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GESTAÇÃO + PROBIÓTICOS

MENOR RISCO DE ALERGIAS PARA O BEBÊ

Bebês cujas mães ingeriram alimentos probióticos durante a gravidez e no início da vida podem estar em menor risco para alergias do que outras crianças, de acordo com uma análise de estudos feita por pesquisadores do Hospital Infantil de Pittsburgh (EUA).

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A equipe analisou os resultados de 25 ensaios sobre suplementos de probióticos ministrados durante a gravidez ou no primeiro ano de vida da criança.

Todos os estudos compararam mães e bebês aleatoriamente designados para tomar probióticos com um grupo de controle, que ingeriu placebo.

Foram dados aos participantes doses probióticas diariamente, e em alguns casos mais do que diariamente, durante alguns meses ou um ano.

As pesquisas acompanhadas controlavam se as crianças passaram a testar positivo para alergias comuns - como a amendoim ou alergias ao pólen - e se ofegante ou com sintomas de asma.

Os bebês que foram expostos aos probióticos no útero e receberam suplementos após o nascimento tinham um risco 12% menor de ter alergias nos próximos meses e anos, se comparados com as crianças nos grupos de controle. Mas o risco de alergia não foi reduzido quando os bebês começaram a receber probióticos somente após nascimento.

Os benefícios dos probióticos não foram percebidos para asma.

Os probióticos são geralmente considerados como seguros e estudos não encontraram efeitos colaterais graves, mas ainda não está claro quais micróbios específicos são melhores e em que dosagem, disseram os autores.

De acordo com o grupo, as novas descobertas podem ajudar a reforçar a chamada hipótese da higiene. Segundo a teoria, à medida que as nações se tornaram mais industrializados e desenvolvidas, elas também se tornaram mais limpas, diminuindo portanto nossa exposição a micróbios no início da vida.

A hipótese da higiene, como já abordamos em outras matérias desta edição de VIVABEM.CENTER MAGAZINE, postula que o ambiente mais limpo pode ter levado a um aumento de alergias e asma. Por isso, os pesquisadores afirmam que essa exposição aos probióticos no início da vida pode ter ajudado o sistema imunológico a se autorregular e reconhecer quais as bactérias e corpos estranhos são nocivos e quais não são.

ECZEMA

Um outro estudo, uma revisão de pesquisa atual, sugere que mulheres que tomam probióticos enquanto estão grávidas e amamentando podem ter menos probabilidade de ter filhos com eczema do que mães que não amamentam.

O uso de probióticos durante a gravidez e lactação foi associado com um risco 22 por cento menor de crianças desenvolvendo eczema, uma doença inflamatória comum da pele, segundo o estudo. Isso equivale a prevenir 44 casos de eczema para cada 1.000 crianças.

Embora o estudo não tenha sido projetado para provar como os probióticos podem prevenir o eczema, é possível que esses suplementos modifiquem a composição do leite materno e influenciem a maneira como o sistema imunológico e a pele da criança se desenvolvem, disse Robert Boyle, do Imperial College Londres | Universidade de Nottingham, no Reino Unido, que participou deste estudo.

"Já havia alguma evidência de que a exposição a probióticos no início da vida pode reduzir o risco de eczema em uma criança. Mas este estudo deixa mais claro que os probióticos maternos durante a gravidez e durante a amamentação parecem proteger os bebês do eczema”, acrescentou Boyle.

Nesta revisão, os pesquisadores analisaram dados de mais de 400 estudos, incluindo um total de cerca de 1,5 milhão de pessoas. Houve 28 tentativas de uso de probióticos durante a gravidez, envolvendo cerca de 6.000 mulheres. A maioria dos ensaios concentrou-se nas bactérias lactobacillus. Estes estudos encontraram um risco reduzido de eczema para as crianças quando as mães tomaram probióticos durante as semanas finais da gravidez e nos primeiros seis meses de amamentação.

V I V A B E M . C E N T E R

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