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Novo condomínio não afastou abandono e descaso do Canguru
from Midiamax Diário | 13 de fevereiro de 2023 | Em menos de uma semana, 7 pessoas morrem durante ações p
KArinA CAmpos
A Rua Paca, entre os bairros Mario Covas e Jardim Canguru, abrigava uma antiga favela. No ano passado, alguns moradores foram contemplados com apartamentos no Residencial Canguru. A desocupação deu espaço para um lixão, matagal e escuridão. Quem já vive há anos na vizinhança reclama: “Com a favela era melhor”.
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Nem a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro mudou a realidade da comunidade. Na época, a promessa era de valorização ao entorno do conjunto habitacional, onde também há creches, escolas, postos de Saúde e segurança.
Na frente do condomínio, o trecho asfaltado recebe o nome de Rua Jundiaí. Parte das ruas laterais foi asfaltada, mas a pavimentação não alcança boa parte da região. Segundo moradores, com a entrega dos apartamentos, alguns acreditavam que seria uma melhoria para uma região que não era notava há anos. As expectativas ruíram com a piora do cenário.
Vítima de abusador
Vizinha do local, Sandra Regina de Souza Lindoca, 40 anos, sofreu na pele o desespero de viver ao lado do abandono. Voltando para casa à noite, foi arrastada para o matagal por um homem. O irmão ouviu os gritos e conseguiu salvar a mulher do abuso sexual. Ela lamenta o abandono agravado depois da desocupação no terreno.
“Vivo aqui há mais de 19 anos, toda minha família mora no bairro. No fim do ano passado aconteceu isso [tentativa de abuso], foi um susto. Meu marido disse para vender a casa, mas quem vai querer comprar e ter isso do lado? Eu queria começar o ano estudando, mas como vou se quando voltar para casa vou passar por medo e o risco de morrer aí dentro?”, disse.
Ela diariamente lida com invasão de insetos e animais peçonhentos. Sandra perdeu a irmã por dengue e ficou internada 3 vezes. “Essa semana achei 3 escorpiões e dias atrás uma cobra, fora os sapos que entram pela varanda”. “A noite é um filme de terror”, completa o irmão.
Reforma de escolas custará R$ 14 mi
A reforma de 4 escolas estaduais custará R$ 14,5 milhões a Mato Grosso do Sul. Os extratos dos contratos foram publicados em edição extra do Diário Oficial do Estado de sexta-feira (10). A E.E. Joaquim Murtinho, de Campo Grande, terá o maior valor: R$ 7.567.911,80.
Criminalidade
Morando próximo da área abandonada há 21 anos, Alexandre Cardoso dos Santos, 45, relata que a taxa de criminalidade aumentou. O matagal alto e a escuridão favorecem uso de drogas, esconderijo de bandido e lixão para entulho.
“Quando os moradores da favela estavam, eles zelavam e cuidava. A noite tinha luz na casa deles. Era tudo simples, mas era muito melhor. De manhã tem gente que entra com a caminhonete e joga lixo, falamos e acham ruim, quase ba- tem na gente. Nem a entrega ajudou na valorização. Se pelo menos cercassem, colocasse placa para evitar”, afirmou.
A esposa, que preferiu o anonimato, já encontrou animais mortos no trecho. Sem a antiga invasão, a desordem reina. “A casa não para limpa, tem carrapato que fica na parede, sapo. Nos sentimos abandonados”.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação desde material. O espaço segue aberto para um posicionamento. (KC)
APMs vão receber R$ 4,6 milhões
A E.E. Professora Vânia Medeiros Lopes (Glória de Dourados) receberá R$ 6.382.435,16. Também serão destinados recursos para as escolas Reynaldo Massi (Ivinhema, R$ 302.390,62) e Princesa Izabel (Santa Terezinha, Itaporã, R$ 298.970,13).
(Gabriel Neves)
A Prefeitura de Campo Grande publicou no Diário Oficial do Município de sexta-feira (10) a lista de APMs (Associações de Pais e Mestres) de Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) que receberão recursos que totalizam R$ 4.665.000,00. No total, são 103 APMS de Emeis
Para tentar descobrir o futuro da obra, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou entrar em contato com Enéas José de Carvalho, secretário-adjunto de Infraestrutura, mas não obteve respostas até a veiculação desta matéria.
AGênCiA BrAsil
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente de R$ 1.302, deve passar por novo aumento neste ano. O último reajuste passou a valer no dia 1.º de janeiro.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1.º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que foi ao ar neste domingo (12), na TV Brasil.
Política de valorização
Além do reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo é uma das prioridades da pasta. Segundo o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Lula, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007.
relacionadas para receber recursos, que variam de R$ 35 mil a R$ 50 mil.
Os recursos são oriundos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação).
(Gabriel Maymone)
“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes”, explicou.
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