Laurann dohner novas espécies 11 true

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Disp. e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Marcia Revisora Final: Rachael Formatação: Rachael Logo/Arte: Dyllan

Jeanie ama uma Nova Espécie e está disposta a pagar por esse amor com dor, lágrimas e sofrimento. Ela vai fazer de tudo para manter 710 vivo, mas não quer que ele jamais saiba o quanto sofreu por ele. Ele é a razão de sua missão na vida – libertar outros como ele. True tem uma nova vida trabalhando com a NSO para resgatar seu povo. Uma vida boa, até que encontra uma mulher a beira da morte – a fêmea que o traiu. True deveria se sentir satisfeito que ela finalmente fosse pagar por seus crimes, mas ela afirma ser uma vítima também. Ele ainda se sente irresistivelmente atraído pela bela pequena humana que tocou seu coração e o fez querê-la. Quando ele aperta sua mão para lhe oferecer conforto, seus instintos o golpeiam e True vai lutar contra todos para protegê-la.

Dedicação 2


Mr. Laurann – eu não poderia fazer o que faço sem você. Você ainda abre minhas portas, você sempre me faz rir, me apoia em tudo, e eu sou completamente apaixinada por você. Obrigada pelos melhores 24 anos da minha vida. Eu também gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos os que se apaixonaram pelas Novas Espécies. Vocês realizaram meus sonhos ao finalmente poder compartilhá-los com o mundo.

Revisoras Comentam... Marcia: Um ano depois de ter sido libertado True reencontra a mulher que ele acredita têlo enganado, ela está à beira da morte... Mas ele quer respostas... Respostas que o perseguem desde então, e que só ela pode lhe dar. Jeanie sabe que está ferrada, e que precisa descobrir um jeito de provar para True e seu povo que não os traiu, e sim arriscou sua vida durante todo esse tempo para libertá-los... Mas como, se tudo a aponta como a vilã? A cada página do livro a história nos leva a um emaranhado tão grande de suspense e descobertas que nos prende de uma maneira que não dá vontade de parar... Muto bom... Boa leitura. Rachael: O que não fazemos por amor? Acredito que essa é a pergunta do livro. Jeanie conhece o 710 quando trabalhava na mesma intalação e se apaixona. Por amor ela é usada como testes para que ele saia vivo. Um ano depois ela é resgatada de outra intalação e True a reconhece. Mas como entender que aquela mulher que o tentava e era carinhosa com ele é uma das principais suspeitas de trabalhar contra a sua espécie. Num ato de confiança ele a esconde antes de ser transferida para a Prissão Fuller e a partir dai uma teia de suspense, mentiras, traição e ódio começa a ser descoberta. Quem é o verdadeiro responsável pela tortura que eles viveram? Será que apesar de tudo True e Jeanie conseguirão se aceitarem como companheiros? O livro é excelente. A Laurann se superou com a trama e podem aguardar que o Darkness está chegando para aprender que independente do passado todos merecem ser amados.

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Prólogo Novo México

Instalação Drackwood Research

Jeanie sufocou um grito de angústia e lutou contra as lágrimas. Era horrível ver o homem por quem estava obcecada ser torturado. Só iria fazer com que ambos fossem mortos, se ela seguisse seu instinto e corresse até lá em seu auxílio. "Eu sabia que você gostava muito desse," uma voz assustadoramente familiar riu da porta do escritório do laboratório. Jeanie sentiu todo o sangue drenar de seu rosto quando se virou, horrorizada que ele tivesse conseguido abrir a porta sem fazer barulho. Dean Polanitis dirigia toda a instalação. Aos quarenta e cinco anos, ele era jovem para o trabalho, mas o que lhe faltava em idade, compensava em crueldade. Ele não era alto, com seus um metro e setenta e dois centímetros, mas ainda era extremamente intimidante depois de anos de treinamento militar e levantamento de pesos. Seu corpo era musculoso, denso e fisicamente em forma. Seus olhos verdes normalmente sem brilho estavam anormalmente intensos e os lábios finos retorcidos em um sorriso raro que fez Jeanie se sentir gelada por dentro. "Eu não sei do que você está falando," ela mentiu. Ele apontou para um lugar nas grandes prateleiras que ocupava uma parede. "Eu instalei uma câmera escondida neste escritório para monitorar todos os seus movimentos durante a última semana depois que notei seu interesse nesse indivíduo de teste. Recebi relatos de que você tinha tentado protegê-lo de ser agredido pelos guardas. Isto foi o cume. Então, depois de analisar as fitas 4


da cela dele, percebi que ele olha para você do mesmo jeito." Ele fechou a porta atrás de si. "Você realmente pensou que isso não levantaria minhas suspeitas? Eu não perco nada do que se passa dentro da minha casa. Eu sei que você se importa com ele. Você para de trabalhar cada vez que ele está lá fora, e eu conheço essa linguagem corporal." Ele deslizou o olhar pelo comprimento de seu corpo antes de retornar ao seu rosto. "Você é fácil de ler quando não sabe que está sendo vigiada." Ela sacudiu a cabeça. "Ele é apenas mais um número," ela murmurou, rezando para que ele acreditasse na mentira. Um arrepio percorreu sua espinha pela forma como ele declarara que a instalação era sua casa. Aquele era um lugar infernal que ninguém deveria querer reclamar, mas isso só reforçava sua crença na pura maldade de seu chefe. "Eu apenas sou uma pessoa boa. Desculpe-me por ter um pouquinho de compaixão. Que é provavelmente o que os guardas relataram se eu disse ou fiz algo para impedi-los de serem abusivos. Alguns desses idiotas podem ser muito maldosos apenas para se divertirem." As sobrancelhas de seu chefe se arquearam. "Sério? Isso é tudo o que é? E suas reações ao ver 710 ensanguentado para testar as propriedades curativas das novas drogas?" "Eu não gosto de ver nenhum deles sofrendo. Eu tenho coração. Isto é tudo. Odeio ver alguém com dor, mas entendo o quão importante é a pesquisa. Disseram-me que ele está em um estudo para avanços médicos que possam estimular os gatilhos do corpo a curar feridas abertas mais rápido." Ela olhou novamente para a janela. O homem que amava tentava se proteger de oito homens cruéis e armados decididos a lhe causar sérios danos, enquanto ele estava preso por correntes que o detinham. Ele era forte o suficiente para deixá-los fora de equilíbrio e evitar alguns dos golpes, mas não todos. Sangue escorria dos ferimentos em seus braços e peito. Um dos guardas o acertou com um chicote e ela encarou seu chefe rapidamente, antes que seus joelhos se dobrassem. "É brutal e eu não gosto desse tipo de merda. Processe-me." Dean Polanitis riu cruelmente. "Dinheiro não é o que quero de você." Seu sorriso morreu. "Vou dar a ordem de matar 710 hoje. Queremos ver o quão bem os animais são capazes de caçar presas e seu número lá fora está sangrando muito bom. Vamos drogar alguns dos machos, deixá5


los prontos e loucos por uma briga e enviá-los atrás dele. Eles vão estar tão estúpidos que nem vão perceber que ele é um deles. Ele não vai estar muito rápido em seus pés uma vez que meus meninos lá fora tiverem terminado de espancá-lo." Seu coração quase parou. "Ele está em excelente condição física e inteligência. Seria um desperdício de recursos matá-lo. Mas a decisão é sua." Ela conseguiu manter a voz firme de alguma forma. Por dentro ela gritou, não! Ele deu um passo em sua direção, bloqueando a porta e qualquer chance de fuga. "Você é boa, Jeanie." "É 'Srta. Shiver' para você, muito obrigada." Ela tentou manter a voz firme. Fraqueza seria visto como uma falha por um nojento como Polanitis e isso a tornaria uma vítima aos olhos dele. Seria um erro que ela não podia se dar ao luxo de cometer, se não fosse capaz de blefar seu caminho fora da situação. Funcionários desapareciam, para nunca mais se ouviu falar deles. Christie desaparecera apenas algumas semanas após Jeanie ter começado a trabalhar lá. A mulher certamente estava morta. Elas não eram amigas, na verdade Jeanie tinha detestado a outra técnica de laboratório, mas isso a fez perceber o quão perigoso trabalhar para Drackwood Research poderia ser. Ela não queria morrer também. "Estou aqui para fazer um trabalho e estou sendo bem paga. Nunca se esqueça disso." Ele chegou ainda mais perto. "Jeanie, você e eu vamos fazer um acordo." Ele agarrou seu cotovelo em um aperto doloroso. Ela arfou, tentando fugir, mas os dedos apenas apertaram. Terror a inundou instantaneamente. Dean Polanitis estava no comando e ele governava os funcionários com medo. Ninguém se atreveria a impedi-lo de matá-la se ele decidisse que ela não era mais confiável. Ele poderia chamar isso de um exercício de treinamento e este seria seu fim. Ele suspeita que estou tentando conseguir que fechem este lugar?Será que ele sabe que estou contrabandeado provas? Paranóia a fizera tomar uma série de precauções e ela tinha certeza de que

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não tinha feito nada de errado. Ela não poderia ajudar aos homens e mulheres presos naquela instalação, se morresse. Eles nunca teriam uma chance de liberdade. "Você se preocupa com aquela coisa," Polanitis resmungou. "Você sequer pode foder com ele, porque nunca tem a oportunidade de ficar sozinha, mas você quer." Ele correu um olhar duro por seu corpo e depois de volta para seu rosto. Então a empurrou para mais perto do telefone no final da mesa e pegou o fone. "Vou chamar a segurança e lhes dizer para matá-lo, Jeanie." Ele tinha que estar mentindo. As cobaias valiam muito dinheiro e essa era a linha de fundo para a empresa em que trabalhavam. Isso custaria o emprego dele. Mesmo Polanitis tinha que responder a alguém. Ela se obrigou a relaxar. "Ok." Polanitis baixou o queixo para estudar suas feições mais de perto. "Acha que está me enganando? Você deveria ver o quanto se tornou pálida." Ele virou a cabeça e socou o número zero, depois o quatro no telefone. E segurou o receptor entre eles para que ambos pudessem ouvir. "Aqui é Mickie, na Segurança." "É Polanitis. Quero o número 710 imediatamente tirado de seus testes de drogas atuais. Vamos usá-lo em um exercício esta noite como um corredor para testar essa nova droga que altera a mente. Deve ser divertido vê-lo ser caçado até a morte. Um dos médicos tem me enchido o saco para ceder um deles para o teste. Leve 710 para o composto exterior e o prenda em uma cela lá." "Sim senhor," Mickie respondeu. Seu coração disparou quando seu chefe a puxou para ficar de frente à janela. Uma nova equipe de segurança entrou. Eles falaram com alguns dos homens atacando 710 e os golpes pararam. A segunda equipe agarrou as correntes que prendiam os pulsos e tornozelos de 710, usando o comprimento de uns seis pés para mantê-lo entre eles e ficarem fora de seu alcance. Eles o arrastaram para longe do edifício. A única coisa localizada nessa direção era uma estrutura de concreto, onde ela tinha ouvido que alguns corpos haviam sido cremados quando as experiências com as drogas matavam as cobaias. Havia também rumores de que eles faziam testes ultra7


secretos lá, que ela não havia conseguido que ninguém contasse. Os poucos funcionários que sabiam o que se passava lá o apelidaram de "inferno". "Veja-o pela última vez," Polanitis sussurrou perto de sua orelha. "Quer dizer adeus? Oh, é verdade. Ele não pode vê-la atrás do vidro fumê." Ele realmente planejava matar 710. Pânico e horror lutaram dentro dela. Raiva ganhou quando os segundos se passaram. Polanitis tinha um complexo de deus e sua crueldade a fez querer arrancar seus olhos. Ela se virou, encarando-o. "Você é um filho da puta. Por que está fazendo isso? Você não precisa ter uma cobaia assassinada. Você poderia facilmente tê-los caçando um animal se precisa ver suas habilidades como rastreadores. Não é rentável perder um indivíduo primordial. É apenas maldoso." Ele empurrou o peito contra ela. Jeanie recuou, mas a mesa a impediu de quebrar o contato quando ele se inclinou para a frente e a prendeu contra a madeira dura. Ele estreitou o olhar e o trancou com o dela. "710 é um animal. Isto não tem nada a ver com o quão bom são seus sentidos. Estamos esperando que a nova droga com a qual vamos dosá-lo venha a torná-lo homicida à sua própria espécie. Precisamos de uma defesa contra os apoiantes loucos desses bastardos que estão colocando em risco todos aqui com suas reclamações sobre estes animais merecem direitos humanos. Todos nós temos tido que olhar por cima de nossos ombros desde que a Mercile caiu. Recuso-me a ter este lugar fechado da mesma forma que eles foram. É brilhante virá-los uns contra os outros. Eles podem perder todos os seus recursos lutando entre si em vez de tentar nos impedir de terminar nosso trabalho. Imagine dosar um desses animais e depositá-lo em Homeland. Eles irão acolhê-lo direto através dos portões, sem suspeitar que estão prestes a morrer." Ela ficou horrorizada. Era um plano brilhante de uma forma doente e torcida, se a droga funcionasse. Eles planejavam usar as espécies capturadas para matar as livres. A NSO prendiam

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pessoas como Polanitis quando eram descobertas. Seu objetivo era ajudá-los a fazer isso. Ela estremeceu. Eu preciso avisá-los! "Eu quero algo de você e você quer que 710 viva. Acho que podemos negociar." Uma sensação de mal-estar se estabeleceu em seu estômago. "O quê?" "Não vamos fazer joguinhos. Você tenta esconder, mas é muito mole. Eu soube disso no momento em que te conheci." Seu tom se tornou duro. "Vou mantê-lo de até mesmo se machucar, desde que você faça o que eu digo. Ele vive se você ajudar." "O que você quer que eu faça?" Ela não tinha ideia de por que ele a chantageava. Ela não tinha dinheiro ou um trabalho de alta prioridade que lhe negasse o acesso a qualquer informação que ela pudesse obter. Ela coletava amostras dos indivíduos e as levava para o laboratório. Seu trabalho nem sequer lhe permitia saber o que eles testavam para que ou por que, ou os resultados. Ele recuou, um olhar astuto enquanto avaliava seu corpo. "Você está em boas condições de saúde, é jovem e não casada. Verifiquei o arquivo e você mora sozinha." Ela não gostava dele examinando sua vida pessoal ou seu corpo, mas ele tinha um interesse específico nela. "Então?" "Não fomos capazes de obter acesso a muitas das fêmeas depois que a Mercile foi atacada. As poucas que conseguimos transportar antes de serem invadidos simplesmente não são suficiente para aquilo que precisamos para fazer nosso trabalho." Essa conversa não vai a nenhum lugar bom. Seu coração disparou, assustada que ele sugerisse sobre os artigos que ela tinha lido sobre a notícia. Havia rumores de que a Mercile teria forçado as Novas Espécies a se submeterem a experiências de procriação. É claro que, se fosse com 710, não seria um pesadelo para ela. Ele não iria mais ser abusado se estivesse emparelhado com ela e ela poderia passar mais tempo com ele. O conceito de fazer sexo com ele não era ruim, mas as condições seriam péssimas. Eles teriam que serem assistidos em monitores, médicos escavando em todos os aspectos do que acontecera entre eles.

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Polanitis pigarreou. "Há uma droga na qual estamos trabalhando para uma parte externa e precisamos de um empregado que se envolva com o projeto." Parte dela ficou decepcionada. "Que tipo de droga?" "Isso não importa." Jeanie não concordou. "Que parte externa?" "Isso não é da sua conta. Tudo que precisa saber é que alguém está nos pagando um monte de dinheiro para modificar especificamente uma droga que a Mercile Industries inventou para uso nas cobaias machos. Agora eles querem uma versão dela que visa as mulheres normais. Não podemos ter certeza de que vai funcionar sem um teste direto." Ela tentou fazer sentido de suas palavras. "Alguém contratou Drackwood para alterar uma droga para uso em humanos? Uma que foi projetada especificamente para ser usada apenas em Novas Espécies? Que droga? Pensei que toda a pesquisa feita com eles era para beneficiar os humanos." Esta é a estúpida razão que eles sempre dão para explicar a merda horrível que fazem àquelas pobres pessoas. Não fazia sentido. "Nunca mais os chame assim." Ele agarrou seus braços e a sacudiu. "São combaias. Não me deixe ouvi-la pronunciar essas palavras de novo. Eles são animais de laboratório e nada mais." Medo silenciou suas objeções sobre como ele via as Novas Espécies. As únicas drogas que estavam testando nas Novas Espécies eram para a cura avançada de lesões traumáticas, mas alguns dos médicos tinham alguns projetos que ela não tinha acesso. Aquelas eram as que mais a assustavam. Essas não poderiam ser boas se eram altamente secretas. "Você acabou de se oferecer para ser nossa cobaia." Ela sacudiu a cabeça, horrorizada. "Não." "Eu não estou pedindo." Ele lhe deu outra sacudida brutal. "Vou manter seu animal de estimação favorito vivo se você fizer." As feições dele endureceram enquanto os lábios torciam em um sorriso feio de escárnio. "Não é como se você tivesse escolha. Já discutimos o que aconteceria se você desaparecer. A última coisa que precisamos é de uma investigação policial." 10


Bile subiu quando as implicações afundaram. "O que significa isso?" "Significa que temos que lhe permitir ir para casa, para que seus vizinhos não relate seu desaparecimento. Você vai aparecer no trabalho todos os dias e nunca dizer a ninguém o que está lhe sendo feito." Ele soltou seus braços e agarrou sua garganta, inclinando-a o suficiente para olhar em seus olhos. "Você pode ser morta a qualquer momento. Lembre-se disso. Você foge, e será encontrada." Ele a girou até que ela foi forçada a olhar pela janela. "E ele vai morrer. Eu, pessoalmente, vou estripar o filho da puta e fazer isso tão doloroso quanto possível. Ele vai sofrer por horas antes de morrer." A porta do escritório se abriu e por uma fração de segundo Jeanie teve esperança de que estaria a salvo. O Dr. Brask entrou, fechando a porta atrás dele. A mão enluvada subiu, uma seringa presa entre os dedos e polegar fácil de detectar. "Ela concordou?" "Eu não pedi," Polanitis bufou. "Dê-lhe a injeção." Jeanie queria gritar, mas a pressão em sua garganta apertou até que ela não conseguia respirar. Seu chefe de repente a empurrou para baixo, pressionando contra suas costas até que ficou esmagada entre ele e a mesa. "E se ela for à polícia?" A voz do Dr. Brask baixou. "Pensei que você fosse lhe pagar um extra ou algo assim para testarmos esses novos lotes." "Não temos orçamento para essa besteira. Apenas levante sua saia e espete essa agulha em sua bunda já. A cadela não ousaria ser estúpida o suficiente para me trair." Ele afrouxou o suficiente para ela sugar o ar tão necessário. "Seria, Shiver? Diga-lhe que sabe que esta seria a última coisa que você faria." "Por favor," ela implorou, com medo do que eles estavam prestes a fazer com ela. "Cale a boca," Polanitis ordenou, apertando sua garganta novamente. "Ela é a sua nova cobaia."

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Jeanie lutou, em pânico que não conseguia respirar ou tirar o peso de suas costas. Sua saia foi empurrada para cima e dor esfaqueou a parte superior de sua nádega esquerda quando a agulha acertou o alvo. Polanitis então a soltou e se afastou. Ela repirou fundo e girou, puxando a saia para baixo. Então olhou para os dois homens, vendo que estavam colocando tanto espaço entre ela e eles quanto o pequeno escritório permitia. Isso estava bom para ela. "O que você me deu?" Ela olhou para o Dr. Brask. "O que foi isso?" Ele sorriu. "Deve ter efeito imediato." "O que deve? O que você me deu?" Sua voz se elevou em pânico. Jeanie gritou quando um choque de dor aguda a apunhalou da cabeça até os dedos dos pés, comparável à vez em que ela acidentalmente havia tocado um fio danificado conectado a uma tomada elétrica. Seus joelhos se dobraram e ela caiu no chão. Seu estômago revirou, sua cabeça começou a latejar como sinais de uma enxaqueca iminente começando, e ela começou a suar. Era como se alguém tivesse derramado gasolina em sua pele e acendido um fósforo. Ela se contorceu no tapete fino, enrolando-se em uma bola, sofrendo uma sensação de queimação forte em cada centímetro do corpo. "Isso não é bom." O Dr. Brask suspirou. "Vamos esperar até que a droga deixe seu sistema e diminuir a dose na próxima vez. Esta não era a resposta que eu queria." "Ela é toda sua." Dean Polanitis riu. "Tragam uma maca e vamos transferi-la para seu laboratório durante o dia para que você possa acompanhar os resultados." Jeanie orou para desmaiar. A pura agonia que sentia era pior do que qualquer coisa que ela poderia ter imaginado que seria possível. Ela esqueceu dos dois homens na sala, perdida na dor enquanto sua pele parecia como se tivesse bolhas ferventes em seu corpo.

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710 compassou pela cela, preocupado porque algo diferente tinha acontecido. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas não podia ser bom. Estava lutando contra os guardas para impedi-los de mutilá-lo permanentemente, quando tudo tinha simplesmente parado. Guardas diferentes chegaram e o levaram para o edifício exterior. Ele sabia o que isso significava desde que os guardas zombavam dele de vez em quando com o que se passava naquele local, lhe assegurando que significaria o fim de sua vida. A caminhada até lá tinha acabado abruptamente, também, quando um dos homens tinha abrira e falara no dispositivo de toque. Eles o retornaram à sua cela, informando que estaria participando de um novo experimento de drogas para aumentar a inteligência. Será que eles só estão querendo me assustar? Fazendo-me pensar que eu iria morrer? Os jogos mentais dos humanos o irritavam. A porta da cela apitou, indicando que alguém iria entrar. Ele virou a cabeça e viu o humano que controlava a instalação compassar dentro de seu espaço de vida. Polanitis era um monstro com olhos sem vida e uma disposição para maldade. O homem sorriu enquanto se aproximava, mas parou do outro lado da linha que marcava a área de segurança fora do alcance de suas correntes. O macho cruzou os braços sobre o peito. "Eu queria compartilhar algo com você, 710. Eu observo tudo, você sabe. E vejo como você olha para a Técnica Shiver. Ela é uma coisinha quente, não é?" 710 ficou tenso, mas manteve as emoções escondidas. A pequena morena sempre prendia sua atenção. Seu toque era gentil cada vez que ela lhe tirava sangue e o olhava atentamente com seus grandes olhos castanhos, como se ele fosse uma pessoa de verdade. Ela era a única técnica que já tinha lhe mostrado qualquer bondade. Polanitis parecia convencido. "Ela te deixa de pau duro, não é? Estamos trabalhando em uma nova fórmula com a droga de procriação para atender às nossas necessidades atuais. Assim que for aperfeiçoada, estou disposto a enviá-la para você para experimentos de reprodução, se você for um bom garoto." Ele sorriu. "Você vai poder fodê-la." 13


710 parou de respirar, prendendo o ar dentro dos pulmões. Ele sabia o que a droga de procriação fazia com os machos. Causava uma dor insuportável e um desejo primordial de montar uma fêmea. Ele tinha sido dosado com ela uma vez, quando era mais jovem. Pesadelos continuavam a incomodá-lo, desde que sua mente tinha fraturado sob a dor. Ele não sabia se tinha machucado alguém, enquanto sob o efeito da droga, desde que não tinha mantido nenhuma memória de suas ações, mas era possível que tivesse feito mal a uma fêmea. "A técnica Shiver está atualmente trabalhando com o Dr. Brask para aperfeiçoar a fórmula de modo que não crie tais efeitos colaterais violentos e dolorosos. Sei que você gostaria de montar aquele pequeno corpo quente. Temos certeza que você não iria machucá-la já que fica malditamente perto de domesticado quando ela está por perto." Raiva encheu 710 quando ele desviou o olhar de Polanitis. Seu estômago revirou e a comida com a qual o tinham alimentado recentemente ameaçaram subir quando ele percebeu que ela deveria ter propositadamente planejado ganhar sua atração, esperando que ele não fosse feri-la em qualquer circunstância. Tinha funcionado. Uma sensação de traição queimou em seu peito, apesar de saber que não era uma emoção razoável. Ela era humana, afinal, seu inimigo. Ele deveria ter sabido melhor antes de pensar que ela seria diferente. "Não deve demorar muito antes que eles encontrem a dosagem certa e eu, pessoalmente, vou acompanhá-la até sua cela. Em troca, você vai parar de atacar os guardas." Dean Polanitis estreitou os olhos, o tom revelando sua raiva. "Você entende o que estou dizendo? Perdi dois homens bons em quem confiava, graças à sua última explosão. Não é fácil encontrar substitutos. Você vai fazer tudo o que eu disser." 710 encontrou o olhar do monstro, desejando que as correntes lhe permitissem atravessar a sala e rasgar sua garganta. Ele queria matar o homem antes, mas agora se tornara uma necessidade absoluta. "Eu não vou montar a fêmea." A expressão de Polanitis não era mais de contentamento. "Claro que vai. Aqui está o negócio. Você para de ferir minhas equipes de segurança e eu vou enviá-la aqui para você. Vamos 14


soltar suas correntes o suficiente para que você possa alcançá-la depois de tê-la sozinha. Você não gostaria disso?" Um grunhido saiu de 710. A droga de reprodução iria deixá-lo louco e uma imagem surgiu em sua cabeça da Técnica Shiver como um cadáver ensanguentado no chão de sua cela. Ele a atacaria se ela fosse enviada para ele depois que a administrassem. Por mais que odiasse o que ela tinha feito, ela não merecia uma morte brutal. "Eu vou matá-la." "Eu não acredito nisso. " A presunção no rosto do homem enfureceu 710 o suficiente para blefar. "Mande-a vir. Eu sou um animal que mata. Posso ficar sem comer por um tempo quando você me punir por sua morte." "Você realmente a mataria?" "Sim. Ela é um de vocês e eu ia gostar de poder me vingar de todos aqui." Polanitis praguejou violentamente. "Eu te julguei mal. Você vai fazer o que eu quero ou morrer. Pare de atacar meus homens e não cause mais danos quando eles movê-lo a um dos laboratórios para realizar testes em um novo experimento. Você também vai responder a cada uma das perguntas que te fizerem. Você não vale nada do contrário, e isso significa que é inútil. O que significa que eu posso matá-lo." Foi a vez de 710 sorrir. "Você eventualmente vai fazer isso de qualquer maneira." O pescoço e rosto do macho ficaram vermelhos. "Eu odeio vocês seus malditos animais. Você vai se comportar como um cão bem treinado. Você me entendeu? Se o médico responsável por este projeto lhe perguntar alguma coisa, diga-lhe o que ele quer saber. Você vai parar de ferir meus rapazes também, ou eu vou trazer uma das suas mulheres aqui e puni-la toda vez que você me desafiar. Vou dobrá-la sobre aquela mesa no canto assim você terá que assistir eu machucá-la e depois vou chamar alguns dos guardas para montá-la. Será que você se importa com isso?" 710 rosnou em fúria, entendendo a ameaça. "Não machuque a fêmea."

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A expressão presunçosa voltou ao rosto de Polanitis. "Pare de quebrar os braços de meus homens, ou pior, droga. Temos resultados que precisamos enviar para meus chefes, mas você está me causando dores de cabeça. É um grande risco de segurança quando tenho que contratar desconhecidos para substituí-los e temos que pagar suborno a suas famílias. Vou ter que matar todos os malditos animais aqui se parecer que um deles pode nos levar presos. Estou sendo claro? Você vai ser responsável pela morte de cada um maldito de sua espécie. A única razão pela qual você ainda está respirando é porque você é uma alavanca para algo que eu quero." "Sim," 710 rosnou, não sabendo o que "presos" ou "alavanca" significavam, mas entendendo o contexto da ameaça. "Então, temos um acordo?" Isso ia contra tudo o que ele acreditava ao concordar voluntariamente para fazer o que quer que os humanos exigissem. Ele não tinha outras opções embora. A ameaça não era vazia. Ele se recusava a ser responsável pela fêmea que fosse prejudicada. "Sim." Polanitis foi até a porta. "Bom." 710 não disse nada. A porta foi trancada e ele caminhou até sua esteira no chão. Ele se sentou e fechou os olhos. Dor o atingiu. A Técnica Shiver tinha encontrado um ponto fraco em seu coração, mas não mais. Ele gostava da fêmea, ainda que ela não merecesse nada além de sua averção e desprezo.

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Capítulo Um Dakota do Sul, ano seguinte Instalação Cornas Research

Jeanie tinha recebido ordens para ligar dizendo que estava doente para trabalhar, mas não tinha feito isso. Ela correu para outra porta, olhou no pequeno monitor de vídeo para ver o que estava do outro lado do metal grosso e usou a arma de choque na fechadura eletrônica. O som de clique que fez foi mais alto do que ela gostaria quando os volts de eletricidade atingiram o dispositivo de leitura. O cheiro de fios queimados foi fraco e quase instantâneo. Ela desligou a arma de choque e esperou alguns segundos para se certificar de que as luzes da trava permaneciam desligadas. Elas não ligaram de volta. Ela olhou no relógio, vendo que havia apenas cinco minutos. O tempo estava se esgotando. Ela correu pelo corredor e queimou outro sensor de leitura. Estava apavorada de ser pega, mas não dava a mínima para o que eles fizessem com ela. Tinha que proteger os homens e mulheres trancados naqueles quartos. Sua arma de choque causava curtos aos leitores para evitar que a Segurança entrasse nas celas. Ela já tinha desativado o computador principal do edifício. Outro funcionário poderia digitar os códigos para enviar gás ao longo das celas, mas o comando não chegaria ao computador principal. Ele estava fora do ar para sempre, graças a um bule de café quente que ela tinha despejado no interior da caixa tower. Faíscas tinham disparado fora disso, houve alguns ruídos de estalo, e ela temeu que pudesse pegar fogo. Então ele tinha apagado e se recusara a ligar

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novamente quando ela tentara, só para se certificar de que não era uma interrupção temporária. A coisa tinha torrado. Um alarme soou nos alto-falantes localizados perto do elevador. Luzes vermelhas de emergência brilharam quando o grito disso subiu de tom. Droga. Ela olhou no relógio. O ataque tinha começado dois minutos mais cedo e ela ainda tinha mais um andar para ir. Ela eletrocutou outro sensor de leitura, girou e correu de volta para o elevador para chamá-lo para seu andar. Sua mão tremia quando passou seu crachá de funcionária para obter acesso e enfiou a arma de choque no fundo do bolso do jaleco. Dois seguranças já estavam dentro do elevador quando ele abriu. Pareciam putos e pior – desesperados. Ela deu um passo para dentro do espaço confinado com eles. "Estamos descendo," afirmou um deles. "O que está fazendo? Você sabe o protocolo. Você deveria acessar as saídas de emergência, seguindo para os túneis." Ela sacudiu a cabeça. "Tenho que destruir as amostras de sangue, em uma sala de armazenagem primeiro. O Dr. Meckler foi extremamente claro sobre ter certeza de que era meu dever fazer isso se tais alarmes algma vez soassem. O que está acontecendo?" "Estamos sendo violados," o segundo grunhiu. "Odeio policiais. Faça isso rápido, enquanto matamos os experimentos. O sistema de backup falhou, por isso temos que matá-los um por um. Desça as escadas escondidas depois. Não seja pega. Você sabe que é uma sentença de morte." Ela assentiu, mas amaldiçoou interiormente. O elevador apitou aberto no piso inferior. Um dos guardas apertou o botão para manter as portas abertas, um recurso que usavam frequentemente para mover cobaias drogadas em macas. Ele olhou para o outro homem. "Isso vai nos avisar se alguém chamar a maldita coisa para outro andar. Pretendo usar a escada escondida e ir embora antes que a polícia nos encontre." O segundo homem olhou para a parede falsa perto do final do corredor. Todos os funcionários sabiam onde estavam as saídas de emergência. As escadas levavam a um antigo sistema de esgoto não mais utilizado, que despejava em algum lugar longe do prédio. 18


Ela se virou. "Deixe-me ajudar. Dê-me uma arma. Esses aqui embaixo são os mais perigosos e já viram os rostos da maioria dos funcionários. Eles poderiam identificar todos nós." Um dos guardas hesitou. "Há quinze deles aqui. Os teclados das porta são todos lentos para abrir," Jeanie mentiu. "Vamos. Quanto tempo vai demorar para que os policiais substituam os cartões-chaves das fechaduras do elevador? Não podemos deixar essas cobaias vivas. Quer ter seu rosto estampado no noticiário da noite para que toda sua família e amigos saibam que você trabalha aqui? Vamos estar ferrados de segunda a domingo com cada agência de polícia nos caçando também. Não faz sentido escapar, se vamos ser pegos enquanto fugimos." O guarda à sua esquerda passou um de seus revólveres. "Dê tiros na cabeça." "Eu sei o que fazer." Seu estômago ainda revirava ao se lembrar da aula da pessoa que a treinara sobre a forma mais eficaz de matar um humano inocente, como se fossem mariposas ou outras criaturas que eram meros incômodos. "Dê dois tiros para se certificar de que morram." "Não temos tempo para essa merda ou clipes de reposição suficientes. Só não erre o que você apontar." Os guardas se moveram à sua frente. Um puxou o cartão-chave e o passou pelo leitor de sensor. A porta buzinou e o homem estendeu a mão para a maçaneta. Pretendendo matar todos os indivíduos de teste. Ele levantou a arma para atirar na mulher indefesa acorrentada contra a parede oposta. Bile subiu na garganta de Jeanie quando ela levantou a arma. Não atirar não era opção. Ele ia matar alguém que ela considerava uma amiga. Ele nem sequer tinha olhado para ela. Ela agarrou o metal com ambas as mãos para firmar a pontaria e puxou o gatilho. Então gritou de horror, quando sangue e nesgas salpicaram o batente da porta. Matar alguém era dez vezes pior do que qualquer coisa que ela já tinha imaginado. Angústia quase a paralisou, mas o movimento no canto de sua visão chamou sua atenção. O segundo guarda se virou, o olhar caindo para seu colega caído. 19


Ele empalideceu, os olhos se arregalando quando levantou o queixo. Pura raiva torceu seus traços quando se entreolharam. Ele proferiu uma palavra que ela não conseguiu entender em seu estado emocionalmente oprimido. Ele levantou o braço. Ele ia matá-la. Ela apontou a arma, mas suas mãos tremiam mais do que antes e ela errou a cabeça quando disparou, mas a bala atingiu o ombro. Ele caiu para trás com um grito de dor e aterrissou de bunda no chão. A parede na qual ele se chocou o manteve sentado embora. O olhar em seu rosto prometia morte quando ele levantou o braço sangrando para atirar nela novamente. Ela disparou duas vezes. Uma bala rasgou a garganta e a outra pareceu ter atingido seu coração. Os sons ensurdecedores cessaram, mas os ouvidos de Jeanie zumbiam. Os alarmes ainda estavam soando. Sangue escorria pelo peito do homem, os olhos permaneciam abertos, mas ele não piscava. O foco não mais nela, apesar do olhar sinistro. Ela sabia, sem precisar verificar o pulso da vítima que ele já não tinha um mais. Ela cambaleou, não muito certa se ia vomitar ou desmaiar. Ambos pareciam opções quanto a realidade do que tinha feito a atingiu. Entorpecimento se estabeleceu em sua mente. Provavelmente choque, ela racionalizou. Ela baixou os braços, mas conseguiu manter a posse da arma, apesar da vontade de jogá-la longe. Pura agonia atravessou sua cintura com o movimento. Ela olhou para baixo. Seu casaco branco estava vermelho logo acima do quadril e se espalhava abaixo, enquanto ela observava. Demorou alguns segundos para afundar que ela tinha levado um tiro. O guarda tinha conseguido atingi-la no lado antes de matá-lo. Ela soltou uma mão da arma e achatou a palma sobre o ferimento. A dor piorou, mas ela precisava aplicar pressão. Pontos dançaram diante de seus olhos e ela se inclinou para o lado. Seu ombro bateu na parede, mantendo-a de pé. Ela piscou algumas vezes, mas isso não mudou a visão de seu sangue pingando no chão de ladrilhos perto de seus pés. As sirenes estridentes dos alto-falantes a lembraram de que mais guardas poderiam chegar a qualquer momento. A empresa empregava dezenas deles no turno do dia. 20


As portas do elevador se fecharam atrás dela. Ela se virou. Isso significava que alguém tinha chamado por ele de outro andar. Poderia ser a ajuda, mas provavelmente seriam mais guardas de segurança que vinham para matar as cobaias. Levaria algum tempo para a polícia invadir os sistemas de segurança, uma vez que ela tinha sido incapaz de roubar o crachá de outro funcionário para escapar para contatá-la. O roubo teria sido imediatamente notado e os códigos alterados, tornando-se inútil. Ela se forçou a se mover, apesar da dor torturante. Ela alcançou o primeiro corpo. O guarda morto mantinha a porta do quarto aberta. Ela estendeu a mão e o agarrou. Ele não era um homem grande, mas seu peso morto era difícil de arrastar. Ela conseguiu puxá-lo longe o suficiente para que ele não bloqueasse a porta. Seu olhar se focou na mulher acorrentada à parede. Ela parecia chocada quando seu olhar escuro se trancou em Jeanie. "Está tudo bem, 433." Jeanie gemeu, agarrando seu lado. "Você os matou," ela sussurrou. Jeanie assentiu. "A ajuda está chegando. Tenho que trancar a porta novamente e desativar o sensor para garantir que nosso pessoal da segurança não consiga matá-la antes que a polícia seja capaz de chegar até aqui. Não tenha medo dos estranhos quando vierem. Eles vão te libertar." Ela fechou a porta que apitou quando o bloqueio ligou novamente. Jeanie pegou a arma de choque do bolso e eletrocutou o sensor que podia destrancá-la novamente. O cheiro de queimado dos fios e as luzes disso se apagando lhe asseguraram que estava frito. Ela teve que passar por cima do corpo do guarda para chegar à próxima cela. O quarto girou quando tonturas a atingiram. Ela virou a cabeça, olhando para o visor do elevador, vendo que ele estava de volta para baixo. Ela se moveu mais rápido, sentindo-se doente, como se fosse desmaiar. E percebeu que nunca teria sucesso em desativar todos os leitores antes do elevador se abrir novamente. Poderia ser a polícia, mas ela não estava disposta a arriscar a vida dos homens e mulheres presos naqueles

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quartos, se não fosse. Ela olhou para todo o sangue manchando seu casaco e calça. Seria um milagre se não desabasse antes de chegar à próxima cela. "Merda." Desespero a levou a pensar em uma solução. Seu olhar se desviou do visor do elevador para as caixas elétricas de metal na parede ao lado dele. Ambas tinham fechaduras para impedir que alguém adulterasse os disjuntores lá dentro, mas as tampas não eram à prova de balas. Pelo menos ela esperava que não. Suas pernas cederam e ela escorregou para o chão ao lado do corpo do segundo guarda que havia matado. Outra arma ainda repousava em um dos dois coldres de ombro que ele ostentava. Os guardas sempre carregavam algumas armas. Ela soltou a que usara, não tendo certeza se ainda havia sobrado balas. A arma de choque escorregou de seus dedos dentro do bolso e ela puxou a arma. Ela a tirou do coldre e forçou as pernas a se mover, ficando de joelhos. Sua visão turvou e tonturas a atingiram. Ela engoliu em seco e usou as duas mãos para levantar o peso da arma para mirar. O som foi alto quando disparou, mas as balas atravessaram o metal e as luzes piscaram. Ela fez uma pausa, prendendo o fôlego, até que escuridão total a cercou. As luzes de emergência clicaram, mal iluminando o corredor, mas um olhar para a cela mais próxima com um leitor sem danos mostrou que estava inativo. "Graças a Deus", ela respirou fundo, percebendo que as portas ficariam trancadas durante uma falha de energia. Ela não tinha certeza se as garantias nas portas eram uma parte do sistema de reserva de emergência ou não, até então. Ela se agachou até sentar sobre os calcanhares, mantendo-se ereta. Então baixou a arma para o colo enquanto olhava para o elevador que não tinha sido afetado pela queda de energia local. Ele se abriria a qualquer momento e ela enfrentaria quem quer que estivesse a caminho para baixo. Os guardas iria matá-la, uma vez que percebessem o que tinha feito. Os policiais iriam prendê-la, até que descobrissem quem ela era. Ela rezou pelo último. As portas do elevador se abriram e luzes brilhantes a cegaram. "Largue a arma," um homem gritou. 22


Ela não podia ver seus rostos, mas não tinha forças para lutar de qualquer maneira. A arma escorregou de seus dedos. As luzes se aproximaram e dor explodiu num lado de seu rosto. A força a mandando voando para trás. Ela bateu no chão duro e um gemido escapou de seus lábios. Alguém a agarrou bruscamente pelo braço e a rolou de bruços. Seu rosto foi pressionado dolorosamente contra o chão quando alguém agarrou um punhado de seu cabelo e seus braços foram puxados para as costas por outra pessoa. A agonia do ferimento de bala a fez gritar. Uma bota foi plantada duramente em sua bunda, moendo seus quadris contra o chão. "Prenda essa cadela," um estranho exigiu. Dor lanceou através dela. Quem tinha seu cabelo agarrado na mão estava esmagando seu rosto contra o azulejo implacável. A bota em sua bunda a mantinha presa com tanta força que ela se perguntou se seus quadris se romperiam com a pressão. As algemas sendo colocadas em seus pulsos foram apertadas a um ponto insuportável. Lágrimas quentes escorreram por seu rosto. Ela teria gritado novamente, mas a dor se tornou muito intensa. Ela tinha dificuldades até mesmo para respirar. "Alguém atirou na caixa elétrica neste piso," um homem afirmou. "A cadela burra provavelmente pensou que iria acabar com a energia para o elevador. Vamos abrir essas portas. Tenho a sensação de que temos todos vivos, rapazes. Vamos resgatá-los. Precisamos ser rápidos. Não queremos que este lugar acabe como o que ocorreu naquela instalação de testes em Michigan ano passado. Pode estar programado para explodir." Jeanie se focou em uma palavra. Resgate. Eles não eram os guardas que trabalhavam na instalação. Os homens que a prendiam eram policiais. O fato de que eles não tinham atirado nela já era uma prova secundária de sua identidade. Ela conseguiu sugar mais ar, dando um suspiro de alívio. Eles não vão me matar. Estalos altos soaram. Um pouco de fumaça encheu a área, mas não foi sufocante, só um ligeiro sabor em sua boca e um cheiro acre. Ela simplesmente ficou lá, esperando por uma trégua.

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Seus olhos se fecharam – mantê-los abertos parecia impossível. A bota em sua bunda se moveu um pouco, mas não aliviou o peso a prendendo. "Estamos aqui para salvá-lo," uma voz masculina calmante afirmou. "Trabalhamos para pessoas como você que foram libertados dessas instalações de teste. Vamos levá-lo daqui para sua própria espécie." "Olá," disse uma voz mais profunda. Seu tom era mais calmo, mas firme. "Sou como você. Vê? Viemos para salvá-lo. Você está livre agora. Estes humanos conosco são bons, eles trabalham com nossa espécie. Vamos levá-lo para um lugar seguro. Precisamos tirá-lo daqui. Ninguém jamais vai acorrentá-lo de novo." Ela escutou, ouvindo o mesmo discurso várias vezes enquanto eles limpavam as celas das cobaias no corredor. Todos os quinze naquele andar tinham sobrevivido. Ela esperava que os andares acima tivessem tido igualmente a mesma sorte e que ninguém tivesse conseguido romper as portas de suas celas. Os policiais estavam usando alguma forma de pequenos artefatos explosivos, algo que os guardas da instalação não tinham acesso. "Espere," uma voz suave e feminina protestou. "Saia de cima dela. Técnica Shiver?" Uma mão gentil afastou o cabelo longe do rosto de Jeanie. Ela forçou os olhos abertos. Era difícil até mesmo se concentrar, a dor e o frio atormentando seu corpo piorando. Um par de olhos escuros familiares a olharam e ela tentou sorrir para 433. A outra mulher caiu para suas mãos e joelhos ao lado dela, tão perto do chão que seus rostos estavam a centímetros de distância. Jeanie abriu a boca para lhe assegurar de que ia ficar tudo bem, querendo que 433 soubesse que poderia confiar em seus salvadores, mas nada saiu. Ela não conseguia falar. Sua garganta estava muito seca e cansaço tomou conta dela. 433 escovou o polegar ao longo de seu rosto, e rosnou antes de levantar a cabeça. O som se aprofundou para um ameaçador. "Ela nos ajudou. Saia de cima dela!" "Ela não é preocupação sua." O homem falou em voz baixa, mas seu tom foi firme. "Por favor, se afaste da prisioneira." 24


O polegar deixou o rosto de Jeanie e 433 se levantou, rosnando. "Saia de cima dela! Ela os matou para me salvar. Sinto o cheiro de seu sangue e ela está ferida. Ela precisa de um médico." "Esquece. Deixe a cadela morrer," o mesmo homem afirmou. 433 se aproximou e Jeanie não conseguiu mover a cabeça o suficiente para ver o que estava acontecendo, mas o peso em sua bunda desapareceu de repente. Um homem resmungou. Outro rosnado soou, muito mais profundo ao longe. "O que está acontecendo?" A voz irritada pertencia ao homem que tinha dado o discurso mais e mais aos homens e mulheres que haviam sido resgatados, afirmando ser um deles. "Ela salvou minha vida. O guarda no chão veio para me matar, mas ela atirou nele primeiro. Ela disse que a ajuda estava chegando e teve que desativar as fechaduras das portas para nos proteger. Ela foi ferida, mas seus homens a estão machucado mais. Ela sempre foi gentil com nosso povo. Ela parou um guarda de me montar no mês passado." 433 soava irritada e frenética. "Faça-os ajudá-la, por favor. Ela está ferida. Eu cheiro seu sangue." "Faça o que ela diz," a voz profunda ordenou. "Consiga ajuda para a fêmea humana. Vamos resolver isso mais tarde.” "Ela é uma empregada daqui." Alguém puxou seu casaco. "Aqui está o cartão com sua foto. Ela é um deles," um homem declarou. "Técnica Jeanie Shiver." Um rosnado profundo soou e os apertos duros prendendo suas mãos e cabelo pararam. Alguém agarrou seus braços e ela gemeu quando foi gentilmente rolada de lado. A dor a fez gritar. Ela fechou os olhos e sentiu a escuridão a levando. Estou morrendo. "Olhe para mim," uma voz profunda rosnou. Jeanie se forçou a abrir os olhos de novo. Mais lanternas foram adicionadas até que o corredor ficou bem iluminado novamente. 710 a encarou. Seu olhar escuro rolava com fúria, mas ela viu reconhecimento lá. Ele se lembrava dela. Ela o estudou. Ele estava bem mais brozeado do que tinha sido e o cabelo loiro tinha crescido mais. Usava roupas toda preta e o colete tinha NSO em letras brancas, que representava 25


New Species Organization. Ela recebera provas de que 710 tinha sobrevivido ao ataque de resgate que ajudara a criar na instalação de testes, mas ela nunca pesara que voltaria a vê-lo em pessoa de novo. "Shiver," ele murmurou, a voz soando dura, mas suave ao mesmo tempo. Ela piscou, segurando seu olhar, passando a língua sobre os lábios secos. Ela tentou falar, mas nada saiu. O nariz dele chamejou quando inalou e um rosnado assustador rasgou dos lábios entreabertos, enquanto ele olhava para alguém atrás dela. "Seus homens atiraram nela?" "Ela estava assim quando a encontramos. Havia dois oficiais de segurança mortos também baleados." O homem falando suspirou. "Parece que eles se voltaram uns contra os outros." "Consiga ajuda para ela agora," 710 rosnou. "Ela está morrendo." "Ok. Médico, venha ao subsolo, andar de baixo. Temos um ferido gravemente." Outro homem bufou. "Que a cadela morra. Eles, obviamente, atiraram uns nos outros para evitarem ser pegos para interrogatório. Isso vai nos poupar de ter que matá-la mais tarde." 710, obviamente, discordava. "Tirem essas algemas." Jeanie gemeu quando alguém a tocou e dor subiu de seu ombro para seu lado ferido quando o metal foi removido de seus pulsos. Doía se mover, mas ela queria tocar 710 apenas mais uma vez. Ela sabia que não ia sobreviver, apesar da intervenção médica. Um olhar para a poça de sangue em que estava foi suficiente para convencê-la dessa triste verdade. Ela alcançou e cobriu a mão dele com a dela onde estava no chão quando ele se agachou sobre ela. Seu rosto estava a centímetros do dela. Ela fechou os dedos em torno de trás de seu punho. Ele se sentia muito quente, onde ela estava tão fria. Ela se agarrou a ele o mais apertado possível. Ele olhou para o contato, mas não empurrou longe de seu toque. Ela teve medo de que ele o fizesse. Sangue encharcava sua mão, manchando a dele também. Ela meio que esperava que ele pudesse ficar irritado. Ela só queria tocá-lo. Estava com medo de morrer sozinha. 26


Ele levantou o olhar para o dela. Então virou a mão sob sua palma e apertou com força seus dedos. Gratidão a encheu de que ele se importasse o suficiente para tentar lhe dar algum conforto. Ela lambeu os lábios novamente, desesperada para conseguir palavras. "Tentei salvar todos. Eles conseguiram? Todos sobreviveram?" Ele piscou. "Eles conseguiram. Nenhuma Espécie morreu." Lágrimas a cegaram, mas ela as piscou longe, desesperada para mantê-lo em foco. Tinha conseguido salvar todos os homens e mulheres presos naquele edifício. Tinha sido a um alto preço, mas ela sabia dos riscos quando viera para trabalhar naquela manhã. Tantos – muitos deles, todas aquelas vidas eram mais importantes que a dela. Ela fechou os olhos e uma sensação de paz a encheu, apagando um pouco da dor. "Shiver?" Ele rosnou seu nome. "Abra os olhos." A demanda foi uma que ela não conseguiu resistir quando o olhou novamente. Ele se aproximou até que hálito quente se espalhou por seus lábios. Respirar tomava muito esforço enquanto ela lutava para fazer seus pulmões continuarem funcionando. A perda de sangue e seu corpo entrando em choque estavam cobrando seu preço. Ela esperou sorrir quando tentou, querendo lhe transmitir que estava tudo bem. "Não morra," ele murmurou. "Aguente." Ele desviou o olhar. "Mais rápido!" Seu tom se aprofundou. "Venha cá." "Mexam-se!" Um homem gritou e algo pesado caiu no chão atrás dela. O casaco que usava foi puxado forte, tecido rasgou e ela não pôde evitar o gemido quando mãos enluvadas exploraram seu lado agora exposto. "Você vai ficar bem," 710 disse, chamando sua atenção. "Apenas fique comigo." Ele quase esmagou sua mão muito menor na dele, como se pudesse forçar a questão ao se apegar a ela com mais força. "Merda," o médico amaldiçoou. "Salve-a," 710 rosnou. 27


"É ruim," o médico respondeu. "Jed, traga sua bunda aqui. Abra o kit e aplique um IV 1." Ela abriu a boca. Não tendo energia para contar a 710 nenhuma das coisas que sempre quis lhe dizer se alguma vez ficassem sozinhos, sem o risco de ser ouvida por Dean Polanitis ou as pessoas que trabalhavam para ele. Era importante que 710 entendesse o quanto ele tinha mudado sua vida e a fizera perceber que seu propósito era salvar sua espécie. Ele tinha sido a motivação que lhe dera coragem de vencer seus medos. Nenhum dia se passara desde que colocara os olhos nele que ele não tivesse preenchido seus pensamentos ou assombrado seus sonhos. "Shiver," ele disse um pouco mais alto, "fique comigo." Escuridão a alegou.

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Intra venoso.

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Capítulo Dois Tim Oberto atirou um olhar furioso em sua equipe. "Vocês chegaram malditamente perto de permitir que ela morresse." Trey Roberts, seu segundo no comando, limpou a garganta. "Senhor, como a equipe poderia saber que isso perturbaria uma fêmea resgatada tanto assim? A mulher em questão era uma funcionária. Quantas Novas Espécies foram assassinadas em suas mãos? Sinto muito se a fêmea Nova Espécie ficou tão angustiada, mas os funcionários desse inferno não são nossa prioridade. Tivemos ajuda médica imediata àquela mulher assim que a situação explodiu. Ela vai ficar bem." "Ela quase não fica!" Tim gritou. "Eu sei que é seu trabalho defender as equipes, mas nós dois sabemos que eles fizeram merda. Justice vai comer meu rabo por perturbar uma de suas fêmeas. Ela atacou um de nossos homens, tentando defender essa funcionária. Ela pediu ajuda para a mulher ferida, ou não, antes de jogá-lo contra uma parede para tirar sua bota de cima da bunda da funcionária?" "Ela pediu," um membro da equipe admitiu. "Mas inferno, a cadela tinha uma arma quando chegamos no andar. Ela estava sentada lá de frente para nós com uma arma e foi sorte não termos apenas aberto fogo e explodido sua cabeça. Eu teria levado o tiro se fosse um homem." As portas se abriram e Tim recuou quando Justice North e uma dúzia de grandes machos Novas Espécies entraram na sala. Tim reconheceu o quão irritado Justice estava pelo estreitamento de seus olhos felinos e o fato de que seus lábios estavam separados o suficiente para revelar seus caninos afiados. Tim esperou enquanto Justice se aproximava. "Qual é sua diretiva?" Justice rosnou.

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Tim endireitou os ombros e encontrou o olhar acalorado de Justice North. "Ajudar no resgate de todas as Novas Espécies." Justice assentiu. "Você é nossa equipe. O governo lhe atribuiu para nos ajudar, mas você responde ao NSO, antes de tudo, Tim," Justice rosnou. "Isso significa a todas as Novas Espécies. Quando uma fêmea Espécie exigiu atenção médica a um humano, ela deveria ter recebido o que queria. O primeiro contato é muito importante. Ela acha que sua equipe é tão ruim quanto os humanos que a mantinham em cativeiro. É verdade que a humana já tinha sido baleada quando seus homens a agrediram e algemaram, quase permitindo que ela sangrasse até a morte no chão?" Tim vacilou quando seu olhar se deslocou para Trey. "É isso?" Trey suspirou, abordando Justice. "Eu estava um andar acima deles, mas falei com o líder da equipe. Parece que sim, senhor. Ela sofria de um ferimento a bala e segurava uma arma no colo. Dois seguranças estavam mortos no chão ao lado dela. A equipe assumiu que tinham se voltado contra os outros para nos impedir de tirar qualquer informação se fossem presos." "A fêmea Espécie," Justice rosnou, "disse que a humana foi agredida pela equipe. Ela jura que o rosto da humana estava sangrando e ferido só depois que eles chegaram. Isso é verdade? Alguém bateu na humana?" Trey pigarreou. "Eu os questionei sobre tudo que aconteceu. Um dos homens a atingiu com a coronha do rifle para derrubá-la. Seu rosto foi ferido aí ou quando a prenderam no chão." Outro rosnado soou e um dos machos Novas Espécies se adiantou. True era um filho da puta grande – dois metros, ombros largos e peito vasto. Seus bíceps densos esticavam as mangas pretas da camisa a seu limite. Cabelos loiros reluzentes caíam sobre os ombros e olhos castanhoescuros se estreitaram com raiva quando se fixaram em Trey. Tim ficou tenso, esperando que uma briga não começasse, já que estava ciente de que esta Nova Espécie em particular, a quem haviam resgatado em uma missão anterior, ainda estava aprendendo a controlar seu temperamento. O dia já tinha sido um desastre total e ele não queria que piorasse.

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"Ela é uma humana pequena que já estava sangrando. Não havia nenhuma razão para sua equipe agredi-la ou algemá-la. Uma criança pequena poderia ter lidado com ela nessas condições. Ela era inofesiva." "Eu não teria feito isso, mas não estava lá para controlar a situação," Trey murmurou. "Eu já chutei os seus traseiros." Tim se aproximou para ficar entre eles. Estas eram suas equipes, assim está era sua bagunça. "Entendo que você esteja chateado, True." "Chateado?" True rosnou. "Ninguém deveria abusar de uma fêmea – humana ou Espécie. É por isso que protesto por estar sendo forçado a ficar na retarguarda, quando a equipe entra em uma situação. Eu não teria permitido que isso acontecesse, mas ela já estava caída quando a equipe me permitiu sair do elevador. Eu não sabia que ela estava ferida. O cheiro do sangue dos guardas mortos e os explosivos usados para abrir as portas mascaravam o cheiro dela." Um dos homens de Tim bufou. "Ela trabalhava para a Mercile ou qualquer que seja o nome da empresa que eles estão usando agora. Quem se importa? Quantos de sua espécie ela já ajudou a matar? Sem desrespeito, senhor." True virou a cabeça na direção de Chris, o membro da equipe que havia falado. "Nós não abusamos de fêmeas. Não me importa se elas trabalham para nosso inimigo. Ela é uma criatura indefesa." "Ela trabalhava para uma empresa que é uma ramificação da Mercile," Tim lembrou a todos, enviando a Chris um olhar sujo para silenciar o idiota. O cara era novo, tinha uma má atitude, mas lidaria com ele mais tarde. Ele se concentrou na Nova Espécie de novo. "Seu bemestar não era nossa prioridade. Este é salvar Novas Espécies. Lamento que sua fêmea tenha ficado chateada, Justice. A verdade permanece a mesma, apesar de tudo. A mulher pela qual sua fêmea ficou chateada não era uma vítima inocente que atacamos. Ela trabalhava para a Cornas, que todos sabemos é a Mercile com um novo nome, e ela é tão culpada quanto o inferno sob a lei das Novas Espécies. O crachá preso ao seu jaleco tinha seu nome e foto. Sem mencionar que ela foi 31


encontrada a apenas alguns passos das portas, onde seu povo estava enjaulado, no mesmo andar onde mais de uma dezena de sua espécie estava sendo mantida. Essa mulher vai passar o resto da vida na prisão ou vai pegar a pena de morte. Eles vão decidir seu destino em Fuller, uma vez que ela for transferida para lá." True rosnou. "Ela não vai ser morta por nós." Justice acalmou. "Nós não toleramos ninguém matar fêmeas, Tim, embora às vezes não possa ser evitado quando elas estão entre os médicos mais cruéis que estamos certos mataram nossa espécie, ou se não temos escolha, porque elas abriram fogo contra nós. Nossa fêmea disse que a humana a salvou de um estupro no mês passado e novamente de um guarda atirar nela antes que a força-tarefa os resgatassem. Alguém tinha desativado as fechaduras das portas daquelas celas ao queimar os circuitos com uma arma de choque. Ela tinha uma dessas no bolso quando a despiram no Medical, e nossa fêmea disse que a humana afirmara ter desativado os bloqueios para mantê-los seguros. Ninguém do meu povo morreu porque os guardas não puderam ter acesso às suas celas." True assentiu. "Descobrimos marcas de balas em algumas portas. Os idiotas construíram aqueles quartos para manter nosso povo prisioneiro, mas os fizeram à prova de arrombamento também. Os guardas teriam entrado e os matado se as fechaduras não tivessem sido destruídas. Quem as desativou salvou suas vidas." Tim ignorou o pulsar em sua têmpora, sinal de uma dor de cabeça monstruosa que se aproximava. Sua equipe tinha feito alguns erros, mas eram um pouco justificados. "Alguém derramou café no computador principal. Encontramos as digitais da mulher na alça da cafeteira da sala de computador. Por que ela fez isso, se é tão santa? Os dados não podem ser restaurados. Fritaram a maldita coisa. Ela cobriu o traseiro da Mercile quando fez isso. Não há registros, nem nenhuma prova real de que a instalação de testes pertencia a eles. Eles alugaram o prédio sob uma empresa de fachada e estamos em um beco sem saída para rastrear o dinheiro que os financiavam. Esses arquivos eram nossa única esperança de cimentar as provas diretamente contra a Mercile." 32


Justice franziu a testa. "Não sei por que ela fez isso." Ele se virou e olhou para o médico da equipe. "Qual é a condição atual da humana?" "Acabei de falar com o velho Dr. Harris. Ela vai viver. Ficou indo e vindo por um tempo, mas eles pararam o sangramento. Ouvi dizer que ela recebeu sangue e as drogas curativas das Novas Espécies. Os ferimentos causados ao seu rosto não são fatais. Ela está machucada, mas é na maior parte apenas doloroso." Justice enfrentou Tim. "Interrogue-a, mas faça-o com respeito. Ela, obviamente, salvou alguns de nosso povo. Tenha isso em mente. Descubra por que ela fez tudo isso e o que ela estava protegendo a Mercile nesses computadores. Ofereça-lhe um acordo, se for preciso para conseguirmos mais provas contra esses bastardos." True se aproximou. "Eu quero estar lá." Justice o estudou. "Por quê?" "Ela trabalhava no Novo México, no ano passado." Justice pareceu surpreso com essa notícia. "Você a conhecia?" True assentiu. "Ela era gentil." Justice franziu a testa. "Houve experiências entre vocês dois?" "Não." True fechou a cara. "Nunca a montei, se é isso que está perguntando." Justice pareceu aceitar isso. "Como ela foi gentil?" "Ela não nos tratava como se fôssemos animais. Ela nos levava doces e medicação para a dor de nossas feridas. Ela parecia se preocupar com a gente." Justice inclinou a cabeça, a carranca retornando. "Você se preocupava com ela?" "Eu nunca tentei atacá-la quando pude, mas depois eu soube que ela estava trabalhando com os médicos no desenvolvimento de uma droga." "Como você soube disso?" True hesitou. "Polanitis acreditava que eu me importava com ela desde que ela tinha mostrado bondade, e tentou conseguir meu acordo para montá-la de boa vontade, prometendo 33


que isso significaria que ela iria sobreviver. Ele me informou que estavam trabalhando em um novo medicamento de reprodução." "Merda," Tiger amaldiçoou. "Você provavelmente a teria matado se tivesse concordado." "Você disse que não ia montá-la? Não há vergonha nenhuma em admitir que fez isso." Justice o estudou. Ele não parecia com raiva, mais curioso do que qualquer coisa. "Não. Eu disse a Polanitis que a mataria se ela fosse enviada à minha cela. Eu nunca montei aquela fêmea. Ele quis minha palavra de que ia parar de atacar os guardas depois disso e que eu concordaria que os médicos encarregados testassem outra droga em mim, respondendo às suas perguntas. Era algo que estavam trabalhando para melhorar a inteligência ou memória." Ele mudou de posição, parecendo desconfortável. "Eu não concordei com seus termos, até que ele ameaçou que os guardas estuprariam uma fêmea Espécie na minha frente para obter meu assentimento." Sua voz se aprofundou em um grunhido. "Eu concordei para protegê-la do perigo. E não causei nenhum dano aos humanos quando pude, mas não fui manso também." "Por que ele acreditava que você seria capaz de foder a mulher enquanto drogado e não matá-la?" Tim estava curioso também. True olhou para ele, o rosto um pouco vermelho. "Eu tinha um carinho por ela, mas isso mudou quando percebi que ela provavelmente tinha sido boa para ganhar minha confiança. Acredito que ele pensou que eu poderia lutar contra meus instintos, enquanto drogado. Eu nunca mais a vi depois da visita de Polanitis ou poderia ter lhe feito algum mal em retaliação por sua farsa." Ele apertou a mandíbula. "Eu não teria matado a Shiver embora. Foi apenas uma ameaça que fiz para mantê-la fora da minha cela. Ela não merecia morrer. Ela até poderia ter sido gentil só para me enganar, mas ajudou alguns de nossos povos em Drackwood." Justice apertou os lábios em desgosto. "Eu realmente odeio aquele filho da puta do Polanitis. Lembro-me dele do ano passado." "Polanitis ofereceu fêmeas humanas para serem montadas para recompensar Espécies por bom comportamento?" Brass rosnou. "Nunca ouvi sobre isso antes." 34


Justice fez sinal para que a outra Espécie ficasse em silêncio. "Ele ofereceu outras fêmeas humanas a você?" "Não," True rosnou. "Eu nunca montei essa humana ou qualquer outra, aliás." Justice assentiu. "Você pode estar no interrogatório desta fêmea desde que uma vez a conheceu. Pode ser uma vantagem." Ele se virou para Tim. "True está no comando. Ele vai assumir, se achar que está sendo muito intenso." Tim não ficou feliz, mas aquelas eram ordens, e não um pedido. "Tudo bem. Quando devemos começar?" Justice hesitou. "Vamos mantê-la drogada até que que fique melhor e só acordá-la quando estiver forte o suficiente para suportar um interrogatório." "Parece bom." Tim odiava esperar tanto tempo, mas Justice havia decidido. Seria um desperdício de fôlego discutir.

***** True entrou no Medical e atravessou o corredor até os quartos dos pacientes. O macho Espécie guardando a porta o olhou de onde estava sentado antes de deixar cair o olhar para ler um ebook em seu dispositivo eletrônico. "Nenhuma mudança," ele murmurou. "Obrigada, Jericho." O homem resmungou. True parou ao lado da cama e fechou as mãos enquanto estudava o hematoma escuro e corte na bochecha da fêmea. Estava se curando, a cor amarelada parecia melhor do que quando tinha sido uma sangrenta ferida fresca. A pele estava muito pálida para seu gosto. Ele olhou para o monitor, vendo que seu batimento cardíaco era estável. Ela sobreviveria, mas tinha sido por pouco. 35


Passos soou atrás dele e ele se virou, obrigando-se a relaxar em uma posição mais acessível. Paul sorriu quando entrou no quarto e contornou a cama com um novo saco de fluidos. "Ela está indo muito bem, True. Eu fiquei realmente preocupado quando o Dr. Harris a bombeou com todas essas suas drogas de cura, mas ela as aceitou como uma campeã. Eu tinha certeza de que iriam matá-la." "Por que lhes deram se era perigoso?" O homem trocou os sacos, verificado o tubo que corria até seu braço, e segurou seu olhar. "Cara, estou chocado que ela ainda estivesse viva quando a trouxeram para cá. Ela deveria ter sido levada para o centro mais próximo de trauma, mas por alguma razão a equipe da força-tarefa decidiu trazê-la para cá ao invés. O fato do médico tê-la mantido respirando por tanto tempo foi uma sorte de merda. Dá-la a droga foi a única coisa que Harris pôde pensar em fazer. Isso acelera o processo de cura e ela estava uma bagunça. O que se resumia a não ter nada a perder, pois ela estava em estado muito crítico." O macho olhou para o braço onde a agulha estava inserida. "É uma boa coisa que ela tenha um coração tão bom. Essa merda é muito forte para os humanos. Duvido que ele teria arriscado se ela fosse mais velha. É como atirar uma quantidade enorme de adrenalina direto em nós." Isso perturbou True. Ele não tinha sido autorizado a viajar no helicóptero com Shiver quando a transportaram de helicóptero. Havia sido designado a lidar com as Espécies recémlibertadas. O protocolo ditava que ele permanecesse com eles durante sua transferência até a Reservation. Ele tomara um helicóptero para Homeland assim que se certificara de que todos estavam estabelecidos. Foram horas infernais até descobrir que a mulher estava viva. Sua atenção se voltou para ela. Shiver parecia muito frágil e pequena na grande cama de hospital projetada para o uso de sua espécie. "Harris a está mantendo tão drogada que ela não vai acordar, se é isso o que está esperando. É melhor mantê-la nocauteada uma vez que não temos ideia de como vai reagir emocionalmente quando voltar a si. Como eu disse, essa merda é difícil para os humanos. 36


Queremos manter sua frequência cardíaca tão lenta quanto possível, e a sedação profunda ajuda com isso." "Como ela consegue comer?" Ele cerrou os dentes. Ela já era tão pequena. "Não se preocupe. Vamos nos certificar de que ela receba o que precisa para ficar bem. Comida não é a coisa mais importante para ela agora. Ela esteve em um espremedor." Ele se afastou da cama. "É verdade o rumor de que ela vai ser transferida para Fuller quando estiver estável?" A ideia não lhe caiu bem. "Não estou certo." "Só espero que eles tenham uma boa equipe médica." Paul circulou a cama e levantou o lençol. Ele tirou o curativo, revelando a ferida. True reprimiu um grunhido ao ver sua barriga pálida e a ferida vermelha e irritada em seu lado. Havia hematomas feios em cada um de seus quadris. O vestido protegia de suas costelas para cima, mas se o enfermeiro puxasse mais o lençol seu sexo ficaria exposto já que era óbvio que ela estava nua da cintura para baixo. O impulso protetor que o atingiu foi forte, incitando-o a enfiar o enfermeiro para longe, mas ele resistiu. Sua modéstia estava coberta. Ele colocaria um fim a isso, se o enfermeiro ousasse baixar o lençol mais alguns centímetros. "Vou fazer um novo curativo, mas Harris está realmente curioso para saber como as drogas funcionam em nós. Ele precisa vê-lo primeiro. Droga. Essa merda é incrível. Olhe para isso." Paul apontou para os grampos. "Acho que posso remover estes. A pele parece já ter se fundido. Faz apenas cerca de doze horas, mas você poderia jurar que aconteceu há pelo menos um par de semanas, a julgar pela rapidez com que se cura. Acho que a droga está funcionando mais rápido nela do que faz em vocês. Vou chamar Harris. Ele pode querer reduzir a dose. É tão excitante ser capaz de, finalmente, testá-las em humanos com a dosagem total. Ninguém quis fazer isso antes." True cobriu sua barriga com o lençol depois que o enfermeiro colocou gaze sobre a incisão e saiu do quarto para procurar o médico. Irritava-o que estivessem vendo Shiver como um 37


experimento. Ele hesitou, lutando por qualquer som de passos se aproximando, antes de pegar com cuidado sua mão delicada na dele. Estava totalmente sem vida, mas quente. Ele foi gentil quando acariciou seus dedos, memórias de encontrá-la sangrando e morrendo no chão prevalencendo em seus pensamentos. Muitas vezes desde que ganhara a liberdade ele havia considerado como reagiria quando a Técnica Shiver fosse localizada e presa. O sentimento de traição que uma vez sentira permanecia. Ela podia não ter sido sua fêmea, mas seus motivos para ser gentil com ele tinham sido suspeitos depois que soubera que ela trabalhava de perto com Polanitis. Teria sido tudo um ato para levá-lo a se importar com ela para que pudesse ser montada com segurança por uma Espécie? Ele queria respostas. Ele colocou sua mão sobre a cama e se afastou. A raiva que tinha pensado que sentiria ao vê-la novamente não apareceu. Teria sido fácil fingir que só queria questioná-la se ela sobrevivesse, mas ele se orgulhava de ser brutalmente honesto. True só queria que ela abrisse os olhos e ficasse bem. Ele se preocupava com Shiver demais e sua morte lhe causaria dor. Ela provavelmente seria enviada para Prisão Fuller. Não havia como negar que ela trabalhava para o inimigo. Os humanos que dirigiam o lugar iam colocá-la em uma jaula e a justiça seria feita. Ela iria conhecer o confinamento, a falta de esperança de algum dia ganhar a liberdade e pagar por seus crimes contra as Espécies. A lembrança do passado se formou em sua mente...

*****

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Shiver deu um passo em sua cela com um sorriso no rosto em forma de coração, olhou para a câmera antes de entrar e mascarou suas feições. O kit na mão indicada por que ela tinha vindo. Eles tiravam muitos frascos de sangue depois de forçar drogas em seu corpo. "Oi," ela sussurrou. "Sinto muito por isso." Shiver colocou o kit sobre a mesa e suas correntes ativaram, puxando-o com força contra a parede. Não tinha sido ela a fazer isso, o que significava que um guarda do lado de fora observava seus movimentos. "Vou fazer isso rápido." Ela vestiu as luvas e destampou uma agulha, aproximando-se com a seringa. Um pequeno maço com álcool estava seguro entre os dedos quando ela invadiu seu espaço. A cabeça dela nem sequer chegava ao topo de seu ombro quando ela parou a poucos centímetros de distância. Ela usou os dentes para rasgar a ponta de um dedo da luva, e então também rasgou o maço e limpou seu braço perto do interior de seu cotovelo. Ela levantou a cabeça e estudou seu rosto, prestando muita atenção a sua mandíbula. "Sinto muito. Você está bem?" Ela se referia à contusão lá. Ele não respondeu, raramente o fazia. Dedos quentes seguraram seu braço com tanta delicadeza que ele quase perdeu o jeito suave como ela acariciava sua pele com aquele único dedo nu. Ela lhe disse uma vez que rasgar o látex facilitava sentir suas veias, mas elas eram muito proeminentes. Às vezes, ele fingia que poderia ser possível que ela só quisesse poder tocá-lo, pele com pele. O corpo dela bloqueava a câmera de modo que ele era o único consciente de suas ações. A agulha foi inserida em seu braço com tanto cuidado que ele mal sentiu. Os outros simplesmente o espetavam grosseiramente, parecendo desfrutar em lhe infligir dor. "Eu te trouxe analgésicos. Estes são seguros para tomar," ela sussurrou. Ela soltou seu braço e alcançou a frente da blusa. Ele não conseguiu desviar o olhar quando a gola disso baixou, revelando a pele branca cremosa e a curva superior de seus seios enquanto ela tirava algo escondido lá. Ela estendeu a mão e colocou um pequeno pacote plástico contra sua palma. Ele fechou os dedos ao redor do objeto. 39


Ela retirou a agulha e a tampou, enfiando-a no bolso da frente. Então pressionou um pequeno quadrado de gaze no local da punção. Shiver olhou para cima então, segurando seu olhar. "Essas pílulas são minhas – de uma consulta odontológica. Eu as contrabandeei até aqui. Apenas tome uma de cada vez, com um pouco de água, duas se estiver realmente dolorido. Elas vão ajudar a tirar um pouco do desconforto." Ela desviou o olhar para seu queixo inchado novamente, e então para suas costelas machucadas. Lágrimas surgiram em seus olhos, mas ela as piscou longe. "Não desista, 710. Prometo que não vai durar para sempre. Apenas mantenha a calma e não provoque brigas." Seu significado era confuso. Ele sempre se curava. A dor ia desaparecer até os guardas lhe infligirem mais danos. Nada mudava em sua vida, especialmente o sofrimento que os guardas rotineiramente lhe causavam. Ele olhou para o corpo e estudou o peito, certo de que tinha experimentado contusões piores do que as escuras que agora marcavam sua pele. Ela não deveria se alarmar o suficiente por sua aparência para se preocupar que ele fizesse algo que pudesse provocar uma resposta mortal dos guardas, enquanto ele estava acorrentado e impotente. Sua vida não era uma existência feliz, mas ele só atacaria se tivesse uma chance de ganhar uma luta. Percepção lhe ocorreu de que ela estava muito perto de seu corpo. Ele poderia atacá-la e lhe causar danos. Seus músculos tencionaram enquanto ele mentalmente revisava suas fraquezas. Um arco descendente e ele poderia quebrar seu nariz com o queixo ou lhe causar lesões faciais. Ela estava ainda perto o suficiente para morder. Sua carne macia era vulnerável. Ele resistiu, incapaz de machucar Shiver. Ele não queria derramar seu sangue ou ouvir seus gritos. Seu peito doeu ao imaginar ver terror em seu olhar quando ela o olhasse em vez do calor que sempre vislumbrava. Ela se afastou e ele a observou sair em segurança com seu kit. As correntes se soltaram e ele saiu mancando para a pia. A câmera permanecia em suas costas quando ele estudou os comprimidos brancos dentro do minúsculo saco transparente. Ele removeu dois, hesitando antes de enfiá-los na boca. Então se inclinou e tomou um gole de água da pia para engoli-los. 40


Era um risco tomar seus medicamentos, mas ele confiava em Shiver por alguma razão desconhecida. Ele escondeu o saquinho na mão, indo para a esteira. Deitou-se e se enrolou de lado. Então enfiou o pacote debaixo da esteira onde permaneceria oculto, já que eles nunca a moviam. Tudo doía, mas com o passar do tempo a dor diminuiu. Ela não havia mentido. Por que ela se importava se ele sofria? Por que se arriscava lhe dando os comprimidos? Ele tinha certeza de que os guardas não sabiam sobre isso. Ela tinha tido o cuidado de manter o intercâmbio escondido. Ele já tinha testemunhado em primeira mão que ela não tinha boas relações com os guardas. Uma vez em que eles o mantiveram propositalmente acorrentado à parede por vários dias, enquanto o espancavam por ferir um deles em auto-defesa. Ele tinha ficado pendurado lá, impotente para retaliar. Ela havia entrado no quarto, visto suas condições e gritara para o guarda perto da porta ir buscar um médico. Quando ele se recusou, ela empurrou o macho e puxou o rádio de seu cinto, exigindo que um viesse até a cela. O guarda a empurrara rudemente para o corredor diante da porta fechada. Um médico havia chegado e –

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"Você tem que ver isso." A voz de Paul rasgou True de suas lembranças enquanto o enfermeiro voltava com o médico. True se virou e olhou para os dois machos. Ele deveria sair, mas queria ouvir o que Harris tinha a dizer. O médico se aproximou da cama, puxou o lençol e levantou a gaze. "Uau. A este ritmo, ela deve estar totalmente curada em poucos dias. É um verdadeiro avanço, que podemos usar a nosso favor."

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"Foi o que eu disse." Paul sorriu. "Você sabe o que isso significa?" "Vamos manter isso em segredo," Dr. Harris retrucou, lançando um olhar feio para Paul. "A Mercile a criou e qualquer indício de que fizeram uma droga milagrosa os terão reclamando sobre como o que fizeram às Novas Espécies foi benéfico à humanidade. Isso não vai acontecer." "Eles destruíram os registros para esconder as provas do que fizeram às Novas Espécies. A fórmula desta droga não estaria perdida para eles? Eles não podem reclamar propriedade, se não têm a prova de que ela foi criada em seus laboratórios. Nós não partilhamos exatamente as informações de que recuperamos a fórmula desses bastardos." "Quem sabe quais arquivos reservas eles esconderam? Não estou disposto a arriscar. Vou enviar algumas amostras para um amigo de confiança na FDA se tudo continuar correndo bem. Eles poderão testá-las em humanos e levar o crédito pela criação a partir de lá. Ninguém ganha uma briga com a FDA." "Como ela está?" True não se importava com a droga, apenas com o prognóstico dela. Harris empurrou os óculos para a ponta do nariz e deu de ombros. "Está indo muito bem até agora. Ela não teve um derrame ou ataque cardíaco. Eu meio que esperava que um desses dois cenários pudesse acontecer, mas já se passaram doze horas. É uma droga poderosa." Alarme disparou através dele. "Pare de lhe dar isso. Ela já não está em perigo de morte, correto?" Harris fez uma careta. "Isso pode ajudar os humanos, True. Vamos descobrir muito se a mantermos tomando." "Sua vida é mais importante do que um teste." "Ela trabalhava para a Mercile." True rosnou, seu temperamento queimando. "E?" "Não vou perder o sono por causa desse teste. Eles não davam a mínima se matavam as Novas Espécies. O mínimo que podemos fazer é nos ajudar a descobrir se é possível curar

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totalmente na mesma dosagem da droga que usavam em vocês. Poderia ser usada em companheiros se forem feridos." "Parem de lhe dar a droga." "Vou discutir o assunto com Justice." Harris sacudiu a cabeça, se virando. "Tenho certeza de que ele vai ver isso do meu jeito. Vale a pena os riscos." True avançou, bloqueando o médico de sair do quarto. "Pare de lhe dar a droga." Ele rosnou. "Ela não é uma cobaia. A vida dela não é sua para jogar." "Ela pertence à NSO agora. Não sei porque você está tão chateado com isso. Eles te usaram como teste, então quem se importa se virar a mesa? A Mercile alguma vez te pediu permissão para te injetar as drogas? Ela já estaria morta se não fosse pelo que fizemos até agora." "Nós não somos eles. Pare de lhe dar a droga, Harris." Ele cerrou os punhos, pronto para atacar o macho se ele recusasse. "Acalme-se!" "Você pode matá-la." Ele olhou por cima da cabeça do macho para o enfermeiro. "Um de vocês vai fazer isso ou ambos vão precisar de assistência médica. Aí vão poder testar a droga em si mesmos, se acham que os riscos são aceitáveis." "Porra," Paul murmurou. "Ele está falando sério, Dr. Harris. Eles são realmente muito protetores das mulheres." "Você não tem autoridade aqui," Harris retrucou. True rosnou, dando ao homem um olhar frio. "Pare de lhe dar a droga de cura." "Faça o que ele diz," Jericho disse asperamente atrás dele. "Nós não matamos fêmeas. Eu não estava ciente de que ela não precisava mais da droga para sobreviver ou os danos que poderiam causar ao seu corpo, se você continuar a dosá-la." "Nenhum de vocês tem qualquer conhecimento médico," Harris protestou. "Não estou sendo cruel, caramba. Isso pode ajudar a companheiros humanos se forem feridos. Prefiro testá-la nela do que em alguém que amamos." 43


"Eu me importo se ela morrer," True disse asperamente. Jericho parou ao seu lado. "Eu tenho uma audição excelente e ouvi os riscos. Eles não valem a pena." True deu ao macho um olhar agradecido por apoiá-lo antes de virar a cabeça e rosnar para o médico. "Ela pertence à NSO agora. Você declarou isso. Faça o que dizemos. Pare de lhe dar a droga." "Você trabalha para nós." A voz de Jericho se aprofundou. "Isso é uma ordem." "Vou fazer isso." Paul tirou o saco que tinha acabado de pendurar. "Vou pegar soro fisiológico normal. Não vamos brigar. Não quero ter meu traseiro chutado," ele murmurou. O enfermeiro correu ao redor deles e fugiu do quarto. "Vou chamar Justice." "Faça isso." True não estava preocupado com a ameaça de Harris. "Diga-lhe que isso poderia tê-la matado. Tenho certeza de que ele não vai ficar feliz." O médico saiu do quarto e True relaxou, olhando para o macho primata, Jericho. "Obrigada." O outro macho deu de ombros. "Meu trabalho é proteger e mantê-la segura. Eu falharia se ela morresse." Ele olhou para a cama. "Ouvi que ela já trabalhou onde você estava preso." "Sim." "Você quer que ela sobreviva para experimentar o sofrimento que você viveu diariamente? Fuller é administrado por humanos. Ela vai aprender a lamentar tudo que fez." "Ela não era como os outros técnicos." Ele estudou Shiver, resistindo ao desejo de dar um passo mais perto. "Como assim?" True hesitou. "Ela não era insensível ou cruel." "Uma técnica educada?" True deu de ombros. "Ela era diferente." 44


"Diferente como?" As perguntas começaram a incomodá-lo, mas ele devia ao macho uma dívida. Ele o encarou, cruzando os braços sobre o peito. "Ela me trouxe analgésicos sem o conhecimento dos guardas algumas vezes depois que eu sofri espancamentos. Ela também furtivamente trazia doces, dizendo que era Natal. Eu não sabia o que isso significava na época, mas gostava da doçura disso. Ninguém nunca tinha me dado um presente antes." Os olhos do macho se arregalaram, revelando mais do vermelho na íris. "O que ela queria em troca?" True olhou para ela. "Ela não pedia nada." "Estranho. A Mercile nunca fazia nada sem um motivo." "Sim." "Ela escapou quando foram resgatados?" "Ela não estava lá. Revi as declarações tiradas de todos os funcionários que foram capturados. Ela estava doente naquele dia." "Lamentável." "Não para ela." True não conseguiu mais ficar do outro lado do quarto e deixou cair os braços para os lados, aproximando-se de Shiver. "Ela ficou livre para trabalhar em outro lugar onde nosso povo era mantido." "Ela finalmente foi capturada." E quase morta. Ele ficou em silêncio. "Vou voltar para o salão." Jericho parou perto da porta. "Você pode querer esconder suas emoções melhor." Ele se virou. "O que quer dizer com isso?" O macho levantou a cabeça e o encarou. "Você deveria estar cheio de raiva, mas não é isso que vejo quando você olha para ela. Ela é pequena e bonita, apesar das contusões. Não se esqueça de quem ela é e de onde ela veio. Esta não é uma fêmea na qual você deve confiar." Seus lábios se 45


curvaram em um sorriso. "Você teria que mantê-la à sua frente em todos os momentos para ter certeza de que ela não iria atacá-lo quando estivesse de costas. Você quer montá-la." "Não quero." Seu temperamento chamejou. O primata teve a coragem de sorrir abertamente. "Os humanos têm um ditado que é apropriado no momento. Você protesta muito fortemente. O que significa que sua raiva vem de saber que o que estou dizendo é certo." Ele saiu do quarto. True fumegou. Ele não queria Shiver. Talvez uma vez, ele admitiu. Isso tinha mudado quando soube que ela tinha um motivo para ser gentil. Polanitis tinha tentado usar seu carinho pela mulher para forçá-lo a concordar em participar de experiências de procriação. O pensamento do que teria acontecido se tivessem sido bem sucedidos foi suficiente para esfriar seu desejo. Ela era humana e ele poderia tê-la engravidado. Ele não sabia que era possível na época, mas as consequências teriam sido horríveis. A Mercile teria criado inúmeros bêbes Espécies após descobrirem que humanas e Espécies podiam procriar, expondo seus filhos ao inferno que seus pais haviam sofrido nas mãos deles. Ele cerrou os punhos e teve que engolir um grito de raiva. Shiver o havia tentado a montá-la e essa fraqueza lhe causava um profundo sentimento de vergonha.

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Capítulo Três Jeanie abriu os olhos, olhando em confusão para os beirais da cama subindo em ambos os lados do colchão em que estava deitada. Veio como um choque que ainda estivesse viva. A visão familiar de um quarto de hospital lhe assegurava que ela não tinha morrido. A dor surda em sua lateral quando se moveu também foi uma prova. Ela tentou tocar o rosto, mas seu braço parou com um solavanco quando algo beliscou seu pulso. Ela olhou para as algemas o prendendo ao beiral. Confusão veio à tona imediatamente. "Olá?" Sua voz saiu seca e áspera. Ela engoliu em seco, desejando água. Um homem de cabelos brancos, ostentando um par de óculos apareceu e olhou para ela, franzindo a testa. "Olá. Sou o Dr. Harris. Você está na NSO Homeland no sul da Califórnia, Srta. Shiver." "Água," ela murmurou. Ele desapareceu por alguns segundos e então reapareceu com um copo e um canudo. Baixou-o até sua boca e ela bebeu o líquido em temperatura ambiente. Isso molhou sua língua e garganta, acalmando a dor. Ele o puxou para trás. "Não muito de uma vez. Você pode ter um pouco mais." "Obrigada." "Como se sente, Srta. Shiver?" Ela engoliu em seco. "É Shy-ver. É assim que se pronuncia."

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Ele piscou. "Tudo bem. Você vai viver. Você pode desejar que não tivesse, até o final do dia, mas fiz o meu trabalho. Vou enviar uma enfermeira para ajudá-la a tomar um banho e se vestir. A NSO quer respostas. Você será escoltada até o andar inferior onde seu questionamento começará." Jeanie engoliu, surpresa com suas palavras e atitude fria. "Por que estou algemada?" Ele hesitou, mas em vez de responder, lhe ofereceu mais alguns goles de água. Ela aceitou. "Você sabe o que NSO significa?" "Sim. New Species Organization." Ela se mexeu ligeiramente na cama para se sentir confortável. "Eu entendi onde estou." Ela olhou para baixo. "Estou bem? A bala não fazer nenhum dano grave?" Ele pareceu ficar sem palavras por um momento. "Você vai se curar bem, mas espere uma cicatriz. Tivemos que operar para remover a bala e você sofreu hemorragia interna. Você precisou de uma transfusão de sangue, mas não atingiu nada vital." Ele fez uma pausa. "Espere sensibilidade no local da ferida por um tempo." "Obrigada." Ela ficou perplexa que a lesão não tivesse sido pior. Ela viu um lampejo de emoção nos olhos dele e finalmente descobriu o que era. Por alguma razão, o cara sentia pena dela. Ela queria perguntar o que estava errado, mas ele se virou de repente e se afastou. "A enfermeira está aqui," ele disse enquanto saía do quarto. Uma mulher Nova Espécie alta entrou. Ela franziu o cenho quando seus olhares se encontraram, mas se aproximou da cama, segurou a grade da lateral e a baixou. "Sente-se. Você precisa tomar banho e vestir roupas limpas." Seu tom era gelado. "Você fede a medicamentos." Seu olhar azul permaneceu estreitado, seus modos hostis. "Seu cabelo precisa ser lavado também." Ela tirou uma chave do bolso e abriu as algemas. "Olá." Jeanie sorriu, feliz por encontrar uma Nova Espécie livre, apesar de não parecer mútuo. A dor em seu lado arrefeceu sua alegria, porém, quando forçou o corpo na posição vertical. 48


"Oh. Isso dói." Ela brandamente tocou o vestido por cima do ferimento, sentindo uma bandagem grossa sob o tecido fino. "Ser baleada provoca dor." A enfermeira deu um passo atrás. "Você precisa de ajuda para descer?" Jeanie empurrou as pernas sobre a borda da cama e percebeu o quanto seus pés pendiam acima do piso. "Estas camas são muito altas." "Elas foram projetadas para Espécies." A enfermeira avançou, seu toque suave quando colocou o braço em volta da cintura de Jeanie, cuidadosamente a ajudando na transição para uma posição ereta. Jeanie meio que esperava que tonturas a atacassem, mas se sentiu surpreendentemente bem. A enfermeira a soltou depois de alguns segundos, aparentemente confiante de que ela não cairia. "Siga-me." "Qual o seu nome?" A mulher rosnou. "Não quero trocar gentilezas com você." Doeu, mas Jeanie tentou não permitir que isso a magoasse. Afinal, ela trabalhara em dois lugares que haviam abusado das Novas Espécies. Não importava o motivo para ela estar lá, alguma animosidade iria permanecer. Isso ou a mulher simplesmente não gostava dos humanos em geral. Ela não pressionou por respostas para descobrir a causa exata. O banheiro no canto do quarto era equipado com uma pia, um chuveiro e um vaso sanitário. Ela corou ao usar o último, sabendo que era provavelmente o protocolo para uma enfermeira permanecer presente no caso de ela desmaiar ou precisava de ajuda. A enfermeira ligou a água no chuveiro, inclinou-se e pegou um jogo de vestido limpo em um armário sob a pia. "Você coloca um com a abertura atrás e um com a abertura na frente, quando estiver pronta, para mantê-la totalmente coberta em ambos os lados." A mulher fez uma pausa. "Ninguém vai gostar de ver seu rabo exposto nessas coisas uma vez que estiver fora da cama." 49


"Obrigada." Ela queria dizer mais, mas o olhar sério no rosto da Nova Espécie a manteve de boca fechada enquanto tirava o vestido depois de desatá-lo nas costas. "Vou ficar caso você precise de ajuda." A mulher juntou as mãos na cintura e se inclinou contra a porta. Jeanie entrou no box aberto. O curativo cobria uma parte de uns dez centímetros logo abaixo de sua cintura. Uma película de plástico cobria toda a coisa de modo que ela não hesitou em entrar debaixo da água. Ela fechou os olhos, suspirando de alívio quando calor a embebeu da cabeça aos pés. Apenas estar viva e capaz de tomar banho parecia um presente. 710 passou por sua cabeça enquanto estava lá. Ela sonhava em vê-lo novamente, tentando imaginar o que ela diria, ou o que ele faria, depois que descobrisse o trabalho que ela tinha feito para ajudar a libertá-lo e ao seu povo. Era pedir muito que ele fosse abertamente amigável depois do que tinha sofrido. Ela sempre seria um lembrete daqueles momentos infernais em que ele tinha sido espancado e acorrentado. Esperança de que ele estaria lá e que pretendia falar com ela novamente subiu, mas ela a empurrou de volta. Ela podia estar em Homeland, mas isso não significava que ele vivia lá ou que intencionalmente iria procurá-la. Ele poderia viver na Reservation. Ele tinha sido um enorme impacto em sua vida, mas ela tinha sido apenas mais uma funcionária para ele. Ela deu um passo atrás, pegando o xampu na prateleira embutida na parede do chuveiro. "Esfregue-se bem," a enfermeira incentivou. Jeanie olhou para ela. "Eu pretendo." "Você realmente fede." Ela estremeceu, desviando o olhar. O olfato da outra mulher era aguçado e as Novas Espécies eram conhecidas por serem francos. Ela esperava que não tivesse cheirado mau para 710, mas estar coberta de sangue não teria passado despercebido. Jeanie esfregou o cabelo, depois lavou o resto do corpo com sabonete. Eles haviam abastecido o banheiro com produtos de qualidade, a prova de que não era um hospital padrão. 50


Ela sentiu falta da água quente quando a desligou e aceitou as toalhas da mulher que tinha se aproximado. "Preciso de um novo curativo?" "Não. Parece que o plástico o manteve seco. Apenas o seque delicadamente com a toalha." "Obrigada. Sabe quem vai estar nesta reunião em que vou?" "Não faço ideia." A enfermeira se retirou para a porta. "Dois machos esperam no corredor. Você não os quer ficando impacientes para conseguir as respostas que procuram." Jeanie assentiu, se apressando. É claro que eles querem falar comigo. Alguns dos funcionários devem ter escapado usando as saídas de emergência. É imperativo encontrá-los antes que fujam do país. Ela também estava muito ansiosa para ver alguns deles presos. Jim Booth em Cornas não tinha sido tão horrível quanto Dean Polanitis em Drackwood, mas chegava perto. Ambas as instalações de pesquisa tinham parceria com a Mercile Industries e tinham que ter conseguido o acesso às Novas Espécies através deles antes de ter sido fechada. Os vestidos finos não ajudaram muito a mantê-la quente, mas ela estava coberta até o meio da panturrilha. "Será que eu não poderia usar uma roupa cirurgica?" Ela olhou para a enfermeira com esperança. "Pelo menos nas partes inferiores? Sinto-me um pouco indecente." "Isso vai ter que passar." A mulher acenou com a mão para o corpo. "A maioria deles são do meu tamanho ou maior. Não caberia. Siga-me." "Que tal um par de meias ou até mesmo aquelas coisas de papel? Meus pés estão frios." Jeanie traduziu o rosnado baixo como um não. Ela suspirou, saindo do banheiro. Duas grandes Novas Espécies vestidos de uniformes pretos a cumprimentaram dentro do quarto perto da porta. Ela se lembrou de 710 quando olhou para as letras brancas em suas camisas. Estes não usavam coletes. Ela estudou seus rostos, desapontada que ele não fosse um deles. O primata era um cara bonito, com olhos castanhos únicos, os tons vermelhos lá fascinantes. A ligeira remodelação de seu nariz largo e o volume da parte superior de seu corpo lhe dava uma indicação de que ele poderia ter sido misturado com DNA de gorila. Ela tinha ouvido que eles existiam, mas eram raros. Era o primeiro de sua espécie que ela via. 51


Ela olhou para o outro. Ele era felino com belos olhos de gato e cabelo vermelho com mechas. Nenhum deles sorriu para ela, suas expressões sombrias. Jeanie ficou desapontada que não fossem amigáveis. Aquele com olhos avermelhados ofereceu o braço. "Sou Jericho. Você pode segurar em mim. Diga-me se sentir qualquer fraqueza." "Não queremos que caía no chão. Meu nome é Flame e eu não sou médico, então não quero que você se machuque sob meu comando." Ele olhou para a enfermeira. "Você vem com a gente, Midnight?" "Não." Isso fez o felino franzir a testa. "E se ela começa a sangrar ou algo assim?" "Traga-a de volta." A fêmea saiu do quarto. Jeanie hesitou antes de enrolar os dedos no antebraço musculoso oferecido. Jericho estava muito quente, fazendo-a tremer. "Eu não vou machucá-la." A voz era rouca, um pouco assustadora e profunda. "Não é isso. É que tomei um banho e está frio. Apenas não sabia o quão fria eu estava até que te toquei." A Nova Espécie olhou para o outro. "Traga-lhe um cobertor." Flame atravessou o quarto e abriu um armário. Ele sacudiu um cobertor fresco e se aproximou por trás dela, mas fez uma pausa. "O que eu faço com isso? Envolvo-o em torno dela e um de nós a carrega? Você deve fazer isso. Ela parece frágil." "Por que eu?" Jericho rosnou baixo. "Você é mais fraco do que eu e menos inclinado a esmagar acidentalmente alguma coisa." "Eu não sou." Jeanie soltou o braço dele e se virou. "Eu posso andar. Pode me dar isso?" Flame lhe entregou o cobertor. Ela o envolveu ao seu redor como um xale e pegou o braço de Jericho novamente. Agarrando o material em seu peito para manter o cobertor fechado na

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frente para não escorregar de seus ombros. Ajudou um pouco, mas ela ainda desejava roupas de verdade. Seus pés descalços no chão frio não estavam ajudando a aquecê-la muito. "Obrigada. Estou pronta para ir." Flame os seguiu. Jericho andou lentamente ao seu lado e ela ficou grata. Ele se elevava sobre ela com pernas muito longas. O corredor estava vazio. Eles entraram numa grande área com mesas e um longo balcão, e ela vislumbrou edifícios através das janelas ao longo de uma longa parede. Curiosidade sobre Homeland a teve esticando o pescoço para ver mais, mas eles chegaram a um elevador muito rápido para detectar qualquer coisa interesse. As portas se abriram e um cara alto estava lá dentro, usando o mesmo uniforme das Novas Espécies que a escoltavam, exceto que ele era totalmente humano. Ela estudou suas feições de perto para ter certeza. Ele franziu a testa e a examinou também. "Olá, Sra. Shiver. Eu sou Trey Roberts. Sou um dos líderes da equipe da força-tarefa aqui em Homeland." Ele olhou para Flame. "Estava indo para ver o que estava demorando tanto." Ele pronunciou seu nome errado, mas ela não o corrigiu. Havia sido uma ocorrência comum durante toda sua vida. Ela tinha visto alguns dos membros da força-tarefa na televisão em clips breves de notícias, mas eles geralmente escondiam os rostos com capas puxadas sobre a testa e usavam óculos espelhados para esconder os olhos. Ele era um cara atraente em seus vinte e tantos anos, talvez trinta e poucos, mas a maneira como ele a olhou daquela forma hostil a teve se perguntando por que. "Ela estava tomando banho." Flame cruzou os braços sobre o peito. "Eu vejo. Seu cabelo está molhado." Trey olhou para o cobertor, arqueando uma sobrancelha. "Ela estava com frio," Jericho anunciou. "Bem, não podemos manter isso." Trey suspirou. "Não se esqueça de que ela não é uma convidada aqui." Ele dirigiu um olhar aguçado para sua mão, curvada em torno do antebraço de Jericho. "Onde estão as algemas?" 53


O primata rosnou. "Elas não eram necessárias." "Ainda é meu trabalho apontar o protocolo." "Não estamos usando nenhuma arma que ela pudesse roubar e não tinha acesso a qualquer coisa afiada. Você acredita que ela é fisicamente capaz de nos colocar em perigo?" Ele parecia ofendido. "Não. Esquece o que eu disse." Trey parecia irritado quando lhe deu toda sua atenção. "Vamos acabar com isso. Você tem um monte de perguntas a responder." "Eu tenho uma eu mesma. Por que eu estava algemada, em primeiro lugar? Você sabe quem eu sou, pois sabe meu nome." Ele firmou a boca em uma linha sombria e apertada antes de virar a cabeça em direção ao elevador aberto. "Você não é a pessoa a fazer perguntas. Vamos." Jericho a guiou para dentro. Ela se sentiu pequena comparada aos três grandes homens compartilhando o elevador. Trey Roberts a encarou de um modo que a fez baixar o olhar para o chão, um sentimento de apreensão atando seu estômago. Alguma coisa estava errada, mas ela não sabia o quê. Medo percorreu sua espinha, mas não deveria haver razão para isso. Mas continuou. Ela o justificou a um pouco de nervosismo por estar perto de Novas Espécies em liberdade. Tinha sido um sonho dela tirá-los daquelas celas e levá-los para a NOS, mas ela havia lidado com alguns perigosos. Eles matavam humanos quando dada a oportunidade, embora fosse totalmente justificado. A diferença entre imaginar estar de pé ao lado deles uma vez que estivessem livres e realmente fazê-lo parecia uma razão lógica para que ela se sentisse um pouco paranóica. Ela descartou essa como a causa de seu mal-estar. As portas do elevador se abriram em uma grande sala sem janelas, com algumas vigas grossas para suportar o enorme espaço. Jericho se moveu e gentilmente a puxou para frente até que ela teve uma visão do outro lado da sala. Três salas com grades como paredes revestiam uma parede, cada uma criada semelhante às células de prisão, mas com mobília de quarto mais bonitas. Seu olhar permaneceu lá, feliz por ver que estavam vazios. 54


Uma cadeira tinha sido colocada no centro da grande sala com uma luz brilhante ligada acima. Ela foi levada até lá e Jericho acenou. "Sente-se." Ela sentou, olhando para os três quando eles a cercaram. O clima era sombrio, seus traços também, e aquela sensação desconfortável cresceu dez vezes pior dentro de Jeanie. Ela esperava ser levada a um escritório ou pelo menos uma sala de verdade, com cadeiras, talvez uma mesa e uma janela. Ao invés, estava em um ambiente escuro e úmido, que a deixava se perguntando se alguma coisa espreitava pelos cantos invisíveis. Ela abraçou a cintura e se encolheu no banco enquanto desviava o olhar para tal escuridão. "O que está acontecendo? Que lugar é esse? Por que estou aqui?" Ela ouviu um baque surdo e virou a cabeça. Dois grandes homens saíram das sombras à sua esquerda e se aproximavam. Movimento à sua direita a teve virando a cabeça. O cabelo loiro de 710 praticamente brilhava quando ele entrou no círculo de luz. Ela não podia ver seu rosto, mas sabia que era ele. Um humano estava ao seu lado. O olhar de Jeanie permaneceu em 710, até que um homem de uniforme se colocou entre eles, bloqueando sua visão. Ele era humano também. "Novas Espécies ficam chateados quando ouvem as mulheres gritarem. Este lugar tem paredes reforçadas e o som é cortado." "Calma, Chris." Trey Roberts lhe lançou um olhar sujo. A ameaça implícita afundou lentamente e ela engoliu em seco, seu medo crescendo aos trancos e barrancos. "O quê?" Ela esperava que não tivesse ouvido direito. O cara humano de uniforme que estava parado ao lado de 710 se aproximou e agachou, invadindo seu espaço quando agarrou as mãos nos lados de sua cadeira. Ele franziu o cenho. "Eu sou Jordan." O homem estava na casa dos trinta e tinha olhos cinzentos gelados. "Você tem sorte de estar viva, Jeanie." Ela assentiu. "Eu sei." Ela lançou o olhar para 710. Que estava cerca de dois metros e meio atrás do homem agachado na frente dela. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito e o queixo abaixado mantinha 55


seus traços ocultos nas sombras. Jordan moveu a cabeça de uma forma que bindava 710 completamente de sua visão. "Olhos aqui, Jeanie. Olhe para mim." Ela fez o que ele pediu, olhando para as íris cinzentas e frias. "O que tinha nos computadores centrais da Cornas Research?" Ela hesitou. "Todos os arquivos sobre as experiências que estavam realizando." "Você despejou café no computador." Ela assentiu. "Sim." "Por quê?" Ela lambeu os lábios secos, desejando mais água. "Eles instalaram dispensadores de gás venenoso em cada quarto que mantinham as Novas Espécies. Eu sabia que eles iriam matá-los se não destruísse o computador. Qualquer pessoa da Segurança poderia acessar o programa e ativálo a partir de seus terminais de mesa." Jordan franziu o cenho. "Não encontramos nenhum dispensador de veneno. A segurança deles era negligente, se alguma coisa." "Verifique os alarmes de incêndio em cada um dos quartos onde as Novas Espécies eram mantidas. Falei com o cara que os instalou. Ele achava que era muito inteligente e que ninguém olharia lá." Ela engoliu em seco. "Acho que ele estava certo, se você não os encontrou. A única coisa em que pude pensar em curto prazo foi derramar café no computador principal e fritá-lo. Eu não podia arriscar apenas desligá-lo, caso alguém notasse. Tinha que ser algo que eles não conseguiriam consertar a tempo. Pensei em quebrá-lo, mas teria feito muito barulho. Eu provavelmente poderia ter aberto a caixa e removido as peças, se tivesse sido alertada antes, mas não fui informada que o ataque ia acontecer até a noite anterior. Eu não podia exatamente voltar ao trabalho naquela noite ou chegar mais cedo para meu turno. Teria levantado suspeitas. Eu tinha apenas cerca de dois minutos para apagar o computador e chegar aos andares mais baixos para

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lidar com os bloqueios no leitor de cartão. E ainda não foi tempo suficiente desde que não fui capaz de desativar todos eles." Jordan não pareceu convencido. "Como você sabia que estávamos indo?" A pergunta a deixou perplexa por alguns segundos. Perguntando-se se o agente com quem atuava tinha quebrado as regras para avisá-la em primeiro lugar. Não importava, no final, apesar de tudo. Ela não mentiria para a NSO. "Eu li a mensagem por volta das nove da noite anterior, dizendo-me para ligar e dizer que estava doente no dia seguinte. Ele não dizia abertamente o porquê, mas estava implícito que Cornas finalmente seria invadida logo depois que o turno da manhã mudasse." Jordan piscou. "Quem te avisou?" Ela franziu a testa, preocupada, desde que ele já deveria saber dessa informação. "Agente Terry Brice." "Sério?" Ela assentiu. "Você pode ligar e verificar com ele." "Eu vejo." Jordan se inclinou mais perto, olhando profundamente em seus olhos. "Quem é o Agente Terry Brice?" Jeanie o olhou boquiaberta. "Você não conhece o agente lidando com este caso? Estive trabalhado com ele desde o ano passado. Ele foi designado para me ajudar a fechar Drackwood no Novo México e agora Cornas." Ela se ajeitou no assento, espiando em torno de Jordan para dar uma olhada em 710. "Diga-lhe. Você estava lá, 710." Jordan se levantou e segurou seu queixo com uma das mãos, puxando sua cabeça bruscamente para cima até que seus olhares se encontraram. "Nunca se dirija a ele diretamente. Você entendeu? Eu sou a pessoa tratando com você." "Jordan." Trey Roberts deu um passo adiante. "Recue um pouco." "Fique fora disso," o cara cuspiu. "Obtive esse trabalho porque você é muito manso."

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"Foda-se." Trey deu outro passo mais perto. "Eu só não acho que uma abordagem pesada seja necessária. Duvido que Tim acharia também se estivesse aqui." "Fui designado para lidar com esse interrogatório e estou no comando. Pare de interferir." Ele se inclinou ainda mais perto, olhando para Jeanie. "Eu quero respostas, Srta. Shiver." A mão de Jordão machucava onde ele apertava sua mandíbula. "Eu entendi. Por favor, solte-me." Ela estendeu a mão para segurar seus pulsos com as duas mãos, na tentativa de libertar seu rosto. O cobertor que ela mantinha ao redor dos ombros caiu e se derramou sobre o encosto da cadeira, cobrindo seu colo. Aquele que tinha ameaçado fazê-la gritar agarrou seus pulsos, puxando-a de volta no lugar até que sua coluna pressionou contra a cadeira de metal. Ela não o vira ou ouvira vir por trás dela e a escuridão. Dor esfaqueou através de seu lado ferido nos movimentos bruscos quando seus braços foram mantidos para trás. Eles não a algemaram de novo, mas não era necessário com seu agarre apertado. Ela virou a cabeça e o olhou. O uniforme com NSO nele, obviamente, significava que ele era outro membro da força-tarefa. "Olhos em mim," Jordan exigiu duramente. "Não estou com humor para jogos, Srta. Shiver. Não vou representar." Ela olhou para ele, confusa. "Eu –" "Isso não foi uma pergunta. Foi eu estabelecendo a lei. Talvez você não esteja entendendo sua situação, então permita-me esclarecê-la." Ele se inclinou, encarando-a. "Sua bunda pertence à NSO agora. Você não consegue um advogado, ou um júri de seus pares, ou quaisquer direitos legais. Você vai responder de forma correta a minhas malditas perguntas ou eu vou fazê-la fazer isso. De uma forma vai ser indolor, mas a alternativa não será, se eu decidir que você está mentindo." Ele se agachou e agarrou seu assento nas laterais novamente para equilibrar o peso, e chegou perto de seu rosto, até que ficaram no nível dos olhos. "Eu não dou a mínima se você tem seios. Você não é melhor do que um terrorista para mim."

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Jeanie sabia que sua boca tinha caído aberta. Um terrorista? O que diabos estava acontecendo? Ela estava atordoada demais para formar palavras, provavelmente uma coisa boa, pois o homem fazendo ameaças parecia querer bater nela. "Eu gosto das Novas Espécies. Eu chamo alguns deles de meus melhores amigos." Ele se inclinou ainda mais perto até que ela pôde identificar o odor de menta em seu hálito. "Todos os dias eu estou disposto a morrer no cumprimento do dever de protegê-los." Ele olhou para seu peito com um sorriso antes de segurar seu olhar. "Eu gostaria de nada melhor do que estripar todos os idiotas que os atormentavam e os tratavam como merda. Isso me irrita e me faz ver vermelho. E significa que eu não hesitaria em tirar um pouco de sangue, se você não parar de brincar comigo. O que diabos tinha no computador central que você estava protegendo?" Ele respirou fundo. "Responde-me." "Eu estava protegendo as Novas Espécies. Há realmente dispensadores de gás escondidos nos alarmes de incêndio em todas as celas." Lágrimas encheram seus olhos, mas ela as piscou de volta. "Mande alguém checar. Eles vão encontrá-los. Não sei que tipo de veneno eles usavam, mas diga-lhes para terem cuidado." Ele levantou uma das mãos e gentilmente segurou seu lado. O polegar pressionado contra seu curativo, esfregando-o através do vestido. "Você sabe o quanto isso vai doer se eu aplicar pressão? Vai rasgar a ferida aberta. Eu verifiquei seu gráfico e eles removeram os grampos. Você quer precisar deles de novo?" "Foda-se, Jordan," Trey Roberts resmungou. "Recue, porra." "Eu disse para ficar fora disso, Trey. Você não teve este trabalho, porque tem linhas que você não cruza. A informação é tudo que importa e não temos tempo para seu encanto de bom rapaz para tirar isso dela. Cale a boca ou vou tê-lo escoltado para fora. Você não é meu chefe de equipe hoje e não tem autoridade para me dizer como lidar com essa situação." Ele encarou Jeanie. "Ninguém vai te salvar."

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"Oh meu Deus. "Ela ficou apavorada quando percebeu que de alguma forma ele não sabia o que ela tinha feito para a NSO. Ele a tratava como se ela fosse uma criminosa em vez de uma informante. Ele falava sério sobre a ameaça. "Você precisa encontrar o Agente Terry Brice. Entrei em contato com a NSO ano passado, quando fui designada para os pisos inferiores em Drackwood e vi que eles tinham Novas Espécies lá. Deixei uma mensagem e um número de telefone na linha indicada que vi no site da NSO sobre qualquer informação que alguém tivesse sobre o paradeiro de Novas Espécies ou pessoas que estavam sendo procuradas por crimes contra eles. No dia seguinte eu recebi uma chamada de volta desse agente." Ela estava falando rápido, mas o medo a fazia balbuciar. Eles precisavam acreditar nela. "Ele voou naquela noite e eu o conheci. Eu compartilhei informações e contrabandeei de lá provas para ajudá-lo a conseguir um mandado para que o edifício pudesse ser pesquisado." Jordan levantou a cabeça. "Sério? Conte-me mais." Ele não a estava machucando. Isso tinha que ser um sinal de estava conseguindo convencê-lo. "O Agente Brice me disse que era assim que eu poderia ajudar mais. Ele disse que saberia que eu estava dizendo a verdade e que eles poderiam obter o mandado de busca para a instalação do Novo México se eu reunisse as provas. Eu finalmente consegui provas suficientes para que ele pudesse libertá-los. Eu fiz isso em Cornas Research também. Ele me enviou para lá." "Como ele sabia sobre Cornas?" "Ele já tinha uma informante postada lá dentro, mas ela estava com muito medo de contrabandear qualquer coisa. Eu não sei seu nome. Ele disse que não poderia me dizer porque ela estaria em perigo. Ele temia que eu pudesse expor acidentalmente seu disfarce." "Que tipo de informações e provas você deu a este agente?" "Ele queria fotos, mas isso era impossível. Eles pegavam nossas bolsas e nos revistavam quando entrávamos e saíamos do prédio. Eles tinham uma política de sem-celular, então qualquer coisa que pudesse tirar fotos ou gravar imagens era mantido na recepção do hotel, onde não tínhamos acesso durante nossos turnos. Às vezes eu manchava minha roupa com o sangue que eu 60


tinha tirado das Novas Espécies para poder lhe dar para o teste." Ela relaxou um pouco. "Às vezes, eram amostras de saliva ou de cabelo de um das Novas Espécies. Eu também roubei algumas das pílulas de teste, que contrabandeei para fora, escondendo-as em meu sutiã." "Cabelo?" "Sim. Eu cortava uma mecha de cabelo de algum lugar que não seria notado. Foi difícil fazer, mas, de vez em quando, eles tinham um ferido e drogado inconsciente, então eu podia chegar perto o suficiente, quando nos deixavam sozinhos. Eu sempre usava meu cabelo em um rabo de cavalo. Era fácil esconder alguns dos cabelos deles nos meus quando a cor se assemelhava à minha. Os guardas nunca verificavam isso. Eles só corriam um scanner sobre minha cabeça." "Então, você se deslocava sobre algum bastardo nocauteado e profanava seu corpo?" Jeanie não tinha certeza de como responder a isso. Parecia horrível quando ele colocava dessa maneira. "O Agente Brice disse que eles poderiam fazer o teste de DNA com o sangue e saliva. As amostras de cabelo poderiam ser usadas para testar drogas e substâncias químicas. Ele precisava provar que aquelas Novas Espécies estavam lá. Eu nunca fiz mal a nenhum deles. Jamais. Eu não faria isso." "Foda-se," Chris praguejou atrás dela, o agarre apertando em seus pulsos. "Será que ainda precisamos perguntar de onde ela tirou isso? Sua cadela doente. Você os estava molestando também quando não podiam reagir?" Jeanie virou a cabeça, encarando-o, horrorizada. "Não! Eu os tirava de suas cabeças perto da base do crânio. O que há de errado com você? Eu disse que os enfiava no meio do meu próprio cabelo. Eiii! Eu não tirava pelos pubianos. As Novas Espécies nem sequer têm algum." Jordan segurou seu queixo novamente e dolorosamente virou sua cabeça para encará-lo. Os dedos cravando em sua pele o suficiente para fazê-la chiar. "Cale-se, Chris. Como você sabe disso, Srta. Shiver?" Ela o encarou, superando o medo. "Você está me machucando."

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"Malditamente ruim. Responda à pergunta. Como sabe que eles não têm cabelo púbico se você não estava molestando as Novas Espécies?" "Todo mundo sabia disso. Eles também têm dentes como-presas e alguns calos nas palmas e ponta dos dedos." "Você pode ver isso com eles vestidos." "Eu entrava e saía do centro de tratamento, onde eles mantinham algumas das Novas Espécies feridas. Eu cuidava deles e trocava a roupa de cama quando estavam fortemente drogados. Eu não os molestava ou fazia qualquer coisa de mal. Eu não estaria aqui se tivesse feito. Eles teriam me matado." "Não se estivessem drogados." Ela puxou o rosto de seu domínio, mas o homem atrás dela a manteve imóvel na cadeira dos ombros para baixo. "Eles teriam me cheirado sobre eles quando acordassem se eu os tivess tocado de forma errada. Eu não sou estúpida." Ela tentou se acalmar, mas realmente empurrava seus botões ser acusada das coisas horríveis que eles implicavam. "Sabe o que eu poderia fazer com você agora, se eu fosse uma Nova Espécie e você estivesse tão perto de mim?" Ela cerrou os dentes e respirou fundo. "Eu poderia morder sua boca e rasgar seus lábios fora ou atingi-lo com minha testa e quebrar seus ossos. Eu fiquei muito perto deles o tempo todo quando tinha que tirar as amostras. Nenhum deles me machucou, porque eles percebiam que eu nunca iria machucá-los. Eu lhes dei minha confiança e eles me deram a deles em troca. Eles sabiam que eu me importava." Um rosnado vicioso ecoou ao redor da sala, tornando-se impossível para ela dizer de que direção viera. Ela logo descobriu embora, quando Jordan foi empurrado fora do caminho e 710 tomou seu lugar. Suas íris escuras de mogno estavam claramente visíveis na luz brilhante do teto quando ele se agachou, encarando-a. Linhas de raiva ao redor de sua boca a alertaram para seu mau humor. "Você admite que trabalhou para ganhar nossa confiança para usá-la contra nós?" 62


"Deixe-me lidar com isso." Jordan agarrou o ombro de 710. "Eu cuido disso com ela." 710 mostrou os caninos e rosnou. "Para trás. Ela é minha." Jordan o soltou, dando um passo para o lado. "Ok." Jeanie franziu o cenho. "Eu nunca usei nada contra você." "Por que ganhar nossa confiança? Por que nos fazer sentir como se você se importasse?" "Eu queria que você soubesse que eu estava do seu lado. Eu não podia dizer exatamente que eu estava lá tentando libertá-los. Havia câmeras por toda parte e se algum dia eu sussurrasse esse fato para você, e você deixasse escapar para os guardas na hora da raiva ou dissesse a outra Nova Espécie para lhes dar esperanças? Eu não podia arriscar. Nossas vidas estavam em jogo." "Precisamos descobrir o que tinha naquela unidade central," Jordan declarou. "Concentrese nisso." "Cala a boca, Jordan," 710 estalou. "Não interfira." Ele se inclinou mais perto. "Você quer derramar meu sangue agora?" Ele baixou o olhar para seus lábios e revelou os caninos afiados novamente. "Você precisa de um lembrete de quem tem a mordida pior?" Feriu os sentimentos de Jeanie ver 710 com tanto rancor. "Você iria ganhar." Não achava que ele usaria os dentes nela embora. Ele poderia enquanto estava acorrentado em Drackwood caso alguma vez tivesse desejado. "Eu não quero seu sangue, 710. Eu nunca quis." "Qual era o propósito de ganhar nossa confiança?" "Eu já disse." "O que Polanitis esperava ganhar? Que tipo de informações você estava tentando obter de nós? Qual era o objetivo?" "Não havia nenhum. Eu só queria que você tivesse esperanças e não desistisse naquele inferno. Eu queria isso para todos vocês. Eu estava lutando por você, você sabendo ou não." "Há arquivos de backup do que você destruiu?" "Não sei." Ela caiu em sua cadeira, desanimada com a falta de confiança dele em sua palavra. "Isso estava muito acima do meu nível. Eu só destruí o computador para manter as Novas 63


Espécies vivas até que a equipe da SWAT chegasse." Ela olhou em seus belos olhos. "Estou te dizendo a verdade. Eu estava trabalhando com o Agente Terry Brice. Você precisa chamá-lo e esclarecer isso. Eu estava trabalhando com a NSO todo esse tempo." O membro da equipe ainda segurando seus pulsos bufou. "Senhorita, pare agora, enquanto ainda pode. Você está cavando um buraco maior na qual ser enterrada." Ela não se incomodou em olhar para ele, mantendo seu foco em 710 ao invés. Ele se levantou e recuou. "Assuma, Jordan. Não quero perder minha paciência e estou prestes a isso." Jeanie queria acordar do pesadelo, mas não era um sonho ruim. 710 pensava o pior dela e não importava que isso seria esclarecido com o tempo. O Agente Brice ficaria sabendo sobre sua prisão e apareceria para endireitar as coisas. Ainda assim doía. O membro da equipe da forçatarefa se agachou à sua frente novamente. "Ajude-nos a ligar a Mercile Industries à Cornas Research ou você vai ser enviada para Fuller. Os imbecis que a dirigem vão fazê-la desejar ter cooperado com a gente. Eles não são muito mais agradáveis com os presos de lá do que seus colegas de trabalho tratavam as Novas Espécies. Você vai ser trancada em uma cela de seis por cinco com barras como paredes. Você nunca mais verá a luz do dia ou terá um momento de privacidade. Eles nem sequer têm janelas lá." Lágrimas quentes ameaçaram rolar, mas ela se recusou a chorar. "O que é Fuller?" "É uma prisão para criminosos que cometem crimes contra as Novas Espécies. Faz com que a prisão normal pareça umas férias nas Bahamas. Você nunca mais vai sair de lá até que esteja em um saco preto a caminho da funerária escolhida por sua família. Sem data de julgamento, sem liberdade condicional, e sem visitas de ninguém." Ele sorriu, mas não alcançou seus olhos frios. "Sem telefonemas. Sem contato com o mundo exterior. Sem televisão, rádio ou internet. Você vai passar o resto de sua maldita vida sofrendo como as Novas Espécies sofreram. Coopere comigo me dando todas as informações que eu quero ou você vai estar no próximo transporte para lá." "Chame o Agent Terry Brice. Por favor? Ele vai lhe dizer quem eu sou e isso será esclarecido. Seu número é –" 64


Ele segurou seu lado novamente, o polegar pressionando contra sua ferida o suficiente para fazê-la gritar. "Não há nenhum maldito Agente Brice. Pare de ferrar comigo." "Chega," 710 rosnou. "Pare, Jordan," Trey Roberts ordenou. "´Há sim," ela soltou, inclinando-se mais perto de Jordan, com raiva e com dor. "Ele me visitou muitas vezes e estou cansada dessa merda. Encontre-o. Apenas ligue para seu celular. Eu sei o número de cor. Fiquei com medo de anotá-lo, caso meu apartamento fosse revistado de novo." "De novo?" "Eles fazem isso com os funcionários. Revistam nossas casas, nossos carros e até mesmo verificam nossos registros telefônicos para ver com quem entramos em contato. Tenho certeza de que ainda colocaram escutas em nossas casas e linhas de telefone para poderem ouvir cada palavra que dizíamos. Encontrei algumas em meu apartamento uma vez, pelo menos eu acho que eram escutas. Não ousei tocá-las. Sempre fui muito cuidadosa ou nunca teria sobrevivido tanto tempo. Eles teriam me matado se sequer suspeitassem que eu trabalhava com a NOS." Trey Roberts entrou na luz. "Ela parece bastante sincera e indignada." Ele virou a cabeça, olhando para 710. "Ela ou está dizendo a verdade ou é a melhor mentirosa que já vi. Conheci agentes da CIA com menos talento para se manterem em caráter quando estavam disfarçados." "Isso é tão estúpido," ela protestou. "É só encontrar o Agente Terry Brice logo." Trey deu alguns passos mais perto e suspirou. "Não há nenhum Terry Brice. Jordan está tendo dificuldade em acreditar em sua história, porque não faz sentido. A equipe da SWAT não invadiu aquele prédio. Nós fizemos. A NSO não precisa de um juiz para obter um mandado de busca. Quando achamos que Novas Espécies estão detidas em algum lugar, ou até mesmo suspeitamos que podem estar lá, nós podemos reunir, pelo menos, quatro equipes dentro de uma hora para invadir qualquer lugar."

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Sua mente apagou por um segundo, tentando fazer sentido do que havia dito. Não podia ser isso. "Temos três helicópteros à nossa disposição em todos os momentos e podemos tê-los no ar em uma hora com nossas equipes totalmente preparadas para abordar em um local. Fizemos isso e tenho que admitir que sempre fico meio impressionado com nosso tempo de resposta rápida. Não temos que seguir os ditames da lei. As Novas Espécies são isentas dessa burocracia quando se trata de recuperar outros." Ele ergueu a mão e a fechou, esticando um dedo. "Seu primeiro erro foi dizer que contatou a linha indicada. Se tivesse, teríamos despedaçado Drackwood um tijolo de cada vez para procurar em cada centímetro lá por Novas Espécies." Outro dedo se esticou. "Seu segundo erro foi dizer o nome desse suposto agente, porque treinei com cada um dos membros da força-tarefa que estão envolvidos com as Espécies. Não existe tal pessoa. Você não pode sequer alegar que ele é de outra agência porque somos só nós quando se trata da NSO. Merda nenhuma acontece sem nossa aprovação e conhecimento. É uma ordem presidencial que qualquer agência externa reporte ao meu chefe de imediato e passe todas as informações que envolvem Novas Espécies diretamente para ele. Nenhuma chamada foi feita para Tim ou o primeiro item teria acontecido. Teríamos invadido Drackwood do mesmo jeito que fizemos em Cornas. Tivemos a dica sobre isso e estávamos lá em menos de quatro horas." Jeanie acreditou nele. Ela ignorou a dor latejante que Jordan tinha causado em seu lado, olhando para Trey Roberts em transe. "Não entendo. Ele tinha um distintivo e sabia de todas as informações que eu dei a NSO. Ele tinha o número do celular descartável que eu comprei. Ninguém o tinha, exceto onde o deixei na mensagem." "Jesus Cristo," Jordan bufou. "Ela vai para continuar com este jogo até o fim. Vamos chamar Fuller por uma remoção antes que eu perca a paciência. Eu nunca espanquei uma mulher em minha vida, mas estou tentado a fazer dela a primeira." "Estou tentando ajudá-la, acredite ou não," Trey sussurrou. "Estamos sob ordens de não machucá-la, mas não comandamos Fuller. Faça um acordo conosco ou eles vão interrogá-la. As 66


Novas Espécies não machucam mulheres, mas nós não somos tão escrupulosos. Você só vai ser mais um número na prisão." "Estou dizendo a verdade. Eu juro." Desespero se assentou. "Eu entendo, não faz sentido se o que você disse é verdade, mas é assim que aconteceu. Ele disse que era um agente, tinha um distintivo, e eu pensei que estava trabalhando para a NSO. Eu queria ter essas Novas Espécies libertadas." "Eu posso quebrá-la," Jordon jurou. "Dê-me cinco minutos a sós com ela." "De jeito nenhum," Trey respondeu. "Não vou permitir que isso aconteça. Você já foi muito duro com ela. Uma coisa é fazer ameaças para criar medo, mas outra é ser agressivo com ela. Você saberia que todos aqui concordam comigo, se tirasse um segundo para olhar à sua volta no olhar sujo que está recebendo." "Vou ligar para Fuller mandar uma condução, então," Jordan avisou antes de virar o olhar irritado para Jeanie. "Tchau, querida. Estes são os últimos rostos amigos que você vai ver. Sugiro que olhe muito e bem para fora de qualquer janela dentro da van, já que também será a última vez que verá algo além de barras bloqueando sua visão." "Isso não é preciso." 710 chamou sua atenção. "Dean Polanitis está lá, assim você poderá vê-lo novamente todos os dias. Estou certo de que ele ficará feliz em vê-la, já que ambos irão ter um monte de coisas para colocar em dia." Essa informação foi um golpe emocional para Jeanie. Até mesmo ouvir o nome Dean Polanitis a fez irromper em um suor frio de terror. Eles a estavam levando para onde ele estava preso. Ela teria que vê-lo novamente. Todos os pesadelos, as noites sem dormir e ansiedade constante da possibilidade de que ele pudesse escapar um dia a atingiu com força. Dean Polanitis iria matá-la, não importando o que fosse necessário. Ele tinha que saber que ela era a razão pela qual ele tinha sido preso e Drackwood desmontada. Flashbacks das coisas horríveis que fizeram com ela lhe causaram um desdobrado ataque de pânico para atacar. Ela estava de volta naquele quarto de laboratório horrível, contida a uma maca, assistindo seu sorriso 67


cruel ao vê-la sendo injetada com drogas. A dor que tinha sofrido parecia diverti-lo e ao Dr. Brask. Ele estaria naquela prisão também. Jeanie não pôde evitar surtar, reconhecendo os sinais quando começou a ofegar. Ela lutou com o membro da força-tarefa segurando seus pulsos atrás das costas, não se importando se ele quebrasse seus braços. Ela só precisava fugir, encontrar um canto escuro e se enrolar em uma bola. "Não! Não!" ela se livrou, jogando a cabeça para trás.

Capítulo Quatro True se virou, irritado que tivesse sido tão completamente enganado por Jeanie Shiver no passado. Era uma pobre desculpa que estivesse prisioneiro na época, o ponto mais baixo de sua vida. A conexão que ele sentia por ela tinha sido uma mentira, um truque da parte dela. Era um frio consolo que os conspiradores fossem mantidos tão perto e tão longe. Polanitis tinha sido mal e Shiver era tão culpada quanto o macho. Parecia justo que ela sofresse o mesmo destino. True só queria sair daquele porão, longe dela e do passado. Ele havia dado três passos quando ela clamou e seus gritos começaram. Ele girou, e a viu se jogar fora da cadeira. Chris tinha feito aquilo, levando as mãos para o nariz sangrando enquanto amaldiçoava. Trey e Jordan reagiram, tentando agarrá-la, mas ela rodou, rolando para se levantar. Ela deu uma guinada em pés instáveis direto para Jericho. Ele ficou tenso quando o macho ainda tentou segurá-la agarrando seus quadris. Ela gritou novamente e fechou as mãos em punhos, batendo freneticamente no peito do macho. True avançou para mais perto, sabendo que ele poderia contê-la. Ela levantou o joelho e o primata rosnou, pego de surpresa. True estremeceu, percebendo que ela havia marcado um golpe direto quando o macho a soltou e cambaleou para trás para agarrar a frente das calças. Ele poderia

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tê-la golpeado em sua descida, mas ele sabia que o macho propositadamente resistiu bater em uma fêmea. Ela era pequena o suficiente para matar com um golpe. Chris se recuperou primeiro, sangue por toda parte inferior do seu rosto e mãos enquanto ele corria atrás dela, sua intenção clara – enfrentar Shiver. Raiva torcia o rosto do humano e True rosnou, certo de que o macho lhe causaria um grande dano. "Não!" Ele correu para frente, movendo-se mais rápido que o humano. Então enganchou um braço ao redor das costelas dela e mal a girou fora do caminho, quando o membro da forçatarefa ignorou sua ordem. O outro macho roçou seu lado na quase colisão, a caminho de bater no chão quando True a tirou fora de seu alcance. True levantou Jeanie nos braços enquanto ela gritava novamente. Chutando as pernas violentamente e sacudindo os punhos no ar. Ele olhou em volta, procurando algum lugar para levá-la onde ela não poderia ser machucada se ele a colocasse no chão. Não havia lugar algum. Ela resistia em seus braços e era difícil mantê-la presa. Ele simplesmente caiu no chão, a bunda dela em seu colo onde se sentou. Um rosnado rasgou de seus lábios enquanto ele ajustava o controle sobre ela e conseguia prender seus braços sobre os seios, abraçando-a contra o peito, uma mão pressionando-os abaixo sobre suas costelas para mantê-los contidos entre seus corpos. A outra mão agarrou seu cabelo molhado perto da base do pescoço e ele se inclinou para frente, encarando-a quando conseguiu impedi-la de jogar a cabeça para trás. "Basta!" Ele rugiu. "Pare." Ele estremeceu quando um de seus pés sacudindo bateu no concreto, mas ele protegeu a cabeça do mesmo destino. Ela se acalmou em seus braços e suas lutas cessaram. O jeito como ela o olhou com puro terror foi algo que ele esperava nunca mais ver. Ele inalou, quase engasgando com o cheiro de seu medo. Tinha que ser uma emoção muito forte para ele cheirar, o que lhe garantiu da sinceridade de sua resposta. Um humano não podia falsificar esse tipo de reação física extrema que podia ser captada pelos sentidos das Espécies. O subir e descer rápido de seu peito o lembrou do perigo de 69


ela ter um ataque cardíaco. Teria a droga que tinha lhe sido dada causado algum tipo de dano? Ela arfava, aparentemente incapaz de recuperar o fôlego. Ele limpou a garganta, suavizando o tom. "Calma. Inspire e expire. Desacelere-o." Ela o olhou nos olhos, como se ele fosse uma tábua de salvação, mas respondeu lambendo os lábios, obviamente tentando fazer como ele instruíra. "Tragam o maldito médico!" Trey gritou. "Agora!" "Eu vou ficar bem," Jericho rosnou baixo, sentando-se, mas manteve uma mão na frente da virilha em um gesto de proteção. "Dói como o inferno, mas me dê um minuto." "Não é para você. A fêmea está em perigo." Flame manteve distância. "Posso sentir o cheiro dela." “A cadela é louca," Chris murmurou, empurrando-se do chão para a posição sentada. Ele atirou um olhar em True. "Acho que ela quebrou meu nariz quando jogou a cabeça para trás em meu rosto e eu provavelmente arrebentei meu lábio quando beijei o chão. Eu a teria pegado se True não tivesse interferido." "Você caiu duro no chão," Flame apontou. "Isso pareceu doloroso." "Foda-se." O humano ficou no chão e verificou as mãos. "Ótimo. Elas estão sangrando também." "Como pode saber? Elas já estavam cobertas de sangue." "Cale a boca, Flame." "Os dois calem a boca," Trey exigiu, olhando para True. "Ela está bem? Tudo isso por pensar que ela não deveria ser algemada ou que gostaria de evitar uma briga com a gente." Ele se virou para olhar para Jordan. "Eu te disse para recuar, porra. Ela não é uma ex-militar ou um bandido. Mulheres estalam sob muita pressão. Espero que esteja orgulhoso de si mesmo." True baixou a cabeça, olhando nos olhos de Shiver. Ela ainda o olhava, as pupilas dilatadas. Ele afrouxou o agarre. Sua respiração parecendo desacelerar a um ritmo mais normal. "Por favor," Shiver sussurrou, agora mole em seus braços. "Não o deixe perto de mim." 70


Ele franziu a testa, lançando um olhar para Chris. O macho poderia tê-la machucado se tivesse conseguido alcançá-la. Ela não era páreo para seu corpo mais pesado e batê-la para o chão de concreto poderia ter lhe causado uma série de prejuízos. "Ele não vai tocá-la." "Eu não aguento mais isso." Ele franziu o cenho, se perguntando se ela estava tendo flashbacks de quando fora presa. Ele silenciosamente jurou que Chris seria retirado de quaisquer funções que envolvessem fêmeas até que tivesse uma melhor formação. Ela nunca deveria ter sido tratada com tanto desprezo. A experiência de quase-morte a havia deixado traumatizada. "Ninguém lhe fará mal. Apenas mantenha sua respiração lenta e constante." O elevador se abriu e Midnight correu adiante. Ela olhou a cena com uma expressão sombria e se aproximou dele rapidamente com uma seringa. Ele ajustou os braços para erguer Shiver um pouco mais em direção a ele para dar a enfermeira livre acesso à parte de trás da fêmea. Midnight se agachou. "Isso vai mantê-la bem dócil," Midnight prometeu, usando um algodão embebido em álcool para esfregar uma mancha na coxa de Shiver e inserir a agulha delicadamente. "É de ação rápida. Não vai nocauteá-la, mas ela não vai causar mais problemas. Você quer levá-la ou devo pedir Paul para trazer uma cadeira de rodas? Ela não vai ser capaz de andar em poucos segundos. Isso vai deixá-la meio sonolenta e bastante tonta. Nenhum plano de fuga vai estar se formando em seu cérebro mais." "Vou levá-la." True não estava disposto a entregá-la a qualquer um dos outros machos. A fêmea assentiu e puxou os vestidos envolvendo Shiver, colocando um pouco do tecido entre seu antebraço e coxas. Midnight se inclinou. "Você não vai querer mantê-la exposta. Ela está nua sob o vestido." Ele rangeu os dentes de raiva. Ninguém mais tinha mencionado isso. A penumbra do quarto onde estavam agora contribuiu para que os humanos não vissem seu corpo exposto tão 71


claramente, mas os machos Espécies era outro assunto. Jericho parecia alheio enquanto se recuperava de ter suas bolas esmagadas, mas Flame não tinha desculpa. Ele olhou para o macho. Flame ergueu os braços. "Eu não vi nada. Minha audição está ótima, mas meus olhos estavam totalmente cegos para o fato de que ela na maior parte raspa tudo fora." "Parabéns," Midnight murmurou, virando-se para o macho ruivo. "Você parece tão humano." "Obrigada." "Não foi um elogio." Ela olhou de volta para True. "Siga-me. Vamos acomodá-la na cama." Ela se endireitou. "Ela será transferida para Fuller." Trey se aproximou. "O Dr. Harris deu sinal verde de que ela estava liberada para eles depois que acabássemos aqui. Seu novo médico vai ficar de olho nela durante as próximas semanas. Vai demorar cerca de uma hora para enviarem um furgão. Converse com ela e veja se consegue algumas respostas reais. Ela não pôde lidar sequer com Jordan sendo um idiota. Não quero nem pensar sobre ela indo para lá." Movimento em seus braços fez True olhar para baixo. Shiver mexeu uma das mãos livres por entre seus corpos e agarrou sua camisa. Ele ficou tenso, esperando que ela o arranhasse, lutando novamente. Ela não fez. Ela arregalou os olhos quando olhou para ele. "Por favor, não deixe ele me matar." Suas palavras saindo um pouco arrastadas. "Ele não vai." True definitivamente ia ter uma conversa com Tim Oberto sobre Chris. "Ninguém aqui vai," Trey jurou também. "Nós apenas planejávamos assustar algumas respostas de você, mas Jordan foi longe demais. Eu juro que nós o teríamos parado se ele tivesse tentado te bater." Lágrimas encheram seus olhos e True odiou vê-las. Ela parecia tão frágil e fraca naquele momento. Ele resistiu ao desejo de ajustar seu aperto para limpá-las quando as gotas molhadas deslizaram pelos cantos de seus olhos. Uma pousou em seu braço nu, onde ele continuava segurando sua cabeça, agora impedindo-a de cair e não de debater. 72


"Eu fiz isso por você. Eu te salvei." As palavras de Shiver ainda saíam arrastadas. "Eu... sofria por você." "Talvez eu tenha lhe dado muito," Midnight avaliou. "O Dr. Harris saiu para falar com Justice, então eu apenas peguei um dos sedativos no armário. Eu só injetei a metade, mas pode ter sido muito forte." "Ela corre perigo de overdose?" Preocupação imediata por sua segurança atormentou True. "Não. Ela pode desmaiar embora ou ficar extremamente tonta." Ele balançou a cabeça asperamente. "Tudo bem." "Não." Shiver soltou sua camisa e levantou mais a mão, roçando os dedos em seu queixo. "Nunca vou ficar bem de novo." "Vamos colocá-la na cama até a van chegar. Eles poderão levá-la, com maca e tudo mais." Midnight se virou, indo em direção ao elevador. True ergueu o queixo fora do alcance de Shiver. Os dedos o acariciando faziam coisas estranhas ao seu corpo e ele se recusava a deixá-la chegar até ele. Flame se aproximou e estendeu a mão, agarrando seu braço. Jericho se recuperou o suficiente para passar para seu outro lado, imitando a ação. Ambos os machos ajudando a puxá-lo de pé para que ele não tivesse que liberar a fêmea. Ele deu um aceno rápido de agradecimento antes de seguir Midnight. "Eu acordava gritando." True parou, olhando para ela. Lágrimas deslizavam por seu rosto quando ela piscou para ele. Pressão apertou seu peito. Ele odiava vê-la tão desolada. "Ele me machucou muito, mas era por você. Foi por isso que sobrevivi." "Você está bem agora." Ele queria tranquilizá-la. "Não estou. Esses ataques de pânico estúpidos." Ela levantou a mão e a colocou em seu pescoço. "Pensei que tinham passado. Não tinha um há meses." Ela sofre de ataques de pânico? Ele franziu a testa, olhando para seu rosto. 73


"Por favor, não o deixe chegar perto de mim." "Chris não será permitido perto de você." "Polanitis," ela murmurou, fechando os olhos. "Ele vai me matar se tiver a chance." Cada músculo em seu corpo enrijeceu. "O quê?" Ela abriu os olhos, brilhando com novas lágrimas. "Ele vai ficar com tanta raiva. Não o deixe perto de mim. Ou estou morta." Raiva subiu e queimou. "Seu amigo vai ficar feliz em vê-la." O olhar dela se arregalou e seus lábios entreabriram. "O quê?" "Seu amigo vai ficar feliz em vê-la," ele repetiu. Ela estremeceu em seus braços e virou a cabeça, escondendo o rosto contra seu peito. "Você tem um cheiro bom." Seu pau se contorceu e ele rangeu os dentes, andando novamente em direção ao elevador. Midnight o esperava, mantendo as portas abertas. Ela torceu o nariz enquanto apertava o botão para o andar acima deles, inserindo o código para ativar o elevador. "Ela precisa de outro banho. Acho que você a assustou. Vocês conseguiram a informação que precisava? O cheiro de seu medo é forte." "Ela não cheira mal." Midnight deu de ombros. "Para mim sim. É enjoativo." Ele inalou, odiando o modo como sua metade inferior ainda estava envolvida. A semiereção não era bem-vinda, nem o desejo de correr o nariz ao longo da garganta de Shiver. Ele queria cobri-la com seu corpo até que ela se sentisse protegida e o odor desaparecesse de sua pele. A vontade de lambê-la para obter um sabor o irritava. Eram seus instintos animais, ele reconheceu, mas não caía bem com sua parte racional. Shiver virou a cabeça, olhando para ele de novo. "Você não respondeu minha pergunta. Você recebeu a informação da fêmea?" Midnight saiu do elevador quando as portas se abriram, levando-os de volta aos quartos dos pacientes. 74


"Não. Ela será enviada para Fuller. Eles tentarão obter as informações que não obtemos." "Esse lugar me dá arrepios." Midnight apontou para a cama. "Coloque-a lá que eu vou pelo menos lhe dar um banho de esponja. Fique aí até que eu volte. Posso mudar sua roupa também. Eles acabaram de enviar moletons que devem caber nela." "Os humanos não vão perceber como ela cheira." "Eu vou e sou eu quem eles deixaram para tomar conta dela até que a van chegue. Ela não deve ser deixada sozinha. Eu já volto." True colocou Shiver gentilmente na cama e tentou soltá-la, mas ela agarrou sua camisa com as duas mãos. Ela puxou, arrastando-o para mais perto até que sua boca ficou bem perto dela. Ele respirou através disso, em vez do nariz, supondo que ela ia cheirar ainda mais tentadora de tão perto. Ele olhou em seus olhos, surpreso ao ver o medo lá novamente. "Por favor, proteja-me. Eu fiz isso por você." Ele estendeu a mão e acariciou seu rosto. Sua pele era macia, até demais. Ele queria acariciá-la. "Você está drogada, mas segura." "Eu a ouvi. Não me mande para onde Polanitis está." Ela choramingou. "Eu vou ser morta, se você o fizer." "Você não vai ser morta. Nós não fazemos isso com fêmeas." Ela lutou para se sentar e ele se afastou um pouco, observando-a enquanto ela parecia também lutar contra a droga em seu sistema. O olhar aguçando um pouco enquanto ela olhava ao redor freneticamente. "Esconda-me." "Jeanie." Usar seu primeiro nome parecia apropriado naquele instante e estranho ao mesmo tempo. "Fique deitada." Ela pegou sua mão nas dela, agarrando-se a ele. "Eu te salvei." "Você já disse isso." "Você não acredita em mim." Lágrimas deslizaram por seu rosto. "Como você pode fazer isso comigo depois do que eu fiz?" 75


"Você –" "Eles iam te matar. Levá-lo para o inferno." Ela baixou a voz para um sussurro. "Fui pega chorando por você. Não conseguia ver os guardas te batendo. Ele teria matado nós dois, por isso fiz o acordo. Eu aceitei isso por você ou eu teria apenas fugido. Eu não podia me afastar embora, porque eu não podia deixá-lo lá." Ela olhou em volta, um olhar desesperado em seus olhos, antes de olhar para ele de novo. "Você precisa se acalmar." A droga a estava deixando instável e irracional. Tagarelando absurdos. "Calma?" Sua voz se elevou. "Você sabe o que ele fez comigo? O que sofri? Como eu chorava e..." Sua voz sumiu e ela franziu a testa, deixando a atenção cair para suas mãos entrelaçadas. "Eu não devo te dizer isso. Você jamais poderá saber." Ele se inclinou mais perto, em alerta. "O que não posso saber? Jeanie? Diga-me." Ela poderia dizer algo importante que pudesse ajudá-los a encontrar os outros. Ela franziu a testa, absorta com a mão dele. Os dedos explorando a curva de suas juntas. "O quê?" "Diga-me o que não posso saber." Ela parou os movimentos, mas então se agarrou a ele novamente. "Eu lhe permiti fazer coisas comigo." True empinou, endireitando-se de sua posição curvada. Precisou de um monte de controle para não rasgar a mão de seu alcance. Os lábios se separando enquanto ele reprimia um grunhido. Ele não queria ouvir nenhum dos detalhes de como ela havia ferrado as Espécies, ele incluído. Este permanecia um ponto sensível em seu orgulho. Ele também temia que ela confessasse que Polanitis era mais do que um colega de trabalho para ela. A ideia o enojava e enfurecia ao mesmo tempo. "Não fique zangado comigo. Eles me machucaram tanto, 710," ela sussurrou. "Mas isso nos manteve vivos. Foi por isso que sobrevivi." Ela ergueu o queixo, o olhar desfocado e nublado pelas 76


drogas. Ela lhe sorriu então. "Você está livre. É tudo que importa. Suportei por essa razão. Olhe para você." Ele se agachou e a estudou. Já tinha visto alguns humanos da força-tarefa bêbados. Era o que ela o lembrava com aquele olhar vago e como cabaleava um pouco onde estava sentada. Ela estava vulnerável naquele momento. Os humanos baixavam a guarda depois do consumo demasiado de bebidas alcoólicas e falavam muito livremente. Suas palavras faziam pouco sentido, mas ela estava muito indisposta para mentir. "Polanitis te machucou?" Novas lágrimas brilharam em seus lindos olhos. "Eu fiz o acordo. Eles mudaram suas drogas. Sem mais espancamentos." Ele prendeu o fôlego, suas palavras remexendo memórias. "Ele ordenou que você fosse morto." Sua voz baixou para um sussurro. "Novas drogas destinadas a virar Novas Espécies contra Novas Espécies. Eu disse ao Agente Brice para avisar a NSO sobre elas." Ela cravou as unhas em sua mão enquanto se agarrava a ele com mais força. "Eu fiz o acordo e ele teve que retorná-lo a sua cela." Ela assentiu, as lágrimas parando, focando-se em sua mão novamente. O agarre aliviou enquanto ela acariciava seu polegar, traçando a superfície calejada. "Eu não te culpo por ser a alavanca, 710. Foi minha escolha. Eu não me arrependo pelo inferno que sofri, porque tenho você aqui vivo. Não foi culpa sua. Nós dois estávamos presos." Alavanca. Essa palavra o levou de volta ao tempo de sua cela quando Polanitis tinha ameaçado ter uma fêmea estuprada, se ele não cumprisse suas exigências. Ele havia usado esse termo então, dizendo-lhe que isso era o que ele era. "Alavanca?" Ele sussurrou, esperando que ela dissesse mais. Ela assentiu e caiu para o lado, mas se recusou a soltar sua mão quando se enrolou em uma bola. Ela fechou os olhos e bocejou. "Jeanie?" Ele rosnou seu nome. "Alavanca? Fale-me sobre isso. É importante."

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Ela puxou sua mão contra o peito, pressionando-a ao lado de seus seios macios, cobertos apenas pelo material fino. Os nós de seus dedos sentiu o calor deles. "Eu não ia deixá-lo morrer. Eu os deixei fazer o que quisessem comigo, desde que isso o mantivesse vivo." "O que eles fizeram com você?" Ela se enrolou em uma bola apertada. "Diga-me," ele exigiu bruscamente, o tom mais duro do que ele pretendia. Ela abriu os olhos e estremeceu, aparentemente assustada. O olhar desfocado procurando e encontrando seu rosto. "O que Polanitis fez com você que me manteve vivo?" A dor estampada em suas feições delicadas o rasgou. "Qualquer coisa. Eu disse ao Agente Brice, esperando que ele conseguisse o mandado mais rápido para nos ajudar." Um pequeno gemido saiu de seus lábios. "Polanitis me machucava, 710. Eu queria morrer algumas vezes, mas sabia que não podia desistir até que você estivesse livre." Ela sugou uma respiração irregular, quase um soluço. "Você me deu a coragem embora, para ir para aquele novo lugar que o Agente Brice me mandou. Eu tinha que salvar os outros." Ele fechou a mão livre em um punho, a raiva crescendo com o que suspeitava. "Ele te montou contra sua vontade?" Ela fechou os olhos, virando o rosto na cama. "Jeanie, olhe para mim!" Ela fez e ele quase desejou que não tivesse quando ela o olhou com angústia. Ele identificou os sinais de puro sofrimento. A suspeita que o encheu sobre o que aquele monstro era capaz de fazer, o tipo de ameaças que ele tinha feito a True sobre as fêmeas Espécies, levara-o a aplicá-las em Jeanie. O macho a teria estuprado, ou os guardas a teriam estuprado, um humano? "Jeanie!"Ele rosnou. "Você foi montada a força?" Ela não olhou para ele. "Tanta dor."

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Ele gentilmente estendeu a mão e segurou seu queixo, virando sua cabeça. A ligeira mancha vermelha do toque áspero de Jordan o irritou. Levara um monte de controle para ficar para trás quando o interrogador da força-tarefa usara essas táticas, mas ele sabia que nenhum dano real seria feito a ela. Ele lamentou embora, uma vez que o homem havia deixado marcas fracas. Ela não lutou quando ele se inclinou para olhar fixamente em seus olhos vidrados. "O que Polanitis fez com você?" "Testes," ela sussurrou. "Injeções. Eu gritava. Minha pele ficava em chamas e... Tanta dor." Sua voz quebrou e ela torceu o rosto. Ele reconheceu isso, bobinando com suas revelações. Havia apenas uma droga dada às Espécies com este resultado. Ele trancou os joelhos para se manter de pé quando ameaçaram ceder. Sua mente correu para pensar em razões pelas quais eles dariam essa droga a Jeanie, todas horríveis. Ela teria morrido com essa droga embora. Não era possível. Parecia mais viável que ela apenas estivesse confusa, falando sobre a reação de um macho ao medicamento de reprodução. Jeanie tinha sido submetida a um macho enlouquecido sob o efeito de drogas que o teriam enviado a um frenesi para fazer sexo com uma fêmea? Ele se recusara a compartilhar sexo com ela, mas teriam outros concordado? Tinha que ter sido violento desde que ela era humana, um alvo para sua raiva. As imagens do que ela teria sofrido o estavam adoecendo. Como ela sequer tinha sobrevivido? "Você concordou em ajudá-los nas experiências com as drogas de procriação para me salvar no dia em que me enviaram para aquele edifício, que nenhum da minha espécie jamais havia retornado. Não foi?" "Sim." Ele fechou os olhos, fervendo. Aquele dia nunca tinha feito sentido para ele, mas o que ela disse encaixava. Ela sempre tinha sido gentil, mas ela teria permitido que um monstro a prejudicasse para salvar sua vida? Ele abriu os olhos, mas os dela estavam fechados. "Jeanie? Fale-me mais sobre este dia." 79


Ela não falou. "Jeanie?" "Ela apagou," Midnight declarou atrás dele. "Dei-lhe muito sedativo. Ela não vai acordar por horas." Ele virou a cabeça, surpreso, ela estava bem atrás dele. "Você estava muito concentrado nela e isto foi deixado do lado de fora da porta em um carrinho. Ouvi a maior parte." Midnight ajustou a pilha de roupas nos braços e alcançou para descansar uma das mãos sobre a curva de seu braço, dando-lhe um aperto reconfortante. "Ela seria incapaz de mentir, assim tão drogada. Acredito que o mistério está resolvido. Você tem sua resposta agora do por que eles te levaram de volta para a cela e trocaram suas drogas de testes para outras. Ela fez um acordo com um humano para salvar sua vida." Ela sustentou seu olhar. "Lembro-me do quanto você disse que isso o incomodava quando conversamos depois que fomos libertados." "Por que ela faria isso?" Midnight deu de ombros. "Não tenho certeza. Nós cedemos a algumas das demandas da Mercile quando ameaçavam outras Espécies." Ela fez uma pausa. "Ela é humana. Talvez ela se importasse o suficiente com um de nós para fazer o mesmo?" Ele virou a cabeça, observando Shiver dormir. "De qualquer maneira, ela não parece uma humana insensível, True. Vi suas expressões. Ela suportou o que lhe foi feito, mas está danificada." Ele soltou a mão de Shiver e se levantou. Midnight o soltou quando ele saiu de seu alcance. "Danificada?" "Você nunca se recupera totalmente de ser forçado," ela declarou em voz baixa. "Você não está pensando o que estou? Apenas algumas fêmeas foram recuperadas de Drackwood. Dez contra um na relação macho-fêmea. Nem mesmo a Mercile seria estúpida o suficiente para enviar uma de nós para aquela quantidade de machos com drogas de reprodução. Nós não teríamos vivido muito 80


tempo." Midnight estendeu a mão e afastou uma mecha de cabelo de Jeanie longe do rosto. "Pobre humana. Ela não parece forte ou resistente o bastante para sobreviver, não é?" Ele teve que se afastar da cama. "Eles não iriam colocar uma humana à mercê de um dos nossos machos drogados." Midnight suspirou. "Ela não teria lutado com o macho para proteger seu corpo se também estivesse drogada. Pode ser por isso que ela sobreviveu. Nem todos os machos falam com outros sobre o que lhes aconteceu durante o cativeiro." Ela se afastou da cama também, segurando seu olhar. "Especialmente se uma humana foi levada para eles. Eles podem não reter a memória de quem ou o que ela era. Ninguém gosta de discutir essas coisas, desde que não são as melhores lembranças a partilhar. Os machos ficavam loucos de dor e era aterrorizante para nós fêmeas. Nunca sabíamos se íamos sobreviver." Ela franziu o cenho. "Ela descreveu exatamente o tipo de reação que os machos tinham sobre a droga de reprodução. Merda. Eles realmente a deram a ela." Flashbacks encheram sua mente da única vez em sua vida em que tinha sido dosado. "Eles não fariam isso. Nenhuma humana poderia sobreviver a um macho drogado. Eu sei porque fui dosado. Ela não teria resistido à dor se eles a tivessem dosado ao invés. Seu corpo é muito frágil. Seu coração não teria aguentado." "Parece que fizeram," Midnight protestou. "Faz sentido eles a dosarem também. Ela estaria fora de si com a necessidade de fazer sexo, excitada, e um macho não iria matá-la se ela não tentasse lutar com ele. Ele estaria mais interessado em montá-la se ela estava preparada para ele." Ela estendeu a mão e acariciou a cabeça de Jeanie. "A dor da droga já teria sido insuportável, assim, qualquer tratamento rude do macho não poderia ser muito pior." O temperamento de True explodiu. Ele não concordava com a avaliação de Midnight. A lógica lhe dizia que se ela tivesse sido dosada, os machos provavelmente não tinham. Ele nunca tinha ouvido sobre ambas as partes serem drogadas ao mesmo tempo. O que significava que o macho teria estado totalmente no controle de suas ações, mas ainda concordara com a experiência. E também explicava por que ela não tinha sido morta. O macho poderia ter tomado o cuidado de 81


não provocar danos à fêmea drogada e indefesa. Polanitis deveria ter feito um acordo com outros machos e eles concordaram. Sua raiva cresceu até que ele começou a suar e não conseguia nem falar. "Quem é este Agente Brice?" Midnight o encarou, parecendo notar o quanto ele estava perto de bater em alguma coisa quando esfregou seu braço. Foi um gesto para acalmá-lo. "Ela o mencionou algumas vezes. Ela o advertira sobre uma droga que ia virar Espécies contra Espécies. Foi isso mesmo que ouvi, não foi? Você acha que essa foi a droga usada em Moon? Ele atacava todo mundo. Ela também disse que era para Brice ajudar. O que é um mandado?" Ele se sentiu grato por ela virar a conversa para um tema mais seguro, sabendo que era de propósito. "Ela disse que ele era um agente que trabalhava para a NSO e exigiu provas de que haviam Espécies quando ela as localizou. Um mandado é uma palavra humana para a lei deles que permite buscas e prisões." Midnight se virou, colocou as roupas em um balcão, e sentou na cadeira. "Você não acreditou nela?" "Não." "Ela está tão drogada que eu acredito. Esta pessoa existe." "Tem certeza de que ela não poderia estar nos manipulando?" "Eu trabalho no Medical. Você deveria ouvir o que vocês machos dizem quando tomam uma injeção dessa coisa." Ela revirou os olhos e depois sorriu. "Book fica de pau duro pela Dra. Trisha cada vez que a vê e confessou que às vezes se machuca de propósito quando ela está aqui apenas para sentir seu toque. Slade iria matá-lo se soubesse. Você acha que ele alguma vez admitiria isso, se tivesse escolha?" Ele sacudiu a cabeça. "Flame chorou como um bebê dois meses atrás quando estava dopado depois de ser ferido ao deslocar o ombro durante o treinamento, divagando sobre uma humana. Ele tem uma queda por ela, mas é teimoso demais para ir atrás do que quer. Ele descobriu que ela quase foi morta por 82


um humano em quem confiava e não a quer lidando com as merdas que recebemos de nossos inimigos. Ele se preocupa demais para arriscar lhe causar qualquer dificuldade emocional ele mesmo." "Amanda." True já ouvira a história, mas era difícil acreditar em Flame derramando lágrimas. "Sim. É esse o nome." Midnight se inclinou para frente, baixando a voz. "Fury? Ele mantém um par de calcinhas de Ellie no bolso do uniforme. Usadas. Ele gosta de cheirá-las quando sente falta dela, jurando que o impede de correr para casa e encher o saco de todo mundo, porque negligenciou seus deveres para ir enterrar o nariz em seu colo. O cheiro o acalma e ele se sente mais perto dela. Isso foi o que ele confessou quando enlouqueceu na sala de parto enquanto Salvation nascia. O Doutor teve que sedar seu rabo para evitar que ele nos despedaçasse cada vez que sua companheira gritava de dor. Ele queria que todos sofressem como ela sofria." Midnight sorriu. "Acho que os humanos diriam que isso é que é adorar uma boceta ao extremo, mas você nunca vai repetir isso. Ele bateria em quem dissesse. Eles estão acasalados há mais tempo. Acho que o cheiro de uma fêmea é um vício que só piora à medida que o tempo passa. Isso me deixa em parte alarmada, mas às vezes curiosa para ver como seria ter um macho viciado em meu cheiro." True olhou para Jeanie, depois de volta para Midnight. "Você está acasalada com o jovem Dr. Harris." Eles tinham dois Dr. Harris – um mais jovem e um mais velho. "Ele chama assim, mas não é um acasalamento de verdade. Ele não é Espécie. Eu digo isso também, porque não quero ferir seus sentimentos." "Ellie e a Doutora Trisha não são Espécies, mas elas estão acasaladas." Ela mordeu o lábio, hesitou e suspirou. "Nossos machos fazem o acasalamento, True. São eles que têm os instintos fortes para cimentar o vínculo. As fêmeas humanas são submissas o suficiente para permitir que isso aconteça. Os machos humanos não são dominantes o suficiente para uma fêmea Espécie. Tenho sentimentos muito fortes pelo meu humano e normalmente ele me 83


faz feliz, mas há essa distância entre nós. Você entendeu? Ele não está em sintonia com minhas necessidades da maneira que um companheiro estaria. Estou bem com isso por enquanto, mas não significa que não tenho momentos de inveja dos companheiros de verdade. Posso garantir que ele nunca vai carregar meu cheiro por aí com ele ou precisar correr para casa para me montar apenas porque ficou longe algumas horas." "Por quê?" "Ele não tem nosso forte impulso sexual." Ela ficou de pé. "Os humanos podem suportar o toque de outra pessoa depois que reivindicam um companheiro. Espécies não podem, porque outras fêmeas cheiram mal depois do vínculo." "Seu companheiro procura outras fêmeas?" Isso horrorizou True. "Você já o viu com o corpo engessado? Medo é uma forte motivação para que ele seja fiel, desde que tive certeza de que ele soubesse que eu sentiria o cheiro dela sobre ele se ele alguma vez me traísse, mesmo que tomasse banho depois." Ela passeou. "Chega de falar sobre minha vida. Não quero discutir isso. Diga-me tudo que sua humana disse sobre este Agente Brice. Estive lendo romances de mistério. Sou boa em descobrir pistas." True rosnou. "A força-tarefa chamou Fuller para transferi-la para lá." "Vai ser difícil fazer mais perguntas quando ela acordar, se ela não estiver mais aqui. Precisamos dessas respostas para descobrir." Ele se aproximou da cama. Polanitis vivia em Fuller e tinha ficado claro que ele era o responsável por tudo que acontecera a Jeanie. "Não vou permitir que eles a levem para perto daquele monstro, o Polanitis." "Não vai ser sua decisão. Você precisa dividir o que descobrimos com Justice." True rosnou, seu temperamento se edificando para uma sensação incandescente dentro do peito. Ele não gostava da ideia de que sua vida e futuro estavam nas mãos de outro macho. "Harris a liberou de seus cuidados para que eles pudessem transferi-la para Fuller, correto?"

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"Sim. Ela vai precisar de exames regulares, mas nenhum médico vai fazer. Não mantemos prisioneiros humanos aqui depois que estão fora de perigo." "Você tem certeza de que ela não vai sofrer uma overdose do sedativo que lhe deu?" "Ela vai acordar bem em poucas horas. Já saberíamos se ela tivesse uma reação adversa." Ele pegou Jeanie nos braços, embalando-a suavemente contra o peito e se virou. "Diga-lhes que ela está comigo. Ela vai ficar em Homeland." As sobrancelhas de Midnight subiram. "Não acho que isso vai funcionar." Ele rosnou. "Vou lutar com qualquer um que tentar tirá-la de mim. Ela é minha para proteger." "É preciso esclarecer isso com Justice." "Não. Assumo total responsabilidade por ela. Dê-me cinco minutos antes de fazer a chamada para informá-los de que eu a levei para casa. Ela vai estar segura comigo." "No dormitórios dos homens?" "Sim." "True, seja razoável." Midnight se levantou. "Apenas conte a eles o que está acontecendo e não vamos enviá-la para Fuller. Tenho certeza de que Justice, Fury e Slade vão ficar felizes em vir aqui discutir isso com você, se está preocupado em deixá-la sozinha. Eu não permitiria que ninguém a levasse até você voltar, se quiser ir até os escritórios ao invés. Sou sua amiga e você pode confiar em mim para protegê-la." "Ela já passou por muita coisa. Quero apenas que ela acorde em algum lugar seguro." A fêmea Espécie balançou a cabeça. "Acho que ela vai se sentir mais segura se você devolvê-la para a cama e eu for a primeira cara que ela vê. Não fui muito gentil com ela, mas foi porque eu acreditava que ela era nossa inimiga. Já descobri a verdade." "Diga-lhes que ela está comigo." Ele se adiantou, o desejo de levá-la para casa demasiadamente avassalador para resistir. "Ela vai ficar em minha casa até que já não esteja mais em perigo de ser enviada para Fuller." 85


"Eu quero ajudĂĄ-lo a descobrir tudo." Ele parou na porta. "Compartilhe o que descobrimos com nosso povo. Vou falar com ela quando nĂŁo estiver drogada e obter mais detalhes. Obrigada por sua ajuda." "Espere!" Midnight pegou um cobertor e cobriu Jeanie. "Ela fica fria com facilidade."

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Capítulo Cinco True esperava os olhares quando entrou no dormitório dos homens com uma fêmea nos braços. O cobertor estava enrolado à sua volta o suficiente para esconder a maior parte dela, mas seu sexo era óbvio por sua forma pequena e os longos cabelos caindo sobre seu braço. Os machos assistindo ao jogo de esportes na grande TV viraram a cabeça, todos o olharam boquiabertos. "Ela está bem," ele gritou. "Só está sedada." Book se levantou. "Quem é ela e por que você a tem?" "Ela é humana." Darkness saiu do banheiro e parou. "O que está acontecendo?" True se virou para olhar para ele. "Esta é a Técnica Jeanie Shiver." "Ela é a humana que a equipe da força-tarefa queria que eu interrogasse? Eu disse que não faria isso. Leve-a de volta para o Medical. Não mudei de ideia." Seu nariz chamejou e ele rosnou. "Cheira como se você já a tenha aterrorizado o suficiente sem mim. Não tenho estômago para ameaçar uma fêmea." "Não é por isso que estou com ela. Eles iam transferi-la para Fuller. Não vou permitir isso." "Por quê?" Book deu alguns passos mais perto, abertamente curioso. "Ela não é minha inimiga e não pertence aos humanos que ali vivem." "A Security permitiu que você simplemente saísse de lá com ela?" Darkness arqueou uma sobrancelha e não pareceu convencido. "O que você fez? Eu conheço os protocolos." "Eu a trouxe de sua cama no Medical." True ficou tenso, preparado para lutar contra qualquer um que interferisse. "Ela não estava segura lá. A força-tarefa chamou Fuller para levá-la.” "Justice aprovou isso?"

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"Não." True mostrou os dentes afiados. "Eu não pedi. Ele não tem nenhum poder sobre o que acontece com ela. Ela é minha para proteger." "Ela é sua companheira?" Book deu um passo atrás. "Ela concordou com isso?" "Ela não é minha companheira, mas eu lhe devo minha vida." Darkness se aproximou dele, mas parou um metro longe, sua confusão óbvia. "O que você está dizendo? Li o arquivo dela quando vieram me pedir para realizar o interrogatório. Ela trabalhou para duas das supostas subsidiárias de pesquisas da Mercile Industries. Uma delas era onde você estava mantido." "Sim. Ela salvou minha vida no Novo México. Eu ainda não descobri o que realmente aconteceu, mas acredito que ela estava lá ajudando a salvar as vidas das Espécies." Darkness sacudiu a cabeça. "Ela era uma funcionária valorizada e, obviamente, de confiança do alto escalão para trabalhar em ambas as instalações." "Ela tirou sangue de mim, mas não era uma médica ou de alto-escalão," True rosnou, irritado que o macho estivesse tão perto. "Há um humano fingindo trabalhar para a NSO que a usava. Ela acreditava estar nos ajudando através dele. É por isso que ela estava em Cornas onde foi capturada. Ela achou que estava salvando nossa espécie, lhe dando as informações." "Que humano?" "Não sei. Preciso descobrir. Ele alegou ser um agente e a mandou para este último local." "Você tem provas?" Darkness recuou um passo, mas retirou o celular do bolso do jeans. "Vamos lidar com isso de uma maneira racional. Vou ligar para Tim Oberto e Trey Roberts." "Ela me disse isso enquanto drogada." "Não há nenhuma prova, então." O macho tocou a tela do celular. "Não faça isso," True exigiu. "Ouça-me primeiro antes de envolvê-los." "Eles já estão envolvidos. Eles trabalham para nós, lide com os humanos." "Eu não os quero perto dela. Eles não acreditaram no que ela disse, mas eu acredito."

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"Ele está muito atraído por ela," Book sussurrou. "Olhe como ele está tenso e sua postura protetora. Não chegue perto dela novamente, Darkness." True rosnou, virando a cabeça para atirar no macho um olhar sujo. "Isso não se trata de atração. Trata-se de uma dívida. Devo-lhe o suficiente para lhe permitir provar sua inocência. Ela não pode fazer isso de Fuller." Book levantou ambas as mãos, as palmas para fora. "Ela cheira bem. Entendo totalmente o desejo de simplesmente levá-la para casa com você. Eu mesmo já senti isso. Lá está ela, inconsciente e tão fácil de simplesmente pegar e sair, e você provavelmente imagina que ela vai acordar feliz por estar nua em sua cama. Eu ficaria tentado a fazer o mesmo. Já tive essa fantasia, mas me asseguraram de que elas iriam gritar e não ficariam tão impressionadas como gostaríamos com a visão de um macho excitado, pronto para atacá-las para compartilhar sexo." "Cale a boca, Book." Darkness suspirou. "Você não está ajudando." "Tudo bem." O macho deu de ombros. "Eu estava tentando convencê-lo a baixar a bola." "Que bola?" True rosnou. "É um ditado." Darkness chamou sua atenção. "Um bem estúpido que não se aplica aqui. Você não pode simplesmente roubar uma fêmea do Medical e trazê-la para casa. Temos regras e regulamentos. Você acredita em algo que ela disse e acha que ela foi instruída por outro humano? É essa a essência disso?" Ele ficou aliviado que alguém o tivesse escutado. "Sim." "Faça isso por meio dos canais apropriados. Vamos devolvê-la ao Medical e colocar um de nossos machos em sua porta para se certificar de que ela continue lá. Você e eu vamos nos sentar com Justice, Fury e Slade e discutir isso." Ele debateu sobre isso. "E se eles não acreditarem nela?" "Você deve respeitar suas decisões." "Eu não vou." Seu temperamento queimou novamente. "Não quando se trata dela. Ela salvou minha vida." 89


"Entendo que você acredita no que ela disse." Darkness baixou o telefone e o retornou para o bolso. "Esta não é a maneira de lidar com isso embora. Você não compreende o quanto suas ações são erradas." As portas do elevador se abriram e Flirt saiu. O homem fez uma pausa. "O que está acontecendo?" Seu nariz chamejou. "Quem é esta fêmea? Por que ela está tão quieta?" True ficou grato ao ver o macho. "Diga-lhes que não sou irracional." "Ok." Flirt deu de ombros, olhando para Darkness. "Ele não é irracional." Ele olhou para True. "Por que você tem uma mulher inconsciente nos braços? Estou tentando não julgar, mas ela cheira a medo. Você queria assustá-la o suficiente para que ela desmaiasse e agora está bancando o homem das cavernas para levá-la para seu quarto e beijá-la até tudo melhorar?" "Não." Ele cerrou os dentes, tentando acalmar seu temperamento subindo rapidamente. "Eu não a roubei para sexo. Por que você acha isso?" "Bom, a humana que você está segurando está seminua, e ela não está exatamente nos dizendo que quer estar aqui." Flirt riu. "Isso quente, né?" "É a Técnica Jeanie Shiver," True rosnou. A expressão de Flirt ficou séria. "O quê?" Suas narinas chamejaram novamente quando ele inalou antes de avançar rapidamente, tentando dar uma olhada melhor nela. Ele levantou a mão como se planejasse puxar o cobertor para vê-la mais claramente. True rosnou em advertência. "Não toque nela." O olhar azul felino de Flirt se estreitou. "Ela cheira diferente. Eu quero ver seu rosto." "É ela." "Deixe-me ver. Você acha que eu iria machucá-la?" Ele parecia indignado. "O que há de errado com ela? O que você fez?" Sua voz se aprofundou. "Dê ela para mim." Darkness se moveu entre eles. "Não lutem. Ela poderia ser prejudicada." "O que você fez?" Flirt rugiu. "Eu vou te matar se você a machucou." Ele estendeu os braços. "Com cuidado, entregue-a para mim." 90


"O que está acontecendo?" Darkness olhou para os dois. "Eu estou protegendo-a," True afirmou para Flirt. "Eles querem enviá-la para Fuller. Eu não vou permitir isso." "A prisão humana?" Flirt acalmou o suficiente para falar em tom normal. "Ela não pertence àquele lugar." "Eu sei," True concordou. "Eu a estava levando para minha casa para mantê-la segura. Os machos acreditam que vou molestá-la ou montá-la. Eu nunca lhe faria mal." "O que há de errado com ela?" Flirt se aproximou. "Ela está drogada com um sedativo. Vai acordar em algumas horas." Darkness suspirou. "Você também veio da instalação do Novo México, Flirt. Você conheceu essa humana também, não é?" "Sim." Flirt assentiu. "Ela não é má. Não é irracional querer impedir que ela seja enviada para uma prisão. Leve-a para cima, True. Vou ajudar a mantê-la segura. Não tente impedi-lo, Darkness. Vou lutar para protegê-la." "Mas que diabos?" Book engasgou. "Todos precisam se acalmar," Darkness ordenou. "Não vou lutar com ninguém. Só estou tentando descobrir o que está acontecendo." "Ela é Jeanie Shiver," Flirt rosnou. "Eu morreria para protegê-la." Ele virou a cabeça, estudando True. "Estamos de acordo? Nenhum dano vai chegar a ela." "Eu a roubei para impedir isso." Flirt encarou Darkness. "Eu a teria roubado também, se soubesse que ela estava em Homeland e em perigo de ser enviada para a prisão. Deixe-o levá-la lá para cima." Darkness recuou. "Por que ela é tão importante para você? True disse que ela salvou sua vida. Só quero entender o que está acontecendo e por que vocês dois estão prontos para atacar os outros em defesa dessa humana."

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Flirt estendeu a mão e agarrou a cintura da camisa, puxando-a sobre a cabeça e atirando-a no chão. As cicatrizes que cobriam seu peito, barriga e costas foram reveladas. Eram grossas em alguns lugares, e linhas finas em outros. "Foi isto que aconteceu comigo quando me mudaram da Mercile para Drackwood. O abuso aumentou até que quase morri, muitas vezes. Jeanie Shiver me manteve vivo, sentando-se em minha cama durante o pior da dor e me contando histórias que me faziam lutar para continuar respirando só para ouvir o fim delas." Ele fez uma pausa, os olhos se enchendo de lágrimas. "Um dos guardas levou isso muito longe antes de eu ser libertado." Ele esfregou a mão nas cicatrizes mais espessas perto de seu baixo ventre. "Ele me eviscerou, com uma faca. O médico não queria operar para me salvar, reclamando que eu não valia a pena seu tempo. A operação levaria horas. Shiver envergonhou o macho para isso. Ela discutiu com ele até que ele concordou e ficou comigo para se certificar de que ele não iria quebrar sua palavra. Eu mataria para proteger essa fêmea. Eu ainda estava de cama me recuperando quando a NSO veio. Eu não teria sobrevivido o suficiente para estar aqui e conhecer esta vida se não fosse por ela." Darkness baixou a cabeça, acenando tristemente. "Entendo." Ele segurou o olhar de True. "Leve-a para sua casa. Não tenho ideia de qual será a repercussão disso, mas você tem meu apoio." Ele olhou nos olhos de Flirt. "Respeito uma dívida de vida. Ajude-o a mantê-la aqui até que algo seja elaborado. Vou fazer o possível para transmitir por que ela merece que se quebre algumas regras. Não sou bom em seguir algumas delas também." "Obrigada." True assentiu e se afastou. Apertando o botão para chamar o elevador. "Tem certeza de que ela está bem? Ela está tão mole." Ele não gostava de Flirt tão perto de seu lado ou da forma como o macho olhava carinhosamente para a fêmea. "Ela está muito drogada, mas bem." "Entregue-a para mim." Ele abriu os braços. "Eu vou levá-la." "Você não vai tocá-la," True alertou. Flirt rosnou baixo. "Ela não te pertence. Ela salvou minha vida." "Ela salvou a minha também." 92


Eles se encararam até que as portas se abriram. True entrou, indo para o canto, o mais distante do macho quanto possível no espaço confinado. Flirt se recusou a desistir facilmente. "Devemos levá-la para minha casa. Ela vai ficar feliz em me ver quando acordar." Ciúme se assolou dentro de True. "Você não sabe disso." "Ela passou muito tempo comigo." Flirt estufou o peito. "Eu era ferido com mais frequência do que você. Eles me usavam para alguma tentativa de drogas para curar ossos quebrados. Eu a fazia rir. E você?" "Ela me pediu para ajudá-la, não você." "Eu não sabia que ela estava aqui, ou teria ido para ela." As portas se abriram no terceiro andar. True saiu e pisou para seu apartamento. Ele puxou o cartão de acesso fora do boso da frente da calça – inclinando-se um pouco para trás para equilibrar o peso dela em seus braços – enquanto tentava ignorar o macho logo atrás, muito perto de Shiver. "Você pode vigiar a porta." "Acho que ela se sentiria mais segura se acordasse olhando para meu rosto," Flirt protestou. True se virou, rosnando. "Ela é minha para proteger." "Ela é minha também." Um pensamento horrível lhe ocorreu. "Você aceitou o acordo de Polanitis? Você concordou em montá-la?" Ele não sabia o que faria se o homem dissesse que tinha. Ele iria querer matá-lo com certeza. "Não!" Flirt rosnou. "E você? Polanitis lhe ofereceu um acordo para montá-la?" Ele rosnou de novo, cerrando os punhos. "Foi assim que ele se vingou dela por deixá-lo com raiva? Permitindo que você a machucasse?"

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"Eu nunca a toquei." Ele lutou contra o desejo de socar o rosto do macho, mas se conteve por causa do peso de Shiver descansando contra seu peito e braços. Ele teria que colocá-la para baixo e fora do caminho primeiro para lutar com o macho. "O que você sabe de Polanitis?" "Ele entrou na sala clínica poucos dias antes de sermos resgatados. Ela estava lá comigo e ele exigiu que ela fosse com ele. Ela disse que estava ocupada, mas ele agarrou seu braço. Ele estava furioso. Eu queria matá-lo quando ele a arrastou para fora do assento, mas eles me tinham acorrentado. Ele a golpeou no rosto antes de obrigá-la a ir com ele. Ela voltou algumas horas depois, com hematomas nos braços. Ela se recusou a me dizer como elas chegaram lá, mas eu imaginei que ele tivesse feito aquilo. Você está me dizendo que ele a ofereceu a nossos machos, para montá-la como castigo?" True sentiu uma sensação de esfaqueamento no peito. Doeu ouvir a confirmação do por que Shiver temia Polanitis. Ele havia sido o encarregado de Drackwood e, portanto, o responsável por tudo que tinha sido feito a ela. Ele estava convencido agora de que ela tinha sido forçada em experimentos de procriação. "Parece que sim." Flirt rosnou. "Quem aceitou? Eu quero os nomes." "Não sei. Eu não a toquei." Flirt fechou os olhos e se virou. "Pergunte a ela ou eu vou. Quero saber se algum de nossos machos a machucou." Ele respirou fundo algumas vezes. "Eles vão pagar se o fizeram. Ela era gentil com todos que eles traziam para tratamento médico. Eu estava lá e vi um monte de sua interação com nossa gente. Ela não merecia isso." Ele se virou devagar, abriu os olhos, e estudou True. "Você sabe disso, né? Ela não era como os outros." "Eu sei." "Ela tinha coração." "Eu sei."

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"Eu vi a dor em seus olhos, muitas vezes, quando estávamos feridos. Ela se preocupava com a gente." "Eu sei disso também." "Ela estava com medo. Eu lhe perguntei uma vez por que ela trabalhava para eles." Ele enfiou os polegares nas alças do jeans. "Sabe o que ela disse?" "O quê?" True realmente queria saber. "Eles a matariam se ela parasse e ela não estaria lá para nos ajudar. Ela sussurrou isso para mim e quis dizer cada palavra. Ela estava tão presa quanto nós." True tinha ouvido o suficiente. Ele passou o cartão e abriu a porta. "Não permita que ninguém entre. Ela vai estar segura aqui." "Não a machuque de forma alguma, True." A ameaça pairava no ar. "Vamos fazer a NSO entender que ela não é como os outros humanos e ganhar sua liberdade. Ela merece isso por tudo que fez." Seu temperamento queimou. "Você acha que eu iria lhe causar dor de alguma forma?" Flirt hesitou, estudando-o de perto. "Vou te matar, se você o fizer." "Mate Polanitis. Ele é o responsável por ela ser prejudicada em Drackwood. Acho que lhe deram drogas de reprodução." Choque arregalou os olhos do outro macho. "Ela admitiu que ele fez isso com ela. É por isso que me recuso a permitir que ela seja enviada para Fuller. Ele está lá." "Filho da puta," Flirt rosnou. "Parece que ela fez um acordo e permitiu que eles a dosassem com as drogas para salvar minha vida. Foi o que os impediu de me matar naquele dia em que estavam me levando para o edifício exterior e é por isso que ela vai ficar na minha casa. Não me insulte novamente. Eu quebraria meus próprios dedos antes de colocar um sobre ela que pudesse lhe causar mais dor." Ele entrou e fechou a porta com o pé. 95


Um exame rápido de sua casa lhe assegurou que precisava limpar o local antes que Jeanie acordasse. Ele havia trabalhado muitos turnos e seus uniformes estavam espalhados pelo chão. Ele lentamente puxou o cobertor longe de seu corpo, não mais preocupado em esconder sua modéstia. Ela parecia em paz em seu sono drogado quando ele a embalou nos braços, levando-a para o quarto. A cama não estava feita, mas os lençóis estavam semi limpos desde que ele tinha lavado duas máquinas de roupa no dia anterior. Ajudou que os lençóis estivessem puxados para baixo quando se arrastou para o lado do colchão e gentilmente a estendeu de costas. Ela parecia minúscula no centro da cama quando ele puxou os braços de debaixo dela e ajeitou os vestidos do hospital sobre suas coxas pálidas. Era uma tentação remover o material áspero – ele odiava dormir de roupa – mas ela poderia se assustar se acordasse nua. Ele desceu da cama e puxou as cobertas até seu peito. Ele acariciou sua pele macia ao longo do lado de seu rosto com um dedo. Ela não sentia frio, mas ele ainda foi até o termostato, fez uma pausa, debatendo qual seria uma temperatura confortável para ela. Ele decidiu deixá-lo em vinte graus. Seria quente para ele, mas não queria que ela sentisse frio. True rapidamente saiu do quarto para limpar a sala e lavar a louça. Quinze minutos depois, ele voltou. Ela dormia na mesma posição. Ele hesitou antes de pegar uma cadeira, levá-la para o lado da cama e sentar. Ele permaneceria lá até que ela acordasse. Era importante que ela não sentisse medo. Ele queria ser a primeira coisa que ela visse, assim ele poderia lhe assegurar que ela estava segura.

***** Darkness calmamente esperou até que os machos entrassem no dormitório dos homens, antes de pisar em seu caminho. Justice, Fury e Tim Oberto não pareciam tão chateados quanto ele 96


esperava. Uma equipe da força-tarefa composta por seis humanos se reuniram fora das portas principais, parecendo estar em alerta máximo, indicado por sua linguagem corporal tensa. "Eu esperava que vocês viessem há, no mínimo, cinco minutos atrás." Justice piscou, a expressão calma. "Temos um problema." "Estou ciente. True roubou a humana do Medical e a levou para seu apartamento." Darkness colocou as mãos nos quadris. "Flirt está guardando a porta para impedi-los de levá-la de volta." Fury arqueou uma sobrancelha. "Por quê?" Darkness hesitou, avaliando cuidadosamente suas palavras. "Por causa do que ela fez por eles em Drackwood. Reli todo seu arquivo enquanto esperava vocês aparecerem – todo ele – e nenhuma Espécie falou mal dela. Eles foram realmente lisonjeiros em suas declarações. Você sabia disso?" Tim amaldiçoou. "Não importa se ela foi boa com alguém. Ela precisa ser enviada para Fuller. Ela se recusou a cooperar com a equipe que a interrogou. True estava fora de linha para puxar essa merda." Ele ergueu um braço e passou a mão pela cabeça calva em sinal de frustração. "Você deveria ter estado lá para obter as informações que precisávamos, Darkness." Ele acenou. "Provavelmente, mas eu me recuso a aterrorizar fêmeas. Não tenho acesso ao que foi dito durante o interrogatório, já que ninguém se preocupou em atualizar essas informações ainda. Teria sido bom lê-las." Ele franziu o cenho. "Sua equipe é relaxada, Tim." "Apenas aconteceu. Eles não tiveram tempo para digitar as transcrições das gravações e enviá-las ao banco de dados." "Já faz mais de uma hora." Darkness se dirigiu a Justice, "Os machos devem a esta humana uma dívida de vida. Você leu as declarações deles quando foram libertados de Drackwood, contando tudo o que tinham sofrido lá?" "Não."

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"Você deveria, antes de forçar a questão. Ela está segura e tem dois machos a guardando. Ela não vai sair vagando livremente por Homeland. Eu lhe garanto isso pessoalmente. Ela não é uma ameaça e é melhor que ela fique onde está. Se você precisa de um macho extra na porta de True, eu ofereço meus serviços como guarda." Ele olhou para o macho esperando perto dos elevadores. "Dagger? Vá direto ao ponto." O homem se aproximou. "Agora?" Um aceno afiado de Darkness o levou a falar. "Eu estava em Drackwood. A Técnica Shiver nunca fez mal a nenhuma Espécie de lá e eu conversei com a maioria deles. Darkness me fez entrar em contato com as Espécies acessivéis na Reservation que eu pudesse alcançar por telefone e eu entrevistei brevemente os aqui também, vindos dessa instalação. Ninguém tinha nada de ruim a dizer sobre ela. Eles na verdade ficaram alarmados que ela estivesse presa e perguntaram por seu bem-estar." Ele fez uma pausa. "Um grande número deles se ofereceu para testemunhar a seu favor, se ela estivesse enfrentando a lei das Espécies. Duas delas, ambas fêmeas, queriam deixar a Reservation e vir para cá para estar com ela. Elas estavam preocupadas que ela estivesse com medo. Isso as aborreceu." "Eu, também, liguei para a Reservation, enquanto estava verificando os relatos," Darkness acrescentou. "Conversei com algumas das Espécies recém-libertadas. Eles falaram muito bem de Shiver. Uma fêmea está muito irada sobre seu tratamento." Ele olhou para Tim. "Você realmente precisa controlar melhor alguns dos membros de sua equipe. É inaceitável que a humana quase tenha morrido quando foi presa e que seus ferimentos já graves foram amplificados pelo tratamento rude." "Eu já cuidei disso," Tim bufou. "E Justice já me repreendeu. Nós não atiramos nela." "Isso soa bizarro," Midnight declarou, saindo da cozinha com uma taça de sorvete. "Fiquei com fome enquanto esperávamos." Ela parou ao lado de Darkness. "Oi." Ela acenou com a colher para Justice, Fury e Tim.

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"O que você está fazendo aqui?" Fury franziu o cenho. "Você deveria estar de plantão no Medical." "Eu sou a voz feminina da razão e estou na minha pausa para o almoço." Ela deixou cair a colher dentro da taça. "Eu não gostava da humana quando ela foi levada para lá." Ela deu de ombros. "Então, ela ficou toda dopada e começou a falar com True. Foram coisas realmente interessantes. Eu mudei minha mente sobre não gostar dela o suficiente para vir aqui e colocar algum sentido em todo mundo antes que muitos egos masculinos se choquem." "O que foi dito?" Justice se apoiou na parte de trás do sofá, a postura relaxada. Midnight colocou a taça em uma mesa próxima. "Ela teve ao que pareceu um ataque de pânico no final do interrogatório no porão. O velho Dr. Harris estava em seu escritório, então eu tive que lidar com a situação. Pensei que metade da dose do sedativo que mantemos à mão para lidar com nossos machos fora de controle seria bom, mas parece que eu deveria ter usado menos." Ela fez uma careta quando olhou para Fury. "Lembra quando Ellie estava em trabalho de parto? É a mesma coisa que lhe foi dada para acalmá-lo. Foi assim que ela reagiu. Ela mal fazia sentido, mas algumas das coisas que ela disse sim." "Eu não vejo por que algo disso importa," Tim afirmou. "Esta Jeanie Shiver é –" "Chega", Justice exigiu, afastando-se do sofá e se endireitando. "Importa porque esta humana é importante para nosso povo e eu quero entender o porquê." Ele acenou para Midnight. "Continue." "Ela descreveu os efeitos da droga de reprodução." As mãos de Justice se fecharam em punhos. "O que isso significa?" Midnight hesitou. "Por alguma razão, parece que Drackwood queria testar a droga em uma fêmea humana. Ela aparentemente concordou em ser a pessoa e permitiu que eles a usassem nela, para salvar a vida de True." "Ele disse que nunca a montou." Justice franziu o cenho. "Ele mentiu para mim?"

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Ela sacudiu a cabeça. "Não. Nós não temos ideia se outros machos a montaram. Eu tenho ponderado sobre isso desde que True a levou. Um macho com a droga teria matado uma humana. Elas não são fortes o suficiente para sobreviver a um macho fora de controle em completa luxúria. Havia apenas algumas fêmeas em Drackwood." Ela ficou em silêncio, olhando sombriamente para Justice. "Foda-se," ele assobiou. "Eles a dosaram ao invés. Mesmo um macho que odiava os humanos teria sentido pena ao vê-la sofrer, especialmente se ela inspirou algum deles a sentir qualquer tipo de carinho por ela ou se eles tivessem recebido a droga antes." Fury rosnou. "Teria sido tentador simplesmente matá-la para acabar com seu sofrimento, mas alguns podem ter escolhido montá-la ao invés, se ela os tratava bem." "Ou alguns podem ter sido incapazes de resistir, se não tivessem tido acesso a uma fêmea há muito tempo." Darkness suspirou. "Ela é atraente e todos, desde Drackwood parecem gostar dela. Teríamos feito o mesmo por nossas fêmeas para aliviar a dor da droga. E teriam sido cuidadosos para não machucá-la se ela significava algo para eles. Isso explicaria por que ela não foi morta." Midnight chamou a atenção deles. "Ela ficou falando sobre um Agente Brice e o que ela disse respondeu a algumas das questões de True. Ele nunca tinha entendido por que aquelas pessoas em Drackwood mudaram de ideia sobre matá-lo. Você sabe que eu conversei muitas vezes com as Espécies recém-libertadas. Eu ajudei True a se adaptar à vida como um macho livre. Eu conheço muito bem sua história e ela se encaixa." Ela fez uma pausa, como se considerando seus pensamentos antes de continuar. "Estou intrigada, Justice. Parece que há um humano com um distintivo que a convenceu que ela estava realmente trabalhando para nós e ajudando as Espécies a ganhar sua liberdade. Eu acredito nela quando diz que ele existe." Fury mudou sua postura. "Você tem certeza de que ela estava sendo honesto?" Ela olhou para suas calças. "Você quer esvaziar seu bolso esquerdo para mostrar a todos o que guarda aí? Eu já sei, e sei por que você sente a necessidade de manter o cheiro de Ellie perto 100


em todos os momentos." Ela sorriu quando levantou o olhar para ele. "Este sedativo é realmente forte e leva qualquer pessoa a fazer declarações honestas sobre coisas que normalmente não compartilham." Cor manchou seu rosto e ele rosnou. "Entendido." Justice olhou para ele e cheirou o ar. "Devo perguntar?" "Não." Fury pigarreou. "O sedativo é forte o suficiente para que alguém deixe escapar informações honestas. Tem minha palavra para isso." "O que tem no seu bolso?" "Não te interessa, Tim." Fury atirou em Midnight um olhar de advertência. "Ela ficou muito falante?" "Sim. Ela tentou responder as perguntas com sinceridade quando a levaram para o porão, mas ninguém acreditou. True confia nela agora. Devemos esperar até que ela acorde para obter mais respostas, descobrir quem é este humano e tentar descobrir como ela foi usada por ele." Ela olhou para Tim. "Estive pensando sobre isso. É possível que há outro site lá que imita o nosso? Talvez ela o tenha visto e contatou este humano, em vez de nós. Não seria a primeira vez que alguém tenta sujar com as Espécies." Ela olhou para Justice. "Como conseguimos localizar os dois lugares que ela trabalhava?" Ele olhou para Tim. "Diga-lhe." "Pela linha de ponta. Pagamos um milhão e meio pela informação sobre Cornas Research." "Então, alguém lucrou com o resgate?" Midnight sorriu. "Viu?" "Foi ela," Tim acusou. "Isso torna as coisas piores." Fury franziu o cenho. "Você tem certeza disso?" "Não. Recebemos um pacote pelo correio com provas de que alguém tinha acesso a Espécies não incluídas em nosso banco de dados de DNA três dias antes de invadirmos Cornas. Não havia impressões digitais nem nenhuma forma de rastrear de onde o pacote tinha vindo. Ele continha sacos de amostras seladas com DNA das Espécies e uma nota digitada. Dizendo que 101


seríamos contatados em breve e a quantidade de dinheiro que queria para divulgar o local onde poderíamos recuperá-los. Logo após a meia-noite do dia em que soubemos da localização uma mensagem de voz computadorizada foi deixada na linha de ponta com um número de conta bancária no exterior anexada. Pagamos e eles nos enviaram um e-mail dizendo que encontraríamos nossas Espécies trancadas no subterrâneo da Cornas Research. Quatro horas depois, nós atacamos." Ele fez uma pausa. "Tenho certeza de que uma denúncia anônima com exigências de dinheiro foi como também ficamos sabendo sobre Drackwood. Você não vê? Ela tem que ser a pessoa que fez isso. Essa cadela chantageou uma grande soma da NSO. Tenho certeza de que pagamos mais de um milhão para essa também." "Outro humano está envolvido," Midnight afirmou. "Ele se denomina como Agente Brice." "Tudo indica que eles são parceiros." Tim se virou, apontando para sua equipe lá fora através das grandes janelas. "Vou interrogá-la eu mesmo dessa vez e descobrir com quem ela estava trabalhando. Vamos prender esses dois bastardos e obter o dinheiro de volta." Ele acenou para Justice. "Eles podem saber mais locais onde Novas Espécies estão sendo mantidas. Estou preocupado de que o desmonte possa causar pânico se esse for o caso, e quaisquer outros locais poderia matar todos os sobreviventes. Tempo é essencial." Quando os seis humanos correram para dentro do prédio, Midnight rosnou, gritando na cara de Tim. "Pare. Você não está me ouvindo. Ela acreditava que estava ajudando, não nos usando para ficar rica. Isso não se encaixa." "Você sabe disso com certeza? Eu não. Pagamos uma porrada de dinheiro e mais vidas podem estar em risco. Não me importo se ela percebeu que seu parceiro estava nos roubando. Ela sabe quem ele é e ambos sabiam como encontrar Drackwood e Cornas. Há muito em jogo para dar a alguém o benefício da dúvida." Tim virou e acenou para sua equipe novamente. "No andar de cima. Vamos buscar nossa prisioneira."

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Justice interveio. "Não sigam essa ordem." Ele olhou para Tim. "Entendo a situação difícil em que está, mas você não vai enviar sua equipe atrás dessa fêmea, até que tenhamos mais informações." "Ela pode saber onde outras Espécies estão sendo mantidas." O rosto de Tim ficou vermelho de raiva. "Eles podem estar sofrendo agora. Quanto mais rápido a fizermos falar, mais rápido vamos poder chegar até eles." "Ela poderia ter outro ataque de pânico," Midnight protestou. "Acredito que ela foi usada pelo humano. True acredita também." "Basta!" Darkness gritou, a voz arrepiante. Ele esperou até ter a atenção de todos. "Ninguém vai chegar perto dessa fêmea sem ter que matar Flirt e True. Eles não vão permitir que vocês a levem sem lutar até a morte. Vocês não me ouviram sobre a dívida de vida?" Ele segurou o olhar de Justice. "Não vou permitir que isso aconteça. Eles estão fazendo o que acreditam que é certo. Deixe-os fazer as perguntas, ou eu faço, mas isto se tornou um assunto das Espécies." Ele voltou o olhar frio para Tim. "Tire seus machos do nosso dormitório. Eu gosto de alguns deles, mas isso não significa que não vou chutar suas bundas se tentarem chegar até as escadas ou o elevador." Ele olhou para cada membro da força-tarefa. "Vocês querem ouvir a mim ou a Tim? Saiam." Os humanos recuaram, retirando-se para a porta. Darkness não se importou que Tim parecesse furioso. "Você deveria ir com eles." "Não me ameace." "Chame isso de um aviso amigável. A fêmea fica aqui. Vou pegar suas respostas. Você quer saber se ela estava ciente da chantagem e quem é esse macho. Vou fazer isso do meu jeito." Justice concordou. "Darkness vai lidar com este assunto." Tim arfou. "Ela é humana, portanto, minha responsabilidade. É meu trabalho –"

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"Seguir minhas ordens," Justice afirmou. "Entendo que esteja zangado, porque está preocupado por nós, mas Darkness está certo. Isto se tornou um assunto das Espécies quando a fêmea em questão se refugiou sob este teto." "Ela foi raptada do Medical," Tim lembrou. "Na verdade," Midnight rebateu, "ela pediu a True para escondê-la. Ela estava bastante dopada, mas ficou claro que queria a ajuda dele. Você pode sequestrar alguém que te pediu para levá-la para outro lugar?" "Não," Darkness respondeu. "Ele a escondeu em seu apartamento." "Não tenho certeza de qual quarto ele a está mantendo." Dagger sorriu. "Então considero isso escondido. Ele apenas está fazendo o que ela lhe pediu, então isso não pode ser sequestro." "Maldição," Tim se enfureceu. "Isto não é um jogo. Vocês estão abrigando uma fugitiva de mim e minha equipe. Sei que as Espécies têm um ponto cego quando se trata de qualquer coisa com uma vagina, mas esta cadela conseguiu arrancar milhões de dólares da NSO em um esquema de chantagem enquanto Novas Espécies sofriam. Deixe-me fazer o meu trabalho." "Nós vamos lidar com isso, Tim. Por que você não vai rever os detalhes de como ficamos sabendo sobre Drackwood? Isto seria muito útil," Justice sugeriu. "Filho da p –" "Pare," Justice rosnou. "Não tenho um ponto cego só porque ela é fêmea. Entendo que você acha que estamos mais propensos a acreditar nela, porque ela é fêmea, mas sabe o que me convence a permitir que as Espécies lidem com este problema? Eles se preocupam com ela. Não somos idiotas. Alguns deles conhecem esta fêmea, passaram um tempo com ela durante o cativeiro, e respondem por ela. Isso é o que me motiva a sair por essa porta, enquanto ela está lá em cima. Vá fazer seu trabalho, puxe e reveja os detalhes de como descobrimos sobre Drackwood. Você será notificado assim que eles souberem de qualquer nova informação com a qual você possa trabalhar. Vá." Ele apontou para a porta. "Vou me lembrar de que você está tão passional porque se importa, em vez de jogá-lo fisicamente em sua bunda pelo insulto que acabou de falar." 104


Tim pisou fora, onde sua equipe esperava. Justice o observou ir, franzindo a testa. "Obrigada por me apoiar." Darkness inclinou a cabeça em agradecimento. "Ele está tentando o máximo fazer seu trabalho." Justice fez uma pausa. "O regulamento determina que os humanos são seu problema, mas vou ignorar isso. Lide com este assunto. Confio em você para me manter a par de tudo e ela é sua responsabilidade. Ela não deve ir a lugar algum sem um macho ao seu lado e não fazer contato com o exterior." "Entendido." Justice se virou, mas fez uma pausa, olhando para trás. Um lento sorriso curvando seus lábios. "Fico feliz de vê-lo se envolver. Você tem sido um pouco distante." "Eu gosto de True." "Assim como eu. Você sabe que isso poderia ter sido evitado se tivesse aceitado questionála. Você é muito profundo." "Eu me recuso a torturar fêmeas." O sorriso desapareceu dos lábios de Justice. "Nunca disse que tinha que fazê-lo. Você tem um histórico muito original com habilidades que nos faltam. Duvido que você tivesse que recorrer à violência física para convencer uma fêmea a falar." Darkness ergueu o queixo, raiva piscando em seus olhos. "Não." "Você está ciente do que aconteceu quando a força-tarefa encontrou essa fêmea em Cornas, desde que admitiu ter lido todos os arquivos disponíveis sobre Jeanie Shiver. Você não teria permitido que ela fosse prejudicada pela equipe, se estivesse em cena." "Eu me recuso a deixar as terras da NSO com as equipes de recuperação. Você nunca ia querer me ver em uma situação de combate, Justice." Darkness baixou a voz em um sussurro para se certificar de que não se espalharia por toda a sala. "Já vi mortes o suficiente e eles me transformaram em uma máquina de matar. Não tenho certeza se poderia cair fora, se tivesse que fazer isso de novo." Fury pigarreou. "Midnight? Dagger? Por favor, desculpe-nos." 105


Os dois desapareceram no corredor indo para a biblioteca. Justice quebrou o silêncio primeiro. "Entendo seus medos, mas –" "Não tenho medo. Eu sou o que todos temem." Darkness soltou um suspiro de frustração. "Nosso povo mantem um amplo espaço de mim." "Você teria lidado com a situação com Jeanie Shiver melhor do que a equipe de Tim. Os humanos ficam muito emocionais em nossa defesa. Eles acreditam que ainda somos muito ingênuos ou de coração mole. Ninguém poderia acusá-lo disso. Você pode pelo menos considerar tratar quaisquer futuros interrogatórios com as fêmeas trazidas à Homeland? Você poderia entregá-las para outra pessoa lidar, caso se sinta desconfortável, mas eu dormiria melhor à noite sabendo que foi você o responsável pela obtenção das informações a partir delas." Fury chamou a atenção de Darkness. "Você lidou com esta situação muito bem. Justice é sábio e eu acredito que você não está se dando o crédito merecido. Você não é um monstro. É um sobrevivente que teve que fazer o impensável, mas isso também faz de você o melhor para este trabalho. Os humanos te treinaram para obter informações de outros humanos. Você entende que as fêmeas e os machos não são iguais e devem ser tratados diferentes. A equipe de Tim não faz essa distinção. Nenhuma tortura ou abuso precisa ser aplicado às fêmeas a menos que tenham um fundo militar, onde elas foram condicionadas a suportar cargas emocionais." "Vou considerar isso." Darkness se afastou deles, amaldiçoando baixinho, deixando claro que não estava satisfeito. Justice sorriu novamente. "Bom. Faça isso e me avise quando tomar uma decisão. Por enquanto, você está no comando da situação Jeanie Shiver. Apenas certifique-se de que o pau de True não fique no caminho dele ser responsável. Ele parece muito apegado a ela." Fury assentiu. "Eu não era racional quando se tratava de Ellie." Darkness olhou para ele. "Não entendi."

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"Ela trabalhava para a Mercile onde eu era mantido, assim como esta mulher fazia com True. Eu queria odiar Ellie no começo, mas essas emoções mudaram rapidamente. Fui de querer estrangulá-la a sentir um desejo imperioso de levá-la nua para minha cama. Demorei um tempo para perceber que eu a queria como companheira." "Vou ficar de olho nos sinais." Darkness fez uma pausa. "Pode haver problemas com isso. Flirt parece igualmente protetor com ela." "Certifique-se de que eles não lutem." Justice deu a Darkness um olhar duro, e então olhou para Fury. "Vamos acalmar o temperamento de Tim um pouco. Ele tem o direito de sentir raiva, mas precisa aprender a expressá-la melhor." "Voto em deixarmos Brawn lidar com ele." Justice riu. "Não me tente, Fury. Tim é seu sogro-por-acasalamento. Não podemos empurrar esse tipo de estresse em seu caminho. Becca não iria gostar de nós colocando seus machos uns contra os outros também."

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Capítulo Seis Jeanie sabia que precisava acordar. Algo importante tinha acontecido, mas sua mente se esforçava para lembrar o quê. Ela conseguiu forçar os olhos abertos contra a tentação de voltar a dormir, só para olhar para um teto branco. Ela piscou algumas vezes. "Jeanie," uma voz masculina respondeu asperamente. A cama caiu um pouco e ela olhou nessa direção. O rosto familiar demorou um momento para ser identificado e, com isso, as lembranças voltaram quando ela olhou para 710. Ele estava inclinado para frente em uma cadeira, os cotovelos nos joelhos, o queixo apoiado nos punhos erguidos. Os olhos castanho-escuros pareciam quase negros na penumbra. Ela olhou ao redor, surpresa ao descobrir que não estava mais em uma cama de hospital. "Onde estou?" Sua frequência cardíaca acelerou quando medo a atingiu. "Isso não pode ser uma prisão." Ela olhou para ele novamente. "Este é um quarto." "É o meu. Eu me recusei a permitir que te transferissem para Fuller." Ela tentou reunir o que tinha acontecido quando ficou sabendo que seria enviada para o mesmo lugar em que Dean Polanitis havia sido levado. Constrangimento a encheu. "Eu ataquei as pessoas, não foi?" "Você fez sangrar o nariz de um humano com a parte de trás da cabeça e deu uma joelhada em Jericho onde mais dói. Os dois estão bem." Ela engoliu em seco. "Jericho é aquele grande com olhos avermelhados, certo?" "Ele mesmo." "Sinto muito. Ele foi legal comigo." Nenhuma culpa veio sobre o humano desde que ele tinha sido um idiota. Ela moveu os braços, feliz que nenhum dos pulsos ostentavam algemas enquanto se sentava. "Não tive a intenção de surtar. Preciso me desculpar com ele." 108


Ele se inclinou para trás. "Não há nada do que se desculpar. Você estava apavorada e reagiu de acordo." Ela abraçou o peito, pensando duramente. "Não me lembro de nada depois disso." Ela segurou o olhar dele. "Eu te ataquei também?" Ela ficaria horrorizada se tivesse. "Não. Eu te peguei antes que mais danos pudessem ocorrer e uma enfermeira lhe deu um sedativo." Isso explicava por que ela tinha um ponto em branco na memória. "Eu não estava mentindo. Eu trabalhava para o Agente Terry Brice. Ele é real." "Eu sei que você acredita nisso." "Eu o conheci. Ele está por volta dos anos cinquenta, com sobrepeso e transpira muito. Ele ligou e veio me ver no dia seguinte em que entrei em contato com a linha de ponta da NSO. Ele me mostrou um distintivo. Por favor, acredite em mim." "Eu acredito." "Obrigada, 710." Ela sentiu uma imensa gratidão. "Eu tomei o nome True. Por favor, use-o." "Gostei dele." Ela mordeu o lábio inferior, estudando-o. "Por que você o escolheu? Posso perguntar?" "Vi muitos da minha espécie tentando se encaixar depois que foram libertados, agindo diferente do que realmente eram. Eu queria continuar fiel à minha natureza. Pareceu apropriado." "Isso é lindo." Tocou-a que ele fosse tão pensativo. Ele não tinha conversado muito com ela em Drackwood, mas sempre pareceu muito inteligente. Ela tinha vindo a se preocupar ainda mais com ele cada vez que tinham alguma interação. Havia atração e algo mais profundo. "Acho que você tem um bom nome, True." "Conte-me mais sobre este humano." "O que você quer saber? Ele vinha há cada poucas semanas e continuávamos em contato através de celular descartável. Ele me deixava mensagens de texto desde que eu tinha que 109


escondê-lo. Eu ligava de volta ou verificava o telefone para saber onde deveríamos nos reunir a seguir." "Por que escondê-lo?" "Tanto Drackwood quanto Cornas invadiram nossa privacidade de todas as maneiras imagináveis e tenho certeza de que a segurança monitorava nossas conversas telefônicas, mesmo quando não estávamos trabalhando. Era por isso que eu tinha um celular descartável. Paguei em dinheiro por ele e acrescentava minutos, quando precisava. Eu os mantinha desligado para que eles não tocassem e os deixava num saco plástico selado enterrados em um parque perto dos lugares onde vivi. Comprei o mesmo modelo de telefone que eu usava como meu celular pessoal e só trocava a bateria quando o verificava. Dessa forma, eu podia continuar a carregá-lo sem que alguém me perguntasse por que eu tinha um carregador sobressalente quando não tinha um segundo telefone." "Por que um parque?" "Eu fingia estar correndo e isso me dava uma razão para sair à noite. Era mais fácil me certificar de que eu não estava sendo seguida dessa forma também. Eu descansava e tomava água ao longo de uma das trilhas, agindo como se estivesse esticando os músculos, mas na verdade estava cavando o telefone para verificar se havia novas mensagens." "Esperto." "Eu estava com medo de ser pega. É uma grande motivação para não estragar tudo." Um pensamento lhe ocorreu. "Posso te dizer onde meu último telefone celular está enterrado. Estas mensagens ainda estão nele. Nunca tive tempo de apagar nada. Deixei meu celular pessoal em meu apartamento naquele dia quando fui trabalhar, mas posso te dar meu endereço. A polícia pode ir lá e pegá-lo para usar a bateria no outro telefone quando desenterrá-lo. Isso vai provar que ele existe, certo?" "Nós sabemos onde você mora. Isso poderia provar a existência dele."

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"Não entendo. Como ele podia saber coisas sobre a NSO se realmente não trabalha aqui? Ele me mandou uma mensagem em ambas as vezes para me alertar quando os resgates estavam para acontecer. Drackwood e Cornas teriam esvaziado os prédios se tivessem qualquer prenúncio de que tudo estava prestes a afundar. Tivemos exercícios sobre esses tipos de coisas." "O que quer dizer?" Ela escorregou as mãos para o colo, entrelaçando os dedos. "Drackwood e Cornas tinham protocolos em vigor para determinados eventos. Eles nos praticaram para o que fazer." "Tal como?" Ela desviou o olhar. Doía olhar para ele e ter que explicar como os humanos podiam ser terríveis. "Recebemos ordens de destruir as provas no caso de violação, matar as Novas Espécies e escapar pelas saídas secretas para evitar a prisão. Eles não queriam que nenhum de nós fosse pego, uma vez que poderíamos identificar os outros funcionários." Ela fez uma pausa, esperando para ver se ele tinha ficado com raiva. Silêncio reinou, mas ela não se sentia corajosa o suficiente para olhar para ele e ver sua expressão. Ela manteve o foco nas mãos. "Eles também tinham treinos no caso de precisarmos mover os locais. A segurança estimava que poderíamos limpar uma instalação em uma hora." "Como?" "Drogando todas as Novas Espécies e os transferindo por macas em caminhões a partir da plataforma de carga. Não sei sobre as outras atribuições dadas aos funcionários, mas presumi que teriam alguns deles treinados para destruir qualquer evidência de que alguma vez estivemos lá. Meu melhor palpite é de que eles explodiriam o prédio ou provocariam um incêndio." "Para onde seríamos levados?" "Não faço ideia." Ela virou a cabeça e ergueu o olhar. Ele não parecia zangado, apenas curioso. "Isso era algo que eles jamais diziam. Eram informações classificadas das quais eu não tinha acesso. Minha missão era viajar dentro dos caminhões com as Novas Espécies drogadas e

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monitorá-los para ter certeza de que ficassem inconscientes. A segurança executava os treinos e nem sequer nos dizia quanto tempo levaria para chegar a outro local." "Há realmente gás venenoso escondido nos alarmes de incêndio em Cornas?" "Sim." Ela assentiu. "Tive muita sorte de almoçar na mesma hora que o cara que fez isso. Ele era alguém que eu não tinha visto antes, então me sentei ao seu lado, esperando saber por que ele estava lá. Ele se gabou disso." Ela fez uma careta. "Ele parecia orgulhoso do fato de que tinha acabado de implementar algo tão terrível. Eu disse ao Agente Brice que seu primeiro nome era Ron. Não tenho certeza se ele mentiu sobre isso ou não, pois ele só tinha um crachá de visitante com números nisso. Ele se recusou a me dizer seu sobrenome. Tentei descobrir em que outros lugares ele tinha trabalhado, mas ele pareceu ficar desconfiado nesse ponto. Eu disse que tinha que voltar ao trabalho por medo de que ele relatasse meu interesse se eu demorasse mais." "Foi por isso que você destruiu o computador principal?" "Ron me disse que ia configurar isso em outros equipamentos e que o gás iria matar qualquer um que o respirasse em menos de um minuto. Ele se gabou de como a segurança ia poder dispará-lo de seus terminais de computador, que estavam ligados à central. Eu tinha que impedir isso." "Qual é sua ligação com 712?" Ela não pôde deixar de sorrir. "Eu cuidei dele muitas vezes quando estava na clínica. Ele está indo bem, né? O Agente Brice disse que estava." Temor veio a seguir, quando True rosnou, seus traços endurecendo em uma máscara de raiva. "Oh, não. O Agente Brice mentiu? Ele não sobreviveu?" Lágrimas encheram seus olhos. "Aquele bastardo me jurou que 712 tinha sido resgatado e se recuperado totalmente de seus ferimentos. Um dos guardas realmente fez um estrago em seu estômago com uma faca." "Ele está bem. Você se preocupa com ele?" "É claro. Eu me preocupo com todos eles." Alívio a invadiu. "Eu fiquei realmente preocupada quando o Agente Brice disse que Drackwood estava prestes a ser invadida porque 112


alguns deles estavam sendo mantidos no centro médico na época. Os médicos de plantão podiam facilmente matá-lo e a 754. Ela conseguiu também, não é? Ambos estavam acorrentados a suas camas, totalmente indefesos. Todas as Novas Espécies feridas estavam em maior risco de serem assassinados." "Ela está bem." "Graças a Deus. Eles a tinham lá para fazer uma cirurgia exploratória em seus ovários. Isso foi isso que li no gráfico quando o espiei, mas acho que eles estavam realmente era tentando colher alguns de seus óvulos, pensando que poderiam descobrir por que nenhuma das mulheres estava ficando grávida. Os médicos eram desses bastardos doentes. Prenderam o Dr. Brask, não é? Por favor diga-me que o filho da puta não está por aí livre. Ele é um pesadelo. O Agente Brice me prometeu que ele tinha sido pego, mas, obviamente, não posso confiar em nada do que ele disse." "Ele é um prisioneiro em Fuller." "Ótimo." True se inclinou mais perto. "Alguma Espécie te montou?" Ela foi pega de surpresa com a pergunta. "Não. Por que está me perguntando isso?" Ele hesitou. "Você me disse sobre o que Polanitis fez com você." O estômago dela revirou. "O quê?" Ela esperava não tê-lo ouvido direito. "Ele te forçou a participar de experiências de procriação. Por favor, diga-me os números dos machos envolvidos." Ela se encolheu para longe, horrorizada, uma vez que percebeu que ele acreditava que tinha feito sexo com múltiplas Novas Espécies em Drackwood. Alarme a inundou. Ele sabia sobre os testes de drogas que sofrera. A única maneira dele saber dessa informação era se ela realmente tivesse lhe dito alguma coisa. Sua mente veio em branco sobre qualquer lembrança de fazê-lo. "Jeanie," ele murmurou, "olhe para mim." Ela se recusou, meio em pânico por dentro. Eu nunca teria dito nada sobre o que fizeram comigo. Ele deve ter feito perguntas como está fazendo agora. Ele pode descobrir que fiz isso por ele. A 113


última coisa que ela queria era que ele se sentisse responsável. Toda a culpa recaía diretamente sobre Dean Polanitis. Ele era o filho da puta que a alvejara através de chantagem e usara True para mantê-la na linha. "Você foi altamente sedada após seu ataque de pânico e pavor de que veria Polanitis. Você não desmaiou imediatamente, mas sim contou como a droga de reprodução a machucou." Ela apertou os olhos fechados e abraçou a cintura com força suficiente para machucar seu lado ferido. "Pare. Não quero falar sobre isso." "Eu quero." Ela não tinha certeza de como responder. Seu objetivo era protegê-lo de nunca saber a verdade. "Por favor, True. Não quero falar sobre o passado. Você disse que eu estava tagarela e drogada. Foi por isso. Vamos mudar de assunto." "Nós não terminamos," ele rosnou. Ela estremeceu e o encarou, perturbada por aquela demanda assustadora. Seu belo rosto pairou ainda mais perto quando ele se inclinou do outro lado da cama até que poucos centímetros os separavam. Embora seus olhos parecessem negros com tumulto, ele não parecia mal para ela. Parecia apenas zangado. "Alguém te montou? Diga-me a verdade ou eu peço Midnight para trazer outro sedativo. Não me obrigue a drogá-la para obter respostas, Jeanie. Eu odiaria fazer isso, mas preciso saber." "Não." Ele a estudou. "Isso é verdade?" "Sim." Ela sustentou seu olhar. "Eu juro." "Deram-me a droga de reprodução. Sofri uma agonia insuportável, até que isso me deixou insano. Não retive nenhuma lembrança do que fizeram comigo ou se fiz mal a alguém. Você provavelmente teve o mesmo destino. Os machos podem tê-la montado sem que você se lembre." Sua voz se aprofundou. "Vou descobrir, nem que eu tenha que falar com todos os machos que vieram de Drackwood." 114


O sangue drenou de seu rosto quando ela propositadamente recordou os horrores de Polanitis a forçando a caminhar com ele para visitar o Dr. Brask. Ela nunca se esqueceria de ser amarrada a uma maca ou ser injetada. A dor, humilhação e terror que se seguia tinha assombrado muitas de suas noites. Ela tinha pesadelos sobre estar de volta dentro daquela sala, gritando enquanto seu corpo se contorcia de dor excruciante. "Jeanie?" Ela fechou os olhos, concentrando-se em seu interior ao invés. "Tenho certeza de que saberia se isso acontecesse. Quero dizer, todos os meus músculos doíam de me debater e tinha contusões em meus pulsos e tornozelos das restrições, mas nada indicava que tivesse sido agredida sexualmente." Ela olhou para ele. "Eram apenas Polanitis e Brask na sala. Não acho que alguma vez apaguei. Eu saberia se eles tivessem feito algo mais comigo. Eles pareciam mais interessados em diluir a droga o suficiente para obter os efeitos que desejavam. Meu palpite é que estavam tentando fazê-lo de modo que não fosse doloroso ao tomar, mas ainda causar os sintomas físicos para..." Ela parou, corando. "Deixar uma mulher excessivamente disposta a implorar por sexo. Simplesmente a combinação certa para causar um desejo irracional, sem debilitar o usuário. Foi horrível no começo, mas aos poucos não era mais tão doloroso. Eu retinha mais memórias do que estavam fazendo comigo conforme o teste avançava." "Você não tem nossa capacidade de detectar o cheiro de um macho em você." Ela mordeu o lábio, tentando pensar em uma maneira de explicar delicadamente, sem constrangimento, como teria sabido. Então decidiu apenas ser franca. "Eu tinha que tomar banho depois. Estava encharcada de suor. Eu não estava suja com aquilo." "Você não sabe se isso aconteceu no começo." Calor aqueceu seu rosto e ela baixou o olhar para o pescoço dele. "Discordo. Eu não namorava ninguém em mais de um ano na época, e tenho certeza que saberia se tivesse sido estuprada. Eu não estava dolorida lá nem nada." "Eles podem ter sido gentis." 115


Náuseas ameaçaram subir naquele conceito, mas isso ia contra tudo o que ela sabia sobre seu antigo chefe. "Dean Polanitis não sabia o significado dessa palavra. Ele era um bastardo brutal que gostava de infligir terror e humilhação em todos ao seu redor. Ele teria me dito o que iriam fazer se planejavam me estuprar. E também não teria feito enquanto eu estava desmaiada. Seria muito humano para alguém tão cruel." Ele a estudou enquanto parecia considerar suas palavras. "Ele te ofereceu a mim." Os choques continuavam chegando. "O que quer dizer com isso?" "Ele disse que eu poderia montá-la se eu não machucasse mais os guardas. Ele parecia preocupado que a contratação de novos para substituí-los pudesse aumentar o risco das atividades de Drackwood serem descobertas." Ela o olhou boquiaberta. Nenhuma palavra sequer lhe veio à mente. Dean Polanitis tinha sido maldoso, uma pessoa desagradável, mas oferecer permitir que alguém fizesse sexo com ela ultrapassava o alcance do mal que ela acreditava que ele tinha sido capaz de cometer. Também era uma surpresa que seu chefe não tivesse zombado dela com a ameaça. Eles se odiavam. "Eu me recusei." Ela baixou o olhar para o seu peito, absorvendo isso. Sua resposta foi simples. "Você nunca poderia ser cruel." Ele limpou a garganta. "Parece que este agente te enganou em acreditar que ele realmente trabalhava para a NSO. Não há tal pessoa afiliada a nós. Recebi informações enquanto você dormia que foi pago dinheiro de resgate pelos locais de Drackwood e Cornas." A sensação aguda em seu peito tinha que ter sido causada pela traição e desgosto depois de saber que tudo que fizera tinha sido usado para lesar financeiramente a NSO. Ela estudou o rosto dele. "Tem certeza?" "Estamos seguros." Ele se endireitou na cadeira e ergueu um celular do criado-mudo. Virando a tela para ela depois de usar o dedo indicador para manusear o dispositivo. "Vê? Pagamos um milhão de dólares pela localização de Drackwood e um milhão e meio pela 116


localização de Cornas. Este assim-chamado agente embolsou o dinheiro. Fomos anonimamente enviados amostras de sangue, cabelo, saliva e recortes de unhas que foram testados. Determinando-se que pertenciam às Espécies que não estavam em nosso banco de dados atual. Todos aqueles que foram libertados têm amostras colhidas e testadas para comparação." "Com o que eles foram comparados?" Ele hesitou. "Algumas Espécies têm o desejo pela família. Nós encontramos alguns que têm os mesmos marcadores biológicos. Também nos ajuda a determinar se as dicas são reais ou não. Podemos testar para ver se são das Espécies ou se é um que já foi recuperado ou não. Recebemos um monte de humanos que mentem e afirmam ter conhecimento de onde as Espécies estão sendo mantidas em cativeiro, na esperança de que vamos lhes pagar dinheiro. Fazemos, se podemos determinar que sua informação é real." "Eu poderia matar Brice." Ela estava lívida. "Aquele filho da puta." "Alguns acreditam que você sabia o que ele estava fazendo." Foi uma bofetada verbal no rosto e isso machuca. "Eu não sabia." "Você recebeu algum dinheiro dele?A equipe da força-tarefa está checando suas finanças." "Não do jeito que você pensa." Ela realmente queria que True acreditasse nela. "A única vez que ele me ajudou financeiramente foi quando me mudei para Dakota do Sul. Tive que alugar um caminhão para levar minhas coisas e precisava de dinheiro suficiente para alugar meu apartamento. Eu não podia pagar o aluguel do primeiro e do último mês, porque não tinha planejado ir para lá até que ele me contou sobre Cornas. Alguém tinha que provar que havia Novas Espécies lá, assim ele poderia conseguir libertá-los." "Quanto dinheiro você aceitou?" Ele não parecia feliz. "Ele me deu dois mil dólares." True se levantou, compassando pela sala. Jeanie o observou, preocupada que ele estivesse pensado o pior.

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"Eu só aceitei este dinheiro porque não tinha os recursos para me mudar. Eu juro que não sabia que ele exigia um resgate da NSO pelas informação que eu lhe dava." Ele parou, olhando para ela. "Ok. Vou transmitir isso para os membros da força-tarefa." "O Agente Brice lhes deu os nomes dos funcionários de Cornas? Quantos foram presos?" "Só você. Não nos deram nenhuma lista de nomes de funcionários." Ela empurrou o lençol, tentando sair pelo lado da cama. "Você tem caneta e papel? Quero escrevê-los. Eles vão tentar fugir do país." True a impediu de ficar de pé pisando ao lado da cama. "Deite-se. Você está se curando. Vou lhe trazer algo para escrever." "Obrigada." Ela cobriu as pernas e se recostou contra a cabeceira acolchoada. True foi até a porta do quarto, mas então parou, virando-se para encará-la. "Você também deve escrever uma lista de contatos pessoais para que possamos notificá-los de onde você está. Tenho certeza de que seus familiares estão preocupados." "Ninguém vai notar meu desaparecimento por um bom tempo." Ele inclinou a cabeça, franzindo a testa. "E quanto ao homem em sua vida? Ele deve estar desesperado, tentando descobrir seu paradeiro." "Você quer dizer um namorado? Eu não tenho." Ele deu um passo mais perto. "Por que não?" Ela baixou o olhar para o peito dele novamente. "Eu só não tenho." "Jeanie? Responda-me." Seu olhar levantou a sua. "Eu simplesmente não tenho. Não podemos deixar isso assim?" "Não. Você é uma mulher atraente. Deve haver um homem em sua vida." Ela olhou para qualquer lugar, exceto ele, o rosto aquecido de vergonha. Fazia-a se sentir eufórica que ele a achasse atraente. Esse sentimento se desvaneceu rapidamente. Ele poderia ter dito isso por ser educado.

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"Eu apenas pensei que era mais seguro. Eu estava vivendo uma mentira, incapaz de confiar em ninguém, pois isso poderia me matar. Um namorado poderia ser uma pessoa contratada por meus chefes para ver se eu era confiável ou não. E também não queria que nenhum desses lugares pensasse que eu tinha laços estreitos com qualquer um que poderia ser prejudicado por associação. Eles gostavam de fazer ameaças de matar as pessoas a quem nos importavam se traíssemos nossas cláusulas de confidencialidade." Ela fez uma pausa. "Eu me distanciei de meus amigos e familiares para protegê-los. Eles só têm notícias de mim em aniversários ou Natal. Eu sabia que aquelas não eram ameaças vazias depois..." Ela simplesmente não podia dizer aquilo. "Que eles te obrigaram a se tornar uma cobaia," ele adivinhou. "Sim," ela sussurrou. "Depois disso eu não tive dúvidas do quão mal esses bastardos poderiam ser." "Eu já volto." Ele saiu do quarto. Um olhar no criado-mudo lhe assegurando de que ele tinha levado o celular. Ela realmente queria discar o número do Agente Brice. Ele tinha um monte de explicações a lhe dar e ela tinha algumas palavras bem escolhidas para lhe dizer. Ele havia mentido e ela tinha sido usada. True não iria perdoar isso. Ela se amontoou na cama. Um breve passar de olhos pelo quarto revelando que ele não guardava muitas lembranças ou itens pessoais. Lembrando-a mais de um quarto de hotel do que uma casa. Isso a deixou triste. Ela desejava que houvesse lembranças em suas paredes, ou pelo menos algumas fotos de amigos para indicar que ele tinha um monte de gente em sua vida.

*****

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True desligou o telefone e apertou os dentes em frustração. A equipe da força-tarefa parecia desconfiar da história de Jeanie. Trey o escutara até que Tim veio ao telefone depois de alguns minutos de conversa. O macho novamente exigira que ela voltasse para sua custódia. Não ia acontecer. Um leve ruído no outro cômodo o alertou para os movimentos de Jeanie. Ele foi até a porta e espiou dentro. Ela saiu da cama, cruzou o quarto e parou na frente de sua cômoda. "O que está fazendo?" Ela saltou e se virou, os olhos arregalados. Suspeita veio à tona de que ela pudesse estar procurando uma arma. Ele queria confiar nela, mas se recusava a ser feito de bobo novamente. "Eu não queria incomodá-lo, mas esperava que talvez pudesse me emprestar algumas de suas roupas." "Por quê?" Ela acenou com a mão para frente do corpo. "Não sou muito fã desses vestidos. Eles são meio incômodos e não tinha mais nada para eu usar no hospital." "Há camisas na gaveta de cima. Você pode pegar uma." A ideia da roupa dele contra sua pele nua criou uma reação estranha e possessiva dentro dele. Ele não gostou nem um pouco, mas se recusava a lhe negar conforto. "Você tem boxers ou shorts com cordão?" "Terceira gaveta." "Obrigada." Ela pareceu emocionalmente devastada enquanto simplesmente ficava lá. "Odeio que seja tudo tão estranho entre nós. Imaginei que as coisas seriam diferentes se alguma vez nos víssemos novamente." Curiosidade se tornou forte demais para resistir. "Como assim?" "Nunca passou por minha cabeça que você pensaria que eu era um dos caras ruins." "Você é fêmea." Ele esperava que um pouco de humor pudesse aliviar a situação tensa.

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"Você sabe o que quero dizer." Ela suspirou. "Obrigada por pelo menos me dar o benefício da dúvida e me trazer para cá em vez de permitir que eles me levassem para prisão." Ele deu um passo cauteloso para mais perto, depois outro, antes de chegar a um impasse. "Você nunca me fez mal ou a quaisquer outros com quem falei de Drackwood. Fuller é um lugar ruim para fêmeas. Uma foi morta lá alguns meses atrás. Eu me recuso a permitir que você seja colocada em perigo." "Assassinada? Você quis dizer executada?" "Não por nós." Ele lamentou o medo que identificou em suas feições. "Os guardas de lá permitem que os presos façam um pouco de exercício, às vezes, andando entre as gaiolas. A porta da cela da fêmea não estava trancada, por engano, e ela foi atacada pelos outros prisioneiros quando eles libertaram alguns dos machos. Os guardas não foram capazes de salvá-la." Ela deu um passo atrás e esbarrou na cômoda. "Isso é horrível. Eles a espancaram até a morte?" "Você não quer saber os detalhes. Ela não morreu bem." "Obrigada por acreditar em mim. Tenho medo de Polanitis. Ele tem que saber que eu sou a razão de Drackwood ter sido descoberta. Eu nunca tinha ficado doente para o trabalho, exceto no dia do ataque. Ele faria qualquer coisa para se vingar." True se sentiu grato que ela não o questionasse ainda mais sobre a humana que tinha sido morta. "Quero acreditar em tudo o que você diz." Ela se encolheu. "É difícil confiar em mim. Entendo." Ele não gostou de ver a infelicidade em seu rosto. "Você pode trocar de roupa no banheiro." Ele deslizou o olhar por seu corpo, se demorando um pouco demais em suas pernas bem torneadas e atraentes. "Quero que fique confortável." Ela se virou. A cômoda era alta e ela teve que ficar na ponta dos pés para olhar dentro quando abriu a gaveta de cima. Ele foi imediatamente em seu auxílio. Pressionando o torso contra suas costas ao alcançar ao seu redor, a mão roçando a dela quando pegou uma camisa. 121


Jeanie respirou fundo, virando a cabeça para olhar para o rosto dele. Ele estudou suas feições. "Eu não vou te machucar." "Eu sei." Ela não se esquivou. Ela tinha um cheiro doce. O cheiro persistente do medo dela jogando o inferno em sua libido. Seria fácil enrolar um braço em sua cintura, levantá-la do chão e levá-la para a cama, a poucos passos de distância. Ele se tornou ciente de suas diferenças de tamanho. Ele nunca tinha montado uma humana, mas queria. O dourado de seus olhos era absolutamente lindo. Ele baixou o olhar para seus lábios entreabertos. O desejo de beijá-los se formando enquanto seu corpo respondia às curvas suaves do traseiro dela tocando levemente suas coxas. Os dois vestidos do hospital que ela usava eram finos, fáceis de tirar. Ele agarrou a camisa e a puxou fora da gaveta. "Vá para o banheiro se trocar. Feche a porta," ele conseguiu dizer enquanto colocava um pouco de espaço entre eles. A forma como sua voz se aprofundou não pôde ser evitada. "Você está bem?" "Sim. Eu mal consegui dormir nos últimos dois dias." Ele se recusava a admitir que seu mau humor não era resultado do cansaço. Ele queria Jeanie. Ela provavelmente gritaria se ele tentasse montá-la. "Vá agora," ele ordenou, seu controle por um fio. Ela cheirava muito bem, estava muito perto e seu pau crescia mais duro a cada segundo. Ela iria notar se ele não a levasse para longe dele. Ele estendeu a camisa para ela. "Pegue-a. É bem macia e uma das minhas favoritas." "E quanto as boxers? Ou os calções?" "Você vai estar na cama se recuperando dos ferimentos. Não precisa deles e a camisa vai ficar bem comprida em você." Ela estaria nua da cintura para baixo por baixo. Sua imaginação foi para lá. Flame havia dito que ela raspava a maior parte dos pelos em seu sexo. Ele nunca tinha desejado explorar a anatomia de uma fêmea humana, mas Jeanie era diferente. Não havia um

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centímetro dela que ele não gostaria de memorizar pelo tato e paladar. "Vá. Preciso trocar meu uniforme." Ela aceitou a camisa. Ele se virou de costas, caso ela notasse a forma como o material de sua calça se esticava para conter sua ereção. Ele a queria no outro cômodo e longe dele. Ele agarrou a parte inferior da camisa, sabendo que a visão dele se despindo iria motivá-la a fugir. A porta clicou fechada antes que ele a puxasse sobre a cabeça e a jogasse em um canto. Ele olhou para a porta do banheiro e amaldiçoou baixinho. Eu tenho que protegê-la, mas quem vai mantê-la a salvo de mim?

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Capítulo Sete Jeanie estudou seu reflexo no espelho enquanto removia os vestidos do hospital. Contusões ainda marcavam um lado de seu rosto e queixo, mas as cores estavam erradas. Elas deveriam estar em preto e azul, não um amarelo esverdeado. O curativo cobria seu abdômen inferior de um lado, gaze o vedava sob uma cobertura de plástico transparente. Era feio, mas ela temia que o que se escondia lá debaixo parecesse pior. Ela hesitou antes de cuidadosamente puxar as bordas, o adesivo um pouco doloroso quando ela o afastou da pele. Ela jogou o curativo no lixo ao lado do vaso sanitário. O ferimento de bala não era um buraco. Era uma linha vermelha de uns cinco centímetros com pequenos pontos de grampos. Eles não tinham se incomodado em dar pontos. Ela passou a ponta do dedo sobre a linha irritada e irregular marcando sua pele, atordoada. Ela não tinha tirado o jaleco para examinar o quanto estava ferida quando tinha levado o tiro, mas havia bastante sangue. Alguma coisa não batia. Deveria haver um buraco sangrento, não uma linha de incisão praticamente curada. Seus joelhos enfraqueceram e ela cambaleou, tendo que agarrar o balcão para se manter de pé. Um pequeno ruído escapou de seus lábios entreabertos enquanto ela tentava descobrir como isso era possível. "Jeanie?" A voz de True do outro lado da porta a assustou. "Você está bem?" Ela se lançou para a camisa que tinha colocado em cima do balcão, agarrando-a e puxando-a por cima da cabeça. "Sim. Não. Não sei." 124


Ele abriu a porta antes que ela tivesse conseguido puxar a camisa até o fim das coxas. Ela lhe deu as costas, numa tentativa de manter a modéstia. A ação rápida a deixou tonta e ela quase tropeçou em seus próprios pés. Um braço grande e sólido se envolveu ao redor de seu torso para ancorá-la na vertical, e ele usou o corpo para sustentá-la. "Jeanie? O que há de errado?" Ela não torcer a cabeça para olhá-lo, ao invés encontrou seu olhar no espelho. "Quanto tempo fiquei desacordada?" "Não entendi. Você desmaiou?" "Não! Eu levei um tiro! Senti a dor, vi o sangue, mas acabei de remover o curativo. Fiquei em coma ou algo assim?" Ele ajustou o agarre o suficiente para virá-la para encará-lo. Ela notou que ele estava sem camisa. Ela não pôde deixar de olhar para toda aquela pele bronzeada. Os músculos bem definidos dos braços eram imponentes, mas fascinantes ao mesmo tempo. "Respire fundo e se acalme," ele exigiu. "Eu acabei de ver onde fui baleada. Está quase curado. Como é possível? Quando eu fui baleada? Quantos dias fiquei no hospital antes de acordar?" True mudou o agarre até que o braço engachou em seus quadris e a mão livre afastou seu cabelo do rosto. "Foi-lhe dado as drogas da Mercile. A mesma coisa que eles usavam nas Espécies para nos ajudar a curar rapidamente." Ela ficou feliz que ele a estivesse segurando quando essa informação afundou. "Aquelas que a FDA proibiu?" Ela tinha visto sobre isso nos noticiários. Uma vez que se tornara conhecido que a Mercile Industries usava métodos ilegais para produzir alguns medicamentos inovadores, abusando de Novas Espécies, todos os produtos que fizeram tinha estado sob intensa investigação. Os resultados tinham sido terríveis, quando encontraram evidências de que os testes das drogas em humanos acabaram em mortes, algo que a Mercile tinha conseguido encobrir até aquele ponto. "Elas são perigosas, não são?" 125


Um músculo ao longo da mandíbula dele saltou. "Você estava em estado crítico e os médicos achavam que não tinha nada a perder. Você respondeu bem à droga de cura, mas foram retiradas logo que ficou fora de perigo." "Quando foi que levei o tiro?" "Ontem de manhã." "Isso é impossível." Ela alcançou entre eles, pressionando a palma sobre a ferida. "Já fiz cirurgia antes. Isso parece ter pelo menos umas duas semanas. Ainda deveria estar cru e precisava de pontos ou algo assim. Nem sequer precisa de curativo. Eu..." Sua mente apagou, muito tomada por pensamentos conflitantes. Não deveria ser possível, mas ela viu as provas. Que tipo de danos já haviam sido feitos a seus órgãos internos se as drogas fossem falhas? A que tipo de efeitos colaterais a longo prazo ela tinha sido exposta? Ela tentou se lembrar dos detalhes exatos de como as pessoas envolvidas nos estudos das drogas tinham morrido, mas não conseguiu. True rosnou e se inclinou, pegando-a nos braços. Ela não protestou quando ele a levou para o quarto. "O Dr. Harris deveria ter lhe explicado isso." Ele gentilmente a depositou sobre a cama e se agachou. Ela sustentou seu olhar. "Você está bem. A droga ajudou a te curar mais rapidamente. Você teria morrido sem ela." Um detalhe veio à tona. "Algumas daquelas pobres pessoas tiveram convulsões e derrames dos medicamentos feitos pela Mercile." "Eu não sabia que você tinha sido dosada até depois que estava feito. Fiz o Dr. Harris tirálas assim que soube dos riscos. Algumas delas ainda estão em seu sistema embora, assim sua cura está em andamento. É nos dada regularmente quando somos feridos." Isso era preocupante. "Seu povo propositadamente tomam as drogas da Mercile?" "Eles nos usavam para aperfeiçoar seu desempenho." Ele deu de ombros. "Elas funcionam muito bem nas Espécies, mas, aparentemente, são fortes demais para os humanos." 126


Ela tocou o rosto. "Estou curando em um ritmo acelerado." "Sim. Agora você vai se curar normalmente depois que saírem completamente de seu sistema." Ele alcançou e pegou sua mão, segurando-a delicadamente. "É por isso que você precisa se acalmar e descansar bastante. Não se preocupe com nada agora. O estresse é ruim para sua recuperação." Ela não pôde evitar o riso amargo. "Certo. Sem stress. Acabo de descobrir que estive trabalhando para um idiota que me usou para ferrar a NSO e quase fui enviada para a prisão. E ainda estou sendo considerada uma má pessoa por seus homens da força-tarefa, mas tudo o que eu queria fazer era salvar as pessoas." A realidade de sua situação a atingiu. "Você ainda não tem certeza se pode confiar em mim." Ela baixou a cabeça, não querendo que ele a visse piscar longe as lágrimas. Era embaraçoso parecer tão fraca, afinal ele tinha sobrevivido durante toda a vida. "Jeanie." A maneira como ele disse seu nome com aquela voz sexy e rouca puxou seu olhar. Ele soltou sua mão e levantou. Ela se perguntou se ele estava desgostoso com suas lágrimas. Ele fez o inesperado então, sentando-se na beirada da cama e se inclinando para o lado o suficiente para apoiar uma das mãos do outro lado de seu quadril. Ele fechou o espaço entre eles até que seus rostos estavam a centímetros de distância. Ela se esqueceu de como respirar. Não havia correntes prendendo os braços dele acima da cabeça agora, nada o impedia de fazer o que quisesse. Ele cheirou e se inclinou, aparentemente interessado em seu pescoço quando o roçou com o nariz. Ela ficou muito quieta, sem saber quais eram suas intenções. "True?" Ela sussurrou, sugando um fôlego afiado. Ele recuou um pouco para olhar em seus olhos. "Você não está excitada. Eu costumava sentir esse cheiro em você quando estávamos tão perto." Jeanie engoliu, atordoada. Seu rosto aquecendo. "O quê?" Ela realmente esperava que tivesse desmaiado e entrado em um pesadelo. Acorde! Nada mudou quando ele piscou, o castanho 127


atraente dos olhos dele revelando manchas escuras perto das pupilas enquanto ela os olhava profundamente. "Tenho pensado muito sobre nossas interações no passado e se você ainda iria reagir da mesma forma, agora que não estou mais contido." Ela ficou sem palavras. "Eu não tinha certeza se era por que você estava no controle ou se era meu corpo que você achava atraente." "Eu..." Ela engoliu em seco novamente. "Controle? Não entendi." Ela não queria falar sobre o corpo dele. Que estava metade nu e muito perto dela. "Alguns humanos sentem excitação sexual, quando têm domínio físico sobre outra pessoa. Você podia fazer qualquer coisa comigo, sem consequências. Era por isso que ficava excitada?" "Eu odiava te ver acorrentado. Não passava um dia em que eu não quissesse que você estivesse fora delas." Isso foi honesto. Ele franziu o cenho. Ela olhou para seu peito largo, os músculos perfeitamente definidos de seus peitorais, o cor-de-rosa escuro dos discos planos de seus mamilos. Eles eram ligeiramente duros, os centros frisado. Ela engoliu em seco, incapaz de não olhar abaixo em seu tanquinho que quase implorava para ser tocado. Ela rapidamente olhou para cima, mas seu rubor intensificou quando percebeu que ele a pegara o examinando. "Era meu corpo que atraía essa reação em você?" Ela desviou o olhar e desejou que um buraco se abrisse sob ela para que pudesse desaparecer. Ele a tinha presa na cama entre a mão ao lado de seu quadril, a cabeceira da cama atrás dela, e o corpo bloqueando sua saída pela lateral. "Jeanie?" O rosnado forte a assustou e ela puxou o olhar de volta para o rosto dele. Ele parecia um pouco irritado. "O quê?"

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"Eu quero respostas e você é a única que pode me dá-las. Não faça joguinhos de humanos. Seja direta. Por que eu cheirava excitação em você quando estávamos perto um do outro?" O desejo de tocá-lo se tornou tão forte que ela agarrou as mãos para se impedir de seguir com a ação. Tantas coisas horríveis tinham sido feitas a ele em sua vida que ela achava que ele merecia respostas a todas as perguntas que fazia. Mesmo que acabassem sendo desconfortáveis e embaraçosas para ela. "Eu não vou te machucar." "Eu acredito nisso. É só que eu não esperava essa conversa." Ela parou, sentindo um pouco de culpa. "Não é um tema fácil, sabe?" "Responda-me," ele exigiu, suavizando o tom. "Eu sempre me senti atraída por você," ela admitiu, baixando o olhar para seu pescoço. O que tornava um pouco mais fácil admitir seus segredos. "Nós não fomos capazes de passar muito tempo juntos, mas eu simplesmente sentia essa atração por você. Não fazia muito sentido, mas era assim que eu me sentia." "Você queria que eu a tocasse?" Ela assentiu, abaixando o queixo, mas depois virou a cabeça, uma vez que isso a deixou olhando para seus mamilos. "Sim." "Você sentia essa mesma atração com outros machos Espécies?" "Não! Era só você." Ela levantou a cabeça, segurando seu olhar. "Por que eu? Eu preciso saber." "Oh inferno." Ela estava envergonhada. "Você quer mesmo discutir isso?" "Sim." "Eu apenas gostava de você. Você é atraente, True. Você não me assustava ao rosnar ou se irritar quando eu tinha que coletar sangue. Eu apenas... Gostava de você." "Mas você não gosta mais? Eu não a estou assustando. Eu não sinto cheiro de medo."

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"Oh uau." Ela fechou os olhos, percebendo que ele não ia deixar o assunto morrer até que ela se humilhasse completamente para apaziguar sua curiosidade. Ela tinha certeza de que ele não entendia o quão difícil tinha sido para ela se sentir atraída por um homem que estava naquela situação de pesadelo. Tinha parecido algo tão errado sentir isso, um pouco perverso até. "Jeanie?" Ele tinha perdido a paciência, avaliando por seu grunhido irritado. Ela abriu os olhos e o olhou miseravelmente. "O que você quer de mim, 710? Um pedido de desculpas? Eu me ofendi tantas vezes que não é engraçado. Estou completamente envergonhada de mim mesma por saber como respondia a você." Ele recuou, a boca pressionada em uma linha firme. "Meu nome é True." "Desculpe. Eu apenas estou acostumada a pensar sobre você pelo número." "Você se envergonha de ter sido atraída por mim?" Sua voz se aprofundou e ele parecia irritado. "Por um animal?" "Você não é isso." Ela parou e gentilmente colocou a mão na frente do peito dele entre os mamilos, para evitar tocá-los. Ele era muito quente, a pele macia como seda, com uma massa sólida de músculos por trás disso. Precisou de muita força de vontade apenas deixá-la lá, em vez de explorar mais dele. Ela amaria surfar a palma sobre as ondas de músculos abdominais salientes na superfície plana de seu estômago de outra forma. "Você estava trancado naquele lugar infernal e era errado em muitos níveis me sentir atraída lá. Não por causa de sua genética, mas porque você já era vítima o suficiente." O olhar dele se estreitou. "Eu não cheiro mais a excitação em você. Por que isso?" Ele, aparentemente, achava de alguma forma insultante que ela não mostrasse quaisquer sinais físicos de que ainda o achava sexy. Ela relaxou o corpo tenso e tomou algumas respirações calmantes. Por mais que ela o visse como uma pessoa, havia grandes diferenças entre as Espécies e os humanos. Ela precisava se lembrar disso, se iria baixar a guarda. Qualquer constrangimento

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causado ao lhe permitir saber como ele a afetava esmaeceu comparado com fazê-lo sentir como se ela o visse como menos do que qualquer coisa puramente notável. Ela respirou pelo nariz, amando como ele cheirava. Então estudou seus lábios firmes. Eram generosamente cheios, um traço da Espécie que ela fantasiara muitas vezes. Só de pensar em qual seria a sensação de roçar a boca contra a dele causou uma vibração em sua barriga e seus mamilos endureceram. Ela examinou seus olhos a seguir. Esse tom de castanho havia se tornado sua cor favorita depois de conhecê-lo. Tudo nele era fascinante. As narinas dele chamejaram e ela estudou seu nariz. Era mais largo do que um humano, um pouco mais plano e perfeitamente compatível aos seus outros traços. Rugas leves plissaram as laterais acima disso quando ele cheirou, uma bela visão. Ele tinha as maçãs do rosto fortes, um queixo quadrado, e tudo nele parecia tão masculino quanto um homem poderia ser, em sua opinião. Não havia nada de infantil naquele rosto. Rotulá-lo de belo parecia um eufemismo. Algumas pessoas achavam que as Novas Espécies pareciam um pouco duras demais, mas ela não concordava. "Tenho tentado lutar contra como me sinto quando você está perto de mim, True." Ela ficou orgulhosa ao dizer seu novo nome. Era algo que teria que ficar repetindo dentro da cabeça para não chamá-lo acidentalmente de 710. "Não estou agora. Como eu cheiro?" O rosnado baixo que retumbou dele e as leves vibrações sob sua mão foram sexy, mas um pouco assustador ao mesmo tempo. Ela não tinha certeza se era causado por raiva, mas ela rapidamente a descartou, quando ele se inclinou mais perto. Ela não viu isso em seus olhos quando os estudou, mas o que quer que ele sentia parecia muito intenso. Jeanie se perguntou se ele iria beijá-la. Ele inclinou a cabeça para um lado e cheirou seu pescoço ao invés. Arrepios do tipo bom irromperam em seus braços quando hálito quente provocou sua pele sensível sob a orelha. Um especial de TV que ela tinha visto em uma estação a cabo passou por sua mente. Ela inclinou o rosto para lhe dar livre acesso à sua garganta para

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reconhecer o domínio dele, do jeito que tinha visto os lobos fazerem. Ele poderia morder, suas presas afiadas como caninos uma ameaça real, se ele planejasse tirar sangue. True tinha exibido alguns traços em Drackwood que eram uma reminiscência do lobo macho em destaque no programa de comportamento-animal. A graciosidade de seus movimentos eram semelhantes àquelas criaturas orgulhosas, e ele tendia a grunhir e rosnar para expressar seus sentimentos, assistindo tudo ao seu redor com uma cautela aguçada. Ele podia ser humano, mas seria uma tolice esquecer sua outra herança. Jeanie lhe deu sua confiança absoluta, liberando todo o medo. Ele não vai me machucar. Ele poderia ter feito isso quando estávamos naquela cela, mas nunca fez. Relaxe. Respire. Deus, ele acabou de me lamber? A língua molhada e quente roçou sua pele tão rapidamente que ela não tinha certeza se tinha realmente acontecido. Outro rosnado baixo soou dele. Ela queria olhar para ele, ver sua expressão, mas não queria que ele parasse o que estava fazendo. Ela moveu o polegar, acariciando a pele sedosa. Ele pressionou o peito mais firmemente contra sua mão, parecendo incentivá-la a continuar. Ela corajosamente avançou a palma mais alta e seu polegar fez contato com o mamilo tenso ao roçar a ponta. Ela hesitou quando ele sugou um fôlego afiado. "Jeanie." A respiração dela aumentou com a forma como a voz dele soou rouca. "Sim?" Ela mal conseguiu sussurrar. "Vá se trancar no banheiro." Essa era a última coisa que ela esperava que ele dissesse com eles praticamente agarrados um contra o outro ali sentados na cama. Ele não se afastou, não tirou os braços de seus lados, mantendo-a presa entre seu corpo e a cabeceira da cama. Sua frequência cardíaca aumentou, mas ela não estava com medo. Ele querer colocar uma porta entre eles indicava que ela estava em algum tipo de perigo, mas ela não acreditava nisso. "Por quê?" 132


A ponta do nariz dele roçou sua garganta. "Vá." Ela teria que se empurrar para volta contra a cabeceira da cama e se mover para longe dele através da abertura entre a mão achatada no colchão ao lado de sua coxa e a parte superior da cama para realizar esta façanha. "True? Por quê?" Ele lentamente levantou a cabeça e seus olhares se encontraram. O castanho de seus olhos parecia mais escuro, mas poderia ser porque suas pupilas estavam maiores do que o normal. "Eu te quero." Seus lábios se separaram, mas as palavras não saíram. Ela não ficou exatamente surpresa com esse anúncio após a conversa que tiveram. Explicava por que ele tinha sido tão inflexível em descobrir por que ela lhe respondia daquele jeito no passado. Ele acabara de admitir que a atração era mútua. Isso é bom, certo? Um olhar em sua expressão séria deixou dúvidas. Ela se esforçou para encontrar o jeito certo de lhe perguntar o que havia de errado em estar atraído por ela. "Vou levá-la se você não ficar longe de mim agora." Levar-me para onde? Oh! Ele quer dizer sexo. Ele vai me levar no... Puta merda! Ele quer dizer isso. Imagens de ele se inclinando para ela e a empurrando sobre a cama encheram seus pensamentos. Isso não a enviou em pânico para fugir. Ela queria True pelo que parecia uma eternidade. Ele estava bem ali à sua frente e ela lamentara sua perda depois que ele havia sido libertado de Drackwood, certa de que nunca mais o veria. Muitas noites solitárias e sonhos sobre ele a tinham deixado com uma tonelada de arrependimentos. Ela teria dado um monte só para ter tido cinco minutos a sós com ele. Estamos em seu quarto. Sem câmeras. Sem guardas correndo para cá para machucar qualquer um de nós por quebrar todas as regras agora. Sem regras. A única coisa que a impediu de lhe pedir para beijá-la foi o próximo pensamento que lhe veio à cabeça. Isto vai ser apenas sexo para ele e nada mais.

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Ele de repente rolou fora da cama, colocando espaço entre eles. E ficou de frente para a parede ao lado da porta, as mãos em punhos em seus lados. "Vá para o banheiro. Tome banho. Você precisa lavar esse cheiro agora." Ela não se moveu. Ele tinha rosnado as palavras, mas ela entendera cada uma. Parte dela queria fugir para o outro cômodo e trancar a porta do jeito que ele sugerira. Seria mais inteligente e mais seguro quando se travava de seu coração se ela nunca conhecesse seu toque. Não posso perder o que nunca tive, seu lado lógico afirmou. É claro que isso é besteira, sua outra parte protestou. Será apenas mais um lamento a se adicionar a uma longa lista, se eu fugir dessa oportunidade. Ele flexionou os dedos. "Você me ouviu? Afaste-se, Jeanie." Ela se moveu, ficando de joelhos. O colchão era grande e um pouco mais firme do que ela gostava, mas era a cama dele. "True?" Ele virou a cabeça em sua direção. Era impossível ignorar a forma como seus lábios se separaram e aqueles caninos afiados se revelaram em um grunhido silencioso. Ele parecia chateado, mas o instinto lhe assegurava que não era esta a emoção por trás de sua posição de combate. Frustração também poderia conduzir qualquer homem a querer fazer furos na parede. É isso. Sem volta, uma vez que abrir a boca. Fale agora ou se odeie mais tarde por ser uma covarde que amareleou para fazer a única coisa que mais queria. Eu sempre disse que pagaria qualquer preço para poder estar com ele ao menos uma vez. "Venha cá." Ela levantou a mão, ignorando que tremia um pouco, e a estendeu para ele. Ele virou-se lentamente e deu um passo, depois outro, como se atraído por ela por alguma força magnética que ele não conseguia negar. Ela olhou de cima a baixo em seu corpo enquanto ele se aproximava. True era um homem grande com sua altura elevada e músculos volumosos. Um pouco de incerteza a atingiu quando ela considerou que sabia muito pouco sobre como Novas Espécies realmente faziam sexo. Alguns dos funcionários com quem trabalhara tinham insinuado que os machos tomavam as fêmeas estilo cachorrinho e eram rudes. Ele tinha partes humanas

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embora, provavelmente maiores que a média também. Ele teria que ter cuidado ou poderia quebrá-la.

*****

True se aproximou de Jeanie com trepidação. Ela não entendia que ele estava muito perto de perder o controle ou que ela estava concordando em partilhar sexo. Ele começou a suar com a perspectiva de realmente consegui-la nua e debaixo dele. Ele fez uma pausa, estudando-a de joelhos no meio da cama. Ela parecia tão humana e pequena. Frágil. Ela fez um som estranho e ele puxou o foco para seu rosto. Ele percebeu a forma como seus lábios estavam curvados nos cantos. Era um sinal de diversão. "O que é engraçado?" "Nada." Ela disse tão baixinho que ele teve que se esforçar para ter certeza de que a ouvira corretamente. Ele não acreditou nela. "Você sorriu. Por quê?" "Um..." Ela lambeu os lábios. "Só percebi que você pode realmente fazer o que a maioria dos homens apenas fazem piadas." "Não entendi." A expressão dela ficou séria. "Não é nada. Venha cá." Ela mexeu os dedos, o que implicava que ele deveria segurar sua mão. Ele não se moveu. "O que posso fazer que os outros machos fazem piadas?" Jeanie mordeu o lábio inferior. "Não importa." "Não faça joguinhos humanos." Frustrava-o que ela sempre evitasse suas perguntas ou as descartava. Uma fêmea Espécie não.

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"Você pode me quebrar." Ele não viu medo em seus olhos ou o cheirou quando farejou o ar. O cheiro muito doce dela tinha mudado para algo mais tentador. Não importava o quão poderoso um macho era, ele poderia ser levado de joelhos pelo cheiro de excitação que pulsava forte fora de uma mulher, especialmente uma que True queria tanto quanto ele queria Jeanie. Ele baixou o olhar para a parte inferior da camisa que lhe havia emprestado. Escondia a visão de suas pernas. Essa barreira fina era a única razão dele não ter se lançado para ela e colocado a boca entre suas coxas para descobrir se ela saboreava tão bom quanto cheirava. Os sentimentos de proteção por ela também o tinham em cheque. Ela tinha acabado de declarar que estava preocupada de que ele pudesse machucá-la. "Eu não vou te machucar." Ele não conseguiu esconder o insulto sobre sua palavra estar sendo questionada. Tudo dentro dele se sentia conectado a protegê-la, mas ele se recusava a revelar essa fraqueza. "Eu prometi que não o faria." Sua mão estendida caiu para pousar sobre o baixo ventre. "Não foi isso que eu quis dizer." "Você acredita que vou quebrar seu pescoço ou suas costas." Ele prendeu o fôlego da sensação daquela mão em sua pele nua. "Para quebrar alguém implica isso." "Não." O rosto dela ficou rosado. "Não neste caso. É uma frase humana." Ela disse apressadamente. "Os homens se gabam de conseguirem quebrar uma mulher quando fazem sexo. É, hum, não se trata de realmente quebrar nada delas. Oh, inferno. Por favor, esquece o que eu disse. Foi uma piada de mau gosto, pois estou nervosa. Tendo a tagarelar quando estou." Sua irritação desapareceu. "Por quê?" "Não sei. Sempre me acontece isso." Ele deu outro passo mais perto, sendo mais claro com a pergunta. "Por que ficar na minha cama, se você não tem certeza de saber se iria gostar de ser tocada?" "Eu te quero." Ela mordeu o lábio inferior novamente.

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O gesto era algo que ele notara que ela tinha feito mais do que algumas vezes e mentalmente tomou nota. Era uma maneira de ler suas emoções quando ela se sentia incerta de uma situação. "Não estou convencido." Ele odiou admitir isso. Neste momento, ele estava disposto a ignorar quase qualquer coisa para aliviar a dor na virilha. Seu pau estava inchado e preso em uma posição desconfortável dentro da calça. Antes, ele teria apenas tomado a fêmea à sua ao pé da letra, mas Jeanie era diferente. Ela não sabia que uma vez que ele começasse, nada o impediria de possui-la em todos os sentidos possíveis. Ele era obstinado, mas não quando se tratava dela. Seu desejo por ela o dominava, fazendo com que uma dose de medo cursasse através dele. Seus instintos assumiriam no primeiro gosto. Ele lutou contra a névoa de luxúria, lembrando-se do que aconteceria se não conseguisse parar se ela pedisse. Surpreendentemente, a demanda principal para protegê-la de qualquer coisa, até si mesmo, ajudou a aliviar a necessidade o martelando para atacar. "Eu nunca fiz isso antes. É por isso que estou nervosa, mas eu quero você, True. Eu juro." "Você nunca compartilhou sexo?" Ele cambaleou para trás com horror, quase tropeçando nos próprios pés. Isso explicaria como ela estava segura de que seu corpo não tinha sido usado em experimentos reais de procriação. Ela dissera que não tinha namorado por um longo tempo antes de lhe darem a droga. Os humanos não eram tão simples sobre a sexualidade como as Espécies. Disseram-lhe que causava dor a uma fêma a primeira vez que um macho a montava. Jeanie iria sangrar e provavelmente derramar muitas lágrimas. Seu pau amoleceu. Ele não podia fazer isso com ela. Ele não faria isso. "Eu já." Ela baixou o olhar. "Você está mentindo." Ela o encarou. "Eu não sou virgem. Eu quis dizer que nunca estive nesta situação antes." Ela estendeu a mão para ele novamente. "Mas eu quero estar, porque estou com você."

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True sabia que deveria virar e sair do quarto. Os dois compartilharem sexo era uma má ideia. Ele simplesmente não conseguia resistir a ela. Seus pés não se afastaram e, ao invés ele se aproximou. "É porque eu sou Espécie," ele supôs. "Não. Isso não importa para mim. Nunca fiz sexo com um cara a menos que tivéssemos um relacionamento de longo prazo primeiro. Sabe, saindo em um monte de encontros e passando alguns meses nos conhecendo primeiro." Perguntas sem resposta o bombardearam. Por que ela abriria uma exceção com ele, se precisava passar esse tipo de tempo com um macho antes de compartilhar sexo? Era uma exigência humana? Ele decidiu esperar para descobrir este mistério. Jeanie estava disposta e em sua cama. Esta era a linha de fundo. Ele parou na beirada da cama e pegou sua mão gentilmente oferecida. Ela era suave e delicada. O perfume dela encheu seu nariz, deixando-o duro de novo. Ele não queria conversar mais, mas eles precisavam trocar mais algumas palavras. Ele se obrigou a falar enquanto olhava profundamente em seus olhos. "Eu faço ruídos que humanos não fazem, mas vou ser gentil e ir devagar." Ele sabia que seria a coisa mais difícil que já fizera. Era difícil usar a cabeça em seus ombros quando a inferior exigia se libertar da calça, mas era importante Jeanie não se assustar com o inesperado. "Vou até montá-la de frente para mim. Sei que os humanos gostam de contato visual. Vi alguns vídeos com humanos compartilhando sexo e vou tentar fazer o que eles fariam." Jeanie estendeu a mão livre e segurou seu ombro. Usando-a para se puxar e ficar de pé na cama. True ergueu o queixo para continuar olhando em seus olhos. Ela puxou de leve suas mãos entrelaçadas e ele a soltou. A sensação dos dedos acariciando ambos os lados de sua mandíbula foi o céu quando ela fez. O toque foi leve e hesitante, mas incrível. Ela se inclinou mais perto, focando-se em seus lábios. "Agora é você quem está nervoso e tagarelando. Eu não estou com medo e sei exatamente o que você é, True. Esquece tudo que já viu os humanos fazerem em vídeos. Eu odeio essas coisas e 138


elas raramente mostram algo que eu gostaria que fizessem comigo. Eu não me importaria se você fosse mais gentil do que o normal embora. Você é muito forte e eu já tenho contusões suficientes." A lembrança de que ela tinha levado um tiro rompeu o resto de sua contenção. Ela poderia ter morrido e ele nunca teria podido tocá-la do jeito que sempre quis. Ele rosnou, passando os braços em volta de suas costas com cuidado, e puxando-a para mais perto. Os seios dela esmagados contra seu peito não foi suficiente com a camisa de algodão impedindo o contato pelecom-pele. Ele a levantou, afastando-se da cama, até que ela já não estava sobre isso, e, lentamente, agachou até que seus pés tocaram o chão. Ela lhe dera permissão para ignorar tudo que havia aprendido sobre sexo humano. Ele tinha planejado beijar sua boca, mas aqueles não eram os lábios que ele mais queria provar. Então decidiu que isso viria mais tarde. Ele se inclinou para frente, tomando cuidado com a lesão de seu estômago e empurrando contra suas costelas ao invés. O pequeno empurrão foi suficiente para mandá-la fora de equilíbrio quando suas coxas entraram em contato com a borda do colchão. Ela caiu deitada. A cama macia a amortecendo. True enrolou os dedos em seus joelhos, afastando-os, ao mesmo tempo em que levantava suas pernas altas o suficiente para ficar na posição que ele queria. A camisa tinha subido até sua barriga, desnudando-a completamente da cintura para baixo, lhe dando uma visão clara de seu sexo, do qual ele tinha estado fantasiando. A pequena faixa de cabelo muito rente correndo ao longo da parte superior de seu monte e nas laterais de seus lábios, formando um padrão, era intrigante. Ela havia tirado a maior parte dos outros pelos, não que ele quisesse perguntar como isso tinha sido feito, no momento. Ele tinha lido que algumas humanas usavam lâminas de barbear, enquanto outras tinham seus corpos encerados para remover os pelos indesejáveis. Ele empurrou suas coxas mais afastadas, apesar de senti-la tensa, mas ela não lutou ou protestou. Ele olhou para cima e a encontrou olhando-o com olhos arregalados, os lábios entreabertos. Ele sorriu, sabendo que a surpreendera. Ele voltou o foco para sua boceta. 139


Ela parecia pequena nessa área. Parte dele esperava que ela fosse maior de alguma forma, mas a fenda de seu sexo não parecia como se pudesse acomodar a espessura de seu pau. Ele estudou sua anatomia, sabendo que as fêmeas foram projetadas para esticar em torno do sexo masculino, mas parecia duvidoso que ela pudesse. "True?" Ela parecia um pouco assustada. Ele podia entender, já que tinha começado a suar frio de ansiedade no temor de que pudesse machucá-la ou simplesmente não caber quando chegasse a hora de montar Jeanie. Ele se inclinou para frente para distraí-la. Ela estava um pouco molhada, a prova de sua excitação, não só provocando o nariz dele, mas também seu pau. Os humanos gostam de palavras. Ele reprimiu um grunhido, frustrado que quase esquecera dessa parte. Ele salivava para ter a boca enterrada entre suas coxas e revestir a língua com o sabor de Jeanie, mas as necessidades emocionais dela tinham que ser cumpridas. Ele forçou o olhar a encontrar o dela. "Você é tão linda para mim. Tão delicada e um rosado tão sexy," ele murmurou, surpreso com o quanto quis dizer as palavras, uma vez que foram ditas. "Seu cheiro me deixa tão duro." Ele estremeceu interiormente com seu tom cru, mas não conseguiu evitar. Era um milagre que conseguisse sequer pensar ao algo ou manter um pingo de humanidade, quando seus instintos lhe pediam para lambê-la até que ela gritasse seu nome depois que a obrigasse a gozar o mais rápido possível. O resultado deixaria sua boceta encharcada e preparada para ele virá-la, incliná-la sobre o colchão, e montá-la. Só de imaginar qual seria a sensação de esfregar a coroa do pênis contra sua boceta quente e molhada foi suficiente para fazê-lo querer rasgar a frente da calça em vez de se preocupar em abrir o fecho. "Você está bem?" Sua voz saiu trêmula e ele viu um flash de incerteza em seus olhos. Ele não queria alarmá-la, compartilhando o quão perto se sentia de perder o juízo. Ele nunca quis uma fêmea tanto em sua vida. Até poderia ter quando lhe deram as drogas de

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reprodução, mas esta não era a causa do que estava acontecendo com ele agora. Jeanie parecia afetá-lo naturalmente de uma maneira semelhante. "Eu te quero tanto que dói," ele confessou enquanto lutava para falar com uma voz mais calma. "Apenas relaxe e eu vou te fazer se sentir bem." "Eu confio em você." Essas três palavras, ditas com pura convicção, o vexaram. Aqueles belos olhos o olhavam com sinceridade. Ele levou um momento, encontrou a força interior para lutar contra seus impulsos, e se focou em sua boceta novamente. Ela era tão atraente que ele não conseguia olhar para ela o suficiente. Ele lentamente se inclinou sobre ela, usando a pressão em suas pernas para empurrá-la para longe da beirada até o centro do colchão. Seu corpo deslizou facilmente através dos lençóis até que os quadris dele pressionaram contra o lado da cama. Ele abriu a boca e lambeu os lábios. Então bateu a língua em seu clitóris e o sabor doce e viciante enfraqueceu toda sua determinação. Ele selou os lábios ao redor do feixe de nervos, pressionando o rosto contra ela com força, e chupou. O gemido de Jeanie e a forma como seus quadris empurraram lhe asseguraram que tinha encontrado o ponto certo. Ele aplainou a língua direto onde ela precisava estar, aplicando pressão e soltando seus joelhos. E passou os dedos ao redor de suas coxas, segurando-a no lugar para que ela não pudesse mexer o suficiente para quebrar o contato. Ela era sua para dar prazer e ele teria certeza de que ela o quisesse tanto quanto ele a queria.

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Capítulo Oito Jeanie agarrou os lençóis, debatendo a cabeça enquanto fechava os olhos. True havia prendido suas coxas planas na cama com elas bem abertas, enquanto a boca brincava um verdadeiro inferno com seu clitóris. Era tão bom que quase doía. Ele chupou, sugando no broto carnudo com fortes puxões da boca. Toda vez que ela estava perto de gozar, ele abrandava, deixando-a louca. A ponta da língua sacudiu o clitóris em um movimento ascendente, lembrando-a de como ela gostava de chupar sorvete. Ele mudou para um novo padrão, balançando de um lado para o outro. Ou ele estava fazendo isso para atormentá-la com prazer ou descobrir o que ela mais gostava, tentando tudo em que podia pensar para ver como ela reagiria. Ela gemeu e empinou os quadris, mas não podia se mover muito. Ele havia se certificado disso. As mãos eram macias, mas firmes, não a soltando. Algo sobre estar tão completamente à mercê dele simplesmente a deixava ainda mais excitada. Ela ofegou, sentindo o suor umedecer sua pele, e arqueou as costas. Tornou-se intenso demais, mas ela não podia fechar as pernas. Ele era muito forte. Ela tivera dois parceiros sexuais em sua vida, mas nenhum deles a fizera sentir nada perto da dor que tudo-consume para encontrar a liberação que True inspirava. "Por favor." Ela estendeu a mão freneticamente, precisando tocá-lo. Seus dedos roçaram o cabelo na parte de trás da cabeça dele e ela quase puxou a mão. Era um medo real de que poderia cavar as unhas em seu couro cabeludo, uma vez que já tinha feito isso com a roupa de cama. Ao invés, ela agarrou alguns dos fios sedosos e pediu novamente; "Por favor, True." Ele rosnou e as vibrações a empurraram além da borda onde ela pairava perto da liberação. Todo seu corpo tremeu pela força do êxtase explodindo através dela da boca dele, 142


espalhando-se rapidamente, direto para seu cérebro. Ela gritou, nem sequer sabendo o que dizia ou se até mesmo fazia sentido. Ela não se importou. Todo seu mundo centrado na ponta da língua de True, que executava círculos apertados sobre o ponto mais sensível de seu corpo. Ela gritou novamente quando outra explosão de prazer a atingiu. Seus músculos vaginais tremiam enquanto ela sobrevivia a um segundo clímax, chocada que ele pudesse fazê-la gozar duas vezes em rápida sucessão. "Pare," ela implorou, incapaz de aguentar mais. Seu clitóris pulsava pela hipersensibilidade. Ele evitou brincar com ele novamente, mas a língua explorou mais baixo, traçando a costura de seu sexo. Ela aliviou o aperto de morte em seu cabelo quando seu corpo começou a relaxar, os músculos se tornando frouxos depois de tanto se contorcer. "Você é tão doce," ele gemeu. "Eu quero mais." Esse foi o único aviso antes que a língua penetrasse sua vagina. Ela gemeu na sensação deliciosa. Ele se retirou quase completamente e soltou suas coxas. Ela pensou que ele ia subir e ajustar o corpo sobre o dela para encontrar sua própria libertação. Era excitante e ela queria saber qual seria a sensação de estar unida a True. Todas as fantasias que ela tinha tido sobre tê-lo dentro dela finalmente se tornaria realidade. Ela abriu os olhos, olhando-o, quando ele levantou a cabeça. Ela teve que soltar seu cabelo. A expressão em seu rosto a fez arrancar. Ela teria jurado que ele estava furioso. "O que há de errado? Eu puxei seu cabelo? Eu não queria." "Você é muito apertada." "Isso é ruim?" A maioria dos caras gostam, certo? Já fazia um tempo desde que ela tinha feito sexo embora. As coisas poderiam ter mudado. "É, neste momento. Estou tão duro que poderia me oferecer para ser uma britadeira para quebrar concreto." Ele virou a cabeça, desviando o olhar, e ela notou que seus dedos estavam esbranquiçados do quão fortemente ele agarrava a borda do colchão. "Eu também poderia precisar

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cortar minha calça. Meu pau está preso entre o material e minha coxa. Preciso comprar um tamanho maior para acomodá-lo se você ficar aqui por muito tempo." Seu senso de humor foi inesperado e ela sorriu, sentindo-se extremamente feliz depois que ele lhe dera os melhores orgasmos de sua vida. Ela precisou se esforçar para se mover, quando realmente só queria se derreter na cama, mas se sentou. Os lábios dele estavam entreabertos, revelando as pontas dos caninos afiados. Era incrível que ele não a tivesse beliscado acidentalmente com eles, algo que ela não tinha pensado até o momento. "Vou ajudá-lo a tirá-la." Ele levantou a cabeça. "Não me toque." Seu humor desapareceu, substituído por preocupação. "Você está bem?" "Não." Ela tinha pensado que ele estivesse brincando, mas estava errada. Era dor, não raiva, marcando suas feições. "Oh, nossa, True." Ela não pôde dar uma olhada em seu colo, uma vez que ele estava de joelhos ao lado da cama. Ela se arrastou para o outro lado, escorregou e se aproximou dele do lado. "Fique aí." Ela fez uma pausa, estudando seu corpo. Ele estava de joelhos, os quadris pressionados contra o lado da cama. E ainda mantinha um aperto de morte na beirada do colchão. "Apenas abra a calça e vamos puxá-la para baixo até que fique livre." "Apenas vá para o banheiro e feche a porta." O que há com ele querendo que eu vá para aquele quarto? Ela não perguntou. "Eu não vou te deixar lidar com isso sozinho." Ele fechou os olhos. "Preciso que você fique longe de mim por pelo menos dez minutos." Teria ferido os sentimentos de Jeanie se ela pensasse que ele estivesse dizendo isso por maldade. Mas não estava. "Por quê?" "Meu corpo vai relaxar sem você aqui e vou poder tirar minhas calças, então." 144


"Você está seriamente, hum, preso?" Ela tentou entender como. Deveria ser tão simples como o que ela havia sugerido. "Por favor," ele murmurou. "Vá tomar um banho." "Não." Ela chegou um pouco para frente. "Eu vou até aí. Você poderia virar um pouco? Deixe-me ver o problema e tenho certeza que posso pensar em alguma coisa." Ela esperava que apenas parecesse que seu pênis estivesse preso porque o material tinha apertado ao redor de seja qual for o lado que ele o colocara. "Ou você pode me dizer onde tem uma tesoura. Posso cortar no lado da costura." "Não. Apenas vá para o outro cômodo." A campainha tocou. Jeanie arrancou com o barulho repentino, mas a reação de True foi muito pior. Ele rosnou quando levantou a cabeça, abrindo os olhos e olhando na direção da sala. "Porra!" "Você não pode atender. Eu devo? Vou dizer que você está ocupado ou tomando banho." Ela duvidava que ele fosse querer que alguém soubesse o que o estava incapacitando. "A menos que você acha que devo dizer a verdade e eles podem ajudá-lo." "Não vá lá. Ignore-o." "E se for importante?" "Vá tomar banho." "Droga, você é teimoso. Você me abandonaria se eu estivesse em um dilema?" Ela lamentou ter dito aquela última palavra. "Desculpe. Mau, trocadilho não intencional. Isso é ridículo. Você acabou de colocar o rosto em minhas partes íntimas. Já passamos do ponto de modéstia. Deixe-me ver o problema e podemos encontrar uma solução." "Não." A campainha tocou novamente, seguida por um punho batendo na madeira. Jeanie soltou um suspiro frustrado. "True –"

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Um grande estrondo veio do outro cômodo. Ela se virou, percebendo que o que ouvira tinha sido a porta da frente batendo na parede pela força de ser chutada aberta. Em poucos passos rápidos ela estava no outro cômodo. Duas Novas Espécies invadiram o apartamento, mas o primeiro perto da porta acenou para que o segundo parasse com um gesto de mão. Mas foi o segundo pairando logo dentro que segurou sua atenção. O cabelo era longo, até os ombros, mas ela nunca confundiria aqueles olhos azuis brilhantes e maliciosos. Ele usava jeans preto com uma camiseta, mostrando um monte de músculos. "712?" "Shiver," ele confirmou que se conheciam, a boca se curvando em um sorriso. "Onde está True?" O outro homem olhou em volta com um olhar duro no rosto até fixar sua atenção em Jeanie. "O que você fez com ele?" "Nada!" Ela olhou entre ele e 712. "Ele está –" "Você o machucou?" O felino rosnou, revelando caninos afiados. "Ela não faria isso, Tiger." 712 tentou contornar o cara. Tiger o empurrou de volta. "Fique fora disso. Eu lhe disse para esperar lá fora." Ele avançou para frente. "O que você fez com True?" Um baque veio por trás e ela se virou para olhar para True pesadamente apoiando contra o batente da porta do quarto aberta, com apenas a cabeça e a parte superior do corpo nu à mostra. Era como se ele estivesse usando a parede para esconder o resto do corpo. Seu olhar furioso e expressão dura eram claras. "Saia da minha casa!" Tiger parou de avançar. "Por que você não atendeu a porta? Por que está escodendo o resto do corpo?" "Saia da minha casa."

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A Nova Espécie de uniforme franziu o cenho. "Ela te machucou, não foi? O que você está escondendo? Ela te apunhalou?" Ele farejou o ar antes de arquear as sobrancelhas. "Merda. Você está nu. Eu interrompi vocês compartilhando sexo." "O quê?" 712 empurrou Tiger para tirá-lo do caminho. "Você tocou nela?" Suas narinas e o rosto geralmente bonito torceram em uma expressão muito semelhante a enfurecida para True. "Você disse que não faria isso." "Saiam da minha casa." True olhou para ela. "Venha cá, Jeanie." Ela não estava segura do que fazer. Parte dela queria falar com 712, mas True estava, obviamente, em uma situação embaraçosa que não queria que os outros homens descobrissem. Tiger e 712 poderiam estar lá para levá-la para a prisão. Ela recuou para o quarto e True bateu a porta fechada no segundo em que ela entrou. Ele amaldiçoou e levantou sua cabeça com a palma embalando suavemente seu rosto. Dedos fortes envolveram seu braço para virá-la um pouco até ficarem de frente. "Entre no banheiro. Eu vou lidar com isso." "Você acha que eles vieram para me levar para aquele lugar horrível?" "Não vou permitir que isso aconteça." "Obrigada." Ela tentou olhar para baixo, mas seu aperto apenas aumentou. "Eu vou te soltar e você vai correr pro banheiro. Tranque a porta e fique lá até que eu diga que é seguro. Faça isso agora." "Tudo bem." Ele a virou antes de baixar as mãos. "Corre." Ela correu para o banheiro, mas não chegou lá antes da porta do quarto se abrir. Um grito subiu na garganta de Jeanie quando ela se virou para ver quem tinha feito aquilo. O olhar de 712 percorreu o quarto até encontrá-la e ficou olhando para a camisa que ela usava, que caía até o meio de suas coxas, expondo suas pernas. "Como você pôde?" Ele invadiu o quarto. 147


Em Drackwood ela tinha feito o possível para mantê-lo vivo, lhe dando algo para continuar lutando através de toda dor que sofria. Ele gostava de suas histórias, quer fossem contos de fadas ou apenas o relato de algo que ela tinha visto em um filme. Isso o ajudava a passar o tempo, enquanto alguns de seus ferimentos se curavam. "Saia daqui!" True rosnou, pisando entre ela e 712. "Não fale com ela desse jeito." "Estou falando com você!" 712 levantou as duas mãos e empurrou True com força no peito, quase derrubando-o. True o empurrou de volta. "Ela não é sua." O macho tropeçou, mas ficou de pé. "Eu discordo." "Chega," Tiger ordenou da porta. "Flirt, volte para o corredor agora. Eu lido com isso." "Ela salvou minha vida." Flirt não se mexeu. "Eu só saio se ela vier comigo." Ela então percebeu que eles estavam discutindo sobre ela. Jeanie abriu a boca para lhes dizer para parar, mas eles recomeçaram a discutir antes que ela dissesse uma palavra. Ficou claro que 712 tinham tomado o nome de Flirt. "Nunca," True rosnou. O lábio superior de Flirt enrolou o suficiente para mostrar os caninos afiados. "Ela deveria ser minha." "Chega!" Tiger repetiu, empurrando-os para longe enquanto se colocava entre eles. "Sem brigas. Volte para o corredor, Flirt. True, você não deveria tocá-la." "Ele fez." Flirt recuou. "Nenhuma fêmea libera um cheiro tão forte de sexo a menos que um macho ajude. Olhe a frente de sua calça. Ele não merece uma fêmea se é incapaz de conter sua semente até montá-la." Tiger olhou para o corpo de True, depois olhou para 712. "Porra, Flirt, isso é feio. Todos nós já ficamos um pouco animados, às vezes, mas você não precisa apontar. Os machos têm orgulho."

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Jeanie se arrastou ao longo da parede para ter uma visão melhor de True e confirmar suas suspeitas do que eles tinham falado. Uma grande mancha molhada marcava a frente de sua calça de um lado, perto da virilha. Não admira ele não me deixar ver qual era o problema. Ele não ficou preso na calça. Ele mentiu. Merda! Ela olhou para ele, as manchas colorindo seu rosto um sinal de sua mortificação. "Deixem-o em paz," ela exigiu. E encarou 712. "Flirt? É assim que você é chamado agora?" "Não fale com ele," True ordenou. Uma parte dela sabia que deveria ficar quieta porque era exatamente o que ele queria. A outra parte estava furiosa que alguém estivesse tentando humilhar a pessoa que a tinha salvado de ir para a prisão. True era um homem bom. "Eu sou Flirt agora, Shiver." Seu tom suavizou quando seu olhar azul-brilhante encontrou o dela. "Venha. Vou levá-la para minha casa. Você não precisa ficar com este macho, quando merece um muito melhor." "Não!" True berrou. Jeanie engasgou quando True agarrou Tiger e o atirou fora do caminho. O corpo da grande Nova Espécie não a atingiu por alguns centímetros, aterrissando estatelado de bruços no tapete. Seu olhar se levantou dele a tempo de testemunhar True atacando Flirt. Ambos se chocaram contra a parede perto da porta com força suficiente para que seus pesos combinados perfurassem um grande buraco no gesso. "Porra," o cara no tapete gemeu. "Security. Venha ao apartamento de True agora." Ela não estava certa se ele tinha usado um rádio ou um celular para pedir ajuda. Ela não conseguia desviar o olhar das duas Novas Espécies trocando socos. O som era horrível quando os punhos faziam contato com a carne. True tinha Flirt preso na parede danificada. A bunda e parte de suas costas estavam de fato dentro do buraco que tinham criado, mas seus braços estavam livres o suficiente para bater de volta. "Parem com isso!" Ela percebeu que tinha sido ela quem gritara. 149


Eles a ignoraram. Flirt conseguiu equilibrar o corpo e empurrar True longe. Ele tropeçou, mas recuperou o equilíbrio. Flirt se empurrou fora da parede, pedaços brancos desmoronaram no tapete quando ele se endireitou. Eles rosnaram um pro outro e se lançaram para frente ao mesmo tempo. Seus corpos se chocaram com força, mãos em garras rasgando carne. Sangue vermelhovivo aparecendo em suas peles. Jeanie tinha que acabar com a briga, não importando se era perigoso. Flirt agarrou a garganta de True em uma tentativa de sufocá-lo. True reagiu dobrando o braço, jogando-o para frente com toda força e batendo o antebraço no rosto de seu adversário. A cabeça do felino bateu para trás, sangue explodindo de seu nariz. "PAREM!" Ela correu para frente, mas uma mão agarrou seu tornozelo. O ar foi batido de seus pulmões quando ela caiu no tapete de barriga. Demorou alguns segundos para respirar um fôlego. Ela usou os braços para empurrar o peito do chão e olhar por cima do ombro, ignorando a dor surda de sua ferida, que pulsava do impacto com o chão. Tiger a tinha feito tropeçar. "Não," ele avisou. "Fique longe deles." Ela tentou chutar livre de seu agarre, desesperada. "Solte-me." "Você vai se machucar." Ela não se importava. True e Flirt tinham se separado o suficiente para trocarem socos novamente. Sangue marcava ambos os braços onde tinham sido agarrados e escorria pelo rosto de Flirt. Seu nariz parecia quebrado. A boca de True tinha levado um golpe se o vermelho vivo sobre seus lábios e queixo era qualquer indicação. Os sons de pancadas atingindo carne a fez estremecer. "Pare-os," ela implorou, desviando o olhar da luta, incapaz de ver mais. Ela fixou o olhar em Tiger. "Faça alguma coisa." "Eu estou. Estou te mantendo segura até que a ajuda..." Ele fez uma pausa, inclinando a cabeça, como se ouvindo alguma coisa," “chegue." Quatro Novas Espécies irromperam no quarto. Dois usavam uniformes, e dois não. Um grande macho loiro em um par de boxers pretos agarrou Flirt quando ele cambaleou para trás 150


depois que o punho de True acertou seu peito. O novo cara passou os braços à sua volta por trás e o puxou do chão. Um dos oficiais de segurança uniformizados agarrou suas pernas se debatendo, suspendendo-o no ar entre eles. Ele se esforçou, mas não conseguiu fugir. A Nova Espécie ostentando um par de calças de moletom e uma regata impediu True de atacar Flirt novamente, agarrando seu braço, girando em torno dele e o empurrando contra a parede. A segunda Nova Espécie uniformizada ajudou a manter True preso lá enquanto sussurravam palavras para ele que ela não conseguia ouvir. "Nunca fique entre machos agressivos." Tiger soltou seu tornozelo. "Especialmente se você é o motivo pela qual eles estão brigando." Ele se sentou. "Você é uma criadora de problemas, Jeanie Shiver." "Isso não foi minha culpa." Ela desviou o olhar para verificar True. As duas Novas Espécies a impediam de ver muito, mas ele não parecia mais estar lutando para se libertar. Ela ia se levantar, mas hesitou quando um estrondo profundo chegou a seus ouvidos. Era algo que ela não conseguiu identificar e nunca ouvira antes. Um macho alto de cabelos negros entrou no quarto, a fonte do som. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto o estudava. A Nova Espécie parou de fazer o barulho perturbador, mas isso não o tornou menos temível. Ele era bonito, mas havia algo de sinistro nele. Ela simplesmente podia sentir isso, lá no fundo, como se ele liberasse vibrações que gritavam "predador" e "perigo". O quarto ficou estranhamente silencioso e os cabelos ao longo de seus braços se levantaram. A Nova Espécie de cabelo escuro avaliou lentamente o quarto com o olhar gelado até que parou nela. Ele franziu a testa, e não foi algo que ela tomou como um bom sinal, antes de se virar a ir para mais perto de Flirt. Ele parou a poucos passos de distância. "Já estava na hora de você chegar, Darkness. Você assumiu a responsabilidade disso. Então lide com isso." Tiger se levantou e parou ao lado de Jeanie, lhe oferecendo uma mão. "Permita-me ajudá-la."

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Jeanie colocou a mão na dele, usando a outra para manter a camisa de expor o fato de que não usava nada por baixo quando ele a puxou de pé. Sua ferida curando repuxou um pouco internamente, mas ela duvidava que qualquer dano real tivesse sido feito. Ela sentiu as pernas um pouco instáveis, mas seguraram seu peso. Tiger a soltou. Darkness ignorou Tiger, abordando a Nova Espécie segurando Flirt no alto ao invés. "Coloque-o no chão." Os machos depositaram seu fardo sobre o tapete e se afastaram. Jeanie notou que ninguém fez contato visual com Darkness e de fato, não pareciam confortáveis perto dele. Flirt ficou de pé, colocou a mão sobre o nariz sangrando e beliscou a ponta para estancar o sangue. "Vá para o Medical," Darkness ordenou. Flirt não se mexeu. "Eu vou sair, se puder levá-la comigo." "Ela fica." True soou irritado. "Ela não é sua," Flirt estalou. Começando a circular Darkness para alcançar True. Darkness fez aquele ruído baixo e perturbador. Flirt parou, retirando-se para onde tinha inicialmente se levantado e soltou o nariz para limpar o sangue cobrindo sua mão no lado da calça. "Ele não tem direito sobre ela. Ela salvou minha vida, também, Darkness." "Ela é minha para proteger." A raiva de True parecia estar piorando, a julgar por seu grunhido áspero. "Ele não pode tê-la. Eu vou matá-lo se ele tentar levá-la." Darkness lentamente se virou, seu olhar assustador encontrando Jeanie. Uma sensação de medo atou seu estômago e ela deu um passo atrás. O cara era seriamente inquietante. "Soltem-me," True exigiu. "Jeanie? Venha para mim." Ela teria feito isso, se seus pés não parecessem colados no chão, enquanto Darkness a encarava sem pestanejar. Seu coração martelava e sua boca ficou seca. Não havia nada que ela quissesse mais do que correr para True e se esconder atrás dele, se isso significava se sentir segura, algo que ela carecia naquele momento. 152


"Espécies não devem matar uns aos outros." Darkness fez uma pausa. "Decida agora antes que um deles morra. Você pode ficar com True, ir com Flirt, ou eu vou levá-la de volta para o Medical onde guardas serão designados para cuidar de você. Responda-me agora. Já perdemos o suficiente do nosso povo por causa dos humanos e eu me recuso a permitir que isso aconteça novamente." "True," ela conseguiu sussurar. No segundo em que ele se virou, ela conseguia respirar normalmente de novo. "Você ouviu a fêmea," Darkness disse calmamente. "Ela escolheu True. Flirt, traga seu traseiro para o Medical e você está banido desse piso, enquanto ela estiver aqui. Não haverá mais lutas ou será contra mim. Eu odiaria matar outro de nossos homens, mas eu vou fazer. Estou sendo claro? Nenhuma fêmea que escolhe outro macho vale sua vida." Flirt se recusou a olhar para ela quando acenou firmemente, girou nos calcanhares e saiu do quarto. Jeanie o observou ir, cheia de tristeza. Eles tinham sido próximos uma vez, mas ela sentia como se de alguma forma o tivesse despontado. Não fazia nenhum sentido que ele tivesse atacado True. Será que ele achava que ela estava em perigo? Ela podia entender seu desejo de protegê-la depois que ela tinha feito a mesma coisa por ele em Drackwood. Darkness atravessou o quarto e as duas Espécies soltaram True e saíram do caminho. "Os documentos devem ser enviados para cá?" True não respondeu. Darkness permaneceu em silêncio por pelo menos meio minuto. "Descubra isso e não se esqueça de que precisamos de respostas dessa fêmea. Você deve saber de todos os fatos antes de tomar uma decisão. Eu odiaria vê-lo machucado." "Eu entendo," True reconheceu. "Bom." Ele virou a cabeça, estudando a parede danificada. "Por favor, pergunte primeiro antes de remodelar sua casa. Vou notificar a alguém de que você precisa de alguns painéis de

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gesso para reparar isso, a menos que você apenas vai chutar fora o outro lado para abrir espaço. Você pode querer ter alguém vendo isso primeiro. O dano pode ser estrutural." "Isso não é divertido." Tiger balançou a cabeça. "Vou pedir a um engenheiro civil para vir dar uma olhada. Nesse meio tempo, você deve passar para um dos apartamentos vazios no corredor. A porta da frente está quebrada, então você não poder trancá-la." "Venham," Darkness ordenou. "Vamos embora. O casal precisa de um tempo sozinhos para conversar." Ele dirigiu um olhar aguçado para True. "Conversar. Precisamos de respostas. É possível que mais Espécies estejam lá fora, sendo mantidos em cativeiro, isso tem prioridade sobre suas necessidades físicas. O humano para quem ela alega ter trabalhado sabia dos dois locais. Não se esqueça disso." "Não vou." True circulou o homem, foi até Jeanie e ficou ao seu lado. "Espero informações o mais rápido possível," Darkness insistiu enqueto saía.

*****

True observou os machos deixar sua casa e os ouviu tentando fechar a porta da frente quebrada. Maldições baixas implicaram que não tiveram muito sucesso. Toda a raiva sobre Flirt tentar roubar Jeanie drenou, deixando apenas remorso. Humilhação e vergonha eram as emoções que ele conhecia muito bem depois de sobreviver à Mercile. A equipe saía do seu caminho para destruir qualquer sentimento de orgulho que um macho possuía, mas era muito pior ter Jeanie testemunhando um desses momentos. Ele precisava se desculpar. O silêncio no quarto era desconfortável, mas ele não sabia como explicar por que tinha mentido. Seu erro tinha sido apertar os quadris de encontro ao lado da cama. Uma vez que a fizera gritar seu nome, ele quis ouvi-lo novamente. Apesar do alívio que

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tinha sentido de que não seria aquele a lhe causar a dor de ser montada pela primeira vez, também tinha sido uma percepção preocupante de que outros machos a haviam tocado. Ciúme não era uma emoção agradável de experimentar, mas ele sentira. Raiva, possessividade e determinação o levaram a se certificar de que ele fosse o macho a lhe dar mais prazer. Ele evitou montá-la até que era tarde demais. "Você está bem? Está sangrando. Você tem um kit de primeiros socorros?" Precisou de um monte de força interior para se virar e olhar em seus olhos. Ele temia que que fosse ver pena, mas ao invés ela o olhava com preocupação. "Sinto muito." Essas duas palavras foram difíceis de dizer. "Pelo quê?" Ela olhou para seus braços sangrentos. "Nós realmente precisamos limpar e enfaixar esses arranhões. Unhas são sujas e eles parecem bastante profundos. Seu kit está no banheiro ou você o mantêm na cozinha?" Ele estendeu a mão, incapaz de resistir tocá-la. "Eu não deveria ter mentido para você, mas eu não queria admitir que tinha perdido o controle. Já faz bastante tempo desde que tive uma fêmea e doía o suficiente para eu me esfregar contra o lado da cama, na tentativa de segurar até que você estivesse preparada para ser montada. A estimulação e minha excitação foi grande demais." "Estou realmente lisonjeada." Seus lábios se curvaram, com uma sugestão de um sorriso. "Ninguém jamais se perdeu, fazendo sexo oral em mim antes. Isto é uma coisa incrível para mim." Ele queria acreditar que ela não estava apenas dizendo isso para ser gentil. Jeanie tinha um coração mole. "Não foi uma mentira absoluta embora. Minha calça não seria fácil de sair até que eu tivesse alguns minutos para me recuperar." Rosa coloriu seu rosto, mas ela falou. "Por quê? O fato de que você estava, hum, molhado deveria significar de que ela não estaria mais tão apertada... Hum..." "Caninos machos tendem a inchar na base de seus pênis. Eu atei escondido lá em minha coxa, fazendo com que a calça ficasse muito apertada, e..." Era difícil explicar a um humano, 155


especialmente ela. "Teria sido doloroso se eu tivesse que forçar para tirá-la até que o inchaço diminuísse, a menos que rasgasse o material. Você estar fora de vista teria ajudado a amolecer." Ela tomou bem essas informações, não fazendo perguntas mais embaraçosas. "Precisamos cuidar de seus ferimentos. Onde está o kit de primeiros socorros?" "Na cozinha, embaixo da pia." "Vou buscá-lo." Ele odiava deixá-la ir. "Vou tomar banho primeiro. Preciso..." Ele se recusou a lhe dizer que sua semente tinha escorrido por sua coxa, bem como manchado a frente da calça. "Ficar limpo. Vai lavar o sangue e me ajudar a curar mais rápido." "Você quer que eu espere ou devo entrar lá quando você estiver no chuveiro?" Seu pau começou a endurecer apenas de pensar nela partilhando o pequeno box com ele. "Você está convidada a tomar banho comigo." A boca dela caiu aberta. "Oh. Ok." Ele estremeceu interiormente. "Não foi isso o que você perguntou, não é?" "Eu adoraria tomar banho com você." Ele procurou seus olhos, vendo sinceridade. "Vá pegar o kit e me espere no quarto. Vou me apressar." Jeanie parecia pronta para argumentar, mas ao invés pareceu repensar e assentiu em concordância. Ele a viu sair apressadamente do quarto. Então olhou para a frente da calça e quis uivar de frustração. Ele se virou e rapidamente entrou no banheiro para ligar a água. Ele tirou a calça e a jogou para o canto. O fluxo de água não estava tão quente quanto gostava, mas ele estava com pressa de lavar a evidência de seu descontrole antes que ela o visse nu. Ele abaixou a cabeça, os olhos fechados, e tomou respirações profundas e calmantes. Era sua responsabilidade obter respostas de Jeanie, mas ele a queria mais do que queria fazer seu dever. Ele não tinha conseguido fazer a primeira vez de sexo compartilhado com ela um sucesso, e tinha lutado com outro macho na frente dela. Este simplesmente não era seu dia. 156


Capítulo Nove As mãos de Jeanie não estavam muito firmes quando ela terminou de aplicar a gaze em torno do braço de True. Ele usava uma calça de moletom cinza e nada mais. Seu peito e braços expostos eram uma grande distração. Cada gota de água de seu cabelo úmido atraindo a atenção dela. O desejo de usar a ponta dos dedos para traçar cada uma que deslizava por sua pele bronzeada quase impossível de resistir. Pare com isso. Ele está machucado. Pare de pensar em sexo. Concentre-se no que está fazendo. Os arranhões profundos foram limpos e enfaixados. Ele não se queixou ou fez um som enquanto ela limpava delicadamente as feridas. Isso não a surpreendeu. A sensação de ardência do antisséptico parecia inofensivo em comparação com a dor extrema que ele tinha sofrido nas mãos dos funcionários de Drackwood e a Mercile Industries antes disso. Ela colocou a fita dentro do kit e o encarou, seu olhar encontrando o dele. "Tudo pronto. Tem certeza que não quer que eu chame alguém para conseguir medicação para dor? Você vai ter alguns hematomas." Ela olhou para as marcas vermelhas que ele havia sofrido durante a luta. "Sei que você é forte, mas não é preciso que se sinta desconfortável quando uma pílula pode ajudar." "Eu estou bem." Ela se lembrou de outro momento em que havia falado com ele sobre medicamento para dor. Ele estava acorrentado em sua cela na época, após ter sofrido uma surra brutal. Ela tinha ficado abalada quando soubera que ele havia sido ferido. Seu primeiro instinto tinha sido de ir vêlo, mas teria levantado bandeiras vermelhas se tivesse exigido uma escolta para o quarto dele. Ao invés, ela tivera que ir para casa e se preocupado a noite toda de que ele pudesse morrer. Na manhã seguinte, ela tinha contrabandeado os analgésicos de seu dentista e os levado para ele. Ver 157


o que lhe fizeram em primeira mão tinha sido horrível, mas pura raiva daqueles que lhe tinham feito aquilo a manteve fria o suficiente para evitar desmoronar na frente da câmera no canto. "No que está pensando?" Ele inclinou um pouco a cabeça, olhando-a com curiosidade. "Você está mais pálida do que de costume." Ela não estava disposta a compartilhar a lembrança. "Posso perguntar por que você lutou com 712? Quero dizer, Flirt. Vocês dois não se dão bem?" "Ele quer você e isso não vai acontecer." "Você quer dizer que ele se sente protetor. Só não entendo por que ele pensou que você iria me machucar. Sei que você não vai, então por que ele pensou isso? Vocês nunca se falaram?" True segurou seu olhar e estreitou os olhos. "Ele quer te montar. Ele não quer nada menos do que levá-la para sua casa e sua cama." Isso a surpreendeu. "Eu não acredito nisso." "Ele quer." "Passei bastante tempo com ele em Drackwood. Ele nunca indicou que estava atraído por mim dessa maneira. Nós éramos amigos, nada mais." "As Espécies não eram amigos dos funcionários." Ela podia entender por que ele protestava contra esse conceito. "Eu não era exatamente como os outros funcionários. Eu conversava muito com ele e o mantinha distraído, enquanto ele se curava dos ferimentos. Quando eu não estava tirando amostras, eu ia para o centro de tratamento. Eles estavam sempre com falta de pessoal e apreciavam a ajuda." "Ele te quer." Ela decidiu não discutir com True. Ele poderia estar certo, mas ela duvidava. Flirt podia estar se sentindo protetor com ela depois das vezes que a vira desafiar os médicos e tratar adequadamente seus ferimentos. "Eu odeio que vocês dois tenham lutado." "Eu não queria te causar angústia." Ele endireitou a cabeça.

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"Você poderia ter se machucado." Ela estudou as ataduras e contusões se formando no torso dele. "Pior." True alcançou e apertou sua mão. "Nós precisamos conversar. Sente-se." Ela gostava da sensação dos dedos quentes envoltos nos seus. Ela imediatamente se sentou à sua esquerda. Ao se acomodar muito perto, o peso dele afundando o colchão não lhe deixou outra escolha senão firmar os pés para não deslizar contra seu quadril. "A equipe da força-tarefa e Darkness precisam de respostas. Acredito que há um humano por aí que te usou, mas eles querem provas." "Eu nunca apaguei as mensagens no celular. Estava muito ocupada lendo-as e digitando as respostas para me preocupar com algo além do que me certificar de que ninguém estava se aproximando de mim para ver o que eu estava fazendo. Eu o enfiava de volta no saco e o enterrava o mais rápido que podia." "Onde está?" Ela descreveu a área perto de seu apartamento onde o enterrara na terra solta atrás de um canteiro de flores perto de algumas pedras. "Eu sou a única que sabia onde o escondi. Eu não disse sequer ao Agente Brice. Ele nunca perguntou embora." "Vamos enviar alguém para recuperá-lo." "Ótimo." Isso lhe dava esperanças de que sua história seria fundamentada. "Vamos precisar de uma descrição detalhada deste macho." "Eu posso te dar. E também preciso fazer a lista de funcionários de Cornas. Tem certeza de que ninguém foi preso?" Ele correu a ponta do polegar sobre o lado de sua mão. "Só você. Os dois machos com você estavam mortos." Seu intestino torceu na lembrança de que teve que matá-los, mas se recusou a desmoronar. Ao invés, ela se concentrou no fato de que todos tinham usado as saídas de emergência para escapar. "Merda. Todos eles fugiram?" 159


"Sim." "Mas não levaram nenhuma Nova Espécie com eles, não é? Todos foram contabilizados? Eles sobreviveram?" Ela lhe deu uma contagem de Novas Espécies em Cornas. Ele assentiu. "Nossas equipes tiveram que dinamitar as portas abertas com explosivos de baixo nível. Foram deixadas evidências de que a segurança tentou alcançá-los, mas não conseguiu. Havia marcas de disparos de balas nas portas e parecia como se eles tivessem usado um dos machados de emergência para tentar soltar as dobradiças de uma delas. Não conseguiram." Seu alívio foi imenso. "Graças a Deus." "Você desativou um andar inteiro de fechaduras com uma arma de choque. O que te fez pensar em fazer isso?" "Eu vi uma fechadura elétrica avariada no laboratório de hematologia." "Laboratório de hematologia?" "É onde eles processavam todos os exames de sangue. Levei uma amostra lá uma vez e encontrei dois caras do suporte técnico trabalhando na porta. Um dos guardas de segurança estava fazendo rondas e pegou o cartão de identificação para passar e acidentalmente apertou o botão da arma de choque em seu cinto. A outra mão estava tocando o teclado. O choque que ele levou foi suficiente para alcançar o teclado e fritar os circuitos internos. Eles demoraram meia hora para substituir a fechadura e abrir a porta." Ela fez uma pausa. "Então percebi que eu poderia usar uma arma de choque para desativar as portas, se a necessidade alguma vez surgisse, e surgiu." True continuou a acariciá-la. "Você precisa ser totalmente honesta comigo, Jeanie. Não vou te odiar ou ficar com raiva se você estiver ciente de mais do que alegou. Sei que dinheiro, para os humanos, é muito importante e você pode ter razões para precisar reter a localização das Espécies para conseguir que a NSO te pague. Não posso te ajudar se você não me disser a verdade absoluta. A força-tarefa humana vai descobrir tudo, eles sempre fazem, e este é o momento de ser honesta." Ele deslizou fora da cama e de joelhos, colocando-os no nível dos olhos. "Não importa o quão ruim você pensa que é, ou se acredita que vou ficar furioso com os detalhes, eu vou te 160


proteger. Você entende?" Ele levantou a mão segurando a dela e a levou aos lábios. O beijo que ele roçou ao lado de seu polegar foi suave. "Eu vou te perdoar. Então, confesse qualquer coisa ruim que você tenha feito agora. Eu lhe dou minha palavra de que não vou permitir que ninguém a leve para a prisão." "Eu não menti para você, True," ela disse cada palavra com cuidado. Doeu ser questionada novamente depois de estarem íntimos, mas ela entendia por que ele tinha dúvidas. Era até tocante que ele fizesse essa oferta se ela estivesse enfiada até o pescoço nas coisas horríveis feitas a ele e as outras Novas Espécies. "Tudo que tenho feito desde que descobri o que realmente estava sendo naqueles subníveis de Drackwood tem sido para conseguir libertar as Novas Espécies. Nunca foi sobre dinheiro." "Ok." "Eu realmente pensei que estava trabalhando para alguém que representava a NSO. Eu não tinha ideia de que ele não era quem dizia ser. Eu confiei nele, porque ele tinha um distintivo e tudo que ele me disse pareceu razoável na época." Ele colocou sua mão sobre a cama, soltando-a. "Vou pegar papel para você e quero que anote todos os nomes dos humanos que consegue se lembrar de Cornas. Também preciso de uma descrição do tal-chamado agente. Vamos encontrá-lo e descobrir se ele sabe a localização de outras Espécies. Ele lhe contou sobre algum outro trabalho que teria para você? Um novo lugar? Alguma vez mencionou outras instalações médicas onde as Espécies estariam sendo mantidas?" Ela sacudiu a cabeça. "Apenas Cornas depois que Drackwood foi desmatelada." "Eu já volto." Ele levantou e saiu do quarto. Jeanie sentiu falta do calor de seu toque. Ele não demorou mais que um minuto para voltar com um caderno e uma caneta. Passando-os para ela. Ela murmurou, "Obrigada," e abriu a capa para começar a escrever. "Vou fazer alguns telefonemas. Vou estar logo ali na sala ao lado. Algumas medidas devem ser tomadas." 161


Ela assentiu, sem olhar para cima da lista que estava escrevendo cuidadosamente para ter certeza de que estaria legível para quem a entregasse. Sua mente vagava enquanto escrevia, pensando em uma ação que tinha tomado que lhe causara sentimentos de culpa. Ela não tinha certeza se True teria um problema com o que ela tinha feito para ajudar a Nova Espécie em Cornas Research. Quanto mais pensava nisso, mais ela decidia lhe contar. Ele queria que ela fosse totalmente sincera sobre tudo de ruim que tinha feito. Tinha sido inevitável. O som de sua voz podia ser ouvida a partir da sala, mas ela não conseguia distinguir as palavras. A lista estava pronta e uma descrição escrita do Agente Brice detalhada quando ele voltou para o quarto. Ela fechou o caderno e o estendeu junto com a caneta. "Aqui está." Ele aceitou. "Vou passar isso para Flame. Ele está lá fora em minha porta." "Para se certificar de que eu não fuja por ali?" Ele hesitou. "A porta não está fechando direito. Ninguém vai entrar em minha casa." Jeanie imaginou que a Nova Espécie no corredor estava cumprindo um dever duplo e True simplesmente não queria admitir que eles acreditavam que ela ia tentar escapar. "Sabe quando você me disse para contar sobre tudo que eu tinha feito que poderia ter sido errado?" Ele virou-se e deu alguns passos antes que ela falasse. Então parou, os ombros rígidos, e se virou lentamente. A expressão em seu rosto não era feliz. "O que você fez?" "Eu não estou muito orgulhosa disso, mas eu não tive escolha." Ele se aproximou. Sua frequência cardíaca acelerou quando ele se agachou, deixando cair o caderno e caneta no chão para apoiar as mãos em cada lado da cama perto de seus quadris. "Diga-me." "Eu não tinha acesso à sala com o computador principal. Era acima da minha autorização de segurança. Eu também sabia que tinha que ter uma arma de choque. Apenas os seguranças as tinham.” Ela ficou olhando em seus olhos, odiando ver a raiva e suspeita lá. Não desviou o olhar embora, porque queria que ele soubesse que não estava mentindo. "Eu mal dormi na noite anterior 162


ao ataque. Eu soube o que ia acontecer depois que já tinha saído do trabalho, porque eles me mantiveram lá nesse dia mais do que o normal. Cheguei em casa por volta das oito e meia, troquei de roupa para ir para minha corrida, e vi a mensagem lá pelas nove." "Continue." Ela mordeu o lábio e suspirou. "Guardas vigiavam os monitores, então eles me localizaram pelas câmeras em uma seção que eu não tinha permissão para estar. O protocolo seria eles virem correndo para me questionar por estar lá, me impedindo de fazer o que eu tinha que fazer. Naquela manhã, quando cheguei, eu disse que tinha visto uma van branca suspeita passando lentamente por lá e que achava que a tinha visto antes. Eu sabia que eles iam querer rever toda a segurança de fora para conferir. Eles não iam poder vigiar os corredores e verificar as filmagens anteriores ao mesmo tempo. Havia apenas quatro monitores." As feições dele relaxaram um pouco. "A mentira foi necessária. Eu entendo." "Não é isso. Estou chegando na parte que você pode não gostar." Ele torceu a boca, mas não disse nada. "Eles tinham esse garoto trabalhando na segurança. Ele mal tinha saído da escola e nós realmente não tínhamos vida trabalhando lá. Quero dizer, não era como se pudéssemos reclamar se eles nos mantinham lá por 14 horas, em vez de um turno padrão de oito horas. Todos nós vivíamos com medo de chatear alguém por dizer não. Isso significava que nossa vida social sofria e as únicas outras pessoas com quem passávamos algum tempo eram os outros funcionários. Eu disse a Segurança que estava um pouco assustada e esse garoto gostava de mim desde que com certeza não tinha tempo para conhecer garotas de sua idade. Ele tinha o que eu precisava." Ela odiou as lágrimas que encheram seus olhos e as piscou longe. "Você o matou para conseguir sua arma de choque?" "Não!" Ela ficou chocada que ele pensasse que fosse capaz de cometer um assassinato premeditado. Isso rapidamente embotou embora, quando a realidade a atingiu. Ela tinha matado dois guardas de segurança. Parte de sua mente continuava tentando protegê-la, não permitindo 163


que isso afundasse. "Eu só o enganei a pensar que gostava dele para me aproximar o bastante para pegar sua arma de choque e nocauteá-lo para roubá-la e ao seu cartão." "Isso é tudo?" "Sim." "Bom. Eu já volto. Precisamos ir para a outra casa no final do corredor até que esta seja reparada." Ele olhou para seu corpo. "Você também precisa de roupas. Não me importo que você use minhas camisas, mas não vou gostar de outros machos vendo suas pernas nuas. Temos uma loja de suprimentos e elas têm roupas para as Presentes lá. Não são muitas, desde que elas gostam de fazer compras online, mas devem ter calças que podem te caber." Ela o observou sair do quarto e caiu um pouco na cama. Seus olhos se fecharam e o som da voz baixa dele a alcançou. O alívio de que ele não tivesse ficado com raiva por ela ter flertado com um garoto para usá-lo ainda não aliviava sua culpa.

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True desligou o telefone e acenou para Flame enquanto lhe passava o caderno. O macho aceitou, mas olhou para seus braços enfaixados, franzindo a testa. "Você deve ir ao Medical." "Jeanie cuidou disso." Ele suspirou. "Ela trabalhou para a Mercile na equipe médica?" "Não – Drackwood." "Não entendo como você pode protegê-la. Ela parece boa o suficiente, mas não tenho certeza se poderia confiar em uma mulher que trabalhava em um lugar assim. Não te preocupa

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que ela possa te machucar quando você vai dormir? Você estaria vulnerável compartilhando a cama depois de ajustar seus sentidos para ignorar todos os movimentos dela para não acordá-lo." Raiva subiu, mas ele a forçou abaixo. O macho não estava sendo maldoso, apenas curioso e cauteloso. "Ela não sabia que Espécies eram mantidas lá até depois que assumiu o cargo. Eu acredito que ela tenha feito todo o possível para nos libertar." "Ouvi o que ela disse sobre o agente. Você acha que ele existe?" "A equipe está enviando alguém para encontrar o celular que ela usou para se comunicar com ele. Isso vai provar sua inocência." O macho inclinou a cabeça, estudando-o. "E se ele não for encontrado?" True sabia que Tim poderia sugerir que ela tinha mentido. O humano realmente queria Jeanie de volta para sua custódia. "Estou esperando que seja." "Espero que eles o encontrem também. Ela parece ser uma boa humana." Flame hesitou. "Está tenso lá embaixo. Alguns dos machos estão nervosos por tê-la no dormitório. Eu queria avisá-lo." "Ela não é uma ameaça para eles." "Jericho disse isso, mas eles estão cientes do que ela fez com ele. Ele teve que se sentar com um bloco de gelo sobre as bolas na sala comunitária lá embaixo. Ela o acertou com força suficiente para causar muita dor." "Ela não queria. Ela estava com medo. Você a viu. Seus instintos assumiram o controle." "Os humanos têm isso?" "Tenho certeza que sim." Flame pareceu pensativo. "Eles são tão estranhos para mim." "Os humanos?" "As fêmeas. Elas não são tão resistentes quanto nossas fêmeas e não dizem o que pensam. Temos tudo em comum com nossas fêmeas e nada com as humanas."

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True não podia negar que Jeanie era diferente das fêmeas Espécies. "As diferenças podem ser muito boas." Flame suspirou. "Vou levar isso até o elevador. Darkness está subindo. Tim não está feliz que você tenha tirado a fêmea do Medical." "Eu não me importo." "É com ele que você vai ter que lidar quando voltar ao trabalho, uma vez que não estiver mais cuidando da humana. Quanto tempo ela vai ficar com você? Fui designado como substituto com o dever de vigiar e Jericho vai trocar turnos comigo quando estiver se sentindo melhor." Ele baixou a voz, olhando para o corredor, e depois sorriu. "Não posso acreditar que a pequena humana o derrubou. Ele nunca teria permitido que um dos machos conseguisse essa façanha. Todo mundo está brincando com ele sobre isso." Essa notícia não divertiu True. "Ele está bravo com ela?" "Não." Flame sacudiu a cabeça. "O oposto." Ciúme atravessou True tão quente quanto um inflamar de fogo. "Ele está atraído por ela?" "Não." Flame deu um passo atrás. "Esse olhar é assustador, cara. Acalme-se. Se olhar pudesse matar, eu estaria no chão exalando meu último suspiro. Ele se sente mal por ela, é o que eu quis dizer. Ele está se referindo a ela como a ‘pobre fêmea apavorada’. Ele admira que ela tenha lutado em vez de apenas desmaiar do jeito que ele esperava que uma delas fizesse. Isto é tudo. Admiração e simpatia, mas não atração. Duvido que ele alguma vez vai olhar para ela sem estremecer depois do número que ela marcou em suas bolas. Essa não é o tipo de reação que um macho quer naquela região." O elevador se abriu e Darkness saiu. Ele foi em direção a eles. True ficou tenso, esperando que o macho não repreendesse sobre a luta. Darkness parou e estendeu a mão. "Essas são as notas?" Flame lhe entregou. "Sim." "Eu peço desculpas," True murmurou, não querendo falar mais sobre o assunto. 166


Darkness sorriu. "Por chutar o traseiro de Flirt? Sem problemas. Demorei um pouco para vir, esperando que você fizesse um pouco mais de estrago nele." Ele colocou o caderno debaixo do braço. "Ele merece o nome que tem e os hematomas em seu nariz quebrado vai torná-lo menos atraente. Ele está sempre me enchendo o saco sobre como preciso sorrir mais ou nunca vou transar." True ficou surpreso. "Eu ficarei feliz em bater nele novamente se ele vier atrás de Jeanie." "Ele não vai." Darkness ficou sério. "Eu o proibi de se aproximar dessa fêmea e ele sabe que falei sério. O orgulho dele levou uma surra pior do que seus punhos lhe deram quando ela escolheu você." Flame pigarreou. "Ele está certo, no entanto. Você poderia conseguir mais ofertas para compartilhar sexo de nossas fêmeas se sorrisse mais." Darkness virou a cabeça, silenciosamente olhando abaixo no macho. Flame baixou o olhar. "Apenas dizendo. Não faria nenhum mal. Não me lembro de alguma vez ter visto uma fêmea te visitando ou você indo ao dormitório das mulheres." "Cuide da sua vida." Flame assentiu, rapidamente se afastando. True quase teve pena de Flame desde que Darkness intimidava a maioria das Espécies. Seu passado tinha sido pior do que da maioria e, portanto, eles ficavam apreensivos sobre como ele iria responder à suas provocações. Flame não tinha terminado, porém, e True sufocou um gemido, decidindo que o macho ou era muito ingênuo ou simplemente estava procurando uma luta. "Alguns machos humanos são atraídos por outros machos. É isso? Nenhum de nossa espécie se sentiu assim ainda, mas há tão poucos de nós. Isso vai acabar acontecendo em algum momento. Ninguém iria te provocar, se é por isso que você não sorri para nossas fêmeas." Darkness rugiu, seus olhos escuros ficando quase pretos. Flame recuou o suficiente para bater na parede. "Sinto muito." "Eu sou atraído por fêmeas. É isso o que todos pensam? Que gosto de machos ao invés?" 167


Flame manteve os lábios firmemente selados, mas simplesmente assentiu. "Foda-se." Darkness atirou em True um olhar furioso. "É isso que você pensa também?" "Eu nunca penso em você e sexo por nada." Isso pareceu apaziguar Darkness, porque ele olhou para Flame e invadiu o espaço do macho, ficando cara a cara com ele. "Você não deveria falar comigo sobre o porquê eu não estou com uma fêmea quando você não consegue parar de falar sobre essa que você quer, mas não têm coragem de ir atrás dela," ele rosnou. "Mas, para aplacar sua curiosidade eu vou compartilhar um segredo com você que é melhor não vazar." Ele fez uma pausa, o ruído de seu peito cessando. "Eu não estou muito ansioso para permitir que alguém se aproxime de mim, considerando que a última fêmea que fodi foi uma que eu tive que matar." Ele então se afastou, deixando os dois num silêncio atordoado. A porta do elevador se abriu, ele entrou e fechou. Momentos se passaram antes de Flame olhar boquiaberto para True com uma expressão de horror. "Ele estava brincando comigo, né?" True ponderou a expressão que tinha visto no rosto de Darkness. "Acredito que não." "Merda. Eu fui longe demais, não é? Eu não queria chateá-lo." "Você tem que lembrar que ele não é exatamente como nós, Flame. Todos nós fizemos o que tínhamos que fazer para sobreviver, enquanto mantidos em cativeiro, mas eles esperavam muito pior dele." Pensamentos de Jeanie preencheram a mente de True. E se Polanitis tivesse me dosado com a droga de reprodução e a jogado em minha cela, afrouxando as correntes o suficiente para eu alcançá-la, não importando para onde ela tentasse fugir? A resposta foi fácil. Teria o danificado seriamente por dentro, se ele a tivesse matado enquanto estava insano e ele tivesse que viver o resto da vida com esse conhecimento. "Estou nos mudando para o final do corredor até os novos aposentos e depois vou levá-la para conseguir algumas roupas." "Ambos os apartamentos de canto estão abertos no final do corredor. Faça sua escolha. Odeio ir para a loja e escolher roupas, assim você se importaria se eu ficasse aqui enquanto a leva? 168


Disseram-me para guardar a porta, não acompanhá-los em todos os lugares. Eu poderia levar suas roupas e itens pessoais para o novo apartamento, enquanto vocês vão." "Isso seria bom. Quero o do mesmo lado que estou agora. Eu gosto da vista." "Feito. Eu também quero evitar ir lá embaixo." True não culpava o macho por querer evitar Darkness por um tempo. "Vou dizer a ela que vamos sair agora."

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Capítulo Dez True sorriu para Jeanie quando ela fez um círculo lento na frente dele usando um par de moletom. Que estava enrolado nos tornozelos e ela também tinha enrolado a cintura algumas vezes para deixá-lo fixo o suficiente e impedi-lo de escorregar pelos quadris. O resultado foi divertido, mas perturbador ao mesmo tempo. O excesso de material sobre a barriga debaixo da blusa muito folgada lhe dava uma ligeira aparência de gravidez. Sua mente ficou lá, imaginando como seria se ela estivesse carregando seu filho. Ele suspeitou que a leve sensação dolorida no peito pudesse ser desejo. Ter uma companheira e construir uma vida com ela era algo que todo macho queria. Isso significaria que ele poderia manter Jeanie para sempre. Ele empurrou esses pensamentos para longe. "Vamos. Você precisa tomar sol, e precisamos conseguir algumas roupas que te sirvam. As minhas são muito grande. Flame vai levar minhas coisas para a nova casa no final do corredor enquanto estamos fora." Ela ainda hesitou. "Tem certeza que não podemos simplesmente tê-los enviando as coisas para cá?" Ele inalou, pegando o ligeiro vestígio de medo em seu doce perfume. Ele estendeu a mão. "Confie em mim. Sair vai ser bom para você, pois não quero que se sinta presa dentro da minha casa e você deve escolher o que quer vestir. Do contrário, eles vão simplesmente mandar tudo que acham que você pode gostar." Ela mordeu o lábio inferior. 170


Ele suspirou. "Você não quer ver um pouco de Homeland? Não está curiosa?" "Sim." Interesse finalmente despertou em seus olhos. "Eu sempre quis que alguém mostrasse fotos daqui nos artigos que falam sobre as Novas Espécies, mas nunca fizeram." "Não permitimos repórteres em Homeland ou na Reservation. É um risco à segurança que alguém saiba a disposição de nossas ruas e edifícios no caso de alguém querer atacar. O espaço acima das terras da NSO é uma zona de exclusão aérea. Também é lei que não possam subir em árvores e usar telescópios para olhar por cima de nossos muros e tirar fotos ou vídeos. Todas as conferências de imprensa são realizadas fora dos muros." "Eles não têm uns seis metros de altura?" "Nove na maioria dos lugares." "É muito alto." Ele puxou sua mão, levando-a através da porta quebrada para o corredor. Flame sorriu para os dois, mas se manteve em silêncio e fora do caminho. Jeanie andava um pouco lento, então ele ajustou o passo para um mais curto. Falar parecia distraí-la e ele continuou a compartilhar informações que ela poderia achar interessante. "Nós não permitimos que fotografem nossas fêmeas também." "Eu já sabia disso. Só não sei por quê." "Todos os machos que foram fotografados ou participaram de conferências de imprensa receberam ameaças de morte e mensagens de ódio. Não queremos que nossas fêmeas sejam submetidas a isso." "Faz sentido." Ela o seguiu para dentro do elevador e sorriu quando as portas se fecharam. Seu comportamento mudou, uma vez que atingiram o piso principal embora. Os machos na grande sala comunitária pararam de assistir a televisão de tela grande para olhar para ela, em vez do jogo. "Está tudo bem," ele murmurou, agarrando-a pela cintura e usando o corpo para protegêla dos muitos olhares. Ele olhou ao redor da sala enquanto a puxava para as portas principais. 171


Um dos machos se levantou. "True? Um momento?" O primata tinha um histórico de não gostar de humanos. True parou, dirigindo Jeanie para trás dele para mantê-la longe do macho. "O que você quer?" O macho rosnou. "Não gosto dela aqui. Ofende-me tê-la sob o mesmo teto. Você a está retornando aos humanos? É onde ela pertence, em vez de no final do corredor onde eu durmo." "Recue," ele avisou. "Ela está comigo e é onde ela permanecerá. Sente-se, 861." O macho estufou o peito e cerrou os punhos. "Ela é nossa inimiga." "Não minha." "Ela é perigosa e uma ameaça." True bufou. "Você deveria ir falar com um desses médicos psiquiatras que eles nos fizeram ver depois que fomos libertados, se está com medo de uma fêmea. Isso ou deveria pedir a Fury mais treinamento, já que você acha que é incapaz de se defender de alguém tão pequeno." 861 sibilou. "Posso ver o apelo em montá-la, mas mande-a de volta para sua cela depois. Você deve sempre guardar seus brinquedos quando terminar de brincar com eles." True empurrou Jeanie mais atrás dele e a soltou para ter as mãos livres. O macho parecia pronto para atacar e ele esperava que o fizesse, querendo fazê-lo sangrar as palavras insultantes. Ele olhou em volta para ver se havia quaisquer outras ameaças. Alguns dos machos que haviam sido libertados de uma instalação no Colorado tinham se levantado também, mas ficaram para trás. Eles eram conhecidos por realmente não gostarem de nenhum humano, o tratamento que tinham sofrido durante o cativeiro os tornaram amargos. Book se levantou e estendeu a mão, pegando uma das luminárias da mesa. Um bom puxão e ele arrancou o cabo da parede. "Estou ordenando que os machos vão para seus quartos," Book exigiu com um grunhido baixo. "A fêmea está aqui com a permissão de Darkness. Vocês não querem irritá-lo." Ele fez uma pausa. "True e eu seríamos a menor de suas preocupações." True ficou feliz que o macho não estivesse pronto para atacar. Mas ainda o preocupava que os outros pudessem decidir lutar. Um deles poderia circulá-lo e a Book para ir atrás de Jeanie. 172


861 se recusou a se retirar. "Eu não a quero aqui." "Talvez você devesse ir fazer coisas melhores com seu tempo do que perseguir uma humana indefesa." Book se aproximou de True, colocando o corpo entre os machos e Jeanie também. "Faça isso agora. Você não quer ir atrás de outra humana do jeito que fez uma vez. Breeze e nossas fêmeas não têm exatamente te deixado esquecer isso, pois não? Não é nenhuma surpresa que você tente insultá-lo por realmente ter uma fêmea em sua cama." "Amante humana," 861 rosnou. "Eu amo todas as fêmeas," Book rosnou de volta. "Está com inveja por que não pode montar uma? Dá pra ver." Ele sorriu, quase os desafiando a avançar. "Vai haver uma luta se minha audição aguçada não conseguir ouvir o programa na televisão." Um macho novo entrou na sala comunitária vindo do corredor. "E é sobre uma fêmea. É rude insultar uma." True olhou para Query, identificando o macho como um de Drackwood. O macho rodeou os sofás e olhou para trás em True, obviamente, reconhecendo Jeanie. Ele pareceu chocado antes de seus lábios se torcerem em uma careta quando ele estudou 861 e seus dois companheiros. "Ele trouxe uma humana sob nosso teto," um deles cuspiu. "Ela é nossa inimiga. A única coisa para o que elas são boas é montar e serem jogadas em uma gaiola depois." Query alongou o passo, ficou atrás dos três machos e agarrou o que tinha acabado de falar pela parte de trás do pescoço. Ele se inclinou perto, colocando os lábios junto ao seu ouvido. "Eu vou arrancar seu pau," ele ameaçou. "Depois vou te alimentar com ele e vê-lo sufocar até a morte, se você pensar novamente em tocar essa fêmea. Você me entendeu?" Suas palavras chocaram a todos. Ele deu ao macho uma sacudida dura e o soltou, mostrando os dentes. "É melhor você correr. Você sabe que eu tenho um péssimo temperamento." Os três machos se entreolharam, obviamente assustados, e correram em direção às escadas, subindo-as de dois em dois. True relaxou e olhou para trás em Jeanie. Ela estava pálida, 173


mas não parecia com medo. Ele cheirou, encontrando seu cheiro não excessivamente doce. Ele segurou o olhar de Query, depois olhou para Book. "Obrigada." Query deu de ombros. "Esses três são perturbações. Nossas fêmeas esnobando-os só tende a torná-los mais irritadiços." True não sabia o que isso significava e deve ter mostrado em sua expressão. Book sorriu, colocando a luminária sobre a mesa. "861 uma vez tentou atacar a companheira de Valiant. Breeze não viu isso com bons olhos desde que ela gosta dela, e as fêmeas evitam compartilhar sexo com os três. Eles estão cheios de ódio." Ele ficou sério. "Eles se recusaram a tomar nomes e meu palpite é que isso os ajuda a se manter apegados à amargura." Ele empurrou a cabeça em direção a Jeanie. "E você a trouxe para sua casa. Vigie-os. Entendeu? Eu não colocaria minha mão no fogo por eles de fazer algo tolo. Eles são bons para sair, mas se eu quero algum deles em qualquer lugar perto de uma humana por quem me importo? Inferno, não." True cerrou os dentes. "Você acha que eles poderiam vir atrás dela na minha casa?" "Não depois disso," Query sussurrou, esticando o pescoço para dar outra olhada em Jeanie. True se adiantou e olhou para o macho. "O que você está olhando?" Book pigarreou. "Vou ter uma conversa com eles para ter certeza de que entendam o quão estúpido seria ir atrás de sua humana. Darkness também será informado sobre o comportamento deles. Onde você a está levando?" Ele cruzou os braços sobre o peito. "Não me diga que você enfrentou todos só para recuar agora, devolvendo-a à custódia de Tim." "Nunca. Ela precisa de roupas." "Ok." Book se virou. "Estou indo lá em cima ter essa conversa com eles e encontrar Darkness para informá-lo." True encarou Jeanie e odiou ver a expressão de dor em seus olhos. "Está tudo bem." "Eu sabia que sair de seu apartamento não era uma boa ideia." 174


Ele pegou sua mão. "Nem todas as Espécies superaram o passado. Não permita que eles te assustem. Eles não se atreveriam a lhe fazer mal." Eu vou matá-los se eles tentarem, ele jurou silenciosamente. "Shiver," Query murmurou. "Eu esperava que pudesse ser você quando ouvi os rumores de uma humana de Drackwood. Eu não poderia entender por que um de nossos machos protegeria qualquer um deles do contrário." True girou, rosnando um aviso. Ele não gostava da forma como o macho tinha avançado ou o interesse óbvio que ele mostrava nela. Jeanie espiou em torno de True e viu 716. Ela tinha cuidado do homem depois de uma surra que ele levara por se recusar a lutar com outra Nova Espécie. Os idiotas o treinando tinham quebrado seus dois braços. Ela o alimentara diariamente até que seus braços sararam e tinha conseguido lhe escorregar alguns doces. True soltou sua mão e ficou entre eles. "Ela não é nossa inimiga." "Eu sei disso. Não saio por aí ameaçando ferir outros machos apenas para infernizá-los." Sua expressão suavizou. "Olá, Shiver." Ele lhe deu um sorriso caloroso. "É bom vê-la de novo. Sou conhecido agora como Query." Ele riu. "Sou muito curioso. Achei que o nome era adequado. Ouvi dizer que você foi baleada, Shiver. Você está bem?" Emoções a sufocaram ao vê-lo parecendo tão saudável e em forma. "Eu estou bem. Você está ótimo. Como estão seus braços?" Ele moveu ambos e fechou os punhos. Os músculos agrupados em seus braços nus, claramente visíveis pela parte superior da camiseta que ele usava. "Ótimos, graças a você." Ele tentou dar um passo mais perto, mas True bloqueou seu caminho. Ele o encarou, franziu a testa, mas pareceu decidir minimizar. "Você me deixou viciado em biscoitos de aveia. Nenhum deles são tão gostosos quanto os que você me trazia embora." O medo que sentira de True quase entrar em outra luta derreteu sob o elogio. "O segredo é que eu coloco compota de maçã e canela na mistura quando os asso. Eu posso te dar a receita." 175


"Eu gostaria muito." Ele se virou para True. "Ela está com você?" "Sim." Query franziu o cenho. "Em que qualidade?" Jeanie se moveu, agarrando a mão de True mais uma vez. Ela ficaria arrasada se ele e Query lutassem como ele tinha feito com Flirt. "Ele está me protegendo," ela afirmou rapidamente. "Ele me salvou de ser enviada para a prisão." Query olhou para ela de sua altura maior. "Vocês são um casal?" Ela não estava certa de como responder. True a levara para sua casa e eles se envolveram fisicamente, mas isso significava que tinham um relacionamento real? Ela não tinha certeza. "Somos," True afirmou. Jeanie olhou para ele, mas ele parecia decidido a encarar o outro macho para poupá-la de qualquer atenção. Ela olhou a expressão de Query para ver como ele reagiria à notícia. Seus traços tensos relaxaram. "Bom. Ela me tratou bem e tornou minha vida mais fácil, lá em Drackwood. Eu lutaria por ela, se você não tivesse boas intenções." True tentou soltar a mão dela, mas ela se agarrou a ele. "Ele nunca me machucaria ou me faria qualquer mau." Ela forçou um sorriso e de propósito mudou de assunto. "Eu gostei do seu nome." Os dois homens se encararam, mas Query finalmente voltou sua atenção para ela. "Obrigada. Eu costumo fazer um monte de perguntas." Ele olhou para True. "Eles a estão acusando porque ela trabalhava em Drackwood?" True deu de ombros. "Não sei. Ela também trabalhou em Cornas. Estou tentando encontrar provas de que ela estava em ambos os lugares para ajudar nossa espécie." Query assentiu. "Poderíamos reunir aqueles de nossa instalação e tê-los testemunhando sobre sua bondade e as coisas que ela fazia para tornar nossa vida melhor."

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"Poderia ser útil." True hesitou. "Um humano a estava usando para reunir provas e cobrar recompensas." Query assentiu. "Posso contatar todos de nossa instalação de testes e poderíamos montar uma equipe para trabalhar em encontrar esse humano. A maioria de nós trabalha na Security com acesso a computadores. Este humano tem que ter uma carteira de motorista ou alguma forma de identificação que possa ser rastreada através de registros. O mundo lá fora nos dá acesso a seus bancos de dados." True assentiu. "Já pedi a nossa equipe da força-tarefa para procurar este macho, mas eu gostaria de nós nisso também." "Feito," Query combinou. "Vou reuni-los depois do meu turno e vamos debater." "Você vai precisar das informações dela." "Por que você não a leva à biblioteca, às sete? Lá deve ser grande o suficiente para caber todos e eles ficarão muito felizes de ver Shiver." "Tudo bem." Query olhou para Jeanie, depois de volta para True. "Você pode querer mantê-la em sua casa até então. Ainda há um monte de hostilidade em alguns de nosso povo a qualquer humano associado às instalações de teste. Estes três machos são os principais exemplos. Nem todos tivemos alguma experiência positiva, assim eles não entendem por que lutamos para mantê-la segura." "Vou levá-la para comprar roupas." "Entendido. Evite grandes áreas com muitos de nossa espécie," alertou Query. "Eu iria com você, mas preciso me aprontar para o trabalho. Fury fica irritado quando eu apareço sem uniforme ou se chego atrasado." True assentiu. "Eu vou." Query enfiou a mão no bolso da frente e balançou um conjunto de chaves. "O carrinho dezenove é o meu. Use-o e deixe as chaves debaixo do assento quando terminar. Vou correndo até meu posto. Ela está sem sapatos e não deve andar muito." 177


"Eu pretendia carregá-la." Query olhou para Jeanie e riu. "Com certeza ela não iria cansá-lo." "Não. Ela não iria." Ele aceitou as chaves. "Vejo vocês às sete." Query sorriu para Jeanie novamente. "Foi bom vê-la e eu adoraria aquela receita." "É sua. Vou anotá-la na primeira oportunidade que tiver." Query se virou e foi em direção ao elevador. Jeanie olhou para True. "Eu posso esperar pelas roupas. Você quase entrou em outra luta." "Não importa. Nós vamos." Ele se inclinou um pouco, olhando em seus olhos. "O quão próxima você era dele?" Ela olhou para Query que entrava no elevador antes de segurar o olhar de True. Seu olhar lembrando-a do que ele tinha quando a questionara sobre Flirt. Ficando claro por que ele perguntara. "Eu cuidava dele quando estava ferido. Se está perguntando se ele já mostrou algum interesse sexual por mim, a resposta é não." Ele piscou. "Ok. Vamos." True a levou para fora à luz do sol brilhante e soltou sua mão. Ela ofegou quando ele a agarrou pela cintura com um braço, curvou, prendendo-a por trás dos joelhos com a mão e a levantou nos braços. "O chão vai estar quente e seus pés são muito sensíveis para não queimar." Ela colocou o braço em volta dos ombros largos. "Obrigada. Eu podia andar embora." "Não é preciso." Ele se virou, caminhando até uma linha de carrinhos de golfe estacionados na esquina do edifício. Cada um tinha números impressos na lateral perto da roda dianteira. "Não vou arriscar que você se machuque." Ele gentilmente a colocou no banco e circulou o carrinho. O assento era pequeno, por isso eles acabaram pressionados juntos. Ela não se importou. True ligou o motor, deu ré e foi para a pista. O tráfego consistia em alguns outros carrinhos de golfe e um SUV. Alguns jipes estavam 178


estacionados em frente a prédios e Novas Espécies caminhavam pelas calçadas. Não eram muitos, mas os que viu se viraram para olhar para ela enquanto passavam. "É como uma pequena cidade. Há muita grama e quase nenhum veículo." "Temos um bar aqui, onde dançamos." Isso a surpreendeu por uma razão. Ela olhou para ele em vez dos arredores. "Você dança?" Ele olhou para ela. "Sim." "O quê?" Ela estava muito curiosa. "Música." "Eu quis dizer que tipo?" "Algo com uma boa batida. É uma das melhores coisas que descobrimos desde que fomos libertados." Ela ficou em silêncio, mentalmente tentando imaginar True em uma pista de dança. Ele era grande, musculoso, e as mulheres provavelmente gostavam de usar a desculpa para se esfregarem contra ele. Ciúme cresceu em sua cabeça, quando ela se perguntou quem teria lhe ensinado, se tinha sido dança rápida ou lenta, e se isso tinha levado ao sexo. O carrinho desacelerou até parar e Jeanie forçou sua atenção para fora. Eles estavam estacionados na frente de um grande edifício. As janelas estavam às escuras e as duas portas da frente fechadas. Nenhuma placa indicava o que era. "Edifício de suprimentos," ele informou, desligando o motor. "Fique aí. Eu vou até você. Não se esqueça de que o chão está quente." Ele a levantou nos braços. "Também temos uma pista de boliche aqui em Homeland. Nossa espécie gosta desse esporte e temos até um cinema. Todo mundo gosta de assistir a filmes em um telão." Jeanie colocou os braços em volta de seu pescoço. Ela gostava de True a segurando pressionada contra o peito e notou novamente o quão bom ele cheirava. Suas palavras afundaram e ela riu. "O que é engraçado?" Ele fez uma pausa, olhando-a. 179


"Boliche. Eu nunca joguei, mas simplesmente me pareceu engraçado chamá-lo de esporte. Pensei que fosse um jogo." "Assim como o futebol e beisebol, mas são considerados um esporte." Ela sorriu. "Você está absolutamente certo." "Vou levá-la ao boliche em breve para que você possa experimentá-lo." True começou a andar novamente. As portas eram automatizadas e se abriram quando se aproximaram. Ela piscou rápido para ajustar da luz do sol brilhante para o interior mais escuro. Parecia um armazém com toneladas de prateleiras altas. Uma Nova Espécie estava sentada atrás de uma mesa, usando um computador. Ele levantou a cabeça e ficou de pé quando True a levou até ele. Gentilmente a colocando no chão. "A fêmea precisa de roupas, objetos pessoais e sapatos, se os tiver." O macho felino franziu o cenho. "Ela é aquela da Mercile?" "Ela é de Drackwood e não use esse tom," True alertou. "Você tem itens para as Presentes no estoque ou não?" Jeanie já tinha ouvido esse termo antes e queria perguntar o que era uma presente, mas se absteve. A sombria Nova Espécie atrás do balcão não parecia feliz em tê-la dentro de seu armazém. Ela ficou tensa, esperando que True não fosse entrar em mais uma discussão com alguém sobre ela. Culpa parecia inevitável, por ela o estar sempre colocando na posição de ter que defendê-la. Os dois machos se encararam. A tensão era palpável. "Está tudo bem se você não tiver nada no meu tamanho," ela sussurrou, desejando que tivesse insistido com True para ficar em casa depois de tudo. "Não. Você vai ter as coisas." True não desviou o olhar do outro macho. "Ela é uma convidada aqui, ficando em minha casa." O outro macho cedeu deixando cair o olhar. "Tudo bem. Quanto tempo ela vai ficar com você?" 180


"Indefinidamente." A Nova Espécie olhou para o corpo de Jeanie, parecendo dosar seu tamanho. "Qual é sua preferência de cheiro?" "Baunilha e coco para seu cabelo," True respondeu imediatamente. Jeanie ficou chocada que ele se lembrasse de que tipo de perfume ela normalmente usava em seu shampoo e condicionador. Espécies tinham um grande senso de cheiro, mas ela havia tomado banho no hospital, usando seus produtos, antes que a levasse para casa com ele. Ele mantinha essa informação do passado. "Eu tenho," confirmou o macho. "Posso imaginar seu tamanho. Vou abastecê-la para duas semanas, mas você deve ir online para encomendar suas coisas. As Presentes fazem isso." Ele se afastou, desaparecendo por trás de uma prateleira alta. True se virou para ela e seu sorriso parecia forçado. "Ele não vai demorar muito." "O que é uma Presente?" Ela manteve a voz baixa. "Fêmeas Espécies pequenas." "Por que elas são chamadas assim?" Um músculo ao longo de sua mandíbula tenxionou. "Elas foram criadas pela Mercile para serem usadas como presentes para os investidores. Já recuperamos algumas pelas informações nos poucos registros que encontramos." "Presentes para os investidores? O que isso significa?" Seus belos olhos brilharam de raiva. "Elas foram propositadamente criadas menores e mais fracas para que não pudessem efetivamente lutar de volta." Ele hesitou. "A Mercile era financiada por alguns machos humanos ricos que gostavam de abusar sexualmente de fêmeas. As Presentes sendo parte animal eram consideradas um bônus e eles pagavam muito dinheiro para tê-las. A maior parte dos registros foram destruídos, o que torna difícil descobrir de onde veio o dinheiro e quem poderia tê-las para que pudéssemos tentar resgatar essas fêmeas."

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Jeanie o encarou enquanto absorvia suas palavras. Ela cambaleou e poderia ter caído se ele não tivesse agarrado seus quadris. "Oh meu Deus." Ela se sentiu doente ao imaginar algo tão terrível. "Sinto muito. Eu deveria ter relatado isso mais gentilmente." Ela agarrou seus braços, feliz pelo apoio. "Eu destruí o computador central em Cornas." Ela se sentiu mal. "Eu não sabia, True. Eu apaguei as informações que poderiam ter ajudado a encontrar algumas delas?" Ele a puxou contra o corpo. "Não sei." Ela se agarrou a ele, fechando os olhos. Ela deslizou as mãos por seus braços para segurar seus ombros. As pernas pareciam ter se transformado em geléia. "Eu só queria impedir os guardas de segurança de jogarem o gás nas Novas Espécies mantidas em Cornas." "Está tudo bem." Ele apoiou o queixo no topo de sua cabeça e passou os braços firmemente em volta de sua cintura em um abraço apertado. "Você achou que não tinha escolha. Eu acredito. Você fez o que achava que era melhor. Você salvou a vida deles." Mas quantos pagaram por isso? Essa pergunta a assombrava. Ela não se atreveu a dizer em voz alta. Não admira que a equipe da força-tarefa quer tanto saber o que estava naqueles computadores e por que agiram como se o que fiz foi algo tão terrível. Isso poderia ter ajudado a encontrar algumas dessas mulheres.

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Capítulo Onze Jeanie odiava deixar True preocupação, mas simplesmente não tinha muito a dizer. A Nova Espécie no armazém se oferecera para lhe mostrar quais roupas tinham no seu tamanho, mas ela não conseguia reunir nenhum interesse. Eles poderiam ter lhe dado sacos de grãos para usar e ela apenas teria dito obrigado. Ela estava em choque. True continuou segurando-a até que ela se retirou de seus braços quando o outro cara retornou. Ela não queria que ele tivesse que justificar estar lhe dando algum conforto ou, eventualmente, entrar em outra luta. Os humanos que tinham trabalhado para qualquer empresa associada a Mercile Industries eram odiados pelas Novas Espécies por boas razões e ela tinha acabado de descobrir mais uma. Ela estremeceu, pensando em homens cruéis como Dean Polanitis colocando as mãos em uma Presente Nova Espécie. Ela nunca tinha visto nenhuma delas em Drackwood ou Cornas, mas de acordo com True, elas não eram mantidas dentro das instalações. O horror do que essas mulheres deveriam sofrer a deixou em choque. Ela experimentara em primeira mão o quão horrível o teste da droga tinha sido em Drackwood. Ela não tinha sido abusada sexualmente embora. Imaginar anos de abuso sexual nas mãos de alguém cruel era um pesadelo. Ela preferia ser espancada e abusada verbalmente do que ter algum psicopata a usando para satisfazer qualquer desvio de comportamento sexual que ele pudesse pensar.

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True a levou de volta para o carrinho de golfe e a deixou lá para pegar meia dúzia de sacolas. Ela se sentou muito quieta, nem sequer se atrevendo a olhar para cima quando algum veículo passava. Ele rapidamente voltou e os levou de volta para o dormitório. O motor desligou. "Você está bem?" Ela se obrigou a olhar para ele. "Por que você me salvou?" "Eu não devia ter lhe contado sobre as Presentes. Eu não sabia que iria incomodá-la tanto. A Mercile as deu há muito tempo. Duvido que Cornas tivesse informações em seus computadores." "E se tivessem?" "E se não tivessem? Você está chateada sem saber se há uma razão." Ela assentiu, tentando se agarrar a essa esperança. "Ok." "Nós resgatamos algumas delas. A maioria estava morta há muito tempo quando as rastreamos." "Mortas?" Ele franziu o cenho. "Eu não vou te dizer mais nada." "Por favor?" "Elas não sobreviveram muito tempo. Vamos entrar." Ela saiu do carrinho antes que ele pudesse contorná-lo. "Eu posso andar." Ele rosnou, nada feliz, mas estendeu a mão para as sacolas. "Fique na grama. As calçadas estão quentes." Ela não se importava se seus pés queimassem, mas sabia que iria chateá-lo, então ela ficou na grama. Ele socou um código e passou o cartão para ter acesso ao dormitório. Isso a lembrou de Drackwood e Cornas, com suas medidas de segurança. A sala comunitária estava vazia quando entraram no prédio. Ele a levou direto para os elevadores. Nenhuma palavra foi dita até que chegaram ao terceiro andar.

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Flame permanecia estacionado no corredor, encostado a uma parede. Ele sorriu. "Vocês não demoraram muito. Todas as suas coisas pessoais já foram transferidas para a nova casa." Ele se endireitou e abriu a porta para eles. "Pedi para que trouxessem o almoço. Espero que não se importe." Ele entregou um cartão para True. "O mesmo código." "Obrigada." True segurou seu braço, conduzindo-a para dentro. "Obrigada," ela murmurou. "Ela está bem?" Flame parecia preocupado. "Ela vai ficar. Obrigada. Não deixe que ninguém nos perturbe." "Tudo bem." Flame firmemente fechou a porta. Jeanie se virou quando chegou ao centro da sala, observando True colocar as sacolas sobre o balcão entre a sala e cozinha. Uma bandeja descansava em cima da mesa com dois pratos cobertos. "Você come. Eu não estou com fome." Ele franziu o cenho. "Você precisa." "Eu meio que perdi o apetite. Você se importa se eu for me deitar?" Ela não esperou resposta, apenas entrou no quarto. A cama trenó era uma monstruosidade de couro, ainda maior do que a da outra casa. Ela fez uma pausa, odiando que fosse a razão deles terem que se mudar. O colchão dava na altura de sua cintura e ela teria que subir nele. A roupa de cama azul claro era bonita, mas ela preferia a de True. "Jeanie?" Ela se virou, olhando para ele, apoiado com os braços no batente da porta. "Sim?" Ele se endireitou e se aproximou. "Diga-me como fazer você se sentir melhor." Seu olhar viajou pelo corpo dele, parando em seu peito largo, baixando para a cintura estreita e estômago firme, e até o moletom cobrindo suas pernas longas e musculosas. Ela olhou para o tapete, sem se atrever a responder.

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Ele se aproximou mais até que ela teria que olhar para cima ou simplesmente olhar para sua virilha. Ela examinou seus lábios carnudos, desejando que ele a beijasse. Isso iria distraí-la de toda a dor e sofrimento. Remorsos eram muitos também. "Jeanie?" Ele alcançou e enrolou a mão em volta de seu quadril. A outra escovou seus cabelos para trás, o polegar acariciando seu queixo. "Do que você precisa?" "Você," ela murmurou. Isso surpreendeu a ambos, a julgar pelo modo como os olhos castanhos dele se arregalaram e o rosto dela aqueceu. True fez um som suave e animalesco, que era meio que sexy. "Espero que você tenha dito o que acho que você disse." Isso foi um estímulo para ela, que estendeu as mãos e as deslizou por seu peito. Ela desejou que a camisa não estivesse lá, querendo tocar a pele quente em vez do material macio esticado sobre seu corpo firme. Ela curvou os dedos na parte de trás do seu pescoço, agarrando-o lá, e puxou para baixar sua cabeça. Ele obedeceu e ela inclinou de leve a cabeça, lambendo os lábios para molhá-los quando se levantou na ponta dos pés. "Beije-me? Por favor?" Ele não precisou ser convidado duas vezes. Baixou a boca e ela fechou os olhos. O primeiro contato da boca contra a dela causou arrepios por sua espinha. Aqueles lábios firmes eram mais suaves do que pareciam quando encontraram os dela. Ele os entreabriu, deslizando a língua dentro para explorar. Excitação subiu e Jeanie se agarrou a ele. A mão segurando seu rosto baixou para o quadril até que ambas os cercavam e ele abriu os dedos. True rosnou e ela se agarrou ainda mais apertado contra ele, beijando-o freneticamente. Ele respondeu, deslizando as mãos em torno de sua bunda e danda a cada nádega um aperto provocante. Ela ofegou quando ele usou a pressão para levantá-la. Jeanie abriu as pernas e as envolveu ao redor de seus quadris enquanto ele andava para frente. Surpresa se registrou quando ao invés de ser levada para a cama, ela acabou sentada na beirada da cômoda. Era mais baixa do que a do antigo apartamento. Eles ficaram quadril-com186


quadril. O pênis duro pressionou contra sua vagina, enquanto as mãos deslizaram de debaixo de sua bunda para abraçar seus quadris novamente. O beijo foi quebrado e ele afastou a boca. Ela abriu os olhos em frustração. "Não pare," ela implorou. Os olhos castanhos se estreitaram e a respiração dele se tornou tão errática quanto a dela. "Eu não posso," ele murmurou. Ele baixou a cabeça mais uma vez, quase beijando-a novamente, mas hesitou logo antes de tocar seus lábios. "Preciso ir mais devagar ou vou te assustar." Ele nunca deixa de me surpreender. "Não. Você não vai." Ele não parecia convencido quando estudou seus olhos, parecendo procurar quaiquer que fossem as respostas que buscava. "Não se segure," ela assegurou. "Eu sei que você não vai me machucar. Eu te quero, True." Ele olhou profundamente em seus olhos. "Eu sei o que você é, quem você é, e eu quero você." Ela não poderia ser mais clara. Ninguém precisava lembrá-la de que ele não era totalmente humano e que ela aceitava que ele provavelmente seria diferente dos poucos amantes que conhecera. "Leve-me." Ele a beijou, invadindo sua boca com a língua. Ela fechou os olhos para saborear as sensações. Ele agarrou seus quadris e puxou sua pélvis contra a dele, moendo o pênis preso contra o moletom cobrindo sua vagina. A sensação da solidez dele esfregando contra seu clitóris através de duas camadas de material foi incrível, mas ela desejou que estivessem nus. Ela gemeu contra sua língua, curvando os braços em volta de seus ombros e o agarrando pela camisa. Não rasgou, não importando o quanto ela tentou cavar através do algodão para alcançar sua pele com as unhas. True usou o aperto em sua cintura para mantê-la trancada no lugar enquanto revirava os quadris, atormentando-a até que ela estava pronta para gozar em suas calças. Ela levantou mais as pernas, envolvendo-as mais apertado em torno de sua cintura. Ele parou de se mover e ela quis gritar quando ele se afastou de sua boca. Ambos ofegavam. Ela abriu os olhos de novo, olhando para ele. "Solte-me." 187


Ela afrouxou o aperto sobre ele e se inclinou um pouco para trás, apoiando as mãos sobre a cômoda. "O qu –" Ela engasgou quando ele puxou sua blusa, rasgando-a em pedaços tão facilidade como se fosse papel. E a jogou para trás. Então puxou a camisa sobre a cabeça, mostrando aquele peito sexy. Ela estendeu a mão e tocou sua pele, amando o quão quente e firme ele se sentia sob suas mãos. Ela o adorou com seu olhar e toque. Ele baixou os olhos para seus seios nus e a ergueu mais alto até que não estava mais sentada na superfície dura. Então baixou a cabeça e ela agarrou seus ombros para manter o equilíbrio. Uma mão apalpou um seio enquanto a boca cobria o outro. Ele não a lambeu suavemente ou provocou. Apenas chupou o mamilo na boca e deixou os dentes afiados raspar sobre a ponta sensível. Ela gemeu quando ele chupou com mais força e apertou as pernas ao redor de sua cintura. A sensação disparou para seu clitóris quando ele moeu a pélvis contra o V de seu moletom. Ela estava prestes a gozar e a calça ainda estava lá. Ela gemeu e se debateu, agarrando-se a ele, arqueando as costas e tentando mover os quadris contra o comprimento duro do pênis preso dentro da calça. Um grunhido saiu da garganta dele e a boca soltou seu seio. Ele levantou a cabeça, estreitando os olhos. Parecendo selvagem e sexy quando seus olhares se encontraram. "Muito áspero?" ele rosnou. Ela sacudiu a cabeça, o corpo dolorido demais para saber se ele estava sendo áspero. Ele soltou seu seio e agarrou a parte de trás de seu moletom. Ela sentiu um puxão e ouviu o material chiar. Ela olhou para baixo. Ele tinha rasgado o moletom em suas costas. As mãos agarraram o material nas laterais de suas coxas e o rasgou mais, até que sua boceta estava nua e à vista. Mais um puxão forte e ele o tirou completamente, jogando-o de lado. True a baixou até que sua bunda repousava sobre a cômoda, depois mexeu os dedos entre seus corpos e agarrou a própria calça, puxando a frente para libertar seu pau. 188


Ela torceu o suficiente e olhou para baixo no espaço limitado entre eles, olhando para seu pênis. Parecia incrivelmente duro e sacudiu um pouco como se movesse com cada batimento cardíaco. Ela não conseguia desviar o olhar da carne grossa e rígida entre eles. Ele parecia lindo para ela. Grande, mas ela já esperava. Nada sobre um macho Nova Espécie seria pequeno. A cabeça do pênis era mais grossa que o eixo, ligeiramente achatada, e perfeitamente formada. "Jeanie?" Ele exigiu sua atenção com urgência mal contida na voz rouca. Ela olhou para seu rosto. "Tem certeza?" "Sim." A boca desceu sobre a sua novamente. Um dos braços enganchou em seus quadris e ele a colocou no antebraço para proteger sua bunda da superfície implacável. Ele usou a mão entre eles para ajustar o pênis até que a ponta grossa cutucou sua boceta muito molhada. O choque da súbita extensão de seus músculos vaginais, enquanto ele a enchia e o prazer que ela sentiu a fez gritar contra sua boca. Ele congelou, afastando-se do beijo. Um olhar intenso procurou seus olhos, avaliando sua reação. "Não pare. É tão bom que eu não consigo deixar de ser vocal," ela lhe assegurou. Ele rosnou e empurrou dentro dela mais fundo, possuindo completamente seu corpo. A boca encontrou a dela novamente, beijando-a freneticamente enquanto empinava os quadris, batendo dentro e fora dela duro e rápido. Jeanie gemeu seu prazer e arrancou a boca da dele, apavorada de morder sua língua. Ela apertou as pernas mais firmemente em volta de sua cintura e apoiou os braços em seus ombros. Ele ajustou seu agarre sobre ela até que ambas as mãos agarraram sua bunda para segurá-la no lugar, enquanto continuava se dirigindo dentro dela. Ela não podia dizer se doía ou se apenas era tão bom que sobrecarregava seus sentidos, mas ela sabia que morreria se ele parasse.

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O pênis pareceu crescer mais grosso, como se estivesse inchando. O corpo dele tremeu e os músculos ficaram tensos. Ele moveu mais rápido e foi tudo que Jeanie precisava. Ela gemeu mais alto quando prazer atravessou seu corpo. Ela escondeu o rosto em seu ombro e gritou quando clímax a atingiu. Ele fez um ruído – uma combinação que era algo entre um grito e um gemido. O pênis definitivamente inchou dentro dela e ela o sentiu gozar também. Jato após jato forte de sêmen a banhou por dentro. Os quadris se acalmaram, trancados contra ela e seu grande corpo estremeceu. Ele ofegou algumas vezes. "Oh, uau," Jeanie arquejou. Lambendo sua pele lesada e dando um beijo onde havia deixado marcas de mordidas na curva de seu pescoço. Ela não tinha quebrado a pele, mas era perceptível o suficiente para mostrar o padrão dental. "Eu te mordi. Sinto muito." Ele riu baixinho. "Eu gostei. Pode me morder muitas vezes." Ele soltou as mãos de sua bunda e passou os braços ao redor de sua cintura, abraçando-a com força contra o corpo. Depois se virou, andando, ainda trancado dentro dela. Seu pau, profundamente enterrado na vagina dela, puxando a cada movimento do corpo. Ela gemeu algumas vezes de estar hipersensível e do grande homem dentro dela a fazer consciente de sua presença a cada passo que dava. Ele alcançou atrás e forçou suas pernas mais altas quando sentou na cama, deixando-a sentada em seu colo. Então ergueu as mãos, que não estavam mais segurando seu peso e ternamente segurou seu rosto. "Eu nunca fiz sexo assim antes." Ele parecia chocado. "Foi tão bom. Você está bem?" Ele olhou entre seus corpos no local onde ela havia sido baleada. "Foi incrível." Ela parou de falar para evitar dizer algo que pudesse se arrepender. Tinha sido mais do que apenas sexo para Jeanie. O desejo de lhe dizer o quanto o amava – o amava há tanto tempo – era muito tentador, mas ela não queria fazer algo tão especial em um momento estranho para

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True. Os homens não querem ouvir esse tipo de confissão depois do sexo, especialmente quando eles não retornavam esses sentimentos pela mulher. Ele acariciou seu rosto. "Você vai ficar segura se eu te acasalar." Esperança de que ele a amava de volta queimou tão brilhante que ela não pôde sequer puxar o ar. "Eles não poderiam nunca enviá-la para longe de mim. É a melhor forma que posso pensar para protegê-la. Devo-lhe minha vida e liberdade, Jeanie. É algo que estou disposto a fazer." A pontada de dor em seu coração doeu tanto que ela respirou fundo. "O quê?" "Eu poderia acasalá-la para salvá-la de ir para Fuller, não importando o que a força-tarefa decida." Isso a rasgou por dentro. Ele era um bom homem para se oferecer casar com ela por motivos de honra, mas ela não podia aceitar. Não seria justo prendê-lo em um relacionamento só porque ele queria protegê-la e sentia que lhe devia sua vida. Ela engoliu o nó de emoção quase a sufocando, e escolheu cuidadosamente as palavras. "É muito gentil de sua parte, True. Eu agradeço." Ele franziu o cenho. "Mas eu não posso." "Por que não?" Ele soltou seu rosto e agarrou seus quadris ao invés. "É um compromisso de vida para compartilhar sexo apenas com você." O desejo de ter isso com ele foi uma dor amarga dentro do peito. "Para me salvar?" "Sim." Jeanie lutou contra sua moral. Ela daria tudo para passar o resto de sua vida com True, mas seria errado tirar proveito de seu senso de dever. Amá-lo significava que ela tinha que fazer o que era melhor para ele, não obstante o que a faria feliz. Medo de que ele um dia lamentasse essa decisão, ou pior, começasse a odiá-la por aceitar o que ele estava disposto a sacrificar, venceu. "Eu quero que você queira se acasalar comigo pelas razões certas, True." 191


Ele pareceu atordoado. "Você está recusando minha oferta?" "Quero que você me acasale pelas razões certas," ela reafirmou. "Você está dizendo que não? Você entende que vai estar à salvo da lei das Espécies como minha companheira? Eles não poderão nunca enviá-la para a prisão ou puni-la por qualquer coisa que tenha feito no passado. Isso irá protegê-la." "Estou dizendo não por você querer fazer isso para me salvar."

*****

True escondeu sua raiva e confusão. Por que Jeanie se recusa a ser minha companheira? O leve pulsar de dor de sua mordida parecia prova de que ela tinha gostado do sexo, junto com suas outras reações. Ele tinha ouvido que as fêmeas humanas, muitas vezes, fingiam orgasmos, mas ele tinha certeza de que ela não tinha atuado. Não fazia o menor sentido. Ele poderia protegê-la e lhe mostrara que seria um bom companheiro. Talvez ela precise de mais provas. As fêmeas podiam ser teimosas. Ele rolou e prendeu Jeanie sob seu corpo, tomando cuidado para não esmagá-la, usando os cotovelos para manter o peito fora dela. Lindos olhos castanhos se arregalaram quando olhou para eles, mas ele não viu nenhum medo. "Eu poderia convencê-la." Ele não esperou resposta. Apenas apoiou o pé no chão, e então se inclinou sobre ela, puxando-a pelos ombros e segurando-a no lugar enquanto se dirigia dentro de sua boceta – profundamente. Ele hesitou lá, certificando-se de que ela poderia levá-lo sem dor. Um gemido suave enquanto seus olhos quase se fecharam lhe disse tudo o que ele precisava saber.

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Ele se retirou até que quase deixou completamente seu corpo, ajustou os quadris e empurrou lentamente de volta para dentro. O encaixe apertado de seus corpos se sentia celestial para ele, que moveu os quadris apenas o suficiente para ver sua reação quando encontrou o ponto certo, um que as fêmeas gostavam muito. Ele tinha aprendido algumas coisas sobre como agradar uma fêmea desde que ganhara sua liberdade. As Espécies exigiam satisfação dos machos que permitiam em suas camas ou eles não seriam convidados a se juntarem a elas novamente. Jeanie gemeu e cravou as unhas em sua pele. Precisou de esforço para silenciar um grunhido de satisfação quando ele começou a bombear dentro e fora dela no ângulo certo e sua respiração aumentou para um ofego. Suor irrompeu sobre sua pele enquanto ele lutava contra seu próprio prazer para se concentrar apenas no dela. "Nada se sente tão bom quanto você," ele confessou. "Você é tão macia, úmida e apertada." Ele pegou velocidade na condução dos quadris, batendo-a contra o colchão, enquanto lutava contra sua liberação. Ela era muito apertada e se sentia surpreendentemente bom, mas muita coisa estava em jogo. Ele precisava que ela entendesse o que tinha a oferecer como um companheiro. "O céu," ele decidiu em voz alta. Se este fosse um lugar na Terra, Jeanie era para ele. Ela fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás, embrulhando as pernas mais apertado em volta de seus quadris. A sensação dos calcanhares cavando em sua bunda só o estimulando a ir em um ritmo mais rápido, o atrito entre seu eixo rígido e os músculos vaginais dela apertando o levaram perto da insanidade. Ele queria se perder nela, marcá-la a partir de dentro com seu sêmen e possuí-la para sempre como sua. "True," ela gritou. Ela cravou as unhas em sua pele fundo o suficiente para tirar sangue, a dor leve virando satisfação em saber que ela o marcara de uma forma humana. Ele reverentemente esperava que ela deixasse cicatrizes. Ele olhou abaixo entre eles e assistiu com fascinação extasiada quando seus mamilos frisaram em pontas esticadas logo antes de sua boceta estremecer e os músculos apertarem em torno de seu pau. 193


Seus gritos quando ela gozou era tudo que faltava para seu controle escorregar. Ele rosnou, cerrando os dentes para evitar morder seu ombro quando o desejo o atingiu, e então perdeu a capacidade de pensar em qualquer coisa. Ele a embalou o melhor que pôde, empurrando a cada espasmo violento enquanto seu sêmen a enchia. Êxtase branco-quente queimou seus lombos, indo direto para seu cérebro. Demorou um tempo para se recuperar. Ele não estava certo se tinham passado meros segundos ou se foram minutos. Ele respirou seu cheiro, sabendo que era o seu favorito. E estudou as feições relaxadas de Jeanie, esperando que seus olhos se abrissem. Eles fizeram e ele sorriu para o jeito como ela o espiou. Ela parecia feliz e satisfeita. "Eu seria um bom companheiro," ele jurou. Ela soltou seus ombros e segurou seu rosto. "Eu sei." "Então você concorda." Ele ficou feliz que o assunto estivesse resolvido. Tim e a equipe da força-tarefa não poderiam argumentar que ela pertencia à sua guarda, ou que ela deveria ser processada sob a lei Espécie. "Vou ter a papelada sendo enviada para nós logo após meu inchaço diminuir." Seu pau trancado dentro dela lhe dava a chance de abraçá-la por mais tempo. Ele estava grato que ela não parecesse se importar, uma vez que ela não tentava afastá-lo ou desembaraçar as pernas ao redor de sua cintura. Ela mordeu o lábio, seu olhar nublando com uma expressão que ele não gostou. "Está resolvido. Pare de me dar esse olhar." "Que olhar?" "Você está insegura, mas eu não estou." A voz dele se aprofundou, mas ele não conseguiu esconder sua raiva. "Nós vamos assinar os papéis de companheiros." "Você não pode me foder uma vez na vida e depois fazer exigências. Não é justo para nenhum de nós." Ele arqueou as sobrancelhas em surpresa atordoada com suas palavras e com os traços de raiva que ele identificou em sua voz. "O quê?" 194


"Você me ouviu." Ela levou as mãos para seu peito e as achatou lá, lhe dando um leve empurrão. "Eu sei que você é agressivo por natureza e pra mim tudo bem, mas isso não é algo sobre o qual você pode simplesmente intimidar alguém." "Intimidar?" Ele soou insultado. "Ok." Sua voz suavizou. "Esta foi uma palavra muito dura. Eu sei o que significa um companheiro. É um casamento e é para toda a vida para as Novas Espécies. Isso não é algo que deve ser decidido na sequência de um sexo alucinante." A bajulação sobre suas habilidades sexuais acalmou seu orgulho ferido. "É o que precisa ser feito." "E é por isso que eu não posso aceitar agora." Ela o confundiu. "O sexo entre nós é alucinante. Você acabou de dizer." "É preciso mais do que um bom sexo para fazer um relacionamento dar certo." "Nós temos mais." Ela mordeu o lábio novamente. "Vamos falar sobre isso depois, ok? Eu não consigo pensar claramente agora, especialmente com você ainda dentro de mim e me tocando." Ela acariciou seu peito em vez de empurrá-lo. "Não é justo." Jeanie o confundiu totalmente. "O que não é justo?" "Devemos tomar banho e nos preparar para aquela reunião. É às sete, certo? E provavelmente deveríamos comer alguma coisa também." "Temos horas antes de precisarmos sair. O que não é justo? Eu não entendi." "Enquanto você está em cima de mim não é o melhor momento para me fazer perguntas que mudam nossa vida, ok? Devemos estar ambos racionais quando uma discussão séria sobre nosso futuro acontece. Os hormônios não devem desempenhar um papel nisso. Você me derrete, True." Ele não tinha certeza do que isso significava, mas parecia bom. "Isso é uma coisa boa?"

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"Sim." Ela sorriu. "Ninguém nunca me fez sentir do jeito que você faz." Ela levantou a cabeça, olhando em seus olhos. "Você é incrivelmente sexy." "Eu sei como podemos passar as próximas horas." Seu pau amolecido começou a endurecer. Ela arregalou os olhos e olhou entre seus corpos antes de olhar para ele novamente. "Não sou completamente humano," ele lembrou. "Tenho um forte impulso sexual. Estou determinado a convencê-la a ser minha companheira." "Você realmente não joga limpo, não é?" Ela deslizou as mãos sobre suas costelas, depois ao redor de suas costas, as unhas levemente raspando sua espinha. Ele rosnou baixinho, gostando. Ela as arrastou mais baixo até corrê-las ao longo da curva de sua bunda e segurar ambas as nádegas. Uma fêmea nunca tinha feito isso antes, mas ele gostou da sensação dela o agarrando lá, cavando os dedos nos músculo. Ela moveu um pouco as pernas, descansando as panturrilhas contra as costas de suas coxas, e se moveu debaixo dele para enterrar o pênis um pouco mais fundo dentro de seu sexo acolhedor. Suas paredes vaginais apertaram e ele rosnou mais alto. "Dois podem jogar esse jogo." Ela arqueou as costas, empurrando os mamilos contra seu peito. "Nenhuma conversa sobre acasalamento enquanto estamos nos tocando. Fechado?" Ela estava tentando seduzi-lo em concordar. A boca dela se curvou com humor. Ela não estava sendo manipuladora do jeito que os humanos que ele conhecera costumavam fazer. Ele sorriu, satisfeito com sua jovialidade. Ela sorriu abertamente para ele e apertou sua bunda, moendo sua boceta contra ele. "Temos algumas horas, é? Isso deveria me assustar? Não conseguiu." "Bom." Ele baixou os lábios nos dela e tomou posse de sua boca. Beijar Jeanie o fez se esquecer de tudo, exceto ela e a necessidade de se mover.

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Capítulo Doze Jeanie desejou um secador, mas True tinha arqueado as sobrancelhas quando ela lhe perguntou se ele possuía um. "Vou aceitar isso como um não." "É ruim para o cabelo." Ela não estava disposta a discutir com ele. Não havia como ela pudesse diplomaticamente ressaltar que não acreditava que fosse de fato. Pelo menos não sem ele mencionar que não era totalmente humano ou ela usar o argumento de que tinha tido um cachorro quando criança e que usara um secador de cabelo nele. Talvez este fosse um assunto delicado que ela não queria abordar. Ela usou apenas uma toalha para esfregar vigorosamente os fios molhados. Os sacolas que tinham trazido do loja de suprimentos continha um monte de camisetas e algumas calças de algodão em tamanho médio. E também dois sutiãs brancos de exercícios. Eles tinham sido projetados em material elástico para acomodar várias formas de mama. O único vestido que tinha sido incluído a deixou boquiaberta quando o puxou para fora. 197


"Gostei dele. Use-o." Jeanie franziu o cenho. "Tem flores roxas e rosa vivo por toda parte dele. Acho que até um satélite do espaço poderia me identificar nisso, True." Ela o achou horrível. Ele a fazia lembrar de algo que se encontrava em uma loja havaiana para turistas que alguém com deficiência visual poderia comprar. "É mais fácil de tirar quando voltarmos." "Sim." Ela o colocou na cama. "Eu sei que não ia querer usá-lo por muito tempo. Isso é certo." Ele sorriu. "Use-o." "Acho que vou com uma das camisas cinza e a calça preta." Ela procurou nas sacolas, mas ainda não encontrou o que estava procurando. "Aquele cara não colocou calcinhas." "A maioria dos homens não usam roupas de baixo. Ele provavelmente nem pensou nisso. Eu gosto de você sem elas." Ela sorriu. "Menos para tirar mais tarde?" "Exatamente." Ele olhou no relógio. "Você deve se apressar. Não queremos nos atrasar." "Foi você quem insistiu para comermos e tomar banho separados." "Você ainda está se curando, Jeanie. Precisa comer muitas vezes e eu sabia que não ia manter minhas mãos longe, se você tomasse banho comigo." Calor se espalhou por todo seu corpo, lembrando-se das horas que tinham passado juntos na cama e o jeito que ele a deixara para buscar a comida. Ele não tinha entendido que ela não conseguia comer tanto quanto ele poderia consumir, então eles tinham argumentado um pouco quando ela dissera que estava cheia. Ele era doce, mas ela não tinha subestimado sua personalidade dominante. "Sinto-me surpreendentemente bem e curada. Eu queria vê-lo molhado embora." Ela adorava a forma como ele fazia ruídos sexys em resposta, enquanto deslizava o olhar por seu corpo quando ela deixou cair a toalha para se vestir. Nenhum homem jamais a fizera se 198


sentir tão desejada ou tão sexy quanto True, apenas com seu olhar faminto. A intensidade por trás disso a fazia se sentir especial e altamente desejável. "Precisamos da ajuda deles para encontrar o agente que te usou." A declaração séria matou seu humor provocador. Era fácil esquecer tudo de ruim, depois de passar um tempo com True. "Certo." Isso também a lembrou das vezes que estiveram juntos na presença de outras Espécies. "Só não quero que você entre em outra luta para me defender." "São Espécies de Drackwood. Eles te conhecem, Jeanie. Não haverá qualquer agressão." "Tenho certeza de que alguns deles não se importam com o quanto eu fui boa para eles. Eles estavam presos contra sua vontade, e eu era parte disso." True se adiantou para acariciar gentilmente seu rosto. "Você era a parte que tornava nosso cativeiro suportável. Não se esqueça disso. Há sempre essa faísca que dá esperança de coisas melhores quando a vida é ruim. Você dava isso para nós. Nunca negue como isso é importante." Ela o olhou nos olhos, grata pelas palavras amáveis. "Não vou." Ele baixou a mão. "Você não precisa se preocupar em ser prejudicada por qualquer pessoa que estamos prestes a encontrar. Eu nunca vou permitir que isso aconteça." "Obrigada." Ele fez uma careta. "Pare com isso. Não quero ou preciso de seus agradecimentos." "Ok. Por que isso te deixa com raiva?" "Vamos discutir isso mais tarde. Devemos ir. Eles já devem estar esperando e eu gosto de ser pontual." Ela o seguiu para fora do apartamento. O guarda era um que ela não tinha visto antes. Ele lhe deu uma checada rápida antes de se concentrar em True. "Onde a está levando?" "A biblioteca. Temos uma reunião." A Nova Espécie franziu o cenho. "Ninguém me informou." True agarrou sua mão e colocou o corpo entre ela e o outro homem. "Ela não é uma prisioneira e eu estou com ela. Pensei que Jericho é quem estaria no plantão." 199


"Darkness me pediu para substituí-lo." Jeanie esperava que não tivesse machucado o primata o suficiente para que ele não pudesse voltar ao trabalho. Ela abriu a boca para perguntar, mas não o fez, com medo de que só iria piorar as coisas. True a guiou na frente dele e a manteve longe da outra Nova Espécie. O guarda tentou segui-los para dentro do elevador, mas True o impediu. "Para trás." "Eu deveria mantê-la à vista, se ela não está dentro de sua casa." "Ela não é um perigo para ninguém," True rosnou. As portas se fecharam, deixando o guarda do outro lado. Jeanie estudou True quando ele se virou. "Talvez a gente não deva sair de sua casa. É totalmente compreensível que eles suspeitem." "Minha palavra é tudo o que deve importar e eu respondo por você." Ela engoliu o desejo de agradecê-lo mais uma vez por ter fé nela. Não parecia justo que ele tivesse que lidar com tanta animosidade em seu nome. Todos os sacrifícios que fizera tinham sido sua escolha. Ela poderia ter se afastado quando Drackwood foi fechada, mas o pensamento de não ajudar mais Novas Espécies quando o agente Brice lhe contara sobre Cornas tinha sido inaceitável. Alguém precisava salvá-los e ela estava em condições de fazê-lo. Ela tinha considerado a possibilidade de uma repercussão se seu papel alguma vez fosse exposto publicamente. Algumas pessoas odiavam as Novas Espécies, formando organizações de protestos por ter sido dado a eles direitos humanos, e algumas igrejas tinham até chegado a afirmar que eram abominações. Ela tinha estado disposta a suportar esse tendencioso e preconceituoso julgamento se isso vazasse, mas nunca tinha vindo à sua mente que as pessoas que ela amava teriam que pagar também. True não deveria ter que defendê-la, mais ele tinha. Sua família provavelmente sofreria o mesmo destino, sendo alvo devido a suas ações. "No que está pensando?" True tocou seu ombro, puxando-a de seus pensamentos. "Você parece tão triste." 200


Ela olhou para cima, e então apenas se aproximou e o abraçou. "Não importa." Ele passou os braços em volta dela, puxando-a para mais perto. "Importa sim." Ela girou fora de seu abraço quando as portas do elevador se abriram. "Tem sido um longo dia. Eu estou bem." "Não gosto de ver esse olhar em seu rosto e você vai me dizer o que o colocou aí. Falaremos sobre isso mais tarde, em casa." Ele a estudou atentamente. "Certo." Ela esperava que ele fosse esquecer e deixar o assunto morrer. Já se sentia culpada o suficiente por tudo que ele tinha feito e não queria sobrecarregá-lo com seu tumulto emocional. Ele pegou sua mão e a levou para a grande biblioteca. Prateleiras cheias de livros se levantavam do chão ao teto. Uma bela lareira de pedra cinza tomava a parede do fundo e uma longa mesa de conferência, com cadeiras estofadas assumia o espaço no centro da sala. Novas Espécies se levantaram quando eles entraram e Jeanie parou de andar, olhando para os rostos familiares que ela nunca pensou que veria de novo. O sorriso veio imediatamente, apesar de sua insegurança de que eles pudessem não estar tão felizes em vê-la como ela a eles. "Todos vocês parecem tão grandes," ela desabafou. Seu olhar ficando em uma mulher em particular, e ela inconscientemente deu um passo em sua direção. "Fique do meu lado." True a puxou de volta. "Ela está segura aqui," afirmou um macho asperamente antes de seu tom suavizar. "É bom vê-la, Shiver. Vamos ter que deixá-la saber nossos novos nomes. Eu me chamo Jinx agora." Jeanie sorriu para o felino alto de cabelos negros ligados a essa voz. "Você ainda está propenso a acidentes?" O homem riu. "Não exatamente. Eu escolhi o nome por outros motivos." Ela olhou para sua mão, descansando no encosto de uma cadeira. "Como está?" Ele soltou o material macio e flexionou os dedos, virando o punho até que ela pudesse ver sua palma. Uma cicatriz grossa a marcava, causada por um ferimento de faca que ele uma vez

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tinha sofrido quando um dos guardas tinha tentado matá-lo em retaliação por algo estúpido. Jinx havia agarrado a lâmina para impedir que sua garganta fosse cortada. "Funciona muito bem." Ele deu um passo mais perto. "Você realmente deu o inferno àquele médico insinuando que ele era incompetente, se não podia reparar o dano para que eu pudesse mover meus dedos." Um nó de emoção se formou em sua garganta, tornando impossível falar. Ela engoliu em seco. "Eu ouvi o pessoal planejando me transferir para outro lugar, desde que o médico acreditava que a perda de mobilidade na mão tornaria impossível que eu continuasse sendo útil. Seria difícil melhorar a coordenação mão-e-olho com drogas, se eu não tivesse as duas mãos funcionando." Jeanie não sabia. "Para onde? Seria Cornas Research?" "Não. Era um campo de extermínio para nossa espécie. Um dos funcionários cedeu sob interrogatório e entregou a localização." Um músculo em sua mandíbula apertou e seus olhos azul-escuros se estreitaram de raiva. "Que estava equipado para explodir. Todas as quatorze Espécies morreram antes que pudessem ser alcançadas." "Oh, Deus," ela sussurrou, horrorizada. "Você salvou minha vida." Jinx concentrou seu olhar intenso sobre os dela. "Agora nós vamos fazer o nosso melhor para salvar a sua, Shiver." "Olá, Shiver," uma fêmea anunciou. Jeanie virou a cabeça e sorriu de novo. "Você está ótima, 754. Deixou seu cabelo crescer. Você está tão linda." Ela percebeu que se dirigira a ela pelo número. "Sinto muito. Eu não deveria ter te chamado assim. Que nome você escolheu?" "Luna." Ela olhou para True. "Posso abraçá-la? Não é necessário que você tome uma posição protetora e a mantenha ao seu lado. Todos aqui lhe deve sua gratidão por alguma

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bondade que ela demostrou. Relaxe, True. Ela está entre amigos. Ela me salvou de ser montada a força." A lembrança desse incidente fez Jeanie estremecer. "Foi sorte total para nós duas que ele estava tão ocupado fazendo ameaças que não ouviu a porta se abrir." True rosnou. "O que você fez?" Ela percebeu sua expressão de raiva e esperou que não tivesse sido causada por suas ações. Ela não tinha arrependimentos sobre o que fizera naquele dia, ou qualquer dia. Ela estava sempre tentando ficar um passo à frente da equipe e descobrir maneiras de enganá-los ou manipulá-los a fazer o que fosse necessário para ajudar as Novas Espécies. "Eu abri a porta para ver como ela estava e o vi de pé ao lado da cama, falando sobre o que planejava fazer com ela enquanto tirava o cinto. Eu usei uma comadre e o acertei na parte de trás da cabeça. Ele nunca me viu entrando. Ele tinha desligado as câmeras no quarto para se certificar de que a segurança não iria vê-lo, mas também significava que não havia provas de que eu tinha estado lá. Fiz parecer que ele tinha escorregado e batido a cabeça na beirada da mesa." Luna riu. "Ela bateu no babaca com tanta força que ele precisou de quinze pontos. Ela estava chateada que ele ia me machucar. Eu aprendi novos palavrões com Shiver. Ela também terminou de abrir suas calças para deixar claro para a equipe o que ele pretendia fazer comigo. Os médicos ficaram furiosos quando entraram e o encontraram no chão, pois ele poderia ter arruinado o que eles tinham planejado para mim. Eu nunca mais o vi." "Você pode tocá-la," True decidiu, soltando sua mão. Luna era uns bons oito centímetros mais alta que Jeanie quando a outra mulher lhe deu um abraço de urso apertado. Uma dor surda atravessou o lado de sua lesão curada e ela gemeu. Luna aliviou o aperto imediatamente, se afastou, e franziu a testa. "O que há de errado? Eu te machuquei? Eu esqueço como os humanos são frágeis." "Não. É meu lado. Ainda está um pouco dolorido." Ela tocou a blusa sobre o curativo. True tinha aplicado um novo depois do banho. 203


A cabeça de Luna partiu em direção de True e ela rosnou. "Você a machucou?" "Não," Jeanie negou imediatamente e pegou a mão da mulher com raiva para puxar sua atenção fora dele. "Eu fui baleada, quando seus homens da força-tarefa invadiram Cornas Research. Este é o lugar para onde fui depois de Drackwood." "As equipes da força-tarefa atiraram em você?" Jinx engasgou. "Não." Jeanie sacudiu a cabeça. "Foi um dos guardas em Cornas." Luna apertou sua mão em encorajamento. "Sente-se e nos conte tudo. Precisamos saber todos os detalhes sobre sua situação, para podermos descobrir como ajudar. Você precisa começar do início." Jeanie se acomodou em um assento confortável com True de um lado e Luna do outro. As portas duplas para a biblioteca se abriram e Flirt entrou. True se levantou, as mãos em garras. "Calma." Flirt suspirou. "Sei que não deveria estar aqui porque Darkness me ordenou ficar longe dela, mas seja razoável. Todos nós queremos ajudar Shiver a sair dessa bagunça. Peço desculpas por ter passado dos limites. Vim aqui para ser útil e a parte mais importante é esclarecermos isso para que ela não seja acusada de qualquer crime." "Obrigada." Jeanie prendeu o fôlego, esperando para ver o que True faria. Ela não queria que eles entrassem em outra luta. Sua expressão dura suavizou e ele se sentou. "Tudo bem. Seja útil, mas sente-se longe." Flirt tomou um assento vazio no final da mesa. "O que eu perdi?" "Jeanie está prestes a nos contar sobre o Agente Brice e como ela acreditava que estava trabalhando com a NSO para libertar nosso povo." True acenou para ela. "Comece." Query calmamente pediu a todos para se sentarem. Todo mundo fez e a sala ficou em silêncio. Jeanie olhou em volta para eles e soltou um suspiro reprimido. Não ia ser fácil repassar todos os detalhes de seu trabalho para as pessoas que os tinha prejudicado, mas isso precisava ser feito. Ela só esperava que eles não a odiassem quando ela terminasse de lhes dar todas as informações. 204


Ela começou dizendo como tinha conseguido o emprego em Drackwood e depois foi designada para os andares inferiores. "Foi quando vi pela primeira vez Novas Espécies lá e percebi o que estava realmente acontecendo. Dean Polanitis estava pessoalmente me mostrando tudo e logo que vi um de vocês..." Ela reviveu a memória horrível. "Acho que engasguei ou ele viu como fiquei horrorizada. Ele imediatamente me puxou para fora do quarto e me disse o que aconteceria a mim e a todos os outros por quem eu me importava se eu alguma vez dissesse a alguém o que eles estavam fazendo, ou que vocês estavam lá embaixo. Ele deixou claro que não tinham escrúpulos em matar qualquer um que traísse a empresa e as terríveis consequências de levá-los presos. Alguns dos funcionários até mesmo se aproximaram de mim naquele dia para me assegurar de que outros funcionários tinham desaparecido. Acho que ele intencionalmente lhes pediu para falar comigo para realmente ter certeza de que eu tinha entendido que a ameaça era real e que os funcionários que perderam sua confiança tinham sido mortos." "No entanto, ela ainda correu o risco de tentar nos ajudar," True afirmou. "Conte-lhes o que você fez." Ela lambeu os lábios, olhando para os rostos familiares. Era um milagre ver como alguns deles estavam bronzeados e saudáveis e era maravilhoso saber que tinham prosperado. "Eu comprei um celular descartável com dinheiro e –" "Isso é um telefone celular que você pode comprar em qualquer loja com minutos e que o proprietário não pode ser rastreado por registros financeiros ou qualquer outro meio," Query explicou. Alguns deles assentiram. "Sim. Eu comprei um desses e usei o Wi-Fi de um café para procurar o site das Novas Espécies." Ela fez uma pausa, olhando para Query para ver se ele queria explicar alguma coisa. Ele sorriu. "Wi-Fi é um sinal de internet que qualquer pessoa pode usar, se não for protegido por senha. Um monte de empresas humanas o oferece gratuitamente a seus clientes.

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Isso teria protegido sua identidade, se eles traçassem o endereço do sinal de internet." Ele acenou. "Vá em frente." "Havia um número de telefone no site, mas eu não sabia por quanto tempo eles me manteriam em espera e eu não tinha dinheiro suficiente para comprar um monte de minutos para o telefone. Optei por deixar uma mensagem e inclusive enviei um e-mail para dar todos os detalhes sobre Drackwood. Deixei o número do celular para que eles pudessem entrar em contato comigo de volta. Disse a eles que teria que escondê-lo, de modo que me mandassem apenas uma mensagem para que pudéssemos combinar uma hora para conversar." Jeanie gostou quando True pressionou a perna contra a dela por baixo da mesa, em um gesto reconfortante. "Eu estava com muito medo de levar o telefone para casa naquela primeira noite, então o escondi em um parque local. É onde eu o guardava. No dia seguinte, recebi uma mensagem e um número de telefone direto para o agente Terry Brice. Eu liguei e ele marcou uma reunião. Ele voou para me visitar de imediato e disse que eu precisaria coletar provas suficientes para conseguir que um juiz concedesse um mandado de busca." "Nós não precisamos deles," Jinx afirmou. "Eu não sabia disso, na época." Ela sustentou seu olhar. "Nossa lei diz que você tem que mostrar a causa de que algo ilegal está acontecendo para obter um mandado de busca. O juiz emite o mandado – um papel que lhes dá o direito de entrar e procurar em uma propriedade." "É verdade," Luna concordou. "Eu estudo suas leis em meu tempo livre, desde que quero me tornar o elo de ligação que lida com a manipulação das questões jurídicas que surgem entre nosso mundo e o dela." Ela deu um sorriso simpático para Jeanie. "Suas leis não protegem ou ajudam as vítimas, parecem mais focados em ajudar os criminosos." Ela deu de ombros. "Há algumas falhas. Não vou negar isso." Ela continuou a história, explicando o que o Agente Brice queria que ela conseguisse e como tinha contrabandeado as provas. "Ele me mandou uma mensagem antes de Drackwood ser invadida para se certificar de

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que eu não ia trabalhar na manhã seguinte. Eu o liguei de volta e nós discutimos porque eu queria estar lá para ajudar." Seu olhar se lançou para Luna e Flirt. "Vocês dois estavam em perigo iminente, porque o armário de drogas era onde vocês estavam sendo tratados na clínica. Eu fiquei apavorada que os médicos pudessem matá-los antes de tentarem escapar." "Os médicos ainda não estavam lá quando a NSO nos resgatou," Luna informou. "Eles estavam em uma reunião." As mãos de Jeanie tremiam tanto que ela as entrelaçou em cima da mesa. "O Agente Brice disse que eles iam atingir Drackwood forte e rápido e que a equipe da SWAT poderia me confundir com um cara mau quando a merda batesse no ventilador. Eu não me importava." Ela olhou nos olhos de Luna. "Eu estava disposta a arriscar, mas ele ameaçou me prender se eu deixasse meu apartamento. Ele disse que não ia permitir que eu estragasse a operação e que eles tinham agentes vigiando o local, então eu nunca chegaria em Drackwood sem ser interrompida. Foi uma situação horrível. Eu queria estar na clínica quando eles viessem para garantir que ninguém se aproximaria de vocês, mas ele me convenceu de que vocês morreriam com certeza se eu fizesse qualquer coisa que denunciasse que Drackwood estava prestes a cair." Luna lhe deu um aperto de mão suave. "Eu entendo e acredito em você. Sei que teria arriscado sua vida por mim. Aquele guarda poderia não ter sido nocauteado. Ele era um macho grande e poderia ter feito a você o que planejava fazer comigo para se vingar por golpeá-lo. Eles realmente eram cruéis quando revidavam. Você é pequena o suficiente para ele tê-la matado com um golpe do bastão, mas eles nunca batiam só uma vez. Você teria morrido se ele tivesse se levantado." "Você arriscou muito." True não parecia feliz quando falou. "Você teve sorte." Ela decidiu mudar de assunto rapidamente, porque não gostou do olhar em seus olhos quando ele a encarou. Ela tinha uma fragrante sensação de que ele pretendia lhe dar um pequeno inferno mais tarde pelo perigo em que ela tinha se colocado. "O Agente Brice veio me visitar logo 207


após Drackwood ter sido desmantelada para me dizer que ele tinha uma informante em outro local, mas que ela estava com muito medo de contrabandear as provas. E que ele tinha uma maneira de me colocar lá, então eu concordei em ir. Havia Novas Espécies que precisavam de ajuda." "Você foi enviada para a instalação equipada com bombas?" Luna franziu a testa. "Não," Query respondeu para ela. "Ela está falando de Cornas Research." Jeanie entrou em mais detalhes sobre o trabalho em Cornas e finalmente parou. "Eu disse ao Agente Brice que ficaria em casa no dia da invasão. Eu até peguei emprestado o carro de um vizinho naquela manhã para ir ao trabalho, caso a polícia fosse me procurar. Fui para Cornas e me certifiquei de que eles não pudessem soltar o gás nas Novas Espécies." Ela compartilhou todos os detalhes até que acordou em Homeland. "Foi quando descobri que o Agente Brice na verdade não trabalha para a NSO e que ele esteve me usando todo esse tempo." "Você deixou de fora um detalhe importante." True lhe lançou um olhar aguçado. Ela o olhou de volta, ignorando a que ele se referia. "Acho que cobri tudo." "Conte-lhes o que aconteceu com você em Drackwood e o que você sofreu." Ela sentiu o sangue drenar de seu rosto. "Isso é irrelevante." "Eles devem saber tudo que você já sofreu tentando nos libertar, Jeanie." Sua expressão severa não admitia discussão. "Conte-lhes o que Polanitis fez com você." Ela baixou a voz. "Não é necessário." "É sim." True levantou tão rápido que sua cadeira caiu, batendo no chão com um estrondo. "Polanitis ameaçou me matar se Jeanie não se submetesse a tomar as drogas de procriação." Ele se inclinou para frente, achatando as mãos sobre a superfície da mesa. "Ela concordou e eu estou vivo." Ele lentamente examinou o rosto dos machos ao redor da mesa. "Quero saber se algum de vocês a montou enquanto ela estava drogada, desde que ela não se lembraria. Vou até permitir que você viva o tempo suficiente para tentar me explicar como qualquer um de vocês poderia magoála dessa maneira." 208


"Merda." Query se levantou bem mais devagar, o olhar fixo em True. "Tá falando sério?" "Você a montou? Ela estava drogada e indefesa. Ela não retém nenhuma memória disso." "Porra, não!" Ele negou com a cabeça. "Eu nunca toquei nela e você deve estar enganado. Eles não daria essa merda a um humano." True rosnou. "Não olhe para ela desse jeito. Eles deram, e eu quero saber se algum de vocês a tocou." "Eu também," Luna cuspiu, seu tom áspero. "Um macho teria que concordar em montá-la sem drogas em seu sistema, uma vez que ela ainda está com a gente. Ela não teria sobrevivido de outra forma. Eu mal podia aguentar um macho fora de controle nesse estado e isso só porque eu estava lúcida o suficiente para não lutar. A dor que ela teria sofrido só da droga de procriação a teria deixado se debatendo e isso teria incitado mais raiva e agressão dele." Ela olhou ao redor da mesa. "Qual de vocês concordou em montá-la?" Ninguém falou. "Talvez se você não tivesse afirmado que iria matá-los," Flirt anunciou calmamente, "eles poderiam estar mais dispostos a confessar." O lábio superior de True se levantou, mostrando os caninos afiados. "Eu lhes permitirei pedir desculpas a ela e explicar por que eles machucaram Jeanie antes de eu usar minhas mãos para fazer justiça. Ela estava indefesa. Vocês sabem o que a droga faz e não foi lhe dada nenhuma escolha. Ela não concordou em ser montada." "True, por favor," Jeanie implorou. "Isso não importa." Ele virou a cabeça para baixo, os olhos arregalados. "Importa sim. Como você pode dizer isso?" Lágrimas encheram seus olhos quando ela se levantou. Ela piscou rapidamente para clarear a visão. Suas pernas balançaram, mas seus joelhos não cederam. Ela não podia olhar para ninguém, senão ele, sentindo-se envergonhada e horrorizada ao mesmo tempo. "Eu te disse que tenho certeza que saberia se alguém tivesse feito algo comigo, ok?" 209


"Você não pode saber com certeza se seu corpo foi usado, mas eles sim. Eles só lhe dariam a droga para usar em um experimento de reprodução. Eles precisariam de um macho – estes machos – e eu quero saber quem te montou." Mais lágrimas encheram seus olhos e escorreram por seu rosto. Ela estendeu a mão e as enxugou, ainda olhando para ele. "Se há uma coisa que todos sabemos nesta sala, é que Drackwood foi um pesadelo para todos nós." Sua voz quebrou e ela teve que engolir antes de continuar. "Eu não quero saber, True. Eu me importo com todos nesta sala e seria mais fácil pensar que a situação foi semelhante à que experimentei quando Polanitis veio atrás de mim – todos tinham que concordar em fazer o que ele queria. Fiz um acordo com o diabo para te salvar, True. Nunca me arrependi e posso viver com isso, porque você está está pé bem aqui na minha frente. O resultado final é que estou viva também. Talvez aconteceram coisas que eu não me lembro, mas isso não importa. Sobrevivemos e isso é o que conta." "Isso importa." Os olhos de True pareciam suspeitosamente molhados quando ele rapidamente piscou e estendeu a mão para agarrar seu ombro com dedos gentis. "Talvez eles o fizeram para me salvar. Se aconteceu mesmo." Ela se obrigou a olhar para os rostos ao redor da mesa enquanto lutava para se recompor. Ela descansou a mão sobre a de True. Apenas tocá-lo a ajudava a encontrar forças. "Não importa. Eu perdoaria qualquer um, se não lhes foi dada uma escolha e todos nós concordamos que eu teria sido morta se eles tivessem drogado alguém enquanto eu estava injetada com essa merda. Estamos aqui para falar do Agente Brice e tentar descobrir como encontrar o filho da puta." Ficou mais fácil respirar quando ela se acalmou, e se focava ao invés na raiva que sentia por ter sido usada para extorquir dinheiro da NSO. "Vamos lidar com isso." "Eu nunca te toquei," um dos machos afirmou. Ela olhou para ele, vendo a sinceridade em seu olhar verde-escuro. "Vamos esquecer isso."

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"Eu também não." Outro macho pigarreou, dando a True um olhar cauteloso. "Mas eu teria concordado em levá-la para meu colchão se me fosse dada a escolha entre matá-la e ter certeza de que ela iria sobreviver." Jeanie estremeceu, olhando para True para ver sua reação. Ele parecia pálido e ainda irritado. Seu peito expandiu quando ele sugou um fôlego profundo e lentamente o soltou. "Qualquer um, apenas fale agora se Polanitis ofereceu Jeanie. Eu não vou buscar vingança." Silêncio reinou e Jeanie fechou os olhos, o alívio tão grande que ela quase sufocou novamente. Ela tinha certeza de que ninguém a havia molestado sexualmente, mas estava certa de que alguém iria confessar se houvesse alguma coisa para contar. True apertou seu ombro antes de retirar a mão. Ela o soltou, mas ele rapidamente enrolou os dedos em torno dos dela ao invés, segurando sua mão enquanto levantava a cadeira com a outra e se sentava. Ela abriu os olhos e ele fez sinal com a cabeça para que ela se sentasse também. Ela agradecida desabou na cadeira. "Conte-nos sobre esse agente," Query pediu. "Dê-nos uma descrição detalhada. Temos acesso às bases de dados do mundo lá fora. Podemos tentar encontrá-lo por meio de registros de DMV. Ele dirigia um carro? Tinha algum sotaque que poderia indicar o estado em que vivia? Podemos tirar todas as fotos que correspondem a sua descrição para que você olhe, até encontrarmos o cara certo." A tensão na sala pareceu dissipar. "Ele é um homem caucasiano em seus meio-para-final dos cinquenta anos. Cerca de um metro e setenta e cindo com uma construção pesada. Ele usava óculos, tinha olhos castanho-claros, eu acho, já que as lentes eram matizadas, e tinha uma pinta no rosto." Ela apontou para o rosto para mostrar onde se localizava. "Ele era careca no topo da cabeça. Seu cabelo era castanho bastante grisalho. E dirigia um carro alugado para nossas reuniões. Eles tinham adesivos, por isso é fácil saber disso, mas ele usava diferentes empresas." "Pesado do tipo musculoso?" 211


Ela olhou para Flirt. Ele pegou o telefone para textar as informações que ela deu ou tomar nota. "Não, ele estava fora de forma e tipo que bufava quando se movia muito rápido." "Bufava?" Luna se inclinou mais perto. "Era um som animalesco? Talvez ele seja uma Espécie. Alguns de nós poderia passar completamente por humano." "Ele não é Nova Espécie." Jeanie sorriu, divertida. "Ele era tipo um marshmallow. Eu deveria ter dito que ele ofegava, pois ficava sem fôlego facilmente quando andava rápido e suava bastante. Não ajudava ele usar camisas sociais. Ele tinha toda a aparência que se passava por um homem de negócios, independente do clima." Ela olhou para os homens na sala. "Vocês não conseguiriam manter essa forma, mesmo que realmente tentassem. Ele também é muito mais velho. Nasceu muito antes que a Mercile começasse seus experimentos. O Agente Brice é definitivamente humano." "Ele teria que ser plenamente humano pela descrição que você deu. A Mercile matava as crianças defeituosas, sem os traços Espécies." "Alguns de nós poderiam se passar embora," Luna protestou. "Conheci dois que parecem humanos, mas eles não eram tão velhos. Foram resgatados do local de que Darkness veio." "Dois." Flirt sacudiu a cabeça. "Eu conheci esses machos de quem você fala, mas eles têm traços físicos de Espécies, independente da falta de marcas faciais. Mesmo essas podem ser vistas se você estiver procurando por indícios." Ele estendeu a mão e passou o dedo pelo rosto e queixo. "Os ossos sempre dizem." Jeanie estudou seu rosto, olhou para True, e depois para Query. Todos eles tinham estruturas ósseas bem masculinas. "O Agente Brice não é Nova Espécie. Ele tem traços meio afeminados." Query riu. "Afeminados?" "Femininos." Ela sorriu para ele. "Mais suaves e você não consegue nem ver as maçãs de seu rosto. Ele tem uma cara redonda."

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"Ele é suave," um dos homens afirmou. "É isso o que ela quer dizer. Como uma fêmea humana – a carne não é tão esticada sobre os ossos." Ela assentiu. "Sim." "Há alguma outra coisa afemininada sobre ele?" Query ainda parecia divertido. "Ele usava um anel no dedo mindinho da mão esquerda. Parecia um gato, acredite ou não. E se destacou para mim, pois pareceu meio estranho. Não são muitos homens que usam desses." "O que há de errado com um macho usar um anel de gato?" Flirt franziu a testa. "Os homens não costumam usar joias de animais, a menos que eles sejam mais..." Ela deu de ombros, tentando pensar em uma maneira de explicar. "Um lobo ou uma pantera é considerado viril, mas não um gato doméstico e é o que pareceu para mim. É mais típico de algo que uma mulher usaria. Elas tendem a comprar gatinho, golfinho, ou joias de cachorro." "Então, os gatos não são viris?" Os olhos azuis de Jinx brilharam com humor. "Eu discordo." Ele se recostou na cadeira e flexionou os ombros, os cotovelos apoiados na cadeira, e apertou os grandes músculos abaixo dos braços para mostrá-los. "Ninguém nunca me chamaria de afeminado." Jeanie riu. "Eles não chamariam, mas..." "Mas? Termine o que ia dizer." "Eu não quero ofendê-lo acidentalmente." Seu humor desapareceu. "Eu pareço afeminado?" Ela quase riu novamente de sua expressão horrorizada, que foi cômica. "Não. Você não parece. É só que, hum, se eu fosse chutar... Você não parece nada com um gato doméstico. Você meio que me faz lembrar uma pantera. Esse olhar predatório em seus olhos, o cabelo preto e a forma dos olhos. Você passa essa vibração de perigo." "Predatório?" Ele sorriu novamente. "Eu gosto disso. Eu olho para você de uma forma que a faz pensar que eu posso comê-la?"

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Sua mente apagou, atordoada com o que ele disse. Calor penetrou seu rosto enquanto cada palavra afundava, e a insinuação por trás delas. "Você já acabou de fazer suas piadinhas e tentar ganhar o interesse dela em compartilhar sexo com você? Não vai acontecer." True soltou sua mão e se inclinou para olhar para Jinx. "Todos sabemos o que ela quis dizer com esse termo. Nós assustamos os humanos com a forma como parecemos estudar tudo sobre eles e os deixa desconfortáveis que não piscamos tanto quanto eles. Isso é sério. Tim Oberto quer Jeanie de volta para a força-tarefa para enfrentar as leis Espécies. Nós acreditamos no que ela diz, mas ele a vê como qualquer outro humano que trabalhou para a Mercile. Ela é uma inimiga para ele. Eles planejavam enviá-la para Fuller." O humor de Jinx escureceu quando ele olhou de volta. "Ela não pertence a esse lugar. Estive lá algumas vezes transferindo prisioneiros. Seu espírito seria esmagado em dias. Os machos humanos iriam atormentá-la com palavras vis. Ela é muito gentil para sobreviver ao abuso deles." Um macho se levantou no final da mesa. "Eu trabalho no departamento jurídico." Jeanie se lembrava dele. Ele tinha sido um macho tímido, seus traços claramente primatas, mas sua interação com ele tinha sido mínima. Ela não conseguia se lembrar de seu número e ele não disse seu nome. Ele não havia sido enviado para a clínica por lesões desde que os médicos o usavam mais em ensaios de drogas que eram realizadas em melhorias cognitivas. Eles não tinham lhe pedido para tirar seu sangue mais do que duas ou três vezes, mas ela lhe havia contrabandeado um cookie no Natal, junto com o resto das Novas Espécies. Quebrava seu coração saber que eles nunca em suas vidas tinham ganhado um presente. Um cookie parecia tão trivial, mas eles eram pequenos o suficiente para esconder nos bolsos, a evidência desapareceria assim que eles o comessem. Cabiam muitos cookies em seu saco de almoço, portanto ela tinha o suficiente para destribuir. "Eu não sabia que era você quando recebi um número para o arquivo. A força-tarefa nem sempre nos dá os nomes de quem trazem porque a papelada pode ser roubada e vazada para a imprensa. Experimentamos nada além de problemas quando isso aconteceu no passado. As 214


famílias humanas aparecem nos portões, amigos, e eles criam um pesadelo de publicidade para a NSO." Ele fez uma pausa, voltando a atenção para True. "A evidência de seu trabalho para Cornas Research é esmagadora, ainda que ela não estivesse usando seu crachá de trabalho quando foi levada em custódia. Registros bancários a ligam à Cornas e Drackwood Research. Tim ficou desapontado pela ausência de provas de que ela tenha recebido dinheiro, por isso não há evidências de que ela tenha obtido recursos do que foi pago ao informante que levou as equipes a ambos os locais." Ele fez outra pausa, e então amaldiçoou. "Tim já escreveu um relatório ao Conselho pedindo que ela seja encarcerada em Fuller. Mas ele acrescentou uma emenda, pedindo sua morte se ele conseguir provar que ela está envolvida no enredo sobre os milhões pagos para a recuperação das Espécies." "Morte?" True rosnou. Jeanie não ficou com raiva. Ela ficou assustada. Ela teve que se lembrar de como respirar antes que sua mente funcionasse novamente. Pode a NSO proferir uma sentença de morte para mim se o Agente Brice não for encontrado? Vou acabar me tornando o bode expiatório para todas as coisas que aquele idiota fez já que ele armou para que eu parecesse tão culpada quanto o inferno. Como eles vão me matar? Injeção letal? Um pelotão de fuzilamento? Vão quebrar meu pescoço? Oh merda. Ela olhou para True e um pouco do medo diminuiu quando viu sua expressão furiosa. Ele não vai permitir que isso aconteça. E se ele não puder detê-los? E se eles enviarem uma equipe da SWAT inteira para seu apartamento para me prender? Ele vai lutar contra eles. Eu vou com eles de boa vontade antes de vê-lo morto para me proteger. Ela se recusava a permitir que isso acontecesse. O macho primata deu um passo atrás e quase tropeçou na cadeira. Jeanie não o culpava por se sentir afetado pela raiva de True. Ela se assustaria também, se ele alguma vez a olhasse daquele jeito ou fizesse aquele som. A Nova Espécie endireitou os ombros embora, e calmamente encarou True depois de alguns segundos, quando pareceu conter seu instinto de fugir do perigo.

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"Morte," ele confirmou. "Tim acredita que foi extremamente cruel saber que Espécies estavam sendo abusadas, mas reter a informação enquanto prosseguia de modo que o informante anônimo pudesse nos enviar as provas que recebia para ganhar um pagamento mais elevado da NSO." Ele sacudiu a cabeça na direção de Jeanie. "Tim ordenou a todos nós que buscássemos mais provas que possam ligá-la a este informante." "Ela é inocente." Jinx usou a mão para indicar que a Nova Espécie deveria se sentar. "Obrigada pela informação, mas não precisamos ouvir mais. Ninguém vai matar Shiver e ela não vai cumprir nenhum momento em Fuller." "Estamos de acordo." True encarou Jinx. "Pare de perder tempo precioso flertando com minha fêmea. Precisamos rastrear esse Agente Brice e forçá-lo a confessar que ele mentiu para Jeanie." "Ela é sua?" Jinx torceu o nariz, farejando o ar. "Ela tem seu cheiro, mas não é sua companheira." Ele levantou e se inclinou para frente, fechando as mãos em punhos. Os nós dos dedos achatando sobre a mesa quando ele apoiou o peso neles, colocando o rosto a centímetros na frente de True. "Companheiras ficam em segurança. O que há de errado com você? Ela é boa o suficiente para levar para sua cama, mas não para seu coração?" Jeanie ficou boquiaberta no ataque verbal flagrante a True. Ela esperava que ele retaliasse fisicamente, mas sua resposta a surpreendeu mais do que a súbita mudança de eventos. Ele se recostou na cadeira e suspirou. "Ela recusou." Jinx franziu a testa, desviando o olhar para ela enquanto se endireitava. "Por quê?"

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Capítulo Treze As portas duplas da biblioteca foram abertas e Jeanie se virou, observando um grupo de machos Novas Espécies entrarem na sala. Os cinco se detiveram, de pé quase ombro a ombro eles formaram uma fila, enquanto o do centro cruzava os braços sobre o peito. Ela o reconheceu imediatamente. Justice North fez uma careta. "O que está acontecendo aqui?" Jinx falou primeiro. "Estamos tendo uma reunião com Shiver. O que você está fazendo aqui?" 217


Ele não respondeu de imediato, ao invés seu olhar localizou Jeanie. Ser alvo desse olhar frio não foi a experiência mais agradável em sua vida. Justice North era tão poderoso quanto poderia no mundo das Novas Espécies. Ele mantinha conferências de imprensa em uma base regular, até mesmo se relacionava com o Presidente dos Estados Unidos, e ela sabia que seu futuro em última análise repousava nas mãos dele. Dizia-se que ele praticamente governava Homeland e a Reservation. Sua palavra era lei. "Você é a causa de todas as divergências entre meu povo." Ela não estava certa de como responder e decidiu permanecer em silêncio. "Ela não parece perigosa," o macho de cabelos escuros à sua direita murmurou. "Tim a chamou de bomba-relógio ambulante, mas não há o suficiente dela para criar tantos danos se ela explodir." "Pare com isso, Jaded," Darkness suspirou. "Este não é o momento para piadas." True deixou a cadeira e se moveu para uma posição que o colocava entre Jeanie e os outros homens, mas ela ainda podia vê-los. "Por que você está aqui?" Justice arqueou uma sobrancelha escura e o sorriso que ele tinha aberto desapareceu. "Eu não sou bem-vindo?" "É claro que você é," Luna afirmou rapidamente. "Só estamos surpresos em vê-lo." "Por que você está aqui?" True não ia deixar isso passar. "Não há necessidade de ser rude," Darkness rosnou. "Temos notícias e Justice queria ser a pessoa a compartilhá-las." "Relaxe, True. Baixe as armas. Ela está segura. Eu vim para informar que o celular foi recuperado exatamente onde ela disse que estaria e os dados nele processados." Justice deixou cair os braços para os lados e fixou o olhar nela. "As informações coincidem com o que você nos disse." "Eu sabia que iriam." O tom ríspido de True suavizou. "Ela não vai enfrentar a lei Espécie." "O inferno que ela não vai." Tim entrou na sala. Justice se virou e suspirou. "Por que você está aqui, Tim?" 218


"Você desligou na minha cara." Tim olhou ao redor da sala, sua atenção se demorando em Jeanie. "Ela pode facilmente ter usado um segundo telefone descartável para fingir ser este chamado Agente Brice. Era o que eu estava tentando te dizer quando você tão rudemente me cortar. Tenho que jogar o advogado do diabo aqui." Ele avançou até o alto líder Nova Espécie, mas parou alguns passos atrás. "Essas mensagens não provam porra nenhuma, exceto que ela é inteligente o bastante para pensar no futuro, caso algum dia fosse pega." "Você foi capaz de rastrear o outro número?" Justice cruzou os braços sobre o peito novamente, esperando uma resposta. "Isso é um beco sem saída. Ligamos e não conseguimos nada. A empresa transportadora não mantem registros e foi inútil. Ela ou destruiu o segundo telefone ou removeu a bateria." Ele apontou o polegar em direção a Jeanie. "Ela ainda é uma suspeita." "Ela não está mentindo." True deu um passo adiante, mas parou. Tim olhou para ele. "Ela é inteligente?" "É claro. Não seja insultante." "Eu não estou sendo. Estou dizendo que ela foi fodidamente brilhante, mas aí está meu ponto," Tim rebateu. "Sua namorada é boa, mas eu sou melhor. Vou pregar o rabo dela na parede." True rosnou e fechou as mãos em garras, mas ainda segurou. "Tim," Justice advertiu, "não ameace a fêmea." Darkness se moveu entre True e Tim. "Discutiremos isso em outro lugar, se você tem dúvidas, Tim." "Eu tentei. Justice desligou na minha cara, então tive que vir aqui. Não existe essa coisa de coincidência, quando falamos sobre uma mulher que trabalhou em não um, mas dois desses lugares de merda pelos quais pagamos dinheiro de resgate para identificar." Ele se inclinou para o lado o suficiente para olhar para True. "Ela era boa para você e salvou sua vida. Entendo você querer pagar essa dívida e protegê-la. Você, obviamente, tem sentimentos que vão além da gratidão. Eu até entendo isso. Inferno, havia uma ex-soviética franco-atirador do exército que 219


conheci uma vez, que era tão quente que poderia fritar ovos sobre suas mamas, mas nunca esqueci o quanto ela poderia ser letal." Tim fez uma pausa, baixando a voz. "Só estou pedindo que me deixe fazer meu trabalho. Não encontramos nenhum Agente Brice ou o cara se passando por ele, se é que ele existe. Eu não tenho nada contra sua namorada, mas não vou comprar sua história até ter uma prova concreta disso tudo. Minha prioridade é malditamente proteger cada um de vocês, apesar disso me fazer parecer um idiota. Eu não tenho uma ligação sentimental com ela que possa influenciar meu julgamento de qualquer maneira. Você pode honestamente dizer o mesmo?" As mãos de True se abriram. "Não, mas eu acredito firmemente que você está errado." "Espero que você esteja certo para o seu bem e o dela. Odeio ver um homem ter suas tripas arrancadas por uma mulher que o fez de bobo. Vamos concordar ou discordar e nos comprometer. Ela pode viver com você, enquanto seus movimentos e contato com os outros seja restrito, mas por outro lado, tenho que continuar a investigação até estar totalmente satisfeito de sua culpa ou inocência." "É justo." Darkness olhou entre os dois. True assentiu. "Tudo bem. Não tente tirá-la da minha casa." "Então fique de olho nela. Ela não deve ter nenhum contato com o exterior e mantenha um oficial fora de sua porta conforme as normas." Tim enfiou os polegares nos bolsos da frente da calça camuflada. "Ouvi que você está tentando ajudá-la a provar sua história. Isso é verdade?" "Sim." Tim olhou em volta da sala para todas as Novas Espécies reunidas e sua expressão pétrea suavizou para algo que poderia passar como simpatia. "Fiz algumas chamadas desde que ela alegou ter contatado a NSO através do site. Não havia sites falsos que imitavam a NOS quando Drackwood existiu. Meus rapazes na tecnologia não tiveram acesso aos e-mails e mensagens passadas que Homeland recebeu, desde que Justice insistiu que somente as Espécies fossem responsáveis por isso. Eles encaminham à minha equipe qualquer coisa que precisamos ver. Se ela 220


enviou um e-mail ou deixou uma mensagem, se ela estiver dizendo a verdade, você talvez possa encontrá-la e confirmar essa parte de sua história. É um tiro no escuro, mas você está dando um pouco, assim eu também estou." "Obrigada." True retomou seu assento. "Foi antes de seus oficiais assumirem a execução do site, mas tenho certeza de que vocês têm cópias de segurança de tudo que entrou ou saiu da conta de e-mail vinculada ao site. O protocolo sempre foi de automaticamente imprimir todas as mensagens e comunicações para nós e arquivá-las." Ele deu de ombros. "Parece um inferno de um monte de papelada para percorrer, mas é uma opção. Além disso, ela estava certa sobre aqueles distribuidores de gás escondidos nos alarmes de incêndio em Cornas. A equipe os encontrou exatamente onde ela disse. Eles poderiam tê-los disparado acidentalmente enquanto coletavam evidências e alguém poderia ter sido morto. Eles foram desativados." "Vamos para meu escritório," Justice sugeriu. "Tenho outro assunto para discutir com você, Tim." O cara estremeceu abertamente. "Sim. Claro. Vamos acabar logo com isso. Gosto de uma boa mastigação de bunda antes de ir para casa. Eu só geralmente gostaria de estar no fim doador disso." Jeanie os observou sair com sentimentos contraditórios. Seu nome ainda não estava limpo, mas ela não ia ser retirada da casa de True e enviada para a prisão. Jinx lhe sorriu abertamente. "Nós vamos encontrar o e-mail ou mensagem que você deixou." "Nós não dirigíamos o site na época," Luna se intrometeu. "É uma boa notícia." "O que é bom nisso?" True colocou os cotovelos sobre a mesa e apoiou o queixo nas mãos viradas para cima. "Os humanos tiveram acesso aos e-mails e mensagens recebidas. Estamos à procura de um humano." Luna sorriu.

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"Ela está certa." Uma pitada de emoção soou na voz de Query. "Temos todos os arquivos de cada humano que trabalhou para a NSO. É por aí que devemos começar. Foi assim que o Agente Brice entrou em contato com ela. Ele pode ter sido a pessoa que recebeu e respondeu seu email ou talvez teve uma cópia da mensagem que ela deixou. Eles ficam nos mesmos arquivos." "Por que alguém faria isso se trabalhava para nós?" Luna respondeu à pergunta de True. "Dinheiro. Sei que os humanos precisam de dinheiro e os consegue trabalhando. Ele deve ter perdido o emprego quando as Espécies assumiram a Security e o site. A troca de informações pelo dinheiro é uma característica muito humana." Jinx rosnou. "Vamos nos reunir amanhã bem cedo na Security e puxar todos os registros dos machos humanos que trabalharam na NSO. Pode ser mais rápido do que procurarmos por todos os armários de arquivos contendo as cópias antigas de e-mails e mensagens." Ele olhou para Jeanie. "Você vai poder ver seus rostos. Todos os funcionários tinham crachás com fotos e essa informação está em nossos computadores." "Ela simplesmente vai poder vê-los até encontrar o humano certo." Luna assentiu. "Poderíamos ter sorte se Brice for seu verdadeiro nome. Isso não seria ótimo?" "Duvido que ele seria tão estúpido." True se endireitou na cadeira. "Pior ainda, e se o humano lhe deu informações de outra pessoa que não tem registros? Nenhuma foto, nenhuma identificação." "Não seja negativo", Query retrucou. "Esta é uma esperança." "Eu só não quero que fiquem muito animados de que poderemos resolver isso rápido." True estudou Jeanie, olhando para seu lado. "Eu nunca vou esquecer como você quase morreu. Amanhã deverá ser um dia difícil, por isso você precisa dormir. Muitos humanos trabalharam para a NSO e haverá uma grande quantidade de registros para revisar." Ele encontrou seu olhar. "Vou pedir a Luna para escoltá-la até em casa, mas estarei lá em alguns minutos. Preciso fazer algo primeiro. Você se importaria de levar Jeanie até o terceiro andar e esperar com ela até que eu volte, Luna?" 222


"Eu adoraria." Luna se levantou. "Vou até lhe fazer um lanche. Aprendi na aula básica de primeiros socorros que pessoas feridas precisam comer com frequência e beber líquidos. Venha comigo, Jeanie.” Ela manobrou em torno da longa mesa. "Este nome é muito bonito. Posso chamála assim, não posso?" "Claro." Jeanie queria saber por que True não ia levá-la de volta para o apartamento. Ele lhe deu um sorriso duro. "Vá. Logo estarei lá." Estou sendo dispensada. Ela se virou e forçou um sorriso por causa de Luna. A alta Nova Espécie enganchou o braço gentilmente no de Jeanie. "Estou tão feliz que você está aqui. Vamos poder nos ver com frequência e sermos grandes amigas." Jeanie se preocupava com o porquê True estava ficando para trás, mas Luna a distraiu. Calor genuíno curvou seus lábios. "Eu realmente gostaria disso."

*****

True correu para trancar a saída e evitar que alguém mais saísse da biblioteca. Ele olhou para fora para ver o quão longe Jeanie tinha ido pelo corredor antes de se virar e fechar as portas. "O que está fazendo?" Jinx apontou para as portas. True silenciosamente estimou quanto tempo levaria até que as fêmeas estivessem fora do alcance auditivo. "Há algo mais que você quer discutir?" Quatro. Três. Dois. Um. True não avisou o macho antes de seu punho fazer contato. Jinx silvou um gemido doído enquanto cambaleava para trás, segurando o estômago. O felino engasgou. "Mas que diabos?"

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"Foi assim que me senti quando você jogou na minha cara por não ter acasalado Jeanie," True rosnou. "Não é agradável ser atacado sem ver isso chegando." Jinx esfregou a barriga. "Isso doeu." True avançou, empurrando o outro macho para trás com o peito. "Não flerte com minha fêmea de novo ou me desafie na frente dela." O felino ficou boquiaberto. "Você poderia ter me batido quando eu disse essas coisas se ficou chateado, em vez de esperar para retaliar." "Jeanie ficaria perturbada se nos visse lutar." Ele deu a Flirt um olhar sujo. "Fique longe de minha fêmea também." Flirt manteve distância. "Ela fez sua escolha. Eu respeito isso." "Ela não gosta de violência." True olhou para Jinx. "É por isso que esperei até ela sair. Estou tentando provar que posso ser um bom companheiro, controlando meus instintos." "Você quer dizer seu temperamento." Ele sacudiu a cabeça. "Instintos. Ela é minha." "Então se acasale com ela." "Eu tentei. Ela não quis." Frustração o atingiu com força. "Isso me deixa com raiva." Query se sentou sobre a mesa. "Os humanos precisam de mais tempo para pensar para fazer um compromisso de vida. Li que a maioria deles ouve suas cabeças em vez de seus corações. Eles parecem pensar que é preciso ter cuidado, uma vez que não confiam em seus instintos." "Talvez o sexo tenha sido ruim," Jinx murmurou. True se lançou, mas o outro macho pulou fora de alcance, colocando alguns machos entre eles. "Foi brincadeira! Acalme-se." True rosnou, debatendo se deveria simplesmente atirar os dois machos de lado e socar o macho ofensivo.

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"Merda. É isso?" Jinx empalideceu. "Sinto muito. Esqueci que vocês não foram usados na Mercile para experimentos de reprodução, exceto por uma vez. Sei que você compartilhou sexo com poucas fêmeas desde que foi libertado. Ela é sua primeira humana? Eu poderia lhe dar alguns conselhos, se você precisar. Já compartilhei sexo com um monte delas e você só precisa ser mais gentil e tentar se manter em silêncio. Os machos humanos não são tão vocais para demostrar sua apreciação, então as fêmeas podem achar alarmante seus rosnados." "Cale a boca, Jinx. Você certamente vai começar uma briga se continuar falando sobre isso." Query se levantou e se aproximou lentamente de True. Ele parou alguns passos longe, com uma expressão sombria. "É uma coisa humana. Não é pessoal. Tenho certeza de que você fez todo o possível para lhe mostrar que seria um bom companheiro. Posso ver como se sente sobre ela. Basta lhe dar um pouco mais de tempo e tenho certeza de que ela vai concordar em assinar os papéis. Eu também vi o jeito como ela olha para você e o mesmo acontece com Jinx. É por isso que ele está sendo um idiota. Ele se sente atraído por ela, mas é claro que você é seu macho." "Não precisava me esfregar isso." Jinx saiu de detrás dos machos e se sentou rígido em uma cadeira. Ele franziu o cenho para True. "Eu só quero ter certeza de que ela estará protegida. Não importaria se encontrassémos o humano que a usou ou não se ela fosse uma companheira. A lei Espécie a torna isenta de ser processada. Há uma chance dele não ter sido um empregado fingindo ser esse agente. Ele poderia ter vendido as informações para outra pessoa ou dado a um inimigo como vingança por se sentir desprezado pela NSO." "Eu tentei explicar por que ela deveria ser minha companheiro e como isso iria protegê-la." "O que ela disse?" Query arqueou uma sobrancelha. "Ela não disse sim. Esta é a questão. É frustrante." Ele segurou o olhar de Jinx. "Portanto, devo me abster de socos quando você me desafiar e se envaidecer na frente dela, Jinx." "Eu não me envaideci." "Você com certeza fez." Flirt jogou os braços para fora e estufou o peito. "Olhe para meus músculos, fêmea." Uma mão se levantou e ele mexeu os dedos. "A mão funciona perfeitamente 225


para te tocar." Ele se virou. "Sei que ela teve os médicos trabalhando nisso, e por isso não ficou inútil, você então tinha que se certificar de que ela notou para lembrá-la de que ela uma vez se preocupou com você. A maneira como se inclinou sobre a mesa para chegar na cara de True foi só para parecer maior do que ele, na tentativa de chamar a atenção dela." "Eu vou chegar na sua cara," Jinx ameaçou. "Continue me insultando e vamos lutar." "Basta!" Query olhou para eles. "Pelo menos meu nome não é Flirt," Jinx cuspiu. "Você é o único que se envaidece o suficiente para ganhar esse título e você realmente lutou com ele na frente de Shiver." "Eu apenas sou simpático. Você é um palerma! Você deve ser a Espécie viva mais descoordenada." "Eu escolhi meu nome porque é má sorte me deixar com raiva. Você quer que eu prove?" True pigarreou. "Preciso voltar para Jeanie." Ele olhou em volta da sala, fazendo contato visual com todos os machos. "Jeanie é minha. Não vou bater em nenhum de vocês na frente dela, mas haverá represálias se algum de vocês tentar me desafiar por seu interesse." Ele olhou diretamente para Jinx, depois Flirt. "Estou sendo claro?" "Perfeitamente," Query respondeu. "Vá para sua fêmea e seja paciente." True assentiu. "Obrigada por ajudá-la. Vamos encontrá-lo logo após o primeiro turno começar." Ele se virou e marchou para as portas duplas, abrindo-as. E ouviu Flirt e Jinx trocarem mais uma rodada de insultos antes de um deles rosnar e uma cadeira cair no chão. Ele ficou satisfeito que eles estivessem sofrendo as consequências de serem golpeados várias vezes desde que lhe foi negado esse prazer. Jeanie notaria suas juntas sangrentas se ele entrasse em outra luta. Seu leve humor desapareceu quando saiu do elevador no terceiro andar e fez contato visual com o oficial no corredor. Então passou por ele, sem disposição para ter outra discussão com o macho. Ele precisava convencer Jeanie a ser sua companheira. Seu futuro não podia depender do fato de poderem identificar o humano que fingiu ser um agente. Ela significava 226


muito para ele. Havia uma chance de que ela voltasse para o mundo se fosse inocentada de todas as acusações e isso fazia seu peito doer. Ele não podia perder Jeanie para sempre. Jeanie estava sentada no sofá quando ele fechou a porta. Ele olhou em volta, inalando. Não havia nenhuma visão ou cheiro de Luna. "Ela não ficou?" "Eu queria alguns minutos sozinha." Ele ficou tenso, tornando-se automaticamente suspeito e olhou para a parede, onde um telefone deveria estar. Não havia nenhum. Flame não tinha transferido a linha ainda. A tensão drenou dele e ele se aproximou, certo de que ela não tinha tentado entrar em contato com o mundo lá fora. "Você está bem?" Seu sorriso não alcançou os olhos. "Estou um pouco cansada." "Você comeu?" "Não. Eu ainda estou cheia." Ele se agachou, espalhando os joelhos para dar espaço aos dela entre eles, e agarrou a borda do sofá em ambos os lados de suas coxas. "Você precisa dormir." Ele olhou para baixo e desejou que ela precisasse de sexo ao invés. Seu pau endureceu em resposta ao seu perfume feminino e proximidade. "Vamos para a cama." Ela estendeu a mão e sua palma pairou perto do rosto dele, mas ela não fez contato. "Faça-o," ele insistiu. Seu toque foi leve quando ela acariciou seu rosto. "Você é tão bom para mim." Eu gostaria de ser muito mais. Pensamentos de despi-la correram em sua mente até que ele teve que baixar os joelhos para apoiá-los no chão apenas para acomodar o quão apertada a frente de sua calça havia se tornado. A posição agachada não era confortável. "Por que você estava triste antes? Eu vi essa emoção." Ela desviou o olhar, obviamente descontente com o assunto.

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"Jeanie?" Sua voz se aprofundou. "Não evite minhas perguntas." Ele se inclinou mais perto. "Não vou a lugar nenhum, ou permitir que se afaste até que seja honesta. Não morda seu lábio inferior. Você faz isso quando está indecisa, mas não há escolha. Fale." Ela encontrou seu olhar. "Odeio que você tenha sempre que me defender e que ouça merda de outras Novas Espécies. Você até mesmo entrou em uma briga com seu amigo por mim. Eu me sinto culpada, ok? Tudo que eu sempre quis foi que você tivesse uma vida feliz, mas eu estou estragando isso." O coração dela era mole. Ele gostava disso nela. "Eu estou feliz e os machos Espécies são agressivos. Já lutei com muitos deles e o farei novamente. É apenas nosso jeito." Ela deslizou os dedos por seu cabelo. "Tivemos que mudar para um novo apartamento. Exatamente quantas vezes você já teve que fazer isso antes de eu entrar na sua vida?" A sensação das unhas arranhando de leve seu couro cabeludo o excitava ainda mais. Era um lembrete de como elas se sentiram se arrastando por suas costas enquanto ele a fodia. "Nunca, mas os machos não costumam me visitar. Nós nos encontramos lá embaixo ou em outros lugares. Ele entrou na minha casa procurando briga e encontrou.” "Alguma vez você já trocou socos com Flirt antes?" "Sim. Eu treino com muitos machos." "Você sabe o que quero dizer." "Resolvemos divergências às vezes com gestos físicos. Está em nossa natureza." Um novo pensamento lhe ocorreu, uma possível razão para que ela pudesse se negar a concordar em ser sua companheira. "Você está com medo de que eu alguma vez te bata? Eu nunca faria isso." Ele olhou abaixo em seu corpo, horrorizado com a ideia. Havia um monte de maneiras que ele queria tocar Jeanie, mas só seria para lhe dar prazer. Ele olhou profundamente em seus olhos. "Eu lhe dou minha palavra. Eu poderia estar furioso, mas juro que nunca iria lhe causar dor." Ela se endireitou um pouco, chegando perto o suficiente para que uma respiração profunda dele pressionasse seu peito contra o dela. "Eu sei disso, True. Você tinha todas as razões 228


do mundo para me atacar quando estávamos em Drackwood, mas nunca fez. Você poderia ter me machucado, se quisesse. Eu sempre ignorei os protocolos de segurança quando ia em sua cela." Jeanie tinha a capacidade de derreter toda a frieza que ele tinha construído dentro dele em sua vida. "Por que você confiava em mim, se estava ciente do perigo?" "Eu só queria estar mais perto de você." Sua voz suavizou quando ela levantou a outra mão e a colocou sobre o coração dele. "Eu não podia resistir." Ele não pôde também ao fechar a distância entre eles e tomar posse de sua boca. Seus lábios macios se separaram em boas-vindas quando ele a beijou. Ele passou um braço em volta de sua cintura para puxá-la firmemente contra o corpo. O desejo de levá-la para a cama era forte, mas ele resistiu, tentando ir devagar. True deslizou o polegar na parte de trás de sua calça, enganchou, e a levantou do sofá com o outro braço. Ela suspirou contra sua língua, mas não protestou. Ele mudou seu aperto e começou a rasgá-la por suas pernas para libertá-la do material. Tendo que se afastar do sofá para fazer isso, mas alcançando seu objetivo de deixá-la nua quando ela ajudou as sacudindo e chutando livres. Ele se recusou a parar de beijá-la quando a baixou sobre as almofadas macias. Beijá-la era incrível, mas ele precisava de mais quando se afastou e ofegou por ar. Ele estudou suas feições coradas. Ela abriu seus lindos olhos e o encarou. "Recoste-se," ele exigiu. Ela fez, para sua alegria. Ele baixou o olhar e odiou a camiseta solta cobrindo seu colo. Suas coxas pálidas estavam expostas, mas ele queria ver cada centímetro de seu corpo notável. E esperou que ela não percebesse que seu toque não era tão suave como deveria quando agarrou o algodão e puxou. Seus braços subiram para ajudá-lo a tirá-la. Ele simplesmente jogou a blusa descartada para o lado e segurou suas coxas. Jeanie engasgou quando ele as levantou, manipulando seu corpo facilmente e deslizando sua bunda até a beirada do assento. Ele abriu suas pernas largamente, expondo seu sexo para à

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vista. Ela não estava molhada o suficiente para levá-lo ainda, mas estaria logo. Ele plantou o rosto direto onde mais queria estar. Seu som surpreso deveria tê-lo abrandado, mas ele estava muito focado em seu aroma. Ela era tudo de bom para ele quando abriu a boca e prendeu os lábios em torno de seu clitóris. Ele chupou, lambeu, e rosnou de prazer quando as mãos dela se emaranharam em seus cabelos. Ele não se importava se a tivesse chocado ou até mesmo se ela tentasse puxá-lo para longe. Ele tinha que ter Jeanie. Gemidos suaves encheram seus ouvidos e ela o acariciou em vez de tentar combatê-lo. Ele se aninhou mais apertado, as coxas dela apertando um pouco contra seu rosto. Divertia-o ela acreditar que elas fossem fortes o bastante para distraí-lo. Ele rosnou de novo, mais alto, sabendo o que isso faria àquele pacote de nervos sensíveis com que brincava. As fêmeas amavam vibrações e Jeanie respondeu, esfregando a buceta contra sua boca. "True," ela arquejou. "Oh, sim. Deus. Não pare." Ele não ia. Nada poderia levá-lo para longe dela. O gosto dela o deixava selvagem, seu pau estava duro como rocha, e o desejo de montá-la crescia mais forte a cada segundo que passava. Ela trancou os dedos em seu cabelo e prendeu o fôlego. Seu clitóris ficou duro, inchado, e ele sabia que ela estava prestes a gozar. Ele aplicou mais pressão com a língua, esfregando furiosamente contra o local que sabia ela mais gostava. Ele teve que agarrar seus quadris em vez das coxas quando ela começou a corcovear, quase escapando de suas ministrações. Ele a pressionou abaixo, prendendo-a sob ele enquanto a atacava com a ponta da língua. Jeanie gozou com um grito de seu nome e True desfrutou de cada tremor de seu corpo enquanto diminuía as lambidas, saboreando a maneira como ela empurrava enquanto o prazer rasgava através de seu corpo. Ele tinha lhe dado isso e agora era sua vez. Ele se afastou e levantou apenas o suficiente para ver seu rosto. Seus lábios estavam entreabertos, os olhos fechados e suor frisava o alto de seu lábio e testa. Ela estava tão atraente para ele, a cena mais sexy que ele já contemplara. Ele soltou seus quadris e agarrou a frente da 230


calça. Foi um milagre ele não tê-la rasgado para obter o pênis livre. Que saltou fora assim que ele a baixou, sentindo-se pesado e dolorido. As fêmeas precisavam de um pouco de tempo para se recuperar, mas ele simplesmente não podia lhe dar nenhum. A necessidade de estar dentro dela era muito forte. Ele agarrou um de seus tornozelos e o levantou, descansando sua perna contra o peito. Isso a espalhou o suficiente para ele posicionar os quadris direto lá. A ampla ponta de seu pau roçou a costura de sua boceta molhada e escorregadia e ele empurrou, violando-a. Ela era apertada e quente, e ele cerrou os dentes para conter um grito quando se afundou em sua acolhedora profundidade. Teria sido bom apenas bater dentro e fora dela, mas ele a tomou com cuidado, afundando um centímetro de cada vez, até que a encheu completamente. Ele ficou lá por um instante, os músculos dentro dela ainda tremendo, e desfrutou dos ruídos suaves que ela fazia. "Olhe para mim." Ela abriu os olhos e o olhou com o olhar de uma mulher ainda no auge da paixão. Ele retirou o pênis um pouco, amando como sua boceta parecia agarrá-lo, resistindo em liberá-lo. Ele se retirou até que apenas a cabeça do pênis ainda estava dentro dela e de repente empurrou para frente em um movimento rápido. Os lábios dela se separaram e ela gemeu. Ele se retirou lentamente, impulsionando para frente rapidamente, e mantendo esse ritmo constante até que a respiração dela ficou agitada. Ele sabia que ela estava prestes a gozar novamente quando os músculos ao redor de seu eixo apertaram quase dolorosamente. Seus quadris aterraram contra ele mais rápido, lhe pedindo para se juntar a ela. Ele baixou a mão e a achatou em seu baixo ventre, pressionando a ponta do polegar sobre seu clitóris. Ela gritou seu nome enquanto ele a esfregava lá, também, sabendo que o estímulo adicional tornaria seu clímax mais forte. Ela cravou as unhas em seu antebraço, onde o agarrou. "True," ela implorou. "Oh merda. Deus. Eu vou..."

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Ele sabia exatamentecomo ela se sentia e o que queria dizer. Ele queria explodir, enchê-la com sua semente, e experimentar o céu. Jeanie era isso para ele. Seu céu na Terra estava contido dentro daquele pequeno corpo feminino que ele cavalgava enquanto batia os quadris contra o berço de suas coxas, compartilhando sua paixão com tudo o que tinha. Ela parou de respirar, segurando o ar em seus pulmões, fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Ele observou seu rosto enquanto ela gozava, sentindo-a de dentro, e se perdeu totalmente nela quando seu próprio prazer o agarrou. Ele o montou até esvaziar tudo que tinha dentro dela. "Minha companheira," ele arquejou. "Diga sim." Jeanie não respondeu. Demorou alguns segundos para ele perceber isso e rosnar em frustração. "Jeanie? Diga que vai ser minha companheira." "Isso não é justo," ela finalmente sussurou. Seus olhos se abriram e ela franziu a testa. "Não me pergunte isso depois de fundir minha mente."

Capítulo Quatorze True compassou de um lado para o outro entre a cozinha e a porta do quarto, mais do que ciente de que Jeanie assistia todos os seus movimentos. Sua recusa em aceitar ser sua companheira o frustrara e irritara. Ele não conseguia entender por que ela continuava dizendo não. Ele fez uma pausa, segurando seu olhar. "Eu poderia te fazer feliz." "Eu sei que poderia. Estou mais preocupada com o inverso." Sua resposta o surpreendeu. "Você já me faz feliz." Ela protegeu o corpo com a camisa, cobrindo os seios e colo. "Há muito mais em um relacionamento feliz a longo prazo, True. Não devemos fazer esse tipo de compromisso ainda." 232


Query o avisara de que ela iria precisar de mais tempo e que os humanos tinham que pensar muito em vez de confiar em seus instintos. Ele tinha certeza de que queria Jeanie como sua companheira, mas ela obviamente tinha dúvidas. Era necessário paciência, mas ele não tinha essa habilidade quando se tratava dela. Ele recomeçou a compassar. Ajudava-o a acalmar seu temperamento. "Você vai desgastar o tapete", ela alertou. Ele não sabia se isso era possível, mas não se importou. "Você está chateado. Fale comigo. Por favor?" Ele parou. "Você percebe que o humano que leu seu e-mail ou recebeu sua mensagem pode não ser a pessoa que fingiu trabalhar para a NSO? Tim e sua equipe não vão deixar isso. Ele quer te enviar para a prisão por algo que eu sei que você não fez. Você não vai sobreviver muito tempo lá, Jeanie. É um lugar difícil. O sexo que compartilhamos é muito bom e tudo que você tem que fazer é assinar os papéis para ser minha companheira. Isso vai torná-la oficialmente uma Nova Espécie com os mesmos direitos e proteções que eu tenho."

*****

Jeanie desejava poder dizer sim, mas era mais sábia do que True sobre relacionamentos. Ele conhecia o sofrimento e privações de maneiras que ela nem sequer podia imaginar, mas ele tinha tido pouca ou nenhuma experiência em namoro. Um ótimo sexo não era a melhor base para fundamentar um compromisso de vida. Ela o amava, mas ele não estava apaixonado por ela. Apenas gratidão por ter salvado sua vida não era suficiente, nem a forte atração física que compartilhavam. Só o tempo iria dizer se ele poderia se apaixonar por ela.

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"Eu não posso me tornar sua companheira só porque você quer me proteger. Eu realmente aprecio a oferta, True. O acasalamento é para sempre, portanto não é uma escolha a se fazer até que ambos estejamos absolutamente certos de que é pelas razões certas. Você é um homem maravilhoso por se oferecer para fazer isso, mas não posso permitir que faça esse sacrifício." Ele rosnou, respirando com dificuldade. "Então você só vai aceitar que eu compartilhe sexo com você? Isso é tudo que você quer de mim?" "Você faz parecer sujo." Seu temperamento queimou. "Como se tratasse apenas de sexo." Sua expressão escureceu e seus lábios puxaram para trás para revelar os caninos afiados. Ele avançou para ela, abaixando-se e a puxando de pé. A camisa que ela usava como cobertura caiu no chão entre eles, deixando-a se sentindo exposta e vulnerável. Ele firmemente agarrou seu braço, mas não a machucou, independente da raiva clara que expressava. "O sexo entre nós é o melhor. Por que não é suficiente para convencê-la de que eu seria o companheiro ideal para você? Você acredita que Flirt ou Jinx seria melhor nisso do que eu? É essa a razão pela qual você me recusa? Você quer compartilhar sexo com eles para nos comparar antes que possa tomar uma decisão? É essa a escolha que você fala?" Ela esqueceu de estar nua, e que ele se elevava sobre ela, parecendo ameaçadoramente feroz. Suas acusações foram uma bofetada verbal. "Eu não acredito que você disse isso." "Você não está negando." "Eu não deveria ter que fazê-lo. Você está sendo completamente irracional. O que está errado com você? Como pode sequer pensar isso?" Ele rosnou e deu um passo atrás, soltando-a. "Você não quer me acasalar e isso me deixa louco." "Estou tentando ser racional." "E eu não posso ser, é isso que está dizendo? Você acha que meu lado animal me impede de ser racional? Você não se importa em ter um animal em sua cama, mas não o quer como um companheiro?" 234


"Não coloque palavras em minha boca." Os sentimentos de Jeanie foram picados. "Você está fora de si. Eu não penso em você como um animal. Você é um homem." Ele recuou mais longe. "Eu sou Espécie, Jeanie. Seus homens humanos têm caninos? Eles têm minha aparência? Você não me vê por aquilo que sou?" "Eu vejo que você está sendo um idiota," Jeanie moeu fora. "Você está insultando a nós dois e isso está me irritando. Eu não poderia me importar menos sobre seu DNA misto ou seus dentes afiados. Desculpe-me por ter levado essa coisa de companheiros a sério e não saltado para algo da qual poderíamos nos arrepender no futuro." "Arrepender?" "Sim. Sabe, acordar um dia e perceber que ter se acasalado foi um erro. Pode acontecer. Poderíamos acabar odiando um ao outro." Sua expressão fechou e toda a emoção desapareceu atrás de uma máscara fria. "Estou indo para uma corrida. Há um oficial lá fora, se precisar de alguma coisa." Ela não podia acreditar que ele planejava sair. "Estamos discutindo e você está simplesmente indo sair no meio disso?" Ele apertou as mãos em seus lados. "Sim. Esta tomando cada grama do meu controle fazer isso. Preciso colocar espaço entre nós agora." Ele se virou, indo em direção à porta da frente. Ela correu atrás dele e agarrou seu braço. Provavelmente não era a coisa mais inteligente a fazer, mas ela não queria que ele saísse. Eles precisavam resolver as coisas e ela não entendia por que ele tinha ficado tão furioso. "True! Espere." Ele parou abruptamente e ela realmente bateu em suas costas. Ele virou a cabeça, encarando-a. "Solte-me, Jeanie." A seriedade em seu pedido não passou despercebido para ela. Raiva brilhava em seus belos olhos e ele emanava vibrações mortais, mas ela não estava com medo. "Não quero brigar com você. Por que está tão zangado?" 235


Ele parecia muito perturbado. "Estou sendo irracional. Sinto muito. Não quero que você me odeie." Ele se virou para encará-la, torcendo o pulso o suficiente para quebrar a conexão com a mão dela. "Eu não poderia. Eu só estou confusa. Você simplesmente... Explodiu." Ele lentamente inalou e depois exalou, como se tentando se acalmar. "Eu sei. Ninguém me afeta do jeito que você faz, Jeanie. Preciso de espaço para me acalmar e correr me ajuda a pensar. Você continua se recusando a se acasalar comigo. Dói. Eu volto logo." Ele girou nos calcanhares e abriu a porta. "Você não está de sapatos ou camisa," ela tentou isso como um último esforço para mantêlo no apartamento. "Eu não preciso deles." Ele nem sequer olhou para trás antes de ir, e a porta se fechou atrás dele.

***** True tomou um gole de refrigerante e Darkness o observou sombriamente. "Eu vim aqui para esfriar." O macho suspirou. "As fêmeas são complicadas. Eu sabia que algo tinha acontecido quando te vi entrar no bar vestido com tão pouco." Ele olhou para o peito nu de True. "Nós não exigimos sapatos ou camisas em nossos estabelecimentos, mas a maioria prefere estar completamente vestidos em público." "Eu peço desculpas." Ele tomou outro gole e o colocou no balcão. "Eu deveria voltar. Fiz acusações que não deveria ter feito." "Você tem dúvidas sobre a história dela?"

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"Não. Fiquei inseguro. Só me cruzaram uma vez na Mercile, nunca em Drackwood, depois que descobriram que tenho uma baixa contagem de espermatozóides. Minha experiência com fêmeas é limitada. Flirt e Jinx têm sentimentos por minha Jeanie e ambos foram usados muitas vezes em experimentos de procriação e são muito amigáveis com nossas fêmeas desde que foram libertados. Talvez se eu fosse mais qualificado eu pudesse convencê-la a ser minha companheira." Machucava seu orgulho admitir isso, mas Darkness era um macho com quem ele se sentia confortável para falar sobre seu problema. "Eu permiti que isso causasse uma discussão com ela." Ele fez uma careta. "Você não lhe disse isso, não é?" "Eu perguntei se ela queria compartilhar sexo com eles primeiro, para fazer uma escolha." "Merda." O macho se inclinou para trás na cadeira. "Deixe-me te dizer uma coisa, True. Sou muito habilidoso." Ele olhou ao redor e depois sustentou seu olhar enquanto baixava a voz. "Esta informação fica entre nós. Você já ouviu que fui levado da Mercile para outras experiências, porque eles queriam ver como reagiríamos em um ambiente militar. Eles me enviaram e mais um grupo de outros machos para sermos treinados por aqueles humanos chamados de mercenários. Eram humanos sem coração, sem honra. Uma das coisas que aprendi, além de como matar pelos padrões humanos foi como interrogar de forma eficaz informações de um participante indisposto. Eles mandaram uma fêmea que me mostrou as maneiras mais eficazes de obter informações de outras fêmeas." Ele fez uma pausa. "Como aterrorizar uma fêmea usando ameaças sexuais ou por sedução forçada." True se doeu pelo macho. "Eles te fizeram machucar mulheres?" "Essa fêmea..." Seu tom ficou rouco e ele baixou o olhar para a bebida. "Ela era mais fria do que esse gelo no meu copo. Primeiro ela me mostrou o que era capaz de fazer e depois eu fui ordenado a virar o jogo sobre ela pelo macho humano no comando. O tipo de coisa alunosuperando-o-professor.” Ele olhou para cima, e então seus olhos escuros pareceram assombrados. "Ela mereceu isso pelas coisas cruéis que tinha feito comigo, mas me disseram para matá-la no final." 237


"Esta é a fêmea que você falou?" Darkness hesitou por um longo momento. "O comandante encarregado do projeto a havia contratado para me ensinar e aos demais machos Espécies como usar o sexo contra as fêmeas. Este era seu propósito e ela fez bem seu trabalho. Eu podia forçar uma fêmea indisposta a me pedir para fodê-la até o final do meu treinamento e confessar até mesmo um crime que não cometera. O comandante então me ordenou usar esse conhecimento para obter informações dela. Ela estava mentindo para o comandante e tramando alguma coisa ruim. Mercenários matam outros que traem sua confiança. Eles exigiram que eu acabasse com ela." "E você fez?" True não conseguia compreender tal ato, especialmente tirar a vida de uma fêmea com quem tinha compartilhado sexo. "Sim." Darkness se levantou. "Seu plano teria prejudicado os outros machos Espécies. Eu os protegi de serem usados por ela." Ele segurou seu olhar. "Meu ponto é que eu seria um mau companheiro para qualquer fêmea, independente de minhas habilidades de sedução. Você tem coração, True. Eu não. O meu foi arrancado há muito tempo e danificado além do reparo. Isso é o que você tem a oferecer a sua fêmea. Vá para casa e lhe diga o quanto ela significa para você. Isso é o que as fêmeas mais valorizam." True observou o macho partir, esquivando-se de outras Espécies, ao sair do bar. Ele se levantou e o seguiu para fora. Darkness tinha desaparecido no momento em que ele chegou à rua. Ele então correu de volta para o dormitório masculino, com planos de contar a Jeanie que ela era seu coração. Ele poderia melhorar suas habilidades como amante, mas não poderia viver sem ela.

***** O estado de nudez de Jeanie finalmente afundou e ela entrou no quarto para pegar uma das camisas de True na cômoda. Cobrindo-a mais como um vestido curto do que uma camiseta. 238


Depois de uma rápida pesquisa, ela localizou um par de calções de uma gaveta inferior e vestiu também. Ela se sentou na cama ainda atordoada com a saída abrupta de True. Dói. Essas palavras continuavam tocando em sua cabeça. True a acusara de querer dormir com outros homens, a fim de compará-los, como se fosse uma competição sexual para estabelecer com quem ela queria ficar. Isso tinha sido um tapa de ciúme irracional. Lentamente lhe ocorreu que ele poderia estar sentindo bem mais do que ela jamais suspeitara. É possível que ele me ama? Sua frequência cardíaca aumentou. Isso se encaixa. Ela realmente desejava que ele não tivesse saído. Eles precisavam sentar e discutir seus sentimentos. A perspectiva de que ele retornasse seu amor a deixava impaciente para que ele voltasse. Ela andou pelo quarto, finalmente saiu e entrou na cozinha para fazer um lanche. Olhando as horas. Onde ele foi correr? Ele está dando a volta em todo o limite da propriedade de Homeland? Era muito grande. Ele já tinha saído há quase uma hora. Ela decidiu se deitar até que ele voltasse. A campainha tocou. Ela correu para a porta, esperando que fosse ele. Ele não tinha levado o cartão e poderia ter pensado que ela havia trancado a porta. A alta Nova Espécie de pé lá era a mesma sombria de mais cedo. "Srta. Shiver, estes dois machos vieram por você." Ele se afastou e dois homens de uniformes bloquearam a porta. Ambos eram humanos, com seus vinte e tantos anos e grandes. "O quê?" "Olá, Srta. Shiver." O de cabelo escuro com olhos castanhos mortos falou. "Você está sendo transferida para Fuller. Por favor, venha conosco." "Não lute," o homem loiro avisou. "Seria inútil." Ela tropeçou para trás, sacudindo a cabeça. "Não. Eu não vou ser enviada para lá." Ela agarrou a porta, tentando fechá-la. Um deles a empurrou aberta, entrando no apartamento de True. "Temos a papelada. Você deve ser transferida para Fuller imediatamente." 239


"Não!" Ela pulou, tentando colocar o sofá entre ela e eles. "True disse que eu poderia ficar aqui." Ela chamou a atenção da Nova Espécie. "Onde está True? Chame-o." "Eu não sei onde ele está." O macho Espécie ficou perto da porta. "A papelada está em ordem. Não lute contra eles, fêmea. Você não será prejudicada." Os dois humanos uniformizados se separaram, circulando o sofá para alcançá-la. Pânico atravessou Jeanie. "Fiquem longe de mim. Estou vivendo com True." Ela não podia e nem ia acreditar que ele tinha mudado de ideia sobre isso só porque ela se recusara a acasalá-lo. Ele não iria mandá-la para um lugar onde afirmara que ela nunca sobreviveria. "Eu quero True. Chame True!" Ela implorou freneticamente ao guarda Nova Espécie. "Mantenha-os longe de mim até que True volte. Eu não acho que ele sabe sobre isso e ele não quer que eu vá." "Esperem," a Espécie ordenou, pegando o celular. "Deixe-me chamar o macho primeiro." O homem loiro enfiou a mão no colete e retirou uma arma. Jeanie viu com horror quando ele se virou e atirou no oficial. A arma fez um som suave. Uma pequena coisa vermelha se incorporou no braço da Nova Espécie." Ele olhou para lá, seus olhos se arregalaram de surpresa e ele rosnou antes de se arremessar para frente para cair no tapete, de bruços. A mente atordoada de Jeanie levou um segundo para processar o que tinha acontecido e isso lhe custou. O homem de cabelos escuros a alcançou antes que ela pudesse gritar. Um braço envolveu sua garganta em um estrangulamento e ele girou e aplicou pressão suficiente para impossibilitá-la de respirar. Ela resistiu a seu domínio em terror. O loiro apontou a arma para ela. "Não," o que a segurava ordenou. "Use a injeção ao invés. Estamos sob ordens de levá-la para Fuller viva. Eles querem interrogá-la e esses dardos são muito fortes para alguém do seu tamanho. Ela pode ter uma overdose." O agarre em sua garganta afrouxou apenas o suficiente para que ela sugasse um ar. Lágrimas encheram seus olhos e ela arranhou o braço a segurando, mas não conseguiu que ele a

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soltasse. O loiro guardou a arma entre o colete e a camisa, escondendo-a de forma eficaz. Ele enfiou a mão no bolso da coxa e tirou uma seringa. O loiro usou os dentes para arrancar a tampa e espetou a agulha em seu braço. Ela tentou gritar, mas o braço apertou em volta de sua garganta, eficazmente a silenciando. "Puxe aquele bastardo para dentro e tranque a porta. Vamos descer pela varanda. Há muitos deles no primeiro andar para nos esgueirarmos por eles e alguns podem sentir o cheiro dela, se tentarmos sair pelos fundos. Você sabe que eles podem farejar uma boceta há um quilômetro de distância." O loiro apenas jogou a seringa no chão e foi de volta para a porta. Eles tinham drogado ou matado o guarda na porta. Ele agarrou a Nova Espécie nocauteada por um braço e o arrastou para dentro do apartamento. As travas envolvidas com um metal macio clicaram quando ele os fechou lá dentro. Jeanie caiu contra a pessoa que a prendia, seus pulmões sem oxigénio. Pontos dançaram diante de seus olhos e o desejo de lutar era forte, mas seus membros se sentiam muito pesados. A pressão forte em volta de sua garganta afrouxou quando ele a soltou para agarrar sua cintura ao invés. Ela tentou gritar assim que conseguiu respirar novamente, mas simplesmente caiu para frente. A única coisa que a impediu de bater no chão foi o homem a segurando. "O médico disse que funcionaria rápido." Ele levantou Jeanie e a jogou no sofá, então se agachou e olhou em seus olhos. "Ela ainda está com a gente, mas não deve poder se mover muito." Ela piscou, percebendo que embora estivesse acordada, seu corpo não respondia aos seus comandos. Seus pulmões funcionaram quando ela exalou e inalou, mas ela não conseguiu sequer levantar a mão quando ele agarrou seu queixo e puxou sua cabeça até ela olhar em seus olhos. "Grite,” ele exigiu. Ela não conseguiu nem abrir a boca. Estava impotente. O homem de cabelos escuros a soltou e depois sorriu, aparentemente satisfeito que a droga fosse eficaz, e se endireitou. Ela só

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conseguiu ficar olhando enquanto ele tirava o colete e revelava um rolo apertado de corda de nylon fina. Ele falou com o loiro. "Vamos fazer isso rápido. Eu a levo. Assim que estivermos na van vou escondê-la debaixo do banco traseiro na parte de trás. Você dirige. Já praticamos isso. Apenas lembre-se, eles podem sentir o cheiro de nervosismo, por isso pense em bater naquela sua namorada stripper ou algo assim quando nos pararem no portão. Entendeu? Não estrague tudo acelerando até estarmos lá fora." "Eu não sou burro, porra." "Eu não disse que você era." O homem de cabelos escuros jogou a corda. "Vamos. Rápido e em silêncio." Jeanie se sentiu enjoada quando foi erguida e despejada nada gentilmente sobre o ombro do homem. Embora quase totalmente curado, seu ferimento de bala latejou na pressão brutal. Ele a levou para o quarto de True e abriu a porta deslizante para a varanda. O loiro bateu contra ela quando passou por eles, seu braço flácido quase se chocando com a perna dele. "Não a deixe cair," o loiro brincou. "Porra. Eu não arriscaria minha bunda por nada. Estamos sendo muito bem pagos e ele deixou claro que não haveria dinheiro se levássemos um cadáver. Ele precisa obter informações importantes dela." Dormência se assentou em Jeanie. Sua mente estava alerta, mas seu corpo parecia totalmente amortecido. True! Ela gritou silenciosamente seu nome. "Vamos levá-la para Fuller. Quero ser pago e depois transar." Ela tinha que acreditar que True viria atrás dela. Ela rezou silenciosamente que ele chegasse logo em casa e percebesse o que tinha acontecido. Aquele homem, Tim, obviamente tinha mentido para True e mandara sequestrá-la para poder interrogá-la. True virá atrás de mim. Ela tinha que acreditar nisso. 242


***** O primeiro sinal de que algo estava errado foi quando True saiu do elevador. Slash não estava no corredor e ele pegou o cheiro fraco de machos humanos. O cheiro de colônia não podia ser negada. Nenhuma Espécie usava. Era ofensivo. Ele tentou abrir a porta, mas estava trancada. Então percebeu que não tinha levado seu cartão-chave. Ele bateu, mas nenhum som veio quando se esforçou para ouvir alguma coisa. Ele recuou, o coração acelerando com medo, e chutou para fora. Seu pé pousou ao lado da fechadura e madeira lascou, quebrando, forçando-a aberta. A visão de Slash no chão o enfureceu. Ele saltou o macho e olhou ao redor. "Jeanie?" Uma busca rápida na casa revelou que ela não estava lá e que a porta deslizante para a varanda estava aberta. True correu para a varanda bem a tempo de ver um rosto humano desaparecer ao longo da beirada da grade. Ele se agarrou lá e olhou para baixo, chocado quando viu um segundo macho no chão abaixo. O mais próximo a ele tinha Jeanie pendurada no ombro. Terror o invadiu ao ver sua posição precária e o quão mole ela aparentava estar. Ele percebeu que ela estava inconsciente. O macho poderia cair e ela seria incapaz de sequer o agarrar para evitar uma queda mortal. O braço erguido do humano segurando a corda e seu pescoço era a única coisa que impedia Jeanie de deslizar fora de seu alcance. True uivou de raiva, incapaz de fazer qualquer outra coisa nos segundos que levou para avaliar a situação. Um macho loiro olhou para cima, o rosto bem visível nas luzes vindas do piso inferior e True memorizou seus traços antes do homem se virar e correr sem seu parceiro no crime. True segurou o corrimão firmemente e girou sobre ele, seus pés encontrando apoio do outro lado. Ele se sentiu tentado a agarrar a corda, mas temeu que pudesse deslocar o agarre do 243


macho e enviar Jeanie direto para o chão. Ele virou a cabeça e se inclinou para trás, julgando a distância até a varanda do segundo andar. Então soltou o corrimão para pular um andar inteiro. A sensação de queda foi desagradável, mas ele conseguiu agarrar a grade de metal para parar sua queda. Com os músculos esticados ele se agarrou e olhou por cima do ombro, vendo o homem com Jeanie soltar a corda assim que alcançou o pátio. True apenas se soltou e torceu no ar. A queda de seis metros poderia machucar, mas ele estava motivado o suficiente pela raiva e medo para tentar. Ele tinha que salvar Jeanie. Os felinos eram melhores em pousos de pé sem causar lesões naquelas alturas, mas a terra fofa o amorteceu quando ele bateu no chão agachado. Seu olhar buscou e encontrou o macho que levava sua fêmea. Suas mãos se fecharam em garras no chão e ele se empurrou com toda sua força, lançandose em direção ao macho. Ele queria simplesmente atacá-lo, mas se recusou a arriscar de Jeanie ser ferida se abordasse o macho. Então se colocou na frente dele, girando com um grunhido. Abrindo os braços largamente para bloquear o macho de passar por ele. "Solte-a!" O macho parou abruptamente para evitar se chocar com ele e Jeanie deslizou de seu ombro. True pulou e a pegou antes que ela caísse no chão. Um olhar em seu rosto lhe assegurou que ela estava viva quando a viu tomar dois fôlegos. Ele jogou a cabeça para trás e uivou sua raiva. O macho humano cambaleou para trás, procurando freneticamente uma fuga. Não haverá nenhuma. True se curvou e gentilmente colocou Jeanie no chão, estendendo-a sobre a grama. O humano se virou e correu para salvar sua vida. Alguém aterrissou com um grunhido de uma sacada superior e True virou a cabeça na direção do barulho. Darkness se endireitou, o olhar furioso em seu rosto assustador, mesmo para True. "Vá atrás do outro. Este é meu." True virou a cabeça para a direção do macho em fuga.

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"Em que direção?" Darkness cheirou o ar e sua cabeça se voltou para o lado que o loiro tinha tomado. "Não importa. Já peguei seu cheiro humano." Ele se foi um instante depois, correndo em perseguição. Mais três machos pousaram no chão em posição agachanda, tendo seguido True a partir das varandas do andar de cima. Ele olhou para Book, Dagger, e Flirt. "Cuidem de Jeanie." Ele sabia que ela estaria segura e que eles a levariam para obter atenção médica. Uma fração de segundo de indecisão o atravessou – o forte desejo de permanecer ao lado dela ou o desejo ainda mais forte de se vingar do macho que se atrevera a tentar roubá-la dele. Vingança venceu. Ela estava segura agora, mas aquele macho poderia vir atrás dela novamente. Um grunhido escapou de seus lábios entreabertos e ele avançou. O macho nem sequer tinha chegado à rua antes que True caísse sobre ele. Saltando em suas costas e batendo no macho com os punhos primeiro. Eles caíram na calçada e o humano tomou toda a força do impacto no concreto implacável. Ossos rangeram. O humano parecia incapaz de fazer qualquer coisa além de lutar para respirar no início quando True rolou de cima dele, se levantando. O humano sugou o ar e gritou. True não sentiu pena da agonia que o macho deveria estar sofrendo dos ferimentos. Ele tinha tocado Jeanie. Ele poderia tê-la matado se ela tivesse escorregado de seu ombro e caído para a morte, quando ele decidiu levá-la pela varanda. True se abaixou e enfiou os dedos no ombro do homem, arrastando-o para pés instáveis. O macho lançou um soco, errando seu rosto por alguns centímetros, mas o punho de True encontrou seu alvo, estilhaçando a mandíbula do macho. O som nojento de osso e pele sendo destruída mal se registrou. Ele não queria apenas ferir o macho. Ele socou novamente, desta vez na garganta. Ele sabia antes de soltá-lo que o macho estava morto. O corpo caiu quando True liberou seu ombro. Ele olhou para o macho morto por um instante, certificando-se de que o bastardo não tomaria outro fôlego. Ele não fez. Não havia nenhum sentimento de remorso ou mesmo culpa. Ele lamentava apenas que o macho não tivesse sofrido mais. 245


Ele correu de volta para o dormitório. Os três machos estavam agachados em volta do corpo imóvel de Jeanie. Ele empurrou Book fora do caminho e caiu de joelhos, se debruçando sobre ela. Seus olhos estavam abertos e ela piscou. O nariz chamejando quando ela respirava. "Jeanie." Suas mãos tremiam quando ele cuidadosamente estendeu a mão para ela. "Ela parece drogada ou algo assim," Flirt sussurrou, claramente abalado também. "Ela está acordada, mas parece que não consegue se mover ou falar." Terror atravessou True. Teria seu pescoço se quebrado? Ele examinou seu rosto e pescoço por novas lesões, mas não havia nenhuma que pudesse ver. Ele olhou para ela. "Fale comigo," ele implorou. "Diga-me o que eles fizeram com você." Ela piscou, terror se mostrando em seus olhos arregalados. "Ela pode piscar. Talvez ela possa ouvir e entender o que estamos dizendo." Book se arrastou para mais perto. "Não a mova. O médico está a caminho." Dagger cheirou e gentilmente pegou seu braço. "Não toque nela," True rosnou, batendo a mão do macho longe. "Eu cheiro um pouco de sangue", Dagger explicou. True se agachou mais, examinando seu braço. Ele viu o ferimento imediatamente. A marca era uma que ele conhecia bem. Uma pequena mancha de sangue marcando um local de injeção. "Eles a drogaram." Machos correram ao redor do prédio e True esperou que estivessem trazendo o Dr. Harris, mas um olhar revelou que Jericho e Jinx vinham em seu auxílio. O grande primata estava ligeiramente sem fôlego quando parou. "Slash foi drogado. Ele ainda está desacordado." Ele tomou uma respiração profunda e reparadora e soprou o ar antes de perguntar, "Ela está bem? O que podemos fazer aqui?" Ele virou a cabeça, olhando para a calçada. "Presumo que um está morto?" "Sim. Vá atrás do outro macho. Darkness está lá sozinho," True instruiu. Book se levantou. "Quem está com Slash?" 246


"Flame e alguns dos outros machos. Eles o estão levando, já que parece que ele está ileso, exceto pelo dardo que tiraram. É mais rápido simplesmente levá-lo," Jericho respondeu, e então se virou para sustentar o olhar de True. "Devemos fazer o mesmo. Cancele o médico e vamos apenas levá-la nós mesmos. É mais rápido. Você quer que eu a leve? Pedi um dos machos para buscar dois jipes." True se curvou sobre Jeanie. Ela piscou, medo ainda aparente em seus olhos, mas ele sabia que era um apelo dirigido a ele. Ele esperava que seu corpo e dos outros machos bloqueasse a visão dela da calçada. Ela odiava violência e ver um cadáver poderia lhe causar mais trauma. "Você pode me entender, Jeanie? Pisque duas vezes se puder." Ela piscou duas vezes em rápida sucessão. "Você está ferida? Um para sim, dois para não." Ela piscou duas vezes. A imensa pressão em seu peito se foi e ele respirou mais fácil. "Você é capaz de se mover ou falar?" Ela piscou duas vezes e ele odiou ver os rastros de lágrimas em seus olhos. Ela tinha que estar se sentindo impotente e era uma emoção que ele conhecia, desde que já lutara contra isso também. Tinham machucado sua Jeanie e ele não estava lá para protegê-la quando esses humanos enfiaram uma agulha em seu braço. "Está tudo bem se eu levantá-la e levá-la para um jipe?" Ela piscou uma vez. Ele gentilmente enfiou uma das mãos sob suas coxas e com a outra segurou suas costas e pescoço quando a levantou nos braços. Mãos fortes o agarraram sob os braços e o ajudaram a ficar de pé enquanto as outras Espécies o ancoravam. O peso leve contra seu peito só aumentou a consciência de sua fragilidade. "Vamos." Ele não parou de olhar para seu rosto, procurando qualquer sinal de alarme em seus olhos enquanto rapidamente dava a volta no prédio.

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Dois jipes esperavam. Flame e outro macho já tinham Slash no banco traseiro de um dos veículos. Apoiando o macho drogado entre os corpos. Outro macho saltou para o assento do motorista e eles se afastaram. Jericho tomou o assento do motorista do segundo Jeep. "Já estão nos esperando no Medical." Ele tinha de algum modo conseguido pegar um dos fones de ouvido que a Security usava e estava em contato com eles. Ele estendeu a mão e tocou o dispositivo. "Estamos indo com ela." True teve mais ajuda de Jinx e Flirt para subir no banco de trás do jipe. Dagger pulou atrás e usou a parte de carga para se agachar e segurá-lo pelos ombros, apoiando seu corpo atrás no assento. "Vou ser melhor do que o cinto de segurança," ele jurou. "Mexa-se, Jericho. Aperta o pé!" O Jeep balançou quando o primata socou o acelerador e os atirou para frente. True olhou para Jeanie e ela segurou seu olhar. "Sinto muito," ele murmurou. "Eu não deveria ter te deixado." A miséria em seus olhos expressivos não podia ser negada. "Mais rápido," ele pediu, sem desviar o olhar dela. Pareceu demorar uma eternidade até chegarem ao prédio. Havia uma intensa atividade e o Dr. Harris mais velho e Midnight já esperavam do lado de fora com uma maca. True a ignorou quando saiu do Jeep com sua preciosa carga. "Qual o quarto?" "Três," Midnight disse, a voz mais profunda do que o normal, mostrando seu stress. "Recuperamos a seringa e o dardo. Temos alguém tentando identificar que drogas lhes foram dadas." Ele não dava a mínima. Só queria que Jeanie ficasse bem. Ele correu pelo corredor e a colocou na cama na sala de exame três. O Dr. Harris e Paul o seguindo de perto. "Saia, True. Vamos fazer de tudo por ela. Ainda vai levar horas para a droga se desgastar." O Dr. Harris pegou uma pequena lanterna e se inclinou sobre Jeanie, estudando seus olhos. "Foda-se." Ele não ia a lugar algum. 248


Dr. Harris murmurou uma maldição enquanto segurava o braço de Jeanie, tomando seu pulso. "Estável, mas lento," ele anunciou após longos segundos. "Vou ligá-la a um monitor. Suas pupilas estão muito devagar. Vou precisar de..." True ficou atento à voz do homem quando ele avançou ao redor da cama para a cabeça de Jeanie. O olhar dela buscou o dele, e ele se inclinou para baixo. "Estou aqui," ele murmurou. "True?" Uma mão suave tocou seu braço. Ele olhou para Breeze. "Justice quer vê-lo. O outro humano não foi encontrado." Ela falou devagar, suavemente, cada palavra enunciada com cuidado. "Sei que você está muito chateado agora. Todos estamos. Você não pode fazer nada por ela aqui. Midnight vai ficar com ela, ok? Você viu o outro humano o suficiente para identificá-lo? Isso é importante. Precisamos de todos que o viram. Quanto mais rápido o identificarmos, mais rápido isso vai acabar." Ele ficou tentado a dizer não, esperando que isso significasse que não precisaria sair do lado de Jeanie. Ele queria que o filho da puta fosse pego embora. "Sim. Eu vi o rosto dele." "Mais detalhes estão vindo." Ela usou a mão livre para apontar o fone de ouvido. "Achamos que eles vieram de Fuller prisão. Tivemos dois machos humanos de lá que foram checados no portão e eles são os únicos estranhos. Já localizamos a van, mas não eles. O humano que você pegou..." Ela fez uma pausa e olhou para Jeanie antes de baixar a voz. "Hum, ele ficou impossível de identificar facilmente a partir da foto tirada na cena e enviada para a Security, com tantos danos faciais. Temos filmagens da vigilância que precisamos que você veja desses homens que entraram em Homeland, uma vez que você viu ambos." "Darkness permitiu que o outro macho escapasse?" Breeze estremeceu. "Eu não diria que ele permitiu. Ele está meio chateado, a julgar pelo falatório que ouvi no meu ouvido. Num segundo ele tinha seu cheiro e o estava rastreando, no

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outro isso simplesmente pareceu desaparecer depois que o macho cruzou uma de nossas estradas. Ele e os outros machos que foram ajudar não conseguiram mais pegar o cheiro de novo." Fúria assassina apertou seu peito novamente quando ele olhou para Jeanie. Ela piscou, mas um pouco de seu medo havia diminuído. Ele se inclinou mais perto, olhando em seus lindos olhos. "Você está bem?" Ela piscou uma vez. "Diga-me de novo para que eu possa ter certeza. Pisque duas vezes se você estiver realmente bem." Ela piscou duas vezes. "Preciso fazer algo, mas estarei de volta logo. Pode ser? Um para sim, dois para não." Ela piscou uma vez. Ele não queria deixá-la. Isso ia contra seus instintos, mas o loiro estava lá fora livre. Ele precisava ser encontrado. Jeanie estaria em risco até que ele fosse capturado. "Tenho dezenas de machos inundando o Medical." Breeze pareceu ler sua mente. "Eles estão preocupados com Slash e horrorizados que isso tenha acontecido. Ela está totalmente segura aqui, True. Esse humano seria dilacerado se ousasse entrar neste prédio, numa tentativa de chegar até ela. Este é o lugar mais seguro em Homeland agora. Midnight está aqui também." Ele ergueu o olhar para procurar a outra fêmea. Ela lhe deu um sorriso apertado. "Não vou sair do seu lado. Feito cola, ok? Sei o quanto ela significa para você. Vou mijar em minhas pernas antes mesmo de até pensar em fazer uma pausa penico. Juro." "Credo," Dr. Harris murmurou. "Vou te dar uma comadre, se você precisar." Ele estudou o monitor. "Ela parece estável. Preciso de um exame de sangue completo." True olhou para Jeanie. "Eu volto logo." Ele deu um beijo em sua testa e ela fechou os olhos. Ele se afastou antes que mudasse de ideia, atirando em Midnight um olhar preocupado.

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"Feito supercola," ela jurou. "Aquela merda forte que gruda seus dedos quando você não é cuidadoso e arranca sua pele quando você os força."

Capítulo Quinze "Acalme-se," Fury exigiu, agarrando os braços de True e o forçando a segurar seu olhar. "Vamos encontrar o humano que fugiu e vamos descobrir por que eles tentaram levá-la." Justice entrou na sala em apenas um par de boxers e seu cabelo estava despenteado. Ele rosnou, "Como diabos isso aconteceu?" True se empurrou fora do agarre de Fury. "Tim está por trás disso. Vou matá-lo pelo que eles fizeram com ela."

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"Eu não fiz isso!" Tim invadiu a sala em apenas um par de moletom, as botas desamarradas como se tivesse apenas as enfiado. "Estive aqui o tempo todo. Não me incomodei de ir para casa e apenas caí no sofá do escritório que usamos. Fui acordado quando Flame veio correndo para me dizer o que estava acontecendo. Jantei com ele e tomamos alguns driques em excesso, assim resolvi ficar em Homeland. Eu não dirijo bêbado." True tentou alcançar o macho para acertá-lo por ter mentido, mas Fury ficou entre eles. "Pare." "Tim está dizendo a verdade." Flame chegou por trás do humano. "Eu lhe ofereci para dormir no meu sofá, mas ele insistiu em ficar no escritório. Ele tinha tomado quatro bourbons no jantar e estava meio instável. Eu o escoltei até lá e ele não saiu. Então decidi passar no ginásio antes de dormir e foi quando ouvi o alerta de segurança. Tim estava exatamente onde eu o havia deixado." True encarou Flame, sabendo que ele estava sendo sincero. Ele virou seu foco para Tim. O macho parecia incomumente desarrumado e seus olhos estavam vermelhos. O cheiro forte de álcool o alcançou. Ele tentou pensar racionalmente. "Você não ordenou a nenhum dos membros da força-tarefa para levar Jeanie?" "Não." Tim meio que tropeçou até um sofá e desabou lá, amaldiçoando. "Eu disse que não iria tentar levá-la e eu mantenho minha palavra." Ele coçou a cabeça. "Alguém, por favor, me dê um café. Toneladas disso." Ele olhou para Justice. "Não foi meus homens que fizeram isso. Como diabos alguém passou pela segurança?" Breeze entrou correndo na sala. "Dois guardas humanos de Fuller se identificaram no portão da frente às oito horas, afirmando estarem aqui para pegar suprimentos médicos para a clínica. Ninguém quis ligar para o Dr. Harris àquela hora só para verificar a ordem. Eles vêm uma vez por mês para reabastecerem. Estavam apenas uma semana adiantados e uma hora atrasados do que o normal, mas Smiley não suspeitou de nada disso. Eles estavam com a documentação

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correta. Os guardas inspecionaram a van, mas não encontraram nada fora de ordem. Este foi o único tráfego dentro ou fora esta noite." "Ninguém os acompanhou até o Medical?" Fury rosnou. Breeze sacudiu a cabeça. "Nós confiamos neles, por serem de Fuller. Os guardas humanos não eram os que Smiley conhecia, mas ele simplesmente pensou que fossem os do turno da noite. Ele conhece os que trabalham de dia. Eles não agiram de forma suspeita." "Filho da puta," Justice amaldiçoou. "Temos certeza de que esse outro humano não está escondido em algum lugar em Homeland? Por que ele não foi localizado ainda?" "Cada Espécie ainda está procurando, mas não encontraram nenhum vestígio dele. A van ainda está estacionada no Medical, então ele não pode ter ido muito longe," Flame anunciou. "Acordamos todos para alertá-los sobre o que aconteceu. Nenhum dos nossos estão feridos ou desaparecidos. Todas as Espécies foram contabilizadas." "Não há como esse humano sair de Homeland sem ser detectado," Justice declarou. "Temos mesmo certeza de que eram de Fuller? E se eles roubaram a van e os uniformes?" Tim se levantou, quase tropeçando nos cadarços soltos no caminho para a mesa de Justice, e puxou o telefone. "Vou ligar e verificar se eles sentiram falta de alguma coisa." "Eles eram de Fuller." Smiley se manteve perto da porta. "Eu mesmo examinei a papelada. A van é a que eles sempre usam também. Tem um vazamento de óleo e eu a conheço bem." "A papelada pode ter sido forjada." Tim discou. "Os cheiros não podem," Smiley protestou. "Nós fornecemos o papel e a tinta que eles usam. É especialmente tratado e classificado apenas para essa finalidade. Eles eram da Prisão Fuller com a papelada autêntica que foi impressa recentemente. A tinta estava fresca." Tim o olhou boquiaberto. "Isso vale para o papel e tinta da equipe de trabalho também?" "Sim," Justice suspirou, passando a mão pelo cabelo. "Por que Fuller enviaria dois machos para sequestrar a fêmea?" Tim desligou o telefone. "Não estão respondendo. Eles deveriam estar." 253


True quis uivar de raiva e mal se conteve. "Tim?" Fury o encarou. "Tem certeza de que não ordenou que eles viessem buscá-la?" "Eu não fiz. Quero dizer, eu fiz no início, mas cancelei." "E se eles não receberam a ordem de cancelamento?" Breeze mudou de posição. "Isso pode ser um erro." "Eles não disseram que estavam aqui para pegar um prisioneiro," Smiley reiterou. "Apenas suprimentos médicos. Se fosse um mal-entendido sobre a ordem de Tim, eles teriam mostrado uma papelada diferente no portão e afirmado que estavam aqui para a transferência de prisioneiro." "Talvez já tenham capturado o outro humano." Fury pegou um dos rádios da Security. "Vou obter uma atualização da busca." Darkness invadiu a sala. "Não foi um dos nossos." Ele ergueu a mão, mostrando sangue nos dedos. "Pensei que fosse nossos machos no início, quando ouvi que alguém tinha tentado levála. Eles causaram um pequeno problema com True por causa da fêmea. Nenhum de nossos machos estão envolvidos nisso." "De quem você suspeitava?" Breeze se aproximou mais dele. "Nossos números," Darkness disse. "Os que se recusaram a tomar nomes." "Foram dois machos humanos, Darkness," True rosnou. "Eles a tocaram e a machucaram. Eles entraram na minha casa. Apenas um escapou." Tim endireitou os ombros. "Vou ser o babaca novamente e sugerir que talvez tenha sido algum tipo de tentativa de fuga da parte dela." Ele recuou para trás de Fury, encarando True ao redor dele. "Não me ataque, mas isso precisa ser dito. E se ela for culpada de usar as Novas Espécies pelo resgate e seu comparça subornou dois machos de Fuller para invadir Homeland e libertá-la? Havia outros oficiais que vivem naquele corredor que não ouviram nada. Em minha experiência, as mulheres fazem o inferno de um escândalo se estão sendo sequestradas."

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"É algo a considerar," Justice declarou calmamente, segurando o olhar de True. "Nós não sabemos –" True rosnou. "Não. Você está errado. Ela foi drogada também. Ela vai nos dizer o que aconteceu quando puder. Eu não queria deixá-la, mas o Dr. Harris disse que vai demorar horas até que as drogas se desgastem e eu sou necessário aqui. Temos que encontrar aqueles que querem lhe fazer mal." O telefone tocou e Justice atendeu. Ele ouviu, agradeceu a alguém, e desligou. "Slash vai ficar bem. Os médicos lhe deram algo para neutralizar o efeito do sedativo. Ele conseguiu dizer que os dois humanos foram ao dormitório para transferir Shiver para Fuller. Eles tinham a papelada para isso, usavam uniformes e parecia tudo legítimo." Seu olhar se voltou para True. "Ela protestou e lhe pediu repetidamente para ligar para você. Eles o drogaram quando ele tentou pegar o telefone." Justice virou a cabeça para prender Tim com um olhar direto. "Esqueça seu cenário de tentativa de resgate. True está certo. Ela não era uma participante voluntária. Eles vieram para levá-la à força e nós não sabemos o que aconteceu depois que Slash foi dopado até Jeanie poder nos dizer. Talvez ela tenha ouvido algo que eles disseram que irá apontar quem está por trás disso." Breeze limpou a garganta e franziu a testa para Tim. "Você verificou se a Prisão Fuller recebeu sua ordem de cancelamento? Talvez eles não saibam que é para ela ficar aqui. Isso seria lógico. Se eles vieram aqui para buscar um prisioneiro, então, é claro que iam querer ela viva. Não entendo por que eles nacautearam Slash, mas talvez nosso macho os assustou quando a fêmea protestou. Não consigo imaginá-lo lá parado humildemente se ela começou a lutar e os humanos ficaram muito agressivos. Os guardas de Fuller carregam armas de dardos para lidar com prisioneiros indisciplinados." "Os dardos usados em Fuller não são fortes o suficiente para derrubar um macho Espécie." Darkness se virou contra ela. 255


Ela não recuou. "Obviamente, eles são agora. Você não ficou muito tempo na Mercile depois que atingiu a maturidade e eles te mandaram embora, mas alguns dos técnicos que eles contratavam eram tão grandes quanto nossos machos. Muitos desses machos estão presos em Fuller agora. Os guardas têm dardos fortes para usarem nesses humanos capturados quando se tornam agressivos. Eles devem ter uma nova fórmula que é forte o suficiente para nos desabilitar também." "Ela está certa," Flame concordou. "À medida em que nos tornamos mais fortes os técnicos que eles usavam para nos controlar foram trocados por machos semelhantes em tamanho àqueles contratados pela força-tarefa. Eles devem precisar dosá-los tão fortemente quanto nosso povo para conseguir controlá-los. Seja o que for que Fuller tem acesso agora, foi forte o suficiente para derrubar Slash." Tim pegou o telefone e fez outra chamada. Segundos se passavam. "Fuller ainda não está respondendo. Mas que diabos? Eles deveriam atender." Ele desligou e ligou de novo. "Vou montar duas equipes para irem até lá." "Eu vou com você," True afirmou. "Não." Tim sacudiu a cabeça, e então falou ao telefone. "Trey? Monte duas equipes o mais rápido possível e me pegue em Homeland. Parece que os guardas prisionais de Fuller tentaram pegar Shiver e todos aqui estão em pé de guerra. Fuller não responde. Não consigo contatá-los para confirmar sobre isso." Ele colocou o telefone no gancho e se virou. "Vou colocar meu uniforme e esperá-los no portão. Ligamos assim que soubermos de algo." True bloqueou a porta e lutou contra o desejo de socar o humano na cara. "Eu vou com você. Vou conhecer o outro humano, quando vê-lo. E vou fazê-lo pagar por tocar em Jeanie." "Não." Justice ficou entre eles antes que a violência pudesse entrar em erupção. "Vamos todos, Tim. E ponto final. True não vai se acalmar até que saibamos por que sua fêmea era um alvo e eu quero saber o que diabos está acontecendo em Fuller. Eles disseram nos portões que estavam aqui 256


pelos suprimentos médicos, mas depois nocautearam um de meus machos e injetaram na fêmea também. Algo está muito errado e eu vou para descobrir como isso pode ser considerado aceitável por eles, porque todos nós sabemos que não é." Breeze agarrou o braço de True. "Inspire e expire. Tenho certeza de que você vai conseguir as respostas em Fuller. Jeanie será bem protegida e bem cuidada até você voltar." "Existem humanos maus em Fuller. Por que eles queriam levar minha Jeanie? Uma fêmea já morreu lá," ele lembrou. Ela apertou a boca em uma linha fina. "Eu tinha me esquecido disso." "É tudo que consigo pensar. Só quero matar todos os humanos responsáveis por prejudicar minha fêmea e voltar para Jeanie o mais rápido possível." Breeze o soltou. "Você ouviu o homem. Mova seus traseiros, mas vá cobri-los primeiro já que correu da cama para fazer essa reunião. Vamos nos reunir em dez minutos no portão principal." Sua voz baixou quando ela olhou para o corpo de True. "Pegue um uniforme reserva e botas em seu armário. Vamos assustar a merda fora daqueles humanos para que eles nunca se esqueçam dos protocolos adequados de novo."

Capítulo Dezesseis True não conseguiu sair do SUV rápido o suficiente quando pararam nos portões da frente da Prisão Fuller. Nenhuma placa identificava o local, mas altos muros de concreto cercavam a propriedade com arame farpado correndo ao longo da parte superior adicionando mais um metro e meio de altura. Câmeras de segurança e luzes brilhantes certificavam de que sua presença era conhecida. Justice e Tim foram até a câmera diretamente na frente dos portões duplos e Tim apertou um botão para falar com o guarda responsável. A câmara se moveu, circulando sobre eles. 257


"O que você quer?" Foi uma voz de macho que saiu do alto-falante. "Aqui é Tim Oberto com Justice North," Tim declarou. "Abra." "Sinto muito, mas não posso fazer isso. O diretor ordenou um bloqueio completo da instalação, senhor. Não estamos autorizados a permitir a entrada a ninguém." "Diga a ele que estamos aqui, seu idiota!" Tim gritou. Ele virou a cabeça em direção a Justice. "Desculpe-me. Ele deve ser novo." "O diretor está no momento em DC em uma conferência até amanhã, senhor. Você vai precisar ligar para seu celular e ele vai ter que me enviar uma mensagem para anular o bloqueio, se ele concordar em deixá-los entrar." "É... Fodidamente... inacreditável," Trey murmurou. Ele se aproximou. "Ei, idiota, é Justice North quem está aqui, caso você não esteja olhando no monitor ou tenha perdido a capacidade de ouvir meu chefe quando ele fala. Isso significa que ele é uma classificação mais elevada do que seu diretor. Abra esses malditos portões ou perder seu emprego vai ser o menor de seus problemas. Eu, pessoalmente, vou chutar seu traseiro se você nos fazer esperar aqui por mais tempo." Eles não abriram. Justice rosnou. "Eu exijo que você nos permita entrar agora ou vamos dirigir através desses portões." Ele acenou e a equipe de Novas Espécies o cercou. Todos encararam a câmera. "Você não vai querer que isso aconteça. Isso vai nos irritar ainda mais." O zumbido foi alto quando as fechaduras desengataram. True correu tão logo abriram o suficiente para caber seu corpo totalmente. As equipes o seguiram, ficando atentamente agrupados. O pátio estava vazio, mas uma porta lateral para o grande edifício se abriu e um humano de uniforme correu para fora. Em poucos segundos outro macho humano o seguiu. Esse usava calça e camisa, e era um pouco mais velho que o guarda. "Parem aí mesmo," o humano grisalho disse. "Qual é o significado disso, Jeff?" Justice assumiu a liderança, enfrentando o macho mais baixo. 258


"Estamos sob bloqueio, Sr. North. Peço desculpas pela grosseria de Dill, mas não os esperávamos." "Por que ninguém atende o telefone e o que causou a ordem de bloqueio?" O humano permaneceu em silêncio. "Responda-lhe," Tim resmungou. O humano pareceu pouco à vontade. "Não tenho certeza. Essa ordem veio diretamente do diretor. É procedimento padrão desligar os telefones e cortar o contato com o mundo exterior." Ele bateu no bolso da frente. "Só estamos autorizados a retirar o alerta quando o diretor ligar diretamente no meu celular." True estava impaciente. "Por que seus guardas foram atrás de Jeanie?" O homem empalideceu, olhando para ele. "Hum, quem?" "Jeanie Shiver," Tim explicou. "Mandei uma ordem de busca sobre ela, mas depois cancelei. Parece que dois de seus homens entraram em Homeland sob falsos pretextos e tentaram tirá-la à força. Foi um grande erro e agora o único guarda que temos em custódia está morto e incapaz de responder às perguntas. Viemos para levar o outro sob custódia e descobrir por que eles enganaram os guardas nos portões em Homeland e saber quem os enviou." Jeff empalideceu ainda mais. "Hum, bem..." "É este o lugar onde o veículo que eles dirigiam estava estacionado," Smiley gritou do outro lado do pátio de um estacionamento vazio. "Esta área cheira aos mesmos machos humanos que estiveram em Homeland. O óleo no chão cheira a mesma van que os levaram ao Medical." "Nós enviamos uma equipe para buscar suprimentos médicos," Jeff admitiu, "e uma mulher prisioneira. Eu não sabia o nome dela. Ela não tem um arquivo com seu nome." "Por que diabos os homens mentiram para os guardas nos portões em Homeland, dizendo que tinham ido buscar apenas suprimentos médicos, mas depois entraram nos dormitórios masculinos para pegar um prisioneiro?" Tim gritou. "Eles drogaram uma Nova Espécie para prendê-la." 259


Jeff recuou alguns passos. "Eu não sabia. Eu não ordenei isso. Sou apenas o assistente do diretor." Ele ergueu as mãos em um gesto defensivo. "Recebemos ordens oficiais para imprimir documentos para o transporte de um preso de alta prioridade e para entrar em bloqueio em preparação para receber essa transferência." True rosnou, pronto para rasgar o edifício e todos dentro dele. Ele tinha jurado mantê-la segura. Ele deveria ter estado lá para protegê-la, mas tinha falhado. "Este é o macho dela e ele está muito agitado. Seus guardas tentaram tirá-la de sua casa. Um deles morreu durante a tentativa. Agora, estamos aqui pelo outro. Leve-nos até ele," Justice exigiu. "O diretor disse –" "Eu não dou uma merda para o que o diretor disse," Tim cuspiu. "Justice North te deu uma ordem. Leve-nos até o outro homem que esteve em Homeland ou nós mesmos iremos lá buscá-lo. Foi uma grande cagada. Eu pessoalmente virei aqui amanhã para avaliar como você treina essa sua maldita equipe. Vocês são um bando de idiotas. Eu cancelei o pedido de transferência dela." Jeff gaguejou. "Isso não foi culpa minha." True agarrou o macho antes que ele pudesse controlar o impulso, mas conseguiu não agitar a vida fora dele. "Onde está o humano? Pare de enrolar!" "True," Fury rosnou. "Pare." Ele soltou o humano com um empurrão e se virou para a Espécie. "Por que eles querem Jeanie? Você sabe que uma fêmea morreu aqui?" Um movimento em sua visão periférica chamou sua atenção. Trey Roberts reagiu mais rápido do que ele quando o guarda humano puxou uma arma na parte de trás da cintura e a apontou para True. O líder da equipe de força-tarefa chutou, batendo a bota no braço do homem. O guarda de Fuller gritou quando osso estalou. "PORRA!" O cara gritou. "Por que fez isso? Aí. Mãe de um filho da puta!" "Você ia matá-lo," Trey acusou. 260


"O diretor disse que ninguém deve entrar." Ele caiu de joelhos, segurando o braço ferido com a outra mão. "Meus homens não vão deixá-los entrar. Eu lhes disse para atirar se alguém tentasse." "Por que você faria isso, Dill?" Jeff o olhou boquiaberto. "Este é Justice North e a equipe de força-tarefa. Há um grupo de Novas Espécies com eles. Diga a seus homens para se retirar. Eles não podem atirar neles." O humano ferido olhou para o assistente do diretor. "Temos ordens para manter o edifício protegido. Sem ofensa, senhor, mas vai se foder." "Não houve transferência de prisioneiro de alta prioridade. Não há prisioneiro! Esta prisão pertence às Novas Espécies. O bloqueio acaba quando Justice North diz que acabou!" Jeff virou a cabeça e olhou para Tim. Parecendo abalado. "Dill está no controle dos outros guardas. Vou lhes dizer para se retirar, mas não sei se eles vão me ouvir." "Eles não vão fazer nada que você diga. Você não passa de um rato de escritório e um beijador de bunda," Dill ofegou. Depois olhou para Trey. "Você quebrou meu braço, babaca." True rosnou. "Eles não vão atirar em nós. É nossa prisão." Ele avançou para o edifício. Ia lá pegar o guarda que tinha atacado Jeanie, mesmo que tivesse que passar por cima dos humanos que trabalhavam lá para encontrá-lo. "Espere," Justice exigiu. True ignorou, aumentando o passo. "Cubram-no!" Tim gritou. A equipe da força-tarefa se espalhou atrás de True. Ele ouviu o diretor assistente emitir ordens para os guardas lá dentro se retirar. Ele chegou à porta fechada, mas estava trancada. Ele rosnou e sacudiu o punho, mas não se virou. "Afaste-se," Trey insistiu.

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Ele olhou para trás quando Trey puxou a arma e apontou para a fechadura. True se afastou. A explosão foi forte quando o macho disparou três vezes na fechadura. Ele estendeu a mão para isso, mas Trey sacudiu a cabeça. "Deixe-me ir primeiro. Estou usando um colete." Darkness abriu caminho para frente. "Eu também." Ele não pediu antes de pegar um rifle de um dos membros da força-tarefa. "Vamos juntos." Trey olhou para a arma. "Você sabe como usar isso? Eu não pensei que você já tivesse ido em uma missão." Darkness assentiu bruscamente. "Infelizmente eu sei como usá-lo. Eu nunca errei um alvo. Dei minha palavra de que assumiria a responsabilidade pela fêmea, e isso significa também garantir sua segurança recuperando o macho que tentou roubá-la." "Deveria haver mais dois guardas de plantão." Trey trocou o clipe por um novo. "Este é o protocolo, ter três guardas e um administrador em cada turno, mas quem sabe o que diabos está acontecendo. Acho que joguei o maldito livro de regras pela janela hoje." Ele fez um movimento de mão para sua equipe. "Eles vão se espalhar atrás de nós e cercar o prédio." Darkness sustentou o olhar de True. "Fique atrás de mim. Vá para o chão se acabar em uma batalha. Lembre-se de que sua fêmea espera que esteja lá quando ela acordar e você precisa estar vivo para fazer isso." True não gostou deles indo primeiro, mas a Espécie tinha razão. "Ok." "Na contagem," Trey disse. "Três, dois, um." Ele abriu a porta e correu para dentro com Darkness em seus calcanhares. True os seguiu e assim fez o resto da equipe da força-tarefa. O interior era um longo corredor que levava a uma sala onde os prisioneiros foram processados. Eles passaram por algumas portas fechadas, que eram escritórios e armários de abastecimento. As portas metálicas duplas que levavam ao interior da prisão apareceram à frente.

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Um guarda se defrontou contra eles, bloqueando o acesso às portas. Ele estava pálido e a arma tremia em sua mão. "Parem!" "Afaste-se," Trey ordenou, a arma apontada para a cabeça do humano. O guarda baixou a arma. "Não vou morrer por causa de Dill." "Quantos outros estão lá?" Darkness usou sua voz assustadora. "Apenas Paul. Ele desapareceu, dizendo que algo estava seriamente ferrado, no segundo em que percebemos que toda a equipe da força-tarefa estava aqui." Trey tomou a arma da mão do guarda. "Não brinca. O que diabos está acontecendo aqui?" "Este não é um dos machos que foi a Homeland," Smiley disse por trás deles. "Eu não o vi ainda." "Onde está o macho?" Darkness agarrou o guarda pela garganta com o aperto de uma mão e o levantou até que ele ofegava. A ponta do fuzil cavou no lado do rosto do homem. "Você tem quatro segundos antes que eu decida te estrangular ou abrir um buraco na sua cabeça. Uma dessas coisas vai acontecer se você não responder à minha satisfação." "Eu não sei," disse o guarda sufocado. "Apenas um voltou. Ele pegou o dinheiro e saiu sem explicar por que não estava com o prisioneiro. Disseram-nos para apenas lhe pagar. Ele não ficou mais do que cinco minutos. Eles foram contratados para trazer o prisioneiro aqui. Eu nem sequer sei o nome deles e nunca os vi antes." "Mas que diabos?" Trey parecia perplexo. "Eles eram subcontratados?" "Sim. Eu acho." "Aqui." Darkness baixou o homem e o empurrou para um dos membros da equipe da força-tarefa. "Vigie-o." True avançou longe do grupo e abriu as portas, olhando para as gaiolas no longo quarto. Humanos estavam trancados lá dentro. Ele seguiu em frente, olhando pelas fileiras, procurando o cheiro do macho que tinha estado em sua casa. "É você, 710?" Dean Polanitis gritou de sua cela. 263


True se virou e rosnou, olhando para o humano que lhe tinha causado tanta dor e miséria. Ele estava recostado contra as barras de sua jaula, olhando para True com um sorriso frio. "É você. Eu sabia. Você ainda está vivo. Você finalmente conseguiu colocar suas patas naquela putinha que trabalhava na Drackwood? Eu sabia que você tinha um fraco por ela," Polanitis sorriu. "Você rugia e rosnava para todo mundo, até que ela entrasse em sua cela. Então você ficava tão dócil quanto um filhote de cachorro, piscando os olhos para ela." True rosnou. "Polanitis." "Por que você não chega um pouco mais perto? Quero dar uma boa olhada em um animal vestindo um uniforme. Os brancos ficavam melhor em você." "Você fica melhor trancado em uma gaiola vestindo laranja," True respondeu. Dean Polanitis hesitou. "As coisas podem ter ficado melhores para você do que para mim, mas pelo menos eu não sou um animal." Ele riu. True fechou as mãos em garras e rosnou, porém ele virou a cabeça e obteve sua raiva sob controle. Depois olhou para cima e observou Dean Polanitis calmamente, mas não tentou ir atrás dele. "Vou te dizer a fórmula de procriação que nós finalmente descobrimos, se você me tirar daqui," Polanitis prometeu. "Mandei um email com uma cópia dela para uma conta online, quando a vendi para um fanático religioso com tesão. Ele realmente queria ter acesso a essa droga depois de ler sobre isso. Ele estava obcecado por uma droga que fosse funcionar em mulheres normais. Você pode dá-la a qualquer cadela por quem esteja atraído e elas vão te pedir para fodêlas." Ele de repente se enfureceu. "Eu planejava usá-la para mim até vir parar aqui." Darkness avançou um pouco. "Você tem a fórmula exata da droga de procriação que tem como alvo fêmeas humanas?" "Fêmeas humanas," Polanitis o imitou, bufando. "Odeio o jeito como vocês merdinhas falam. Elas são todas umas putas, não são? Eu disse a todos aqui que estava disposto a fazer um acordo para sair, mas eles não deram a mínima, porque são estúpidos demais para entender o que 264


estou oferecendo. Você sabe, no entanto, desde que provavelmente já deve tê-la tomado. Nós conseguimos regular a fórmula o suficiente para que não haja nenhuma dor para a vadia que tomá-la, mas ela fica tão excitada que vai foder com sua perna enquanto implora para ser fodida." Sua expressão mudou de raiva para algo quase jovial. "Você quer negociar, homem leão? Tirem-me daqui e vocês podem ter a fórmula. Quero perdão total e um milhão de dólares enviados para o país de minha escolha. Um sem extradição, é claro. Aposto que você quer a prova. E, como parte do acordo, quando seu químico a fizer, quero ver seu amigo animal montar a merda fora de alguma mulher, porque me irrita que ele não tenha feito quando eu quis que fizesse. Dê para aquela cadela, Shiver. Sei que você a queria e sei que ela foi a puta que dedurou nossa localização para seus babacas. Ela não está aqui, então você deve tê-la trancado em outro lugar. Quero vê-lo fodê-la até que ela sangre." "Nunca," True jurou. "Você sabe que quer aquela puta." Polanitis riu. "Você poderia pegá-la. Seu amigo homemleão poderia também. Inferno, todos os seus amigos aqui com você." Ele olhou para os membros da equipe da força-tarefa. "Ela não iria exatamente dizer não. A droga iria cuidar disso. Você deveria tê-la visto com a droga. A única razão para eu não tê-la fodido na época foi porque Brask disse que não queria correr o risco de matá-la sem um bom motivo. Sua frequência cardíaca já ficava muito alta e ele não tinha certeza se ela iria sobreviver a uma boa foda. Ele queria corrigir isso e queria que só uma Espécie a fodesse. Depois que ele encontrou a dose certa e fez com que fosse possível que ela engravidasse, ele quis fazer alguns estudos de reprodução. Ele me pediu para encontrar um animal que lhe faria de bom grado, sem tentar matá-la, quando chegou a essa etapa do projeto. Nós finalmente aperfeiçoamos nossa fórmula e começamos a dosá-la com drogas para regular seu ciclo de ovulação para que pudéssemos injetá-la, mas fomos detidos antes que isso acontecesse. Estávamos tão perto."

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Polanitis olhou para True e continuou a insultá-lo. "Você mentiu sobre ela, não é? Eu deveria tê-la enfiado em seu quarto e o soltado daquelas correntes. Você a teria fodido, certo? Apenas me diga." "Eu nunca teria feito mal a ela." "Eu sabia." Polanitis jogou a cabeça para trás e gritou em frustração. "Animais do caralho! Eu odeio todos vocês." Ele olhou para Darkness. "Faça um acordo comigo. A fórmula funciona e eu sei que vocês bastardos a querem." True ficou enojado. O homem era louco. "Eu não tenho que fazer um acordo com você," Darkness disse calmamente. "Preciso apenas passar algum tempo com você em uma sala de interrogatório." Ele olhou para Trey. "Faça isso acontecer." "Feito," Trey concordou. "Descubra para quem eles a venderam." "Isso é um dado," a Espécie respondeu. "Você não pode fazer isso!" Polanitis gritou. "Você só vai ter o que quer de mim se eu conseguir todos os meus termos cumpridos." "Vá, sua fêmea precisa de você." Darkness ordenou calmamente a True. "Vamos ficar até que eu descubra o que ele sabe." "Porra! Pare-os, Tony! Faça seu maldito trabalho ou eu vou lhes dizer o que você faz com as mulheres aqui," Polanitis se enfureceu. True parou abruptamente e olhou para Polanitis, depois o guarda. "O que você disse?" Polanitis sorriu. "Os guardas gostam de foder as mulheres presas." True rosnou e seu olhar se bloqueou com Darkness. "Os guardas devem ter trabalhado para Drackwood. Eles estupraram e mataram a última mulher presa. Eu –" "Eu tenho isso. Vá para casa ficar com sua fêmea." "Você ouviu o que ele disse?" 266


"Sim." Darkness baixou a voz. "Não tenho tolerância com machos que fazem mal a fêmeas. Permitam-me fazê-lo e aos outros sangrar. Vou fazê-los confessar todos os seus crimes." True rosnou para o guarda trêmulo, mas recuou, virou e foi pelo longo corredor entre as gaiolas, e até as portas duplas. Não parando até que arrombou uma das portas já danificadas e saiu do prédio. Justice e Tim Oberto ainda estavam conversando com Jeff. "Este lugar é infernal," True rosnou. "Os guardas mataram a última prisioneira fêmea." "O quê?" O cara humano engasgou. "Não. A porta de sua cela de alguma forma não trancou e os prisioneiros a pegaram durante o intervalo de exercícios. Os guardas estavam almoçando e não ouviram seus gritos. Eles vieram prender os homens novamente e a encontraram morta em sua cela.” "Os guardas estavam abusando dela sexualmente. Darkness vai descobrir a verdade." True se virou para Justice. "Eu gostaria de voltar à Homeland. Jeanie pode ter acordado. Quero estar ao seu lado." "Eu vou com você," Tim declarou. "Eu vou também," Fury ofereceu enquanto vinha até eles. "Quero que o diretor me ligue assim que retornar," Justice exigiu. "Que tipo de lugar é esse que ele está dirigindo? Vou ordenar uma investigação completa e enviar os membros da forçatarefa para assumir até que tudo esteja resolvido." "Concordo," Tim suspirou. "Minhas equipes no local vão ficar e vou enviar substitutos na parte da manhã para cobri-los." Ele pegou um rádio, afastando-se para informá-los de suas ordens. "Eu não tive nada a ver com isso," Jeff protestou. "Eu juro." "Polpe-me, Jeff," Justice rosnou. "Não tenho amor por ninguém trancado lá dentro depois de tudo que fizeram ao meu povo, mas eles merecem um tratamento justo. Somos melhores do que eles. Deixamos humanos a cargo de humanos porque acreditávamos que teriam compaixão. Parece que foi um erro." 267


True apenas se afastou. Ele parou em um SUV, abriu a porta, entrou e a bateu fechada. A outra porta se abriu e Fury tomou o assento ao seu lado. Justice e Tim entraram e eles voltaram para Homeland e Jeanie.

Capítulo Dezessete True ajudou Jeanie a sair do SUV quando chegaram ao dormitório. Ele calmamente agradeceu a Breeze por conduzi-los do Medical antes de fechar a porta e pegar a mão de Jeanie. Era um grande alívio por finalmente estar de volta em casa. True usou seu cartão de segurança para entrar no prédio. Eles não falaram enquanto iam no elevador até o terceiro andar. Nenhum guarda esperava no corredor dessa vez. Ela parou, olhando para o que parecia uma nova porta enquanto True a destrancava. 268


"Eles a colocaram enquanto estávamos fora, mas ainda precisa ser pintada." "Por que ela precisou ser trocada?" "Eu a chutei aberta quando não consegui entrar." Ele a puxou para dentro do apartamento e trancou a porta. "Vamos tomar banho." Ele acendeu as luzes, enquanto iam, também tirando o uniforme à medida que progrediam em direção ao quarto. Estava apenas com a calça e botas quando entraram no banheiro. Ele ligou a água e se endireitou, de frente para ela. "Estou me acasalando com você. Não é motivo de debate. Ninguém vai levá-la de mim, nunca. Já tenho a papelada sendo trazida pela manhã para tornar isso oficial. Você vai assinar." Ela ficou meio atordoada com o anúncio, mas ambos tinham acabado de passar por uma provação horrível. Realmente valia cortar toda a porcaria e se resumir a prioridades depois de um quase perder o outro. "Ok." Ele arqueou as sobrancelhas em surpresa. "Você concorda?" "Você poderia ter lavado as mãos de ser responsável pelo meu bem-estar, mas ao invés arriscou sua vida lutando por mim. Você sente mais por mim do que apenas gratidão por eu ter salvado sua vida uma vez, não é?" Ele alcançou e as mãos grandes cercaram sua cintura. "Sim." Ela estendeu as mãos e segurou a curva de seus ombros. "Você mudou minha vida, True. Acho que me apaixonei por você desde o momento em que te conheci e você falou comigo. Eu não queria que se acasalasse comigo por gratidão. Preciso que você se importe comigo tanto quanto eu por você." A boca dele caiu aberta e os braços ao redor dela se soltaram. O olhar em seus olhos lhe indicando que ele tinha ficado totalmente surpreso com sua confissão. Droga. Ele não parecia muito feliz por ela ter dito que o amava. Ele não disse nada, apenas a soltou e se afastou. Ele se despiu e simplesmente entrou no chuveiro. Ela hesitou, sem saber o que fazer. Ele finalmente virou a cabeça, a expressão impassível. "Vou terminar em um momento." 269


Não foi um convite para se juntar a ele e seus ombros caíram. Ela realmente tinha feito besteira ao confessar o quão profundo eram seus sentimentos. Ela baixou o olhar, lutando contra o desejo de fugir do banheiro, seu orgulho ferido. A porta do chuveiro se abriu e True pegou uma toalha. "Tome banho. Vou estar te esperando no quarto." Ele nem sequer parou para se secar antes de ir. Ela fechou os olhos e amaldiçoou silenciosamente. As Novas Espécies eram bem diferentes dos outros homens, mas parecia que de uma maneira eles eram iguais. Ela o assustara ao lhe dizer que o amava tão cedo. Ela esperava que ele não estivesse correndo pela porta da frente e saindo de sua vida do jeito que alguns humanos teriam feito. Ela abriu os olhos e deu um passo sob o jato de água quente, molhando o cabelo e pele. Seria embaraçoso cara-a-cara, mas pediria desculpas. Não por amá-lo, mas por despejar isso nele muito cedo. Ela poderia culpar isso por tudo que tinha passado, mas era algo que queria confessar há muito tempo. Não culparia uma noite ruim por ser muito honesta com ele. Não demorou muito para lavar os cabelos e esfregar a pele com o sabonete líquido. Sua incisão parecia totalmente curada. Jeanie desligou a água, saiu do chuveiro e se secou lentamente. Esquecera de pegar algo para vestir quando seguira True para o banheiro. O que a deixou sem outra escolha senão colocar a toalha úmida em volta do corpo e abrir a porta do banheiro. Ela entrou no quarto e suspirou. As luzes estavam apagadas, mas velas estavam acesas por todo o quarto. Uma fila delas forravam a cômoda e duas mesinhas de cabeceira. Era um cenário romântico que ela nunca tinha esperado. True estava aos pés da cama no centro do quarto, ainda usando apenas uma toalha. Ele sorriu quando ela olhou para seu rosto. "O que é tudo isso?" "Estamos comemorando."

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Ela não sabia o que dizer. Ele se aproximou, fazendo aquela coisa totalmente animal que era meio sexy quando ele a olhava com os lábios entreabertos e exibia seus dentes afiados. O olhar em seus olhos era definitivamente predatória, mas de um jeito bom. Ela ainda estava confusa, mas muito consciente de seu apelo sexual. Ele parou diante dela e estendeu a mão para o topo de sua toalha. Ela olhou para baixo quando ele a tirou e jogou de lado. "O que está fazendo?" Ela não tentou se cobrir, atordoada demais para fazer qualquer coisa além de olhar para ele. "Estou indo acasalá-la." Ele soltou a toalha. "Estar completamente nua é a melhor maneira de fazer isso." "Você acendeu todas essas velas..." Ela olhou para elas, depois de volta para ele. "Eu queria que fosse especial." "Toda vez que estamos nus em um quarto juntos é especial para mim." True sorriu enquanto tomava suas mãos na dele, recuando em direção à cama, levando-a com ele. "Fico feliz que concorde com isso." Ele parou e a soltou. "Suba na cama." Ela subiu no colchão e se virou, olhando-o fazer o mesmo. Seu corpo muito maior fez a cama afundar e ela riu quando uma mão agarrou sua cintura. Ele gentilmente a empurrou para que ela rolasse de costas. Ela sorriu quando ele subiu sobre seu corpo para imobilizá-la debaixo dele, tendo o cuidado com seu lado. Seus olhares se encontraram. "Estou machucando sua ferida?" "Não. Eu mal a sinto agora. Essa droga que me deram é incrível." "Você é minha companheira," ele sussurrou. "Eu sou sua," ela concordou suavemente. Ele usou os cotovelos para manter seu peso superior de esmagá-la. Um dos dedos traçaram sua mandíbula, de sua orelha até o queixo. Seu olhar procurou o dela por um longo momento. Então ele baixou lentamente o rosto, como se não pudesse esperar nem mais um momento para se conectar com ela. 271


Ela fechou os olhos e abriu os lábios em antecipação do beijo. A paixão que ele colocou nisso se nivelando com a de Jeanie. Ele era o oxigênio do qual ela estava faminta, seu corpo se inflamou de desejo por ele, tudo nela se apertando com a necessidade de tê-lo dentro dela. Ela gemeu e abriu as coxas, envolvendo as pernas em sua cintura para incitá-lo a penetrá-la. Ela mexeu e torceu os quadris quando o desejo de ser tomada se transformou em uma necessidade quase dolorosa. O homem podia deixá-la doendo com apenas a boca na dela. True quebrou o beijo e levantou a cabeça. "Diga que me ama." Ela abriu os olhos e olhou para ele, atordoada que ele tivesse parado, como também com o que ele tinha dito. "O quê?" Ele rosnou. "Foi assim que pensei que ouviria essas palavras pela primeira vez de você. Diga-as para mim de novo, Jeanie." Ele sempre a surpreendia. "Você não está chateado com o que eu disse no banheiro? Não é muito cedo?" "Chateado?" Ele parecia confuso. "Nunca. Quero que você diga novamente. Agora." "Eu estou apaixonada por você, True." Ele não retribuiu as palavras, ao invés tomou sua boca. O beijo disse mais do que palavras poderiam quando ele usou o corpo para lhe mostrar seus sentimentos. Ele moveu os quadris – mostrando claramente que estava tão ansioso quanto ela. Ela gemeu contra sua língua quando ele pressionou o pênis na entrada de sua boceta e se empurrou para dentro. Ele não foi tão gentil quanto da última vez. A paixão cem vezes maior depois de quase perderem um ao outro. True martelou dentro e fora dela, levando-a selvagem com o quão incrível era. Ela rasgou a boca longe, com medo de mordê-lo, e cravou as unhas em sua pele, agarrando-o com mais força. Os sons que ele fazia só a excitavam ainda mais quando seus grunhidos encheram o quarto. Ela enrolou as pernas mais altas em sua cintura, perdida nas sensações enquanto tentava encontrá-lo impulso com impulso. Havia um elemento frenético em seu ato sexual, mas Jeanie não 272


se importou. Ela estava lá com ele. Ela sentiu o corpo enrijecer, o estômago apertar, e então ela gritou quando gozou. True rosnou, os dentes mordiscando o lado de seu pescoço quando ele enterrou o rosto no dela. Ele gemeu alto, sacudindo sobre ela enquanto jato após jato de sêmen quente disparava profundamente dentro dela, quando ele gozou. Ele desacelerou quando o pênis inchou, trancando-os juntos. "Jeanie," ele murmurou. Ela esfregou suas costas antes de correr os dedos por seu cabelo, brincando com os fios sedosos. Ele estava pesado em cima dela, mas ela gostava de seu peso a imobilizando na cama. Ela quase pensou que ele tivesse adormecido, mas ele finalmente levantou a cabeça de seu pescoço e apoiou o peso superior do corpo nos braços. Seus olhares se encontraram. "Eu te pertenço tanto quanto você me pertence. Sempre vou te proteger e cuidar de você. Eu quase te perdi de novo. Você não tem ideia de como teria me destruído se esses homens a tivessem levado de mim. Farei tudo ao meu alcance para fazê-la feliz." Ela acreditou nele. "Eu sei. Vou tentar ser a melhor companheira, fazendo você feliz. Vou cuidar de você também." Ele sorriu enquanto afastava sua franja com o dedo e o arrastava pelo lado de seu rosto. "Você está em algum tipo de controle de natalidade?" "Eu tomo injeção, é claro. Fazia parte do posto para todas as mulheres que trabalhavam com as Novas Espécies. O olfato das Novas Espécies pode pegar uma mulher em seu período e alguns dos machos ficariam agitados ou excessivamente agressivos se a equipe circulasse por lá nessa época do mês. Tanto Drackwood quanto Cornas distribuía a injeção para todas as mulheres na equipe." Ela não se importava de ter uma conversa com ele sobre sua menstruação. "Você cheirou alguma mudança em mim? Devo ficar bem por mais um mês antes de estar programada para a próxima injeção, mas estive sob um monte de estresse recentemente. Já ouvi que as mulheres

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podem começar a sangrar, apesar da injeção, se sofrem algum tipo de trauma emocional. Eu considero tudo o que aconteceu recentemente uma montanha russa de stress." "O cruzamento funciona entre machos Espécies e fêmeas humanas. Há uma chance de que eu possa engravidá-la, se você não tomar a injeção, mas tenho uma baixa contagem de espermatozóides. A Dra. Trisha disse que há coisas que eu poderia fazer para ajudar com isso, se um dia eu encontrasse uma companheira." Foi bom que ela estivesse deitada de costas. A notícia a teria nocauteado. "Sério?" "Sim. Essa informação é altamente confidencial, mas você é minha companheira agora. Nossos médicos estão trabalhando para conseguir que nossas fêmeas possam conceber também, mas até agora só nossos machos podem continuar nossa raça." "Por que as mulheres não podem conceber?" "Eles ainda estão tentando descobrir isso." A ideia de ter um bebê com True nunca tinha passado por sua mente, mas a imagem de uma menina ou um menino com seus olhos e aquele cabelo bonito de repente veio à tona. Seus filhos seriam adoráveis. "Eu sempre quis ter filhos um dia." Ele sorriu. "Bom. Eu não espero que você queira tentar ter filhos de imediato, mas eu gostaria de tê-los em algum momento de nosso futuro. Você pensaria sobre isso?" "Uma menina e um menino seria ótimo." O sorriso dele desapareceu. "Eles só serão machos." "É impossível você saber disso." "Eu sei." Ele a encarou por um momento antes de continuar. "Alguns dos casais acasalados tiveram filhos. Todos foram machos e os médicos estão certos de que é por causa de nossa genética alterada. Nós só podemos criar o que somos. Eles vão parecer comigo, em vez de você." Um toque de tristeza encheu seus olhos. "Eu gostaria de ter uma pequena fêmea que lembra você, mas isso não vai acontecer. Eles serão machos com os meus traços."

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Ela tentou adivinhar o que ele deixou de fora. "Você quer dizer que seu DNA modificado é codificado para dominar o processo de atribuição dos genes no momento em que o óvulo é fertilizado?" Ombros largos se encolheram. "Você pode discutir o assunto com alguém no Medical para obter uma compreensão técnica. Como companheira eles lhe dariam livremente essa informação. Tudo que sei é que os machos só fazem bebês machos que se assemelham muito com eles em todos os sentidos, até às suas características específicas. A gravidez também é mais rápida do que a de uma humana normal." Sim, coisa boa eu estar deitada. "O que exatamente isso significa?" "As humanas ficam grávidas durante nove meses, mas companheiras dão à luz em cinco meses." Não deveria ter sido uma grande surpresa. Novas Espécies eram compostas com DNA humano e animal. True era misturado com DNA canino. A gravidez canina durava cerca de nove semanas, se lembrava corretamente. Elefantes ficam grávidas quase dois anos. "Fico tão feliz por você ser canino." Ele inclinou a cabeça, perplexo. "Não importa. Piadinha particular." "Você quer compartilhar?" "Eu apenas... Acho que é ótimo que eu possa ter um bebê tão rápido. Existem complicações decorrentes da gestação acelerada?" "Eles nasceram saudáveis e as companheiras ficaram bem." Ele continuou traçando suas características faciais e cabelo com o dedo. "Devemos passar algum tempo nos conhecendo melhor primeiro, mas eu gostaria de ter um filho com você." Jeanie deixou tudo afundar. "Eu gostaria de ter uma família com você um dia, True." "Bom." Ela sorriu. "Vou lhe dar meia dúzia, se isso te faz feliz. Eu adoraria ter filhos." 275


True sorriu. "Meia dúzia?" Ela riu. "Ok. Talvez seja muito, mas depois do sexo que acabamos de ter estou me sentindo generosa onde te diz respeito." True riu. "Eu adoraria ter seis filhos com você. Meia dúzia parece bom para mim." Ele segurou seu rosto e deu um beijo rápido em sua boca. "Eu teria certeza de que você nunca engravidasse, se fosse perigoso. Não vou arriscar sua vida, Jeanie. Você é tudo para mim." Não era uma declaração de amor, mas True dizer que ela era tudo para ele já estava muito bom. "Você realmente mudou minha vida, sabe." "Como?" Ela tentou pensar nas palavras certas. "Eu me senti atraída por você desde o momento em que nos conhecemos. Eu pensava em você o tempo todo e nunca parei, mesmo depois que você foram liberados de Drackwood." "Eu me senti atraído desde o início também. Você era tão doce e seu sorriso derretia a frieza em meu coração." Ele sorriu. "E você cheirava tão bom que eu queria tirar sua roupa e investigar cada perfume." Ela riu. "Eu costumava bagunçar algumas das amostras de sangue quando tirava o seu para que eles tivessem que me mandar de volta. Sinto muito. Sentia-me culpada quando tinha que tirar mais sangue, mas isso me dava a chance de vê-lo novamente." Ele não parecia bravo. "Você me tocava e chegava perto o suficiente para eu sentir seu cheiro maravilhoso. Valeu a pena uma pequena picada e um pouco de derramamento de sangue." "Eu parava o que estava fazendo e ia vê-lo cada vez que te levavam lá fora para treinamento na área norte. Eu odiava os testes de resistência quando batiam em você. Eu chorava." Ele mudou de posição, movendo-os de lado, ainda de frente um pro outro. Ela odiou a perda da conexão quando ele retirou lentamente o pênis. O inchaço havia se dissipado. "Eu odiava os testes de resistência também."

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Ela debateu lhe dizer mais, mas decidiu ser honesta. "Eu gostei da vez que você quebrou a perna de um imbecil. Você quebrou seu joelho quando chutou. Eu o ouvi gritar todo o caminho do meu escritório. Ele chorou no ambulatório enquanto eles ajustavam sua perna. Eu fui até lá, fingindo estar atualizando os resultados dos testes apenas para poder vê-lo sofrer." True riu. "Ele chorou? Ele era cruel. Gostava de me bater muito. Eu gostei, também, quando quebrei sua perna. Ele chegou muito perto e eu estava esperando uma oportunidade para fazer algum dano." "Eu só queria te libertar." Ele se inclinou mais perto, estudando seu rosto. "Por que você não tentou me encontrar depois que fui levado para a NSO?" "Disseram-me que você não queria me ver. O Agente Brice jurou que te entregou minha mensagem. Agora percebo que ele mentiu sobre isso. Ele mentiu sobre tudo e eu acreditei nele." Confusão nublou os traços de True. "Que mensagem?" Jeanie franziu o cenho. "Fiquei tão preocupada com você depois do ataque que disse ao Agente Brice que planejava ir até a New Species Homeland para ter certeza de que você tinha chegado em segurança. Ele me disse que seria muito perigoso e que providenciaria uma maneira mais segura de eu vê-lo, por causa de todos os manifestantes nos portãos. No dia seguinte ele me mandou uma mensagem com algumas fotos de você usando jeans. Você estava do lado de fora em Homeland. Ele disse que estava me enviando a prova de que você estava realmente vivo e bem, mas que você lhe disse que não queria nada comigo." O tom de True foi duro. "Ele mentiu. Eu quero encontrar esse idiota. Ninguém nunca mencionou seu nome para mim ou me deu uma mensagem." Ele se acalmou um pouco, mas ainda parecia irritado. "Ele tinha fotos de mim ao ar livre, de jeans?" Ela assentiu. "Parecia que você estava em algum tipo de parque. Você estava descalço, usando jeans e uma camiseta preta, de pé ao lado de uma loira Nova Espécie um pouco mais baixa

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que você e havia um monte de grama e árvores no fundo. Você estava sorrindo e parecia feliz. Foi três dias depois que Drackwood foi invadida." Um rosnado soou do fundo de sua garganta. "Quem é este humano? Fomos levados para a Reservation primeiro. Essa foto deve ter sido tirada lá. Como ele conseguiu isso? É altamente seguro lá. Ele tem acesso a informações da linha direta aqui em Homeland e teve acesso ao tirar fotos de mim na Reservation." "E ele é um grande e gordo mentiroso e um idiota cruel, pois poderia ter obtido ajuda para seu povo um inferno de muito mais rápido do que ele me levou a acreditar. Ele ficava me dizendo que eu não tinha provas suficientes. Eu sempre precisava de mais." True rolou de repente, prendendo Jeanie de costas, com ele pairando acima dela novamente. "Quando encontrarmos este Agente Brice eu vou matá-lo com minhas próprias mãos depois de meu povo obter as informações dele que eles precisam." Ele olhou para ela, sua raiva aparente. "Por que você deixou que eles te drogassem para me salvar? Deve ter sido difícil. Foi-me dada a droga de reprodução uma vez. Foi uma das piores dores que já experimentei." "Eu te amo. Eu não podia deixá-lo morrer. Polanitis disse que você seria poupado se eu concordasse em tomar os medicamentos e os deixasse testar o quanto elas me afetariam." "Como aquele monstro descobriu que você tinha sentimentos por mim?" "Ele colocou uma câmera escondida em meu escritório. Eu parava de trabalhar cada vez que o levavam para a área norte e eu te disse que chorava às vezes. Era um verdadeiro inferno vêlo se machucar para seus experimentos. Eu sabia quantas vidas isso poderia salvar, mas..." Emoção a sufocou ao lembrar todo sofrimento que ele suportou. "Não valia a pena. Rasgava-me em pedaços observá-los te machucar." True acariciou seu rosto com o dele. "Você sofreu quando testaram as drogas também." Ela roçou os dedos sobre os dele, esfregando onde podia tocar sua pele, que sempre era mais quente que a dela. "Isso não importa mais. Tudo que importa é que nós dois estamos vivos e juntos aqui." 278


"Você tomou a dor por mim." Sua voz se aprofundou. "Você sofreu para que eu pudesse viver. Eu nunca pensei que alguém pudesse me amar, Jeanie. Vou te dar tanto prazer quanto possível para apagar as memórias da dor, se você me permitir." "Eu te amo, True." Ela segurou seu rosto e olhou em seus olhos. "O passado não importa. Um futuro com você mais do que compensa isso." True beijou seu nariz. "Estou tão feliz que você é minha companheira." Ela sorriu para ele. "Eu também, True." Ele tomou posse de sua boca, beijando-a profundamente. Uma mão abaixou enquanto ele se movia sobre ela, uma grande palma rodeou seu seio e o polegar circulou o mamilo tenso. Ela arqueou as costas para pressionar mais firmemente contra ele enquanto ajustava as pernas para envolvê-las em torno de suas coxas. Ela o queria novamente, mesmo que tivessem acabado de fazer amor. Ela nunca se cansava de True. A campainha tocou. True rosnou quando parou de beijá-la. "Devemos ignorar isso." A campainha tocou de novo e alguém bateu com força algumas vezes, usando o punho. "Parece importante. Você sabe o que aconteceu da última vez." "Você está certa. Fique aqui." Ela estava relutante em deixá-lo ir quando abriu as pernas e soltou os tornozelos da parte de trás de suas coxas. Ele se levantou, virou e deslizou pela beirada da cama. Ela se virou de lado, sorrindo ao ver seu companheiro excitado e muito nu. O olhar aquecido que ele lhe deu mostrou o quanto ele odiava sair, mas então ele se virou, indo em direção à porta. "Uh, True?" Ele se virou e olhou para ela. "O quê?" "Por mais que eu adoro te ver nu, você pode querer colocar algo antes de atender a porta." Ele sorriu. "Você adora me ver nu?" O olhar dela viajou lentamente pelo longo comprimento de seu corpo. "Oh, sim."

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Ele foi até a cômoda quando a campainha tocou novamente. Puxou rapidamente um moletom e lhe deu um breve olhar antes de sair do quarto. "Não se vista," ele gritou. "Eu já volto." "Rápido," ela pediu, puxando o lençol já que ele tinha deixado a porta do quarto aberta. Ela se cobriu, caso quem estivesse na porta precissasse entrar. Ela realmente esperava que não fosse uma má notícia. Um olhar no relógio lhe assegurou de que tinha que ser algo importante para alguém aparecer no meio da noite.

*****

True destrancou a porta e a abriu. Rosnando e mostrando os dentes quando olhou para Jinx. "O que você quer?" O nariz de Jinx enrugou quando ele inalou. "Interrompi você compartilhar sexo com Shiver." Ciúme sobre o interesse do macho ainda queimava. "Ela é minha companheira. E sim, você interrompeu. O que você quer?" "Calma. Eu sei que ela é sua. Ela concordou em acasalar com você?" "Sim." "Vocês já assinaram os papéis?" "Ainda não, mas pretendo ligar para eles serem impressos na parte da manhã, depois vamos assinar." "Fico feliz." O macho não refletia nenhuma alegria em seu rosto. "O que você quer? Está tarde. Minha companheira precisa dormir." "Todos sabemos o que aconteceu e estamos acordados desde que os machos humanos tentaram levá-la." Ele fez uma pausa. "Nós nos reunimos novamente na biblioteca enquanto

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esperávamos notícias de seu estado. Ficamos muito felizes ao saber que todas as drogas deixaram seu sistema." "Eu também. Você veio fazer ameaças, porque eu não estava aqui para protegê-la? Eu não preciso de um lembrete." Sentimentos de culpa subiram à superfície. "Eu acreditava que ela estava segura ou nunca teria saído do seu lado. Tenha a certeza de que não vai acontecer de novo." O outro macho fez uma careta. "Não se culpe, True. Estamos todos chocados que ela tenha sido atacada. Foi corajoso dos humanos se infiltrar no dormitório e nós só agora descobrimos como eles entraram. No início, acreditávamos que eles tivessem quebrado o lacre em uma janela no primeiro andar, mas nenhum dano foi descoberto. Foram os registros do computador que arquiva todas as entradas no edifício que provaram que eles usaram um cartão de segurança para entrar pela porta de trás que é usada para a entrega de alimentos e de abastecimento." True rosnou. "Somente as Espécies têm acesso ao dormitório." "E alguns da equipe da força-tarefa também têm, nós descobrimos," Jinx sussurrou. "Sabe o que isso significa?" Seus ombros caíram quando as informações se assentaram em sua mente atordoada. Não era uma boa notícia, desde que ele gostava dos membros com quem trabalhava. "Sim. Conheço a maioria deles." "Nós os consideramos amigos, mas eles são suspeitos. Achei que você deveria saber imediatamente. Não confie neles quando se tratar de sua companheira. O cartão usado foi um antigo emitido para a força-tarefa quando eles administravam as coisas aqui. Não foi desativado por algum motivo, quando nós assumimos a segurança interna. Não há como saber quem usou, uma vez que era um cartão de segurança geral e não foi atribuído a um indivíduo." "Droga." True estendeu a mão e correu os dedos pelo cabelo em frustração. "Já foi desativado ou eles ainda podem ter acesso aos dormitórios?" "Luna está checando isso. Ela está no centro de controle agora, repassando os sistemas de computador para encontrar outras irregularidades e erros em nossas medidas de segurança. Ela 281


está certificando de que apenas os cartões das Espécie funcionem nos dormitórios e fazendo uma dupla verificação para ter certeza de que o controle é seguro. O único humano com acesso é Jessie, a companheira de Justice. Sabemos que podemos confiar nela." Ele concordou. "É o mesmo cartão que Tim usou para interrompeu nossa reunião?" "Não. Um macho lhe permitiu entrar. Isso não vai acontecer novamente. Todos que vivem nos dormitórios já sabem que não devem permitir que nenhum humano entre enquanto sua companheira estiver em perigo, até mesmo os machos que vierem como convidados durante a noite." Ele fez uma pausa. "Ela ainda está em perigo. Você percebe isso, não é? Acho que é suspeito devido ela estar indo ver os registros de fotos do pessoal humano em Homeland e eles tentaram roubá-la antes que isso pudesse acontecer." True tinha estado muito preocupado com o bem-estar de Jeanie depois de seu trauma para realmente dar muita atenção a qualquer outra coisa. "Merda." "Essa é uma boa notícia." Ele rosnou para Jinx. "Como você pode dizer isso?" "Eles devem temer que ela vai encontrar algo e aquele que finge ser o agente tem que estar em nossos registros." "Você acha que é um membro da equipe da força-tarefa?" "Nós achamos. Isso bate. Eles sabiam como obter as informações dela quando ela primeiro contatou Homeland sobre Drackwood e mesmo quando íamos atacar os locais onde as Espécies estavam sendo mantidas. Dois machos vieram esta noite para roubá-la. Ela reconheceu algum deles como o humano que mentiu para ela?" "Não. Ela teria me dito." "Então, estamos procurando por dois humanos envolvidos – o suposto agente e o macho sobrevivente cúmplice que veio atrás dela." True tentou ser racional, mas era difícil com seu temperamento em ebulição.

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"Os guardas interrogados em Fuller são corruptos. Darkness ligou para nos informar que eles admitiram terem aceitado subornos de alguns dos prisioneiros. Eles nunca ousaram permitir que nenhum deles escapasse por medo de que fossem partilhar a localização com alguém do mundo exterior. Eles não estavam apenas com medo de que alguém fosse soltar os prisioneiros, estavam com medo de serem mortos em retaliação a todos os abusos que esbanjaram com eles. Deram a alguns deles comida extra e contrabandearam artigos de luxo ilegais para usarem como dinheiro. Darkness não conseguiu interrogar todos os guardas ainda, desde que nem todos estavam de plantão, mas eles têm interação com os membros da equipe da força-tarefa em uma base regular. Sua teoria é de que não era apenas dinheiro que trocavam de mãos. Os guardas podem ter negociado para obter informações com os prisioneiros e depois compartilhado o que descobriram com esse que finge ser o agente. Foi assim que ele pode ter ficado sabendo sobre outros locais onde as Espécies estavam sendo mantidas." "Foi assim que ele soube a localização de Cornas Research, para onde enviou Jeanie," True supôs. "É o que Darkness suspeita." "E quanto a Polanitis? Darkness canseguiu obter as informações dele?" Jinx balançou a cabeça. "Ainda não. O humano é maluco e bateu a cabeça contra as grades até que causou uma concussão feia. Ele está no centro médico da prisão, sendo tratado por essa lesão. Eles acreditam que ele vai se curar, mas ele fez isso de propósito, para se safar de ser questionado. Ele temia muito Darkness." "Odeio aquele macho humano," True grunhiu, desejando sua morte. Ele olhou para o corredor. "Quero um oficial guardando a porta de novo." "Já foi feito. Eu lhes pedi para se afastarem para falar com você em particular. Há dois agora. Jericho se ofereceu, assim como Flame."

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"Ótimo." Ele tinha certeza de que poderia proteger Jeanie, mas queria ajuda, recusando-se a permitir que seu orgulho afetasse seu julgamento e ignorar o fato de que as chances de mantê-la segura era melhor com reforço. "Eu também vim perguntar se você quer levar sua companheira até a Security para ver esses arquivos agora. Quanto mais esperarmos, maior será o risco de fazerem outra tentativa de impedi-la. Tim não estava nessa reunião quando falamos de nosso plano, mas outras Espécies estavam. Eles estiveram com ele no jantar, e eu não tenho certeza do que ele pode ter ouvido no bar, se eles discutiram esses planos." True cerrou os dentes enquanto dava um aceno forte de cabeça. Ele estava furioso. "É melhor não ser Tim." "Sua filha é Espécie e assim é seu neto. Ele é um humano que eu confio, mas pode ter mencionado o que ouviu para um dos membros de sua equipe sobre sua companheira estar planejando ver fotos dos rostos desses funcionários. Ele pode ter feito algumas chamadas para os membros de sua equipe para atualizá-los sobre o que estava acontecendo aqui, depois que voltou para o escritório." "Dê-me dez minutos e você pode me ajudar a levá-la até a Security. Você disse que Luna está no controle?" "Ela já está preparando os registros de empregados para visualização e vai incluir todos que trabalham na força-tarefa." "Vamos nos vestir rápido, mas preciso de alguns minutos para que ela saiba o que está acontecendo. Dez minutos," True repetiu, fechando e trancando a porta. Jeanie se sentou na cama com o lençol cobrindo seus seios. A visão dela era tentadora, mas sua vida estava em perigo. A necessidade de montá-la teria que esperar. Ele se empoleirou na beirada da cama e pegou sua mão.

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"Era Jinx." Ele odiava lhe dar mais motivos para ter medo, mas ela precisava saber o que estava acontecendo. Ele rapidamente lhe deu um resumo do que havia sido dito e esperou que ela respondesse. "Merda," ela sussurrou, apertando os dedos com força. "Essa foi minha resposta também." "Você trabalha com eles." Ela pareceu preocupada ao olhá-lo. "Talvez não seja alguém da equipe da força-tarefa." "É provável que seja. Faz todo sentido com o acesso que tiveram para realizar tudo isso." "Sinto muito, True. Você os considera amigos e eu não quero que você se machuque se um deles traiu sua confiança." "A única pessoa em perigo de ser ferido é o macho ou machos responsáveis." Irritava-o que alguém tivesse usado Jeanie, mas seria ainda pior que pudesse ser alguém de confiança da NSO. "Temos que nos vestir e você precisa ver esses arquivos." "Você acha que eles vão fazer mais uma tentativa de me pegar?" "É possível. Um dos machos responsáveis por levá-la de nossa casa ainda está foragido e o humano fingindo ser um agente ainda é desconhecido. Eles provaram sua capacidade de ter acesso à Homeland. Você estará bem guardada de agora em diante, Jeanie. Não vou deixá-la sozinha novamente. Sinto muito sobre isso." "Você deveria poder sair para uma corrida sem medo de que algo aconteça comigo. Não se desculpe." "Eu deveria ter estado aqui." Ele se arrependeria disso enquanto vivesse. Os humanos simplesmente poderiam tê-la matado. Ele não mencionou isso, mas o pensamento doloroso não deixaria sua mente. "Não temos tempo para tomar banho?" O sorriso dela parecia forçado. "Eu ainda estou um pouco suada do sexo quente que compartilhamos."

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Sua tentativa de humor falhou. Ele gostou, mas estava preocupado demais com os machos lá fora podendo lhe fazer mal. "Não temos. Eu disse a Jinx que estaríamos prontos para ir em dez minutos e temos cerca de dois restando." "Ok." Ela soltou sua mão. "Vamos lá, então."

Capítulo Dezoito Jeanie se manteve perto de True e agarrada firmemente à sua mão quando saíram do dormitório. Três guardas Novas Espécies os cercando se mantinham alertas para quaisquer sinais 286


de problemas. Ela notou que Jinx tinha a mão em sua arma enquanto seu olhar disparava em todas as direções, à procura de qualquer sinal de perigo. Ela olhou para True, vendo a mesma prudência nele. Eles estavam preocupados. Breeze estava sentada em um jipe do lado de fora do edifício com o motor ligado. Jeanie sorriu para a mulher, feliz em vê-la novamente. Ela estivera presente no Medical, contando piadas para aliviar a tensão após True retornar de Fuller. "Fiz algumas chamadas," Breeze anunciou. "Alguns de nossos machos estão postados nos telhados com rifles de precisão para o caso de toparmos com algum problema no caminho. Eles vão ficar de olho em nós toda a viagem." True rosnou e soltou sua mão para colocar o braço em volta de sua cintura. Puxando-a para mais perto até que ela se sentiu como se tivesse se tornado uma parte de seu lado. Estava escuro lá fora, a madrugada ainda horas de distância, e um vento frio soprou seu cabelo em seu rosto. Seu companheiro apenas se levantou quando chegou no lado do passageiro, que tinha a porta removida, e ela acabou sentada em seu colo. Ele a rodeou com os braços, mantendo-a muito perto. As outras duas espécies ficaram no banco traseiro. "Você acha que isso é necessário?" Ela realmente esperava que não, quando inclinou a cabeça para a frente o suficiente para olhar a motorista. "Acho." Breeze sorriu. "Estou paranóica embora. Eu realmente amo assistir filmes humanos e em um deles eu vi um grupo de mocinhos serem atacados no caminho para a delegacia enquanto escoltavam uma testemunha. Acho que os bandidos podem tê-los assistido também, assim como eu, e imitar essa reviravolta da história. Agora temos atiradores no local para disparar a merda fora deles, se tentarem criar um obstáculo." "Não a assuste," True ordenou. Jeanie teve a reação oposta. Ela riu, divertida. True estendeu a mão e agarrou seu queixo, forçando-a a olhar para sua expressão sombria. "Isso não é engraçado." 287


"Não é," ela concordou e suspirou. "É só que eu realmente gosto dela." "Eu gosto de você também," Breeze disse alegremente. "Segure-se. Pode ficar difícil. Não estou seguindo o caminho que eles vão esperar. Eu sempre quis fazer isso." Jeanie agarrou a barra acima de sua cabeça. True soltou seu queixo, mas o outro braço apertou em volta de sua cintura – sendo seu cinto de segurança. O Jeep arrancou rápido e de repente desviou para o outro lado da estrada e saltou o meio-fio. Quase a atirando do colo de True, mas ele continuava segurando-a quando as rodas pousaram na grama. "Você está dirigindo através do parque?" Jericho amaldiçoou. "Sim", Breeze riu. "Brilhante, não? Eles vão pensar que vamos usar as estradas, mas não vamos. Nossos rapazes podem nos ver de cima dos telhados, então estamos cobertos." "Você poderia ligar os faróis?" Jinx enfiou a cabeça entre os assentos da parte de trás. "Assim você não esbarra em uma árvore. Você está vendo aquela direto em nosso caminho?" Breeze virou o volante, enviando o Jeep para a direita antes de endireitá-lo. "Eu vejo. Não sou cega, e não, eu não vou ligar os faróis. Os humanos não têm nossa visão noturna. O objetivo é chegar lá sem que eles saibam onde estamos. Agora cale-se e aguente firme. Vou estar lá antes –" "Os arbustos!" Flame gritou. "Eu estou vendo." Breeze desviou para a esquerda. "Isso não é divertido?" "Não," True grunhiu, "não é." "Desmancha-prazeres." Breeze riu. "E sim, eu estou vendo o lago." Ela virou o volante. "Não vamos dar um mergulho." Jeanie fechou os olhos e se virou para True, grata que não podia ver nada na escuridão. O Jeep acelerado sacudia e balançava sobre o terreno irregular, o vento frio contra sua pele, mas ela se sentia segura, apesar de tudo. "Segurem. Estamos deixando o gramado para a estrada," Breeze avisou. "Lembre-me de dirigir da próxima vez," Jinx resmungou. "Desacelere!" "Você perdeu seu novelos, gatinho?" Breeze riu. "Isso é divertido!" 288


A sensação de estar no ar só durou um ou dois segundos antes das rodas desembarcarem no pavimento duro novamente. True a almofadou quando foram meio que jogados para o ar antes de baterem contra o assento. Ele rosnou. "Droga, Breeze. Minha companheira não precisa se assustar ainda mais." "Você não está preocupada em ser baleada, está Jeanie?" "Definitivamente não," ela concordou, mais preocupada que eles fossem envolvidos em um acidente de carro. "Tá vendo?" Breeze riu. "Eu sabia que isso ia distraí-la. Ok, freada. Preparem-se!" True rosnou novamente e seu corpo ficou tenso. As rodas chiaram em protesto quando o jipe parou demasiadamente rápido. "Sãos e salvos." Breeze desligou o motor. Jeanie abriu os olhos quando levantou o rosto do peito de True e olhou ao redor. Estavam em uma área bem iluminada, estacionados perto do meio-fio em frente a um prédio térreo. Duas Novas Espécies de uniformes estavam lá com armas em punho, mas as guardaram e fizeram uma careta. "Você é uma ameaça, Breeze," um deles acusou. "Eu também te amo, menino toga." Ele rosnou. "Eu já te disse para parar de me chamar assim!" "Seja bonzinho ou vou entrar para dizer um olá a sua companheira. Senti falta de Beauty enquanto vocês estavam na Reservation. Tenho certeza de que posso encontrar uma bandeira em algum lugar por aí e lhe dizer o quão romântico é reviver momentos memoráveis ao reencená-los e como capturá-los em uma câmera é realmente incrível." "Você não ousaria. Eu não vou posar para fotos." Breeze desceu do veículo e bufou. "Você vai fazer se sua companheira pedir. Lembre-se disso, menino toga." True ergueu Jeanie do jipe e a colocou de pé. Ela o olhou. "Do que eles estão falando?" 289


"Não quero saber e você também não," ele respondeu. Ele apertou sua mão. "Vamos entrar antes que eles comecem a brigar." Ela olhou para a alta mulher Espécie enfrentando o ainda mais alto homem Espécie enquanto True a levava em direção ao edifício. "Talvez devêssemos ficar por perto para garantir que isso não se transforme em violência. Ele parece do tipo malvado." True riu. "Eles são como irmãos. Além disso, Breeze pode lidar com qualquer macho em uma briga e isso seria apenas para brincar. Sinta simpatia por Shadow. Ela nunca faz ameaças a menos que esteja disposta a cumpri-las." Jeanie olhou com olhos arregalados quando outra Nova Espécie usou o cartão para passar no leitor e socou os número para abrir uma porta de aço. Ela ficou espantada com a quantidade de segurança que eles usavam. O interior era uma sala grande com um monte de computadores. Mais três Novas Espécies trabalhavam lá dentro, uma delas Luna. Ela se levantou e sorriu, acenandolhes para sua estação. "Estou com tudo pronto para você olhar os registros, Jeanie. Estes são os arquivos dos funcionários de Homeland e todos têm fotos. Sente-se." Jeanie soltou True e sentou. Luna se inclinou sobre ela e digitou comandos no teclado. "Obrigada." "Tirei todos os humanos fêmeas. Basta clicar no botão de seta para ir para o próximo registro. Sinto muito, mas há um monte deles. Homeland era totalmente dirigida por humanos e foi construída por eles, de forma que há muitos machos para você olhar. Vai levar algum tempo." Luna sorriu encorajadora. "Vou estar bem ali." Ela apontou para outra mesa, antes de indicar que True deveria tomar o assento ao lado de Jeanie. "Este é para você. Eu sabia que iria querer ficar ao lado dela." True sentou e se aproximou. "Espero que encontremos os bastardos." "Eu também."

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Jinx e os outros machos Novas Espécies que vieram com eles pairavam perto do fundo da sala. Jeanie voltou toda sua atenção para a tela para olhar o primeiro arquivo de funcionários. Tinha o nome da pessoa, cargo, uma foto, e um monte de outras informações com opções para clique. Ela estudou o rosto e apertou o botão de seta. Não era o Agente Brice ou o homem loiro que tinha ido atrás dela no apartamento de True. Ela tinha que lembrar que as cores de cabelo poderiam ter sido alteradas e ter em mente que eles poderiam ter um aspecto diferente nestas fotos. Ela estudou cuidadosamente cada rosto. Jinx trouxe uma xícara de café para Jeanie em algum ponto. Ela lhe deu um sorriso de agradecimento e bebeu. True permaneceu calmamente ao seu lado. Ele estendeu a mão ao longo do tempo para esfregar suas costas. Ela apreciou o fato de que ele estava lá para lhe dar apoio moral. Os arquivos estavam na casa das centenas. Jeanie estava cansada de olhar para tantos rostos cerca de uma hora do processo, mas continuou. A próxima imagem apareceu quando ela bateu na seta e o rosto na tela a fez ofegar quando ela olhou para isso. True se inclinou perto. "O que foi?" "É ele." Jeanie olhou para a foto e seu olhar deslizou para o nome. Jerry Boris. "É ele!" Sua voz se elevou. "Este é o Agente Brice!" Movimentos em sua visão periférica a levou a tirar o olhar do monitor. Cada Nova Espécie na sala veio para sua localização. True estendeu a mão e agarrou sua coxa, apertando-a. "Este é o Diretor Jerry Boris. Ele era o diretor de Homeland quando abriu," uma das Novas Espécies rosnou. "Oh, meu," Jinx disse, "você tem certeza, Flame?" A Nova Espécie ruiva assentiu bruscamente enquanto puxava o celular do bolso do uniforme. "Vou chamar Justice e o Conselho. Eles queriam ser informados se o macho fosse encontrado." Flame encarou Jeanie. "Você está absolutamente certa de que é ele?"

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"Positivo. Estou cem por cento certa. Este é o homem que me disse que seu nome era Agente Terry Brice. Ele esteve se encontrando comigo a cada duas semanas desde o início. Não há dúvidas." Flame amaldiçoou e se afastou enquanto discava. Ele entrou em uma sala ao lado do escritório principal e chutou a porta fechada. Jeanie olhou para o arquivo do empregado na tela e leu todas as informações. Lá o sinalizava como um funcionário atual. Ela franziu o cenho. "O que foi?" True pressionou contra seu lado para obter um melhor olhar da tela. "Ele ainda trabalha para vocês." Ela apontou para seu estado atual. Luna se inclinou para frente no outro lado de Jeanie e agarrou o mouse. Ela clicou em um link que abriu uma outra janela. Todos leram as informações. "Ele é o diretor de Fuller," True rosnou. "Maldição. Não admira que tenha enviado uma equipe para sequestrá-la. Foi assim que eles conseguiram a papelada e o acesso para fazer isso." Jeanie se recostou na cadeira, sentindo-se oprimida e perplexa. "Não entendo. Se ele dirige Fuller, ele não ficaria preocupado que eu iria vê-lo se tivessem conseguido me levar para lá e que eu iria reconhecê-lo?" "Acho que este é o ponto," True grunhiu asperamente. "Humanos morrem, por vezes, em Fuller." Jericho rugiu. "É por isso que eles tentaram levá-la para Fuller. O macho deve ter ficado apavorado que ela pudesse identificá-lo quando soube que ela iria olhar todos os arquivos de empregados humanos. Lembro-me dele. Ele não era um humano bom. Ela é a única testemunha que pode ligá-lo aos crimes que ele cometeu." Seus estranhos olhos castanhos com tons vermelhos se fixaram nela. "Você tem sorte que sua tentativa falhou." "Ele conhece todos os códigos de segurança e poderia ter acessado nosso sistema quando ela contatou a NSO para denunciar Drackwood," Luna rosnou. "A força-tarefa sempre dá a Fuller um alerta antes de invadir qualquer instalação no caso de capturar prisioneiros. Eles exigem a

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notificação prévia, a fim de ter certeza de que terão pessoal extra à mão para processar a entrada dos prisioneiros." "Você pode tirá-lo de nossos sistemas de computador?" Jinx parecia chateado. Luna assentiu. "Isso já foi feito. Tranquei o sistema quando suspeitamos que poderia ser um dos membro da força-tarefa por trás disso. Agora você só pode obter acesso direto aos computadores de dentro do Controle aqui em Homeland e de dentro do Controle na Reservation. Os códigos estão restritos apenas às Novas Espécies." Flame abriu a porta e parecia sombrio quando voltou à sala grande. Seu olhar buscou True. "Justice quer vocês dois em seu escritório em vinte minutos. Ele está se vestindo. Sua companheira está em grave perigo. Justice quer uma equipe de segurança maior imediatamente atribuída a ela. Tenho SUVs vindo para nos levar até lá. O diretor Boris já fez uma tentativa de pegar sua companheira, True. Justice está em contato com Tim imediatamente para permitir que a força-tarefa saiba o que está acontecendo e para suporte de retarguarda." Seu foco deslizou para Luna. "Mostre-lhe todos os atuais membros da equipe da força-tarefa agora antes de sairmos. Temos que verificar se o macho restante que tentou roubá-la não é um dos machos de Tim." A porta da sala de controle se abriu e Fury entrou. Ele parecia chateado. Usava calça de moletom e camiseta, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. "Eu estava correndo e recebi o telefonema." Sua atenção se concentrou em Jeanie. "Você tem certeza de que o macho que dizia ser o agente para quem você estava trabalhando é Jerry Boris?" Ela assentiu. "É ele, sem dúvidas." Fury jogou a cabeça para trás e soltou um uivo. Jeanie estremeceu na cadeira, assustada. A Nova Espécie parecia estar surtando. O som ensurdecedor morreu e ele abaixou o queixo. Seu rosto tinha se transformado em uma visão assustadora. True saltou de pé, derrubando a cadeira no processo. "Não assuste minha companheira!" 293


Fury piscou algumas vezes e realmente se encolheu. "Sinto muito." Ele olhou para ela. "Minha raiva não é dirigida a você. Eu conheço esse imbecil. Ele causou problemas a minha companheira e eu, quando dirigia Homeland após a abertura. Ele demitiu minha Ellie e a mandou para longe de mim por maldade por não seguir suas ordens. Ela quase foi sequestrada por um inimigo da NSO. Depois, ele tentou tê-la removida da minha casa como vingança por não ajudá-lo a retardar as Espécies a tomar o controle de Homeland. Ele foi afastado de sua posição e mais tarde lhe deram a direção da prisão. Eu não me importei, pois ele não estava mais aqui e pensei que era justo que nossos inimigos tivessem que lidar com ele." Ele tomou uma respiração irregular. "Eu quero rasgar a cabeça dele." "Entre na fila," True cuspiu. "Tenho certeza que ele queria minha companheira levada para Fuller para poder matá-la e impedi-la de identificá-lo." Flame pigarreou. "Ok. Estamos todos de acordo que Jerry Boris é um macho que deve morrer uma morte dolorosa e que ele fez coisas más para ambas as Espécies e suas companheiras. Justice quer nos ver em cerca de quinze minutos e Jeanie ainda precisa ver os rostos da equipe da força-tarefa, antes de permitir que eles venham ajudar a protegê-la. Temos que nos certificar de que nenhum deles vai trair nossa confiança." Ele fez uma pausa. "Luna, vá em frente. O tempo está passando." "Estou nisso." Ela inclinou-se, batendo em comandos no computador. Jeanie virou em seu assento e recuou, esfregando a perna de True onde ele estava atrás dela. Um olhar lhe assegurou que ele não estava a fim de sentar. Em menos de um minuto Luna tinha aberto uma página de fotos em miniatura dos membros da força-tarefa. "Desculpe, mas estes são os mais novos com um sistema atualizado. Basta clicar em cada um deles e vai ampliar. Pressione a tecla esc e vão fechar. Vá linha por linha para não perder nenhum rosto." Jeanie foi trabalhar. Havia apenas algumas dezenas de arquivos e ela ficou feliz de informar que o idiota que a tinha drogado não estava entre os membros da equipe da força-tarefa. 294


True e a outra Nova Espécie pareciam aliviados com a notícia. Ela também, desde que sabia que True era amigo de alguns deles. Ela imaginou que já tinha lhe causado sofrimento suficiente, sem acrescentar a perda de um amigo. True ficou ao seu lado quando deixaram o centro de controle. Mais Novas Espécies estavam reunidas lá fora e ela se sentiu um pouco oprimida pelo excesso de força deles para protegê-la quando usaram os SUVs para irem a uma curta distância até o outro prédio. Que estava todo iluminado por dentro, como se cada comôdo estivesse sendo utilizado.

***** Tim Oberto os encontrou logo no interior. "Estamos usando a sala de conferências." Ele apontou. "O escritório de Justice não iria acomodar todos." Ele olhou em volta para as Espécies. "Meus homens estarão aqui em cerca de cinco minutos, mas vou tê-los esperando lá fora." True olhou para o humano. "Bom. Não confio neles ao redor de minha companheira." Ele percebeu que estava sendo irracional – Jeanie tinha descartado todos os membros – mas ele não esqueceria tão cedo que ela poderia ter sido assassinada. "Droga," Tim resmungou, mas não disse mais. True manteve Jeanie dentro do círculo de seu braço, alerta para suas emoções, desde que mais de vinte machos Espécies os cercaram no momento em que entraram na grande sala. Justice, Fury, Slade, Jaded e Bestial estavam sentados em cima das mesas em vez das cadeiras. Luna tinha vindo também e pairava sobre Jeanie do outro lado. Ele ficou grato pela presença da fêmea. Breeze também se juntou a eles, cobrindo as costas de Jeanie. Orgulho encheu sua alma, porque ele sabia que eles eram protetores de sua companheira. Justice o olhou sombriamente. "Ela identificou Jerry Boris?"

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"Sim," Jeanie falou antes que True pudesse. Ele olhou para ela, vendo a firmeza de seu queixo. Nenhum medo se mostrava em seus traços delicados. Isso o deixou orgulhoso. "Este é o mesmo cara que fingia ser o Agente Terry Brice." "Filho da puta," Tim cuspiu. "Eu deveria ter visto isso." "Explique," Slade exigiu. "Jerry, Terry. Boris, Brice. Ele manteve os nomes próximos o suficiente para que sempre respondesse se alguém falasse seu nome. É padrão operacional técnica à paisana manter o nome perto, assim há menos confusão. Os primeiros nomes rimam, por isso teria chamado sua atenção. Ele esteve malditamente perto de colocar as mãos nela." Tim se recusou a sentar. "Aquele bastardo covarde tem mais coragem do que eu jamais lhe deu crédito, por tentar fazer isso." Breeze bufou. "Malditamente perto? Seus homens colocaram as mãos nela. Ele só não conseguiram levá-la para Fuller e matá-la. Se não tivéssemos impedido que ela fosse levada você acha que ela teria sobrevivido muito tempo?" "Não." Tim balançou a cabeça. "Ele provavelmente a queria viva para descobrir o que ela tinha nos dito até agora e por nenhuma outra razão." Ele mudou de posição o suficiente para olhar para Jeanie. "Sinto muito, Sra. Shiver. Sinto mesmo. Você deve achar que sou o maior idiota do mundo, e não a culpo. Mas tem que entender que Jerry Boris montou isso de forma que a deixou parecendo culpada como o inferno. Ele estava em posição para fazê-lo e nada que você dizia fazia um pingo de sentido. Tenho certeza de que ele te usou nisso tudo para fazer parecer dessa forma. Não posso me desculpar o suficiente, mas, por favor, saiba que estou sendo sincero." "Ela não aceita seu pedido de desculpas," True rosnou. Jeanie o encarou, mas deve ter lido sua ira. Ele não sentia que ela deveria aceitar um pedido de desculpas depois de todo sofrimento que experimentara. Ele ficou grato que ela não discutisse com ele quando permaneceu em silêncio. Sua companheira era muito compassiva, mas tornaria sua decisão de parar de trabalhar para a força-tarefa fácil. Ele pertencia à Homeland em tempo integral e ver o rosto de Tim sempre agitaria más lembranças e simplesmente o irritaria. 296


Tiger entrou. "Tenho a informação." Ele olhou em volta, dirigindo o olhar para Justice. "O diretor Boris está realmente em uma conferência em Washington, DC. Era obrigatório para todo o pessoal humano de alto escalão que têm quaisquer relações com a NSO. O Senador Hills tem uma a cada seis meses para ter certeza de que estamos recebendo total cooperação deles. Boris está lá há dois dias, mas soubemos que ele mudou seus planos de voo. Seu voo original de retorno estava reservado para o dia depois de amanhã, mas ele lhes disse que havia uma emergência de família." "Ele não tem família que eu saiba," Tim resmungou. "Bastardo mentindo. Ele tinha uma esposa, mas ela morreu há muito tempo." "O primeiro voo de volta aqui sai às seis horas de lá. Que é três horas aqui," Tiger finalizou. "Ele está reservado nesse. Seu novo horário de voo lhe permite tempo para chegar a Fuller antes da transferência do segundo turno." "Quero que ele seja preso agora. Você sabe em que hotel ele está?" Tim puxou o celular. "Vou tê-lo pego lá. Alguém de Fuller pode ter ligado para ele para alertá-lo. O idiota pode tentar fugir. Tenho alguns amigos confiáveis em DC que vão fazer a prisão. Não vou deixar isso para policiais aleatórios." Jeanie ficou tensa, chamando a atenção de True. "Você não pode fazer isso," ela protestou. "Por quê?" True não gostou da resposta. "Você vai estar mais segura se eles o prenderem agora, em vez de esperar até que chegue na Califórnia." Seus lindos olhos castanhos olharam para ele e ele pôde ver sua angústia. "E se existem outras pessoas lá fora como eu?" "O que você quer dizer?" Justice não parecia mais feliz do que ele se sentia. Jeanie puxou o olhar do dele para olhar para o macho felino. "Sr. North, ele mentiu para mim e me levou a trabalhar disfarçada. Pode haver outras pessoas que estão na mesma situação que eu estava," Ela se encostou em True. "Vocês não entendem? Ele me usou e pode estar usando outras pessoas."

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"Vamos ter Darkness o forçando a nos dizer se ele sabe de quaisquer outros locais." True estava certo de que o macho poderia fazê-lo. Jeanie mordeu o lábio inferior. "O que foi, companheira?" True sabia que ela queria dizer mais, mas não o fez. "Não esconda nada." Ela olhou para ele, depois para Justice. "Você realmente acha que ele vai ser honesto sobre isso, se estiver usando outra pessoa do jeito que fez comigo? Ou admitir saber onde outras Novas Espécies estão sendo mantidas?" "Darkness pode ser muito persuasivo," Justice assegurou. "Você estaria disposto a fazer um acordo com ele que lhe permitiria sair livre? Sei o que Polanitis queria. Eles estavam discutindo no Medical enquanto eu estava lá e ouvi um pouco disso. Um milhão de dólares e ser enviado para um país sem extradição. Quem pode dizer que Brice não vai exigir o mesmo? Eu realmente não quero esse bastardo libertado e que ele possa fazer toda essa coisa de resgate de novo, se não dizer tudo que sabe." Justice olhou para True, confuso. "Você estava lá fora. Foi isso que ele pediu. Darkness não ficou satisfeito." Justice concordou com a cabeça e deu a Jeanie um olhar suave. "Nós não fazemos acordos. Nós quebramos ossos para fazê-los falar." "E o diretor da Prisão Fuller sabe que é assim que vocês operam, certo?" Jeanie empurrou e True afrouxou seu aperto para lhe permitir ficar de pé sozinha desde que ela parecia querer. "Ele dirige a prisão onde irá viver. É... O inferno, certo? Ele sabe disso melhor do que ninguém. Passei um tempo com Brice – Boris – seja lá como se chama, e acredite, ele me tinha totalmente enganada. Não acho que ele vai lhes dizer tudo que sabe. Acho que ele vai fazer de tudo para salvar sua própria bunda, e isso significa deixar as pessoas como eu e aquelas pobres Novas Espécies em qualquer lugar infernal que estão. Brice queria ter certeza de que eu não poderia testemunhar contra ele. A última coisa que quer é mais pessoas apontando o dedo para ele 298


ou mais crimes adicionados à sua lista, se há outros locais que conhece. Ele poderia se calar só por maldade para se vingar por ter sido preso." Ela olhou para True. "Ele não terá nada a perder, pois sabe que está tudo acabado, já que está preso. Mas ele pode se vingar, escondendo o que sabe." "Darkness pode ser persuasivo," Fury afirmou. "Eu não me importaria de passar algum tempo em interrogatório com ele também." Jeanie suspirou. "Ele não sabe que sabemos quem realmente ele é, certo? Eu não deveria ter visto esses arquivos ainda. E se o fizermos pensar que eu fiquei doente por causa da droga ou algo assim para adiar isso? Daria tempo para vocês rastrearem onde ele esteve e esperançosamente descobrir mais antes que ele fique ciente de que foi identificado. Vocês podem verificar seus telefones. Ele deve estar apavorado e pode tentar cobrir seus rastros." "Jeanie," True murmurou. "Ele é muito perigoso para deixá-lo livre. Ele poderia fugir do país." Ela se virou para encará-lo. "E se ele resistir à prisão ou algo assim? E se ele for baleado e morto? Esse cara não tem coração. Ele não poderia ser capaz de fazer todas essas coisas de merda que fez se tivesse. Ele não vai sentir um pingo de piedade ou arrependimento por vidas perdidas. E se houver outros que estão rezando todos os dias para alguém vir e resgatá-los?" "Você quer que nós o coloquemos sob vigilância?" Tim se aproximou. Jeanie virou a cabeça, concentrando-se nele. "Sim." "Ele precisa ser levado em custódia." True fechou a cara. "Ele é um perigo para você." "Espere um minuto," Tim parecia estar considerando a ideia. "Ela pode estar certa." Ele bateu o celular contra a outra mão. "Poderíamos grampear sua casa, seu carro, revistá-los também, sem ele estar ciente que o fizemos. Poderíamos descobrir se ele tem telefones descartáveis escondidos. Sabemos que ele está fora da cidade." Ele ficou em silêncio, mas as rodas em sua mente ainda estavam girando pelo olhar intenso de concentração em seu rosto. "Sim. Gostei mais dessa ideia." Ele olhou para Jeanie. "Acabei de decidi que eu realmente gosto de você." "Tim, eu não –" 299


"É um grande plano," disse Tim, cortando Fury. "Concordo que ele é um idiota vingativo. Podemos entrar em sua casa e sombrear quaisquer dispositivos de comunicação que encontramos. Qualquer coisa que ele faça, nós vamos saber. Ele não teria levado essa merda com ele para DC. A segurança lá é absurda e ele teria passado pelas varreduras nos aeroportos. Eu sei que eles só levam bagagem de mão. É procedimento padrão. Ele teria deixado todos os telefones descartáveis em casa, porque a equipe de segurança que lhes é atribuído é do escritório do Senador Hills. Ele teria se preocupado que eles o percebessem com dois telefones e fizessem verificações de quarto muitas vezes para se certificarem de que ninguém entrou, enquanto estavam em reuniões. Isso inclui verificar as malas por adulteração." Jeanie sorriu, feliz. True não estava. Ele queria o humano preso onde ele não poderia lhe fazer nenhum mal. Tim não parou. "Podemos plantar dispositivos em seus computadores no trabalho e sua casa. Posso pedir um favor no aeroporto. O chefe de segurança lá foi um dos meus rapazes de serviço. Tenho certeza de que esse bastardo do Boris tem um laptop que leva com ele e seria fácil marcá-lo com um programa fantasma. O scanner do aeroporto pela qual isso teria que passar poderia ter um problema, assim o atrasaria tempo suficiente para que um dos meus homens da tecnologia pegasse o caso e teria acesso ao seu computador. Ele vai pensar apenas que está preso na máquina até que eles supostamente a consertem. Qualquer coisa que ele fizer nisso será transmitido para nós. Poderemos ver cada coisa maldita que ele fizer no teclado e tudo que ele vê. Poderemos ter acesso a qualquer uma de suas senhas e contas de e-mail que nós não sabemos. Isso também nos dará mais tempo para ver o que ele tem feito. Quanto mais seguro ele se sente, mais é provável que ele se ferre. A Srta. Shiver está certa. Ele vai querer cobrir seus rastros e, provavelmente, criar novos protocolos para lidar com qualquer pessoa com quem está trabalhando atualmente, no caso de sua prisão. Do contrário, ele vai temer que entrem em contato com a NSO diretamente, se não tiverem notícias dele como normalmente fazem."

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"Nós nem sequer temos certeza se há outros humanos que ele está enganado ou outros locais onde Espécies estejam sendo mantidas," Flame afirmou. "Sabemos que ele é uma ameaça direta para a companheira de True." "Exatamente," True concordou. "Ele conseguiu dinheiro de nós duas vezes usando-a para verificar onde Novas Espécies estão sendo mantidas, e minha equipe ainda está à procura de outras transações que ele poderia ter feito antes disso." Tim franziu o cenho para True. "A ideia dela é melhor do que apenas pegálo. Tenho muita fé em Darkness, mas inferno, esse cara não tem nada a perder. Ele não tem família para ser usada contra ele. Podemos mantê-la segura. Eu também gostaria de ter uma chance de ver onde ele esconde o dinheiro, para que possamos recuperá-lo. Ele vai criar um plano de fuga, o que significa acesso a esse dinheiro." "Ela não deveria estar em nenhum perigo," True rosnou, não gostando da ideia. "Por favor?" Jeanie virou em seus braços e o olhou. Ele a olhou e soube que faria. Foi a visão de suas lágrimas não derramadas o que o afetou fortemente. "Eu só quero que fique segura." "Eu sei. Eu quero isso também, mas também quero ter certeza de que não há pessoas lá fora que poderiam ser salvas. Eu prefiro estar em risco por mais algum tempo do que nunca saber se me proteger custou vidas." True reprimiu um grunhido e levantou a cabeça, olhando por cima dela para Tim. "Faça." Ele olhou para Justice. "Precisamos de um plano melhor para mantê-la segura do que apenas mais oficiais. Quero que seja levada para um novo local onde é mais seguro e ele não tem a chance de descobrir onde ela está. Talvez a Reservation no meio da Zona Selvagem." Justice deslizou fora da beirada da mesa e se levantou. "Tiger? Qual a sua sugestão?" O macho felino franziu a testa, pensando sobre isso. "A casa ao lado da sua está vazia. O Diretor Boris, obviamente, tinha mais acesso aos nossos computadores do que sabíamos e pode ter mantido controle sobre o que temos feito desde que assumimos Homeland. Ele vai suspeitar que 301


vamos transferir o casal para a Reservation, já que é o que fizemos no passado. Acho que devemos mantê-los aqui." "Concordo," Fury suspirou. "Não gosto desse idiota correndo livre também." Ele segurou o olhar de True. "Mas sua fêmea fez pontos válidos, assim como Tim. Podemos mantê-la segura e dar a Boris espaço suficiente para se enforcar, ao mesmo tempo." Ele sorriu para Tim. "Está certo o que eu disse? Enforcar-se?" "Sim." Tim sorriu. "É o que esperamos que ele faça. Vou ter minhas equipes em cima dele o mais rápido possível. Quero pedir emprestado um par de seus rapazes com bons narizes, quando entrarmos em sua casa. Eles podem encontrar coisas que não podemos com inspeções visuais. Temos que ter a maldita certeza de que seremos super cuidadosos para que ele não suspeite que estivemos lá, o que significa simplesmente não tocar em nada." "Feito." Tiger apontou para a porta. "Vamos reunir seus machos e elaborar as atribuições, Tim.. Ele olhou para Slade. "Você pode lidar com obter o casal seguro e acomodado." "Sem problemas." Slade sorriu quando olhou para Fury. "Aproveite o passeio. Sei que você vai com a equipe para a casa de Boris." O canino riu. "Eu não perderia isso por nada." True soltou um suspiro frustrado e puxou Jeanie de volta nos braços, abraçando-a ao seu corpo. Parecia que todos estavam de acordo com o plano, menos ele. Ele só queria mantê-la segura. "Quero ter atualizações detalhadas," ele exigiu. Não era um pedido. Justice arqueou uma sobrancelha, mas depois concordou. "Entendo. Eu também quereria se fosse Jessie. Mantenha-o informado de tudo, Slade." "Feito." O macho se levantou. "Vamos levar ambos para se instalar em um novo lar." As portas se abriram novamente e Jinx entrou na sala de conferências, sorrindo. True não tinha notado que o macho estava ausente da reunião até aquele momento. Ele deu um passo em

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torno de algumas Espécies até parar diante deles e mover o braço atrás das costas. Estendendo uma pasta de documentos com uma caneta presa nisso. True olhou para isso e franziu a testa, depois encontrou o olhar divertido do macho. "Papéis de acasalamento," Jinx disse e riu. "Só assim você estará certo de que eu aceitei o que ela escolheu. Tem tanta coisa acontecendo que eu sabia que você não teria tempo para fazer o pedido. Eu, pessoalmente, lhes pedi para redigi-los para você e imprimir. Assine-os e vou levá-los de volta para o arquivamento. Não vou sair até que isso seja feito." Um nó se formou dentro do peito de True. Significava muito que o macho tivesse se dado a esse trabalho. Silêncio o teve olhando em volta da sala. Obeservando os rostos de seus amigos e companheiros Espécies, vendo que a maioria sorria, enquanto alguns pareciam meio invejosos. Ele entendia. "Se você mudou de ideia..." Jinx brincou. Ele soltou Jeanie e pegou a pasta. Então olhou para ela e ela lhe sorriu. Ele sorriu de volta. "Nunca. Jeanie é minha companheira. Obrigada." "Eu sou," ela concordou. "Onde eu assino?" Ele pegou sua mão, levando-a para a mesa mais próxima e abriu a pasta. Ele assinou sem ler o documento e ficou satisfeito quando Jeanie aceitou a caneta e apenas assinou também. Já eram companheiros, mas agora se tornava oficial. "Vamos comemorar com uma festa assim que ela estiver segura e Boris estiver trancado em Fuller," Justice decretou. True olhou para o macho, cheio de gratidão. "Ficaremos felizes com isso." Justice riu. "Tenho a sensação de que o que vocês farão em privado será mais divertido. Tire-os daqui, Slade." Jinx aceitou a papelada com uma piscadela. "Vou me certificar de que será arquivado. Seja feliz." Ele já era. Seria ainda mais quando Boris não fosse mais uma ameaça à sua companheira. 303


CapĂ­tulo Dezenove 304


Estou acasalada. Jeanie sorriu e se curvou contra True em seu colo no SUV. Ele insistira para que ela se sentasse lá quando outras Novas Espécies entraram no veículo para escoltá-los até onde seriam levados. O sol tinha acabado de subir e ela olhou pela janela lateral quando pararam. Uma Nova Espécie usando o uniforme da NOS veio até a porta do motorista. "Olá, Slade." "Temos um novo casal. Eles vão ficar na casa ao lado da de Justice. Esta é Jeanie e você já conhece True." O macho sorriu. "Recebemos uma ligação de que você estava vindo e que eles são recémacasalados." "Também foi dito que ela está em perigo?" Todo humor deixou o rosto do homem. "Sim. Mandei um oficial verificar a casa e ele passou um rádio de volta de que tudo está bem. Vamos aumentar o patrulhamento." "Ótimo.” Slade pisou no acelerador assim que o portão se abriu para admiti-los. "Estas são as cabanas para os casais acasalados e para algumas Espécies com maiores responsabilidades." Jeanie olhou para as grandes casas. "Cabanas? Elas têm que ter mais de três mil metros quadrados. Minha versão de cabana e a sua é completamente diferente." True capturou sua atenção com um olhar interrogativo. "Cabanas são casas pequenas, bonitinhas, mas pequenas." Slade riu. "Tudo é maior com Novas Espécies." True riu. "Tudo." Homens. Jeanie podia imaginar onde suas mentes tinham ido e decidiu, em alguns aspectos, eles eram mais humanos do que iriam admitir. Ela ficou em silêncio, até que encostaram em uma calçada e pararam. True abriu a porta, ergueu-a do colo e saiu atrás dela. As outras Novas Espécies ficaram no SUV.

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"Sua equipe de segurança está a caminho. Entrem e relaxem. Alguém vai trazer a comida imediatamente e as roupas em uma hora. Aproveite serem recém-acasalados. A porta está destrancada. Justice ordenou um banquete de café da manhã para vocês," Slade explicou. "Espere a campainha em cerca de dez minutos. Eles já começaram a preparar os alimentos no refeitório, portanto é apenas uma questão de enviar alguém para entregá-los. Eles serão rápidos." True levou Jeanie até a porta da frente. Ela olhou para a casa. Era de uma tonalidade bonita de rosa e enorme. Qualquer apartamento que ela já vivera provavelmente teria cabido na garagem. Ele torceu a maçaneta e a porta se abriu. Ela olhou para dentro. "Uau. É totalmente mobilada." Isso a surpreendeu. "A companheira de Justice viveu aqui por um tempo." Ela o encarou. "Eles viviam separados após o acasalamento?" Ele riu. "Foi antes de se acasalarem. Ele a queria por perto." Ele virou a cabeça. "A casa deles é aquela." Ela olhou na direção que ele indicou e viu uma casa ainda maior. "Isso é meio assustador." "Você não quer viver ao lado deles?" True franziu o cenho. "Eu quero que você seja feliz." "Ele é o líder da NSO. É como uma celebridade. Eu nunca pensei que seria vizinha de alguém tão famoso. Eu não me importo embora. É apenas meio estranho." True a surpreendeu rindo e de repente a pegou nos braços. Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço. "Eu sei desse costume humano. Vou carregá-la para dentro." "Isso é muito doce." Ela ficou tocada pelo gesto. "Obrigada." Ele entrou, virou e usou o pé para fechar a porta. Então trocou seu peso o suficiente para liberar a mão e torcer as trancas. Seus olhares se encontraram. "Você quer uma cerimônia de casamento? Poderíamos convidar sua família e amigos." Ela imaginou telefonar para seus pais. Eles teriam uma tonelada de perguntas, sobretudo a partir de como ela conhecera True. Dizer-lhes a razão pela qual raramente ligava devido às

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situações de perigo as quais se colocara não seria legal. Eles ficariam com raiva que ela tivesse mentido para eles e mantido tantos segredos. "Talvez em alguns meses," ela decidiu. "Por agora, acho que temos o suficiente em nosso prato com essa coisa do Boris." "Concordo." Ele se virou, estudando o cômodo. Ela seguiu seu olhar. A sala era grande e incluía uma bela lareira. A área de cozinha e sala de jantar parecia moderna e bem decorada. "Jeanie?" Ela virou o rosto para olhar em seus olhos. "Você está preocupada que sua família e amigos criem problemas com você por estar acasalada comigo?" "Não. Acho que eles vão se surpreender, já que eu nunca lhes disse nada sobre o que estava realmente acontecendo em minha vida, mas uma vez que passar o choque de tudo que tenho mantido em segredo e perceberem que sobrevivi a tudo isso, eles vão ficar bem. Uma coisa que eles sempre me ensinaram foi julgar as pessoas por suas ações, e não o tipo de educação que tiveram. Você ser Nova Espécie não vai importar. Você é uma pessoa incrível, True." "Você mordeu o lábio quando perguntei sobre o casamento." "Não tem nada a ver com você. Eu prometo. Dizer-lhes que estamos juntos vai ser a parte mais fácil. Eles vão querer saber como nos conhecemos. Essa será a parte mais difícil. E que me deixa nervosa. Eles vão ficar furiosos quando eu tiver que lhes dizer que estava levando uma vida dupla e menti para eles sobre o que estava fazendo para ganhar a vida, e que por isso eu não podia vê-los com mais frequência. É algo que eu gostaria de evitar mais um pouco." "Entendo. Temos um monte de estresse no momento." "Exatamente. Não há pressa para lidar com eles ainda." Ele deu um passo mais para dentro da sala e a baixou de pé. "Fique aqui. Vou verificar a casa." "O guarda no portão disse que alguém já tinha feito isso." Ele fez uma careta. "Você é minha companheira. Sua segurança é meu dever." 307


Ela engoliu um protesto e apenas assentiu. True escancarou a porta do armário para investigar, desapareceu por alguns segundos para ver a cozinha, e então foi pelo corredor em direção ao que ela assumiu fossem os quartos. "Tenha cuidado," ela gritou. Ela podia jurar que o ouvi rosnar e sorriu. Ele era fofo quando estava sendo paranóico e protetor. Ela tirou os sapatos, caminhou até o sofá e sentou. Era macio e confortável. A grande televisão chamou sua atenção e ela ansiou por ligá-la. Era algo que sentira falta, desde que True ou não possuía uma ou a havia removido antes de levá-la para casa dele. O controle remoto acenou, mas ela resistiu à tentação. "Tudo está seguro." Ela se virou e sorriu. "Eu sabia que estaria." Ela bateu de leve no sofá. "Venha sentar ao meu lado. Tem sido uma longa noite, não é?" Ele se aproximou, mas em vez de sentar, ele se inclinou e a ergueu nos braços. "Há uma grande cama no corredor. Você precisa dormir." Seu estômago roncou. Foi alto e ela corou um pouco, sabendo que ele não poderia ter deixado de ouvir. Ele olhou para sua barriga. "Comida primeiro." "Eles disseram que estavam enviando alguma coisa." A campainha tocou. Ela riu. "Bem na hora." Ele gentilmente a depositou de volta no sofá. "Eu atendo. Você fica aqui." Ela não protestou. A exaustão estava cobrando seu preço. Seu lado doía, mas não ia mencionar isso. True a teria deitada de costas e a alimentaria com a mão, se o fizesse. A pessoa na porta ficou bloqueada de sua vista pelo grande corpo de True, mas ela os ouviu trocando palavras gentis antes que ele fechasse a porta e se virasse, segurando em uma mão uma bandeja coberta. "Café da manhã."

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Ele a depositou sobre a mesa e levantou a tampa. Dois pratos grandes estavam lado a lado com recipientes de suco e leite perto de cada um. Talheres enrolados em guardanapos estavam do outro lado. A visão de um grande bife, ovos mexidos e batatas fritas a fez ficar com água na boca. "Escolha qual prato você quer," True virou a bandeja para que os pratos ficassem no lugar certo. "Eles cozinharam ambos por completo." "Você pode dizer isso só de olhar para eles?" "Meu nariz me diz. Justice lhes disse que nós acabamos de nos acasalar, assim eles cozinharam o meu um pouco mais do que o normal." "Por quê?" Ele se sentou no chão ao lado dela, em vez de no sofá. "Para não ofendê-la." "Você gosta de seus bifes mal-passados." Ela se lembrava disso sobre as Novas Espécies. "Eu não me importo." Ele sorriu. "Eles estavam sendo atenciosos e não sabiam disso, Jeanie. Tudo bem. Estou feliz por comer. Provavelmente queriam assegurar que você ia me permitir montá-la e não queriam que ficasse com nojo ao ver sangue pingando de meu garfo. Eles queriam evitar qualquer coisa que pudesse desencorajá-la." Ela riu. "Seria preciso muito mais que isso para me dissuadir de ir para a cama com você." Todo humor deixou seu rosto quando ele olhou para ela. "Coma, Jeanie." Ela conhecia aquele olhar aquecido e esqueceu o garfo. "Você me quer." "Sempre." Ele baixou o olhar para seu seio. "Muito. Coma rápido." "Poderíamos colocá-los na geladeira e comer mais tarde. Não me importo de comida fria." "Eu me importo de você estar com fome e escolher saciar minhas necessidades físicas antes da sua. Coma, companheira." Ela pegou o garfo e faca já que ele parecia determinado a garantir que eles tomassem o café da manhã antes de irem para a cama. A cautela sumiu enquanto ela consumia pelo menos metade do conteúdo no prato antes de finalmente se saciar. Ela nunca seria capaz de terminar uma 309


porção Nova Espécie do que eles consideravam uma refeição. O prato de True estava quase totalmente limpo, desde que ele tomava garfadas maiores. Ela encontrou seu olhar. "Estou cheia e totalmente pronta para ir para a cama quando você estiver." Ele largou os talheres e se levantou. "Você quer dormir?" Ela sacudiu a cabeça. "Eu quero você. Isso é meio que nossa lua-de-mel. Podemos dormir depois. E então, onde é esse quarto?" Ela ficou de pé. "Na verdade, há dois." Ele deu a volta na mesa e parou quase peito-a-peito com ela e estendeu a mão. "Deixe-me mostrar o que acho que você vai gostar mais." "Mostre o caminho, sexy." Ela tentou pegar sua mão, mas ele agarrou seus quadris ao invés. Ele rosnou baixinho, parecendo satisfeito com o apelido quando levantou em seu corpo até que seus rostos estavam nivelados. "Envolva-se em torno de mim." Ela colocou os braços em volta de seu pescoço e as pernas ao redor de sua cintura. Ele caminhou lentamente, cada passo os esfregando juntos, enquanto ele olhava em seus olhos. "Você vai nos bater em uma parede." Não que ela se importasse. Ele riu. "Não vou." Ele então desviou o olhar, enquanto os manobrava pelo corredor e dentro de um quarto. Jeanie olhou ao redor, apreciando um quarto bem mobiliado com uma enorme cama de dossel. Que era elevada do chão. Ela se virou para True e ele a beijou. Ela fechou os olhos e abriu a boca, gemendo contra sua língua. O deslizar lento daquela língua talentosa a provocando era uma promessa do que estava por vir, uma vez que ela estivesse nua. Ela quebrou o beijo. "Coloque-me na cama." Ele a jogou e ela aterrissou no colchão macio com um salto. Ela riu. "Está com pressa? Isso foi divertido."

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"Você está na cama." Ele sorriu, abaixando-se e arrancando uma das botas. Então agarrou a cabeceira da cama com uma mão para se equilibrar. "Agora precisa ficar nua antes que eu rasgue suas roupas. Eu te quero muito, Jeanie." Ela se sentou e ficou de joelhos enquanto puxava a blusa para cima do corpo. Jogando-a de lado. "Eu te quero também." Sua calça foi fácil de puxar uma vez que era apenas tecido stretch. Ela se jogou para trás e se esticou no centro da cama, rebolando enquanto a tirava. Ela apontou e a atirou em True. Ele tinha aberto a camisa, mas estava trabalhando no fecho da calça. Sua calça o acertou direto no peito. Ela riu quando ele ergueu a cabeça em surpresa. "Depressa, molenga." Ela se estendeu plana, totalmente nua, e sabia que tinha toda sua atenção quando ele correu o olhar estreitado por cada centímetro dela. Ela virou e se levantou em suas mãos e joelhos, sorrindo. "Você disse algo sobre montar. Imagino que esta seja a posição certa para isso?" Ele rosnou baixinho e rapidamente tirou a roupa. Então agarrou a beirada da cama e se arrastou em direção a ela, parecendo meio selvagem e feroz com seus dentes afiados e mostrando um brilho voraz em seus olhos. Ela gostou de vê-lo assim, todos os músculos bem definidos e maiores que a vida. Ele a surpreendeu ao alcançá-la e derrubá-la para o lado em vez de apenas se enrolar em volta de seu corpo do jeito que ela esperava. "O que vo –" Ele agiu, agarrando sua perna e virando-a na cama até ficar agachado sobre ela. "Não posso montá-la até que esteja realmente molhada." Um sorriso curvou seus lábios quando ele olhou para suas coxas entreabertas. "Sei exatamente como deixá-la assim. Abra-se para mim." Ela não corou quando cumpriu seu pedido, puxando os joelhos para cima, mas colocando os pés bem afastados para lhe dar espaço quando ele abaixou o rosto. Os lábios roçaram um beijo em sua coxa, movendo-se para baixo, e ela riu quando ele lhe fez cócegas com o cabelo, que tinha caído para frente e roçava em seu baixo ventre. 311


"Você acha isso engraçado?" Ele olhou para cima, ainda sorrindo. "Seu cabelo," ela explicou. "Vou cortá-lo amanhã." "Não." Ela correu os dedos pelos fios soltos, puxando-os para longe de seu rosto. "Eu gosto de você do jeito que é. Não muda nada." Ele arqueou uma sobrancelha arqueou e seu sorriso sumiu. "Você está falando sério?" "Sim." "Eu não te assusto nem um pouco?" "Não." "Bom. Lembre-se disso." Ela abriu a boca para perguntar por que deveria, mas True enfiou as mãos sob sua bunda, agarrou-a com firmeza e pressionou os ombros contra suas coxas para forçá-las mais abertas. A boca era quente e úmida quando ele a esfregou contra seu sexo e deslizou a língua em seu clitóris. Jeanie gemeu e esperou que não puxasse seu cabelo quando o agarrou em suas mãos. Sensações a inundando enquanto ele a atacava. Não havia nada de suave ou terno na maneira como ele manipulava seu corpo. Grunhidos rasgavam dele, acrescentando vibrações à mistura. Ele a chupou, segurando-a com firmeza quando ela tentou virar longe do prazer tão intenso. Nervos crus se sentindo expostos, enquanto ele impiedosamente a forçava a gozar. Ela gritou quando o clímax rápido e poderoso a atingiu. True rasgou a boca longe e ela ficou mole, os olhos ainda fechados, recuperando-se da magnitude do que ele poderia lhe fazer. Ele puxou o cabelo de seus dedos relaxados e ela não conseguiu sequer suspirar quando ele soltou sua bunda, virando-a de bruços e descendo em cima dela. Ele colocou as pernas entre as suas e as espalhou para se dar espaço. "Jeanie," ele murmurou. Ele se ergueu por apenas um segundo, a mão roçando contra sua bunda quando alcançou entre eles para segurar o pênis. A ponta grossa cutucou a entrada de sua boceta antes de enchê-la, 312


entrando rapidamente. Ela gemeu quando ele baixou o peso sobre ela e apoiou os antebraços ao lado de seus braços, imobilizando-a totalmente debaixo dele. Ele se moveu, dirigindo dentro e fora dela com força suficiente para bater a cabeceira na parede. Prazer se construiu quando ele ajustou os quadris para ser capaz de impulsionar em sua boceta rápido e profundo. A sensação de ser tomada era tão boa que ela sequer podia formar palavras. Ela conseguiu virar as mãos, segurando-o apenas por algo para se agarrar. Ela tentou corresponder seus movimentos, mas ele abriu mais as pernas, colocando mais peso sobre ela, e a manteve imóvel. Havia algo de muito sexy em saber que tudo que ela podia fazer era sentir enquanto True a fodia mais rápido e mais forte, e a respiração ofegante dele contra sua garganta era apenas uma sensação adicional que a excitava ainda mais. Suas paredes vaginais apertaram e ela soube que gozaria novamente. "Não pare," ela implorou, sentindo o quão incrivelmente duro e grosso o pênis dele estava, preocupada que ele não fosse durar o suficiente para levá-la uma segunda vez. A picada aguda de dor que irradiou de seu ombro, perto da curva de seu pescoço, a lançou sobre a borda do prazer e ela gozou com um grito. O colchão abafando isso. True a mordiscara mais forte com seus dentes afiados. Ela o sentiu gozar também. Cada explosão de sêmen criando uma sensação quente enquanto os quadris dele desaceleravam, o pênis travando dentro dela enquanto ele inchava, até ficar quieto. Ele lambeu a área latejante e fez um som animalesco, cheio de emoção. Ela não conseguia identificá-lo, mas gostou. "Minha," ele sussurrou. Demorou alguns segundos para Jeanie tomar fôlego e se recuperar. O peso de True ainda a prendia, mas ele apoiou os braços e se segurou o suficiente fora de seu corpo de modo que ela não tevesse dificuldade para puxar ar em seus pulmões. "Você me mordeu?" Ela esticou o pescoço numa tentativa de ver o que ele tinha feito, mas ele a acariciou com a boca, empurrando sua cabeça de volta contra a cama. "Sim. Eu te marquei como minha." 313


Ela relaxou debaixo dele, deixando a declaração assentar em seu cérebro nubuloso pelo sexo. Ela não se importava. Era estranho ser mordida e ela sabia que ele tinha tirado sangue. Doía um pouco menos enquanto ele corria a língua quente e úmida sobre o local. "Vai ficar uma cicatriz?" Ela não se importava, contanto que curasse rapidamente. Ele riu e deu um beijo em seu pescoço. "Talvez, mas não é ruim. Apenas... Meus dentes fizeram uma marca. Ficará dois furinhos. Sua família vai perguntar se você acasalou um vampiro." "Você mordeu meu ombro, não meu pescoço." Ela sorriu e roçou seus dedos, onde ainda os segurava em suas mãos. "Eu poderia morder seu pescoço." Ele a beijou novamente. "Sua coxa. Consigo pensar em uma centena de bons lugares para colocar minha marca em você. Você está brava?" "Estou acasalada com uma Nova Espécie." Isso na verdade, a divertia. "Nada de fazer xixi para marcar seu território embora. Pelo menos não dentro da casa. Estou ciente desse traço canino e, hum, faça isso lá fora, no quintal, se for necessário." Ele riu, aparentemente não insultado como ela temia que pudesse ficar. "Feito." Ele se levantou e ela virou a cabeça o suficiente para vê-lo. "Não vou te morder de novo. Foi o instinto de morder minha companheira e marcá-la." Sua expressão séria lhe disse mais do que palavras poderiam. "Está tudo bem. Realmente. Eu achei sexy e você só me mordiscou com força. Só uma vez, hein? Eu achei meio que quente logo no segundo em que você fez. Ótimo momento. Mas não acredito que iria achar sexy se você mordesse minha coxa e, definitivamente, não quando você está lá embaixo. Isso poderia doer." "Eu queria provar seu sangue." Isso a incomodou um pouco. "Tipo uma sede de sangue?" "Não. Eu conhecia seu cheiro e seu gosto, mas não do seu sangue. Agora sim." "Isso é importante?" Ele hesitou. 314


"True?" "É apenas instinto. Não sei por quê." Ela deixou afundar. "Tudo bem." "Não vou sempre me comportar ou pensar como você. Às vezes posso parecer mais animal do que humano." "Eu sei e aceito isso. Foi apenas uma mordidinha. Há mais alguma coisa que você quer provar em mim?" Ela sorriu. "Só para eu ficar ciente?" Ele sacudiu a cabeça, olhando-a fixamente. "Mas não posso prometer que não vou brincar com seu cabelo e esfregar alguns fios em meu nariz de vez em quando. Adoro como ele cheira." "Então, como é o gosto do meu sangue?" "Ótimo." Ele sorriu. "Sei disso agora e nunca vou esquecer." "Então, se eu cortar minha perna ao barbear e você cortar o seu rosto ao barbear, e nosso sangue ficar na mesma toalha, você saberia qual era o meu e qual era o seu?" "Sim. Eu não barbeio embora." Ela tinha esquecido sua falta de pelos faciais. "Certo." Ele rolou de lado, puxando-a com ele, e se enrolou em volta dela. "Durma. Você deve estar cansada." "Estou." Ela adorou ficar enrolada em seu abraço apertado com ele ainda ligado a ela. Ele se aconchegou ainda mais perto. "Eu te amo, Jeanie." Lágrimas encheram seus olhos. Ela realmente precisava ouvir essas palavras e ele finalmente as tinha dito. Melhor ainda, ela sabia que ele queria dizê-las. "Eu também te amo." "Durma. Estou aqui e você está segura."

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True acordou, imediatamente consciente de seu entorno. A respiração lenta e constante de Jeanie lhe assegurou de que ela ainda dormia. O barulho que o acordara soou novamente, fraco e mal distinguível. Ele o identificou como a função de vibrar em seu telefone. Vindo de sua calça descartada do outro lado da cama. Ele cuidadosamente se desembaraçou de Jeanie e colocou parte do cobertor em torno de seu corpo para garantir que ela ficasse quente. Ela não se mexeu, prova de sua falta de sentidos aguçados ou apenas por que estava muito cansada. Um olhar no relógio mostrou que tinham dormido por seis horas. Ele deslizou fora da cama, se inclinando para pegar a calça, e saiu do quarto. A porta não fazendo nenhum som quando a fechou e foi pelo corredor até a sala quando tirou o celular. Quatro mensagens de texto o esperava. Ele as leu e fez a chamada. "Olá, Darkness." "Desculpem-me incomodá-lo. Queria mantê-lo informado do que estava acontecendo." "Você foi designado para me dar atualizações? Acabei de ver os textos de Slade." "A equipe entrou na casa de Boris e plantou com sucesso transmissores em todos os seus dispositivos elétricos. Ele não será capaz de tossir sem nosso conhecimento. Também instalaram algumas câmeras para podermos vê-lo na maioria dos cômodos. Clonaram dois telefones celulares descartáveis que encontraram escondidos em sua garagem e colocaram um rastreador em seu carro. O cara da tecnologia de Tim baixou todas as informações de seu computador. O humano voltou para casa há meia hora e o programa fantasma está instalado e funcionando. Ele conectou duas contas de e-mail que não conhecíamos e fomos capazes de ver tudo que ele fazia como se estivéssemos de pé atrás dele." "O que vocês descobriram?" "Ele está fingindo ser outras duas pessoas diferentes e estamos buscando todos os registros de transporte para ver se ele está voando, ou até mesmo tomado um ônibus ou trem para qualquer local sob esses nomes. Estamos verificando as agências de aluguel de carros também. Até agora 316


não encontramos nada, mas isso sugere fortemente que sua fêmea pode ter estado certa sobre ele ter outros humanos sendo enganados e usados com o mesmo motivo que ele usou com sua companheira." True cerrou os dentes, furioso. "Você acha que há mais Espécies lá fora, e ele sabe de suas localizações." "Parece que sim." Darkness retumbou daquele seu jeito sinistro. "Eu ainda acredito que poderia torturar as informações dele, mas este é um bom plano, caso eu não conseguisse obter todas as informações que ele está escondendo. Podemos recuperar outras Espécies. Liguei para Fuller e deixei 'escapar' para o assistente do diretor que sua fêmea ficou tão traumatizada com a tentativa de sequestro que precisou ser fortemente medicada e que os médicos planejam mantê-la assim por alguns dias. Boris tem estado em contato com Jeff e essa notícia foi retransmitida para ele. Ele vai se sentir seguro por mais algum tempo de que sua identidade de Agente Brice ainda é um segredo." "Eu não gosto disso. Ele poderia enviar mais humanos atrás de Jeanie." "Sua fêmea está segura, True. Tim tem uma van estacionada a duas quadras da casa do humano e Boris está sob vigilância constante. Eles podem entrar em sua casa para prendê-lo em poucos minutos, se ele planejar algo contra ela. Até agora ele não mencionou sua companheira de qualquer forma, exceto por sua conversa com o macho com quem trabalha. Boris jurou que foi um erro os machos terem sido enviados para buscá-la e que ele tinha estado sob a falsa impressão de que ela era uma funcionária de alto escalão da Mercile. É claro que ele está mentindo para encobrir seus rastros, mas isso é tudo o que foi dito." True se curvou, puxando a calça enquanto usava o ombro para segurar o telefone no ouvido. "Sua localização está segura embora, correto?" "Ninguém sabe onde ela está, exceto as Espécies e Tim. Ele disse que não transmitiria essa informação a ninguém de sua equipe. Ele não gostou, porque confia neles, mas Justice lhe ordenou que não. Quanto menos pessoas souberem, melhor. A segurança dela é primordial para todos." 317


Isso aliviou um pouco do medo de True. "Quanto tempo você acha que vai demorar para rastrear essas duas novas identidades que acabaram de descobrir?" "Tim acredita que saberemos em um ou dois dias e estaremos cientes de tudo que ele faz, o que irá nos fornecer mais pistas. Espere, vou tirar o telefone um minuto e verificar algo." True ouviu digitação. Em poucos segundos Darkness pegou o telefone novamente. "Desculpe. Estou em contato com a força-tarefa através do computador. Eles acabaram de retransmitir que Boris esteve conectado a uma conta bancária sob uma dessas identidades e está transferindo fundos para Dubai." "Onde é isso?" "No Golfo Pérsico." "Onde é isso?" "Do outro lado do mundo." "Ele vai viajar?" "Parece que pretende, mas ele não vai muito longe. Não se preocupe, True. Não vamos permitir que ele escape. Ele vai pagar pelo que fez com sua companheira e nosso povo. Estamos de olho nele." Ele precisava acreditar nisso ou se esgueiraria fora de Homeland pelo mesmo caminho que Moon tinha feito para encontrar sua companheira, só que ele teria motivos menos amorosos. Ele queria colocar as mãos no humano e torcer seu pescoço até que ele desse seu último suspiro. True queria se certificar de que Boris jamais poderia prejudicar Jeanie de novo. "Ah, roupas e material de higiene pessoal foram deixados do lado de fora da porta de sua casa. Não quiseram tocar a campainha, caso vocês estivessem dormindo. Estávamos cientes de que não dormiram nada na noite passada. Ligue para a portaria comunitária quando quiser o abastecimento de alimentos entregues. Estão armazenados na geladeira até que esteja pronto para eles. Imaginamos que você poderia atacar um oficial, se ele entrasse na casa para guardá-los."

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"Obrigada. Vou ligar agora. Você não conseguiu dormir muito também. Já que estava interrogando os guardas em Fuller." "Fico bem sem dormir." Darkness riu. "Gosto de me manter ocupado." Seu tom ficou rouco. "Além disso, eu teria tido pesadelos depois das coisas que descobri." "Foi tão ruim assim?" "Vamos discutir isso mais tarde. Agora sua companheira é nossa prioridade. Como ela se indo?" "Bem. Jeanie é corajosa." "Você não rosnou, então eu suponho que está mantendo seu temperamento sob controle porque ela está dormindo?" "Bom palpite." "Volte para ela e descanse bastante. Aproveite sua nova companheira e nos permita cuidar de tudo isso. Ela é sua principal preocupação." "Quero dez minutos a sós com esse macho quando for preso." Darkness não respondeu. "Ele deveria morrer pelo que fez. Sou voluntário para ser a pessoa." "Concordo, mas você não é a única Espécie que ele prejudicou. Talvez tenhamos que tirar no palitinho para saber quem recebe o prazer de matar esse macho." "Ele veio atrás de minha companheira." "Fury afirma esse rancor também. Talvez vocês dois possam despedaçá-lo como um osso ganhador." Darkness riu. "Esta é uma boa imagem, não é?" True concordou silenciosamente. "Pegue suas coisas na frente da porta e ligue para a portaria quando quiser comida. Preciso fazer mais chamadas. Vou te enviar mensagens se houver mais informações para dar." "Obrigada."

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True desligou e abriu a porta da frente. Quatro caixas estavam empilhadas na sombra da varanda. Ele olhou ao redor, mas não viu nenhum movimento. Precisou de apenas duas viagens para trazê-las para dentro antes de trancar a porta novamente. A comida podia esperar. Ele foi pelo corredor enquanto tirava a calça, então voltou para a cama com Jeanie. Ela resmungou em seu sono, mas se virou para ele, aconchegando-se contra seu peito. Ele pegou uma mecha de seu cabelo e inalou. Sua companheira estava segura e em seus braços. Ele seguiria o conselho de Darkness e se preocuparia com o resto mais tarde. Seu pau se agitou apenas na sensação dela contra ele, mas ignorou o desejo de fazer amor com sua companheira. Ela precisava dormir mais do que precisava dele. Ele relaxou, fechou os olhos e sua respiração desacelerou até que também derivou para o sono.

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Capítulo Vinte Jeanie se afastou da mesa, olhando a refeição que havia disposto. True estava ao telefone já há algum tempo. Ela foi à sua procura, encontrando-o no quarto. Seu olhar encontrou o dela e ele se desculpou para terminar a conversa. "O jantar está pronto. Fiz bife e me certifiquei de deixar o centro mal-passado." Ele se aproximou e passou os braços em volta de sua cintura. "É mesmo?" "Sei que você gosta de sua carne meio crua." "Você vai conseguir comê-la?" "Vou cortar as pontas bem passadas." Ela sorriu, envolvendo os braços nele. "Vamos comer antes que esfrie." "Minha companheira preparou uma refeição para mim." Ele sorriu. "Eu me lembro de como cozinhar. Já faz algum tempo. Vivo sozinha desde que me formei na faculdade e não tinha mais colegas de quarto por perto que pensavam que refeições só vinham em variedades para microondas. Era meio sem graça fazê-las apenas para mim, afinal." Ele a ergueu do chão e foi pelo corredor. Ela levantou as pernas e as envolveu ao redor de sua cintura. A sensação do pênis duro preso dentro da calça esfregou contra a frente de sua boceta, deixando-a mais do que ciente de que ele estava excitado. "Continue assim e poderemos comer mais tarde." "Não. Compartilharemos sexo depois. Estou ansioso para comer o que você fez para mim." Ele a obrigou a liberá-lo quando entrou na sala de jantar. Puxando sua cadeira. "Sente-se, companheira." Ele sempre era atencioso. Eles só tinha estavam acasalados por pouco mais de um dia, mas ela tinha a sensação de que ele não seria um homem que deixaria de lhe dar um tratamento 321


especial logo, se alguma vez o fizesse. Ele cheirou, sorriu, e tomou a cadeira ao seu lado. Ela se inclinou e começou a repartir a comida em seu prato primeiro, e então o dela. "Está maravilhoso." Ele cortou a carne mal passada, deu uma mordida hesitante e gemeu em apreciação, olhando em seus olhos equanto mastigava e engolia. "Perfeito." "Ótimo. Havia uma receita disso em uma das gavetas de alguém que morava aqui, então fiz por ela." Ela cortou um pedaço da carne. "Posso perguntar com quem estava falando ao telefone? Você ficou lá por um bom tempo." "Você é minha companheira. Pode sempre me perguntar qualquer coisa." "Pensei que pudesse ser negócios privados das Novas Espécies." "Você é Espécie agora. Não há informações que não pode saber, Jeanie. Era Darkness no telefone. Eles descobriram um padrão de voos de Boris para o Oregon nos últimos meses sob um dos nomes falsos que ele está usando. Eles conseguiram localizar a empresa de aluguel de carros para onde ele passou o dinheiro, e enviaram um dos membros da força-tarefa até lá para ver se eles usam sistemas de GPS nos carros e ter uma localização exata de onde ele foi." Ela esqueceu sobre a comida no prato. "Há outro lugar onde Novas Espécies estão sendo mantidos então." "Incerto, mas suspeito." "Existe empresas de desenvolvimento de pesquisas na área? Era por aí que eu começaria a procurar." "Três. Estão tentando descobrir se alguma tinha relações com a Mercile Industries." "Vocês podem fazer uma busca em todas as três?" "Poderíamos, mas não ao mesmo tempo. Estamos preocupados que, se um local for comprometido, os outros dois possam ficar sabendo. Se escolhermos errado, eles podem mover as Espécies ou matá-las para nos impedir de resgatá-los." "Porque vocês não podem invadir as três de uma vez?"

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"Não temos tantos machos treinados para fazê-lo sem trazer recursos de fora. Preferimos não arriscar. Eles não estão equipados para lidar com Espécies capturadas ou os problemas que tivemos com outras instalações que os mantinham prisioneiros. É melhor investigarmos até estarmos certos de que uma, se houver, possa estar envolvida com a Mercile ou alguém que já foi funcionário com acesso ao nosso povo." Ela assentiu, se ligando nessas informações. "Eu vejo." "Pode não ser uma empresa de pesquisas. Pode ser um particular que possui uma Fêmea Presente. É em uma área onde um monte de humanos ricos vivem." Jeanie nunca iria esquecer o que significava ser marcada com essa classificação. "Vocês resgataram tão poucas delas, não é?" "Sim." Ele tomou um gole de leite. "Boris poderia estar indo lá por outros motivos. Não queremos nos precipitar. Precisamos saber com o que estamos lidando." "E sobre as escutas telefônicas? Alguma coisa?" "Ele tem falado com um macho humano, mas as conversas são muito breves. Não fomos capazes de rastrear essas chamadas. Eles só dão horários e datas de reuniões antes de desligar. Todos os números de telefones dos quais Boris usa parecem ser indetectáveis. Tentamos ligar para um dos números que Boris contatou, planejando dizer que foi engano, mas foi direto para caixa postal. Era uma voz automatizada e não conseguimos identificar a localização. Eles marcaram uma reunião para a próxima semana. Boris reservou um voo para Oregon, então estamos certo de que o outro macho está nessa área. A equipe vai seguir Boris para descobrir quem é o humano, e então segui-lo também." "É tão frustrante." "Coma," True instruiu. Ela mexeu a comida, sem mais apetite. True desfrutou da refeição o suficiente para ter três porções. Deixou-a feliz que ele parecesse realmente gostar que ela cozinhasse. Ela tinha ficado nervosa enquanto preparava a refeição, esperando que a carne ficasse boa e ao seu gosto. 323


O telefone dele tocou e ambos olharam para seu bolso da frente. Ele suspirou, pegou e o olhou. "Preciso atender isso." "Vá em frente." Ele se empurrou da mesa e levantou, afastando-se alguns passos. "True aqui." Ele ouviu e fez uma careta. "Por quê? O que eles querem?" Ele fez uma pausa, o olhar fixo em Jeanie. "Não," ele rosnou. "Minha companheira não vai se encontrar com eles." "Encontrar quem?" Ela ficou de pé, colocando o guardanapo ao lado do prato. Ele disse a quem estava ao telefone para esperar e franziu o cenho para ela. "Três agentes do FBI estão nos portões da frente e gostariam de falar com você." Ela agarrou as costas da cadeira, atordoada. "Por quê?" Ela não tinha ideia do por que os agentes iriam aparecer pedindo para vê-la. "Não disseram, mas Justice quer que você os encontre para ver o que querem. Tim foi falar com eles, mas eles se recusaram a lhes dar as respostas." "É ele quem está no telefone? Justice?" "Sim." "Não o deixe esperando." Ela ficou horrorizada. "Ele é seu líder. Eu deveria falar com eles, se ele quer que eu faça." "Eu não me importo com o que ele quer. Você é minha companheira e eu não a quero perto de outros humanos. Eles podem estar aqui para te fazer mal." "Eles são agentes federais. Não faço nenhuma ideia do que querem falar comigo, mas tenho certeza de que vai ficar tudo bem, True. Quero dizer, são feitas todas as verificações de antecendentes sobre eles. Pode ser importante. Eu deveria falar com eles." Ele rosnou e colocou o telefone de volta no ouvido. "Ela quer vê-los, mas eu vou com ela. Eu não confio neles." Ele ouviu e desligou. "Vamos. Uma SUV já está a caminho. Você não sai do meu lado, Jeanie. Entendeu?" "Perfeitamente." 324


"Justice e alguns outros estarão presentes." Ele a olhou. "Você precisa de sapatos." Ela teria gostado de vestir algo com uma aparência mais profissional, mas as camisetas e calças stretch eram as melhores roupas que ela possuía atualmente. Seus pertences em seu apartamento teriam sido enviados pela equipe da força-tarefa que tinha ido conferir sua história, mas ainda não tinham chegado. Ela colocou os sapatos e correu até o banheiro para escovar os dentes e arrumar o cabelo. True a esperava na porta da frente. "Eu não gosto disso." "Eu também não, mas você não está curioso? Eu estou." "Não. Quero mantê-la longe de todos." "Vai ser aqui em Homeland, certo? Não vamos sair para encontrá-los em outro lugar?" "Vai ser aqui. Você não vai sair do território da NSO." "Então, vai ficar tudo bem." A viagem até o prédio de escritórios perto dos portões da frente pareceu demasiadamente curto para Jeanie. True a manteve no colo e ela pôde ver pelo aperto sombrio de sua mandíbula que ele não estava feliz. Justice e Fury os encontraram do lado de fora quando o motorista estacionou em frente à porta lateral. "Não responda a nenhuma das perguntas sem olhar para mim primeiro," Justice exigiu. "Sinto muito usá-la dessa forma, mas eles se recusaram a nos dar qualquer dica de seus propósitos. As perguntas que lhe fizerem deve indicar por que estão aqui." Fury assentiu. "Tim estará lá também. Ele fez algumas ligações e nenhum de seus contatos sequer sabiam que íamos ser visitados por agentes. É muito curioso." "Fale devagar." Justice acenou em direção ao prédio. "Lembre-se de olhar para mim antes de responder. Fiz uma chamada para o presidente, mas ele está fora do país e incapaz de atender." O Presidente dos Estados Unidos? Ela o olhou boquiaberta, certificando-se de que era isso o que ele tinha dito. Confundia sua mente que ele pudesse ter alguém tão importante em sua lista de contatos telefônicos pessoais. Ela pensou, no entanto, na gravidade da situação. 325


Uma Nova Espécie abriu a porta lateral. "Estão esperando na sala de conferências," ele murmurou baixo. "Recusaram ofertas de café ou água." Justice fez uma pausa, olhando para Jeanie. "Sinto muito que tenha que fazer isso, mas nos incomoda que estejam sendo tão secretos sobre o porquê querem falar com você. Já os informamos sobre seu estado de companheira, caso estivessem tentando segui-la por um proceso criminal humano contra você, mas eles não desistiram de vê-la." "Um processo criminal?" Ela agarrou a mão de True. "Eles lidam com o crime organizado e algumas das práticas de Drackwood e Cornas Research podem ter capturado seu interesse. É claro que como companheira você já não está sujeita às leis humanas e está protegida sob a lei Espécie. Eles não podem prendê-la ou levá-la de Homeland. Eles não têm jurisdição para fazê-lo." Ela lamentou ter concordado encontrar os agentes do FBI, mas já era tarde para voltar atrás. "Você tem certeza disso?" Fury riu. "Sim. Mostramos-lhes uma cópia de seus documentos de companheira como prova, caso eles não acreditassem em nós. Eles estão mais do que cientes de que apenas estão aqui e podem falar com você, porque nós permitimos essa delicadeza." Ela sentiu um pouco de seu medo aliviar. "Ok. Entendi. Falar devagar, ver o que eles querem, e olhar para você antes de responder." Ela olhou para Justice North. "Eu posso fazer isso." "Eu sabia que podia." Ela ficou feliz que ele tivesse fé nela, porque a sua vacilou um pouco quando entrou em uma pequena sala de conferências e viu os três homens vestidos de ternos. Eles estavam muito impecavelmente preparados, variando entre trinta e poucos anos a quarenta e tantos, e todos a olharam com olhares sérios. "Srta. Shiver," falou o mais velho. "Obrigada por concordar em se encontrar conosco. Sou o Agente Especial Spears, este é o Agente Especial Parks, e o Agente Especial Green." Ele apontou para os outros dois enquanto dizia seus nomes. 326


Ela se sentou antes de qualquer outro, com as pernas ameaçando desabar. "Estou meio que surpresa," ela admitiu. "Ignoro o porquê de estar aqui." Era muito pior do que a vez que tinha sido parada por um policial e recebido uma multa por excesso de velocidade no final de sua adolescência. Os três agentes se sentaram à sua frente, ainda sérios. Os nervos a fazendo lamentar ter comido quando sua barriga pareceu dar uma cambalhota. True se sentou ao seu lado, enquanto Fury tomava um assento do outro lado. Justice e Tim se inclinaram contra a parede atrás dos agentes. Um dos agentes olhou para trás, franziu a testa, mas não disse nada quando a encarou novamente. "Estamos fazendo uma investigação de atividades criminosas que podem ter ajudado a financiar a Cornas Research. Estamos esperando que você possa nos ajudar." O Agente Especial Spears se inclinou. "Você foi uma contabilista lá e esperávamos que pudesse responder nossas perguntas." Ela se lembrou de olhar para Justice. Ele franziu a testa e acenou. "Eu não era uma contabilista. Eu sou péssima em matemática, na verdade. Sou a última pessoa que deveria estar no comando de dinheiro. Eu mal posso equilibrar meu talão de cheques." O Agente Especial Spears franziu o cenho. "Nossas informações diz que era este o seu cargo." "Não era." "Jeanie era uma técnica de saúde," True confirmou. "O termo técnico é um flebotomista," Jeanie explicou. "Eu coletava amostras de sangue." "Nosso informante diz o contrário." Ela olhou para Justice, vendo sua carranca. Ele não assentiu ou sacudiu a cabeça, então ela olhou nos olhos do agente. "Não sei quem te disse isso, mas não é verdade. Você pode verificar meus registros fiscais. Minha profissão está listada, e eu nunca as falsifiquei. Você também pode procurar os cursos que fiz na faculdade. Não é nenhum segredo. Tenho certificados que estão atualizados. Você pode verificar os demais." 327


"Você está dizendo que nosso informante mentiu?" O Agente Especial Green franziu a testa. "Obviamente, uma vez que ninguém no seu perfeito juízo iria me deixar perto de seu dinheiro. Inferno, verifique meus extratos bancários dos últimos anos. Pago juros regularmente por não prestar atenção ao meu saldo bancário." Ela parou, corando, e desejou não ter dito aquilo. "Não dou cheques sem fundos de propósito. Pago por cheque especial e nunca é mais do que uns trinta dólares a mais. Eu sempre os resgato e pago as taxas ao banco por ter que cobri-los quando eu ultrapasso. É por isso que tenho cheque especial. Vou calar minha boca agora antes de colocar meu pé mais fundo em minha boca." "Eu vejo." O Agente Especial Spears fez uma careta. "Vamos ter que falar com nosso informante de novo sobre este assunto. Precisamos saber onde encontrá-la." Ele cavou dentro do paletó e retirou um dispositivo eletrônico. "Preciso de um número e endereço onde pode ser encontrada." Justice se afastou da parede. "Você pode contatá-la através de Homeland." "Não acho que você entenda a importância de nossa investigação. Preciso de acesso a ela." "Não acho que você entende que ela é Nova Espécie." "Ela parece humana para mim," O Agente Especial Green murmurou. "Ela é uma companheira e, portanto, é Espécie. Isso significa que você precisa passar pelos canais apropriados para entrar em contato com a Espécie Jeanie." Fury cruzou os braços sobre o peito, parecendo intimidador quando os encarou. "Este seria o escritório principal em Homeland. Você não precisa de um contato direto com ela através de telefone ou endereço físico desde que ela vive em Homeland." "E se ela se mudar para a Reservation? Estamos cientes de que é impossível manter controle de seu povo entre ambos os locais. Vocês não mantêm exatamente registros DMV(Departamento de Veículos Motorizados) ou planos de voo arquivado ou listas de passageiros com a FAA(Administração Federal de Aviação)." O Agente Spears olhou para ela, 328


depois para Justice. "Você pode, pelo menos, mantê-la aqui para que possamos entrevistá-la novamente em breve?" Os olhos de Justice se estreitaram. "É possível, mas não prometo nada." O Agente Especial Spears se levantou. "A Cornas Research esteve associada a uma organização apoiada pela máfia. Eles podem ter utilizado a empresa para lavar dinheiro. Se ela era a contadora e puder provar que eles faziam transferência de fundos de e para lá, isso poderia colocá-la em perigo. Acho que deve concordar em nos permitir colocá-la em prisão preventiva." True se levantou. "Nunca. Jeanie não sai daqui." Justice contornou a mesa, parando atrás de Jeanie. "A Espécie Jeanie vai permanecer em Homeland. Ela está segura aqui." "Estamos falando sobre o crime organizado, Sr. North. Estes não são um bando de idiotas com o intuito de causar um rebuliço na mídia para chamar a atenção para qualquer causa que eles decidiram apoiar lançando alguns ataques meia-boca em seus portões. Estamos falando de assassinos altamente qualificados que podem ou não decidir silenciá-la, se ela pode ligá-los a Cornas. Ano passado, eles removeram uma figura pública com uma grande equipe de segurança depois que ele se recusou a lhes permitir comprar uma grande quantidade de bens que eles queriam usar para iniciar um monopólio do jogo." "Estamos organizados e preparados para lidar com qualquer situação. Ela não vai com vocês. Ela não era a contadora e True sabe em primeira mão que ela disse a verdade já que ela costumava tirar suas amostras de sangue. Posso ter dezenas de declarações de outras Espécies que dirão a mesma coisa, desde que ela tirou o sangue deles também. Seu informante está errado." Justice os arrecadou com um olhar duro. "Vocês perderam seu tempo vindo aqui, senhores." "Nosso informante pode estar errado, mas é a informação que ele está dando. Nós a ouvimos e o cartel pode ter também. Ela poderia ser um alvo." O Agente Especial Spears não estava disposto a desistir. "Quem é seu informante?" 329


Os lábios do agente se fecharam. "Saiam," Justice ordenou. "A entrevista acabou." Ele estendeu a mão e gentilmente segurou o braço de Jeanie, ajudando-a a ficar de pé. Ela fez, True se apoderou do outro, e se apressaram para a porta. Que foi fechada atrás deles e gritos fracos foram ouvidos. Fury saiu e acenou para um dos oficiais Novas Espécies. "Leve-os para casa agora." Ele reentrou na sala com Justice e os três agentes. Jeanie estava confusa quando saíram do prédio e foram empurrados em uma SUV à espera. "Isso foi estranho." "Talvez o informante seja Jerry Boris. Ele a quer removida de nossa proteção." True a levantou do assento para seu colo, envolvendo os braços em sua cintura. Ela se inclinou contra ele e estremeceu. "E se a gente não tivesse acasalado? Eles poderiam ter me forçado a ir com eles?" "Não estou certo," True admitiu. "Não importa embora, somos companheiros e as leis que nos protegem a protegem também. Você é Espécie e as autoridades do mundo lá fora não têm o direito de levar nenhum de nós da NSO."

***** Depois que voltaram para casa, Jeanie foi tomar banho. True estava furioso, mas esperou até que ela começasse a encher a banheira para ligar para Darkness, sabendo que sua audição humana não iria captar os sons acima da água corrente. Ele respondeu ao primeiro toque. "Eu sabia que seria você, True." "Foi uma manobra para levar minha companheira, não foi?" "Parece que sim. Eles se recusaram a dar o nome do informante, mas nós suspeitamos de quem é." 330


"Odeio esse humano. Como ele foi capaz de dizer essa mentira para eles sem nosso conhecimento a respeito?" "Ele provavelmente fez a chamada de DC, antes de chegar em casa e saber que a tentativa de sequestro falhara. As agências governamentais não funcionam tão rápido quanto nossa forçatarefa. Podem ter levado todo esse tempo para vir aqui e pedir para falar com sua companheira." "Eles poderiam tê-la levado se ela não fosse minha companheira?" "Eles vieram com uma papelada que a estabelecia como uma testemunha hostil. Era um documento do tribunal, assinado por um juiz, nos ordenando reenviá-la sob sua custódia por essas razões. Não se preocupe," ele se apressou a dizer, “não é válido para a NSO. É mais postura que qualquer coisa. Ela ser Espécie o torna nulo e sem efeito. Nenhum juiz humano tem autoridade aqui. " Ele rosnou. "O humano não vai parar até levar Jeanie de mim." "Ele está no momento em casa assistindo televisão. Posso vê-lo pela tela do meu computador, True. Ele é realmente um homem entediante. Pediu uma pizza para o jantar e tem evitado ir a Fuller já que alguns dos membros da equipe de força-tarefa assumiram seus guardas até que novos possam ser contratados. A força-tarefa me conectou a seus programas para que eu possa manter um olho nele." "Houve mais alguma chamada para o macho suspeito do Oregon?" "Não, mas ele ligou para uma massagista e marcou um horário para ela vir à sua casa amanhã de manhã." Ele limpou a garganta. "Ela tem um registro por prostituição, então não acho que seja suas costas que ele planeja esfregar. Fique feliz por não ter um link para alimentação dessa câmera em sua casa. Não estou ansioso por isso. Ele não é um humano muito simpático, a foto feita na prisão da fêmea também não é lá muito atraente, quando fizemos uma verificação de antecedentes sobre ela. Espero que ele esteja lhe pagando um monte de dinheiro, porque ela vai merecê-lo, se tiver que fingir interesse por ele." "Ele paga para compartilhar sexo?" 331


"É uma coisa humana. "Darkness bufou. "Talvez seja por isso que ele nos odeia. As fêmeas humanas fazem filas em nossos portões apenas na esperança de conhecer um de nós. Duvido que qualquer coisa que este humano faça seja agradável, e ele com certeza não consegue atrair uma fêmea com sua aparência. No momento ele está usando um par de boxers surradas com várias manchas e fica o tempo todo coçando o saco como se estivesse cheio de pulgas. Eu quero me banhar, só de olhar para ele." "Minha companheira está tomando banho." "Vá se juntar a ela. Relaxe, True. Aproveite o tempo com sua companheira. Estamos cuidando disso e você está livre de suas funções até que isso acabe. Muitos machos teriam inveja do tempo que você tem para passar com ela sem interrupções." Darkness fez um bom ponto. "Ok. Quero ser atualizado." "Será. Oh, merda." Darkness rosnou. "Estou enojado." "O que aconteceu?" "Ele gosta de pornografia e simplesmente puxou o calção. Essa mulher realmente vai merecer um monte de dinheiro amanhã. Não vi algo tão pequeno desde que visitei a casa de Fury e seu filho decidiu que gostava de tirar a roupa e correr pela casa nu. Salvation é maior do que este macho. Vá ficar com sua companheira. Vou me afastar desse monitor ou vou vomitar. Ele acabou de cuspir na mão em vez de usar loção." True desligou, fazendo uma careta. O desejo de estar perto de Jeanie anulou tudo enquanto ia pelo corredor e entrava no quarto, o atravessando para chegar ao banheiro. A visão dela se despindo ao lado da banheira fumegante era atraente. "Oi!" Ela sorriu. "Esta banheira é grande o bastante para dois. Por que não entrar comigo?" Ele ficou tentado, mas seu sorriso parecia um pouco forçado. "Você está bem?" "Estou muito bem." "Jeanie?"

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"Ok. Continuo pensando sobre esses agentes do FBI, ok? É meio intimidante pensar que eles queriam me levar. De onde eu venho, bem, eles conseguem o que querem." "Não nos importamos com o que eles pensam." "Eu sei." Ela se endireitou, totalmente nua. "Isso apenas meio que me assustou. Por que você não vem me distrair?" Ela levantou os braços e estendeu a mão para ele. True estava do outro lado do banheiro num piscar de olhos, levantando Jeanie contra o corpo até que seus rostos ficaram nivelados. "Eu deveria ligar para Justice e lhe pedir para prender o humano para que ele não possa usar outras maneiras de tentar levá-la de mim. É óbvio que ele é a pessoa que mentiu para os homens do governo." "Não. Precisamos encontrar as outras Novas Espécies primeiro, True," Jeanie o lembrou. "Isso não vale seu medo constante, Jeanie." Ela mordeu o lábio. "Já vivi com muito pior do que isso, True. Não foi tão ruim assim. Pelo menos eu não fui baleada dessa vez," ela brincou. True rosnou. "Ninguém vai chegar tão perto de você." "Foi uma piada. Eu sei disso. Estou segura com você." Ele a cheirou, aquele perfume doce detectável. "Continuo farejando seu medo e isso está me deixando louco. Não suporto saber que está com medo. Cada instinto que tenho está urrando em mim para protegê-la. Isso me deixa maluco. Você não deveria ter que viver com medo." Ela abraçou mais apertado ao redor de seus ombros e levantou as pernas, envolvendo-as em sua cintura. "Precisamos seguir com isso, True. É muito importante tentar encontrar as outras Novas Espécies. Eu vou ficar bem." Ele beijou sua testa. "Quero protegê-la e me certificar de que você não tenha medo." "Eu sei. E eu quero que sua gente seja encontrada e salva. Vale a pena o medo que estou experimentando até que isso termine."

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"Não tenho tanta certeza. Você foi ferida para salvar minha vida e depois foi baleada protegendo nosso povo. Você tem feito mais do que o suficiente pelas Espécies. Você merece ser feliz acima de tudo, Jeanie." "Eu tenho você." Ela acariciou sua garganta com os lábios, roçando um beijo lá. "Nunca estive mais feliz em minha vida." Ela o encarou. "Você quer saber o que me deixaria em êxtase?" "Diga e é seu." "Leve-me para o quarto. O banho pode esperar." Ele apenas se virou e foi para o quarto. Jeanie virou a cabeça em direção à cama. "Lá. Faça amor comigo. Vou tocá-lo para fazê-lo esquecer a raiva e você pode me distrair totalmente do meu medo." Ele sentou na cama com ela no colo. "Eu gosto desse plano." "Menos conversa e mais ação." Ele rosnou e estendeu a mão, enredando os dedos em seu cabelo para puxar seus lábios para mais perto. Ela abriu a boca quando ele a beijou. Ele mal percebeu quando ela desembrulhou as pernas de sua cintura até que lhe deu um empurrão súbito que o pegou desprevenido. Ele caiu de costas no colchão, olhando para ela com espanto. Jeanie se levantou, apoiando as mãos em seu peito para ajustar as pernas escarranchadas em seu colo enquanto sorria para ele. "Fique assim." Ele arqueou uma sobrancelha em questão, mas ficou quieto quando sua companheira desceu por seu corpo até que a bunda descansava sobre a parte superior de suas coxas. Ela se ergueu e estendeu a mão para a frente de sua calça, abrindo-a. "Você quer me despir?" "Você poderia dizer que sim." Ela correu o olhar e segurou o dele, um brilho de humor em seus olhos. "Eu vou brincar com você dessa vez." Ele gostava quando ela era travessa. "Você quer me tocar até quebrar meu controle?" Ela riu. "Você gosta de me dominar na cama, então eu estou virando o jogo agora." 334


Ele levantou os quadris, levando-a com ele, para ajudar quando ela abriu a calça e indicou que queria puxá-la o suficiente para liberar seu pau duro dos limites do material. Ele a viu sorrir enquanto estudava seu sexo. Ele ficou feliz que ela gostasse de vê-lo nu. "Coloque as mãos atrás da cabeça e as mantenha aí." Ele hesitou, mas fez. Alguns machos tinham falado sobre sexo com humanas e como elas pediam coisas estranhas. "Não vou poder tocá-la, se o fizer." "Esse é o objetivo agora. Eu farei os toques." Ela agarrou a parte inferior de sua camisa e puxou. Ele arqueou as costas para ajudá-la. Ela parou quando ele estava nu até os mamilos e ele rosnou quando ela se inclinou para frente, a língua traçando a ponta arredondada da esquerda. A respiração era quente quando o céu da boca se fechou sobre seu mamilo e ele fechou os olhos quando ela chupou. Ela raspou os dentes inferiores suavemente sobre a ponta esticada que respondeu imediatamente. Seu pau estava preso entre seus corpos e se contorceu em antecipação do que estava por vir. Ela abriu as palmas sobre seu abdômen, a carícia baixando até que uma das mãos envolveram o perímetro de seu eixo. Ele rosnou mais alto e seus quadris moeram contra ela. Jeanie soltou seu mamilo e soprou ar sobre isso. Ele abriu os olhos, olhando-a enquanto ela sorria. "Você gosta disso?" Ele apenas acenou, incapaz de falar naquele momento. "Acho que você vai adorar isso, então." Ela desceu um pouco mais, a boca beijando suas costelas. A língua saiu para lambê-lo em alguns lugares e ele cerrou as mãos acima da cabeça. Ele queria tanto tocá-la. O desejo era quase impossível de resistir, mas ele se lembrou de que ela queria que mantivesse as mãos para cima. Ele queria rolá-la no momento em que ela chegou ao seu baixo ventre. Queria foder sua companheira. Ele continuou a olhá-la, amando quando ela sustentou seu olhar, quase como se o observasse para medir suas reações. Ela não ficou com medo do rosnado que irrompeu dele

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quando ela baixou os lábios e deu um beijo molhado em seu osso pélvico tão perto de seu pau que ele pôde sentir o hálito quente ventilando sobre isso. "Você deveria ver seu rosto," ela sussurrou. "Você fica tão sexy quando morde seu lábio inferior e me dá esse olhar selvagem." Ele tentou educar suas feições um pouco no caso de ela confundir desejo com raiva, algo que não queria. Ela se levantou de leve, deslizando por suas coxas um pouco mais, e baixou a cabeça novamente. Ela jogou o cabelo para um lado e isso se espalhou por seu quadril exposto. Fez um pouco de cócegas, mas ele não sentiu nenhuma vontade de rir quando a boca pairou tão perto de seu pau que ele esqueceu como respirar. Ela separou os lábios e a língua rosa se arremessou fora. A sensação dela lambendo a coroa de seu pênis o fez silvar e sacudir os quadris. Ela parou, olhando-o com surpresa. "Você está bem?" "O que está fazendo?" Ele estremeceu, surpreso que esse tom áspero estivesse vindo dele. Ela curvou os dedos mais firmemente em volta de seu eixo, lhe dando um aperto. "Dandolhe um boquete." A mente dele estava em branco. "Sexo oral." "Eu sei o que significa." Ele se sentou um pouco, ajustando os braços abaixo para poder apoiar os cotovelos na cama. "Nós não discutimos isso." Os lábios dela se curvaram. "E precisamos? Você fez comigo. Nada mais justo." "Hum..." Ele teve dificuldades para falar com a boca de Jeanie tão perto de seu pau e ele mais do que ciente de onde ela o lambia. Ele pulsava em sua mão, outra coisa que ele estava dolorosamente ciente. "Isso não é uma boa ideia." "Por que não?" Ela não parecia assustada, apenas confusa. "Machos Espécies ejaculam forte quando lançam o sêmen e você sabe que eu incho na base." 336


"Então vou brincar com você por um tempo." "Você está tentando me matar," ele deixou escapar. O que disse se registrou e ele quis gemer de arrependimento. Ele sabia que ela não estava realmente tentando matá-lo, mas se preocupou de que ela achasse que era do que ele a estava acusando. "Quero dizer, meu controle não é tão grande. Eu nunca fui testado assim antes." Ela inclinou a cabeça um pouco e seus olhos se estreitaram enquanto estudava seu rosto. "Você está me dizendo que ninguém jamais fez isso com você?" Ele pôde sentir o calor correndo por seu rosto. Ela não conseguia esconder que achava isso bizarro ou incomum. Esta era a última coisa que ele queria que sua companheira pensasse. Era um pouco embaraçoso. "Fêmeas Espécies não fazem isso." Ela sorriu. "Vou ser a primeira? Bem, descanse e desfrute. Tente não puxar meu cabelo, ok?" "Jeanie," ele avisou baixinho, "Não acho que isso seja uma boa ideia." Ela lambeu os lábios. "Eu acho que é uma ótima ideia. Só tenho que parar antes de você gozar. Já entendi. Basta me avisar." Ele abriu a boca para protestar, mas ela baixou o rosto e tudo que ele conseguiu fazer foi sugar o ar bruscamente quando prazer o atingiu no instante em que ela o levou na boca. A sensação era diferente, muito boa, e ele simplesmente desabou sobre as costas de olhos fechados enquanto ela se movia, acariciando-o com a língua e os lábios enquanto aplicava sucção. "Jeanie," ele rosnou, agarrando na cama em vez dela. "Oh. Você... Eu..." Ele não conseguia sequer formar palavras e as que saía não faziam sentido. Pare de tentar falar, ele se ordenou. Cada tração da boca ao longo de seu eixo era puro êxtase. A sensação da língua contra a parte superior de seu pau o fez querer uivar. Ele queria expressar o quanto estava gostando, mas era uma tortura ao mesmo tempo. Era muito intenso, era muito bom, e ele percebeu que estava prestes a explodir quando suas bolas apertaram. Ele queria enchê-la com sua semente, mas sabia

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que poderia machucá-la, então se abaixou e agarrou seus ombros, esperando não estar usando muita força, para quebrar o contato entre eles. Ele rolou, prendendo-a debaixo dele quando se moveu abaixo o suficiente para deslizar os joelhos fora da cama. Ele bateu no tapete um pouco forte, mas não se importou. Ela estava nua. Não havia nada que o impedisse de amar sua companheira quando alcançou entre eles para correr o polegar ao longo da costura de seu sexo. Ela estava molhada e pronta. Obrigada, ele conseguiu pensar, sabendo que iria levá-la de qualquer maneira, desde que a necessidade de estar dentro dela era forte demais para parar naquele ponto. True ficou muito feliz que não teria que fazer algo que ela poderia achar rude como puxá-la até a mesa de cabeceira para pegar a loção para despejar sobre seu pau e se certificar de que não haveria muito atrito. Ele recuou, olhando em seu rosto uma vez para se certificar de que não a tinha assustado. Ela parecia um pouco atordoada, mas por outro lado, excelente. Ele a virou de bruços. Um joelho empurrando suas pernas enquanto a puxava sobre a beirada do colchão até que ficasse curvada na cintura lá, e seu pau dolorosamente inchado nem sequer precisou de ajuda para encontrar o ponto certo, quando ele olhou para baixo e ajeitou os quadris para alinhar seus sexos. Ele se dirigiu nela. Ela estava molhada o suficiente para levá-lo com um impulso. Sua vagina estava apertada e ele esperou que não a tivesse tomado muito rápido, mas não conseguia parar. Ele se enrolou em volta dela, prendendo-a com força debaixo dele, mas se certificando de que o peso superior do corpo não tornasse sua respiração impossível. O gemido alto dela foi o céu para seus ouvidos quando ele começou a se mover. Ele não podia abrandar. Estava muito perto de gozar, totalmente selvagem com isso. Jeanie gemeu mais alto, agarrando as mãos em seus antebraços, que a mantinham presa debaixo dele, e cravando as unhas em sua pele. Não importava se tirava sangue, contanto que parecia que ela estava gostando do sexo. Sua vagina ficou mais quente e mais úmida, cerrando enquanto ele furiosamente a fodia, rosnando um aviso de que estava perto. Nenhuma palavra foi dita, ele não conseguia formá-las, 338


mas esperava que ela soubesse o que ele estava tentando transmitir. Ela corcoveou debaixo dele, gritando seu nome, e ele rezou para que fosse de prazer em vez de dor, porque isso foi tudo que precisou para enviá-lo ao longo da borda da necessidade, direto ao êxtase absoluto. Sua semente a marcou quando ele jogou a cabeça para trás e esvaziou tudo o que tinha bem no fundo de sua companheira. True perdeu a noção do tempo enquanto se recuperava lentamente. Sua respiração se estabilizou e ele percebeu que Jeanie estava ofegante debaixo dele. "Eu te machuquei?" Ele estava com medo da resposta. Ela riu, seu corpo tremendo um pouco. "Uau!" Ele se lembrou de sua lesão. "Seu estômago. Sinto muito." Ela virou a cabeça e sorriu para ele. "Eu estou bem. Estou ótima. Isso foi oh-meu-Deus muito quente." Ele estudou seus olhos, procurando sinais de dor, mas não viu nenhuma. Ele se levantou um pouco, desejando que não estivesse trancado dentro de seu corpo, e apenas se sentou sobre as pernas dobradas com ela no colo. Ele se curvou ao seu redor o suficiente para dar uma olhada em sua barriga para ver a lesão curada. Nenhum sangue marcava sua pele. Ele relaxou, abraçando-a. "Vamos esperar até que você esteja completamente boa para ver o que quebra meu controle da próxima vez." Ela se apertou contra seu peito, levantando os braços e curvando as mãos no topo de seus ombros enquanto sorria. "Acho que não. Não me arrependo de nada, nen um pouco." "Eu fui muito áspero e não me lembrei de que estava ferida. Adoro levá-la no estilo cachorrinho." "Eu amo essa posição também." Ela riu. "Amar é um eufemismo." Ele baixou a cabeça e enterrou o rosto contra seu pescoço, respirando seu perfume maravilhoso. Apenas segurá-la e saber que ela não sofreu nenhum mal era um grande alívio. Ele tinha perdido o controle, não tinha pensado em nada além de juntá-los, e parte dele se sentia como se tivesse decepcionado sua companheira. O bem-estar dela vinha antes de suas necessidades. 339


"Podemos fazer isso de novo?" Seu pedido o surpreendeu e ele enrijeceu. Levantando a cabeça para encará-la. "Realmente. Você se recupera rápido." Ela soltou seu ombro e apontou para a cama. "Em vez de estilo cachorrinho, mas talvez possamos fazê-lo deitados na cama, desta vez, como fizemos antes. Menos esfregar contra meu estômago. Não dói, mas não vamos empurrar." Sua companheira era realmente algo. Agora ele estava certo de que não tinha sido muito áspero ou a machucado. "Podemos fazer isso."

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Capítulo Vinte e Um True empurrou, sem saber o que o havia acordado. Ele virou a cabeça e olhou no relógio da mesa de cabeceira. Era pouco mais das quatro da manhã. Jeanie dormia pacificamente, enrolada em seus braços. Ele cuidadosamente recuou e se colocou de pé, procurando pelo chão e encontrando a calça descartada. O celular no bolso não tinha novas mensagens. Ele franziu a testa, percebendo que esta não tinha sido a causa. Ele escutou, se esforçando por qualquer barulho, mas não ouviu nada. Ele se virou, foi até o banheiro e o usou. Um olhar para Jeanie na cama lhe assegurou que ela dormia enquanto silenciosamente abria uma gaveta da cômoda para pegar um moletom. Ele o vestiu rapidamente e decidiu fazer uma verificação de segurança em toda a casa. Não havia necessidade de ligar as luzes. Sua visão noturna lhe permitia ver tudo claramente. Ele entrou no quarto de hóspedes e olhou ao redor. Nada estava perturbado. Ele se moveu para o corredor, parando no banheiro sobrassalente e depois indo para a sala. Estava a caminho da sala de jantar quando uma batida suave chamou sua atenção. Ele virou a cabeça, identificando de onde o barulho tinha vindo. Levou apenas alguns segundos para ele chegar a uma das janelas da frente e puxar a cortina. Ele relaxou quando percebeu que a árvore era a fonte. Quando o vento soprava, um galho roçava os beirais acima da janela. Ele soltou a cortina e recuou. Um ligeiro rangido metálico o fez girar, os instintos em alerta. Poderia ser alguém lá fora ou apenas a brisa forte criando mais sons, mas ele não queria voltar para a cama até que estivesse certo. True rastejou para o corredor novamente, inalando os aromas ao seu redor. Nada parecia fora do lugar ou ímpar. O aroma do jantar que Jeanie tinha feito permanecia, o cheiro dela e dele, e

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ele podia até mesmo detectar os sais de banho que ela tinha usado antes. Ele parou em frente à porta do quarto, verificando-a. Ela dormia na mesma posição. Thump. Ele rosnou baixo, espreitando pelo corredor e voltando para a sala. Ele parou ali, percorrendo a sala e inalando novamente. Um cheiro estranho veio ao seu nariz, algo que ele não conseguiu identificar. Um cheiro artificial de ar livre. A ligeira coceira em seu nariz lhe garantiu que o cheiro não estava certo, não era de uma árvore de verdade, mas ele não cosenguia identificar o tipo. Sua visão periférica detectou um movimento que chamou sua atenção. Sua frequência cardíaca acelerou quando ele viu a porta do armário se mover lentamente. Ele pegou o celular, olhando para baixo e desejando que fosse uma arma. A tela iluminou com seu toque e ele mandou uma mensagem de três palavras para Darkness. Envie ajuda agora. Ele enfiou o telefone no bolso e decidiu que não iria buscar a arma no quarto, ele ficou tenso, preparado para atacar qualquer um que saísse do armário. A porta parou de se mover e ele se esforçou para ouvir os sons de respiração, mas nada aconteceu. Ele avançou, movendo-se furtivamente. Fez uma pausa e depois puxou a porta do armário aberta, preparado para lutar. Seus olhos se adaptaram ao interior mais escuro, mas não viu nada. Estava vazio. Ele franziu a testa, mas então uma leve brisa tocou sua pele. Seu olhar se levantou e ele se aproximou, olhando para o teto do armário. Um buraco quadrado estava aberto. Além do sótão estava escuro como breu. Ele estava certo de que teria notado a falta do painel de acesso ao sótão quando fez a inspeção passo-a-passo mais cedo. O cheiro artificial de árvore estava mais forte nessa área. Mas que diabos? Um ligeiro ruído o assustou. Soava como se alguém respirasse profundamente. Ele virou a cabeça quando uma forma escura subiu de trás do sofá. Parecia humano, embora um pouco arredondado, vestido todo de preto, e usando óculos estranhos. Ele tinha visto desses antes na sede da força-tarefa. Ele percebeu que os óculos de visão noturna davam ao humano a capacidade 342


de ver, bem, se não melhor, do que ele podia. Um uivo de raiva rasgou de seus lábios enquanto ele se lançava, indo para a ameaça. Quatro golpes afiados de dor atingiram seu peito quando chegou ao sofá, preparado para mergulhar sobre isso e enfrentar o humano. Seu corpo não conseguiu cumprir a ordem, ficando mole ao invés, e batendo na peça de mobília. Seu impulso o levou para frente quando ele se chocou com o sofá ao cair, derrubando-o. Ele rolou para o chão e ficou lá. Seu corpo estava pesado e ele não conseguia mover os braços ou pernas. Ele uivou dentro de sua mente enquanto lutava contra as drogas. Jeanie estava em perigo. Sua companheira precisava dele. De alguma forma ele encontrou forças para se empurrar para cima a partir do chão. "Filho da puta duro pra caralho, não é?" A voz pertencia a um macho. Mais dois dardos afiados se incorporaram em sua carne, afundando em suas costas perto dos ombros. Ele caiu, mas conseguiu sugar mais uma golfada de ar. "CORRA!" Ele rugiu a palavra antes de seu rosto esmagar no tapete. Ele tentou se levantar novamente, lutando arduamente para se manter consciente. Sua companheira estava desprotegida. A droga em seu sistema o deixara muito tonto. Ele tentou se livrar disso, mas não conseguiu fazer os braços se moverem de novo. Ele forçou os olhos abertos e viu de onde estava deitado no tapete quando o humano em roupas escuras correu pela sala até a porta da frente e a abriu. Outra figura entrou. "Porra, é isso que você chama de silêncio? Seu burro idiota," outro macho reclamou, em tom baixo. "Eles provavelmente já ouviram tudo lá no portão." "Esses animais têm uma ótima audição, mas não tão boa. Estamos aqui dentro e é muito longe. Além disso, vamos estar muito longe antes que alguém saiba que estivemos aqui." "E os malditos vizinhos? Eles podem ter ouvido. Se um deles mora ao lado, ele pode ter ouvido alguma coisa. Vamos. Não temos tempo para discutir. Eu sabia que deveria ter sido eu a entrar na casa."

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"Como se você pudesse se mover pela abertura do sótão. Acalme esse seu rabo. Você ouviu nosso chefe. Ninguém sabe sobre esses túneis. Eles nunca esperariam que alguém fosse capaz de chegar tão longe dentro de Homeland." "Vamos em frente. Onde está a mulher?" "Não sei. O animal deve ter me ouvido rastejando lá de cima. Ele saiu e me pegou logo depois que desci. Eu o acertei com seis dardos. Filho da puta durão." "Mova-se e pare de tagarelar. Temos que pegar a cadela e sair. Devemos levá-la e estar de volta em dez minutos. Mantenha o plano." True observou impotente enquanto eles corriam para a parte de trás da casa e pelo corredor, indo em direção a Jeanie. A porta bateu antes que eles estivessem fora de vista e ele ouviu um estrondo de madeira. Ele desmaiou.

*****

CORRA! O uivo perfurou seu sono. Jeanie se empurrou acordada e se ergueu no quarto escuro. Não havia dúvidas nesse tom de berro ou rosnado. True! Ela alcançou atrás, mas sua mão só encontrou lençóis quentes. Seu coração disparou. Ela de imediato ficou com medo. As luzes se acenderam na casa ao lado. Ela pôde ver vagamente através das cortinas e virou a cabeça nessa direção. Não tinha sido apenas um sonho. O som deveria ter sido real. Por uma fração de segundo, ela ficou dividida entre correr lá fora para ver o que estava errado e fazer exatamente o que ele tinha gritado para fazer. Ele não poderia ter dito isso para qualquer outra pessoa. A porta se fechou e ela ouviu vozes baixas. Ela deslizou fora da cama e se inclinou, agarrando a primeira coisa que encontrou no chão – uma camisa. Suas mãos tremiam enquanto

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colocava a camisa sobre a cabeça e a puxava. Um estrondo soou no fundo do corredor, quase como se algo tivesse caído. Ela se perguntou o que estava acontecendo. Jeanie correu para a porta do quarto e a bateu fechada, torcendo a tranca. A porta era sólida, mas não impediria ninguém se eles a chutassem abaixo. Ela olhou freneticamente para o armário na parede perto da porta e agarrou a extremidade traseira. Terror a deixou mais forte do que o normal quando puxou com força e o sentiu ceder. Ela saltou para trás para que isso não esmagasse seus dedos dos pés quando aterrissou com a frente para baixo. Ela se virou, pegou a cadeira sólida do outro canto e a levantou. Suas costas protestaram, mas ela a deixou cair no espaço entre a porta ea cômoda caída para preencher a lacuna. Não impediria alguém de entrar, mas iria atrasá-los. Ela recuou, sem saber se deveria tentar se esconder ou sair por uma janela. Um corpo batendo na porta do corredor decidiu por ela. Ela correu para o banheiro e fechou a porta, trancando-a também. Madeira lascada quando alguém aplicou algo pesado na tentativa de abrir a porta do quarto. "Oh Deus." Ela acendeu a luz, procurando desesperadamente uma arma. Estava tendo dificuldades para pensar quando alguém amaldiçoou em voz alta – não True – e ela percebeu que soara muito perto para ainda estar no corredor ou pelo menos tinha conseguido abrir a porta o suficiente para ver o que estava bloqueando. Ela agarrou a porta de vidro do chuveiro e a abriu largamente, colocando-a no caminho da porta do banheiro, e pegou um frasco de xampu. Suas mãos tremiam enquanto lutava com a tampa e a jogava no chão ao lado da porta quando conseguiu abri-la. Ela o derramou no azulejo. Depois estendeu a mão para a loção corporal, fazendo o mesmo. O condicionador estava muito longe sem ter que entrar, então ela apenas recuou, viu a janela e pulou. Suas mãos tremiam enquanto trabalhava na fechadura, mas finalmente conseguiu torcê-la. Então empurrou com força e girou a janela para fora. "SOCORRO!" Ela gritou enquanto tentava subir e sair.

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A porta do banheiro explodiu para dentro e ela gritou, raspando os joelhos e as mãos no processo, mas apenas se jogou para frente e caiu fora. Ela não tinha certeza do quão longa a queda seria, mas pousou na grama num piscar de olhos. "Ahhhh!" Um cara gritou antes de um estrondo soar no banheiro. Vidro quebrou, seguido pelo o que parecia um corpo pesado batendo em armários. Isso a obrigou a se empurrar para cima, ignorando a dor na perna na qual tinha aterrissado, para ficar firme. Ela olhou ao redor, sabendo que o quintal era totalmente cercado por um muro de bloco, mas Justice North vivia no lado esquerdo. Ela simplesmente se esquecera de que lado era isso por alguns segundos, enquanto mancava ao redor. Por boa medida, ela sugou o ar e gritou novamente apenas no caso de que eles não a tivessem ouvido nas primeiras vezes. As luzes acenaram para ela por cima do muro, lhe garantindo de que estava indo na direção certa. "Puta de merda," alguém amaldiçoou atrás dela um segundo antes de um braço envolver sua cintura e puxá-la do chão. Ela lutou, tentando chegar atrás e arranhar seu rosto. Seus dedos bateram em algum tipo de metal, como se ele estivesse usando um aparelho na testa. A outra mão bateu em sua boca e ele apertou com tanta força em seu meio que a fez silvar de dor. "Cale a boca ou eu vou quebrar seu pescoço. Pare de lutar. Vou levá-la viva ou deixá-la morta." Ele se virou bruscamente. Seus pés arquearam pela força e ela perdeu a capacidade de respirar. Ele estava esmagando seu estômago e sua lesão doía como se tivesse acabado de ser baleada novamente. Ele se agachou, batendo-a no quintal. "Onde diabos é isso?" Ela olhou para as luzes ao lado, mas não conseguiu emitir nenhum som. Uma forma grande caiu ao lado deles. "Canto direito do pátio lateral. Fica escondido atrás do aparelho de arcondicionado." 346


"Vamos sair daqui. Eles vão estar por todo esse lugar." "Eu vou matá-la," o outro cara prometeu. "Essa cadela despejou uma merda por todo o chão e eu acho que ralei minha bunda quando escorreguei. Meu pé está todo fodido de atravessar por parte do que foi uma pia." "Lamente mais tarde." Ele se levantou, mas se manteve meio curvado, arrastando-a junto enquanto ela lutava para respirar. A mão se moveu enquanto ele corria, apenas o suficiente para que ela puxasse ar pelo nariz. Eles rodearam a casa pelo lado direito do pátio onde estava mais escuro. "Por aqui," o outro sussurrou. "Está escondido sob a grama falsificada que puseram sobre a grade." Que grade? O cara a segurando congelou e sussurrou em seu ouvido. "Um som e eu deixo seu cadáver." Ela acreditou nele. Seus olhos se ajustaram o suficiente para ver quando o outro homem se inclinou e puxou para trás uma parte da grama artificial perto do aparelho de ar condicionado. Ela viu o concreto lá e o que parecia um tipo de grade de drenagem. O homem levantou isso e colocou de lado. "Leve-a para baixo primeiro e vou me certificar de colocá-lo de volta. Eles não vão encontrá-lo." Jeanie se preocupou de que eles estivessem certos. Ela tinha andado pelo quintal uma vez e nunca desconfiara de que tinha isso lá. O homem que a segurava se agachou novamente, obrigando-a a fazer o mesmo quando seu corpo pesado se curvou contra o dela. Ele a prendeu com as pernas e soltou seu meio. A mão deixou seu rosto e ela chupou uma boa quantidade de ar para encher os pulmões. Ela não teve a chance de gritar.

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Algo foi dolorosamente enfiado em sua boca e seu cabelo foi puxado quando ele amarrou a mordaça com um puxão vicioso. Lágrimas de dor a cegaram e ela as piscou de volta, e então ele a empurrou, obrigando-a a rastejar em direção ao buraco aberto. Suas mãos doíam, lembrando-a de que as tinha raspado. Foi quase natural tentar proteger as mãos feridas, mas depois ela se lembrou do que True havia dito sobre seu sangue. Ela esperava que elas tivessem se ferido o suficiente para sangrar, mas estava escuro demais para ver. Ela as deslizou por toda a grama falsa para ter certeza de que deixaria tanto perfume quanto possível, depois no concreto até que o idiota atrás dela empurrou com força contra a parte inferior de suas costas. Ela caiu de cabeça no buraco escuro. A queda foi aterrorizante e ela ficou tensa, acreditando que bateria em mais concreto. Tudo o que ela pôde fazer foi jogar os braços para cima e tentar proteger o rosto e cabeça. Veio como um choque quando ela desembarcou em água fria. Sua cabeça afundou e ela bateu em algo duro alguns metros abaixo. Dor a atordoou, deixando-a imóvel. O homem agarrou seu cabelo e ela foi puxada para cima até que ar atingiu seu rosto. Um braço envolveu sua cintura e a levantou, cavando em seu meio. Ela não conseguia ver nada. Estava escuro como breu. Ela estava encharcada, tossindo e sufocando com a mordaça e tinha água em seu nariz. O cara a segurando a sacudiu com força e isso parou seu ataque de tosse. Ele se moveu de um jeito que lhe disse que ele estava com água na altura das coxas e suas pernas estavam com isso até os quadris. "Fique quieta," ele ordenou, sem fôlego. Ela tentou gritar, mas a mordaça fez sair abafado e mais como um gemido. Ele soltou a mão de sua cintura e agarrou sua garganta. "Eu ainda posso quebrar seu pescoço." Algo espirrou atrás deles e o cara a carregando parou de andar.

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Em segundos alguém engasgou por ar. "Porra. Não estamos sendo pagos o suficiente," o outro homem sussurrou. "Diga-me," o que a segurava resmungou. "Você encobriu nossa rota de fuga?" "Sim. Eles não terão nenhuma ideia de como saímos de lá." Aquele a segurando marchou através da água alta. Estava escuro demais para ver qualquer coisa e Jeanie só conseguia sentir terror e miséria. Estava encharcada e quase tudo doía. Ela não lutou, apenas tentou se manter respirando. A mordaça estava tão molhada que ameaçava sufocá-la, desde que ela não conseguia nem cuspir a água. Eles pararam e ela foi levantada, suas pernas nuas raspando em mais concreto. Isso a tirou da água fria embora. O cara que a carregara subiu ao seu lado, seu corpo bateu no dela e ele agarrou seu cabelo. "Levante-se." Ela não conseguia ver nada e não sabia como ele podia. Ela lutou para ficar de pé e o braço se enrolou em volta dela para levantá-la do chão novamente. Ele andou com ela à sua frente, as pernas batendo a cada passo. Ele parou e pareceu como se uma dobradiça de metal chiasse antes dele avançar. Segundos depois, outro chiado, como se ele fechasse um portão ou porta. Estava tão escuro que ela não podia dizer o que era. "Mais quanto tempo?" Foi o segundo homem e ele estava logo atrás deles. "Estamos em algum lugar sob a rua. Mantenha sua maldita voz baixa. As escadas estão logo à frente e há um lacre. Não teremos que nos preocupar depois. Estaremos livres e limpos." "Tem certeza de que eles não sabem sobre este lugar?" "Não. Foi o que o chefe falou. Ele disse que roubou as plantas do edifício e que eles não têm ideia disso ou teriam instalado segurança. Fomos capazes de chegar até aqui sem esbarrar em nada além de alguns cadeados. Você quer levá-la? Está ficando pesada." "Eu violei a casa porque você é muito grande, então você pode garantir de que ela não nos atrase." 349


Eles pararam e aquele a segurando a colocou abaixo em seus pés descalços. Ele não a soltou. Inclinando-se o suficiente para colocar os lábios perto de sua orelha. "Ouça-me. Há um buraco dois pés à sua frente. Há uma escada. Se não fizer exatamente o que eu digo, você vai mergulhar cerca de trinta pés para a morte. Você entendeu?" Jeanie conseguiu assentir. "Se correr, você vai cair direto nesse maldito buraco. Você tem uma chance de sobreviver se for boazinha e não fazer nada estúpida. Eu vou soltá-la, mas vou guiá-la com meu braço. Vire-se e fique de frente para mim." "Será que deveríamos lhe dar uma luz?" O outro estava perto. "Não. Isso é mais divertido. Talvez ela caia. Seremos pagos por ela viva ou morta." "O chefe a prefere viva. Ele quer saber o que ela disse à NSO." "Mas morta está bem também." "Você é mau." O cara a segurando bufou. "Diga-me algo que não sei. Vire-se, princesa. É melhor você ser bem esperta e ouvir atentamente." Ela se virou quando ele a largou, com muito cuidado para não mover muito os pés. O chão estava frio e ela tinha certeza de que estavam em algum tipo de sistema de túneis, desde que eles disseram que estavam sob as ruas. Um sistema de esgoto? Por que a NSO não sabia sobre isso? Não era um mistério quem os teria contratado para sequestrá-la. Ela realmente queria viver, porque isso significava ficar cara-a-cara com o homem que mentira para ela e a usara. O sequestrador agarrou seu braço. "Dê um passo para trás e lembre-se de que é um buraco. Você vai descer cerca de dez centímetros e vai sentir o primeiro degrau." Os minutos seguintes foram aterrorizantes enquanto ela cegamente seguia as instruções de um homem em quem não confiava. A escada de metal era áspera, os degraus espaçados do jeito que ele disse que seria. Cada um cavando em seus pés descalços no centro quando ela atentamente

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os colocava enquanto baixava para o desconhecido. Estava tão escuro que ela não conseguia distinguir nada. Seu pé finalmente desembarcou sobre terra firme e ela desceu, ficando parada, apavorada demais para se mover. Estaria em um parapeito? O ar estava mais frio, mas ela não conseguia cheirar nada, exceto a água suja da mordaça. Tinha um gosto muito ruim. Compor uma lista de doenças que poderia pegar da água estagnada ajudou a distraí-la do perigo em que estava. "Mova dois metros para a esquerda," seu captor exigiu de cima. "Do contrário, vou pisar em você." Ela avançou lentamente para a esquerda, arrastando os pés cuidadosamente na superfície onde estava para se certificar de que não pisaria num vazio. O bastardo riu como se divertindo. Suas botas ecoaram alto quando ele roçou contra ela. Ele deve ter pulado a distância restante e caído ao lado dela. Ele agarrou seu braço novamente. "Certifique-se de lacrar tudo muito bem, lá em cima." "Entendi." Algo de metal protestou antes de bater alto acima de sua cabeça. Aquele a conduzindo a empurrou de novo, forçando-a a andar na frente dele até que alcançou e plantou a mão no topo de sua cabeça. "Abaixe. Mantenha-se um pouco curvada. Do contrário, vai bater a cabeça no túnel. Ele é estreito aqui até a próxima câmara." Uma luz fraca brilhava no túnel arredondado quando viraram. Ela conseguiu ver mais enquanto caminhavam, horrorizada que estivesse certa. Eles estavam em algum tipo de sistema de esgoto. Sujeira manchava o concreto, mas ao contrário de uma vez em que tinha se aventurado em um na adolescência, este não tinha sinais de pichações de qualquer tipo. O túnel acabou e ela olhou para a câmara aberta que estava a poucos pés abaixo. Lanternas de acampamento haviam sido colocadas no chão em torno do espaço, e uma cadeira de metal de gramado colocada no centro. O idiota que a segurava tirou a mão de sua cabeça e se endireitou,

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levando-a ao rosto. Ela virou a cabeça para encará-lo quando ele tirou os óculos de visão noturna e os empurrou para o topo da cabeça. Era o loiro que tinha tentado raptá-la do apartamento de True. Ela estava certa de que era o mesmo homem. Ele estava molhado, o cabelo grudado na cabeça e rosto, mas não houve dúvidas quando ele franziu o cenho para ela. "A cadeira." Ele apontou com o queixo. "Vá até ela ou eu mesmo te coloco lá." Ela levantou a mão e apontou para a mordaça, com muito medo de que ele lhe batesse, se tentasse tirá-la. Ele balançou a cabeça. "Isso é com o chefe." Ele a empurrou para frente, quase fazendo-a cair os dois degraus. Ela recuperou o equilíbrio, sem a ajuda dele, e desabou na cadeira. A camiseta que usava estava colada a seu corpo. Ela estendeu a mão para puxá-la e cobrir os joelhos – grata que estivesse usando a camisa grande de True – e o fez logo antes do loiro agarrar seu pulso e o prender com algemas. Ele trancou uma das extremidades disso no lado da cadeira e deu um passo atrás. Ela virou a cabeça quando botas soaram e viu outro homem saindo do túnel que tinham acabado de sair. Ele arrancou completamente os óculos de visão noturna e franziu a testa quando se aproximou e desceu os degraus. "Espero que esse cara apareça logo. Quero ser pago e sair daqui. Assim que a entregarmos." "Quero trocar essas roupas molhadas." O loiro amaldiçoou e se virou, indo até uma mochila que tinha sido deixada ao longo de uma parede. Ele se agachou e abriu o zíper. Para desgosto de Jeanie, os dois homens começaram a se despir. Ela fechou os olhos, se recusando a assistir. Os ruídos ecoaram no lugar. Ela tentou esquecer que estavam no subsolo, algo que ela sempre tivera uma fobia, mas parecia um problema minúsculo em comparação com os outros que enfrentara.

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Ela havia sido sequestrada e o homem que dizia ser o Agente Brice estava aparentemente a caminho de sua localização. Um pouco de seu medo foi substituído por raiva. A algema era um mero incômodo desde que a cadeira não estava aparafusada. Eu vou me levantar e usá-la para atacá-lo, ela prometeu silenciosamente. A imagem de fazer exatamente isso a ajudou a manter a calma.

***** True recuperou a consciência com um rugido de raiva. Ele se sentou, empurrando o macho que pairava sobre ele. O Dr. Harris gritou, mal recuando longe do soco que visava seu rosto. Uma mão forte agarrou o punho de True e o impediu de tentar novamente golpear o humano. Justice se agachou no chão da sala e mudou de posição para ficar na sua frente até que ele era seu único alvo. "Calma," Justice ordenou. "Você estava drogado, mas te alcançamos rápido o suficiente para combatê-la. Você ficou inconsciente por cerca de quinze minutos." "Jeanie!" Ele virou a cabeça, viu a sala cheia de Espécies, mas ela não estava lá. Justice soltou seu punho e agarrou seu ombro. "Estamos procurando. Eles a levaram dessa vez, mas não podem estar longe. Estamos em confinamento. Eu te ouvi quase ao mesmo tempo em que Darkness recebeu sua mensagem e enviou um alarme geral. Nada pode entrar ou sair de Homeland. Temos todos acordados e a caça deles. Não há onde eles possam se esconder por muito tempo." Mágoa atormentou True com a intensidade de pura agonia. Ele se arrancou do aperto de Justice e tentou ficar de pé. Tonturas o bateram para trás em sua bunda enquanto a sala e os rostos das Espécies ao seu redor se desfocavam.

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"Eu disse que ele deveria ser levado para o Medical," o Dr. Harris protestou. "Não temos certeza do que eles lhe deram, mas foi muito. Ele precisa ser monitorado por pelo menos doze horas. Ele –" "Não," Justice rosnou. "Saia, se vai começar com isso de novo, Harris. Sem desrespeito, mas sua companheira foi tomada. Nenhum de nosso povo consideraria perdoável se lhe permitíssemos ficar drogado enquanto ela está em perigo." "Sim, porque morrer de insuficiência cardíaca é muito melhor. Há dezenas de vocês para localizá-la. Por que ele precisa fazer parte disso?" "Porque ela é sua companheira," Darkness declarou em um tom frio. "Ele prefere morrer do que não fazer de tudo para recuperá-la. E ele é o único que pode ter certeza absoluta de que é o cheiro dela debaixo de todo esse odor que eles usaram para mascará-los." O macho se inclinou, olhando-o por cima do ombro de Justice. "Você está com a gente?" Isso chamou a atenção de True. "Sim, eu estou bem. O odor?" "O forte cheiro de árvores." Darkness fungou. "Sente? Mas não é. Não é um aroma natural. Caçadores humanos usam sprays para mascarar seus aromas quando estão no jogo de perseguição na floresta ou escondidos nas árvores. Foi o que eles usaram aqui." True percebeu que era o que ele tinha cheirado na sala e que podia senti-lo agora. Ele ficou ainda mais irritado quando cheirou o ar. Ele queria assentir, mas temia que tivesse outra vertigem. Ele respirou fundo, esperando que isso fosse aliviar a tontura, e tentou se levantar – bem mais devagar dessa vez. Justice o ajudou quando ele se endireitou e segurou suas mãos, puxando-o para cima. Ele estava instável, mas o macho ainda assim o soltou depois de alguns segundos, sabendo que era uma questão de orgulho. True trancou as pernas e tomou várias respirações profundas. Isso ajudou. "Preciso encontrar Jeanie," ele murmurou. Darkness sustentou seu olhar enquanto se aproximava. "Há sangue no banheiro. Você conhece o cheiro de sua companheira melhor do que ninguém. Diga-nos se é dela, se puder." 354


Raiva e medo percorreu True no pensamento de vê-la morta ou gravemente ferida. Ele deu um passo e tropeçou. Justice e Darkness foram rapidamente lá para segurar seus braços. Eles se inclinaram o suficiente para apoiá-lo e isso o ajudou a andar. Ficou mais fácil à medida que eles avançavam pelo corredor. Mais espécies estavam no quarto. A visão da porta destruída foi devastador para ele. "Ela tentou trancá-los lá fora," Darkness informou calmamente. "Ela foi inteligente. Derrubou a cômoda e colocou uma cadeira entre ela e a porta. Isso os retardou e eles tiveram que quebrar a cadeira para conseguir entrar." "Agradeça por isso," Justice murmurou. "Minha companheira teria saído e lutado com eles." "Eu lhe disse para correr," True conseguiu se firmar. "Ela tentou." Darkness chutou alguns pedaços da cadeira quebrada fora do caminho. "Ela é uma boa companheira por ouvi-lo e tentar seguir suas ordens." "Você estava ao lado." True deu a Justice um olhar acusador. "Por que demorou tanto para chegar aqui?" Ele fez uma careta. "Acordamos quando te ouvimos gritar alguma coisa, mas não entendi o que disse. Acreditei que estivesse compartilhando sexo com sua companheira. Ficamos escutando, mas ficou tudo em silêncio, então comecei a beijar Jessie." Ele fez uma pausa. "Não ouvimos mais nada até que Jeanie gritou por ajuda e um grande estrondo soou. Saltei da cama, mas me levou alguns segundos para colocar a calça e assegurar Jessie com uma arma. Corri e te encontrei no chão. Ela já tinha desaparecido quando revistamos a casa." True baixou o olhar. "Desculpe-me, por explodir com você. Eu sei que você teria vindo para cá o mais rápido possível. Isso é culpa minha." Justice rosnou, parecendo discordar, mas não disse nada enquanto o levavam para o banheiro. Foi outra visão que o atordoou. A porta tinha sido arrombada e o piso estava coberto de areia e estilhaços de vidro temperado da porta do chuveiro quebrada. Alguém tinha obviamente 355


deslizado através da substância gosmenta cobrindo o chão. A área do lavatório duplo tinha um grande buraco onde uma das portas do armário deveria estar e partes disso foram empurrados para dentro, como se alguém tivesse batido nele. "Ela trancou a porta e montou uma armadilha para eles. Ela é engenhosa," Darkness murmurou. "Quando um deles atravessou a porta, ele não só bateu, mas abriu a porta do chuveiro. Bastou isso para fazê-lo perder o equilíbrio e deslizar nessas coisas que ela jogou no chão. Parece que uma grande bota bateu no armário e há sangue de quem colidiu com isso. Não muito, mas um pouco." "Este não é o sangue de Jeanie. Seus pés são pequenos e ela estava descalça." "A janela." Justice o conduziu em direção a ela. "Ela saiu por aqui." True recuperou o suficiente de seu equilíbrio para se soltar deles e se aproximar dela. A janela estava aberta e ele cheirou. Seus sentidos estavam embotados, mas um pouco de sangue era visível na parte inferior do beiral da janela. Ele se inclinou e cheirou. Alívio veio instantaneamente. "Não é o dela." "Tem certeza?" Ele olhou para Darkness. "Eu sei que não é o dela." "Ótimo. Agora fareje a moldura. Eu fiz e encontrei mais. É diferente. Eu só não tinha certeza se era dela ou mais sangue do macho debaixo desse odor artificial." "Este é o dela." Ele virou a cabeça, cheirando o outro lado. "E aqui. É o sangue de Jeanie." "É pouco. Ela provavelmente ralou as mãos quando agarrou lá para pular para fora." Justice se afastou, pegando um rádio e falando nele. "Tragam nossos melhores rastreadores aqui. Temos sangue de um dos humanos e da companheira." True ficou tenso, e então pulou, fazendo apenas uma careta quando um de seus ombros bateu na estrutura. Ele aterrissou no quintal. E permaneceu agachado, olhando para o chão. Foi amassado e pisoteado onde Jeanie e os machos tinham saído do banheiro. Ele cheirou, não

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sentindo o cheiro de sangue imediatamente. Então sentiu. Pertencia ao macho humano. Ele se inclinou mais perto, farejando. "O que tem aí?" Darkness subiu na janela e se agachou, farejando também. "Eu o sinto também. O macho pisou aqui e ele está sangrando." "Precisamos de luzes aqui fora!" Justice gritou. "No quintal." True continuou abaixado, farejando. "Eu o perdi." "Eu também." Darkness franziu o cenho para ele. "Ele deve ter visto que estava sangrando e o parou de alguma forma." Darkness rosnou. "Eles são espertos." True se levantou e começou a circular a parede de tijolos que cercava o pátio. Ele cheirou, também à procura de evidências de onde eles o haviam escalado. Darkness o seguiu, fazendo o mesmo. "Seria mais rápido se você fosse pelo outro lado." "Você estava drogado. Dois narizes e pares de olhos são melhores. Não queremos perder nada." True deveria ter ficado ofendido, mas o macho tinha razão. Ele não ia confiar em seus sentidos, naquele momento, com a vida de Jeanie em risco. A porta deslizante na parte de trás da casa se abriu e mais machos vieram. Eram caninos, e eles começaram ao longo da outra parede. Eles se reuniram perto do centro. "Não entendo," Darkness rosnou. "Será que eles voaram por cima do muro?" True queria uivar de frustração. "Talvez eles tenham voltado para dentro e saíram pela porta da frente ou pelo portão lateral." "Você viu que a trava ainda está no lugar e que não foi tocada. Ela está enferrujada no local," Justice argumentou. "Além disso, eu fui o primeiro a chegar. Jessie queria vir, mas eu exigi que ela ficasse. Eles não saíram pela frente. Duas equipes chegaram há meio minuto de mim." Ele sacudiu a cabeça. "Tínhamos Espécies correndo fora de suas casas. Eles não saíram assim." 357


"Os quintais?" Darkness saltou, aterrissando graciosamente nas margens do canto onde as paredes se conectavam. Ele olhou, virou a cabeça e fez uma careta antes de olhar para baixo. "Eu só vejo Espécies. Eles parecem estar pesquisando cada metro." "Eu ordenei que o fizessem." Justice rosnou. "Como eles a tiraram daqui? Aliás, como eles conseguiram entrar em Homeland? " "É quase como se eles voassem," uma das Espécies murmurou. "Darkness?" Justice franziu o cenho para ele. "É possível que de alguma forma eles tenham sobrevoado Homeland e entrado? Talvez encontraram uma maneira de voar para fora também?" Ele pulou, caindo no quintal. "Estou pensando em mais opções, mas não. Teríamos ouvido um helicóptero se tivessem sido trazidos para dentro ou para fora. Não há como terem usado planadores." Ele apontou para a colina atrás deles. "Mesmo que tivessem conseguido subir lá para usá-la como ponto de desembarque, eles não teriam o alcance para fazê-lo dessa altura." "Balões de ar?" Tiger entrou no quintal. "É possível?" Darkness bufou. "Sabe o quão grande isso teria que ser para suportar o peso de três humanos? Teríamos visto e o radar o teria pegado. De jeito nenhum eles teriam conseguido entrar e sair daqui sem serem detectado." "Talvez eles tenham algo menor." Darkness sacudiu a cabeça. "Seria muito difícil de controlar com esse vento sem motores para guiá-los e nós os teríamos ouvido. Nós simplesmente ainda não descobrimos como eles conseguiram entrar ou sair." "Então, para onde eles foram?" True estava frustrado e preocupado. Seu estômago revirou e ele não tinha certeza se era por isso ou por causa das drogas que lhe tinham dosado. Ele girou, olhando por todo quintal. "O sótão. Foi por lá que eles entraram na casa." Ele se lançou para frente, pronto para rasgá-lo em busca de Jeanie, mas Tiger bloqueou seu caminho. "Já olhei lá. Foi como um deles entrou. Ele arrancou a saída de ar na lateral da casa e a usou para como entrada." 358


"Qual lado da casa?" "O direito." Justice apontou. "Todas as casas as têm." True irrompeu em direção a essa área e olhou o buraco na lateral da casa, perto do telhado. Enfurecendo-se que não soubesse sobre isso antes ou teria se certificado de que ninguém pudesse entrar por ali. Ele franziu a testa, embora, enquanto olhava. "Como é que um humano chegaria até aqui?" "Talvez eles tenham subido no telhado e usado uma corda?" Darkness recuou, e então correu para ganhar impulso antes de pular. Pousando no telhado. True olhou atordoado. Foi um salto de seis metros. Espécies eram boas, mas isto era algo que ele não poderia ter feito. É claro que ele não era felino também. Eles eram melhores saltadores do que os caninos. O macho se agachou, escalando facilmente as telhas até o pico do telhado. Ele montou sobre isso, olhando ao redor. "Não há nenhum sinal disso. Não vejo quaisquer alterações aqui em cima." True baixou o olhar para o buraco. Se um humano não usasse o telhado, ele precisaria de uma escada. Não havia nenhum sinal de uma. Ele andou para frente, deixando o gramado para a calçada. O ar condicionado estava lá, mas não era alto o suficiente para ser útil a um humano que estivesse tentando obter acesso à ventilação do sótão, a menos que talvez alguém o impulsionasse. Ele se agachou, olhando para a grama artificial que tinha sido colocada ao redor da área para dar uma aparência mais natural. Seu nariz se contraiu quando um leve aroma encheu suas narinas e ele rosnou, se curvando enquanto se inclinava mais perto. "Jeanie." "O que foi?" Tiger se aproximou com Justice em seus calcanhares. Um corpo pesado pousou atrás dele quando Darkness saltou do telhado. "O sangue dela. Está aqui." True cheirou de novo, seguindo-o. Isso parou e ele recuou. Uma leve diferença na grama se tornou perceptível. Ele estendeu a mão e enfiou os dedos lá, tocando o concreto. Ele arrastou, 359


vendo mais disso, em vez da terra que suspeitava deveria estar lá. Ele a rasgou para trás e viu uma grade de metal. "Filhos da puta," Darkness grunhiu. "O que é isso?" True soltou a grama artificial na área do tamanho de um tapete e se inclinou, farejando. Tinha um pouco do sangue dela no lado do furo. Ele virou a cabeça, olhando para o felino. "Foi assim que eles saíram." "O que é isso?" Justice soou furioso. "Por que não sabemos sobre isso? É grande o suficiente para as pessoas passarem. Esta é, provavelmente, a forma como o humano escapou após a primeira tentativa. Foi por isso que não conseguimos localizá-lo." Darkness amaldiçoou e assentiu. "Homeland foi construída como uma base militar, correto?" "Sim." Justice continuou de cenho franzido. "Os humanos podem ter construído túneis subterrâneos ou pode ser para que a chuva escoasse da colina acima." "Não me importo com o que isso é." True agarrou a grade de metal e a levantou. Era pesada, mas cedeu facilmente. Ele a jogou para o lado. "Eu vou atrás dela." Darkness agarrou seu braço. "Espere. Precisamos de mais homens e lanternas. Nossa visão é boa, mas não haverá luz abaixo do solo." "Foda-se." True rosnou. "Eu vou atrás de minha companheira." "Cinco minutos," Justice prometeu, arrancando o rádio para pedir o que precisavam. "Isso tem que sair em algum lugar. Tiger, vá encontrar alguém que sabe o que é e para onde vai." "Estou nisso!" Tiger gritou, correndo em volta da casa. "Eu vou atrás dela agora." True não podia esperar. Jeanie estava sangrando e em perigo. Cada segundo poderia contar.

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Darkness entrou em seu caminho. "Ouça-me. Você vai entrar lá apressadamente e correr no escuro. Eles simplesmente poderiam matá-la. Precisamos ser inteligentes e furtivos sobre isso. Entendo que quer encontrar sua companheira, mas você a quer viva, não é?" Isso o rasgou, mas ele lutou para ser razoável. "Nós vamos atrás dela, mas precisamos fazê-lo da maneira certa." Ele cerrou os dentes. "Ok."

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Capítulo Vinte e Dois Jeanie ouviu o raspar fraco de passos antes da luz de um túnel oposto anunciar a chegada de Boris. Ela tivera tempo para esfriar e avaliar a situação. Ele não sabia ao certo que ela o identificara. Era por isso que provavelmente ela ainda estava viva, e que os dois bandidos que ele havia contratado não a haviam matado. Ela olhou para eles. Tinham trocado as roupas molhadas e enfiado tudo na mochila. Ambos pareciam ansiosos para partir quando seu chefe entrou na câmara. Ele usava calça de moletom preta e uma camiseta preta, em vez do terno que ela sempre o vira. Ela ainda o reconheceria em qualquer lugar. O anel de gato ainda enfeitava seu dedo mindinho, enquanto ele a encarava, os óculos muito baixos no nariz. Suor escorria por sua testa e rosto enquanto ele ofegava. "Tinha esquecido o tempo que leva para chegar aqui." "É nosso dinheiro?" Jerry Boris olhou para a bolsa agarrada em sua mão e assentiu, jogando-a em sua direção. "Dez mil, assim como você pediu." Foi um insulto que sua vida valesse tão pouco. Boris voltou sua atenção para ela e franziu a testa. "O que está na boca dela?" "Uma mordaça." "Eu vejo." "Vamos dar o fora daqui." O loiro se inclinou e abriu a bolsa, verificando dentro. Ele a fechou e acenou para o outro homem, e então a pegou enquanto endireitava. "Está tudo aqui." "Espere!" Boris rebateu. "O trabalho não esta feito."

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"Você disse para entrar, pegá-la e trazê-la para cá. Aí está ela." O outro cara apontou para Jeanie. "Este era o trabalho. Estamos indo embora. Essas Novas Espécies vão nos encontrar. Queremos estar bem longe antes que isso aconteça." "Eles não vão." Boris chegou atrás e tirou uma pequena garrafa de água de um bolso traseiro. Tomou um gole. "Eu propositadamente removi todas as plantas das redes subterrâneas e catacumbas de drenagem. É como pude me esgueirar dentro e fora de Homeland quando surge a necessidade. Os bastardos provavelmente acham que é magia que suas ruas nunca inundem quando grandes tempestades os atinge. Isso me deu pleno acesso à maioria dos edifícios também." "Não importa." O loiro deu de ombros. "Vamos embora." "Preciso de alguém para cuidar dela." Ele olhou no relógio. "Tenho que estar de volta na cama antes do sol nascer." O moreno bufou. "Um vampiro, é?" "Não. "Ele atirou um olhar para Jeanie. "Eles plantaram grampos e câmeras em minha casa. Tive que fingir ir para a cama, mas eles vão ver que não estou lá quando o sol nascer." Ela ficou chocada. Como ele sabia? "Você acha que eu não iria perceber um monte de gente pisoteando em minha casa? Eu nunca aspiro ou tiro a poeira. Pude ver as pegadas e as coisas que moveram nas prateleiras, não importa o quanto eles foram cuidadosos." Ele fixou o olhar nos dois homens. "Tenho planos de conseguir um monte de dinheiro por ela. Pago mais dez mil, se vocês tomarem conta dela por dois dias aqui, enquanto eu negocio." "Não vale a pena." O loiro deu um passo em direção ao túnel que Boris tinha usado. "Acho que é apenas uma questão de tempo antes que eles descubram que estamos aqui. Tenho uma vida que pretendo viver." "Cinquenta mil." Boris tomou outro gole de água. "Cada um." "Porra." O moreno fez uma pausa, estudando-o. "Você acha que ela vale cem mil? Ela é uma puta. Nenhum cara vai pagar isso e nós estávamos na casa deles. É bom, mas eles não são 363


ricos. Seria mais barato se ele simplesmente arranjasse uma nova namorada. Eu com certeza não pagaria tanto por um pedaço de bunda." "Nós vamos fazer," o loiro disse. "Mas não estamos preparados para isso. Vamos ter que sair e voltar. Precisamos de comida, sacos de dormir, e eu quero mais munição." Ele chegou por trás e retirou uma arma. "Não apenas dardos tranquilizantes. Quero ter algum poder de fogo real." "Eles vão ouvi-lo se você disparar uma arma. Foi por isso que te dei esses." "Os bastardos já sabem – Eles vão estar aqui, se eu tiver que atirar neles," ele cuspiu, balançando a cabeça em desgosto. Boris franziu o cenho. "Tudo bem. Um vai, mas um fica." "Dane-se." O loiro sacudiu a cabeça. "Ele poderia simplesmente pegar o dinheiro e não voltar." Seu parceiro se virou para ele. "Ou você poderia." "Vocês são uma equipe. Não confiam um no outro?" Boris parecia revoltado. "Trabalhamos juntos, mas não somos amigos." O loiro mudou sua postura. "Além disso, escolho minhas próprias armas, e não se esqueça, eu sei o quão perigoso esses bastardos são. Já perdi um homem indo atrás dessa cadela. Vamos precisar sair por cerca de duas horas. Acho que você pode lidar com ela por conta própria durante esse tempo. É melhor ter o dinheiro." Ele olhou ao redor do lugar. "Eu me recuso a receber nada menos para ficar nesse buraco." "E nós queremos ser pagos amanhã," seu parceiro exigiu. "Eu disse que estou sendo vigiado," Boris protestou. "Não é fácil conseguir esse tipo de dinheiro tão rápido. Posso obtê-lo para vocês amanhã à noite. Volto logo depois que eles pensarem que estou na cama." "Tudo bem." O loiro se afastou com o segundo homem o seguindo. "Duas horas," Boris disse. "Andem logo."

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Boris sorriu para Jeanie, aproximando-se, mas parou uns quatro passos longe. "Você nunca seguia muito bem as ordens. Eu te disse para não ir trabalhar naquele dia. Você ouviu? Não. Olhe a bagunça em que você nos meteu." Ela fechou os dedos ao redor da corrente das algemas, não querendo nada mais do que ficar de pé e atirar a cadeira nele, mas o som de botas ainda podia ser ouvido enquanto seus dois capangas saíam. Não podia arriscar que eles voltassem se ela batesse em Boris, não importando o quanto queria fazê-lo. Ela alcançou atrás com a mão livre, sentindo a parte de trás da mordaça. Tinha sido amarrada em seu cabelo, um emaranhado molhado que ela tentou liberar. "Não se preocupe em gritar. Estamos uns quarenta metros no subsolo em um local que só tem estrada acima de nós. Ninguém vive nas proximidades e está no meio da noite. Nenhum desses bastardos loucos vão estar lá fora. Você só iria me irritar." Usando a mão livre, ela soltou a mordaça, arrancando um pouco do cabelo no processo. Ela a cuspiu da boca e jogou a coisa ofensiva de lado. Ele bateu no chão com um splat. Ela sugou o ar e desejou poder escovar os dentes. Seu olhar buscou Boris ao invés. "Vai se foder, Brice." Ela decidiu não revelar que sabia seu verdadeiro nome ainda. O sorriso dele se alargou. "Suponho que você já sabe que eu realmente não trabalho para a NOS para recuperar os perdidos." "Você esteve resgatando esses locais por dinheiro." "Brilhante, não foi?" Ele recuou e se recostou na parede, simplesmente deixando a água no chão. "Vou me aposentar muito em breve com um montão de dinheiro. Eles sabem quem eu realmente sou, ou foi o fiasco em Fuller a razão pela qual eles estão de olho em mim?" Ele não sabe. Ela decidiu se fazer de boba. "Fuller? Por que isso os faria ficar de olho em você?" Foi a coisa certa a dizer, porque ele riu. "Eu a dirijo. Surpresa! Eu deveria ter demitido alguns dos funcionários de lá. Eu sabia que eles as estavam fodendo, mas não dou a mínima, 365


porque isso me rende informações de tempos em tempos, quando ouço as gravações da segurança." "Foi assim que você descobriu sobre Cornas Research? Alguma vez você realmente teve alguém plantado lá ou foi uma mentira também?" Ele cruzou um tornozelo sobre o outro, ficando confortável. "Na verdade, foi pura sorte. Uma das prisioneiras não gostava de seu tratamento em Fuller, então ela reclamou para mim. Eu lhe disse que não poderia ajudar, a menos que ela me desse algo em troca. Sua irmã trabalhava na Mercile também, mas ela decidiu sair por conta própria. A cadela burra foi presa com alguns desses animais, mas sua irmã não era tão gananciosa. Ela conseguiu um emprego em Cornas para continuar sua pesquisa sobre esses bastardos lá. Eu te enviei para confirmar se eles tinham algum deles preso." Ódio a encheu, mas ela esperou que ele lhe dissesse mais. "Mais quantas pessoas como eu estão nisso?" "Não há ninguém como você, Jeanie. Você era tão malditamente crédula." Ele revirou os olhos e sua voz se tornou estridente. "Eu só quero salvá-los," ele imitou. Sacudindo a cabeça. "Benfeitora estúpida. O que isso te rendeu? Ser baleada e presa. Aí você tinha que ir e foder com um deles. Você sabe quanto dinheiro você me custou por abrir as pernas? Um monte. Você deveria apenas ser transferida para minha prisão e isso teria sido o fim de tudo. Você teria escorregado e quebrado a cabeça no chuveiro, ou teria tido uma alergia alimentar que a matou." "Eu não sou alérgica a nada." "Não seria isso que a autópsia teria dito." Ele se empurrou longe da parede. "Está tudo bem, apesar de tudo. Vou fazer mais dois resgates e depois me aposentar. Mas realmente me irrita não ter terminado de ferrá-los por terem arruinado minha vida. Esses animais pensaram que podiam simplesmente me expulsar de Homeland, tomar meu trabalho e se safarem. Estou desapontado que tenha que acabar antes de eu estar pronto para desaparecer. Pena que não vou

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poder fazer esses bastardos sofrerem mais, mas vou ter que realmente desfrutar destes últimos dias que me restam. De jeito nenhum eu vou sair sem ter certeza de que você pagou por isso." "Dois?" Ela sabia que ele planejava usá-la, mas quem era a outra pessoa? Ele assentiu. "Uma mulher Espécie. Esses animais ficam loucos sobre as pequenas. Eles farão tudo que eu pedir para recuperá-la. Eu tive meus rapazes indo lá para espiar o local e certificar de que a pista era real e contratei um detetive particular para ficar de olho no gato gordo que é dono dela para ter certeza de que ele não planeja uma longa viagem. Vocês duas juntas vão valer um monte de dinheiro. Não percebi que eles tinham instalado as câmeras até que já tinha cometido alguns erros. Eles podem saber sobre uma das minhas contas bancárias, portanto eu preciso engordar uma nova." "Uma Presente?" Os olhos dele se estreitaram em suspeita. "Você disse que era uma Nova Espécie pequena." "Era assim que a Mercile Industries as chamavam. Você realmente fodeu com meus planos, Jeanie. Estou muito irritado com isso." Ela reprimiu um comentário espertinho, olhando-o ao invés. O desejo de bater nele com a cadeira a qual estava acorrentada era forte, mas queria descobrir mais primeiro. Ela tinha duas horas antes de seus capangas voltarem, mas esperava estar muito longe antes disso. "Eu não tinha planejado me aposentar este ano, mas tinha que levá-la para Fuller para me certificar de que você não poderia lhes contar muito. Eles podem suspeitar de mim agora e estarem insatisfeitos sobre como eu dirijia a prisão, mas não podem me culpar de nada ainda. Tive que acelerar meus planos e terei que me contentar com apenas o que fiz até agora e com o que conseguir por vocês duas." "Com o que você estava preocupado que a NSO fosse descobrir de mim?" Ela queria saber se ele confessaria seu verdadeiro nome. Ele apenas sacudiu a cabeça, sorrindo. Era irritante. "Então, onde está essa Presente?" 367


"Como se eu fosse te dizer. Vou negociar por ela primeiro só para me certificar de que você não vai poder lhes contar sobre ela. O que significa que você vai ficar aqui por alguns dias." Ele riu. "Não que você será capaz de lhes dizer muita coisa." "O que significa isso?" Um arrepio percorreu sua espinha. Ele passeou um pouco pelo túnel e finalmente olhou para ela. "Você realmente acha que eu ia te dizer que dirijo Fuller e simplesmente te deixaria sair daqui? Isso não vai acontecer. Queria que soubesse disso, porque você fez da minha vida um inferno desde que foi presa. Fiquei preocupado de que eles descobrissem tudo e me pegassem antes que eu pudesse embarcar em um voo com destino à liberdade. Você tem que pagar por isso." Ela apertou a mão na corrente e se endireitou na cadeira. "Não posso acreditar que você veio aqui." Bem debaixo Homeland. Isso lhe dava arrepios. Esse cara é maluco. Ele riu, parecendo cada pedacinho um louco. "Sabe quanto eu gosto de estar bem debaixo de seus narizes, sem seu conhecimento? Isso prova que sou superior. Justice North acabará por descobrir. Justiça para Justice. Perfeito, não é?" "Você é algo, tudo bem. O que vai fazer comigo?" "Eles sentiriam o cheiro de uma bomba em você, mas veneno? Duvido. Pelo menos não no início. Vou apenas dizer que você está drogada quando a troca for feita. Burro e pateta, que acabaram de sair, vão levar a culpa por seu sequestro. Sei onde ambos vivem, por isso é apenas uma questão de fazer uma parada para recuperar o dinheiro que vou ter que pagá-los. Nenhum deles é inteligente o suficiente para depositá-lo em uma conta no estrangeiro ou inferno, até mesmo um cofre. Eles provavelmente vão escondê-lo debaixo do colchão ou atrás dos móveis." Ela o observou, esperando uma oportunidade. "Você pode contar para aqueles idiotas do meu plano, mas eles não vão acreditar. Vou simplesmente dizer que você fez ameaças e disse o quanto eles eram estúpidos e que poderia virá-

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los contra mim. Isso faz com que seja ainda melhor." Ele riu. "Ser advertido e ainda assim ser pego. Soa familiar, Jeanie?" Ela apoiou os pés no chão, esperando que ele se aproximasse. Tudo que tinha que fazer era esperar até que ele se virasse um pouco. Ele não seria capaz de sair do caminho rápido o suficiente antes que ela o acertasse. Ele era maior, mas ela estava em melhor forma e tinha uma arma. Ela não o vira com nenhuma. O moletom era largo, mas ele era muito arrogante para pensar que ela iria atacá-lo. Era uma aposta pela qual ela estava disposta a arriscar sua vida. "Você é um idiota covarde." Ele fez uma pausa, encarando-a. "Você acha que suas preciosas Novas Espécies são melhores? Dá um tempo. Sabe o quão fácil foi manipulá-los? Você tem credulidade em comum com eles. E também não acreditaria no quão estúpido alguns deles podem ser sobre honra e essa merda. Eles simplesmente colocam o dinheiro em uma conta se você lhes mostrar qualquer prova e eles pensarem que vão poder recuperar mais de sua espécie." "Você não sabe nada sobre honra, não é?" "Não. Eu não tenho esse defeito." Ele parecia orgulhoso desse fato. Jeanie sentiu nojo. Jerry Boris piscou. "Eles arruinaram minha vida. É justo que paguem por isso. Tive que criar um plano totalmente novo para recuperar um pouco do que eles me tiraram. Eu tinha algo realmente bom acontecendo até que você arruinou tudo. Eu quase gostaria de poder acabar com você com algo realmente doloroso, mas vai ter que ser um veneno de ação lenta e você precisa estar inconsciente. Pelo menos você vai ter alguns dias para meditar sobre isso e sofrer, sabendo seu destino. Eu também sou mesquinho e vingativo, a propósito." "Como você consegue se olhar no espelho?" Ela realmente precisava que ele começasse a andar novamente, mas queria obter mais informações antes de acertá-lo. "Você sabia que aquelas Novas Espécies estavam sofrendo. Inferno, você sabia que eu estava sendo usada como cobaia

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para um teste de drogas, mas deixou isso acontecer por meses. E a Presente? Sua vida é miserável também? Ela está sendo abusada? Que tipo de monstro a tem? O que ele faz para viver?" "Eu não poderia me importar menos se algum desses animais sofreu ou que você o fez. Era divertido pra caralho, na verdade. Pessoas estúpidas merecem. Arrastei isso para pescar mais dinheiro quando percebi que pagariam grandes quantias. Sinto muito que não tenha apreciado as drogas que seu chefe te deu, mas de quem é a culpa, Jeanie? Você optou por tomar esse abuso para salvar seu cachorrinho favorito. Você poderia ter evitado tudo isso e simplesmente saído a qualquer momento." "Eu não podia. Eu tenho coração." "E isso vai te matar." Ele bufou e começou a andar, olhando no relógio de novo. "Eles precisam se apressar, maldição. Não gosto daqui e é melhor que não se atrasarem. Por mais que eu goste de dar algum desgosto à NSO pelo que fizeram comigo, locais úmidos e escuros não são minha praia. Já vi ratos por aqui." "O que a ONS te fez? Você é um desses idiotas que não gosta deles porque são geneticamente alterados?" Ela de propósito enrolou o lábio, zombando dele. "Você com certeza não foi." "Eu estava no comando de Homeland!" Ele se virou, furioso. "Ajudei a fazer de lá o que é hoje. Este lugar era meu bebê e o que eles fizeram? Fui demitido e foi dito para se perder. A única razão pela qual eu consegui o trabalho de diretor em Fuller foi porque eu pude chantagear para obtê-lo." "Chantagear?" Ele sorriu. "Sim. Eu encontrei algo e o usei." "O que você descobriu?" Ele deu de ombros. "Descobri que eles podem ter filhos. Eu não disse isso ao senador Hills, mas impliquei que poderia fazer um grande reboliço, se não me fosse entregue a Prisão Fuller. Este foi o preço para meu silêncio." 370


Boris sabia que as Novas Espécies podiam ter filhos. Isso significava que ele poderia ir à imprensa. Ela se sentiu nauseada pelas ramificações se essas informações sigilosas vazassem. Ele se inclinou mais perto. "Como você acha que descobri onde você estava hospedada? Eles me bloquearam na porta de trás onde eu tinha acesso aos sistemas de computadores, mas apenas no nível de segurança. Eles não classificaram seus registos de estoques de fornecimentos encomendados para Homeland e a Reservation. Fraldas, vitaminas pré-natais, e toda uma lista de outras coisas foram entregues. E foi o fim. Eles tiveram roupas e alimentos entregues a uma casa que anteriormente estava vazia logo depois que você foi levada para Homeland. Foi tão fácil encontrá-la, Jeanie. Você pensou que eles poderiam protegê-la? Que piada. Eu sou dez vezes mais inteligente do que eles." "Você está errado." Ela decidiu blefar. "Alguns dos funcionários humanos têm filhos, mas não Novas Espécies. Eu saberia do contrário." Ele bufou. "Certo. Fury se casou com Ellie e eu sei onde eles moram. Aquela vadia teve um bebê dele. As entregas de fraldas foram diretamente para eles. Eles nunca mais foram vistos na televisão, o que é bom, porque eles me deixam doente depois do que fizeram comigo, mas é porque ela provavelmente virou uma vaca gorda depois de dar à luz a seus filhotes." "Você está errado. Eu conheci esse casal," ela mentiu. "Passei um pouco de tempo com eles. Eles não têm filhos." Ele deu um passo a frente e a esbofeteou. O aguilhão da palma em seu rosto a atordoou, mas ele se afastou antes que ela pudesse reagir e atacar em retaliação. "Essas catacumbas passam sob sua casa. Pelo menos um desses moleques estava chorando quando eu verifiquei. Quantos eles têm? Diga-me." Ela estava farta. "Eu nunca vi um bebê aqui." Isso foi honesto. "Aposto que você está errado sobre essa Presente também." "Eu tenho fotos dessa putinha gato."

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Ele não ia lhe dizer mais. Ela teve certeza disso quando ele virou as costas e olhou dentro do túnel e depois no relógio. "Aqueles idiotas molengas e incompetentes. Duas horas. Eu realmente os odeio. Talvez eu não os mate. Só os tenho levados para Fuller. Basta deixar as portas das celas destrancadas e espalhar um boato de que eles são informantes que estão lá para coletar informações. Os prisioneiros vão matá-los na primeira noite maldita. Eu poderia plantar essa ideia com Jeff. Aquele idiota não consegue nunca ficar de boca fechada. Ele é muito bonzinho." Jeanie se levantou o mais silenciosamente possível, esperando que ele não se virasse. "E só por maldade, quando eu já estiver longe e fora do alcance das Novas Espécies, vou lhes causar mais merda." Ele riu. "Você quer saber como as pessoas vão reagir quando descobrirem que há uma mulher humana que pode parir bebezinhos Novas Espécies? Fale sobre como fazer esses grupos anti-Novas Espécies explodir suas mentes. Eles sempre pregam sobre como as Novas Espécies vão desaparecer com o tempo. A raça de Novas Espécies nunca vai morrer se eles estão produzindo mais pequenos animais com essas putas." Ela tencionou e deu um passo para o lado. Eles tinham acorrentado seu braço direito, o que mais usava, e ela o balançou com toda força. A cadeira era um pouco mais pesada do que ela tinha imaginado. Isso só fez um pequeno ruído de raspagem quando as pernas deslizaram no chão antes de partir para frente. Boris se virou, mas já era tarde demais. Ele era maior, mas ela tinha a raiva do seu lado.

***** True usou uma lanterna para olhar abaixo no buraco. Uma escada estava no fundo, parcialmente visível na água parada, mas parecia danificada. Deveria ser uma boa queda de uns seis metros, mas ele não se importava. Jeanie estava lá embaixo. Ele deslizou os pés sobre a borda e 372


simplesmente caiu no buraco. A água suavizou sua queda e ele permaneceu de pé. Ele inalou, não pegando nenhum cheiro de Jeanie, mas a água cheirava mal. Os machos caíram na água atrás dele com mais lanternas. "Espere," Darkness ordenou. "Precisamos ir em silêncio e pegá-los de surpresa." True se controlou ao ouvir essa ordem. Havia duas aberturas, mas ele não tinha certeza de qual caminho seguir. Uma delas tinha uma grade, mas a outra não. Ele se arrastou pesadamente pela água até a abertura e cheirou. Tudo que conseguiu sentir foi água estagnada e um cheiro de mofo. "Por aqui," Justice sussurrou. True se virou, movendo-se rapidamente para o lado oposto do lugar. Justice apontou o feixe da lanterna na parede interna do túnel. "Sangue. É fraco, mas está lá." Ele forçou o portão aberto. Isso chiou, mas não muito alto. True avançou, saiu da água e cheirou. "É dela." Tiger riu. "Ela é inteligente. Acho que de propósito ela marcou onde eles a levavam." True lutou contra as lágrimas. "Ela é tudo para mim. E se eles já a mataram?" "Eles teriam feito isso em casa e não se preocupariam em levá-la com eles," Darkness disse asperamente. True cerrou os dentes, abafando um grunhido. "Você não tem que apontar isso," Justice afirmou. "Ele precisa saber que eles a querem viva. É lógico, pois levá-la com eles só iria atrasá-los." Darkness passou por True. "Eu vou primeiro." True quis protestar, mas o macho abriu os braços, bloqueando a passagem estreita. Ele teria que lutar com ele e isso iria arruinar o plano de se esgueirar e atacar os humanos para pegar sua companheira de volta.

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O túnel terminou com uma chapa metálica no chão. True tentou levantá-la, mas ela não abriu. Frustração o atingiu. Ele olhou para a equipe de Novas Espécies. Darkness se agachou ao seu lado, estudando-a com a lanterna. "Merda. Deve ter um bloqueio do outro lado." Ele acenou para um dos machos. "Viemos preparados. Dê-me a alavanca que eu lhe disse para pegar de um dos veículos." Demorou demais para os nervos impacientes de True, mas Darkness conseguiu usar uma ponta da alavanca para forçar a beirada da palca um pouco, e então a arrancou. Quebrando a fechadura frágil quando a puxaram para cima. Uma escada estava anexada à parede abaixo da chapa. "Aqui vamos nós." Darkness suspirou. "Odeio o subterrâneo e parece que teremos que ir mais fundo." "Saia do meu caminho." True tentou descer primeiro. "Calma." "Minha companheira está lá embaixo. Sinto cheiro de seu sangue." Ele podia. Ela tinha tocado a escada. "Está lá. Meu olfato está muito melhor agora que estamos longe da água." "Eu vou primeiro e você aceita as ordens ou vai ficar aqui em cima," Darkness declarou com firmeza. Ele queria discutir, mas isso só iria fazê-los perder mais tempo. "Então vai." Eles chegaram a um lugar onde se ramificava para dois túneis menores. Darkness fez uma pausa e olhou para True. "Veja se consegue cheirá-la." Ele teve que se curvar para caber sob o teto baixo e cheirou. Não pegou nenhum cheiro dela, mas usou a lanterna para tentar detectar sangue nas paredes. "Você poderia ter feito isso igualmente bem," Tiger sussurrou. "Ele precisa," Darkness sussurrou de volta.

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True ignorou enquanto desistia e entrava no outro túnel. Era baixo também, mas ele sentiu o cheiro do sangue de Jeanie. "Este aqui." Ele encontrou manchas disso em uma das paredes logo depois, como se ela tivesse esfregado a mão lá. Ele liderou o caminho até chegarem a uma curva e ele ver luz. Ele parou, forçando os ouvidos. Darkness veio de repente, empurrando contra ele, até que ambos ficavam ombro-aombro. A voz de Jeanie era fraca, junto com uma voz masculina. As palavras não eram distinguíveis, mas ele tinha certeza de que era ela. Darkness virou a cabeça e franziu o cenho. "Espere," ele murmurou. Tirou o telefone e enviou uma mensagem de algo. Olhou para cima e mostrou a tela para True, e então a tocou para puxar um outro aplicativo. Era um localizador. Darkness apontou para cima. "Estão cercando o local. Sabemos onde estamos e assim fazem nossos machos." Ele não tinha certeza se teria paciência. Ele podia ouvir Jeanie, porém, ela estava falando, e algumas palavras se infiltraram. Seu tom implicava que ela estava com raiva. Outro macho tocou suas costas e ele virou a cabeça. O macho passou um rifle à frente. Darkness aceitou e se inclinou mais perto. "Eu não vou perder o tiro. Recue e me permita continuar. Vou me deitar e rastejar para frente até que possa alcançá-los. Fui treinado como franco-atirador." Darkness se abaixou e fez exatamente como havia dito. True sabia que deveria ficar parado, mas não pôde resistir. Ele caiu de sua barriga e rastejou atrás do macho. O túnel à frente não era tão longo e as palavras de Jeanie ficaram claras. Ele não conseguia ver ao redor de Darkness sem se levantar, mas ficou preocupado de revelar sua localização se o fizesse. Choque percorreu seu sistema embora, quando pôde ouvir toda a conversa.

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A cadeira atingiu o lado de Boris forte o suficiente para derrubá-lo. Jeanie conseguiu agarrá-la quando saltou para trás. Ela segurou a ponta arredondada da parte de trás do assento e o lado onde a algema estava presa à barra da cadeira. Então a levantou e a esmagou sobre ele novamente. Ele gritou e levantou um braço, tentando proteger a cabeça. Não foi eficaz ela usar as pernas da cadeira para socar abaixo em sua barriga e peito. Ele arquejou e ela bateu novamente. Boris rolou de bruços nessee momento e ela bateu mais uma vez apenas para ter certeza. Um monte de raiva reprimida a levou a golpeá-lo mais algumas vezes até que ficou sem fôlego pelo esforço. Querendo apenas que a cadeira fosse mais pesada e mais solidamente feita. Ela caiu na cadeira e o chutou de lado. Ele rolou, se enroscando em uma bola. Doía-lhe um pouco quando ela o chutou novamente, dessa vez no peito, mas teve o efeito desejado. Ele acabou estatelado de costas. Ela se virou de leve, usando a última de sua força para levantar a cadeira. Trazendo-a mais para baixo para que as pernas pousassem em cada lado do pescoço dele. A barra de suporte na parte inferior que ligava as pernas traseiras pressionou contra sua garganta e ela se inclinou, apoiando seu peso sobre o encosto do banco. Jerry Boris, ou como ela o conhecera, Terry Brice, a encarou com os olhos arregalados enquanto seu rosto ficava com um tom feio de roxo. "Não consegue respirar?" Ela arfou. "Eu sei como é isso. Tente ter um idiota enfiando a mão suja sobre sua boca e nariz. Foi isso que seu capanga imbecil fez comigo." Ela aliviou um pouco para que ele não morresse. Ele sugou o ar, mas sua cor não melhorou. Ela olhou para trás e levantou o pé, batendo-o sobre sua virilha. Ele gritou. "Eu sei como é isso também. É uma cadela não ser capaz de gritar, não é? Isso dói?" Ela apertou os dedos do pé contra a frente de seu moletom, um pouco enojada, mas de jeito nenhum ela pretendia deixá-lo se levantar. Ele a superava por uma centena de quilos. Além disso, eu não tenho nenhuma maldita simpatia por você, idiota. 376


Jeanie olhou para seu rosto, vendo sua expressão aterrorizada e a forma como suas mãos agarravam a barra contra sua garganta. Ela aliviou um pouco do peso fora da cadeira até que ele conseguiu sugar mais ar. Ela pressionou abaixo novamente. "Você e eu," ela disse, recuperando um pouco mais de fôlego, "vamos ter uma conversa. E o que eu quero dizer com isso é que eu vou falar e você vai respirar quando eu disser que pode." Ela esperou e o deixou ter um pouco mais de ar. Não era sua intenção matá-lo, mas ela estava determinada a obter respostas. Ele sabia onde estava uma Presente e a tinha colocado em um inferno, mas ela estava mais chateada sobre como ele havia permitido que True e os outros sofressem mais do que o necessário, porque o divertia e ele queria ganhar mais dinheiro. "Aqueles idiotas que você contratou me empurraram em um buraco e me deixaram cair na água suja. Estou fedendo. Eu tinha uma mordaça enfiada em minha boca e você planejava me envenenar,” ela o lembrou. "Eu poderia matá-lo. Entendeu? Esquece seus planos de aposentadoria. Esquece sobre tirar mais um centavo da NSO. Você vai me dizer onde essa Presente está, ou eu vou te ver sufocar. Eu poderia tirar um cochilo aqui." Ela levantou o suficiente para deixá-lo tomar ar. Ele engasgou um pouco, mas ela segurou fora até que ele tomasse alguns fôlegos. "Sua vadia," ele arquejou. Ela se inclinou, colocando seu peso sobre as costas da cadeira. "Vai se foder, Jerry. É. Eu sei qual é seu nome. Vi sua foto quando eles me mostraram todos os homens que trabalhavam para a NSO. Diretor Jerry Boris. Você foi demitido porque foi um babaca com a companheira de Fury. Ele disse que você quase a matou e tentou afastá-la dele. Você simplesmente não pode deixar as companheiras em paz, não é? Você me tirou do meu e adivinha? Estou furiosa." Foi gratificante quando ele parou de lutar, ficando totalmente quieto. Não durou mais do que alguns segundos. Ele soltou a barra e tentou agarrar o pé da cadeira descansando em sua virilha. Ela pisou abaixo, esperando esmagar seu lixo. Ele gritou e soltou. Ela aliviou a pressão. "Onde está a Presente, Jerry? Você vai me dizer ou eu vou torturar a merda fora de você. Aprendi algumas coisas sobre isso lá em Drackwood, vendo o que faziam àquelas pobres Novas 377


Espécies que você odeia tanto. Eu amo um deles e ele quase morreu lá, sendo espancado e ferido, mas você não dava a mínima. Você só queria dinheiro. Adivinha o quê? Eu quero você morto para me certificar de que você não vai poder machucar mais ninguém." Ela tomou algumas respirações calmantes, tentando controlar seu temperamento. "Mas vou te deixar viver se você me disser onde a Presente está." Ela levantou, deixando-o respirar. Uma marca vermelha amassava a área carnuda de sua garganta, mas ela não se sentiu mal por isso também. Ele não merecia. "Nunca." Ela arqueou as sobrancelhas. "Sério?" "Foda-se. Eu não vou dizer. A cadela gato vai morrer." Ele tossiu. "Quero o dinheiro e só vou dizer onde ela está quando estiver a salvo." Ele virou a cabeça e torceu o corpo volumoso na mesma direção. Isso desequilibrou Jeanie que tropeçou quando a cadeira bateu nela, desde que ele era um cara grande. Duas grandes mãos agarraram seus quadris para impedi-la de aterrissar de bunda e ela caiu contra um corpo grande e firme. Terror a atingiu quando ela levantou a cabeça e viu que um de seus capangas tinha retornado. Ela ia morrer uma morte lenta e dolorosa. True franziu o cenho. Ela o olhou nos olhos, parte dela com medo de que ele fosse um sonho. Aquele belo olhar se desviou dela para alguma coisa no chão. Ela o seguiu, vendo como Jerry Boris lutava para ficar de pé. Ele tossiu um pouco, mas conseguiu se levantar. Suas mãos se fecharam em punhos quando ele girou para atacar. Darkness o agarrou pelo pescoço e o jogou contra a parede. Então o levantou, facilmente colocando o homem na ponta dos pés. "Cadela gato, é?" Darkness rosnou. "Eu meio que sou apaixonado por elas, já que sou felino também. E me ofendi quando você disse que ela vai morrer." Ele virou a cabeça e segurou o olhar de Jeanie. "Eu resolvo isso. Ele vai falar."

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Jeanie estava em choque e, pior, ficou claro que eles tinham ouvido e visto o que ela estava fazendo com Boris. Ela caiu nos braços de True. Outra Nova Espécie se agachou ao lado dela e retirou um pequeno kit de um dos bolsos. "Eu vou te libertar." Tiger lhe deu um sorriso sinistro antes de voltar sua atenção para a algema anexada a ela e a cadeira. A sensação surreal a deixou sem palavras. Ela tinha se perdido, se descontrolado totalmente, e sua reação ao que tinha feito estava afundando. Ela tinha estado disposta a matar outra pessoa e poderia ter feito, se eles não tivessem chegado para detê-la. True e as outras Novas Espécies tinham que ter ficado horrorizados quando entraram e a viram usando uma cadeira para torturar alguém. Ela se sentia assim, e tinha sido ela a fazer isso. "Você está segura." True a embalou nos braços. "Tirem-na daqui," Darkness ordenou. "Estou trabalhando nisso," Tiger murmurou. "Ou teremos que arrastar a cadeira com ela." "Depressa." Darkness sustentou o olhar de Jeanie novamente e pareceu estudá-la. Ele franziu o cenho antes de mudar seu foco para True. "Ela já viu violência suficiente e sofreu o bastante. Estou prestes a derramar sangue, se é isso que for preciso para fazê-lo nos dizer onde a Presente está. Vou fazê-lo confessar todos os seus crimes." "Aqueles dois homens que trabalham para Boris estão voltando," Jeanie conseguiu dizer. "Temos uma equipe aqui embaixo." Justice apareceu. "Eles não vão conseguir ir muito longe sem serem capturados, se voltarem. Tenho gente mapeando todo o sistema, desde que não tínhamos conhecimento disso até o momento. Fico me perguntando por que não estavam nas plantas que nos foram dadas." Jeanie pegou seu tom sarcástico e o jeito como ele olhou para Jerry Boris. Ela forçou sua mente a trabalhar. "Ele acha que Fury e Ellie têm um bebê. Ele esteve de olho no que era encomendado pela NSO e onde estava sendo entregue. Foi assim que ele descobriu onde eu estava hospedada. Ele também esteve aqui passando embaixo das casas das pessoas para ouvir e escutou 379


um bebê chorando." Ela teve cuidado em como redigia o que estava dizendo. "Eu lhe disse que não era verdade, mas ele ameaçou contar à mídia que as Espécies podem procriar, só para causar problemas." Alguns grunhidos soaram e ela olhou ao redor, notando pela primeira vez que mais de uma dúzia de Novas Espécies enchia a câmara. Ela se inclinou para True. As algemas se abriram quando o felino conseguiu arrombar a fechadura. Ela olhou para ele. "Obrigada." Tiger empurrou a cadeira para longe e se levantou. "De nada." True a virou nos braços e ela ergueu o queixo, quase com medo de olhar para ele. "Sinto muito." Foi a única coisa que ela conseguiu pensar para dizer. Ele a levantou até ficarem na mesma altura e ela não teve escolha senão olhar em seus olhos. As lágrimas brilhando lá não foi nenhuma surpresa. Ele tinha que estar mortificado com o que ela tinha feito – quase tanto quanto ela. "Pelo quê?" "Eu perdi minha merda." Ele fungou. "Cheira tão mal aqui, que nem posso dizer." Tiger bufou. "Não é isso. Ela está falando sobre o que fez com Boris." True sorriu. "Eu sei. Eu estava brincando. Queria tirar um sorriso dela. Estou orgulhoso do quão forte você é, Jeanie. Precisava de força para atacá-lo e tentar forçá-lo a falar sobre a Fêmea Presente." Ela o olhou boquiaberta. Suas palavras a surpreendendo. "Quase fiquei triste quando ele conseguiu afastá-la. Você estava indo tão bem. Vou ter que treiná-la um pouco melhor para que fique atenta a movimentos como este. O fato de que estava disposta a machucá-lo para forçá-lo a dizer onde uma Presente está só mostra o quanto de uma Espécie você é. Eu mataria por você, Jeanie." Ele se inclinou e pressionou a testa contra a dela. "Vamos para casa tomar um banho e aí eu vou montá-la por trás." 380


Ela ficou sem palavras e colocou os braços em volta de seu pescoço. Ele riu. "Logo depois que eu cuidar de seus ferimentos, o que estou tentando realmente duro ignorar, assim não vou lá e rasgo a garganta daquele humano. Posso ensiná-la a fazer isso com os dedos. É algo que você deve aprender, caso alguém algum dia venha atrás de você novamente. Podemos usar esses bonecos do tamanho de um humano para que você possa praticar. Você provavelmente vai preferir usar esses." Jeanie fungou, lutando contra o desejo de chorar. True não parecia chateado ou chocado. "Eu te amo." "Eu também te amo. Enrole-se à minha volta, companheira. Eu realmente preciso te sentir agora. Duvido que vou querer te largar por uma semana ou duas." Ela abraçou seu pescoço e enganchou as pernas ao redor de sua cintura. Ele ajustou seu abraço e a agarrou com força enquanto ela escondia o rosto contra seu pescoço. Ele se virou, indo para casa, e ela apenas se agarrou a ele.

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Capítulo Vinte e Três "Abaixe!" Jeanie engasgou e mergulhou na cama. O descanso decorativo do sofá passou voando por ela, não a atingindo por centímetros. Ela caiu sobre o colchão com um salto e virou a cabeça, sorrindo para True. "Isso não é engraçado." Ele sorriu enquanto entrava no quarto. "Você está mais rápida." "É porque você não para de jogar as almofadas para mim. Juro que vou esconder todas que tem na casa." Ele agarrou a parte inferior da camisa, rasgando-a por cima da cabeça e a deixando cair no chão. "Estou falando sério sobre seu treinamento. Jurei para sempre te proteger, mas aprendi que é melhor se você puder lutar, caso alguma vez eu seja drogado de novo." "Homeland está segura. As catacumbas foram mapeadas e as entradas externas fechadas com sensores de alarme em torno de cada perímetro. Vamos saber imediatamente se alguma vez forem violadas. Cada grade foi soldada com mais alarmes. Acho que vocês foram exagerados." "Não há tal coisa quando a segurança de nossas companheiras está em jogo." Ela se virou e sentou quando ele se inclinou, arrancando as botas. "O que está fazendo?" "Ficando nu." "Eu gosto disso." Ela deslizou para a beirada da cama. "Nunca vou me cansar de vê-lo tirar a roupa." Ele riu enquanto se endireitava, abrindo a frente da calça. "Você está vestida demais." "Para quê?" Ela bateu os cílios. "Tem alguma coisa em mente? Talvez um banho? Uma ducha?" 382


Ele puxou a calça e se aproximou da cama. A maneira como ele avançou para mais perto era muito sexy e o fato de que ostentava uma ereção cheia era um bônus. Outra coisa que ela nunca se cansaria de olhar. Ele estendeu a mão para ela e rosnou. "Você ainda está vestida." "Isso porque, uma vez que começarmos a beijar vou esquecer todo o resto. Tenho algumas perguntas." Ele franziu o cenho. "Justice disse que poderíamos ficar com a casa. Somos companheiros e precisamos de espaço. O dormitório não é adequado para companheiros." "Eu já sabia disso. Jessie esteve aqui enquanto você estava fora. Eu realmente gosto dela. Ela trouxe donuts." "Eu amo doces." Ele se inclinou, empurrando-a de costas. "Sei de algo que é ainda melhor. Você." Ele beijou seu pescoço enquanto a imobilizava. "E sei o que quero comer. Você." Jeanie riu, deslizando os dedos por seu cabelo. "Estou falando sério." "Eu também." Ele levantou a cabeça, segurando seu olhar. "Eles a encontraram?" A expressão dele mudou e ela se arrependeu de ter perguntado. "Ainda não. Boris se recusa a revelar a localização da Presente e, acredite-me, Darkness foi persuasivo." "Boris não tem nada a perder, exceto sua vida. Ele é um babaca cruel." "Ele nunca ficará livre de novo." "Eles o transferiram para Fuller?" Ela não tinha certeza se era uma boa ideia, considerando que ele tinha sido o diretor. "Não. Darkness não usou nenhum de seus métodos de interrogatório mais perigosos ainda. Boris é muito mole e Darkness não quer correr o risco de matá-lo antes que ele diga o que precisamos. Mas ele não vai desistir até que consiga as respostas ou Boris morre." "Ótimo.” Ela não sentia nem um pingo de culpa.

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True rolou de repente, puxando-a para cima dele. "Você quer que eu te leve onde ele está sendo mantido e te dê uma cadeira para levar para sua cela e ver o que consegue tirar dele? Você foi feroz." Ela se sentou, montando-o. "Isso não é engraçado." Ele sentou também, puxando-a contra ele. "Sinto muito.” Uma mão acariciou sua espinha. "Você estava tão sexy embora. Só não gostei de seu pé no pau dele. Sou o único macho que você deve tocar lá." Ela balançou a cabeça, acariciando os lados de seu rosto. "Você tem um fetiche por pés que eu não sei?" Ela sorriu. Ele rosnou. "Agora, isso não é engraçado. Gosto de como você é gentil quando me toca." Ela deslizou um pouco para trás e soltou seu rosto para chegar entre eles com as duas mãos. "Assim?" Ela rodeou os dedos na base do pênis, os polegares provocando a coroa. "Você é definitivamente para duas-mãos. Ou você prefere minha boca e língua lá embaixo?" "Você sabe que não tenho muito controle quando você faz isso." "Eu sei." Ela sorriu. "Pena que eu ainda estou vestida." "Então tire a roupa ou vou fazer isso por você." "Você vai rasgá-las." Ela o soltou, fugindo de seu colo e começando a se despir. "Estou meio que limitada com as coisas que tenho até que as coisas do meu apartamento cheguem." "Você está reclamando?" "Não." "Acho que não." Ele se estendeu de costas e sorriu enquanto ela tirava a roupa. Ela se arrastou até seu corpo e se sentou em suas coxas. "Você quer que eu aprenda autodefesa, mas você precisa aprender mais controle." "Eu te quero muito, Jeanie. Agora não é o momento de usar a boca em mim. Eu quase te perdi de novo ontem." "Eu estou bem." 384


O olhar de True correu por seu corpo, aquele olhar faminto em seus olhos deixando-a quente. "Você está mais do que bem. Você está perfeita. Você faz meu sangue ferver e me deixa tão duro que estou doendo por você." Jeanie subiu ainda mais por seu corpo e se inclinou para deslizar a língua sobre seu lábio inferior. "Posso fazer algo sobre isso." Ela alcançou entre eles e fechou os dedos ao redor de sua ereção novamente. Então mexeu os quadris e desceu até que ambos gemeram quando seus corpos se uniram. True agarrou seus quadris. Seus olhares se encontraram. "Você me completa, Jeanie." Ela beijou True. "Você me completa também." True gemeu quando Jeanie começou a balançar os quadris lentamente. "Você é o céu." Jeanie riu. "Então empatamos. Você acha que sou o céu, e eu acho que você é um deus." "Deus, é?" Ele abaixou as mãos e agarrou firmemente sua bunda enquanto moia os quadris para cima, afundando-se nela ainda mais. "Um deus do sexo." True riu. "Tento ser para você, Jeanie." "Tente se movendo. Você está me torturando aqui." Ela empinou os quadris. Ele empurrou para cima. Jeanie agarrou seus ombros e jogou a cabeça para trás. "Com sucesso," ela gemeu. "Bem aí. Mais rápido." "Tão exigente." Ele rolou e a prendeu debaixo dele. "Meu objetivo é agradar." "Você é o melhor companheiro do mundo." "Você também. Agora segure firme." "Sempre."

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