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Após briga de usuários de droga causar acidente com criança, igreja e moradores pedem mais policiamento
from Midiamax Diário | 5 de maio de 2023 | Sem novos ônibus, Câmara admite não renovar isenção de ISS par
Danielle errobiDarte
Fábio oruê
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Priscilla Peres
Briga entre usuários de droga resultou em acidente grave com uma criança de 10 anos na tarde da quarta-feira (3), nos arredores da Igreja Perpétuo Socorro, e expôs um problema crítico da região. Há anos, a antiga rodoviária de Campo Grande se tornou uma espécie de “cracolândia”.
Moradores da região relatam ao Jornal Midiamax, que convivem com a insegurança causada pela aglomeração dos usuários, principalmente em dias de maior movimento na igreja.
Diante da situação, o san-
O tenente-coronel Anderson Avelar, comandante do 1.º BPM, responsável pelo Centro, disse que a orientação é que a população evite passar próximos a usuários em situações de risco –mesmo sendo praticamente impossível, já que as pessoas estão por toda a região.
“A PM tenta sempre minimizar o risco, mas o usuário por si só não pode ser conduzido para a delegacia ou preso sem estar cometendo nenhum crime. Eles se aglomeram em pontos específicos, mas a orientação é que as pessoas tentem passar longe, do outro lado da via, e se virem algo suspeito acionem imediatamente o 190”, afirmou.
Segundo o comandante, a briga entre os usuários teria começado pela disputa de cuida- tuário vai pedir reforço no policiamento.
Em nota, o Santuário Estadual afirma que entende a complexidade da realidade social e reforça a importância dos Executivos estadual e municipal desenvolverem políticas públicas de assistência social e segurança mais eficazes, a fim de que essas pessoas em situação de vulnerabilidade social sejam reinseridas na sociedade.
O santuário reafirmou ainda, que desenvolve ações que buscam essa reinserção, como a Comunidade Terapêutica Redentorista/Chácara Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que atende dependentes de drogas e álcool. “Apesar de nossos es-
Problema crônico
O Jornal Midiamax retratou em diversas reportagens a situação dos usuários de droga que frequentam ou moram na região central. Por várias vezes, a prefeitura ou polícia tentou “expulsar” essas pessoas, o que sempre gera apenas dores de carros. Em relação às doações “cobradas” por eles, o tenente-coronel disse que, caso o motorista se sinta ameaçado, que acione a PM.
“A gente recomenda que não se dê dinheiro, até porque a rua é pública e não deles. Às vezes as pessoas dão de bom coração, não tem problema, mas caso
Barracas de pessoas em situação de rua estão nos arredores de igreja forços, a realidade da sociedade requer atenção das autoridades”.
Insegurança constante Moradores do entorno da igreja afirmam que há anos con- um deslocamento provisório.
Há um ano, a prefeitura decretou o fim da “Cracolândia”, expulsando usuários de drogas do entorno da rodoviária. Poucos dias depois, a ação se mostrou ineficiente. Entre as drogas usadas em baladas até o crack, o caminho por vezes é curto e rápido. (DE, FO e PP) exista alguma ameaça ou eles comecem a causar transtornos, aí a polícia pode agir. Quando há vítimas nós vamos ao local e resolvemos o problema, mas não temos como tirá-los dali, já que eles têm o direito de ir e vir”, complementou. Os usuários já foram identificados. (DE, FO e PP) vivem com o aumento do fluxo de usuários de droga na região, reflexo da situação da antiga rodoviária. Eles pedem reforço no policiamento e atendimento aos moradores em situação de rua.
Uma mulher de 48 anos, que não quis se identificar, disse que, principalmente nas quartas-feiras, o trânsito é caótico e falta policiamento. São dias que aparecem muitos moradores de rua e usuários de droga.
“A gente precisa da Agetran aqui para organizar o trânsito, porque atualmente são esses rapazes que cuidam dos carros. Eles acabam brigando por dinheiro e gerando insegurança também para o pessoal que frequenta a igreja”, contou uma moradora.
Moradores e comerciantes do bairro relatam brigas constantes na região, além de aglomeração dos usuários de entorpecentes.
A variante Arcturus do coronavírus, que surgiu na Índia em janeiro e se alastrou por 40 países, foi detectada no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
A OMS revela que, embora não seja tão letal como a Ômicron, sua propagação é mais rápida e os principais sintomas são febre alta, conjuntivite e tosse.
Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presiden- te do Instituto Penido Burnier, esta nova onda de Covid pode resultar em surto de conjuntivite. Isso porque aArcturus chega em um período de baixa umidade do ar, o que reduz defesas do organismo e resseca mucosas, inclusive a lágrima –que protege a superfície dos olhos.
“A falta de lágrima, somada às alterações ambientais facilitam o aparecimento da conjuntivite alérgica e da viral. Nos dois tipos ocorre a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho, e a face interna da das pálpebras”, explicou.
“Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e fotofobia [aversão à luz] são sintomas em comum de todo tipo de conjuntivite”, disse. “É a secreção que diferencia uma da outra, sendo aquosa na alérgica e transparente e viscosa na viral”.
thatiana Melo
A criança de 10 anos atropelada por um ônibus na quarta-feira (3) na Avenida Afonso
Pena está sedada na Santa Casa em estado grave, após sofrer traumatismo craniano. O menino estava com a família, que saía da novena no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Amambaí, quando se deparou com uma briga entre moradores de rua.
Segundo informou a avó do menino, a criança teve 2 ossos do crânio quebrados e está na ala vermelha, já que não havia vagas no CTI da Santa Casa –que vem enfrentando superlotação há algumas semanas.
Filmados
Imagens de câmeras de segurança de comércios da região flagraram a briga dos moradores de rua e o atropelamento.
Nas imagens, é possível ver que o garoto se assusta com a dupla, que corre em sua direção. Ele está sentado, com os familiares, que também saem correndo. Entretanto, o menino corre para a rua e é acertado pela roda traseira direita do coletivo.
Mesmo após o acidente, um dos moradores de rua, que está em uma bicicleta e com facão em mãos continua perseguindo o outro.
A criança foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros.
Conjuntivite
viral Queiroz afirmou que a conjuntivite viral é altamente contagiosa, pode surgir em qualquer idade e tem como principal veículo de transmissão levar as mãos aos olhos. Os grupos de risco são crianças, idosos e mulheres na pós-menopausa (pela menor produção da lágrima).
Nas empresas e escolas, a transmissão ocorre pelo compartilhamento de teclados de computador ou mouse e pelo contato com interruptores de luz e corrimão de escadas. O especialista também chama a atenção para os carrinhos de supermercado e balcões do varejo.
O tratamento inicial é feito com compressas frias e lubrificação. Nos casos graves, colírios.
Uma dica do oftalmologista é usar óculos escuros que além de melhorar o conforto em ambientes claros, evita a proliferação de vírus intensificada pela exposição à radiação ultravioleta.