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1.3.3 FENOMENOLOGIA
Através dos sentidos, dentro do espaço arquitetônico e analisando as percepções do espaço, que promovemos as sensações e seus decorrentes estímulos, através dos receptores sensoriais como os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca e a pele, estes desencadeiam reações psicológicas e estimulam a experiência espacial, resultando na união de todos os impulsos sensoriais. (CRUNELLE, 2001 apud LOURENÇO, 2016, p. 29).
A leitura sensorial é fundamental na percepção e experiência espacial, sendo que os elementos que levam a desenvolver uma função sensorial estão intrinsicamente envolvidos na materialidade do edifício, em todos os elementos que nele se inserem. (LOURENÇO, 2016)
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O arquiteto pode projetar a partir das sensações que um ambiente pode causar nas pessoas, embutindo informações neste ambiente. Estas informações surgem a partir da manipulação de cores, texturas, luz, forma, temperatura, cheiros, entre outros atributos que possam ser sentidos, e interpretados de maneiras distintas, dependendo, da cultura, estado de espírito, experiências prévias, entre outras condições de quem vivencia o espaço (RASMUSSEN, 1998)
As nossas capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação social, o desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e concentração (LUDENS,2016 apud LAUREANO,2017, p.44).
Para Pallasmaa (2011) a edificação, além de cumprir suas funções de usos, deve intensificar a vida de seus usuários, estimulando seus sentidos. Portanto, através da obra a arquitetura é capaz de explorar a sensação de realidade e identidade pessoal, reforçando-a por meio da integração entre espaços vivenciados, pessoas e suas experiências de mundo.
Toda experiência comovente com arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial. Nossa sensação de pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de reforço da identidade pessoal. Em vez da mera visão, ou dos 5 sentidos clássicos, arquitetura envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si. (PALLASMAA, 2011, p. 39)
O objetivo geral deste estudo é aplicar as teorias da influência arquitetônica no autismo como fundamentos para a intervenção projetual na cidade de São Paulo, promovendo um equipamento que dialogue com a sensorialidade como elemento terapêutico, para ajuda no tratamento e suporte às famílias a pessoas que tenham TEA (Transtorno de Espectro Autista).