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Conselho Tutelar de Campo Grande é investigado por possíveis irregularidades no atendimento a Sophia
from Midiamax Diário | 5 de maio de 2023 | Sem novos ônibus, Câmara admite não renovar isenção de ISS par
Gabriel Neves
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu procedimento administrativo para investigar possíveis irregulares no atendimento do Conselho Tutelar à menina Sophia, morta aos 2 anos após maus tratos praticados pela mãe a padrasto.
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O pai da criança, Jean Carlos Ocampos, 28 anos, deverá comparecer na Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude. O órgão pediu a cópia integral dos atendimentos da criança. O pedido foi atendido pelo Conselho Tutelar.
Entre os documentos estão boletins de ocorrência sobre maus-tratos, solicitações de exames de corpo de delito, relatórios de atendimentos e até documentos pessoais e carteira de vacinação da vítima.
SANTA MÔNICA
Grande parte dos documentos mostram a movimentação do pai de Sophia para descobrir os possíveis maus-tratos.
Avó denunciada
O MPMS denunciou a avó de Sophia por omissão na comunicação de crime de violência contra criança e falso testemunho. Ela teria mentido em
Relembre o caso
Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos 4 horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime.
depoimento ao dizer que não sabia das agressões sofridas pela neta, mas gravação de diálogo com a avó mostra o contrário.
Segundo a denúncia, foram juntados documentos de atendimento de Sophia pelo Conselho Tutelar, atendimentos médicos e um TCO de dia 22 de novembro de 2022, quando foi registrado BO por maus-tratos.
O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia.
A prisão preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro deste ano. A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, a criança foi aten- dida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.
Segundo o relato das médicas, quando a criança chegou à unidade de Saúde, tinha sinais de rigidez, hematomas e sangramento pela boca.
A mãe estava estranhamente tranquila e só ficou nervosa quando foi informada que a polícia seria acionada.
Em exames feitos pelas médicas na unidade de saúde, elas constataram sinais de estupro na criança.
Com a chegada dos policiais, a mãe da menina negou que tivesse levado a filha até a UPA já morta, mas disse que ela e o atual marido aplicavam “corretivo” na criança. (GN)