3 minute read

Em 9 dias, 360 deixaram de ser atendidos no Hospital de Câncer da Capital

Priscilla Peres

Médicos do Hospital de Câncer Alfredo Abrão estão em greve há 9 dias. No, 360 pessoas deixaram de iniciar tratamento na unidade, que paralisou o atendimento a novos pacientes.

Advertisement

De acordo com o hospital, os atendimentos para os pacientes já admitidos e que estão em tratamento continuam cumprindo normas e protocolos. “Os pacientes em tratamento prosseguem normalmente no HCAA nos setores: quimioterapia, radioterapia, hormonioterapias, UTI, cirurgias, PAM (Pronto Atendimento Médico 24 horas)”, informou o hospital.

Reunião entre a diretoria do hospital e a prefeitura está para acontecer, mas ainda sem data marcada. Inicialmente aconteceria na segunda-feira passada, mas foi desmarcada.

HC Alfredo Abrão concentra 99% dos atendimentos em oncologia do SUS

Hospital pediu ‘socorro’

A possibilidade de greve dos médicos é antiga. Em janeiro, eles ameaçavam paralisar os atendimentos por falta de pagamento ao Corpo Clínico. Em janeiro deste ano, a instituição precisou pedir “socorro” à prefeitura, que encaminhou repasse de R$ 1 milhão para quitar folha de dezembro dos médicos que atendem na unidade de Saúde.

“A Diretoria Executiva pretende junto aos médicos do Corpo Clínico adequarem os itens reivindicados a capacidade financeira da instituição, que se encontra em grave situação. Há um enorme deficit financeiro do HCAA com necessidade de incremento de custeio de R$ 770.000/mês, e cujo ápice se deu em dezembro com pagamento do 13.º salário dos funcionários do hospital”, informou o local em nota na época

Ao todo, hospital conta com 422 colaboradores e 75 médicos.

Em agenda pública nesta quinta-feira (2), a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse que a situação do Hospital de Câncer é “de responsabilidade da diretoria do hospital”.

Deficit acumulado

Sem receber salários e outros direitos trabalhistas, os médicos do Hospital de Câncer Alfredo Abrão anunciaram paralisação dos atendimentos em 22 de fevereiro. O anúncio de greve já havia sido feito no dia 18 de janeiro deste ano, mas foi adiado por 30 dias em uma tentativa de que a situação se resolvesse.

Em meio a diversos problemas elencados, os médicos aguardam o cumprimento integral da regularização dos pagamentos e dos contratos dos integrantes do corpo clínico e regularização dos serviços de patologia e exames de imagens, essenciais aos diagnósticos e tratamentos.

Os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando houver resolutividade para e os recursos forem efetivamente liberados.

Atualmente, 99% dos pacientes do SUS recebem tratamentos gratuitos no Hospital de Câncer, uma instituição filantrópica. A unidade realiza 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado. (PP)

This article is from: