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Sesau vai adotar vacinação itinerante até em empresas
Priscilla Peres Gabriel Neves
A fim de aumentar o número de imunizados contra a gripe e a Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde tem realizado plantões de vacinação em locais alternativos. A partir de 1.º de junho, vai ampliar os locais de vacinação para órgãos públicos e empresas privadas.
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O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, explicou que já na quinta-feira (1º) haverá uma equipe vacinando interessados na Câmara Muni-
Aumento
lethycia aNjos
Superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo explica que diversos fatores contribuem para o aumento de doenças respiratórias, em especial a queda de temperatura e a alta circulação de vírus em ambientes fechados.
“É importante que as pessoas se vacinem para evitar formas graves de doenças como a gripe, por exemplo. A vacina é a forma mais eficiente de nos mantermos protegidos”, destacou.
A vacina disponibilizada pelo SUS contra a doença protege
AMEAÇA cipal. “Faremos uma busca ativa massiva na sociedade”, afirmou, durante audiência para prestação de contas da pasta.
Empresas privadas com número considerável de funcionários também poderá entrar em contato com a Sesau solicitando a vacinação na empresa.
32%
Do P Blico Vacinado
Em Campo Grande, o percentual de vacinação contra Influenza segue abaixo do esperado em todos os públicos. No geral, a Capital atingiu 32,08% do público-alvo, o que repre- contra os vírus H1N1 e H3N2 da Influenza A e contra a Influenza B, ou seja, é eficaz contra as três formas de gripe.
Síndromes respiratórias
Em meio a baixa cobertura vacinal, Campo Grande tem registrado aumento nos casos de SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves). Entre 1.º de janeiro e 26 de maio, foram 1.488 casos da doença. Considerados grupos de risco, crianças menores de 9 anos representam 80% do total de casos registrados.
Desde o início do ano, 3.420 pessoas foram internadas com senta 102,06 mil pessoas de um público estimado em 339 mil. Crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis a doenças respiratórias. Dados da Sesau apontam idosos com 60 anos ou mais entre os que mais se vacinaram: aproximadamente 58,6 mil, ou 43,57% do público de 134.732 pessoas nesta faixa etária.
Entre crianças de 6 meses a 5 anos, o percentual segue entre os mais baixos, com 24,94% do público-alvo vacinado, o que corresponde a 17.431 de 69.889 crianças aptas a se vacinarem.
SRAG em Mato Grosso do Sul, desse total, 28 vieram a óbito, conforme dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde. Entre os principais sintomas da doença estão febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade para respirar.
Covid-19
A vacinação contra a Covid está disponível para toda a população, a aplicação da dose bivalente está liberada para qualquer pessoa acima de 18 anos que tenha tomado a última dose a no mínimo quatro meses, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
Postos de Saúde serão informatizados
A prefeitura prevê informatizar as unidades de Saúde até o fim de 2023 e, com isso, ter subsídio para monitorar os médicos. A ideia do secretário de Saúde, Sandro Benites, é controlar os horários de entrada e saída e os atendimentos.
Durante a audiência pública para prestação de contas do quadrimestre, nesta segunda-feira (29), o secretário detalhou como vai funcionar a informatização e monitoramento.
De acordo com ele, a prefeitura adquiriu 2,5 mil computadores que serão instaladas nas unidades de Saúde. O secretário não deu previsão para a chegada dos equipamentos e nem para o funcionamento.
Com a informatização, se- gundo ele, será possível monitorar o atendimento dos médicos, desde o tempo dispensado nas consultas e os horários de entrada e saída nas unidades de saúde. Também haverá telão com senha eletrônica.
Contratação de médicos
A partir de 1.º de junho, a prefeitura afirma que conseguirá zerar a demanda por médicos e enfermeiros, a partir da contratação de novos profissionais. Serão 40 , que vão reforçar as escalas de saúde.
A previsão da Sesau é reformar uma UPA ou CRS por mês, chegando a 10 unidades até o fim do ano. O projeto-piloto será na UPA Santa Mônica. (PP e GN)
Em Mato Grosso do Sul, mais de 25 mil pessoas foram infectadas pelo vírus da dengue em 2023. A doença segue fazendo vítimas, mesmo com chuvas escassas. A causa pode estar relacionada à transmissão pelo mosquito Aedes albopictus, que tem mais tolerância a temperaturas baixas que o Aedes aegypti De acordo com o professor Antônio Pancrácio, pesquisador de Biologia da UFMS, é preciso investigar a participação do albopictus no ciclo de transmissão. “Antes a simples queda de temperatura já determinava uma queda brusca no número de casos, hoje já não é mais assim”.
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O Aedes albopictus pode estar atuando na continuidade dos casos durante o ano. O pesquisador afirma que é possível que esteja ocorrendo uma combinação do Aedes aegypti com o albopictus, agravando o cenário de controle da doença.
“Se estiver ocorrendo a combinação do Aedes aegypti, que tem grande plasticidade comportamental, desenvolvimento rápido, resistência à dissecação de ovos, desenvolvimento de resistência aos inseticidas e pre- ferência pelo ambiente urbano, somado ao Aedes albopictus, que é mais resistente à estiagem pode propiciar um cenário mais complexo para o controle das arboviroses”, pontuou.
De acordo com Pancrácio, o sorotipo de dengue circulante é conhecido, então, o número de pessoas suscetíveis não aumentou.
Aedes albopictus
O Aedes albopictus é considerado vetor secundário do vírus da dengue, apresentando características morfológicas semelhantes e a mesma capacidade de proliferação do Aedes aegypti.
No Brasil, a presença desse mosquito foi registrada na década de 1980 nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Em pouco tempo, já estava presente em praticamente todo o território nacional.
O Aedes albopictus, além de transmitir a dengue, é considerado transmissor potencial do vírus da chikungunya, da zika e da febre-amarela. O mosquito é mais resistente ao frio do que o Aedes aegypti, adaptando-se mais fácil ao ambiente e tornando seu combate mais difícil.
Aumento de casos
Boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira (24) pela Secretaria Estadual de Saúde mostra que mais de 25 mil pessoas de Mato Grosso do Sul foram infectadas pela dengue em 2023, mas o número de casos prováveis passa de 44 mil entre janeiro e maio. Já o número de mortes confirmadas em decorrência da dengue chega a 26 –com outras 13 em investigação.
Das 26 mortes de 2023, 4 foram confirmadas na última semana –entre elas uma mulher de 28 anos de Campo Grande.
Entre o total de casos, 7.610 estão em Campo Grande.
Mato Grosso do Sul também está em alerta devido a chikungunya: são 863 casos em 2023 e 4.724 prováveis. A doença fez 2 vítimas fatais neste ano e foi confirmada em 24 gestantes.
JARDIM SANTA MÔNICA