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Depac Cepol ganha ‘sala kids’ e Sejusp produz cartilha que divulga orientações sobre crimes contra crianças

ThaTiana Melo Mirian Machado

Foi inaugurada nesta quarta-feira (3) na Depac Cepol, no Tiradentes, uma sala especial para atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência. Antes, eles eram atendidos na Deam. A sala foi criada após a menina Sophia Ocampo, 2 anos, morrer em 27 de janeiro deste ano.

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A sala especial é decorada para que as vítimas se sintam mais acolhidas para poder denunciar os crimes contra elas. Ela começou a funcionar nesta quarta, às 19h.

Os atendimentos no local serão feitos quando a DEPCA estiver fechada.

Durante a inauguração, foi lançada pela Polícia Civil uma cartilha que tem como perso- nagem uma raposa que fala às crianças e aos adolescentes sobre o que seria um toque malicioso, agressão e incentiva as vítimas a denunciarem, explicou o delegado-geral, Roberto Gurgel.

A cartilha poderá ser acessada por meio de um QR Code, e será divulgada em escolas do Estado.

Caso Sophia

152 atendimentos em 2023

Na Deam, do começo de março até 2 de maio, foram atendidas 152 crianças e adolescentes vítimas de crimes.

Roberto Gurgel explicou que, como pela legislação brasileira não é obrigatória a presena do psicólogo para realizar o depoimento especial, cerca de 75 servidores serão capacitados neste

A medida foi implementada após o “Caso Sophia”. Como já adiantado pelo Jornal Midiamax, o secretário Antônio Carlos Videira, de Estado de Justiça e Segurança Pública, afirmou que a medida passou a ser estudada ainda em março. Sophia morreu na noite de dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de Saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta primeiro momento para fazer o serviço. há pelo menos 4 horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e indiciados pelo crime. O casal ainda tentou alterar provas da morte da menina para enganar a polícia.

Segundo o delegado-geral, mais servidores serão capacitados futuramente –cerca de 400 para o Estado.

A menina passou por vários atendimentos em unidades de Saúde, entre eles para febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado. (TM e Mirian Machado)

Já em relação a exames de corpo de delito em crianças e adolescentes, um médico legista ficará de prontidão no Imol e, quando necessário, irá até o Cepol.

ThaTiana Melo

O desvio de mais de R$ 467 mil em dízimos e doações de uma igreja adventista em Campo Grande foi classificado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul como um elaborado esquema de desvio. O crime foi cometido por um tesoureiro que prestou serviços durante 3 anos à igreja.

Ele confessou os desvios, mas disse que destinava o valor para uso da instituição. Uma audiência foi marcada para o dia 16.

No processo contra o tesoureiro, o crime foi considerado elaborado porque o denuncia-

CAMPO GRANDE/JARAGUARI do emitia recibos falsos para simular doações aos fiéis. Ele não lançava os dados de receitas no caixa da igreja.

Os desvios foram descobertos depois que um dos fiéis questionou o assistente administrativo sobre o motivo de não ter sido enviado a ele o seu recibo de doação. A partir desta desconfiança, eles foram buscar os recebidos, descobrindo os desvios dos dízimos e ofertas.

‘Desajuste contábil’

A defesa do tesoureiro, em sua alegação, afirmou que “a destinação incorreta dos valores arrecadados com o dízimo pode ter gerado desajuste contábil”.

Ainda segundo a defesa, os valores supostamente desviados teriam sido empregados na obra do prédio da igreja, que passava por reforma, já que os recursos eram insuficientes e, por isso, ele fazia liberação de pagamentos sem autorização.

Os desvios ocorreram de setembro de 2018 a abril de 2019, e na época da descoberta do crime, o tesoureiro chegou a dizer que “achou facilidades no sistema” para cometer os desvios que chegaram a R$ 467 mil. O MPMS remeteu a denúncia ao Judiciário em junho de 2021.

Dízimos e ofertas

Os desvios de dízimos e ofertas foi descoberto após um dos frequentadores da igreja não receber recibos. Ele procurou o assistente financeiro em abril de 2019.

Averiguação nos dados contábeis da igreja não encontrou documentos dos dízimos e ofertas dos fiéis. Ainda foi descoberto que o tesoureiro emitia recibos falsificados de fiéis que não estavam na planilha.

Foram encontrados envelopes não devolvidos e cheques desviados. Ele confessou o desvio de R$ 80 mil, mas, depois, descobriu-se que o rombo era de mais de R$ 467 mil.

Segundo o tesoureiro, parte do dinheiro foi usado na igreja, mesmo sem aprovação.

Ele foi procurado pela administração da igreja para saber sobre a devolução do montante, sendo que afirmou que poderia devolver pouco mais de R$ 240 mil em 285 parcelas, ou seja, pouco mais de 23 anos –ele afirmou que não devolveria a totalidade por ter usado boa parte na igreja. (TM)

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