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Ônibus fantasma: passageiros esperam por horas em pontos e indicam problemas na frequência de coletivos

Priscilla Peres

Além de ser o personagem principal de processo que apura corrupção na concessão bilionária que entregou a um grupo de empresas de ônibus o direito de explorar o transporte coletivo por 20 anos, o Consórcio Guaicurus é alvo de reclamações diárias de passageiros que enfrentam superlotação, frota sucateada e atrasos constantes.

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Como se não bastassem esses problemas, aplicativos que ajudam passageiros a acompanhar as linhas dos coletivos expõem mais um problema: os ônibus “fantasmas”.

Nesta segunda-feira (20), o Jornal Midiamax mostrou que, mesmo com ônibus com idade acima dos 5 anos –a mínima prevista no contrato de concessão–, veículos velhos circulam pela Capital e revoltam passageiros. Mesmo com a frota nessas condições, o grupo de empresas vai receber um total de

R$ 32 milhões de verbas públicas em 2023.

‘Frustração’

Diversos são os relatos de leitores do Jornal Midiamax que, mesmo atentos aos horários pelos aplicativos, deparam-se com a frustração de esperar em vão. Há também a situação de muitos atrasos confirmados pelos aplicativos.

“Acontece sempre de eu olhar no aplicativo no horário de ônibus, ir para o ponto e o ônibus simplesmente não passar. Eu pergunto para as pessoas que também estão no ponto e elas geralmente relatam a mesma situação”, contou a estudante Júlia Vicente, 22 anos.

Além da espera em vão, Júlia relata que a situação gera outros problemas, como a insegurança. “Teve um dia que eu fiquei no ponto esperando o ônibus, que dizia no aplicati- vo que ia passar, mas não passou e eu quase fui assaltada. Era de noite e eu estava sozinha”, afirmou.

Os relatos de ônibus fantasmas ocorrem geralmente em bairros, sendo menos comuns nas mais populares. Ainda que, na região central, a estudante geralmente enfrenta problemas na 205 no ponto da Avenida Mato Grosso quase na esquina com a Rua Rio Grande do Sul.

Espera em vão

No mesmo ponto, outra estudante confirma a situação. Lívia dos Santos, 15, afirma que não são raras as vezes em que espera em vão pelo ônibus, mesmo de olho nos horários no aplicativo. E quando o ônibus não é fantasma, ele é atrasado.

No dia em que Lívia conversou com a reportagem do Jornal Midiamax, o ônibus da linha 205 passou às 13h30, mas nos aplicativos informava que havia passado às 13h22.

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