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1.3.4 ARQUITETURA PARA O AUTISMO
O conceito de arquitetura para o autismo aplica-se ao provocar, na concepção dos espaços, uma nova percepção aos usuários que se reflete no tratamento das pessoas que sofrem deste transtorno.
O autismo é um distúrbio neuronal e de acordo com a ciência não existe uma cura, quando tratado cedo, no entanto, pode amenizar suas cognições perspectivas. O papel do arquiteto é moldar os espaços terapêuticos, como as creches e escolas, transformando-se em uma casca protetora para o mundo externo. (VERGARA, TRONCOSO, RODRIGUES, 2018)
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Suspeito que os pesquisadores simplesmente não entendem a urgência do problema. Eles não conseguem imaginar um mundo onde roupas que pinicam o fazem sentir-se pegando fogo, ou onde uma sirene soa como se alguém estivesse perfurando meu crânio com uma furadeira... como socializar pessoas que não toleram o ambiente onde devem se mostrar sociáveis? (GRANDIN, 2016, p. 80)
Segundo o que arquiteto Christian Norberg-Schulz (1980) diz: para pesquisar e entender um espaço arquitetônico é necessário entender o espaço existencial, no qual, o conceito de espaço permite ao homem criar uma imagem estável do que o cerca, e que, ao mesmo tempo, permite pertencer a uma sociedade e cultura.
O arquiteto resolve esse problema "antecipando" as atividades a serem realizadas, respondendo a essa incapacidade de criar uma imagem mental projetando uma estrutura clara e adicionando elementos que fornecem ao elemento construído um certo nível de ordem e unidade, resultando em um edifício de fácil leitura, previsível e até "imaginável". (VÁZQUEZ, TORRES, 2013, p.84)
Para Mostafa (2008) o papel da arquitetura no comportamento autista aplica-se na formulação, ou seja, na compreensão do funcionamento e do desenvolvimento de estratégias e habilidades para o projetar um ambiente tornando-o sensorialmente estimulante. Assim como as práticas arquitetônicas se ajustam para acomodar padrões cognitivos socioculturais elas aplicam-se também aos diferentes padrões cognitivos de indivíduos autistas.
Portanto, podemos concluir que todos os autores citados concordam que o planejamento do espaço arquitetônico pode ser terapêutico e que auxilia no tratamento do autismo, definindo com precisão quais elementos são necessários para projetar um espaço adequado para essa finalidade.