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Pistoleiro do PCC morre em confronto com a polícia

Danielle errobiDarte

Victor Kauan Coelho de Souza, 23 anos, morto na noite de sábado (25) em confronto com policiais da Força Tática da Polícia Militar, era membro do PCC e ocupava a função de pistoleiro na facção criminosa, segundo fontes policiais. Ele estava com um revólver calibre .32 e atirou contra os militares após se esconder em uma edícula de sua casa, no Guanandi.

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No muro da casa de Victor foram encontradas pichações em alusão à facção, como o número “1533”. Entre suas passagens, Victor figura como suspeito do homicídio de Ryan Dionísio Ajala, 19, ocorrido em fevereiro do ano passado no Jardim Nhanhá. Durante as investigações, a Polícia Civil não identificou ligação dele com o crime.

Atirou contra os policiais Policiais da Força Tática do 10.º Batalhão da PM faziam rondas pelo Guanandi e avistaram o rapaz. Ao notar a viatura, ele teria se levantado e quase deixado cair um objeto que aparentava ser uma arma de fogo enrolada em uma camiseta.

Victor entrou em uma residência na Rua Valparaíso e bateu o portão. Os militares precisaram pular o muro, mas o suspeito correu para os fundos da residência. Quando ordenado que parasse, ele se escondeu em uma edícula nos fundos.

Em dado momento, ele saiu e apontou um revólver sem numeração aparente para os policiais e começou a atirar. Os policiais revidaram com 3 tiros e o suspeito caiu ao solo.

Ele foi socorrido até o Hospital Regional mas, minutos após receber atendimento, o médico informou que ele não resistiu. A arma possuía 3 capsulas picotadas –que foram disparadas mas não deflagraram.

Na residência foram encontradas porções de maconha, duas munições calibre 38, três celulares e uma balança de precisão. A arma utilizada pelo policial que disparou também foi apreendida.

Além de suspeito do homicídio de Ryan, Victor tinha passagens por ameaça, resistência, desacato, perturbação do sossego, lesão corporal dolosa e violência doméstica. Quando menor, foi recapturado em fevereiro de 2018 por evadir de Unei onde cumpria medida socioeducativa por lesão corporal, roubo e porte ilegal de arma. Em dezembro do mesmo ano ele foi solto, mas voltou a cometer crimes.

Victor e outros 2 ‘pistoleiros’ teriam relação com chefe do tráfico de drogas na região do Tijuca

Outras duas pessoas foram presas pelo homicídio de Ryan Ajala –José Ribamar e Marcos Vinícius– e confirmaram envolvimento também na morte de Wenderson Felipe de Souza Gomes em abril do ano passado. Os dois presos, assim como Vic- tor de Souza, eram conhecidos como pistoleiros e por terem envolvimento com Tiago Almeida Paixão, conforme apurado pelo Jornal Midiamax

Paixão cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima acusado de chefiar o tráfico de dro- gas na região do Tijuca. Ele foi preso em dezembro de 2018.

As investigações apuraram que Tiago movimentava até R$ 700 mil por mês, mantendo a família como quadrilha: sua esposa era sócia no esquema e recrutava pessoal para trabalhar, além de fazer pagamentos. A irmã e a cunhada produziam e embalavam a droga. Já o pai era fiscal de vendas e ainda havia uma pessoa que “lavava dinheiro” da venda do entorpecente.

Membros da organização trabalhavam até 10 horas por dia, com uma hora de descanso e recebiam R$ 900 por mês. Com a família foram apreendidos reais e dólares, relógios de luxo, droga e uma pistola. O criminoso seria dono de imóveis em Santa Catarina e no Estado, que superavam R$ 5 milhões. (DE)

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