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ArqPlay Miguel Amorim Lopes a21904599


Quando estava a pesquisar e analisar as referências que tínhamos para este projeto, fiquei imediatamente fascinado pelo trabalho do James Turell. Não só pelas fantásticas combinações de cores, mas também pelo facto de ter um total domínio das arestas. Ou conseguia fazê-las desaparecer ou faziam parte da obra de arte. E, portanto, quis, obviamente, incluir a essa encência deste artista na minha obra. Cheguei então à ideia final. Vidro colorido com uma base branca. O conceito reside na ideia de que, em conjunto com o movimento de rotação da terra, a projeção do sol pelos vidros vai criar várias cores ao longo do dia. Para além, disso, as pessoas ao observarem o redor (parque, prédios, pessoas, …) vão ter o “filtro de cor” do vidro, ou vidros, que estão à sua frente. Para além disso, quis fazer com que a peça se tornasse interativa, portanto, criei vários espaços para servir as pessoas. Alguns espaços são óbvios em relação ao seu propósito, mas outros nem tanto. Decidi deixar alguns espaços para que fossem também as pessoas a decidir o que fazer com aquele relevou ou depressão na base. Embora possa parecer, as cores escolhidas para os vidros não foram ao acaso. Sendo a peça principal desta construção, quis informar-me sobre a combinação das cores e o seu efeito nas pessoas e cheguei a este conjunto final: Roxo, Cinzento, Vermelho, Amarelo, Azul e Verde. A base é branca pela razão óbvia de se tratar apenas de uma base par a reflexão das cores formadas pelos vidros. Esta peça foi criada para todos. Desde o Martim com 7 anos que foi comprar gomas depois da escola e quer estar com os amigos a brincar até à idosa que mal consegue sair de casa e que os dias são passados à janela a ver o que se passa.


Este é o esquiço da minha ideia. Da visita ao parque o que para mim se destacou mais foi um elemento exterior ao parque mas que sem dúvida lhe é essencial, o sol. Pela visita ao parque percebi que a maioria dos espaços já estavam devidamente organizados. Com os seus caminhos. E portanto o espaço final, aquele onde nos reunimos, pareceu-me o mais indicado para implantar o que quer que fosse que imaginasse. Na conceção, passei por vários conceitos. Muito influenciado pelo estilo artístico de Turrel pensei em fazer espaços parecidos com a sua obra. Mas, isso seria uma cópia e essa não é a minha forma de trabalhar. Até que cheguei à conclusão que não vamos ser nós a trabalhar para a luz. É luz que trabalha para nós. E assim pensei em virar as peças de Turrel do avesso. Colocar as cores do lado fora. Soltá-las. Rabisquei, então, este conceito. Uma série de acrílicos. Cada um com a sua cor. E entre os acrílicos teríamos elementos com os quais as pessoas podiam interagir. Vemos, por exemplo, no nível térreo uma mesa e um banco. E num nível mais elevado, uma cadeira. Contudo, achei que o facto de este pojeto não ter sombra e as pessoas estarem no meio dos acrílicos gerar-se-ia uma temperatura insuportável. E portanto tinha que tirar as pessoas do meio dos acrílicos. É nesta altura que penso em criar uma plataforma. Como podemos ver pelas notas no esquiço o meu objetivo era projetar as cores no chão. Mas o chão é verde. E não há cor que menos afete as outras que o branco. Está assim criada a ideia final. Uma base branca com elementos transparentes coloridos no centro. O sol irá passar por esses elementos e projetar a cor, ou as cores, na base. Mesmo afastando as pessoas do meio dos acrílicos (que entretanto passaram para vidro) quis que interagissem com a peça e nesse sentido criei alguns elementos para que toda a gente pudesse encontrar utilidade na peça





Corte lateral e frontal e pormenor das escadas exteriores e interiores


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