Lani lynn vale- the heroes of the dixie wardens mc #8 right to my wrong

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Disponibilização: Eva e Liz Tradução: Regina, Rosângela Revisão Inicial: Cris Revisão Final: Nedi, Márcia Vaz Leitura Final: Michele Passos Formatação: Eva Bold



Sterling é um herói de guerra condecorado. Ruthie é uma ex-presidiária. Seus mundos nunca deveriam ter colidido, mas o destino tem uma maneira de transformar a vida, guiando na direção que menos se espera. Agora Ruthie tem que tentar chegar a um acordo com o fato de que está apaixonada por um motociclista que também é um SEAL condecorado da Marinha. Aquele que sai por meses em pouco tempo ou nenhum aviso prévio, levando seu coração com ele a cada vez que vai. Sterling tem um monte de coisas para superar para que Ruthie seja o mais importante em sua mente. Ela não acha que é boa o suficiente. Ele acha que ela é perfeita. Agora cabe a ele mostrar-lhe o quão bom ele pode ser.


"Então, qual é a sua história?" O homem ao meu lado me pergunta. Olhei do rótulo da minha cerveja para ele. Ele era tão bonito, mas tudo que eu nunca iria querer novamente. Muscular. Militar. Um alfa. Essas três coisas combinadas em um homem, fazem parecer que ele sempre sabe o caminho certo. "O que quer dizer com qual é a minha história?" Murmuro olhando para o rótulo da minha cerveja. "Onde você cresceu?" Ele era um bastardo persistente. "Em uma típica educação de merda. Meu pai deixou minha mãe. Minha mãe sentiu que os benefícios de me ter ao seu lado eram muito pequenos então me deu para adoção. Eu nunca encontrei ninguém para me adotar, portanto, passei doze anos no sistema de acolhimento. Quando fiz dezoito anos, fui colocada na rua e fiz a única coisa que podia fazer. Encontrei um homem que pudesse me apoiar. Mas ele também


gostava de me bater. Após um ano de só apanhar, eu o matei", disse suavemente. Sabendo que o fato iria assustá-lo, queria acabar com isso antes que eu fizesse dele um amigo. Eu não era fã de falsas sutilezas. Eu era o tipo de garota que não perdia tempo com sutilezas. "Sawyer disse que você acabou de sair", continuou o homem. Suspirei e finalmente olhei para ele. Ele era bonito. Tão bonito que estava me deixando com a língua amarrada. Eu não era quente como a maioria das outras mulheres no salão. Eu estava mantendo meu olhar baixo, o que eu normalmente não fazia. E era por isso que estava olhando para o rótulo da minha cerveja a maior parte do tempo, em vez do seu rosto. Ele estava sentado ao meu lado desde que eu tinha chegado e não conseguia descobrir o porquê. Na verdade, ele era absolutamente lindo. O que me fazia pensar coisas erradas. E a barba apenas tornava tudo ainda pior. Eu nunca consegui resistir a uma barba. Não podia... E nunca o faria. Alto, com braços musculosos. Ombros largos. Profundos olhos verdes e uma porção bagunçada de cabelo loiro sujo caindo sobre os olhos. Ele era o sonho de toda mulher. Sua barba era daquelas que foi cultivada em caso de necessidade, em vez de estilo, do tipo que tinha permanecido um tempo no deserto e longe de uma navalha. O que é normal, de acordo com a homenagem que estão dando a ele, era por estar voltando para casa de sua implantação no Afeganistão. "Você quer que eu te deixe sozinha, porque eu estou sentindo que você está incomodada", disse o homem.


Suspirei e olhei para ele, sendo pega por aqueles belos olhos verdes. "Sterling, sou uma fodida bagunça," eu finalmente digo. Ele sorriu. "Bem, isso faz dois de nós. Eu sou uma bagunça fodida moldada em uma esfera de negação. Confie em mim.” Eu ri. Se ao menos isso fosse verdade.


"Merda, merda, merda, puta que pariu", rosnei enquanto eu corria do meu carro para a loja onde eu trabalho. A loja de conveniência é uma das três na cidade de Benton, Louisiana, e aconteceu de eu trabalhar na que fica no lado mais duro da cidade. Mas eu gosto. Meu chefe me deu o horário que eu queria. Eu podia ir para a escola e ainda continuar trabalhando no meu outro emprego no Halligans e Handcuffs, pois era o que me dava mais dinheiro. Sterling e seus dois irmãos de criação pertenciam ao clube e vieram aqui nos últimos três dias. Cada um pegava uma bebida energética. Um Monster para Sterling e para seus dois irmãos Gatorate. Sempre o vermelho. Nunca o azul, laranja ou amarelo para eles. Então eles se revezavam para pagar. Eu tinha descoberto ao longo dos últimos seis meses que o irmão do meio era um jogador de beisebol e os outros dois o apoiavam durante os treinos e práticas. Ou, pelo menos, quando Sterling estava aqui, ele fazia. Ele foi implantado cerca de cinco meses atrás e tinha voltado há duas semanas.


Eu teria perdido meu tempo para vê-lo se não estivesse com pressa! Merda! Eu pisei em uma poça de água, molhando a perna da minha calça até o joelho. "Droga", rosno, apertando minha bolsa sobre o ombro mais uma vez e andando rapidamente. Não corro, apesar de tudo. Existe uma mancha preta de óleo perto das bombas. Sempre parece acumular óleo e quando chove e torna-se muito escorregadio. Eu tinha visto nada menos que quinze pessoas caírem ao longo dos últimos seis meses que eu trabalhava lá. Eu disse ao meu chefe que era um perigo e que um dia alguém iria o processar, mas tudo o que ele disse foi: 'Deixe-os. Então, eles podem ter este lugar e eu não terei que lidar com a minha sogra, não mais.' Eu suspirei de alívio quando meus pés tocaram a calçada que me levaria para dentro da loja e estremeci violentamente quando um raio desceu do céu e parecia tocar a ponta de uma vara de dois metros que estava à esquerda de onde eu estacionei meu carro. "Santo inferno," digo em reverência. Eu sempre fui interessada em meteorologia. Mas eu não era inteligente o suficiente para ir por esse caminho quando eu tive a chance. Com trinta e dois anos, eu estava no caminho para a meia-idade e não era hora de ir a qualquer lugar mais na minha vida. "Você está atrasada!" Dane, meu chefe, rosnou ao meu lado. Engoli em seco e saltei, cobrindo meu rosto no reflexo. Não porque eu pensei que ele fosse me bater, mas porque era simplesmente uma reação involuntária.


Algo que tinha sido impregnado em mim, desde que eu era uma garota vivendo em um lar adotivo cheio de crianças que gostavam de bater em você constantemente. Dane não se ofendeu com minha reação, apenas acenou e ficou onde estava para ele não me assustar mais do que já tinha feito. "Hey," eu disse. "Meu carro parece uma lesma na chuva." Dane sorriu. "Você precisa comprar um novo. Você pode pagar por isso agora." Eu poderia. Mas não quero aplicar o dinheiro suado que estava economizando, para comprar uma casa em um carro. Isso não seria prático. Quer dizer, eu já tinha um carro que funcionava. Qual era o ponto em comprar algo novo? "Eu sei, eu sei. Você ficou me dizendo isso quase todo o dia durante um mês. Eu só não quero comprar um novo carro", digo. "Eu estou economizando para comprar uma casa." Na realidade, eu estava economizando para comprar uma casa que eu pudesse pagar à vista, já que todos nesta estúpida cidade pensam que eu não sou boa o suficiente para estar aqui. Aparentemente, eles enxergam uma assassina condenado com veemência. Meu marido, Bender, tinha sido um verdadeiro idiota. Ele gostava de me bater quando bebia. Batia quando não bebia. Batia quando estava louco. Batia em mim quando eu olhava para ele de forma engraçada. Batia quando eu me esquecia de lavar o seu uniforme. Você poderia pensar que era muito Bender bater-me assim. Ele literalmente odiava tudo em mim. Mas ele me engravidou quando eu tinha dezoito anos e seus pais lhe obrigaram a ‘fazer a coisa certa’. E ele odiava isso.


Ele queria se casar com outra mulher. Tinha seu olhar sobre Lily Brianne, minha melhor amiga desde que eu tinha doze anos. Eu não sabia disso, apesar de tudo. Lily e eu tínhamos passado por muita coisa juntas. Nós tínhamos ficado na mesma casa de acolhimento até que fizemos dezoito anos e fomos expulsas, já que a nossa mãe adotiva não tinha mais quaisquer obrigação em nos manter lá. Além disso, ela não estava mais recebendo dinheiro por nós, então qual era o ponto? Eu arrumo minhas coisas no armário e me dirijo ao balcão da frente pensando nela e em mim. Lily e eu nos mudamos para um abrigo para mulheres em Monroe, Louisiana, na mesma noite que desembarcamos. Nós tínhamos começado a trabalhar logo depois disso, então dividimos um apartamento de um quarto. Nós começamos a ir à faculdade, onde encontramos Bender. Bem, nós tínhamos nos encontrado com Bender antes, é claro. Todos nós tínhamos ido para a mesma escola. Bender se qualificou para uma bolsa integral na mesma faculdade que tínhamos escolhido aleatoriamente participar. No entanto, estávamos em círculos sociais tão diferentes que nunca demos um segundo olhar para Bender e seus amigos. Assim pensávamos. Lily, obviamente, teve muito mais a atenção de Bender do que eu. Bender teve muito mais atenção de mim, do que de Lily, que tinha os olhos postos em outro homem na nossa faculdade. O melhor amigo de Bender. E Bender odiava isso. Absolutamente odiava. Então, ele mudou sua atenção para mim na esperança de que iria chamar a atenção de Lily. Eu, é claro, não sabia disso naquele momento. Eu estava muito ocupada tentando chamar a atenção do homem que eu era apaixonada e que não estava nem tomando conhecimento da minha existência.


Muito jovem e pronta para agradar, dormi com ele no primeiro encontro. Ele me deixou quando percebeu que a tática não iria funcionar com Lily. Ele nunca falou comigo novamente, até seis semanas mais tarde, quando eu disse a ele que estava grávida. Eu ainda não tinha certeza de como seus pais haviam descoberto. Seja qual for a razão, eu tinha acabado com ele pois não estava tramando uma armadilha para homens. Mas eu tive uma gravidez difícil no início. Contas médicas começaram a acumular. E então os pais de Bender se envolveram, forçando-nos a casar. O sino acima da porta tocou e eu olhei para cima, sorrindo para o homem que entrou pela porta. "Se não é Sr. Baseball!" Cantei. Sterling virou e olhou para fora. "Você está cuidando o cara errado; o idiota está atrás de mim", disse. "Eu estou apenas ajudando-o a aparecer." "Eu aceito essa ofensa e torço para que seu grande pau murche", disse uma voz atrás de Sterling. Fiquei na ponta dos pés para ver seus dois irmãos logo atrás dele. Cormac era o jogador de 'baseball'. Ele estava a cerca de um mês para começar sua última temporada de beisebol na ULM. A Universidade de Louisiana de Monroe teve a sorte de tê-lo pelo que eu tinha ouvido. Ele era mais velho do que todos os outros jogadores, com vinte e cinco anos, tendo começado a frequentar a faculdade quando tinha vinte e um.


Cormac tinha cerca de 1,85 de altura, massa muscular magra, cabelo preto e um sorriso rápido. Seu outro irmão, Garrison, era da mesma idade de Cormac. Embora seja onde as semelhanças terminam. Garrison não era o que eu chamaria de 'bonito'. Ele era, do meu ponto de vista, médio para ser chamado de bonito. Ele tinha no rosto uma carranca perpétua, o que raramente podia ser vista através da barba espessa. Ele estava em forma, embora. Muito boa forma. Ele queria ser o que mantinha os outros dois na linha. Ele era atualmente um professor de ciências do ensino médio, técnico de beisebol do Colégio Shreveport e, provavelmente, o mais temido homem na escola. Eu teria medo se tivesse que ser enviada para o escritório para ter de lidar com ele. Mas ele realmente era amável. Ele era um homem doce, pelo pouco que tinha falado com ele no Halligans e Handcuffs e aqui. Mas meu coração pertence ao homem que veio até o balcão falar comigo em vez de pegar suas bebidas. "Como você vai?" Perguntou. Eu sorri para ele, e agora o tenho como um dos meus melhores amigos no mundo. "Meu carro não gosta da chuva. Acho que preciso de pneus novos ou algo assim. Eles não se seguraram no pavimento por nada", digo balançando a cabeça e chegando atrás do balcão para pegar um pacote de sementes de girassol que eu guardei especialmente para ele. Dane não gosta de vender sementes de girassol. Eu não sabia o porquê e não perguntei.


Mas comprava na loja do Sam e os trazia até aqui todos os dias para ele. Ele sorriu e empurrou o pacote no bolso da frente. Meus olhos seguiram o movimento. Dava água na boca enquanto observava a frente de seus calções de treino ir para baixo, expondo o seu estômago, antes de desaparecer mais uma vez, enquanto a mão saia do bolso. "Quer jogar uma partida de beisebol com a gente hoje à noite?" Perguntou. Perguntava isso o tempo todo. E toda vez eu dizia que não. Não porque eu não era boa no beisebol, mas porque eu estava bem com o softball, de qualquer maneira. Trazia-me memórias que me feriram. Memórias de Lily e eu quando éramos felizes, antes que qualquer coisa relacionada à Bender nos acontecesse. "O que você vai me dar se eu jogar?" Perguntei, surpreendendo não só a mim, mas ele também. "Um passeio?" Ele respondeu solícito. Eu ri. "Por que você faz todos esses jogos de beisebol, de qualquer maneira?" "Porque é mais fácil ver onde Cormac está e mantê-lo pronto para qualquer coisa", explicou. Eu queria revirar os olhos. "O que vocês fazem não é o que eu chamaria de jogo. É um bando de caras bebendo cerveja, enquanto as mulheres assistem da bancada torcendo por seus homens", eu desafio. Ele sorriu e seus olhos brilharam de felicidade. Se os tempos fossem diferentes... Se a vida fosse diferente... Sterling e eu poderíamos ter perseguido o que eu podia sentir entre nós.


Mas os tempos não eram outros e minha vida não tinha todas as merdas e risadinhas que Sterling necessitava. Eu tinha demônios. Eu tinha tantos demônios que era um milagre não ter enlouquecido ainda. E Sterling merecia uma mulher que estaria ao seu lado, deixando-o orgulhoso de ter seu braço ao redor dela. E eu não era aquela mulher. Então eu fiz uma promessa a mim mesma enquanto olhava para aquele sorriso. Uma promessa de que eu não iria arrastar Sterling comigo. Ele não iria ser pego por mim e tudo que flutuava ao meu redor, como um furacão pronto para destruir qualquer um que estivesse próximo. "Independentemente do que seja eu quero que você venha. Eu sei que você costumava jogar. E nós poderíamos ter algum sangue novo", disse. "Eu vou buscá-la às seis." Pisquei quando o assisti jogar uma nota de vinte no balcão e os três homens saírem um momentos depois, discutindo sobre alguém ter tesão por uma mulher que era muito puritana para sair com ele. Tive a sensação de que eles estavam falando de mim, mas eles não poderiam estar mais longe da verdade. Sterling não merecia ter de lidar com a minha porcaria. Nem um pouco. "Agora que você já teve sua diversão que tal pegar suas coisas e ir limpar o banheiro." Dane ordena. Eu sorri para Dane. Ele era um grande chefe. Ele sabe que eu tenho uma paixão secreta por Sterling. Sabe e gosta de me provocar sobre ele.


"O que há de errado com Allison fazer isso como ela normalmente faz?", perguntei, caminhando ao redor do balcão para agarrar o carrinho de limpeza, tirando do armário. "Allison ligou informando que está doente, ela acha que tem uma gripe", disse ele. "Então, é só você e eu esta semana, Chica." Yay! Não. Isso seria péssimo. Se fosse só eu e ele, quer dizer que seria necessário fazer mais horas, o que iria cortar minha folga da sexta. "Só não espere que eu trabalhe esta noite ou amanhã à noite. Ou sexta-feira à noite. Tenho planos para esta noite e para as próximas outras duas noites," digo a ele. Dane assentiu. "Eu sei. Eu estava ouvindo aquele rapaz pedir-lhe para sair." Eu sorrio. "Ele não estava tentando me convidar para sair." Dane me deu um olhar. "Querida, eu tenho um pau. Eu sei como se parece quando o pau de um cara está duro. E o dele estava. Para você. Confie em mim," disse ele, sentando no banco atrás da caixa registradora e virando os olhos para a tela da TV que estava posicionada ao lado. Revirando os olhos, eu peguei o esfregão e comecei o trabalho tedioso de limpeza do banheiro. O banheiro feminino nunca era tão ruim assim. O banheiro masculino sempre estava em péssimo estado. Como homens crescidos poderiam errar o vaso sanitário assim? No momento em que termino com banheiro dos homens, eu sinto necessidade de um banho quente e uma cerveja. Ambos os quais eu não


poderia conseguir agora, então... E desde que eu tinha um lugar para ir depois, isso não iria acontecer por um longo tempo. Mas só o pensamento de ver Sterling novamente fez meu coração disparar. "O seu telefone tocou o tempo todo que você estava lá," Dane disse enquanto empurrava três biscoitos de queijo na boca. Revirei os olhos. Por que não teria ocorrido a ele que talvez eu precisasse atender essa chamada se alguém chamou tantas vezes? Sorri quando vi o rosto sorridente de Lily iluminando a tela do meu telefone. "Olá?" Lily responde sem fôlego. "Ei! O que você precisa?", perguntei. Lily chama uma vez por dia, independentemente se ela precisava de alguma coisa ou não. Era apenas quem éramos. E eu a perdi por muito tempo, quando eu estava presa. "Eu tenho alguém que quer falar com você antes de subir ao palco", ela disse alegremente. Eu sorri quando a filha de Lily, Toni, pegou o telefone. "Tia Ruthie, adivinhe!" Toni gritou em voz alta. Olhei para as minhas mãos e sorri através da dor. "O que, Tinker Bell?", perguntei em voz baixa. "Eu acertei uma corrida hoje no minigolfe!" Ela gritou. Eu sorri, jogando minha dor para trás por causa da emoção na voz de Toni. Toni e minha filha Jade teriam a mesma idade hoje.


Mas o meu marido tinha me espancado até quase a morte quando eu estava de quase oito meses de gravidez, e eu perdi minha menina antes de sequer a segurar nos braços. Lily havia descoberto que estava grávida uma semana antes de eu perder minha pequena Jade, e eu ficava com o coração quebrado ao conversar com Toni, quando não podia falar com minha própria menina, que teria feito algo semelhante se ela tivesse sido capaz de viver. "Não quer dizer o seu primeiro buraco?" Eu perguntei a ela, com um sorriso na minha voz. Eu praticamente podia vê-la balançando a cabeça quando respondeu. "Não. Quero dizer, papai me jogou a bola e eu bati com o meu taco de golfe. E eu bati a bola para o último buraco no final do campo", ela me corrigiu. Fechei os olhos. "Seu pai deve ser o melhor." "Então," Lily disse quando ela voltou na linha. "Foi o que eu disse. Ele é como um grande menino de dois anos de idade." Eu sorri para as minhas mãos. Dante era um cara muito bom. Ele começou um negócio de recuperação de crédito quando saiu da Força Aérea e, pelo que eu ouvi, era um homem de negócios bem-sucedido agora. Ele tinha todo o meu coração, apesar de tudo. Ele era um bom homem, sempre lá para mim se eu precisasse dele. Ele veio me visitar junto com Lily quando saí da cadeia. Ele era um bom pai e um bom amigo. Algo que eu queria desesperadamente quando tinha me casado, em vez do homem que eu tinha. "Então, onde você está indo?", perguntei, recebendo o dinheiro da compra de um homem enquanto conversava.


O homem me deu um olhar engraçado já que eu estava no telefone, mas eu o ignorei, colocando as coisas no saco enquanto segurava o telefone entre o ouvido e o ombro. "Nove e cinquenta e sete," eu digo. O homem me dá um cartão de crédito e eu passo através do leitor de cartão antes de entregar de volta para ele enquanto ouvia Lily me dizer sobre o recital de Toni, que estava programado para acontecer em vinte minutos. "Você está atrasada," falo sorrindo. "Você já não devia ter saído?" Entreguei ao homem o seu recibo e ele pegou com um ligeiro resmungo de aborrecimento. "Sim, há vinte minutos. Mas nós estávamos tendo um colapso, porque não conseguíamos encontrar os sapatos cor de rosa, apenas os sapatos azuis", disse Lily. "Nós só encontramos um pé do sapato rosa, então agora nós estamos vestindo um azul e um rosa." "Bem, isso funciona", eu ri. O que faria uma menina querer usar sapatos azuis quando ela poderia usar o rosa? "Tudo bem, tenho que ir. Eu te amo." Lily disse e desligou o telefone. Revirei os olhos e empurrei o telefone no meu bolso de trás antes de me virar para Dane. "O que há com você?" Perguntei. Dane sorriu. "Bem, eu tenho um exame de próstata por volta das quatro e tenho uma colonoscopia na próxima terça-feira, merda, e eles vão me fazer..." Eu o parei. "Isso é informação suficiente, Dane. Obrigada, no entanto." Ele encolheu os ombros. "Bem, você foi a única que perguntou."


Realmente era verdade. E eu não estaria fazendo essa pergunta mais.

Saí da casa que eu estava alugando, no sol do fim da tarde, irritada, incrivelmente irritada. "Que olhar é esse?" Sterling me perguntou. Entreguei-lhe a multa que tinha recebido. "Eu tenho uma multa de um barco estacionado em frente da minha casa que nem sequer é meu", digo a ele, caminhando para o banco do passageiro e pulando dentro sem avisar. Meus vizinhos me odiavam. Literalmente me odiavam. Eu estava em uma casa que tinha alugado através do chefe de polícia. Foi bom ter uma conexão através de minha outra melhor amiga, Sawyer. Ela estava atualmente casada com o presidente de um clube de motocicletas. O mesmo clube que Sterling pertencia. Sterling não estava usando seu corte, o colete de couro de motociclista que ele normalmente usava e que o designava como membro do The Dixie Wardens MC. Mas eu imaginei que provavelmente não era a coisa mais confortável de se usar quando você estava trabalhando do lado de fora num calor insuportável.


"Então, de quem é o barco se não é seu?" Sterling perguntou da minha janela aberta. Eu apontei para o homem do outro lado da rua bebericando sua cerveja com os pés em cima do parapeito da varanda. "Daquele homem," eu apontei para ele. Sterling olhou para ele, curvando-se para que pudesse ver através da janela aberta do caminhão e fez uma careta. "Espere", disse ele. "Volto logo." Dei de ombros. Eu já tentei falar com o homem, mas ele era um idiota, então apenas deixei por isso mesmo. Eu estava pensando em ir até a delegacia amanhã e conversar sobre isso para quem quisesse me ouvir, mas se Sterling queria tentar para mim, então eu ia deixá-lo. Eu já tive o suficiente na minha vida para lidar com algo menor como isto. Eu o assisti e tomei um gole de água gelada da minha garrafa de água Camelback que custou dinheiro demais para mim. Sterling chegou aos degraus na frente do homem e cruzou os braços. Eu podia ver o movimento da sua boca, mas não conseguia entender o que estava sendo dito. No entanto, pela tensão nos ombros anteriormente soltos do homem, eu poderia dizer que tudo o que estava sendo dito não era muito agradável. Com certeza Sterling não iria apelar para o homem mais velho. "Aqui é onde eu sempre estaciono o meu barco!" O homem gritou. Sterling disse algo com calma para o homem, e o homem relutantemente pegou a multa que Sterling entregou para ele, arrancando das mãos de Sterling e empurrando-a para o bolso.


Pisquei, e depois pisquei um pouco mais, enquanto observava Sterling descer os degraus e vir direto para sua caminhonete. Ele entrou do seu lado, fechou a porta e ligou o motor. Segundos depois, ele estava dirigindo longe do meio-fio antes de explicar. "O homem vai mover o barco amanhã. E ele vai cuidar da sua multa", disse sem hesitar. "Fantástico. Eu não posso acreditar que ele estava deixando que eu pagasse, no entanto. Quer dizer, quem faz isso?", perguntei. Ele encolheu os ombros. "Nenhum indício." "Não sei ao certo por que você recebeu uma multa por isso. Parece sem importância, considerando que eles tiveram dois assassinatos na cidade na noite passada", disse Sterling, balançando a cabeça. Sem saber o que dizer sobre isso, eu perguntei, "Por que não está com sua motocicleta?" Ele sorriu quando se virou para mim, olhando rapidamente, antes de voltar a olhar para a estrada. "É difícil de transportar um saco de bastões, bolas e as placas em seus alforjes", disse. Ahh faz sentido. "Huh," digo. "Então, quando você vai voltar?" Eu não tenho que explicar o que quis dizer por ‘voltar’. Ele sabia exatamente o que eu quis dizer. "Eu tenho que estar de volta em Belle Chasse em treze dias", respondeu ele quando girou o volante amplamente para sair da minha vizinhança. Meu queixo caiu. "Você já está indo de novo, tão rápido?" Ele assentiu. "Sim, mas eu não estou sendo implantado pelo menos. Eu estarei lá por cerca de três meses enquanto eles decidem o que fazer


com a gente. Normalmente tenho que ir para a Califórnia, então eu tenho sorte que eles estão nos permitindo ficar perto de casa." Eu apenas balanço a cabeça. Eu só tenho que esperar que ele volte! "Quantas vezes você vai voltar?" Eu pergunto suavemente. Eu estava bastante certa que estava escondendo minha tristeza bem, mas ele colocou a mão em cima da minha, onde descansou entre nós sobre o banco. Seus dedos grandes forçaram-se entre os meus quando ele disse, "Eu provavelmente vou estar de volta todos os finais de semana. Tenho que ter o meu menino pronto para o beisebol. E eu tenho um grande interesse em alguém especial." Eu pisquei, de repente machucada. Ele tinha um 'interesse' em alguém? O que isso queria dizer? Ele estava vendo alguém? Eu não recebi a resposta antes de entramos no estacionamento do parque. Nós estávamos jogando no campo de beisebol da cidade, onde as crianças mais velhas jogavam. Era um campo de tamanho normal para beisebol, e era absolutamente enorme. O muro em volta era quase tão alto quanto um do campo principal da liga, o que era uma grande coisa para esta pequena cidade. Especialmente quando a única pessoa capaz de bater e fazer com que a bola voe através do paredão, está andando ao meu lado. "Então, você realmente acertou a bola, ou era um daqueles homerun1 no infield2 só porque ela saltou sobre a cerca?" Eu provoquei. 1 2

No beisebol, tacada que permite que o batedor faça um circuito completo das bases. A parte interna do campo de jogo em vários esportes (ex. Cricket e Baseball).


Eu sabia que tinha sido realmente um sucesso. Eu assisti ao vídeo dele no YouTube. Foi uma grande coisa para a cidade, especialmente porque Sterling e sua equipe de beisebol Dixie Juventude tinha colocado esta pequena cidade no mapa. A equipe de Sterling, O Wildcat, estava perdendo por três voltas, com Sterling no bastão. Ele tinha conseguido dois strikes, três bolas, e estava no campo final, quando derrubou a bola. Ele fez isso mais quatro vezes antes de finalmente conseguir. E ele fez, porra. Foi incrível. Um dos momentos mais doces que eu já presenciei. Algo que você nunca esperaria de um jovem de dezoito anos de idade. A bola tinha ido ao longo do muro, no centro, e Sterling tinha ido em torno das bases com um olhar de espanto no rosto. O vídeo tinha terminado com toda a equipe, assim como muitos dos fãs, se amontoando sobre Sterling. Agora, sete anos mais tarde, seu nome ainda estava marcado na parte superior do painel de avaliação, ao lado de todos os outros meninos que foram para o mundo naquele ano.

"Não houve rejeição, confie em mim. Eu bati naquele filho da puta com tanta força que tremeu o meu corpo e centrou no meu coração", ele me disse solenemente. "Eu ainda posso sentir a maneira como o taco e a bola se conectaram."


"Ele estava batendo com perfeição!" Cormac cantou. "Eu nunca presenciei algo tão grande em minha vida!" A animação na voz de Cormac tinha todos ao nosso redor rindo, e eu sorri para o homem ao meu lado. "Parece que você tem um fã," eu falei. Ele assentiu. "O maior." Cormac sorriu e se abaixou para pegar a luva e bola nos meus pés. "Vamos jogar bola!"


"Oh meu Deus", digo no meu travesseiro. "O que há de errado com você?" Sawyer pergunta ao pé da minha cama. Eu não gritei como eu queria. Eu sabia que ela estava lá... Bem, pelo menos sabia que ela estava em minha casa. Eu não tinha percebido que ela estava tão perto, apesar de tudo. "Não posso me mover," sussurrei. "Eu acho que estou paralisada." "Você jogou de maneira impressionante, se serve de consolo", disse ela, saltando sobre a cama algumas vezes. Eu olhei para a minha bonita amiga grávida. "Por que você está aqui? É o meu dia de folga," resmunguei, virando e puxando o cobertor sobre mim. Ou seria se não tivesse parcialmente presa sob o traseiro de Sawyer. "Você prometeu que iria me ajudar a organizar o chá de bebê", ela me disse. Eu gemi. "Eu disse isso por educação. O tipo de coisa que você diz com sutileza, contudo, não tem a intenção de fazer, porque você sabe que você realmente não quer fazer."


"Bem, você disse isso e eu não vou deixar você voltar atrás", ela resmungou. "Levante-se. Eu estou fazendo ovos." "Eu não gosto de ovos," murmuro para o quarto vazio. Como é que uma mulher grávida tem tanta energia? Elas não deveriam estar cansadas o tempo todo? Porque eu não tinha visto isso em Sawyer ainda, e ela estava em seu sétimo mês. Rolei da cama devagar, andando cegamente para o banheiro, abrindo os olhos levemente só para ter uma ideia de onde estou indo. Deixo a luz apagada enquanto cuido da minha higiene, escovo os dentes e saio para a sala principal. Nem sequer me ocorreu que haveria mais alguém lá, e foi por isso que quando eu finalmente abri meus olhos turvos e vi o homem alto e sexy sentado no meu sofá conversando com Sawyer, eu congelei. "Uh," Sawyer diz, finalmente me vendo. "Você poderia ter colocado algumas calças." Eu podia ouvir o riso em sua voz quando ela disse isso, e eu queria tirar esse sorriso do seu rosto. Virei-me, caminhando de volta para o quarto e puxando um par de moletons do topo da minha pilha de roupas limpas. Estar de calcinha ao lado de Sawyer realmente não era um grande negócio. Nós tínhamos perdido toda e qualquer dignidade durante o nosso tempo na prisão, por isso, não foi uma surpresa eu ter saído só de calcinha. Inferno, nós tínhamos feito xixi uma ao lado da outra por oito anos. Vomitamos. Merda. Vimos uma a outra nua. Não havia nada de sagrado entre nós. Mas ela poderia ter, pelo menos, gritado um aviso de que ela tinha deixado alguém entrar na minha casa! Voltei para a sala, olhando as duas pessoas no meu sofá.


"Onde está o café da manhã?" Murmurei sombriamente. Sawyer sorriu. Ela era a pessoa da manhã. Eu era a pessoa da tarde e noite. Foi incrivelmente irritante estar presa com esse tipo de pessoa, mas eu aprendi a estimá-la mesmo assim. "Eu fui distraída", disse ela, apontando para Sterling. Sterling sorriu e se levantou enfiando a mão no bolso para pegar alguma coisa. "Eu trouxe-lhe a sua luva e carteira de volta. Você deixou na minha camionete na noite passada", disse, apontando a luva e carteira antes de retirar um pedaço de papel. "Mas então eu vi esse papel no seu carro e senti a necessidade de chamar Loki." Olhei para o papel que ele estendeu para mim como se fosse uma cobra viva, pensando sobre o fato de que ele chamou um outro policial na minha casa. Loki era outro membro da The Dixie Wardens MC. Ele era o assustador do grupo. Seu cabelo loiro era cortado perto do couro cabeludo e seus olhos eram duros. Olhos duros de policial. Mas o fator decisivo que o fazia mais assustador do que o resto era a cicatriz no pescoço. Eu só tinha pedaços da história de como ele a conseguiu, mas pelas informações recolhidas de todos, era por causa de uma iniciação em uma gangue ou algo assim. Mas era a maneira como ele me observava que me fazia mais nervosa. Quase como se ele pudesse dizer que eu era uma pessoa ruim. E eu acho que a maioria realmente pensa que eu sou, mas eu não era.


Eu só estava protegendo a mim e ao meu filho que estava para nascer, mas infelizmente, não tinha conseguido salvá-lo. Não que alguém além de mim e Sawyer soubessem sobre a minha Jade. Eu ainda não havia dito a Lily sobre Jade. Não que eu sinta que ela não fosse sofrer por mim, mas porque a perda ainda doía tão profundamente que eu não posso falar sobre isso. Não tinha falado sobre Jade desde o dia em que ela foi tirada de mim, depois que falei com os policiais. "Maravilhoso", murmuro, virando para caminhar até a cozinha e começar a fazer o café. Mas já estava feito quando eu cheguei lá, então eu acho que Sawyer resolveu a questão. Eu não me incomodo em por creme no meu café. Eu gostava do café puro e preto no meu dia a dia. Fiz uma careta quando tomei um gole da bebida amarga, voltandome para verificar Sawyer e Sterling. Eles tinham um bom relacionamento, mas Sawyer tinha com todos os membros do The Dixie Wardens. A vantagem, imaginei, de ser casada com o presidente. "Como é que você ainda não sabe o que está esperando?" Meu melhor amigo Sterling perguntou. "Não é isso que os pais querem saber?" Eu perguntei a mesma coisa. Como você tem um chá de bebê se você não sabe o sexo dele? Você não vai querer vestir seu filho em amarelo por tanto tempo, não quando as coisas para os bebês são mais bonitas em azul ou rosa. Mas ela se recusou. Ela queria que 'fosse uma surpresa’. Algo que ela repetiu momentos mais tarde para Sterling. "Eu quero que seja uma surpresa. O Silas não se importa, mas eu sim. Eu quero vivenciar a experiência desde que eu estou bastante certa que esta será minha única", ela admitiu.


Isso era novidade para mim. Eu sempre imaginei Sawyer tendo cinco filhos e uma minivan. Eu sei que Silas daria o que diabos ela quisesse, e se cinco crianças fosse o que ela queria, então ele o faria alegremente. "Por que você diz que será a única?", Perguntou Sterling, apoiando os quadris estreitos contra o balcão. Meus olhos desceram para a protuberância na parte de trás da calça jeans dele, que significava que ele estava carregando uma arma. Algo que quase todo homem que era um membro da polícia e dos The Dixie fazia. Sterling não seria diferente. "Porque Silas é mais velho que eu. E eu não acho que ele queira mais filhos", disse ela, hesitante. Eu pisquei, surpresa com isso. "Você acha isso, realmente? Sempre achei que ele estava envolto em torno de seu dedo. Pergunte a ele e veja o que ele quer!", eu disse a ela. Sterling assentiu. "Eu concordo com a mal-humorada." Eu olhei para ele. "Eu não sou mal-humorada." Ele levantou uma sobrancelha, em seguida, seus olhos se moveram mais baixo para os meus seios. Meu olhar seguiu o seu para ver o anão mal-humorado na minha camisa. Hmmm, talvez eu não deva ter usado essa. Sem mencionar que eu não tinha sequer vestido um sutiã ainda. Eu olhei de volta para o seu rosto para vê-lo sorrindo para o meu desconforto, e os meus mamilos endureceram de antecipação. Merda, o homem era realmente sexy. O exemplo perfeito de militar das pontas de suas botas de combate até o comprimento de sua barba. Lambi meus lábios quando meus olhos pousaram em sua boca e olhei para longe dele.


"Café da manhã?" soltei, tentando fugir de seu sorriso. Sawyer balançou a cabeça e caminhou até minha geladeira onde tirou um galão de suco de laranja e um pacote de mantimentos que continham ovos, bacon, biscoitos e enlatados. Ela realmente estava se empenhando para se certificar de que eu estava alimentada. "Como você gosta dos seus ovos, Sterling?" Ela perguntou enquanto colocava as coisas no balcão. "Do modo mais fácil", disse ele, estranhamente, quase como se ele não estivesse ciente de que havia outras maneiras de comer um ovo. Sawyer balançou a cabeça e começou a retirar uma frigideira de algum lugar que eu nunca tinha visto antes e a seguir colocou uma assadeira em cima do meu fogão. Apertei os olhos. Ela tinha ido fazer compras? Porque eu definitivamente teria me lembrado de ter qualquer um desses itens. Eu não tinha cozinhado desde que tinha me mudado, a menos que fosse no micro-ondas, e eu estava bastante certa de que tinha apenas uma única panela. "De onde veio tudo isso?" Eu perguntei a ela, desconfiada. "Eu encontrei-os em uma venda de quintal", ela mentiu. Apertei os olhos e fui para sua bolsa, retirando recibo após recibo. Meus olhos olharam assustados para o valor na parte inferior. "Você está mentindo, puta!", gritei, acenando com os recibos. Ela encolheu os ombros. "Em algum momento, você ia precisar de uma panela. Não é minha culpa que você não tenha uma. Quando eu vier cozinhar, eu quero ter algo para trabalhar!" Sawyer gritou de volta. Eu olhei para ela. "Você precisa me deixar em paz! E eu nunca lhe pedi para cozinhar!" Apontei para ela.


Ela me ignorou e começou a colocar o bacon na frigideira. Apertei os olhos para ela e entrei na cozinha, pegando o tubo de biscoitos e desenrolando o papel fora dele. Antes que eu tivesse terminado, o tubo explodiu na minha mão e eu gritei. "Foda-se!" "Bem feito, vadia," Sawyer murmurou baixinho. Virei-me, ignorando o homem que estava em minhas costas rindo das nossas brincadeiras. Eu levei os biscoitos para a panela e Sawyer me parou. "Você precisa de spray de cozinha", disse ela, me congelando. "Por que você precisa de spray de cozinha quando estes biscoitos são feitos com pequenos pedaços de manteiga? Não estão naturalmente lubrificados?" perguntei a ela, ignorando suas instruções para pulverizar manteiga na panela. "Você está me perguntando se você pode usar manteiga para lubrificação, é sério?" Perguntou Sawyer, exasperada, afastando-se do bacon e pegando a assadeira onde ela pegou cada um dos biscoitos e pulverizou antes de colocá-los de volta, desta vez em uma forma mais elegante. "Sério?" Eu perguntei a ela. Ela olhou para mim. "Vá se sentar. Você está interrompendo o meu trabalho", assobiou. Eu lavei minhas mãos na pia e sentei na ilha ao lado de Sterling, ignorando o sorriso em seu rosto. "Então, o que você está fazendo hoje?" Ele me perguntou. Suspirei. "Aparentemente indo à loja de bebê e me procurando coisas que ela não precisa," digo a ele.


Ele bufou. "Você poderia vir jogar beisebol comigo", ofereceu. Suspirei e parei, virando um pouco no banco para que ele pudesse ver a minha lateral quando levantei minha camisa. Ele fez uma careta. Eu tinha sido atingida ontem por Cormac, de todas as pessoas possíveis, e a bola me atingiu nas costelas inferiores. Sterling então começou traçar com o dedo em volta da minha contusão, cercando toda a mancha antes de dizer: "É, parece muito ruim. Eu não posso acreditar que ele te machucou." Eu ri. "Mas ganhei dele." Ele piscou. "Acho que isso valeu a pena para você." Sim, eu também acho. Eles jogaram muito duro, não se importando que eu fosse uma menina. Ou que os outros homens que jogavam com a gente, não tinham jogado beisebol como eles tinham. Então, eu estava feliz em ir somente para uma caminhada, pois roubar bases já deu para mim, então por isso que eu agora tinha enormes arranhões na minha bunda. Que foi onde Sterling passou a mão. "Seu traseiro está em carne viva", disse ele. Eu balancei a cabeça, lembrando-me que ele tinha visto isso quando eu saí do quarto mais cedo. "Estou muito dolorida", admiti. Ele assentiu. "Você vai precisar de algumas calças de correr se continuar jogando com a gente." Eu sorri. "Eu tenho algumas, mas ainda não fui capaz de encontrá-las desde que minhas coisas ainda estão dentro de caixas. Eu realmente ainda não


tinha razão para olhar para elas. Era apenas algo sem importância, até o jogo ontem." Ele assentiu. "Você tem que trabalhar hoje?" Eu balancei a cabeça. "No Halligans e Handcuffs." Ele sorriu. "Então eu vou ver você lá." Virei a cabeça para olhar para ele. "Por quê?" Ele não costumava ir lá, pelo menos eu não o vi. Seu tempo era geralmente gasto fazendo trabalhos para o clube, ou saindo com Garrison ou Cormac. Havia também uma grande quantidade de mulheres felizes em vê-lo em casa. Infelizmente, o meu radar não era o único que estava cronometrando adiante. "Há uma festa lá mais tarde", respondeu. "Estamos celebrando o aniversário de Sebastian." Pisquei. "Sério? Ninguém me disse," digo. "Eu ainda tenho que trabalhar?" Ele encolheu os ombros. "Merda, eu não sei. Tudo o que sei é que devo estar lá para uma ‘festa surpresa’ as sete." Eu faço uma careta. "Bem, eu acho que vou, e se eu não for necessária, volto para casa", digo, pensando no que eu faria sem as gorjetas do dia. Já fiquei uma especialista em contar com elas. Sem elas eu poderia ficar sem as roupas novas que tinha a intenção de comprar. "Merda", disse Sawyer. Olhei a tempo de vê-la deixar cair um pedaço de bacon, e olhar em volta para seu cão, mas não o vendo.


"Onde está o seu cão?" Perguntei a Sawyer de repente. Normalmente, nós o levamos em todos os lugares com a gente, especialmente desde que ela resolveu treiná-lo no seu negócio de adestramento de cães. Não havia nenhuma maneira que ela iria se aventurar a novas experiências se ele não estivesse com ela para experimentar. Ela fez uma careta. "Ele está sendo castrado", respondeu. Eu estremeci. Isso tinha sido um ponto de discórdia entre Silas e Sawyer por um longo tempo. Ela não queria fazer, e ele queria. Ela queria que seu cão, Yogi, fosse capaz de ter filhotes se ele quisesse e Silas estava cansado dele mijando por toda a casa. Sua esperança era que depois de castrado, ele parasse de fazer um 'rio em sua cozinha maldita’. "Então, ele finalmente te convenceu?", perguntei com uma risada. "Não houve ‘convenceu’. Só ele ‘dizendo’. Confie em mim, eu tentei realmente tirar ele de lá, mas Silas tinha ido antes que eu acordasse essa manhã", ela fez beicinho. Sterling bufou. "Quando entramos em casa ontem ao meio-dia, Yogi tinha urinado da porta da frente por todo o caminho até a porta dos fundos", Sterling diz a ela. Sawyer fez uma careta. Eu, por outro lado, pensei que era bastante impressionante. Especialmente desde que ele teve que passar por um corredor, depois pela sala, através da cozinha e sala de jantar antes de chegar a uma parada na porta dos fundos.


Fale sobre o talento desse cão! "Sim, é por isso que ele está sendo castrado hoje", ela respondeu. "Eu tive que ouvir isto por toda a noite. Ele já está bastante chateado que eu fico de joelhos demais." Bufei café em meu nariz, em seguida, comecei a rir enquanto imagino um homem como Silas queixando-se sobre ela estar de joelhos demais. Sterling me bateu nas costas para ajudar com a respiração, eu assumi, mas só acabou dificultando ainda mais, devido à sua proximidade. "Loki está aqui", murmurei quando ouvi uma motocicleta parar lá fora. Eu estava usando a distração que conseguisse para ter a mão do homem fora de mim. Porque eu poderia espontaneamente explodir em um orgasmo aqui mesmo ao lado dele, e santo inferno, seria mais que embaraçoso! "Eu vou abrir a porta e deixá-lo entrar", Sterling murmurou enquanto escorregou do seu assento. Uma vez que ele desapareceu da minha vista, eu me virei para estudar Sawyer. "Você está bem?" Eu perguntei a ela, realmente olhando para ela agora. Ela tinha um sorriso falso colado no rosto, o tipo que sempre foi feito para parecer 'bem'. No entanto, eu a conhecia. Eu sabia tudo sobre ela até o último detalhe. Eu sabia quando ela estava ficando doente ou se o seu período estava próximo. Eu sabia quando ela estava tendo um dia ruim, porque os guardas estavam sendo uns filhos da puta, ou se outra mulher estava fodendo com ela.


Eu sabia tudo sobre ela. Ela era a minha menina, a única pessoa que eu confiei todos os meus segredos. Exceto um, pensei sombriamente. Mas não era como se eu estivesse tentando manter aquele dela. Era muito difícil falar sobre isso. Eu estaria melhor mostrando a ela. Uma ideia começou a se formar na minha mente e eu sorri para o meu prato quando percebi o que eu poderia fazer. "Eu estou tendo um dia ruim," Sawyer murmurou, tirando minha atenção de mim mesma e voltando para ela. "Por quê?" Eu perguntei a ela. Ela encolheu os ombros. "Fui até a loja para comprar estes alimentos e vi um par de mulheres que pensaram que seria engraçado tirar sarro de mim. Isso é tudo." Ela se mexeu e olhou para o lado como se não fosse grande coisa. Raiva perfurou meu peito, afiada e apertada. Essas cadelas de merda! Sério, todos na cidade faziam fofocas sobre nós! Qual era grande coisa maldita disso? Porque nós estávamos na prisão? Malditas cadelas. Milhares de pessoas iam para a prisão todos os anos por uma coisa ou outra, mas aquelas mulheres estúpidas não falavam sobre elas. Policiais foram mortos em todo o país. A guerra estava acontecendo do outro lado do mundo. As crianças estavam passando fome. Os animais e a natureza estão sendo destruídos.


Sério, havia milhões de coisas que eles poderiam se concentrar, mas eles nos escolheram. Sawyer em particular, porque ela era uma boa pessoa, que não diria uma palavra em defesa dela mesma. Portanto, elas não têm o direito de censurá-la. O que tinha lhe acontecido foi um acidente completo e absoluto. Ela estava dirigindo para casa com seus amigos bêbados quando um Ford Bronco tinha entrado na frente dela. A camionete que ela conduzia havia reduzido a pó o veículo menor, e com ele os ocupantes. Nenhum dos passageiros sobreviveu. E então Sawyer foi injustamente condenada pelos assassinatos, quando o pai do adolescente que estava no carro, falsificou a prova para fazer com que os níveis de álcool no sangue dela estivessem acima do permitido. Algo que ela não tinha feito. Depois de ter sido falsamente acusada, julgada e condenada, ela passou oito anos em Huntsville, na penitenciária para mulheres como minha companheira de cela, e me chamem de egoísta, mas eu estava feliz que ela estava lá. Porque se ela não estivesse lá, eu teria sido violada todos os dias. Mas eu não estava só. E eu gostaria de agradecê-la diariamente pelo resto da minha vida se eu tivesse que fazer. Eu lhe devia muito e muito mais. "O que elas disseram?" Perguntei preocupada. Sawyer deu de ombros, lançando os ovos na chapa em frente a ela quando os deslizou fora da gordura do bacon. Minha boca encheu de água enquanto ela colocou o prato na minha frente, mas eu cruzei os braços e me recusei a comer uma vez que eu percebi que ela não ia falar.


Ela suspirou e inclinou-se sobre os cotovelos, certificando-se de que só eu iria ouvir o que ela tinha a dizer. "Elas disseram a mesma coisa de sempre. Que eu ainda deveria estar na cadeia. Que matei quatro pessoas, duas delas estudantes universitários promissores. Eu não sei. A maior parte do que disseram não era tão ruim," ela admitiu. Eu levantei uma sobrancelha. "Não era tão ruim? O que você acha que Silas faria se ouvisse o que todo mundo estava dizendo?" Perguntei. Ela fez uma careta. "Silas não estava lá." "Sim, porque não dizem estas coisas quando ele está por perto. Porque sabem que ele vai lutar protegendo suas costas. Que é o que você deve começar a fazer. Você, minha amiga manipuladora, não deve ter nada além de rosas e pó de fada. Eu, por outro lado, mereço tudo o que me chamarem. Eu sou uma assassina. Mas isso não significa que eu vou deixá-los sentar lá e falar mal de mim enquanto eu estou bem aqui. O que eles fazem quando eu não estou lá é da sua própria conta e eu não me importo, mas por não se defender, você está basicamente dizendo que você merece esse comportamento. E você certamente não o merece," insisto. Ela mordeu os lábios entre os dentes. "Eu não sei como pará-los", sussurrou. A torrada apareceu, assustando nós duas, e eu escolhi continuar a falar enquanto ela servia Sterling com bacon e ovos. "Você tem que dizer-lhes para parar. E se eles não pararem você chama alguém que vai impedi-los," eu disse a ela insistentemente. Ela encolheu os ombros. "Tentei fazer isso uma vez e eles nunca desistiram." Cruzei os braços mais uma vez e disse: "Bem, eu vou lhe mostrar como deve ser feito quando eles chegarem a você. Vai ser muito divertido." Ela bufou. "Você está mentindo sobre ser divertido. Sei que você está fazendo isso pela bondade em seu coração."


Eu me inclinei, colocando metade de um ovo em minha boca no mesmo momento em que Sterling e Loki vieram da entrada. Engasguei, fazendo com que o ovo que eu coloquei na minha boca caísse na minha camisa. Completamente envergonhada, rapidamente limpo minha camisa com a toalha de mão ao meu lado, mas só serviu para espalhá-lo ainda mais. A gema amarela afundou no tecido poroso, fazendo uma mancha muito perceptível para todos verem. "Você errou sua boca", Sterling brincou enquanto se sentava ao meu lado. Eu me virei, fazendo-o rir quando fiz uma cara assustada. "Oi, Loki. Como você está?" Perguntei em voz baixa. Eu nunca sabia o que dizer para a ‘polícia’ da Dixie Wardens. Eu sinto como se eles soubessem que eu era uma pessoa ruim, e geralmente sentem a necessidade de ficar longe de mim. Então eu ajo tentando parecer uma pessoa distante. Não por que eu não gostaria de ficar e conhecer Loki, bem como o outro policial, Trance, mas porque eu estava tentando desesperadamente me proteger. Algo que algumas pessoas nem sempre fazem. Algo que eu nem sempre tinha feito. Mas todos esses anos gastos na prisão tinham me mudado. Tinham me dado um certo egoísmo. Porque, ao lado de Sawyer, eu tive que proteger minhas próprias costas naquele lugar. "Olá, Ruthie", disse Loki com sua voz profunda. Dei-lhe um sorriso tenso, e ele moveu aqueles olhos penetrantes para longe de mim e olhando para Sawyer. "Ei, Sawyer. Como você está querida?" Perguntou Loki.


Veja o que eu quero dizer? Totalmente melhor para ela do que ele era para mim! "Eu estou passando bem, Loki. Obrigado por perguntar. Você gostaria de alguns ovos?" Perguntou Sawyer. Eu quase engasguei com o meu café. Ela realmente vai me forçar a estar na presença de Loki mais do que eu apenas preciso para lidar com isso? "Absolutamente", disse Loki. "Amo alguns ovos." Fechei os olhos e empurrei os meus ovos ao redor no meu prato, sem fome. Não que eu odiasse policiais. Eu não odiava. É só que eu sentia como se eles me odiavam, o que era extremamente desconfortável. Especialmente quando estavam de pé ao lado do meu balcão da cozinha. Embora, o que o policial Shaw McCormick fez para mim foi bastante impressionante. Ele foi o único a me ajudar quando eu fui espancada até quase a morte e perdi a minha menina. Ele me segurou tão ternamente, chorou comigo horas mais tarde em meu quarto de hospital, quando descobrimos que eu tinha perdido Jade. Ele não faria isso, ele era um homem tão bom e pai, e eu acho que era um pouco ciumento com a sua esposa. Ele ainda era. Rubi Shaw era uma boa mulher, e ela merecia ter esse homem. Nós nos tornamos realmente bons amigos, e foi uma das poucas pessoas que estavam ao meu lado, junto com Lily, quando matei meu marido. Eu desliguei esses pensamentos antes que eles ficassem mais escuros. Especialmente porque, quando olhei para cima do meu prato, eu pude ver Loki e Sterling me estudando. "O quê?" Perguntei, dirigindo minha pergunta a Sterling. "Eu perguntei-lhe o que estava acontecendo com os seus vizinhos", disse Loki.


Eu estremeci, não só porque eu estava ignorando Loki, mas qualquer um. "Uhh," eu disse. "Alguns pequenos problemas no geral. Eles me deixaram algumas notas dizendo que meu carro estava em seu caminho e que eu deveria estacioná-lo na garagem, porque era difícil sair de sua própria entrada de automóveis." Minha calçada estava cheia de carros que pertenciam ao casal de quem eu estou alugando a casa. Isso tinha sido combinado ao alugar a casa deles. Na época, isso não tinha me preocupado, pois eu ainda não tinha um carro. Mas com o passar do tempo, eu tinha conseguido comprar um e desde então começou a se tornar um aborrecimento. Não por causa do carro na garagem, mas por causa dos vizinhos. Eu não era a única que estacionava na rua. Inferno, o vizinho ao lado tinha uma porra de um barco na frente da minha casa, mas eu não via nenhuma nota sobre isso. "O barco foi movido," Loki acenou com a cabeça. "Isso é ilegal, estacionar um barco na rua. É considerado um veículo recreativo. Você pode estacionar o que quiser no seu quintal, embora. É bom que ele tenha tirado ou eu o teria multado." Sério? Ele teria? "Tecnicamente, também é ilegal estacionar o seu carro na rua durante a noite, mas esse tipo de multa nunca é aplicada. Principalmente porque é algo que todo mundo faz. Nós teríamos que dar a cerca de metade da cidade uma multa todas as noites, se fosse esse o caso," Loki continuou. "E normalmente nós só aplicamos as multas quando o carro está impedindo o tráfego. E eu olhei quando entrei, você não está atrapalhando o fluxo de veículos." Eu continuei a encarar ele com a boca aberta. Uau!


Eu não esperava que ele ficasse do meu lado. "Sério?" Perguntei. "Então, por que ele deixou uma multa quando passou pelo meu carro esta manhã?" "Esse é o meu próximo passo. Mas, tecnicamente, ele poderia ter pensado que seu carro estava impedindo o tráfego ou alguma coisa", Loki deu de ombros. "É a critério do oficial." Maravilhoso. No entanto, seria outra coisa que eu teria que pagar. Eu teria que me mudar. Eu não podia continuar a viver aqui. Não poderia chamar a polícia sempre que acontecesse algo que eu não pudesse controlar. Maravilhoso. Apenas maravilhoso, porra.


Halligans e Handcuffs estava movimentada. Havia tantas pessoas se reunindo na área do bar que eu tinha quase certeza de que Ruthie ia enlouquecer. Eu a vi se movimentando, estudando suas características faciais para verificar como ela estava se saindo. Ela ainda estava chateada desde esta manhã, eu poderia dizer logo de cara. Embora ela sorrisse e agisse como se estivesse em seu estado normal, ela não estava bem em tudo... "Por que você não pergunta a ela?" Loki murmurou do meu lado. Virei no banco para olhar para ele. "O que faz você pensar que eu vou perguntar-lhe alguma coisa?" Indaguei curioso. Normalmente, eu era muito bom em esconder meus sentimentos, assim como o meu pai, pensei sombriamente. "Provavelmente não teria notado se não tivesse visto você e ela juntos no café da manhã. Vocês estiveram em seu pequeno mundo juntos, sem que Sawyer nem eu pudéssemos entrar. Aposto que se você perguntar a Sawyer, ela diria o mesmo", explicou Loki. Hmmm. Eu não sabia como me sentir sobre Loki sabendo, porque uma vez que ele estava sabendo, todos saberiam. Mas então eu considerei a pergunta.


Por que eu não poderia pedir-lhe para sair? Nada estava me parando. Eu gostava dela e eu tinha quase certeza de que ela gostava de mim. A única coisa que realmente estava no meu caminho agora era a minha incapacidade de perseguir os meus sonhos. Um problema que eu tinha desde que eu era um jovem garoto e minha mãe quebrou todos os meus sonhos. Eu já tive que me virar para sobreviver em uma porra de um posto do corpo de bombeiros. Sozinho e abandonado, e eu tive que fazer uma nova vida. E a nova vida que eu tinha feito não estava valendo a pena, às vezes. "Uh-oh. Estão chateando sua menina", disse Loki, tirando-me do meu pensamento da autopiedade. Meus olhos se concentraram em todo o local em busca da mulher em questão. Ela estava tentando puxar o braço do aperto de um homem. E eu vi vermelho. Eu realmente não sei como passei no meio da multidão de pessoas, mas em cerca de trinta segundos eu estava ao lado de Ruthie e empurrando o homem para longe dela. "Mantenha suas mãos fora dela." Eu rosnei ameaçadoramente. Os olhos do homem estalaram com fogo moderado. "Ela derramou uma cerveja em mim", ele rosnou. "Então você mostra a sua raiva colocando as mãos sobre ela?", perguntei em sua defesa. "Eu sou a vítima aqui, não ela! Eu só estava tentando empurrá-la para livrar-me dela!" O homem rugiu.


Meus olhos se estreitaram. "Confie em mim, filho, se ela tivesse as mãos em seu lixo, você saberia. E desde que eu não o ouvi gritar em êxtase, você obviamente não sentiu a coisa real ainda." Eu ouvi algumas risadas abafadas ao meu redor, mas o suspiro indignado de Ruthie tinha me feito querer rir. Eu mantive o meu olhar sobre o imbecil, embora. Olhando para mim, o homem levantou e dirigiu-se para a porta da frente, sabendo quando ele não era mais bem-vindo. "Obrigado", Ruthie murmurou e caminhou para a cozinha sem olhar para trás. Atraído pelo olhar de Loki, do outro lado da sala, vi ele me dar uma ligeira elevação do queixo na direção da cozinha e eu suspirei. Acenando para Sebastian quando passei pelo bar, eu entrei na cozinha para ver que estava vazia. "Ruthie?" Chamei. Nada. Meus olhos fizeram uma varredura do espaço vazio, e finalmente vi uma porta entreaberta na parede lateral da cozinha, onde ela saiu para o beco, e decidi segui-la. "Ruthie?" Chamei novamente quando saí. Eu ouvi o fungado antes mesmo de chegar à entrada do beco e meu coração se partiu. "Qual o problema?", perguntei quando vi que ela estava encurvada. "Eu estou tão cansada", ela sussurrou. "Por quê?" Perguntei aturdido. "Todo mundo aqui é tão malditamente 'perfeito’. Tudo o que eu estava fazendo era andar com uma cerveja na mão quando alguém me empurrou por trás. Eu juro, eu não entendo o que eu já fiz para eles. Eles não me conhecem", disse ela com a voz entrecortada. Meu coração se partiu.


Literalmente quebrou em um milhão de pedaços minúsculos por ela. Eu me abaixei até que pudesse ver seu rosto. E não parecia muito bom; ela não estava com uma aparência bonita. Seu rímel estava escorrendo pelo rosto enquanto as lágrimas escorriam de forma constante. Seu rosto estava manchado e seu peito estava corado vermelho e ficando mais vermelho a cada segundo. "Alguém empurrou você?" Eu perguntei tentando entender o que tinha acontecido. “Sim.” Ela assentiu com a cabeça. "Quando eu olhei em volta", disse ela, "eu não vi ninguém, no entanto." Meu rosto ficou duro feito pedra. "Vamos," eu disse, agarrando-a pela mão. "E-espere!", Ela gritou, mas eu a segurei forte ignorando seus protestos, puxando-a junto comigo. Voltamos para dentro a tempo de ver Silas e Sebastian passando pela porta da cozinha. "Eu preciso ver as gravações do bar," digo a eles. Ambos assentiram e seguimos para o escritório que Silas tinha fora da cozinha. Silas foi direto para o computador e Sebastian deu a volta parando em suas costas. "Que parte do bar?" Perguntou Silas, olhando para cima observando Ruthie. Ruthie soluçou e disse: "A seção dos fundos." Silas assentiu e voltou-se para o computador, digitando alguns números antes de dizer, "Lá." Sebastian se inclinou e apertou alguns botões, e logo as imagens começaram a aparecer na tela da TV que estava acima de nós.


Vimos quando Ruthie passou uma vez, duas vezes, e em seguida, em sua terceira passagem com dois copos de cerveja, uma mulher usando um vestido vermelho levantou-se da cadeira e empurrou Ruthie violentamente. O resto aconteceu como se estivesse em câmera lenta. Ruthie caiu para frente e a mulher sentou-se rindo. O homem teve a frente de sua calça e a virilha encharcada, e reflexivamente, levantou-se e agarrou Ruthie pela mão. Ruthie se desculpou, mas o homem continuou a gritar com ela. "Quem é essa mulher?" Eu falei, observando enquanto Silas rebobinava. "Eu não sei", disse ele. "Sebastian." Sebastian não respondeu, simplesmente saiu da sala sem dizer mais nada. "Ruthie", disse Silas. Envolvi meu braço em torno dela e puxei-a no meu lado enquanto ela ainda não olhava para cima. "Ruthie", eu disse suavemente. "Você não fez nada de errado." Ela finalmente olhou para mim e quando eu vi seus olhos se encheram de lágrimas, eu me apaixonei. Duro e profundo. Eu sabia desde a primeira vez que a conheci há meses atrás. Eu tinha acabado de chegar em casa, literalmente, vindo direto da base. Eu tinha chegado à entrada do clube, e me surpreendi como o inferno ao saber que havia uma festa de boas-vindas para mim. Foi grande, mas o destaque da noite foi Ruthie, com seu longo cabelo loiro morango e os olhos cinza escuro bonitos. Ela tinha esses belos lábios vermelhos convidativos que apenas pediam para serem beijados, e um par de seios que se encaixavam perfeitamente em minhas mãos.


A melhor coisa sobre ela, porém, foi a maneira como ela agiu. Em uma hora que eu estava lá, tinha ouvido falar tudo sobre Ruthie. Que ela esteve na prisão por matar seu marido. Mas foi quando a própria Ruthie me disse, vinte minutos depois de saber que ela realmente tinha matado seu ex, que me fez mais feliz. Ela não escondeu nada. E ela disse isso em um tom melancólico. Ruthie estar triste agora, no entanto, era novo. Ela sempre foi uma lutadora, desde que eu a tinha conhecido. Vê-la chorar não me fazia feliz, na verdade, isso me fez homicida. "Ruthie", Silas disse novamente. Ruthie finalmente olhou para ele. "Eu fracassei", disse Silas sem preâmbulos. Os olhos de Ruthie se arregalaram e eu sorri para os meus pés. "Você ouviu bem," eu sussurrei para ela sob a minha respiração. Ela apertou minha mão com força enquanto Silas continuou. "É o meu trabalho manter os meus funcionários seguros e eu não queria fazer isso com você. Sinto muito, Ruthie. Por favor, aceite o meu pedido de desculpas", Silas disse a ela. Ruthie não disse nada por um longo tempo, eu pensei que ela não falaria nada, mas, obviamente, quando as próximas palavras saíram de sua boca, percebi que ela estava apenas tentando organizar seus pensamentos. "Este é o meu dia a dia, Silas. Espero por isso... e aceito. O que eu não gosto, no entanto, é quando afeta as minhas gorjetas. E ultimamente isto tem acontecido muito. Aquela mulher ali", disse ela apontando para a tela. "É a mesma que disse para a mesa ao lado dela na semana passada, sobre o fato de que eu tinha matado o meu marido. Eles escreveram em um pedaço de papel dizendo que eu deveria ‘me entregar’


e deixaram a gorjeta sobre o papel. A minha pergunta para você, no entanto, é o que você quer que eu faça sobre isso? Eu não quero afetar o seu negócio. E eu sinto que está acontecendo." Silas sentou-se até que seus braços estavam cruzados sobre o peito. "O que faz você pensar que eu dou uma merda sobre o que todo mundo pensa? Trata-se de mim e dos meus, não eles e os deles. E você é minha… Porque você está com Sawyer. Isso é o fim de tudo. Se você precisar de alguma coisa, eu estou aqui. Sem perguntas, para não mencionar que eu confio em você. A honestidade é importante para mim, e você nunca me deu nada além da verdade." Ruthie fechou os olhos. "Obrigado", ela sussurrou. Silas se levantou e caminhou em torno de sua mesa, parando quando estava a alguns pés na frente dela. "Não pense que eu não percebo como você ainda protege a minha esposa. Algo que eu tenho visto em primeira mão várias vezes agora. Confie em mim quando digo que é o mínimo que posso fazer", Silas retumbou. Ruthie estava segurando meu braço, não que eu pensei que ela percebesse o que estava fazendo. Ela estava muito ocupada olhando para os olhos azul pálido de Silas. “Ela foi incomodada no supermercado hoje. O suficiente para assustá-la,” Ruthie sussurrou. Os olhos de Silas se estreitaram. "Aquela mulher com certeza não sabe me dizer uma merda quando se trata de sua segurança." Ruthie sorriu, o primeiro e verdadeiro sorriso que eu tinha visto toda a noite. "Se ela sentisse como se sua vida ou a vida de seu filho estivesse em perigo, ela diria a você. Mas se isso afeta apenas ela, você vai ter que arrancar dela antes que ela lhe diga de bom grado" Ruthie informou. Silas piscou. "Eu sei."


Em seguida, ele recuou, mas voltou quando uma mulher foi levada para a sala por Sebastian. Ele tinha um aperto em seu braço, logo abaixo da axila. Ele não estava tendo de forçá-la, mas no momento em que viu Silas e Ruthie, ela começou a voltar para sair. "Solte-me", ela ordenou, puxando seu braço sem sucesso. Ela era mais bonita do que era no vídeo. Cabelo castanho curto, adoráveis lábios e olhos castanhos. Mas por trás daqueles olhos, eu podia ver imediatamente que ela odiava Ruthie. Seu olhar acusador girava de Silas para Ruthie. "Você não pode me segurar aqui", insistiu a mulher, puxando seu braço novamente. "Você tem cinco segundos para me dizer por que você estava tentando intencionalmente machucar um dos meus funcionários, antes de me reportar à polícia e eles levá-la presa. E confie em mim, eu posso fixar merda em você, que vai fazer você desejar nunca ter sido uma vadia", Silas ordenou a ela. O aperto de Ruthie ficou doloroso quando as unhas começaram a cavar na pele debaixo do meu braço. "Essa é a garota cujo marido queria saber tudo sobre por que eu estava na prisão. Ela estava irritada que ele estava falando comigo", ela sussurrou. Os olhos de Silas olharam para Ruthie, mas além disso, externamente ele não mostrava que tinha ouvido o comentário de Ruthie. "Vamos," eu disse. Ruthie segurava na minha mão, agradecida. "Nós estamos indo decolar para a noite, chefe," eu digo a Silas. Silas assentiu, mas não tirou os olhos da mulher na minha frente. "Diga para o homem dela vir aqui quando você sair", ele ordenou.


Eu estremeci, sabendo aonde isso ia. Ruthie não perguntou o que estava acontecendo até que tínhamos chegado a entrada do bar. "O que está acontecendo?" Ela perguntou. Eu levantei um dedo para silenciá-la por um momento enquanto caminhamos até a mesa que o homem da mulher estava sentado, bebendo uma cerveja, como se ele não tivesse uma preocupação no mundo, enquanto sua mulher estava sendo questionada na sala ao lado. E eu sabia que ele tinha visto seu empurrão em Ruthie. Aconteceu diretamente na frente dele. Parei quando a mesa estava a menos de dez centímetros de mim e olhei para o homem até que ele ergueu a cabeça e olhou para mim. "O quê?" Ele perguntou, olhando-me de cima a baixo. Eu sorri. "Silas gostaria de vê-lo em seu escritório, por favor." Eu disse isso calmamente, mas o homem empalideceu. "Sabia que ela ia me causar problemas quando a vi fazer isso", ele resmungou, tomando sua cerveja e saindo sem outra palavra. O homem era motociclista. Barba longa, cabeça careca. Colete de couro e botas de motociclista. Três correntes penduradas de seu cinto conectando a carteira arredondada ao equipamento, fazendo-o tilintar enquanto ele caminhava diretamente ao escritório de Silas sem olhar para trás. Ruthie não disse uma palavra enquanto eu a conduzia para fora, nem mesmo para Sawyer que estava tentando pegar o seu olhar do outro lado da sala, para verificar se ela estava bem. Silas provavelmente a ameaçou fazendo-a ficar onde estava, caso contrário, ela teria vindo aqui, tentando obter todas as informações de Ruthie que ela pudesse.


Ajudou também que ela estava presa por Torren de um lado e Cleo do outro. Mais dois membros do The Dixie Wardens MC, que estavam sempre atentos e que eram leais a Silas e ao MC, assim como eu era. "Eu dirijo," Ruthie murmurou quando eu comecei a levá-la para a minha motocicleta. Eu ignorei e ela não protestou novamente. Em vez disso, ela apenas me seguiu até a moto, esperou por mim para montar e entregar-lhe o meu capacete, em seguida, montou diretamente atrás de mim sem dizer uma palavra. Quando ela colocou as mãos em volta do meu peito, todos os meus demônios que nunca paravam, se aquietaram silenciados. Eu não pensei sobre o que eu tinha que fazer amanhã ou o que tinha acontecido no bar. Não pensei sobre matar pessoas com a minha Glock, quando os via sair do nada. Nem surtei com o caminhão arrancando no semáforo aberto a vinte metros na nossa frente. Não, com os braços dela em volta de mim, tudo estava certo no meu mundo. Até que algum filho da puta em uma Toyota Corolla na cor marrom empoeirada parou ao meu lado, acelerando. Um flashback me atingiu, e eu já não estava dirigindo minha moto. Eu estava em uma batida em uma caminhonete com OD Green Parker3, o meu braço direito e companheiro de BUD/S de pós-graduação sentado ao meu lado. Olhei para Parker com um sorriso no meu rosto, mas fora da minha visão periférica, eu avistei um Corolla bege no espelho retrovisor, acelerando em nossa direção com toda a força que o pequeno pedaço de merda poderia reunir.

3

É um jogo jogado com lasers. Alvos Infravermelho-sensíveis são comumente usados por cada jogador e às vezes são integrados dentro da arena em que o jogo é jogado.


Em menos de um segundo eu decidi puxar o volante para a esquerda apenas a tempo do Corolla nos atingir. O impacto da explosão tinha me arremessado em uma sacudida caótica quando o volante da caminhonete escorregou da minha mão e foi arrancado do suporte, virando tão forte que toda a coluna de direção desintegrou diante de meus olhos. Olhei bem a tempo de ver Parker, em chamas, ser arremessado da caminhonete, enquanto o que restava do Corolla bateu na lateral. Fogo brilhou na frente dos meus olhos e a última coisa que ouvi foram os gritos de meu bom amigo sendo queimado. "Sterling!" Uma voz de mulher gritou no meu ouvido. Minha mente estava no presente de novo quando eu fiz um balanço de onde eu estava. Eu estava parado ao lado da estrada, a três pés de distância da minha moto e encarando o que eu imaginei que fosse a lanterna do Corolla. "Sterling?" Disse a mulher novamente. Meu olhar se voltou friamente para a mulher na minha moto, e eu olhei para ela por um longo momento antes de finalmente relaxar o suficiente para dizer: "Sinto muito, Ruthie." "Você está bem? Você parou tão rápido que eu pensei que você estava ferido", ela perguntou suavemente. Eu balancei a cabeça bruscamente. "Esse carro," Eu disse asperamente. "O marrom que começou a acelerar ao nosso lado. Isso me causou um flashback." Ela piscou, virando a cabeça um pouco para me estudar. "Isso poderia ter sido ruim", ela sussurrou. Eu balancei a cabeça bruscamente. "Sim, poderia ter sido", concordei. "Será que acontece com frequência?" Ela continuou.


Eu balancei minha cabeça. "Quase nunca. Foi só..." Eu balancei minha cabeça. "Cerca de um mês depois da minha última implantação, o homem que eu considerava como um dos meus melhores amigos no mundo, foi queimado até a morte por um Corolla explodindo bem próximo a nós. Ele parou próximo a nós como aquele fez apenas alguns segundos atrás. Eu ainda posso sentir o cheiro de sua pele quando começou a queimar." Bile subiu na minha garganta, mas as palavras de Ruthie pararam o ataque de pânico antes de começar. "Meu marido me bateu tanto que eu perdi nosso bebê na parte de trás do nosso Corolla", ela sussurrou. Assustei-me com suas palavras, virando para ela bruscamente. Todos os meus problemas foram embora, com o que ela tinha acabado de revelar. "Eu acho que os Corolla são de má sorte", engasgou. Faço um movimento para avançar, mas ela ergueu a mão para parar meu movimento. "Um dia eu vou lhe dizer mais, mas eu senti que precisava de algo pessoal de mim depois do que eu testemunhei", explicou ela. "Só não peça informações, a menos que eu lhe diga. Porque vai desencadear um ataque de pânico que vai superar o seu ataque de pânico." Eu ri. "Nós somos muito fodidos." Ela assentiu com a cabeça, concordando. "Eu sou. De cinquenta maneiras diferentes, e ainda têm duas ruas de sentido único e ruas laterais, e loucas garagens subterrâneas para acrescentar à confusão", ela se expandiu. Eu bufo. "Talvez um dia possamos comparar. Eu não tenho certeza que você poderia lidar com o meu passado, apesar de tudo." Ela me deu um olhar ofendido.


"Eu posso lidar com praticamente qualquer coisa. Confie em mim. Mesmo os homens alfa como você, que pensam que sabem mais sobre o que eu quero do que eu," ela atirou de volta. Eu pisquei para ela. "Atingi um nervo?" Perguntei, sorrindo por dentro e tentando o meu melhor para não rir e fazê-la pensar que eu não tinha um coração. Ela encolheu os ombros. "Passei oito anos tentando falar bem dos guardas. Confie em mim, você é um pedaço de bolo." Desta vez eu realmente ri, incapaz de segurar a minha fachada de indiferença. "Você não pode me segurar." Ela levantou uma sobrancelha. "Eu não posso?", ela desafiou. Cruzei os braços e não recuei quando um reboque passou por nós em uma corrente de ar e barulhos. Ela, por outro lado, se encolheu, jogando a mão para cobrir seu coração galopante. "Sim, eu posso lidar com qualquer coisa que você tem", ela concordou. "E como você se propõe a fazer isso?" Perguntei. Ela encolheu os ombros. "Eu não sei." "Isto é algo que você pode me mostrar enquanto nós jogamos uma partida de minigolfe... ou laser tag¹?" Perguntei. Fiquei feliz agora. Muito feliz. Esta conversa que estávamos tendo era como preliminares verbais. E eu gostei. Muito. "Eu não jogo minigolfe", disse ela. "Eu sou mais de comer um cachorro-quente como em um encontro de meninas. Ou assistir um monstruoso rali de caminhão." "Estes soam como um encontro... não desafios entre você e eu."


Ela sorriu. "Eu tenho certeza que podemos encontrar algo para desafiar sua mente, se você precisa realmente disso." Eu sorri. "OK. Que tal daqui a dois dias? Sexta-feira às sete." Ela encolheu os ombros, agindo como se não fizesse diferença para ela o que eu escolhi. "OK." "Então... Isso é como um encontro?", perguntei, sorrindo. Ela deu um tapinha no assento da motocicleta na minha frente. "Os encontros são para os adolescentes", ela respondeu. Eu balancei a cabeça. "E o que você chama quando os adultos vão a encontros?" Ela sorriu. "Relações sexuais.”


Eu estava pronta para o nosso encontro, a sensação de borboletas em meu estômago como abelhas pulando em sua colmeia. Completamente perturbada. Minhas mãos ficaram agitadas. Meus pés estavam saltando, tornando o processo de colocar rímel bastante difícil. Uma vez feito, alisei minhas mãos pelos meus lados, examinando minha aparência. "Joias!" Exclamei, quase como se eu tivesse resolvido o problema da fome no mundo. Fechei os olhos e sufoquei um grito animado enquanto encaixava o brinco em minha orelha, terminando os toques finais da minha preparação. Eu me estudei no espelho. Eu estava usando o par de jeans mais apertado que possuía, o que significava que eu provavelmente não poderia sentar-me, mas não me importa.


Eu não podia acreditar que estava realmente acontecendo um encontro com ele. Isso ia contra todas as proteções que eu tinha arraigado em mim mesma. Não se coloque lá, e você não vai se machucar. Esse tinha sido meu lema desde o dia em que fui condenada. Eu sorri para mim, inclinando-me para verificar os meus dentes. Finalmente feliz com minha aparência, eu saí do quarto rigidamente, repensando sobre a coisa da calça apertada. Mas eu decido mantê-la. Gostei da maneira como minha bunda parecia nela, e eu pensei que ele gostaria também. Isso é, se ele tivesse aparecido. Duas horas mais tarde e ainda não havia nada de Sterling. Resignada eu esperei por mais duas horas antes de perceber que ele não estava vindo, e quando eu finalmente fiz, algo dentro de mim, a felicidade única que experimentei durante todo o dia, morreu. A velha Ruthie não existia mais. Em seu lugar estava uma cadela amarga que sabia que não deveria confiar em ninguém. Não deveria ter me surpreendido que um homem assim não estivesse interessado em uma mulher como eu. Fechei os olhos e levei minhas mãos para meus brincos, os únicos que eu tinha mantido, que valiam algo para mim. Uma vez que ambos estavam fora, eu andei até o quintal e joguei-os às pressas na grama. Fodam-se os brincos. Foda-se a minha vida. Foda-se tudo. Eu não me importava mais.


Porque me importar? Porque eu era apenas um pedaço inútil de merda como ele sempre me acusou de ser. O ser mais baixo dos baixos. Fechei os olhos, deixei-me cair de joelhos na varanda de trás, e chorei.

"Vamos lá, vamos lá," rosnei enquanto chamava Ruthie mais uma vez. "Merda!" Gritei, chamando a atenção para mim do meu companheiro de equipe, tirando ele de seus próprios pensamentos. "Que porra é essa?" Beacon, especialista em armas da nossa equipe, disse. "Eu não vou poder levá-la ao encontro. Você percebe o que vai acontecer? Ela nunca vai querer me ver na sua frente novamente. Droga. Fodedor de mães, pedaço de merda!" Eu fervi, apertando a discagem do seu número em meu telefone mais uma vez. Mais uma vez, eu ouço mais sete sons de chamada antes que a ligação caia na caixa de mensagens e uma mulher dizendo, 'Você acessou a caixa de correio de voz de 9-0-3-7-7-7...’ "Filho da puta", rosnei, desligando antes de terminar de ouvir a gravação. "Filho da puta!"


Quando eu fui chamar Silas, o sinal no avião se acendeu indicando que todos os dispositivos de telefone celular deveriam ser desligados, e eu percebi que meu tempo tinha acabado. Droga! Parece que esta foi a minha palavra preferida para hoje, bem como vários outros palavrões. Eu fui chamado há menos de uma hora atrás para uma missão que era ‘fundamental’ para a segurança nacional. Sete horas antes do meu encontro com Ruthie. Eu tinha me esquecido totalmente dela na minha pressa para embalar minhas coisas e chegar à base. E por que não tinha me ocorrido em minhas seis horas de condução para a base que eu tinha uma porra de encontro hoje, eu não sei, mas eu esqueci. E agora eu estava regiamente fodido. Na bunda. Com um atiçador de fogo. A porra de um quente atiçador de fogo. "Foda-se!" Rosnei. "Cara, aprenda uma nova palavra," Outro colega de equipe, Ruben, rosnou. Eu olhei para ele. "Foda-se", rosnei, empurrando meu telefone inútil em minha mochila e fechando-a. Há uma hora, eu e os meus sete companheiros de equipe, Parker, Ruben, Beacon, Chace, Donnie, Ellis e Estes, fomos enviados para o Oriente Médio, Irã, para ser mais específico. Ainda não haviam nos explicado as especificações da missão, só nos foi ordenado que teríamos que ‘obter o nosso traseiro dentro de um avião’, e foi isso. Eu não tinha percebido que não seria uma ‘missão prática’, o que reduziu a quantidade de tempo levando-nos para a base e prepararmos,


até que a nossa CO (companhia) fosse introduzida na parte de trás da uma porra de avião. "Alguém mijou em seus flocos de milho," Donnie disse levemente. Virei meu olhar para ele, mas o homem não vacilou, o que não era surpreendente. Ele era um fodão assassino frio. Então, novamente, todos nós éramos. Isso foi o que o Tio Sam nos treinou para sermos. "Alguém sabe o que nós estamos indo fazer?" Perguntou Donnie, desviando o olhar da minha cara feia com um sorriso. Não foi ninguém da nossa CO que respondeu como eu pensava que seria. Foi o homem que eu tinha visto com o uniforme de piloto que respondeu à pergunta que todos nós queríamos saber. Normalmente, em uma circunstância quando éramos chamados assim, sabíamos de antemão o que estava na agenda. Desta vez, porém, não tínhamos nenhuma pista. E eu soube o porquê momentos depois. "A ex-mulher do presidente da Câmara estava visitando uma base do exército quando foi capturada." Nos disse o homem na nossa frente. Eu pisquei surpreso. Por que diabos ele não estava pilotando o avião, porra? "Este é o presidente da Câmara," Donnie sussurrou ao meu lado. Foi então que eu percebi onde o tinha visto. Na TV na noite anterior, o presidente da Câmara falou que sua exmulher grávida estava desaparecida. Ele disse que, até aquele momento, nada estava sendo feito para trazê-la para casa, e implorou por sua vida. E com a gente agora, em um avião indo até o local onde ela foi capturada, presumi que agora algo estava sendo feito.


Deve ser bom ter esse tipo de poder, pensei sombriamente. Não que eu estivesse opondo-me a salvar a vida de uma americana grávida, o que me incomodava era que não houve nenhum planejamento diante do que tinha ocorrido. Fomos jogados todos juntos muito rapidamente, e nós deveríamos ter um plano traçado, e não irmos despreparados. Porque era assim que as pessoas se fodiam e morriam, era por idiotas como este que tinham tanto poder e muito dinheiro. Chace foi o único a fazer a pergunta que eu sabia que todos queriam fazer. Chace era o que eu gostava de chamar de franco. Ele dizia o que estava em sua mente e não dava a mínima para quem se ofendesse no processo. "E por que é que vamos entrar sem qualquer conhecimento do que está acontecendo? Por que apressar isso quando este ainda é um país hostil? Vale a pena? São seis vidas que podem ser mortas antes mesmo de chegar lá." Chace perguntou. O homem, Jason Reid, virou-se para Chace e estreitou os olhos. "O seu trabalho Marine, é seguir ordens," Reid rosnou. Chace estreitou os olhos e se levantou, aproximando-se do homem. Ele parou antes que ele pudesse levantar seu rosto. "Eu sou um SEAL, porra, não um maldito Marine. E talvez você devesse fazer isso direito antes de enviar-nos para algum lugar onde não vamos voltar com vida... a menos que não seja a sua principal prioridade aqui", Chace assobiou. Olhei ao redor do avião de transporte que estávamos voando atualmente, e me perguntei se poderíamos suportar o furacão Chace. Eu decidi que deveria segurá-lo, se formos capazes de deixar o fuzil de Chace longe dele.


O silêncio continuou por tanto tempo que você poderia praticamente cortar o ar cheio de testosterona em torno de nós com a porra de uma faca. "Tudo o que vocês têm a fazer é encontrar minha ex-mulher, tirá-la de lá, e nós vamos voltar para casa. Ela está em um hotel com um homem chamado Yamir Drakmar. Ela foi levada no momento em que saiu do avião. Ele não tem homens no hotel e, tanto quanto nós podemos dizer, ela foi para encontrá-lo lá. No entanto, minha ex-mulher me mandou uma foto do homem no momento em que tocou o solo apenas para estar segura e eu coloquei o meu conselheiro mais próximo executando o retrato através do software de reconhecimento facial. E ele é procurado em mais de quinze países e está em nossa lista de terroristas mais procurados por uma ameaça de bomba no aeroporto de Seattle em novembro de 2007." Eu deveria saber que esta missão não seria como as outras. Deveria saber que não seria tão fácil. Deveria saber que nós todos morreríamos.


TRÊS SEMANAS O SEAL Team Onze está desaparecido há três semanas agora, sem nenhum corpo ou exigências do Irã. A partir do que ficamos sabendo, a negociação para resgatar a exesposa do presidente da câmara, Darynda Reid, não foi bem sucedida.

Fechei os olhos ao ouvir a palavra SEAL Team Onze da boca do repórter da CNN. Como eu sabia que era a equipe de Sterling? Eu não sabia. Eu não tive nenhuma confirmação. Foi só um palpite. Porque depois que eu superei minha festa da autopiedade, eu sabia que ele não teria me deixado a menos que tivesse absoluta necessidade. Eu também sabia, por meio de Sawyer, que tinha perguntado a seu marido, que Sterling não tinha sido visto no clube, ou em qualquer lugar. E ele não teria parado de sair com Cormac e Garrison, nem teria deixado de ir ao clube. O que significava que ele não me deixou.


Mas eu não estava feliz em ouvir isso, porque significava que eu estava sabendo apenas o que eu estava ouvindo da estúpida boca da repórter loira, e vendo os destroços de onde algum motel de baixa qualidade costumava ser.

‘Nomes não foram divulgados ainda pelo Pentágono, mas esperamos que seja apenas uma questão de tempo antes que o presidente convoque uma conferência de imprensa para divulgar a informação sobre os oito homens da equipe.’

"Oh, não", eu gemi. "Ah não." Mais tarde naquela noite eu estupidamente enviei uma mensagem de texto. Foi curta e doce, mas retransmitia cada emoção que sentia.

Ruthie: Você me deve um encontro, ou o que você disse foi tudo uma brincadeira?

Não houve resposta.

TRÊS SEMANAS DEPOIS O Pentágono ainda se recusa a dar os nomes da SEAL Team Onze. Eles ainda estão convencidos da segurança desta equipe, apesar de toda a evidência mostrar o contrário. Eu estava me torturando por assistir a CNN por seis semanas. Quando eu não estava trabalhando no bar, o noticiário estava ligado.


Dane odiava ver-me assistindo as notícias, mas quando eu reagi de forma escandalosa quando ele tentou mudar da primeira vez, ele parou de reclamar ou tentar. Eu não poderia realmente dizer o porquê eu estava assistindo ao noticiário. Na maioria das vezes eles nem sequer cobriam o desaparecimento do SEAL Team Onze. À medida que as semanas passavam, lentamente, novas notícias começaram a encobrir as antigas. Agora eles estavam falando a mesma história de um homem que tentou matar sua esposa, várias vezes. Eles estavam dissecando seus motivos, bem como sua vida passada. À noite, porém, quando o meu repórter favorito vinha, era quando eu recebia a informação real. Parecia que o anfitrião e repórter do programa, Gordon Matthews, se preocupava com seu país e aqueles que o protegiam. Ele, claro, tocou os outros temas da atualidade, mas a maioria do seu tempo foi gasto com o que estava acontecendo com nossas tropas no outro lado do mundo.

‘Gordon, o que você acha do raciocínio da Casa Branca por trás de sua recusa em dar qualquer nome dos homens que estão desaparecidos?’ Uma mulher na tela perguntou a ele.

Eu congelei na cozinha do Halligans e Handcuffs, onde às vezes eu escapava para que pudesse ver se nada de novo tinha acontecido entre os meus turnos, e olhei para a TV de tela plana pendurada na parede.

‘Ser um SEAL é uma tremenda realização. No entanto, eles colocaram um monte de tempo e esforço para se tornar um SEAL, e manter seu status como um SEAL. O sigilo de sua identidade é a sua proteção. Eles contam


com suas identidades sendo mantidas em segredo, enquanto eles estão lá. E se eles estão vivos, e suas imagens são espalhadas sobre cada tela de TV no mundo? Se eles estão tendo cobertura esperando o fogo parar para ver o seu rosto na tela da TV, como eles supostamente vão se proteger? Eles vão ser patos em um país que ainda não confia em nós e ninguém para protegê-los ou ter suas costas. Confie em mim quando digo que o que eles estão fazendo é se proteger, bem como os soldados que protegem este país por não dar os nomes.’

Eu sorrio para a tela. Tinha sido exatamente o que eu estava pensando, e ele disse isso eloquentemente. "Ele está bem", a voz profunda de Silas retumbou do meu lado. Eu me virei; coração batendo um milhão de milhas por hora. "Como você sabe?" Engoli em seco. Ele piscou. "Esse menino tem malandragem que você não iria acreditar. Conheci-o quando ele tinha dezoito anos e pensou que eu era um ladrão e estava tentando roubar o seu jantar. Confie em mim quando digo que ele está vivo. Eles não iriam querer ganhar tempo, se eles não tivessem a certeza que era o melhor a fazer." Voltei ao trabalho, mas as palavras de Silas ficaram na minha mente. Ele só tinha que estar bem. Eu nunca tinha me preocupado com ninguém antes, muito menos alguém que significava algo para mim. E eu estava com medo de admitir isso, mas pelo tempo em que ele se foi, mais eu percebia o quão ligada a ele eu havia ficado.


TRÊS SEMANAS DEPOIS Mordi minhas unhas até a cutícula. Mais uma vez. Lá estava eu, numa noite de sábado, mordendo minhas unhas e comendo um pote de sorvete enquanto ficava colada à notícia. Acreditava que a SEAL Team Onze estava viva.

‘Uma equipe com oito membros foi vista deixando a embaixada da Arábia Saudita. Nenhuma de suas identidades pôde ser confirmada, mas acredita-se que esta é a equipe que desapareceu há dois meses, depois de uma missão fracassada. Nada foi provado ainda, mas a Fox News vai apurar esta nova revelação que foi feita em cima da hora.’

Será que é ele? Eles pareciam muito menores do que eu pensava que Sterling deve parecer, mas se ele estava escondido por nove semanas, fazia sentido. Meu telefone toca ao meu lado, e antes de olhar para ele, pego uma monstruosa porção de sorvete na minha colher que caberia em duas bocas em vez de uma, e puxo o telefone para ler a mensagem.

Kraken: Não foi tudo para o show. Venha aqui fora.

Minhas sobrancelhas ficam franzidas. Kraken? Que porra é essa, e o que diabos foi isso? Eu nunca tinha programado um ‘Kraken’ no meu telefone.


Mas, como a heroína de filme mudo que sempre morre nos filmes de terror, eu andei para fora com a minha colher grande na mão, ainda segurando meu sorvete. Pensando que eu estava sendo inteligente, abri a porta de trás e lentamente deslizei para a noite. Estava chovendo, como sempre esteve por aqui. Parecia que eu tinha me mudado para Seattle, com toda a chuva que estávamos recebendo. Felizmente, a casa foi equipada com um alpendre coberto, mesmo que precisasse de reparo em alguns lugares. Eu sabia como evitar esses lugares, apesar de tudo. E, aparentemente, assim como o homem que sorrateiramente veio por trás de mim e me puxou para um quente, forte e extremamente duro corpo. O som estridente de metal anunciou a colher batendo no chão. "Tentando me surpreender?" Perguntou o homem. Meu coração estava batendo rápido, mas não porque eu estava com medo. Não mais, mas sim porque eu não queria acreditar que era ele, porra! "Sterling!" Eu gritei, virando em seus braços até que eu tive os meus braços em volta do seu pescoço. Ele permitiu, é claro, mas eu não percebi quando eu o abracei apertado. "Você está bem!" Eu chorei. "Mmmmhmm", ele cantarola. "Ah... ok." Eu me inclinei para trás até que minhas mãos estavam pressionadas em ambos os lados do seu rosto, meus dedos passando em sua barba que tinha crescido bastante desde que o vira pela última vez.


Seu cabelo também, pelo que eu poderia dizer através das fracas luzes de emergência que tinham acendido no momento em que eu tinha passado pela porta. Eu perguntaria a ele mais tarde, como ele conseguiu passar e não acendê-las. "Você perdeu o nosso encontro!" Foi a próxima coisa que saiu da minha boca. Ele sorriu. "Sim eu perdi. Eu vou ter que compensar você por isso." Senti sua resposta profundamente dentro de mim quando comecei a perceber o quão perto nossos corpos estavam. Seus braços circulavam firmemente em torno de mim, levantandome do chão com uma facilidade impressionante. Um braço estava sob a minha bunda, e o outro estava na parte inferior das minhas costas. Minha virilha estava pressionada em sua barriga dura, e eu podia sentir o contorno distinto do que eu imaginei ser o seu pau, ou, eventualmente, um bastão de algum tipo, o que eu duvidava, pressionando contra as minhas coxas. E sim, eu quis dizer coxas. Tudo começou nas extremidades e percorreu por todo o caminho, fazendo-me engolir em seco. "C-como é que você vai me compensar?" Eu murmurei, lambendo meus lábios. Ele sorriu, e de repente a luz de segurança piscou e apagou, nos mergulhando na escuridão mais uma vez. Um trovão ressoou em torno de nós enquanto a chuva caía em grossas camadas, nos rodeando em um mundo que existia apenas ele e eu, a nossa respiração, e meu corpo pressionado contra o seu. Ele se moveu rapidamente, prendendo-me para que eu ficasse com minhas costas pressionadas contra a lateral da casa.


Engoli em seco, instintivamente abrindo minhas pernas para lhe permitir mover-se entre elas. Ele pegou o convite, pressionando ainda mais em mim, e provando de uma vez por todas que o que eu tinha anteriormente chamado de um bastão era de fato uma parte dele. Uma parte muito quente, muito dura e gostosa dele. "O que..." Eu lambi meus lábios e tentei novamente. "O que você está fazendo?" Ele pressionou mais peso em cima de mim, me levantando um pouco mais alto, então eu não estava contra o lugar feliz, não mais. "Eu não sei." Sua cabeça caiu para frente até que ele estava descansando em minha clavícula, e eu sabia que ele realmente não sabia. E ele não estava bem. Eu coloquei minha mão sobre os seus ombros, movendo-as sobre seu pescoço até que as descansei em suas bochechas. "Sterling?" Perguntei. Ele inclinou a cabeça para trás, e o movimento de alguma forma foi detectado pela luz de emergência, acendendo-as mais uma vez. E a luz exibia a verdadeira dor no rosto de Sterling. "Você está bem?" Eu sussurrei. "Eu não deveria estar aqui", ele fez uma careta e começou a me deixar ir, mas eu sabia que se ele me soltasse, ele iria embora. E eu realmente não queria que ele saísse. Fiquei feliz que ele veio. Feliz que minha casa tinha sido um dos primeiros lugares que ele veio assim que ele tinha voltado. Eu passei meus braços em volta do seu pescoço, afundei minha boca na dele, e dei um beijo em seus lábios. Ele estava quieto, de repente fez um movimento e eu estava sendo despida de minhas calças grosseiramente.


"Sterling," Eu engasguei, mas eu não poderia fazê-lo parar. Não era um suspiro de desaprovação, mas um suspiro sincero de surpresa com o movimento. E de nenhuma maneira, foi uma negação do que eu sabia que ele estava prestes a fazer. E eu nunca quis nada mais na minha vida. Seu pau duro de repente estava na minha entrada, e ele afundou lentamente dentro de mim, deliciosamente lento. Levou um tempo para que eu pudesse reunir fôlego para encher meus pulmões. Eu não poderia dizer se era devido ao fato de que ele era grande, ou ao fato de que eu estava apenas enferrujada no sexo, mas eu senti como se estivesse me dividido em duas. Ele nem sequer me deixou reclamar, só começou a me foder com golpes duros, poderosos. No início foi um pouco doloroso, mas o desespero em suas investidas, bem como a necessidade dentro de mim, juntamente com o entusiasmo por ele estar aqui vivo e em meus braços, fez um prazer lento começar a queimar e construir no meu núcleo. Eu sabia que ele deveria estar usando um preservativo. Que estava tudo bem, por um lado, afinal eu estava tomando a pílula. Nós apenas não tínhamos discutido sobre isso ainda. Mas eu sabia que ele estava saudável assim como eu estava. Eu também sabia que se ele tivesse puxado para fora naquele momento, eu poderia ficar fisicamente violenta. Sorte para ele que não parou, ao contrário, seus movimentos aceleraram ainda mais quando sentiu que minha boceta começava a pulsar em torno dele, sinalizando o meu orgasmo iminente. "Sterling," Eu gemia alto. "Oh, meu... porra... oh, Deus!" Sua boca foi para a parte exposta da minha garganta, e ele chupou.


Forte. Eu nunca tinha tido um chupão antes, mas eu sabia que eu iria ter desta vez. E eu não me importava. De forma nenhuma. Sterling mudou seus quadris, e estendeu a mão até que ambos os braços estavam segurando minhas pernas para cima. Ele plantou suas mãos na parede atrás de mim, e de repente a única coisa me tocando era o seu antebraço segurando atrás dos meus joelhos, e seu pau me estocando. E quando eu olhei para baixo, a luz de segurança destacava somente fragmentos de nossos corpos quando nos unimos em um só. E eu gozei. Meu mundo se despedaçou com um grande estrondo, fazendo com que o ar em torno de nós tremesse. Logicamente eu sabia que era um trovão, mas naquele momento, eu não podia dar menos que uma foda-se para o tempo. Minha mente estava tão focada no presente... Com ele aqui... Que eu não poderia separar as duas coisas, nem se eu tentasse. Ele me viu gozar, e meus olhos ficaram fixos no seu. "Sterling," eu engasguei seu nome, e ele finalmente gozou. Ele veio duro dentro da minha boceta apertada, profundamente e eu sabia que estaria sentindo-o lá por dias.

batendo

Ambos estávamos ofegantes com a tempestade cada vez mais forte ao nosso redor, a chuva fria batia nas minhas pernas nuas e minha calça estava no chão onde Sterling tinha jogado, o que significava que o seu traseiro certamente ficaria molhado também, desde que eu podia ver agora que suas calças estavam em torno de seus tornozelos. O flash de um raio clareou em torno de nós e eu vi a necessidade, bem como a dor, ainda no fundo de seus olhos. "Você quer entrar?" Perguntei-lhe suavemente.


Ele assentiu, mas não disse nada, apenas caiu de joelhos me levando junto, seu pênis ainda enterrado dentro de mim, que não tinha amolecido nem um único centímetro desde que ele gozou. Na verdade, ele ainda estava pulsando duro dentro de mim em sintonia com a batida do seu coração. A nova posição, com as pernas para baixo, deixou seu pau duro descansar deliciosamente contra o meu clitóris, e a cada batida de seu coração, a pulsação do seu pau me tinha quase apertando em antecipação. "Eu preciso de você de novo", ele sussurrou asperamente. Eu balancei a cabeça. "Ok." Desta vez foi mais lento. Muito mais lento. Ele puxou e me inclinou no corrimão da minha varanda. Eu tinha um pensamento irracional, que era excitante que estávamos fazendo isso em um lugar público. Mas, na realidade, eu sabia que ninguém podia nos ver. Não da forma como a chuva caía. O vento soprava, me pulverizando com uma leve névoa no rosto quando Sterling afundou de volta dentro de mim. Eu gemi e joguei a cabeça para trás, fechando os olhos de novo quando ele começou a empurrar lentamente em mim, antes de começar a empurrar para dentro e para fora. Agarrei no corrimão de madeira com os punhos apertados, como se estivesse segurando sua preciosa vida, enquanto ele me dava tudo o que tinha para dar. Eu não sei por quanto tempo isso continuou. Minutos. Horas. Inferno, eu não sabia e eu realmente não me importava.


Tudo que eu soube então, era que ele estava comigo e eu estava com ele. E quando eu gozei, longos minutos mais tarde, puxando-o comigo ao longo do caminho, eu nunca tinha sentido nada tão certo. "Eu ouvi algo perturbador hoje, enquanto falava com Silas e Sawyer. E eu queria me certificar de que falei com você sobre isso para ter certeza que você não me odeia. Apesar de que eu pretendia falar com você sobre isso antes de eu... você sabe..." Sterling disse mais tarde naquela noite. Minha cabeça estava apoiada em seu peito e seus dedos estavam mexendo em meu cabelo. "Há quanto tempo você está de volta?" Perguntei em voz baixa. Ele respondeu instantaneamente. "Ontem à noite em torno de onze horas", respondeu. "Mas ninguém me viu ainda. Eu só fui para a casa de Silas para pegar minha chave reserva. A minha se... perdeu. Que foi onde eu os ouvi falar sobre as coisas que aconteceram com você enquanto estava na prisão." Ele girou meu cabelo em torno de seu dedo, brincando com ele, me fazendo quase ronronar. Eu amei ter o meu cabelo sendo mexido assim. Nós tínhamos acabado de ter o terceiro tempo do melhor sexo que já tive na minha vida e eu estava bastante certa que minhas pernas não estariam me segurando em algum momento em breve. "Eu nunca fui estuprada, apesar de Sawyer pensar de outra maneira," disse a ele com um suspiro. "Eles pensavam que eu tinha algumas doenças suspeitas. Eu fui levada e fizeram parecer que eu tinha sido estuprada, assustando assim as outras mulheres. Eu nunca disse a ninguém que era mentira. Talvez eu devesse ter falado... Mas me manteve segura. Manteve Sawyer segura." Eu quase podia ouvir sua mente acelerando, querendo saber se eu realmente tinha algumas ‘doenças suspeitas' ou não. "Eu não tenho nenhuma," disse instantaneamente. "Eles me verificavam quase todos os meses, e eu fiz os meus próprios testes no


momento em que saí daquele lugar. E eu não tive relações sexuais com qualquer pessoa a mais de dez anos." "É bom saber disso, querida. Embora esta não fosse a questão que estava em minha mente," disse. Seu peito agitou com cada palavra e minha mão livre que não estava apoiando minha cabeça começou a correr através dos pelos em seu peito, provocando, até o emaranhado de cabelo em torno de sua virilha. "Então o que foi?" Perguntei em voz baixa. Seu pênis começou a se agitar quando as minhas mãos brincaram com os pelos, mas ele não fez nada sobre isso, deixando-me brincar com ele enquanto falava. "A questão em minha mente é saber se eles ainda tentavam. E quantas vezes eles tentaram antes de você ter que contar uma mentira terrível assim para não ser estuprada", murmurou. Eu estremeci. Minha mente tinha ido automaticamente para o pior cenário possível, que ele poderia estar pensando. Eu deveria saber que ele nunca pensaria mal de mim. “Eles tentaram, os guardas pensavam que estávamos presas lá para o prazer deles, pelo menos alguns deles. Eles tentaram com Sawyer também, mas nós duas estávamos presas juntas e encontrei uma maneira de fazer funcionar. Eu não posso dizer que foi uma diversão passar oito anos lá, mas foi definitivamente suportável," eu disse a ele. "Isto poderia ter sido muito pior." Ele não disse nada sobre isso. E imaginei que ele não estava muito feliz com essa admissão. "Se eles não estivessem todos na cadeia, eu iria matá-los", disse asperamente. Eu sabia que ele faria isso. Sterling era ‘protetor’.


Ele queria ter certeza que todos estavam recebendo cuidados antes de si mesmo. Algo que eu tinha testemunhado algumas vezes desde que eu tinha sido libertada da prisão. "Eles estão na cadeia... e Silas matou aquele que era o líder," estremeci. Eu tinha visto as fotos, porque tinha pedido a Silas para mostrá-las para mim. Eu queria ter certeza que ele estava morto, estava cansada de viver a minha vida com medo, toda a minha existência foi gasta com perguntas. Minha vida inteira foi baseada em algumas questões, mesmo antes da prisão. Eu seria capaz de comer hoje? Eu iria encontrar uma casa para viver? Será que eu conseguiria ser graduada na faculdade? Será que eu estaria viva quando eu tivesse vinte e dois? Será que Bender machucaria o nosso filho? Como eu iria ficar longe dele, se ele nos machucasse? Então eu tinha ido para a cadeia, acusada de matar o meu marido; não para a minha proteção, mas por vingança. E tinham acabado as perguntas. E aí surgiram outras perguntas. Só que elas foram ficando cada vez piores. Então eu saí... E eu conheci Silas... E Sterling. E eu percebi que talvez, apenas talvez, a vida não seria tão ruim. Então Sterling desapareceu e eu fiquei pensando sobre um homem que eu não tinha qualquer apego além de algumas ligações emocionais.


As ligações que me mantiveram em cativeiro, enquanto eu esperei nove semanas para ele chegar em casa... Para ouvir que ele ainda estava vivo. E ele finalmente estava aqui. "O que aconteceu lá?" Eu perguntei suavemente. Ele balançou sua cabeça. "Eu realmente não posso falar sobre isso." "Você pode me dizer alguma coisa?" Perguntei. "Um pouco", respondeu, sentando-se contra a minha cabeceira. Minha mão que estava brincando com os pelos da sua barriga caiu, e ele puxou o lençol até que estava descansando levemente em ambas as pernas, cobrindo a sua mercadoria. Seus olhos olharam fixamente para frente quando disse, "Você sabe que eu sou um membro ativo da SEAL Team Onze, certo?" Eu balancei a cabeça. "Eu deduzi." "Sim, o país inteiro vai saber sobre a equipe SEAL agora que estamos em casa. Mas fomos chamados para realizar uma missão que não foi bem planejada, no mínimo, e nós quase morremos por causa dela", explicou. "Será que toda a sua equipe sobreviveu?" Perguntei. Ele assentiu. "Sim, não com qualquer ajuda do Tio Sam, apesar de tudo. Tivemos de fazer tudo por conta própria, cruzando dois países antes de sermos capazes de sair com segurança", respondeu. "Uau", eu sussurrei. "Você se machucou?" Eu sabia que ele estava ferido. Eu poderia dizer onde, porque ele não conseguia esconder ao estremecer cada vez que eu pressionava o seu ombro direito. Eu ainda tinha que ver suas costas, mas eu sabia que ele tinha algum tipo de... Alguma coisa... Lá.


Senti algo na parte de trás do ombro direito, mas no momento em que comecei a voltar-me para olhar para ele, ele me distraiu com três rodadas. Tinha sido uma distração completa, realmente. Agora, porém, eu não seria tão facilmente dissuadida. "E agora?" Perguntei suavemente, sentando-me até que eu estava com as pernas atravessadas na cama. Ele balançou sua cabeça. "Continuaremos trabalhando. Uma missão errada não vai nos parar. Os únicos que vão nos parar serão aqueles que nos matarem." Eu tentei não deixar que isso se aprofundasse muito. O pensamento de ele ser morto durante uma missão assustou-me profundamente. Não que eu tenha o direito de exigir que ele tome cuidado, mas saiu da minha boca, no entanto. "Você precisa ter cuidado, Sterling. Você tem um monte de gente que iria perder se você se for. Silas não expressou realmente estar preocupado, mas ele sempre esteve à procura de notícias cada vez que o vi", sussurrei, pegando nos fiapos invisíveis do lençol. "E você?" Perguntou. Eu pisquei, olhando para ele. "E quanto a mim?" Ele sorriu, seus belos olhos cheios de alegria agora, em vez de dor. "Você vai sentir minha falta?" Ele perguntou. "Será que eu sinto sua falta? Sim. Será que vou sentir sua falta? Não, porque você não vai a lugar nenhum", respondi. Ele sorriu, e percebi que ele estava feliz com essa resposta. Muito feliz. "Então, sobre o nosso encontro..." Eu balancei minha cabeça. "Eu preciso ir dormir. Eu tenho que trabalhar na parte da manhã."


Ele moveu-se rapidamente. Um segundo eu estava olhando para a sua garganta, admirando sua mandíbula e boca, e no próximo ele estava prendendo-me na cama, seu pau duro pressionando em meu sexo exposto. Só o lençol estava entre nós, e não era muito de uma barreira para a besta que ele tinha entre suas pernas. "Diga que está doente", disse ele, sua boca estava apenas um sussurro de distância da minha. Eu balancei minha cabeça. "Eu não posso. Estou abrindo." Ele olhou para o relógio na minha cabeceira, e depois de volta para mim. "A que horas você tem que estar lá?" Ele respondeu. Olhei para o relógio e fiz uma careta. "Em cerca de duas horas", eu respondi. Ele arqueou as sobrancelhas. "E o que exatamente você faz quando chega lá tão cedo?" Ele perguntou. "Eu abro..." parei. Ele me fez cócegas e eu gritei. "Pare! Ah!" Gritei e ri. "O que eu quis dizer", disse ele, retirando os dedos. "Era o que você faz quando você chega lá? Você fica muito ocupada?" Eu balancei minha cabeça. "Não. Por quê?" "Você precisa de alguma companhia?" Ele perguntou. Eu balancei a cabeça. "Sim, eu poderia precisar de um pouco de companhia." Ele riu. "Você já ‘tem’ a companhia. Mais de uma vez." Eu estendo a mão e agarro seu mamilo entre dois dedos e torço ligeiramente. Ele saiu de cima de mim como um foguete, rindo todo o caminho.


"Vamos tomar café da manhã. E ter esse encontro", ele respondeu, puxando para cima as calças que eu não tinha o visto trazer para o quarto. "Levar-me para o trabalho não conta como um encontro," disse a ele. Ele sorriu. "Sim, mas eu só quero ter certeza que você não se perderá quando o nosso encontro finalmente acontecer. Então, eu vou estar por perto", ele me informou, pegando as minhas calças que eu estava usando quando ele me mandou a mensagem. O que me lembrou de perguntar. "Por que você está programado como Kraken no meu telefone?" Falei a ele. Ele sorriu. "Eu vim na última noite para pegar minha chave e sorrateiramente peguei seu telefone de trás do bar e reprogramei meu nome. Esse é o meu nome do clube." Olhei interessada para ele. "Como você fez isso sem ninguém vê-lo?" Perguntei incrédula. Ele apontou para si mesmo, declarando: “SEAL baby”. Isso significa que eu posso fazer coisas que as pessoas normais não podem. "Muito cheio de si, não?" Perguntei, deixando as calças e pegando um par de calças limpas no baú ao pé da minha cama. "A única que ficará ‘cheia de mim' vai ser você, se não se vestir nos próximos quinze segundos", ele disparou de volta. Eu rapidamente puxei minha calça jeans, sorrindo para ele por cima do meu ombro. "Entendi."


"Isto não é muito seguro", eu murmurei para mim mesmo quando cheguei no posto de gasolina escurecido. Eu o tinha visto de passagem na outra noite, mas nunca realmente relacionei com o local onde Ruthie estava trabalhando. Não havia uma única luz acesa no estacionamento, e uma vez que você acendesse a luz de dentro, você estava perfeitamente em destaque enquanto não poderia fazer uma única maldita coisa para se proteger. E meu treinamento SEAL estava gritando para dar o fora de um lugar com tão alto perfil de perigo. "Quer relaxar? Você está assustando os clientes", Ruthie falou quando começou a acender todas as máquinas de café. Olhei de volta para o estacionamento que ainda não tinha um único cliente. "Não há ninguém aqui. Como eu iria assusta-los?" Perguntei confuso. Ruthie jogou um sorriso por cima do ombro. "Eu estava brincando. Algo que, obviamente, você não entendeu. Ei, você pode me fazer um favor e me trazer um balde de gelo da parte de trás?" Ela apontou na direção de uma porta, que já tinha olhado na parte de dentro primeiro, quando nós tínhamos chegado.


Tudo o que havia lá era uma máquina de gelo e alguns estoques, tais como copos de café, guardanapos e canudos para refresco. Eu fui e fiz o que ela pediu, ao ouvir o sino da porta nem mesmo trinta segundos depois de começar a encher o balde. Eu saí com a minha mão agarrando ao redor da alça de metal da minha arma para ver Ruthie brincando com um homem mais velho que parecia estar em torno noventa anos. Ele ainda era capaz de dirigir um carro? Ele mal podia andar. Mas ele conseguia falar. "Ruthie, você não me conseguiu um copo ainda minha querida?" Perguntou o velho. Ruthie sorriu para ele. "Não, Sr. Adams. Até agora só tem eu mesma aqui. O meu homem decidiu me trazer tarde." Senti meu peito expandir conforme ela me chamava de 'meu homem'. Eu realmente nunca tive ninguém na minha vida para me chamar de seu e foi muito bom ouvir alguém ser possessivo comigo. "Oh, ele conseguiu ser insolente com você e trazê-la tarde?" Sr. Adams perguntou provocativamente, caminhando rigidamente até o balcão de metal onde todas as bebidas estavam sendo preparadas. Ele puxou o pote de café meio pronto para fora da máquina e segurou um copo com a mão tremendo debaixo do fluxo de café ainda derramando. Uma vez que encheu, ele substituiu o copo com uma agilidade surpreendente e colocou o copo de papel no balcão onde começou a enchê-lo com tanto açúcar que eu tinha quase certeza que estaria com o fundo cheio. "Ele só reclama muito sobre a minha segurança", disse Ruthie, dando uma piscadela para mim antes de passar pelo Sr. Adams e colocar uma tampa sobre seu copo de café. "Parece que SEALS são excessivamente cautelosos."


Era quase como se ela tivesse feito isso tantas vezes que era uma espécie de rotina para eles. "Estar seguro não é uma coisa ruim. Quando eu estava na guerra, vinha para casa fazendo um monte de coisas de forma diferente. Como verificar a segurança cinco vezes por noite. Deus não permitia que eu ouvisse um rangido que não pudesse explicar, o que significava que eu estava fazendo a coisa de segurança novamente. Minhas armas estavam sempre prontas, também. Minha mulher abençoada com um coração doce, odiava. Mas ela me amava e viveu com isso, que é o que eu suponho que você está fazendo, por esse sorriso em seu rosto", disse Adams. Seus assustados olhos se encontraram com os meus. Eu não podia dizer que era medo em seus olhos, mas era algo. Esperança? Nervosismo? Talvez todos eles. Eu não sabia. O que eu sabia era que o que eu sentia por Ruthie era além de apenas físico. Enquanto eu estava preso no Irã, tive um monte de tempo para fazer algumas reflexões muito necessárias. Pensando em minha vida. Como eu queria que as coisas fossem para mim. Quem eu queria na minha vida. O que eu queria fazer com o resto dela. Mas eu tinha que sobreviver em primeiro lugar. E houve momentos nas últimas nove semanas em que eu não tinha certeza se eu ia conseguir. Mas Ruthie estava sempre na minha mente em meio a tudo isso. Ela tinha sido o rosto que eu vi quando quase perdi minha vida, quando eu estava fugindo de um beco escuro, quando uma saraivada de tiros quase nos atingiu após a equipe conseguir fugir. Nós tínhamos sido emboscados. Os soldados já estavam prontos nos esperando no momento em que colocamos os pés na rua daquele maldito motel cheio de pulgas.


Nós nunca chegamos a ver a ex-mulher grávida, nem o homem que a trouxe para a fora do país. "Você vai trazer esse gelo aqui ou eu preciso fazer isso sozinha?" Meus olhos voltaram do vazio que eu estava olhando para acima da máquina de Coca-Cola. "Sim, eu vou levá-lo", disse, levando o balde e colocando no buraco na parte superior da máquina onde Ruthie tinha indicado. "É mais divertido vê-la subir na escada e fazer isso sozinha", disse Adams. Joguei-lhe um sorriso. "Ela tem um belo rabo", concordei. Ruthie engasgou. Ele piscou, mas seu rosto suavizou quando se virou para Ruthie. "Eu digo, você deve realmente controlar este homem", o Sr. Adams disse quando começou a caminhar para a porta da frente. "Eu vou te pagar amanhã. Eu esqueci a minha carteira no caminhão e ia me levar mais tempo para ir lá fora e pegá-la do que eu quero. Eu não me movo mais como antigamente. E os peixes vão morrer mais rápido se eu não tiver pressa." Com isso, ele saiu para o ar ainda fresco antes do amanhecer, deixando o tilintar da porta na sua saída. "Ele é bom", eu disse, levando o balde de volta para a sala de armazenamento. "Você pode pegar uma caixa de canudos para refresco na prateleira de cima?" Ela gritou. Eu peguei a caixa e comecei a voltar rapidamente, mas parei quando vi o homem que vinha para a loja. Ele parecia sombrio da porra. Cabelo longo desgrenhado. Olhos selvagens.


Calça jeans suja coberta, tênis que parecia que deveria ter sido aposentado há muito tempo. E a camisa estava tão coberta de sujeira que eu queria me encolher. Quando foi a última vez que o homem tomou um banho? Ou lavou suas roupas? Sem esperar para ver o que ele queria, caminhei de volta para fora, colocando a caixa em cima do balcão ao lado de Ruthie, que ainda estava de costas para o cliente enquanto endireitava os canudos e copos no suporte na frente dela. "Posso ajudá-lo?" Perguntei. Ele parou surpreso que eu realmente falei com ele. "Sim", ele disse lambendo os lábios. "Você tem um dólar para me dar?" Enfiei a mão no bolso de trás, peguei a minha carteira, tirei um dólar e dobrei-o em dois antes de entregar a ele. Embora eu soubesse o que ele ia fazer antes mesmo dele se mover, eu ainda lhe dei o benefício da dúvida. Ele estendeu a mão e tentou arrebatar toda a carteira da minha mão, mas eu bati meu braço para trás e me coloquei na frente de Ruthie antes de apontar a arma que apareceu de repente na minha mão. Apontei para o rosto do homem. Ele congelou. "Não", sussurrou. "Dê-me uma razão", rosnei. Ruthie virou-se lentamente, mas ficou grudada em minhas costas, nem mesmo espreitando a cabeça sobre o meu ombro para dar uma olhada. Boa menina. Eu podia sentir sua suavidade afundando em mim e odiava que ela estivesse aqui neste momento.


O que teria acontecido se eu não tivesse aqui? "Eu preciso disso, cara. Eu só preciso", ele falou, o braço subindo em seu pescoço violentamente. Eu balancei minha cabeça. "Vá ao hospital. Mantenha-se limpo." Ele balançou sua cabeça. "Eu não posso. Eles disseram que eu tinha que trazer-lhes dinheiro ou eles iam matá-la." "Ela quem?" Eu perguntei bruscamente, assustando o homem. "Minha cadela", ele falou, agora completamente racional, explicando que quem quer que fosse, ameaçava seu cão se ele não pagasse o dinheiro que devia. Com certeza ele já foi outra pessoa, talvez tenha até trabalhado. Eu também já estive com pessoas parecidas com que ele está hoje, no entanto, hoje eu estou aqui. Eu não poderia dizer que eu não tinha estado na mesma posição dele antes, mas eu sabia o desespero que senti. E hoje aqui estou eu, fazendo algo de mim. O homem de pé na minha frente, provavelmente, teve algumas das mesmas oportunidades que eu tive, mas ele tinha escolhido um caminho diferente na vida. "Saia daqui", eu falei bravo, colocando minha arma no coldre. Ele correu sem olhar para trás, e eu senti Ruthie finalmente relaxar em minhas costas. "Merda", ela sussurrou. "Ele nunca fez isso antes." Eu me virei e aproximei das portas para que pudesse olhar para o lado de fora. Um relâmpago apareceu iluminando o lado de fora, o que significava que eu podia ver que o homem tinha ido. Ele não estava mais no estacionamento, mas o que ela tinha acabado de dizer não ia diminuir a minha preocupação.


"Ele nunca fez isso antes?" Eu perguntei tentando entender o que ela disse. Ela balançou a cabeça. "Normalmente, eu apenas dou-lhe o dólar e ele sai." Rangi os dentes e caminhei para mais perto dela. "Será que o seu chefe sabe deste homem?" Ela encolheu os ombros. "Eu não sei. Ele é o único que abre quando eu não estou, então eu imagino que ele saiba." "E a visão deste homem nunca levantou todas as bandeiras vermelhas em você?", perguntei. Ela balançou a cabeça. "Ele está perdido em sua vida." "Realmente perdido em sua vida", eu murmurei para mim mesmo, puxando o meu telefone do bolso. "O que você está fazendo?" Ela perguntou surpresa. "Chamando a polícia. Eles precisam saber o que aconteceu, dessa forma, se um dia acontecer de novo, eles terão em arquivo um relatório disso." Disse a ela. Ela revirou os olhos. "Eu já disse que ele é inofensivo." "Eu não me importo se ele é 'inofensivo' como você diz que ele é. Apenas certifique-se de manter distância dele sempre, e pare de ser tão confiante. Todo mundo tem um passado e eu vi a violência em seus olhos. Ele estava desesperado hoje, o que você acha que vai acontecer quando se passarem três dias e ele ainda não tiver o que ele quer?", eu perguntei a ela. Ela apertou os lábios. "Eu não sei." Estudei seu rosto por um longo momento antes de dizer: "Ele vai voltar. Ele sabe que você vai dar-lhe dinheiro, da próxima vez ele vai ser mais inteligente sobre com quem ele vem aqui, também." Ela assentiu com a cabeça. "Eu vou tomar cuidado. Dane disse algo sobre uma lei que nos permite ter uma espingarda sob o balcão. Talvez isso fosse uma coisa boa para começar."


Dei-lhe um olhar com uma sobrancelha levantada. "Você sabe como usar uma arma?" Ela balançou a cabeça. "Não. Mas não basta apontar e disparar?" Eu balancei minha cabeça. Quer dizer, realmente, que o proprietário só vai dizer, 'Aqui está uma arma. Atire em qualquer um que você ache que precisa ser atingido?’ "Antes de dizer-lhe isso, eu vou levá-la no clube e vou te ensinar. Quando você vai abrir de novo?" Perguntei. Ela fechou os olhos e inclinou a cabeça ligeiramente. "Eu não estou autorizada a possuir uma arma." Eu parei para pensar sobre isso por um momento. É claro que ela não poderia ter uma arma. "Você... você quer me dizer... como você o matou?" Perguntei, inclinando minha bunda contra o balcão. Isso estava pesando em minha mente. Não o fato de que ela o matou, mas o fato de que ela teve que matálo. O que tinha acontecido para que ela precisasse recorrer a esse tipo de medida? Tudo o que eu tinha sido capaz de saber com Silas, foi que ela tinha sido abusada e estava com medo por sua vida. Eu não tinha detalhes sobre o resto. Ela olhou para suas mãos que estavam enterradas na caixa cheia de canudos e fechou os olhos. Ela não queria fazer nada e muito menos falar. Mas ela fez e eu não poderia ficar mais orgulhoso dela do que eu estava naquele momento. "Eu conheci Bender quando estava na faculdade. Ele tinha ido à mesma escola que Lily e eu e nós acabamos indo todos para Louisiana sem saber. Eu nunca tinha realmente o notado até a faculdade, no entanto. Eu tinha uma queda por ele desde o momento em que o vi, mas


seus olhos estavam em Lily, minha melhor amiga", ela me disse. "Mas quando ele viu que Lily tinha tesão por Dante, seu melhor amigo, ele dormiu comigo para tentar deixa-la com ciúmes. Sendo a menina ingênua que eu era, não tinha ideia de que tinha sido por isso que ele tinha saído comigo. Eu fiquei feliz apenas por ser notada. Então, nós ficamos juntos naquela noite e semanas mais tarde quando não tive mais notícias dele, eu descobri que estava grávida." Ela deixou os canudos no suporte e virou-se, empurrando os dedos em seu cabelo. "Eu disse a ele o que aconteceu, e ele agiu como se eu fosse um pedaço de linha para ser retirado de sua camisa. Deu-me um ‘suspiro' e seguiu com o seu negócio. Mas minha gravidez estava sendo difícil e as contas começaram a acumular." Ela balançou a cabeça. "Eu realmente não sei como isso aconteceu, mas os seus pais de alguma forma descobriram e o obrigaram a se casar comigo. Outra coisa que eu não sabia na época." Sua cabeça estava pendurada. "Eu estava tão feliz de não estar sozinha, por isso que eu agarrei a chance." Ela se inclinou para frente e abraçou a caixa fechada, precisando de algo para fazer com as mãos enquanto falava. "Nós nos casamos, mas ele era abusivo. Ressentia de tudo o que podia sobre mim. No começo foram apenas ataques verbais, mas lentamente se transformaram em ataques físicos quando eu tinha cinco meses de gravidez. Foi ruim. Ele era grande. Era um atleta estrela na ULM. Praticava três esportes. E ele era musculoso." Ela descansou ambas as mãos na parte superior da caixa e eu não aguentei mais. Aproximei-me dela e a envolvi em meus braços. "Sim?" Perguntei. Ela parecia pequena em meus braços. Eu não era tão grande, pesava 104 kg, mas o homem com quem uma vez ela tinha sido casada me pareceu sólido. E imaginei que bater nesta mulher com qualquer força que seja fez minha raiva crescer dentro de mim.


Minha mente voltou para as memórias da minha mãe e cada homem com quem ela saía todos os dias. Embora alguns deles não fossem o que eu chamaria de ‘abusivos’, a grande maioria deles eram. A sério. Embora houvesse algumas coisas que eu poderia dizer sobre a minha mãe, ela sempre me protegeu. Mesmo quando ela me deu para adoção aos treze anos, ela estava me protegendo, fazendo com que a coisa toda doesse ainda mais, sabendo que ela não queria me entregar. Mas ela tinha caído em um lugar ruim e não conseguia enxergar uma saída. Então ela tinha um amigo que me deixou em uma estação do corpo de bombeiros. Eu tinha sido treinado por horas sobre o que dizer e não dizer às autoridades. Ele ajudou para que eu parecesse muito mais jovem do que realmente era. Então, eu fui colocado no sistema de adoção e não vi minha mãe desde aquele dia a catorze anos. Não que eu não tivesse tentado falar com ela. Eu tinha tentado, e muito. Era só que onde quer que ela estivesse, ela tinha proteção agora. O pouco que eu consegui saber sobre seu paradeiro indicava proteção e não perigo. Então eu deixei-a ir, mesmo que tenha quebrado meu coração ao fazê-lo. "Quando eu estava com cerca de oito meses de gravidez, Bender me bateu tanto que eu tive que ir para o hospital. Eu tinha que ter certeza que meu bebê estava bem. E quando cheguei lá, me disseram que o meu


bebê tinha sofrido múltiplos traumas e não estava mais viva", ela engasgou. Eu levantei minha cabeça com um puxão brusco e fiquei tão transtornado com o que ela tinha acabado de falar que queria socar alguma coisa. O abuso de crianças era um limite rígido para mim. Eu cresci protegido contra isso até que tinha ido para o lar adotivo com Cormac e Garrison, e lá, nossos supostos ‘pais adotivos’ se revezavam nos batendo, se nosso trabalho doméstico não fosse feito a tempo. Algo que acontecia muitas vezes vendo como eles esperavam muito de nós. Mas naquele momento, meu foco estava todo sobre Ruthie e as lágrimas que estavam encharcando a minha camisa. "Eu finalmente dei queixa contra ele. Pela primeira vez em sete meses, eu finalmente dei queixa... E não foi levada em consideração", ela sussurrou com voz entrecortada. Os soluços foram rasgando a armadura que eu usei para cercar meu coração, para que eu pudesse manter essa coisa entre nós em um nível tênue. Se você sentir, você se machuca, não havia maneira de contornar isso. Se você se importa e confia, e era algo que eu tentei bravamente não fazer, você sempre acaba mal no final. "Você não denunciou tarde demais", eu disse a ela. "E as acusações resolveram." Ela balançou a cabeça. "Ele foi preso e ficou na cadeia por apenas uma hora. Uma hora, Sterling", ela respondeu asperamente. "E eu sabia, no momento em que ele foi atrás do homem que estava trocando nossas chaves que ele não ia parar. Ele não conversou com ele calmamente. Ele agia como se eu fosse


o motivo de sua má sorte. Que eu era a razão pela qual ele não conseguiu Lily como ele tinha desejado." Eu a segurei mais apertado, sabendo o que ela ia dizer antes das palavras mesmo deixarem seus lábios. "Ele me deu um tapa, me derrubando e em seguida, foi para o banheiro. Então eu fui para o quarto que compartilhávamos, onde eu dormia ao seu lado, noite após noite, morrendo de medo, mas sabendo que ele não aceitaria nada menos de mim, e peguei a arma que ele gostava de esfregar na minha cara quando estava se sentindo particularmente agressivo", ela engasgou. "E no momento em que ele começou a fazer xixi, eu atirei nele. No coração. Porque eu sabia que se eu não o matasse, ele me mataria." Corri minha barba ao longo de seu rosto, tentando levar para longe dela as emoções que eu percebia que ela estava sentindo nesse momento. "Eu não acho que eu teria feito absolutamente nada diferente", sussurrei. "Nem uma única droga de coisa." Inferno, eu estive em uma situação abusiva por alguns dos anos mais importantes da minha vida. Eu fiquei longe deles no momento que eu pude fazer isso com segurança. Eu poderia ter dito a alguém. Mas não o fiz. Por quê? Eu não poderia realmente dizer. Quando você está em uma situação como essa, você não vê as coisas como elas são, até que você esteja livre e longe dela. Você os vê com outros olhos. É como se você estivesse ciente de que o que está acontecendo é ruim, mas você não acha que você pode ir longe. E na situação de Ruthie, ela sabia que uma vez que ela relatasse o que estava acontecendo para as autoridades, algo aconteceria com ela.


Então ela tinha que tomar algumas precauções. Nem todo mundo chega a esse ponto. Eu nunca cheguei a esse ponto. Mas Ruthie perdeu algo que eu nunca tinha perdido. Uma criança que ela tinha amado com todo seu coração. E quem não iria reagir da maneira que Ruthie reagiu? "O que você está fazendo com a minha funcionária?" Um homem latiu. Olhei para ver o proprietário do lugar ali, olhando para Ruthie com horror, parecendo que ele estava prestes a usar de violência contra mim em seu nome. "Dane, este é Sterling. Você o conhece", ela disse exasperada. Os olhos de Dane se estreitaram. "É este o menino que manteve você fazendo-me ver as notícias?" Ele resmungou cruzando seus braços sobre o peito. Ela assentiu com a cabeça, mordendo o lábio e olhando rapidamente para mim antes de voltar para Dane. "Sim, este é ele. Ele está bem, embora", disse a Dane. "Eu posso ver isso. Muito saudável...” disse, olhando incisivamente para a minha virilha. Eu ri. Ruthie, no entanto, perdeu toda a interação. "Então, eu estou supondo que você quer um dia de folga", ele resmungou, começando a andar em frente. Ruthie sacudiu a cabeça. "Não, realmente não. Eu só estava esperando que você não se importasse por ele estar aqui comigo. Eu preciso do dinheiro." "Você tem férias, você sabe," Dane informou a ela, sentando-se no banco atrás do balcão.


Ruthie assentiu. "Sim, mas eu estou guardando isso para algo importante." Ele arqueou as sobrancelhas. "O que você tem que fazer de tão importante que você precisa de catorze dias?" Ela apertou os lábios. "Eu não sei. Mas algo pode surgir." Eu poderia descobrir algo para fazer em catorze dias. E envolveria lotes e lotes de exercícios. "Pegue o seu homem e saía daqui. Tome café da manhã. Esteja aqui amanhã às nove. Eu estou liberando você por hoje", disse ele, levantandose e estendendo a mão para mim. "Que bom que você chegou em casa, filho. Você tem uma menina maravilhosa em suas mãos e me alegro que nada de ruim aconteceu com você." Olhei para os olhos sem graça de Ruthie, e percebi que era verdade, tenho algo de bom em minhas mãos. Algo que eu planejava cuidar indefinidamente. Se ela me quisesse ou não.


Eu entrei no bar do Halligans e Handcuffs, a mão de Ruthie na minha, e fiz uma parada súbita diretamente na entrada da porta. "O quê?" Perguntei, observando os homens que estavam ali nos olhando como se tivessem visto um fantasma. Ketlle, Silas, Torren, Loki, Trance, Sebastian e Dixie estavam todos de pé ali no bar, congelados no lugar e olhando para mim. Então, meus irmãos me cercaram. Os homens que considero como homens de meu sangue, mesmo que eles não sejam. Os homens que estavam realmente felizes por eu estar de volta. O que me fez sentir mal. Eu deveria ter dito a eles que estava bem há três dias. Mas eu só tinha pensado em chegar em casa. Então eu só pensava na boceta vodu quente de Ruthie. "Merda, Kraken," Dixie exclamou. "Onde diabos você estava?" Eu sorri o mais indiferente que pude, na esperança de que ele não lesse nos meus olhos o quão ruim tinha sido. "Eu não posso dizer muito."


"Porque ele é um SEAL e tem um juramento de segredo. E ele jurou se manter em silêncio, mesmo se sua vida estiver em perigo e as pessoas que se preocupam com ele estejam querendo saber se ele está bem", Ruthie resmungou enquanto empurrava através dos homens que tinham se aglomerado em torno de nós. "Então... quando foi que isso aconteceu?" Perguntou Torren com um sorriso no rosto. Eu sorri. "Noite passada." "Prioridades, cara. Pelo menos você tem as suas!" Torren piscou. Eu ri. Era bom poder fazer isso novamente. Eu não tinha sido capaz de fazê-lo muito neste último mês e meio. Na verdade, ele tinha sido bastante solene enquanto estávamos lá. Minha equipe e eu sabíamos o quão ruim seria. Sabíamos que teríamos de lutar por nossas vidas, se quiséssemos sair de lá e voltar para casa mais uma vez. Então, sim, sorrir e rir foi escasso, no mínimo. Ruthie entrou na cozinha e eu a assisti ir, e só percebi que a olhava insistentemente quando me virei e todos os olhos estavam sobre mim. "Então... é por isso que você não ficou na noite passada", disse Silas atrás de mim. Eu me virei lentamente, e encarei o homem por trás de todos os outros com os braços cruzados sobre o peito e um olhar muito chateado em seus olhos. Acho que eu não passei despercebido por ele como eu tinha pensado originalmente. Isso não me surpreendeu, no entanto. Silas era um homem difícil de ler. Eu, até hoje, ainda não descobri o que ele realmente faz.


Eu estava ciente de que ele possuía algumas poucas empresas e tinha os dedos em alguns negócios escuros... Mas eu sabia que ele era mais do que isso. Ele tinha muitos recursos para não ser... Alguma coisa. Eu estava quase acreditando que ele era da CIA, mas houve uma aposta por aí de que ele era um mercenário. Tudo o que ele era, eu realmente não dou a mínima... Enquanto ele estivesse em minhas costas. "Eu não sei do que você está falando", disfarço, imitando sua postura. Seus olhos se estreitaram em mim, então de repente, ele deu dois passos gigantes para frente e me pegou em um abraço de urso tão apertado que eu mal podia respirar. Havia exatamente quatro homens neste mundo que podia me tocar assim. Esses eram Parker, Cormac, Garrison... E Silas. E Silas só tinha feito isso comigo duas vezes. A primeira vez foi quando eu tinha iniciado no clube e finalmente recebi o meu patch. A segunda foi agora. E eu levei isso como um sinal... Que significava que ele achava que tinha me perdido. "Eu estou bem," disse a ele, batendo-lhe nas costas. "Vi por mim mesmo ontem, e você parece ainda melhor hoje. O que eu estou supondo que tem algo a ver com uma loira morango de olhos cinza, que tem uma atitude permanentemente ruim", Silas disse. "E se você machucá-la, saiba que eu vou ter que bater a merda fora de você, certo?" Eu bufei. No entanto, eu não duvidava que ele fizesse.


Eu sabia que, de fato, ele seria capaz de qualquer e todas as punições se eu ferisse a melhor amiga de sua esposa, e eu o respeitava por isso. Ruthie precisava de alguém como Silas do lado dela. E eu estava feliz que ela tinha. "Eu sei," assenti. "E você tem minha permissão para fazer isso..." Ele bateu com a mão um pouco mais forte do que precisava no meu ombro e recuou. "Que tal uma salva de tiros como uma celebração para recebê-lo em casa?" Eu sorri. "Soa como um plano, porra." Silas assentiu, mas fez um gesto para um canto atrás de mim. "Nós vamos fazer isso na missa", disse ele. "Eu tenho algumas coisas que quero que você saiba." Apertei os olhos para ele. O que ele quis dizer é que ele queria que nós fossemos a um lugar que era sagrado para The Dixie Wardens? Havia algo de errado? Tinha acontecido alguma coisa enquanto eu estava fora?


Eu derramei mais dez tiros e coloquei cada um em uma bandeja preta simples. Quando comecei no Halligans e Handcuffs, eu tinha sido uma completa novata quando se tratava de bebidas. Agora, longos meses mais tarde, eu praticamente podia citar o teor de álcool de cada bebida e exatamente o que era necessário para fazê-la. Por exemplo, eu sabia que a 'Sex on the Beach' era feita com uma medida e meia de vodca, uma medida de aguardente de pêssego, duas medidas de suco de cranberry e duas medidas de suco de laranja. Se você me perguntasse quais os ingredientes que tinham em alguma bebida quando comecei a trabalhar aqui, eu teria corado como uma maldita virgem, então gaguejava e fazia a encomenda de um coquetel que eu não poderia nem mesmo dizer o nome para o barman de plantão. Agora, porém, quando a bonita morena de olhos azuis pálidos disse “Você sabe o que é isso, não é? Ou você nunca experimentou algo incrível assim antes?" Então ela começou a rir na minha cara e se virou para se pendurar no homem que tinha estado na minha cama há apenas algumas horas antes, fazendo-me gritar seu nome. "Seja agradável, danadinha," Sterling repreendeu suavemente. Meus olhos quase o atravessaram quando me virei e ordenei um ‘Sex on the beach' para Zander Cole, nosso bartender bombeiro gostosão da noite. Zander era novo, tinha ingressado no corpo de bombeiros depois de sair da faculdade. Ele parecia uma criança com os olhos arregalados com seu longo cabelo loiro, atitude blasé e um maldito sorriso no rosto, que parecia aumentar ligeiramente quando eu estava por perto.


E quando eu pedi a bebida ele ficou vermelho escarlate, mas mesmo assim fez para mim. Olhei para cima quando ouvi Sterling rir. Eu estava tão louca que eu poderia cuspir pregos. Ele tinha sido meu Sterling há apenas algumas horas antes. Mas quando ele tinha chegado aqui, e os seus ‘irmãos’, como ele os chamava, o cercaram, ele tinha me esquecido completamente. Eles tinham desaparecido por mais de uma hora e no minuto que ele voltou, começou a tomar tiros como se fosse água. Ele estava em seu oitavo tiro (sim, eu tinha contado). "Aqui está", disse Zander. "Um Sex On The Beach." Dei a Zander um sorriso, peguei o copo de coquetel estúpido do balcão do bar e comecei a caminhar na direção da Sterling. Audie, ou ‘sexy’, como Sterling estava chamando-a durante toda a noite, pegou a bebida que eu coloquei em frente a ela e tomou um longo gole, puxando o canudo para fora com os dentes em um gesto erótico. Eu queria enfiar minhas garras em seus olhos, mas o pior foi que Sterling não estava nem mesmo me reconhecendo. E enquanto eu tentava, mais uma vez, chamar a atenção de Sterling, percebi que eu não ia conseguir. Não essa noite. Suspirando de frustração com ele e sua capacidade de ignorar tudo sobre mim, eu finalmente decidi que talvez fosse um bom momento para ir em frente e ir embora. Meu turno tinha terminado a mais de vinte minutos atrás, mas eu tinha ficado desde que o bar, aparentemente, não ia fechar na hora habitual. Mas quanto mais eu fiquei assistindo Audie agarrar-se a Sterling, e Sterling não empurrá-la, eu percebi que apenas talvez, eu tenha cometido um erro. Talvez eu devesse deixa-lo ir, depois de tudo.


Talvez isso pudesse ser algo que poderíamos ser capazes de falar amanhã. Eu só podia esperar que Sterling estivesse ciente de que a mulher estava tentando fazer praticamente qualquer coisa para chamar sua atenção. E eu também esperava que ele fosse fiel. Não que eu lhe pedi para ser. Nós não tínhamos conversado muito quando estávamos juntos na noite passada. No entanto, eu tinha pensado muito nele. Talvez o que estava em sua mente sobre nós era algo totalmente diferente do que estava na minha mente. Caminhando de volta para o bar, eu entreguei minhas gorjetas e pedidos para Silas, que estava em pé no final do balcão. Ele tinha uma garrafa de Zigenbock na mão e estava olhando por todo o seu estabelecimento com um sentimento de realização e satisfação cobrindo o rosto. "Estou indo embora," eu disse a ele. Ele pegou meu avental e assentiu. "Se importa se eu te passar sua parte das gorjetas de manhã?" Eu balancei minha cabeça. "Não, isso é bom. Venho buscar amanhã depois do meu turno no posto de gasolina." Ele assentiu. "Indo para casa?" Eu balancei a cabeça. "Sim, eu tenho que acordar cedo amanhã. Tenho um encontro no almoço." Ele sorriu. "Sawyer me disse que vocês e Lily estavam se encontrando para almoçar." Eu balancei a cabeça. "Sim, parece que criamos uma enorme amizade entre nós três."


Ele riu. "Bem, eu aprecio você trazê-la para o rebanho. Vê-la tão feliz me faz feliz." Eu sorri. "Até mais tarde, jacaré". "Até daqui a pouco, crocodilo". Com essa saudação de despedida, eu saí em busca do meu carro, suspirando pesadamente quando percebi que eu não tinha vindo de carro. Filho da puta. Comecei a caminhar para casa. Mas acabei pegando uma carona com o Sr. Adams, de todas as pessoas possíveis. Por que ele estava fora tão cedo/tarde eu não sabia, mas eu estava grata. "Você não deveria estar andando para casa no escuro, menina," Sr. Adams disse em tom de censura. Dei de ombros. "Esqueci meu carro hoje", eu disse. "Como você ‘esqueceu o seu carro’?" O Sr. Adams perguntou com diversão. Dei de ombros. "Eu não quero falar sobre isso, e quanto a você?" Ele assentiu. "Ok, é justo, mas da próxima vez, basta me dizer, em vez de mentir. Porque soa como se você fosse uma mentirosa de merda e não há nenhum ponto em sequer tentar mentir, se você faz isso tão mal assim." "Sim, senhor", eu disse. "Por que você está tão tarde na rua?" "É cedo, não tarde. E eu estou indo para o meu buraco de pesca", ele respondeu. Olhei para o relógio e vi três, oh, três horas. "Tão cedo?" Perguntei incrédula.


Ele assentiu. "Tenho que ir atrás de algumas ‘sã’ então estou indo no meu barco para pegar Big Blue." "Quem é Big Blue?" Perguntei. "E o que é uma ‘sã’?" Ele sorriu para mim. "São iscas de peixe, usadas em uma enorme rede de pesca. Quanto à Big Blue, eles são bagres, querida. Nunca ouviu falar dos chamados 'Big Blue?" Ele perguntou. Eu balancei minha cabeça. "Eu nunca fui pescar antes. Na verdade, eu nunca nem tive o desejo de pescar." Ele levantou uma sobrancelha para mim. "Sério? Bem, dizem que você deve experimentar tudo pelo menos uma vez. Você nunca sabe se você vai gostar", disse ele. Dei de ombros. "Eu não tenho ninguém para ir pescar comigo. Eu passei toda a minha vida no interior. Eu não faria isso, não sei nem a primeira coisa sobre a pesca." "Peça ao seu homem, eu tenho certeza que ele sabe como fazer", disse Adams. A dor atravessou meu peito enquanto eu pensava sobre 'o homem' da minha vida. "Eu estou brava com ele. Não vamos falar sobre ele agora", disse, na esperança de mudar de assunto. Sr. Adams riu. "O que ele fez?" "Ignorou-me durante toda a noite e se manteve grudado a uma loira bonita e burra e deixou que ela o tocasse o tempo todo," eu murmurei sombriamente. Sr. Adams riu. "Você acabou de dizer esta manhã que ele estava no exército. E parecia que ele chegou em casa recentemente também." "Como você sabe que ele chegou recentemente em casa?" Perguntei desconfiada. Ele olhou para mim com seu velho olho esperto.


"Observando-o no minuto em que ele saiu da sala de armazenamento. Seus olhos estavam em tudo ao mesmo tempo, e ele te segurou de forma diferente. Sem mencionar que ele ouviu e quis saber o que significava cada som no lugar", respondeu. "Quando a máquina de gelo reclamou na parte de trás da loja, seus olhos se voltaram para lá. Então você fez um som estridente com a droga da caixa de canudos sobre o balcão, fazendo-o recuar e olhar para você. Seus olhos continuaram entre a parte de trás, a porta, para você e para mim. Suas ações falam de um homem que tinha que ter essas reações para permanecer vivo." Dei de ombros. "E o que isso tem a ver com qualquer coisa que eu disse?" Ele me deu um olhar divertido. "Pode ou não ter a ver com 'ele'. Seja qual for o seu problema. Mas é preciso se preparar, pois as coisas vão ser intensificadas. Reações mais fortes, raiva mais rápida, a dor maior. Até que ele se acostume em estar em solo dos EUA de novo, ele vai agir muito diferente do que fazia antes." Eu pensei sobre isso por um longo momento e então decidi que talvez ele estivesse certo. O que quer que tenha sido dito na sala fora do bar esta noite o havia afetado. Ele tinha estado em um ótimo humor no início do dia. Então, de repente, ele se transformou em outra pessoa e não tinha sequer olhado para mim durante toda a noite, exceto quando disfarçava um olhar quando pensava que eu não estava olhando. Mas não teve uma única vez que ele disse uma palavra para mim depois de ter pisado fora da sala. "Seja como for," eu finalmente disse, eu realmente não quero falar sobre isso. Ser racional sobre ele não estava ajudando. Eu não era um tipo ‘racional’ de pessoa. Eu sempre pensei com meu coração.


"Venha comigo esta noite. Vou levá-la para minha lagoa", disse ele de repente. Assustei-me com o seu convite, voltando-me para ele para estudar seu rosto. A luz verde do painel iluminou sua pele fina, delineando suas rugas, causando sombras escuras ao seu rosto. "Eu não posso", disse com relutância. "Podemos marcar para outro dia, embora? Eu acho que eu gostaria de aprender." Ele assentiu. "Você sabe onde eu moro." Eu balancei a cabeça novamente e virei quando o caminhão parou em frente à minha casa. Eu não me preocupei em perguntar como ele sabia onde eu morava. Todos sabiam onde eu morava. Foi o assunto da cidade sobre a condenada estar no bom subúrbio de Benton. "Ok, Sr. Adams. Obrigado pela carona", disse, abrindo minha porta. No entanto, quando os meus pés tocaram a calçada em frente à minha casa, o Sr. Adams me parou. "Você sabe", disse ele. "Houve uma vez com a minha Annie que eu estava realmente chateado. Eu tive um dia realmente ruim no trabalho e queria falar com ela. No entanto, ela estava muito ocupada fazendo outra coisa e uma vizinha veio para oferecer à minha Annie uma torta. Bem, a senhora vizinha e eu começamos a conversar e minha Annie saiu cuspindo como louca porque eu estava falando com outra mulher que não era ela. Você quer saber por que fiz isso?" Eu balancei minha cabeça. Mas a minha resposta era o oposto do que eu estava sentindo. "Por que você fez isso?" Perguntei em voz baixa. Ele sorriu, olhando longe, buscando na memória o que eu não podia ver.


"Porque eu sabia que ela ia lutar por mim. Ela podia estar ocupada, mas eu sabia que tudo o que eu tinha que fazer era falar com a mulher e ela ia ficar desocupada. Porque essa era a minha Annie. Ela era possessiva e eu gostava dela dessa maneira. Quero tomar a liberdade e perguntar... Por que você não fez alguma coisa?" Olhei para ele por um longo tempo, me perguntando a mesma coisa. Por que eu não tinha feito algo? Por que eu não tinha forçado a questão? E, quando eu dormi naquela noite, chateada agora comigo mesma e não com ele, percebi duas coisas. Um, eu estava apaixonada por Sterling. E dois, eu precisava lutar por ele se ele era o que eu queria. Porque ele merecia que eu lutasse por ele.


Saí na manhã seguinte, com esperança que o meu jornal estivesse lá fora, e fiquei surpresa ao ver um homem na minha varanda lendo-o. "Obrigado por pegá-lo para mim", eu disse, arrancando o papel da sua mão e indo para dentro. Meu jornal foi roubado do meu gramado em quatro dos sete dias da semana e eu estava feliz que hoje estava lá. O que eu não estava feliz era com Sterling estando na minha varanda. Tive tempo para me reconectar com a minha raiva depois que eu o chamei três vezes esta manhã. Eu tentei bater a porta, mas o corpo de Sterling estava de repente lá. "Saia," eu disse enquanto continuei andando, arrumando o jornal de volta na sua posição de dobras originais antes de colocá-lo na mesa da cozinha ao lado do meu café. Sentei-me pegando o Pop-Tart e dando uma mordida quando comecei a ler a primeira página. Eu adorava ler o jornal. Era tão bom saber o que estava acontecendo ao meu redor.


Algo que me acostumei nos meses desde que eu tinha sido libertada da prisão. "Eu esqueci meu telefone em casa e você não estava respondendo à sua porta. Onde você estava?" Ele perguntou. Olhei por cima do meu jornal com metade do meu Pop-Tart restante. "Eu estava no quintal cuidando do meu jardim", informei. Ele assentiu. "Eu estive sentado na varanda durante duas horas. Desejaria saber que você estava lá atrás o tempo todo." Suspirei. "Eu estava tentando ficar com raiva de você", disse a ele. Ele arqueou as sobrancelhas. "Por quê?" Perguntou genuinamente confuso. "Por que Audie pairou sobre você durante todo o tempo na noite passada", eu disse. Ele inclinou a cabeça para o lado. "Não me lembro de ninguém chamada Audie", ele finalmente respondeu. Eu levantei uma sobrancelha. "Sim, isso faz sentido. Você estava bêbado, apesar de tudo." Ele encolheu os ombros. "Você não disse e nem vai me dizer o que fez você estar tão chateado ontem à noite?" continuei. Ele inclinou a cabeça, primeiro para um lado e depois para o outro, esticando os seus dedos. O movimento fez os músculos de seu antebraço saltarem, chamando minha atenção para o modo que sua camisa se moldava ao seu corpo. Não havia nada de errado com sua camisa. A calça jeans coube-lhe bem também. Bem demais.


Então eu comecei a pensar sobre as coisas que eu queria fazer com ele em vez das coisas que ele tinha feito ontem para me perturbar. Ele começou a falar, indo direto ao assunto. "Um par de anos atrás, quando comecei a trabalhar no The Dixie Wardens", disse, bebendo metade de um copo de água antes de se virar para mim, mantendo-me presa no local. "Eu pedi a Silas para procurar alguém." Eu balancei a cabeça. "Sim, isso é o que eu sei, pelo que eu ouvi." Ele não parecia surpreso que eu sabia algo sobre o que ele estava tentando me dizer. "Eu parei de procurar por ela quando percebi que estava sob a proteção de alguém, e que a proteção desse alguém era boa. Boa o suficiente para que eu não precisasse me preocupar com ela e me colocar no radar", ele me informou. "Silas foi o único a procurar e disse-me o que tinha descoberto em uma semana, sem eu perguntar isso a ele. Mas não querendo perturbá-la mais do que eu já tinha feito eu disse a ele para recuar. Só que ele tem mantido o controle sobre a minha mãe todos esses anos." "Ok", eu disse. "Então o que Silas disse que te aborreceu tanto?" "Disse-me que ela chegou aqui em Louisiana a pouco mais de um ano e que seu novo marido estava com ela", rugiu, olhando para os dedos dos pés. Ou seu pênis. Eu realmente não poderia dizer qual. Ambos estão na mesma direção dos seus olhos. "Então, qual é a grande coisa com isso?" Perguntei. Ele suspirou. "Não é um ‘grande negócio’, pode ser mais um inconveniente", admitiu, puxando as mãos até descansar em cima de sua cabeça, os dedos entrelaçados no topo. "Eu não estou vendo o problema ainda," finalmente digo.


Ele suspirou. E eu estava realmente confusa. Qual era o grande problema com sua mãe estar aqui? Inferno, eu podia ver por que seria um grande negócio, se a minha mãe estivesse aqui, mas qual o problema se você tinha crescido com a sua? "Minha mãe me deu quando eu era criança", disse finalmente. Minha boca caiu aberta. "Você está brincando comigo", eu disse. Ele balançou sua cabeça. "Não." "Você está me dizendo que temos a história de um orfanato em comum e você nunca disse uma palavra?" Eu praticamente gritei. Ele deu de ombros e de repente eu estava extremamente chateada. Eu disse a ele várias vezes sobre como tinha sido dada quando eu era uma menina. Como tinha sido difícil e como eu não desejava isso a ninguém. Sabendo que você pertenceu a alguém, então esse alguém tendo decidido que já não queria você, era para matar o coração de uma pessoa. Eu sempre me senti tão alienada sobre isso, no entanto, eis que a mesma coisa tinha acontecido com ele, porra! Isso não seria algo que ele deveria ter me contado? Quer dizer, onde estava a porra da camaradagem? As crianças fodidas, supostamente, não deveriam ser solidárias com outras crianças fodidas como eles? E não deveria ser o mesmo para adultos? Aparentemente, não funciona assim para Sterling. E eu me encontrei, principalmente, decepcionada. Eu sempre me senti tão sozinha. Era uma coisa terrível ter sua mãe dizendo-lhe quando você tinha dez anos de idade que 'você não valia a pena’.


Eu nunca soube quem era o meu pai. E pelo que eu tinha sido capaz de descobrir quando era mais jovem, meu pai nunca sequer soube que eu era sua filha. Minha mãe havia escondido dele. Ora, eu não poderia sequer dizer isso. Meu pai era bastante rico, pelo que entendi, e minha mãe não. Pessoalmente, gostaria de ter colocado a minha própria felicidade de lado e me certificado de que o meu filho tivesse a chance de saber sobre seu pai. Inferno, eu fiz exatamente isso. "Eu não gosto de falar sobre isso", ele disse finalmente, me tirando do meu próprio inferno pessoal. Essa estrada nunca levou para o caminho certo. Ela sempre levou ao desespero e a tristeza. E eu estava cansada de estar nessa estrada. "Você vai ter que parar de agir como se fosse um grande negócio e falar comigo. Porque tudo o que você está fazendo agora com essa sua atitude, está me irritando e fazendo-me ainda mais curiosa", eu disse a ele. Eu podia ouvir seus dentes moer, em seguida, ele rosnou em frustração. "Eu ainda estou chateado com isso, certo? Irrita-me que ela está feliz pra caramba enquanto eu gastei quase toda a minha vida como um fodido. Se ela não deveria ser miserável, porque eu tinha que ser?" gritou. Parei meio aturdida. "Não. Ela é sua mãe. Todo mundo merece ser feliz. Isso faz nossa raiva racional, embora? De jeito nenhum. Isso não acontece. Isso é o que um ser humano faz. Nossas emoções nos controlam. E foi por isso que eu matei o meu marido, por ter matado minha filha, em seguida tive que passar quase nove anos na prisão", disse a ele.


Ele não riu como eu pretendia. "Seu marido merecia morrer", ele me informou. "Eu ainda não posso acreditar que você teve que ficar presa." Dei de ombros. "Valeu a pena." Isso faz de mim uma pessoa má, querendo o meu marido morto pelo que ele fez para mim? Para o nosso bebê por nascer? Porque se assim for, realmente não me importo. Ainda podia sentir um buraco no meu coração. Ainda sinto o quanto doía ver outras pessoas que tinham bebês passeando pra lá e pra cá. "Eu estive procurando por meu pai por um longo tempo, mas eu não tenho recursos como você," digo-lhe. Ele piscou. "Por que você está procurando seu pai?" Eu brincava com a crosta do meu Pop-Tart, quebrando-o enquanto falo, “Eu não acho que meu pai saiba sobre mim. Ele sempre foi tão bom para mim quando visitava a minha mãe, mas ele nunca soube que eu era filha dele. Eu não sei se ele se importaria de me conhecer agora... Depois do que fiz. É por isso que eu não fui mais longe do que simplesmente fazer minhas próprias pesquisas na internet." "Eu não sei por que você acha que fez algo errado. Sabe quantas vezes eu pensei sobre matar as pessoas que bateram na minha mãe? Ou até mesmo meus pais adotivos? Foi a pior existência que alguém poderia pensar para uma criança. Eu sonhava em maneiras de matá-los e fazer com que parecesse um acidente", ele me diz, cruzando os braços sobre o peito. "Você era uma criança", digo a ele. Ele encolhe os ombros. "Então o quê, foda-se? Eu tinha dezoito anos quando saí daquele lugar e ainda queria que eles tivessem sido atropelados por um carro e mortos em seu caminho de casa depois de me deixar no aeroporto." Eu sufoco uma risada.


"Um dia você vai ter que me dar mais informações sobre o que eles fizeram para você. Mas agora precisamos discutir sobre o que é a grande coisa sobre sua mãe estar na mesma cidade que você", digo a ele. "O que é que isso importa, e se ela souber? Você não acha que ela vai querer vêlo?" Ele disse algo tão baixinho que eu tive que me aproximar e pedir-lhe para repetir. "Eu disse que não quero que ela fique desapontada comigo. Como eu vivi minha vida", respondeu asperamente. Olhei para o teto para garantir que o telhado não estivesse cedendo. Será que eu ouvi direito? "Sterling..." comecei. "Você está na Marinha. Você é um SEAL. Você é o herói do ‘Um amor de mãe’. Por que ela não ficaria orgulhosa de você?" Ele deu de ombros e eu finalmente vi a vulnerabilidade em suas ações. Suas palavras. "Querido, ela vai te amar", eu digo a ele. E se não o fizesse, eu ia matá-la. O que seriam mais dez anos? Ok, talvez não fosse apenas dez anos desta vez. Estar no banco dos réus depois de ter cumprido pena geralmente não era visto com bons olhos pela justiça. Talvez eu apenas arrebentasse a cara dela. Chutaria sua bunda e faria com que ela soubesse o que tinha perdido, agindo como uma burra por não amar seu filho como ele merecia. Então, novamente, eu meio que me sentia pensando de outra forma sobre ela. Eu já passei por um inferno para ter o meu filho, que, em essência, pode ter sido o que ela fez para mantê-lo seguro. Merda, agora eu não poderia estar brava com ela.


"O que é esse olhar em seu rosto?" Sterling perguntou desconfiado. Dei de ombros, me levantando e caminhando para ele. Ele abriu os braços e eu me apertei em seu peito musculoso, esfregando meu rosto em seu peito. "É tipo como um barco a motor...", observou. Eu ri antes de colocar as mãos no seu peitoral. Ele é tão bem definido que eu praticamente poderia saltar, mesmo de longe sobre ele. E nem me fale sobre o seu maldito abdômen. Ele é apenas perfeito. "O que você está pensando?", perguntou Sterling, sua mão se movendo para cima até que se enrolou ao redor do meu pescoço. Seus dedos param na batida frenética do pulso na base da minha garganta e eu fechei meus olhos quando Sterling percebeu o que estava fazendo comigo. "Você age de uma forma que realmente inflama todos os instintos primitivos em mim", disse ele, me empurrando até que minha bunda apoiasse na mesa da cozinha. Eu não podia fazer nada, a não ser deitar sobre ela enquanto ele continua a me empurrar para frente até que tinha as minhas costas curvadas sobre a mesa. Sua mão ainda está no meu pescoço e meus olhos se fecham quando eu sinto o poder bruto de tudo que é Sterling. Sua mão aperta levemente enquanto seus dedos começam a arrastar na borda do short minúsculo que eu estou usando nesta manhã. Seus dedos mergulham debaixo dele e ele percebeu rapidamente que eu não estou usando nada por baixo. Eu raspei todos os meus pelos pubianos. Consume grande parte da minha paciência não poder me depilar sempre que quisesse, e no momento que fui capaz, raspei absolutamente


tudo e me mantive limpa de modo que eu não tenho um único ponto espinhoso no meu corpo. É pura tortura. Mas o que é mais tortuoso é o caminho que a língua de Sterling percorre ao longo dos meus lábios, sugando-os, parte de sua língua me assanhando como a vagabunda devassa que eu sou. Nossas mãos se tornam confusas à medida que começamos a tirar a roupa um do outro. Ele começou com a minha camisa, agradavelmente surpreso ao ver os meus seios expostos no momento em que a tirou por cima da minha cabeça. Sua arma que estava na parte baixa das costas foi colocada sobre a mesa, mas ele teve que pegá-la novamente antes que caísse ao chão na minha pressa. A próxima coisa a sair era a sua camiseta preta, logo seguida por seus calções. Eu assobiei quando minha boceta superaquecida encostou no laminado da minha mesa de café e fiz uma nota mental para passar algum spray e limpá-la mais tarde. Mas esse pensamento se perdeu ao ser bombardeada pela pura perfeição, quando Sterling se inclinou para frente e puxou meu mamilo em sua boca faminta. Ele chupou com força, puxando tão vorazmente que eu gritava sentindo um pouco de dor e um monte de excitação. O prazer começou como um foguete através do meu sistema e eu balancei a cabeça a cada puxada dura de sua boca. Minhas mãos encontraram seu cabelo enquanto eu caía para trás, ele veio junto, ficando conectado comigo o tempo todo. Uma vez que minhas costas bateram na mesa, ele soltou meu mamilo com um estalo e colocou pequenos beijos molhados por todo o caminho até a minha boceta ansiosa.


Uma vez que ele atingiu o topo da minha fenda, voltou os olhos para mim, e colocou as duas mãos firmemente no meu quadril, e lentamente começou a lamber meu clitóris. Meus olhos rolaram enquanto sua língua talentosa me mostrou tudo o que ele podia fazer. Meus joelhos subiram por vontade própria, chegando a um descanso na beira da mesa, com minhas mãos de volta em seu cabelo. Cada chicotada de sua língua tinha meus quadris sacudindo para cima, o aperto firme de Sterling em meus quadris me segurando forte, mesmo quando eu não queria. "Foda-se", eu disse, um pouco sem fôlego. Ok, muito ofegante. Eu parecia um trem de carga da porra, quando meu orgasmo começou a crescer em mim, como uma bola de demolição que estoura tudo à sua frente, rompendo pesada, forte. E no momento em que ele enfiou dois dedos grossos no meu calor úmido, eu detonei, explodindo em um milhão de pequenos pedaços, gritando seu nome com toda a força dos meus pulmões. "Sterling!" Eu gritei. Ele riu sombriamente contra os lábios do meu sexo e antes que eu pudesse piscar ele estava de volta. Puxando as calças para baixo bruscamente, empurrando sua cueca para baixo o suficiente para que seu pau e bolas caíssem livres alinhandose com a minha entrada. Puxei meus joelhos para trás, dando-lhe uma visão ampla do que ele estava prestes a ter, e ele rosnou. Um sorriso mau inclinando no canto da boca um pouco antes dele bater dentro de mim. Meus olhos se fecharam e eu perdi o controle sobre minhas coxas enquanto minhas mãos desceram para a borda da mesa. Eu tinha percebido durante o tempo em que Sterling passou comigo que ele não era um tipo de homem 'suave'.


Ele era um tipo duro de homem, porra. E eu gostei. Eu gostei de como ele pegou tudo mim e me deu tudo o que tinha. Foi libertador saber que ele confiava em mim, para me dar tudo isso. Ele me deu tudo o que ele tinha, e então um pouco mais. "Eu gosto de como seus seios saltam cada vez que eu enfio meu pau em você", ele gemeu com os olhos dançando de meus seios para minha boceta. A aspereza de suas estocadas colocou minha mesa da cozinha em movimento, e em pouco tempo nós tínhamos mudado de onde ela estava, no meio da sala, para encostar contra o balcão. Eu teria rido se não tivesse estado muito ocupada tentando recuperar o fôlego. Mas então, de repente, ele simplesmente parou, puxando para fora e batendo na parte externa da minha coxa. "Vire, pés no chão e os quadris contra a borda da mesa," ordenou bruscamente. Fiz o que ele pediu, soltando os dedos da borda da mesa e rolando, batendo no meu vidro quase vazio de leite durante o processo. Eu quase não notei o vazamento, e Sterling não perdeu tempo, me golpeando de novo. Eu gemi e pressionei minha testa contra a mesa, as mãos indo para cima e pressionando contra os lados tentando neutralizar seus golpes duros. Senti meus quadris um pouco desconfortáveis, mas o prazer que começou a florescer no fundo da minha barriga combateu toda e qualquer dor, até que tudo o que eu sentia era nada além de êxtase. Foi uma sensação diferente atrás da outra, enquanto seu pênis entrava em mim, o som de seus quadris batendo na minha bunda, bem como o som molhado da nossa união enquanto seu pau deslizava dentro e fora do meu buraco necessitado e que fez o meu orgasmo crescer cada


vez mais forte. Para não mencionar que suas bolas continuaram balançando e batendo no meu clitóris e eu me senti em êxtase. "Oh, merda", eu respirei na mesa. Sua risada divertida soou em meus ouvidos, e eu me vi vendo estrelas quando ele mudou o ângulo de seus golpes, fazendo meu anteriormente incrível orgasmo sair de órbita e ir a extremos que eu nunca tinha sentido antes. O fôlego deixou meus pulmões em um suspiro abafado e sua mão subiu para agarrar o topo do meu ombro, apertando com força, quando o orgasmo tomou conta dele. Eu podia sentir os pulsos quentes de seu gozo entrando em mim, espirrando contra a traseira do meu ventre e gritei. Ele foi abafado pela mesa, mas eu não poderia me importar se estava perturbando os vizinhos ou não. Eu não conseguia sequer lembrar meu próprio nome nesse ponto. "Caramba", Sterling disse caindo contra minhas costas. O pouco fôlego que eu tinha sido capaz de capturar deixou meus pulmões novamente quando seu corpo encostou-se ao meu e ele riu do pequeno grito que saiu de mim no processo. "Desculpe", disse ele, levantando e se apoiando nos cotovelos, se segurando um pouco afastado de mim. Eu grunhi em resposta, virando a cabeça para o lado e permitindo o meu corpo pegar a respiração necessária após esse show espetacular. "Seu pau é bem-vindo em mim a qualquer hora," eu disse a ele em tom de brincadeira. Seu pau empurrou com o meu anúncio, e ele pressionou sua barba espessa contra o meu pescoço enquanto corria os lábios ao longo dos meus ombros. "É bom saber", disse, avançando e agarrando algo fora do balcão em frente a mim.


Meus olhos seguiram o movimento quando ele, sem cerimônia, enfiou a toalha debaixo do meu osso pubiano que repousava sobre a mesa. Então ele puxou seu pau para fora, e a sua libertação começou a fluir imediatamente. "Conveniente que você me fodeu aqui", eu disse, colocando o pano de prato na minha abertura e pegando o que eu podia antes que acabasse por todo o chão e minhas coxas. "Eu sou um multitarefas", disse ele, com um sorriso em seus lábios. "O que você está fazendo hoje?" Eu tentei não ficar constrangida pelo fato de que eu estava completamente nua na minha mesa da cozinha e ele estava agindo como se eu não estivesse. "Eu vou em um almoço com Sawyer hoje", respondi. "E hoje à noite eu tenho que começar a receber…" O meu próximo comentário foi interrompido por uma batida na porta, e eu sabia exatamente quem estava lá fora. Eu estava recebendo a visita da polícia quase a cada três dias desde que Sterling tinha saído em missão. E isso soou como a batida do oficial Ryan. Ele não era o policial mais agradável, mas ele também não era duro como alguns deles poderiam ser. Ele era honesto, o que infelizmente me gerava uma multa, se eu tivesse feito algo que ele considerava como errado. "Merda", eu disse, pulando para baixo e olhando para a porta. "Você pode ver isso? Pode vestir suas calças primeiro, no entanto. Diga-lhe que estarei lá fora em um minuto." Seus olhos se estreitaram, mas ele puxou sua calça jeans, fixou seu cinto e coldre e caminhou até a porta da frente sem camisa assim que eu fechei a porta atrás de mim.


Abri a porta, surpreso ao ver um policial do outro lado dela. "Posso ajudá-lo?" Perguntei, coçando a barba. O policial me olhou de cima a baixo assim que tinha aberto a porta, catalogando minhas tatuagens. Uma carranca no meu rosto. A arma que eu tinha dobrada dentro do coldre na parte baixa das costas. Em seguida, deu imediatamente um passo para trás. Um predador reconhecia o outro quando se viam. "A Srta. Comalsky está em casa?" Ele perguntou bruscamente. Eu levantei uma sobrancelha para ele. "Ela está se vestindo," disse a ele, cruzando os braços sobre o peito. Ele olhou atrás de mim, para ela, antes de se virar para mim. "Qual é o seu nome", perguntou ele. Não era uma pergunta, parecia mais uma ordem. Mas eu sabia dos meus direitos e não tenho que dizer-lhe uma coisa maldita. E eu não estava gostando da maneira como ele estava sendo tão rude e me desafiando na casa da minha mulher. "Meu nome não é seu negócio", disse, assim que Ruthie veio atrás de mim.


"Oficial Ryan", disse ela no momento em que chegou. Ela apertou o rosto contra o meu braço nu, envolvendo ambas as mãos em volta do meu braço. Eu não tinha certeza se ela estava fazendo apenas porque ela imaginava que eu estava chateado, ou porque ela queria apenas segurar minha mão. Seja qual for a razão, eu estava feliz por isso. Eu gostei da ação possessiva vindo dela. Qualquer outra mulher já teria me irritado, mas Ruthie era minha. E ela poderia me ter. Tocar-me. Fazer qualquer coisa que ela porra queira fazer comigo, e eu permitiria. Os olhos do oficial Ryan se estreitaram, e foi aí que eu vi que ele estava atraído por Ruthie. Seus olhos tinham dilatado no momento em que ela entrou na sala, e depois escureceram quando viu como ela estava me segurando. E eu sabia naquele segundo, que ele decidiu que ia ser um pau. Ele pegou um pedaço de papel do bolso e entregou a ela. "Não quero que se molhe neste tempo." Ruthie tirou de sua mão estendida e desintegrou-o em suas mãos. "Obrigada", ela disse entre dentes. Eu peguei o pedaço de papel amassado de sua mão e li depressa, enquanto o oficial Ryan virou as costas para nós e começou a descer a pé na chuva. Segui-o no momento em que percebi que ela estava recebendo uma multa. A água bateu no meu peito e começou a deslizar por minha pele, descendo forte do céu como um rio, mas eu não poderia nem mesmo notar, porque eu estava malditamente puto. Provavelmente saía vapor da minha pele com a forma que eu estava louco de raiva.


Olhei primeiro à esquerda para a rua, depois à direita. Nesses dois olhares, eu vi oito carros, três à esquerda, e cinco à direita. "Quer multá-los, também?" Perguntei. Ele não disse nada, só andou em direção ao seu carro. Com raiva fervendo dentro de mim, peguei meu telefone e bati no rosto de Loki na tela. "Sim?" Loki perguntou grosseiramente. Parecia que ele estava dormindo. Mas eu não me importava naquele momento. "Estou prestes a lutar com um policial..." Eu disse, fazendo com que o policial se afastando de mim congelasse. "Quantos anos de prisão se eu o ferir?" "Ameaçar o policial leva para prisão também. Onde você está?" Ele perguntou, parecendo mais alerta agora. "Estou na Ruthie. E isso não é uma ameaça, porra. Esta é a vida real, eu estou indo para arrebentar o seu rosto. Estou falando sério!" cuspi. "Eu estarei aí em dez minutos." Aposto que seria mais como cinco, mas eu não ia contradizê-lo. Eu também sabia que ele ia chamar reforços. A chuva começou a cair mais forte, e minhas calças realmente começaram a ficar encharcadas. Meu telefone provavelmente se molharia em breve, também. No entanto, isso não me incomoda. Eu estava tão cansado de Ruthie ser tratada como merda. Além de cansado disso tudo.


Eu estava cansado há três meses, e isso me dividiu em dois sabendo que ela estava lidando com isto enquanto eu estava fora. "Então me diga," eu rosnei. "Você deu a todos eles uma multa também?" O oficial olhou desconfiado. Sua mão estava pairando perto de sua arma como se ele estivesse pronto para usá-la a qualquer momento. E seus olhos estavam em mim como se eu fosse uma cobra venenosa pronta para atacar. "Eu não suavemente.

posso

divulgar

essa

informação",

ele

respondeu

Eu sorri. "Você não pode, não é?" Meus olhos se animaram quando ouvi motocicletas em direção a nós e sorri. O que fez o cara na minha frente dar um passo atrás. Desta vez, ele descansou a palma da mão sobre a coronha da arma. "Você vai por este caminho sem motivo?" "Tudo o que temo é por minha vida, e não é sem motivo", ele respondeu. "Você teme por sua vida?" Eu perguntei a ele. Ele não respondeu. As motos que vinham em nossa direção finalmente pararam, mas eu não olhei para elas. Você não tira os olhos de um alvo que estava pronto para atirar. "O que está acontecendo aqui?" Loki. "Oficial?" Silas.


"Sterling, o que diabos está acontecendo?" Cleo. Eu sorri obscuramente para o oficial e seus olhos se estreitaram. "Vocês precisam voltar para as suas motocicletas. Não há nenhuma razão que vocês precisam estar aqui", disse o oficial Dickhead. "Na verdade, estes são os meus irmãos", eu disse. "E eles têm todo o direito de estarem aqui." "Não, agora eles não tem. Eu vou fazer uma chamada se vocês não voltarem para suas motocicletas agora e saírem", ele rosnou. Eu estava completamente encharcado até os ossos quando ouvi a primeira sirene. E era óbvio que o Segundo Oficial Ryan ouviu as sirenes também e estava aliviado por estar tendo ajuda. Eu tinha uma sensação de que ele não sabia que tipo de conexão eu tenho, nem quem e o que eu era. Porque se tivesse, ele saberia que era inútil tentar qualquer coisa comigo. Os Wardens Dixie eram os proprietários desta cidade. Algo que ele descobriu quando Trance finalmente apareceu. Loki chamou sua atenção e fez um gesto para frente. Quando ambos se juntaram ao meu lado, eles se voltaram para olhar para o oficial Ryan como se eles não fossem companheiros de equipe. "Oficial", disse Loki. "O que está acontecendo?" Oficial Ryan olhou de mim para Loki, para Trance, depois de volta para Loki antes de dizer “Dei à mulher uma multa por estacionamento noturno. Ele não aceitou." Ele apontou-me como se eu fosse um valentão da escola, e isso me fez querer rir pra caramba. Eu consegui me segurar, no entanto.


Em vez disso eu cruzei os braços sobre o peito escorregadio e esperei. E não demorou muito. "O que quer dizer com você deu a ela uma multa por estacionamento durante a noite?", Perguntou Loki. Oficial Ryan zombou de Loki. "Ela estava estacionando ilegalmente", ele defendeu. Loki olhou para cima e para baixo da rua e apontou para vários carros diferentes. "Será que eles receberam multas?" Ele perguntou. "Não." "Por que não?", Perguntou Trance. Oficial Ryan zombou. "Porque eles não estavam lá a noite toda." "Como você sabe que o carro dela esteve lá à noite toda?" Trance perguntou. "Porque eu vim no início e no final do meu turno", disse ele. "E ele esteve lá em ambas às vezes." "Mas você não sabe se ele esteve ali à noite toda. Pode ser que estacionou lá quando você veio, saiu nesse meio tempo, voltou e estacionou mais uma vez ", disse Trance. "No mesmo exato ponto?" Oficial Ryan respondeu. "Bem, você não pode provar que ela não se moveu a menos que você tenha um vídeo de vigilância dele. Sem mencionar que você começou a patrulha às dez da noite", disse Loki. "E se você não deu multas a essas pessoas aqui," indicou os carros com um dedo. "Então isso não é justo nem é igualdade de tratamento correto." Vamos apenas dizer que ele começou a se mexer. Trinta minutos mais tarde o bloco inteiro dessa parte da cidade eram os novos proprietários orgulhosos de uma multa de estacionamento, e os motoristas do bairro que foram azarados o suficiente para estacionar na estrada não eram campistas felizes.


Especialmente os que assumi estar recebendo pela primeira vez. Havia um trio de mulheres olhando para nós da varanda da frente, duas casas para baixo, e eu poderia dizer pela forma como elas estavam apontando, o que é sarcástico, que elas pensaram que isso era uma piada. Mas Silas e Loki não estavam brincando. E o oficial também não estava brincando. Desde que Ryan recusou retirar a multa, ele foi forçado a dar uma para cada um dos que ele viu estacionado durante a noite, e isso era algo facilmente resolvido, puxando as imagens de sua câmera do painel. "Você não deveria ter feito isso", Ruthie disse baixinho ao meu lado. Envolvi meu braço em torno do seu ombro e puxei-a para o meu lado. "Eu sei", eu disse. E eu fiz. Só iria piorar a situação inteira. Muito pior. "Eu tenho que ir para o almoço", ela sussurrou. "Devo pagar a multa a caminho de casa?" "Eu não faria isso", eu disse. "O funcionário tem que enviar sua papelada, e meu palpite é que ele não vai transformar qualquer um desses papeis em multa. Seria muito trabalho para ele. Eu aposto que cada um desses moradores irá protestar essas multas. A lei é estúpida e não deveria ter sido feita em primeiro lugar. Está muito difícil de aplicá-la." Ela assentiu com a cabeça ao meu lado. "Então, é só esperar as informações no e-mail para ver se eles vão nos processar?" Ela perguntou. Eu balancei a cabeça. "Isso é o que eu faria." "Ok", disse ela. "Posso sair daqui sem bater em qualquer um?" "Eu vou dirigir para você", eu disse.


Ela está presa pelos quatro lados. A parte de trás com as motos, a parte da frente com um veículo de escolta, na esquerda pelo meio-fio e o lado direito pela unidade K-9 do Trance. Ela me entregou as chaves do seu carro e tive que rir com a enorme quantidade de chaves que ela tinha. "Você sabe," eu disse. "Isto não é bom para a sua ignição, ter essa quantidade de chaves pesadas penduradas nela." Ela olhou para mim. "Não me lembro de perguntar a sua opinião sobre o estado de minha coluna de direção", ela reclamou, caminhando de volta para sua casa. "Irritada", disse Loki. Eu balancei a cabeça. "Ela está chateada que eu intrometi minha ‘cabeça gorda’ no problema e tornei-o ‘dez vezes porra pior’". Eu usei aspas no ar quando repeti o que ela havia dito para mim, fazendo-o rir. "Soa como uma boa mulher que você tem aí. Melhor segurar ela", disse Loki. Eu o encarei. "Tenho planos para isso." "Venha até a estação e deixe que o chefe saiba o que aconteceu. Ele quer se manter por dentro. Diz que pode precisar chamar a oficial PAR aqui para averiguar", disse Loki, olhando para a chuva. Estávamos de pé sob o toldo da varanda da casa de Ruthie, agora que estava chovendo mais forte, esperando o resto dos oficiais que tinham sido chamados como apoio pelos vizinhos, se dispersarem. Para não mencionar que montar uma motocicleta na chuva não era algo que fazíamos se não fosse preciso. E, aparentemente, eles estavam todos de folga hoje. "Ok", eu disse.


Eu não gostava da oficial PAR nesta área; ela era rude e tratava todos como se fossem inferiores a ela. Ela também me odiava porque tínhamos sido do mesmo lar adotivo. Durante um ano, pelo menos. Se ela tivesse conhecido nosso pai adotivo assim como Garrison, Cormac e eu tínhamos, ela não iria me odiar. Só que ela não sabia. Ela felizmente foi embora sem saber por que ela foi a filha adotiva escolhida. Uma criança que nunca apanhou. Uma que nunca tinha que fazer as tarefas. Ela pensou que nós estávamos sempre recebendo atenção ao sair com o nosso ‘pai adotivo’. O que ela não sabia era que, quando ela pensava que estávamos recebendo atenção 'saindo' com nosso pai adotivo, nós estávamos efetivamente recebendo surras de merda, um de cada vez. Quando pensava que saíamos para ir ficar bêbados, estávamos realmente tão espancados até a merda, que nós que não conseguíamos andar direito por um bom tempo. "Eu não estou chamando essa cadela. Ela pode ir se foder. Vou me mudar com Ruthie daqui antes que ela chegue a estar envolvida", rosnei. "Ela já está envolvida", disse a voz de uma mulher divertida na frente de nós. Eu queria jogar o chaveiro pesado de Ruthie nela. Em vez disso, eu fechei os olhos e contei até dez. Quando isso não funcionou, eu contei até vinte. Então eu andei para dentro e bati a porta. Ruthie estava ali de pé com os olhos arregalados.


Ela parecia estar quase pronta para sair e saltou para trás quando eu bati a porta com força. "O que está acontecendo?" Ela perguntou. "O diabo está em sua varanda da frente e eu não quero falar com ela", respondi, inclinando minhas costas contra a porta. Os olhos de Ruthie passearam pelo meu peito, parando na protuberância na minha calça que parecia estar sempre viva quando ela estava por perto. "Eu pensei que o diabo era um homem", disse ela preguiçosamente, aproximando-se de mim. Eu balancei minha cabeça. "Todos os demônios são mulheres." "Como você sabe?", brincou ela, inclinando-se para mim. Ela pressionou seus seios macios no meu diafragma e inalei rapidamente, bebendo seu perfume. "Porque as mulheres são torturadoras. Os homens podem torturar, mas as mulheres sabem como fazê-lo muito melhor do que os homens", respondi-lhe, serpenteando o braço em volta dela e puxando-a para me mim. "E o que é que esse diabo já fez para você?" Ela perguntou. "O diabo, o nome dela é Thomasina Daniels, e ela fez o último ano da minha vida um inferno numa ilha de cobras, com uma tempestade constante para me devorar. Eu descreveria como pior do que o inferno," informei a ela. Seus lábios se moveram para frente até que pairaram sobre os meus. "E o que vamos fazer sobre ela estar lá fora?" Ela perguntou. "O que vai fazê-la ir pra longe?" "Nada", eu respondi honestamente. Ela era honesta, também. Brutalmente honesta. Evitei a cadela porque ela nunca me largou de mão, porra.


E eu sabia que seria preciso um milagre para tirá-la daqui. Ela tinha um orgulho da porra, principalmente comigo. A única coisa ruim foi que eu realmente nunca quis saber o porquê. "Ela não vai desaparecer então?" Ela perguntou. Eu balancei minha cabeça. "Não. Ela vai ficar lá até eu sair, a menos que os meninos consigam convencê-la... E eu não acho que eles são capazes disso." "Bem", ela disse, tirando seu telefone e enviando mensagem de texto para alguém. Seus dedos se moviam habilmente sobre o teclado do seu telefone antes de empurrá-lo de volta em sua bolsa e a deixar cair no chão. "O que foi isso?", Pergunto preocupado. "Eu mandei uma mensagem para as meninas", ela respondeu. "Por quê?" "Porque eu vou me atrasar...", disse ela. Em seguida, sua boca estava na minha e esqueci como respirar. "Nós não podemos..." Eu tentei. Havia cerca de dez pessoas na varanda da frente, separados de nós por apenas uma porta de merda. Eles ouviriam. Eu sabia que eles fariam. Ruthie era muito verdadeira, e eu era muito fraco para evitar que ela fosse assim. "Claro que podemos", disse ela, suas mãos indo para a fivela da minha calça. Essa era a parte fácil.


O resto foi difícil porque minhas calças ainda estavam molhadas, aderindo rigidamente nas minhas coxas e quase impossíveis de remover uma vez que elas estavam bastante apertadas. Mas ela tentou, e tendo minhas calças na metade das minhas coxas, ela desistiu. "Isso é o suficiente", disse ela. "Eu tenho o que quero de fora." Eu teria sido mais divertido se ela não tivesse tomado aquele momento para cair de joelhos e chupar meu pau todo em sua boca. Ela engoliu o filho da puta, e eu estava completamente duro. Eu senti tocar no fundo da sua garganta e joguei a cabeça para trás em êxtase. "Puta merda!" Eu exclamei quando a parte de trás da minha cabeça bateu na porta com uma pancada sólida. Ruthie riu, e eu senti aquela risada em meus pés. "Foda-se," eu disse novamente. Eu estava sendo muito articulado, eu sabia. Mas eu não podia fazer nada mais. A mulher tinha o poder de embaralhar meu cérebro com apenas a sua boca. "Porra, porra, porra", eu continuei quando ela começou a balançar sua cabeça. E quando ela engoliu, fazendo seus músculos da garganta trabalhar na cabeça do meu pau, eu a puxei pelas axilas e a virei até que ela bateu na porta com uma pancada sólida. "Leve-me", ela ordenou quando eu abaixei seu short e calcinha por suas pernas. Caí de joelhos, inclinando-me o melhor que pude com meu jeans molhado em torno de minhas coxas. Embora estranho, consegui jogar uma de suas pernas sobre meus ombros, abrindo sua boceta para minha boca faminta.


Eu não perdi tempo com brincadeira, fui direto para as coisas boas e me agarrei a ela e ao seu palpitante clitóris. Seu sabor estourou na minha língua, se espalhando através de mim tão rápido que eu poderia ter gozado. Ela não teria gostado, embora, e eu ficaria constrangido. Então eu coloquei uma mão no meu pau latejante e apertei a cabeça com força enquanto comecei a chupar seu clitóris. Quando ela puxou meu cabelo me pedindo mais, eu tomei a dica e enfiei a língua dentro da boceta dela. Ela estava tão molhada que eu deslizei direto para dentro, e meus olhos rolaram com o sabor de mel dela. Eu comi ela com a minha língua, e ela me pediu mais usando suas mãos no meu cabelo. E justamente quando eu senti seu orgasmo começar a assumir, eu me levantei, deixando cair sua perna. Ela engasgou de surpresa, ou aborrecimento por eu ter parado, mas eu não a fiz esperar muito tempo antes de enfiar meu pênis profundamente dentro de sua boceta. Eu não parei até estar profundamente enterrado dentro dela. Nossos quadris se encontraram, e eu levantei uma de suas pernas, depois a outra, até que ambas circularam ao redor das minhas costas. Em seguida, sem demora, comecei a foder com ela. Investidas longas, profundas. Eu estava levando-a com tanta força que ela saltava contra a porta. No entanto, a minha mente não estava nas pessoas do outro lado. Era tudo sobre a mulher que estava olhando nos meus olhos, olhando para mim como se eu fosse seu mundo. A única coisa que importava era se eu estava com ela.


E isso era algo que eu nunca tinha recebido de qualquer outra pessoa. Claro, eu tinha grandes amigos, mas a mente humana tem um certo egoísmo ao lidar com as pessoas. Elas sempre olham para si mesmas em primeiro lugar, em seguida, para as outras pessoas que ama. Bem, isso não era o que estava nos olhos de Ruthie agora. Havia todo o seu amor. Por mim. Ela queria que eu fosse feliz. E eu queria que ela fosse feliz com a minha própria felicidade. Era, eu imagino, o que faz uma relação ser real, você trabalhando de forma pura e verdadeira "Você parou", ela sussurrou, suas mãos emoldurando meu rosto. Virei a cabeça e beijei a palma da sua mão. "Eu tenho que te dizer uma coisa... depois que terminarmos. Não me deixe esquecer", disse a ela. Seus olhos se arregalaram. "Você vai dizer que você está terminando comigo depois de conseguir o que quer?" Meu queixo caiu. "Não era isso o que eu ia dizer... Nem perto!" Eu bati. Ela me olhou desconfiada e eu suspirei, pressionando em seu centro mais profundo, deixando meu pau e o peso do meu corpo segurá-la para que eu pudesse levantar as mãos ao seu rosto. "Eu queria dizer que eu te amo, mas eu pensei que era um pouco cliché de fazer enquanto estivéssemos fodendo," bati. Seus olhos se estreitaram. "Bem, você poderia chamá-lo de algo diferente de 'fodendo'. Isso soa brega, quando no mesmo fôlego você diz que me ama", ela retrucou. "Bem...?" Perguntei, esperando pacientemente. "Bem, o que?" Ela perguntou com indiferença.


Baixei as mãos do seu rosto e sorri. Bem, se esse é o jeito que ela queria levar, eu poderia lidar com isso. Segurando em sua bunda, eu retirei meu pau do seu calor apertado todo o caminho antes de bater de volta dentro dela. Foi um movimento furioso, dentro e fora; tão rápido que eu mal tive tempo de perceber que estava fora antes de estar de volta dentro dela. Ela gritou. Alto. Então, ela estava gozando. Gozando com tanta força que sua bonita boceta apertou meu pau e eu vi o céu. "Doce, mãe misericordiosa de Deus..." Engoli em seco. Ela era tão fodidamente apertada. "Deus, Sterling. Sim!", Gritou Ruthie. "Sim!" Eu não pude mais me segurar. Estava gozando também, e eu ainda não tinha percebido que estava perto. Gozo então em longos jorros, banhando suas entranhas com minha essência, enquanto ela continuava a chamar meu nome. "Sterling", ela engasgou. Rosnei enquanto continuei a lançar os últimos restos saindo de mim, descendo do meu orgasmo gradualmente. "Você é como uma droga viciante'", ela sussurrou. Eu enterrei meu rosto em seu pescoço antes de ouvir uma voz forte na porta quase em cima do meu rosto. "Eu não estou indo embora, mesmo depois de ouvir os sons da sua sacanagem com a sua mulher."


Eu endureci e comecei a me afastar, quando os braços de Ruthie apertaram ao redor do meu pescoço. "Vá para fora pela parte de trás", ela sussurrou. Eu puxei para fora de sua boceta, sorrindo, quando minha porra começou a vazar para fora dela, caindo por suas coxas como uma imagem erótica. Ela olhou para baixo, seguindo o meu olhar, e riu. "Você certamente acha isso sexy," ela balançou a cabeça. Mas quando ela começou a ir em direção ao banheiro, eu a parei com uma mão em seu cabelo. "Você esqueceu-se sombriamente.

de

dizer

alguma

coisa",

eu

sussurrei

Ela bufou. "Eu não esqueci nenhuma maldita coisa," ela respondeu, andando para frente até que eu a deixei ir soltando o seu cabelo. Eu a deixei ir. Mas então ela se virou para me olhar por cima do ombro, vestindo apenas sua camisa com seu cabelo desarrumado ao redor do rosto e nos ombros. "Sterling?" Ela perguntou. Levantei uma sobrancelha para ela. "Sim?" "Você vai rir", ela admitiu. "Rir de quê?" Eu perguntei em voz alta. "Eu não quero dizer que eu te amo... porque o amor me ferrou mais de uma vez e eu não sei se posso dizê-lo novamente. Porque essas palavras perderam significado para mim. Mas eu... ich liebe dich", ela disse antes de correr para o banheiro. Eu a segui, tirando minhas calças molhadas e chutando-as contra a parede de seu quarto.


"Que língua é essa?" Perguntei-lhe baixinho, sentando-me na cama para que eu pudesse vê-la quando molhou uma toalhinha na pia. Sua cabeça pendia. "É algo que eu lembro do meu pai... Dizer a alguém no telefone. Eu olhei um dia. Isto significa eu te amo em alemão," ela sussurrou. Com tanta suavidade que eu quase não consegui ouvir. Mas foi o suficiente. Por agora, foi o suficiente.


"Onde está Ruthie?" Cormac me perguntou quatro horas mais tarde, quando nós caminhamos para o posto de gasolina. Eu fiz uma careta. "Ela está almoçando com Sawyer," disse a ele. "Você percebe que vamos ficar cobertos de lama, não é?" Cormac deu de ombros. "Já fizemos isso antes, garoto." Garrison agarrou três Gatorades e caminhamos até o caixa para pagar. "Qual é o problema?" Perguntei a Cormac. Os olhos de Cormac foram para Garrison, em seguida, de volta para os meus. "Ele ainda está chateado com você." Eu congelei e me virei para examinar o rosto de Cormac. "O que quer dizer com ele está chateado comigo? Por quê? Eu não me lembro de tê-lo ofendido." Ele não disse nada, só levantou as sobrancelhas para mim por tanto tempo que eu comecei a pensar no que eu acabei de falar. Então me bateu. Literalmente. "Aqui", Garrison disse quando jogou um Gatorade no meu peito.


Ele bateu contra mim e caiu com um baque no chão aos meus pés. Eu olhei para Garrison e vi suas costas recuando para fora da porta, e sabia o que eu tinha que fazer. Corri atrás dele, derrubando-o na grama a cerca de trinta metros de distância da entrada. Ele caiu duro comigo em suas costas e mantive-o em um aperto que ele não conseguiria sair tão cedo. "Me solta, filho da puta", Garrison rosnou, lutando inutilmente para se soltar de mim. Eu só me aproximei ainda mais, colocando meu rosto perto o suficiente para que minha barba estivesse em seu olho. "Eu amo você, filho da puta. E o que há de errado com a porra da minha bunda?" Perguntei. "Nada há de errado com a sua bunda, porra, eu só não quero isso de você. Agora saia de cima de mim", disse ele, revirando de costas. Eu o deixei ir e Garrison ficou instantaneamente de pé. "Você parece uma merda", eu disse, estudando-o. Garrison suspirou. "É a escola. Há um novo treinador de futebol que está montando minha bunda constantemente. Sem contar que você esteve ausente durante quase dez semanas e, de repente você aparece, exigindo que eu jogue bola com você como se nada tivesse acontecido!” Gritou, acenando com as mãos no ar. Garrison era sempre aquele que falava gesticulando. Ele colocava tudo para fora enquanto falava, embelezando onde a merda precisava ser embelezada. Ele sempre foi excessivamente animado, também. Tudo com Garrison fica fora de proporção. Mas eu não me importava.


Eu amava Garrison como um irmão, apesar de seus defeitos irritantes. "Sim, foi divertido conduzir por duas horas e meia pensando que algo estava realmente errado" Cormac disse, finalmente se aproximando de nós. Ele tinha todos os três Gatorades nas mãos, bem como todas as três luvas. No momento em que ele chegou perto o suficiente, começou a dividir as nossas coisas, só parando quando estava segurando somente sua luva e Gatorade. "Então vamos logo fazer isso. Eu tenho que estar de volta às sete para um jogo", disse Cormac. Eu levantei uma sobrancelha para ele, mas ele começou a andar. Nós geralmente jogamos no parque à direita da rua, parando na loja de conveniência do posto de gasolina para pegar alguma bebida ao longo do nosso caminho. É a cerca de vinte minutos da minha casa e serve como um ponto de encontro central para nós três. "Então, o que se passa com o treinador de futebol? Ele está sendo um idiota de propósito?" Perguntei. Garrison sacudiu a cabeça. "Não. Sim. Eu não sei dizer. Acho que ele está se sentindo ameaçado por mim. Mas eu nunca fiz absolutamente nada para ele. Eu não estou nem mesmo envolvido com o time de futebol." Garrison foi o treinador de basebol em Shreveport e professor de ciências. Ele era um filho da puta inteligente e talvez o cara estivesse apenas achando que ele era uma ameaça de uma maneira em geral. Garrison não é muito acessível. E foi o que eu disse a ele em seguida. "Eu odeio a porra da sua cara. Essa é a verdadeira história", Garrison rosnou, empurrando-me para longe dele.


Eu ri. "Você está mentindo. Você ama minha cara, porra, que é por isso que você está tão chateado comigo." Garrison se virou para mim e parei ao ver a expressão no seu rosto. "Você ter sumido me assusta pra caralho. Eu me preocupo constantemente se você vai estar de volta em casa. Mas eu não reclamo porque sei que você ama isso, porra. Isso não impede o medo que eu sinto, embora. Então, que tal você parar de tentar nos convencer que está tudo bem e pela primeira vez nos dizer como você está realmente se sentindo," Garrison disse em tom acusador. Eu estremeci. Mas eles eram meus irmãos, os que estariam sempre esperando a minha volta não importa o quê. Os tenho em minhas costas quando nada mais importar. "Eu não achei que você iria voltar para casa desta vez", disse honestamente. "A bomba explodiu na hora que eu pisei no pátio da porra do motel. Se eu não estivesse usando um colete à prova de balas, teriam estilhaços na porra do meu coração. Eu fiquei com mais de dez peças presas em meu colete." Silêncio. "Você voltou pra casa, apesar de tudo. E você está vivo e bem", Cormac disse finalmente. Eu balancei a cabeça. Eu tinha estado perto, no entanto. Eu pensei que ia morrer. Teria morrido se Parker não tivesse me puxado para baixo com ele. Parker e eu, nós trocamos turnos para salvar as vidas. Obviamente, agora era a minha vez de fazer o mesmo por ele, já que ele esteve as minhas costas desta vez. "Eu não quero mais falar sobre isso. Eu quero colocar alguma raiva para fora", disse a eles, acelerando meus passos.


Eu praticamente podia ver os dois trocando olhares e esperava que eles mantivessem as merdas de seus comentários para si mesmos. Mas eles não fizeram. "Então, isso é tudo o que está incomodando você? Você ser quase explodido?" Perguntou Garrison. Dei de ombros. "Sim." Eu estava mentindo e ambos sabiam disso. "Vamos, nós prometemos que não vamos contar", Cormac brincou me dando um chute na bunda, me empurrando para longe. Virei e olhei para ele, sabia que ele gostava de Thomasina ainda menos do que eu. Então, acabei com sua alegria dizendo-lhe o que aconteceu. "Eu também vi Thomasina hoje, ela chamou Ruthie de puta." "Que porra ela queria?" Cormac rosnou. Cormac e Thomasina compartilharam alguma coisa quando estávamos vivendo juntos, e eu não poderia dizer o que era. Embora eu tivesse perguntado, ele se recusou a me dizer. Eu peguei a luva de beisebol e a ajustei no meu lado. "Thomasina é a oficial PAR. Ela é responsável pela área onde está a casa de Ruthie. E uma vez que eles têm obtido tantas queixas sobre Ruthie de tantas pessoas diferentes, Thomasina foi enviada para falar com ela. Nenhum de nós falou com ela porque ela é muito rude, porra," respondi. "Ela ainda está tendo problemas com seus vizinhos?" Perguntou Garrison, pegando a bola e jogando no ar antes de pegar mais uma vez. Eu balancei a cabeça. "Sim, eu acho que vou ficar lá por um tempo... Para manter um olho nela e tudo." Cormac bufou. "Tenho certeza que é por isso que você esteve hospedado lá. Tudo por causa de seus vizinhos. Tenho certeza que não tem nada a ver com ela ser doce..."


Eu joguei a bola para ele, e ele a pegou com uma risada. "Touché, delicado, para alguém que só quer proteger a menina dos vizinhos", Cormac riu. Virei-me. "Eu não disse que era a única razão", eu coberto. "Então você aaaaaaama ela?" Garrison balbuciou. Eu lancei a bola com força e ele a pegou com uma risada, puxando sua luva e sacudindo a mão. "Você está pegando o modo de falar do ensino médio agora, pau manso?" Perguntei-lhe. Garrison sorriu impertinente. "Sim, essa porcaria infantil com certeza pega em você quando está sendo sufocado com isso todos os dias." "É por isso que você não tem uma namorada", disse Cormac. "Você não tem uma namorada também", Garrison repreendeu. Ambos olharam para mim simultaneamente. "Por que vocês estão olhando para mim?" Perguntei, pegando o bastão e indo para minha posição. Cormac ficou em posição enquanto eu me ajustava. O que eu sempre usei quando estava me preparando para o bastão. Pé esquerdo plantado. Pé direito plantado. Balançar três vezes. Virar à esquerda. Certo. Acima. Em seguida, para baixo. Finalmente, eu estabeleci o meu olhar sobre Cormac e assenti. Cormac acalmou, olhou para a esquerda e para a direita, em seguida, levantou a perna antes de jogar uma bola rápida para mim. Direto.


Baixo. Meio. Eu levantei o bastão. Bati tão forte que passou por cima do muro rumo às árvores além do campo. "Boom!" Eu gritei, correndo as bases. Depois que eu corri todas as três bases que percebi que nenhuma torcida estava me aplaudindo. "Que porra é essa?" Eu perguntei a eles. Garrison foi o único a falar. “Você não comemorou como um lunático. Que porra mais está errada com você?" Perguntou Garrison. "Só tive um dia ruim", eu disse, encolhendo os ombros. Minha mente foi para a outra coisa que tentei duramente não pensar desde que tinha recebido a notícia, e cerrei os dentes quando entreguei o bastão a Cormac e peguei outra bola. "Prepare-se," eu pedi. Cormac fez, mas Garrison ficou ao meu lado e me encarou. "O que mais? Isso não é tudo", Garrison empurrou. Sabendo que era inútil, que ele não pararia até que eu tivesse dito tudo, eu finalmente disse o que estava mais me incomodando. Ainda mais do que todas as outras coisas. Por último, mas não menos importante, e toda essa merda. "E ainda por cima de tudo isso, eu descobri que minha mãe está na cidade... No nosso velho lugar", eu disse finalmente. Cormac jogou a bola para mim, e eu peguei antes de virar à direita jogando-a no Garrison. Garrison pegou, atirando de volta para Cormac.


Acho que fizemos rebatidas até que nos acalmamos. Fizemos isso por um longo tempo enquanto ninguém falava. Pensei que eles iam me deixar quieto, mas Garrison finalmente falou. "Por que você não vai enfrentar a prostituta?" Suspirei. "Eu tenho que voltar para a base em dois dias. Então, agora não seria um grande momento para ir. Sem mencionar que eu vou deixar Ruthie aqui sozinha", respondi. "Você quer que a gente cuide dela?" Perguntou Cormac. Dei-lhe um olhar. "E exatamente como você faria isso a três horas de distância?" Retruquei. Ele encolheu os ombros. "Eu não posso, mas Garrison pode", respondeu. Garrison assentiu. "Eu posso ver ela para você. Deixá-lo saber se alguma coisa acontecer com ela. Eu posso também conversar com a prostituta para você." Garrison não gosta da minha mãe. Ele estava tão irritado quanto eu, que ela tinha me entregado para adoção. Principalmente, porque ele não gostava de ver seus amigos magoados ou chateados. Ele era protetor. Ele tinha tomado esse papel quando tínhamos estado em um orfanato e odiava que não podia proteger-nos de toda a merda que foi jogada em nós. "Eu não posso nem pensar nela agora. Vou explorar isso quando chegar em casa. Mas você precisa manter seu nariz fora dessa merda. É


melhor eu não voltar aqui e descobrir que ela sabe que eu ainda estou aqui na cidade," Eu falei aos dois. Cormac sorriu. Garrison fez uma careta. "Vamos ver", Garrison finalmente concordou. "Mas você não vai sozinho quando voltar. Vamos todos juntos." "Que tal mudar de assunto? De preferência a algo que não me faz querer vomitar." Eu disse-lhes. Cormac sorriu. Garrison bufou. "Nós poderíamos falar sobre o fato de que Cormac vai treinar para a Spark no final deste mês", Garrison forneceu. Eu congelei pronto para jogar a bola para Cormac: "O quê?" Cormac olhou para Garrison. "Eu lhe pedi para não falar sobre isso", Cormac rosnou. "Por que você não quer que eu saiba?" "Eu nem sequer quero que este filho da puta saiba", apontou para Garrison. “Eu não quero que você me veja fazendo o teste. Algo que eu sei de fato que agora diabos você vai fazer." Eu não nego. Nós tínhamos ido a cada um dos jogos de Cormac que podíamos, e continuaríamos a fazê-lo. Por quê? Porque ele era nosso irmão. E eu queria que ele fosse feliz. E beisebol o fazia feliz. "Você deve experimentar, também," Cormac ofereceu. Eu atirei-lhe um olhar.


"Eu não tenho jogado em um jogo real desde que estava na escola," disse a ele. "Por que eu iria constranger-me, indo fazer um teste num time de beisebol profissional?" "Você joga o tempo todo", Cormac defendeu. Eu balancei minha cabeça. "Não, eu não. Eu faço jogo recreativo. Não há concorrência nisso. E eu tenho um trabalho. Não preciso de outro." Cormac sorriu. "Você está dizendo que jogar com a sua mulher não teve concorrência?" Eu segurei minha língua. Porque eu sabia que o que eu dissesse logo em seguida, de alguma forma voltaria para Ruthie. Então, escolhi as minhas palavras com cuidado. "De Ruthie, bom, não me interpretem mal. Mas ela não pode lançar uma bola a cem milhas em um campo pequeno. Ou bater com tanta força que a bola vá para fora do parque." "Você só está inventando desculpas porque você é um veado", Cormac tocou. Eu joguei a bola em direção ao seu rosto e ele pegou facilmente, atirando-a de volta para mim. Eu a peguei juntamente com o bastão caído na grama, joguei-a no ar, e bati tão duro quanto eu podia. Garrison e Cormac começaram a correr, mas perderam. A bola passou por suas cabeças, fazendo com ambos xingassem. Bolas caídas longe significavam voltas que teríamos que ser caminhar, e eu sorri. "Isso é o certo, cadelas. Comecem a correr!"


"O que é isso?" Perguntei a Sterling, apontando para o pequeno peixe em um chaveiro que parecia que tinha sido mastigado por um cão, ainda que Sterling não tivesse um cão. "Este é o Nemo", respondeu ele quando enfiou a camisa na calça. "Por que 'Nemo' parece como se tivesse sido colocado em um dispositivo de tortura?" Perguntei. Ele encolheu os ombros. "Eu recebi de uma daquelas caixas “Adote um Soldado” quando eu estava na minha primeira implantação", ele respondeu, como se fosse algo que eu deveria saber. Olhei para ele bruscamente. Já se passaram dois dias depois do que eu gostava de chamar de ‘dia do fiasco’, também conhecido como o dia que Sterling enfrentou um policial na porta da minha casa. Eu ainda não conseguia explicar a minha reação a tudo isso. Mesmo agora, dois dias depois, eu achei extremamente frustrante e sexualmente excitante assistir a luta de Sterling por mim.


Acho que deve ter sido por isso que achei tão estimulante tudo isso. Que ele realmente tinha me defendido, por assim dizer. Ele tinha ficado do meu lado, e estava disposto a enfrentar um homem da lei, para mostrar claramente isso. Eu pensei que estava tudo bem com ele, quando eu tinha deixado ele para ir ao almoço com as meninas, e ele partiu para treinar com Cormac. Algo tinha acontecido, embora. Algo que ele não estava disposto a falar ainda. Eu tinha lhe dado espaço, tentando me certificar de que ele percebesse que eu não iria empurrar se ele não quisesse, mas fui ficando cansada. "Então, ele já veio assim ou isso aconteceu depois que você o recebeu?" Eu perguntei, pegando a coisa pendurada frouxamente por um cordão velho e desgastado. Ele o arrancou da minha mão e empurrou a coisa toda no bolso, olhando para mim. "Eu ganhei de um garoto que disse que se sentia seguro com ele à noite quando ele era mais jovem, e ele queria que eu o mantivesse para que eu também me sentisse seguro em um lugar que não estava protegido. Eu o carrego em cada patrulha, missão e voo de ida ou volta para casa, desde que eu o ganhei," explicou ele, impaciente. Ele estava agindo como se nem sequer quisesse estar aqui. E eu estava ficando cansada de pisar na ponta dos pés em torno dele, preocupada se faria a besta acordar. Então, em vez de empurrar, eu não disse uma palavra. Eu não era uma espécie de garota de confronto. "Tudo bem," eu disse, balançando a cabeça. "Eu vou para uma corrida." Eu não me preocupei em perguntar-lhe se ele queria vir comigo.


Eu sabia que ele tinha de se apresentar na base hoje, e provavelmente já teria ido quando eu voltasse. Mas eu era terrível em tentar descobrir o que estava errado com as pessoas. Eu tive o suficiente da minha própria merda para lidar, para ter que adicionar a merda dos outros a minha. "Ok, te vejo mais tarde", disse ele. Eu balancei a cabeça e caminhei até a porta de trás, onde meus tênis estavam. Eu tinha vestido shorts e um top mais cedo e não tinha planejado correr até que percebi que ele me mantinha à distância. Mas me incomodou que eu me importava que ele não estivesse sendo muito bom, e eu não quero dizer qualquer coisa que me arrependa mais tarde. Assim, a minha decisão foi sair antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa que me chateasse. Consegui calçar os tênis, sair pela porta de trás e ir para a floresta que cobria a parte de trás da minha casa em menos de trinta segundos. Mas quando passei centenas de folhas que caíram de uma árvore na semana passada e se espalhou na minha porta traseira, sentei-me e olhei cegamente para o chão debaixo dos meus pés. Eu odiava me sentir triste. E eu definitivamente estava me sentindo triste. Pateticamente. Eu acho que estava mais chateada com o fato de que Sterling teria que ir por duas semanas, em vez do fato de que ele não estava falando comigo. Eu não tinha percebido o quanto me incomodou que ele estava saindo depois de tudo o que tinha acontecido. Ele só estava aqui há alguns dias, e já estava saindo novamente.


Um galho de árvore rachou em algum lugar atrás de mim, e eu me virei para olhar, mas não tinha ninguém lá. Franzindo as sobrancelhas, levantei-me e comecei a caminhar de volta para minha casa. Talvez se eu apenas lhe dissesse que eu entendia e que ele poderia falar o que estava o aborrecendo quando estivesse pronto, ele saberia que eu estava lá para ele. Ele não precisava agir como uma cadela. Ele tinha um monte de problemas para lidar, e nem tudo girava em torno de mim. Exceto que quando eu cheguei na minha casa e entrei, Sterling tinha ido embora. Eu só tinha ido por dez minutos, no máximo, mas ele saiu e não tinha ninguém para culpar além de mim mesma.

"Qual é o seu problema?" Lily me perguntou. Olhei para encontrar uma das minhas melhores amigas no mundo olhando para mim como se não me conhecesse. "Sterling está me mantendo afastada", eu disse finalmente. Não enrolei em torno do assunto. Eu disse a ela tudo sobre Sterling há apenas alguns dias atrás, no meu almoço com Sawyer e ela. Elas sabiam que eu estava apaixonada por ele. "Por que ele faria isso? Será que vocês brigaram?" Ela perguntou preocupada.


Eu balancei minha cabeça. "Não. Ele tem algum tipo de problema e não quer me falar. Ele só vai ficar fora duas semanas... pelo menos é o que ele disse. Mas eu não deixei as coisas boas entre nós, e eu me sinto como merda sobre isso." "O que aconteceu?" Ela questionou, brincando de girar o garfo em cima da mesa com um dedo. Suspirei. "Bem, não muito, para ser honesta. Depois que voltei do almoço com vocês no outro dia, eu entrei e ele estava apenas olhando para a parede com um olhar vazio em seu rosto," disse. "No começo eu pensei que era apenas porque estava sozinho, mas ele continuou a fazê-lo nos próximos dois dias. Então ele simplesmente soltou a informação do que tinha planejado para mim, e fiquei em choque. Esta manhã eu estava brava com ele por não confiar em mim com o que estava errado, então eu o deixei para ir em uma corrida sabendo que ele estava prestes a sair. E quando voltei para pedir desculpas, ele já tinha ido embora", eu disse a ela. Lily assentiu. "Eu acho que um pedido de desculpas de sua parte vai ser bom, mas eu não vejo o que você fez de errado aqui. Parece-me que ele só precisa passar por seus problemas por conta própria, e quando ele estiver pronto para deixá-la saber o que esses problemas são, ele vai." Pisquei. "Isso é tudo que você tem?" Ela sorriu, revelando seus dentes brancos retos e brilhantes. Eu não poderia explicar como ver o seu sorriso feliz me fez sentir. Eu amo Lily. Ela era minha melhor amiga no mundo e não tinha visto o seu sorriso em um tempo muito longo. Eu estava feliz que ela estava feliz. "Deixe-me lhe dizer algo sobre Alfas", disse ela, inclinando-se mais perto de mim. Eu suspirei, mas inclinei-me, também.


"E o que você tem para me dizer?" Perguntei em um tom conspiratório. "Alfas tem algum tipo de interruptor em seu cérebro, que lhes diz que expressar seus sentimentos é uma fraqueza", disse ela. "Oh, isso deve ser bom", disse o marido de Lily, tomando um assento ao meu lado e jogando seu braço ao meu redor. "Eu tenho que ouvir isso. Eu poderia tomar notas." Lily ignorou seu marido, e eu me inclinei para ele e descansei a cabeça em seu ombro. Dante Hail era o cara mais impressionante no mundo. Eu conheci alguns caras impressionantes antes, especialmente desde que eu era de Benton. Ele era o proprietário de seu um negócio lucrativo, e poderia definilo como um cara ‘durão’. Ele era alto, com cabelo loiro, maçãs do rosto cinzeladas, olhos azuis penetrantes e um sorriso amigável. "Então eles não dizem o que estão sentindo, não porque eles não querem você em seus negócios, mas porque eles não sabem como se expressar sem parecer fracos." Lily continuou. "Manter suas emoções sob controle - e para si mesmos - é algo que está naturalmente enraizado nesses caras. Eles veem emoções como uma fraqueza, ao se sentirem fracos eles se sentem inadequados. Eles não as reconhecem, e eles certamente não falam delas, pelo menos não com facilidade..." Eu sorrio para Lily. Ela realmente não se importava que o marido malvado estivesse sentado ali, ouvindo-a falar sobre algo que, provavelmente, era uma fonte de discórdia entre eles. Eu me lembrava, em muitas ocasiões quando Lily me visitava durante a minha prisão e como ela dizia que seu marido estava sendo 'touro louco' e 'teimoso'.


"O que você está falando, Lil?" Perguntou Dante. "Você está dandolhe conselhos sobre um assunto que você não sabe nada." "Oh?" Ela perguntou. "E como você sugere que ela obtenha as informações que ele está escondendo dela?" "Honestamente?" Perguntou Dante. Lily assentiu. "Pergunte a ele. Se você quer saber e ele quer que você saiba, ele lhe dirá. Se ele não quer que você saiba, então não irá lhe dizer. Porém, isso não quer dizer que ele não se preocupa com você. Significa apenas, que ele está tentando processar tudo e quando ele estiver pronto para falar, ele vai", Dante nos informou. Eu bufei. Isso soou como Sterling. "Então, Lily disse-lhe a boa notícia?" Dante perguntou jovialmente. Os olhos de Lily ficaram absolutamente venenosos. "Não", ela disse com os dentes cerrados. "Eu não disse." Eu pisquei surpresa com o tom dela com o seu marido. “O que foi?” Perguntei, olhando entre os dois, entre divertida e emocionada. Lily finalmente virou os olhos para mim. "Nós descobrimos o sexo do bebê." Ela sorriu com os olhos felizes. "E... escolhemos um nome." Meu estômago se apertou. Novamente, não era como se não estivesse feliz por Lily e Dante... Era apenas difícil ouvir as outras pessoas recebendo seus felizes para sempre, quando eu não o fiz. Porém, o que foi realmente um soco estômago foi o que Lily disse em seguida.


"É outra menina, e nós decidimos chamá-la de Jade Ruthann", ela sorriu. "Ohhh," eu sussurrei. "Isso é bonito. Parabéns." Como eu poderia imaginar que ela escolheria o meu nome? Eu estava surpresa que não engasguei com essas palavras. "Eu tenho que usar o banheiro. Estarei de volta logo", sussurrei, correndo para fora da cabine direto para o banheiro. Sorte minha que eu não tive que ir ao banheiro público. Desde que nós tínhamos decidido almoçar em Halligans, eu era capaz de deslizar através da porta da cozinha e usar o banheiro de trás sem que ninguém mais soubesse. Bem, tipo isso. Eu sabia que Silas tinha me visto. Ele via tudo. Seus olhos me cronometrando no momento em que entrei na cozinha. Seu escritório ficava na parte de trás e ele podia ver a porta de onde estava sentado. Ele começou a se levantar, mas eu balancei a cabeça para ele e praticamente corri para o banheiro, batendo a porta quando entrei. Eu caí sobre a tampa do vaso com os olhos cheios de lágrimas e olhei para as minhas mãos apoiadas em meu colo. Deus, ela está tão mal. Eu praticamente podia sentir ela toda, pois o seu corpo minúsculo enchia minhas mãos. Eu tinha sido capaz de segurá-la por horas antes deles finalmente virem para ela. Durante esse tempo eu tinha dado o meu relatório a polícia, com ela nos braços, sob os olhares simpáticos dos detetives devastados.


Eu a vesti em sua pequena roupa de recém-nascida que não se encaixava muito bem. A envolvi na pequena manta que eu havia separado para cobri-la quando nós saíssemos do hospital para casa. E eu tinha feito tudo sozinha. Lily e Dante estavam no outro lado do mundo, Dante tinha sido transferido para a Alemanha, pelo Exército. Eles haviam se casado uma ou duas semanas antes de eu dizer a Bender que estava grávida, pois Dante tinha recebido ordens que ia ser transferido para a base do Exército em Heidelberg, Alemanha. Eu não tive contato com ela por mais de oito meses, e estava tão animada para apresentá-la a minha filha. Então, eu sabia que não era culpa de Lily. Ela não tinha ideia do que estava errado comigo, pois eu não tinha lhe dito nada. Ela não tinha ideia do por que eu tinha matado Bender... Não realmente. Ela não tinha sido capaz de ir para o julgamento, e o pouco que sabia sobre a situação toda, era o que eu disse a ela. E acho que ela sabia. Ou suspeitava. Mas ela me deu isso, me permitiu manter os meus segredos. Ela sabia que eu tinha matado Bender em legítima defesa... O que ela não sabia, era que tinha sido porque eu fui consumida pela tristeza, por ele ter matado a minha filha. A única parte de mim que era boa... E pura. Eu não percebi que meus soluços se tornaram tão dolorosos até que uma batida soou na porta. "Você está bem?" Uma voz masculina abafada chamou do outro lado. Silas. "Sim", eu falei baixo.


"Você não parece bem", Silas desafiou. "Estou bem," eu menti. Eu ouvi algo que soou claramente semelhante a 'mulheres cabeça dura, porra', mas eu não podia ter certeza. "Ligue-me se precisar de mim", Silas ordenou. Eu balancei a cabeça, mesmo que ele não pudesse me ver. "Ok", eu disse através de outro soluço. Eu praticamente podia ouvi-lo suspirar através da porta e um pequeno sorriso começou a se espalhar em meus lábios. Eu realmente amava Silas. Eu o amava por Sawyer. Amava saber que ele tratou minha boa amiga com a ternura que ela merecia. Eu não gostava que ele estivesse colocando o nariz em meu negócio. Eu precisava de independência como as plantas precisam de chuva. Eu havia me tornado tão acostumada a fazer o que me diziam para fazer, que às vezes, eu nem sequer percebia que estava seguindo ordens, até que já tinha seguido e não poderia deixar de segui-las. No entanto, estes homens... Esses Dixie Wardens... Eles me deram a independência que eu desejava, e sempre me cuidavam. Algo que Sterling tinha dito que aconteceria. ‘Nós olhamos para os nossos... E amor, você é minha.' Tinha saído da boca de Sterling em uma noite, quando estávamos deitados na cama discutindo a política dos MC’s. Deixei minha cabeça cair para trás enquanto eu pensava sobre tudo o que tinha que resolver. Eu tinha tomado a decisão de sair da casa onde morava e o casal que tinha me alugado já havia concordado em me deixar ocupar outro lugar que era a cerca de dez minutos da cidade.


Algo que eu tinha a intenção de dizer a Sterling, pois eu deveria me mudar até o final da semana. Eu também tinha chamado Dane, com o seu enorme carro reboque, para me ajudar na mudança. Hoje à noite, depois que chegasse em casa do meu almoço com Lily, eu começaria a encaixotar as coisas. Eu tinha arrumado embalagens de supermercado. Então, quando eu estivesse pronta, estaria me mudando para a casa nova. Embora a única que eu poderia ficar com esse curto aviso prévio e não quebrar o meu contrato de arrendamento, ficava a apenas uma rua da que eu estava no momento. Novos vizinhos significavam menos problemas... Espero. Sem querer perder tempo, mandei uma mensagem para Lily dizendo que estava indo para casa, porque esqueci que tinha marcado com a empresa de pragas, destranquei a porta do box, e, em seguida, olhei para a janela no canto do banheiro. Fui atrás do vaso sanitário, peguei a lixeira, subi e destranquei a janela. Ela se abriu com facilidade e felizmente tinha uma borda grande o suficiente para me permitir passar por cima da abertura, assim eu não cairia, e sim deslizaria graciosamente para fora. Eu pousei no concreto fora do prédio, com os pés quase em silêncio e então me virei para fechar a janela. Quando terminei de fechar, me virei e comecei a andar em direção ao meu carro, ignorando o grupo de homens que tinham se reunido em frente ao bar. Era sexta-feira à noite, por isso não me surpreendeu que já tinha uma fila esperando para entrar. O que me surpreendeu embora foi um gracioso casal mais velho de pé um pouco mais longe do fim da fila.


Eles não pareciam o tipo que iam a um bar para comer... Não com aquelas roupas de qualquer maneira. E eles realmente não estavam vestidos para um bar. A mulher usava calças brancas de linho, uma camisa lavanda de seda clara e um lenço ao redor de seu delicado pescoço. Ela tinha cabelo loiro escuro que caía em longas ondas soltas pelas costas. E embora ela me parecesse familiar, foi o homem ao seu lado, que prendeu minha atenção. Ele era alto. Realmente alto. Ele era mais velho, mas não realmente velho. Ele tinha cabelo loiro com uma pitada de vermelho nele quando se movia, tinha olhos cinzentos afiados que observavam tudo em torno dele, sem realmente mover um centímetro. Ele estava usando uma roupa vistosa semelhante à da mulher ao seu lado, mas suas calças eram pretas e uma camisa de botão lavanda pálida por baixo. Seus olhos me pegaram quando olhei para ele, e eles se estreitaram, fazendo com que eu acelerasse meus passos. Eu não conseguia descobrir porque olhei para aquele homem assim, mas sabia que não resolveria nada continuar olhando. E se eu não me apressasse, Silas iria perceber que eu não estava no banheiro e viria à minha procura. Ele sentia algum tipo de responsabilidade por mim, e eu odiava isso. Então, na minha pressa de sair de lá, eu não percebi que o homem que eu estava assistindo estava agora me observando. Eu não vi o seu rosto virando para baixo em uma careta. Nem a maneira como ele puxou a carteira e olhou para uma imagem. Porque se eu tivesse visto isso, eu não ficaria tão surpresa alguns dias mais tarde, quando Sterling voltou para casa.


Meus olhos olhavam fixamente para a tela da TV. Eu estava assistindo o noticiário das dez da noite e pensando sobre que dia de merda que tinha sido o de ontem. As gorjetas tinham sido uma merda. Os clientes tinham sido ainda mais merda. Pelo menos Silas não tinha pegado as minhas gorjetas, ou poderia ter sido ainda pior. Toda vez que ele pegava minhas míseras gorjetas, eu sofria ainda mais.

"Um sinal de alerta foi emitido para um bebê de 11 meses que foi roubado em um posto de gasolina esta manhã pela mãe da criança, que é supostamente instável. A criança estava no carro de seu pai quando ele parou para abastecer e enquanto ele estava ocupado com a bomba, não percebeu que seu filho estava sendo retirado do banco traseiro", a âncora de notícias informou.


Olhei para cima, vendo uma imagem granulada de uma mulher com cabelo castanho tirando a criança de dentro do carro, enquanto o homem olhava na outra direção. Ele nem sequer percebeu o que tinha acontecido, e partiu sem um segundo pensamento. Algo que eu tinha certeza que todos os pais pensariam em verificar. Em seguida, uma imagem da criança foi exibida na tela e eu sorri tristemente para o homem e a criança. O homem estava segurando a criança contra o peito dele, o menino segurando ambas as mãos um caminhão de lixo de plástico em que era maior do que o seu corpo. Eles pareciam felizes. E quebrou meu coração que isso aconteceu com ele.

"O bebê Donnie tem uma marca de nascença no lado esquerdo do pescoço na forma de um coração. E se você vê-lo, avise as autoridades imediatamente, mas não se aproximem da mulher. Ela é suspeita de estar armada e instável", a âncora de notícias disse animadamente.

Desliguei a TV com o controle remoto e olhei ao redor da minha casa, observando minhas coisas agora embaladas. As únicas coisas que foram deixadas de fora das caixas foram os lençóis da minha cama, as roupas que eu estaria vestindo amanhã e a minha TV. Todo o resto foi embalado e estava pronto para ir. Olhei para o meu telefone que estava no sofá na minha frente, e quis que ele tocasse. Fazia quatro dias sem nenhum contato de Sterling. Nem mesmo um ‘Cheguei bem’. Zero. Nada. Nada.


Deixando meu telefone no sofá, na esperança de que eu não iria checá-lo trinta vezes antes de colocar minha cabeça para descansar, entrei no quarto e caí na cama, completamente exausta. Meus olhos estavam pesados, mas mesmo assim minha mente não parava de viajar para onde eu não queria que ela fosse. Mas parece que um homem com os olhos verdes e cabelo loiro escuro, tinha um jeito de se manter em meus pensamentos... E em meus sonhos.

Três horas depois, acordei no meu último dia na casa com ela em chamas. Percebi fumaça entrando em meu pequeno quarto, mas com a porta fechada, só entrava um quantidade limitada. Mas, quando eu pensei nisso, a porta se abriu e uma figura imponente com uma jaqueta amarela apareceu através da entrada. A fumaça passou a entrar mais rápido por trás da figura, e logo se tornou mais difícil de respirar. "Merda", eu disse, caindo no chão em minhas mãos e joelhos. "Ruthie!" Darth Vader chamou. Olhei para cima para ver o homem com camisa amarela a cerca de três trinta centímetros do meu rosto e percebi que estava desorientada. "Ruthie!" Darth disse novamente. Olhei atordoada. "Sim, Darth?" Perguntei um tanto delirante pela privação de oxigênio.


O homem de jaqueta tirou sua máscara e colocou-a sobre o meu rosto, permitindo-me uns poucos bocados felizes de oxigênio, antes de tirar a máscara novamente. "Sou eu", disse o homem. Levei alguns minutos antes de perceber quem era o ‘eu’, e então eu sorri, lançando-me para ele. "Zander!" Eu chorei tão feliz de ver o bobão que eu não enxerguei. Atirei-me em seus braços, abraçando-o com tanta força ao redor do pescoço que ele sufocou um "Você está OK." "Muito obrigado por ter vindo para mim!" Engoli em seco. Ele acariciou minhas costas e começou a se abaixar. Inevitavelmente, eu acabei no chão ao lado dele, minha mão na sua, quando nós rastejamos juntos. Eu não conseguia ver absolutamente nada com toda a fumaça, até chegarmos no que imaginei que costumava ser a sala de estar, rezando para que a saída não estivesse muito longe. E não estava. Apenas alguns passos a mais e senti a sensação familiar de uma porta. Zander me empurrou por ela e eu caí de cara na bunda de um homem. Um homem que não tinha percebido que estava em minha frente até que acertei o seu bumbum. "Aii," Eu exclamei. O homem não se mexeu quando eu bati nele, nem mesmo quando eu bati totalmente sem graça contra o seu traseiro. Em seguida, suas mãos estavam me agarrando e me arrastando pela minha varanda da frente antes de ser, sem a menor cerimônia, despejada no meu gramado da frente. "Ruthie!" Disse Zander batendo levemente no meu rosto.


Só que eu não podia olhar para ele. Eu estava muito ocupada olhando para a minha casa incendiada. Todas as minhas coisas que eu tinha conseguido reunir ao longo dos últimos sete meses tinham desaparecido. Cada. Uma. Delas. Então, um pensamento me ocorreu e eu estava de pé e correndo de volta para a porta da frente antes que alguém pudesse me parar. Eu não tive que ir muito longe, porém. Tudo o que eu tinha que fazer era entrar de volta pela varanda da frente e a direita no interior da porta. Prendi a respiração até que estava tonta, tateando em torno do local familiar onde coloquei todas as minhas malas que precisaria para o dia seguinte. E assim que minha mão se fechou em torno dela e eu a levantei do chão, braços fortes cercaram em torno de mim e eu fui arrancada de volta com tanta força que minha cabeça estalou. Engoli em seco uma golfada cheia de ar e comecei a vomitar. Então comecei a tossir e fui arrastada mais e mais longe da minha casa. "Por que você quis voltar para dentro do prédio?" Sterling gritou enquanto me balançou, fumegando de raiva. Eu estendi minha mão, mostrando-lhe o livro em minhas mãos, e seu rosto caiu completamente. "Foda-se", ele suspirou. "Apenas foda-se." Eu balancei a cabeça. Era o livro de bebê de Jade. Nele tinha as pequenas impressões de seus pezinhos... E as cópias de suas pequenas mãos. Uma mecha de seu cabelo castanho escuro e algumas dezenas de fotos dela que a enfermeira tinha sido gentil o suficiente para tirar para mim.


"Eu não podia deixá-la para trás", sussurrei entrecortada. Seus olhos se fecharam e ele inclinou a cabeça para frente até que descansou no meu ombro. "Você poderia ter morrido", ele sussurrou. Eu não sabia o que dizer sobre isso. Eu poderia ter morrido. Eu não queria mentir. Ele saberia que eu estava mentindo... Por isso, não poderia nem tentar. "Yo!" Uma voz gritou, interrompendo nossa pequena bolha. Finalmente levantei a cabeça e olhei ao redor da área. Eu estava na calçada agora, em vez do meu gramado da frente, o que era bom, pois daqui eu podia ver claramente que a casa foi totalmente engolida pelo fogo. Bombeiros trabalhavam apressadamente em torno de nós, mangueiras de incêndio maciças serpenteando ao longo da estrada para além da minha garagem. As pessoas rodeavam uma barreira improvisada de caminhões de bombeiros e viaturas policiais. Duas motos estavam estacionadas a esmo no meio de tudo isso. Uma das quais eu sabia ser de Sterling e a outra eu nunca tinha visto antes. "Ela precisa colocar essa máscara," uma paramédica ordenou do meu lado. Eu não olhei para longe das motocicletas. Só fiquei olhando enquanto eu pensava sobre tudo o que aconteceu nos últimos dez minutos. Pareciam horas.


"Vocês precisam procurar um lugar seguro para que meus homens possam trabalhar", Sebastian ordenou apontando para um ponto onde tinha apenas homens ao redor. "Vá lá. Fique com o policial que está de pé ao lado da viatura," Sterling ordenou. Meus olhos seguiram onde ele estava apontando, chegando à conclusão de que Sterling não iria me seguir até lá, caso contrário, ele mesmo me levaria. "O que você está fazendo aqui?" Perguntei em voz baixa. Seus olhos se encontraram com os meus e tornaram-se um pouco mais suaves. "Vamos conversar... Não agora. Seja boazinha e vá até lá", ele ordenou mais uma vez. Suspirei e soltei sua mão, afastando-me dele. Seu olhar ficou nas minhas costas enquanto eu me movia por entre a multidão de pessoas, chegando no local indicado, parei perto de uma policial mulher que parecia que preferia estar em qualquer outro lugar, menos aqui. "Como você está?" Ela perguntou com relutância. Eu sorri. "Eu estou bem, obrigada." "Não, ela estaria melhor se ela colocasse essa máscara de oxigênio no rosto", a mesma paramédica persistente falou do meu lado. Suspirei e me virei para ela, estendendo minha mão aberta. "Dê-me a máscara," Eu bati. Ela me deu a máscara e coloquei-a por cima do meu nariz e boca, irritada que ela estava me fazendo usá-la quando eu me sentia perfeitamente bem. Exceto quando comecei a inalar o oxigênio, imediatamente percebi como era muito mais fácil para respirar, e, inadvertidamente, deixei escapar um pequeno suspiro de alívio.


"Bom", disse a médica. "Mantenha isto. Eu vou verificar você depois que eu verificar o bombeiro." Pisquei, voltando-me para encontrar Zander sentado na parte de trás da ambulância, seus olhos focados em mim... Ou pelo menos na minha direção. Quando me mexi, seus olhos nem sequer piscaram. E então eu percebi que não era eu que ele estava observando, mas a policial ao meu lado. "Você tem um admirador", eu disse através da minha máscara. A oficial olhou para baixo. "O que?" Ela perguntou. Levantei a máscara e disse: "Você tem um admirador." Ela olhou para o caminhão de bombeiros e fiquei impressionada com a forma como ela sabia exatamente de quem eu estava falando sem perguntar. "Sim, ele é um... Ex", disse ela. Minhas sobrancelhas levantaram. O que eles fizeram, terminaram o ensino médio juntos? Eles eram namorados do ensino médio? "Ele está olhando para você", eu falei, observando como eles encaravam um ao outro. Zander mudou seu corpo grande, de modo que assim a médica ficasse na frente dela mais para a esquerda, privando ela do prazer de observá-lo diretamente como antes. "Bem... ele não está bem com o fato de que eu sou uma policial... Então não pode ser que esteja olhando para mim", ela finalmente falou. Eu pisquei surpresa que ela admitiu isso. Todos os policiais do sexo feminino que eu conheci ao longo do meu tempo, não gostavam de compartilhar sentimentos, e essa mulher ao meu


lado não se importava de partilhar os seus, ou ela estava cansada de segurar esses sentimentos dentro dela. Minha aposta foi na última. "Quanto tempo vocês namoraram?" Perguntei com os olhos varrendo a área procurando o único homem que estava na minha mente. "Ele está no caminhão de incêndio no lado direito", disse ela. "E nós namoramos por seis anos, todo o tempo do ensino médio e os dois primeiros anos de faculdade. Nós estamos separados por dois anos agora." E eles ainda tinham sentimentos. Imagine isso. Virei a cabeça para encontrar o homem que atualmente significava o mundo inteiro para mim, e encontrei-o exatamente onde a jovem policial ao meu lado disse que ele estaria. Ele estava falando com um homem que eu nunca tinha encontrado antes, Sebastian e Torren. Sterling estava com as mãos descansando no topo de sua cabeça, como se ele tivesse renascido e mal podia conter isto. Ele deve ter percebido meu olhar, porque se virou e me ofereceu uma piscadela. Eu acenei de volta, mas a ordem da policial ao meu lado foi o que me fez saltar. "Coloque o seu oxigênio de volta antes que ele venha aqui," ela ordenou rapidamente. Eu rapidamente obedeci, olhando para Zander quando a paramédica olhou para mim com raiva. "Ela é uma mulher estranha", eu disse. "Ela é a razão pela qual nós terminamos," a policial confidenciou. "Por quê?" Perguntei.


Era estranho que eu estava tendo essa conversa com uma completa estranha? Porque eu pensei que talvez fosse. Mas estava distraindo minha mente da questão que alguém queimou completamente minha casa. Porque eu não duvido nem por um minuto sequer que isto foi proposital. Tenho certeza de que não teriam tomado medidas tão drásticas se soubessem que eu estava pensando em me mudar em breve. Mas agora era um tanto cômico, pois eu sabia que havia câmeras na casa... Algo que eu imaginava que Sterling estava discutindo com o policial à sua direita, e com Sebastian que estava à sua esquerda. Ele não tinha me dito claramente que tinha uma câmera na minha casa, mas era meio óbvio quando eu vi novos fios que conduziam a uma bateria em um armário. Bem, eu tinha ido para o Google... E descobri eventualmente. "Eu acho que eles estão apaixonados um pelo outro", a policial continuou. "Porque você acha que eles estão apaixonados?" Perguntei. "Eles são parceiros. Ela manda... Textos... O convida para sair. Ele estava deixando de passar seus dias de folga comigo para passar com ela... Mesmo se ele tivesse acabado de passar um dia inteiro com ela e não comigo", ela continuou. Eu não sabia o que dizer sobre isso. Isso soou mal. "Parece que ele ainda gosta de você", eu disse, finalmente, afinal não sabia o que ela estava esperando ouvir. "Não se preocupe achando que deve me dizer algo bom. Obrigado por me ouvir", disse ela. Seu rádio chamou e ela se virou de lado para falar em particular.


"É lixo como você que arruína está rua", uma mulher ao meu lado zombou. Olhei para a mulher que tinha acabado de vomitar o seu veneno e não consegui segurar a lágrima que caiu no canto do meu olho. "O que eu fiz para merecer a sua hostilidade?" Perguntei. Ela zombou, seu filho em seus braços enquanto dormia, alegremente inconsciente. "Você trouxe esse lixo para nosso bairro... Você sabe que foi por causa de você", ela apontou para mim. O movimento acordou a criança em seus braços o suficiente para que ele mudasse seu rosto de lado, e foi então que vi a marca em seu pescoço. Uma marca de nascimento em forma de coração perfeita que era clara como o dia, mesmo sob o brilho fraco das luzes de emergência que iluminavam a noite. Eu tinha visto a marca de nascença na notícia na noite anterior. Na verdade, lembrei-me de pensar comigo mesma como era bom que ela tinha uma marca que pudesse identificá-la, porque se alguém a fizesse mal, ela seria reconhecida quase imediatamente. Eu não sabia o que fazer. Eu lembrava vagamente a âncora de notícias dizendo que ela era instável e poderia estar portando uma arma. No entanto, eu não queria deixá-la aqui com a criança. E se ela fugisse? Então, o que eu faço? Fiz o que sabia fazer de melhor... Chatear os meus vizinhos. "Por que você se importa? Basta voltar para dentro de sua casa e fechar a porta. Nenhum problema," disse.


"Eu não posso voltar para dentro da minha casa, os bombeiros nos fizeram evacuar devido ao seu pedaço de merda de casa em chamas," ela assobiou. A criança piscou sonolentamente para mim, e foi então que eu percebi que ela estava exausta. Ele tinha olheiras sob seus olhos, e eles estavam avermelhados do que pareciam ser horas de choro. Todo mundo reconhecia um olhar de choro... Porque a maioria das pessoas já fez isso pelo menos uma vez em sua vida. O tipo de choro onde você não consegue parar, porque você não vê nenhuma saída. "É você a cadela que está chamando os policiais por causa do meu carro na rua?" Eu lhe perguntei. Ela estreitou os olhos. "Não, mas se eu tivesse feito, você teria merecido. Nós não precisamos de seu tipo de lixo no bairro. Este é um bairro familiar, não um local para assassinos", ela retrucou. "É provavelmente uma coisa boa que sua casa desapareceu. Evita que eu resolva o problema." O último comentário foi dito em um tom tão baixo, que eu não tinha certeza que era para ser ouvido. Mas eu tinha. E assim também Sterling, que tinha vindo por trás dela. Ele abriu a boca para falar, e eu balancei a cabeça para ele. A mulher desviou seus olhos de completamente, e eu nunca fui mais grata.

mim,

me

dispensando

Principalmente porque eu comecei a fazer alguma linguagem de sinais estranho para Sterling, que não tinha ideia do que eu estava falando. Ele franziu a testa, e quando eu ampliei meus olhos em direção da mulher, ele olhou para ela, em seguida, olhou novamente para mim com uma cara de 'que porra?’ Suspirei.


Os homens eram tão estúpidos! Era difícil de entender um sinal de corte de garganta e um dedo apontado para a mulher? Quero dizer, você não iria pelo menos supor que ela era algum tipo de assassina... Como na cena do filme “Fogo Anormal’”? Claro, pode não ser ela que colocou fogo na minha casa, mas de um modo em geral eu trabalharia com essa hipótese. Uma vez que a finalidade era uma só, a mulher ser presa e a criança ser levada para longe dela. Vamos aos objetivos finais, pessoal! Objetivos finais! Eu finalmente resolvi caminhar até ele, levantando-me nas pontas dos pés e sussurrando em seu ouvido. "Vi a notícia mais cedo. Esta mulher sequestrou a criança em seus braços," eu disse o mais suavemente possível. Ele apertou minha bunda para me deixar saber que entendeu, e virou-se, chamando a atenção de Trance que agora estava no círculo que ele tinha estado mais cedo. Então como ‘mágica anormal ', ele fez uma série de sinais de mão que não parecia em nada com os meus e Trance assentiu em entendimento, saindo do grupo com sua unidade K-9, Kosher, e caminhou em direção a nós. Ele pegou dois outros oficiais no caminho, novamente com os sinais de mão, e rodearam a mulher antes que ela pudesse protestar. Minha boca ficou aberta em como eles tiraram a criança de seus braços e a segurou em suas mãos em menos de trinta segundos. "Caramba", eu sussurrei em reverência. "Os seus sinais de mão são muito melhores." "Isso é porque eu estava usando sinais de mão e não qualquer merda que não ajuda ninguém", Sterling murmurou. Ok, ele ainda estava irritado.


Devidamente anotado. "Eu estou indo solicitar a oficial", ele apontou para a oficial mulher que eu tinha falado mais cedo. "Para levá-la a um hotel. Se eu tiver tempo durante as próximas horas, vou passar por lá... Mas isso pode levar a noite toda." Eu balancei a cabeça. "Ok." O que mais havia para dizer? Nada do que ele precisava ouvir naquele momento. Eu sabia que ele estava preocupado comigo... Sobre a minha situação. E eu não queria ser essa mulher que faz um escândalo porque ela queria um abraço do namorado. Aquele que estava com raiva porque ela tinha entrado em um prédio em chamas por algo que não importava mais que sua vida. Algo que eu tinha feito... E que provavelmente não deveria ter feito. Sim. Mas eu odiava que ele estava lá para testemunhar isso. "Não faça nada estúpido. Não peça serviço de quarto, não chame ninguém no telefone. Espere eu chegar. Prometa", ele disse rapidamente. Ele não merece ter outra preocupação adicional agora. Algo que eu sabia que era de fato o que ele fazia. Constantemente. Sua expressão era de alguém que estava à procura de soluções. E eu sabia que ele ia pensar bastante sobre tudo antes de realmente colocar quaisquer planos em ação. "Ok, Sterling." Ele balançou a cabeça e virou, caminhando de volta para Sebastian e agora que eu observei melhor, Silas. Uma vez que ele chegou na roda a conversa intensa continuou.


E eu fiquei dizendo para mim. Não chore. Não chore. Eu não chorei. Pelo menos não até que cheguei ao meu quarto de hotel. Lá eu quebrei. Lá eu chorei por minhas coisas perdidas. As minhas únicas posses na vida. A preocupação que eu coloquei em Sterling e meus amigos. Talvez... Talvez fosse hora de ir. Talvez isso fosse o melhor para todos. Eu não poderia dizer que minha mente estava no melhor lugar... Mas na manhã seguinte, eu tive a minha resposta. Era hora de ir.


"Sinto muito, Sra. Comalsky, mas eu não posso arriscar mais uma das minhas propriedades. Você vai ter o seu depósito estornado a partir de segunda-feira e estarei rescindindo seu contrato," Carol, a mulher que estava me alugando a casa me disse. Lágrimas picaram em meus olhos quando o que eu mais temia aconteceu. Abri os olhos, quando um soluço arrancou da minha boca. "Está tudo bem", eu disse. "Obrigada pela sua ligação." Sem esperar por ela para continuar, eu pressionei o botão vermelho 'finalizar chamada'. Em seguida, virei a coisa toda completamente. O novo telefone que me foi entregue cerca de vinte minutos atrás, não tinha parado de tocar desde que eu o recebi. Este é muito melhor do que aquele que queimou no incêndio. E eu sabia que Sterling foi responsável por isso, bem como as dez sacolas de roupas. Eu desejava apenas que ele tivesse entregado, em vez do seu irmão motociclista... Algo que ele mesmo me explicou, achando que eu estava extremamente interessada em entender o que significava. Mas não estou no melhor estado de espírito para lidar com uma conversa despreocupada sobre o negócio do motociclismo e sua hierarquia.


Com determinação obstinada, eu saí do quarto de hotel com apenas o telefone e um conjunto de roupas que eu tinha tirado das sacolas. As roupas mais baratas que encontrei. Sterling não tinha economizado. Ou quem quer que tenha comprado as roupas em nome de Sterling não tinha economizado. Era tudo muito caro... Ou muito mais caro do que o meu gosto pelo WallMart. Quando abri a porta, fiquei surpresa ao descobrir que o motociclista estava ali dormindo contra a parede exterior. Ele se encostou para dormir e não quis entrar no quarto, mas não era problema meu. Agora, o meu verdadeiro problema, era que ninguém me queria aqui e minha mente não achava que este era o lugar certo para ficar. Então, fechando a porta em silêncio, eu fui na direção oposta do elevador, desde que sabia que faria barulho e provavelmente acordaria o Sr. prospecto motociclista. Em vez do elevador eu usei as escadas, e quase tive um surto quando vi a parede de couro que estava na metade do caminho até as escadas. Eu não o conhecia, embora, e estava feliz. "Oi", eu disse, passando por ele. "Oi", ele murmurou. Eu não esperei para ver o que ele fez quando passei, apenas corri os três últimos lances de escadas para o andar inferior. Depois de sair no lobby pela porta por trás da escada, corri para fora e tomei a saída que levava a piscina. Algo que eu não tinha notado esta manhã... Ou ontem à noite. Inferno, eu nem sabia que horas eram.


Contornei doze crianças que estavam brincando ao redor da área aberta em frente à piscina, espalhadas nas cadeiras cobertas em toalhas de praia coloridas. "Hey," uma das mães nas espreguiçadeiras disse. "Você já ouviu falar que o bebê foi encontrado?" Outra mulher na cadeira ao lado fez um barulho afirmativo. "Mmmhmm", ela disse, sem abrir os olhos. "Alguma senhora encontrou-o na cena de um incêndio. Você sabe o que aconteceu?" Você não quer saber o que aconteceu, porque minha vida é deprimente e certamente colocaria qualquer um em um humor horrível. Continuei andando, não fazendo contato visual com qualquer um deles. Finalmente parei no portão lateral e levantei a trava que me permitia sair para o estacionamento. Era um hotel muito agradável, e outra coisa que Sterling teve que cobrir para mim. Eu não tinha nenhum dinheiro ou cartões de crédito... Só consegui agarrar um saco que não tinha quase nada nele, só meus documentos mais importantes. Embora eu estivesse feliz por ter pegado pelo menos esses, pois precisava deles para conseguir uma nova via da minha licença de motorista e acessar as contas do banco, teria sido inteligente também se eu tivesse pegado minha bolsa que estava no mesmo gancho. "Cuidado com o degrau", disse um homem na minha frente. Olhei para cima e sorri para o homem. Ele estava vestindo uma camisa polo preta e calça jeans, e sua camisa indicava que ele era um membro da KPD SWAT. "Obrigada", eu disse, dando um passo e descendo com cuidado o meio-fio. "Não há problema", ele murmurou.


Continuei andando até chegar no ponto de ônibus que eu havia espionado ontem à noite, e em seguida, me sentei. Meu carro queimou junto com a minha casa, e com apenas um seguro de responsabilidade sobre ele, eu não teria como comprar um novo. Eu observei os carros passando por mim, tão perdida em pensamentos que não vi quando um homem parou seu carro na minha frente, até que ele finalmente gritou. "Você precisa de uma carona?" Ele perguntou. Olhei para ele. O homem me parecia familiar. Muito familiar. "Não, obrigado", eu disse automaticamente. Então, com um aceno de cabeça, ele foi embora, e eu voltei a contemplar os carros novamente. Eu me perguntava quanto tempo o ônibus demoraria a passar por aqui. Duas horas? Vinte minutos? Eu estava constantemente.

em

Shreveport;

certamente

o

ônibus

passava

Em seguida, senti uma pressão no banco ao meu lado quando alguém se sentou e eu olhei para ver o homem que parou o carro diante de mim antes. "Eu vi você naquele clube, Halligans e Handcuffs, na outra noite," o homem começou. Eu balancei a cabeça. "Eu vi você, também." E eu ainda pensava sobre o homem, mesmo uma semana depois. Havia algo sobre ele que me deixou curiosa.


Ele me lembrou de alguém do meu passado, mas eu não conseguia me recordar de onde. "Então eu fiz alguma pesquisa e descobri que você trabalha lá", disse ele. Eu balancei a cabeça. Será que ele trabalhou lá no passado? Não há como saber isso. Eu também não conseguia entender por que não me assustava que esse homem tinha parado para falar comigo e me olhava atentamente. Eu só sabia que ele era um bom homem. Um intrometido... Mas um bom, no entanto. "Ok...", eu disse. Meu ônibus escolheu esse minuto para parar e eu disse. "Bem, eu tenho que ir. Foi legal conversar com você." No entanto, eu me deixei cair de volta no momento que as próximas palavras saíram de sua boca. "E eu percebi que você era quem eu estava à procura por quinze anos", disse ele. "Minha filha."

Meu pai olhou para o telefone celular que não tinha parado de tocar em mais de trinta minutos. "Você vai atender isso?" Ele finalmente perguntou. Eu balancei minha cabeça. Eu voltei a olhar o homem, Spiers Able.


Ele era um empresário da área petrolífera que valia dezenas de milhões de dólares, se não mais. E eu tinha crescido pobre e na sujeira. Eu tinha ido para a faculdade com empréstimos estudantis... E sem surpresa nenhuma ainda os devia, embora estivesse presa durante anos. Ignorei os telefonemas de Sterling. "Você pode dizer isso de novo?" Perguntei. Eu estava sentada em uma mesa no Cracker Barrel, o que me surpreendeu além da conta. O homem na minha frente com seu cabelo loiro escuro, e olhos cinzentos como o meu, era o homem que eu estava esperando desde que era uma jovem garota. Um homem que nunca apareceu quando eu precisei dele. Um homem que eu costumava deitar na cama à noite e pensar que viria me salvar dos monstros do meu passado e presente. "Eu tenho um fundo fiduciário para você... é algo que eu estou fazendo, colocando um valor em uma conta para você desde que eu soube que você era minha", disse o homem. Eu ignorei a parte ‘fundo fiduciário’ da sua declaração para a parte mais importante. "Você sabia que eu era sua? Como?" Perguntei bruscamente. E se ele soubesse... Por que ele nunca olhou para mim? Por que eu fui deixada para sofrer em um lar adotivo com pais que não me queriam? "Sua mãe. Ela me falou sobre você, e então me contou uma história triste sobre como você vivia com medo de sua própria sombra, e que eu deveria conhecê-la em primeiro lugar, permitir que você confiasse em mim antes que lhe dissesse que você era minha," ele respondeu. "Escute Able", eu disse. "Eu não sei o que você acha que está acontecendo aqui, mas não inspira corações e flores em minha alma saber que você sabia sobre mim, mas nunca tentou me encontrar."


"Eu tentei durante os últimos quinze anos, querida. Eu simplesmente não conseguia encontrá-la. Sua mãe... aconteceu alguma merda com ela... estava morta, e ninguém sabia onde você estava. Procurei todos os vizinhos de sua mãe, mas nem mesmo eles sabiam que ela tinha um filho”, disse Able. Revirei os olhos. Minha mãe era uma prostituta, a melhor da redondeza. E ter um filho dificultava seu estilo. Ela não gostava das pessoas sabendo que ela tinha um filho. ‘Crianças arruinavam sua boceta’, ela diria. 'Tenho que fazê-los pensar que você não está aqui.’ Que também foi o motivo que eu nunca tive brinquedos e raramente saía durante a luz do dia. Algo que eu ainda me lembro vividamente até hoje. Quando eu comecei a escola, depois de ser abandonada, estava muito atrás em meu aprendizado. Então, eu tive que começar a escola na terceira série, em vez de na quinta. Mas eu trabalhei pra caramba para recuperar o tempo perdido, algo que eu fui muito elogiada quando estava tentando voltar para o meu grau. Eu mesma consegui me formar seis meses mais cedo, o que, para mim, foi muito impressionante. Acho que qualquer um poderia fazer maravilhas, se são deixados fora de sua casa. "Isso é verdade", eu digo. "Minha mãe não gostava de deixar as pessoas saberem que eu existia." Eu não quero perguntar como meu pai tinha conhecido minha mãe em primeiro lugar. Já era ruim o suficiente saber que alguém como este homem dormiu com alguém como a minha mãe. Será que ela tentou se prender a ele? Obrigou-o a aceitá-la? Chantageou?


A lista de possibilidades era interminável, e eu odiava que meu 'pai' tinha se relacionado dessa forma com minha mãe... Assim como todos os homens que passaram por sua vida. Minha mãe era o que você chamaria de 'puta manipuladora’. Ela era boa. Tão boa. Ela sabia como agir para obter o máximo de atenção de qualquer homem. Ela poderia andar em um bar e saber instantaneamente qual era o homem mais rico do lugar, e depois de estudá-lo por apenas alguns minutos, saber exatamente o que fazer para ele se agarrar a ela. Se ela precisasse contar uma história triste... Ela vinha com força total. Se ela precisava ser uma cadela e falar sobre seu marido abusivo para obter instintos protetores do homem, fazia com destreza. Ele dizia o seu nome e ela se transformava no personagem ideal. E era nauseante. Algo que eu via minha mãe fazer com apenas dez anos de idade. Eu não era uma garota estúpida, e eu sabia exatamente o que minha mãe estava fazendo. E foi por isso que eu sempre, sempre disse a verdade, mesmo que ferisse fazê-lo. E foi também por isso que, naquele dia, quando os policiais vieram para atender a chamada 911 que eu tinha feito, eu disse a eles. Eu sabia o que estava fazendo, minha mente clara. Eu não tinha dito nada para tentar me defender. Porque eu não era uma louca. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo, e foi em meu juízo perfeito que eu dei um tiro no meu marido. "Então, depois eu comecei a procurar por você, eu parecia sair e entrar constantemente em becos sem saída. Verifiquei hospitais e


delegacias de polícia. Coloquei seu rosto em uma caixa de leite", ele respondeu. "Você tinha sumido." Minha mãe me deixou em um hospital. Ela tinha saído para pegar sua carteira enquanto eu estava em observação por causa de uma concussão que nunca tive, e simplesmente nunca mais voltou. Foi em um hospital em uma pequena cidade que eu nunca tinha ouvido falar antes, pelo menos quando eu era uma criança, e a busca por minha mãe não durou muito tempo. Aparentemente, era algo que acontecia muito... Normalmente com as crianças mais jovens... Não com as de 10 anos. "Sinto muito", eu disse a ele honestamente. Minha mãe tinha sido uma cabeça de merda... O que eu poderia dizer? Eu tinha feito o meu melhor para não me tornar como ela. Tinha ido às aulas. Ido para a faculdade. Tive uma vida... Pelo menos até que Bender apareceu. "Não se culpe, menina mel. Apenas desejo ter te encontrado há mais tempo. Embora você esteja bem longe de El Paso, Texas", ele respondeu. Eu balancei a cabeça. Era estranho como as coisas funcionavam. Lily e eu tínhamos decidido ir para a Universidade de Louisiana em Monroe, entre vários outros lugares, logo que nós formamos no colegial. Bender era o único da nossa escola que estava indo para lá também, com uma bolsa. Isso não foi algo que ajudou na nossa decisão. Eu nem tenho certeza de que sabia que ele ia para também. Nós só queríamos sair dali. Nós tínhamos escolhido um lugar no mapa que estava perto o suficiente para chegar com uma passagem de ônibus, e era uma boa escola para começar.


Funcionou para Lily... Não para mim. "Não significa que eu não me sinto um pouco responsável. Eu sabia de você, minha mãe me deu essa informação. Eu poderia ter dito a você quem eu era... Eu só não queria. Eu não queria ser associada a ela. Eu a odiei... odiava que não tinha permissão para ir lá fora. Odiava como ela me mantinha em um armário quando tinha seus homens lá. Odiava como ela 'esquecia-se de me alimentar’. Odiava como eu tinha que ouvir ela e suas conquistas ter sexo toda a noite. Odiava que tinha uma escola perto para aprender... mas ela não me deixava ir. Eu a odiava. Odiava minha vida. Eu queria algo diferente... então eu não lhes disse quem eu era. Se eu tivesse feito isso," balancei minha cabeça. "Eu poderia ter tido uma vida diferente." "Mas você não me teria", disse uma voz dolorosamente familiar atrás de mim. Fechei os olhos, quando a voz de barítono profunda de Sterling deslizou por mim, enchendo-me em lugares que eu não tinha percebido que estavam vazios. O homem tinha o poder de me trazer de joelhos, mas ele nenhuma vez perguntou isso para mim. Ele me amou... E eu estava feliz que ele tinha vindo me procurar. Eu não queria sair... Só precisava de uma razão para ficar. Precisava dele para se esforçar. Porque eu não queira ser como a minha mãe. Não iria viver à custa de qualquer homem que eu tinha manipulado para me manter com ele. Eu não me virei, mas meus olhos se fecharam de felicidade quando as mãos de Sterling tocaram a confusão de cabelo na minha cabeça. "Por que você está aqui?" Perguntou. Eu poderia dizer que a pergunta era dirigida a Able, sem sequer olhar para cima. Able estava atirando olhares de morte em Sterling sobre a minha cabeça, e eu queria sorrir em como 'pai ‘ele parecia. Mas, então, percebi que a tensão começou a crescer lentamente e eu congelei no lugar quando tomei conhecimento do que estava acontecendo. Como a mão de Sterling no meu cabelo tinha parado.


Como Able olhou para Sterling como se ele fosse a escória da terra. "O que está acontecendo?" finalmente perguntei, preocupada. "Que tal você me dizer por que está tomando café da manhã com o meu padrasto, quando deveria estar esperando por mim no quarto de hotel que eu paguei" Sterling estalou.


"Obrigado", murmurei, andando dentro do restaurante em linha reta após a saudação da anfitriã. "Senhor, eu posso ajudar..." Levantei a minha mão para a mulher e continuei andando, dirigindome diretamente para a mulher que tinha me deixado sem sequer uma palavra. Que teria me deixado se não tivesse sido interrompida. Até o homem que eu tinha sob vigilância desde que eu cheguei em casa de uma missão. Eu estava falando com Loki sobre o homem que vimos atear fogo à casa de Ruthie, quando tinha recebido uma chamada do prospecto dizendo que ele não conseguia encontrar Ruthie. Em seguida, outro, nem mesmo vinte minutos mais tarde, dizendo que o homem que eu estava vigiando, Able, tinha apanhado quem ele pensava que era minha mulher. E quando eu vim para o restaurante que o prospecto, Alfie, os havia seguido, eu vi os dois em uma conversa profunda. O que me levou ao lugar que estou agora, que eu espreitei pelo lado de fora e me dirigi para a mesa que eu a vi sentada através da janela. Ela estava no mesmo lugar, só que eu não podia ver o seu rosto.


Able me viu, no entanto, e endureceu. Ruthie não o fez, apesar de tudo. Ela continuou falando animadamente, movendo as mãos e corpo enquanto falava. "Não significa que eu não me sinto um pouco responsável. Eu sabia de você, minha mãe me deu essa informação. Eu poderia ter dito-lhe quem eu era... Eu só não queria. Eu não queria ser associada com ela. Eu a odiei... odiava que não tinha permissão para ir lá fora. Odiava como ela me mantinha em um armário quando tinha seus homens lá. Odiava como ela 'esqueceu-se de me alimentar’. Odiava como eu tinha que ouvir ela e suas conquistas ter sexo toda a noite. Odiava que tinha uma escola perto para aprender... mas ela não me deixava ir. Eu a odiava. Odiava minha vida. Eu queria algo diferente... então eu não lhes disse quem eu era. Se eu tivesse feito isso," balancei minha cabeça. "Eu poderia ter tido uma vida diferente." "Mas você não me teria," eu sussurrei por trás dela. Ela estremeceu, e meu coração saltou ao ver a maneira como ela reagiu a minha voz. "Por que você está aqui?" Perguntei a Able, passando minha mão pelo emaranhado cabelo de Ruthie. Sua mandíbula apertou quando ele olhou para mim. Ele não queria falar comigo. Ele me conhecia, como eu o conhecia. Sabia que eu era filho de sua esposa. Algo que ele não queria de dizer a Ruthie, mas eu tinha a sensação de que ele sabia. Sabia que eu estava com Ruthie e não gostou. Quando eu li o conhecimento em seus olhos, eu sorri para ele. "Que tal você me dizer por que está tomando café da manhã com o meu padrasto quando deveria estar esperando por mim no quarto de hotel que eu paguei" Sterling estalou.


Ela piscou. "Você nunca voltou para mim", ela acusou. Eu soltei o seu o cabelo quando ela se levantou e se virou para mim. "Isso foi porque eu estava tentando encontrar o homem que ateou fogo em sua casa!" Rosnei. “Por que você está aqui com ele?" "Por que você não me deixa ir para a sua casa?" Ela respondeu. "Porque eu não tenho uma casa." Falei. "Você não tem um lugar... de verdade?" Ela perguntou. Eu balancei minha cabeça. "Normalmente, eu só fico no Garrison, e eu não podia me aproveitar dele. Como eu não queria abusar dele, eu fiz a única coisa que podia e a levei para um hotel." Ela imediatamente caiu. "Bem, como no inferno eu não soube disso antes?" Eu balancei minha cabeça. "Eu não sei. Acho que nunca conversamos sobre isso." Ela fechou os olhos e inclinou a cabeça para frente, mas o homem às suas costas se levantou e me encarou. "Por que você tem suas mãos na minha filha?" Ele perguntou. Eu me acalmei, apertando meus braços em torno do corpo de Ruthie. "Filha?" Perguntei fingindo ignorância. Ruthie se inclinou para trás. "Sim... então, eu descobri que ele é meu pai." "O que eu gostaria de saber é porque você tem suas mãos em torno dela... especialmente se formos levar em consideração o nosso parentesco, ela é sua irmã", disse Able. Mesmo sabendo que poderia esperar qualquer merda sair de sua boca, ‘irmã’ não tinha sido uma que eu estava imaginando. Negação, sim. Ódio, sim.


Acusações de incesto, não. "Ela não é minha irmã", eu disse com força. "Ela é minha filha e eu sou casado com sua mãe. Isso faz você da família.", Able estava contrariado. Senti Ruthie endurecer e, em seguida, olhar para mim com preocupação. "Não, isso faz com que seja uma coincidência. Especialmente, desde que não te vi em um tempo muito longo. Inferno, eu nem sabia que minha mãe ainda estava viva até poucos dias atrás, quando meu presidente me disse ela estava de volta na cidade," eu disse a ele. "E eu conheci Ruthie há nove meses." Able mostrou seus dentes e eu poderia dizer que ele queria dizer algo em contrário. Mas assim que eu descobri que ele e minha mãe estavam na cidade, eu tinha Silas verificando o porquê dos dois estarem aqui, desde que ela me abandonou e me obrigou a deixá-la. Por que ela tinha, de repente, aparecido do nada. Porque agora? Mas eu ainda não tinha sido capaz de descobrir por que eles estavam aqui. Então, eu tinha os seguindo. Feito alguma pesquisa sobre Able Spiers. "Sterling", Ruthie disse, sem afrouxar seu domínio sobre mim, mesmo após a revelação. "Que diabo está acontecendo?" Eu balancei minha cabeça. "Eu não sei, baby. Eu acho que é hora do seu pai conversar com você." "Você está casado com a mãe dele?" Ruthie pediu um pouco alto. O que chamou a atenção dos clientes ao redor. "Sente-se," Able ordenou. "E tente não falar muito alto." Ruthie olhou para mim, e eu assenti, ajudando-a a se sentar novamente em sua cadeira antes de tomar uma ao lado dela.


Isso me fez feliz, que ela tinha olhado para mim. Que ela olhou para mim antes de olhar para o homem na frente dela, que poderia muito bem ser seu pai, embora isso ainda tivesse que ser apurado. "Em primeiro lugar", eu quis saber. "Como você a encontrou? Por que você veio aqui?" Os olhos de Able estreitaram e sua mandíbula apertou. Ele não parecia ser o tipo de receber ordens. "Sua mãe não sabe que você está aqui. Ela acha que você ainda está na Marinha, tão feliz quanto poderia ser," Able começou. Minhas sobrancelhas subiram. "Sério? Mas estou na Marinha. E eu estou feliz." Ele acenou com a mão no ar. "Eu sei disso. Ela acha que você está alocado na Califórnia." "Por que ela acha isso?" Perguntei, raiva eriçando minhas palavras. "Porque eu disse a ela." "Por quê?" Isso veio de Ruthie. Sempre protetora. "Porque dói nela saber que seu filho não vai falar com ela." "Ela escreveu constantemente. Tanto que seus dedos sangraram. Ela lhe enviou uma carta a cada dia por dez anos... até que eu pedi a ela para parar", disse Able. "Por que você faria isso?" Perguntei. "E por que eu não recebi nenhuma dessas cartas?" Ele balançou sua cabeça. "Eu só achei que você estava sendo um pouco filho da puta. E foi por isso que eu protegia ela... agora eu posso ver que talvez eu estivesse enganado." Minhas sobrancelhas subiram. "E você não acha que talvez pudesse... falar comigo?"


Seus olhos se estreitaram. "Eu mantive olhos em você. Sabia que você estava bem". Eu ri sem graça e Ruthie colocou os braços em volta de mim, puxando-me para ela e abraçando-me com toda a força que podia. Ela provavelmente sabia que eu estava a ponto de explodir. Ela sabia que esse era um assunto delicado. Ele já tinha causado muitos problemas entre nós dois. Ela tinha me acusado de não lhe dizer nada. E com toda a honestidade, eu não gostava de falar sobre algumas coisas. Mas o que eu mais odiava falar era sobre minha mãe. Eu amava a mulher até a morte, ainda que essa mulher não tivesse se empenhado em me procurar... E era o motivo que não me importava se ela tinha me escrito cartas. Eu era uma criança quando ela me abandonou, porra. Eu sabia que, em algum nível, ela pensou que estava fazendo a coisa certa. E a partir disso, pensando sobre o fato de que eu era uma criança abusada por um adulto e ela não poderia me proteger, fazia sentido. Não fazia doer menos, mas ainda fazia sentido. Mas isso não importa agora. O que importava era que o pai de minha mulher estava em frente a ela, e ela provavelmente estava se sentindo muito como eu me senti quando ouvi que minha mãe estava na cidade. Traído e um pouco triste. "Ok, isso ainda não explica por que está aqui, falando com ela," eu continuei.


Ele assentiu. "Eu vi a foto dela no jornal. Sua mãe gosta de se manter atualizada com os acontecimentos de 'casa', então recebemos a Chronicle Benton Enviand por e-mail. Foi lá que vi o artigo sobre ela e seu trabalho no posto de gasolina." Eu balancei a cabeça. "Ok. Então, você a viu e sentiu que precisava vir até aqui urgentemente?" Seus olhos se estreitaram. "Eu vi a foto dela ao lado de um homem mais velho e sabia no meu coração que ela era minha filha. Então eu mandei alguns investigadores descobrir tudo o que podiam sobre você." O jornal havia postado uma foto dela com o Sr. Adam em frente ao posto de Dane. Tinha sido em comemoração ao peixe-gato enorme que o Sr. Adam conseguiu pegar. Tinha sido um novo recorde estadual e ele atribuiu sua vitória a Ruthie e seu café. Algo que Ruthie pensou que era hilariante. "E então você me encontrou?" Perguntei. "Sim", ele concordou. "Descobri que você estava namorando com ela... e eu tinha que deixá-la saber que ela estava cometendo um erro." "Sterling é uma parte da minha vida agora. Vamos apenas deixar isso bem claro. Se você não gosta dele, então é melhor você recuar", Ruthie disse suavemente. "Porque eu não estou deixando ele. Ele estava lá quando ninguém mais estava. Não há nada que você possa dizer ou fazer para mudar meus sentimentos por ele. " Meu coração encheu de alegria quando ela declarou isso, e sorri para ela. Então Able abalou nossos mundos. "Seu irmão e irmã não vão entender que o seu irmão e irmã estão juntos." Nós dois congelamos. Tínhamos um irmão e uma irmã? Que diabos foi isso?


Eu poderia dizer que Ruthie estava ficando chateada, como eu estava. O que cada criança adotiva secretamente quer é uma família, e saber que nós dois tivemos isso sob os nossos narizes todo este tempo foi um pouco difícil de ouvir. "Bem... eu só não vou ser um ‘irmão’. Eu vou ser o marido de Ruthie. Não vai fazer a diferença" Eu desafiei. "Você tem o mesmo olhar de sua mãe. Confie em mim quando digo que ela vai te reconhecer imediatamente quanto te ver", Able me informou. Eu balancei minha cabeça. "Bem, eu não tenho planos de ir lá para vê-la", eu disse com firmeza. Able olhou para mim com seus olhos também conhecedores. "Então você vai reter o seu afeto de seus irmãos quando fomos eu e sua mãe que ferimos você?" Ele perguntou cuidadosamente. Apertei os olhos para ele. Isso foi um golpe baixo. E ele sabia que eu ia procurar por ela. Mas ainda não. Agora eu queria saber um pouco mais do por que ele estava aqui. "Então, qual era a sua intenção ao procurar por ela? Levá-la para longe de mim? Você nem me conhece", eu disse, inclinando-me para frente. A cabeça de Ruthie encostou-se ao meu ombro, e eu envolvi meu braço livre em sua cintura trazendo seu corpo mais próximo a mim, abraçando-a apertado enquanto esperava Able falar. Suas mãos pequenas enrolaram no meu braço e ela não me soltou em momento algum, eu percebi então, que ela também não me deixaria. Foi a primeira vez que eu dei-me conta disso, também.


Que talvez ela sentisse o mesmo por mim de como eu me sentia sobre ela. Que talvez ela pudesse lidar com meus problemas. Ela correu, mas eu sempre iria encontrá-la. E eu acho que perceber que eu iria atrás dela havia a consolado de alguma forma. "Eu teria tentado dissuadi-la de você... Depois de me apresentar", disse ele, estudando os dois. "Percebo agora que haveria quebrado os dois, apesar de tudo." Eu balancei a cabeça em confirmação. Ele não tinha esse direito. Nada iria ficar entre nós. E essa é a maneira que deve ser. Outras pessoas não precisam estar entre nós, porque pertencíamos um ao outro. "Você poderia ter perguntado. Talvez enviado uma carta se apresentando, em vez de simplesmente jogar tudo isso em nós dois. Você deu a Sterling mais preocupação do que precisava, em um momento muito ruim, que poderia ter sido muito diferente se você acabasse se introduzindo mais suavemente. Nossa última semana foi repleta de preocupação sobre a razão por que você estava aqui e deixamos as coisas em um tom ruim," ela disse a seu pai. "E isso não é algo que vai acontecer novamente. Se você nos quer em sua vida, você precisa ser o pai que você está querendo se tornar; não um que vamos depois perceber que não precisamos." Ela me pegou totalmente. Ela percebeu que eu estava em um lugar ruim, e ela me deixou estar. Ela sabia exatamente o que estava errado, também. Que ajudou a confirmar o que tinha pensando sobre nós. Ela era minha e eu ia fazê-la perceber isso.


Uma vez que ela percebesse, ela seria permanentemente e irrevogavelmente minha. Porque eu estava prestes a colocar um anel no dedo dela. O telefone de Able tocou e tivemos que interromper a nossa conversa, e eu soube imediatamente que ele estava falando com a esposa dele. Seu tom mudou. Seu corpo tinha suavizado; a cautela surgindo em seus olhos. Então ele disse as palavras. O que soou tão completamente diferente quando elas vieram da boca de Ruthie. "Tudo certo, baby. Ich liebe dich." E foi então que eu decidi que o anel seria necessário. Em breve. Porque eu queria que ela o tivesse. Eu a tinha... Eu só precisava ter certeza que ela seria minha. Que ela estaria comigo para sempre.


Mais tarde naquela noite, enquanto eu caminhava para o quarto de hóspedes de Garrison, eu estava agradecido. Grato que Ruthie tinha sobrevivido. "Cormac já foi?" Ruthie perguntou da cama. "Sim, ele acabou de sair", eu disse, apertando a gola da minha camiseta, a fim de levantá-la sobre a minha cabeça. "Tive que lhe emprestar o seu carro de aluguel embora, pois está chovendo." Eu tinha alugado um carro para Ruthie a caminho de casa, depois do inferno que foi o encontro com o seu pai. Eu encolhi os ombros para ajudar a camiseta a sair, e depois a lancei no canto da sala. Ela bateu na parede com um baque suave e caiu inofensivamente no chão. Meus olhos voltaram para a cama onde Ruthie agora estava me olhando, sonolenta. Ela estava apoiada em um cotovelo deitada de lado. Seu cabelo bagunçado em um coque no topo da cabeça, e seus olhos estavam carregados de sono.


Ela ficou conversando com a gente até que o resto dos membros do The Dixie Wardens tinha ido embora. Uma vez que ficou apenas Cormac, Garrison e eu, ela me deu um beijo suave na bochecha, acenou para os meninos e foi para a cama sem olhar para trás, dando-nos a privacidade que ela pensou que queríamos. Algo que eu teria gostado que ela tivesse feito quando Silas esteve aqui me dizendo o que descobriu sobre o fogo. Eu não gostei que ela tivesse que ouvir que dois de seus vizinhos tinham colocado fogo em sua casa. Não gostei que ela tinha ficado tão tranquila durante toda a explicação, que me deixou mais preocupado quando ela tinha começado a chorar. Acho que o que ajudou, porém, foi a maneira que meus irmãos tinham se reunido em torno dela em apoio. Eles agora sabiam o que ela significava para mim depois da minha declaração para Silas, pouco antes de ir me encontrar com Ruthie. Eles sabiam que ela era seria minha Old Lady. Algo que eu teria que perguntar a Ruthie em breve, porque eu queria que ela tivesse o meu nome no momento em que eu estivesse implantado para a minha próxima missão. O que poderia ser qualquer dia, então eu esperava que ela ficasse tranquila com isso. Além disso, ter o meu nome lhe daria alguma proteção extra enquanto eu estivesse fora. "Eu não posso acreditar que aqueles dois velhos que viviam bebendo do meu café, dentre todos, queimariam minha casa. Eu acho que tive sorte que eles chamaram os bombeiros logo após o que fizeram", ela disse enquanto me observava me despir. Não, eu acho que não poderia ter pedido mais... Se eles estavam colocando fogo em uma casa. Era o mínimo que podiam fazer.


Eu puxei meu cinto fora um pouco mais com força do que pretendia, e as extremidades giraram e bateram na parede ao meu lado com a força. "Se você precisa de uma saída para toda essa agressão, eu tenho apenas a coisa certa para você", disse ela com voz rouca. Eu levantei uma sobrancelha para ela. "Você tem, não é? E o que seria isso?" Enquanto ela observava, eu baixava lentamente o zíper da minha calça antes de empurrar os jeans pelas minhas pernas. Minhas cuecas boxer era a única coisa que restava, e estava fazendo um trabalho terrível contendo minha ereção. O tecido chicoteou meu pau para fora, em vez de guardá-lo, o revelando, e eu decidi que era hora de cuecas novas enquanto caminhava para a cama. Seus olhos queimavam, enquanto me observava ir até ela, e eu sorri. Era um sorriso puramente predatório, que tinha a intenção de desequilibrar ela. Mas a minha menina não era uma que se perturbava facilmente. Ela era uma de pegar o touro pelos chifres. Ou, neste caso, de pegar o gato pelo pau. "Você sabe, você saiu sem dizer uma palavra e isso me chateou", disse ela, trabalhando a mão na minha boxer. Pisquei. "Eu disse que tinha que ir, por que isso a incomodou?" Perguntei, completamente sem saber o que ela pensava. Saí sem ‘dizer uma palavra’. "Você não disse adeus. Não disse nada durante toda a noite antes de sair. Você não fez parecer gostar de mim. Não disse ‘eu te amo’. Nem sequer me impediu de sair antes que você tivesse que ir. Então você não ligou por dias", disse ela, apertando com força.


Meu cérebro começou a entrar em curto-circuito, mas eu fechei os olhos para tentar recuperar meu autocontrole. "Eu não te fodi, porque, quando cheguei em casa, você já estava dormindo. E eu pensei que seria rude acordá-la e foder quando eu tinha feito isso durante toda a noite anterior. Eu não disse adeus a você porque você tinha, de repente, saído e seu telefone celular estava sobre a mesa", eu disse. "E quando cheguei na base, nossos celulares perdem o sinal e eu não posso ter qualquer contato com outras pessoas até que eu saia, eu já lhe disse isso." "Não gosto que você faça isso", ela resmungou. "Qual é realmente o seu problema?" Perguntei, puxando suavemente seu cabelo para fazê-la olhar para mim. "Eu não gosto de ser ignorada. Eu não gosto que você não me impediu de sair. Eu não gosto que você não disse que me ama novamente, quando isso era tudo o que eu quero ouvir. E eu não gosto de ser deixada de fora de seus pensamentos, embora agora eu entenda exatamente onde estava sua mente," ela sussurrou. Meus olhos se suavizaram quando eu olhei para ela, segurando seu rosto com uma mão grande, cheia de cicatrizes. "Eu te amo. Eu lhe disse em uma nota que deixei ao lado da jarra de café. Você não a viu?" Ela balançou a cabeça. "Bem, não podemos realmente conseguir ela de volta agora, podemos?" Perguntei, estudando seu rosto. Quando ela balançou a cabeça, eu a deixei ir e me inclinei para colocar um beijo suave em seus lábios. "Eu nunca tive ninguém para compartilhar meus problemas antes", disse a ela honestamente, olhando para os olhos cinzentos que tinham vindo a significar tanto para mim. “Mas eu vou tentar te deixar entrar. Não vou deixá-la de fora mais... ok?" Então ela segurou minhas bolas, e eu perdi todo o desejo de pensar.


"O que você está fazendo?" Perguntei, quase engasgando quando ela se inclinou e sugou a ponta do meu pau em sua boca molhada. E o meu desejo de deixar que ela tivesse o controle de mim voou pela janela, juntamente com tudo o que eu pensava sobre a forma como uma mulher deve ser tratada. "Vire de costas e deixe sua cabeça fora da cama," eu pedi com a voz rouca, olhando para o topo de sua cabeça enquanto ela balançava no meu pau. Ela olhou para cima, sorriu com os olhos, e lentamente deixou o meu pau cair da boca com um pop suave antes de tirar suas roupas. Então ela deitou na cama e deixou a cabeça de lado, colocando essa adorável, boca suculenta na posição perfeita para levar meu pau fundo na sua garganta. "Abra", eu disse, passando a ponta do meu pau ao longo dos lábios fechados de sua boca. Ela o fez, mas apenas o suficiente para permitir que a língua insanamente talentosa saísse fora. Corri o comprimento do meu pau para cima e para baixo na sua língua, sorrindo quando vi a alegria nos olhos dela. "Então você quer jogar, não é?", Perguntei. Ela piscou para mim, então ergueu as mãos para descansar por trás das minhas coxas. Quando ela se moveu lentamente para cima e começou a se curvar para dentro, eu me abaixei, deixando meu pau descansando contra seu rosto, e mordi de leve no seu estômago. Ela gritou. "Muito difícil?" Perguntei. "Eu pensei que você queria jogar." Senti a cabeça mover-se entre as minhas coxas, em seguida, sua boca estava em minhas bolas, puxando levemente na pele sensível com seus dentes afiados. Engoli em seco.


"Brincadeira o suficiente para você?" Ela falou sorrindo, em seguida, lambeu a costura das minhas bolas, indo o mais fundo que podia alcançar na parte de trás. "Acho que o sangue está escorrendo de sua cabeça a um ritmo alarmante, se você acha que morder um homem nas bolas é brincadeira," Eu disse sem fôlego. Eu não estava me sentindo brincalhão mais. Eu estava me sentindo necessitado. Desesperado. Querendo. Com desejo. Brincalhão não era um deles. Com um pequeno movimento de sua parte, e todos os ossos agradáveis em meu corpo tinha sido substituído por desejos desesperados. Algo que eu mostrei a ela quando mergulhei de cara em sua boceta e comecei a comê-la com uma voracidade que a surpreendeu. "Sterling", ela engasgou, ampliando as pernas para o meu rosto. Quando elas estavam bem abertas, os lábios de seu sexo ficaram bem espalhados, me dando livre acesso a tudo que eu queria naquele momento. Eu mergulhei minha língua profundamente dentro de sua boceta vendo, sem surpresa que ela já estava molhada para mim. Eu nunca a encontrei seca para mim... Sempre carente e querendo. "Você gosta quando eu chupo seu clitóris?" Eu disse asperamente contra sua boceta. "Sim", ela disse, correndo a ponta da língua pelo comprimento do meu pau. "Eu adoro quando você coloca suas mãos em mim. Sua boca e língua em mim." "Você gosta?" Perguntei, serpenteando minha mão debaixo de sua bunda e curvando-a até que meus dedos podiam mergulhar em sua boceta sem interromper o trabalho que eu estava fazendo em seu clitóris. Ela engasgou quando eu afundei dois dedos dentro dela, e eu gemi quando meu pau finalmente teve acesso ao que mais queria.


Seu calor. Não era exigente. Tudo o que estava quente e úmido era bom o suficiente. A boca dela. Sua vagina. Logo seria sua bunda. Cada buraco em seu corpo era meu para fazer o que eu quisesse, e ela descobriria isso. Em breve. Porque eu estava me sentindo particularmente frenético hoje, com desejo de reivindicar tudo de Ruthie. Ia fazer melhorar a sensação insuportável de quase a perder na última noite. Eu comecei a bombear meu pau dentro e fora de sua boca enquanto eu serpenteava meus dedos em sua umidade, que estava encharcando minha mão. "Ruthie", eu disse, puxando meu pau para fora de sua boca. "Alguém já teve todos os seus buracos?" Ela prendeu meus dedos quando comecei a puxá-los de sua vagina, e eu sorri contra sua coxa. "Eu vejo isso como você gostando da ideia... mas você não respondeu minha pergunta," Eu ressoei, colocando um beijo molhado em sua coxa. "N-não", ela respondeu, seu hálito quente soprando no meu pau como uma carícia fria. Eu mudei meus dedos para descansar contra sua entrada de trás, pressionando ligeiramente com um dedo, medindo a reação dela. Ela gemeu alto colocando meu pau na boca e voltando a chupar. Suas mãos viajaram até as laterais das minhas coxas movendo para cima e para baixo com o movimento de sua boca no meu pau. Eu lambi seu clitóris, então suguei o pequeno feixe de nervos em minha boca enquanto afundei um dedo dentro de sua bunda.


Sua entrada resistiu por um longo momento, mas com cada chupada de seu clitóris, ela relaxou mais e mais até que eu finalmente fui capaz de entrar dentro dela. "Deus", ela gemeu em volta do meu pau. Ou, pelo menos, é isso que eu assumi que ela disse. Eu realmente não poderia ter certeza quando sua boca me engoliu completamente. Eu mudei meu dedo após o primeiro anel de músculos, sentindo a minha necessidade aumentar, quando eu senti o aperto nos meus dedos. Eu não podia esperar para ver como me sentiria quando eu tivesse meu pau enterrado profundamente, martelando dentro de sua entrada proibida. Ela soltou meu pau, e eu aproveitei para me mover-me ao redor da cama e escalar entre suas pernas do lado oposto, mantendo ao mesmo tempo o meu dedo enterrado. Desajeitado, mas funcionou. "Empurre de volta", eu disse asperamente, agarrando sua coxa com a mão livre e ajudando-a até que sua cabeça repousava na cama mais uma vez. Ela olhou para baixo entre suas pernas, observando quando coloquei meu dedo médio dentro e fora dela. "Você quer mais?", Perguntei, tendo o cuidando para não dar mais do que ela poderia suportar da primeira vez. Ela assentiu com a cabeça. "Sim", resmungou, ambas as mãos indo para seus seios brincar com seus mamilos. Mordi o lábio e reuni um pouco mais de sua umidade com o outro dedo antes de colocar dentro dela, também. Seus olhos se fecharam, e ela mordeu o lábio para segurar o gemido sacudindo as cortinas no quarto com a intensidade.


"Deus", ela respirou uma vez e começou a se mover. "Eu nunca pensei que seria tão bom." Então, ela acaba de confirmar que o marido idiota nunca tinha feito isso por ela. Interessante. “Você está gostando, baby?” Perguntei, inclinando-me para puxar um de seus mamilos em minha boca. Ela me alimentou com eles, movendo a mão no meu rosto enquanto trinquei meus dentes em um deles e comecei a chupar. Seus dedos correram ao longo da minha barba, e ela começou a gemer intensamente quando eu passei a mover meus dedos dentro e fora dela. Quando senti seus músculos começarem a ficar tensos no início de um orgasmo, eu puxei para fora completamente e empurrei meu pau dentro de sua boceta disposta. Revestindo meu pau em seus sucos enquanto o orgasmo a alcançou. Bati dentro dela, dentro e fora sem parar até que ela estava prestes a cair sobre o precipício pela segunda vez. E quando ela finalmente o fez, eu puxei para fora de forma abrupta, alinhando meu pau contra sua bunda, e calmamente enfiei para dentro. Ela gozou novamente. A dor e o prazer da minha entrada a empurrou sobre a borda mais uma vez, e a pulsação do canal fez meus olhos nublarem com o aperto. Uma vez que seu orgasmo diminuiu, ela começou a sentir dor com a minha invasão de imediato. Meu polegar jogou com seu clitóris enquanto a dor de minha entrada começou a alcançá-la. Eu poderia dizer que ela estava em guerra consigo mesma. Tomar um pau na bunda não era algo que todas as mulheres gostavam, e nem todas conseguiam fazer.


Mas com base em como ela respondeu a meus dedos, eu sabia que seria bom para ela uma vez que se acostumasse com meu pau dentro do seu apertado traseiro. "Foda-se", disse Ruthie. "Queima." Eu movi meu polegar mais rápido enquanto eu segurava firmemente na sua bunda, deixando-a se ajustar, embora cada instinto dentro de mim estava me pedindo para foder duro e rápido. "Ok", ela sussurrou. Eu abri meus olhos que eu não tinha percebido que tinha fechado, e olhei para baixo nos olhos dela. "Tudo bem?" Perguntei. Ela assentiu com a cabeça, mordendo o lábio mais uma vez. "Eu estou bem, mexa", ela sussurrou. "Lentamente." Eu balancei a cabeça, me apoiando em um dos meus braços e lentamente comecei a me mover, puxando e empurrando para frente e para trás, dando-lhe um pouco do sabor de quão bom isso poderia ser. Ela gemeu, levantando seus quadris para encontrar os meus golpes, e eu sorri. "Como está?" Perguntei. Ela assentiu com a cabeça, movendo a mão para sua boceta e lentamente afundando dois dedos dentro. "Sim, eu gosto disso," ela sussurrou. Eu gemi com a sensação erótica de seus dedos massageando não só ela, mas a mim ao mesmo tempo. E quando ela começou a gozar mais uma vez, eu finalmente soltei, batendo meu pau dentro da bunda dela como eu queria. Dando-lhe o meu comprimento inteiro. Seus seios saltaram com os meus impulsos, os olhos fechados.


Eu grunhi enquanto minha libertação atirou para fora do meu pau, enchendo seu rabo com tudo o que eu tinha. Satisfação corria em minhas veias por tê-la reclamado totalmente, e meu pau se sentiu drenado quando o último jorro de gozo saiu dele. "Deus", ela respirou uma vez que eu parei. "Eu nunca soube..." Inclinei-me e a beijei, pressionando meu comprimento dentro dela plenamente. Ela gemeu em minha boca. "Você me desfez", eu disse a ela. Ela abraçou meu pescoço com força. "Idem." Eu bufei e recuei, deixando meu pau livre dela e comecei a andar para fora da cama em meus joelhos. Sorri quando vi como saciada ela me olhou, e senti emoções derramando através de mim que eu nunca percebi que poderia ter. Felicidade. Esperança. Contentamento. Amor. Querer. Quando meus olhos finalmente encontraram os dela, depois de viajar por todo o seu corpo, ela disse, "Ich liebe dich." "Idem," eu disse, puxando seu pé até que ela estava descansando na beira da cama. Uma vez que ela estava perto o suficiente, a peguei em meus braços e caminhei até o banheiro. Coloquei ela sobre o balcão, enquanto ligava o chuveiro, então a peguei mais uma vez no colo e a levei para o chuveiro comigo. Ela me lavou, delicadamente. Amorosamente. E nunca me ocorreu que tudo isso iria desaparecer na próxima hora. Que a minha vida iria ser virada de cabeça para baixo mais uma vez. Que eu iria ficar com um buraco sangrento aberto em meu coração que iria mudar minha vida completamente.


"O parente mais próximo está listado neste endereço. Vocês dois são irmãos de Cormac Austin?" O policial perguntou. Garrison e Sterling assentiram. "Sou Garrison, e este é Sterling", disse Garrison, apresentando-se. Ambos tinham atendido a porta juntos. Eu tinha ouvido a batida, assim como Sterling, e não me surpreendi que Sterling saísse do quarto rapidamente. Mas enquanto eu ouvia o tom de gravidade na voz do policial, estava feliz por ele ter feito. "Sim, nós somos seus irmãos", respondeu Sterling. "Os pais?" Perguntou o soldado. Garrison sacudiu a cabeça. "Não, somos tudo o que temos." O policial balançou a cabeça, em seguida, olhou para suas mãos antes de olhar de volta para os dois homens na frente dele. Eu podia vê-lo de onde eu estava atrás dos dois. O sofá estava em minha frente e no momento em que as palavras saíram de sua boca, agarrei-me nele com ambas as mãos.


"Cormac Austin morreu na fronteira da Louisiana/Texas. Desde que estive no local do acidente, eu sou o único a dar a notícia. Nesta manhã, seu carro se chocou com um caminhão reboque e ele faleceu ao sofrer uma pancada na cabeça, quando tentou evitar outro carro parado na estrada. Ele morreu no impacto", disse o policial. Meus joelhos cederam, devastação pura atravessando meu corpo. Meu Deus. "Não", alguém gemeu. Poderia ter sido eu. Garrison. Sterling. Eu não sabia. O que eu sabia era que Sterling estava prestes a se perder, porra. Eu sabia, com apenas um olhar para o seu corpo tenso. A maneira como ele se portava. A maneira como seu corpo balançou para frente e para trás. Virei-me e voltei, indo direto para onde eu tinha visto Sterling ligar seu telefone na tomada antes, quando tínhamos entrado no quarto. Então, imediatamente puxei e liguei para a primeira pessoa em sua lista de contatos. Loki. Bati o seu nome e apertei ‘ligar’, fechando os olhos enquanto ouvia a voz chocada de Garrison vindo da sala de estar. A voz de Sterling não foi ouvida, mas eu sabia... Eu sabia que ele precisava de sua família agora. E eles viriam. "Olá?" Uma voz mal-humorada respondeu.


"Loki," eu engasguei em voz baixa cheia de lágrimas. "Eu preciso de você aqui. Eu preciso de você e qualquer outra pessoa que você possa encontrar. Sterling está prestes a se perder. Cormac está morto." "Estarei aí em cinco." Em seguida, ele desligou. Larguei o telefone e corri de volta para a sala a tempo de ver a porta se fechar atrás do policial. Garrison parecia branco como um fantasma. Sterling não pareceu nada. Ele estava apenas imóvel. O que não durou por muito tempo quando passou por mim, entrou na sala, retornando momentos depois com seu colete sobre sua pele nua e a chave da sua motocicleta em sua mão. "Onde você está indo?" Perguntei. "Fora." Eu o parei, apoiando minhas costas na porta, bloqueando-a. Embora eu soubesse que não iria funcionar muito bem, e que ele poderia ter passado por mim facilmente, ele parou. Principalmente por mim, eu tinha certeza, mas não podia deixá-lo sair. Não assim. Não neste estado de espírito. "Onde você está indo?", perguntei novamente. "Para um bar. Eu preciso ficar bêbado", disse ele rigidamente. Eu levantei uma sobrancelha para ele. "Você acha que isso vai ajudar agora? Olhe para Garrison. Você acha que ele precisa de você saindo para beber quando ele precisa de você?" Sterling olhou fixamente para mim.


Garrison bufou. "Eu posso cuidar de mim mesmo; na verdade, uma bebida soa incrivelmente certo pra caralho agora." Com isso, ele desapareceu em seu quarto e voltou momentos depois com uma camiseta, e os seus pés calçados com botas de maneira descuidada. Sterling não se moveu, olhando para mim como se ele nem sequer me conhecesse. Eu só sabia que essa era uma ideia horrível. Uma ideia realmente ruim. Estes dois não precisavam ir se embebedar. Eles poderiam ficar bêbados aqui... Mas não onde eles poderiam arruinar suas vidas... Arruinar a vida de outra pessoa. Em seguida, Sterling caminhou em minha direção, e eu soube imediatamente que ele não ia parar. Saí fora do seu caminho, sabendo que se eu ficasse lá, ele teria acabado por me mover... Ou passando através de mim. Mas, em seguida, apenas alguns segundos depois que a porta foi aberta por Sterling, ouvi em êxtase o som de motocicletas. Várias. Chegando velozes à casa de Garrison. Fechei os olhos em alívio quando vi primeiro Loki, em seguida, Trance, logo seguido por Sebastian estacionando em frente da casa de Garrison. "Foda-se," Sterling assobiou. "Filho da puta!" Visivelmente me encolhi quando Sterling voltou seus olhos, agora muito putos, para mim. Meu corpo deslizou atrás da coluna da varanda de Garrison e escondi meu rosto, então Sterling já não podia me ver diretamente. A luz da varanda não estava ligada, e a da rua não era muito forte.


O que significava que ele não podia ver como meus olhos encheramse de lágrimas com o que aquele olhar tinha feito para mim. Deus. Isso foi horrível. Mais motocicletas estacionaram e eu finalmente senti que estava bem entrar na casa, sabendo que eles não o deixariam fazer nada estúpido. Meus pés me levaram para a cozinha, onde eu peguei uma garrafa de água da geladeira e levei para o quarto que Garrison tinha nos cedido para dormir. Entrando, caí de cara no edredom, em seguida, sofri em meu pequeno coração até que senti um mergulho na cama ao meu lado. Virei, minhas lágrimas nublando meus olhos ao ver Sawyer ali de pé, com Lily atrás dela. "Hey," eu resmunguei.

Duas horas mais tarde, a tequila que Sawyer tinha sido capaz de apreender dos meninos me fez falar. "É minha culpa. Se o incêndio não tivesse acontecido... Eles não estariam aqui", sussurrei para Sawyer e Lily. Lily me abraçou com força. "Não é sua culpa que você tem vizinhos psicóticos", ela sussurrou. As lágrimas corriam pelo meu rosto, e eu me afastei dela. "Isso é verdade. Se eu nunca tivesse vindo..." balancei a cabeça. "Se você nunca tivesse vindo, eu não estaria aqui agora."


Meus olhos se fecharam. A voz de Sterling soou baixa e devastada. A dor praticamente escorria de cada uma de suas palavras, mas quando me virei para olhar para ele, ele parecia afetado. "O quê?" Perguntei. "Por que você diz isso?" "Porque você foi a única que me manteve vivo durante a minha última missão. Você que me manteve seguindo em frente... Eu puxei cada um dos membros da minha equipe para sairmos de uma situação hostil. Todos, mas eu estava quase desistindo... mas você me manteve querendo sair de lá. Seus olhos. Seu sorriso. Sua voz. Você. Se não fosse por você, eu, todos eles, teríamos sido mortos", explicou suavemente. As lágrimas deslizando no meu rosto começaram a diminuir e eu olhei para ele com os olhos arregalados. "Você nunca disse," eu sussurrei. Ele deu de ombros, como se isso não fizesse diferença. "Eu não tenho autorização para lhe dizer. Não estou sequer autorizado a dizer a você que eu tinha um interrogatório há três dias." E ele estava me dizendo agora, porque ele não queria que eu me culpasse. Mas eu ainda me sentia assim. Mas era óbvio que eu precisava ser mais cuidadosa com o que eu dissesse na frente dele. "Obrigada", eu disse. "Posso te ajudar com alguma coisa?" "Um novo coração?" Ele perguntou, rindo sem graça. "O meu parece estar quebrado no momento." Levantei-me, sentindo Sawyer e Lily deslizar as mãos dos meus ombros, me deixando ir. Em seguida, fui direto para o meu homem e o envolvi em um abraço tão apertado que teria quebrado qualquer outra pessoa. Não o meu Sterling, embora.


Ele era sólido. Formidável. Inquebrável. "Você está bem?" Perguntei em voz baixa. Eu podia sentir o cheiro de uísque em seu hálito. E eu tinha certeza que ele podia sentir o cheiro da tequila no meu. "Não..." ele sussurrou em meu cabelo enquanto passou os braços em volta de mim. "Eu não estou nem um pouco bem." "Sinto muito", eu respirei, abraçando-o ainda mais apertado. Ele me apertou um pouco mais, e foi tão bom... "Eu estou pronto para terminar esse dia e esquecer", disse ele. Olhei em seus olhos. "Ok. Vamos pensar sobre o amanhã depois de descansar." Porque havia planos a serem feitos. Eu já tinha ouvido falar sobre ele e Garrison terem que ir até o necrotério amanhã e identificar o corpo de Cormac e fazer os preparativos para o funeral. Eu senti os lábios de Lily na minha bochecha, logo seguido pelo abraço de Sawyer que capturou a mim e Sterling. "Suas meninas são estranhas", ele rugiu, uma vez que elas nos deixaram. "Elas te amam", eu disse a ele. Ele respirou fundo. "Sim." "Vamos para a cama", eu sussurrei. Talvez amanhã fosse melhorar, porque, certamente, um casal não poderia sofrer mais... Certo?


Errado.


Dois dias depois, eu nunca estive em uma procissão de motociclistas antes. Nunca vi a pura perfeição deles. Nunca teria pensado que a dor só iria embora. Não para sempre, mas por enquanto. O que era bom o suficiente. Eu faria qualquer coisa agora para fazer esta dor parar... Especialmente para Sterling. Sua mão aperta minha coxa e eu olho para ver o carro fúnebre que transporta o corpo de Cormac com suas luzes piscando, em seguida, virando à direita para o cemitério onde ele seria enterrado. Nós estávamos andando a trinta quilômetros por hora durante cerca de uma hora, e eu não poderia dizer se estava contente ou não, por estarmos finalmente aqui. O funeral já tinha acontecido em outro lugar, e agora estávamos seguindo o carro fúnebre para o cemitério que seria o lugar de descanso final do corpo de Cormac.


Garrison e Sterling tinham discutido um pouco sobre enterrá-lo neste cemitério, que supostamente tinha sido muito popular e as pessoas tinham que ser colocadas em uma lista de espera. Não era como se fosse um clube de campo ou qualquer coisa, mas foi onde eles queriam, e era onde ele ficaria. Fomos os primeiros a chegar de um total de cerca de setenta e cinco motocicletas nas vagas de estacionamento em frente ao portão. Uma enorme tenda do tamanho da metade de um campo de futebol já tinha sido erguida a certa distância da entrada da frente, e eu só assumi que era para onde estávamos indo. "Você está pronta?" Sterling me perguntou. Eu balancei a cabeça. "Sim, pronta tanto quanto você estiver." Ele assentiu e estendeu a mão para me ajudar a desmontar, e segui ao seu lado vestindo minhas novas calças e camisa roxa escura que tinha comprado na Target no dia anterior. Sterling estava em seu uniforme branco, o que foi um dilema, pois ele não tinha certeza se deveria usar seu uniforme branco ou o azul. Eventualmente, ele ligou, perguntou e foi informado que poderia usar qualquer um. E embora eu soubesse que ele não queria vestir branco quando todos sentiam que deviam usar outra coisa em um funeral, eu ainda acho que ele fez a melhor escolha dentre todas as outras opções que ele tinha. Para não falar que a roupa era extremamente quente e qualquer um teria ficado desconfortável. O suor escorria pelo seu rosto, e eu poderia dizer que ele estava extremamente incomodado. "Vamos lá", disse Sterling. "Quero entrar em posição antes de começarem a movê-lo."


Eu entendi por que ele queria fazer isso minutos depois, quando ele estava em uma saudação perfeita, a mão em um cuidadoso noventa graus. Seis dos membros da equipe de beisebol da ULM tinham se movido para a parte de trás do carro fúnebre e transportaram o caixão. Ele ficou assim quando o caixão foi transferido da parte de trás do carro fúnebre, durante a caminhada até sepultura e só se moveu quando o caixão foi colocado no suporte ao lado do túmulo para o resto do serviço. Parecia que havia uma bola de golfe em minha garganta, e eu não podia deixar de estudar o rosto de Sterling. Ele parecia afetado por tudo isso, na verdade eu sabia que ele estava profundamente abalado. Este era o rosto que ele mostrava ao mundo quando não queria que ninguém visse o que ele estava sentindo. O rosto que ele tinha aperfeiçoado quando era um jovem rapaz tentando permanecer vivo. Quando o resto do pessoal finalmente se reuniu, Sterling pegou a minha mão, quase me fazendo estremecer com sua intensidade. "Com todos nós reunidos aqui hoje, eu gostaria de agradecer por todos que comparecerem para se despedir desse irmão. Este momento junto ao túmulo é uma celebração. Uma celebração de Cormac e da bela vida que ele tinha." A mão de Sterling ficou tensa, e eu soube imediatamente que ele estava pensando que Cormac não tinha tido uma boa vida, como Garrison e ele também não tiveram. Ele teve uma vida de merda que terminou cedo demais. "Pedimos a seus melhores amigos que aproveitem o momento para expressarem seus sentimentos. Agora, peço que vocês prestem atenção a este jovem aqui, vamos começar", disse o oficiante se voltando em nossa direção. Sterling deu a minha mão um leve aperto, me soltou e deu um passo para a frente para que todos pudessem vê-lo. Sawyer ficou de um lado, enquanto Garrison ficou do meu outro lado e, juntos, vimos quando Sterling derramou seu coração.


"Cormac me fez prometer que eu iria cortar sua cabeça e queimar seu corpo, quando ele morresse para que não ressuscitasse como um zumbi", Sterling disse, olhando para as próprias mãos. "Eu pensei que nunca teria de lhe dizer que eu nunca faria isso com ele, porque zumbis não eram reais." Fechei os olhos enquanto uma lágrima derramou sobre a minha bochecha. A primeira de muitas. "Nós não faríamos isso, caso vocês estejam se perguntando," disse Sterling, olhando para a multidão. Uma pequena onda de risos percorreu ao longo do encontro. Eu odiava funerais. Eles eram tão tristes. Tudo sobre eles me fazia me sentir muito mal. O choro. As flores. O mar de preto em todos os lugares. Em seguida, havia o time de beisebol da ULM. Cada um deles estava vestido com seus uniformes de beisebol, e eles seguravam os capacetes em suas mãos enquanto olhavam para seus pés. "Eu me obriguei a vestir este uniforme estúpido, mesmo estando um calor insuportável. Ele me fez prometer que eu usaria uma cor brilhante em seu funeral", disse ele, rindo um pouco. "Mais uma vez, eu nunca pensei que teria que me preocupar com isso. Eu sempre achei que eu seria o primeiro a morrer." Garrison, ao meu lado, fez um som abafado, e eu coloquei minha mão na sua, que ele agarrou como se precisasse para manter se manter de pé. Seu corpo tremia, e eu queria envolver meus braços em torno do homem grande e assustador. "Cormac, Garrison, e eu éramos como Os Três Mosqueteiros. Eu dependia deles, apenas eles, durante uma boa parte da minha vida, até que eu conheci os Wardens Dixie." Ele disse, inclinando a cabeça na direção de todos os motociclistas que estavam em minhas costas. Homens que tinham cuidado de Sterling e ajudaram a moldar o homem que ele era hoje.


"Eu pensei que iríamos envelhecer juntos. Criar nossos filhos juntos. Sentaríamos no convés e beberíamos cerveja. Eu pensei que iria finalmente conseguir ser feliz quando soube que ele estava tentando entrar em uma grande equipe da liga... e eu ia perguntar a mulher que eu amo se ela queria se casar comigo. Pensei que eu tinha ganhado." Meu coração se partiu. E, quando ouvi o que ele falou no final, eu sabia que o dia de hoje o marcaria para sempre. Em sua mente esse seria o dia que ele tinha falhado para sempre. Mas ele não era um fracasso, de maneira nenhuma.

"Olá?" Sterling respondeu a seu telefone. Em seguida, sua mandíbula apertou. "Sim, eu posso estar lá ao cair da noite," respondeu. Olhei para ele rapidamente, e vi seus olhos focados em mim. Meu estômago afundou. Ele estava sendo chamado para outra missão. Merda. Então, bem no meio do jantar depois do funeral de Cormac, na frente de todos, Sterling caiu sobre um joelho. "Eu não queria te perguntar isso aqui... Eu pensei que tinha mais tempo", ele sussurrou para mim. "Mas eu preciso lhe perguntar antes de ir... só no caso." Apenas no caso dele morrer, eu pensei amargamente. "Quer se casar comigo?" Ele perguntou suavemente. Meus olhos lacrimejaram, e eu os fechei enquanto as lágrimas começaram a derramar pelo meu rosto em grandes torrentes.


"Sim, eu quero casar com você", eu disse, abrindo meus olhos e olhando para ele. Ele deslizou um belo anel no meu dedo, em seguida, se levantou e ficou de pé em frente a mim. "Nós vamos nos casar quando eu voltar", ele ordenou. Eu balancei a cabeça. "Ok." "Você vai obedecer a Silas... e o resto deles, ok?" Ele perguntou. Eu balancei a cabeça. Eu sabia que ele iria se preocupar se eu não dissesse que sim, então eu concordei, apesar de tudo. "Você vai ter certeza que responder às minhas chamadas, não importa onde você esteja", continuou ele. Eu bufei. "Eu absolutamente vou. Como poderia dizer não." Ele se moveu para frente e pressionou seus lábios suavemente contra os meus. "Eu te amo", ele sussurrou. Deu-me as palavras. Palavras que significavam muito mais para mim ultimamente. "Eu também te amo." Ele se virou sem dizer mais nada e saiu pela porta, parando na frente de Silas e Garrison. "Vocês vão protegê-la." Não era uma pergunta, mas uma ordem. Os dois homens assentiram. "Você sabe que nós o faremos."


Sua cabeรงa pendeu por cinco longos segundos, entรฃo ele endireitou as costas e saiu sem olhar para trรกs. Para o perigoso mundo de um SEAL da Marinha.


DIA 4 Eu tenho a confirmação de que ele estava onde deveria estar. Isso era bom, não era? Você sabe o que não era bom? Ser seguida para meu trabalho. E em casa. E para o maldito banheiro. Isso não era bom.

DIA 12 Kraken (02:22): Eu estou bem. Ruthie (02:22): Por que seu nome é Kraken?


Kraken (02:22): Porque eu sou o monstro do mar... ou assim me dizem. Ruthie (02:23): Por que estraga o dia de todos? Kraken (02:23): Engraçado, engraçado. Ruthie (02:24): Como é que eu não sei onde você está? Kraken (02:25): Você nunca vai saber onde estou. Ruthie (02:26): Bem, isso apenas me suga. Kraken (02:27): Você sabia quando aceitou meu pedido. Você é minha para a eternidade. Ruthie (02:27): Eu não estava pensando claramente. Kraken (02:28): Sua perda, meu ganho. Não há outra opção agora. Ruthie (02:30): Isso não é engraçado. Eu sinto sua falta. Kraken (03:20): Você está terminando comigo? Ruthie (03:22): Eu te amo Sterling, venha para casa ou pense em outra coisa.

DIA 32 Kraken (05:15): Ou então o quê? Ruthie (05:22): Sério? Você vai terminar uma conversa de vinte dias atrás? Kraken (05:23): Merda acontece. Ruthie (05:25): Você continua lutando contra o lado mau ainda? Kraken (05:26): Trabalhando nisso. Ruthie (05:27): Isso é útil.


Kraken (05:28): Eu tento. Kraken (05:29): Vou embora novamente. Amo você também.

DIA 44 "Olá?" Eu respondi, cansada. Eu tinha trabalhado um turno duplo hoje no Dane, em seguida, outro turno no Halligans e Handcuffs. Eu literalmente trabalhei duro na esperança de chegar em casa e não ter de esperar muito tempo antes de adormecer novamente. Era mais fácil dessa maneira. Eu estava dormindo por quase duas horas quando meu telefone tocou. Agora eram 11:53 da noite, e se não fosse alguém importante no telefone, eu começaria a perder a minha paciência. "É a Ruthie?" Uma voz de homem rude perguntou. Parecia que ele era um fumante inveterado, pois sua voz era bem áspera. "Sim, é Ruthie", eu respondi. "Quem fala é Parker, estou aqui com Sterling", disse ele. Eu pisquei. "Então por que não é Sterling que está me chamando?" "Porque ele está com febre e está agindo como uma pequena porra de criança, e ele não vai tomar a porra do remédio que eu estou tentando dar-lhe porque está alucinando. Então, eu estou chamando você para falar com ele na esperança de que ele abra a boca e tome a porra dos seus remédios", Parker explica firmemente. "Por que ele está com febre?" O cara, Parker, suspira. "Eu não tenho autorização para lhe dizer," ele respondeu com firmeza. "Ele foi baleado? Ele está ferido? Diga-me!" Eu exijo. "Meu Deus, você é tão pé no saco como ele, latindo coisas fora de propósito", Parker resmunga.


"Ruthie?" Sterling chama seriamente lento. "Sterling? Hey baby, você está bem?" Pergunto. “Estou bem. O que você está fazendo agora?" Ele pergunta. Eu ri suavemente sob a minha respiração. "Eu estava dormindo." Disse a ele. "Bom. Pelo menos um de nós deve estar dormindo. Estou tão malditamente cansado que poderia dormir por um mês", ele sussurrou. "Está tudo bem então, certo?" "O que está tudo bem, querido?" Perguntei. "Para tomar o medicamento", ele gemeu. "Sim, querido. Está tudo bem", eu respondi. "Bom", disse ele. "Porque eu não queria ser morto por tomar algum medicamento terrorista da medicina." Com isso, ele disse "Amo você". E desligou. Comecei a pirar, porque no momento em que ele disse isso, eu comecei a pensar 'e se'. E se esse cara não estava na equipe de Sterling? E se fosse um terrorista? E se ele não estava realmente doente? Tentei ligar para o número de volta, mas foi imediatamente para o correio de voz. O próximo número que eu chamei foi imediatamente enviado para a caixa postal. "Foda-se você também, Silas," Eu rosno, partindo para o próximo nome na lista. Loki. "Olá?" Perguntou Loki, soando cansado.


"Você conhece um cara chamado Parker?" "Sim, o filho da puta cortou minha garganta." Engoli em seco, meu estômago caindo em desânimo. "Oh, não", eu gemi. "Oh Deus! Eu disse a Sterling para tomar o medicamento que Parker estava lhe oferecendo." Eu não tinha percebido que eu estava ofegante até Loki começar a gritar comigo. "Ruthie!" Loki gritou. Eu coloquei o telefone de volta ao meu ouvido. "Sim?" Eu sussurrei tristemente. "Ele está na equipe de Sterling." Eu fechei meus olhos e deixei minha cabeça cair em minhas mãos. "Graças a Deus." "A chamada foi sobre o que?" Loki perguntou uma vez que tinha me acalmado um pouco. "Ele estava com febre e o homem, Parker, queria dar-lhe os remédios, mas ele não queria tomar sem falar comigo", eu respondi. "Entendi. Não perca o controle. Ele está bem." Não foi até muito mais tarde que eu percebi que nunca tinha chegado a perguntar a Loki o que ele quis dizer sobre Parker cortando sua garganta. Foi assim que ele conseguiu essa cicatriz? O certo seria dizer que eu não dormi tão bem naquela noite, preocupada com Sterling e pensando se eu tenho ou não tenho que chutar o traseiro desse cara, Parker, por cortar a garganta de Loki.


DIA 54 Kraken (10:22): Eu estou bem. Ruthie (10:24): É melhor estar. Kraken (10:25): eu estou, prometo. Ruthie (10.26): O que aconteceu? Kraken (10:27): Não beba água de um país estrangeiro sem fervê-la primeiro. Ruthie (10:28): Isso não é engraçado. Kraken (10:28): Confie em mim, eu não estou sendo engraçado. Ruthie (10:30): Quando você chega em casa? Ruthie (10:42): Sterling? Ruthie (12:22): Merda, maldito inferno.

DIA 63 Fazia sessenta e três dias desde que eu tinha visto Sterling. E nesses sessenta e três dias, um monte de coisas tinha acontecido. Eu tinha alugado a casa do outro lado da rua de Garrison e me mudei com o mínimo de coisas que eu tinha. Eu tinha voltado à escola. Sawyer tinha tido seu bebê. Eu trabalhei bastante. Principalmente, porém, eu tinha escutado.


O que era uma coisa boa, porque eu aprendi muitas coisas. Tais como o fato de que Sterling estava em outra missão perigosa que envolvia a esposa do mesmo senador que ele tinha estado meses antes. Eu também descobri que a morte de Cormac não foi um acidente. Que alguém tinha cortado os cabos do freio do meu carro habilmente, o que havia contribuído para que ele não conseguisse parar. Eu descobri apenas momentos antes, durante uma festa de comemoração do nascimento do filho de Silas e Sawyer. Aparentemente motociclistas tendem a ser tagarelas, lábios soltos quando estavam bebendo e relaxados. O que tinha muito a ver com o motivo que eu tinha ouvido em primeiro lugar. Silas e o resto do The Dixie Wardens mantinham os lábios muito apertados sobre as coisas, quando eles não queriam que suas mulheres soubessem de algo. E desde que Sterling não estava aqui para me dizer, o bando de motociclistas fodões, e um treinador de beisebol realmente irritante, tinham tomado para si a tarefa de esconder isso de mim enquanto discutiam se era uma boa ideia dizer a Sterling. Eu fiquei escutando do lado de fora da porta que Baylee, a esposa de Sebastian, tinha me dito que era a ‘igreja’. Um lugar aonde os membros iam para discutir assuntos importantes que envolviam a vida de outras pessoas, aparentemente. "Pensei sobre dizer-lhe qualquer coisa..." Silas murmurou sombriamente. Meu queixo caiu quando ouvi Silas dizer ao grupo sobre como os fios de freio no meu carro que Cormac dirigia, foram propositalmente cortados. "Você não pode dizer a ele. Se ele descobrir, ele vai se concentrar no que está acontecendo em casa, em vez do que está acontecendo lá", declarei, irrompendo pela porta. "Ele merece saber", Garrison defendeu, me surpreendendo.


"E você se lembra da última missão de merda que ele esteve? Você realmente deseja adicionar mais à carga no momento, dizendo-lhe que a morte de Cormac não foi um acidente, mas um assassinato?" Eu assobiei. "Eu acho que você deve deixá-lo decidir," Sterling disse com raiva atrás de mim. Eu estremeci. Talvez eu devesse ter olhado a sala antes de entrar de uma vez. Em seguida, novamente... Alguém poderia ter pensado em me dizer que o homem que eu amava estava em casa, em vez de estar escondido em um canto! "O que você está fazendo aqui?" Eu gritei um pouco irada. Suas sobrancelhas levantaram com meu tom. "Onde mais eu estaria?" Ele perguntou. Bati meu pé "No Iraque?", perguntei me sentindo uma megera. "Eu voltei para casa", explicou. "E o que...", perguntei. "Você não estava pensando em me dizer?" "Eu te disse... que chegaria a tempo", ele rosnou. Apertei os olhos para ele. "Eu tive que trabalhar! O que você quer que eu faça? Sair mais cedo só porque havia uma festa acontecendo... aquela em que eu não sabia que você estava?" Perguntei. "Por que eu iria querer estar por aqui quando cada um deles me lembra você?" Eu disse, apontando o dedo para os homens de cada lado dele. “Você sabe o quão torturante é isso?" Então ele sorriu! Sorriu! "Eu também senti sua falta, Ruthie", disse ele. "Agora venha aqui me dar um maldito abraço." Eu corri e me joguei em seus braços. Meu corpo bateu com tanta força que ele bateu para trás, contra a parede, mas ele me segurou com força por toda parte. "Eu odeio que você foi embora", eu sussurrei para ele. Ele beijou minha testa.


"É o meu trabalho, baby", ele sussurrou. "Eu sei", disse a ele. "Ainda é uma porcaria, embora. Não faça nada estúpido, também," eu continuei. Ele se inclinou para trás e olhou para mim. "Tudo o que fizer não será estúpido, mel. Tudo que eu quero é fazer justiça. Por Cormac", insistiu. "Sim, mas ele não ia querer que você fosse para a cadeia, um lugar que eu sei que você não vai gostar. Nem ele iria querer que você fosse expulso do Exército dos SEALS, que todos nós sabemos o quanto ele estava tão orgulhoso por você estar realizando essa honra", informei a ele. Ele se inclinou e beijou minha testa. "Vamos ver", disse ele. "Parece que eles têm o cara de qualquer maneira." Eu fiz uma careta. "Quem era?" Ele olhou para mim com cautela antes de me virar para olhar uma imagem que eu não tinha notado em cima da mesa. E todo o meu mundo caiu, e eu desmaiei. Porra, desmaiei.


Meus olhos estavam arregalados quando olhei para o homem que tinha sido parcialmente responsável por me casar com Bender. "O que... por que... como?" Eu perguntei ao pai de Bender, horrorizada de que ele estava mesmo em pé na minha frente. Bem... Sentado. Estava sendo realizada uma espécie de reunião, coisas da sede do clube, dos Dixie Warden agora. Suas mãos estavam em punhos sobre a mesa na frente dele, e ele não estava muito feliz em me ver. Eu não o tinha visto em anos, e ele, de repente estava aqui? Por quê? John, o pai de Bender, olhou para mim. "Por que você deveria ficar feliz quando meu filho está morto e no chão frio? Eu nunca deveria ter escutado Reena", ele rosnou. "O que você está falando?" Perguntei assustada. "Mas não, eu fiz, porque eu a amava. Então veja onde isso nos levou. Bender morto. Nosso neto morto. Tudo porque você não poderia manter as pernas fechadas, porra", ele assobiou. Minha coluna endireitou. "O que você está falando?"


"Eu não podia acreditar quando eu recebi a carta dizendo que você foi solta", ele assobiou. "Você deveria estar lá por mais um ano antes de eu ter de me preocupar com você saindo. Em seguida, houve a carta, e Reena começou a surtar sobre tudo. Ela não iria me deixar em paz. Então eu teria que trabalhar as coisas. Eu teria que cuidar de você, mas ela tinha que me envolver agora. Então eu tinha que vir cuidar dela... de você... antes que você pudesse fazer este mundo ainda pior do que já era. Mas os seus vizinhos idiotas... foderam tudo. Bando de imbecis. Então aqui estou eu, sentado em uma cela quando deveria estar em casa com minha esposa." Eu olhei para o homem que se tornaria meu marido e levanto uma sobrancelha em questionamento para ele. Ele apontou para a outra sala, e eu me virei e saí, deixando John onde estava sentado em sua cadeira, furioso por ter sido maltratado por um bando de motociclistas. "Como ele chegou aqui?" Eu perguntei em confusão. "E por que é que ele está aqui em vez da delegacia?" Sterling virou-se e apontou para o outro lado da sala, e minhas sobrancelhas provavelmente ficaram alinhadas com meu cabelo quando eu vi quem estava encostado na parede. "O que você está fazendo aqui?", perguntei a Able. "Isso foi um pedido de desculpas," Able disse sinceramente a Sterling. O rosto de Sterling estava mais uma vez em branco. "O que quer dizer, com um pedido de desculpas?", perguntei confusa. "Chegando em casa, vi minha mulher olhando para a foto de Sterling bebê novamente e percebi que eu tinha fodido com tudo. Sabia que eu deveria ter resolvido anos atrás, mas foi só ao vê-lo com a minha garota que me fez perceber que eu teria dado qualquer coisa por um pouco mais de tempo com ela, e eu propositadamente impedi ela todos estes anos”, disse sinceramente. Meus olhos lacrimejaram. Tanto tempo foi perdido, tanto para Sterling, como para mim, com o nosso respectivo pai.


Como seria nossa vida se tivéssemos conhecido uns aos outros desde que éramos mais jovens? Definitivamente não estaria prestes a me casar, isso é certo. "Então, o que... acabou de encontrar o cara que The Dixie Wardens MC não poderia encontrar? Como isso é possível? Eu pensei que você fosse um homem do petróleo. Que tipo de habilidades que um empresário tem, que pode encontrar um homem que até mesmo profissionais treinados não conseguiram encontrar?" Perguntei. O rosto de Sterling continuou a ficar em branco, mas os seus olhos estavam dizendo algo completamente diferente. "Isso é porque ele não é apenas um magnata do petróleo. Ele é um assassino profissional do caralho", disse Silas atrás de nós. Virei-me surpresa. "O quê?" Engoli em seco. Silas assentiu. "Levei algum tempo. Tinha as mãos cheias ou nós teríamos descoberto sobre John antes... mas meus recursos foram divididos tentando descobrir sobre você, também. Por isso demorou mais tempo do que eu gostaria. Acabou que o encontramos, ao mesmo tempo, mas eu queria ver as habilidades de Able, se possível, por isso o deixamos trazer John." "Você é um maldito 'assassino profissional’?" Perguntei, girando e olhando para o meu 'pai'. Ele fez uma careta. "Sim." "O que... como... por quê?", Perguntei. "E por que voltar? O que você está esperando conseguir?" "Eu estava esperando conseguir um relacionamento com minha filha por quem eu não tinha feito absolutamente nada, durante os últimos quinze anos. Eu estava esperando que, um dia, eu fosse capaz de vê-la sorrir de novo, como eu tinha visto quando ela era apenas uma menina. E eu não sou um assassino profissional 'por ser’. Eu era um agente


contratado pelo Governo dos Estados Unidos. O que tem uma diferença", disse ele na defensiva. Eu balancei a cabeça que estava começando a doer, surgindo a partir da base do meu pescoço. "Isso tudo é tão fodido. Tão completamente fodido", eu disse balançando a cabeça, esfregando o meu pescoço com a mão enquanto fechava os olhos. Mãos firmes, quentes capturam minha cabeça, e eu fui puxada firmemente para os braços de Sterling. "Você quer ir para casa?" Ele pergunta suavemente. "Sim", eu respondi. "Eu quero." "Então vamos." Então, saímos. As coisas estavam longe de acabar tanto com John quanto com Able. Mas eu realmente só queria estar nos braços de Sterling, em seguida, esquecer o mundo que nos rodeia. Amanhã nós lidaremos com o resto. Amanhã iria enfrentar o que eu não queria enfrentar hoje.

"Faz a gente sujos?" Eu perguntei suavemente enquanto Sterling deitou na cama ao meu lado. "O que nos faz sujos?" Ele perguntou, gemendo quando suas costas finalmente encontraram a cama. Era uma bela cama. Eu tinha conseguido uma pequena ajuda da conta bancária de Sterling para mobiliar a casa.


Eu tinha comprado um novo freezer, máquina de lavar e secadora de roupas, máquina de lavar louça e cama. O resto foi o melhor que achei no brechó, mas serviria por agora. Eu sabia que ele iria querer uma boa cama, e queria ter certeza de que ele teria. Eu queria que ele tivesse tudo o que sempre quis. "Essa parte de que somos meio irmãos", eu sussurrei, rolando até que pudesse olhar em seu rosto cansado. Ele tinha sido curtido pela vida. E ele tinha uma nova cicatriz na mão que eu nunca tinha visto antes... Que assumi que era o motivo de sua febre. Eu não me preocupei em perguntar onde ele tinha conseguido uma cicatriz tão feia. Quanto menos eu soubesse, melhor. Seus olhos se abriram quando eu disse 'a parte de sermos irmãos’. "Não é sujo, uma vez que nem sabíamos que nossos pais se casaram. Só seria sujo se nos conhecêssemos desde que tínhamos cinco anos e costumávamos tomar banhos juntos", ele respondeu com sinceridade. Eu sorri. "Eu não sei", disse, deixando minhas mãos vaguearem até seus lados, enquanto me sentava montada em seus quadris. Seu pênis imediatamente começou a endurecer quando ele me acolheu, me olhando de cima a baixo. Eu estava usando uma de suas camisetas, uma preta com o crânio do Punisher nela. Minha bunda estava nua, já que ele parecia fazer minha calcinha se desintegrar, e desde que eu gosto muito das minhas calcinhas, eu decidi contornar o inevitável e apenas ficar sem. Meus seios estavam livres sob a minha camisa, não apenas porque Sterling também era um pouco áspero com meus sutiãs, como era com minhas calcinhas, mas porque sutiãs simplesmente são desconfortáveis. Suas mãos foram até meus quadris, segurando-me firmemente quando moeu sua ereção contra mim. "Senti sua falta," eu disse suavemente, olhando em seus olhos. Ele tinha raspado a barba e deixado em um comprimento menor do que quando tinha vindo para casa e eu achei que perdi o seu lado


selvagem. Embora eu gostasse dele com um corte limpo, eu também gostava dele um pouco selvagem. "Também senti sua falta. Estava morrendo de medo por te deixar em casa, mas eu sabia que meus irmãos iriam cuidar de você", ele murmurou, passando a mão por cima da extensão plana da minha barriga, subindo e chegando em um descanso entre meus seios. "O que Silas te disse?" Perguntei. Silas tinha nos seguido até em casa, e estava falando com Sterling, enquanto eu tomava um banho rápido e começava o jantar. Eu tinha quase terminado e já estava pronta para comer, enquanto eles conversavam. "Apenas explicou um pouco mais sobre John", ele respondeu evasivamente. Apertei os olhos para ele. "O que tem ele?", Perguntei. Ele encolheu os ombros. "Bem", ele hesitou. Eu olhei. "Diga-me." "Não há realmente muito para contar. Ele queria você de volta na prisão e estava esperando que, fazendo-lhe ‘quebrar a lei’, ele ia conseguir. Só que ele realmente não contava conosco. Ele pensou que você entraria em problemas com a lei, e iria quebrar seu acordo de liberdade condicional", disse ele finalmente. "Quanto mais você se livrava dos problemas, mais desesperado ele ficava. Cortar seus freios", sua voz quebrou. "Essa foi sua última decisão em um momento de desespero. Depois de todas as suas outras tentativas ao manipular as pessoas, ele assumiu com as suas próprias mãos e, finalmente, tentou resolver as questões por si mesmo." Eu fechei meus olhos e de repente não estava sentindo nada, além de tristeza. Realmente foi minha culpa. "Sinto muito", eu sussurrei enquanto as lágrimas começaram a transbordar por meus olhos. "Eu nunca teria pensado que ele iria tão


longe. Ele estava sempre tão tranquilo. Ele estava lá na sala do tribunal quando eu estava sendo condenada. Ele nem sequer pareceu chateado." Eu me senti inferior. Mas Sterling colocou as mãos no meu rosto e balançou ligeiramente, tentando me tirar da minha miséria. "Pare com isso", ele disse. "Pare com isso agora." Eu pisquei. "O quê?" Perguntei, as lágrimas ainda deslizando sobre minha face. "Você precisa deixar a sua mente fora de tudo o que aconteceu. Eu odeio dizer isso...", ele começou. "Mas estou feliz que não foi você. Isso me torna uma pessoa terrível... mas eu estou feliz que não foi você, porra." Eu encostei minha cabeça em seu peito e chorei. Pela perda que eu tinha sofrido. A injustiça. Por tudo. Minha vida tinha sido uma merda absoluta. Nem uma porra de vez algo deu certo? Não mereço isso? Nós não merecemos? "Eu estou tão cansada desta vida, Sterling," digo em seu peito. "Você não vai desistir, eu não vou permitir", resmungou, rolando comigo até que eu estava debaixo dele. Meus quadris embalando suas coxas, ele estava olhando para mim com tal ferocidade que eu não conseguia respirar. "Ok", eu disse sem fôlego. "Você é minha e eu sou seu. Nós vamos fazer nossas vidas juntos. Nós vamos ter bebês. Nós vamos comprar uma casa. Nós vamos envelhecer juntos, até que não nos importará mais as falhas um do outro. Nós estaremos juntos para sempre. E então, quando deixarmos esta terra, vamos deixá-la juntos, porque eu mereço ser feliz, e você também. Estamos fodidos e eu porra te amo", ele rosnou, com tanta certeza que eu não duvidei que realmente fosse acontecer. Com a determinação de Sterling e a minha crença nele, eu sabia que poderíamos fazer grandes coisas.


"Estou com medo de ter filhos", eu sussurrei. Ele se inclinou e deu um beijo em meus lábios, então sussurrou suave que eu mal o ouvi, antes de se afastar. "Você vai ter meus bebês", ele rosnou. Eu ri de sua prepotência. "Quem disse?" Perguntei. Ele sorriu e manobrou seu corpo, surpreendendo-me quando senti seu pênis nu pressionado contra minha vagina nua. Então, com pouco a fazer, ele deslizou dentro de mim ao máximo, e lembrei-me por que eu iria ter seus bebês. Porque ele tinha o pau mais perfeito no maldito mundo, é por isso! Eu gemi e levantei meus quadris, pressionando meus calcanhares no colchão para que o movimento lhe permitisse ir mais fundo dentro de mim. Ele não gostava que eu tivesse tanto controle, por isso ele levantou minhas pernas sobre os ombros e entrou mais profundo dentro de mim. "Senti sua falta", ele respirou contra os meus lábios. "Senti mais", eu respondi de volta. Impulso. Retirada. Impulso. Retirada. "Eu te amo", eu respirei. Ele rosnou. Ele contraiu quando eu disse estas palavras, e de repente nós dois estávamos gozando. Semanas, meses, sem nada de sexo, tinha nos enviado em direção a orgasmos explosivos, que nos deixou sem fôlego. "Jesus", Sterling gemeu quando gozou dentro de mim. "Sim!" Eu concordei. "Leve tudo de mim." "Sim, senhor", concordei.


Ele riu na minha boca quando a nossa respiração voltou ao normal, os nossos orgasmos foram tão doces que eu estava sorrindo. "O que é esse sorriso", ele perguntou. "Você é má." Eu sopro e ele se afasta, seu pênis deslizando de mim e me deixando desolada. "Se eu fosse má, eu diria o quão incrível é ter sexo com meu meioirmão," provoquei. Ele riu. Sua barriga mexendo. "Não diga mais isso", disse ele. "Não em público, de qualquer maneira." "Você sabe que você gosta", eu sussurrei, os olhos ficando pesados. "Sim, vejo o quanto você gosta quando nossos amigos ouvem essa merda!" Ele desafia quando começa a ir em direção ao banheiro. Eu sorrio. "Você gosta da nova casa?" Perguntei. Essa pergunta tinha estado em minha mente desde que tínhamos chegado em casa e ele tinha ido falar com Silas. "Gosto", disse ele. "Mas nós vamos precisar ir olhar outras casas em breve. Não é grande o suficiente." Franzo minhas sobrancelhas. São dois quartos com um escritório. Por que ele precisa de algo maior? "O que? Sterling," eu digo, saindo da cama e seguindo-o até o banheiro. "São dois quartos com um escritório. Qual é a razão para mais espaço?" "Eu tenho planos com bebês enchendo os quartos..." ele diz enquanto se inclina para lavar o rosto. Eu admiro sua bunda e a forma como os músculos se mexem quando ele se inclina. Minha boca fica molhada, e então eu ligo o chuveiro, assim eu não iria saltar sobre ele novamente. Ele tinha que estar cansado e eu não quero desgasta-lo muito em sua primeira noite em


casa. Eu teria que esperar ele voltar à sua forma antes de esperar muito mais dele. "Bem, então vamos começar a procurar, mas é meio difícil de fazer qualquer coisa sem você aqui. Eu não tenho nenhum crédito, e você desaparece na queda de um chapéu. Vamos precisar encontrar alguém disposto a nos ajudar", eu disse entrando debaixo da água. A água começa a cair sobre o meu cabelo, molhando-o até que o sinto pesando nas minhas costas. Uma vez que sinto-o encharcado, eu abro meus olhos, e grito ao encontrar Sterling de pé na minha frente. "Merda!" Engoli em seco, a mão indo ao meu coração, tentando segurar os batimentos frenéticos no meu peito. "Você está sendo excepcionalmente boa sobre o meu trabalho. Tem certeza de que está bem com isso?" Ele perguntou. Eu balancei a cabeça. "É o seu trabalho. Sua paixão. O que mais eu poderia fazer, senão aceitar? Eu te amo. Isso significa aceitar você. Tudo de você. Seu emprego. Suas peculiaridades estúpidas sobre não deixar as toalhas penduradas. Você não pegar suas coisas. Tudo sobre você, eu te amo. Mesmo o seu trabalho." "Então você vai ficar bem se eu te deixar a cada dois meses sem qualquer aviso prévio? Você chegando em casa depois de um dia de trabalho e eu vou ter partido sem me despedir?" Ele empurrou. Eu balancei a cabeça novamente. Quero dizer, iria chutar suas bolas, mas eu ia superar isso. Enquanto isso fizesse Sterling feliz, eu estaria lá para ele. Nos bons e maus momentos. Como ele foi para mim. "Sim, eu vou ser capaz de lidar com isso." Ele avança rapidamente e me pega em seus braços. Minhas costas batem no azulejo frio do chuveiro e eu fico ofegante. "Sterling," Eu grito, arqueando para frente. Ele ri, em seguida, bate a boca sobre a minha.


"Deus." "Bem, agora que sei que você está de bom humor... nós precisamos conversar sobre sua mãe", eu disse, tocando no assunto que eu sabia que vinha incomodando-o desde que tínhamos chegado em casa. Ele suspirou e baixou a testa para a minha. "O que tem ela?" Ele choramingou. "Você precisa falar com ela." "Eu não quero falar com ela", disse ele. Suspirei. "Você precisa. Pelo menos para descobrir por que ela fez o que fez. Pode haver mais na história... além disso, você precisa saber sobre essas cartas," disse cuidadosamente. "Descobrir o que aconteceu. Porque, se ela tentou entrar em contato com você, tem alguma coisa acontecendo que não tem nada a ver com ela." Ele endureceu, em seguida, seus olhos estavam nos meus. "Você acha que alguém pegou as cartas?" Ele perguntou lentamente. Dei de ombros. "Por que mais não teriam chegado a você?" Sua mandíbula apertou. "Merda." "Sim, merda."


"O que você está fazendo?" Garrison me perguntou. "Ele está prestes a foder uma policial, é por isso que eu estou com ele", disse Loki, soando um pouco irritado. Eu sorrio para ele. "O que faz você pensar que eu vou lá para foder com ela?", Perguntei. Ele me deu um olhar que dizia que não era estúpido, e que não acreditava em meu ato indiferente. "Porque você pirou comigo esta manhã, quando perguntou onde Thomasina vivia. E quando eu não disse a você, você gritou comigo," Loki disse secamente. "Então você descobriu de qualquer maneira." Isso era verdade. Eu tinha feito minha pesquisa com Garrison. E a única coisa que poderia pensar a respeito do porque as cartas não foram entregues para mim, foi que um de nós as pegou. Nosso pai adotivo não era apenas preguiçoso, mas se recusava a fazer qualquer coisa que ele tinha que fazer. O que incluiu a limpeza da cozinha. Andar com seus cães. Lavar os carros. Cortar a grama. Receber os e-mails do caralho.


Receber os e-mails, porém, era um dos trabalhos mais fáceis, e geralmente, dados a Thomasina. Então, quando Garrison e eu começamos a falar esta manhã, depois que Ruthie foi para seu turno, (e eu tive que admitir que gosto de estar perto de Garrison sem realmente estar em casa), percebemos que realmente havia apenas uma pessoa que teria sido capaz de esconder cartas sem que nós percebêssemos. Thomasina. Por isso, eu estava agora seguindo a caminho da casa dela depois de receber a informação de Silas, que usou sua vasta rede de contatos para obter as informações para mim. "Eu tive problemas suficientes com ela ao longo dos anos... é hora de limpar o ar", disse com firmeza, levantando meu punho e batendo em sua porta. Eu não tive que esperar muito tempo. Thomasina atendeu a porta em poucos instantes. Surpreendentemente, ela parecia bem. Muito bem. Eu tinha visto ela só em seu uniforme da polícia ao longo dos últimos dez anos. Vê-la em calças de ioga e uma camiseta bonita reafirmou a posição de que ela era, na verdade, uma fêmea e não uma idiota brincando de policial que tentou parecer menos fêmea em um mundo masculino. Então ela falou, e todos os pensamentos sobre ela ser feminina fugiram. "Que porra você está fazendo aqui, filho da puta?" Ela rosnou, estreitando os olhos. Eu não perdi tempo com rodeios. "Você roubou as cartas de minha mãe?", perguntei, cruzando os braços sobre o peito. Ela piscou, então olhou para seus pés. "Ele me disse para pegar," ela sussurrou.


Todos nós sabíamos quem era 'ele'. A questão era o que ele prometeu para que ela fizesse isso. Eu sabia que Thomasina não era do tipo que fazia alguma coisa cegamente. Eu sabia que ela era uma boa policial. Eu também sabia que o meu ódio irracional por ela não era sentido por outras pessoas. Apenas eu, Garrison e Cormac. Então, eu sabia que ela era uma boa pessoa. Sabia que ela não teria feito isso se não fosse provocada. Eu só queria saber o porquê. E onde diabos minhas cartas estavam? Se é que ainda existiam cartas. Acreditar somente na palavra de alguém não era a minha coisa. Eu tinha que ver a coisa real com meus próprios olhos, mas percebi que as cartas eram reais, mesmo que Thomasina as tivesse levado. "Por que você não me contou?", Perguntei. Ela olhou para suas mãos. "Há coisas que um homem pode fazer para uma mulher que não deixam cicatrizes, Sterling," ela finalmente respondeu. Parecia como se uma âncora de chumbo tivesse caído sobre mim. Não. NÃO! "Foda-me", Garrison sussurrou em algum lugar atrás de mim. Estudei Thomasina. Percebi que ela estava por ela mesma. A menina agradável que nos seguiu ao redor.


E soube naquele instante que o nosso pai adotivo tinha chegado até ela. "Você poderia ter nos falado," disse rispidamente. Seus olhos se voltaram para cima, e a vulnerabilidade não foi surpreendente. "Você nunca saberia que eu estava apanhando," ela sussurrou. "Você sempre pensou que eu estava com ciúmes. E de certa forma, eu estava. Só que não tinha inveja de você por passar um tempo com ele. Eu estava com ciúmes de você só apanhar... enquanto ele pegava... o que eu tinha." Meus olhos se fecharam e eu percebi o meu erro monumental. Tão grande que eu acho que nunca seria capaz de fazer as pazes com ela. "Deus, eu sinto muito, Thomasina. Eu gostaria de ter sabido. Eu teria feito alguma coisa", sussurrei. Garrison estava, de repente, ao meu lado e eu me mudei para deixálo falar também. E foi então que eu percebi que os dois tinham tido algum tipo de relacionamento. Seja lá o que for. E talvez Cormac soubesse que tinha alguma coisa, e ele estava bravo com ela por ferir Garrison. Eu fiz uma nota mental para perguntar a ele sobre isso mais tarde. "A verdadeira questão é, afinal, que nós compartilhamos algo, por que diabos você não me disse sobre isso", ele perguntou grosseiramente. Virei-me para sair, não estava mais preocupado com as cartas. Eles precisavam de um pouco de privacidade e eu precisava de espaço para pensar. "Onde você está indo?", Perguntou Loki. "No The Clubhouse. Eu preciso de algum tempo para pensar."


Três horas e um quinto de uísque depois, e eu estava nocauteado, porra. Então, novamente, havia seis homens bebendo comigo, e todos eles estavam embriagados tanto quanto eu estava. Eles se transformaram em um pouco de um 'feliz que você está em casa e não morto’ para o resto da Dixie Wardens. Temos também os que de alguma forma migraram do clube para Halligans e Handcuffs. Eu lembrava vagamente de estar me movendo como se estivesse em um caminhão, mas não tinha parado de beber meu uísque durante todo o tempo. Em algum ponto Ruthie tinha aparecido para o trabalho, deu uma olhada em mim, e balançou a cabeça. Ela esteve por ali, mas não ao meu redor. E isso estava começando a me dar nos nervos. "Onde está a minha mulher?" Eu finalmente pergunto. Loki estava no banco ao meu lado. "Com a minha. Elas estão falando sobre todas as coisas que as mulheres falam quando se juntam", respondeu Loki. "Elas estão falando mal sobre bebês", disse Sebastian do meu outro lado. Olhei para ele. "Você disse mal", eu disse a ele. Ele riu. "Meus filhos são maus", ele concordou. "Mas eu não iria trocá-los pelas crianças de Trance." "Hey!", Disse Trance do outro lado do bar. "Eles só fizeram essa coisa uma vez."


O 'uma coisa' que ele estava falando era o filho de Trance deixando a mesa em chamas. Ele estava brincando com um isqueiro que Trance tinha pensado que estava vazio. Acontece que o isqueiro não estava e ele deixou a toalha em chamas, então a mesa de madeira velha que estava sob a toalha foi tomada pelo fogo. Trance e seus irmãos tinham construído a mesa, e em seguida, tiveram que assisti-la queimar. "Isso não é nada", disse Cleo. "Minha esposa me contou sobre o filho de Torren usando essas pomadas de merda no bumbum e sentou manchando todo seu sofá novo. Eles tiveram que jogá-lo fora." "Isso é verdade", disse Torren. "Era um sofá de dois mil dólares, e uma vez que a pomada de bunda é resistente à água, não havia nada que pudéssemos fazer para limpá-lo. É claro que meu filho usava o pote tamanho industrial, de modo que acabou com o todo o sofá... e a parede... e mesa de café... o tapete da área", ele riu. "Mas eu não gostava do tapete da área de qualquer maneira, por isso não foi uma coisa tão ruim para mim." Torren estava sentado atrás do bar, em frente a mim, para que eu pudesse ver o sorriso maligno em seu rosto. "Se eu não te conhecesse, diria que você deu esse creme para ele, esperando que ele fizesse seu pior." Eu disse. Ele encolheu os ombros. "Mas bem", disse Torren. "Saiu pela culatra como uma cadela, no entanto." Eu não poderia ajudá-lo, eu ri. Bastante. "De que você está rindo?" Disse uma voz de mulher nas minhas costas. Minha mulher. Meu coração.


Meu amor. A porra da minha alma. "Isso é doce", ela sussurrou. "Mas seus amigos estão olhando para você como se estivesse louco." Eu não tinha percebido que eu tinha dito isso em voz alta. Oops. "Você está trabalhando ainda?", Perguntei. Ela negou com a cabeça. "Acabei meu turno a cerca de dois minutos atrás. Você está pronto para ir?" Eu balancei a cabeça. "Sim. Parece que eu tenho que ir ver minha mãe amanhã." E matar meu pai adotivo. "Você não pode ir matar ninguém", disse ela. "Assim como eu te disse sobre o pai do meu ex. Matando-os, você recebe pena de prisão e é dispensado por desonrosa. Não pode ter sua bunda bonita no sistema prisional. Ela ia ficar muito esgotada." Peguei um punhado de seu cabelo. "Ninguém vai ficar perto da minha bunda", eu disse a ela. Ela riu. "Querido, eu tenho certeza que você me deixaria fazer qualquer coisa, mesmo que envolva a sua bunda bonita." Eu rosnei para ela. Os homens ao meu redor riram. Filhos da puta! "Vamos para casa," eu pedi. Ela bufou. "Devemos tentar, vai ser divertido." "Por quê?" "Você verá."


"Alguém me ajude!" Gritei pela quarta vez. Ela de alguma forma me empurrou em sua lata velha, seu carro de merda, e eu estava preso. Realmente muito preso. "Você não está preso, então pare de frescura", ela resmungou, abrindo a porta que eu não conseguia abrir. Eu caí para fora, me segurando antes do meu rosto bater no chão, fora da nossa casa alugada. "Ajude-me!" Eu gemo, abaixando-me para o chão e colocando meu rosto quente contra a grama fria. Quando nenhuma ajuda próxima vem, eu rolo e olho para ela, que em breve será minha esposa. Ela é tão malditamente bonita. E sexy. "O que você está olhando?" Perguntei. Ela sussurrou para mim. "Shh!" Pisquei, sentando-me e me virei para onde ela estava olhando, e engasguei. "Não!" Eu berrei. "Não façam isso!" As duas pessoas na rua saltaram distantes com o susto. Thomasina e Garrison estavam nos braços um no outro... Segundos antes de cometerem um enorme erro. "Vocês são meio irmãos!" Eu gritei. Ruthie começou a rir. "Eles não são. Eles são irmãos de criação. Nós somos esses desagradáveis meio irmãos!" Ela riu me chutando levemente no lado.


Eu pensei sobre isso por alguns longos momentos, então balancei a cabeça. "Ok, vocês podem continuar!" Eu gritei. Ruthie bufou uma risada, então me ajudou a levantar. "Boa noite!" Eu gritei para o par que estava olhando para mim como se tivesse crescido chifres. "Eu vou fazer alguns bebês com a minha futura esposa!" A gargalhada de Ruthie nos seguiu para dentro. E nós fizemos um bebê. Principalmente porque eu tinha dito a ela para parar com o controle de natalidade e ela tinha feito isso.


"Você parece um pouco verde", eu disse, tentando não sorrir. "Isso é porque eu estou com uma fodida ressaca", ele rosnou. "Você foi o único a criar esse momento. Por que você não remarca?" Perguntei. "Porque eu acho que seria ruim", ele respondeu. "Sterling", eu disse lentamente. "Você bebeu quase uma garrafa de uísque sozinho. O que você acha que iria acontecer? E a coisa mais triste nisso tudo, é que você ligou bêbado para sua mãe e não para mim. Eu quero dizer... quem faz isso?" "Eu costumava ser capaz de fazer isso, acordar e correr cinco milhas na manhã seguinte", ele resmungou. Eu bufo. "Quando você tinha o que, dezoito anos?", Perguntei. "E você ainda correu hoje." "Eu comecei a correr pela estrada e tive que voltar caminhando. Foi por isso que levei tanto tempo", confidenciou. Fechei os olhos e sorri enquanto pensava sobre isso.


"Tenho certeza que eles vão entender se você desejar reagendar", eu hesitei. "Embora, na noite passada, você a deixou empolgada e muito animada para falar com você." "Merda", ele suspirou. "Vamos acabar com isso." Ele saiu do carro e começamos a caminhar até a calçada da frente de uma casa enorme que Able me disse que tinha alugada temporariamente. Eles geralmente viviam em Dakota do Sul, mas viveriam temporariamente aqui durante o verão, que originalmente foi uma tentativa de se aproximar de mim. E agora era uma tentativa de se aproximar de nós dois. "Há crianças nos observando", eu sussurrei para ele. Ele olhou para cima, e eu fiquei louca como o inferno ao ver crianças que tinham as nossas características. "Você sabe", disse ele em voz baixa. "É assim que nossos filhos se parecerão." Eu balancei a cabeça. Foi realmente estranho. As crianças tinham os meus olhos cinza, mas o cabelo loiro escuro de Sterling. O nariz de Sterling, minhas covinhas no queixo. "Nós realmente puxamos nossos pais na aparência", eu supunha. "Sim", disse ele. "Jesus Cristo, olha para a menina." A menina estava sorrindo, e ela tinha o meu sorriso. "Oh meu Deus", sussurrei. "Como vamos explicar esta situação para os nossos amigos?" "Nós vamos ter que nos mudar para o Arkansas", ele brincou. Bati no seu braço. "Cale a boca!" Eu ri quando chegamos à porta.


O menino abriu a porta antes mesmo que tivéssemos a chance de bater. Ele a abriu até o fim. "Oi", disse ele. "Oi," nós dois respondemos de volta. "Vocês são meu irmão e irmã?" Ele perguntou. Nós dois assentimos. "Deus, você é real", disse uma mulher do outro lado da porta. Nós dois mudamos os olhos do menino para a mulher de pé atrás dele. Ela estava no que eu chamaria de hall de entrada. A sala era malditamente enorme, como uma daquelas que você veria na HGTV Dream House. Eu estava com medo de pisar no tapete, que era agradável e extravagante. E eles estavam alugando este lugar? "Entre, entre", a mulher correu para fora, puxando a mão de seu filho menor, assim ele recuou, para que pudéssemos fazer o nosso caminho para dentro. Able apareceu na porta e meu coração deu uma batida com a visão dele. Ele era realmente assustador, e o ar de intimidação em torno dele reforçou sua história de ser um agente independente contratado pelo governo. Ele provavelmente só teria que mostrar sua cara e as pessoas teriam medo de foder com ele. Não que Sterling fosse menos intimidante; ele só sabia como transformar esse ‘poder’ como eu gostava de chamar. Ele poderia falar sem condenar ninguém por perto.


Um estranho na rua. Uma velha senhora no supermercado. O caixa do banco. Able, no entanto, parecia ser o tipo de pessoa que as pessoas fugiriam. "Fico feliz que vocês puderam vir", disse Able em sua voz profunda. Eu sorri timidamente para ele. "Será que vocês querem algo para beber?" Perguntou a mulher. "Não, obrigado, Sra. Whataburger", eu respondi.

Spiers.

Nós

acabamos

de

comer

no

Eu quase trouxe a minha bebida, mas eu tinha certeza de que a casa poderia desabar sobre mim se trouxesse um copo de fast food. "Oh, eu fiz o almoço. Oh bem, há sobremesa!" Ela gritou, virando a cabeça para a cozinha. Sterling e eu ficamos congelados na entrada, ambos com muito medo de entrar. "Será que ela pensou que estaríamos vindo para o almoço?” Perguntei a Able. Ele encolheu os ombros. "Ela se chama Ann Marie, e sim, ela acha que todo mundo que vem à nossa casa, está com fome." A mão de Sterling apertou a minha, e eu olhei para ele. "O quê?" Perguntei. Ele balançou a cabeça, seus olhos olhando incisivamente para as duas crianças na frente de nós. "Quais seus nomes?" perguntou-lhes. "Dalia", a menina respondeu. "Dylan", respondeu o rapaz. "Quantos anos vocês têm?" Perguntei.


"Eu tenho dez", respondeu Dylan. "E Dalia tem doze." "Legal", disse Sterling. "O que tem para o almoço?" "Atum", respondeu Dylan. "Mesmo que todos nós odiamos isso." Pisquei. Eu não gostava muito também, mas se eu tivesse que arriscar um palpite, o atum foi para agradar Sterling. Ele adora e comia como se fosse a melhor coisa na terra. Algo sobre ele ser saudável, sustentar e ser barato. Mas de qualquer forma, sua mãe deve ter lembrado o quanto Sterling gostava, porque ela fez isso, mesmo que o resto deles não gostasse. Fiz um gesto para a cozinha com os meus olhos; Sterling suspirou, tomando a dica. Ele passou por nós, e eu admirava seu traseiro enquanto caminhava com dificuldade atrás dele. "Papai, ela está observando a bunda dele. Eu pensei que você disse que eles eram o nosso irmão e irmã", disse Dylan, soando divertidamente confuso. Levantei uma sobrancelha para Able, imaginando como ele iria explicar isso a eles. Eu sorri quando ele não sabia o que dizer. "Sterling e eu vamos nos casar", eu disse. "E acontece que eu gosto de olhar para sua bunda."


O nervosismo que rastejava na minha barriga como um ninho de cobras agitadas, tornou-se ainda pior quando eu entrei na cozinha para encontrar a minha... Mãe... Arrumando o que tinha feito. "Eu gosto de atum. Obrigado por fazer isso. Eu gostaria que soubesse que fiquei feliz por você ter feito isso", disse suavemente da porta. Os ombros de minha mãe estavam curvados e ela se virou, a Tupperware em suas mãos enquanto terminava de fixar a tampa. "Eu sei que você gosta", ela sorriu. Ela parecia exatamente como eu me lembrava. Cabelo loiro ondulado longo da cor da praia de Galveston, tínhamos ido para lá um verão quando eu era jovem. Olhos verdes brilhando com amor, destinado a mim. Sorriso branco bonito. Dedos longos e elegantes. Ela era magra. Não engordou nada, mesmo depois de mais duas crianças. "Sinto muito", eu disse finalmente. Ela franziu a testa. "Sente muito, por quê?" Ela perguntou. "Desculpe não ter falado com você antes," eu disse. Eu poderia ter falado meses atrás... Mas eu não tinha. Eu parecia a pobre criança assustada novamente, observando enquanto sua mãe se afastava. Vendo como a vida que ele conhecia terminava. Uma lágrima escapou do canto de um olho e ela sorriu tristemente para mim.


"Fui eu que errei, filho. Sempre fui eu. Eu não tomei boas decisões tentando salvar a minha vida, e você foi o único que sofreu por causa disso", disse ela solenemente. Dei de ombros. "E pelo que entendi, você não entrou em uma situação melhor depois que eu te deixei. Então eu não ganhei, e eu entendia por que você nunca respondeu às minhas cartas", ela disse suavemente. Eu balancei minha cabeça. "Eu não respondi às suas cartas, porque eu não as recebi. Meu pai adotivo..." Eu não queria dizer nada sobre Thomasina. Ela tinha sofrido bastante nas mãos daquele monstro. Ela não precisava de uma análise maior. "Ele não era um homem bom. Nunca recebi nenhuma das cartas." Ela franziu a testa. "Eu, pessoalmente entreguei duas para o homem...", disse ela. "Entreguei dinheiro lá, também. Toda vez que eu perguntava sobre você, ele dizia que você não queria me ver." Minha mandíbula apertou. "Ele é um pedaço de merda que merece morrer, porra", rosnei, os olhos indo para longe enquanto sonhava sobre todas as maneiras que eu poderia matá-lo. "Sterling, querido", disse ela. "Não faça o que eu vejo dançando em seus olhos. Ele não vale a pena." Cruzei os braços sobre o peito enquanto observava minha mãe, a mulher que tinha sido roubada de mim por meu pai adotivo. "Você não me conhece muito bem," eu disse defensivamente. Ela riu. "Oh querido. Eu fui a única que trocou as fraldas do seu traseiro. Prendi-o em meus braços quando você nasceu. Eu cuidei de você com catapora, pneumonia, seus primeiros passos, o treinamento trivial, o seu primeiro osso quebrado, o seu primeiro dente perdido", ela sorriu com carinho. "E uma mãe nunca esquece, confie em mim. Ela sabe quando seu filho está com pensamentos tortuosos. Assim como eu sabia que você


estava aqui, e por isso eu convenci Able a conhecer a sua filha. Dois pássaros com uma pedra." Meu queixo caiu. "Você sabia que eu estava aqui o tempo todo?" Perguntei. Ela assentiu com a cabeça. "Eu estava lá no dia em que se formou no colegial. O dia que você foi ao baile com Lizzette Boreguard. O dia em que se formou no campo de treinamento. Estou muito orgulhosa de você", ela sussurrou. "O seu marido sabe sobre tudo isso?" Perguntei com cuidado. Ela me deu um sorriso secreto. "Meu marido não sabe tudo sobre mim." Eu balancei minha cabeça. "Eu pensei que você tivesse se esquecido de mim." Lágrimas instantaneamente encheram seus olhos. "Eu nunca me esqueci de você. Você foi meu primeiro bebê", ela sussurrou ferozmente. "Não passou um dia sem que eu chorasse por você. Mas eu não sabia mais o que fazer. Eu apenas continuei cavando um buraco cada vez mais profundo, depois eu já não podia ver mais a saída do buraco que eu cavei para mim. Eu só queria que você fosse feliz... e estivesse seguro." Meus olhos se fecharam e só abriram quando senti o caloroso abraço da minha mãe me puxando para ela. "Eu te amo, Sterling. Sempre amei, sempre amarei." Tossi para encobrir a emoção agitando através de mim. "Eu vou casar com Ruthie", eu disse a ela. Minha mãe se inclinou para trás e colocou as mãos no meu rosto. "Eu não posso esperar para ter netos", ela disse com entusiasmo. Eu sorri.


"Esperamos que venha mais cedo ou mais tarde." Ela se inclinou e me beijou na bochecha. "Agora, que tal você me apresentar a sua noiva." Então fiz o que minha mãe me pediu. Eu apresentei a minha Ruthie.

MAIS TARDE NAQUELA NOITE “Preciso de você para me dar tudo que conseguir sobre Pete Sorbet," disse a Silas mais tarde naquela noite. Ruthie estava dormindo no quarto na extremidade oposta da casa, e eu sabia que se não cuidasse disso, eu não iria dormir. Tinha que acontecer. "Eu vou pegar para você", ele respondeu instantaneamente. Eu sorri. Pete Sorbet não saberia o que o atingiu. E ele tinha alguma penitência para pagar. Gostaria de pegá-lo por todos nós. Thomasina, Cormac, Garrison, minha mãe e eu.


UM MÊS DEPOIS

"Eu nunca quis estar aqui, fazendo isso. Eu queria me sentar naquelas arquibancadas logo ali", Sterling apontou para o local próximo a mim de seu lugar perto do círculo do batedor, “torcendo por Cormac. Eu queria que ele me visse sentado lá o encorajando, sabendo que tinha amor e apoio. Algo que não tínhamos quando estávamos crescendo. Fomos como os Três Mosqueteiros. Nós contra o mundo." Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. "Então, eu vou experimentar, porque eu sei que é o que ele sempre quis fazer. Eu vou cumprir todos e cada item em sua lista de coisas para fazer antes de morrer, com o nosso outro melhor amigo, Garrison. Eu estou indo bater aquela bola, quebrar todos os tipos de registros. Garrison e eu vamos fazer alpinismo, embora nós dois estejamos com medo das alturas. Porque Cormac merecia viver mais tempo do que ele viveu, e por isso eu vou tentar o meu melhor para fazer tudo o que ele queria fazer, e viver minha vida do jeito que ele queria que eu a vivesse." Sterling entregou o microfone de volta para o repórter, cujo rosto tinha lágrimas como o meu. Assim como todos no estádio também. Eu tinha certeza que ele não teve a intenção de causar lágrimas no estádio


inteiro, e se ele tivesse pensando um pouco mais claramente, ele teria percebido que seu rosto estava nas telas enormes colocadas em todo o estádio. Mas ele não estava no melhor estado de espírito. Ele estava em algum lugar que ele nunca quis estar... Pelo menos, não por esse motivo, de qualquer maneira. Eu sorri quando ele levou um par de luvas. "Pequeno bastardo", Garrison chamou. "Vamos lá!" Garrison e ele estiveram treinando para este dia por algumas boas semanas, agora. Eles odiavam cada minuto, pois Cormac não estava lá com eles, mas eles sabiam o quão importante isto tinha sido para Cormac, então eles fizeram de qualquer maneira. Mesmo que isso os estivesse rasgando. "Número 10, Sterling Waters, é o próximo batedor", o locutor disse do seu lugar no alto, acima de nossas cabeças. Cada um da comitiva de Sterling sentou-se para frente em antecipação. O arremessador praticou um par de jogadas, como ele, também, estava tentando sair. E Sterling observou com um olho treinado. "Ele está lançando a partir do trecho", Garrison sussurrou. "O que ‘lançando a partir do trecho’ quer dizer?" Baylee perguntou calmamente em algum lugar atrás de mim. "Isso significa que ele não está lançando no vento para cima", Garrison disse distraidamente. Revirei os olhos. Como se isso significava uma coisa maldita para ela! Eu teria que explicar a ela. Mais tarde.


Porque o meu homem, em suas apertadas calças de beisebol brancas, que foram dobradas ordenadamente sob os joelhos, expondo suas meias vermelhas brilhantes, foi até o bastão. "Ele parece bem," eu sussurrei. "Isso é porque ele é mau", disse Torren atrás de mim. Eu não mordi a isca. Ele realmente gostava de puxar a minha cauda. Em vez disso, eu mantive meus olhos em Sterling. Ele estava tão concentrado, e incrivelmente calmo. O capacete vermelho que ele usava protegeu os olhos de mim, mas eu sabia que eles estavam na bola. Ele estava observando, atento a todos os movimentos do lançador. A primeira bola que foi lançada foi diretamente para a luva do coletor, aterrissando com uma pancada sólida. "Strike", disse o árbitro não oficial. Sterling não lutou contra essa chamada. Nós sabíamos o que era um strike. Os próximos dois campos, eram bolas. O quarto passo, porém, era o único. O que estava na zona de conforto de Sterling. Jogado exatamente onde ele queria. Ele balançou para cima do receptor. Porra, levantando tão malditamente duro o bastão de madeira. Os pedaços de madeira saíram voando como morcego atrás da bola, de maneira tão perfeita que deu pra ouvir o barulho de inalação de todo o estádio. Ele bateu a bola com tanta força que passou por cima não só da parede, mas por todo o maldito estádio.


Em seguida passou a bater uma bola de terra para o centro do campo. Uma batida sólida para baixo da linha. E mais um home run4. Desnecessário dizer que os batedores ficaram impressionados.

"Não posso acreditar o quão longe você chegou desde quando eu e meu pai descobrimos você comendo das lixeiras," Sebastian disse, me batendo na parte de trás da cabeça. "Eu já lhe disse um milhão de vezes, eu não estava comendo das latas de lixo, eu só fiz com que parecesse isso para que vocês me deixassem em paz," resmunguei sombriamente. Os olhos de Sebastian brilhavam de alegria. "E como isso é diferente para você?" Ele perguntou, me socando no ombro. Eu imediatamente retornei o soco com tanta força, se não mais. "Não", eu ri. Sebastian tinha sido meu patrocinador no The Dixie Wardens MC.

4

O home run é o ponto culminante de uma partida de beisebol. Essa jogada consiste em rebater a bola para além dos limites do campo de jogo. O atleta que consegue esse feito anota para sua equipe de 1 a 4 pontos, dependendo do número de jogadores de sua equipe que estiverem ocupando as três bases do campo.


Ele tinha mudado a minha vida. E eu nunca poderia lhe agradecer o suficiente. Naquela noite, eu estava tentando invadir o escritório de um veterinário para tentar conseguir alguma medicação para Garrison, que estava mais doente do que um cão. O que era uma merda, pois que eu tinha sido pego no escritório de um veterinário. Ainda me surpreendo com o quão longe eu tinha chegado. Os Wardens Dixie tinham mudado minha vida. Tinham sido a razão de Garrison, Cormac e eu termos saído dessa vida infernal. Eles ajudaram a enviar Garrison para a faculdade. Eles ajudaram Cormac a conseguir um emprego. E eles me ajudaram a entrar na Marinha e vigiaram meus irmãos enquanto estava fora. Se você me perguntasse há dez anos, eu nunca teria pensado que estaria nessa posição, com a oportunidade de uma vida inteira diante de mim. "Então, você vai pegá-la?" oferecendo-me uma cerveja.

Sebastian

finalmente

perguntou,

Tinham me oferecido um lugar na equipe menor da liga para o Shreveport Spark, com uma chance de me mover para a liga principal. Algo que eu sabia que poderia realizar. Mas estar em uma grande equipe da liga nunca tinha sido meu sonho. Tinha sido o sonho de Cormac. Eu nunca pensei que tinha que fazer isso. Eu pensei que eu ia ficar aqui, tentar, e ser enviado para casa.


Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que este dia teria sido dessa maneira. "Eu não sei", disse a verdade. "Eu preciso falar com minha menina." Sebastian me bateu de leve no ombro e vi quando a minha esposa corria até mim através do salão. Estávamos no Halligan e Handcuffs. Ela não estava trabalhando hoje desde que tínhamos tirado o dia para que ela pudesse vir para a seletiva. Agora estávamos no bar, comemorando o fato de que realmente me queriam. Um homem que tinha quase vinte e sete anos e não tinha jogado baseball em competições em um tempo muito longo. Bem, eu estava bebendo. Ruthie não estava. Isso porque Ruthie estava grávida. Mesmo que ela ainda estivesse em negação com a notícia. Nós tínhamos jogado fora suas pílulas anticoncepcionais há quase seis semanas atrás. Bem, eu joguei, Ruthie apenas tinha aceitado. Ela tinha que ter saber que isso ia acontecer. "Você está bem?" Ela me perguntou, envolvendo as mãos em volta de mim. Dei de ombros. "Eu sempre pensei que seria eu quem morreria primeiro. Eu era o único que tinha um trabalho perigoso. Eu era o único que colocou a vida em perigo. Ele não. Ele só estava jogando beisebol. Como isso poderia acontecer com ele e não comigo?" eu perguntei a ela. Os olhos de Ruthie se encheram de lágrimas, e elas escorreram quando ela se inclinou para frente e colocou seus lábios contra os meus. "Eu não sei. A vida é imprevisível. Você nunca sabe o que você está iniciando. Nós não podemos ver o futuro e não podemos mudar o passado. Você apenas tem que aprender a viver com ele, e espero que você tenha


alguém como eu e seus amigos, seus irmãos, para vê-lo através de disso", ela disse suavemente. Eu gemi. "Eu não sei o que fazer," admiti. Eu estava tão rasgado. Por um lado eu sabia que tipo de oportunidade era essa. Sabia que se eu aceitasse, poderia significar grandes coisas para Ruthie e eu. Poderíamos ter tantas coisas que o meu trabalho como um SEAL da Marinha não iria nos oferecer. Mas eu amava ser um SEAL. Adorava a minha equipe. "Isto é completamente com você", ela sussurrou. "E eu vou estar com você a cada passo do caminho." "Nós também vamos, meu homem", disse Sebastian. Eu não tinha percebido que ele ainda estava lá. Mas ele estava. E eu estava bem com ele ouvindo tudo o que foi dito. "Então você está dizendo que eu ainda posso ser um Dixie Warden se eu for um jogador de beisebol profissional?" provoquei. "Não há um código secreto contra isso?" Ele bufou. "Não há um livro de regras sobre como ser um motociclista. Ninguém disse que você não pode fazer o que você quiser fazer. E se o beisebol é o que você quer fazer, porra, faça-o." "Sim", disse Kettle, antes de cair no assento ao nosso lado. "Porque você sabe como eu gosto de bons assentos." "Você nem mesmo gosta de beisebol", disse Adeline, envolvendo as mãos em volta do pescoço do marido por trás.


Ketlle deu de ombros. "Eu gosto quando há cerveja envolvida. Eu posso lidar com qualquer coisa quando há cerveja." Nós rimos. E ficamos felizes. A mulher que eu amava estava ao meu lado. Nós tínhamos uma criança a caminho. E eu sabia que, em algum lugar no céu, Cormac estava sorrindo para mim. Silenciosamente pedindo-me que eu estivesse cada vez mais perto da vida que eu estava destinado a viver. Como um marido. Um pai. Um membro do The Dixie Wardens MC. E um filho da puta de um jogador de beisebol profissional.


SETE MESES E QUINZE DIAS DEPOIS

"Você vá para cima, Waters," o treinador disse, me batendo com força no ombro direito. Dei de ombros para a dor e corri para os bastões, pegando o meu favorito. Cada jogador tinha seu próprio taco, e eu abri meus olhos para a realidade, quando eu tinha sido ‘apresentado’ a todas as opções de equipamentos disponíveis para mim. Eu meti o bastão debaixo do braço enquanto subia os degraus, para a área multitarefa, deslizando minhas mãos em minhas luvas de rebatidas conforme caminhava. "Você está pronto?" O treinador de rebatidas, Lou Jacobs, perguntou. Eu balancei a cabeça. Eu estava pronto. Este seria o meu trigésimo terceiro jogo da Major League de Baseball.


Eu tinha começado nas ligas menores, provando meu valor a todos os envolvidos. Uma vez que tinha feito isso, fui chamado para as ligas maiores, onde fiquei no banco durante dois meses, eu nunca tinha ficado no banco antes. Mas uma vez que eu estava, tinha provado a mim mesmo. Meu primeiro jogo no bastão e eu ia bater uma unidade de linha para o centro do campo. Ele ricocheteou na parede e me deu meu primeiro dobrado como um jogador de beisebol profissional. E tinha sido o dia em que tudo se tornou 'real'. Todos os dias eu perdia um pouco da vida que costumava ter. Mas eu ainda tinha a minha família. Meus amigos. Minhas equipes. Sim, eu disse equipes. Eu ainda era um membro do SEAL Team Onze, bem como a primeira base para o Shreveport Spark. Não que eu fizesse mais missões. As coisas tinham tomado um rumo drástico para o SEAL Team 11, quando o resto do mundo descobriu todos os detalhes da missão para recuperar uma ex-esposa grávida de um político. Acontece que a maioria dos americanos não gostou do modo com que os seus rapazes foram enviados para um país hostil a serviço de um tolo, só para aplacar o orgulho de um homem poderoso. Aparentemente, a ex-esposa grávida do político realmente queria estar com o outro homem. Finalmente foi o suficiente, ela mesma entrou em contato com a mídia quando percebeu que ele não ia deixá-la em paz. Ela foi a pessoa que contou a história, deixando a mídia saber que ele não estava tendo


nenhuma resposta dela como evidenciado pela missão, que não era de modo algum um ‘resgate’, mas apenas outra mostra de poder que seu poderoso ex marido político tinha à sua disposição. A segunda missão que tínhamos sido enviados para trazer a exesposa do senador para casa tinha aberto nossos olhos, e a equipe tinha aprendido com a ex-mulher e o novo amante que o senador não os deixaria em paz e foi por isso que eles se mudaram para fora do país em primeiro lugar. Uma vez que esta informação veio à tona, o nosso capitão imediatamente puxou-nos para fora, para frustração do político que, na tentativa de cobrir o próprio rabo, tentou jogar a SEAL Team ONZE no fogo. Mas com a ajuda de Silas e alguns outros funcionários do governo, o tiro saiu pela culatra sobre ele, de uma maneira grande. Ele estava ferrado, e SEAL Team Onze era agora a equipe da América. Uma vez que todas as nossas identidades haviam sido reveladas, como resultado do frenesi da mídia, nossa capacidade de conduzir outras operações secretas ficou severamente comprometida. Não haveria mais nenhuma missão para nós. E foi por isso que eu não tinha me preocupado em ser uma 'face' pública. Os americanos acharam incrível que um SEAL fosse jogar para o Sparks Shreveport. Eles pensaram que era tão legal, na verdade, que a mais nova equipe no MLB criou uma base de fãs instantâneos durante a noite. "Obtenha sua cabeça no jogo, rapaz." Estremeci com as palavras adequadas do meu treinador. Minha cabeça não estava no jogo. Estava na minha outra vida. A que eu tinha, quando não estava jogando beisebol.


"Sim, senhor", eu disse, dando alguns balanços para prática e testando o peso do bastão. Ele foi o primeiro treinador de base que tinha atirado adrenalina através do meu corpo, embora. "Sua esposa ligou, ela está em trabalho de parto", disse o treinador Dennis. "Foda-se”, eu disse, não sabendo o que fazer. Meus olhos se moveram para as arquibancadas para onde toda a minha ‘família’ tinha assentos permanentes, e poderia dizer logo de cara que Ruthie não estava mentindo. Eu podia vê-la debruçada sobre sua barriga redonda com os dentes cerrados. Mas ela conseguiu me enviar um pequeno aceno me deixando saber que permaneceria até o fim. "Merda", eu disse, girando em círculos. "Apenas traga-o, e você pode ir", disse o treinador em minha volta. Tomei algumas respirações, resistindo à vontade de praticamente gritar e correr para a Ruthie, e assisti o resultado. Nós tínhamos discutido a possibilidade disso acontecer. Quando eu tinha sugerido que ela ficasse em casa hoje, depois de ouvir que estava sentindo contrações, ela olhou para mim como se eu fosse louco. Mas eu realmente não podia recusar nada para Ruthie. Ela poderia me convencer sobre qualquer coisa sem muito esforço. Felizmente, Sebastian sentou-se ao seu lado, Ketlle, sentou no outro, e Cleo estava diretamente atrás deles. Eu sabia que ela estava em boas mãos. Mas ainda não me ajudou a colocar a cabeça no jogo. A bola bateu na luva do apanhador, fazendo-me estremecer.


"Obtenha sua cabeça no jogo!" O treinador gritou. E eu fiz exatamente isso nem mesmo um segundo depois, bati uma bola para baixo da terceira linha de base, tornando a primeira do próximo tempo. O próximo lançador, Consuelo, bateu a bola para baixo da terceira linha da base. Mudei-me para a segunda base com o coração na garganta, resistindo ao impulso de correr para a terceira. Anos e anos de paciência tinham-me viciosamente bloqueado o desejo de ir para baixo até o próximo batedor, Gonzales, vir à tona. Gonzales fez o bojo e enquanto eles estavam ocupados tentando tirálo, eu não só contornei a terceira, mas bati na base, bem como, surpreendendo não apenas os jogadores do time oposto, mas o estádio inteiro também. O treinador só me deu um rolar dos olhos enquanto eu corria para o banco e comecei a puxar o capacete. "Eu tenho que ir," disse com urgência. Ele assentiu. "Isso é bom. Você acaba de ganhar o jogo, de qualquer maneira." Eu provavelmente fiz, mas deixei minha equipe para terminar os próximos três tempos. "Obrigado", eu disse, correndo pelo campo. Eu pulei o muro que estava na frente da minha família e caí de joelhos na frente de minha esposa. "Pronta?" Perguntei. Eu podia ver que sua bolsa tinha rompido. Mas ela apenas ficou lá, tão paciente quanto poderia ser, esperando por eu chegar. "Sim. Vamos fazer isto."


Então, para o deleite dos fãs, levei minha mulher para fora do estádio.

Peguei o macacão de tecido macio, amarelo pálido, e sorri antes de jogá-lo no cesto de roupas sujas. Era o mesmo macacão que Ruthie tinha escolhido para seu pequeno tesouro usar quando deixasse o hospital e viesse para casa. Nós o colocamos em Cormac por exatos trinta segundos antes que ele fizesse coco nele. Ele teve que voltar para casa na camisa branca do hospital escrito 'Superstar' nela. Algo que tinha deixado Ruthie feroz. Eu tive que convencê-la que seria mais fácil ir para casa com nosso filho, em vez de voltar e pegar a roupa reserva que ela tinha para ele. Algo que eu erroneamente tinha levado para casa comigo no início da tarde, quando estava tentando ajudar. Agora estávamos todos em casa, e nossa casa estava cheia até a borda com toda a família. Silas e Sawyer. Sebastian e Baylee. Katlle e Adeline. Viddy e Trance. Loki e Channing. Rue e Cleo. Tru e Torren. Minha mãe. O pai de Ruthie.


Nossos irmão e irmã. Dixie. Garrison. Thomasina. Lily, Dante, e seus dois filhos. E muito, muito mais. Havia tantas pessoas que eles tiveram que ficar no deck traseiro. Mas eu não mudaria por nada no mundo. "Aqui, pode segurá-lo por um segundo?" Ruthie perguntou enquanto puxava sua camisa para baixo e expunha os seios. Meus olhos se arregalaram, e meu pau instantaneamente ficou duro. Mas essa era a forma como ele sempre estava com a minha Ruthie. Não importa que ela tivesse apenas empurrado para fora um bebê do tamanho de uma pequena casa. Seus seios não foram afetados e meu pau não parecia se importar que eles estivessem indo agora para ficar de mãos dadas com o nosso filho para o próximo ano. Tudo o que importava era o fato de que eu não tinha tido qualquer um dos seios de Ruthie por mais de uma semana. A pequena bola de vida em meus braços fez um som de grunhindo antes de começar a chorar, exercitando seus pequenos pulmões, um dos mais doces sons que eu já ouvi. "Você vai trocar suas fraldas?" Ela perguntou. Eu estremeci. Eu ainda tinha que fazer isso. Eu estava preocupado que eu pudesse quebrá-lo. "Eu acho", disse com relutância. Ela bufou enquanto colocava uma camisa sobre seus seios.


Uma camisa de amamentar que iria tornar a alimentação de Cormac mais fácil para ela, especialmente quando eu não estivesse aqui para ajudar. "Apresse-se", ela riu. "Nós temos uma casa cheia de gente." E nós fizemos. Cuidadosamente eu abri a porta que levava para o corredor, em seguida, continuei até o quarto de Cormac. Seu quarto era o sonho de um amante do basebol. Bolas assinadas e alinhadas nas prateleiras. As paredes foram pintadas para se assemelhar a um campo de beisebol. As roupas eram brancas com costura vermelha apenas como uma bola de beisebol. Sério, toda criança no seu perfeito juízo iria adorar este quarto. Inferno, após vê-lo, eu queria fazer minha própria caverna de homem, para se assemelhar a ele. O que foi rapidamente derrubado por Ruthie, desde que ela tinha feito o único outro quarto sobrando, como uma sala de costura. Algo que ela começou a fazer quando deixou o emprego na Halligans e Handcuffs para compensar a diferença de renda. Isto estava realmente sendo favorável para ela, também. Não que ela precisasse. Ela só queria assim. E eu estava ok com isso. Exceto pelos monogramas. Cada maldita coisa de Cormac tinha suas iniciais, ou nome, ou algo bonitinho nele. Pobre criança, ia crescer com um complexo se ela guardasse tudo isso.


Eu coloquei um beijo suave na cabeça de Cormac antes de deitá-lo com cuidado sobre a almofada. Eu estava quase tirando a sua fralda quando fui interrompido. "Recebi um telefonema hoje sobre um certo pai adotivo", disse Silas atrás de mim. Eu levantei uma sobrancelha para ele, colocando a mão no meio do peito de Cormac para mantê-lo em segurança enquanto os meus olhos não estavam nele. "Ah, é?", perguntei calmamente. Silas assentiu, entrando no quarto. Ele tinha sua própria menina, Amélia dormindo sobre seu peito. Ela era a coisa mais fofa e perfeita que eu já vi. Além do meu próprio filho, é claro. Quem teria pensado que tudo acabaria com filhos, juntamente com uma tal diferença de idade entre nós? "Parece que ele teve uma queda no quintal, quebrou o fêmur, teve que ir para a enfermaria. Além de uma fratura da órbita do olho direito, e uma concussão." "Hmm," eu disse. "Imagine isso." Tenho a garantia de dar ao meu pai adotivo, meus bons 'cuidados’ a cada poucas semanas, ou algo assim. Ele curava, e ele parecia ter outro acidente. Ele era um desajeitado, depois de tudo. "E parece que John Waite teve outro contratempo com o seu tratamento", Silas continuou. "Ele tomou um novo medicamento que o deixou quase em coma. É uma coisa de perfeição." Sorrio para o meu filho quando ele balançou ao redor, odiando o fato de que eu tinha acabado de expor os seus bens para o ar frio.


Eu o cubro rapidamente com a estúpida coisa para xixi que Ruthie tinha colocado junto a seu trocador de fraldas. Algo que eu não tinha percebido que era necessário até que eu assisti Ruthie e minha mãe, e ele fez xixi nelas no início desta manhã. Algo que eu não queria que me acontecesse, daí por que usar a coisa. "É uma vergonha chorar", eu disse, estendendo a mão para a fralda e olhando para ele. John Waite foi declarado clinicamente insano depois que foi considerado culpado pelo assassinato de Cormac. E, embora ele dissesse que nunca pensou que iria tão longe como matá-lo, ele ainda tinha cortado os freios de Ruthie. Ainda tinha matado meu irmão. E foi por isso que eu também achei à minha maneira de ter os medicamentos de John trocados por um par de semanas, de modo que ele sempre vai estar 'doente'. Ele não iria sair desse hospital psiquiátrico a menos que fosse em um saco de defunto, porra. Silas estendeu a mão no meu ombro e disse: "Este lado para baixo." Eu não tinha percebido que estava olhando para a fralda enquanto pensava sobre o homem vil que tinha tomado o meu amigo de mim. Segui sua orientação, colocando a menor fralda do mundo em meu filho. "Mais apertado", Silas instruiu. "Quem teria pensado que um motociclista estaria dando instruções a outro motociclista sobre a forma de colocar uma fralda baby?" Uma voz feminina divertida disse atrás de mim. "Eu tive quatro filhos até agora. Você seria um idiota por não ouvir um conselho meu", disse Silas ao sair. Eu sorri para o meu filho enquanto Ruthie fazia seu caminho para nós.


Ela estava vestida muito mais apropriadamente agora, com os seios cobertos, e um par de shorts cobrindo sua bunda. "Tudo feito?" Ela perguntou. Eu balancei a cabeça, segurando Cormac para sua inspeção. Ela bufou quando o levou de mim, enrolando-o em seus braços contra seus seios. "Você tem uma tonelada de pessoas aqui", disse ela. "Por que você não vai falar com eles enquanto eu peço pizza?" Eu não fiz. Em vez disso, eu a puxei em meus braços e pressionei meus lábios contra sua testa. "Eu estou orgulhoso de você", disse, “estou tão malditamente feliz que eu poderia gritar para o mundo.” Ela pressionou seus lábios nos meus. "Vá", disse ela novamente. Eu rio. "O que minha esposa quer, minha esposa tem."


O PRÓXIMO DIA "Você acabou de ter um bebê, não pode ir a um jogo de beisebol. É muito pouco tempo para você, e Cormac é muito pequeno." Disse minha mãe, tentado. Eu dei-lhe um olhar enquanto embalava o saco de fraldas de Cormac no carro. "Nós vamos ficar bem", eu disse, pegando Cormac, pegando o assento de carro, e colocando-o no Tahoe que Sterling tinha comprado para mim. Ann Marie suspirou. "Tudo bem, eu acho que eu vou ter que ir com você", ela resmungou. Eu ri. Ela realmente achou que eu não iria para o jogo de Sterling? Eu não tinha perdido um jogo em casa ainda, e isso não acontecia sempre, se eu pudesse ajudá-lo, eu iria. Meu carro rapidamente estava cheio. Ann Marie estava no banco de trás ao lado de Cormac. Silas e Sawyer com sua filha pegaram o restante dos assentos. Silas sentou no banco da frente, embora. Ele provavelmente gostaria de dirigir até lá, mas o estacionamento custa muito caro e todos nós, geralmente, vamos poucos veículos, e às vezes não era incomum ir quase dez pessoas de uma vez. Os assentos que Sterling tinha reservado para ele, nunca ficaram desocupados, e se dependesse de mim, nunca ficariam. "Vamos montar", Silas ordenou.


Eu sopro de impaciência. Silas tinha se tornado pai de todos os tipos para Sterling. Alguém que Sterling tinha sempre olhando para ele, como fazia a maioria dos Dixie Wardens MC. "Não posso acreditar que você está fazendo isso", disse Ann Marie do banco traseiro. Eu posso. E o olhar no rosto de Sterling quando ele me viu no meu lugar com seu filho nos meus braços, era tão incrível que valeu a pena toda a dor que me causou sentar nos assentos mais desconfortáveis no mundo por mais de quatro horas. Vale a pena, na verdade, eu pensei enquanto soprei-lhe um beijo. Um beijo que ele pegou. Eu te amo, eu digo mexendo a boca. Ele sorriu. Amo você mais.


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