuir a sua voz. Lily correu para falar para que Willa não ouvisse a mulher rude, mas ela não precisou se preocupar quando o som de várias motos vindo de fora estava alto. — Eu ouço que seus amigos chegaram ao restaurante. É bom sempre ter alguém guardando uma mesa para você antes de sair da igreja.


— Willa brincou. Lily riu. — Eles costumam bater e pegar a maior mesa. Você gostaria de se juntar a nós? Nós podemos te dar uma carona para casa depois. — A fila andava e Willa estendeu a mão para apertar a mão de Dean Pastor. — Como se a sua bunda gorda coubesse na garupa de uma moto — Georgia depreciativamente comentou. Quando o rosto de Willa ficou vermelho, Lily teve que dar à mulher envergonhada crédito por não perder a compostura. Pastor Dean começou a falar com ela, mas com uma palavra rápida, Willa se afastou, não o deixando terminar. Lily contornou o seu pastor, indo rapidamente atrás da mulher humilhada. — Willa. Ela parou, se virando para Lily. — Sinto muito, Lily. Eu não tive a intenção de ignorar o seu convite, mas eu tenho um pedido para entregar. Até logo. — Está tudo bem. Pare na loja na próxima semana se você tiver tempo. — Eu vou. — Com isso, a mulher correu pela calçada em direção a sua casa. Lily se virou, furiosa. Beth e Razer estavam esperando por ela, mas Lily caminhou de volta para Geórgia e suas amigas de trabalho, que estavam deixando a igreja. Ela podia ver que o pastor Dean já havia dito algo devido à expressão nos rostos de ambas. Ela sabia que ele faria. Ela admirava e respeitava o pastor Dean apenas por essa razão; Ele não deixava atos de indelicadeza passar despercebido. — Isso foi horrível. — Lily deu um passo na frente de Georgia, bloqueando seu caminho. — O que é da sua conta? — Nós estávamos na igreja de Deus, Georgia. Por que você vem se


não for para ser uma boa pessoa? — Eu não falaria sobre pessoas indo para a igreja que não deveriam estar lá. Inferno, metade da congregação está caminhando para ser julgada por Deus e sua irmã é uma delas. — Assim que as palavras saíram da boca de Georgia, Lily podia ver que ela percebeu que tinha ido longe demais. Uma coisa era insultar um conhecido, mas não a mão que paga as contas e coloca comida na mesa. Razer era um dos proprietários da fábrica que lhe dava um salário a cada semana, e ela tinha acabado de insultar a sua esposa. — Eu sinto muito, Beth. Eu deixei minha boca fugir de mim; — disse Georgia quando Beth veio para ficar ao lado de Lily. Beth assentiu com a cabeça, mas se recusou a responder. Por outro lado, Lily estava feliz ao ver que Razer não teve nenhum problema em expressar seu próprio desagrado. — Georgia, ninguém se preocupa com o seu pedido de desculpas de merda. Eu iria demiti-la aqui e agora, mas apesar de sua crença ignorante de que estamos todos indo para o inferno, eu vou te dar mais uma chance. Se eu ouvir seus comentários maldosos novamente, você vai estar na fila de desemprego. — A expressão dura do Razer não deixou nenhuma dúvida que ele estava fazendo a ela uma promessa. Razer pegou as mãos de Beth e Lily, levando-as para frente, Lily ainda estava fervendo de raiva pela mulher. Willa não merecia o seu comentário feio. Georgia queria humilhá-la e ela tinha conseguido; E isso tinha sido completamente desnecessário. Lily se sentou ao lado de Beth, evitando o olhar afiado de Shade enquanto os outros falavam sobre Lily ter confrontando Georgia. Sua expressão permaneceu passiva enquanto deixava Razer resmungar sobre demiti-la. Felizmente, a garçonete veio pegar os pedidos e conseguiu mudar o tema da conversa, mas Lily teve um


tempo difícil para manter seu temperamento sob controle. Ela não conseguia entender por que seu temperamento estava queimando ultimamente quando ela tinha sido sempre tão calma e nunca deixou ninguém incomodá-la antes. Normalmente, ela era uma pacifista extrema; No entanto, isso tinha machucado algo profundamente dentro dela ao ver o olhar ferido no rosto de Willa. Ela não tinha sido capaz de ignorar e deixar Georgia fugir depois de ferir uma mulher com o bom coração como Willa. Ela tomou um gole de chá gelado, seus dedos esfregando sua têmpora, depois que ela colocou o copo de volta para baixo, avistou o elástico em seu pulso. Ela estava ficando cada vez menos dependente dele desde que ela tinha começado a ficar com os Last Riders. Lily estava feliz que ela precisava dele com menos frequência, mas se perguntava se era porque estava se tornando mais confiante de si mesma ou por causa da sensação de segurança que os Last Riders passavam para ela. A comida chegou quente, mas Lily apenas escolheu a salada. Shade e Razer pegaram seus hambúrgueres e batatas fritas enquanto Bliss e Raci pegaram o seu café da manhã embora elas estivessem reclamando que a comida dos homens parecia melhor. Quando Bliss foi até o prato de Shade, pegar uma batata fritada, Lily deu uma mordida em sua comida ignorando Bliss. — Quanto tempo vai demorar antes da loja da igreja ser capaz de abrir? — Beth perguntou. — Algumas semanas. Não é só Rachel e eu triando todas as doações recentes, mas também há anos de desordem. Nós reservamos algumas coisas para o pastor Dean decidir se os joga fora ou guarda. — Papai era um colecionador e ele tinha um armário que guardava tudo, e eu tenho certeza que o pastor Dean não queria se livrar dessas coisas imediatamente. — Disse Beth.


— Papai guardava cada sermão que ele já escreveu. Eu esperava encontrar todas as fitas de vídeo que ele gravou, mas eu não encontrei ainda. Eu estou ansiosa para destruí-las. — Lily comentou. — Tenho certeza que você vai se deparar com elas antes de terminar. — Os lábios de Beth apertaram quando Bliss pegou outra batata frita do prato de Razer. Ela então virou sua atenção para Lily. — Se você encontrá-las deixe-me saber. Eu quero ajudar você a queimá-las. Lily sorriu com tristeza. — Tenho certeza de que terá suficiente para nós duas. Como está a Sra Langley? — Ela está tendo um tempo difícil para se recuperar como eu esperava. Eu vou ficar com ela pelo resto da semana. Razer e eu vamos ficar em seu quarto de hóspedes. Logan e Holly foram morar com o pai para que ela possa ter uma abundância de descanso. — Tem certeza que não precisa de mim para se sentar com ela durante o dia ou à noite para lhe dar uma pausa? — Lily ofereceu. — Não, eu tenho tudo sob controle. Eu não quero ter que me preocupar com sua segurança e eu sei que na sede do clube você está protegida. Você conseguiu fazer algum trabalho da faculdade? — Eu vou começar hoje à noite. — Deixe-me saber se você precisar de alguma coisa. Devemos voltar. Holly ficou para que pudéssemos vir à igreja. — Eles se levantaram da mesa quando todos terminaram. Lily abraçou a irmã e seu cunhado dando adeus. Quando eles saíram do restaurante, ela começou a voltar para o carro de Evie, mas Shade pegou a mão dela enquanto ela passava por sua moto. Não sentindo vontade de discutir ela subiu na garupa dobrando seu vestido em torno dela para que ele não subisse quando eles estivessem


montando. Não demorou muito para eles voltarem ao clube. Uma vez lá, Shade a deixou usar seu computador enquanto ele malhava para que ela pudesse começar o seu trabalho que levou algumas horas para ser concluído. Ela não estava prestando atenção quando Shade entrou no quarto e foi para o chuveiro, mas ela viu sua atenção vaguear quando ele reentrou no quarto sem camisa. — Com fome? — Um pouco, mas eu quero terminar isso. — Vá em frente e termine. Eu vou lhe trazer um prato. — Soa bem, obrigada. — Disse Lily distraída. Shade saiu do quarto e Lily continuou trabalhando. Ela estava quase terminando quando ele voltou, colocando o prato na frente dela. Quando o fez, ela cheirou o perfume fraco sobre ele, quando ele se inclinou para ela. A concentração de Lily foi quebrada, e ela teve que se esforçar para terminar o trabalho. — A televisão está te distraindo? — Shade perguntou quando ela deu um suspiro de frustração por um erro estúpido que ela tinha visto quando estava revisando o seu trabalho. — Não. — Ela nem sequer percebeu que tinha ligado; Sua mente estava tão desligada. Comendo ela ignorou Shade. A comida estava boa, mas novamente, ela não tinha fome. Se ela não começasse a sentir mais como ela mesma, ela teria que ver um médico. Talvez ela estivesse ficando com uma úlcera ou se tornando alérgica a certos alimentos? Ela não conseguia entender por que tinha perdido seu apetite saudável. Dando de ombro mais uma vez, ela disse a si mesma que era só preocupação do desconhecido que estava vigiando ela. Ela se levantou, pegando o prato da mesa.


— Você precisa de alguma coisa enquanto vou lá para cima?— — Uma cerveja seria ótimo. — Lily queria se negar, mas ele tinha sido bom o suficiente trazendo o jantar; Ela não queria agir de forma mesquinha. Ela estava tão tentada a gritar com ele e dizer para ele pedir a pessoa que ele estava usando o perfume lhe trouxesse a sua maldita cerveja. No entanto ela subiu as escadas, abriu a porta da cozinha e entrou. Ninguém estava lá, então Lily colocou seu prato na pia e estava prestes a lavá-lo quando um ruído na sala de televisão fez a cabeça girar nesse sentido. A visão desobstruída a deixou ver exatamente o que tinha feito o barulho suave. Bliss estava montando o pau de Train subindo e descendo. Train não tinha prestado atenção a ela na cozinha, mas os olhos de Bliss estavam sobre Lily quando Train chupava o peito dela, assistindo a reação de Lily. Lily atrapalhada voltou para baixo, se certificando que seus olhos não fossem para os dois no sofá. — Onde está a minha cerveja? — Shade perguntou quando ela voltou de mãos vazias. — Eu esqueci. — Lily um segundo mais tarde, percebeu que tinha se esquecido de levar a cerveja que ele pediu. — Eu vou tomar um banho. — disse Lily, agarrando o pijama e, em seguida, desaparecendo no quarto. Ela levou o seu tempo tentando lavar a memória do que ela tinha visto. Quando ela voltou para o quarto, a primeira coisa que notou foi Shade bebendo sua cerveja. — É um pouco cedo para dormir, não é? — Estou com dor de cabeça. Eu acho que é de olhar para a tela do computador. — Possivelmente. Será que a televisão a perturba? — Não. — Lily estava prestes a subir na cama, mas se conteve, em


vez disso foi para Shade. — Você precisa me deixar ir. Eu nunca vou pertencer a este clube. — O que te faz dizer isso? — Você sabe por quê. — Ela acenou com a mão para a cerveja. Bliss não tenta esconder que os dois compartilharam um relacionamento. Ela não me quer aqui. Ela pertence aqui, eu não. — Você irá. — Não, Shade, eu não vou. Você só vai machucar a todos os envolvidos. Eu nunca vou me ajustar ao seu estilo de vida. Você não é um homem de uma só mulher. — Eu já sou. — disse Shade suavemente. Lily queria chutar o homem teimoso. — Não tenho a pretensão de dizer que sou sua mulher quando você cheira a perfume de outra mulher. — — Eu cheiro a perfume? — Shade perguntou, sem tentar esconder sua diversão. — Sim. — Lily disse com raiva. — Isso é porque Winter me abraçou quando eu lhe disse que pagaria pelos computadores para sua escola. — Bem... Diabos. — Ela teria que pedir desculpas. Ela se sentiu horrível por ter feito algo tão agradável e ela estava pulando sobre ele. Ela se sentiu envergonhada. Ela não era melhor do que Georgia. — Sinto muito. — Lily se desculpou e quis dizer isso. — Você foi muito dura comigo, você não acha? Quer dizer, eu fui bom o suficiente para trazer o seu jantar, e então você esqueceu minha cerveja. Então você chama a minha atenção sobre eu estar com outras mulheres. Eu estou começando a pensar que você está com ciúmes. Eu


nunca pensei que você era do tipo ciumenta. — Eu não estou com ciúmes. — Lily estalou. — Eu acredito que você esteja, e eu não acredito que você esteja arrependida. Você sabe o quanto esses computadores vão me custar? — Shade tentou parecer ofendido. Não é bom olhar para ele, pensou Lily. O homem não tem um osso humilde em seu corpo incrível. Lily assentiu com a cabeça. Isso não significava que ela tinha sido errada por tirar conclusões, no entanto. — Eu não sou ciumenta e eu pedi desculpas. — Eu não acredito em você. — Shade lhe deu um olhar de reprovação, o que a fez se sentir mal. — Eu realmente sinto. — Prove. — Como? — Beije-me e faça o seu melhor. — Não. — Lily balançou a cabeça. — Eu sabia que você nunca quis pedir desculpas — disse Shade, se virando para a televisão. — Eu sinto... Eu sinto. — Lily se corrigiu. — Mas eu ainda não vou te beijar. — Por quê? Você já beijou antes, não é? — Lily não disse nada. — Lily, você já beijou antes? — Seus olhos surpresos olharam para os envergonhados dela. — Não. — Lily admitiu. — E o Charles? — Apenas na bochecha ou um breve beijo na boca. Eu acho que


posso fazer isso. — disse ela sem entusiasmo. — Não é o suficiente. Já me disseram que beijo bem. Eu posso te ensinar — Shade ofereceu, desta vez tentando parecer inocente. De uma forma que não foi tão bom olhar para ele. — Eu aposto que você pode, — ela disse sarcasticamente. Então, antes que ela pudesse ajudar a si mesma perguntou: — Quem lhe disse que você beija bem? — Eu não beijo e conto — disse ele, sorrindo para ela maliciosamente. Agora esse olhar funcionava para ele. Lily cerrou os dentes irritada. — Vamos, Lily. É tipo um beijinho entre amigos? — Ele se levantou e colocou as mãos atrás das costas. — Eu não vou tocar em você com qualquer coisa diferente do que a minha boca. Você pode experimentar e ver como você gosta de beijar. — Lily congelou, tentada. Ela nunca tinha sido beijada. Ela tinha tido muito medo que Charles não parasse quando ela quisesse parar. Shade era mais experiente e mais velho. Um simples beijo não o faria perder o controle, e ela não tinha dúvidas que ele pararia quando ela quisesse. Ele tinha pecaminosamente uma boa aparência, tentando parecer como uma ovelha bem-educada; No entanto, ela estava bem consciente que estava no quarto com um lobo astuto. Lily deu um passo tímido para frente. Shade não disse nada, parecendo entediado. Levou vários segundos para ela dar mais um passo. Shade nunca se tornou impaciente enquanto ela se aproximava de forma constante até que um mero centímetro os separou. Ela olhou em seus olhos azuis celeste se sentindo como se estivesse se afogando em suas profundidades claras. Ela cautelosamente se levantou sobre pontas dos pés e, em seguida, sua boca brevemente lhe tocou antes de romper e dar um passo atrás. Como uma mariposa indo para uma chama, ela se aproximou novamente. Desta vez,


suas mãos descansaram em seu peito enquanto ela tocou a boca com a dele, deixando demorar um mero sopro de um segundo antes de se inclinar para trás para estudar seu rosto. A impassibilidade da sua expressão a fez se inclinar para frente novamente, pressionando cada vez mais contra a sua boca antes dela se afastar, embora desta vez ela não tenha afastado o seu corpo. Sua língua lambeu os lábios levemente, provando-o em sua boca. Os cílios dela caíram enquanto olhava para a boca sensual que ele estava deixando jogar. Ela apertou os lábios mais duro contra sua boca até que ele abriu para ela ligeiramente. Lily pulou para longe. — Isso é o suficiente por está noite. Você não é uma rápida aprendiz. Pode levar semanas para você pegar o jeito certo. — Ele se afastou, voltando para a sua cadeira. Lily se sentiu frustrada, querendo continuar a beijá-lo, mas sua atenção já tinha sido redirecionada para a televisão. Ela se virou, indo para a cama e deslizando por baixo das cobertas. Ela em seguida, rolou para o lado, batendo repetidamente seu travesseiro. Ela pensou ter ouvido Shade rir, mas quando ela virou a cabeça para olhar, sua atenção estava concentrada na televisão. Ele provavelmente estava lamentando sua decisão de ensiná-la a beijar. Sua respiração ainda não tinha mudado, mas caiu no sono. Uma coisa era certa se ele estava indo para ensiná-la a beijar, o homem vai ter que mostrar mais interesse do que se ele estivesse numa consulta com o dentista.

Shade rangeu os dentes tentando manter seu corpo de volta sob controle, obrigando-se a manter seus olhos na tela da televisão. Com o canto do olho, ele a viu bater no travesseiro frustrada. Suas mãos se apertaram. A mulher não sabia o significado de frustração, mas ele estava


prestes a mostrar-lhe se ela continuasse a jogar mais um dos seus olhares chateados em sua direção. Ele estava tentando ir devagar, para não assustála, mas mesmo ele tinha limites. Esse beijo inocente quase tinha sido sua ruína. Quando ele teve a certeza que ela estava dormindo se levantou, saindo do quarto. Ele não confiava em si mesmo se subisse na cama com ela agora. Ele tinha que acalmar seu corpo. Subindo as escadas, ele pegou uma garrafa de uísque e se serviu de uma generosa quantidade. Sua parede de paciência estava desmoronando. Era tempo de aquecer seus esforços com Lily. Ele não achava que era justo ele ser o único sofrendo. Era necessário que Lily descobrisse exatamente o que ela estava perdendo, que seria transar com ela até que ela implorasse por misericórdia. Shade se serviu de outro uísque, Desta vez, a mão tremia quando ele pegou o copo.

Lily acordou na manhã seguinte numa cama vazia. Tomou banho e se vestiu para ir o trabalho e estava passando pela porta do quarto quando Shade entrou na sala. Seus olhos estavam vermelhos. Lily deu um passo atrás por causa do cheiro de álcool. Quando ela tinha adormecido, ele ainda estava assistindo televisão. A maneira como ele parecia agora tornou evidente que ele tinha passado a noite bebendo. — Você andou bebendo! — Ela disse em tom de acusação. — Não se preocupe. Eu não estou bêbado. — Ela empalideceu com suas palavras, se encolhendo para se afastar quando ele passava se encostando-se nela. — Você não vai para o trabalho? — Eu estou tirando a manhã de folga. Rider vai gerenciar a fábrica até de tarde. — Shade foi para o lado da cama, tirando os sapatos e a


camiseta. Ele começou a tirar suas calças, obviamente esperando ela sair do quarto para ele terminar de se despir. Lily não saiu sem saber o porquê. — Hum... Você deve ter começado a beber depois que eu fui dormir. — Ela não sabia por que ela estava empurrando a questão. Shade levantou uma sobrancelha para sua pergunta. — Sim, eu subi para outra cerveja e Cash e Rider estavam jogando cartas, então eu entrei. Eu não estava pronto para dormir tão cedo quanto você. Lily brincou com o elástico em seu pulso. — Eu não esperava que você fosse. Eu acho que vou vê-lo esta tarde. — Ela começou a sair pela porta, mas se virou com as suas próximas palavras. — Fomos apenas nós. Nenhuma das mulheres estava lá. — Alívio inundou seu corpo tenso. — Eu não perguntei. — Você não precisava perguntar. — Shade zombou. Lily fugiu pela porta, sem se preocupar com o café da manhã, indo direto para a fábrica. Alguns dos outros trabalhadores estavam lentamente chegando. Georgia já está lá, conversando com Rider que não parecia em muito melhor estado do que Shade. Ela imaginou que ele foi o único que tinha perdido o jogo de cartas. Lily pegou um pedido e começou a preenchê-lo. Ela trabalhou rapidamente por toda manhã, sua mente continuava ocupada preenchendo os pedidos, distraindo-se ao lembrar sobre os beijos que ela tinha compartilhado com Shade na noite anterior. Ela tocou o dedo à boca, lembrando a sensação de seus lábios contra os dela antes de pegar a si mesma. Ela pegou outro pedido, nem mesmo parando para almoçar. Quando Shade entrou naquela tarde, Rider parecia que iria vomitar quando saia. Shade foi para dentro de seu escritório, ignorando Georgia que estava se arrastando atrás dele e fechando a porta na cara dela. A boca de Lily se contorceu em diversão e Georgia, vendo isso, lhe deu um olhar vingativo.


Lily respirou fundo. A mulher nunca tinha feito um esforço para gostar de Lily, mas o ódio que ela não tentou esconder naquele momento estava em direção a Lily. Georgia caminhou até ela, parando na mesa onde Lily estava trabalhando. — Você acha que é uma merda quente, não é? Bem, deixe-me dizer-lhe uma coisa. Eu não dou a mínima para o quão bonita você é, quando Shade se cansar de te comer, você vai ser apenas mais uma funcionária como qualquer outra mulher que ele teve. — Georgia, eu não fiz nada para merecer... A mulher odiosa a cortou. — Você quer saber por que eu não suporto você, Lily? Lily se enrijeceu os ombros. — Continue. — Não se preocupe, eu vou. Você finge ser essa menininha indefesa para que todos cuidem de você. Você acha que só porque você é bonita todos devem saltar para mantê-la feliz. — Isso não é verdade. — Lily tentou não deixar Georgia ver como suas palavras cruéis machucavam. — É verdade. Eu tenho dois filhos para sustentar; Eu preciso deste emprego. Cada um dos trabalhadores aqui precisa deste trabalho, exceto você. Você não precisa dele e você está tirando isso de alguém que precisa. Meu irmão seria o próximo a ser contratado quando uma vaga surgisse. Ele foi demitido das minas há um ano e tem três filhos e uma hipoteca. Eu aposto que você nem sequer paga o carro extravagante que dirige. — Lily empalideceu. Suas palavras trouxeram de volta as palavras de Beth no verão passado, quando Lily pediu pela primeira vez por um emprego de verão, que era desnecessário ela trabalhar desde que Beth lhe dava dinheiro. Foi só depois que ela foi ferida que o trabalho na fábrica foi oferecido. Ela se sentia muito mal, entendendo a situação de Georgia que queria um trabalho para o seu irmão que precisava desesperadamente e


tendo que ver Lily todos os dias era compreensivelmente difícil. — Sinto muito. — disse Lily, se sentindo miserável que uma família estava sofrendo por causa do desejo egoísta dela por um emprego. — Eu não preciso ou quero sua compaixão, fique fora do meu caminho. Quando você se cansar deste trabalho, meu irmão vai ser contratado e eu não vou ter que ver o seu rosto hipócrita mais. — Dando o seu recado, Georgia virou, dando a Lily as costas. Lily voltou ao trabalho, pensando na briga. Se ela mencionasse isso para Beth ou Razer, ela não tinha dúvida após o aviso de Razer que a mulher seria despedida. Lily não queria ser responsável por mais crianças perderem o seu ganha-pão. Chegando a uma decisão, ela foi ao escritório de Shade. Ela estava indo tentar conseguir um trabalho para o irmão de Georgia. E tudo o que tinha a fazer era sair.


Capítulo 21 — Posso falar com você por um minuto? — Lily enfiou a cabeça na porta depois de bater brevemente. — Entre. — Shade estava sentado em sua mesa revisando os papéis. Lily entrou, fechando a porta quando Shade colocou os papéis para baixo e recostou na cadeira. — Eu quero sair. — Por quê? — Lily não queria mentir, no entanto, ela não quis dizer a verdade e deixar Georgia em apuros também. — Bem? — Shade perguntou depois de vários minutos de silêncio. — Dê-me um minuto, eu estou pensando. — Você não deveria ter feito isso antes de vir aqui? — Shade perguntou estudando-a de perto. — Você está certo. Volto mais tarde. — Lily se virou para sair. Shade suspirou frustrado. — O que está acontecendo Lily? — Eu acho que não é justo eu tomar um trabalho de alguém que precisa. — ela desabafou. — Entendo. E quem precisa de um emprego? — Lily acenou com a mão, evasiva. — A maioria dos moradores da cidade está desempregada. — Isso é verdade. Você tem alguém em particular em mente para o seu trabalho, não é? — Quando Lily permaneceu em silêncio, Shade deu um longo suspiro de sofrimento, ficando de pé e indo ao armário, abrindo uma gaveta. Retirando uma pasta verde, ele a abriu e se virou para se sentar


no canto da mesa, lendo-o silenciosamente. Isso não demorou muito antes dele fechar e, em seguida, colocou-a sobre a mesa. — Venha aqui. — Lily não queria se aproximar, mas seus pés a levavam para perto dele de qualquer maneira. — O que a Georgia disse a você? — Ele perguntou, estendendo a mão para enroscar uma mecha de seu cabelo escuro em torno de um longo dedo. Lily suspirou; Ela não escaparia de uma pergunta direta, e Shade sabia disso. — Que o irmão dela precisava de um emprego, porque ele tem três filhos e uma hipoteca. — Isso é tudo? Isso é um grande sentimento de culpa. — Não se for verdade. Eu tenho algum dinheiro guardado até eu me formar. Eu não preciso de dinheiro. Eu posso esperar para comprar as novas roupas que eu estou querendo. Eu não tenho contas e ele precisa do trabalho. — Você está certa. Ele será o próximo a ser contratado. Eu vou ligar e lhe dizer para vir. — Obrigada. — Lily sentiria falta do trabalho. Ela ficou agradavelmente surpreendida por ter gostado do trabalho. — Envie Georgia ao meu escritório. — disse Shade, soltando seu cabelo. Lily parou. — Por quê? — Porque ela ultrapassou os limites. Razer avisou sobre isso ontem. — Mas... — Georgia tinha filhos também. Ela não queria que eles tivessem uma mãe desempregada. O olhar duro no rosto de Shade à fez calar a boca. — A razão de não contratar o irmão dela era porque não queríamos dois membros da mesma família trabalhando juntos, especialmente aqueles dois, e não


porque você foi contratada. Ambos têm atitudes, e trabalhando juntos não seria propício a um ambiente de trabalho coeso, mas desde que eu planejei dispensar Georgia, isso já não vai ser um problema. — Eu não estou tirando o trabalho de alguém? — Perguntou Lily. — Não. Você substitui os dias quando Bliss quer dormir até tarde, ou Raci quer ir às compras, ou Jewell não tira a sua bunda da cama, ou qualquer uma das muitas desculpas que me dão. Elas têm seu tempo livre sem se preocupar sobre a obtenção de nossas encomendas. — Oh. — Lily estava aliviada que ela não tinha tirado de alguém um salário que eles precisavam. — Envie Georgia. — Shade repetiu. — Eu não quero que você a demita. — Por quê? Se a situação se invertesse, ela não cuspiria em você se você estivesse em chamas. — Isso não importa. — O que importa então? — Ele perguntou suavemente. — Eu não quero que ela me odeie. — Lily admitiu. As mãos de Shade circularam a sua cintura antes de trazer ela para ficar entre as coxas. — Querida, já é tarde demais para isso. — Eu sei — disse Lily miseravelmente. — Lily, você é muito gentil para o seu próprio bem. Você leva tudo a sério o que alguém diz, e você sente compaixão por todos os seres vivos. Você vai ficar louca se não parar. — Eu não posso. — Por quê? Lily deu de ombros, suas mãos indo para os braços. — Eu acho que


gosto de ser necessária. — Eu preciso de você. Lily corou, sacudindo a cabeça. — Você não precisa de mim. Você me quer. Há uma diferença. — Não, não há. — Sim, há. — Lily se afastou. — Razer descobriu a diferença quando ele rompeu com Beth. Uma dura, o outro é temporário. Você vai mudar de ideia sobre mim. Eu vejo como confortáveis as mulheres são com você. Você está acostumado a ter um relacionamento e depois as manter como amigas. Eu não poderia estar com alguém, então assisti-lo ficar com outra pessoa. Eu certamente não conseguiria continuar a amizade e fingir que não dói. Beth e Razer estavam dispostos a mudar. Nenhum de nós pode mudar quem somos Shade. — disse Lily, infeliz, indo até a porta. — Por favor, não demita Georgia. Eu deveria ter deixado para lá. — Lily saiu de seu escritório, voltando ao trabalho sem contar a Georgia que Shade queria vê-la. No final do dia, quando os outros trabalhadores saíram, Lily não ficou, saindo antes de Shade terminar. Ela colocou as suas roupas de treino, tomando a decisão de alongar, em seguida, fazer musculação. Shade entrou, indo para o quarto, e ela o ignorou. Não muito tempo depois de ele passar, a porta se abriu no andar de cima e Bliss desceu as escadas segurando uma cesta de roupa com Rider carregando outra atrás dela. Shade retornou e começou a malhar quando os outros dois recolhiam a roupas, em seguida, se sentaram no sofá enquanto as roupas estavam sendo lavadas. Lily se sentiu observada quando os dois conversavam. De vez em quando, ela podia sentir seus olhos sobre ela quando trocava de posição. Ela estava feliz por estar usado as roupas de treino mais conservadoras. — Isso é o suficiente por hoje. — Shade disse a parando quando ela


ainda queria continuar. Sem olhar para ele, Lily entrou no quarto, foi para o chuveiro e se trocou para o jantar. No momento em que ela terminou, pensou que Shade teria vindo para se trocar, mas ele não tinha aparecido. Lily deixou o quarto, decidindo ir lá para cima para ver se precisavam de alguma ajuda com o jantar. Ela caminhou de volta para o ginásio e Shade ainda estava falando com Bliss e Rider enquanto eles colocavam as roupas na secadora. Lily sentiu a conversa interrompida quando ela entrou na sala. Ela não sabia como Shade poderia negar que ela não se encaixava com seu grupo quando eles nem sequer continuavam uma conversa quando ela entrava na sala. Quando ela chegou até a cozinha, o jantar estava pronto, mas Lily não estava com fome. Indo até a geladeira, pegou uma garrafa de água e, em seguida, saiu pela porta da cozinha, querendo pegar ar fresco. Depois de estar na fábrica durante todo o dia, em seguida, malhar, ela queria sentir o sol em seus poucos minutos, antes de ficar escuro. Ela caminhou para o pátio, mas não querendo sentar, por isso, ela caminhou em frente até a grama, com os seus pés inconscientemente a levando mais perto da casa de Beth e Razer. Ela nunca tinha estado dentro dela antes; Beth nunca a convidou. Ela chegou mais perto e viu que era lindamente cercada pela floresta, enquanto a casa de Shade atrás dava uma vista para todo o complexo. Ela e Beth tinham falado sobre sua casa quando estava na planta. Ela se lembrou de Beth dizendo que ela queria uma pequena varanda na frente, parecendo mais como um chalé. Lily tinha dito a ela que uma varanda por toda a casa lhe daria uma melhor visão das montanhas. Ela havia tentado convencê-la a uma janela enorme como a de Shade, mas Beth queria duas menores, dizendo que seria muito mais quente no inverno. Beth queria sua casa para ser uma extensão de Razer e do amor que sentiam um pelo outro, e ela tinha conseguido. Lily caminhou até o pequeno lance de escadas indo até a casa de Shade. Ela sentou-se no degrau mais alto e olhou para a vista. Era


deslumbrante. Ela permaneceu lá até que o sol se pôs. A escuridão sempre tinha sido sua inimiga, mas ela não sentiu medo quando se sentou lá e à luz do dia ia diminuindo. Ela sentiu uma lágrima deslizar pelo seu rosto, sem saber o porque. Pensando nisso, ela percebeu que nunca se encaixou em qualquer lugar; Nem com a família de Beth, nem na faculdade, e agora nem na sede do clube. Era como sempre fosse um convidado na casa de alguém e nunca tendo o seu próprio lugar. A beleza das montanhas sempre a consolou e momentos como este eram muito profundos para Lily; Ela era grata a Deus por ter criado tanta beleza. Isso acalmou algo rasgado e quebrado dentro dela que ela não sabia como consertar. Logo em seguida, olhando para as montanhas e por uma fração de momento, ela pareceu pertencer. Relutantemente, Lily se levantou e voltou para o clube. Ela ouviu a música enquanto descia a escada do porão, e quando chegou ao último degrau, ela viu Raci dançando com Cash no poste de pole dance. Rider e Bliss se beijando no sofá, e Shade sentado ao lado deles enquanto observava Raci e Cash com uma cerveja na mão. Raci estava dançando sedutoramente, moendo sua bunda de costas na pélvis do Cash. Seus braços estavam no poste prendendo-a entre seus braços. Lily deu um suspiro trêmulo e tentou se apressar para entrar no porão indo para o quarto de Shade, mas quando ela passou ele estendeu a mão, e agarrou seu pulso puxando-a para o sofá ao lado dele. Ela começou a protestar, mas suas palavras baixas a pararam. — Você pode se sentar aqui comigo ou você pode correr e se esconder no quarto, imaginando o que eu estou fazendo aqui com eles. — Eu não me importo com o que você está fazendo. — Lily estalou. Shade se endireitou se afastando dela. — Então, fuja. — Ele levou a cerveja para a sua boca, se recostando contra o sofá. Rider estava sentado


com Bliss em seu colo, a mão sob a camiseta, o bronzeado em exibição mostrando a sua barriga. Lily quase se levantou e correu para o quarto, não querendo testemunhar mais, mas ninguém estava realmente prestando atenção a ela. A mão de Cash foi para o cós da saia curta de Raci, seus dedos deslizando por baixo. Lily ficou tensa, virando a cabeça para ver a boca de Rider chupando a carne do pescoço de Bliss enquanto sua mão tinha deslizado mais até o seu top. Lily ficou tensa, pronta para voar do sofá. — Olhe para o rosto, Lily. — As palavras de Shade fizeram os olhos voarem até o seu. Ele estava inclinado mais perto dela, seu peito apenas roçando o dela. Seus seios apertaram e sua respiração acelerou. Isso ia contra tudo o que ela acreditava se sentar quando dois casais transavam na frente dela, mas o olhar que Shade estava dando a ela segurou-a no lugar. Lily virou a cabeça, os olhos indo para Raci quando a mão de Cash agora tinha desaparecido completamente sob sua camisa. — Será que ela parece assustada? — Shade perguntou. Os olhos de Lily foram para o rosto de Raci. A mulher não estava com medo; Seu rosto mostrava excitação quando mexia os quadris para trás contra Cash e sua cabeça caiu contra seu ombro. Os olhos dela se afastaram, voltando a Bliss cujos seios estavam agora descobertos, Rider estava apertando o seu mamilo. Ela viu sua tatuagem as quatro margaridas e uma data no meio. Lily se lembrou de Shade lhe dizendo que as mulheres fazem as tatuagens depois de terem o voto do último membro. Ela olhou mais de perto as margaridas, percebendo que formavam uma corrente. Lily não era tão inocente que ela não percebeu o significado. Ela empalideceu quando sua mente passou pensando qual dos membros dos Last Riders tiveram relações sexuais com Bliss no dia que ela tinha ganhado sua tatuagem. Lily tentou se levantar, mas o corpo de Shade a fez se afundar ainda mais no sofá.


— Você compreendeu a tatuagem, não foi? — Você me dá nojo, — Lily cuspiu. — Você nem vai me perguntar se uma dessas margaridas é minha? — Shade zombou. — Eu não preciso. — Lily tentou se virar, mas ficou presa no lugar, sua mão cobrindo a pele sobre o coração. Shade tirou a mão dela, colocando a dele. — Eu estava, e Winter não estava muito feliz ao descobrir que Viper também estava. Evie e Cash eram os outros dois. — Sua mão esfregou a pele como se soubesse a dor da apunhalada que as suas palavras provocaram. — Bliss gosta de exibi-las por isso era uma questão de tempo antes de você ver isso, agora que você está vivendo aqui. — Por enquanto. — Lily estava mais determinada do que nunca a encontrar uma maneira de salvar a casa de Beth e encontrar uma saída para si mesma. Não é de admirar que seus beijos infantis não tinham excitado ele. Os gemidos de Raci chamaram sua atenção. Cash pegou a mulher jogando-a sobre seu ombro antes de carregá-la até as escadas. — Eu não estou impedindo você. Você pode sair a qualquer momento, Lily. Tenho certeza que Beth não ficará com o coração partido por muito tempo. Por outro lado, você pode começar a desfrutar de viver aqui. Olhe para Bliss. Eu não acho que há qualquer outro lugar que ela queira ir — A mão de Rider não estava mais sob sua camisa; Ele agora estava sob sua saia, que estava enrolada e mostrava que a mulher não usava calcinha. Ele estava esfregando entre as coxas abertas. A mão dela estava entrando em seus jeans quando ela abriu o zíper dele. Lily pensou que poderia desmaiar ao observá-los até que Shade colocado sua boca contra sua garganta.


— Veja como ela está molhada. Ela não tem medo de deixá-lo tocála. Ela está curtindo cada minuto. Um dos dedos de Rider deslizou dentro de Bliss e a mulher gemeu. — Ela gosta de foder. Shade olhou para Lily quando ordenou. — Coloque outro dedo, Rider — Lily assistiu impotente, Rider seguir as instruções de Shade. Bliss gemeu mais alto quando dois dedos de Rider deslizaram dentro e fora da mulher escorregadia. — Veja. Ela está desfrutando de seus dedos em sua boceta — disse ele enquanto sua boca sussurrava contra a concha de sua orelha antes dele se afastar e se virar para Rider — Esfregue seu clitóris mais forte, Rider. Ela gosta de um pouco de dor. — As próprias coxas de Lily se juntaram. — Shade... — Bliss gemeu — Deixe-a gozar, Rider. Lily tentou afastar os olhos quando os dedos de Rider acariciaram ainda mais rápido e Bliss levantava os quadris antes de mergulhar em sua mão. Seu pequeno grito fez Lily pular do sofá, incapaz de assistir por mais tempo. — Corra Lily. Isso não vai mudar o fato de que você é minha. E a próxima vez que uma mulher gemer meu nome, ela vai ser você. — Lily seguiu seus conselhos, correndo para o quarto e vendo o desejo escuro em seus olhos, consciente de que estava fugindo porque ele deixou.

Na manhã seguinte, ela se vestia no banheiro, em seguida voltou para o quarto onde Shade ainda estava se vestindo. O silêncio entre eles era desconfortável. Ela foi para a cama cedo na noite anterior e tinha deixado


Shade na sala, sua mente a torturando com pensamentos dele tocando Bliss depois dela ter corrido da sala. — Você se importa se eu tiver o dia de folga? Eu tenho algumas coisas que preciso cuidar hoje durante o dia. — Sua voz fria atraiu o seu olhar de advertência. Ela não podia suportar ficar perto dele na fábrica hoje; Ela precisava de uma pausa para obter seu corpo e pensamentos de volta ao controle. — Não, vá em frente. — Obrigada. — Desta vez, ela foi inteligente o suficiente para não deixar seus próprios sentimentos aparecerem. Lily terminou de se vestir, indo para o andar de cima, onde se serviu de um copo de café. A maioria dos membros estava na correria para chegar ao trabalho na hora certa. Winter entrou correndo, derramando um pouco de café em uma caneca enorme que levava para o trabalho. — O que você está fazendo hoje? Você costuma me encontrar passando pela porta, — ela perguntou fazendo uma pausa em sua pressa. — Tirei o dia de folga. Eu tenho algumas coisas que eu preciso resolver. — Isso vai ser bom para você. Você não tem tirado um tempo para si mesma há um tempo; — Lily assentiu. Ela sentiu o olhar de Winter quando se sentou ao lado dela na mesa. — Eu lembro quando você foi para a escola. Lily olhou para Winter e sorriu. — Eu também me lembro. Você era nova e todas as crianças lhe causaram problemas porque você parecia tão jovem quanto eles. Winter estremeceu. — Não me lembre. Eu ainda estou espantada que passei o primeiro mês. Mas você fez isso mais suportável para mim. E


eu estou aqui se você precisar de mim, Lily. — Ok. — Quando eu cheguei aqui, eu queria estar aqui ainda menos do que você. — Winter disse a ela. — Tão mal? Winter assentiu com a cabeça. — Eu tentei escapar várias vezes. — Sério? — Lily estava chocada. Ela não sabia. Ela se lembrou de quando Winter se mudou para o clube depois do seu primeiro ataque. — Sério. Eu estava miserável, e eu estava com ciúmes como o inferno das mulheres e da relação de Viper com elas. Foi um ajuste, mas eu realmente comecei a me importar com todos os membros. Nós somos uma família e eu adoro Viper. Todos nós apenas nos encaixamos. — Eu posso ver. — Lily tentou afastar a inveja de sua voz. — Isso não significa que não há espaço para você; — disse Winter em voz baixa, estendendo a mão para tocar sua mão. Lily olhou para baixo, engolindo a seco. — O problema é que não há espaço para muitas mulheres nesta casa. Winter riu. — Isso é muito verdadeiro, mas só há uma Lily. — Winter se levantou e Lily olhou para ela. — Dê uma chance. Você pode encontrar uma parte de si mesma que você nem sabia que existia. Eu encontrei. Isso era o que Lily tinha medo. Depois de Winter sair ela limpou a cozinha antes de descer. Bliss e Rider tinham lavado e secado as roupas, mas saíram sentando ao redor. Ela rapidamente dobrou antes de lavar e secar a roupa dela e de Shade.


Ela, então, limpou tudo lá embaixo, enquanto lavava a roupa. Ela adorava limpeza, diferentemente da maioria das pessoas, e tinha trocado para um conjunto de moletom solto enquanto trabalhava. Ela ligou a televisão enquanto estava dobrando as últimas roupas. Ela foi para cima mais cedo, começou a fazer um enorme pote de chili e pão de milho, que estava na geladeira. Ela estava cansada, mas se sentia melhor do que tinha estado em muito tempo. Ela tinha desfrutado da casa para si mesma na maior parte do dia. Ela estava acostumada a estar em sua própria casa. Viver com tantas pessoas era um ajuste e ter a casa para ela tinha sido relaxante. A televisão estava em um programa de notícias a cabo, e como ela estava apenas assistindo enquanto dobrava as roupas, ela não se preocupou em mudar de canal. Agora que ela terminou, Lily observou a história de um julgamento de um crime que começou a passar na tela. O que fez a história se tornar o centro das atenções nacionais era de que o homem em questão era um senhor do crime que estava envolvido com tráfico de mulheres. A câmera mostrou a multidão circulando. A cabeça de Lily estourou com dor e sua respiração começou a pegar quando um ataque de pânico se aproximava. Lily conseguiu ficar de pé, andando por instinto quando os gemidos rasgaram a sua garganta. Sua mente se sentia consumida pela dor. Escancarando a porta do porão, Lily correu para fora com os pés descalços no caminho em direção à fábrica. Era o fim do dia e o estacionamento estava ficando vazio quando Lily voou pelo caminho, meio cega pela dor. Ela conseguiu encontrar Shade e Rider de pé ao lado da porta, ambos olhando para ela com surpresa chocada, e Lily foi direito para Shade e ele começou a andar para ela. Ele estendeu os braços e Lily se jogou para eles, segurando com força e agitação. Ela tentou se enterrar tão firmemente quanto pôde desesperada para que a dor fosse embora. — O que há de errado? — Ele a abraçou com força, dando-lhe a segurança que ela precisava.


— Eu não sei. — Lily gritou a necessidade de estar mais perto de seu calor. — Você não conseguiu se apossar de Beth? — Perguntou. — O que? Eu não tentei — disse ela, tremendo mais duro. — Você não tentou ligar para Beth? Você veio para mim primeiro? — A mão de Shade alisou o cabelo afastando de seu rosto. Lily assentiu com a cabeça no ombro dele, choramingando. — Minha cabeça dói — ela gemeu. Shade a carregou entregando a Rider uma prancheta. Ele então a levou de volta para casa, fechando a porta que ela tinha deixado aberta com o seu medo. No quarto, se sentou com ela na cama. Lily se enrolou na segurança de seus braços, colocando a cabeça no seu ombro. — Eu acho que estou ficando louca. — Lily confessou. — Não, você não está. — A mão de Shade esfregou as costas de seu pescoço, aliviando a tensão de seus ombros. — Lily, seus ataques estão diminuindo, mas eles estão se tornando mais fortes. Eu acho que sua mente está tentando lhe dizer que você é forte o suficiente para se lembrar. — Lily ficou de pé, suas mãos indo para sua cabeça. As mãos de Shade foram para os pulsos dela. — Olhe para mim, Lily. — Seus olhos violeta foram até os dele. — Olhe para mim — Shade repetiu suas palavras. Ela olhou para ele em silêncio, tentando arrancar os olhos para longe dos dele, mas incapaz de fazer isso. Cedendo ela se afundou em seu olhar azul, realmente vendo pela primeira vez o homem que não tinha medo de nada que era forte, hábil e paciente. — O que tem aqui não pode te machucar mais. — O dedo de Shade bateu na lateral de sua cabeça. — O mundo ao seu redor — a mão circulou


o ar em torno de seu corpo. — Eu tenho isso. — Suas mãos voltaram para as dela segurando-as. — Ninguém irá te machucar novamente. — Lily ouviu a verdade em sua voz e viu em seus olhos. Ela uma vez brincou um jogo na escola onde os professores tinham alinhado os alunos em duas filas, uma de frente enquanto a outra ficou atrás. O professor lhes tinha dito para cair para trás e confiar na pessoa atrás deles para pegá-los. Ela se desculpou e foi para o escritório, saindo do exercício, porque ela sabia que não confiava em ninguém cegamente, que era isso que Shade estava pedindo a ela agora. Para cair, sabendo que ele a pegaria. Mesmo com Beth, ela nunca conseguiu isso.


Capítulo 22 Lily estava colocando os pratos na máquina de lavar quando Beth e Winter entraram na cozinha depois do jantar. Toda a casa era um centro de atividades enquanto se preparavam para a festa de Halloween. A semana passou rápido. Os membros estavam cheios de antecipação. Até Beth tinha a noite de folga de cuidar da Sra Langley. Lily temia esta noite. — Eu não acho que Holly jamais vá até lá. — Beth carregava duas sacolas que ela colocou na mesa. Lily secou as mãos, se aproximando de sua irmã. — O que faz você pensar assim? — Uma hippie. — Ela levantou sua roupa, uma camisa fúcsia brilhante e calções amarelos do saco de roupa. Lily admirou as roupas coloridas, pensando que era adequado para o jeito ensolarado de Beth. Winter já tinha dito que ela seria chapeuzinho vermelho. Como de fato, todas as mulheres tinham compartilhado os trajes que estavam planejando usar. Lily podia ver que elas estavam planejando se divertir naquela noite. — Eu escolhi este para você. — Beth levantou outro saco de roupa e começou desembrulhá-lo. — Eu não vou para a festa. — Lily protestou. — Todos nós conversamos sobre isso e decidimos que você não vai perder toda a diversão. O andar de baixo fará uma festa menor, com apenas alguns de nós e todos nós prometemos nos comportar. Então, mais tarde, podemos subir. Vamos, Lily. — Beth abriu o saco de roupas, mostrando uma roupa cigana roxa brilhante e azul. Era muito bonita. A parte superior


tinha mangas longas e a saia fluía até os seus tornozelos. Beth tinha conseguido acalmar todos os seus protestos, para que ela não tivesse nenhuma razão para não participar. — Contanto que você prometa que, quando se cansar, você vai voltar para o andar de cima. — Sem problemas. — Winter e Beth riram. — Legal. — As mulheres se juntaram fazendo vários lanches no térreo para colocar perto do sofá. — Depois que eu tomar um banho e me trocar, eu vou trazer as bebidas para baixo. Você pode pedir à Shade para colocar a música enquanto nos arrumamos? — Beth pediu a ela. — Ok. — Winter e Beth subiram para trocar de roupa. A música já tinha sido ligada no andar de cima, e pela quantidade de vozes a festa já havia começado. Shade e Rider estavam na fábrica carregando um caminhão. Lily tomou banho e se vestiu com um início de excitação enrolando em seu estômago pela festa e por como eles estavam dispostos a compartilhar um pouco de sua tão famosa diversão para que ela pudesse participar. Ela estava escovando o cabelo no quarto quando Shade entrou. Ela girou a saia mostrando sua roupa. Seu cabelo preto estava liso e solto, e Beth tinha incluído vários colares de pedra combinando para ela usar. — Você parece ótima. O que você deveria ser? — Uma cigana. — Como isso é diferente do que você costuma usar? Pelo menos deveria ter sido aventureiro suficiente para elevar a bainha acima de seus tornozelos; — disse ele, pegando uma muda de roupa de uma gaveta. Lily olhou para si mesma. Shade caminhou para ela, pegando o seu rosto. — Você está linda.


Quem conseguiu isso para você? — Beth — disse Lily, girando e se afastando. Shade olhou para seu vestido de perto. — Lembre-me de agradecer a ela. — Por quê? Shade apenas balançou a cabeça, indo para o banheiro. — Não importa. Eu não vou demorar. Lily deu de ombros por suas palavras indo para a sala. Winter, Beth e Evie já estavam lá, sentadas e comendo lanches, enquanto Viper e Razer estavam conversando e bebendo cerveja. Lily não deixou que a cerveja a incomodasse mais. Ela tinha aprendido que poderia lidar com a visão das garrafas sem se assustar. Beth se engasgou com um pretzel quando a viu antes de Winter e ambos trocarem um olhar. — O que há de errado? — Perguntou Lily. — Nada. Você está ótima — Beth garantiu a ela, sacudindo seu pulso até que ela se sentou ao lado dela no sofá. Viper foi para o sistema de som, trocando a música. Alguém tinha retirado os tapetes, deixando a área livre para a dança. Viper pegou a mão de Winter, e se deslocaram para a pista de dança. — Knox e Diamond queriam vir hoje à noite, mas ele estava de plantão — Beth explicou antes de Razer se sentar ao lado dela, puxando-a para o seu colo. Shade entrou, sentando do lado oposto do sofá. — Como foi com Geórgia esta semana? — Beth perguntou, colocando o braço em volta do ombro de Razer. — Tudo bem. — Lily não mencionou o que havia acontecido segunda-feira. Shade havia conversado com a mulher naquela tarde, e, desde então, ela tinha dado espaço a Lily. Ela ainda se sentia culpada por


causa do irmão de Georgia, mas pelo menos ela sabia que não era responsável por ele não ter um emprego na fábrica. — Lily, você se importaria de pegar uma cerveja? — Shade pediu. Lily alegremente se levantou do sofá indo para mesa de cerveja que tinha sido criada e pegou uma. Ele nunca lhe pediu para fazer qualquer coisa para ele, então ela não se importou de fazer isso agora. Quando entregou a ele, ela estava indo para o seu lado no sofá, mas Shade estendeu a mão e a puxou-a para o seu colo. Lily tentou sair envergonhada. Ela nunca sentou em seu colo antes, exceto quando ela tinha ficado chateada… E Beth estava a apenas alguns centímetros de distância, olhando para ela com diversão. — Sente-se — Shade ordenou. Lily parou de se balançar, se sentando rigidamente em seu colo. Shade ignorou sua postura rígida, retomando a conversa com Razer sobre a produção de uma das ferramentas que está vendendo bem. — A única maneira de aumentar a produção é fazer com outro fabricante. — Razer disse. — Como a loja está indo? — Perguntou Beth, cansada da conversa dos caras. — Bem. Agora que Rachel e eu estamos trabalhando nisso um dia extra, nós estamos esperando abrir em duas semanas. Nós conversamos com pastor Dean; E ele vai começar a procurar alguém para gerenciá-la. — Vai ser difícil encontrar alguém que assumirá o compromisso que necessita sem pagamento. — Beth comentou. — Eu não sei por que. Pense no bem que vai fazer. Os artigos são de graça. Sugeri que ele fizesse isso com base no lucro daqueles que precisam e manter afastados aqueles que só iriam se aproveitar da generosidade da igreja.


— Eu concordo, por isso precisa ser alguém conhecido da comunidade. Dessa forma, eles não vão ficar com vergonha de pedir o que eles precisam. Um monte de pessoas que precisa da loja não vai usá-la porque o seu orgulho fica no caminho. — Lily assentiu com a cabeça em concordância. — Ele terá que ser totalmente confiável, também. Você não acreditaria em alguns dos itens doados. Rachel encontrou um anel de diamante e eu encontrei dinheiro em vários bolsos. Nós sempre verificamos para sabermos de onde os artigos vêm para ter certeza que não foi um erro. O anel da Sra Graver tinha caído quando ela estava ensacando as roupas. — Eu não tinha pensado nisso. — Ficamos contentes que encontramos o anel para ela. — Lily inconscientemente

relaxou

contra

Shade

enquanto

conversavam

aproveitando o calor dele em suas costas. Não demorou muito antes de Train e Jewell descerem as escadas e começarem a dançar ao lado de Viper e Winter. Train não estava vestindo uma camisa, mas ele tinha uma faixa sobre seu cabelo e um tapa-olho. Jewell estava vestindo uma roupa de rapariga do pirata, que deixava a maior parte de seus seios nus, e a saia curta mostrava as suas longas pernas bem torneadas. À medida que a música mudava, Razer se levantou. — Vamos dançar. — Com isso, Beth e Razer se juntaram aos casais dançando. No meio da canção, Evie desceu a escada vestida como uma empregada doméstica francesa com Cash vestido como ele mesmo. Lily riu, olhando nos olhos de Shade. — Train é o único que se fantasiou? Shade balançou a cabeça. — Rider se vestiu como Tarzan, mas eu ameacei chutar a bunda dele se ele viesse até aqui.


A risadinhas de Lily foram cortadas quando Shade se levantou colocando Lily em pé e levando-a para a pista de dança. Ela tentou fugir, mas ele agarrou a cintura, puxando-a para perto. — Dança comigo, Lily. — Eu não sei como — ela protestou. — Está bem. Eles também não. — Shade apontou para Evie e Cash. Lily observava os outros. Todos eles estavam apenas se divertindo. Eles tinham vindo aqui em baixo para fazê-la se sentir mais confortável mesmo com a música ela podia ouvir os sons da outra festa no andar de cima. Ela começou a se mover, tentando não se sentir autoconsciente sobre sua falta de jeito. Na terceira dança, ela estava relaxada e se movendo muito mais confortavelmente. Os outros membros iam e vinham entre os dois andares, todos aparentemente se divertindo. Shade a puxou para mais perto e se alguém tivesse desligado duas lâmpadas a sala teria se tornado muito escura. Beth, Razer, Winter e Viper subiram enquanto Cash, Evie, Train e Jewell ainda estavam dançando. — Você esta se divertindo? Lily sorriu para Shade. — Sim eu estou. — Não parece tão surpresa — disse Shade, com a coxa deslizando entre suas pernas quando sua mão circulava a cintura dela. — Eu apenas pensei que seria mais selvagem. — Isso é lá em cima. Ela corou, tirando seus olhos. — Se você quiser ir lá em cima, eu não me importo. — Cale-se. Eu estou exatamente onde eu quero estar. — Lily sorriu, aliviada que ele não se sentia como se estivesse perdendo. Quando Shade abaixou a cabeça, seus lábios brevemente tocando os dela, Lily não se


mexeu se afastando do breve encontro. Os movimentos sedutores de seu corpo e a música aumentaram a sua consciência dele. Enquanto a boca de Shade baixou novamente, demorando contra a dela, Lily sentiu a pressão de seus lábios, gostando da sensação deles. Quando sua língua deslizou ao longo da costura de seus lábios, ela engasgou. Shade aproveitou, deslizando sua língua dentro da boca dela. As mãos de Lily agarraram a sua camiseta, mas ela não o afastou. Ela pensou que o sabor picante da cerveja que ele tinha bebido iria repelir ela, mas isso não aconteceu. O calor sedoso de sua língua contra a dela a fez indecisa sobre o que fazer a seguir. Antes que ela pudesse decidir, Shade levantou a cabeça, continuando a dançar como se nada tivesse acontecido. Ela não sabia o que pensar ou sentir; então decidiu que não tinha que pensar. Ela tinha que aprender a não pensar sobre tudo. Devia seguir os conselhos de Rachel sobre deixar rolar com o que acontecesse entre ela e Shade. Ele tinha acabado de lhe dar um beijo, algo que garotas da idade dela faziam todos os dias, sem sequer pensar sobre isso. Foi apenas um beijo, ela continuou dizendo a si mesma. Então, por que você sente que foi muito mais? Perguntou-se. Por que sente que uma pequena semente de desejo tinha sido plantada e estava esperando para crescer em algo especial? Era um milagre, ela acreditava ser incapaz de algum dia querer ou precisar de algo como isso. A música terminou e Shade deu um passo atrás. — Quer beber alguma coisa? — Sim. — Ele estava deixando quente lá embaixo, de repente. Quando Lily saiu da pista, Evie se sentou no sofá ao lado de Jewell. — Eu amo a sua roupa, Lily. Parece toda composta e quando você se move, ele mostra seu corpo. Eu poderia precisar dela emprestado para a próxima festa. — Jewell elogiou.


A boca de Lily abriu. Agora ela entendeu o olhar no rosto de sua irmã e o motivo de Shade ter feito ela se levantar para pegar uma bebida para ele. Lily olhou para Shade. — As bebidas acabaram. Vou pegar mais. — disse Shade o covarde tentando fugir. Quando Train e Cash subiram as escadas, dizendo que eles estavam indo para pegar pizza, Jewell se levantou do sofá, indo para a pista e começando a dançar. Quando ela girou no poste, Lily percebeu que as mulheres começaram a usar pole dance. Evie olhou para ela quando Jewell realmente começou, deslizando para cima e para baixo no poste. — Aposto que os homens perderam isso comigo vivendo aqui, — comentou Lily pesarosa. — Esqueça os homens. As mulheres perderam isso. É um ótimo exercício para nós. Vai levar meses para me livrar dos centímetros que eu ganhei em minhas coxas. — Eu estou acostumada a me exercitar em um também. Eu poderia usá-lo quando ninguém está por perto. Eu conheço um grande exercício que vai fazer esses centímetros sumir num instante. — Sério? Como é isso? — O interesse de Evie foi provocado e ela pediu a Lily para mostrar seu exercício. Uma vez que todos os homens estavam fora da sala, Lily se levantou indo para o poste. Jewell recuou um passo, observando com curiosidade. Lily começou a girar, passando a perna em torno do poste. Não se levantando muito, apenas enrolando sua perna em torno dele. Deixando cuidadosamente sua saia solta, ela se inclinou para trás, arqueando as costas enquanto deixava sua coxa manter seu peso. Subindo inconscientemente, ela cronometrava seus movimentos com a batida da música, em seguida, recostou-se novamente.


— É muito bom não só para as coxas, mas os músculos da barriga também. Basta não deixar seus braços fazerem o trabalho para você; Deixe os músculos da sua barriga e coxa fazerem isso. — Lily informou a Evie. Quando ela não fez uma observação, Lily se levantou, notando que os olhos dela estavam no pé da escada. Ela se virou para ver o que Evie estava olhando. Shade estava ali com as mãos cheias de cervejas e refrigerantes, enquanto Cash tinha um prato de pizza que estava prestes a cair com a boca aberta, e Train que estava bem atrás deles, esmagando um saco de batatas fritas em suas mãos. — Eu estava apenas mostrando a Evie um exercício que eu aprendi em minhas aulas de pole dance. — Disse Lily, abaixando as pernas do poste e endireitando sua saia. — Você poderia me mostrar esse movimento de novo? Eu tenho alguns quilos que eu preciso perder. — Train perguntou sério. Lily não perdeu o brilho ameaçador que Shade lhe deu enquanto colocava as bebidas sobre a mesa lateral. Ela foi pegar um refrigerante de laranja. Antes que ela pudesse se sentar Shade a puxou a colocando em seu colo. Desta vez, ela não tentou se afastar com medo de derramar sua bebida. Quando ela se sentou, Stori desceu a escada vestida com uma roupa de coelho que era ainda mais sugestiva do que a de Jewell. Ela começou a dançar com um membro de Ohio que Lily não conhecia muito e quando o motoqueiro colocou a mão em seu bumbum, se esfregando mais perto de seus quadris, Lily olhou para longe, vendo Jewell e Train retomarem a sua dança. Evie e Cash também começaram a dançar. — Você nunca me disse que sabia pole dance. — Lily ficou vermelha. — A academia da faculdade tem uma classe que ensina exercício usando o poste.


— Senhor, tenha piedade — Shade murmurou. Lily não podia ajudar a si mesma, riu de sua expressão quando ela bateu de brincadeira no peito dele. A mão de Shade foi para a parte de trás do seu pescoço, puxando sua cabeça para baixo e pegando a sua boca. Ela relaxou contra ele, deixando-o tê-la. Quando sua língua deslizou entre seus lábios, sua cabeça caiu em seu ombro; Shade se moveu ligeiramente até que ele a inclinou para trás contra o braço do sofá e ele estava acima dela. Seus braços deslizaram ao redor do pescoço dele enquanto ela pensou sobre o fato de que estava na verdade, o beijando como os outros casais na sala. Eles estavam em um canto escuro e ninguém estava prestando atenção; Nada mais estava acontecendo do que o que ela tinha visto em poucas festas que tinha participado. Desta vez, porém, ela fazia parte das carícias no canto. Antes que ela tivesse tempo para pensar ainda mais sobre isso a mão de Shade foi para sua barriga lisa, em seguida, foi até seu ombro, sentando de novo. — Vamos dançar. — Ok. — Ela se levantou e eles foram para a pista de dança, e passaram o resto da noite dançando. O resto dos membros passou a noite entre os dois andares. Beth e Winter apareceram algumas vezes antes de eventualmente lhe dizer boa noite. — Boa noite — Lily disse a irmã. Beth e Razer viraram para ir embora, mas Beth retornou lhe dando um abraço apertado. — Eu não acho que já vi você tão feliz. — A voz de Beth parecia apertada. — Eu me diverti — disse Lily. — Eu vou usar a foto do Rider para chantagear ele mais tarde, quando ele estiver me incomodando no trabalho.


— Beth tinha tirado uma foto de Rider vestido de Tarzan quando ele estava lavando os pratos no andar de cima e mandou uma mensagem com a foto para Lily. — Faça isso. Só não diga a ele quem lhe enviou a foto. — Eu não vou. Shade estava falando com Train e Evie quando Lily bocejou, finalmente ficando cansada. — Eu vou para a cama. Eu tenho que acordar cedo para ir para a loja da igreja. — Todo mundo lhe deu boa noite, e, Lily foi para o quarto. A mente dela reproduzia a noite enquanto ela colocava o seu pijama e ia para a cama, se estendendo sobre ela. Ela estava quase dormindo quando Shade calmamente veio para a cama não muito tempo depois. Quando ele estendeu a mão debaixo das cobertas, puxando-a para o seu calor, ela não se afastou. Ela simplesmente deixou seu corpo contra o dele, caindo no sono com um minúsculo sorriso nos lábios. Era engraçado como uma simples festa de Halloween lhe deu esperança para o futuro.


Capítulo 23 — Acorde Lily!— Shade a estava sacudindo e a acordando-a de um sono profundo. Ela se levantou da cama. — O que está acontecendo? — Levante. O porão está pegando fogo. — Ele a empurrou da cama. Ela colocou os pés em seus sapatos enquanto Shade correu para o banheiro, voltando com um extintor de incêndio. Ela ouviu os sons de gritos do andar de cima e começou a correr quando o alarme de incêndio disparou. — Como é que vamos sair daqui? — O quarto dele não tinha janelas. Eles ficariam presos dentro. — Os irmãos vão nos tirar daqui — disse Shade severamente. Indo para seu armário, rasgou um longo pedaço de tecido e correu para o banheiro novamente. Ele voltou com os panos molhados, amarrando um em seu rosto, e o outro nele mesmo. Somente quando terminou, eles ouviram os sons de uma mangueira de incêndio e um extintor do lado de fora da porta do quarto. Houve um grande estrondo na porta e Shade abriu. Viper estava do outro lado, com apenas jeans e botas. — Vamos — ele gritou. Shade pegou a mão de Lily, empurrando-a para trás enquanto seguia Viper. Estava escuro como o breu, exceto pelas brasas das paredes enegrecidas. Viper estava carregando uma lanterna e os homens apagando o fogo com mangueiras de água pulverizando o fogo do sofá. A escada para o


andar de cima estava destruída, a porta enegrecida fechada. Viper os conduziu para fora da porta lateral quando Lily engasgou com a fumaça, começando a tossir. Shade a pegou em seus braços, levando-a para a sala antes de remover o pano que tinha amarrado em torno de seu rosto. Os gritos, o cheiro de fumaça e o porão escuro que ela tinha caminhado combinados enviaram Lily a uma névoa cheia de terror, que ela não sabia se poderia lutar. A tosse parou ao beber a água que alguém colocou em suas mãos. O cheiro da fumaça estava atacando seus sentidos. Esta não era a primeira vez que ela tinha sentido esse cheiro ou que tinha visto como as chamas podiam destruir. A porta que ela com muita força trancou em sua mente se abriu. O copo em sua mão caiu no chão quando seu crânio foi preenchido com uma explosão de dor e não havia nenhuma maneira de fugir por mais tempo. Shade caiu de joelhos na frente de Lily. Ele sabia que era ruim. Ele tinha testemunhado a ferocidade crescente de seus ataques de pânico, e estava certo que este era o pior que tinha visto. Vendo o terror de Beth por sua irmã, sua suposição de que esse de fato era o pior foi confirmado. — Razer, ligue para Rachel e lhe diga para vir aqui tão rápido quanto ela puder. Beth ligue para o médico. — Shade não podia fazer nada a não ser esperar pela mulher que amava mais do que a sua própria vida quando os seus gritos torturados marcavam a sua alma com a agonia de que ele não conseguia ajudá-la. Seus amigos ficaram para trás, lhe dando espaço quando ela caiu no chão. Tudo o que ele podia fazer era abraçá-la, chamando seu nome repetidas vezes tão suavemente quanto possível. Beth voltou, caindo de joelhos ao lado dele, chamando por Lily enquanto ela segurava a mão. Parecia uma eternidade, cada tique-taque do minuto sem parar, até que Rachel correu pela porta que Cash estava segurando aberta. — Saia do caminho. — Cash ordenou a todos. Shade não fez


nenhum movimento para soltar Lily cuja voz tinha quebrado com os gritos de terror. Rachel fez sinal a Shade para passar, e ele concordou trêmulo. Ela se sentou no chão puxando a cabeça de Lily para o seu colo. Suas mãos graciosas foram para a cabeça de Lily, pressionando os dedos esfregando em círculos calmantes. Todos ficaram em silêncio, quando a voz abafada de Rachel falou com Lily. — Lily, o que você precisa que eu faça?

Lily ouviu as vozes a chamando, mas ela não sabia como alcançálos. Ela não conseguia encontrá-los na escuridão. As chamas a impediam de alcançá-los. Como poderia ser tão escuro e ainda ser preenchido com chamas? Ela estava à deriva. Ela era uma daquelas pessoas que você ouve falar que morreu quando estão perdidos porque eles desviaram do caminho. Então, quando seu corpo sem vida foi encontrado, a ajuda estava invariavelmente a poucos passos de distância. Ela precisava ficar assim e eles viriam buscá-la. Shade viria. Onde ele está? Shade? Shade! Onde está você, Shade? Eu sou má? É por isso que você não está aqui? Shade, por favor, me ajude. Estou com tanto medo. Beth, por favor, eu não vou ficar com raiva de você. Eu serei boa, eu prometo. Por favor, Beth. Eu quero ir para casa. Por favor. Beth! Shade! Me ajudem! Razer? Razer! Você me prometeu que ninguém iria me machucar. Você quebrou sua promessa. Razer, por favor, me ajude!


Shade! Shade! Pastor Dean! Por favor, me ajude? Vida? Sawyer? Onde estão vocês? Por que você me deixou? Vida! Sawyer! Por favor, me ajude. Shade... Shade... — Lily. — No começo, Lily pensou que ela estava imaginando a voz calma do outro lado das chamas. Ela saiu gritando, ouvindo novamente. Lá estava ele. Alguém estava lá. — Estou aqui! Estou aqui! Ajude-me! — O que você precisa que eu faça? — A voz estava se aproximando. Alguém estava lá! — Ajude-me! Estou perdida! Eu não consigo encontrar meu caminho de volta! — Sim você pode. — As chamas não vão me deixar passar, e eu estou com medo de ir por outro caminho no escuro. Eu tenho medo de me perder. — Eu não vou deixar você se perder, Lily. — Mas você está do outro lado das chamas; — Lily gritou, em seguida, viu quando Rachel caminhava pelas chamas sem elas tocá-la. — Como você fez isso sem se queimar? — Essas não são minhas memórias, Lily. Eles não podem me


machucar só a você. — Eu quero sair daqui. — Ela choramingou: — Você pode me ajudar? — Sim, mas você tem que liderar o caminho, Lily. Eu não sei onde estamos. — Então, nós duas estamos perdidas. Eu quero ir para casa. — Lily começou a chorar novamente. — Escute-me. Há apenas um caminho para casa e isso é através das chamas. Você tem que ser corajosa o suficiente para seguir esse caminho, Lily. — Eu não posso passar por lá! — Lily gritou. — Então você vai ficar perdida. Você pode fazer isso, Lily. — Não, eu não posso! — Lily, suas memórias querem se libertadas. Não pode trancá-las por mais tempo. A única maneira de evitar isso é ficar perdida. Você tem que passar pelas chamas. — Eles vão me machucar de novo! — Ninguém nunca vai te machucar novamente. Os Last Riders lhe salvaram hoje à noite? Eles não vão deixar ninguém te machucar novamente. Você sabe disso no fundo do seu coração. — Rachel virou para enfrentar as chamas. — Eu não posso. — Lily soluçou. — Não sozinha, mas juntos podemos. Eu estou ao seu lado. Eu não vou deixar você ir. Shade está aqui e Beth e Razer também. — Quando Rachel falou as palavras, Lily sentiu Shade em pé atrás dela, e Beth e Razer cada um pegando uma mão, segurando firme.


— Estamos todos aqui por você, Lily. Leve-nos para casa. — Lily gritou, dando um passo hesitante para frente, um após o outro, cada um deles a abraçando, não a deixando ir. O grito torturado de Lily encheu o silêncio preenchido de escuro quando ela entrou nas chamas, a dor a consumindo. — A dor vai diminuir à medida que você passar pelas chamas. Você vai deixar a dor para trás, Lily, porque elas não podem te machucar mais. Continue caminhando. — Rachel estava certa. As chamas estavam reunindo as memórias há muito perdidas. A dor estava lá, mas não estava devorando; Picavam, mas não queimavam. Lily atravessou o inferno que ela mal tinha sobrevivido uma vez, suportando-o agora uma segunda vez para encontrar seu único caminho de casa. Emergiu do outro lado, ilesa e finalmente livre dos monstros que ela estava escondendo por muito tempo. — Você pode abrir os olhos agora, Lily. Você está em casa.


Capítulo 24 Lily abriu os olhos. Ela estava deitada em uma cama macia em outra sala estranha. Ela virou a cabeça no travesseiro de pelúcia para ver Beth sentada numa cadeira perto da janela. O quarto de Shade não tinha janela, então elas devem estar em um dos quartos no andar de cima. — Você está acordada. — Quanto tempo estive fora dessa vez? — Sua voz estava rouca e sua garganta parecia crua. — Apenas algumas horas, na verdade — Beth disse se levantando da cadeira, sentando-se ao lado dela no colchão e pegando a sua mão. — Houve um incêndio na noite passada. — Lily olhou para si mesma e viu que ela estava vestida com uma camisola branca. — Sim. Graças a Deus pelo sistema de segurança de Viper. Se não… — Beth começou a chorar, colocando a cabeça no peito de Lily. Sua mão se ergueu para alisar por baixo o cabelo sedoso de sua irmã enquanto ela chorava. — Eu me lembrei Beth. — Disse Lily suavemente. Beth levantou a cabeça, olhando para os olhos dela. — Eu me lembrei. Lily sussurrou, virando o rosto procurando o olhar de sua irmã. — Você sabia? — Lily perguntou. — Durante seus piores ataques de pânico, você deixava algumas coisas escorregarem ultrapassando a sua guarda. Ao longo dos anos, juntei o que aconteceu. Lily se virou para sua irmã. — Você... — Lily lambeu os lábios


secos. — Você contou à Razer? — Não, Lily. Eu juro que eu não contei a ninguém. Ninguém. — Lily viu a verdade em seus olhos. — Mas Razer e Shade ambos estavam perto de você algumas vezes durante seus ataques de pânico e eu acho que eles já adivinharam algumas coisas, se não tudo. — Lily apertou os olhos bem fechados para se impedir de chorar. Ela se recusava a chorar mais. Lágrimas eram inúteis e fracas como ela tinha sido. Ela se sentou na cama, se recostando contra a cabeceira. — Eu trouxe algumas roupas para você. Tudo seu cheira a fumaça. — Quão ruim está o porão? — A parte da frente está devastada, mas porque vivemos tão longe da cidade, Viper tinha várias mangueiras de água e a fábrica tinha extintores de incêndio. Se eles não estivessem preparados, você e Shade teriam ficado presos. — É a segunda vez que eu quase morro em um incêndio; — disse Lily suavemente. — Você quer falar sobre isso? O seu médico saiu depois que te verificou ontem à noite, liguei para seu terapeuta. Eu posso te levar hoje, se quiser. — Beth ofereceu. — Não. — Ok. — Beth olhou para ela. — Beth, eu quero que você saiba que eu não poderia ter pedido por uma irmã melhor. Eu te amo. — Eu também te amo. — As irmãs se abraçaram gratas por terem sido capazes de fazer isso. A noite de ontem poderia ter facilmente as separado para sempre.


— Agora, eu vou me vestir. Você vai cuidar das suas coisas. Eu ficarei bem. — Eu só preciso ver alguns pacientes, então eu estarei de volta. Se você precisar de alguma coisa, tem um celular na mesa de cabeceira. — Lily assentiu com a cabeça quando Beth se levantou da cama, indo para a porta. — Era para eu ajudar Rachel na loja esta manhã, você poderia...? — Eu vou ligar para ela. — Beth prometeu. — Obrigada. Lily se levantou da cama, puxando um jeans e uma camiseta rosa brilhante que se encaixam bem, e não era muito curta. Um par de sapatilhas estava lá também. Elas estavam apertadas, mas não dolorosas. A viagem de compras com certeza estaria na agenda agora com suas roupas danificadas. Ela não achava que seria fácil tirar o cheiro de fumaça delas e a maioria delas eram velhas o suficiente e não valeria a pena o incômodo. Descendo, ela encontrou a casa estranhamente silenciosa. Ela estava começando a achar que era a única na casa até que ela foi para a cozinha. Os membros femininos estavam sentados em torno da cozinha bebendo café. Lá não havia nenhum dos cheiros habituais de alimentos, no entanto. Quando Lily passou pela porta, elas ficaram em silêncio e todos os olhos se viraram para ela. Lily odiava ser o centro das atenções. Ela enxugou as mãos suadas contra a sua calça e disse: — Eu vim pegar uma xícara de café. — Jewell e Evie se viraram em direção ao pote de café. Raci começou a se levantar, mas se sentou recuando quando viu as outras duas mulheres fazendo isso. Bliss se levantou da sua fazendo um sinal para Lily pegar seu banco. — Estou bem. Eu… — Vendo o olhar esmagado no rosto de Bliss,


Lily sentou no banco. — Obrigada, Bliss. — Sem problemas. — Jewell colocou o café na frente dela. — Obrigada. — Lily tomou um gole. — Bem, isso foi uma festa. Acho que só vou participar no próximo ano. — Lily brincou tentando aliviar a atmosfera. As mulheres riram, mas Lily ouviu vários soluços misturados. Olhando para cima, ela sabia que elas tinham testemunhado muito mais do que o fogo. Os olhos de Lily lacrimejaram e ela apertou as mãos com tanta força que suas unhas se enterraram nas palmas das mãos. — Onde estão os homens? — Lily perguntou determinada a aliviar a atmosfera. — Lá embaixo arrancando as madeiras danificadas. Eles tiraram fotos dela antes de começarem a trabalhar. Knox veio cedo esta manhã. — Evie informou. — Knox? — Lily perguntou. As mulheres olharam uma para a outra antes de Evie responder: — Alguém deliberadamente começou o fogo. — Lily absorveu o choque de que alguém tentou matar uma casa cheia de pessoas. — Será que eles já sabem quem foi? — Knox e Shade estão avaliando o caso. Com isso, os homens vieram pela porta do porão, trazendo consigo o cheiro de fumaça. Eles estavam cobertos de fuligem e sujeira, então Evie mandou-os subir para tomar banho antes de almoçar. Lily olhou ao redor da cozinha com a menção de alimentos. — Nós pedimos pizzas. — Raci respondeu sua pergunta não


formulada. Como na sugestão, a porta da frente se abriu e fechou e Shade e Knox vieram trazendo caixas de pizza. Shade olhou para ela antes de colocar as pizzas no balcão, rapidamente chegando ao seu lado. — Com fome? — Eu poderia comer. — admitiu Lily, levantando-se da mesa, evitando seu olhar preocupado. Entrando na fila, ela pegou uma fatia de pizza antes de retornar ao seu banco. Shade, por outro lado, encheu seu prato antes de se sentar ao lado dela. — Evie disse que alguém intencionalmente colocou o fogo. — Lily disse a ele. — Sim. Knox saiu esta manhã e levou as provas que precisava. Quem quer que seja entrou na festa na noite passada como convidado. Nós temos uma descrição. É só uma questão de tempo antes de encontrá-la. — Ela? — Lily repetiu, chocada. — Sim — respondeu Shade. — Por quê? — Nós pensamos que fosse outra tentativa contra a sua vida, — Shade disse a ela. Knox se sentou à mesa e ela perguntou: — Por que alguém quer me ver morta? Eu não entendo, — Lily olhou aguardando a resposta dos dois homens. — Nós não sabemos ainda, mas quando descobrirmos quem começou o fogo, nós descobriremos quem está atrás de você. — Ela estremeceu com o olhar frio nos rostos dos dois homens. Ela quase sentiu pena da pessoa que colocou o fogo. Somente saber que muitos poderiam ter sido mortos fez Lily manter a boca fechada. Todos acabaram de comer, em seguida, Viper organizou todos em grupos, uma equipe de limpeza e outra para colocar as divisórias novas. Lily se levantou para descer.


— Não. Você fica aqui em cima e providencia o jantar para todos. — Ela não discutiu com Viper. Ela não estava ansiosa para descer e ver a destruição, enquanto todo mundo estivesse presente. Shade ficou para trás depois que os outros membros saíram. — Você precisa de alguma coisa? — Não. Shade, talvez fosse melhor se eu fosse embora. Eu não quero pôr ninguém em perigo. — Lily não queria que ninguém fosse ferido por causa dela. — Você não vai a lugar nenhum, — disse ele, puxando-a para ele. — E por você estar aqui com toda a segurança não aconteceu o pior. Isso aconteceu porque não pensamos que alguém teria a coragem de realmente fazer um movimento contra você no clube. Nós não vamos cometer esse erro duas vezes. — Lily apostava que não. A raiva emanava dos homens em ondas. Eles não cometeriam um erro mortal duas vezes. — Beth estará de volta em breve. Vá às compras, saia de casa por um tempo. Razer vai com vocês duas. — Isso soa bem. Eu estou pronta para sair por um tempo. — Shade tocou a boca na dela brevemente antes de descer. Lily mandou uma mensagem para Beth com os planos então rapidamente colocou junto duas panelas de cozido para ferver enquanto ela e Beth conversavam. Ela tinha acabado de cozinhar quando Beth voltou para trocar seu uniforme. — Dê-me um minuto enquanto eu me troco. — Não demorou muito e, elas foram para cidade com Razer as seguindo em sua moto. Treepoint não era grande, mas tinha duas lojas grandes onde Lily não deveria ter nenhum problema para encontrar um novo guarda-roupa. Ela tentou vários vestidos em sua primeira parada; No entanto, nada estava fazendo ela feliz. Ela saiu decepcionada. Algumas portas depois elas entraram na segunda loja de departamento. Depois de terem olhando por um tempo, Beth parou.


— Você vai em frente. Eu tenho uma ligação que eu preciso fazer. — Pensando que ela precisava checar algum de seus pacientes, Lily continuou a percorrer o departamento das mulheres, pesquisando através das estantes. Ela escolheu vários vestidos que ela pensou que serviria para trabalhar e um novo par de jeans antes de ir para o provador. Beth apareceu quando ela estava prestes a entrar. — Aqueles são muito bonitos. Vou esperar aqui enquanto você os experimenta. — Lily tentou um após o outro, não satisfeita com qualquer um deles. Ela tirou o jeans, o último item que ela tinha que tentar, e dobrou de volta. Dando as roupas para o atendente, ela saiu para encontrar Beth com as mãos vazias. — Sem sucesso? — Não. Eu não sei o que está errado. Vou apenas a uma loja de descontos e pegar algumas coisas até encontrar outra coisa. — Lily estava explicando quando várias mulheres olharam pelo corredor para o comboio de mulheres que entraram na loja de departamento. Lily se virou para Beth com um olhar desconfiado. Beth apenas sorriu de volta, não tentando esconder o fato de que ela tinha chamado reforços. — Eu pensei que nós poderíamos ter um pouco de ajuda; — Beth admitiu. Mal terminou de falar essas palavras e Sex Piston e sua tripulação parou em frente a elas. — Bem, eu estou feliz que alguém finalmente teve o bom senso de perguntar a minha opinião sobre moda. — Lily olhou para a mulher motoqueira obviamente grávida vestida de couro e um top vermelho brilhante com uma Harley metálica cravejada na frente. Sua barriguinha de grávida estava evidente devido à camisa vermelha apertada que deveria entrar em confronto com seu cabelo vermelho. Em vez disso, só realçava a profundidade rica dos tons dela. Killyama tirou um dos vestidos de uma prateleira próxima,


estremecendo antes de apressadamente colocá-lo de volta. — Não me admira que a cadela não conseguisse encontrar nada. Minha mãe não compraria nada aqui e ela estaria apedrejando a porra da sua mente. — Lily ouviu a vendedora que estava alguns pés de distancia se engasgar com o insulto. — Vamos sair daqui — Sex Piston disse, saindo sem esperar por qualquer objeção. Lily e Beth seguiram as mulheres a duas quadras até uma loja que abriu recentemente. Sex Piston abriu a porta, entrando como se ela fosse a dona. Lily observou quando as mulheres se espalham por toda a loja, procurando por roupas para ela. Ela só podia olhar desamparada para sua irmã, que estava passando pelas estantes ignorando seus olhares incriminadores. Lily decidiu que seria melhor ficar ocupada passando pelas prateleiras ou ela compraria roupas que nunca sonharia usar. Depois que ela procurou em vão, não encontrando nada que ela considerasse legal, Fat Louise veio e a levou para o vestiário, onde todas estavam esperando. Cada mulher entregou as roupas para experimentar, apesar dos protestos da vendedora que só eram autorizadas apenas certa quantidade de roupas. — Dá o fora. Nós vamos cuidar dela. — O brilho ameaçador de Killyama fez a mulher recuar de volta para a caixa registadora apenas quando Sex Piston invadiu o provador pegando uma cadeira. — Se você não sair e me mostrar então eu vou entrar aí — ela ameaçou. Lily assentiu com a cabeça sem entusiasmo. Ela tentou vários itens, mas tinha vergonha de abrir a porta. — Você está chorando? — Sex Piston perguntou espantada. — Não. — A voz de Lily vacilou quando ela respondeu. — Abra a maldita porta e deixe-me ver. — Lily lentamente abriu a


porta. — Eu não estou chorando. — Ela não estava. Ela tinha prometido a si mesma; Ela só estava tendo dificuldade para cumprir a promessa. Sex Piston deu uma olhada em seu rosto, em seguida, olhou para o teto. Lily pensou que foi estranho, mas ela esperou alguns segundos antes de Sex Piston olhar por trás dela. Os olhos de Sex Piston estavam cheios de lágrimas não derramadas. — Eu estou muito emocional, agora que estou grávida. Agora, nós vamos vestir nossas calcinhas de meninas grandes e conseguir isso feito ou eu vou escolher tudo para você. Ok? — Ok. — Lily respirou fundo e tentou um vestido. Ela abriu a porta. — Não — Sex Piston disse com firmeza, passando os olhos críticos sobre o vestido em seu corpo. Lily fechou a porta e mudou novamente antes de abrir a porta. — Fodidamente não. — Ela tentou uma saia com a parte de cima combinando. — Sim. — Ela fechou a porta novamente, também satisfeita com as roupas. Ela tentou outra. Os ruídos dos engasgos de Sex Piston quando ela abriu a porta foram intuitivos. Lily fechou a porta com um estalo. Ela tentou um vestido com uma saia rodada cor de amora. — Sim. — Lily sorriu para sua resposta. Ela tentou um jeans e um suéter azul, que dava uma dica da pele na parte de cima. — Sim. Lily tentou um vestido estilo camisola verde-jade, que era muito apertado. Ela não queria abrir a porta. — Não, isso não combina com você. — Felizmente, Sex Piston


concordou com a opinião dela. Lily tentou vários outros conjuntos, deixando Sex Piston escolher. Felizmente, ela concordou com a maioria de suas escolhas desde que ela que iria usá-las. Ela pegou as que ela iria comprar colocando de lado, e, em seguida, arrumou o resto de volta nos cabides. Saindo do provador ela levou as roupas que ela ia comprar em seu braço. — Você pode pegar as outras e colocar na prateleira? — Lily perguntou. Sex Piston pegou os que estavam indo de volta para o estoque, e os colocou na prateleira. Todos, exceto o vestido verde. Lily levantou uma sobrancelha para ela. — O que? Eu disse que não combinava com você, mas ele vai parecer quente em mim. — Disse Sex Piston sem vergonha. Elas pagaram. — Obrigada por vir com a gente, — disse Lily quando elas empurraram todas as sacolas no carro de Beth. — Inferno, não terminamos. Você precisa de sapatos, — Sex Piston a empurrou para a loja de sapatos. A loja tinha um vendedor sozinho e ele era do sexo masculino. As mulheres o fizeram dar várias viagens indo e vindo. Lily gostou muito mais disso. Tudo o que tinha a fazer era sentar e experimentar par após par de sapatos. — De jeito nenhum. — Lily se recusou, vendo o preço ao lado da caixa que o funcionário estava mostrando. — Isso sim. Sua irmã pode pagar por eles. Ela é casada com o Sr saco de dinheiro. — Killyama disse, pegando a caixa do funcionário lhe dando um de seus sorrisos de paquera. Lily abafou o riso. O homem parecia assustado o suficiente para mijar em si mesmo. Avançando ela pegou os sapatos de Killyama, testando os saltos altos que ela tinha certeza que


quebraria seu tornozelo se ela alguma vez se atrevesse a usá-los. — Ela vai levá-los. — Beth falou com um olhar malicioso em seus olhos. Lily balançou a cabeça, não querendo gastar o dinheiro de sua irmã. — Não se preocupe com isso. Eles vão valer a pena cada centavo quando eu vir o rosto de Shade. Beth levou os seis pares de sapatos para pagar antes que Lily pudesse mudar de ideia. Lily saiu da loja sobrecarregada pela quantidade de dinheiro que Beth gastou de forma descuidada naquele dia. A culpa a atingiu, decidindo devolver algumas coisas na próxima semana e devolver o dinheiro para ela também. — Vamos jantar. — Disse Sex Piston. — Eu estou pagando — Beth ofereceu. Desde quando Beth era tão livre com seu dinheiro? Sua irmã, embora nunca tenha ficado sem dinheiro ela sempre foi consciente com o dinheiro dela. Razer estava encostado no carro depois de ter ajudado com as sacolas das mulheres, e deu um sorriso torcido. — Aonde vamos? — Perguntou Fat Louise, animada. — Vamos andando. O Pink Slipper soar bem para todas? — Beth se referiu ao restaurante e bar mais caro de Treepoint. — Eles não nos deixariam passar pela porta. — Fat Louise lembrou a Beth que elas não eram permitidas no restaurante desde a briga que havia começado quando Razer e Beth tinham terminado temporariamente. — Acontece que eu conheço o novo gerente. — Beth disse alegremente, espalhando a boa notícia. Os gritos chamaram a atenção dos clientes que saiam das lojas. Ninguém além de Lily parecia notar, e assim cada um foi para os seus veículos separados, dirigindo a curta distância para o restaurante.


Dentro, Razer se sentou no bar, deixando as mulheres na mesa por conta própria. Sex Piston e sua tripulação pediram os mais caros itens do menu. Lily tinha certeza que era porque elas sabiam que Beth estava pagando com dinheiro de Razer. Elas ainda guardavam rancor contra ele por quebrar o coração de sua amiga. As mulheres eram leais a Beth e até mesmo a tratavam como uma irmã por causa de sua afeição por ela. Todas elas pediram chá e água para beber, exceto Crazy Bitch e Killyama que bebiam cerveja, dizendo que Sex Piston iria dirigir. — Espere até vocês ficarem grávidas. Vou beber um pacote de seis em sua frente porra. — Ela disse vingativa. Lily pensou que quando o bebê de Sex Piston nascesse ele teria um vocabulário extenso. Os clientes nas outras mesas ficavam dando olhares de censura que elas ignoravam. T.A se inclinou para frente. — Então, o poço ardente de amor fez o seu movimento? — Quem? — Perguntou Lily, pasma. T.A revirou os olhos. — Você sabe de quem eu estou falando. Shade. — Quase. — Poço ardente de amor não era como ela descreveria o comportamento severo de Shade. — O que diabos isso significa? Sim ou não? — Crazy Bitch estalou. — Bem, nós nos beijamos ontem à noite. — Lily confidenciou envergonhada que estava falando algo tão íntimo na frente de sua irmã. — Você o beijou? — Perguntou Crazy Bitch, olhando para ela como se ela tivesse perdido a cabeça. — Foi cedo demais? — Perguntou Lily. As mulheres na mesa apenas olharam para ela, em seguida, caíram na gargalhada histericamente.


Mesmo Beth quase caiu da cadeira quando Killyama bateu nela acidentalmente com o cotovelo. — O que é tão engraçado? — Perguntou Lily acentuadamente. — N... N... Nada — Sex Piston disse, enxugando as lágrimas do seu rosto. — Beth, se eu tiver uma filha, estou enviando-a para viver com você quando ela atingir a puberdade. — Inferno, ela com certeza não demorou como a irmã. Beth deu a coisa inteira mais rápido do que isso. — Crazy Bitch bateu a cerveja em cima da mesa. — Cale a boca — Beth assobiou. — Você deu irmã — disse Sex Piston, levantando a mão para Lily bater. — Faça o filho da puta trabalhar por isso. —Lily desajeitadamente bateu a palma da mão de Sex Piston. — Você está louca? Por que fazê-lo trabalhar por isso? Eu teria desistido antes dele pedir por isso. A propósito quando você descobrir o quão longe aquelas tatuagens vão, você vai nos contar? Nós temos uma aposta. — T.A confidenciou, se inclinando lateralmente na cadeira para sussurrar no ouvido de Lily. A comida chegou, e Lily ficou feliz quando elas se sentaram para comer. Quando a conta chegou, Lily tentou pagar por causa de algumas roupas, mas Beth não deixou. — Eu pago. — Ela colocou o cartão na conta. Lily olhou esperando ver o nome de Beth ou Razer no cartão; Em vez disso, ele tinha outro nome que ela reconheceu. — Ele disse para ter certeza que você se divertisse. Você se divertiu? — Beth brincou. — Sim, mas... — Não se preocupe. Ele pode pagar um pequeno jantar. — Beth


acariciou a sua mão. — Mas... — E alguns pares de sapatos, também; — continuou Beth, seu sorriso alargando. Lily escondeu o rosto em sua mão. — E um guarda-roupa totalmente novo. — Finalizou Beth, em seguida, brincou — Eu estou pensando que ele pode merecer mais do que um beijo.


Capítulo 25 Quando Beth parou o carro no estacionamento dos Last Riders, desligando o motor, Lily se sentou descontraída no banco ao lado dela quando Razer abriu a porta de Beth, ajudando-a. Sua irmã parecia exausta. Lily se sentiu culpada sabendo que Beth teve uma manhã cheia de trabalho, e depois, passou o resto do dia em compras. — Sinto muito que você esteja tão cansada — disse Lily, vindo para o lado de Beth. — Não seja ridícula. Eu gostei de passar o dia com você. Nós não temos feito isso já faz um tempo. Quando Razer abriu a parte de trás do carro, todos os três olharam para a pequena montanha de sacolas. — Eu acho que exageramos um pouco — disse Beth brincando, se virando para Lily. — Você acha? — Lily riu. — Eu já estou pensando em devolver. — Não se atreva — Beth a repreendeu. — Ela não vai devolver. — Shade falou atrás delas, se aproximando do interior do carro para pegar várias sacolas. Razer também, puxando um grande número para ele. Lily e Beth dividiram os pacotes restantes e todos eles levaram até as escadas da casa. Lily observou os homens carregarem as sacolas até as escadas indo para o quarto no andar de cima. Beth fez sinal para Lily ir até o quarto que ela havia estado pela manhã. A camisola que tinha usado ainda estava na cadeira. Quando colocou as sacolas no chão em frente à cama, Lily não sabia o que ela deveria fazer com as roupas.


— Vejo você na igreja pela manhã. — Lily abraçou e beijou sua irmã. Razer lhe deu um abraço apertado. — Boa noite, mana Lil. — Boa noite, Razer. — A porta se fechou atrás deles. — Eu não vou ficar no porão mais? — Não. Se alguém tentar te machucar novamente, eles vão ter que passar por todos os irmãos da casa com você aqui em cima. — Entendo. — Ela respirou fundo. — Beth me disse no jantar que você pagou por tudo isso. Eu te pago de volta. — Não, você não vai, e você não vai devolver. Pare de se preocupar e vá para o chuveiro. Lily foi ao banheiro, pegando o vestido. O banheiro não era tão grande como o do quarto de Shade, mas era muito agradável. Os Last Riders eram motoqueiros que definitivamente apreciavam muito o seu conforto. Tomou banho, lavou o cabelo, os secou e escovou. Havia pelo menos seis shampoos diferentes e toda uma miscelânea de artigos de higiene pessoal para escolher. Havia um roupão na parte de trás da porta que Lily vestiu antes de abrir a porta. Ela esperava que o quarto estivesse vazio; Em vez disso Shade já estava na cama. Lily subiu na cama, aliviada. Ela pensou que ele permaneceria dormindo no porão. Ela puxou as cobertas sobre ela, dando-lhe um sorriso. — O que foi isso? — Ela ficou confusa com a sua sobrancelha franzida. — O que? — Shade desligou a lâmpada da cabeceira. A lâmpada do banheiro estava acesa com a porta semiaberta. — Esse sorriso que você me deu. — Eu não sei. Eu estava feliz que você estivesse aqui. Eu achei que você fosse dormir em seu quarto. — Shade se levantou ao seu lado. Seu


rosto sério sobre as sombras do quarto. — Lily, a única cama que você vai estar é aquela onde eu estou dormindo. — Seu dedo traçou a linha frágil de sua bochecha. Ele se inclinou beijando seus lábios. Quando Lily abriu os lábios, a língua dele entrou em sua boca, procurando suas profundezas. A língua dela timidamente lhe tocou e com a resposta dela, ele chupou sua língua, deslizando a sua própria contra a dela, tentando-a a explorar o calor da boca dele. Quando seus braços foram em torno de seus ombros, Shade levantou a cabeça, quebrando o beijo. — Quando eu te beijo, é como tocar a perfeição. — Shade colocou suaves beijos em seu pescoço. Os braços de Lily se afastaram dele. — Eu não sou perfeita — ela respondeu, virando o rosto. — Você é perfeita para mim — Shade corrigiu. — Shade... — Lily começou hesitante. — Não esta noite, Lily. Hoje à noite, eu quero segurar você em meus braços, sabendo que você está respirando. Que quando eu acordar de manhã, o seu belo rosto estará no travesseiro ao lado do meu, e amanhã à noite, quando eu vir para a cama, você estará ao meu lado novamente. Dia após dia, noite após noite. — Os votos de Shade expressaram a seriedade de seus sentimentos por quase perdê-la. Os lábios de Lily sorriram contra sua garganta. — E quando eu ronco? — Os anjos não roncam.

A igreja estava lotada no dia seguinte; Quanto mais perto dos


feriados, mais os paroquianos faziam um esforço para participar. Lily manteve a cabeça baixa, sentada ao lado de Beth e Razer, falando somente quando um deles falava com ela. Assim que o culto terminou, Lily se levantou do banco. — Vou esperá-los lá fora. — Antes que pudessem dizer qualquer coisa, Lily saiu da igreja antes mesmo que o pastor Dean chegasse até a porta. Lily foi a primeira a chegar à lanchonete depois da igreja. Ela já estava olhando para o menu quando Shade, Ryder e Cash entraram pela porta. — O que você está fazendo aqui sozinha? — Shade perguntou, sentando-se ao lado dela. — Saí da igreja alguns minutos mais cedo. — disse Lily, olhando para o menu. — Por quê? — Eu não queria ficar na fila hoje. Isso importa? Está tudo bem. — Lily levantou o menu ignorando o seu olhar interrogativo. Beth e os outros vieram da igreja, lhe fazendo as mesmas perguntas. — O que aconteceu? — Perguntou Beth. Lily deu de ombros, evitando a questão, fazendo o seu pedido. Eles tinham acabado de serem servidos quando o pastor Dean entrou no restaurante com Rachel e sua família, pegando uma mesa em frente ao restaurante. Após o almoço, Lily estava pronta para sair. Ela não queria ficar como ela fazia normalmente. Ela se virou para Shade que ainda estava bebendo o café. — Terminou? — Seus dedos estavam rasgando o guardanapo de papel em pedaços. Ela amassou colocando os pedaços no seu prato antes de entregá-lo para a garçonete.


— Claro. — Shade se levantou da mesa, colocando o dinheiro para pagar pelos dois. — Você vem para o clube? — Lily perguntou a Beth, que assentiu com a cabeça. — Eu te vejo lá. — Lily fugiu do restaurante, não esperando por Shade, perdendo o olhar preocupado que Beth deu a Shade e seu encolher de ombros. — Qual é a pressa? — Shade perguntou quando ele encontrou com ela lá fora. — Eu preciso trabalhar um pouco em minhas aulas da faculdade hoje. — Shade subiu na moto e Lily subiu atrás dele, seus braços rodeando a cintura. A viagem para casa não demorou muito. O clima já estava ficando mais frio e o sol estava tão nebuloso como seu humor. Ela não queria sentar e conversar enquanto todo mundo estava parecendo esperar que ela fosse quebrar a qualquer minuto. As memórias dela estavam de volta. Ela não esconderia deles por mais tempo, mas ela não queria falar sobre elas. Lily esperava que, com o tempo, algo novo fosse acontecer e seu episódio fosse desaparecer da memória, e eles se esqueceriam de que ela era um caso perdido. Ela estava determinada a ficar mais forte, tanto física como emocionalmente. Cada dia ela treinaria até que ela fosse tão forte quanto Beth, Winter ou qualquer outra pessoa que não fosse ela mesma. Seu sonho era realmente ser tão forte quanto Sex Piston, mas ela não quis colocar uma meta irreal para si mesma. Uma vez que eles voltaram, Lily passou o resto do dia fazendo o seu curso no computador, finalmente pressionando enviar quando ela terminou. Shade e os outros homens tinham passado a tarde trabalhando no porão. Eles tinham encaixotado o mobiliário e equipamento de treino queimado. A limpeza tinha sido concluída e a nova parede pintada. Tudo o que restou foi


substituir os itens destruídos e obter novos carpetes. No jantar, as mulheres decidiram que Evie e Ember iriam para a cidade amanhã e substituir o mobiliário; Viper já tinha encomendado o equipamento de treino. Lily comeu, ouvindo todos fazendo planos. Indo para a cozinha quando ela estava no balcão Rider e Train discutiram o tamanho da televisão que iriam substituir no andar de baixo. Ela nunca tinha entendido a necessidade que os homens tinham pelas televisões grandes. Jewell pegou seu olhar divertido, decifrando corretamente o seu pensamento. — É como os seus pênis, eles pensam que maior é sempre melhor. — Lily estava tomando um gole de água e quase se engasgou com o comentário malicioso. Quando Train e Rider foram para o sofá ao lado da cozinha, continuando a discussão, Shade e Viper se juntaram a eles enquanto as mulheres se reuniam na cozinha. — Eu acho que maior é melhor, também — Bliss disse, sorrindo enquanto empilhava os pratos na pia. Beth veio para ficar ao lado de Lily no balcão. O telefone de Beth deu um minúsculo toque e ela enfiou a mão no bolso, puxando-o. Lily olhou quando Beth começou a rir. — Sex Piston e Stud fugiram esta manhã. Eles de alguma maneira vão passar a sua lua de mel na ilha de Knox e Diamond. — Todo o grupo de mulheres estava feliz pelo casal. Ninguém ficou surpreso que Sex Piston havia fugido. Essa mulher teria um tempo difícil para ser romântica e fazer juras de amor na frente de uma multidão. — Eu nunca fugiria. Eu quero um grande casamento no verão com todos os sinos e assobios. Será tão grande que levará dois anos para planejar. — disse Raci sonhadora. — Eu quero um casamento tranquilo, com um vestido curto e alguns convidados, — disse Evie, se servindo um pouco de chá. — Eu amei o meu casamento. — Disse Beth com um suspiro suave.


— Eu também — Winter acrescentou. — Eu adorei tê-lo feito no quintal. — Eu não vou me casar. Eu estou me divertindo muito. — Stori fez uma careta para o sonho preenchido de expressões das mulheres. — E quanto a você, Lily? — Perguntou Jewell. — Eu? — Oh, Senhor! — Beth balançou a cabeça para as outras mulheres, dando a Lily um olhar afetuoso. — O que foi isso? — Perguntou Winter, olhando entre as duas irmãs. — Não pergunte a Lily sobre o seu casamento dos sonhos. — Beth advertiu. As outras mulheres se viraram para olhar para uma inocente Lily. A menina nunca gastava um centavo para si mesma; E elas estavam tendo um tempo difícil em acreditar que ela queria algo elaborado. — Casamento dos sonhos? — Perguntou Evie com curiosidade. — Lily é uma romântica incurável. Ela planejou desde que ela tinha dezesseis anos e viu um casamento na televisão. — Foi um casamento em dezembro e estava nevando um pouco. Eles se casaram no quintal de uma pequena igreja. Foi lindo — Lily suspirou com sonhos em seus olhos violeta pela primeira vez. — Que tipo de vestido? — Evie a encorajou. — Da minha mãe. Eu o guardei numa caixa. É impressionante com mangas compridas feitas de rendas, mas eles são sem ombro, e tem um véu de renda muito longo. — Como você sabe que caberia em você? — Perguntou Raci. — Oh, ele se encaixa. Eu queria usá-lo também, mas eu não


consegui por causa da minha bunda grande. Ele cabe em Lily perfeitamente. — Beth respondeu. Lily deu um tapa de brincadeira em sua irmã por ter dito que ela tentou usar o vestido. — Eu teria pensado que você gostaria de ter um casamento na primavera — disse Jewell pensativa. — Não, eu amo o inverno. Eu adoro ver neve no chão, e quando está nevando, eu não acho que nada seja mais bonito. — Lily respirou. — Eu sei de uma coisa — Beth disse baixinho para Lily, pegando a mão de sua irmã. Lily estava grata quando ela mudou de assunto, se virando para Evie. — Eu vou para a cidade com você amanhã e verificar o tapete que eu pedi para a casa. Eu quero me mudar para a casa na próxima semana se for entregue a tempo. — As mulheres concordaram ansiosas por qualquer motivo para fazer compras. Beth não largou a mão de Lily. — Vamos ver a minha casa. Você pode me dizer o que você acha. — Beth puxou Lily para a porta. Elas caminharam até as escadas da pequena varanda e Beth abriu a porta, ligando as luzes. Lily ficou surpresa com o quanto a casa de Beth era muito maior do que parecia por fora. Tinha uma cozinha de tamanho considerável, e, enquanto ela não queria uma grande sala de estar, ela tinha espaço extra fora da cozinha com uma área para a família e uma lareira. Era uma casa que, mesmo sem tapete e móveis, era bastante acolhedora. Beth a levou por um corredor com quatro quartos. O quarto principal tinha seu próprio banheiro privado e Lily podia ver que Beth e Razer seriam muito felizes lá. — É linda, Beth. Você e Razer construíram uma casa para se orgulhar. — É tudo que eu sempre quis. Lily me desculpe eu não deixá-la vê-


la antes. Eu estava com tanto medo de você descobrir sobre o clube que eu não te mostrei para que eu pudesse protegê-la. Lily assentiu ainda um pouco magoada, mas ela entendeu. Beth queria evitar machucá-la. Além disso, Lily estava ciente que ela não tinha levado bem quando descobriu. — Você deveria ter colocado um chuveiro igual ao que Shade tem em seu quarto — disse Lily, encarando o pequeno chuveiro de sua irmã. — Eu não vi isso, — disse Beth com curiosidade. — É uma explosão. Claro, é tarde demais agora com todos os seus azulejos colocados, mas a sua deve estar em uma revista. — Sério? — Sim! — Lily disse entusiasmada. Elas caminharam de volta para o clube onde os membros femininos ainda estavam na cozinha; Os homens estavam bebendo cerveja e relaxando em frente à televisão depois de ter trabalhado no porão durante todo o dia. — Eu já volto — disse Beth, indo até o porão. Razer deu a Lily um olhar curioso. Ela encolheu os ombros lhe dando uma expressão inocente. Ela sabia o que ia acontecer. Esse chuveiro era insanamente fantástico. O celular de Winter apitou com uma mensagem de texto. Um olhar de surpresa cruzou seu rosto antes dela colocá-lo de volta no bolso e descer. Desta vez, foi Viper que lhe deu um olhar interrogativo. Lily deu de ombros novamente, pegando algumas nozes da bacia que estavam no balcão. Não demorou muito. Ambos os celulares de Razer e Viper tocaram juntos com mensagens. Lendo as mensagens, os dois homens desceram até o porão seus rostos parecendo sombrios. — O que está acontecendo? — Perguntou Evie.


— Eu falei a Beth sobre chuveiro de Shade — Lily confessou. — Uh-oh — Evie gemeu. — Sabe quanto tempo levou para ela escolher aqueles azulejos? — Lily balançou a cabeça. — Eu lhe disse que era tarde demais. — O que está acontecendo? — Perguntou Shade, vindo por trás dela. — Ela falou a Beth sobre o seu chuveiro e Beth disse a Winter. Winter está procurando refazer o banheiro no quarto do Viper. Quer apostar que ele vai ter que desembolsar algum dinheiro vivo? — Evie respondeu. Shade olhou para ela e Lily não podia resistir em lhe dar um sorriso maroto. — Você não está causando o problema, não é? — O braço dele foi em torno de seu ombro. — Como posso ajudá-lo se o chuveiro é uma obra de arte? — Disse Lily em tom de brincadeira. Winter e Beth voltaram com expressões determinadas em seus rostos. Os homens, por outro lado, enviaram um olhar acusatório em direção a Lily que tentava esconder o riso. Ela não quis especular o quanto custaria colocar um chuveiro assim. — Eu não posso culpá-los. Esse chuveiro me deu muitos momentos de prazer — Jewell brincou. — Eu também. Esse chuveiro é banhado a ouro — concordou Evie. — Shade o projetou quando ele se mudou para o porão depois que Beth mudou para o clube. — Eu amo a música que toca ao ritmo da água — Dawn estremeceu.


Lily ficou tensa no segundo comentário, e pelo comentário de Dawn, Lily se afastou, toda a sua diversão tinha morrido. — Está ficando tarde. Se eu vou trabalhar amanhã, eu preciso dormir um pouco. — Lily se desculpou. — Boa noite a todos. — Ela saiu da sala ouvindo boa noite murmurado e subiu. Abrindo a porta do quarto, ela viu as roupas novas que tinha comprado. Passando pelas sacolas ela escolheu uma das saias menos caras e blusas, um par de jeans e outro top. Ambos os conjuntos serviriam até que ela pudesse devolver uma parte e colocar o dinheiro na conta do Shade. Ela conseguiria dinheiro suficiente da sua conta corrente para pagá-lo de volta pelas duas roupas que ela estava mantendo e o vestido ameixa bonito que ela tinha usado hoje. Lily estava pendurando as roupas que ela estava pensando em manter no armário quando Shade entrou no quarto. — O que você está fazendo? — Arrumando as minhas roupas novas. — Lily respondeu se afastando do armário e fechando a porta. — Por que você não guarda o resto? — Shade perguntou, olhando as inúmeras sacolas ainda no chão. — Porque eu não vou ficar com elas. —Lily se afastou dele, indo para a cômoda para escovar seu cabelo. — Por que não? — Porque eu não posso pagar por elas. — Eu paguei por elas. — Exatamente. Você pagou por elas, eu não paguei. A boca de Shade se apertou. — Se você está com raiva, isso é bom, mas você está ficando com as roupas.


— Não. Eu não estou! Estou levando-as de volta. — Lily foi para a cadeira, pegando a camisola e o robe antes de ir para o chuveiro, mal conseguindo não bater a porta atrás dela. Ela estava com raiva que ela ainda se importava quantas mulheres tinham estado em seu chuveiro ridículo. Ela lavou o cabelo, escolhendo um shampoo diferente do que ela tinha usado na última vez. A fragrância era vagamente familiar para ela; Então, lhe ocorreu que ela tinha sentido o cheiro no cabelo de Ember, quando ela se sentou ao lado dela no jantar. Ela enxaguou seu cabelo e percebeu que havia tantos shampoos porque todas as mulheres haviam usado o banheiro. Lily apertou a testa contra a parede do chuveiro, lembrando-se do próprio armário de Shade bem abastecido. Ela havia sido uma idiota por não perceber isso mais cedo, que as mulheres estavam em seu quarto o suficiente para manter um estoque regular de xampu em seu chuveiro. Ela saiu lentamente e se secou. Ela teria lavado novamente seu cabelo, mas não sabia a quem pertencia o shampoo. Ela estava indo para a loja amanhã, quando saísse para comprar seus próprios produtos de higiene pessoal e devolver todas as roupas ao mesmo tempo. Quando ela foi para o quarto, Shade estava sentado à mesa, olhando o seu e-mail. Lily viu os sacos das lojas vazios na cadeira. Levantou uma das sacolas as etiquetas caíram no chão. Ela foi furiosamente para o armário, abrindo a porta para ver todas as roupas lá. As caixas de sapatos ainda estavam bem empilhadas por baixo das roupas penduradas. — Eu não posso acreditar que você fez isso! Eu disse que estava devolvendo as roupas. — E eu lhe disse que você não estava; — Shade respondeu friamente. Lily estava com as mãos nos quadris. Ela iria apenas manter as roupas e lhe dar o dinheiro por elas. Pelo menos ela poderia devolver os


sapatos. Eles foram os itens mais caros e não havia marcas que ele poderia remover para evitar que ela os devolvesse. Lily se abaixou, abrindo uma das caixas e olhando em choque com o que ele tinha feito. Um dos sapatos estava faltando. Indo para baixo em seus joelhos, ela abriu cada uma das caixas e viu que cada uma continha apenas um único sapato. Ela se levantou, segurando um tênis na mão. — Onde estão os outros sapatos? — Eu os guardei em outro lugar. Quando você quiser usar um par em particular, eu vou te dar. — Eu não vou ficar com os sapatos. — Não parece que você tem muita escolha, não é? — Lily podia ouvir a satisfação em sua voz. — Você acha que tem tudo planejado. Tudo bem vou mantê-los e as roupas também. Na verdade, eu vou compartilhá-los com todas as mulheres da casa. Elas compartilham todas as roupas. Elas vão adorar os sapatos. — Shade teve a audácia de rir. — Elas não seriam vistas nem mortas com essas roupas. — Lily teve um surto de raiva acreditando que ele estava jogando em sua cara o fato de que não havia qualquer comparação entre ela e as outras mulheres. — Isso é bom, então. — Lily fez uma reviravolta. — Eu vou te dar o dinheiro por tudo. Eu não quero compartilhar nada com elas, também. Não quero as roupas, não quero o seu shampoo, e, certamente, não você. — Com isso, ela jogou o tênis em seu rosto aturdido e ele mal se esquivou. Ele provavelmente não acreditou que ela seria realmente capaz de jogar o sapato nele até que quase o atingiu no rosto. Lily cruzou os braços sobre o peito, orgulhosa de si mesma, desejando ter o outro para jogar nele também. — Você se importa de me dar o outro? — Lily imprudentemente zombava dele.


Shade se levantou da cadeira, com o rosto impassível. — Esse robe pertence à Bliss. Ela não precisa dele, porque ela não usa. Lily gritou de raiva, tirando o robe antes de jogar em cima dele. Ele agarrou, jogando-o na cadeira. — A camisola pertence à Raci. Ela dorme nua, então ela emprestou para você. — Lily não foi tão longe para estar prestes a tirar a roupa. Em vez disso, ela voltou para o armário, pegando um dos novos conjuntos de pijama que havia comprado. Empurrando-o do gancho, ela se virou e correu para o peito de Shade que tinha vindo por trás dela enquanto ela estava procurando no armário. — Eu pensei que você não os queria? — Desta vez, ele estava zombando dela. — Eu não quero idiota, mas eu tenho que usar alguma coisa. — Eu não vejo o porquê. — Suas mãos foram até os quadris, apertando o tecido da camisola em suas mãos, suspendendo até que estava em suas panturrilhas. Lily usou seus últimos resquícios de raiva e fez um dos movimentos que tiveram treinando no passado. Ela levantou seu joelho. — Oh, não, você não. — Shade virou sua coxa, bloqueando seu joelho e, em seguida, a fez perder o equilíbrio para seu corpo cair contra o seu. Ela estava determinada a tirar o seu olhar complacente de seu rosto. Usando outro movimento que haviam treinado com êxito antes, ela estendeu a mão, resolvendo esmagar suas bolas e torná-lo inútil para qualquer mulher. — Não, uh, sua gatinha selvagem. — Ele usou a perna para desestabilizar seu pé fazendo-a começar a cair no chão; No entanto, ele virou para que ele caísse primeiro e ela caísse em cima dele.


— Você é uma pessoa ruim. Eu nem sei por que eu gosto de você. — Lily batia em seu o peito com os punhos. — As únicas mulheres que não ficaram com você em Treepoint são as felizes no casamento ou mortas. — Ele riu na cara dela, virando-a de costas e, em seguida, ficando entre suas coxas enquanto ele pegava seus pulsos em uma de suas mãos, prendendoos acima de sua cabeça e segurando-a no lugar abaixo dele. — Você não me odeia, você está com ciúmes — disse ele presunçosamente. — Eu não estou com ciúmes de você. Você é um... Um... — O que exatamente eu sou? — O rosto de Shade estava divertido acima dela. — Um prostituto — Lily cuspiu com raiva. — E eu não acho que você sendo promíscuo seja engraçado. Eu não me importo com quem você esteja tendo relações sexuais contanto que você me deixe em paz. — Mas você é a única que eu estou muito interessado Lily. Eu não gostaria de sair e deixar você sozinha. — Deixe-me sozinha! Melhor ainda, por que você não esquece tudo sobre mim? — Esquecer você? Isso não vai acontecer especialmente desde que eu tenho pensado em nada mais porra, do que em você desde o momento em que te vi. Você não se cansa de se sentar nesse seu trono da moral? Você não quer sair e jogar? — Lily endureceu debaixo dele quando sua mão deslizou sob sua camisola, indo em direção a sua calcinha. Ela não podia acreditar no que estava fazendo. Seus olhos se arregalaram, esperando que ele parasse a qualquer momento, que ele estivesse apenas devolvendo por ela ter ficado com raiva. Ela deveria tê-lo conhecido melhor. Quando Shade ensina uma lição, ele não para até que você tenha aprendido essa lição.


Suas mãos deslizaram sob a sua calcinha rosa fina que ela estava usando, seu dedo deslizando através da peça em direção a sua boceta. Lily arqueou, sem saber o que fazer a seguir. — Eu vou jogar. Sinta-se livre para participar a qualquer momento. — Ela abriu a boca para manda-lo tirar as mãos dela, mas sua boca caiu sobre a dela antes que ela pudesse reunir seus atordoados pensamentos. Sua língua empurrou em sua boca enquanto seus dedos começaram a brincar com seu clitóris, acariciando a pequena protuberância com um toque experiente que a fez congelar com o prazer que ele criou. Uma onda de umidade que ela não poderia explicar fez seu dedo deslizar astutamente contra sua carne sensível. Envergonhada, ela tentou se afastar, mas seus dedos se moviam com ela, trazendo uma labareda de excitação que ela não esperava. Lily ficou imóvel, com as mãos segurando seus ombros enquanto ele continuava a brincar com seu clitóris. Ela mexeu os quadris experimentando e foi atingida por outra onda de prazer. A boca de Shade saiu dela, indo para o pescoço e chupando uma pequena quantidade de pele em sua boca. Os quadris de Lily saíram do chão com as centelhas que voavam através de sua boceta quando ele chupava seu pescoço. Seu dedo deslizou ao longo de sua carne molhada quando ela começou a se contorcer abaixo dele. Ele chupou mais duro o seu pescoço, em seguida, pressionou as suas dobras e seu clitóris. Lily estremeceu, suas coxas apertaram sua mão mais perto de sua boceta quando ela sentiu explosões saírem. Quando ela ainda permaneceu imóvel, Shade levantou a cabeça de sua garganta, retirando sua mão de suas coxas apertadas. Ele trouxe os dedos à boca e sugou o néctar dela. Lily o empurrou indo para o banheiro. — Lily, agora sim eu tive todas as bocetas da cidade, que não eram felizes no casamento ou mortas. — Lily bateu a porta com as suas palavras zombeteiras.



Capítulo 26 Lily se lavava no banheiro, com nojo de si mesma. Ela nunca deixou Charles tocá-la desse jeito e ela cedeu a Shade nos poucos segundos em que ele a tocou intimamente. Ela estava desapontada consigo mesma por não ter sido capaz de resistir a seu toque. Ela levantou o queixo, determinada a enfrentar o homem vaidoso que pensava que tinha provado seu ponto. Bem, ela estava prestes a enfiar seu ponto em sua bunda e mostrar-lhe a porta do quarto. Lily abriu a porta do banheiro, seu fogo apagado pelo vento ao vê-lo na cama com a luz. Ela caminhou descalça ao lado que ele estava. — Eu quero que você saia. Eu não vou dormir com você. Não há nada de errado com seu quarto, então vá dormir lá em baixo. — Lily, suba na cama e durma. Você está com raiva porque você perdeu a primeira luta, mas já acabou. — Seu tom paternalista levava os seus nervos na borda. Ela o puxou pelo braço. — Eu não estou dormindo com você. — Isso foi o suficiente, Lily. Você vai aprender com a sua próxima lição como se comportar comigo. — Quando Shade tirou as cobertas da cama, Lily deu um passo para trás, esperando pela tempestade no quarto. Eu realmente tenho que aprender a parar de subestimá-lo, pensou ela segundos depois. Ele se sentou ao lado da cama, e antes que ela pudesse fugir, ele a virou em seus joelhos. Lily gritou de surpresa, mas ela não estava assustada. Sua mão bateu em seu bumbum, seu vestido fino e roupas íntimas não protegiam contra a dor do golpe. — Não se atreva! — Outro tapa mostrou que ele se atreveria. Outro


e outro choviam em sua bunda flamejante. — Pare! — Outro tapa duro. Lily pensou rapidamente. — Mirtilos! — Não se atreva a usar sua palavra segura para sair de uma punição — Shade continuou batendo duro e ela parou de lutar e ficou em silêncio em seu colo. Tapa. — Sinto muito! — Lily lamentou. As palmadas pararam imediatamente, e ele a virou pousando a sua bunda dolorida duro em seu colo. Sua mão pegou seu rosto, fazendo-a olhar para ele. — Não pense que você pode me pedir para sair de sua cama quando você ficar com raiva de mim. — A voz de Shade estava friamente furiosa. — CERTO! — Lily gritou. Lily se viu virada sobre suas coxas, recebendo mais dois tapas como punição. — Eu sinto muito. — Desta vez, sua voz estava com lágrimas de arrependimento. Ela mais uma vez se sentou ereta por causa da dor em sua bunda olhando para seu rosto frio. — Peça desculpa a mim corretamente. Lily estava confusa. — Me desculpe? — Me desculpe senhor. O rosto de Lily ficou rebelde. Ela não estava disposta a lhe dar esse título de respeito. Shade começou a virá-la de novo e Lily rapidamente mudou de ideia. — Me desculpe Senhor. — Eu lhe dou muita liberdade Lily, mais do que eu já dei a qualquer mulher, mas eu também não vou deixar você me torcer em torno


de seu dedo como fez com Charles. — Lily abriu a boca. — Eu aconselho a você ir para a cama antes de dizer mais alguma coisa que me deixe com raiva. Você vai aprender o que vou permitir que você deva ou não fazer. Só vai levar um pouco de tempo. Lily pensou que seu temperamento fosse explodir de novo com a sua atitude mandona, mas devido ao fato que a sua bunda já estava dolorida, ela esperaria até amanhã para provar que ele não a trataria como as outras mulheres. Shade a soltou e Lily se arrastou para a cama, sem olhar para ele, com medo que a expressão de raiva fosse entregá-la. Shade deitou, puxando as cobertas sobre os dois. Ela socou o travesseiro sob a cabeça, desejando que fosse ele. Demorou vários minutos antes de seu humor esfriar o suficiente para que ela se lembrasse de que tinha experimentado seu primeiro orgasmo. — Você está chorando? — Shade perguntou rolando mais perto, sua mão foi para sua bunda, esfregando a pele que já não estava doendo. No entanto, ela não estava prestes a dizer isso a ele. — Não. — Tudo bem, porque você não está chorando? — Lily deu de ombros na escuridão. Um suspiro alto de frustração encheu a sala. — Lily… — Foi a primeira vez que eu... — Ela não teve coragem para terminar. Lily sentiu sua risada contra suas costas. Insultada, ela começou a sair da cama, mas seu braço rodeou a cintura, impedindo-a de sair da cama. — Vá dormir Lily. Eu prometo que não será o último.

As encomendas foram chegando tão rápido a uma taxa que muitos


dos membros estavam trabalhando horas extras, tentando terminá-lo a tempo. Lily se sentiu culpada por ter faltado na quarta-feira para trabalhar na loja da igreja, mas Shade lhe disse para ir. Ele mesmo a levou para a cidade, lhe dizendo para ligar quando terminasse e ele iria buscá-la. — Não saia nem mesmo para ir à lanchonete para pegar uma bebida. — Eu não vou — prometeu Lily entrando, mas ela foi incapaz de resistir a dar uma olhada final para ele quando saía de moto. Rachel já estava trabalhando duro quando Lily entrou. A mulher tinha sido incrível com o que ela já tinha feito. — Eu não posso levar todo o crédito. Liguei para Willa no sábado, quando você não conseguiu vir. Ela trabalhou algumas horas até que o pastor Dean apareceu. Eu não posso entender por que ela não gosta dele. — Oh, eu acho que ela gosta dele — disse Lily. — Você acha? Lily assentiu com a cabeça. — É difícil ter uma queda por seu pastor, você não acha? — Especialmente o pastor Dean. Que todas as mulheres na cidade, vão para a igreja ou não para persegui-lo. — Ai, eu sei como é isso. — Lily admitiu pela primeira vez em voz alta para ela e para outra pessoa, seus sentimentos por Shade. — Shade? — Rachel perguntou, empilhando os pratos que alguém havia doado, colocando numa prateleira junto ao resto. — Ele não é exatamente o tipo de homem que eu me imaginei. — Um motoqueiro? — Não, não é tampouco; — Lily disse com tristeza. — Eu quis


dizer alguém que não frequenta a igreja regularmente. Isso é uma grande parte da minha vida. Razer vai à igreja frequentemente com Beth. Ele dá o seu tempo, porque isso é importante para ela. — Você não sente que Shade faria o mesmo por você? — Shade na igreja? Não, eu não o vejo sentado na igreja todos os domingos como Viper e Razer. — Lily disse embalando outra pilha de pratos na prateleira. — Minha mãe ia à igreja três vezes por semana. Diferente de seus filhos foi o aspecto mais importante de sua vida. O dia em que ela foi enterrada Lily, foi o dia mais bonito que eu já tinha visto. O céu e as montanhas pareciam que poderiam ser uma imagem de calendário. Acho que foi Deus a recebendo em casa. — Lily se virou quando Rachel contou sobre aquele dia. — Meu pai, por outro lado, tinha um pouco de diabo nele. — Sua voz ficou triste. Lily riu. Isso era o mínimo. O pai de Rachel tinha sido o homem mais malvado do município antes de ter morrido. Ele vendia maconha para qualquer um, em qualquer lugar, enganou a lei em diversas ocasiões, e se gabava disso. Seus três filhos estão determinados a seguir seus passos. — Minha mãe implorava para ele ir à igreja com ela, mas ele só ria e dizia que a vida era para ser vivida e não para passar o tempo na igreja orando sobre a morte. E foi tão bonito o dia em que meu pai morreu. Acho que Deus estava só aguardando algum retorno. — Lily riu tanto que ela quase quebrou as xícaras Ela o pegou enquanto Rachel riu com ela. Depois que o riso morreu ambas voltaram ao trabalho; Estava próximo o dia em que a loja estaria pronta para abrir. No almoço, Rachel atravessou a rua para o restaurante trazendo hambúrgueres e batatas fritas que elas devoraram. Quando elas estavam se levantando da mesa, Lily estendeu a mão e tocou a mão de Rachel.


— Eu quero agradecer a você pelo que você fez. A mão de Rachel cobriu a dela. — Se você quiser conversar, eu estou sempre aqui para você. — Eu sei que você está. Você tem sido uma boa amiga para mim. Eu me lembro de tudo agora, — continuou ela, se afastando do olhar compassivo de Rachel. — Eu não quero falar sobre isso. Eu não sei se eu vou, mas pelo menos por agora eu não estou escondendo as memórias. — Não as guarde novamente, Lily. Mais cedo ou mais tarde, você precisa falar com alguém. — Eu vou, eventualmente. Apenas não hoje. — Lily sorriu, repetindo as palavras de Rachel. — Não hoje — disse Rachel. — Eu posso concordar com isso. — Ela ergueu o rosto para o sol. — O que você está fazendo? — Lily perguntou atordoada pela paz serena no rosto de Rachel. — Eu estava fazendo uma oração, Lily. — Sobre o quê? — Lily levantou-se da mesa no quintal da igreja, pronta para voltar ao trabalho. — Que Deus nos dê a força para enfrentar esse porão de novo. — Rachel sorriu para ela. Lily se virou para ir ao porão, sentindo as palavras que ela falou sob a respiração. — E que lhe conceda a paz que você merece.

Pastor Dean desceu assim que elas haviam terminado. — Shade ligou e disse que ainda estava preso na fábrica. Eu me ofereci para lhe dar


uma carona para casa. — Está tudo bem, Rachel pode me dar uma carona. Ela não vai se importar e eu preciso fazer uma parada no caminho. — Lily deu a Rachel um olhar suplicante. — Está certo. Eu posso cuidar dela e ter certeza que ela chegue em casa segura. — Rachel concordou, dando a Lily um olhar questionador. — Eu não sei. Eu disse a Shade que eu faria. — Pastor Dean parecia incerto. Lily continuou a organizar as caixas, mantendo seu rosto afastado do pastor Dean. — Precisamos cuidar de algumas coisas de garotas — Rachel confidenciou, ganhando a gratidão de Lily. Pastor Dean manteve os olhos em Lily, mas ela se recusou a olhar para ele. Seus dedos brancos por estar segurando a caixa. — Isso vai ficar bem então. Eu vou ver vocês duas sábado. Lily deixou escapar um suspiro de alívio quando pastor Dean saiu. — O que foi isso? — Perguntou Rachel. — Eu preciso fazer uma parada na minha casa no caminho para o clube. Eu não queria ser inconveniente com o pastor Dean. Você se importa? — Não. — Obrigada. — As mulheres terminaram, fechando e trancando a porta quando saíam. Rachel levou Lily para a casa dela. Lily entrou enquanto Rachel esperava no carro. Lily apressadamente reuniu seus produtos de higiene pessoal e seu pijama favorito. Ela, então, correu de volta para fora, não querendo deixar Rachel esperar mais do que o tempo necessário. A viagem para o clube dos Last Riders foi gasta com Rachel falando das aventuras de Logan desde que o garoto foi morar com eles.


Elas estavam rindo quando Rachel descreveu como Logan mostrou ao pai seu novo animal de estimação como se fosse um gatinho quando ele tinha realmente pego um bebê gambá que ele havia encontrado no mato. Sua risada morreu quando entrou no estacionamento e encontrou Shade esperando.


Capítulo 27 Shade abriu a porta do carro assim que o veículo parou, levando a bolsa da mão de Lily. — Obrigada, Rachel — disse Shade. Antes que a mulher atordoada pudesse dizer alguma coisa, Shade fechou a porta do carro, guiando Lily aos degraus da casa e direto para o quarto que eles estavam compartilhando, fechando e trancando a porta atrás deles. — Qual é o seu problema? — Perguntou Lily por causa de seu comportamento agressivo. — O Dean não te disse que eu pedi para lhe dar uma carona para casa? — Sim, mas... — Mas o que? Alguém quase a matou no outro dia! Pedi ao Dean para lhe trazer para casa, porque eu sabia que ele seria capaz de lidar com qualquer coisa que viesse a acontecer. E se eu quisesse que você pegasse ma carona com Rachel, eu teria ligado para Rachel — Lily apertou as mãos enquanto ele continuava em seu discurso. — E não só isso você não veio direto para o clube, você foi para sua casa e Rachel se sentou no carro. Alguém poderia ter esperado você e te matado dentro de casa e Rachel não iria sequer saber. — Eu não pensei... — Lily confessou. — Você com certeza da porra não pensou. O que era tão importante? Beth e Razer poderiam ter pegado para você. — Eu queria pegar algumas das minhas coisas, — Lily disse a ele. — Eu perguntei a você há alguns dias atrás se havia alguma coisa


que você queria. O que foi? Lily se sentiu estúpida. — shampoo. — Shampoo?! Você tem que estar brincando comigo! — Sua voz alterada foi interrompida por uma batida na porta. — O quê? — Shade abriu a porta para ver o rosto branco de Beth. — Há algum problema? Talvez Eu... — Beth foi cortada. — Não, Beth, eu não preciso de sua ajuda. Lily e eu estamos tendo uma discussão. Você pode vê-la no jantar. — Mas... Quando Shade abriu mais a porta, Lily ficou aliviada. Ela achava que ele sairia, mas a sua esperança morreu imediatamente. — Razer! — Seu grito poderia ter levantado o telhado. Segundos depois, Lily ouviu passos correndo nos degraus e viu Razer no corredor. — O que está acontecendo? — Perguntou Razer, vendo o rosto pálido de sua esposa e Lily de pé no meio do quarto. — Sua esposa está interrompendo uma conversa que estou tendo com Lily. Por respeito, eu estou te permitindo lidar com a sua mulher, mas ela precisa entender que quando Lily e eu estivermos discutindo, ela precisa dar a volta e fodidamente sair. — Razer, ele estava gritando com ela — Beth se defendeu. — Eu não sou o pai louco de merda de vocês. Eu não vou machucála, mas eu vou espancá-la porque ela correu um risco desnecessário. — Beth engasgou. — Você está ouvindo-o, Razer? Ele não vai bater em minha irmã. Ela é uma mulher adulta. — Sim, ela é, e é hora de você perceber isso. Razer e eu somos irmãos, e você e Lily vão compartilhar esta casa e nossas vidas juntos por


um longo tempo, por isso precisamos definir alguns limites. Um deles é quando a nossa porta estiver fechada e nós estivermos discutindo, você cuida da sua vida. Ela pode chorar em seu ombro mais tarde, mas você não me interrompa novamente. Eu mantenho o meu nariz fora de sua merda; Você precisa para manter seu nariz fora da minha. Razer colocou o braço em torno de Beth. — Ele está certo, Beth. No fundo, você sabe que ele está certo. Eu estaria chateado como o inferno se Lily ou Shade viessem bater à nossa porta quando eu estiver lhe dando o inferno. — Beth olhou para Razer. Lily sentiu-se terrível por ser responsável por trazer desentendimento ao casal. — Foi minha culpa — Lily admitiu. — Eu pedi a Rachel para me levar para casa depois que Shade já havia pedido ao pastor Dean. Então eu parei em nossa casa. — Lily, lá não é seguro para você. — O rosto preocupado de Beth a olhava pela porta. — Eu não estava pensando sobre isso. Eu queria o meu shampoo. — O seu shampoo? — Diante da expressão estupefata de Beth, Lily se sentiu como uma idiota. — Eu não queria que meu cabelo cheirasse como o de Jewell, Bliss ou de Evie. Eu queria que cheirasse como o meu. Os olhos de Beth voaram com raiva para Shade, que estava com a boca aberta. — Nós estamos saindo. — Disse Razer com diversão. — Eu vou lidar com ela. Sua porta está fora dos limites quando você estiver chateado. Entendi. Até mais tarde irmão. — Ele virou uma Beth com o rosto vermelho para longe da porta, fechando-a atrás deles. — Eu nunca vou entender você, vou? — Shade disse, cruzando os


braços sobre o peito. — Como você se sentiria se eu me enchesse com a colônia de Charles? Se cada vez que você respirasse, você cheirasse a ele? — Lily viu Shade estremecer com as palavras dela quando ela conseguiu seu ponto. Ela ficou instantaneamente orgulhosa de si mesma. Ela não precisava da proteção de Beth; Ela poderia lidar com ele sozinha. Ela estava aprendendo rapidamente suas fraquezas. Ela deu um passo para frente, deslizando os braços ao redor de sua cintura e colocando a cabeça em seu peito. — Me desculpe. Eu não pensei. Vou ter mais cuidado no futuro. Os braços de Shade apertaram, puxando-a mais perto. — Da próxima vez, você vai pelo menos me ligar para me dizer que houve uma mudança de planos? Eu quase tive um ataque cardíaco quando o alarme silencioso disparou e eu vi você na câmera. — Eu irei. Sinto muito, Shade. — Lily olhou para ele, com o sorriso de desculpas. — Vamos jantar. Você pode sentar lá e se gabar enquanto Beth me lança olhares de reprovação — disse ele, resignado.

Os Last Riders estavam exaustos na semana que a Ação de Graças chegou. Eles estavam ocupados com a fábrica uma vez que houve vários desastres naturais e todos eles tinham pego horas extras para atender aos pedidos que beneficiaria centenas de vítimas que estavam sofrendo. Lily podia sentir a emoção no ar, por que era sexta-feira. Nas últimas sextasfeiras, todo mundo estava cansado demais para fazer qualquer coisa diferente do que se arrastar para a cama, mas agora os pedidos tinham sido


finalmente finalizados e todos queriam queimar algumas calorias. Lily se conformou em passar a noite em seu quarto depois do jantar. Bliss e Raci praticamente correram fora da fábrica após seu turno, e Evie não estava muito atrás. Apenas Jewell, Lily e Georgia permaneceram. Shade e Rider tinham saído para ir à cidade, dizendo que eles precisavam pegar algumas bebidas para os irmãos. — É isso. — Jewell lacrava a caixa em que estava trabalhando. — Acabou? — Perguntou Lily, terminando o seu próprio pacote. — Sim. Eu pensei que este dia nunca fosse acabar. Se Cash não tivesse demorado tanto na hora do almoço, eu não teria feito isso demorar tanto tempo. — Lily corou, esperando que a mulher não entrasse em detalhes sobre o porquê exatamente Cash demorou tanto. A mulher falava sobre sexo muito e incessantemente e tinha perdido o receio em discutir isso na frente dela. Lily sempre conseguiu levar os seus pensamentos para longe, mas a cada momento tinha um comentário dela, fazendo a própria imaginação de Lily se tornar selvagem. Shade não a tocou desde aquele dia que eles tinham mudado de quarto e Lily estava ao mesmo tempo aliviada e frustrada. Ela olhava para ele incessantemente agora; Quando ele se sentava, quando ele andava. Ela tinha acordado cedo algumas vezes e se deitava lá, observando-o dormir. Ela empurrou o cabelo escuro de seus olhos. Seu corpo estava sentindo coisas que ela nunca sentiu antes. Ontem à noite, eles tinham ficado no sofá assistindo televisão juntos quando um sentimento incomum se construiu dentro dela até que ela se levantou e foi para a cama, apenas para senti-lo atrás dela em questão de minutos. Ela estava com sono agora, porque tinha se jogado e virado a maior parte da noite, sem saber como aliviar a dor que se construiu em sua barriga. — Pronta? — Perguntou Jewell, olhando-a com curiosidade. — Sim. — Lily reuniu e arrumou o pacote no carrinho. Georgia


saiu do escritório. — Vocês duas vão em frente. Eu vou trancar. — Ok, te vejo segunda-feira. — Jewell respondeu, acenando enquanto elas saíam pela porta. Os homens estavam parando no estacionamento quando Lily e Jewell saíram. Lily esperou por Shade quando Rider desceu da moto, tirando um saco de seu alforje. Shade desceu da moto, abrindo sua própria bolsa e tirando um saco marrom. — O que é isso? — Perguntou Lily com curiosidade. Estava esperado que ele trouxesse cerveja ou bebidas, não um saco marrom. Rider lhe deu um sorriso antes de ir até a casa. — Lily, isso pode ser de duas maneiras. Eu vou deixar você decidir. Se você me perguntar de novo, eu vou te dizer, mas eu estou te avisando, você não vai gostar da resposta. Lily engoliu a seco. Ela realmente não queria saber. — Você usa o que está no saco? — Ocasionalmente. Não desde que eu estive em sua cama, embora. — Enquanto continuar assim, eu não preciso saber o que está no saco. — Disse Lily rigidamente. — Lily, ocasionalmente eu vou querer fumar um pouco. Está legalizado no Colorado agora. — Shade disse com um sorriso torcido. — Quando for legal em Kentucky, vamos falar sobre isso — disse Lily ofensivamente. — O inferno vai congelar antes da maconha se tornar legal em Kentucky. Há alguns municípios que ainda não estão autorizados a vender bebidas alcoólicas. — Bem, eu acho que você tem uma longa espera, — Lily brincou, correndo os degraus. Shade riu, correndo atrás dela. Lily abriu a porta, entrando onde vários membros já estavam em pé ao redor com cerveja ou


um copo de uísque. Lily subiu as escadas, observando como Shade jogou o saco para Cash. Lily sorriu para Shade quando ele começou a subir os degraus. — Tem certeza que não quer ficar lá embaixo? — Lily brincou, se inclinando sobre o corrimão. — Oh, eu acho que sei exatamente o que eu quero agora. — Shade brincava com ela de volta. Lily pulou pelo corredor até a porta do quarto. Ela viu que o quarto em frente ao dela estava com a porta aberta. Raci estava inclinada sobre o lado da cama enquanto Train se movimentada dentro dela com seu pênis. Ele tinha os seios em suas mãos e beliscava seus mamilos até que seus seios estavam fora de seu top. O rosto dela estava cheio de êxtase enquanto Train continuava batendo nela por trás. Raci então alcançado as coxas, movendo a mão para trás e para frente. Lily se virou, envergonhada de si mesma por assistir mesmo por um segundo, quando há poucas semanas atrás, ela teria ficado histérica ao os ver fazendo sexo. O braço de Shade foi ao redor da cintura dela, estudando seu rosto. Ela tentou esconder se virando. — Não se sinta constrangida. Eles deixaram a porta aberta para que se alguém quisesse assistir eles poderiam. — Eu não quero assistir. — Lily se separou, abrindo a porta do quarto com Shade atrás dela. — Você tem certeza? Você parecia muito interessada. — A diversão de Shade era óbvia. — Tenho certeza; — disse Lily, tirando seus sapatos. — Me deixe em paz. Eu preciso me trocar e comer o meu jantar antes que o andar de baixo se transforme em um quarto no meio do salão. — Shade ergueu as mãos no ar antes de se jogar no sofá.


Lily tomou um banho rapidamente, puxando uma calça de moletom macia, uma camiseta e em seguida, fez um rabo de cavalo. — Pronto? — Lily perguntou depois de colocar em seus sapatos. — Sim. — Shade se levantou seguindo-a até a porta. Lily abriu a porta bem aos pouquinhos, espreitando pelo lado de fora. — O que você está fazendo? — Me certificando que eles terminaram. Quanto tempo leva? — Ela perguntou, olhando para trás em direção ao Shade. — Você está me perguntando quanto tempo Train leva para foder? Como diabos eu deveria saber? — Shh... Eles vão ouvir você! — Retrucou Lily. — Ande e eu vou olhar. Do jeito que você está fazendo, toda a comida terá terminado e Rider vai foder a Evie sobre a mesa. — Lily virou de lado, deixando Shade abrir a porta. Ele abrindo mais amplo. — A barra está limpa, — disse ele ironicamente. Ela lhe lançou um olhar preocupado. — Shade, eles realmente não têm sexo nas mesas, não é?


Capítulo 28 Lily comeu seu jantar, enquanto Shade a observava, rindo dela silenciosamente. Nos últimos anos, desde que ela tinha conhecido Shade, ela não percebeu que ele tinha senso de humor. Um deturpado, mas ele ainda assim tinha um. Lily ajudou Beth e Winter com os pratos, tentando não corar quando Viper entrou na cozinha e atirou Winter por cima do ombro, saindo com ela gritando com ele para colocá-la no chão. Ela fez uma careta de simpatia quando ouviu uma voz alta bater do outro lado da porta. Beth lavou o prato de Lily, colocando na máquina de lavar. — Você está bem com tudo? — Sim. — A partir da expressão hesitante no rosto de Beth, ela sabia qual assunto ela estava se referindo. — Lily… — Não esta noite. — Lily disse apressadamente. Beth suspirou. — Tudo certo. E um assunto mais brilhante, o banheiro está finalmente feito e eles colocaram o tapete, de modo que Razer e eu vamos passar a noite na nossa nova casa. — Eu sei. Jewell me disse que entregaram o tapete hoje. — Lily secou as mãos antes de ir para a geladeira. Abrindo a porta, ela enfiou a mão dentro e tirou um balde de champanhe no gelo com uma fita amarrada em torno da garrafa. Se virando ela entregou a Beth. — Desejo-lhe muitos anos de felicidade, irmã. Beth pegou o balde de champagne, com os olhos lacrimejando. — Lily, eu não poderia ter pedido uma irmã melhor. Eu te amo. — Eu também te amo. — As mulheres se abraçaram.


Razer se levantou da mesa, jogando as cartas que tinha na mesa. — Pronto? Eu terminei com esses tubarões de cartas. Se eu não sair agora, Cash estará montando a minha moto amanhã. Ele andou até Lily, puxando-a para perto para um abraço. — Obrigado pela bebida, mana Lil. — Obrigado pelo verde, Shade. Vamos ver vocês no domingo. — Ele pegou uma Beth gritando em seus braços e Lily correu para abrir a porta da cozinha para eles. — Você está brincando sobre o verde, certo? — Razer piscou em seu caminho passando pela porta. Lily fechou a porta atrás deles, jogando o pano de prato em Shade. Ele pegou no ar. — O que eu fiz agora? Eu disse alguma coisa sobre você dar bebida a sua irmã? — Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele acrescentou: — Eu sei, eu sei. Isso é legal. Lily foi para a sala de estar, dando alguns passos adiante antes de perceber que não tinha escapado para o andar de cima cedo o suficiente e agora a festa estava em pleno andamento. — Eu não acho que isso seja legal — disse Shade por trás dela enquanto eles observavam Jewell dando a Rider um boquete enquanto Train estava montado atrás dela, batendo em sua bunda nua. Lily caminhou tranquilamente para as escadas, não determinada a correr. Ela quase fez quando passava pela sala lotada antes de duas loiras deslumbrantes, uma pequena e outra longa caírem sobre Shade com sorrisos de boas-vindas. — Nós estivemos procurando por você. Jewell disse que a cozinha estava fora dos limites, e seu quarto. O que está acontecendo? Nós sentimos sua falta, Shade. Prenda-nos em um quarto e dê aquele castigo que você usou. As últimas marcas que você colocou em nós se foram,


precisamos de novas. — Lily não achava que a mulher jamais calaria a boca, cada frase mais condenável que a última. As fantasias de Lily, que estavam florescendo, murcharam e morreram. — Você pode ter o terceiro quarto à esquerda. Ninguém está usando mais. — Lily se virou e voltou para a cozinha. Shade a pegou depois de um alguns passos, carregando-a, e em seguida, levou o seu corpo lutando de volta para as escadas. — Shade? — Uma das loiras tentou novamente. — Cash! — Shade estalou. — Eu vou cuidar disso. — Cash conduziu as mulheres longe de Shade, lhe dando a chance de arrumar Lily ao subir as escadas. Lily tentou fugir assim que eles estavam longe das escadas. Quando viu que ela não conseguiria fugir, ela congelou em seus braços. Assim que a porta se fechou atrás deles, ele a colocou no chão de pé. Lily rapidamente se afastou dele. — Lily. — Lily levantou a mão, parando tudo o que ele diria. Ela se sentou calmamente na ponta da cama, de frente para ele. — O que você quer de mim, Shade? — Ela podia ver que a pergunta direta o assustou. — Você está querendo uma amizade platônica, amigos que têm relações sexuais, ou você estava querendo fazer eu me apaixonar por você? O que exatamente você quer? — Eu te disse. Eu quero você. Lily assentiu com a cabeça. Se levantando ela foi para a cômoda, tirando o rabo de cavalo dela e então começou a escovar o cabelo enquanto olhava para si mesma no espelho. — Você nem conhece quem você quer. — Lily estendeu a mão e brevemente e tocou o espelho, que ela estava


olhando. Seus lábios se torceram ironicamente. — Você me quer porque você acha que eu vou ser a perfeita submissa para você. A Lily por ser fraca de espírito pode ser guiada e manipulada para ser exatamente o que você quer. — Ela caminhou com raiva para o outro lado da sala de estar na frente dele, caindo de joelhos. Em postura perfeita, ela se ajoelhou com as costas retas, a cabeça baixa, o cabelo caindo no rosto dela. Suas mãos estavam em seu colo. — Eu poderia ser tudo que você sempre sonhou ter em uma mulher. — Lily disse com uma voz impassível não mostrando um pingo de emoção. — Você e as mulheres no térreo jogam jogos algumas noites por mês, mas eu tenho sonhos e eles não incluem ser seu pequeno animal de estimação. Lily se levantou. — Espero que tenha gostado disso porque eu nunca — ela apontou o dedo em seu peito — Nunca mais vou fazer isso, seu grande idiota. — Lily começou a reunir seu pijama. — Essas Barbies louras são mais plástico do que as bonecas. — Ela se virou para olhar para seu rosto quando ela estava prestes a ir para o banheiro. — O que você está fazendo? Shade estava de pé com os braços sobre o peito, observando-a enquanto ela esbravejava com ele. — Prestando atenção na sua bunda balançando. — Minha bunda? É tudo que você pode dizer? — A boca de Lily se abriu e fechou. — Se eu te disser o que eu realmente quero, eu teria que pedir perdão a cada noite da semana. — Lily foi até o banheiro, tirando as roupas e jogando no chão. Ela ligou o chuveiro antes de entrar debaixo da água. Ela ensaboou o corpo e foi se enxaguar quando a porta do chuveiro abriu e


Shade entrou. — O que você está fazendo? Eu estou nua. — Eu posso ver isso. — A voz de Shade ficou sedutora. Lily cobriu os seios com as mãos, incapaz de manter os olhos de viajar por seu corpo magro. Seu corpo inteiro estava coberto de tatuagens, em todos os lugares, exceto o pau dele, que era longo e duro, e estava apontado para cima em direção a sua barriga. Shade sorriu quando viu o que ela estava olhando. — Ignore isto. Venha aqui. — Ignorar essa coisa. Você está brincando, certo? Saia! Será que você não entendeu nada que eu acabei de dizer a você? — Lily estava dividida entre manter os seios cobertos e cobrir a sua boceta. Shade por outro lado, não teve problemas. Pegando o sabonete começou a lavar seu corpo. — Você realmente não vai sair? — Lily gritou. — Não. Você leva uma eternidade no chuveiro. — Tudo bem, você pode ter o chuveiro. — Lily tentou passar por ele, mas ele se recusou a sair, bloqueando a porta. — Tire as suas mãos. — A voz de Shade se aprofundou. As mãos de Lily tremiam contra a pele úmida. — Olhos em mim, Lily. Tire as suas mãos. — Lily não podia evitá-lo; Ela baixou as mãos e Shade se aglomerou mais perto da parede do chuveiro, seu peito escovando as pontas de seus seios. Sua boca baixou a seu peito, lambendo suavemente as gotas de água de seu mamilo. Lily sentiu a ponta esticar e se tornar um nó. Shade sugou o mamilo em sua boca, e seu peito foi levantado com a mão apertando a carne gorda. Lily sentiu o aperto no estômago, ansiando por seu toque. Ela virou a cabeça para o lado e Shade a levantou. — Olhe para mim enquanto eu chupo o seu seio. Eu não quero que você tire os olhos de mim. — Lily


assentiu com a cabeça. A boca de Shade voltou para o seu peito e Lily gemeu quando ele provocou a ponta com os dentes. — Você queria saber o que eu quero. Eu quero esses seios para chupar. — Shade tirou a cabeça de seus seios e, em seguida, caiu de joelhos, seu rosto foi para as suas coxas quando ele usou a mão para abrir suas pernas. — Eu quero essa boceta. — Sua língua foi para a fenda de sua vagina, deslizando entre as dobras, procurando o calor úmido de sua carne sedosa. Lily fechou os olhos. Uma labareda de dor atingiu sua vagina quando os dentes pressionavam o seu clitóris brevemente antes de liberar a carne torturada. — Eu lhe disse para não tirar os olhos de mim. — Ele lambeu a carne, e a mordia enchendo-a com um prazer que ela não sabia que poderia existir. Quanto mais ele a chupava, mais ela queria. Sua língua foi para sua abertura, entrando um pouquinho então saindo. As mãos de Shade deslizaram por sua perna, passando entre suas coxas, abrindo a carne e encontrando a umidade com a sua língua enquanto jogava. — Você está boa e molhada, Lily. Você sabe por quê? Lily demorou um momento para encontrar sua voz. — Sim. — Diga-me o porquê. — Porque eu quero gozar. — Isso é certo, baby, e eu vou deixar você gozar. Você sabe por quê? — Não — Lily choramingou seus quadris arqueando em seu toque. — Porque você é minha e eu cuido do que é meu. Eu não preciso de um animal de estimação. Eu quero uma mulher de carne e osso e sim, Lily, você vai se ajoelhar diante de mim novamente porque vai ser uma das minhas necessidades, assim como eu planejo satisfazer todas as suas. Cada


uma. — Quando seu dedo deslizou profundamente dentro dela, as pernas de Lily quase se afastaram, mas Shade estava preparado mantendo o corpo contra a parede do chuveiro. Seu dedo deslizou mais profundo e suas mãos foram para seu peito, suas unhas cavando na carne dele enquanto seu dedo começou a bombear dentro e fora de sua boceta escorregadia. Ela manteve os olhos em seu olhar azul, vendo que ele estava no controle completo não só do seu corpo, mas o dele mesmo. Seu pênis estava pressionado contra sua barriga, mas Lily não estava assustada. — Aquelas mulheres no térreo não se comparam a você. Eu as comi, as fiz implorar para mim, mas elas não eram você. Não importa o quão duro eu tentei fingir que eram. — Lily começou a bater no seu peito quando ele começou a falar sobre as mulheres dele. Seu dedo escorregou mais rápido. — Nenhuma delas poderia me dar o máximo de prazer como você está me dando agora apenas com o meu dedo dentro de você. — O coração de Lily doía com a expressão atormentada em seu rosto. As mãos dela pararam de bater em seu peito, esfregando a pele macia em vez disso. — Eu estava tão mal esperando por você, Lily. Eu pensei que ficaria louco. Nem uma quantidade de uísque, mulheres ou maconha tirava você da minha mente. Gostava de montar a minha moto todo o caminho até seu dormitório e me sentar do lado de fora apenas para assistir você ir às aulas pela manhã, em seguida, ir para casa e começar toda essa merda de novo. — Naquela noite, que você estava presa no salão de beleza de Sex Piston foi a pior noite da minha vida. Eu fiquei preso nesse engarrafamento porque eu já estava a caminho do seu dormitório quando Razer me chamou e me disse o que estava acontecendo. — Eu jurei quando você estava na sala de emergência do hospital que eu estava cansado de esperar. Todo mundo sabia que eu estava


esperando por você, mas você, eu ainda estou esperando; — ele gemeu contra o pescoço dela. Lily estremeceu e gritou quando seu corpo convulsionou em uma série de explosões com o seu clímax que a manteve agarrada a ele, enquanto a água derramava sobre eles. Shade saiu do chuveiro, secando os tremores do corpo e a ajudando a vestir o seu pijama antes de vestir seu short. Levantando-a, ele a levou para a cama, deitando ao lado dela antes dele puxar os lençóis sobre eles, envolvendo-os em um casulo confortável e a mantendo perto dele. — Shade? — Lily sussurrou. — Sim? — Posso ver o seu chicote? — Lily riu. — Não essa noite.


Capítulo 29 Vida olhou pela janela, olhando para a moto de Colton. — Ele não vai chegar aqui mais rápido com você olhando. — Eu sei. Eu só estou nervosa. — Vida andava pela sala de estar de um lado para o outro. Sawyer queria se juntar a ela, mas permaneceu sentada no sofá confortável, brincando com seu copo de chá. Uma batida na porta soou do lado de fora e o som de várias motos veio da rua do bairro tranquilo soando alto até que os motores foram desligados. Sawyer colocou o copo sobre a mesa, de pé, incapaz de esconder o seu próprio nervosismo por mais tempo quando a porta se abriu. Kaden e Colton entraram seguidos de Ice e Jackal. — Como foi? — Perguntou Sawyer, logo que a porta se fechou atrás deles. — Ele teve outro adiamento. — Kaden disse incapaz de esconder sua raiva. — Quanto tempo isso vai durar? — Disse Vida. — Temos sido pacientes, mas eu acho que este julgamento nunca vai acabar. — Ela se sentou na cadeira da sala de estar da casa que ela e Colton tinham comprado. As férias estavam aqui, e ela estava muito infeliz. Esta devia ser a época mais feliz de sua vida, e mesmo assim, nem ela nem Sawyer conseguiam avançar com as suas próprias felicidades até que uma última parte de seu passado fosse resolvida. Callie. — O Estado ainda está tentando cortar o acordo, e a porra do seu advogado está levando vantagens com cada brecha que existe. — Ice disse


severamente, encostado na lareira. — Há outra parte de más notícias — Jackal falou. — Rip disse que Callie se mudou para o clube dos Last Riders. O irmão de Penni a reivindicou — Sawyer e Vida ambos viraram para olhar o motoqueiro assustador. — O que significa isso? — Perguntou Vida. — Isso significa que os Last Riders não vão deixar você valsar pela cidade e pôr em perigo a mulher de seu irmão. — Nós não vamos machucar a Callie. Nós apenas queremos falar com ela. — Sawyer protestou. — Até que você tenha certeza que Digger não vai descobrir quem ela é você poderá pôr ela em perigo. — As palavras de Jackal fizeram Vida e Sawyer chegarem à mesma relutante conclusão. — Assim que o julgamento de Digger acabar, iremos a Treepoint. — disse Sawyer bruscamente. — O advogado não pode arrastá-lo por muito mais tempo. — Talvez alguém vá tirá-lo da prisão. King deve muitos favores. — Jackal disse, olhando para as botas. — Se não fosse por essas mulheres que ele sequestrou, eu o teria matado para manter a Callie segura — disse Sawyer, admitindo seu pensamento escuro. — A sua escolha se resume a elas ou a Callie? — Perguntou Ice. Sawyer e Vida ficaram em silêncio por alguns instantes até que Sawyer disse: — Eu espero que não dependa de mim porque, eu escolheria Callie sem hesitação. Digger mataria Callie se pudesse; Essas outras mulheres estão vivas, e ainda teriam uma chance. — Sawyer... Vida foi para o lado de sua amiga.


— É a verdade, Vida. Callie merece ser feliz e segura, e desta vez temos idade suficiente para fazer alguma coisa. Eu vou falar com Penni novamente e me certificar que Callie esteja bem. —Sawyer balançou a cabeça quando viu que os homens estavam prestes a protestar. — Eu vou ter cuidado para não despertar suas suspeitas, mas eu quero ter certeza que ela está feliz com os Last Riders. — E se ela não estiver? — Ice perguntou a Sawyer, mas foi Vida que respondeu. — Então acho que nós teríamos uma luta em nossas mãos.

Lily acordou cedo na manhã de ação de graças para colocar o peru para cozinhar. A fábrica esteve fechada toda a semana para dar a todos uma chance de ir para casa para o feriado. Ela tinha passado esses dias com Rachel, se preparando para abrir a igreja na sexta-feira. Elas se revezavam trabalhando na loja até pastor Dean encontrar alguém para trabalhar em tempo integral. Lily cantarolava para si mesma enquanto se movia em torno da cozinha. Ela havia se voluntariado para ajudar a fazer o jantar, mas Beth viria quando ela acordasse para ajudar. Se servindo de uma xícara de café, ela soprou sobre ele enquanto caminhava pela cozinha para sentar-se à mesa. Bliss entrou na cozinha vestindo uma camiseta que mal chegava ao inicio de suas coxas e seu cabelo curto, estava desordenado. Ela estava no meio da cozinha antes de perceber que não estava vazia. — Eu não sabia que você já estava aqui. Eu vim apenas para pegar uma bebida. — Eu acordei cedo para colocar o peru no fogo; — Lily explicou


desconfortavelmente. Bliss foi até a geladeira, pegando duas garrafas de água. Lily esperava que ela saísse; Em vez disso ela veio para a mesa e se sentou na frente de Lily. — Eu quero pedir desculpas. — Por quê? — Perguntou Lily. Bliss mordeu o lábio. — Por paquerar Shade na sua frente. Eu sei que você viu algumas vezes. Eu queria que você visse. — Por quê? — Lily baixou os olhos, não querendo que a mulher visse que ela tinha conseguido magoá-la. — Porque eu estava sendo afastada de Shade. — Bliss admitiu com pesar. — Sinceramente, eu estava esperando que você ficasse brava o suficiente para sair e tudo voltaria ao normal. — Com você e Shade juntos novamente? — Sim, mas não como você está pensando. Todos nós gostamos de ter relações sexuais um com o outro. Quando Razer, Viper e, depois Knox pararam de transar conosco, isso não me incomodou. Para ser franca há uma abundância de paus se uma garota quiser um. A coisa é, Shade mexe de um jeito particular em mim que nenhum dos outros fazem. Lily se sentou ali, ouvindo em silêncio uma Bliss discutir sua vida sexual e a de Shade. O estômago dela revirou, no entanto, ela não teve coragem de dizer ou fazer qualquer coisa para ferir os sentimentos de Bliss. — Eu mesmo atuei com Razer, esperando que Shade se importasse... Mas ele não se importou. — Bliss fez uma pausa. — Eu estava errada, e me desculpei com Beth e Razer. Nós estamos bem agora. Beth entendeu e eu espero que você entenda também. Lily sorriu para ela. — Claro. Eu não queria ficar entre você e


Shade... Hum… — Ela não sabia como continuar. Bliss sorriu. — Você pode dizer que eu sou uma submissa. Isso não me incomoda. Lily, você sabe que Shade não é um homem comum, não é? Lily ficou vermelha, quase derrubando a xícara de café. — Comum não é uma palavra que eu usaria para descrever Shade. — Não, não é — Bliss suspirou, em seguida, se pegou dando a Lily um sorriso triste. Se levantando da mesa, ela pegou suas garrafas de água. — Posso te fazer uma pergunta? — Vá em frente. — Bliss fez uma pausa, esperando por ela. — O que fez você mudar de ideia sobre a tentativa de me fazer terminar com Shade? — A noite da festa de Halloween. Eu não vou mentir e dizer que eu não vou sentir falta de Shade, mas posso dizer que eu não me importo muito se é para você. Lily teve de limpar a garganta. — Obrigada, Bliss. Ela deixou Lily sentada sozinha na cozinha, sem saber exatamente como se sentir sobre ela e Shade. A porta da cozinha se abriu novamente e Beth entrou ainda meio adormecida. — Diga-me porque nós nos oferecemos para isso de novo. — Porque nós gostamos de cozinhar nos feriados, — Lily sugeriu. — Isso é verdade. — Beth bocejou enquanto se servia de uma xícara de café. — E porque somos loucas. — Eu não vou discordar disso, também. — Depois que ambas terminaram seu café, começaram a cozinhar todos os pratos que os membros tinham solicitado. Foi uma tarefa enorme, mas Evie logo


apareceu e começou a arregaçar as mangas e a manhã passou depressa. Lily tinha colocado o peru no prato de servir quando o pastor Dean entrou na cozinha com Viper. — Estou sentindo o cheiro do peru e o recheio... Peça e o Senhor providencia — Pastor Dean disse, olhando admirado para o peru. Quando Beth brincou com ele dizendo que ele poderia comer o peru de nove quilos sozinho o pastor respondeu — Eu não sei sobre isso, mas eu espero que uma dessas pernas tenha o meu nome nele. Evie pegou o peru. — Você pode disputar com os outros homens. O Senhor só deu a este peru duas pernas; — Lily pegou uma caçarola, levando-a para a sala de jantar onde Ember e Stori tinham decorado a mesa e todos os membros já estavam sentados. Lily pegou uma cadeira na extremidade oposta de onde o pastor Dean sentou. Lily se sentou calmamente comendo o seu jantar, não participando da conversa em torno dela, a menos que alguém falasse diretamente com ela. Depois do jantar, as sobremesas foram motivo de disputa tanto quanto o peru e o recheio tinha sido. Lily comeu uma pequena parte e, em seguida, começou a levar os pratos sujos para a cozinha. Shade a seguiu até a cozinha, trazendo outra pilha de pratos. — Você estava tranquila no jantar. — Apenas cansada, eu acho. Tem sido um longo dia. — Lily disse calmamente. Shade se encostou ao balcão, observando o rosto dela com cuidado. — Bliss disse que ela teve uma conversa com você está manhã. Algo que ela disse te aborreceu? — Não, nós estamos bem, — Lily respondeu enquanto ela enchia a máquina de lavar louça. Shade acenou com a cabeça, mas ela podia ver que


ele sentia sua inquietação. — Pronto para algum jogo de futebol? — Rider perguntou quando o resto do clube passou pela cozinha para ir para a sala da televisão. — Vá em frente. Eu vou direto para a cama quando eu terminar. — Lily o enxotou, acenando com a mão para Shade ir. — Eu vou ficar até depois do jogo. — Ok. Shade saiu indo para sala para procurar um espaço no sofá já transbordando de gente. — Precisa de ajuda? — Perguntou Beth. — Não, tenho tudo sobre controle. Estou quase terminando. Vá assistir ao jogo. — Acho que vou. Estou exausta. — Lily viu quando sua irmã se sentou no braço do sofá ao lado de Razer. Estendendo a mão, ele a puxou para o seu colo e em seguida, Beth deitou a cabeça no ombro dele. O amor entre eles trouxe um nó na garganta de Lily. Ela terminou os pratos, limpando as mãos no pano de prato antes de dobrá-lo e colocá-lo sobre o balcão. Em vez de ir para a cama, ela saiu pela porta da cozinha enquanto a atenção de todos estava no jogo. Respirando fundo, ela atravessou o quintal, tomando o caminho para a casa de Shade. Ela subiu os degraus para a varanda, em seguida, se sentou no degrau mais alto. Sentada lá, ela olhou para a vasta extensão das montanhas, não sentindo a queda da temperatura quando a noite começou a cair. — Você vai ficar doente sentada aqui fora no frio sem um casaco. — Pastor Dean foi até o pé da escada, olhando para ela. Lily ficou tensa; Ela não o tinha visto se aproximar da casa. — Eu estava prestes a entrar, — Lily respondeu.


Quando o pastor Dean subiu os degraus, sentando ao lado dela, Lily se virou para longe dele. — Por que você está me evitando? — Pastor Dean perguntou calmamente. — Eu não estive evitando você. Eu vi você na semana passada na loja e domingo na igreja. — Você se escondeu atrás de Rachel na loja e você fugiu assim que o culto terminou, e você não disse duas palavras para mim hoje. O que há de errado, Lily? Ela inclinou a cabeça contra o trilho de madeira ao lado dela, não o deixando ver o rosto dela na escuridão. — Porque eu estou tão envergonhada. — A voz de Lily tremeu. — Que diabos você fez para se envergonhar? — Sua voz atordoada só fez Lily querer se esconder mais dele. — Porque eu não pertenço a sua igreja. — Lily lambeu os lábios frios. — Eu não sou a pessoa que você acha que eu sou. Eu fiz coisas, pastor Dean. Coisas que eu sei que Deus não vai me perdoar por ter feito. — Lily, não. Por favor, não pense assim. — Ele estendeu a mão para tocar seu ombro, mas Lily se afastou, não querendo que ele a tocasse. Ela era muito imunda até mesmo para estar sentada ao lado dele. — É verdade. Eu... Eu… — A voz de Lily ficou firme. — Antes de vir para Treepoint para viver com os pais de Beth, eu morava com minha mãe. Ela... Ela não era uma boa pessoa. Ela me obrigava a fazer coisas, pastor, para homens que ela levava para o nosso apartamento. — Ela estremeceu, lembrando-se das coisas revoltantes que tinha sido forçada a fazer. — Eu não queria, mas ela me fazia beber uísque de modo que eu não podia lutar contra eles. Eu desisti de lutar contra o que ela queria que eu


fizesse para que ela não me fizesse beber mais. Você acha que Deus vai me perdoar por isso? Ela me disse que, se eu dissesse aos meus amigos, ela iria matá-los. Eu sabia que ela faria isso porque eu era sua filha e ela não se importava se eu estava viva ou morta. Ela só queria o dinheiro que lhe davam por mim. — Meu Deus. Lily pare... — A voz do pastor Dean estava rouca, mas Lily continuou. Ela tinha que fazê-lo ver que ela não merecia estar em sua companhia, que ele não era o único culpado por ela não ser a cristã que acreditava que ela fosse. — Se ela não conseguia encontrar alguém para mim, ela iria me mandar para apartamentos onde sabia que os homens moravam sozinhos e me fazer perguntar se eles queriam a minha companhia para a noite. Eu aprendi a fazer o que ela queria ou ela me bateria tanto, e eu não poderia sair e brincar com minhas amigas até estar curada. Se alguém viesse perguntar sobre mim, ela falava a elas que eu estava doente demais para brincar. — O que aconteceu com sua mãe? — A voz do pastor Dean foi dura. — O namorado dela veio morar conosco. Ele foi bom por um tempo. Ele pagava as contas e lhe dava dinheiro para gastar. Ele até me comprou a minha primeira boneca, mas ela ficava brava com ele porque ele não lhe dava dinheiro extra para suas pílulas, então ela esperava até que ele fosse trabalhar e trazia homens para o apartamento. — Um dia, ele veio para casa mais cedo e me viu na cama com um homem. Marshall puxou uma arma e os fez sentar na cama, e me disse para me vestir. Ouvi-o ligar para alguém, mas eu estava com muito medo de ouvir. Ele nos fez sentar lá até que alguém bateu na porta. — Quem foi?


— Eu não sei. Eu nunca o tinha visto antes, mas ele era grande e assustador para mim porque, quando Marshall disse a ele o que ele tinha visto quando chegou em casa, pegou a arma e matou a minha mãe e o homem na minha cama. — Lily respirou fundo. — Então ele se virou para mim, me perguntando se Marshall nunca tinha me tocado e quando eu lhe disse que sim, então ele matou Marshall. Ele acendeu fogo na minha cama e me fez sair com ele. Eu não tentei gritar. Eu estava com muito medo. — Aposto que você estava — Pastor Dean disse severamente. — Ele me levou para uma longa viagem. Eu dormi a maior parte do tempo. Quando eu acordei, eu estava na casa de Beth e ele se foi. Seus pais me disseram que iriam me adotar e era para eu esquecer a minha mãe e a vida que eu tinha antes, então eu fiz. Obriguei-me a esquecer de cada coisa suja que eu tinha sido forçada a fazer. Esqueci-me dos homens. Esqueci-me da minha mãe. Esqueci-me do Marshall. Esqueci minha babá que sempre cheirava como biscoito de gotas de chocolate. Eu esqueci minhas amigas, Sawyer e Vida, que eram como irmãs para mim. Esqueci-me de cada detalhe feio da minha vida até que eu esqueci de mim.


Capítulo 30 — Lily, olhe para mim. — Lily não queria ver o olhar de nojo que ela estava certa que estaria no rosto dele. — Por favor, olhe para mim. — Lily virou a cabeça para ver o rosto dele na escuridão. Em vez de ver o desgosto que ela esperava, ela viu compaixão e amor. Nesse segundo, Lily quebrou. Ela gritou pela criança que nunca tinha sido, por todos os anos que tinha passado com medo de sua própria sombra e, acima de tudo, ela gritou pelo futuro que ela tinha medo de começar com Shade. Pastor Dean colocou o braço em volta dos ombros, deixando-a chorar até que ela se deitou silenciosamente contra ele. — Eu prometi a mim mesma que não choraria mais — disse Lily, constrangida com seu lapso. — Eu acho que foi bem merecido. É por isso que você queria se tornar uma assistente social, não é para ajudar as crianças como você? Lily assentiu com a cabeça. — Eu acho que sim. — Lily, você planeja julgar as crianças se você encontrá-las em situações como você esteve? — Claro que não — disse Lily, chocada que ele pensou isso dela. — Quando as pessoas começarem a chegar à loja da igreja amanhã, você vai julgá-los por estar em necessidade? — Não — ela repetiu. — Eles precisam de nossa ajuda. — Sim, eles precisam assim como você precisou de ajuda, e ninguém estava lá para você. Você escolheu sobreviver, Lily. Você é a


mulher mais amável e compreensiva que eu conheci, e é um verdadeiro milagre que essa parte sua não foi destruída. Tal como o seu pastor, eu não posso estar mais orgulhoso. Você faz meus domingos valerem a pena, porque, quando eu olho para minha congregação e vejo o seu rosto, eu sei que Deus agraciou minha igreja com a sua presença. Você não fez nada para sentir vergonha. Quem deveria se envergonhar são aqueles que foram responsáveis por ferir você. Você não tem qualquer lição para aprender de mim, mas eu tenho muito a aprender com você Lily, porque Deus é minha testemunha, eu teria matado cada um dos bastardos que tocou em você. — Obrigada, pastor. — Lily sorriu para ele, aliviada por ele não ter pensado menos dela. — Vá lá para dentro. Está congelando aqui fora. Vejo você pela manhã. — Ela se levantou, parando quando ele não seguiu. — Você não vai entrar? — Em um minuto. Eu quero fazer uma oração. — Você gostaria que eu ficasse e orasse com você? — Não, você esteve aqui tempo suficiente. Eu não vou demorar muito. — Boa noite. — Boa noite, Lily.

— Você não a merece. — Eu sei — disse Shade, saindo das sombras, não tirando os olhos de Lily enquanto ela caminhava de volta para o clube. — É uma coisa boa que eles estão todos mortos ou estaríamos os


montando esta noite. — Parece que eles estão todos mortos, menos um — Shade disse pensativo, se virando para o seu irmão. Dean franziu o cenho. — Qual? — A pessoa que lhe deu aos pais de Beth. — Você acha que alguém de seu passado pode ser a pessoa que está tentando matar ela? — Quem estava vigiando a sua casa vem fazendo isso há anos. Quem mais poderia ser? Shade disse, chegando a conclusão que seria a única coisa que faria qualquer sentido. — Droga. — Fale com Knox, diga a ele o que descobrimos hoje à noite. Eu vou falar com Beth e ver se ela se lembra de qualquer coisa, desde quando Lily veio pela primeira vez para viver com eles. Neste ponto, todos os papéis de adoção, mesmo os falsos, seriam uma vantagem. — A única esperança de Shade de encontrar os papéis era Beth. — Eu vou falar com ele antes dele sair hoje à noite. — Vamos entrar. Eu não quero Lily sozinha esta noite. Eles caminharam juntos. Shade estava prestes a entrar quando Dean pegou em seu braço e o deteve. — Prometa-me uma coisa. — O quê? — Perguntou Shade. — Se descobrirmos que quem a levou pudesse ter impedido essa merda, eu vou tê-lo primeiro.

Lily cansada subiu na cama, puxando as cobertas sobre ela


enquanto estremecia. O clique da porta se abrindo e fechando mal foi percebido, pois ela não conseguia parar os dentes de baterem. As cobertas foram brevemente puxadas para trás e o corpo quente de Shade a envolveu enquanto ele se pressionava contra suas costas. Seu braço rodeou a cintura, puxando-a para mais perto. As cobertas foram puxadas sobre eles, envolvendo-a em um casulo de calor. — Shade? — Sim? — Aquele dia na lanchonete quando eu tive o ataque de pânico, havia uma menina em uma das mesas. O que aconteceu? — Eu sai com você, mas Knox me disse que Diamond viu você olhando para a família. Knox falou com eles. A menina foi colocada sob a custódia da avó. — É engraçado como as coisas são não é? — Eu não acho que seja engraçado em tudo — disse Shade, puxando-a mais apertado. — Eu acredito que, às vezes, é destinado a nós termos que suportar as provações para que possamos reconhecer como ajudar os outros. — A voz de Lily ficou sonolenta. — Vá dormir. — A voz de Shade a acalmava na escuridão. Foi então que Lily percebeu que o quarto estava envolto na escuridão. Ela não tinha ligado à luz do banheiro. Sua mão atada com a de Shade, confiante que ele a manteria segura enquanto ela dormisse.


Quando Lily chegou antes de Rachel na loja de manhã, já havia uma fila se formando do lado de fora. Pastor Dean estava esperando por ela do lado de dentro. Ele parecia como se ele não tivesse dormido. — Você está doente? — Perguntou Lily. — Não. Eu só acordei esta manhã com uma dor de cabeça. Eu vou ficar bem assim que meu café chegar. Rachel vai parar no restaurante antes dela chegar aqui. — Ótimo. — Lily estava perto da porta, ansiosa para deixar o povo entrar. Eles já tinham agendado no início da semana e tinham decidido como todos teriam permissão para levar as coisas que precisavam, dando a cada família um limite de crédito na loja com base na sua necessidade financeira. Rachel manobrou a multidão, trazendo para cada um, uma xícara fumegante de café. — Estamos prontos para isso? — Ela sorriu quando finalmente entrou. — Sim. — Lily estava perto da porta pronta para ajudar aqueles que estavam esperando. — Tenho a sensação que esse vai ser um longo dia. — Dito isso, pastor Dean abriu a porta. No início, eles quase foram esmagados pelo número de pessoas que entrou. No entanto, Lily tinha organizado a papelada ao longo da última semana, e por elas terem abastecido a loja, foram capazes de ajudar os clientes a encontrar os itens que precisavam rapidamente. Eles facilmente elaboraram um método para mover as pessoas através dos itens enquanto Rachel e pastor Dean trabalhavam na loja, e quando as pessoas descobriram os itens que precisavam, eles eram então enviados para Lily no balcão. Ela verificaria a quantidade de ajuda que tinham disponível para o mês, então embalava seus itens para eles. Foi uma experiência gratificante para Lily, vendo aqueles em necessidade recebendo


ajuda simples que tornariam suas vidas mais fáceis. Ao meio-dia, os clientes tinham diminuído então pastor Dean saiu se desculpando explicando que tinha programado dar uma sessão de aconselhamento. — Se eu não o conhecesse bem, eu pensaria que o pastor Dean estava de ressaca. — Rachel falou com uma voz especulativa chamando a sua atenção do depósito papeis. — Tenho certeza que você está errada. Ele me disse que estava com uma dor de cabeça hoje de manhã. — Eu tenho três irmãos. Eu estou muito familiarizada com os sinais de uma ressaca. Pastor Dean tem todos os sintomas. Você viu a cara dele quando eu lhe entreguei o seu sanduíche? — Sim, mas eu não sou um fã de sanduíches de carne, também. Eu tenho certeza que ele enjoou por ter que comer alimentos cozidos de restaurante o tempo todo. — Talvez. — O tom de Rachel ainda soava duvidoso. Lily não teve a chance de falar sobre isso porque a porta se abriu e fechou, trazendo mais clientes. Lily trabalhou constantemente quando os membros da congregação vieram em busca de casacos de inverno para seus filhos. Lily se ajoelhou em frente da pequena de cinco anos de idade, ajudando a fechar o zíper do casaco. Sua pequena mão puxou a gola de pele para cima, roçando o rosto com a pele macia. — Posso ter esse mamãe? — A mãe olhou interrogativamente para Lily. — Claro que você pode. — Lily sorriu para o rosto animado da menina. Se levantando ela procurou através das prateleiras até encontrar um para o seu irmão mais velho. Passando por uma bacia plástica, ela então encontrou para cada um deles luvas. Ela colocou tudo no saco entregando à mãe o grande saco.


— Obrigado. — A mulher começou a dizer outra coisa, em seguida, agarrou a bolsa apertada com a mão. Lily sabia o que a mulher queria lhe perguntar sem ter dito com palavras. Saindo de atrás do balcão, ela colocou o braço em volta dos ombros. — Eu acho que a mamãe precisa de algo para si mesma. — Lily a levou para outra prateleira passando por vários itens antes da mulher encontrar um que se encaixava. — Isso. Agora todo mundo tem um casaco novo. — Lily estendeu a mão, abraçando e sorrindo para a mulher. — Volte em primeiro de dezembro. Nós vamos ter a seção de natal e você pode escolher alguns brinquedos para eles. A mulher assentiu com a cabeça. — Eu virei. Eu não gosto de pedir ajuda, mas Brian ficou ferido em um trabalho na construção. Ele está procurando por algo que não seja tão extenuante, mas ele não encontrou nada ainda. Eu tenho colocado vários currículos, mas ninguém me contratou. — É por isso que abrimos a loja. Estamos felizes em ajudar; — disse Lily tratando com naturalidade a situação, sensível ao orgulho da mulher. — Obrigada, Lily. — Tchau, Christy. — Lily observou a pequena família sair, preenchida com um senso de satisfação. — Faz todo o nosso trabalho duro valer a pena, não é? — Disse Rachel, endireitando uma das prateleiras de roupa. — Sim. Rachel foi para trancar a porta, olhando para fora da janela. — Agora aquele é um homem que eu não me importaria de lutar com os meus


irmãos, — disse ela. Lily continuou o arquivamento da papelada, mas ergueu os olhos brevemente, observando Rachel ainda olhando pela janela. — Quem? — Perguntou Lily com curiosidade. — Há alguém novo na cidade. Ele está falando no celular. O capô de seu carro está aberto. Eita, Lily, ele está vestido com um terno. Aposto que ele estava dirigindo pela cidade e seu carro quebrou. Droga, por que alguém que se parece com ele não pode se mudar para cidade? — Isso é bom? — Oh sim. Se soubesse alguma coisa sobre carros, eu teria ido lá há cinco minutos. Esse carro parece caro, também. Boa aparência e tem dinheiro. O quê mais uma mulher poderia pedir? — Talvez ele seja um idiota; — Lily advertiu. — Eu não me importo — disse Rachel com reverência. Lily riu, saindo de trás do balcão e caminhando em direção à janela. — Onde? — Ela perguntou a Rachel, olhando para fora da janela. — Não. — Ela apontou para a janela. — Ele está indo para a lanchonete. — Lily viu o largo ombro do homem alto andar na direção da lanchonete. Ela só conseguiu pegar um breve vislumbre de suas costas enquanto caminhava para dentro. Ele tinha cabelos negros e Lily ainda podia ver que o terno que ele usava era caro. O carro estacionado na frente da lanchonete era um dos modelos de luxo que tinha visto anunciado na televisão. — Talvez vá levar alguns dias para ele consertar seu carro; — disse Rachel esperançosa. Lily sorriu para sua amiga antes de se virar. — Você sempre pode ir


para o restaurante e nos pegar um pouco de café — Lily sugeriu. — Você acha? — Rachel sorriu de volta. — Vá em frente. — Rachel pegou sua bolsa, passando pela porta antes de Lily sugerir duas vezes. Lily voltou a trabalhar e Rachel caminhou um pouco depois da loja carregando o café. — Como foi? — Perguntou Lily com curiosidade. — Nós estávamos certas. Ele estava de passagem, quando seu carro quebrou. Ele ainda é melhor de perto para se olhar, mas ele é mais velho do que eu pensava. Meus irmãos iriam me trancar e jogar a chave fora se eu tentasse me aproximar para conhecê-lo melhor. — Você conseguiu o seu número? — Lily queria saber como corajosa Rachel tinha sido com o estranho. — Não, mas eu consegui o seu nome — disse ela, triunfante. — Oh, como se chama? — Perguntou Lily. — King.


Capítulo 31 — Bem, isso é diferente. — Eu sei. Não é legal? — Disse Rachel, colocando o café no balcão. — Ele disse de onde ele era? — Lily puxou um banquinho até o balcão, pegando um dos cafés. — Eu me esqueci de perguntar. — Rachel parecia perplexa por um segundo. — Oh, bem, isso realmente não importa. Ele já tem duas coisas contra ele: É velho demais e ele é de fora da cidade. Não muito tempo depois, Lily viu que Shade parou do lado de fora. Ela jogou a xícara vazia no lixo nas proximidades. — Vejo você na próxima semana. — Tchau, Lily. Até que pastor Dean pudesse encontrar alguém para gerenciar a loja, ela só seria capaz de permanecer aberta às quartas-feiras e sábados. A loja realmente precisava ser aberta com mais frequência durante o inverno; Ela estava preocupada que muitos passariam os meses de inverno sem suas necessidades básicas garantidas. Lily subiu na moto de Shade depois de colocar o capacete, notando que o carro quebrado já tinha ido embora. Quando voltaram para o clube, ela reconheceu o carro de Sex Piston e sua tripulação. Killyama estava encostada nele com os braços cruzados, olhando para Rider enquanto ele falava com ela. Train estava trabalhando em uma das suas motos, observando a discussão com uma expressão divertida. Lily desceu da moto e Shade pegou o capacete de sua mão. Lily cumprimentava a amiga de Beth enquanto se aproximava.


— Ei, garota. — Killyama não retirou o seu olhar de Rider. — O que está acontecendo? — Perguntou Shade. Lily ouviu curiosamente; Ela era educada demais para perguntar, mas, obviamente, Shade não teve a mesma hesitação. — Era para eu lhe dar um passeio hoje — Rider acenou com a cabeça bruscamente em direção de Killyama, — mas a minha moto não está ligando. Ela acha que estou fodendo com ela. — Querido, se você estivesse fodendo comigo, eu acho que eu saberia. — Killyama sorriu maldosamente para um Rider furioso. Lily teve que desviar o olhar para não rir de Rider. O homem descontraído não tinha nenhuma chance contra a mulher motoqueira. — Eu quis dizer que eu não estava tentando me livrar de lhe dar um passeio. — Sua escolha de palavras não deixou a situação melhor; Ele continuava se enterrando em um buraco maior. — Eu sei o que você quis dizer. Pareço estúpida? — Silêncio encontrou a sua pergunta. Killyama estava vestida com calças de couro e uma camiseta preta que tinha um crânio com um punhal no olho. Ele dizia — Venha me pegar. — Sua maquiagem estava escura e esfumaçada, e suas botas de motoqueira tinham raios de metal com pontas para fora. Ela não parecia estúpida, mas a fez parecer assustadora como diabo. Especialmente para um homem que amava mulheres que eram muito femininas. Pelo menos ele fez uma tentativa de ser um cavalheiro, Lily pensou, quando ele ignorou a pergunta. — Nós vamos ter que fazer isso num outro dia. Tenho que encomendar uma ignição. — Rider amenizava. — Você já me deu bolo três vezes. Eu estou cansada dessa merda. Esqueça isso. — Ela se virou abrindo a porta do carro enquanto dava um


sorriso para Shade — Os Last Riders não sabem como manter sua palavra. É bom saber para referências futuras. Shade endureceu. Ele foi o único que tinha prometido a Killyama um passeio por salvar a vida dela. Lily nem sequer quis saber como Shade tinha feito a cabeça de Rider para fazê-lo em seu lugar. — Eu vou te dar um passeio eu mesmo — disse Shade, cedendo às exigências da mulher. — Sem ofensa, mas eu não monto com um homem que tem uma mulher em suas costas. — Lily entendeu o que ela quis dizer, que ela não montaria com Shade por causa dela. Naquele momento, Lily soube que gostava da mulher. Ela ouviu os dentes de Shade apertarem com a sua resposta. — Eu vou te dar um passeio — Train disse, colocando para baixo a ferramenta que estava segurando. Desta vez Killyama permaneceu quieta, inclinando a cabeça para o lado enquanto estudava o homem como se fosse um pedaço de carne. Oh, diabos, pensou Lily, observando os olhos de Train se estreitando em Killyama. Desde que se mudou com os Last Riders, ela tinha aprendido uma coisa sobre Train: O homem era imprevisível, e você nunca sabia como ele reagiria. Ele era o mais calmo dos homens, mas ele realmente tinha o pior temperamento. Você nunca teria certeza se ele responderia com um sorriso ou um punho até que fosse tarde demais. — De acordo. — Killyama fechou a porta do carro. Quando Train caminhou até a sua moto, montando, Lily observou como Killyama subiu atrás dele, aconchegando-se perto quando passava os braços ao redor da cintura. — Você acha que eles vão matar um ao outro? — Lily não


conseguiu resistir à pergunta quando eles viraram para a estrada. — Eu acho que há uma chance de cinquenta por cento. — A observação zombeteira de Shade fez Lily incapaz de conter o sorriso. — Você sabe que deve a ela um grande momento. — Lily sentiu que ela precisava dar a Rider uma puxada de orelha. — Vai valer a pena qualquer preço — Rider disse fervorosamente. — Isso não foi legal. Ela é uma mulher muito doce. Ambos os homens a olharam duvidosamente, mas nenhum deles discordou dela em voz alta. Lily se afastou, deixando os homens seguindo silenciosamente atrás dela. Ela andou pela porta da frente e foi direto para cima para colocar suas roupas de ginástica. Ela precisava lavar algumas roupas e aproveitaria para se exercitar. Suas roupas de treino favoritas precisavam ser lavadas, então ela teve que recorrer às mais reveladoras, as que ela odiava usar. Ela se trocou e estava organizando as roupas quando Shade entrou no quarto. — Rider vai trabalhar comigo na minha casa por algumas horas. — Tudo bem, eu vou cuidar da roupa. — Eu vou levá-las lá para baixo para você. — Eu posso lidar com um cesto de roupas; — Lily disse a ele. Shade pegou a cesta de qualquer maneira, esperando por ela na porta. Lily soltou um suspiro de frustração, em seguida, saiu pela porta e desceu os degraus. Ela sentiu-se autoconsciente em suas roupas de malhar, mesmo sabendo que estava sendo ridícula. Ela nem sabia por que a incomodava; A maioria dos membros tinha ido para casa para o feriado, e aqueles que permaneceram estavam presos em shopping e dormindo. — Obrigada.


— Sem problemas. Se você precisar de alguma coisa, é só chamar. — Ok. — Lily revirou os olhos quando ele saiu. Ele estava levando a sua proteção a sério demais. Ela não estava acostumada a ser constantemente cercada por alguém; Até Beth lhe dava espaço. Ela começou uma cesta de roupas, em seguida, começou a alongar e se exercitar no chão, gostando de malhar em outro ambiente. Isso serviu para aliviar um monte de sua tensão e gostava como isso a fazia sentir. Ela colocou outra cesta de roupa depois de colocar as outras na máquina de secar, ligando o sistema de som antes de iniciar sua rotina de peso. Ela demorou quando trabalhava com os novos pesos que apenas tinham sido entregues naquele dia. Quando terminou, ela verificou as suas roupas, colocando as últimas no secador e dobrando as outras. Ela ainda estava cheia de energia, e foi para os o equipamento de exercício olhando para a esteira, em seguida para o poste. Odiava esteiras; Elas eram chatas. Desde que estava sozinha na casa, ela deu um passo em direção ao poste. Ela começou sua rotina, fazendo os movimentos repetidamente. Ela trabalhou até o topo com os braços lhe dando impulso, deslizou as pernas fora do poste. Seus braços estavam instáveis depois de levantar os pesos, mas ela conseguiu manter um controle firme circulando o poste com as coxas. Deslizando para baixo, ela parou o impulso a centímetros do chão, e usando suas coxas, ela segurou o poste indo para trás até que suas mãos tocaram o chão. Soltando o poste, ela virou seu corpo, fazendo um carrinho de mão breve antes de continuar a virar até que ela ficou em linha reta, de frente para as escadas. A campainha da secadora soou e ela se virou para terminar de dobrar as roupas. Shade estava ali, sentado no sofá e olhando para ela com um olhar que deu arrepios em seus braços. Ele tinha entrado e não tinha sequer a deixado saber que ele estava lá.


— Há quanto tempo você está ai? — Ela perguntou, desconfiada. — Tempo suficiente para ver você subir e em seguida, descer do poste. — Oh. — Lily foi para a secadora, tirando as roupas e colocando-as na cesta. Ela as dobraria no quarto. — Venha aqui, Lily. — Uh, não; — disse Lily com firmeza. — Por quê? — Porque eu posso ver pelo jeito que você está olhando para mim que... Você está em um estado de espírito, — ela terminou impotente. — Você está certa. Estou com vontade de foder. Venha. Aqui. As mãos trêmulas de Lily colocaram a cesta para baixo sobre o secador. Ela caminhou lentamente em direção a ele. — Shade… — Como você me chama quando estamos aqui? — Ele a lembrou. Lily parou na frente dele. Ela não ia jogar seus jogos. Sua mão apareceu na parte de trás de seu joelho, tocando a pele abaixo do short de treino. — Responda-me. — A expressão firme de Shade não era dura; No entanto, ele não deixou nenhuma dúvida que ele esperava que ela lhe obedecesse. — Senhor. — Lily sentiu a palavra deixar seus lábios. Ele levantou o joelho, puxando-a em sua direção até que ela teve que levantar seu outro joelho para o outro lado de seu quadril ou ela cairia em cima dele. Esta posição não era muito melhor. Ela estava ajoelhada sobre ele enquanto ele olhava para ela. As mãos dele deslizaram até os


lados das coxas, deslizando em direção a sua bunda até que suas mãos agarraram sua parte inferior, puxando-a para si. — Me beije. Lily se inclinou tocando a boca com a dele. Shade abriu os lábios, chupando a língua. Lily explorou sua boca, saboreando o toque de menta em sua respiração. Sua mão deslizou para frente esfregando sua virilha através do material fino de seu short. O lugar que ele estava esfregando sua pele de forma provocativa com um breve toque antes de deslizar para trás, não lhe acariciando de verdade apenas uma promessa. Lily gemeu incapaz de ajudar a si mesma. Ele deslizou a mão em suas costas até que a sua bunda estava empurrando de volta contra sua mão e os braços rodearam o pescoço. Shade se inclinou para frente, se levantando, suas coxas apertavam os quadris dele enquanto a levava de volta para seu quarto. Ele abriu a porta e a fechou com o seu pé. Curvando-se, ele a deitou ao lado da cama antes de se levantar e ficar de pé entre suas coxas abertas. Ele se virou para a mesa de cabeceira, ligando a lâmpada pequena. A luz acesa a fez se perguntar o que estava acontecendo em seu cérebro e o que ela estava fazendo. Em uma fração de segundos, ela se virou e correu para o outro lado da cama, respirando pesadamente. Seus seios subiam e desciam com a respiração irregular. Empurrando o cabelo do seu rosto, ela notou onde a sua atenção estava focada. — Pare com isso, Shade. — Lily soltou um suspiro profundo, inconscientemente esfregando sua barriga. — Eu não posso fazer isso. — Ela apontou para a cama. — Por que não? — Ele perguntou, olhando para ela com diversão. Seus olhos caíram para os movimentos da mão dela. Lily soltou a mão. — Porque eu não estou pronta ainda. Eu não mudei de opinião se eu quero... — Ela fez uma pausa. — Eu sempre planejei esperar até que eu


estivesse casada. — Lily baixou os olhos para o chão. — Isso significa muito para mim — ela terminou sem jeito, ciente que seu rosto mostrava constrangimento. — Entendo. — Shade caminhou em direção à porta, abrindo-a para ela. Aliviada, ela caminhou em direção à porta. — Obrigada senhor. — Ela lhe deu um sorriso aliviado. — Sem problemas. — Lily lhe deu um olhar curioso quando passava pela porta, surpresa e um pouco magoada. Ela não esperava que ele aceitasse tão bem. Ele estava pensando em encontrar sexo em outro lugar se ela não fizesse? Não era como se ele tivesse que procurar muito. Melancolicamente, ela o seguiu até as escadas e para o seu quarto, onde ela tomou banho e se trocou enquanto usava o chuveiro no corredor. Ela teve de apertar os dentes quando desceu para o jantar e ele realmente assobiava. Evie tinha colocado um enorme assado com todos os acessórios. Lily comeu enquanto observava Shade conversar com os outros na mesa. Isso a pegou de surpresa ao ver que alguém estava faltando. — Train ainda não voltou? — Lily perguntou com uma careta. — Com quem você está preocupada? Killyama ou Train? — Rider questionou com um sorriso. Toda a mesa começou a gargalhar. Lily queria jogar alguma coisa neles; Eles simplesmente não entendiam a mulher feroz. Ela gostaria de pensar que por debaixo da atitude rude de Killyama jazia uma mulher doce, mas não havia. Isso era Sex Piston. Killyama era tão feroz no interior como era do lado de fora. Lily realmente gostava disso sobre ela; Ela era leal e não leva desaforo de ninguém. Sua melhor característica era que ela foi a única que tinha salvado a sua vida, ela protegeria qualquer um com quem ela se preocupasse. A porta se abriu e fechou com um estrondo. Todos se sentaram observando quando Train pegou um prato, colocando comida e,


em seguida, sentou-se à mesa. — Tudo bem? — Perguntou Rider. — Bem, o que?— Perguntou Train com um olhar. — Como foi? — Como diabos você acha que foi? A mulher é uma porra de uma lunática. Ela pensou que eu a deixaria dirigir a minha moto. — O que aconteceu quando você disse não? — Perguntou Lily, temendo sua resposta. — Ela tentou subir na minha frente. Eu quase destruí a minha moto. — Ele levou a boca para a sua cerveja, e tomou um longo gole. — Quando eu a trouxe de volta para o carro dela, ela realmente pensou que eu transaria com ela. — Ele balançou a cabeça em descrença. — O que aconteceu quando você disse não? — Perguntou Lily apreensiva. Desta vez Train permaneceu quieto. O silêncio chocado fez Train levar a cerveja à boca, terminando-a em um longo gole. Lily tentou sufocar uma risada, mas ela não foi bem sucedida. — Será que você conseguiu domar a cadela? — Rider perguntou com um sorriso. Com isso, todo mundo desabou. O punho de Train voou acertando Rider na mandíbula e o derrubando para trás, e ele caiu. Lily gritou se levantando da mesa, prestes a ir para ajudar Rider, mas Shade pegou seu braço, puxando-a para longe. Train se jogou sobre Rider quando ele tentava se levantar. Os dois lutaram no chão, lançando seus punhos violentamente um para o outro, golpeando qualquer parte do corpo que pudessem alcançar enquanto Viper e Nickel tentava separá-los. — Pare! — Gritou Winter. — Vocês dois estão assustando Lily. — Todos, exceto Winter congelaram olhando para Lily, esperando que ela


tivesse um de seus ataques de pânico. Beth relaxou primeiro acostumada com as maquinações de Winter. Os olhos violetas brilhando de Lily fizeram os outros membros se voltarem para Winter desconfiados. Ela encolheu os ombros, sentando à mesa, e depois continuou a comer. Lily se juntou a ela quando os outros retomaram gradualmente suas cadeiras. Finalmente, Train estendeu a mão para Rider, ajudando-o a se levantar. Ambos retornaram aos seus lugares para terminarem os seus próprios jantares. Aos poucos, a atmosfera relaxou e ninguém mais se atreveu a perguntar qualquer coisa sobre o passeio de Train. Lily e Beth arrumaram a mesa, deixando Winter e Ember cuidar dos pratos. Shade, Train e Rider começaram um jogo de cartas, enquanto vários outros começaram a jogar bilhar no canto da sala. Uma vez que todos estavam se comportando bem, Lily permaneceu lá embaixo, conversando com Stori. Quando Raci e Jewell desceram, porém, Lily sabia que era hora de desaparecer. Passando pela mesa de jogo, Shade estendeu a mão, puxando-a para sentar em seu colo enquanto ele continuava a jogar cartas. As costas de Lily estavam para a sala para que ela fosse incapaz de ver o que estava acontecendo atrás dela. Ela relaxou contra Shade, olhando para suas cartas. Alguém colocou uma música e ela ouviu os móveis sendo movidos para que eles pudessem dançar. Lily estava determinada a subir quando terminasse a mão que eles estavam jogando. Quando Shade ganhou, ela bateu palmas para ele. Então eles começaram outro jogo. — Você quer jogar? — Perguntou Shade. — Eu não sei jogar — disse Lily com pesar. — Eu vou te ensinar. A próxima hora Shade lhe ensinou como jogar. Rider se levantou da mesa, indo para a cozinha e depois voltando com cervejas para os homens,


colocando um refrigerante na frente de Lily. — A menos que você queira uma cerveja? — Não, obrigada. — Lily abriu o refrigerante, tomando a bebida. Um gemido soou atrás dela e ela começou a se levantar. — É a sua vez — Shade a lembrou. Lily pegou a sua vez, tentando ignorar os gemidos crescentes. Se obrigando a prestar atenção ao seu jogo. Ao julgar os sons atrás dela era tarde demais para ela sair de qualquer maneira. Gradualmente, os gemidos morreram e Lily foi capaz de se concentrar mais uma vez. Ela estava ganhando progressivamente e uma pilha de dinheiro estava parado em frente a ela. Ela não podia parar o pensamento das pessoas na igreja que ajudaria no natal. Ela agarrou seus mais recentes ganhos que estavam na frente dela. — Otário. — Ela sorriu para Train do outro lado da mesa. — Sorte de principiante; — ele murmurou, organizando outra mão. Lily olhou para suas cartas sufocando o sorriso que ameaçou sair forte. — Posso entrar? — Jewell veio por trás de Train, rodeando o pescoço. Ele a agarrou e a puxou para o seu colo e lhe passou a mão. — Aposta. Lily tentou não notar a mão de Train passeando pela coxa de Jewell. É hora de ganhar dinheiro e sair, Lily pensou. — Eu não tenho nenhum dinheiro. Que tal jogar por favores? — A mão de Jewell foi para o colo de Train. — Tudo bem para mim. Eu preciso do meu quarto limpo — Train brincou puxando a blusa. Jewell golpeou seu ombro de brincadeira. — Tudo bem com você, Lily? — Perguntou Shade, seu braço


circundando sua cintura. Lily podia ver os três homens sentados na igreja neste domingo. — Estou dentro. — Eu não gosto desse olhar vingativo em seus olhos, mas eu estou dentro. — Rider concordou. Lily olhou com expectativa para Shade. — Você tem certeza que quer jogar? — Ele perguntou para ela. Ela assentiu com a cabeça ansiosamente. — De acordo. Train deu as cartas. Lily olhou para as suas cartas, ainda sorrindo. Ela teve que apressadamente colocar uma expressão impassível no rosto ou ela perderia antes de sequer começar. Quando chegou a hora de colocar as apostas, Jewell pegou um bloco de papel e escreveu os serviços domésticos. Rasgando do bloco ela o atirou para o meio da mesa. — É claro que isso significa um monte de serviço que pode ser feito na casa. — Train escreveu no papel — Uma hora de meu tempo — jogando o pedaço de papel no pote. Rider fez o mesmo em seguida Shade. Quando lhe entregou o papel, ela escreveu o que os homens tinham escrito. — Uma hora de meu tempo — não querendo desempenhar qualquer um dos serviços que Jewell provavelmente havia planejado. Lily rasgou o papel, jogando-o na pilha crescente. O jogo continuou. Quando chegou a hora de apostar novamente, a caneta e papel fizeram a ronda novamente. As apostas de todos permaneceram as mesmas, exceto de Jewell. A boca de Lily abriu quando ela descreveu o que tinha escrito. Ela estava prestes a jogá-lo na mesa. — Uh, desculpe-me. Não é nada pessoal, mas eu não quero isso. — Você tem certeza? — Jewell não tentou esconder sua decepção. — Tenho certeza. — Lily respondeu com firmeza.


— Talvez você devesse apenas apostar o que nós estamos? — Shade sugeriu. Jewell escreveu, — Uma hora de meu tempo. — O jogo recomeçou. Lily estava praticamente pulando no colo de Shade; Suas cartas eram boas. Em seguida, virou um inferno. Lentamente, mas inexplicavelmente, Lily percebeu que ela estava perdendo. Minutos depois, Shade sorriu enquanto ele limpava os ganhos do outro lado da mesa. Lily não sabia o que a deixou mais chateada, se era por ter perdido ou porque ele tinha as apostas de Jewell. — Para mim já deu. Bom jogo. — Disse Shade. Sua mão nos quadris a colocou de pé para que ele pudesse se levantar. Ele estendeu a mão sobre a mesa, pegando os seus papéis, em seguida, colocando no bolso antes de voltar para recolher os ganhos de Lily e entregá-los para ela. — Obrigada; — disse ela, levando o dinheiro dele. — O prazer foi meu. Até mais. — Shade acenou para a mesa. Lily se virou para ir ao andar de cima. — Lily. — Ela virou a cabeça para vê-lo acenando. — Nós vamos ficar lá embaixo por algumas horas primeiro. — Lily parou. — A menos que você queira renegar uma aposta? Todos na mesa fizeram uma pausa, olhando para ela. Lily limpou sua voz. — Claro que não. — Eu sabia que você era honesta, indo à igreja tão frequentemente como você faz. Lily relutantemente seguiu Shade para o andar de baixo, ficando um pouco atrás. Ela ainda estava tentando descobrir como ela havia ficado nessa situação atual, quando Shade fechou e trancou a porta. — Shade… — Tire suas roupas. — Lily não se mexeu.


— Então você não pretende manter sua palavra. Ela puxou uma respiração pesada. — Sim, mas escolha outra coisa. Shade colocou a mão no bolso, retirando os pedaços de papel, folheando eles. Abrindo um, ele lhe mostrou o pedaço de papel. — Não há exceções ou exclusões neste papel. Você deveria ter feito isso bem claro. — Eu pensei que coisas como essa só contariam quando fossem redigidas como Jewell fez. Eu não... — Então você deveria ter perguntado. Novamente, não há exceções. Ganhei várias horas de seu tempo. Faça-o ou você não pretende manter sua palavra? — Sim; — Lily finalmente respondeu. — Bom. Agora tire a roupa. — Quando ela não se moveu, apenas ficou impotente olhando fixamente para ele, ele suspirou. — Lily, você confia em mim? Quero dizer, realmente confia em mim? — Lily pensou sobre o tempo que ela o tinha conhecido, como ele sempre foi gentil e amável com ela, apesar da suspeita que ela tinha de que ele não era um homem amável. Na verdade, ela acreditava que ele era exatamente o oposto. Mesmo quando ele tinha ameaçado a casa de Beth e Razer, ele ainda não tinha tirado vantagem fazendo-a ter relações sexuais com ele. Ele a tinha feito dormir na cama, e se ela fosse honesta, tinha ficado muito doente do chão depois de duas noites. Ela se lembrou do estofamento extra no chão em seu canto seguro. Com isso, os pensamentos estalaram no lugar. Ela tinha um lugar seguro no quarto onde ela poderia ir. Ele tinha prometido que ele nunca tocaria nela lá, e ela acreditava nele. Ela ainda fez. Ela teve sua resposta. — Sim, eu confio em você.


— Bom, agora tire suas roupas. Desta vez, eu vou deixar você ficar com o seu sutiã e a calcinha. Será que isso te faz sentir melhor? — Lily assentiu com a cabeça, aliviada que ele havia cedido e não exigido que ela ficasse nua. Ela se despiu tirando as roupas e as colocando na cadeira. Enquanto se despia, ela viu Shade retirar sua camiseta e remover suas meias e botas. Quando ela se virou para encará-lo, a porta de seu armário estava aberta e ele estava procurando por seus itens. — Deite-se na cama. Lily subiu na cama, sentando-se em seus joelhos esperando. Shade ligou o som; A sala se encheu com música suave. Quando Shade subiu na cama ao lado dela, seu dedo traçou o rosto e sua garganta. Ela engoliu a seco quando a mão dele baixou e ele traçou as bordas de seu sutiã por cima dos seios dela. Sua respiração acelerava com o seu toque. — Você tem belos seios. — Os lábios de Shade traçaram o mesmo caminho que os seus dedos, analisando a pele acima de seu sutiã branco liso. Ele ergueu a mão e, em seguida, Lily viu quando ele afivelou uma algema com pele de couro com reforço em seu pulso. Ela abriu a boca para protestar. — Sem exceção, Lily, — Shade lembrou a ela mais uma vez. Ela fechou a boca. Outra algema de couro sobre seu outro pulso. — Deite. Ela se deitou no colchão quando ele estendeu a mão para pegar outra coisa na mesa de cabeceira. Ele trouxe correntes que clicaram no lado das algemas. Uma de cada vez, ele trancou cada uma das correntes no gancho posicionado na parte inferior da cabeceira que o colchão tinha mantido escondido. Quando Shade sentou de joelhos olhando para ela, Lily temeu olhar o que ele pegaria na mesa de cabeceira desta vez. O lenço de seda liso era quente e não tão assustador de olhar como o chicote que ela


tinha pensado que ele pegaria. Depois que Shade amarrou o lenço de seda em torno de seus olhos, ele deslizou a mão através de sua barriga onde seus músculos tremeram. Ele não disse nada enquanto sua mão passou sobre o corpo dela, demorando em seus tornozelos antes de sentir o roçar de seus lábios. Então sua mão viajou para os quadris enquanto seus lábios roçaram onde sua mão tinha estado. De novo e de novo, ele explorou todas as áreas de seu corpo com as mãos e boca. Quando sua mão deslizou para a calcinha, retirando-a, Lily ficou tensa. Sua mão se posicionou entre suas coxas, explorando-a quando ele deslizou facilmente através de sua carne úmida até suas pernas tentarem se fechar para pressionar sua mão com mais força contra ela. Seu leve toque não seria capaz de trazê-la a borda para chegar ao clímax que ela estava esperando. A música começou a ficar mais alta, o ritmo mais rápido, enquanto ela tentava capturar aquele fiapo de toque que estava prestes a deixá-la louca. — Shade, por favor... Um tapa afiado contra sua vagina quase a levou ao clímax. Lily estremeceu. — Como é que você deve me tratar quando estamos nessa cama? — Senhor. — Agora me pergunte da forma correta. — Senhor, por favor, eu quero gozar. Sua mão saiu dela imediatamente e Lily queria perguntar o que ela tinha feito de errado desta vez; No entanto, seu corpo se moveu entre suas pernas. Sem nenhum aviso, ela sentiu a boca em sua vagina, sua língua encontrando e deslizando entre os lábios e por seu clitóris, esfregando-o em um frenesi que a fez arquear. O calor úmido de sua língua se movendo


causava um prazer insuportável. Lily não conseguia pensar em nada que a fizesse se sentir tão bem ou nunca experimentou o que ela estava experimentando agora. Ele primeiro lambeu e chupou seu clitóris criando espasmos, que a fez gritar quando o seu clímax e a música aumentaram e, em seguida, terminou abruptamente antes de voltar para um ritmo suave enquanto ele acariciava seu corpo, trazendo-a para baixo do orgasmo ao mesmo tempo deixando uma dor. Ela queria mais dentro dela. Ele subiu em cima dela, soltando as correntes e tirando as algemas antes de retirar a venda dos olhos. — Obrigado por confiar em mim, Lily. — Ele escovou um beijo carinhoso na bochecha dela. — Você é bem-vindo, Senhor. — Shade sorriu para ela, ajudando-a a sair da cama e vestir as roupas. Ele se vestiu enquanto ela colocava os sapatos novamente antes dele guardar tudo de volta em seu armário, trancar e levá-la pela sala com um braço em torno de seus ombros para seu quarto no andar de cima. Lily colocou seu pijama e subiu sonolenta na cama, mas incapaz de cair adormecida até que Shade viesse para a cama, puxando as cobertas sobre os dois. Ela se deitou, olhando para o teto no quarto escuro, compreendendo como Bliss havia se tornado viciada em seus jogos. Ela estava apavorada que ela também ficasse, e ao contrário de Bliss, ela nunca se recuperaria da sua perda uma vez que ele fosse embora.


Capítulo 32 Lily teve que se forçar a sair da cama na segunda-feira. Nas duas semanas desde a ação de graças, ela estava trabalhando em tempo integral na fábrica e em seus dias de folga, ela trabalhava na loja da igreja. Pastor Dean tinha tentado três paroquianos que ele pensou que fariam bem gerenciando a loja, mas eles tinham provado ser incapazes de fofocar sobre a renda de todos, ou pensavam que o que saia da loja saia de seus próprios bolsos ou então não davam a atenção suficiente. Eles até mesmo fizeram as pessoas que precisavam se afastar. Felizmente, Pastor Dean tinha conseguido com a presença de Lily ou Rachel e eles foram capazes de evitar todo o mal que poderia ter causado ao crescimento do programa. Lily levou xícara de café para a fábrica. Abrindo a porta, ela estava ciente de que estava dez minutos atrasada, quando Georgia deu um sorriso malicioso enquanto colocava uma marca vermelha na folha de ponto de Lily. Ignorando-a, Lily colocou sua xícara de café em sua mesa de trabalho antes de ir para a placa onde ela não viu encomendas postadas. Todo mundo que chegava tinha pegado ansiosamente por ser segunda-feira. Na sexta-feira, a placa ainda estaria meio cheia. Ela foi para o computador, pegando a próxima encomenda e fazendo uma cópia. Com a encomenda na mão, ela começou a se mover ao redor da sala, enchendo-a. Ao meio-dia, ela tinha completado vários pedidos. O almoço foi gasto com Shade no telefone na maioria das vezes, falando com um fabricante. Ela tinha estado estranhamente de mau humor esta manhã, e depois do almoço ficou muito pior. Desde aquela noite, há duas semanas Shade não a havia tocado. Ela começou a perguntar se ele tinha descontado as apostas incluindo as de Jewell que era a única com quem ela realmente se preocupava.


— Lily. — Shade chegou à porta de seu escritório com o celular em sua mão. — A jarra de café não está funcionando; Você poderia ir até a casa e me pegar um copo? — Pegue você mesmo! — Ela surtou, batendo o dispensador de fita na mesa de trabalho. A sala ficou em silêncio na sua observação afiada. — Eu vou buscá-lo para você, chefe; — Georgia oferecia com um falso sorriso doce. — Não, obrigado Georgia. Eu cuidarei disso. Lily venha aqui; — Lily começou a recusar esse pedido também, mas percebeu que ela tinha empurrado a sua sorte o suficiente para o dia. Ela entrou em seu escritório, fechando a porta atrás dela. Shade havia retornado à sua cadeira atrás da mesa e girou a cadeira para encará-la na porta. — Quer me dizer que carrapicho prendeu em sua bunda? — Não, eu não sei. — Em vez dele ficar com raiva como qualquer homem normal, ele deu a ela um sorriso que fez um tremor escorrer por suas costas. — Tranque a porta. — Tudo bem. — Lily foi até a porta, prestes a fazer a sua fuga. — Do lado de dentro, Lily. E se você pensa em me desobedecer, não tenha nenhuma dúvida que eu vou puni-la na outra sala em frente a cada homem e mulher que estiver trabalhando. Nós realmente não queremos perturbar o seu trabalho ainda mais, não é? — Eu acho que não. — Lily relutantemente trancou a porta. — Quando eu lhe pedi para fechar a porta, você sabia de que lado eu queria que você estivesse não é?


— Sim. — Lily lentamente se virou para encará-lo. — Entendo. Você estava sendo fofa. Eu gosto de fofo; Você ser uma espertinha não é fofo. Para referência futura, isso me irrita. — Sinto muito, senhor. — Lily pensava em distrair sua ira, no entanto, ela teve um mau pressentimento que era tarde demais. — Boa tentativa, eu aprecio o esforço. Sim, era tarde demais, pensou Lily, quando sua mão foi para a régua que ele mantinha em sua escrivaninha. — Venha aqui. — Seus pés a levaram para a mesa, ao lado de sua cadeira. — Se incline sobre minha mesa. — Lily estava tentada a recusar, mas se lembrou de suas palavras que ele poderia lidar com isso na privacidade de seu escritório ou no meio da estação de trabalho. Lily se inclinou sobre a mesa, que estava quase vazia desde que Shade a manteve intocada. Quando ele chegou depois que outro membro tinha estado no escritório e feito uma bagunça, ele os fez limpá-la antes deles saírem. — Agora, se você responder a minha pergunta, você vai ter um passe livre. Se não, bem, a sua bunda irá lhe responder, não vai? — Lily assentiu com a cabeça. — Por que você foi insolente comigo? — Porque eu não quis te trazer o seu café? — Lily não pôde evitar a resposta sarcástica. Quando sentiu a mão em suas costas, levantando a parte de trás de sua saia, Lily jogou um olhar em sua direção. Shade se levantou, olhando para o que ele tinha descoberto. Nada aconteceu. Lily virou a cabeça para ver sua expressão. Ela se levantou, com a saia caindo para o seu no lugar antes de ir para o canto da sala. Shade caiu na gargalhada. — Jogada inteligente.


Ele se sentou à mesa, se inclinando para trás casualmente, passando as mãos sobre seu estômago plano. — Você é uma grande surpresa com a sua pequena calcinha sexy. Antes era aquela vermelha que sempre me deixava louco imaginando-a em você. Agora que eu vi você com a roxa de renda, eu tenho uma nova cor favorita. — Lily apertou os dentes. Tudo o que ele estava fazendo e dizendo estava atingindo os nervos. — Então, você vai me dizer o que está errado ou você vai ficar aí pelo resto do dia? — Eu não sei o que há de errado comigo. Lily explodiu. — Tudo está me incomodando: Você, Geórgia, Jewell, a igreja. Escolha. Shade se inclinou mais em sua cadeira, seu sorriso se alargando. — Que tal resolvermos um problema de cada vez. Como eu estou te incomodando? Sua boca se abriu e fechou. — Você está me dando nos nervos, me dando ordens por aí. Você nunca faz o que eu espero que você faça. — Como o quê? — Como não usar as minhas horas, não me tocando e quando você entra em uma sala você apenas irrita os meus nervos. — ela terminou, tentando pensar em algo que ele fez que realmente a fez ficar com raiva e chegando a um espaço em branco. Como ela poderia esperar que ele entendesse o que ela estava tentando dizer quando ela percebeu o quão estúpida soava para si mesma. — Ok, vamos resolver esse problema depois. O que Geórgia fez agora? — Ela fez uma careta para mim esta manhã quando eu entrei atrasada. Ela não é uma pessoa agradável. Shade concordou. — Eu posso concordar com isso. Ela não é, mas


ela é uma boa funcionária. Você chegou atrasada? — Sim, — ela disse de mau humor. — Por quê? — Seus olhos se estreitaram em seu rosto. Lily sabia que ela parecia cansada. Ela tinha colocado um brilho rosa fraco em seus lábios e um pincel de blush para dar um pouco de cor. Ela tinha certeza de que ambos já tinham saído há muito tempo agora. — Eu estava cansada; — Lily admitiu. — Então você está irritada com Georgia porque você estava atrasada e ela fez uma careta para você quando alguns chefes teriam pelo menos lhe dito algo sobre estar atrasada. Lily pensou nisso por um minuto. — Eu posso ter errado — ela admitiu, já não gostando da direção que a conversa estava tomando. — Agora que isso está resolvido, vamos passar para Jewell. O que ela fez? — Nada. — Então, como é que ela está te incomodando? — Lily não sabia como sair da situação complicada se não falasse a verdade. — Você tem o que ela apostou. — Ela parou de falar, estreitando os olhos com a sua expressão. — Ou não tem? — Eu tenho, é isso que incomoda você? — Sim. — Tudo bem. — Shade abriu a gaveta da mesa antes de puxar os pedaços de papel. Ele os abriu e contou vários antes de colocar os restantes de volta em sua gaveta. — Aqui, você pode ter eles. — Ele entregou os papeis. Lily saiu do canto, pegando os papéis antes de apressadamente voltar ao seu espaço seguro.


— Agora, o que está incomodando você na igreja? — Lily olhou para suas mãos. — Pastor Dean não consegue encontrar alguém para gerenciar a loja da igreja. Ninguém fora da igreja quer a posição porque não receberá um salário. Ninguém na igreja faria o bem que ele quer, porque não paga, e as poucas pessoas que se voluntariaram foram horríveis. Jordan Douglas disse a todos em sua classe de estudo bíblico quanto dinheiro as pessoas que foram a loja tinha. Marie Newman disse a Lark Jackson que ele não precisa de um casaco novo porque o que ele tinha era muito bom. Ele usava uma jaqueta fina! Laverne Thomas disse a Willa para manter as roupas que ela estava doando porque da forma como o seu peso oscila, ela provavelmente precisaria deles novamente daqui a alguns meses. — Lily soltou um suspiro irritado. — Então, o trabalho precisa de alguém que esteja qualificado a julgar com base na necessidade financeira se as pessoas que vão, realmente necessitam de ajuda e que seja sensível à sua privacidade e trabalhe os cinco dias da semana, de graça? — Sim! Oh, e ainda precisa ser legal; — Eu conheço a pessoa perfeita, — disse Shade com uma expressão triste. — Você sabe? — Perguntou Lily, esperançosa. — Sim, você. Eu não consigo pensar em ninguém mais qualificada. — Eu? Eu não posso assumir o cargo — Lily protestou. — Eu não vejo por que não. Ele lhe dará a oportunidade de usar a sua formação de um jeito que realmente vai beneficiar aqueles que necessitam especialmente as crianças, que é o que você queria fazer. Você vai ter uma melhor noção do que está acontecendo em suas casas do que uma assistente social com tempo limitado. Qualquer pessoa que despertar a


suas suspeitas, você pode dizer à Knox. Você seria sensível à sua privacidade e você nunca iria fofocar. Mas acima de tudo, você tem qualificação e o mais importante você é extremamente legal. — Lily sorriu para o elogio. — Mas quanto ao pagamento? — Eu tenho dinheiro suficiente para nós dois. — Ele ergueu a mão antes que ela pudesse interromper. — Mas desde que eu sei que você quer o seu próprio dinheiro, eu vou pedir aos irmãos para cada um doar dinheiro suficiente para pagar o seu salário por um ano. — Eu não posso lhes pedir para fazer isso. — Você não vai, eu vou. De qualquer forma, eu já tenho várias horas suas das apostas. Lily pensou duro por um segundo antes de sair do canto, dando a ele a aposta de Jewel volta. — Não se esqueça de pedir aos membros femininos — ela lembrou. — Eu não vou esquecer. Sente-se melhor? — Lily assentiu com a cabeça, em seguida, mordeu o lábio. — O que? — Há uma família que vai à loja. Eles têm dois filhos. Poderia o pai ter meu trabalho? Eu sei que há uma lista de espera, mas desde que você disse que meu trabalho é extra, você pôde? Shade gemeu. — Dê-lhes o meu número. — Ok. — Lily felizmente foi para a porta. — Lily, nós não terminamos. Venha aqui. — Ela deixou escapar um suspiro. Sim, agora ela se lembrou de que havia um problema que ele tinha deixado para o final. Ela começou a voltar para seu canto, mas não queria parecer grosseira. Ao invés, ela caminhou de volta ao redor da mesa,


chegando a ficar ao lado de Shade. Ele se levantou, fazendo-a se inclinar até que as mãos dela estavam em suas costas pressionadas contra a mesa. — Eu acho que também descobri por que eu estava irritando os seus nervos. — Você descobriu? — Sim, descobri. Você vê, às vezes, quando uma mulher quer um homem, seu corpo permite que ela saiba, deixando-a... Como posso colocálo delicadamente? Tesão. Sim, essa é a palavra que estou procurando. Você está com tesão. — Eu não estou com tesão! — Eu posso provar o que está te incomodando — disse Shade presunçosamente, se inclinando sobre ela, pressionando-a contra a mesa. Sua mão foi para sua coxa, subindo por seu quadril. — E, eu posso corrigir esse problema para você, também. — Você pode corrigir o fato que você é um idiota arrogante? — Isso eu não posso, mas eu posso corrigir aonde você não vai se importar. Quando sua boca cobriu a dela, cortando sua resposta inteligente Lily literalmente se afogou sob seu toque. Ela tinha sido privada de sua boca na dela tanto nos últimos dias que ela imediatamente abriu a dela mais amplo, deixando-o levar o que ele queria e ela precisava dar a ele. Sua mão escorregou para debaixo da saia dela, empurrando-a até a cintura. Ele deu um passo atrás, puxando a calcinha antes de sua mão se mudar para a sua boceta. Lily não estava envergonhada por ele a encontrar molhada e necessitada por seu toque. Alguns toques contra o clitóris a deixou perto de gozar. Ele empurrou com mais força a sua mão enquanto tirava sua boca longe da dela. Ofegante, Lily passou as mãos pelo cabelo curto, atraindo-o


mais perto dela. Sua mão saiu de sua boceta, tirando levemente o cós da saia contra sua barriga tensa antes de soltá-la indo para camisa expondo o sutiã roxo combinando. Shade tirou os seios do sutiã, seus olhos azuis surpreendentes olhando os dela. Ele inclinou-se e colocou a boca sobre o mamilo, sugando-o, lambendo o bico. — Eu ainda estou te incomodando? — Não muito, — Lily gemeu quando ele brincava com o mamilo dela. Shade se levantou, ficando em pé. Lily podia se ver refletida em seu olhar claro. Seu rosto era uma máscara de necessidade torturada. Suas mãos foram para a fivela do cinto, desafivelando e descendo o zíper de seu jeans, e Lily congelou, suas memórias arrastando sua luxúria de volta ao presente. — Olhos em mim, Lily. Seus sonhos de uma noite de casamento perfeito se intrometeram, mas ela não protestou quando ele se inclinou sobre ela. Ela precisava dele. Ela não seria a primeira, nem a última mulher que tinha se dado esse sonho particular. Quando o pênis de Shade esfregou contra a pele da boceta dela, Lily tentou levantar seus quadris para que ele pudesse deslizar dentro dela, mas sua mão dura a prendeu em seu lugar na mesa. Quando seu pênis deslizava para trás e para frente contra o exterior da sua boceta, seu desejo cravado, querendo-o dentro dela enquanto ele negava essa satisfação. A sensação de seu pênis esfregando contra seu clitóris a levou para o clímax enquanto suas mãos a seguraram firmemente. Seu grito foi sufocado por sua boca quando sentia o pulsar do seu pênis contra os lábios de sua vagina. Ela tremeu com os últimos resquícios de seu orgasmo quando ele se aproximou de sua mesa, puxando vários tecidos da caixa. Ela estava do outro lado da mesa, olhando para ele com admiração enquanto ele gentilmente a limpava antes de jogar os tecidos na lata do lixo e ajudando-a a se levantar. Ele, então se limpou antes de fechar seu jeans.


Lily olhou para si mesma, empurrando seus seios de volta para seu sutiã e, em seguida, para baixo para se cobrir. Sua mão foi para seu queixo, inclinando a cabeça para trás, seu beijo breve e gentil. Recuando, ele a ajudou a se levantar. — Pronta para voltar ao trabalho? Lily assentiu alegremente enquanto ela deslizou para fora da mesa. Ela quase desceu da mesa quando se virou para trás, olhando ao redor do chão. — O que você está fazendo? — A voz satisfeita de Shade a fez olhar rapidamente para os seus olhos, um rubor aparecendo em suas bochechas. — Eu estava procurando minha calcinha. — Seus olhos procuram o chão novamente. A mão de Shade saiu de seu bolso. — Esta agora é minha. — Sua mão empurrou a calcinha de volta no bolso. Ela começou a discutir, não querendo voltar a trabalhar sem calcinha; Mas a partir de seu olhar predatório estudando-a sem hesitação, ela decidiu que valia a viagem rápida para casa para pegar uma calcinha. Ela passou pela porta e quando estava fechando ele disse. — A propósito enquanto você vai até a casa para pegar outra calcinha, você poderia me trazer uma garrafa de café? Por favor. — A única resposta de Lily foi bater a porta.



Capítulo 33 Depois do culto no domingo, Lily tinha dito a Beth e Razer para irem ao restaurante que depois ela iria. Ela queria falar com pastor Dean em seu escritório, onde ele prontamente concordou em lhe dar a tarefa de gerenciar a loja da igreja. Quando eles caminharam juntos para o restaurante ela estava tão feliz que sentiu como se estivesse caminhando nas nuvens. Ela passou seu braço pelo do pastor quando eles atravessaram a rua, indo para a lanchonete onde ela agradeceu novamente, abraçando-o com entusiasmo. Rindo, ele se afastou ao mesmo tempo em que Lily convidou-o a se sentar com eles para o almoço e o viu pálido, e seus olhos passaram por cima de seu ombro. Ele disse que se lembrou de ter deixando algo em seu escritório e a deixou praticamente correndo passando pela porta. Lily ficou de boca aberta enquanto olhava pela janela do restaurante quando o pastor corria em frente. Isso deve ser realmente importante, pensou Lily. Virando ao redor, ela caminhou até a mesa dela, vendo Viper de pé atrás de um Shade com o rosto vermelho com a mão em seu ombro. — O que aconteceu? — Lily foi imediatamente para o lado de Shade, a mão em sua testa. — Ele está bem agora. Ele se engasgou com seu café da manhã — disse Viper, retornando ao seu lugar ao lado de Winter. — Obrigada Viper. Estou feliz que você estivesse aqui, — disse Lily com preocupação. — Eu também — disse ele severamente. Lily contou a todos a boa notícia sobre pastor Dean deixá-la gerenciar a loja da igreja e recebeu os parabéns.


— Você tem certeza que é o que você quer fazer? — Beth perguntou, se inclinando mais perto dela. — Sim. Estou feliz por termos resolvido isso antes do natal. Você acha que temos tempo suficiente para conseguir outro lote de brinquedos? O da loja já está acabando. — Tenho certeza que podemos — disse Beth acima dos gemidos na mesa. — Eu estou indo para casa esconder minha carteira. Nós agora não temos apenas Winter constantemente roubando o nosso dinheiro, agora temos Lily com os brinquedos. Eita; — Rider gemeu. — Poderia ser pior — Lily sugeriu. — Como? — Se eu não conseguir brinquedos suficientes, eu vou perguntar a Killyama se ela poderia ajudar a conseguir as doações, — Lily disse, tomando um gole de seu chocolate quente. — Quanto você precisa? — Perguntou Razer, pegando sua carteira. Lily se sentiu confortável brincando e sentando ao redor da mesa. Em algumas semanas ela havia ficado mais relaxada entre eles; Embora não tivesse participado de suas festas e evitava os aspectos sexuais do clube, a menos que ela inadvertidamente tropeçasse em uma de suas sessões. Após o almoço, Shade lhe pediu para ir para lojas de móveis com ele. Os outros voltaram para o clube, enquanto ela e Shade foram para a única loja de móveis da cidade. Felizmente, eles tinham uma grande variedade de mobiliário para escolher. Depois de apenas duas horas, ele tinha conseguido encontrar mobiliário para toda a casa e eletrodomésticos também. Ela tinha gostado mais de suas escolhas, mas quando ele se sentia inseguro, ele pedia a opinião dela e, invariavelmente aceitava a sua decisão.


O balconista parecia que estava no sétimo céu e Lily tinha certeza que ele estaria com a comissão que seguramente conseguiria. — Isso é tudo que eu posso ajudá-lo por hoje? — Perguntou Leonard, segurando o computador portátil que tinha para guiar as compras de Shade. — Vai ser isso; — Shade respondeu, colocando o braço sobre seu ombro quando ela continuava a olhar o mobiliário. — Mas você não escolheu sua mobília para o quarto, — Lily lembrou. — Eu não preciso de mobília do quarto; Eu tenho a mobília do quarto. — O conjunto no porão? — Lily perguntou, olhando para ele. Shade acenou com a cabeça antes de se virar para seguir o funcionário para o caixa. Lily ficou parada atrás, seus pés não se movendo. — Mas o mobiliário não irá combinar com o mobiliário em sua casa — Lily protestou. — Basta olhar as mobílias para o quarto. Você pode encontrar algo que combine melhor. — Eu gosto do que eu tenho, — disse Shade, novamente tentando seguir o vendedor. Lily se recusou a se mover, olhando para o chão. — Não vai combinar. Shade deu um suspiro de frustração, fazendo sinal para o funcionário esperar por ele no caixa. — Olhos em mim, Lily. — Relutantemente ela ergueu os olhos para ele. —

Você

surpreendido.

está

chorando?

Ele

perguntou

obviamente


— Não, eu não choro mais. Você não percebeu? — Eu não posso dizer que percebi, respondeu Shade. — Bem, eu não choro. — Ela retrucou. — Ok. Vamos debater isso mais tarde. Por que minha mobília do quarto não vai combinar com o resto dos móveis que eu comprei? Que foi um conjunto caro, que eu encomendei; — explicou Shade. — Eu não me importo se foi caro, ainda é diferente do resto do seu mobiliário. — Como? — Eles não são novos. — Não são novos? — Shade repetiu. — Não é insanamente novo! — Lily sussurrou gritando para que ninguém pudesse ouvi-la, embora ela notasse Leonard virar as costas para ela não vê-lo rindo dela. Compreensão amanheceu em seu rosto, e ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido. — Eu comprei esse jogo de quarto depois que você foi ferida no verão passado, Lily. Ele ainda é novo. — Os olhos de Lily se arregalaram. — É tudo novo? — Tudo isso, incluindo o colchão e lençóis. E, antes que você possa perguntar, tudo em minha gaveta. Ela ficou vermelha, mas não tentou evitar o olhar divertido. — Então eu acho que ele combina, afinal.

Lily fechou a porta após o último cliente ter saído e olhou pela janela. Este tinha sido um longo dia dando as cestas e perus de natal. Ela


assistiu os flocos de neve que lutavam para voar; os minúsculos flocos de gelo eram mais do que grânulos. — Pronta? — Perguntou Beth, chegando ao seu lado e olhando para fora da janela com ela. Beth tinha dito a ela que Shade tinha lhe pedido para buscá-la, porque ele tinha algo importante para cuidar. Razer estava esperando por elas no restaurante enquanto Lily fechava. — Sim. — Lily se virou para Beth. — Eu tenho um favor para te pedir. Eu sei que deveríamos ir direto para casa, mas eu quero ir até a loja e escolher um presente de natal para Shade. — Vou ligar para Razer e lhe dizer. — Beth enfiou a mão no bolso, retirando o seu celular. Enquanto ela fez a ligação, Lily vestiu o casaco e tirou a bolsa de debaixo do balcão, virando para a Beth que estava na entrada. — Ele diz que está bem. Ele vai esperar fora da loja no carro. — Obrigada. — Elas saíram e Lily fechou a porta atrás delas. — Já decidiu o que você vai dar a ele? — Levei um tempo para descobrir, mas sim, eu sei o que quero dar a ele. — Lily disse incapaz de conter o sorriso.

Uma batida soou na porta. — Entre. — Disse pastor Dean, colocando sua caneta sobre a mesa. Shade entrou na sala, vestindo calças e uma camisa de botão. Seus sapatos


caros eram brilhantes e novos. Pastor Dean se sentou sem compreender exatamente o que ele estava olhando. Quando compreendeu, um sorriso profano surgiu em seu rosto, e ele se sentou ereto na cadeira. — Antes de começarmos, eu estou te avisando que, se você fizer uma piada, você terá que culpar a si mesmo; — Shade, você tem que pelo menos me dar alguma coisa. Um brilho de advertência apareceu em seus olhos mortais. — Como eu disse, é o seu funeral. — Ela só poderia valer a pena — Pastor Dean respondeu, apressadamente levantando as mãos antes que Shade desse um passo adiante. — Eu prometo que vou me comportar da melhor maneira possível. — Você faz isso — disse Shade, ainda não relaxando seu jeito ameaçador. Pastor Dean se levantou vindo em torno de sua mesa. Ele estendeu a mão para Shade balançar. — Eu disse que achava que você não merecia Lily. Vamos ver se você pode mudar a minha mente, John.

Lily acordou na véspera de natal cheia de emoção. Ela sempre tinha amado natal e este não era a exceção. No dia anterior, ela havia terminado as compras de natal e tinha voltado para casa para encontrar Shade ainda desaparecido. Ela havia jantado e ido para a cama sozinha querendo saber onde ele estava, e tinha brevemente acordado quando ele finalmente deslizou na cama com ela, puxando-a para ele. Excitação tomou conta dela quando pulou da cama, indo até a janela e puxando as cortinas. — Está nevando, Shade. — Eu sei. Isso começou a ficar intenso na noite passada. — Ele


resmungou nas cobertas. Lily pulou de volta na cama. — Eu amo a neve. — Eu sei. Você me disse. — Shade sorriu, puxando-a de volta para baixo. Lily rodeou o pescoço dele com os braços. — A sua família abre os presentes na véspera de natal ou no dia de natal? — O quê? — Shade perguntou, sem entender o que ela queria falar. — Cada família faz isso de forma diferente. Algumas famílias abrem os seus presentes na véspera de natal, outros no dia de natal. Nós sempre abrimos na véspera de natal, porque eu não podia esperar. — Abrimos no dia de Natal. — Oh. — O rosto dela caiu em desapontamento. — Mas eu posso abri-lo na véspera de natal. — Não, eu vou esperar até amanhã. Eu não quero quebrar a tradição. Pode ser má sorte. — Eu não acredito em má sorte. — Eu ainda não estou lhe dando o seu presente até amanhã; — ela provocou. Shade saiu da cama, indo ao banheiro para tomar banho e se vestir, dizendo que Lily leva muito tempo, então ele estava indo primeiro. Lily estava deitada na cama, esperando que ele saísse. Ele saiu do chuveiro barbeado, vestindo um belo jeans que ela não tinha visto antes e uma camisa azul escura. Ele passou um olhar para fora da janela. — Está previsto parar de nevar esta tarde. Vem cá, Lily. — Ela saiu da cama, determinada a não deixar que a sua prepotência na véspera de natal a incomodasse. Ela parou junto a ele na frente da janela e, em seguida, Shade foi para a mesa de cabeceira e a abriu retirando um


envelope antes de voltar para ela e colocá-lo em sua mão. — Este presente não é tecnicamente para você. Abra-o. Lily abriu o envelope, leu as palavras no papel. Ela olhou de volta para ele com pura alegria. — Olhe a data. — A assinatura do documento da terra onde a casa de Beth e Razer foi construída foi assinado um dia depois de ela ter visitado Diamond em sua casa. — Eu não sei o que dizer Shade. Obrigada. — Por nada. — Pegando os documentos e os colocando na cadeira ao lado da janela, ele enfiou a mão no bolso e tirou uma pequena caixa, colocando-a em sua mão. — Este presente é para você. — Os dedos de Lily tremeram quando ela retirou a fita e, em seguida, abriu a caixa. Dentro havia um anel de diamante sobre uma cama de veludo. — Quer se casar comigo? — Shade estava de joelhos na frente dela. Ela começou a chorar, dizendo a si mesma que desta vez não contava, porque era muito especial. Pela primeira vez, ela não teve que pensar em sua resposta. — Sim, eu quero me casar com você. — Shade se levantou, beijando-a com tanta paixão que teve os braços rodeando o pescoço. Ele tirou os braços, se afastando. — Bom. Agora você precisa tomar banho e se vestir. Nós vamos nos casar em duas horas. — Ele caminhou para a porta e começou a abri-la. — Espere. Do que você está falando? Nós não podemos nos casar em duas horas. Casamentos têm que ser planejados e... — Eu já planejei tudo e o que eu não consegui, Beth e Winter cuidaram. Você quer neve em seu casamento no inverno. Olhe pela janela.


Você conhece o tempo no Kentucky e pode levar mais de um ano antes de nevar novamente. Eu não vou esperar um ano para me casar. Além disso, como você pode agendar neve? — Eu não sei — disse Lily espantada. — Eu também não. Então, tudo que devemos fazer é casar hoje, até a neve nós temos. Conversei com o pastor Dean e temos a sua bênção. — Você falou? — Lily estava assombrada e em estase, ela não achava que o pastor Dean gostava de Shade. — Eu fiz. Então vamos fazer isso? — Sim. Você precisa que eu faça alguma coisa? — Não, está tudo pronto. Os irmãos e eu passamos metade da noite organizando isso. Mas eu tenho uma pergunta rápida. — O que seria? — Perguntou Lily. — Eu tenho que convidar Sex Piston e sua equipe?


Capítulo 34 — Você tem certeza sobre isso, Lily? — Lily se afastou da porta onde elas estavam esperando que os convidados ocupassem seus lugares. — Sim. Olhe para o lado de fora daquela porta, Beth. Como eu não me casaria com um homem que fez isso para mim?— As irmãs olharam para o lado de fora para o país das maravilhas no inverno que Shade e os Last Riders tinham criado para ela. Era tudo o que ela tinha sonhado e muito mais. A neve no quintal da igreja estava praticamente intocada, exceto onde os convidados pisaram sobre ela. Tinham esperado a cerimônia começar no quintal para eles não terem que ficar no frio por muito tempo. — Shade estava planejando isso desde que a previsão do tempo avisou que teríamos neve. Eu não acho que ele esperaria até o último segundo para perguntar; — Lily sentiu Beth examinando o seu rosto. — Lily... Lily se virou a irmã, pegando a mão dela. — Eu quero me casar com ele, Beth. Eu não sei se eu teria conseguido passar por isso nos últimos meses sem ele. Eu o amo. Ela olhou para onde Shade estava de pé em seu smoking preto; Ele nem parecia que estava com frio. Ela viu seu próprio reflexo no vidro da porta, no vestido de casamento de renda da sua mãe adotiva e véu que estava sobre o seu cabelo preto e que caia até o chão em uma bela cauda que ia escovar a neve enquanto ela caminhava para Shade. — Eu não posso chorar; Vou acabar com minha maquiagem; — disse Beth, sorrindo entre lágrimas.


— Será que vamos colocar este show na estrada ou não? Eles estão congelando suas bundas lá fora. — Como se na sugestão, Killyama abriu a porta para elas. Ela foi única da tripulação de Sex Piston capaz de chegar a tempo para o casamento. Stud se recusou a deixar sua esposa na estrada durante uma tempestade de neve e as outras ficaram presas na neve em suas ruas. Killyama foi à única onde as estradas estavam limpas. A mulher que apareceu não era a que Lily estava acostumada. A cadela motoqueira tinha sido substituída por mulher muito feminina cujo cabelo não tinha sido tão mexido pela primeira vez em sua vida; estavam soltos em seus ombros com uma cor rica uísque escuro. Sem a sombra louca nos olho ela tinha olhos castanhos que não pareciam tão assustadores também. Ela usava o vestido verde apertado que Sex Piston tinha comprado no dia que todas foram as compras, o que acentuou um corpo que faria uma instrutora de fitness chorar. Ela parecia quente, mas Lily não se importava como ela estaria vestida enquanto ela estivesse lá. Beth respirou fundo. — Pronta? — Sim. — Ela olhou para o arco cheio com luzes de fadas, onde pastor Dean e Shade estava à espera. — Eu estou mais do que pronta.

Os convidados congelando saíram logo após o casamento. Shade tinha convidado apenas pastor Dean e Killyama para a sede do clube para a recepção privada; Ambos recusaram. Pastor Dean tinha o culto de véspera de natal naquela noite e Killyama queria voltar para Jamestown antes que o tempo deixasse as estradas ainda piores. Lily disse adeus a Killyama antes de subir no carro de Beth. Ela viu Train se aproximar da mulher antes que ela pudesse entrar em seu carro. Ela não podia deixar de ouvi-los discutirem quando as outras mulheres subiram na traseira do carro de Beth. Os homens estavam montando suas motos, exceto Shade e Train que


estavam andando no caminhão de Rider. Winter e Viper estavam fazendo o transporte em seu SUV. — Você teve sua chance, Você não quis. Agora vá se foder. — Lily fez uma careta quando ela ouviu as duras palavras de Killyama; No entanto, ela não tinha nenhuma dúvida que provavelmente Train merecia muito pior. Ela observou quando Killyama entrou no carro, ignorando o homem enquanto ele estava tentando falar com ela. Train teve que pular para fora do caminho para evitar ser atingido por ela, finalmente desistindo e subindo no caminhão de Rider. Ela não culpava a mulher; Train era tudo sobre as mulheres na casa. Ele era... Um pensamento repentino golpeou Lily. Ela se virou em seu banco para olhar para as mulheres no banco de trás quando Beth saia do estacionamento. Raci, Bliss, Evie, Jewell, Ember e Stori olharam para ela. — Quem é o pior? — Perguntou Lily, olhando para as mulheres. — É Train? — As mulheres nem sequer perguntaram sobre o que ela estava falando; Elas sabiam sobre o que ela estava perguntando. Seus olhos iam e vinham entre si. — Lily, não faça isso. É o dia do seu casamento, — disse Beth. Lily se virou para frente novamente. O silêncio que saia do banco de trás era terrível. Shade era o pior. Lily voltou a pensar em cada incidente que ela havia testemunhado desde que tinha se mudado para o clube dos Last Riders e sabia que não foi há tanto tempo que Shade também tinha participado... E agora ela sabia que ele tinha sido considerado o pior entre eles pelo próprio clube. Sua mente girava enquanto se dirigiam para casa, quando Beth virou para entrar no estacionamento. Quando ela estacionou e desligou o motor, os membros femininos aproveitaram a oportunidade e escaparam. Beth se virou para ela. — Fale com ele. — Lily deu um sorriso, tentando recuperar a


mesma alegria que ela tinha possuído antes de ter deixado a igreja. — Eu vou. Vamos ver se podemos andar até as escadas sem quebrar nossos pescoços. — Os homens acabaram levando-as até as escadas, em seguida vários voltaram para limpá-las para qualquer um que chegasse depois. Tão logo Shade a colocou de pé, ela fugiu para o quarto para se trocar. Lily pegou uma suave calça marrom e um suéter verde. Vestida, ela voltou lá para baixo, onde os homens estavam em pé no bar parabenizando Shade. Ela observou os homens da escada, sua mente não processando que eles estavam bebendo, mas a camaradagem que compartilhavam. Uma ligação como a deles era inquebrável; Morreriam um pelo outro sem um segundo de hesitação. Shade a viu em pé na escada e veio para ela. Suas mãos rodearam sua cintura, carregando-a dos dois últimos degraus e segurando-a contra seu peito. — O que você está fazendo? — Ele perguntou. — Olhando você. — Ela sorriu, tocando sua bochecha. — Por quê? — Shade sorriu para ela. — Shade, nós precisamos conversar. Nós deveríamos ter conversado antes de nos casarmos esta manhã. — Seu tom sério limpou o sorriso dele. — Hoje não. — Mas, eu realmente preciso dizer a você... — Não hoje, ok? Hoje é véspera de natal, dia do nosso casamento e nós não estamos falando sobre qualquer outra coisa, exceto o casamento. — Ok. — Lily concordou com sua exigência. — Eu vou tirar essa roupa. Eu nunca vou esquecer isso. — Eu acho que você vai sobreviver, — Lily brincou. Shade a desceu roçando seus lábios com os dela. Antes que ele pudesse começar a


subir as escadas, ouviu uma batida na porta, Shade lhe deu um sorriso rápido. — Eu tenho uma surpresa para você; — disse ele, voltando para abrir a porta. Quando ele abriu, Lily avistou Penni de pé na varanda. Quando viu Shade, ela se jogou em seus braços. — Você grande idiota. Somente você me daria um dia de aviso para chegar aqui. Meu voo estúpido foi cancelado, e eu acho que eu nunca vou passar pelas estradas de Lexington. Eu nem sabia que vocês dois estavam se vendo. Como é que nenhum de vocês me disse? Shade colocou Penni no chão. — Devagar, Penni. Se você não tivesse tão ocupada com seu novo trabalho, você saberia, — ele disse a ela. Penni viu Lily quando ele deu um passo para trás. — Lily! — Ela a agarrou puxando-a para um abraço apertado. — Eu perdi de vê-la em seu vestido de casamento. Eu deveria ter estado lá; — ela lamentou. — Está tudo bem. Razer fez um vídeo para nós, — Lily tentou manter a reserva na voz dela, mas ela não foi bem sucedida. Os olhos de Penni mostraram a sua dor, mas ela não era de levar nada sem dar a volta por cima. — Eu sei que você provavelmente está com raiva de mim por não lhe contar que Shade era meu irmão, mas ele ameaçou levar o carro se eu lhe dissesse. — Lily viu o rosto de Shade ficar em branco com as palavras reveladoras de sua irmã. — Seu carro? — Sim. O que ele me comprou para me transferir de faculdade para que eu pudesse ser sua companheira de quarto porque ele não queria que Beth se preocupasse. Você vai fazer parte do clube agora; Eles vão proteger você como eles fizeram com a Beth. Estou muito contente; Você tende a ser


um pouco propensa a acidentes. — Penni finalmente parou para respirar. — Eu não sou propensa a acidentes; — Lily negou, tentando processar as palavras da amiga. Ela estava chegando à conclusão que Shade era um homem desonesto. Penni revirou os olhos para sua negação. — De qualquer forma, isso não importa mais. Vocês têm o meu irmão mais velho para cuidar de você agora. — Seu meio-irmão. — Isso não importa. Nossas famílias se dão bem. Não foi um divórcio litigioso. Nossa mãe estava apenas doente de se mudar a cada dois anos. Nossos pais são bastante legais; Especialmente o pai de Shade... — Vamos guardar isso para outro dia. Ele não pode vir para o casamento. Ele e minha madrasta estão na Flórida, estão em férias. Ele só acabou de se aposentar; — Shade explicou a Lily. — Por que você não leva Penni para a cozinha e a deixa ver a todos enquanto eu vou me trocar. — Você já encontrou com eles antes? — Lily perguntou surpresa. — Claro, desde que eu era pequena; Ás vezes alguns deles ia lá em casa quando ele visitava. Lily pegou o casaco de Penni, e o pendurou no armário quando Shade subiu as escadas. Era difícil ficar zangada com Penni por muito tempo; Sua personalidade não iria deixá-la permanecer distante, a menos que você estivesse disposta a ser definitivamente ruim para ela. Seu temperamento estourado estava sempre em contraste direto com um próprio temperamento calmo de Lily. Assim que pôs os pés na cozinha, a presença de Penni criou um pandemônio quando todo mundo tentou cumprimentá-la ao mesmo tempo. Lily se candidatou a ajudar a cozinhar enquanto Penni se sentou à mesa da cozinha, contando para todos os membros sobre seu novo trabalho.


— Eu absolutamente amo isso. Neste momento, é principalmente papelada enquanto eu organizo os locais para os shows, mas uma vez que sairmos em turnê eu estou esperando que seja mais emocionante. — Shade voltou em sua calça jeans normal e camiseta. — Se não é o irmão que eu conheço e amo. Eu quase não te reconheci naquele terno, ou com aquele sorriso que você estava usando; — Penni brincou. — A comida está pronta. — Beth disse a todos. Lily e Shade comeram enquanto Penni descrevia todos os lugares que ela tinha reservado para a turnê que começaria no mês que vem. — Kaden Cross até concordou em fazer dois shows por aqui. Nós estaremos em Lexington e todos vocês, é melhor vir! Vou apresentá-los a Kaden e sua esposa. Eu fiz amizade com ela e a amiga dela. — Estou feliz que você conheceu novos amigos. — Penni concordou com entusiasmo. — Sua amiga é casada com um membro de um clube de motoqueiros. Consegue acreditar? Na verdade, eu conheço dois clubes agora. Claro, vocês provavelmente poderiam chutar suas bundas. — Ela ficou quieta por um segundo inteiro. — Talvez. — Qual é o nome deles? — Shade perguntou, com os olhos em sua irmã. Lily sorriu para o grande irmão Shade se manifestando. — Os Predators. — Se ela não o tivesse observando, Lily teria perdido a ligeira mudança em sua expressão e o deslocamento de seus olhos para Viper. Os Last Riders tinha ouvido falar dos Predators, e Lily podia ver que eles não gostavam deles. Ela não precisava ouvir suas próximas palavras para saber isso. — Fique longe deles, Penni, muito longe.


— Isso vai ser difícil de fazer; — ela protestou. — Eu não me importo, apenas faça. — Shade ordenou, olhando para ela. Penni olhou para seu irmão enquanto Lily ficava olhando o concurso de vontades. — Eu vou ficar longe deles, tanto quanto possível. — Admitiu Penni. — Eu nem sequer sei por que estamos discutindo isso. Eu só estive perto deles algumas vezes. — Ela desviou os olhos e alguma pequena parte de Lily lhe disse que não era algo que ela conseguiria esconder. Shade pegou isso também. Penni era sua irmã; E ele pegaria algo tão facilmente quanto Lily. — O quê? — Perguntou Shade. — Nada. Eu só acho que você está sendo super protetor. A maioria deles parece ser bons homens. Eles ajudaram minha chefe sair de uma enrascada neste verão. Eles cuidam da segurança, às vezes. — A estrela do rock precisa desse tipo de segurança? — Shade questionou, e Lily notou que todos os homens na mesa estavam ouvindo atentamente. — Eles precisaram quando eu estava fazendo o meu estágio. Kaden foi atacado por um homem louco que queria algo de sua esposa. — Você se machucou? — Todo comportamento de Shade mudou; Ele era, obviamente, protetor. — Não. Quando voltei a mim, já tinha terminado; — disse Penni, enchendo seu prato novamente. — Você vai sair. — Não eu não vou. Eu sou uma garota grande e eu posso cuidar de mim mesma. O cara que me nocauteou está na prisão, então relaxe. — Deixe-me saber se ele sair.


— Eu vou. — A personalidade brilhante de Penni não deixaria Shade intimidá-la. — Agora eu posso terminar o meu jantar? — Sim, mas você ainda está saindo. — Não, eu não vou sair. — Penni repetiu. — Pare com isso, vocês dois. Vocês estão me dando dor de cabeça. — Lily ficou entre eles. — Pare de brigar, Shade. Ela trabalha para uma banda. Eu não me preocuparia com outro clube de motoqueiros e o perseguidor da esposa de Kaden. E sim com drogas, sexo e as festas que ela vai estar em contato na turnê que você deveria estar preocupado. — Disse ela sabiamente. — Traidora — Penni assobiou. — Eu não pude resistir. — Lily respondeu, levando a cerveja que Penni estava bebendo para longe. — Eu acho que é meio engraçado Shade avisando sobre um clube de motoqueiros quando ele ajudou a fundar um, e ele está bem ciente que, por vezes, você pode estar no lugar errado na hora errada. Tenho certeza que seu chefe estava passando por um momento ruim. Você mesmo disse que o homem responsável está na prisão agora. — Lily se virou para Shade.— Sua irmã é inteligente o suficiente para sair de uma situação em que ela possa se machucar. — Isso é certo. — Penni sorriu para seu irmão. — Eu acho que eu vou gostar de ter Lily como a minha cunhada. Ela pode ser capaz de mantêlo fora de minhas costas. — Tudo bem, eu vou deixá-la em paz por agora, mas se acontecer alguma coisa, saia. — Eu vou estar fora de lá como um raio, — Penni concordou. — Bom, agora que está resolvido, podemos desfrutar de um jantar?


Eu tenho que ficar pronta para o culto de natal. — Lily disse, lembrando Shade. — Os irmãos e eu vamos ficar aqui cuidando de algumas coisas enquanto você estiver fora. — Tudo bem. — Ela realmente não esperava que ele fosse mesmo. Ele nunca frequentou a igreja antes; Ela não se atreveria a pensar que seu casamento mudaria esse aspecto do comportamento de Shade. A igreja era uma grande parte de sua vida, não na dele. Ela se perguntou que partes de seu comportamento mudaria em seu casamento. Ela deveria ter pensado nisso ante de dizer sim e se casar com ele hoje. Isso era tarde demais agora. Bem... Realmente, tinha sido muito tarde quando percebeu que ela tinha se apaixonado por ele, apesar de saber de seu passado. Ele não tinha dito que a amava, mas ela estava com muito medo que ele falasse. Ela não queria que ele a amasse até que soubesse sobre o seu passado, a mulher que ele amava era uma ilusão. Já era hora de Shade conhecer sua verdadeira esposa, Callie.


Capítulo 35 Não havia muitos paroquianos no culto da véspera de natal quando as mulheres chegaram lá. Lily se sentou no banco entre Penni e Beth quando pastor Dean deu um sermão eloquente que comoveu todos na plateia. Depois, eles tiveram sua ceia na igreja onde Lily tinha aceitado os parabéns daqueles que não tinham assistido ao casamento. Eles não vão durar muito tempo; Todas as mulheres querem passar a noite com seu marido. Lily queria se beliscar cada vez que ela se referia a Shade como tal. — Ouvi dizer que você conseguiu fazer Shade colocar um anel em seu dedo. Quando é que o bebê vai chegar? — A cabeça de Lily se virou em choque com as palavras duras que saíram da boca de Georgia. — Eu não estou grávida. — Lily engasgou. — Por que ele se casaria com você? Você esteve dando a ele por meses, vivendo em pecado. Você deveria ter vergonha, vir à igreja, estando perto de boas mulheres cristãs. — A voz cheia de despeito de Georgia foi ouvida por toda a sala. Cabeças se viraram para ouvir quando Georgia continuou seu discurso. — Cale a boca, Georgia. Você não pode falar com ela desse jeito; — uma Willa normalmente tímida defendeu Lily. — Eu posso falar com ela da maneira que eu quiser. Ela é uma vagabunda e todos nesta igreja sabem disso. Tanto ela quanto a irmã dela. Seu pai rolaria no túmulo se soubesse que as suas filhas tinham vivido em pecado antes de se casarem. — Baixa a voz. — Willa fez outra tentativa de silenciar a mulher. — Não me diga para ficar quieta novamente. A única razão pela


qual você não está lá se prostituindo com os amigos dela é porque nenhum daqueles motoqueiros gosta de sua bunda gorda. Lily suportou e levou abuso verbal de Geórgia, mas ela não deixaria difamar Willa. — Georgia, você precisa ir e levar seus amigos intrometidos por aquela porta agora. — Quando Beth e as outras mulheres dos Last Riders finalmente conseguiram passar pela sala lotada, Lily podia ver que elas pensavam que estavam vindo em sua defesa. Ela não precisava de ajuda; Ela podia cuidar de si mesma. — O que você vai fazer se eu não for? — Georgia se preparou afastando os pés, a mulher, na verdade, pensou que Lily começaria uma luta em seu local de oração. Ela honrava muito a Deus para se abaixar ao seu nível; No entanto, ela tinha dado a outra face muitas vezes para fazê-lo novamente. Hoje à noite, Willa tinha sido magoada, porque ela tinha tentado afastar os ataques verbais de Georgia. Lily deu um passo à frente, olhando diretamente nos olhos de Georgia. Ela baixou a voz tanto quanto podia para que o menor número de paroquianos pudesse ouvir. — Georgia, você não é uma pessoa agradável e eu, como boa cristã, tenho tentado ignorar as suas repetidas calúnias contra mim e minha irmã. Considerando que os seus comentários são pura mentira e você os espalha por toda congregação, os comentários que estou prestes a dizer são a verdade. Meu pai era pastor desta igreja há muitos anos, e enquanto ele não espalhava fofocas dentro da igreja, ele em certas ocasiões, discutia sobre determinados paroquianos com a minha mãe. — Georgia empalideceu. — Sim, Georgia, eu sei. Beth sabe também, e nenhuma de nós abriu a boca para dizer a outra pessoa que você passou um ano no centro de reabilitação, que meu pai ajudou a encontrar para os seus pais quando eles arrastaram você das ruas onde estava se prostituindo por algumas pílulas. Nunca pense


que você tem o direito de jogar pedra em qualquer mulher como Beth e Willa. — Do que ela está falando, Georgia? — Uma de suas amigas fofoqueiras perguntou. Lily saiu do caminho para que Georgia pudesse pegar seu casaco e fugir das suas amigas que a estavam bombardeando de perguntas quando ela saiu do salão de confraternização. — Lembre-se de nunca ficar com raiva de mim; — disse Bliss em reverência. — Você se lembra de que eu pedi desculpas, certo? — Uau, estou impressionada. Vejo que você não precisa mais de mim — regozijou-se Penni. — Eu gostaria de ter gravado para que Razer pudesse ter visto. — Disse Beth orgulhosamente. Lily colocou seu casaco. Ela não estava orgulhosa de si mesma, mas se Georgia não tivesse perdido o controle suficiente para ter atacado Beth e Willa, ela teria continuado a ignorar a mulher. Lily não conseguia entender o motivo que fez a mulher perder o controle assim. Ela tinha que saber que Razer e Shade a demitiriam se descobrisse. Willa estava colocando em seu casaco quando Lily interrompeu sua saída. — Lamento que ela estivesse sendo tão odiosa para você por minha causa. — Ela não estava querendo me provocar por sua causa. Nós fomos para a escola juntas, e ela sempre me odiou. Ela tornou o ensino médio horrível para mim. — Willa disse. — Eu espero que ela te deixe em paz a partir de agora. — Lily tentou soar encorajadora. Willa balançou a cabeça. —Georgia nunca vai mudar. Boa noite, e parabéns de novo. — Obrigada, Willa. — Lily deu um abraço de adeus a Willa


desejando ter o dom de Rachel apenas por um segundo para fazer Willa se sentir melhor.

As mulheres falaram sobre Lily ter colocado Georgia no lugar todo o caminho para a casa. Quando Beth parou na sede do clube, todas elas subiram os degraus agora brancos com a neve. — Tem sido um longo dia, não é? — Disse Beth, quando ela estava chegando na porta. Lily pegou o braço dela. — Eu vou ficar aqui fora por alguns minutos e pegar um ar fresco. Eu entrarei em breve. Beth fez uma pausa, mas, assentiu com a cabeça. — Não fique muito tempo, está frio. — Eu não vou. — Lily voltou a descer os degraus, voltando para o caminho que levava para detrás da casa. Ao passar pela casa, ela ouviu as vozes de dentro dos membros. Ela parou por um breve segundo, ouvindo a emoção e risadas. Ela não prestou atenção nas palavras que eles estavam dizendo, apenas para suas vozes. Eles se pertenciam, mesmo Penni, que os conhecia por anos. Só Lily ainda era uma estranha. Lily começou a andar novamente, tomando o caminho para a agora familiar casa de Shade. Subindo os degraus que ela queria sentar, mas ela não queria voltar para casa com o vestido úmido da igreja e com a bunda molhada. Ela se encostou na varanda em vez disso. — Por que você está aqui? — Shade perguntou chegando ao pé da escada, olhando para ela. — Você não poderia ter escolhido um lugar melhor para construir a sua casa. A vista é... Perfeita. Quando eu fico aqui eu sinto como se eu


pudesse chegar e tocar o céu. Parece bobo, mas é tão alto aqui que eu acho que Deus pode me ouvir um pouco melhor. — Ela deu um sorriso distorcido a Shade. — Quando eu era uma garotinha, eu orava e orava durante a noite. Minha verdadeira mãe não era uma frequentadora de igreja. Se não fossem as minhas amigas, eu não saberia que havia um Deus. Elas me falavam sobre Ele. Minha mãe não acreditava, isso explica muito para mim. — Lily, pare. Eu lhe disse, hoje não. Não no dia do nosso casamento. — Eu tenho que dizer a você hoje, Shade. Hoje é o dia que você me fez sua esposa. — Seus braços circularam o poste em que estava encostada, tentando encontrar a força para dizer de uma forma que ele pudesse entender. — Eu não sabia o que era um pai, então minhas amigas tentaram explicar isso para mim. Quando me disseram, comecei a chorar, porque eu queria um. Eu não tinha muito; Sem bonecas ou brinquedos, mas eu nunca chorei por aquilo. Mas quando elas me disseram o que era um pai, eu realmente queria um desses. Minhas amigas não sabiam o que fazer, mas, em seguida, uma delas correu para o apartamento dela e saiu com uma bíblia e elas me falaram sobre Deus, como ele era o pai de todos. Gostava de falar com Ele sempre que... Sempre que eu precisava dele. Eu não sabia que ele poderia me ouvir. Eu não achava que estava perto o suficiente. — É por isso que eu amo as montanhas. Eu me sinto mais perto de Deus. Quando eu vim para as montanhas, Ele me deu pais que me amavam. Ele me deu Beth e ele me deu você, Shade. Meu marido. Você sabe por que eu não queria fazer sexo com meu marido antes de estar casada? Porque eu queria estar limpa e renovada, porque eu sou suja, imunda... — Você porra, nunca fale isso de novo! — O pé de Shade surgiu no


primeiro degrau. — É a verdade, Shade. Eu dormi com mais homens do que qualquer mulher naquela casa, e você merece saber isso. Eu não posso lhe dar minha virgindade; Eu perdi há muito tempo atrás e tudo sobre a vida que tive, eu esqueci até a noite do Halloween. — Meu desejo era que você nunca tivesse lembrado. — A voz calma de Shade não escondeu a angústia em sua voz. — Eu não. Isso estava me destruindo, Shade. — Não havia nada que valesse a pena lembrar. — Suas palavras duras a fizeram se endireitar do poste. — Oh, sim, havia. Havia duas meninas que eram como irmãs. Quando minha mãe finalmente se cansava e queria dormir, ela me levava para uma babá. Eu sei que a minha mãe não a pagava; Ela gastava todo o seu dinheiro em outras coisas, só não comigo. Fui criada com duas belas pequenas meninas. Eles me amavam o suficiente para se importar se eu tinha comida para comer, se eu tinha brinquedos para brincar ou se eu tinha um toque normal. Elas seguravam a minha mão constantemente quando nós saíamos. Elas estavam constantemente com medo de me perder. Nós sentávamos no parque infantil e fingíamos que fugiríamos quando nós ficássemos velhas o suficiente. Vida era doce e sensível. Ela adorava animais. Ela queria viver em uma fazenda. Sawyer era mais aventureira. Ela queria se divertir. Ela escolheu a Disneylândia e eu queria ver a aurora boreal. — Era por isso que você queria ir para o Alasca. — A voz suave de Shade levou a sua atenção para o passado. — Eu tinha que correr para algum lugar; — disse ela baixinho. — Naquela noite em que estávamos olhando aqueles livros deve ter provocado


uma memória. Minha mente estava tentando me lembrar do meu passado. Um passado que eu não pertenço tanto quanto eu não pertenço a este lugar. — Ela se levantou de pé no degrau mais alto, olhando para ele. — Você pensou que eu era uma mulher jovem, inocente, que nunca tocou em álcool. Você não sabe que eu era vendida por uns trocados. Eu fiz coisas que me fazem doente. Como posso pertencer a lugar algum quando eu sei como nojenta eu sou? — Lily, olhe para essa casa atrás de você. Eu construí a casa para você, todos os quartos, esta varanda, estas escadas, para você, para nós e para as crianças que teremos. — Sua voz cheia de paixão mostrou força suficiente para ajudá-la a suportar o fardo de seu passado. — Eu te amo. Quando digo isso, eu não digo levemente. Eu digo isso porque quando eu olho para você, eu vejo um anjo que Deus deixou escapar por entre os dedos para mim. Lily, você pertence. Você me pertence. Você sempre vai me pertencer. — Shade subiu os degraus, varrendo-a em seus braços. — Sempre. Ele a levou pela porta da frente de sua casa, levando-a para dentro e fechando a porta atrás deles. Alcançando o lado da porta, equilibrando ela, enquanto ele acendia as luzes. Lily olhou ao redor da sala cheia de móveis. — Quando foi que você fez isso? — Ela perguntou, vendo os móveis que tinham acabado de escolher no dia anterior. — Enquanto você estava na igreja esta noite. Os irmãos e eu quebramos as nossas bolas enquanto você estava fora. — Como é que você conseguiu que a mobília fosse entregue tão rápido? — Ela estava surpresa com quanto eles tinham feito, combinando os móveis. — Eu ameacei Leonard, mas eu também lhe dei uma grande comissão — Shade disse com tristeza.


— Fizemos bem, — disse Lily, tentando descer para que ela pudesse olhar mais de perto da cozinha. — Deixe-me descer; Eu quero ver a cozinha; — Lily disse, exasperada. — Mais tarde. Eu vou lhe mostrar o quarto primeiro. — Seu sorriso perverso derreteu seu coração. Shade a carregava para o quarto onde a porta já estava aberta. Shade a levou completamente, colocando-a no chão em seu novo quarto. Toda a mobília do quarto tinha sido movida e havia velas colocadas em vários lugares por todo o quarto, dando-lhe um brilho suave. A cama estava feita com as cobertas puxadas para baixo. Sobre a cama estava o presente que ela tinha comprado para Shade ontem. — Beth me fez prometer tê-lo na cama esperando por você. — Que horas são? — Perguntou Lily. — Onze e meia. — Isso é perto o suficiente. Eu acho que é hora de eu lhe dar o seu presente de natal. — Lily foi para a cama, pegando o pacote, e então foi em direção ao banheiro. — Espere. Eu pensei que você iria me deixar abrir? — Eu irei. Dê-me dez minutos. — Lily desapareceu no banheiro. Esse banheiro era ainda melhor do que o do porão, se isso fosse possível. Em vez de um chuveiro no teto tinha dois, e o banco era mais longo e mais largo com um mármore preto que ela podia ver seu reflexo. Ela tomou banho e secou o cabelo antes de abrir o pacote, tirando o conteúdo. Vestir a roupa demorou apenas alguns minutos. Ela se olhou nervosamente no espelho, respirou fundo por coragem, e abriu a porta do banheiro. Shade já estava deitado na cama esperando por ela. Suas tatuagens de cores diferentes estavam destacadas sob a luz das velas.


— Esse é o melhor presente que eu já tive. Venha aqui e deixe-me abri-lo. — Seus intensos olhos azuis não saíram do presente que ela tinha comprado. Lily deslizou na cama ao lado dele, consciente de que estava nu. — Venha aqui. — Shade colocou a mão atrás de seu pescoço, puxando-a para mais perto dele. O espartilho de renda branca que estava usando não tinha alças, abraçando e empurrando seus seios cheios e mostrando a sua minúscula cintura em comparação com os quadris largos. A renda terminou apenas acima da minúscula calcinha de renda branca. Sua boca foi para os seios, passando contra o sutiã. — Eu não ganho um beijo? — Shade levantou a cabeça, seus lábios dando-lhe um breve beijo duro antes de retornar a seus seios. Lily começou a rir, seu medo e nervosismo desaparecendo. — Você não pode fazer melhor do que isso? — Ela brincou. — Anjo, esses seios são... Eu estou tentando pensar em uma palavra boa o suficiente para descrevê-los. — Sua mão foi para os pequenos ganchos que desciam sobre o espartilho de renda, desabotoando-os. Quando terminou, ele espalhou o espartilho. — Magníficos do caralho. — Sua mão empurrou um globo encontrando a ponta com os lábios. Ele chupou apenas a ponta do mamilo antes de liberá-lo. Sua mão, em seguida, foi para o outro seio, segurando-o antes de baixar a boca até a ponta, e sugá-lo, em seguida, liberá-lo. — Fodidamente lindo. — Acho que você é um homem de peitos; — Todos os homens são homens de peitos, — ele respondeu, olhando para os seus seios em reverência. Lily deitou-se na cama, esticando os braços antes e estendendo a mão para ele. Shade se curvou cobrindo a boca com a dela, dando-lhe o beijo que ela tinha desejado. Ela precisava daquele beijo para mostrar a ela que era Shade e ninguém mais em sua noite de núpcias; Os pesadelos de


seu passado não estavam presentes agora. Ele abriu os lábios com a língua, seduzindo-a com a selvageria do seu gosto e o deslizamento suave de sua língua contra a dela. Sua boca, em seguida, foi para o seu pescoço, explorando a carne com pequenos movimentos de sua língua enquanto sua mão deslizava para coxa dela, indo direto para a sua boceta, encontrando seu broto e esfregando-o com golpes que já estavam deixando perto de seu clímax. — Shade, eu preciso de você. — Uma de suas pernas esfregava contra a dele na tentativa de dizer a ele o que ela precisava. — Você não está quente o suficiente ainda. — A boca de Shade foi para o seu peito de novo, tomando seu mamilo em sua boca. — Sim, eu estou. — Lily vivamente discordava dele. Se ele continuasse esfregando sua vagina, ela gozaria antes dele entrar nela. Então compreensão caiu sobre ela, o que ele estava tentando dizer. Ela estava apenas ali, o deixando fazer sexo com ela. Ele queria dizer a ela que estavam fazendo amor. Suas mãos deixaram os ombros dele, explorando cada centímetro de sua pele, descobrindo seu corpo; Ele tremeu quando os lábios dela roçaram a pele na base de sua garganta, seu corpo magro tinha músculos duros como pedra. Quando os dentes roçaram seus mamilos, ela aprendeu como seu corpo se sentia quando ele se movia se estabelecendo entre as coxas. As palmas das mãos deslizaram ao longo de sua caixa torácica, circulando sua cintura para segurá-la mais apertado quando ele deslizou seu pênis dentro dela. Lily memorizava como os seios dela se sentiram quando ela os arqueou contra o peito dele, em seguida, quando ele esmagou com o seu peito. Ela não queria esquecer qualquer momento de sua noite de núpcias, então quando os monstros tentaram ameaçá-la, o beijo de Shade afastava cada lembrança dolorosa até que tudo o que restava eram ele e esta noite. Sua noite de núpcias. A sua primeira vez. Lily virou a


cabeça para sussurrar em seu ouvido: — Eu amo você, John Hunter. — Lily, eu não sabia que um homem pudesse amar uma mulher tanto quanto eu te amo. Eu não mereço você, mas eu nunca vou deixar você ir. Eu não poderia sobreviver sem você na minha vida. Eu não iria querer. — Sua boca cobriu a dela quando suas estocadas aumentaram, levando ambos a um clímax que deu tanto quanto tomou. Deu-lhe uma maneira de expressar seu amor e tomou uma parte de sua alma quando diminuiu, transformando os dois em um, para sempre entrelaçados.

Shade rolou, puxando Lily em seu peito. — Isso foi lindo; — disse Lily, acariciando seu pescoço. — Você gostou? — Sim, eu nunca esperei... Sim, eu gostei muito. — Ela riu contra seu pescoço. — Bom. Isso foi para você. Desta vez será para mim; — disse Shade, se sentando. — O que você está fazendo? — Perguntou Lily com curiosidade. Shade saiu da cama, a pegando e a carregando para o banheiro. Havia três degraus que levavam para baixo para o enorme chuveiro. Shade ligou a água e a música, a água começou a pulsar com a música. — Oh, diabos não! — disse Lily, rindo enquanto ela tentava sair do chuveiro. — Eu apenas sequei o meu cabelo... — Eu vou ajudá-la quando terminarmos, se eu não estiver muito cansado. — A mão de Shade pegou o seu cabelo já molhado, virando a


boca até a dele. A mão dele já estava indo para as loções ao lado do chuveiro. — Se incline contra a parede do chuveiro; — Ele ordenou a ela, erguendo a boca e se afastando. Com um sorriso, Lily foi para a parede do chuveiro, recostando-se contra ela. Ele abriu o frasco derramando um pouco em sua mão antes de esfregá-las em seus minúsculos cachos negros. Lily tentou bater na mão dele. — O que você está fazendo agora? — Eu vou raspar você; — disse Shade, a mão de volta nos pequenos cachos. — Oh, não, você não vai; — Lily protestou. — Sim eu vou. Agora fique parada ou eu vou buscar a minha régua. É a minha vez. — Lily parou, sentindo a mão em seus pelos púbicos, tentando decidir se ia junto com ele ou não. Sua mão foi para a prateleira de novo, puxando uma longa navalha. Isso respondeu à sua pergunta. Ela não ia deixá-lo perto de sua pele sensível. — Me deixe fazer isso. Vou pegar uma navalha normal; — Lily tentou detê-lo. — Mas isso não vai ser divertido para mim. — Shade caiu de joelhos no chuveiro. — Não se preocupe; Eu sou bom nisso. Não tão bom quanto Razer, mas quase tão bom. — Ele raspou os primeiros cachos. — Veja. Isso não doeu, não foi? — O que quer dizer, não tão bom quanto Razer? — Perguntou Lily, sua perna fazendo uma pausa na tentativa de se afastar dele. — Isto é como Razer ganhou seu apelido. — Shade raspava ainda mais cachos. — Eca, isso é muita informação. Eu não preciso saber isso sobre


meu cunhado. Espere um minuto; Beth sabe como Razer ganhou seu apelido? — O que você acha? — Sua voz perversa foi abafada com o riso. — Isso é definitivamente muita informação, Shade. Ele costumava raspar as mulheres na casa? — Lily não pode resistir de perguntar. — Sim. — Shade continuou com a sua tarefa. — Então você é quase tão bom quanto ele agora. Eu acho que eu não preciso saber quem assumiu para ele, não é? — Lily perguntou sarcasticamente. — Não. — Shade abriu as pernas, uma de cada vez. Lily teria se afastado quando ele começou a raspá-la, mas uma vez com a navalha de aparência letal foi pressionada contra sua virilha, ela congelou no lugar. Quando ele terminou, pegou o chuveirinho, pulverizando na boceta agora raspada. — Droga. — disse ele em apreciação. — Eu pensei que você fosse um homem de peitos? — Lily brincou. — Eu não tenho favoritos. — Deixe-me fazer agora em você; — disse Lily com voz doce demais. — Isto não é... — Não é a minha vez; — Lily terminou por ele. — Anjo, quando for a sua vez, você pode fazer qualquer coisa comigo que você quiser. — Seus olhos atrevidos olharam para ela. — Vou cobrar isso de você. — Seus pensamentos de vingança foram deixados de lado quando a boca dele foi diretamente para sua boceta. Um segundo ela estava falando com ele, e no próximo ele estava


devorando-a, deslizando sua língua através dos lábios rosa carnudos de sua boceta. A mão de Lily agarrou o seu pescoço, puxando-o para mais perto enquanto sua língua provocava a abertura de sua vagina, mergulhando profundamente dentro dela, puxando para fora antes de mergulhar novamente. Sua língua a fodia até que suas coxas começaram a tremer. Shade se levantou, passando sua língua dando uma varredura final através de seu clitóris. Ele se virou até que ela estivesse de frente para o banco do chuveiro que estava contra a parede. — Se incline sobre ele; — ele gemeu. Lily se inclinou, colocando as mãos no banco. Sua mão nas costas dela, a empurrou ainda mais para baixo até que seu rosto estava em suas mãos. Shade esfregou a ponta do seu pênis através da umidade sedosa de sua vagina, deslizando o longo comprimento entre os lábios. Ela sentiu a ponta tocar seu clitóris, quase a fazendo gozar, mas depois ele mudou de direção. Em seu próximo impulso com vontade enviou seu pênis através do túnel da sua boceta, enterrando-se profundamente dentro dela. Ele se inclinou sobre suas costas, se empurrando dentro dela até o punho. Lily gritou sobre o forte barulho da música enquanto ele estocava dentro dela, se conduzindo para dentro e para fora até que seus gritos tornaram-se gemidos. Seu pé se moveu deixando mais aberta, levando-o a uma profundidade suficiente que ela tentou ajustar a si mesma. — Fique quieta. — Sua boca encontrou a pele macia de seu pescoço. — Eu vou foder você profunda e longamente para você sempre lembrar desta noite. Eu vou deixar a minha marca em sua boceta assim você nunca, nunca vai duvidar em sua mente que você pertence a mim. Você me entendeu? — Sim — Lily engasgou seu próximo orgasmo a conduzindo de volta em seu pênis. Sua mão deslizou em torno de suas costelas, para cima,


agarrando seus seios em um aperto firme para puxá-la de volta para o seu pau estocando. — Quanto tempo, Lily? — Perguntou ele. — Sempre, Shade. Eu sempre vou te pertencer.


Capítulo 36 Lily mordeu o lábio enquanto ela estava na varanda da sede do clube. Era a vez dela de cozinhar o jantar e ela tinha saído para dizer aos homens que o jantar estava pronto. Os homens estavam no estacionamento congelando, observando Rider montar a sua nova moto que ele tinha acabado de comprar, dizendo que a outra estava indo para a sucata. Várias mulheres tinham vindo para ver sua nova moto também. Bliss e Jewell juntamente com Evie ficaram observando Rider sobre a moto. Elas estavam se revezando ao ficar atrás dele, enquanto Viper, Shade e Train estavam conversando. Shade estava sentado casualmente em sua moto de costas para a casa. Raci estava na moto de Rider e saiu quando a moto parou. Ela parecia linda com suas bochechas coradas e jeans apertados. Ela estava usando um top creme fino com uma jaqueta de couro masculina. Lily se perguntava sobre a jaqueta que ela estava usando, já que ela nunca tinha visto Beth vestindo depois desse tempo todo casada com Razer. Quando Raci virou, Lily viu a parte de trás da jaqueta e soube imediatamente de quem era. Foi como se uma faca tivesse sido apunhalada em seu coração. Ela voltou para dentro sem lhe dizer que o jantar estava pronto, indo de volta para cozinha. Ela ficou de pé na cozinha vários minutos olhando pela janela enquanto tentava recuperar o fôlego. Ela começou a orar duro. Poucos minutos depois, ela ouviu a porta da frente abrir e as vozes dos membros. Ela rapidamente se ocupou em colocar uma expressão calma no rosto. — Essa moto me faz querer outra nova. — Train foi o primeiro na cozinha com o resto seguindo atrás dele. Evie e Jewell aproveitaram que os homens estavam conversando para ir para a fila da comida para fazer seus


pratos. Lily viu Shade entrar na cozinha com Viper, Raci e Bliss arrastando atrás deles. Raci não estava usando a jaqueta de Shade. Lily estava tentada a voltar para sua casa, mas ela estava mais determinada a não correr. Pegou um prato, sentando-se à mesa ao lado com Evie e Jewell, obrigando-se a comer enquanto Shade e os outros faziam seus pratos. Shade terminou de encher seu prato e se sentou em frente a ela. Quando ele ia dizer algo, Lily pegou seu prato e se levantou. — Eu terminei Raci. Você pode sentar em meu lugar. — Lily se afastou da mesa quando Raci se sentou. Colocando o prato na pia, ela foi até a porta da cozinha. — Lily? — A pergunta na voz de Shade fez seus ombros enrijecerem. Lembrou a si mesma, que ela queria ser mais como Sex Piston e sua tripulação. Ela sabia exatamente o que Sex Piston faria. Virando-se, ela voltou para a mesa, ignorando Beth e Winter que tinham vindo para a cozinha, só agora saindo do trabalho. Ela andou atrás de Rider e deu-lhe sorriso doce. — Rider, está frio lá fora, e eu deixei minha jaqueta na casa. Posso pegar a sua emprestada? — Rider empalideceu seus olhos indo para Shade. — Isso não vai ser bonito. — Lily ouviu a voz divertida de Beth em suas costas. — Uh, Lily. A jaqueta de Shade está no outro quarto; Você gostaria que eu pegasse para você? — O rosto de Raci estava tão branco como o de Rider. Lily se virou para Raci. Desta vez o sorriso não alcançou seus olhos. — Não, obrigada, Raci. Ride? — Lily se virou para Rider que não tinha tirado os olhos do rosto sombrio de Shade. — Há algum problema? — Ela continuou. — Não é como se seus casacos significassem alguma coisa? Não é como um anel de casamento é? Vou lhe devolver depois. — Desta vez, Lily não tentou esconder sua raiva


ao saber que ela tinha tido razão sobre a importância das jaquetas. — Eu pensei que vocês, homens, fossem todos sobre compartilhar. — Ah! Essa é a Lily que eu conheço e amo — disse Winter, não fazendo nenhuma tentativa em esconder a diversão em sua voz. Rider pegou a jaqueta, que ele tinha pendurado na parte de trás de sua cadeira. — Toque nessa jaqueta, e você não vai se sentar por uma semana; — a voz fria e furiosa de Shade fez todos enrijecerem. — Não importa Rider. Tenho certeza que alguns minutos no frio não vão me incomodar. — Lily se virou saindo pela porta da cozinha Ela estava a meio caminho de volta para sua casa quando ela foi puxada tendo que parar. — Que porra é essa? — A cara brava de Shade olhou para ela. — Não se atreva a me perguntar por que estou com raiva. — Ela puxou seu braço para longe dele e correu em direção a casa. Ela abriu a porta e se virou para fechá-la, mas Shade a impediu vindo atrás dela, fechando-a. Lily o ignorou quando ela acendeu as luzes. — Então, é isso? Tratamento de silêncio? — Shade zombou com os braços cruzados sobre o peito. Lily lançou lhe um olhar irritado, virando-se para encará-lo. — Não há nada a dizer, Shade. — Olhando fixamente para ele, ela enterrou as mãos na lateral do vestido. Mesmo com raiva e magoada como estava, ele a atraia como uma mariposa para a chama, e, assim como uma traça, ela havia lhe dado o poder de destruí-la. Ele estava vestindo jeans escuros e botas com uma camisa preta mostrando seus músculos e realçando o seu corpo. Como ela poderia culpar Bliss ou as outras mulheres de querê-lo, quando a única coisa que ela conseguia pensar era em tocá-lo? Lily suspirou indo para as escadas. — Eu me apaixonei pelo Last Rider mais selvagem? Eu sabia que você era ruim, mas eu não tinha noção do quão ruim, não é?


— Não — Shade não tentou escapar de sua pergunta. — Vai jantar. — Ela subiu os degraus para seu quarto, consciente que ele a estava seguindo. Sua mente voltou para depois de sua cerimônia de casamento e o rosto das mulheres, quando ela tinha perguntado. Ela nunca deveria ter ficado com raiva. Agora ela estava arrependida que a visão de uma das mulheres usando a sua jaqueta a fizesse balançar. Lily não queria ter ciúmes das outras mulheres; Isso afetaria seu casamento. Ela tinha que confiar em Shade ou seu casamento nunca funcionaria. No quarto, ela reuniu seu pijama e foi para o chuveiro, tomar um longo banho, esperando que Shade voltasse para o clube e terminasse o seu jantar. Isso lhe daria tempo para acalmar seus sentimentos feridos sem querer jogar algo nele. Lily ainda pensou em ligar para Sex Piston para um conselho. Quando ela finalmente saiu do banheiro, Shade estava encostado em seu armário com sua camisa e botas removidas. Lily fez uma parada abrupta, olhando para a expressão determinada em seu rosto. Shade tirou um pedaço de papel que ela reconheceu. Era a sua aposta. — Eu vou dar-lhe uma escolha. Ou você pede desculpas ou eu posso ganhar dinheiro com a minha hora. Sua escolha, anjo. — Que realmente não era uma escolha em tudo. Teimosamente, ela o imitou, cruzando os braços sobre o peito. — A aposta — Lily tremeu quando ele deu a ela um sorriso letal. — Eu não sou a única que deveria pedir desculpas. — Tire sua camisola. Lily arrancou o seu vestido, jogando-a em seu rosto presunçoso, seus olhos lançando faíscas violentas. Shade foi para seu armário, abrindo o lado onde ele mantinha os brinquedos, ela estava certa. Ele pegou uma pá, em seguida, colocou de volta para baixo. Em seguida, ele pegou um chicote. Lily engoliu em seco quando ele colocou de volta para baixo. Ele


fez uma pausa de alguns segundos antes de abrir um compartimento de correr ao lado, tirando o que ela tinha só visto em filmes de faroeste antigos que pareciam como um chicote. Lily perdeu a confiança. Olhando para o seu novo quarto, ela escolheu o canto mais próximo e correu para ele, tremendo quando Shade riu. Colocando o chicote na cadeira ao lado do armário, ele voltou para o seu armário e tirou algemas de couro. — Deite na cama, Lily. — Me desculpe. Eu exagerei. — A raiva de Lily fugiu quando ele tinha retirado o chicote. — Você ainda não está arrependida, mas você vai estar. — Ele apontou para a cama.— Cama. Agora. Lily tentou mais uma vez escapar de sua punição. — Mirtilos. — O que foi que eu disse sobre o uso de sua palavra segura para sair de uma punição? — Se fosse possível, seu cenho tornar-se ainda mais feroz. Sua boca estalou aberta. — Se você está prestes a me dizer que você me odeia, eu pensaria seriamente sobre isso. Sua boca fechou. Lily queria chorar, mas canalizou sua Sex Piston interior e teimosamente ergueu o queixo. Deixando a segurança relativa do canto, ela foi para a cama e se deitou. — De costas. — Lily fez uma pausa, em seguida, rolou de costas. Assim que ela estava em seu estômago, ela o ouviu se mover. Ele pegou o seu pulso e colocou a algema de couro em torno de seu pulso, em seguida, se virou para a cabeceira e colocou o anel no gancho fechando. Ele se virou para seu outro lado e fez o mesmo. Ele então se mudou para o pé da cama e afivelou outra algema em torno de seu tornozelo antes de fazer o mesmo com o outro. Ela agora estava amarrada e de braços abertos sobre a cama.


Sua mão roçou sua panturrilha quando ele pegou o chicote. — Eu posso entender você ficar irritada sobre Raci vestir minha jaqueta. Eu não daria a mínima se você tivesse me rasgado como se eu fosse um idiota. O que eu não achei legal foi você tentar fazer Rider ser morto. Se você tivesse tocado alguma coisa dele, ele estaria no necrotério esta noite, irmão ou não. Eu não acho que você compreendeu muito bem o fato de que você é minha, Lily. Minha. — Ela ouviu o assobio do chicote e deu um grito assustado, esperando a dor e a queimação. Ela ficou lá, paralisada de medo, sem saber o que fazer. Quando a ponta do chicote tocou o cabelo na parte de trás do seu ombro, isso realmente pareceu como se ele tivesse escovando com a mão. Ela sentiu apenas o toque mais leve contra sua pele. Pensando que ele tinha errado, ela ouviu o som do chicote novamente, desta vez sentindo-o contra o outro ombro, o toque mais desprotegido como se ele tivesse tocado com um dedo suave. Ela se deitou tensa quando outra série de movimentos a fez sentir como se ele estivesse acariciando-a com toques de vibração. Seu medo diminuiu e ela relaxou contra o colchão, uma lágrima de alívio que ela não conseguiu conter escorregou pelo canto do olho. O chicote começou a golpeá-la mais rápido, se movendo de seus ombros a diferentes áreas de suas costas. Desta vez, Lily sentiu os golpes que iam de carícias para formigamento, acordando suas terminações nervosas até que sentiu um zumbido através de sua pele, quase como sentisse a eletricidade estática. Ela sentiu os pequenos movimentos quando ele se virou para a parte inferior de suas costas, em seguida, suas nádegas, por suas pernas e para os tornozelos. Seu corpo inteiro estava formigando. Shade se moveu entre suas coxas, seus dedos deslizando para a umidade que sentiu começar quando o chicote havia atingido suas nádegas. Dois dedos mergulharam em sua passagem. — Está tudo bem, Lily?


— Sim — ela murmurou. Os dedos de Shade deslizaram para fora dela, dando apenas um leve esfregão contra seu clitóris. Ele foi para a mesa de cabeceira e Lily ouviu a música quando ele ligou. Ele voltou para o pé da cama onde ela não podia vê-lo novamente. — Eu não dei a Raci minha jaqueta. Ela estava brincando, pegou e usou. Eu disse a ela várias vezes para tirá-la. Controlei meu temperamento e não agi do jeito que eu queria, porque eu sabia que ela tinha fumado um pouco de maconha e pensei que ela estava sendo fofa. Eu disse a ela que ela ganhou um castigo por um mês. Ela não tem permissão para fumar mais maconha desde que ela obviamente não sabe como lidar com isso. Então eu disse a ela que se ela tocasse na porra da minha jaqueta de novo, ela perderia sua filiação nos Last Riders. Ela entendeu a minha mensagem. Você, por outro lado, ainda não a aprendeu. Tudo bem, porque eu sou paciente e estou pensando em ensinar você a se comportar do jeito que eu quero. Enquanto ele falava, o chicote começou a atacar as suas nádegas, o formigamento agora aumentando para uma ligeira sensação de ardor que primeiro a assustou, mas agora fez pequenos gemidos escaparem de seus lábios. A velocidade que ele estava batendo nela era tão rápida, ela sentia a pequena picada em seguida, outra começaria antes que a outra pudesse desaparecer. Ele parou de novo e ela sentiu os dedos deslizando dentro dela novamente, mergulhando fundo antes de escorregar para o lado. Seu polegar acariciando seu clitóris antes de parar de repente. — Shade... Desta vez, quando o chicote bateu, sentiu mais grosso, fazendo um som de baque forte, mas não doeu. Parecia que, quando ela estava tendo uma massagem profunda. O chicote se movia de frente e para trás sobre seus ombros. Lily gemeu mais alto, os quadris dela balançando no colchão. O chicote parou.


— Pare de se mover ou eu vou parar; — Shade ordenou. Lily congelou no colchão, não querendo que isso acabasse. O chicote retornou. Ela não entendia como o baque forte contra sua pele não estava doendo. O corpo de Lily se tornou desossado sob o ritmo da massagem do chicote quando ele começou a ficar mais forte contra sua parte inferior, se movendo rapidamente nas nádegas como se ele estivesse agora levemente a espancando. Lily sentiu a umidade entre as suas coxas aumentarem, ficando envergonhada que da sua posição ela fosse incapaz de esconder a sua resposta a seus ataques. A pressão começou a construir. Ela tentou mexer em suas restrições de novo, e o chicote imediatamente parou. A sensação agora familiar de Shade esfregando a sua boceta quase a fez gozar. — Não goze — Shade ordenou, pressionando o clitóris. Um gemido quebrado deslizou dos seus lábios. — Por favor, Shade. — Não se mova. — A mão de Shade a deixou e, em seguida, ele voltou a atormentá-la com seu chicote. Os baques pesados em toda a sua bunda e sua palmada continuaram. O ouviu se movendo neste momento em que o chicote batia. Parecia como se ele a tivesse colocado sobre seu colo e a espancasse duro. O chicote atravessou bunda dela abaixo da curva de sua bochecha bunda. — Me desculpe. Eu não deveria pedir à Rider a jaqueta dele — Lily gritou, querendo gozar. O prazer / dor de seus golpes estava guiando-a para um orgasmo e ela não sabia quanto tempo mais ela poderia aguentar. Seu corpo estava sendo tomado por uma necessidade frenética. Quando ela pensou que não conseguiria segurar mais tempo, ela ouviu o baque do chicote bater no chão. Então as mãos de Shade estavam nas algemas e em seus pés, desafivelando dos ganchos. — Se você quer o meu pau, fique de joelhos.


Lily forçou seu corpo tremendo a se mover quando as algemas saiam dos seus pulsos. Quando suas mãos voltaram ao normal, ela foi capaz de ficar de joelhos, o cabelo escuro deslizando para frente, escondendo o rosto de seu olhar afiado. Ela viu quando ele tirou os jeans. — Você realmente acredita que eu trairia você? — O rosto de Shade era estoico, enquanto olhava para ela, mas o olhar em seus olhos era de fácil leitura. — Não. — Lily lançou uma respiração profunda, começando a chorar. Um olhar terno atravessou seu rosto, sua mão se levantou para acariciar seu rosto. — Anjo, Eu não sou Marshall. Ele te fez pensar que ele seria um pai para você e traiu sua confiança. É por isso que quando você sentiu que Beth tinha traído você, você levou tão mal. Beth não te traiu, e eu tenho certeza como diabos que não vai. Shade se virou para a cama, ficando numa posição atrás dela. Seu pênis roçou a abertura de sua vagina, apenas deixando a ponta do seu pênis entrar nela. Sua mão puxou o cabelo para trás, mantendo-o em um aperto firme. — Você vai me dar tudo o que eu preciso de uma mulher. — Seu pênis deslizou através de seu canal apertado, em seguida, deu uma parada. Lily gritou. — Por favor, Shade. Eu não aguento mais. — Você é a mulher que eu amo. Você é minha esposa. Eu nunca coloquei meu anel em outra mulher. Eu nunca lhes dei o meu amor. Eu nunca me dei a elas. Nem uma vez. Apenas você, minha esposa, eu me dei. Você nunca duvide disso mais uma vez. — Eu não vou — Lily gritou quando ele enterrou o comprimento em seu ventre, seu pau batendo nela forte, causando um breve lampejo de


dor antes de seus golpes mudarem de direção, esfregando contra o interior dela. Ele trouxe uma cisão de sensações diferente de tudo que sentira antes. Sua mão agarrou seu quadril, trazendo seu bumbum mais alto, enquanto ele a acariciava por baixo. Sua outra mão puxou o cabelo dela, forçando a cabeça para trás. — Sinto muito, senhor — Lily gemeu uma e outra vez quando seu pau mergulhou dentro dela com força suficiente que ela ouviu cada tapa quando seu corpo batia no dela. O som erótico com a música a fez sentir como se ele a envolvesse, e não havia como escapar do controle que tinha sobre o prazer que estava quebrando seu corpo em vários pedaços minúsculos. O orgasmo atingiu com uma força climática. Lily perdeu todo o controle de seu corpo quando ela caiu, tremendo, no colchão com Shade a seguindo e prendendo-a sob seu peso enquanto ele continuava a fodê-la de forma constante. Unhas de Lily rasgaram as cobertas quando ele não mostrou misericórdia, forçando outro orgasmo de sua boceta. Suas mãos agarraram a dela entrelaçando juntas. — Minha esposa. — O alívio de dor e amor em sua voz e tudo o que foi transmitido e compartilhado com ela naquele momento de intimidade. A cada minuto e segundo que ele tinha esperado tinha sido uma tortura para este homem. Lily o sentiu estremecer contra ela enquanto seu pênis empurrou seu esperma dentro dela. Lily baixou a cabeça contra as cobertas, exausta mentalmente e fisicamente. Shade rolou para o lado, puxando-a para colocá-la em seu peito. — Você ainda está com raiva de mim? Shade entrelaçou uma mecha de seu cabelo entre os dedos. — Eu não fico bravo com você, Lily. Eu sou um... Lily riu. — Um homem paciente. Eu sei. — Eu não queria a minha jaqueta sobre ela, mas eu estava tentando


ser um cara legal. — Suas palavras lembrando-lhe quantas vezes ela o havia chamado de mau. Lily abaixou a cabeça, envergonhada. — Eu realmente sinto muito. Shade sorriu. — Você pode me mostrar aquele humor a qualquer momento. — Sua mão se moveu para baixo para esfregar o traseiro. — Em particular. Eu gosto de manter meu negócio privado. — Esclareceu. — Você está ferida? — Não. — Lily balançou a cabeça, bocejando. Shade se levantou com ela levando-a para o banheiro. Ele a sentou no chão, enquanto ele preparava um banho para ela. Ela o viu derramar algo dentro da água. — Rosa e óleo de lavanda; — ele disse a ela. Lily afundou na água quente quando ficou pronta, se recostando na banheira quando Shade foi até a pia. Ela viu quando ele se barbeou, olhando para o seu corpo coberto de tatuagens. Ela não sabia como tinha tido a sorte de conseguir Shade, apenas agradecida que ela conseguiu. — O que você está pensando? — Shade fez a pergunta agora familiar. Ele gostava de controle, isso era certo. Ele constantemente queria saber o que ela estava pensando. Ela pensou que era sua própria insegurança se mostrando. Ela pegou seu olhar no espelho. — Eu estava pensando, se agora seria um bom momento para lhe dizer que eu me ofereci para participar do chá de bebê de Sex Piston amanhã à noite.

Shade estava na cozinha com Razer, Viper e Stud, se perguntando como diabos ele havia sido colocado nessa posição. Seus olhos foram para os outros homens e viu a mesma expressão em seus rostos.


— Acho que você está tendo um menino — disse Shade. Stud sorriu orgulhosamente, o único homem no grupo que não tinha vergonha de admitir que estava domado por uma boceta. — Obrigado caralho. Se fosse uma menina, eu tinha o meu plano de fugir de casa. Shade assistiu Lily passar a mão de Sex Piston num carrinho azul feito de fraldas que ela tinha ficado acordada metade da noite fazendo. Quando ele tinha perguntado por que apenas ela não dava a porra do pacote de fraldas, parecia que tinha estalado o chicote na bunda dela. Depois disso, ele manteve a sua boca fechada. Shade ouviu Crazy Bitch perguntar a Lily sobre suas tatuagens. Ele foi ao armário de Viper para pegar uma garrafa de uísque, em seguida, pegou copos suficientes para os homens. Ele estava se servindo de um copo quando ouviu uma súbita explosão de risos. — Shade ajudou a fazer o meu presente? — A voz incrédula de Sex Piston aumentou com mais risos. — Sim, Shade se gaba o tempo todo sobre como paciente ele é, mas eu nunca teria acreditado que ele teria ajudado como ele fez. Ele contou as fraldas, e depois fez as rodas, e quando eu não conseguia enfiar a fita no topo, ele fez isso por mim. — As palavras contundentes de sua esposa fizeram os homens olharem para ele com diversão em seus rostos. Ele acrescentou mais dois dedos de uísque no copo. — Paciente? Ela realmente acha que você é paciente? — Viper quase engasgou com sua bebida. — Cale a boca. — Shade ameaçou, servindo-se de outra bebida. Seria um dia triste quando seus irmãos tivessem a coragem de rir dele. Os homens pelo menos foram espertos o suficiente para abafar suas risadas.


— Ele não é nada como Train então. — Shade estremeceu por Train quando Killyama dissecava a sua sessão de foda. Seu companheiro irmão não se saiu bem. Quando as mulheres se viraram para fazer perguntas para Lily, sua mão estava tremendo quando ele derramou para os homens outra dose. Foi uma coisa boa ele querer esperar algumas semanas antes de usar seu brinquedo favorito em sua esposa novamente ou ela estaria se queixado sobre este bonito do nascer do sol, que ele prometeu a si mesmo que ela pagaria por colocá-lo nesta tortura. Lily entrou na cozinha, tirando a grande jarra de chá que ela tinha feito, parando brevemente para escovar um beijo em sua bochecha. Seus olhos seguiram o balançar de sua bunda quando ela voltou para a sala de estar. Seu presidente pôs o braço em torno de seu ombro. — Não se preocupe Shade. Poderia ser pior. Você poderia ser Train.


Capítulo 37 Sexta-feira Lily desceu o caminho de sua casa, indo até o estacionamento. Ela ainda sentia um arrepio quando ela falava a minha casa, o meu marido. Tinha sido apenas quatro dias desde o seu casamento, então ela tinha certeza que se sentiria assim por um tempo. Ela esperava se sentir sempre assim. Ela nunca quis levar o que ela estava sentindo como definitivo. Shade tinha que estar no trabalho duas horas antes dela ter que abrir a loja da igreja as nove. Curiosamente, ela viu Shade, Razer, Rider e Train conversando no estacionamento. Era incomum no início da manhã todos estarem de pé. — O que está acontecendo? — Nada. Viemos aqui para que pudéssemos conversar sem sermos ouvidos. Georgia tem vários amigos lá. — Shade respondeu. — E o que foi que a Georgia fez? — Lily ficou rígida. Hoje era o primeiro dia de volta ao trabalho depois das férias de natal. Ambos, Shade e Razer iriam despedir a mulher esta manhã, e ela não tinha discutido desta vez. Georgia tinha ido longe demais. Ela se sentiu mal por causa de seus filhos, mas em última análise, Georgia tinha que enfrentar a responsabilidade por suas ações. — Ela saiu. Quando ela não veio nesta manhã, eu liguei para ela. Ela me disse que não viria para nos dar a satisfação de demiti-la. Então ela me disse o que fazer com o trabalho, então eu desliguei na cara dela. — O rosto de Shade mostrou o quanto ele queria dar à mulher sua sujeira de


volta. Ela estava orgulhosa que ele tinha lidado com isso de uma forma profissional, apesar de provavelmente perfurar o seu intestino. — Isso não faz nenhum sentido para mim, — disse Lily, soprando seu café. — O que não faz sentido? Ela ser uma vadia ou ela ter saído? — Perguntou Rider severamente. — Ambos. Não faz um mês, ela estava me dando o inferno porque ela achava que eu levei o trabalho do irmão; Agora, de repente, ela está xingando uma das esposas de vários nomes ruins na frente de um grande grupo que espalharia isso por toda a cidade e ela não seria capaz de negar. É quase como se ela quisesse ser demitida; — respondeu Lily, soprando seu café novamente. Ela estendeu a mão, dando a seu marido um beijo rápido nos lábios. — Até mais tarde. — Ela sorriu se afastando sem prestar atenção aos olhares atônitos nos rostos dos homens quando ela saia do estacionamento.

Lily destrancou a loja da igreja, entrando e, em seguida, fechando a porta atrás dela. — Bom dia, Sra. Hunter; — disse pastor Dean, vindo pela entrada da igreja. — Como você está nesta manhã ensolarada? — Bem. E você? — Não posso me queixar, exceto que ganhei 4 quilos nesse feriado. Eu acho que se mais uma paroquiana me der mais uma caçarola ou biscoito, eu vou vomitar. — Tão ruim assim?


— O problema é que estava muito bom; — Pastor Dean riu. — Eu estou arrebentando as minhas roupas. Lily puxou dois sacos de roupa sob o balcão e o outro foi empurrado para um canto escuro. Quando ela puxou uma sacola perdida, isso balançou uma caixa de metal. Lily caiu de joelhos, pegando de volta, e com a ponta dos dedos conseguiu pegar a caixa pela alça, deixando-o solta. Ela o puxou para o balcão e se levantou levantando a caixa pesada com dificuldade para o balcão. — O que é isso? — Perguntou pastor Dean, olhando para a caixa com curiosidade. — Seu palpite é tão bom quanto o meu. Parece que ela foi empurrada para lá por um tempo. — Lily puxou os dois anéis de metal em seguida, tentou abri-la. Estava trancada. — Está trancada, — disse ela, afirmando o óbvio. — Eu tenho algumas ferramentas no meu escritório. Eu cuidarei disso. — Ok. — Lily a deslizou sobre o balcão em direção a ele. Um cliente entrou e ela se virou para a mulher que entrou na loja. — Eu te vejo mais tarde, Lily. Ela acenou para o pastor Dean que saia, perguntando à mulher o que ela precisava. Lily se perguntou o que estava na caixa. Ela teria que se lembrar de perguntar antes dela ir para casa.


Shade estava ao lado de Razer em seu escritório quando seu celular tocou. O visor mostrava que Dean estava ligando. — Sim? — Achei que você deveria saber que a sua esposa encontrou uma caixa no porão com bloqueio esta manhã. Quer tentar adivinhar o que tinha dentro? — Os papéis de adoção de Lily? — Sim. — Falso? — Sim. Vou levá-los para o escritório de Knox quando eu for para o almoço. — Obrigado. Quer ouvir algo interessante? — Jogue em mim. — Georgia saiu esta manhã. Saiu antes que eu pudesse chutar a sua bunda. A coisa é, Lily veio com esta ideia que parecia que Georgia queria ser demitida, portanto, fiz uma busca. Parece que a cadela recebeu algum dinheiro em sua conta corrente no dia seguinte ao dia das Bruxas. — Quanto? — Cinquenta mil. Não só isso, outro depósito de trinta foi colocado esta manhã. Este é o primeiro dia em que os bancos reabriram desde o Natal. — Alguém lhe pagou não só para começar o fogo, mas para começar uma discussão na igreja; — Shade concluiu. — Por que começar uma discussão na igreja? — Eu acho que para tentar fazer Lily sair correndo da igreja. Um mês atrás... Inferno, há duas semanas, teria funcionado. Quem a quer morta


está ficando desesperado para tentar chegar até ela. Nós não estamos deixando-a sozinha, assim alguém estava tentando fazer a sua própria oportunidade. — Eu vou ligar para Knox para vir aqui e pegar esses papéis. A partir de agora eu não vou deixar a igreja, quando Lily estiver aqui. — A voz de Dean era sombria sobre o telefone. — Eu ligo para você, se eu encontrar alguma coisa. Uma vez que Knox tiver a prova do banco, ele vai prender Georgia. Eu levei para ele a xícara de café, por isso, se o DNA corresponder às evidências encontradas no fogo, temos a bunda dela e podemos ser capazes de descobrir o que diabos está acontecendo; — a ira de Shade ultrapassava a linha telefônica. — Tudo bem, eu vou falar com você mais tarde, Shade. — Até mais, Dean.

Lily fechou a porta da loja da igreja, surpresa ao ver que Shade tinha ido buscá-la na loja com a caminhonete de Rider. Ele sempre a buscava em sua moto a menos que as estradas estivessem escorregadias com a neve ou chuva. Tinha sido uma longa semana e ela estava ansiosa para o fim de semana chegar para terminar algumas tarefas. Ela e Beth precisavam limpar a sua casa para que pudesse ser colocada à venda. Quase todos os móveis foram doados para a loja da igreja. Ambas estavam mantendo poucos itens que tinham valor sentimental, no entanto. — Por que a caminhonete? — Perguntou Lily, subindo nela. O óculos de sol do seu marido estava em seu rosto, escondendo sua expressão. — Eu queria conversar com você no caminho para casa, —


disse Shade, não fazendo nenhum esforço de colocar a caminhonete em movimento. — Há algo errado? — Lily perguntou, ficando preocupada. — Knox prendeu Georgia esta tarde. — Por quê? O que ela fez? — A respiração de Lily pegou de surpresa. — Foi ela quem colocou fogo no porão. — O que? Por que ela faria uma coisa dessas? — Perguntou Lily. Ela sabia que a mulher a odiava, mas ela nunca sonhou que fosse suficiente para matá-la. — Alguém pagou cinquenta mil dólares. A mesma pessoa que provavelmente tentou atropelá-la na rua e tentou entrar em sua casa. — Quem? — Lily tentou pensar em alguém que poderia querer vêla morta. — Eu não sei. Knox está perguntando a ela agora. Ele vai estar no clube hoje à noite para que possamos saber mais. Ela se sentou em estado de choque enquanto Shade dirigia para casa. Ela e Georgia tinham frequentado a mesma igreja há anos. Toda a comunidade saberia que ela tinha sido presa. Isso seria uma humilhação um pouco dura para Georgia suportar. — É melhor dizer à Knox para manter um olho nela. Quando era mais jovem, ela tentou se matar duas vezes. Isto vai humilhá-la, Shade. — Lily advertiu. Assim que ele estacionou a caminhonete, Shade fez a ligação para Knox. Eles foram para sua casa para trocar de roupa antes de ir para o jantar na sede do clube. Esta seria a sua primeira festa desde que tinham se casado, e ela queria parecer bonita para ele. Esta noite ela tinha vestido uma das poucas saias curtas. Que vinha um pouco acima dos joelhos dela.


Sex Piston tinha escolhido por ter sido mais apertada do que ela normalmente usava. Ela o uniu com um suéter rosa suave que mostrava um leve toque de seus seios. Ela se sentiu bonita e sexy até que entrou na sede do clube. Sua irmã estava vestindo uma saia vermelha bonita e um colete preto. — Você parece bem esta noite; — Lily elogiou. — Você também. Eu poderia te pedir o suéter, — disse Beth com inveja. — Você pode tê-lo. Isso não para de deslizar dos meus ombros. — Lily puxou-o de volta frustrada. — Isso é o que o torna tão bonito; — disse Winter, vindo por trás dela. Elas jantaram em seguida, decidiram jogar cartas, ignorando os homens. Lily perdeu vários jogos para Winter. Sentada em sua cadeira, ela viu como Winter pegou o enorme pilha de notas que ganhou. — Eu não entendo isso. Quando eu comecei a jogar, eu era boa. Agora eu não consigo ganhar um jogo. A frustração de Lily com as suas cartas à fez jogá-las para baixo. Quando as mulheres caíram na gargalhada, Lily olhou para elas desconfiada. — O que é tão engraçado? — Você jogou com Train. — disse Evie. — Ele sempre trapaceia quando ele joga com mulheres. Lily olhou para Jewell. — Eu não me importo de perder. — Disse ela sem se arrepender. — Então eles armaram pra mim? — Como um pato durante a temporada de caça ao pato. — Winter disse astutamente.


Lily olhou para Winter com o seu comentário. — Você sabia que os caras estavam me enganando? Lily estreitou os olhos para Winter. Ela tinha participado ambas às vezes quando ela tinha jogado cartas. Ela tinha OTÁRIA escrito sobre ela. Lily observou Winter suavizar seu deslize. — Eu não tinha certeza. — Lily estava disposta a apostar que Winter sabia. Ela não tinha jogado com ninguém desde então, e ela ainda foi ingênua o suficiente para acreditar que era boa. O nome da mulher estava listado em seu caderno negro - Winter e Shade. Ela olhou pela sala para ver que os homens estavam em um sofá, falando baixinho. — Eu terminei por hoje. — Ela se levantou, ignorando seus sorrisos. Ela lidaria com elas mais tarde. Ela estava indo para dar o inferno no marido primeiro. Ela foi para o sofá onde Shade estava sentado na ponta com os pés na mesa de café, enquanto Viper estava sentado na outra extremidade. Razer estava esparramado na cadeira ao lado do sofá. Ela começou a dizer algo a Shade então percebeu que eles estavam tendo uma séria discussão. Tendo visto a sua abordagem, eles pararam de falar. Ela se virou para sair, lhes dando a oportunidade de terminar a conversa quando Shade pegou a mão dela, arrastando-a para sentar em seu colo. Os homens começaram a falar sobre o seu clube de Ohio e os novos recrutas que tinham lá. — Tenho um pressentimento sobre um cara aqui — disse Shade, entrelaçando a mão com a dela. Naquele momento, ela esqueceu que estava com raiva dele por causa do jogo de cartas quando ele esfregava o polegar contra o seu. — Quem? — Viper perguntou seus olhos indo ao redor da sala.


— Cara contra a parede do lado esquerdo com a tatuagem de bola número oito. — Respondeu Shade sem virar a cabeça. Lily começou a virar a cabeça, mas a mão de Shade apertou a mão que ele estava segurando assim Lily permaneceu imóvel. Desta vez, esfregando o polegar dela. — Nome? — Viper não tirava os olhos do recruta. — Eightball. — Muito original, — Viper disse ironicamente. — Eu também pensei assim. Ele teve que pensar por alguns segundos quando eu perguntei. — Disse Shade sua voz sem emoção. — Algo mais? — Ele é bom. Sabe como lidar com ele e sua moto, — Shade fez uma pausa, olhando para Lily. — Muito bom para alguém que não tem um corte de um clube. — Stud? — Não. O Stud não joga esse jogo, mas mesmo que ele fizesse, ele não o faria com a gente. Ele não gostaria que Sex Piston descobrisse. Ela e Beth são muito próximas. Ele não vai deixar a sua velha senhora chateada quando ela está carregando o filho dele. — Eu concordo, então quem? — Perguntou Viper. Lily não achava que Viper esperaria quando queria respostas. — Não sei, mas vou descobrir. — Shade prometeu a seu presidente. — Agora. — Viper ordenou. Lily esperava que Shade fosse se levantar. Em vez disso, ele permaneceu sentado.


— Eu estou trabalhando nisso. — Shade respondeu, acenando com a cabeça em direção a Cash no bar. Os olhos de Lily foram para o bar, vendo que Cash estava olhando para Shade. Com o aceno de Shade, ele colocou seu copo de uísque para baixo, em seguida, disse algo para Nickel, que estava de pé ao lado dele. Quando os dois homens se moveram na direção da parede esquerda, Lily não virou a cabeça. A mão de Shade apertou a dela mais uma vez. Lily começou a tremer e seu lábio inferior começou a tremer quando ouviu uma briga acontecendo atrás dela. — Shade... — Ele se inclinou para frente, roçando seus lábios nos dela enquanto sua mão pegou sua cerveja. — Carinha de anjo, eu gostei desse suéter em você. — ele murmurou contra seus lábios. — Não o machuque, — ela implorou suavemente. — Temos que saber se ele está aqui por sua causa. — Lily podia ver que a conversa estava encerrada quando ele tirou a boca da dela, se encostando no sofá e tomando um gole de cerveja. Train atraiu sua atenção longe de Shade quando ele parou em frente ao sofá. — Lily, um amigo meu me deu duas merdas de peças de moto que ele queria se livrar. Concertei-as. Não as quero. Nenhum dos irmãos quer. Se você quiser, você pode tê-las para vender e investir na sua loja, ou talvez alguém precise de uma carona para o trabalho. — Obrigada, Train. — Lily pulou do colo de Shade, com a intenção de abraçá-lo. Ela deu um passo em direção a ele com seus braços abertos quando ele congelou como se ela tivesse puxado uma arma para ele. Antes que ela pudesse dar mais um passo, um braço em volta da cintura dela a puxou de volta para o colo de Shade e ela olhou para um Shade furioso.


— Pare com essa merda. Não. Toque. — ele disse a ela, com a mandíbula apertada. — O que? Mas eu só ia agradecer a ele. — Lily protestou. — Então agradeça, mas. Não. Toque. E pare de beijar. — acrescentou como uma reflexão tardia. — Pare de beijar? Mas eu gosto de beijar você; Eu não quero parar com isso. — Lily protestou, ficando vermelha quando ouviu Viper e Razer rindo. Train ainda estava de pé, imóvel. — Não foi isso que eu quis dizer. — Gradualmente o rosto de Shade recuperou o controle. — Eu quis dizer quando você beija os homens na bochecha. — Quem eu beijei na bochecha? — Viper. — A mente de Lily voltou para o dia que ela beijou Viper na bochecha fora da lanchonete. Ela também se lembrou dele sendo controlado. Train ainda estava congelado quando ela também se lembrou de outro incidente. — Você assustou o pastor Dean. — Ela disse em reprovação. — Você não toca em ninguém, especialmente o pastor Dean. Lily olhou para ele. — Ok. Ela relaxou contra ele, esfregando a mão em seu peito até que sua respiração voltou ao normal. — Obrigado. — disse ele, relaxando contra o sofá. — Sem problema. — Lily sorriu gentilmente para ele. — Graças a Deus. Pelo menos finalmente chegamos a um acordo. Eu não acho que eu deixaria um irmão viver depois do Natal.


Lily se lembrou de quando ela tinha dado os presentes de natal. Ela tinha dado a cada um dos homens um pequeno beijo na bochecha. — Você não fez isso? — Ela olhou para ele com desconfiança. — Não, mas estive perto. — Disse Shade sem arrependimento. Ela estava balançando a cabeça para ele por sua recusa em admitir que era excessivamente possessivo quando Knox entrou com Diamond. Ela estava como Lily. Ela não estava vestida abertamente sexy. Ela estava usando um suéter escuro e um par preto de leggings com botas de salto alto que Lily realmente gostou. Knox se sentou no sofá ao lado de Shade, puxando Diamond em seu colo. Knox não estava usando seu uniforme, apenas jeans e uma camiseta. Sua enorme estrutura tomou o grande sofá. Lily teve que se sentar reta, enrolando as pernas em cima de Shade. — Eu coloquei Georgia sob vigilância de suicídio. Tive que contratar um policial extra de Jamestown, mas pelo menos eu não preciso me preocupar em andar em sua cela e a encontrá-la morta; — disse Knox, olhando para Lily. — Você estava certa. Eu vi as marcas em seu pulso. — Eu nunca teria dito nada, mas eu não queria que ela se machucasse por ter cometido um erro. — É mais do que um erro. Ela é fodidamente ruim. Ela vai passar um tempo duro por causa do incêndio criminoso a menos que ela fale o nome. Cash está tentando rastrear a conta, mas ele disse que a pessoa que usou a conta sabia o que estava fazendo. Ele falou que foi um dos melhores que ele já viu, — Knox os informou. — Caralho! — Shade exclamou. — Não só isso, mas Geórgia disse que não conhece o homem que lhe deu o dinheiro. Disse que ela estava no supermercado e ele dirigia um


carro escuro que se aproximou dela quando estava colocando mantimentos no carro. Ele lhe Entregou vinte mil para fazê-lo, em seguida, lhe prometeu cinquenta mil depois de feito. — Você checou a vigilância da loja? — Perguntou Viper. — Claro que sim. A loja apaga as fitas depois de um mês. Eu os verifiquei apenas no caso de termos muita sorte, mas não foi o caso. — Droga, — disse Shade. — Eu estava esperando que ela tivesse mais informações do que isso. — Vou ver se ela se lembra de mais alguma coisa amanhã; Talvez passando sua primeira noite na cadeia vá refrescar sua memória. — Knox respondeu, ajustando Diamond em seu colo. — Precisamos pegar uma ruptura em algum lugar antes que eles façam outro movimento contra Lily. — As palavras de Shade a assustaram. Era desconcertante ter alguém tão determinado a machucá-la e não sabendo o porquê. — Eu gosto de suas botas. — disse Lily para Diamond. — Obrigada, eu comprei na loja de calçados na cidade. É uma merda esta loja ficar no caminho do tribunal. Eu tenho que passar por ela todos os dias. Essas estavam na vitrine. O gerente sabe do que eu gosto e eu juro que ele só coloca na vitrine as coisas que ele sabe que eu não posso resistir. — Eu gosto de sapatos também. Tenho alguns novos, que eu ainda não usei. Eu não tenho muitas oportunidades para usá-los e eles são grandes demais para Beth usar. — Sério? Qual o tamanho deles? — Perguntou Diamond casualmente, mas Lily estava bem consciente do brilho da avareza em seus olhos.


— 36 — Lily respondeu com um sorriso. — Porra, eu uso 38. — Desculpe por isso. — Lily pediu desculpas com um sorriso. Ela nunca teve uma amiga para compartilhar roupas antes. — Qual é o tamanho do seu suéter? — P. — Eu sou um M, mas parece grande em você; Isso pode dar certo. — Diamond estendeu a mão para tocar o suéter rosa suave. — Eu amo rosa, mas geralmente se choca com o meu cabelo. — Vamos dançar — Shade as interrompeu, erguendo a sua mão, as pernas saindo dele. Lily olhou ao redor da sala, vendo que Train já tinha a mão entre as coxas de Bliss quando ela se sentou em um banquinho no bar. Várias mulheres, que foram autorizadas a estar na casa, estavam dançando sugestivamente com os membros. Nickel estava de pé atrás de uma, puxando os seios de seu top. Lily olhou para longe. — Eu acho que a pista está lotada o suficiente. — Lily se levantou. — Não, lá embaixo. — Disse Shade, pegando sua mão. — Knox? — Vamos. Shade se virou para Viper e Razer. — Até mais. — Feliz Ano Novo, irmão; — disse Viper, levantando a cerveja para cima. — Você também. Lily seguiu Shade para o térreo. Ela estava feliz que ele entendeu que ela não queria ficar lá em cima. Dessa forma, ela poderia ficar e se divertir sem ficar desconfortável olhando os outros. Shade ligou algumas lâmpadas, em seguida, ligou a música. Puxou os tatames colocando-os


contra a parede antes de estender seus braços para ela. Ela deu um passo em seus braços sem hesitação. Knox e Diamond desceram as escadas, fechando a porta atrás deles depois começaram a dançar ao lado deles. Lily tinha estado em torno de Knox menos tempo do que com os membros, por isso ele era ligeiramente assustador para ela por causa de seu tamanho, embora sua expressão gentil quando ele estava com Diamond aliviava seus medos. Eles passaram um tempo na pista de dança antes de Shade subir para pegar cervejas para ele e Knox, trazendo refrigerantes para ela e Diamond. Depois de sentar e conversar por um tempo, Knox e Diamond foram para a pista para dançar novamente. — Você está se divertindo? — Shade perguntou, se sentando no sofá ao lado dela. — Sim. Eu gosto de Diamond. — Lily baixou a voz. — Shade, ela realmente não acredita que os zumbis vão tomar o mundo, não é? Shade riu. — Eu não faço ideia. Eu acho que ela apenas assiste muitos filmes de zumbis. — Percebi. É por isso que eu não assisto filmes de terror. — Ela lhe deu um olhar, É por isso que eu não gosto. — Por quê? Você tem medo dos filmes? — Os assustadores. Eles me dão pesadelos. — Pornô? — Shade se inclinou sobre ela. — Não. — Lily bateu seu ombro, rindo. Seu riso parou quando viu o olhar de desejo em seus olhos. Sua boca tocou a dela, separando os lábios com um golpe firme de sua língua, exigindo sua resposta. Ela abriu os lábios, deixando que ele tivesse o controle que ele procurava. Sua mão, em seguida, foi para o seu ombro, tirando o suéter dela. A boca dele seguiu o caminho do suéter


enquanto a outra mão deslizava para o outro ombro. Apenas os seios seguravam o suéter. O peito de Shade a esmagou contra o canto do sofá. Sua mão foi para a coxa, deslizando por baixo da saia dela, encontrando à beira de sua calcinha. Lily sentiu uma propagação de calor. A música mudou para uma diferente, trazendo Lily de volta à consciência de onde ela estava. Ela empurrou Shade dela, sentando na posição vertical. Olhando para a pista de dança, ela viu que Knox e Diamond não estavam prestando atenção neles. Knox estava atrás de Diamond, rangendo os quadris em sua bunda, seu braço em torno da cintura dela, puxando-a contra ele. Diamond estava dançando com os olhos fechados, ouvindo a música, e Knox estava apenas olhando para Diamond. Shade se levantou puxando Lily antes de carregála. Ele a levou de volta para o quarto onde a colocou em pé ao lado da cama em seguida, acendeu o abajur de cabeceira. Lily ficou surpresa que ele podia ver tão bem no escuro. Ela havia notado antes que ele podia andar no escuro como se ele pudesse ver onde estava tudo. Ele tirou a roupa, em seguida, estendeu a mão, tirando o suéter dela e sutiã, seus lábios beijando cada mamilo quando ele os puxou. — Sente. — Lily se sentou na beira da cama. Shade se abaixou, tirando seus sapatos e depois beijando cada um dos pés. Lily ficou encantada com a sua delicadeza, pensando que ela era a mulher mais sortuda do mundo. Ele se levantou, tirando seus sapatos fora do caminho. Em seguida ao se curvar sua boca encontrou a dela novamente, dando-lhe a paixão que ela estava esperando dele. Os dentes dele beliscaram seu lábio inferior, dando-lhe uma pequena ferroada de dor, que ele afastou com a ponta da língua antes de pressionar as costas dela contra o colchão. — De onde vieram estes móveis? — Lily tirou a boca longe da dele.


— Eu pedi outro conjunto. Chegou ontem. — Oh. — Lily pensou um segundo. — Por quê? — Porque, quando eu quiser jogar vai ser aqui. — explicou ele, tomando um mamilo em sua boca. — Ohhh — Lily gemeu quando ele mordeu a ponta de seu seio. Assim quando a coxa dele subiu, esfregando contra seu quadril, Lily ouviu um som e virou em direção à porta quando Knox entrou carregando uma Diamond mexendo em seu ombro. — Cama ou sofá? — Perguntou Knox, parando tempo suficiente para fechar a porta com seu pé. — Cama. — Diamond e Lily gritaram juntas, no entanto Shade cobriu a boca com a dele. Lily sentiu o solavanco da cama quando Diamond foi largada na extremidade oposta. — Shade, Eu... — Lily começou a protestar. — Lily, é a minha vez, — disse ele com um sorriso. — E eu estou lucrando com outra das minhas apostas que você perdeu. — Lily não teve tempo para pensar quando a boca de Shade brincava com seus seios. Quando o colchão debaixo de sua cabeça estremeceu com os movimentos de Diamond e Knox, Lily só podia adivinhar que ele estava a despindo por causa de seus suspiros. Shade se endireitou, se levantando. — Você trouxe as algemas? — Sempre — Knox resmungou. Lily pensou que ela ouviu uma pancada ao mesmo tempo em que ela viu Shade ir a sua mesa de cabeceira, tirando um par de algemas. Lily estava incrédula quando ele deslizou uma algema em seu pulso, em seguida, colocando na outra extremidade o pulso de Diamond acima de sua cabeça. Shade, em seguida, ergueu o outro pulso e ela sentiu o click de


outra algema. Diamond e ela estavam algemadas juntas. Elas começaram a se mexer, e quando Diamond tentou abaixar seus pulsos, ela esticava Lily. Quando Lily tentou abaixar a dela, ela esticava o corpo de Diamond. — Caralho. — Lily ouviu o gemido de aprovação de Knox quando ele olhava. Lily tinha certeza que ela estava vermelha até seus seios; Ela estava tão envergonhada. Então se lembrou de que, quando Knox e Diamond estavam dançando, Knox só tinha olhos para Diamond. Lily olhou para Shade. Ele estava olhando para ela, com os olhos cheios de desejo por ela. Só ela. Lily relaxou contra o colchão, Tomando à decisão que ela deixaria o marido jogar. Shade viu a determinação nos olhos dela e sorriu. Ela ouviu o farfalhar de roupas e automaticamente virou a cabeça. O espelho nas paredes refletia quatro deles. Ela e Diamond estavam de frente da enorme cama algemadas juntas, Shade nu, e Knox terminando de se despir. Sua boca se abriu, e ela piscou os olhos para se certificar se ela estava vendo o que ela pensou que ela estava vendo. Ela nunca olhou para o pênis de Shade do jeito que ela olhava boquiaberta para o de Knox. Shade era grande, mas o pênis de Knox era grande e perfurado. Ela olhou para Diamond simpaticamente então notou a mulher olhando para ela, obviamente, envergonhada, embora seus olhos estivessem brilhando em diversão silenciosa por Lily observar o pênis de Knox. Shade abriu o criado-mudo novamente, tirando vários lenços de seda e arremessando alguns para Knox. Ela sentiu Shade enrolar um lenço no interior da algema para não arranhar fazendo o mesmo com o outro pulso. Se virando para a parede, ele ligou a música. — Você tem uma coisa por música, não é? — Lily brincou.


— Isso me inspira — Shade respondeu, sorrindo antes de recuar para alcançar o cós da saia. Lily o sentiu levantar os quadris enquanto puxava a saia e calcinha. Apesar de querer agradar Shade, ela não podia deixar de se sentir desconfortável por estar nua na frente de Knox. Ela se sentia desconfortável usando biquíni na frente dos homens. Apenas a lembrança do modo que Knox tinha olhado para Diamond a tranquilizou. Ele olhava para Diamond do jeito que Shade olhava para ela. Antes que ela tivesse tempo para refletir ainda mais, Shade pegou outro lenço de seda, colocando-o sobre os olhos e amarrando-o por atrás de sua cabeça. Lily sentiu o movimento no topo da cabeça dela e sabia que Knox estava fazendo o mesmo com Diamond. — Eu poderia me masturbar só de olhar para você agora. — A voz de Shade estava rouca com desejo, e Lily relaxou novamente. Ela sentiu a boca de Shade na curva de seu estômago, a língua provando sua pele. Então Diamond se virou, fazendo os braços de Lily se esticar no colchão. Lily engasgou quando os lábios de Shade traçaram a pele nua de sua boceta, sua língua mergulhando dentro da fenda, lambendo o topo de seu clitóris antes de deslizar para baixo, procurando as terminações nervosas que estavam gritando por atenção. As mãos de Shade seguraram a parte de trás de seu joelho, trazendo a perna para cima até o calcanhar tocar o colchão. Em seguida, ele colocou a perna para baixo o movimento a abrindo. Sua língua deslizou através da abertura de sua boceta. Suas mãos desceram para a cabeça, mas não conseguia alcançá-lo. Diamond gemeu, e Lily rapidamente pôs a mão em seus ombros. — Desculpe; — Lily murmurou. — Está bem. Você pode fazer isso novamente se você quiser; — gemeu Diamond. Lily não podia se ajudar, ela riu. Um segundo depois, a cama começou a tremer e Lily ouviu Diamond rindo também.


— Eu acho que da próxima vez eu vou trazer um par de mordaças para a festa. — Shade ameaçou. — Eu vou cuidar dela, — Knox prometeu. O riso das duas mulheres morreu imediatamente. Lily sentiu o roçar de seu pênis contra sua vagina um segundo antes dele empurrar para dentro dela, entrando nela com um único golpe. Ela levantou a mão para seus ombros, deslizando as mãos para o peito e demorando em seus mamilos. Com o lenço sobre os olhos, ela sentiu que a suavidade de sua pele contrastava com os cumes de seus mamilos. Suas mãos estavam se afastando e ela foi esticada quando Diamond tentou chegar a Knox, seus gemidos crescendo, dizendo que ela estava gostando de tudo que Knox estava fazendo. Seus gritos confirmaram um segundo depois. Shade começou a brincar com clitóris dela enquanto ele bateu seu pênis dentro de sua boceta lisa que estava tentando se ajustar a força de seus impulsos. Suas coxas foram levantadas e presas para os lados quando Shade deu a ela mais do seu peso. — Quer trocar? Lily estava prestes a gozar quando ela ouviu a voz de Knox. — Caralho sim — Shade respondeu. — O quê!? — Diamond gritou. — Não! — Gritou Lily, um fio bateu no peito dela. Os homens ignoraram. Lily sentiu pênis de Shade sair e sentiu o início de seu clímax morrer subitamente. Shade colocou as mãos na cintura dela, então ela estava sendo virada, ao mesmo tempo em que Diamond. Lily tinha sido virada de modo que seu rosto estava no colchão, as suas mãos agora sobre o colchão.


— Muito engraçado — a voz irritada de Diamond soou sobre o riso de Knox. A mão de Shade voltou para seus quadris, levantando-a para o ar antes de deslizar seu pênis para dentro dela em um impulso que ela fez quase gritar na orelha de Diamond. O colchão balançou quando os homens estocavam em suas mulheres. As mãos de Lily agarraram os lençóis. — Eu nunca vi algo tão quente. — Knox gemeu, e por alguns segundos, Lily pensou que se ela e Diamond não tivessem sido algemadas juntas, elas teriam saltado para fora da cama com a força que os homens, as fodiam. Quando a mão de Shade passou entre suas coxas, esfregando seu clitóris, Lily podia ouvir as bofetadas de pele contra pele enchendo a sala. Os sons eróticos aumentaram a sua excitação. Um segundo depois, o polegar de Shade beliscou seu clitóris, a dor fez levantar a sua bunda ainda mais contra ele. — Foda-me de volta — Shade resmungou. Lily começou a empurrar sua bunda de volta para ele quando ele empurrava para frente enquanto brincava com seu clitóris, esfregando com uma pequena pitada de dor em um movimento que fez sua respiração ofegante. — Shade, eu preciso gozar — Lily implorou, precisando de apenas um pouco mais para fazê-la gozar. Ele tirou o seu pênis de modo que apenas a ponta estava dentro dela. — Você irá ao meu escritório antes de ir para o trabalho segunda-feira e me dar dessa boceta? — Sim — Lily gritou quando ele a encheu de novo. Diamond começou a gritar, apertando as mãos de Lily. Lily agarrou-a de volta quando os dedos de Shade atingiram por baixo dela, pegando um mamilo em sua mão. Ele começou a apertar seu peito até sentir ficar terno e sensível. Quando seus dedos finalmente chegaram a seu mamilo novamente, ele torceu o bico. Uma explosão dolorosa de prazer


forçou seu grito de volta em sua garganta, com medo que fosse ferir os ouvidos de Diamond. Seu controle quebrou e ela experimentou o orgasmo que atravessou uma nuvem de euforia que a manteve sem sentido durante vários segundos. Ela voltou para si mesma quando Shade e Knox abriram as algemas. Shade tirou a venda, beijando-a nos lábios entreabertos quando seus olhos se abriram. O amor em seus olhos à fez levantar a mão para tocar sua bochecha. — Como é que você mantem seu rosto tão barbeado? — O comentário inocente parecia normal para ela. — Eu raspo algumas vezes por dia; — ele respondeu, carregando-a. — Por que tantas vezes? — Perguntou ela, colocando a cabeça no seu ombro. — Porque você gosta de tocar meu rosto. — Shade levou-a para o chuveiro antes de colocá-la de pé. — Por que você não faz isso por mim? — Lily ouviu Diamond pedir a Knox. Ela olhou para cima para ver que eles estavam no grande chuveiro, mas a única coisa que podia ver dos ombros de Shade eram as costas e cabeça de Knox. Agora entendia por que o chuveiro era tão grande. Lily estava prestes a sair do chuveiro, mas Shade ligou a água, lhe entregando o sabão. Lily rapidamente se lavou em seguida, saiu correndo do chuveiro. Shade estava bem atrás dela, sorrindo enquanto ele se vestia, observando Lily atirar suas próprias roupas. Ela estava prestes a rasgar uma costura de sua saia quando percebeu que Diamond e Knox ainda estavam no banho. Diamond estava lhe dando a oportunidade de se vestir. Ela provavelmente está tão envergonhada como eu estou, pensou Lily. Ela não parece ter muito mais experiência nisso do que Lily tinha. Lily se acalmou e terminou de se vestir. — Com sede? — Perguntou Shade.


— Sim. — Lily e Shade voltaram para frente do porão. Foi um pouco antes que Knox e Diamond saírem. Knox se jogou no sofá, puxando Diamond em seu colo. Pegando sua cerveja, ele tomou um longo gole. — Como está o novo aparelho que Cash está trabalhando? — Knox perguntou a Shade. — Esperando a patente. Assim que for aprovado, podemos começar a vendê-lo. — Shade disse, tomando um gole de sua própria cerveja. — Bom. Preciso de dinheiro. Diamond quer transformar a nossa casa em uma porra de uma fortaleza. — Knox sorriu para sua esposa, que lhe lançou um olhar sujo. Shade respondeu outras perguntas de Knox sobre a fábrica, discutindo vários itens que estavam fazendo as maiores vendas. Lily sentou-se, tomando sua bebida agora relaxada, evitando os olhos de Diamond. Eventualmente, seus olhos se encontraram, e elas sorriram uma para a outra, em silêncio, rindo de seu embaraço. — Então, eu posso pegar emprestado o seu suéter? Perguntou Diamond. — Sim.

Lily estava quase dormindo quando Shade deslizou sob as cobertas, puxando-a para o corpo dele. Quando ele a puxou para ele, ela rolou, enterrando o rosto em seu pescoço enquanto ela estava deitada em seu peito. — Shade... — Lily começou.


— Knox será sempre um irmão, mas sendo xerife ele tem que manter a descrição. Diamond é uma advogada. E uma boa advogada. Ela vai crescer... — Eu gosto de jogar Knox gosta de jogar. Todos nós sabemos como manter nossas bocas fechadas. Foi por isso que Viper e Razer falaram os negócios do clube na sua frente. Você manteve o segredo da Georgia, apesar da cadela jogar sujeira sobre você por toda a cidade. A única vez que você falou foi para proteger alguém e para salvar a vida da Georgia depois que ela quase a matou. Eu acho que Diamond é uma mulher atraente, mas eu não quero foder ela. Você entender o que estou dizendo? — Sim — Lily sussurrou. Ela tinha visto brevemente Knox nu. Ela pensou que ele era bonito de um jeito feroz, mas ela nunca seria atraída por ele. — Se você quiser jogar algumas vezes com eles e só com eles, nós podemos. Se você não quiser isso, nós não iremos fazer. A decisão é sua. — Shade bocejou, colocando o braço atrás da cabeça. — Eu pensei que você e Diamond se dariam bem desde que você não tem muitas amigas, e vocês podem se tornar amigas. Ambas são tipo... Doce. Lily levantou a cabeça. — Isso não era o que eu ia dizer para você. — Ela olhou para ele. — Eu não sei entre você e Winter qual é o mais desonesto. — Eu sou, mas ela acha que é ela — disse Shade presunçosamente. — Céus ajude as pessoas que vocês dois conspiram contra; Eles não tem a menor chance.


Capítulo 38 Sábado

Sawyer ligou a máquina de lavar louça, enxugando as mãos em um pano de prato. A campainha tocou e ela pôs o pano no balcão antes de ir para a porta. O estômago dela afundou ao ver Vida, Colton, Ice e Jackal. Ela sabia que era uma má notícia quando ela viu seus rostos. Cruzando os braços sobre o peito, ela caminhou até o meio da sala. Ela ouviu Kaden descendo os degraus e se virou para vê-lo com uma expressão de preocupação em seu rosto. Ele sabia o que eles estavam indo para dizer a ela. Ela podia ver isso na cara dele. Kaden veio a ela, em pé atrás dela envolvendo os braços em sua cintura. — Apenas me diga, — Sawyer ordenou. Olhando fixamente para o rosto de Vida, era óbvio que ela tinha chorado. — Digger escapou. — Vida disse gentilmente, ciente de como irritada Sawyer estaria por que o homem que a raptou e a dezenas de outras mulheres tinha fugido. — Como? — Perguntou Sawyer em descrença. Ice explicou: — Eles estavam no escritório do procurador do estado. Digger tinha concordado em revelar o paradeiro das suas casas, dizer onde as mulheres que ele tinha vendido estavam. Ele foi ao banheiro antes de começarem, e ele conseguiu fugir. Saiu pela porta da frente do caralho. Os dois guardas foram mortos. Ele teve ajuda. — Oh, meu Deus. — Sawyer começou a chorar. Agora nem sabiam


onde essas pobres mulheres estavam, mas ele estava à solta onde ele poderia continuar em outro lugar a sequestrar mais mulheres. — Pelo menos ele não sabe sobre Callie. — O alívio de Sawyer foi curto quando Ice estourou a sua bolha. — Ele sabe. Quando eles verificaram a sua cela, acharam informações sobre Penni, onde ela morava, faculdade, seu meio-irmão. Digger tinha um dossiê completo sobre ela. A melhor hipótese que temos é que ele descobriu desde que foi preso contando a data em que recebeu o arquivo. Achamos que ele reconheceu a semelhança de Callie com King quando ele estava no quarto de hotel de Penni. — Nós temos que avisar a Callie; — disse Sawyer. — Há mais. — Jackal invadiu a conversa. — Rip, que estava mantendo um olho em Callie, desapareceu. Ele deveria verificar ela na noite passada. Ele não voltou. Vamos buscar o nosso irmão. Seus olhos cheios de ameaça mostravam as sombras da morte. Vida virou no peito de Colton. — Podemos falar com Callie. Eles vão deixá-la ir. — Vida tentou parecer positiva. Ice assumiu o comando. — Isso é o que vamos fazer. Nós iremos a Treepoint para pedir um encontro com os Last Riders e esclarecer tudo. Você pode falar com Callie, oferecer para trazê-la de volta para cá, sob a nossa proteção. Digger não vai tocá-la se fizermos uma reclamação sobre ela. Se eles devolvem o nosso homem de volta, todos nós vamos ser legais e os deixaremos em paz. Se o nosso irmão estiver morto, então é outra história. Os irmãos estão a caminho daqui. Se você que ir, prepare-se para um passeio. — Sawyer subiu para fazer as malas. Ela olhou para cima quando viu Vida em pé na porta. — Vai ficar tudo bem, não é? — Sua amiga queria conforto.


— Reze Vida. Reze muito. É isso que estou fazendo.

Jackal foi até a porta. — Onde você está indo? — Perguntou Ice, parando-o. — Eu vou manter uma distância de 20 minutos atrás de você. — Jackal disse a ele com silêncio significado em seus olhos. — Eu estou tentando nos dar alguma garantia. — Ice acenou com a cabeça, dando o seu ok. Eles estavam prontos para sair em trinta. Kaden estava andando de moto ao lado de Colton. Sawyer e Vida olharam uma para outra, segurando seus maridos apertados. Kaden tinha chamado Alec; Ele estava indo para seguir atrás deles no Escalade. Para quando as mulheres precisassem descansar das motos, elas poderiam andar com ele. Eles estavam dirigindo direto para Treepoint. Ice ergueu o braço na frente de mais de oitenta motos. Elas ouviram sua voz na parte de trás. — Predators, vamos correr.


Segunda-feira Lily correu para destrancar a loja da igreja. Ela estava atrasada porque ela tinha parado no escritório de Shade no caminho para o trabalho, mantendo sua promessa de sexta-feira à noite. Ela quase derramou seu café quando ela abriu a porta. Fechando cuidadosamente atrás dela, ela caminhou até o balcão, colocando sua bolsa para baixo. Pastor Dean entrou com um sorriso. — Eu liguei para Shade para saber se você estava doente. Você nunca está atrasada. Ele desligou na minha cara. Lily ficou vermelha. — Desculpa, estou atrasada. Eu estava... — Lily não sabia o que dizer. Ela certamente não queria dizer a verdade, mas ela não queria mentir muito. — Ocupada? — O sorriso do Pastor Dean se arregalou. — Ocupada — Lily assentiu com a cabeça. — Sinto muito sobre Shade. Ele é um homem bruto. Eu vou ter uma conversa com ele. — Você faz isso, Lily. Se alguém pode endireitá-lo, esse alguém é você. — Lily lhe deu um olhar duvidoso que o fez rir. — Lily, você ilumina meu dia, que é uma coisa boa, pois estarei fazendo as contas da igreja nesta manhã. Eu estarei em meu escritório se precisar de mim. — Tudo bem, — Lily respondeu, olhando para os documentos da moto que Train estava doando. Quando a porta abriu, Lily sorriu quando um cliente que entrou; Um homem alto, de ombros largos com cabelo preto. O sorriso dela começou a desvanecer-se quando ele se aproximou do balcão. — Olá, Callie. Lembra-se de mim?


Shade estava sentado em sua mesa quando a primeira ligação veio. — Você tem algo que é meu e eu o quero de volta. — E você seria Ice ou Jackal? — Shade respondeu. — Você sabe? — Eu sei que algo está acontecendo e você sabe o que é. E você vai nos dizer o que precisamos saber, ou você vai ter menos um irmão sob o seu comando. — Nós precisamos nos conhecer. — Shade lhe deu o endereço. — Traga meu irmão. Ice poderia exigir tudo que ele quisesse; Ele não estaria recebendo nada até que ele desse a informação que precisava. — Você vai ver Eightball quando eu decidir levá-lo de volta. — Shade enfatizou o nome de Eightball para deixar Ice saber que eles estavam cientes que esse nome era tão falso quanto à merda e ele tinha sido um estúpido fodido por ser pego. — Oh, você vai trazê-lo e eu vou levar a sua muito bonita irmã mais nova. — Shade não perdeu o controle de seu temperamento. Ele tinha fodido a si mesmo; Ele deveria ter esperado esse movimento. — Eu vou trazê-lo. — Shade não tinha outra escolha senão ceder. — Agora temos um acordo. Nós estaremos lá em uma hora. — A linha foi desconectada. Shade se levantou de sua mesa, abrindo a porta. — Jewell assuma. Rider, Train vocês estão comigo. Eles estavam do outro lado do estacionamento quando a segunda


ligação entrou. Shade fez uma pausa para responder. — Mais tarde, Dean. Estou ocupado; — Shade é Lily. Ela se foi. Eu estava indo para o meu escritório quando alguém me nocauteou. Quando eu acordei... Ela se foi. Eu liguei para Knox; Ele está a caminho. — Shade desligou o telefone. — Shade? — Ele olhou para Rider. — Vamos conversar no clube. Reúna todos os irmãos e me encontrem na cozinha. — Eles correram até a escada. Shade encontrou Viper na cozinha. Demorou muito pouco tempo para que os irmãos se reunissem na cozinha e na sala de televisão. A porta estava aberta para a sala de estar para que todos os membros pudessem ouvir. Shade rapidamente explicou sobre o encontro com Ice e que Lily tinha desaparecido da igreja. Viper assumiu o controle. — Razer, ligue para Beth. Diga a ela para vir e ficar aqui. Train ligue para os irmãos em Ohio, diga-lhes para trazer as suas bundas aqui, e depois, ligue para Stud e fale a mesma coisa. Estou ligando o meu cronômetro. Vamos nos encontrar com os Predators, descobrimos o que sabem e, depois, vamos descobrir como encontrar Lily. Temos que fechar a cidade de modo que quem tiver com a Lily não possa fugir. Nós teremos que ter alguém que sabe todos os caminhos dentro e fora da cidade. Chame Knox e lhe diga para ligar para os Porters e pedir ajuda. Não há nenhum lugar na cidade ou nas montanhas que eles não conheçam. Todo mundo tem cinco minutos para se vestir e se arrumar para a guerra. Nós nos encontraremos em nossas motos. Andem. Shade foi para sua casa e voltou com uma bolsa de lona. Quando chegou ao estacionamento, todo mundo estava montando em suas motos. Ele jogou a bolsa no banco de trás entre Rider e Nickel. Abrindo-a, ele tirou a sua semiautomática calibre 50, empurrando-a na parte de trás de sua


calça jeans. Então ele pegou vários pentes de balas colocando-os no bolso da jaqueta, fechando-os. Batendo a porta da caminhonete, ele foi para sua moto subindo nela. Só então Shade ligou o seu motor, pronto para montar. Os irmãos estavam todos movendo suas motos atrás de Viper e Cash no começo do estacionamento. A voz de Viper soou forte e clara sobre o rugido das motos. — Last Riders, vamos montar!


Capítulo 39 Lily se recostou na cadeira de madeira, olhando para o homem que a havia arrastado da loja da igreja. Ele a empurrou para o banco traseiro de um carro antes ficar ao lado dela enquanto um homem enorme saia do estacionamento. Lily não tentou conversar com o homem silencioso, muito ocupada assistindo pela janela para ver para onde estavam indo. Ela teve que olhar para que pudesse encontrar o caminho de casa. Eles haviam conduzido vários quilômetros fora da cidade em direção a Jamestown antes de sair da estrada e passar por uma pequena estrada de terra por uns dois quilômetros. O carro então parou dentro de uma garagem. Lily quase gritou quando a luz sumiu. Felizmente, outra luz se acendeu. O homem a levou a um quarto e lhe disse para se sentar. — Quem é você? — Perguntou Lily, olhando para ele. O quarto estava sem móveis, exceto a cadeira em que estava sentada. Ele se levantou se recostando contra a parede. Ele certamente não se encaixava com essa casa com o seu terno e sapatos caros. A memória voltou, lembrando-a de Rachel descrevendo um homem como ele. Ela sabia a resposta antes de falar. — Meu nome é King. — Por que você me sequestrou? — Agora, Callie, sequestro é uma palavra muito forte. — O homem deve saber sobre ser severo. Encaixava-se a ele. Não havia nada suave sobre ele. Seu corpo e rosto projetavam uma crueldade que ele parecia mais do que capaz de realizar. — Não me chame de Callie. Meu nome é Lily. Como você me conhece? — Lily se fez falar mais confiante do que se sentia.


— Você não se lembra? Ele olhou para ela com curiosidade. Ela lembrou. Que Deus a ajudasse, ela lembrou. Ele era o homem que havia matado sua mãe, Marshall e o homem que a tinha estuprado e, depois, colocou fogo no apartamento, deixando o prédio inteiro para queimar. — Foi você que me tirou de minha mãe e me deu a meus pais adotivos. — Ela não ia mencionar que ela o tinha visto matá-los também, com medo que ele matasse uma testemunha de um crime que tinha cometido anos atrás. — Aquela cadela não tinha sido nenhuma mãe para você. Essa vagabunda nunca deveria ter sido permitida ter filhos. Ela era a encarnação do mal. — Como você conhecia a minha mãe? — Perguntou Lily. — Ela cresceu em meu bairro. Nós crescemos juntos. Gostava de tê-la perto de vez em quando. Tenho vários negócios; Um desses negócios era proporcionar entretenimento para os homens. Ela trabalhou para mim por um tempo até que ela começou a roubar dinheiro dos bolsos dos clientes. — Minha mãe era uma prostituta — disse Lily com o rosto pálido. — Sua mãe era uma puta. Ela dava de graça muitas vezes assim como vendia. — Lily estremeceu com suas palavras cruéis. — Isso é interessante, mas eu estou tentando entender o que isso tem a ver com você me sequestrando. Se você está preocupado que eu fosse falar algum dia, eu não vou. — Eu não acho que você faria Lily. Não seria muito divertido testemunhar, não é? — King disse ironicamente. Suas palavras a deixaram saber que ele também se lembrava do por que ele ter matado sua mãe e os outros homens. Lily se encolheu


lembrando o tratamento que ela tinha recebido quando era uma criança. Ela se conhecia bem o suficiente para saber que ela nunca seria capaz de testemunhar o que tinha acontecido com ela naquele tempo. Lily ouviu o suspiro de King, suas mãos indo para os bolsos. — Eu não quis falar para trazer lembranças ruins para você, Lily, mas não tenho escolha. Eu tenho um inimigo que está determinado a me destruir e ele planeja usar você para atingir esse objetivo. — Como? Não estou entendendo. Eu não quero entender. Eu só quero ir para casa com o meu marido. Ele vai ficar preocupado comigo. Eu quero ir para casa. — Lily se recusou a chorar na frente deste estranho. Ela tinha parado de chorar o tempo todo. Ela não era fraca mais; Ela tinha Shade, Beth e Razer, e ela tinha os Last Riders. A mulher fraca que ela tinha sido foi embora. — Eu não posso deixar você ir para casa até que eu mate Digger. Ele fugiu da prisão há alguns dias atrás e ele não está longe de Treepont, se ele não estiver lá. Eu não posso dar a ele uma chance. Eu tive que colocá-la aonde ele não possa te encontrar até que eu o encontre. Sem preocupação; Não vai demorar muito, então você poderá ir para casa. — Por que ele tentaria me usar contra você? Eu nem sequer conheço você. — Lily protestou. — Olhe para mim, Lily. É óbvio. — Seus olhos fitavam os dela. — Não. — Lily balançou a cabeça, negando a possibilidade, apertando os olhos fechados para fazê-lo desaparecer. Ela não podia jogar a verdade para longe, no entanto. Lily deu um riso amargo. — Então, não só a minha mãe era uma prostituta, como também meu pai era seu cafetão?— King acenou com a cabeça. — Dentre outras coisas. Eu temo que ser um cafetão não seja o pior dos meus pecados. Você


não tinha a menor chance. — Lily baixou a cabeça, o cabelo caindo para esconder o rosto. — Você sabe que eu não sabia se existiam pais? Que quando eu descobri, eu chorei por três dias? Você sabe as coisas que ela fez comigo e me obrigou a fazer?! — Os olhos de Lily levantaram as profundidades roxas cheias de ódio para encarar King, que ficou pálido com a sua explosão. Seu rosto se tornou rapidamente uma máscara impassível; No entanto, Lily viu a tortura em seus olhos que eram tão parecidos com o seu, e seu ódio desapareceu, substituído por pena. Ela tinha sofrido durante curtos oito anos, enquanto este homem tinha sofrido por muito mais tempo do que isso. — Eu... — King limpou a garganta. Sua voz impassível desmentira o olhar a encarando. — Eu não sabia. Minha irmã foi violentamente assassinada. Ela tinha sido sequestrada e cortada em pedaços. Eu amei a minha irmã. Foi por isso que eu fiz as coisas que eu fiz quando eu comecei meu negócio, para que eu pudesse arrastá-la para fora da sujeira daquele bairro. Quando ela morreu eu jurei que nunca deixaria ninguém me ter assim de novo. Os homens com quem lido são muito perigosos. A noite que eles entregaram o corpo de Ariel, eu tive que fazer os arranjos para o funeral e escolher as roupas que eles iriam enterrá-la no dia seguinte. As mãos de King correram por seu cabelo escuro. — Voltei para meu apartamento, fiquei bêbado e usei um pouco de coca. Brenda deve ter se aproveitado isso. Eu nem me lembro de que a cadela estava lá. Lembrome de estar fedendo a sexo na manhã seguinte, mas não me lembro de nada daquela noite. Eu fiquei fora do bairro que Brenda vivia. Ele me trazia de volta muitas memórias. — Então, uma das minhas meninas se machucou muito. Eu fui lá


para resolver o problema e quando eu estava saindo, ouvi crianças, garotinhas rindo. Era um som inconfundível. Eu olhei para o parquinho e eu vi você. Você parecia exatamente como minha irmã nessa idade. Quando Brenda saiu gritando com você para entrar, eu sabia o que a cadela tinha feito. — Eu a fiz vir ao meu escritório. Ela disse que ela não me contou sobre você porque ela tinha medo que eu iria matá-la. Ela estava certa. E dei tudo de mim para não matá-la naquele dia. A única razão que eu não fiz foi porque eu não queria ver você machucada como Ariel. Você era muito bonita para ser arrastada para o meu mundo. — Eu lhe dei dinheiro para cuidar de você. Ela tinha o suficiente para sair daquele buraco de rato, mas ela morava lá para estar mais perto de seus fornecedores. Eu sabia que ela estava usando drogas, então eu paguei à Marshall para morar com ela para ficar de olho em você, para te proteger. Em vez disso, ele se tornou mais um de seus torturadores. Eu não tinha ideia do que ela estava fazendo com você até aquela noite, quando Marshall me ligou. Ele estava tão bravo por Brenda deixar outro ter homem você que ele me ligou. Eu não acho que o filho da puta idiota pensou que eu iria te perguntar. Eu sabia que o filho da puta não se importaria se Brenda fodesse cinquenta homens. — Sua voz estava cheia de nojo. — Então você matou-os, e depois, ateou o fogo. — Eu gostei disso. Eu desejaria poder trazer ele de volta à vida para matá-lo novamente. — Seus olhos brilhavam com o ódio pelas pessoas que estavam cruelmente mortas. — Como os pais de Beth vieram a me adotar? — Saul Cornett era meu tio. Eu liguei para ele e perguntei se ele ficaria com você. Ele disse que o faria, mas ele me disse que, se o fizesse, eu tinha que concordar em ficar longe. Ele não colocaria em perigo a sua


criança. Ele sabia que Ariel tinha sido morta por minha causa. Eu tinha um conhecido no necrotério que falsificou um documento de um corpo lá, mostrando que você tinha morrido no incêndio. Eu queria ter certeza de que ninguém jamais procurasse por você. — Então, ele era meu tio-avô? — Sim. Ele era um fanático religioso, mas eu sabia que ele não tocaria em você. — Lily não disse a ele que seu pai adotivo tinha sido um sádico que havia torturado Beth. Lily se perguntou o porquê dele não ter tocado nela, se foi por causa de Beth, as ameaças do xerife ou por causa do King. — Era você que possuía a casa atrás da nossa? King sorriu com a sua engenhosidade. — Sim. Dessa forma, eu podia manter um olho em você. Eu sempre tiro férias durante o verão porque você ficava mais do lado de fora. Você se tornou uma bela mulher, Lily. Eu ouvi que você se casou durante o natal. Lily assentiu com a cabeça. — Fofocas da cidade pequena. Eu suponho que você saiba tudo sobre mim, provavelmente apenas conversando com uma garçonete no restaurante. King acenou com a cabeça. — Tudo, exceto uma coisa. Você está feliz? Quando eu a via durante as minhas viagens, você sempre parecia tão reservada, eu nunca podia perceber. — Lily pensou ter ouvido uma pequena pausa em sua voz quando ele fez a pergunta. — Sim, eu estou muito feliz. Eu não podia ter pedido por uma irmã melhor. Eu tenho amigos com quem eu me preocupo, e eu amo meu marido, Shade. Ele é tudo para mim. — Ela disse baixinho, vendo que a sua resposta era importante para ele. King acenou com a cabeça. — Leve-me de volta para ele. Shade e os Last Riders podem me


manter a salvo de quem quer me machucar. — Você quase foi morta duas vezes porque Digger está atrás de você. Eu tenho que cuidar de Digger ou você nunca vai ter uma vida normal. — Disse King decidido. — Como você planeja detê-lo? — Lily mostrou que ela não mudaria de ideia. — Eu tenho uma reunião marcada em duas horas. Vou deixar que ele me pegue. Quando ele me matar, você se torna sem importância. Claro, eu estou pensando em levar o bastardo comigo para o inferno.

Quando os Last Riders entraram no estacionamento do bar de Rosie, Os Predators já estavam lá esperando. Viper e Cash foram para frente, enquanto Shade levou sua moto para o outro lado de Viper onde os três esperaram. Ice e Max levaram suas motos para frente, e os homens enfrentam um ao outro. — Onde está Rip? — Os olhos frios de Ice procuravam por trás deles. — Você quer dizer, Eightball? — Perguntou sarcasticamente Viper. Ele apontou para a montanha a sua esquerda. Dois homens estavam no topo e um estava com uma arma apontada para sua cabeça. — Você vai nos dizer por que você plantou um traidor no nosso clube e que porra isso tem a ver com Lily? Ou o seu irmão vai dar um salto de fé? — Viper terminou, se virando para Ice.


Ice deu um assobio e duas motos na parte de trás do terreno se moveram. Penni estava com uma arma apontada para sua cabeça. O olhar aterrorizado no rosto dela fez Shade querer puxar a sua arma; No entanto, ele sabia que os homens queriam o seu irmão tanto quanto ele queria a irmã dele. — Ice cara, isso não fazia parte do plano. — Dois homens foram para a parte de trás saindo de suas motos. Shade se lembrou daquele com o cavanhaque que esteve no restaurante. O segundo era conhecido por qualquer um que tivesse uma televisão. — Eu lhe disse que te deixaria falar, Colton. Você tem dez minutos antes que eu mesmo fale essa merda. O cara chamado Colton andou um passo mais perto de Viper antes que o homem grande ao lado de Ice colocasse um braço em seu caminho, impedindo-o. — Meu nome é Colton, este é Kaden. Nossas mulheres eram amigas de Lily quando ela era uma garotinha. Um homem chamado Digger gerencia um círculo de sexo; Ele rapta mulheres jovens e depois as vendem como escravas sexuais. Digger está em uma luta de poder com um homem chamado King. No ano passado, minha esposa foi sequestrada e mantida refém por Digger para ganhar informações para destruir o King. — O que ela sabe? — Perguntou Shade. — Que King tinha uma filha, Callie. Sua esposa, Lily. E foi apenas quando Penni começou a trabalhar para nós que nós descobrimos que Callie ainda estava viva. Infelizmente, também Digger. — Esse deve ser quem está tentando matá-la. — Disse Shade, pensativo. Shade viu os homens parar e olharem um para o outro. — Nós não estamos cientes que alguém tem tentado matá-la. Nós


não sabíamos até sexta-feira quando Digger escapou que ele sabia sobre Callie. Eles descobriram essa informação que ele tinha sobre Callie quando fizeram uma busca nas coisas dele. — Nossas mulheres foram torturadas por esta informação. Elas amam e querem que Callie se encontre com elas, mas não tentaram encontrá-la antes porque não queriam levá-la para Digger. Ice estava me fazendo um favor ao tentar colocar um homem para manter um olho em Callie, e para ser honesto, ter certeza que ela estivesse feliz. Isso é importante para elas. — Se você trouxer Callie aqui, ela pode confirmar que ela as conhece. Ela tinha apenas oito, mas era bastante velha e reconheceria uma delas. Nós as temos esperando por ela. Quando você trouxer Callie, vou mandar trazer as nossas esposas... — Quais os nomes das suas esposas? — Shade perguntou. — Sawyer e Vida. Você está disposto a trazer Callie? — Perguntou Colton. — Há um problema com isso. Ela está desaparecida. — Shade disse, observando cuidadosamente a sua reação. Shade podia ver em seus rostos que eles não estavam com Lily. Eles lhe falaram o que sabiam. Viper podia ver isso também. Foi por isso que ele levantou a mão. E os dois homens desapareceram da beira do precipício. — Você pode ter seu homem de volta. Qualquer ideia de onde Digger poderia levá-la? — Viper perguntou. — Não. Ele esteve na prisão. Nós não sabemos onde estão localizadas as casas que ele opera ou quais caminhos que ele ainda tinha. O FBI vem tentando encontrar a informação e não conseguiu nada. É por isso que eles não mataram o bastardo quando o levaram sob custódia.


O som de uma moto encheu o ar quando Train entrou no estacionamento atrás de Viper. Rip saiu da parte de trás da moto, indo para seus irmãos que começaram a aplaudir. — Você não está esquecendo alguma coisa? — A voz de Shade estalou. — Jackal! — Gritou Ice. O homem segurava a arma virou para longe da cabeça de Penni, e ele lhe deu um empurrão para frente. Ela se virou e cuspiu em seu rosto. — Idiota. Os homens ao seu redor deram vaias enquanto caminhava pelo meio deles. Quando ela se aproximou de Kaden e Colton, Kaden levantou a mão para tocá-la, mas ela empurrou o braço para longe, indo direto para seu irmão e subindo na garupa de sua moto. — Há quanto tempo ela sumiu? — Perguntou Ice. — Desde esta manhã. — Shade respondeu. — Precisa de alguma ajuda? — Ice perguntou, estendendo a mão para Viper para lançar uma trégua. Viper apertou a sua mão. — Isso não vai machucar. Diga-nos o que você sabem sobre Digger? — Shade escutou os homens, aos poucos, chegando à conclusão que apenas um homem tinha o poder de salvar Lily. E era hora de chamar Lucky.



Capítulo 40 A batida veio dez minutos mais cedo do que ele disse que levaria e Shade não tinha tempo a perder. — Entre. Shade entrou em seu escritório, vendo seu irmão perto da janela. — Lucky, eu não perguntaria se eu tivesse uma escolha. —A voz áspera de Shade parecia vazia na sala. — Eu estive olhando por esta janela por muitos anos, Shade. Levou mais de um ano depois que seu pai abriu a investigação sobre o oleoduto passando por aqui, para encontrar uma conexão. Então eu tive que encontrar um caminho na comunidade, que não levantaria suspeitas. Eu estou a um mês de fechar um oleoduto que atravessa nove estados, transportando drogas e armas, e você está me pedindo para explodir meu disfarce por uma mulher, quando os homens que eu estou me preparando para prender mataram centenas, enquanto eu tive que sentar e esperar para ter provas suficientes para derrubar a todos. Nós temos todos os mandados, e tudo isso por causa de uma mulher. — Lucky. — disse Shade, forçado a fazer o que ele nunca tinha feito antes. — Irmão, por favor. Eu não posso perdê-la. Eu não sou como você e os outros. Eu posso fingir que tenho emoções, mas elas não estão lá para ninguém. Não há nada dentro de mim, exceto sombras. Lily afasta as sombras. Ela sente tudo até o que ela não suporta e não consegue esmagar uma porra de uma flor sob seus pés e eu não sinto nada a menos que esteja com ela, eu não posso perder isso. Eu esperei tanto tempo por ela, eu a amei por anos; E ela só me amou por algumas semanas. Quando a vi pela primeira vez tudo o que eu conseguia pensar era em transar com ela. Então


eu a vi no lago com Beth, eu senti seu medo, mas eu vi o olhar que ela deu a Beth. Ela amava e confiava em Beth, sabia que Beth não deixaria qualquer coisa acontecer com ela. — Shade engoliu em seco e desconfortável se abrindo com alguém especialmente para Lucky. — Eu queria que ela olhasse para mim daquele jeito, precisava dela para olhar para mim dessa maneira. Eu queria lhe dar uma vida longe da escuridão que eu vi que tinha tocado sua bela alma. — O rosto de Shade torceu em uma máscara dolorosa. — Eu tomei inúmeras vidas, e nunca senti um pingo de emoção e foi por isso que eles me recrutaram para o serviço militar. Um psicólogo até brincou depois da minha avaliação que eu tinha nascido sem uma alma, e era verdade, até aquele dia no lago. Eu me apaixonei por ela naquele dia, não há nenhuma outra mulher para mim, nunca haverá. Lily é minha porta de entrada para o céu e sem ela a única coisa que resta para mim é o inferno. Você costumava acreditar em algo mais importante do que aquele distintivo que você carrega. Eu estou te implorando para me salvar irmão porque, como Deus é minha testemunha, eu vou te matar se você não me ajudar. — Eu não faria isso por ninguém. Não por minha mãe ou qualquer irmão, nem por uma porra de um milhão de dólares, e, especialmente, nem por causa de qualquer porra de ameaça sua. Mas, eu vou fazer por Lily. — Obrigado. — A mente de Shade pegou alguma coisa. — Espere um minuto. Você disse que tem os mandados? Eu acho que sei como podemos ter Lily e enviar os mandados ao mesmo tempo. Ligue para seu chefe.

Eles se hospedaram na pequena sala, deixando o dia passar. Em um momento Lily pensou ter ouvido um avião quebrando a monotonia por alguns preciosos minutos até que ela não conseguia ouvir mais o som e o


silêncio retornava. As pontas dos dedos tocaram o elástico vermelho que ela não conseguia se lembrar da última vez que ela tinha tocado. Lily viu King olhar para o relógio. — Eu vou deixar Henry com você. Ele vai levála de volta para seu marido ao anoitecer. Até lá, vai ser um longo dia. — Você não tem que lidar com algo como isso. Eu conheço o xerife daqui; Ele vai nos manter seguros; — Ela implorou. — Nesta pequena cidade atrasada? Sua cidade nunca lidou com homens como nós, que barganham com a vida todos os dias. Enquanto Digger estiver vivo, ele irá persegui-la. A única maneira de pará-lo é se um de nós estiver morto. — A voz de King era estável quando ele descrevia uma vida que tinha sido gasta sempre olhando por cima do ombro. King caminhou até a porta, se virando antes de sair por ela. — Sinto muito, Lily. Se servir de consolo, você estava em uma melhor situação sem mim. Eu teria sido um péssimo pai. — King se virou para caminhar através da porta, deixando-a sem um adeus. Num momento ele estava caminhando pela porta, e no segundo seguinte, uma explosão de tiro e vidro estilhaçando soou do outro quarto. Lily correu em direção ao som, vendo que King estava com sangue escorrendo pelo peito. Outra explosão de tiros enviando respingos de vidro da outra janela perfurou um buraco no gesso na parede atrás dela. Lily gritou quando mais tiros ricochetearam para dentro da casa. — Se abaixe! — King gritou. O grande homem, que os havia conduzido até a casa, entrou correndo na sala carregando uma arma em sua mão. Ele agarrou o braço de Lily, forçando-a a se ajoelhar. — Quantos são Henry? — Perguntou King, pondo a mão em seu peito. Henry a arrastou para um canto da sala, forçando ela a se deitar. Em seguida, ele deslizou por uma janela que estava voltada para frente da casa. Ele não disse nada, apenas se virou para enfrentar o seu chefe. Por um


segundo, os homens trocaram um olhar e Lily sabia que ela não iria para casa e para Shade novamente. — Sinto muito, Lily. Eu sempre fodi tudo com você, não foi? Eu disse que era um péssimo pai. À medida que mais tiros foram disparados na sala, Lily gritou, cobrindo a cabeça com ambas as mãos e braços. Ela começou a rezar, mais e mais, esperando que desta vez Deus estivesse ouvindo. — O que você está fazendo? — A cabeça de King se virou no chão em direção a ela. — Estou rezando. — Bem, este certamente é o momento para isso. Reze por mim. Deus sabe que eu preciso disso. — Ele tentou se sentar e finalmente conseguiu se levantar sobre um cotovelo, depois deslizou em direção à janela com Henry. — Ok. — Lily continuou orando. Ela o ouviu rindo, puxando uma arma de seu paletó. — Henry, você um dia imaginou que uma filha minha e de Brenda sequer saberia fazer uma oração? — Não, senhor. — Mais tiros vieram voando para a sala. Lily parou de orar por um segundo. — Por que é que você não está atirando de volta? — Ambos os homens desataram a rir. — Eu sabia que havia uma parte de mim em algum lugar. Não estamos atirando, porque eu quero guardá-lo para quando tentarem entrar na casa. — Lily começou a rezar novamente quando outra rodada começou. — Venha para fora, King, e eu vou deixar a garota viver; — uma voz gritou do lado de fora.


— Digger, se você me quer, venha me pegar. Nós dois sabemos que você não planeja matá-la. — Quando um ruído na parte de trás soou, Lily olhou para King; Eles só tinham minutos. — Por que você não me levou e desapareceu, em vez de dirigir e me deixar com os meus pais? Por que você apenas não ficou comigo? — Lily perguntou com lágrimas não derramadas nos olhos. King tirou os olhos da janela para encará-la. Desta vez, ele não fez nenhuma tentativa de esconder sua expressão torturada. — Você não lembra o que aconteceu depois que deixou o apartamento? — Lily balançou a cabeça. — Você estava histérica. Você pensou que eu iria te matar também. Você não parou de gritar até que chegamos à casa de Saul e você viu Beth. Ela te ninou até que você adormeceu. Te deixei enquanto você ainda estava dormindo. Eu não queria que você acordasse e me visse. Lily se sentou olhando para ele, ouvindo os homens que estavam na parte de trás da casa. Sabendo que tinha apenas segundos para falar, ela disse o que ela sabia que ambos precisavam ouvir antes de morrer. — Papai, eu te perdoo. — No que diabos você se meteu agora, Lily? — Lily se virou para olhar para os três homens correndo preocupados em toda da sala, tomando suas posições em torno deles. — Dustin, Greer e Tate? O que você está fazendo aqui? — Lily acabou rindo com descrença atordoada. — Você tem todo mundo na porra do país procurando por você. O FBI, a ATF, até mesmo os filhos da puta da CIA. Que merda você despertou? — Dustin deu-lhe seu sorriso de comedor de merda habitual. Um tiro ecoou na parte de trás da casa.


— Tenho um — Lily ouviu o grito de Rachel. — Essa é Rachel? — Perguntou Lily. — Inferno, sim, não há ninguém melhor com uma vinte e dois. Se eles tentarem atravessar essa porta de trás, eles vão se encontrar com o agente funerário na cidade. — Tate disse, pegando uma pérola de alguém de fora e deixando ir com um tiro. — Greer, você fica com os da direita. Dustin, à esquerda. — Quais você vai levar? — Perguntou Greer, atirando novamente. — Eu vou ficar com o resto que você dois perderem — Tate respondeu disparando vários tiros, um após o outro. Quando Tate parou por um segundo, como se estivesse ouvindo algo, Lily viu o fone de ouvido preto em seu ouvido. Ele deve ter estado escutando alguém falando porque momentos depois o ouviu dizer-lhes para enviar uma ambulância. — Eles estarão aqui em cinco minutos. Irmãos, então comecem a matá-los. Eu não quero um filho da puta de pé. Eles vão rir de nós na cidade se ouvirem que a polícia veio nos ajudar. — Com isso, os homens começaram a atirar a sério, e Lily teve que colocar as mãos sobre as orelhas. Outra rodada de tiros soou na parte de trás. — Tenho mais dois! — Rachel gritou. Lily pegou a expressão surpreendida de King. — O que você estava falando sobre minha cidade lidar com homens como você? — Levantem-se. Eles querem que a gente pare de atirar. Eles estão com medo que nós iremos matá-los. Os bocetas estão com medo de chegar mais perto — Tate disse, atirando uma vez mais antes de se levantar. — Vamos ver se algum deles está respirando. Dustin, você fica aqui com Rachel e Lily.


Ainda mais tiros estavam vindo da parte de trás. — Rachel, pare de atirar. Saia daí! — Tate gritou. Rachel entrou correndo na sala, carregando um rifle na mão. Ela estava vestindo jeans e uma camiseta, e Lily poderia dizer que ela estava se divertido tanto quanto seus irmãos. Ela se abaixou ao lado de Lily no chão. — Eu tenho mais um par. Vocês contaram quantas você atirou? — ela perguntou a seus irmãos. Tate e Greer abrindo a porta. — Mais do que você — Greer se gabou antes de irem para a porta. Ela se virou para Lily. — Será que ele está falando a verdade? — Eu não sei. Eu não mantive a contagem — Lily respondeu perplexa pela atitude dela. Rachel lhe lançou um sorriso que era tão cheio de si como seu irmão. — Eles gostam de se gabar de mim que eles são melhores atiradores. Vou pegar uma cópia do relatório da polícia com o Knox e contá-los. Ela se virou e viu King. — Você é o cara que o carro quebrou na cidade. — Ela levantou a arma para apontar para ele. — Está tudo bem, Rachel. Ele é meu pai. — Rachel abaixou a arma. — Ele é a pessoa que sequestrou você? — Rachel perguntou. — Sim, — Lily respondeu sua pergunta. Ela contaria a ela o resto mais tarde. — Droga — Rachel amaldiçoava. — O quê? — Perguntou Lily. — Esse é o terceiro.


Lily ouviu vários passos correndo do lado de fora, e, em seguida, a porta foi aberta e Shade, Viper e Razer apareceram. — Shade. — Lily não podia ajudá-la quando um soluço saiu ao falar o nome dele. Ela estava tão assustada com medo que não fosse vê-lo novamente. — Lily — Se ela alguma vez duvidou do amor do marido por ela, tudo o que ela precisava fazer é lembrar da cara dele quando ele a viu. Ele correu a pegando e segurando-a firmemente em seus braços. Todo o medo que tinha sentido e o alívio ao encontrá-la segura mostrou seu amor mais do que mil palavras. — Você está bem? — Ele perguntou. — Eu estou bem. — Ela o abraçou de volta, em seguida, parou. — Você está chorando? — Ela perguntou, espantada. — Não.


Capítulo 41 — Podemos ir para casa? — Lily perguntou novamente. Ela estava sentada em uma cadeira no escritório de Knox, à espera de Shade com Beth sentada ao seu lado, segurando a mão dela. — Eles vão nos informar. Não deve demorar mais — Knox tinha trazido Shade e ela aqui depois de saírem da casa que King a tinha levado. A ambulância tinha levado King enquanto duas outras ambulâncias tiveram que ser chamadas juntamente com médicos legistas de três municípios para lidar com os corpos. — Como é que os Porters me encontraram? — Perguntou Lily. — Eu não tenho ideia, — Beth respondeu quando Knox e Shade entraram. — Eu posso responder a essa pergunta. — Knox se sentou atrás de sua mesa. Lily esperou com expectativa. — Bem? — Estamos à espera de alguém. Nós prometemos que explicaríamos quando ele chegasse. Shade caminhou para ficar ao lado de sua cadeira, pegando a sua mão. Razer veio do escritório, em seguida, fechando a porta atrás de si. Lily podia ver pelo seu rosto que a notícia que eles tinham não seria boa. — O que está errado? — Nada, apenas algumas coisas que Razer e eu não podíamos te contar. Não era porque nós não queríamos, era porque não podíamos. — Shade respondeu sua pergunta quando Razer se virou para olhar para a esposa. Uma batida soou na porta.


— Entre, — Knox falou. A porta se abriu e pastor Dean entrou, fechando a porta com uma expressão séria no lugar da afável que ele normalmente usava. Ele também estava vestido como ela nunca tinha visto antes. Ele estava vestindo jeans e uma camiseta, o que era incomum o suficiente, mas a jaqueta e chapéu da ATF foi o que fez ela e Beth ficarem em choque. — Beth, Lily. — Por que você está usando isso? — Perguntou Lily, se levantando e ajustando o seu rosto pálido. — Porque eu sou um agente especial do ATF. — Lily queria correr da sala, mas era a velha Lily que sempre fugia, com medo de encarar seus pesadelos. Ela não voltaria a esse tempo. — Eu tenho me disfarçado desde que assumi a igreja de seu pai. Levei muito tempo, e mais de quarenta agentes, para fechar um oleoduto que passava drogas e armas de fogo através de nove estados diferentes. — Lily ficou de pé, ouvindo-o, e tudo o que podia pensar era o quanto ela tinha confiado nele ao longo dos anos. — Quando Cash se juntou ao exército, ele nunca se esqueceu de vocês duas. Ele estava especialmente enojado com o tratamento que Beth recebia e ele sabia que não demoraria muito tempo antes que Lily recebesse o mesmo. O pai de Shade, Will Hunter estava se aposentando, e por isso Cash lhe pediu para fazer uma parada por Treepoint para verificar vocês duas. — Os olhos de Lily voaram para Shade com a menção do ex-xerife. — Eu iria te dizer quando o meu pai voltasse para a cidade na próxima semana. Pense Lily; Por que eu esconderia isso de você quando eu já confessei coisas muito piores do que isso? — Lily assentiu com a cabeça, acreditando nele.


— Quando ele ficou ali por alguns dias, Will decidiu que ele gostou o bastante para ficar indefinidamente. Ele e sua esposa ambos estavam cansados de se mudar tanto e queriam uma pausa. — Eles se estabeleceram aqui, e como você deve saber, não demorou muito para que ele ganhasse respeito suficiente para se tornar xerife. É aí que seu treinamento militar veio a calhar. Ele logo descobriu o gasoduto e notificou as autoridades apropriadas. — Dean andou ainda mais no escritório, se inclinando contra o canto da escrivaninha de Knox. — Este é o lugar onde a conversa se torna confidencial. — Ele encarou ambas as mulheres com um alerta silencioso. — Eu tinha deixado às forças armadas e me juntei aos Last Riders. Eu tinha servido como um militar Chaplin, mas quando saí do serviço, eu já não sentia o chamado para servir como um pastor, então eu deixei essa parte da minha vida para trás. Mas eu não estava satisfeito. Eu perdi a ação de estar no serviço militar, por isso, quando a CIA se aproximou dos Last Riders para se tornar um grupo paramilitar, nós aceitamos. — Foi assim que terminamos em Treepoint para iniciar uma investigação. A ATF me ofereceu uma posição como um agente especial para conduzir a investigação, mas eu tinha que estar disfarçado para fazêlo. As pessoas que começaram a desenvolver uma ligação acabaram mortas, então eu esperei por uma oportunidade para entrar na comunidade que estaria acima de qualquer suspeita. — Até que a morte dos nossos pais criou a oportunidade perfeita; — disse Beth; O rosto dela estava tão branco quanto o de Lily quando ela olhou para Razer. — Infelizmente, sim. Eu sinto muito. — Dean fez uma pausa, em seguida, continuou. — Eu me tornei pastor Dean e comecei a minha investigação. Levei todos esses anos para reunir provas suficientes para


vencer os meus casos. Fiquei uma semana longe fazendo minhas prisões. Eu mesmo tive os mandados prontos para serem expedidos, mas tudo veio a desmoronar hoje. — Por que hoje? — Perguntou Beth. Lily observou sua irmã calmamente fazendo perguntas enquanto ela só queria sair de lá. — Por causa de Lily. Nós reunimos todos os nossos recursos disponíveis em conjunto, mas para fazer isso, eu tive que quebrar meu disfarce. — Lily se sentiu enjoada. Ela ficou magoada que pastor Dean não era o homem que ele fingia ser, mas ela não queria que seu trabalho tivesse sido em vão, nem ela queria que os criminosos que estavam ferindo os outros, ficassem livres. — Sinto muito. — disse Lily. — Graças ao pensamento rápido de Shade, fomos capazes de enviar os mandatos em massa em duas horas e foram capazes de prender três quartos das pessoas que estávamos investigando, e estamos confiantes que seremos capazes de localizar os restantes. — Como? — Perguntou Lily, aliviada. — Tivemos a cooperação interinstitucional. Foi uma das ofertas feitas por Shade pelos Last Riders. Em troca, eles venderam o direito das patentes pendentes para um sistema de computador técnico por micharia sobre os milhões de dólares que eles teriam recebido. Lily e Beth perceberam o que todos os Last Riders tinham desistido. Eles tinham sacrificado milhões de dólares para o resgate de Lily. — Uma das condições era que eles tivessem que usar sua tecnologia para ajudar a encontrá-la. — Lily se lembrou do avião zumbindo em cima quando ela tinha estado na casa.


— Quando foram localizados, os Porters estavam mais próximos. Foi assim que eles chegaram lá primeiro. Eles nunca vão nos deixar viver em paz. Eles querem a ficha de Dustin apagada pela sua cooperação. Eu vou ver se eles conseguem o que eles querem. Eles merecem isso. — Pastor Dean se levantou olhando para Lily. Ela sinceramente não sabia o que dizer para o homem; Ela o tinha admirado durante anos como um modelo a seguir, como alguém para se admirar. Ela deu um suspiro tremulo dando um passo à frente. Ela estendeu a mão, beijando a sua bochecha. — Obrigada. Ela ouviu um arranhão de cadeira e ela se virou olhando para Shade que não conseguiu esconder sua expressão rápido o suficiente. — Não se atreva — disse Lily, apontando o dedo para ele. Shade conseguiu controlar a si mesmo, se sentando num banco de trás numa cadeira vaga. — Eu acho que você só retornou o favor — disse Dean, sorrindo. Quando Beth estava se levantado, Razer pressionou suas costas para baixo em sua cadeira com uma mão em seu ombro. — Eu tenho que ir. Eu ainda tenho um monte de relatórios para terminar hoje. Eu também tenho que encontrar um novo pastor para a igreja. — Lily não sabia como alguém conseguiria viver com o padrão que tinha definido. — Você nunca sabe... Você perdeu o serviço militar quando você o deixou; Você poderia não perder a igreja; — disse Lily com esperança. Dean olhou para as duas irmãs brevemente antes de ir para a porta e abri-la. — Possivelmente. Eu fui abençoado ao conhecer dois anjos, por isso milagres podem acontecer. Nós vamos ter que esperar e ver, — disse ele, fechando a porta atrás dele.


— O show acabou. — Shade disse se levantando. — Eu chamei você de anjo primeiro lembre-se disso. Lily riu, quebrando a tensão. —Podemos ir para casa agora? — Sim. — Shade disse ainda irritado — Posso fazer uma parada no caminho e ver o meu pai? — Perguntou Lily. — Sim. Lily riu de sua resposta curta, chegando a beijá-lo na bochecha. — Isso garante que fique melhor? — Seus olhos azuis sorriram para ela quando ele colocou seu braço ao redor dos ombros dela. Ela virou-se para Beth, que havia perdido sua palidez e era agora estava dando a Razer o inferno com os olhos por não ter confiado nela. Ele teria um monte para compensar. Lily pensou em sugerir um novo chuveiro; Isso pode fazer o truque. — Gostaria de vir, Beth? — Sim. Estou ansiosa para conhecê-lo. Quando eu o vi pela primeira vez, quando ele trouxe você, papai disse que ele era da agência de adoção. — Isso me lembrou de uma coisa, Lily. A caixa que você encontrou continha sua certidão de nascimento falsa. Cash a enviou para um amigo dele e eles rastrearam o seu nome real. Ela veio no correio da tarde. — Knox entregou a ela. Lily pegou o envelope, olhando para ele. Depois de todos esses anos, ela não precisava de um papel para lhe dizer uma única coisa. Ele havia chegado tarde demais. Ela já sabia quem ela era.


Capítulo 42 Lily estava sentada na beira da cama, escovando os cabelos, com Shade deitado ao seu lado na cama, olhando para ela. — O que vai acontecer com ele? — Perguntou Lily. — Nada, desde que você disse a Knox que você não foi sequestrada e que foi a uma reunião de família. Diversas agências governamentais não ficaram muito felizes com você agora. Lily deu de ombros, sem preocupação. — E sobre esse homem que estava atrás dele? — Ele é uma questão diferente. Desde que ele acredita em deixar todo mundo fazer o trabalho sujo para ele, ele não estava ferido. Ele está na cadeia de Knox, esperando os Texas Rangers virem buscá-lo. Eu imagino que ele está planejando continuar a enrolar para dar informações sobre o paradeiro dessas mulheres. — Espero que não. Eu vou orar para ele deixar as mulheres livres hoje à noite. — Você faz isso, Lily. Tenho a sensação que ele vai precisar de suas orações hoje à noite — disse Shade acariciando as suas costas. Lily colocou a escova em cima da mesa, em seguida, se levantou olhando para os olhos de seu marido. — É a minha vez. Ela viu o sorriso de Shade ampliar quando ele deslizou sobre a cama, caindo no colchão. Ela sabia exatamente o que ele estava esperando, que ela sempre escolheria que ele fizesse doce, amor apaixonado fazendo-a se sentir como a mulher mais preciosa na terra. Ela sabia que ela era


abençoada e se lembraria de agradecer a Deus todos os dias. Lily balançou a cabeça. — Uh, uh. Eu quero que você se levante. Shade não tentou esconder sua surpresa. Ele saltou da cama ficando de pé ao lado dela. Ela deu a volta no quarto, desligando as luzes deixando apenas os abajures. Em seguida, ela foi para seu armário abrindo o lado que era dele. Se virando, ela caminhou para ficar diretamente na frente dele, onde tirou o robe e jogou-o na cadeira ao lado da cama. Olhando para a expressão espantada de Shade quando ela estava completamente nua. Ela se ajoelhou na frente dele, colocando as mãos no colo, palmas para acima. Ela abaixou a cabeça contra o peito, dando-lhe a sua submissão completa que Shade nunca exigiria ou pediria a ela. Ele ficou em silêncio por alguns segundos. — Você fez muito bem, Lily. Obrigado. — Ela o ouviu limpar a garganta. — A outra noite eu lhe disse que você não estava autorizada a beijar outros homens para mostrar sua gratidão, mas você fez isso hoje, não foi? — Sim senhor. — Eu também disse que um homem em particular não estava autorizado a te tocar. Quem foi? — Pastor Dean, senhor. — Você tem algo a dizer para a sua defesa? — Sinto muito, senhor. Eu não vou fazer isso de novo. — Obrigado por seu pedido de desculpas, mas isso não vai te livrar da sua punição. — Eu não achei que me livraria Senhor. Eu mereço sua punição por desobedecer você. — Quando Shade foi para seu armário, ela queria ver o que estava fazendo, mas mesmo assim ela manteve os olhos para frente.


— Deite-se na cama. — Lily imediatamente foi para a cama e se deitou. Ela ouviu um pacote abrir e fechar, em seguida, Shade estava na cama, se inclinando entre as coxas dela. Ela sentiu algo frio e escorregadio, então Shade estava deslizando algo dentro dela. — Senhor? — Eu não lhe dei permissão para falar. — Sinto muito, senhor. Ela sentiu outro objeto frio inserido dentro dela e, em seguida, Shade desceu da cama, indo ao banheiro. Lily ouviu o barulho da água. — Você fez muito bem, Lily. Uma vez que esta é a primeira vez que eu os usei em você, eu vou te dizer que eu inseri duas bolas de metal dentro de você. Elas vão somar à nossa diversão hoje à noite. Agora, eu quero que você se levante e se vista. Lily quase quebrou e falou; Em vez disso, ela se vestiu com as roupas que Shade lhe entregou, um novo jeans preto apertado, e uma camiseta em seguida, uma jaqueta grossa e botas. Lily vestiu sem falar. Shade também se vestiu e, em seguida, esperou por ela na porta do quarto. Eles deixaram a sua casa, andando atrás dele, pelo caminho. Quando Shade subiu na moto, ela esperou ele lhe entregar um capacete, mas ele não o fez. Ela não conseguia esconder seu sorriso, ficando atrás dele. As bolas de metal tinham gerado um arrepio de excitação quando ela tinha montado. Ela já podia se sentir ficar molhada e quente. Ela pensou que sentar diminuiria o efeito. Ela estava errada, especialmente quando o latejante rugido do motor passava pela estrada aberta da montanha escura. Ela não conseguia evitar os seus gemidos após cinco minutos. Ela não teve um orgasmo. Não, era uma provocação. As bolas e a moto pulsando a levou a um pico após o outro sem deixá-la gozar. Suas mãos mantidas na parte da frente de seu jeans estavam paradas enquanto tudo o que ela queria era


abrir os jeans e pedir-lhe para levá-la. Era um dos dias mais quentes do inverno. Fazia frio, mas não insuportável. Quando Shade diminuiu a velocidade, virando para uma clareira, Lily reconheceu que eles estavam em um local particular fora do lago onde ela o viu pela primeira vez, Shade e os outros Last Riders. Shade desligou a moto não longe da água. Ficaram sentados ali no silêncio por alguns minutos, mas Lily não podia se sentar sem ficar se movendo do assento. — Eu me lembro do dia que eu te vi aqui no lago. Pensei em como bonita você era e como você parecia assustada. Eu queria protegê-la e fodêla, ao mesmo tempo. Eu pensava que os anos que eu tive que esperar por você foram um pesadelo, mas todos os dias e os anos combinados não se igualaram a tortura de não saber onde você estava hoje e que eu não consegui protegê-la. Lily não se importava se ela ficaria em apuros. Ela desceu da moto, para encará-lo. Ela tocou seu rosto, esfregando o polegar sobre a bochecha suave. — Shade, eu não vou dizer que eu não tenho medo de morrer porque eu tenho. Todo mundo tem. Mas hoje, o que eu estava com mais medo não era de morrer. Era o medo de ser separada de você. Eu rezei para que se eu morresse, gostaria de esquecer você, porque eu sabia que, se eu me lembrasse de você, eu estaria no inferno. Shade puxou-a para ele, empurrando sua língua dentro de sua boca, explorando cada parte como se estivesse memorizando a sensação e o gosto dela. Quando a boca de Lily se separou de seu beijo apaixonado, ofegando as mãos cheias com a sua camiseta, Shade ofegava tanto quanto ela. Lily se inclinou para frente, colocando beijos contra sua garganta, ternamente beijando a curva. Suas mãos deslizaram sob a camiseta dele enquanto sua boca viajou para a base da garganta antes de deixar rastros onde o pescoço e ombro se uniam, chupando um pedaço de sua pele em sua boca. Shade


gemeu quando sua mão abriu o jeans dele, puxando seu pênis. Ela deslizou a mão para cima e para baixo em seu pênis enquanto seus dentes morderam o ombro dele para em seguida roçar a língua sobre as marcas dos dentes. Ela levantou a cabeça quando sua mão começou a deslizar ainda mais rápido em sua carne. Lily inclinou-se sobre ele, colocando sua boca sobre seu pênis, sugando-o profundamente em sua boca, tanto quanto ela conseguia, em seguida, deslizando a boca para cima, deixando sua língua provocar a ponta do seu pênis. — Porra, anjo, pare de provocar. Chupe o meu pau. — Shade gemeu. Lily parou de torturá-lo, chupando-o mais forte quando a mão dele se enterrou no cabelo dela, empurrando-a para baixo sobre ele. Quando ela usou sua língua, com a sensação da carne lisa quando ele deslizava dentro e fora de sua boca, sua mão foi para dentro do jeans dele para brincar com suas bolas. Ela escutou os comandos silenciosos de suas mãos, determinada a aprender exatamente o que lhe traria maior prazer. Sua ingestão dura de respiração quando ela deixou deslizar um pouco nas costas da sua garganta a fez sorrir contra ele. Quando ela desceu ainda mais da próxima vez, ela sabia que tinha ele. Sua mão segurou a cabeça dela no lugar quando ele gozou, se inclinando sobre ela quando o seu pênis estremeceu em sua boca. Lily se endireitou, sorrindo para a expressão de Shade. — Eu fiz bem? — Shade colocou seu pênis em sua calça jeans, fechando-a. — Tão bom, que vou deixar você fazer isso novamente de manhã. — brincou, ligando a moto. Lily subiu atrás dele, envolvendo os braços ao redor da cintura. Shade virou a moto para casa e eles voaram de volta através da noite. Até o momento que Shade entrou no estacionamento, a sua boceta estava em chamas e ela não achava que seria capaz de chegar em sua casa sem dar um grito por causa do orgasmo. Ela só conseguiu se


segurar porque estava com medo que alguém de dentro do clube viria correndo para ver quem estava sendo assassinado. Quando ela andava para a varanda da frente, seus passos eram uma agonia de desejo quando as bolas esfregavam contra sua carne e o jeans apertado roçava seu clitóris. Shade estava ali, encostado na porta à espera dela. Ela abriu a boca para lhe dizer um desaforo, mas, mudou de ideia quando ele arqueou as sobrancelhas. Ela precisava dele para tirá-la dessa agonia antes que ela perdesse a sua mente. Shade fechou a porta assim que ela passou pela porta. — Você precisa de alguma coisa, carinha de anjo? — Tire-as ou me foda, Shade. — Lily gemeu, se inclinando para trás contra a porta, apertando as coxas, o que não ajudou com a costura do jeans que roçavam seu clitóris. — Se você quer o meu pau, tudo que você tem a fazer é pedir por ele. — Shade disse, sua voz fazendo sua boceta apertar. Sua voz rouca soava suja, sexy e confiante que ele poderia entregar exatamente o que você queria e como você queria. Tudo o que tinha que fazer era pedir. Ela pensou que quando eles tinham passado pelo estacionamento, estava pronta para implorar. — Por favor, senhor. Por favor, posso ter o seu pau? — Venha aqui. Sua camiseta foi puxada e caiu no chão. Então Lily se viu pressionou para baixo sobre as costas da cadeira na sala de estar. Isso estava na altura da cintura. Sua barriga estava contra o material espesso da cadeira. Ela sentiu as mãos de Shade irem ao redor da cintura dela, desabotoando seu jeans e em seguida, puxando-os para baixo pegando os quadris e pernas antes dele se posicionar no meio delas.


— Saia deles. — Sua mão estava pressionada contra suas costas nuas, segurando-a sobre a cadeira. Quando ela ergueu os pés ela sentiu o jeans deslizar. Ele pressionou mais duro, fazendo sua bunda subir. — Eu vou te dar o que você quer agora. Eu não posso dar a você duro porque as bolas de metal estão dentro de você, mas eu vou lhe dar duro mais tarde, depois que eu deixar você descansar. — Lily sentiu sua mão deslizar em toda a carne de sua vagina. — Você está molhada, anjo. Tão molhada. Tudo o que tenho a fazer é dar-lhe o meu pau. — Ele deslizou seu pênis polegada por polegada lento, fazendo com que as bolas esfregassem contra as paredes de sua vagina com seu pênis deslizando-as para cima e para baixo quando ele lentamente a pegava. Levou apenas alguns golpes antes que ela tivesse um orgasmo que a fez gritar seu nome. Seus dedos encontraram o clitóris, esfregando-o enquanto ele deslizava seu pênis dentro e fora. Até o momento que ele a levou para um segundo orgasmo, ela estava chorando seu nome. Quando ela se deitou sobre a cadeira ele a levantou levando-a para o chuveiro e ligando a água. — Eu amo este chuveiro, — ela disse quando ele a empurrou para o banco. Sua mão a levou para a ponta do assento e os dedos mergulharam dentro dela, puxando as duas bolas para fora. Ele as colocou em um pequeno recipiente vermelho de plástico fechando-o. Ele então a puxou do banco, lavando-a. Eles levaram seu tempo antes de se secarem e saírem. Lily estava dormindo antes que a sua cabeça batesse no travesseiro. Shade deslizou na cama ao lado dela, puxando as cobertas sobre eles. Ele rolou para desligar a lâmpada em sua mesa de cabeceira quando um pedaço de cor chamou sua atenção. Sentando na cama, ele estendeu a mão, para pegar o objeto. Em sua mão estava o elástico vermelho.


Capítulo 43 — Você está nervosa? — Perguntou Beth. — Sim. Eu sinto que estou ficando doente — respondeu Lily. — Estou animada e assustada. Lily se virou para olhar para a irmã. — E se eu não reconhecê-las? Eu só tinha oito anos. Vou me sentir horrível se eu não reconhecê-las. — Lily estava sentada em sua sala de estar. |Shade tinha ido encontrar Sawyer, Vida e seus maridos para trazê-los para a casa dela. Ele não queria que eles se encontrassem ontem pela primeira vez depois que ela tinha deixado à delegacia de polícia, querendo esperar até no dia seguinte para se reunir sob um ambiente menos estressante. Ela estava feliz que elas o tinham escutado. Ela não queria que nada estragasse este momento. Shade entrou pela porta, seguido por duas mulheres e dois homens, em seguida, fechou a porta atrás deles. Ela reconheceu Colton da lanchonete, quando ele se apresentou, mas seus olhos foram atraídos para as duas mulheres. Lily se levantou quando elas entraram na sala. Todas as três ficaram olhando uma para a outra depois das apresentações, e no próximo segundo, elas se abraçaram chorando. Passaram-se vários minutos antes que qualquer uma delas pudesse dizer uma palavra. — Pensamos que você estivesse morta — disse Vida, limpando as lágrimas. — Você é tão bonita, — comentou Sawyer. — Eu estava preocupada que eu não iria reconhecê-la, mas você realmente não mudou muito. Sawyer, eu reconheço seu nariz e cabelo. Vida, o seu cabelo e rosto são quase o mesmo. Vocês estão como eu lembro. Eu estava tão assustada que não iria reconhecê-las.


As três amigas se sentaram no sofá juntas, conversando, perguntando sobre coisas que amigas falavam no dia a dia. Beth estava na cozinha com os homens após Lily apresentá-las. — Nós duas decidimos viver em Queens City depois que juramos que não — disse Vida, rindo. — Eu não conseguia me fazer sair, e Colton tem a sua loja de tatuagem. Eu encontrei um emprego também, por isso, compramos uma casa. — Eu me matriculei para aulas de culinária. Eu queria viajar, mas depois de viajar em uma excursão no ônibus por alguns meses, eu decidi que eu poderia aprender sobre diferentes pratos apenas da maneira que todo mundo faz, em uma sala de aula ou com um livro de receitas. Quando eu quero viajar podemos fazer alguns encontros com a turnê da banda. Nós estaremos em Lexington em poucas semanas. Você tem que vir. — Lily ouviu, apreciando o tempo juntas. Beth veio finalmente se juntar a elas, cada uma se revezando falando a Beth os diferentes infortúnios que tinham acontecido quando eram crianças. Sawyer e Vida ambas ficaram olhando para seus olhos. — Por que você está olhando? Eu mudei tanto assim? — Perguntou Lily curiosidade. — Não, — respondeu Vida, pegando a sua mão — Você não mudou. Foi por isso que nós reconhecemos você das fotos de Penni. — Vida apontou para os seus olhos. — Fomos vê-la esta manhã. Ela está furiosa com os Predators. Quando dissemos que não sabíamos o que tinham feito, ela acreditou em nós. Ela disse que queria ficar aqui por alguns dias para descobrir se ela ainda iria querer o trabalho. — Eu espero que vocês possam ficar por alguns dias, também, — disse Lily hesitante. Ambas as mulheres concordaram com a cabeça e disseram que


ficariam até o final da semana. Não mencionaram suas mães ou a dela. Elas também a chamaram de Lily, cuidando para não chamá-la de Callie. Elas continuaram olhando em seus olhos, como se estivesse procurando algo. Depois do jantar, as mulheres e seus maridos começaram a sair. — Só um minuto. Eu estarei de volta. Há algo que eu quero te mostrar. — Lily subiu para o quarto dela, pegando a colcha que a sua mãe adotiva tinha feito para ela. Descendo as escadas, ela sentou-se à mesa de café em frente a elas enquanto eles se sentaram no sofá. — Beth e minha mãe me fizeram esta colcha quando eu vim pela primeira vez para viver com elas. Eu tinha pesadelos terríveis que não iam embora. Quando vim morar com eles, as roupas que eu usava... Ela quis jogá-las fora, mas eu queria usá-las o tempo todo. Eu não queria usar qualquer outra coisa. Nosso pai, finalmente, ficou furioso e as cortou e colocou no lixo, mas eles não podiam me fazer parar de chorar. — Lily fez uma careta. — Evidentemente, isso foi um hábito que eu só recentemente superei. De qualquer forma, minha mãe as pegou do lixo e as transformou nesta colcha para mim. Eu dormia com ela nos cochilos e todas as noites desde então. É muito especial para mim. — Lily espalhou o cobertor em volta das três. Ela apontou para o brilhante salpico cor de rosa. — Sawyer, esta era a camiseta cor de rosa que sua mãe me deu para usar quando eu derramei o chocolate na minha camiseta. — Lily apontou para um material azul desbotado. — Essas são as calças que sua mãe me deu quando a minha mãe me mandou para o seu apartamento com shorts e estava frio lá fora. — Lily então apontou para uma peça de material verde. — Vida, este é o casaco que você e sua mãe deram para mim quando eu estava com frio. E este material branco são as meias que ela me deu quando eu tinha um corte ruim no meu pé e ela não queria que eu andasse descalça. — Quando a nossa mãe me deu esta colcha meus pesadelos não


pararam, mas eu cobria o rosto e fingia que estava protegida por uma manta especial que tinha poderes mágicos. É engraçado como a mente de uma criança pode torcer e virar e encontrar um jeito para sobreviver. Eu pensei que eu tinha esquecido sobre vocês, mas eu não tinha. Eu nunca esqueci. Eu mantive vocês comigo da única maneira que pude. — Lily varreu a mão sobre o cobertor. — Eu lhes transformei em meu escudo de amor, sempre me protegendo. Mesmo agora que estamos crescidas, vocês tentaram proteger Callie. — As mãos de Lily estenderam para cada uma das suas amigas. Suas mãos agarraram as dela, com lágrimas caindo nos olhos de cada uma delas. Nenhuma delas queria quebrar o círculo para enxugá-las. Lily olhou para as amigas. — Eu não me esqueci de você, Sawyer, ou você, Vida. E eu não me esqueci da Callie. Eu ainda estou aqui.


Capítulo 44 Lily parou do lado do banco de neve, tremendo apesar de estar vestindo roupas quentes. Ela só queria vê-los mais um minuto. Ela estendeu a mão, sabendo o quão ridículo era, mas realmente parecia que ela estava segurando as luzes. Um cobertor quente foi estendido sobre os seus ombros. Ela nem sequer tinha escutado os passos dele esmagando a neve. — O que eu disse a você sobre se esgueirar para fora da cabana, Lily? Eu vou punir você quando voltarmos para dentro. — A voz sedutora de Shade sussurrou em sua orelha. — Eu não pude resistir Shade. Não é bonito? — Lily sussurrou reverentemente. — Eu não sabia que algo tão bonito poderia existir. — Eu não sabia, também, — disse ele, esfregando sua bochecha contra a dela, seu tom tão reverente. — Todos esses anos eu esperei para ver isso. É mais espetacular do que eu poderia imaginar ser possível. — Ele a pegou em seus braços, embalando-a de volta para dentro da cabana quente, fechando e bloqueando o mundo lá fora. Shade colocou chocolate quente sobre a mesa em frente ao sofá e uma aconchegante lareira queimava a alguns pés de distância. Ela tomou um gole de chocolate da caneca enquanto observava ele mexer no fogo. Ele se levantou, indo para o quarto, em seguida, voltando com um pacote pequeno e entregando a ela. Lily abriu o pacote minúsculo. Dentro ela encontrou a réplica exata da flor que Gaige tinha destruído. — Feliz dia dos namorados. — Obrigada, Shade. Eu amo isso. — Ela estendeu a mão, beijando seu rosto.


— Eu estou indo tomar um banho. Posso confiar que você não vai fugir de novo? — Sim. — Ela enrolou as pernas debaixo dela, bebendo seu chocolate quente. Ela ainda estava sentada e olhando para as chamas quando ele voltou vestindo moletom. Suas tatuagens destacaram-se na luz do fogo enquanto ele colocava mais algumas madeiras sobre o fogo. Ele se sentou ao lado dela no sofá, seu braço na parte de trás do sofá. — O que está te deixando tão séria? — Lily deu de ombros, evitando a pergunta. — Lily? — Seu olhar azul exigiu uma resposta. — Nada realmente. Eu só estava pensando. — Ela olhou para ele Sua mão segurou seu rosto, seu polegar enxugando a lágrima solitária agarrada aos seus cílios. — Sobre o que? — É só que eu esperei tanto tempo para ver a aurora boreal... Que teria sido decepcionante, se não fosse tão bonita quanto eu pensei que seria. — Eu tinha certeza que seria; — disse ele suavemente. — Eu só estava pensando no que você disse, que tinha esperado por mim desde que Razer e Beth se conheceram, então eu pensei que... E se eu não fosse o que você queria. Você ficaria decepcionado. — Você teve um monte de pensamento enquanto eu estava no chuveiro. — Eu sei. — Ela assentiu com a cabeça. — Lily, você só viu a aurora boreal em fotos. É diferente ter expectativas sobre algo que você não sabe nada sobre ela. Eu passei a conhecer você ao longo dos anos; A mulher acolhedora, amorosa que você é, como você não suporta encontrar ninguém sofrendo e quão forte você foi por sobreviver a uma infância que teria seriamente fodido alguém. Anjo, eu


não tinha expectativas. Eu sabia que queria a garota doce cuja alma linda eu podia ver em seus olhos. Quanto mais eu passava a conhecê-la, eu não ficava desapontado e sim cativado por tudo o que eu estava conhecendo. Era como desembrulhar um pacote de natal bonito e encontrar uma obra de arte no interior que não tem preço. Então, não, eu não fiquei desapontado. — Lily olhou para o marido que sempre tentou lhe dar o que ela precisava. — Você definitivamente não é o que eu esperava. Fazendo-me um discurso bonito sobre o dia dos namorados, uma viagem para o Alasca para fazer meu sonho se tornar realidade, sendo um cara legal e dando ao irmão de Georgia o trabalho dela, de modo que ele seria capaz de apoiar as suas crianças e as dela enquanto ela está na prisão. A primeira vez que te vi, tudo que eu conseguia pensar era como assustador que você parecia com todas essas tatuagens. Em seguida, elas acabaram sendo a razão pela qual eu me apaixonei por você; — disse Lily tristemente. — Você se apaixonou por mim por causa das minhas tatuagens? — Eu entendi seus significados. — Ela estendeu a mão, tocando as estrelas no lado de seu pescoço. — As estrelas são seu guia para que você sempre saiba o que é importante, a bússola para que você nunca esqueça o seu caminho de casa. — Seus dedos roçaram uma em sua clavícula. — Força e lealdade, significa que você é alguém forte o suficiente para sempre me proteger. — Sua mão deslizou para baixo para a tatuagem rabiscada em seu peito. — Somente a morte pode me parar - Alguém que sempre está lá para mim. Quando eu percebi o seu significado, eu percebi o que tinha encontrado. — Como? — A suavidade na voz de Shade foi outro motivo que ela amava. Ele deu a ela a suavidade; Não o tempo todo, mas quando ela mais precisava. — Eu sabia que tinha encontrado o meu caubói. — Os braços de


Lily rodearam o pescoço de Shade, tocando seus lábios com os dela em um beijo que expressava o quanto ela o amava. Tinha sido uma longa jornada de Queens City, Texas. Atrás dela, ela tinha deixado uma vida que nunca esqueceria; No entanto, ela tinha aprendido a perdoar porque cada momento a colocou no caminho para Treepoint, Kentucky, onde ela encontrou uma nova irmã e família que iria protegê-la para o resto de sua vida. Os Last Riders que eram uma força a ser enfrentada. Acima de tudo, ela tinha encontrado Shade. Um homem forte, protetor e suave que a amava. Ela sentiu Shade levá-la em seus braços, colocando-a sobre o cobertor de frente ao fogo. Ela sorriu quando abriu os braços para o marido. Ela tinha estado certa; Deus ouvia as suas preces melhor nas montanhas.

Razer fechou a porta do banheiro, vendo Beth de pé na janela do quarto, olhando para o céu estrelado. Ele veio para ficar atrás dela, seus braços escorregando em volta da cintura dela. — O que você está fazendo? — Agradecendo. Houve momentos em que eu não acreditei que as minhas orações fossem atendidas, mas elas foram. — Seu cabelo loiro pálido brilhava a luz do luar que passava através da janela. — Eu não achei que Shade fosse a resposta a orações de ninguém. — Beth virou para olhar para Razer. — Ele foi nas minhas orações. Rezei por alguém forte o suficiente que pudesse manter Lily segura e afastasse seus pesadelos, e ele me enviou Shade. Lily não foi a única que teve as suas orações atendidas. As minhas também foram. Se Cash tivesse deixado a cidade e não olhado para trás, eu


nunca teria conhecido você. — Beth olhou para o homem ainda arrogante cujo coração ela tinha conseguido capturar. — Intervenção divina? — Disse Razer ironicamente. Beth concordou com a cabeça, enquanto Razer balançou a sua. — Eu não sei se eu acredito nisso, mas eu estou mais do que feliz com a maneira como as coisas terminaram. — Suas mãos retiraram o robe de seus ombros antes de levar o seu seio à boca. Ele chupou seu mamilo sua mão escorregando por seu estômago. Sua mão pegou um pedaço de fita. Ele deu um passo para trás, olhando para a gaze colada sobre a sua tatuagem. — O que é isso? — É um presente do dia dos namorados para você; — disse Beth com um sorriso. Razer caiu de joelhos para que ele pudesse tirar a gaze. Ele viu a tatuagem que ela tinha em seu quadril quando ela se tornou um membro. Era uma lâmina de barbear em sua pele e uma pequena gota de sangue que tinha a forma de um coração com a data de seu casamento dentro. Ela lhe disse o que representava. Quando ele viu a tatuagem, ele pensou que era legal ter seu símbolo nela para sempre. Razer engoliu em seco quando viu a que ela tinha acabado de fazer. Um pequeno coração azul estava por baixo dele. Razer se levantou girando-a em torno dela antes de parar e beijá-la. — Devo a Cash uma cerveja. — Ele riu. — Razer, você deve a ele algumas cervejas. O ultrassom não mostrou o sexo. Eu pensei em esperar e fazer as suas tatuagens depois que eles chegarem aqui. — Beth disse, surpreendendo Razer com a notícia que eles não estavam esperando um bebê, mas gêmeos. Razer enterrou a cabeça em seu pescoço, lembrando o quanto de um idiota ele tinha sido com ela quando se conheceram. Se ela não o tivesse perdoado, eles não estariam em


pé aqui em sua nova casa com dois bebês a caminho. — Eu já volto. — disse Razer evitando seu olhar. Ele saiu de seu quarto deixando-a nua, então se abaixou para pegar o roupão. Ela pensou que ele estaria feliz. Dúvida a encheu. Ela deveria ter dito que eles teriam gêmeos de uma forma mais suave. Ele tinha sido um homem que tinha determinado que nenhuma mulher jamais teria poder sobre ele, e agora era um homem casado e seria pai em pouco tempo. Eles estavam tentando ter um bebê no ano passado. Ela tinha deixado sua excitação ignorar o seu senso comum. A realidade para Razer deve ter sido demais para ele manusear. Ela deveria saber que isso podia acontecer... Ela vestiu o robe, amarrando o cinto. Chateada, ela começou a se afastar da janela quando um movimento do lado de fora chamou sua atenção. Ela se aproximou da janela. Um início de um sorriso surgiu em seus lábios. Razer estava de joelhos sobre o chão úmido, lamacento, com a cabeça baixa. Ele sabia a quem agradecer afinal.


Epílogo Um

Digger se sentou terminando seu café. Ele estava esperando para ser transferido para a próxima casa segura. Os idiotas o estavam mantendo a salvo das famílias que queriam vingança pelas mulheres que tinham sido devolvidas e aquelas que sabiam que as suas mulheres não voltariam para casa novamente. Digger estava de pé, se alongando. A pior parte era a porra do tédio. Ele estava usando o seu negócio ou alguma cadela para mantê-lo ocupado. Eu vou ter isso de volta novamente, ele prometeu a si mesmo. Ele lhes daria seis ou sete meses para que suas raivas enfraquecessem e eles ficassem descuidados. Eles esqueceriam tudo sobre ele, e aí ele faria a sua fuga e recomeçaria. Começaria de novo. Ele não tinha um contato. Tinha queimado tudo para salvar a sua vida; Não por causa dos malditos policiais, eles não conseguiam limpar a sua própria bunda. Não, ele teve que desistir de tudo; A localização de suas casas, seus contatos e as mulheres. Isso foi o que havia machucado mais; Elas eram sua máquina de dinheiro. Ele tinha cometido um erro indo para aquela pequena cidade. Se tivesse ficado fora de lá, ele não teria conhecido os Last Riders. Ele certo como a merda nunca se esqueceriam de tê-los conhecido. Eles quase o mataram sem deixar uma marca nele. Ele nem sabia que fosse possível. Ele havia ficado preso naquela pequena prisão depois do tiroteio, à espera de sua viagem de volta ao Queens City, quando a porta da cela foi aberta pelo maior filho da puta que ele já tinha visto, levando-o para uma cela. Ele sabia que teria outro interrogatório onde eles jogariam com ele por informações para saber onde as cadelas estavam, não só para lhes dar merda. Ele tinha se sentado no banco e esperou. Isso foi até quando eles vieram. Os filhos da puta mais


cruéis que ele já tinha se deparado. Porra, ele era cruel. King era cruel, mas aqueles homens tinham levado a outro nível. Eles tinham lhe dado uma escolha que seria desistir de sua informação ou ele morreria naquele quarto. Ele tinha pensado que eles estavam blefando. Eles não podiam machucá-lo; Ele estava sob a custódia da polícia. A lei era suposta para protegê-lo. Esse tinha sido o segundo maior erro de sua vida. Eles o haviam espalhado sobre uma mesa. Um deles tinha correntes com algemas acolchoadas, que usaram em torno de suas mãos e pés. E depois, eles quase o partiram ao meio. Ele não tinha vergonha de admitir que não durou muito tempo. Quando eles lhe deram uma cadeira, lápis e papel, ele tinha começado a escrever, tentando enrolar durante a noite até que os Rangers chegassem e salvassem a sua bunda. Após os dois primeiros nomes, eles haviam pegado o papel e saíram da sala, então ele começou a suar. Então eles vieram de volta, jogando-o de volta sobre a mesa; Desta vez um com uma soqueira foi para ele. Ele tinha implorado para lhes dar os nomes quando outro estava indo em sua direção com um longo cabo de navalha. Ele lhes deu nomes e lugares. De vez em quando, eles pegavam o papel e lhes entregavam uma folha limpa. Ele não foi estúpido, desta vez ele sabia que eles estavam verificando e se certificando que ele ainda estava lhes dizendo a verdade. Ele tinha dado a maioria de seus negócios, tentando segurar o suficiente para que ele tivesse algo para começar de novo quando ele fugisse. Ele mentiu e disse que tinha lhes entregado tudo. Isso foi até que um tinha empurrado um revólver em sua garganta. E ele entregou o resto. No dia seguinte, quando os Rangers vieram para escoltá-lo de volta para o Texas, ele tinha quase quebrado e chorado. O grande xerife lhe advertiu para manter a boca fechada, aceitar o acordo, e que o deixaria em paz. Eles tinham as informações que eles queriam. Digger não era bobo; Ele manteve sua boca fechada e aceitou o negócio que o estado oferecia. Agora ele estava docemente sentado longe dos Last Riders e ainda respirando. Ele havia tipo vencido. Ele não teria


que vê-los de novo, e passado um tempo e com sua engenhosidade, ele se levantaria. Digger riu de seu trocadilho. O mundo estava cheio de mulheres para ele tomar, e ele tinha uma que ele teria certeza que teria em suas mãos. Ele seria apenas mais esperto da próxima vez. A pirralha do King seria sua primeira cadela. Ele se certificaria disso. — Isso ande. Vamos andando, — o comandante da polícia deu a ordem. Eles o mantiveram no meio com dois homens na frente, dois atrás, três de cada lado dele, que passavam pelo corredor para o grande elevador. Eles saíram do elevador que saia para a garagem do estacionamento subterrâneo andando na mesma posição, faltando apenas alguns centímetros para chegar ao SUV que os esperava. Os da frente entraram no veículo enquanto os outros ainda mantiveram seu corpo coberto com os deles. Quando ele deu um passo para dentro do SUV, ele nem sequer ouviu o tiro, só sentiu um milésimo de segundo a dor entre os seus olhos, em seguida, uma escuridão total e completa desceu sobre ele.

— Você acha que nós temos carne suficiente? — Sua esposa perguntou, preocupada se não seria suficiente para seus hóspedes esta noite. Ray empurrou o carrinho para o carro. Abrindo o baú, ele começou a colocar os mantimentos na parte de trás de seu BMW, não ficando preocupado com a colisão no compartimento secreto que escondia o seu equipamento. Ele não cometeria os mesmos erros; Bem, exceto quando ele tinha pago a alguém para fazer um trabalho que ele deveria ter feito pessoalmente. Quando ele tinha perdido seu alvo com o carro e não tinha tido outra oportunidade de fazer com que parecesse um acidente, ele tentou invadir a sua casa. Ele tinha planejando jogar com a mulher antes de cortar


sua garganta, mas ele tinha escutado a motor do filho da puta assustador que estava sempre olhando para ela. Ele teve que recuar. O cara rastreando quase o pegou duas vezes. Seu erro foi não ter contratado alguém mais esperto para começar o fogo. E ela não tinha sequer começado uma luta decente. Ela tinha sido a única a sair correndo da igreja. Não importa. A próxima vez que ele saísse para fazer um trabalho, ele passaria e a verificaria. Ele não podia deixá-la viver agora; Ele já tinha gasto o dinheiro. Uma vez pago, ele tinha que completar o trabalho. Quando ele se levantou para colocar o último saco na mala, Ray percebeu o rosto horrorizado da sua esposa. E isso foi à última coisa que viu antes da escuridão descer sobre ele.

Georgia sentou-se na mesa de piquenique na prisão de segurança mínima. Pegando um cigarro do bolso, acendeu-o, tragou fundo antes de liberar a fumaça. Ela olhou ao redor do pátio. Seus olhos se iluminaram ao ver uma morena sentada no quintal com um olhar assustado no rosto. Carne fresca. Georgia a tinha visto sendo trazida naquela manhã. Ela iria se apresentar no almoço e se certificar de que, quando essa nova cadela abrisse sua conta ela pegaria algumas coisas para ela. Ela certamente faria, porque teria muito medo de não fazer. A morena a lembrava da tímida e pequena Willa. Bem, ela lidaria com a garota assim como lidou com Willa, com punhos de ferro. Ela tragou profundamente outra vez seu último cigarro, inalando a fumaça quando a escuridão desceu sobre ela.


Quando a caminhonete de Rider parou no estacionamento dos Last Riders, Shade abriu a porta do lado do passageiro, saindo. As outras portas se abriram quando Rider e Cash saíram. Shade abriu a porta traseira, pegando e puxando a sua bolsa de lona, jogando-a por cima do ombro antes de fechar a porta da caminhonete. Ele então se virou em torno da carroceria da caminhonete, entrando para ajudar Cash a puxar o grande cooler de gelo. — Vá em frente, nós cuidamos do resto. — Rider sorriu, se aproximando da parte de trás da caminhonete. — Tem certeza? — Sim. Divirta-se. — Ele sorriu ironicamente, alcançando a carroceria da caminhonete para pegar as varas de pesca. — Até mais tarde. — Shade disse aos dois homens, se virando para o caminho que levou à sua casa. Ele estava no meio do caminho quando a viu correndo em sua direção, seu vestido roxo e cabelo preto se fundindo com a brisa. Flores da primavera que ela havia plantado cobriam o caminho. Sua expressão sombria abriu um sorriso quando ele parou, levantando seus óculos escuros para o topo da sua cabeça para que ele pudesse vê-la claramente. Quando ela se aproximou, ele abriu os braços e Lily saltou para eles, sua boca já virando para receber seu beijo. Ele deu o beijo que ele sabia que ela queria; Ele a tomaria quando estivesse dentro de sua casa. — Você teve uma boa viagem de pesca? Você pegou alguma coisa? — Perguntou Lily, olhando para ele com amor brilhando em seus olhos violeta. — Sim, dois peixes grandes e um pequeno. — Foi divertido?


— Sempre. — Ele olhou para baixo em seus brilhantes olhos violeta. — Você está com saudades de mim? — Sempre.


Epílogo Dois

— Onde ela está? — Gritou Vida da cama. — Ela está bem aqui; — Lily respondeu, colocando a bolsa na cadeira. — O meu voo estava atrasado. — Ela foi para o outro lado da cama, segurando a mão de Vida que imediatamente a apertou. Lily observou a parteira entre as pernas de Vida e a enfermeira parada junto dos equipamentos necessários. Colton estava em pé do outro lado da parteira, parecendo estar pronto para fugir. Vida gritou. Lily olhou para ela com simpatia. — Você sabe que eles inventaram epidurais apenas para esta finalidade? — Eu queria um parto natural. Eu fiz isso com Lexi e Axel; — Vida ofegava. — Eu lhe disse que não era uma boa ideia com os dois, — Lily lembrou. — Eu também disse. — Sawyer entrou na conversa. — Será que vocês duas não param de pegar no meu pé quando estou em trabalho de parto? Eu sei que eu deveria ter tomado o caralho das drogas, mas agora é tarde demais. — As três mulheres olharam para a parteira. Ela assentiu com a cabeça. A cabeça de Vida caiu para trás enquanto gritava de dor. — Eu não me lembro disso doer tanto assim, — disse Lily, mordendo o lábio preocupada com a amiga dela. — Isso foi porque você tomou as drogas, — Vida disse, fazendo uma careta de dor.


— E porque o seu médico estava morrendo de medo de Shade. Eu pensei que o médico teria um ataque cardíaco no momento em que você entregou John. É por isso que ele se recusou a te dar esse. — Ela acenou com a cabeça para a barriga saliente de Lily. — Shade está na sala de espera. Você quer que eu vá buscá-lo? — Perguntou Lily, apenas meio brincando. Sua amiga estava sentindo muita dor. — Não! — Todos na sala gritaram. — Ok. — Mas se isso não fosse acabar logo, Lily iria dar o inferno à parteira ela mesma. Três horas mais tarde, as três estavam brigando para segurar os bebês. Lily ficou de pé, segurando uma em seus braços, ao mesmo tempo em que Sawyer se sentou na cadeira de balanço com a outra. Seus maridos haviam levado as outras crianças para jantar e os trariam de volta ao hospital para dizer boa noite para os bebês. — Você já escolheu nomes? — Perguntou Lily, andando em direção à cama para colocar a bebê de volta nos braços de sua mãe. — Sim, eu escolhi. — Vida disse, limpando a garganta. Sawyer trouxe a outra a colocando do outro lado da sua mãe. — Esta aqui, — ela apontou para o bebê que Lily tinha a seu lado. — Esta é Callie e esta, Sawyer. — Lily ficou de pé, olhando para Vida enquanto estava deitada na cama do hospital, segurando os seus preciosos bebês. Ela não sabia o que dizer. Sawyer não teve esse problema. — Isso vai deixá-lo louco. Vai ter duas tatuagens com os mesmos nomes. — Lily se sentou ao lado de sua cama. — E quando estivermos de férias juntas e estivermos todos juntos? — Eu já pensei nisso, — disse Vida com tristeza. — Então por quê? — Perguntou Sawyer.


— Porque eu posso tê-las novamente, e eu não quero perder essa chance. — Vida explicou. — Que chance? — Perguntou Lily, estendendo a mão para balançar o bebê que tinha chutado o seu cobertor. — Observando as meninas crescerem juntas novamente como fizemos. Quando eu ouvi-las rindo juntas, eu vou pensar que é Callie e Sawyer. Quando elas me deixarem louca, eu vou pensar que é como Sawyer e Callie. Mas acima de tudo, eu não conseguia pensar em duas melhores xarás. — O dedo de Lily tocou o rosto da sua xará. — Ela é uma garota de sorte por ter você e Colton como pais. — Ambas são, — disse Sawyer. Lily observou como a bebê Sawyer agarrou o dedo de sua xará bem apertado. — Eu tenho algo para você, Lily. Está sobre a mesa. — Vida acenou para a mesa ao lado da cama. Lily se levantou da cama, pegando o envelope amarelo grosso. — Eu achei há alguns meses atrás, quando eu estava limpando nosso quarto reserva para as meninas. Eu tinha colocado alguma coisa lá dentro que era minha e de Sawyer do nosso apartamento que tínhamos compartilhado. Em uma das caixas de Sawyer estavam pastas da escola. A mãe dela tinha guardado todo seu material escolar. Quando eu estava olhando para eles, descobri essa foto. Eu vou entender se você não a quiser. — Lily olhou para a amiga quando Vida enterrava o rosto no pescoço do seu bebê. Os ombros dela estavam tremendo. Seus olhos foram para própria expressão de dor de Sawyer. Os olhos de Lily voltaram para o envelope em suas mãos, retirando a foto da moldura. Ela olhou para a foto em suas mãos. A foto era delas três quando crianças, sentadas a uma pequena mesa


no apartamento de Sawyer. Elas estavam obviamente brincando de escola. Vida estava cortando alguma coisa, Sawyer estava obviamente colando as coisas e ela estava colorindo. A mãe de Sawyer tinha tirando a foto quando as três estavam conversando. Quando Lily olhou para a foto, ela não viu a negligência evidente do seu cabelo sujo e as roupas que eram fora de época, ou mesmo a contusão em sua bochecha. Tudo o que ela viu foi o amor e carinho que as três meninas compartilhavam uma pela outra em seu breve tempo juntas. Lily caminhou de volta, se sentando ao lado de Vida na cama. — Obrigada, Vida. Eu vou valorizá-la. Foi a melhor parte da minha infância. Aqueles dias quando brincava com vocês duas eram muito especiais para mim. Eu aprendi tudo o que qualquer criança precisava com vocês duas; O que eu espero passar para os meus filhos, e o que eu sempre vou agradecer por vocês terem me ensinado. — Lily colocou a moldura em cima da cama, pegando o doce bebê aconchegando nos braços de Vida. A manga do vestido dela caiu para trás, revelando a tatuagem no interior de seu antebraço. Ramos de bem-me-quer se agrupavam em torno de três lírios brancos com o nome de seu filho, John Wayne; O nome de Shade, Sawyer, Vida, e de Beth e os nomes de seus filhos escritos dentro da pequena flor bem-me-quer. Cada Páscoa Lily colocava uma palavra diferente, amor, esperança e fé. Apenas Colton podia ter dado a tatuagem o toque final que precisava. Parte da tatuagem era protegida, mas a outra metade estava envolvida em uma luz dourada que levava a escuridão de sua dor para sempre, deixando para trás com o nascimento de uma nova vida, começando a ser compartilhada com todos que amava.

Fim


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