MILÉNIO STADIUM 1740 11 DE ABRIL

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Câmara de Comércio e Indústria Portugal Canadá apresentada em Toronto

David Ganhão

Dia da Libertação ou o início da Terceira Guerra Mundial

Manuel DaCosta Editorial

Donald Trump declarou o Dia da Libertação a 2 de abril de 2025. Devemos lembrar-nos desta data como o momento em que se plantaram as sementes que, possivelmente, darão origem à célula que resultará na Terceira Guerra Mundial. A erosão da moralidade a nível mundial começou com a Covid-19 e espalhou-se como um fungo nocivo pelas populações do mundo, onde a empatia e o respeito pelos vizinhos e amigos praticamente desapareceram. É difícil analisar e quantificar o que mudou na raça humana, criando condições de autodestruição e tornando-a apoiante de políticas autocráticas que conferem poder a líderes políticos maníacos.

Aguerra de tarifas tornar-se-á o catalisador através do qual se travarão guerras geopolíticas e ninguém será poupado às suas consequências. Estas tarifas tornaram-se uma ferramenta de inti-

midação e retaliação entre superpotências mundiais — e outras que não o são — numa retórica de “olho por olho” que pode não destruir nações, mas que certamente afetará o cidadão comum e o seu modo de vida.

Após meses de provocações em relação às tarifas, o novo Hitler do mundo revelou finalmente o seu plano para a destruição económica global. Embora o Canadá não tenha sido tão afetado como se previa, os danos gerais para o país e para o resto do mundo serão catastróficos.

Ainda que estas afirmações possam parecer excessivamente pessimistas, há exemplos anteriores de guerras de tarifas e dos seus efeitos destrutivos. A agitação no comércio global afetará o crescimento económico em todo o mundo, com impacto nos custos de tudo, desde um simples pão até ao seu plano de pensões. A crueldade que está a ser imposta à ordem mundial por autocratas ignorantes e incompetentes desestabiliza as economias globais, e a ordem mundial só poderá ser estável se déspotas imperiosos não chegarem ao ponto de perder o controlo e pressionar botões vermelhos.

Os sinais já estão à vista quanto ao que está para vir, com guerras em quase todos os cantos do mundo. O Irão é o mais recen-

te exemplo, colocando todas as suas forças armadas em alerta, porque aqueles que atacam outros países não estão satisfeitos com os danos já causados. A NATO está a lançar avisos sobre a necessidade de solidariedade dentro da sua organização, pois as tarifas vão pôr à prova os seus acordos — e isso representa uma escalada perigosa rumo ao colapso da própria NATO. Embora uma guerra comercial contínua possa afetar gravemente a atividade económica global, o maior obstáculo do Canadá é a incerteza nas relações Canadá-EUA e a instabilidade do nosso casamento económico. Apesar de o Canadá estar a reagir com uma retórica firme, a desestabilização económica será muito mais severa para o Canadá do que para os EUA. Soluções a curto prazo não estão verdadeiramente ao alcance dos governos canadianos, pois não estamos numa posição que nos permita causar danos efetivos à economia americana, devido às nossas fragilidades estruturais e defensivas. Negociar com um governo liderado por Trump não trará os resultados desejados para o Canadá, e o impulso repentino de nacionalismo não nos dará a independência de que necessitamos. O Dia da Libertação está longe de ser libertador. Este dia ficará na história como

aquele que desencadeou dor e sofrimento para todos nós. O mundo unir-se-á e culpará um homem por todos os seus problemas, mas não podemos fingir que não existiam já conflitos armados e económicos antes desta tentativa dos EUA de infligir sofrimento ao resto do mundo.

Como canadiano, assisti e participei na aquisição e no consumo desenfreado de bens e serviços, como se os ventos frios da mudança nunca fossem chegar. Mas cá estão eles, e agora enfrentamos uma guerra mental para tentar compreender como será a nossa vida no futuro e como vamos sobreviver economicamente.

Enquanto o Sr. Trump se divertia a anunciar mudanças políticas que afetarão milhares de milhões de pessoas, dizia ao mundo que o Jardim das Rosas de onde espalhava miséria também espalharia o doce aroma da prosperidade para os Estados Unidos — e que não queria saber quem vivesse ou morresse. Na verdade, o que ele estava a anunciar era a Terceira Guerra Mundial.

si!

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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Uma coisa Donald Trump tem já garantida – a sua eleição para um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos cará na história universal, mas não propriamente pelos melhores motivos. Com uma abordagem mais nacionalista, imprevisível e orientada pelo lema "America First", a administração de Trump marcará pela viragem signicativa na dinâmica geopolítica global, recon gurando alianças, pondo em causa compromissos estratégicos e mudando o papel dos EUA no mundo.

Rússia e Ucrânia

ATUAL SITUAÇÃO: Com Trump a pressionar pela redução do apoio militar e nanceiro dos EUA à Ucrânia, o equilíbrio de forças no campo de batalha está a mudar a favor da Rússia.

CONSEQUÊNCIA: A Europa teme que, sem os EUA, a capacidade da NATO de manter uma frente unida esteja comprometida. Putin poderá sentir-se encorajado a intensi car a ofensiva ou ameaçar outros países da esfera pós-soviética.

RISCO: Uma escalada regional que arraste a NATO para um confronto direto.

China e Taiwan

ATUAL SITUAÇÃO: A retórica de Trump contra a China continua agressiva no plano económico, mas militarmente, os EUA mostram sinais de recuo no seu compromisso de defesa a Taiwan.

CONSEQUÊNCIA: A China pode interpretar isto como uma janela estratégica para aumentar a pressão sobre Taiwan, através de bloqueios navais ou campanhas híbridas.

RISCO: Um con ito militar direto no Indo-Pací co que envolva Japão, Austrália e eventualmente os EUA — com risco de escala global.

Guerra à vista?

A con ança dos aliados tradicionais dos EUA na liderança americana diminuiu abruptamente e os rivais estratégicos sentem-se mais à vontade para testar limites. O segundo mandato de Trump está efetivamente a rede nir a ordem mundial, tornando-a cada vez mais enfraquecida, com a introdução de um novo paradigma de relações internacionais marcado pela imprevisibilidade. A sua obsessão com a imposição de tarifas ao mundo está já a provocar tremores nos mercados, sendo cada vez mais real o cenário de recessão económica global. Como bem sabemos a instabilidade económica dos países traz sempre acoplada a insegurança e instabilidade social. Como se já não bastasse, Trump anunciou a retração dos compromissos multilaterais (ONU; OMS; NATO...).

Médio Oriente – Israel, Irão e grupos armados

Trump reforçou novamente o apoio incondicional a Israel e adotou uma linha dura contra o Irão, incluindo novas sanções e ameaças militares.

O risco de confronto direto entre Israel e Irão aumentou, especialmente com ataques mútuos por via de proxies (Hezbollah, Houthis, milícias xiitas).

Um con ito regional pode envolver os EUA diretamente, afetar o fornecimento global de petróleo e incendiar todo o Médio Oriente.

En m, todo este cenário altera o equilíbrio global de forças, fragiliza alianças históricas e abre espaço para que potências autoritárias testem os limites da ordem internacional. Embora a guerra não seja inevitável, o risco de escalada de múltiplos focos de tensão (do Leste Europeu ao Indo-Pací co, que descrevemos sucintamente nesta página) aumentou substancialmente, elevando o risco de eclosão de uma Guerra Mundial de consequências imprevisíveis. A estabilidade do mundo, sob este novo contexto, depende agora menos da liderança americana e mais da ação coordenada de outras potências e organismos internacionais que consigam preencher o vazio deixado pelos EUA e que sejam liderados por seres humanos dotados de bom-senso.

Coreia do Norte

ATUAL SITUAÇÃO: A relação pessoal entre Trump e Kim Jong-un reapareceu na retórica, mas sem compromissos concretos. A Coreia do Norte retomou testes balísticos e nucleares.

CONSEQUÊNCIA: A ausência de uma estratégia clara dos EUA pode desequilibrar a península coreana, forçando o Japão e a Coreia do Sul a repensarem a sua postura defensiva.

RISCO: Um confronto inesperado ou erro de cálculo com armas nucleares táticas.

Índia, Paquistão e China

ATUAL SITUAÇÃO: A falta de envolvimento diplomático dos EUA na Ásia do Sul permite que se intensi quem tensões fronteiriças (como na Caxemira ou nos Himalaias) sem mediação externa. O risco de con itos localizados entre potências nucleares aumenta.

Uma guerra regional que provoque instabilidade económica e alerte grandes blocos (como a China ou a Rússia) para

Desestabilização multilateral

ATUAL SITUAÇÃO: Trump retirou ou desacreditou os EUA de organizações como ONU, OMS, e tratados ambientais ou nucleares.

CONSEQUÊNCIA: O sistema multilateral está mais frágil, e a capacidade de resposta global coordenada a crises (guerras, pandemias, clima) está gravemente limitada. Maior tendência para con itos descontrolados, com ausência de mecanismos e cazes de mediação.

Ciberconflitos

ATUAL SITUAÇÃO: Sob Trump, a cibersegurança voltou a ter menos prioridade pública, enquanto ataques de Rússia, China e Irão se intensi cam.

CONSEQUÊNCIA: Infraestruturas críticas (energia, comunicações, nanças) estão sob risco constante. RISCO: Um ataque de grande escala pode provocar retaliação militar tradicional, iniciando um con ito interestatal.

Madalena Balça / David Ganhão. Fotos DR

O peso das autocracias na ameaça à paz mundial

A estabilidade global encontra-se cada vez mais fragilizada perante o crescimento de regimes autocráticos ou de lideranças com forte pendor autoritário. A concentração de poder em figuras políticas que desprezam os equilíbrios democráticos, reprimem a dissidência e instrumentalizam a polarização social, representa uma ameaça significativa à paz mundial. Esta tendência, longe de ser isolada, alastra-se por várias regiões do mundo, do Oriente ao Ocidente.

Líderes como Kim Jong-un, na Coreia do Norte, personificam regimes de controlo absoluto, onde a repressão e o culto da per-

sonalidade dominam. Também Xi Jinping, na China, tem consolidado um modelo autoritário moderno, combinando poder económico com políticas de silenciamento da oposição e repressão de minorias, como os uigures. Já Vladimir Putin, na Rússia, tem conduzido uma política expansionista, sustentada numa narrativa imperialista, que culminou na invasão da Ucrânia — um dos conflitos mais graves em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

Na esfera democrática, lideranças com tendências autocráticas têm vindo a minar os pilares do Estado de direito. Donald Trump, após o seu regresso à presidência dos EUA em 2025, continua a promover um

discurso nacionalista e populista que inspira movimentos semelhantes em vários países. Viktor Orbán, na Hungria, e Giorgia Meloni, em Itália, têm reforçado a presença da extrema-direita na Europa, enquanto Javier Milei, na Argentina, imprime um estilo radical e disruptivo à governação. Benjamin Netanyahu, em Israel, tem adotado políticas que alimentam divisões internas e acentuam o conflito israelo-palestiniano, com impacto regional e global. É importante recordar que tanto a Primeira como a Segunda Guerra Mundial tiveram origem em conflitos localizados que rapidamente escalaram, em grande parte devido a alianças estratégicas, rivalidades

nacionalistas e falhas na diplomacia. O que começa como um conflito regional, quando inflamado por lideranças intransigentes e agendas ideológicas, pode converter-se num confronto global.

Neste cenário, a proliferação de autocracias, a erosão das instituições democráticas e a crescente militarização das políticas externas tornam o mundo mais volátil. A paz internacional depende, em larga medida, da contenção destas tendências e da promoção de lideranças responsáveis, dialogantes e comprometidas com a ordem internacional baseada em regras.

MB/MS Fotos:DR

Kim Jong-un (Coreia do Norte)

O regime de Kim Jong-un é conhecido pelo seu controlo rigoroso da informação, pela repressão da dissidência e pelas violações dos direitos humanos, o que leva a uma condenação internacional frequente.

Ali Khamenei (Irão)

A liderança de Khamenei tem sido marcada pela repressão da dissidência e pelas violações dos direitos humanos, bem como pelo papel do país nos conflitos regionais.

Xi Jinping (China)

A liderança de Xi Jinping tem sido marcada por um crescente autoritarismo, incluindo a repressão da oposição política, restrições à liberdade de expressão e a perseguição de grupos minoritários como os uigures.

Donald Trump (Estados Unidos)

Após o seu regresso à presidência em janeiro de 2025, Trump tem defendido políticas nacionalistas e populistas, com evidente pendor autocrata, inspirando movimentos semelhantes em todo o mundo.

Vladimir Putin (Rússia)

No longo governo de Putin assistiu-se à erosão das instituições democráticas, à supressão dos meios de comunicação social independentes e à perseguição de opositores políticos, o que levou a acusações de autoritarismo.

Benjamin Netanyahu (Israel)

Netanyahu tem sido criticado por enfraquecer as instituições democráticas, atacar o sistema judicial e adotar uma retórica polarizadora. A sua aliança com partidos de extrema-direita e políticas controversas em relação aos palestinianos têm alimentado tensões internas e internacionais, levando a acusações de autoritarismo, genocídio e erosão do Estado de direito.

Narendra Modi (Índia)

Embora não seja universalmente considerado um tirano, o governo de Modi tem sido criticado pelas suas crescentes tendências autoritárias, incluindo restrições à liberdade de expressão e de reunião e a perseguição de opositores políticos.

Enquanto primeiro-ministro, Orbán tem sido uma figura central no panorama da extrema-direita europeia, conhecido pelas suas políticas nacionalistas e críticas à democracia liberal.

Giorgia Meloni (Itália)

Como primeira-ministra e líder do partido Irmãos de Itália, Meloni tem sido fundamental para o avanço da política de extrema-direita em Itália e em toda a Europa. Javier Milei (Argentina)

Eleito presidente em 2023, Milei, muitas vezes comparado a Trump, implementou reformas económicas radicais e defendeu pontos de vista libertários de direita.

Viktor Orbán (Hungria)

3ª Guerra Mundial Uma coisa é um risco, outra coisa é uma ameaça

- Coronel João de Sousa Teles

Num contexto internacional marcado por crescentes tensões geopolíticas, conflitos regionais persistentes e desafios à ordem global estabelecida, torna-se cada vez mais premente ouvir vozes com conhecimento profundo das dinâmicas internacionais. O Coronel João de Sousa Teles é uma dessas vozes. Com uma carreira distinta ao serviço das Forças Armadas Portuguesas e um percurso académico sólido — é doutorado em Ciências Políticas e Relações Internacionais — o Coronel Sousa Teles desempenhou ainda funções de elevado relevo diplomático, tendo sido adido de defesa em cinco Embaixadas, incluindo em Berlim entre 2005 e 2008, num período crítico da política europeia e de reposicionamento estratégico da NATO.

Nesta entrevista ao Milénio Stadium, o Coronel Sousa Teles analisa com clareza e espírito crítico o atual panorama internacional, desvalorizando a probabilidade de uma Terceira Guerra Mundial e apontando antes para formas modernas de confronto, como a guerra híbrida e as campanhas de desinformação. Explora ainda o impacto das lideranças contemporâneas nas relações entre potências, a relevância das alianças internacionais como a NATO, e o papel da interdependência económica como travão a eventuais escaladas militares.

Num tom direto e por vezes contundente, o Coronel Sousa Teles defende uma maior autonomia da Europa face aos Estados Unidos e uma aposta séria na indústria de defesa e na inovação tecnológica no seio da União Europeia. A sua visão é tanto crítica como estratégica, oferecendo pistas para a construção de uma política externa europeia mais robusta, capaz de responder aos desafios do século XXI com firmeza e visão global.

Milénio Stadium: Tendo em conta as atuais tensões mundiais, até que ponto é realista a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial e o que poderia desencadear um tal conflito?

Coronel João de Sousa Teles: Considero irrealista. Uma coisa é um risco, outra coisa é uma ameaça. A diferença é que um risco ou possui meios ou vontade, mas não as duas coisas. Uma ameaça tem os dois fatores presentes coisa que, ora, não identifico em termos mundiais. Pode até existir em termos locais, como nas tensões entre

Israel e o Irão seja por via direta ou indireta, mas Israel tem ameaça existencial pois os seus inimigos não admitem a sua existência. A Rússia de Putin pretende retomar todos os territórios da ex-URSS sendo que historicamente sempre foi expansionista e imperialista. Daqui até uma guerra mundial falta muito. Sei que há guerra híbrida a decorrer. Alguém, que penso ser a Rússia, apoia os movimentos migratórios exagerados que proporcionam fraquezas nos sistemas de segurança social e de saúde para não falar de outros como a habitação. Há apoio de movimentos de radicalização e alteração sociopolítica nos países do Ocidente alargado que terão origem, provavelmente, nos mesmos interessados em fragilizar o Ocidente por todos os meios. Até com opinadores de opiniões e com negócios ilegais como a droga ou tráfico de pessoas e órgãos. Agora guerra mundial não creio que haja sequer dinheiro, nem vontade para isso.

MS: Em que medida é que os estilos de liderança pessoais e as ideologias de figuras como Trump, Putin e Xi Jinping aumentam a instabilidade geopolítica?

Cel. JST: Considero quase irrelevantes em termos geopolíticos. A geografia não depende disso já a política internacional poderia ser ligeiramente afetada, mas no fim de contas em termos internacionais as relações continuam a ser de cooperação ou não dependendo apenas do interesse nacional de cada país e não de cada líder embora possam influenciar as decisões dos seus países.

MS: Como é que as atuais alianças internacionais - como a NATO, os BRICS e a parceria China-Rússia - afetam o equilíbrio de poder e o potencial de escalada militar?

Cel. JST: Nem os BRICS, nem a parceria russo-chinesa se podem comparar à NATO. As capacidades, as normas de atuação a interoperabilidade dos meios e a logística são fortes na Nato e praticamente inexistentes nas outras organizações. O nível de comprometimento e confiança também é radicalmente diverso. Assim, nem se podem considerar organizações militares, que não são, mas apenas políticas. Poderão até ter capacidade de mobilização militar, mas com forças desconexas, sem organização, de comando e controlo e de apoio logístico. Desta forma, não são capazes de afetar nem equilíbrios de poder, nem neles há

qualquer potencial militar capaz de ser um elemento com capacidade de provocar escaladas de confronto militar

MS: Considera que a interdependência económica entre as superpotências mundiais é um fator dissuasor da guerra ou as tensões económicas (como as guerras comerciais e as sanções) podem acelerar uma confrontação militar?

Cel. JST: As relações comerciais entre os estados são um fator que contribui de forma relevante para a paz, conforme os portugueses provaram com as suas feitorias comerciais no passado e foi devidamente sublinhado por Adam Smith no seu tratado "A riqueza das Nações". Por isso, estamos num ambiente de paz ao abordar estas matérias. Hoje estamos num espaço comercial global e esta globalização caracteriza-se exatamente pela interdependência. O exemplo mais acabado é o das rolhas portuguesas, Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, que irão encarecer o vinho produzido nos EUA e torná-lo menos competitivo no mercado internacional. Quanto às guerras comerciais. Bom, aí já é necessário perceber o âmago das questões. Para mim, o que acontece com Trump é que ele pretende deslocalizar para os EUA a capacidade produtiva que ora se encontra na China. Não só por necessidade económica, mas também para consumo interno. Identificaram a China como o grande adversário dos EUA, especialmente no espaço do Pacífico. De reparar que eu não disse inimigo, mas sim adversário. Com isto, e respondendo, devo então referir que nem as guerras comerciais, nem as sanções, aceleram qualquer confronto militar. Aliás, Trump parece querer ganhar o Prémio Nobel da Paz ao tentar acabar com a guerra na Ucrânia, especialmente se o material de guerra envolvido não for dos EUA.

MS: Na sua opinião, que medidas devem ser tomadas agora - diplomática ou militarmente - para evitar uma escalada para uma guerra mundial?

Cel. JST: Primeiro é necessário identificar diplomatas dignos desse nome e não broncos malcriados como os americanos especialmente os do Trump. Acho que se devia fazer um cerco sanitário a estes dirigentes dos EUA, procurar outros mercados e deixar no mínimo a relação comercial com os EUA. Devem ser especialmente taxados

produtos dos estados republicanos e os dos amigos do Trump. Deve desenvolver-se uma indústria de defesa europeia sem recurso aos EUA. Devem ser desenvolvidos na Europa programas de Investigação e Desenvolvimento de alta tecnologia, inclusive de meios de combate NBQ (Nuclear, Biológico e Químico), e desenvolver os sistemas de informação interna e externa da UE. Assim, tornaremos a UE num bloco independente que não só tem o maior mercado com poder de compra elevado, como passa a ter capacidades militares e políticas reforçadas o que lhe dará reforço do seu potencial estratégico. Mais se poderá fazer como aumentar as relações comerciais e de cooperação com outros atores como a China a Índia e restante Ásia, a América Latina e África. Os EUA estão no seu direito de escolher os seus parceiros económicos e se preferem o Burkina Fasso aos países europeus ou ao Canadá, então sejam felizes. MS: Qual é a probabilidade de utilização de armas nucleares num potencial conflito mundial atual e que fatores influenciariam essa decisão?

Cel. JST: Acho que é absolutamente nula pois o conceito de destruição mútua assegurada continua real.

MB/MS

Coronel João de Sousa Teles. Créditos: DR.
Credito: DR
As consequências humanitárias de um conflito não estão necessariamente no centro das preocupações de todos os intervenientes
- Emmanuel R. Goffi

A paz no mundo nunca existiu verdadeiramente. Os conflitos existiram, existem e existirão sempre, todos nós sabemos disso. O que as notícias dos últimos tempos nos trazem todos os dias é um agravamento da tensão entre Estados que antes promoviam o diálogo, o respeito pela soberania uns dos outros e assim iam assegurando a sensação de paz, pelo menos a parte dos habitantes deste planeta Terra. Acontece que, neste momento, vivemos tempos de profunda instabilidade, e aumento da sensação de insegurança, em grande medida provocados por lideranças pouco preocupadas com a preservação dos princípios éticos que devem orientar os líderes e as instituições internacionais na tomada de decisões com impacto direto na vida de todos nós. A ética, frequentemente remetida para segundo plano em tempos de crise, pode e deve desempenhar um papel determinante na forma como se equacionam decisões políticas, militares e diplomáticas, sobretudo quando estas têm o potencial de afetar milhões de vidas humanas.

Éneste contexto que o Milénio Stadium conversou com o Dr. Emmanuel R. Goffi, especialista em ética aplicada à inteligência artificial e professor no ISEP — Instituto Superior de Engenheiros Digitais de Paris. Reconhecido internacionalmente como um “sherpa da ética”, Goffi dedica-se a analisar a interseção entre tecnologia, geopolítica e responsabilidade moral num tempo em que conceitos como “guerra justa”, “segurança nacional” e “interesse coletivo” se tornam cada vez mais ambíguos e sujeitos a instrumentalizações.

Nesta entrevista, Goffi oferece uma visão crítica sobre o papel das instituições internacionais — como as Nações Unidas — na prevenção de conflitos globais, questiona a viabilidade de aplicar princípios éticos universais em cenários complexos de guerra e sublinha o impacto da desinformação e da propaganda como catalisadores da instabilidade. Além disso, reflete sobre os limites das abordagens tradicionais à guerra, como o conceito de “guerra justa”, perante os desafios éticos colocados por tecnologias emergentes e novos atores no xadrez global. Com uma abordagem rigorosa e sem ilusões, esta conversa propõe-se a desconstruir certezas e a lançar luz sobre a importância do papel da ética no cenário internacional contemporâneo.

Milénio Stadium: De um ponto de vista ético, como devem os líderes mundiais equilibrar os interesses de segurança nacional com as consequências humanitárias de uma potencial guerra global?

Emmanuel R. Goffi: Como especialista em ética, começaria por sublinhar que é estritamente impossível responder a esta pergunta de uma forma geral.

Para ser eficaz, a ética deve centrar-se em casos específicos. Tentar responder a perguntas a um nível elevado de abstração só pode levar a respostas muito gerais e vagas. Por outro lado, creio que considerar a potencialidade de uma guerra global introduz um preconceito que consiste em assumir que a sobrevivência será o horizonte ético de todos os atores. Numa tal situação, o equilíbrio entre o interesse nacional e as consequências humanitárias só se colocaria certamente de forma muito marginal.

Outro preconceito consiste em considerar que há uma escolha a fazer entre duas noções muito vagas. A ideia de interesse nacional não se aplica a todas as comunidades humanas, sejam elas países, nações ou comunidades intraestatais. Por um lado, o conceito de nação é polissémico e não se aplica a todos os países e, por outro lado, quando é aplicado, o seu significado pode diferir muito de um país para outro.

Por último, as consequências humanitárias de um conflito não estão necessariamente no centro das preocupações de todos os intervenientes.

Para responder à pergunta de uma forma muito geral, penso que, no caso de uma guerra mundial, a questão não se colocaria nestes termos.

MS: Na sua opinião, as atuais instituições internacionais (como a ONU) ainda têm o poder de evitar uma terceira guerra mundial ou perderam a sua eficácia?

ERG: As Nações Unidas não me parecem muito eficazes nos conflitos atuais. Por isso, não vejo como seria eficaz no caso de uma guerra global.

O sistema das Nações Unidas baseia-se numa visão da geopolítica muito centrada nos Estados. Esta visão tem sido largamente posta em causa pelo aumento da importância dos atores não estatais, sejam eles ONG, empresas privadas, multinacionais ou outras, grupos armados de todos os tipos, ou mesmo indivíduos.

A impotência das Nações Unidas na resolução de conflitos como os que opõem a Federação Russa à Ucrânia, ou entre Israel e o

Hamas, não é visível em lado nenhum. Isto não augura nada de bom para a sua eficácia na eventualidade de um conflito global que envolva uma abordagem sauve qui peut. Além disso, não vejo nenhuma instituição internacional capaz de desempenhar um papel numa situação dessas. A NATO está atualmente enfraquecida pela atitude da administração americana, a União Europeia é demasiado fraca para se afirmar militarmente e os outros grandes agrupamentos internacionais sofrem, em geral, de falta de coerência e de visão comum para serem eficazes numa situação de guerra mundial.

Como podemos constatar atualmente, perante os grandes desafios mundiais, como o ambiente, os direitos humanos, a paz e a segurança, as grandes organizações ou agrupamentos transnacionais não conseguem impor-se, se é que o tentam. Não nos devemos deixar enganar pelos grandes acordos que são amplamente promovidos através da hipercomunicação. Raramente são seguidos de ações concretas. Uma vez publicada a fotografia de família, os interesses instalados ressurgem para bloquear a cooperação, mesmo quando esta foi estabelecida com intenções sinceras.

MS: Que papel desempenham a desinformação e a propaganda na escalada das tensões internacionais e como podem as sociedades contrariar estas influências?

ERG: A desinformação e a propaganda sempre foram os instrumentos de eleição, ao serviço de determinados objetivos. Nas nossas sociedades altamente conectadas, as redes sociais, os meios de comunicação

social e a inteligência artificial contribuem para facilitar a utilização destes métodos. São multiplicadores de força, na medida em que podem atingir populações em grande escala num espaço de tempo extremamente curto.

A desinformação e a propaganda influenciam as perceções e conduzem necessariamente a interpretações específicas, erróneas ou não, e, por conseguinte, a reações suscetíveis de contribuir para uma escalada. Este facto não é novo na longa história da geopolítica.

O que é novo é a extensão e a rapidez da propagação. Infelizmente, parece haver pouco a fazer para alterar este estado de coisas. A única solução radical seria restringir ou proibir o acesso das pessoas à informação. Os limites de tal exercício são claros, assim como os riscos de derivas autoritárias ou ditatoriais. Quer queiramos quer não, no nosso mundo interconectado, o controlo dos fluxos de dados tornou-se impossível.

Pessoalmente, defendo o desenvolvimento do pensamento crítico, mas não sou ingénuo. Não acredito que o pensamento crítico, que na minha opinião é o único baluarte contra a desinformação e a propaganda, seja aceite e integrado por todas as populações. Nem sequer sei se todos somos capazes de o fazer.

Uma recomendação útil é considerar que tudo o que lemos, ouvimos e vemos nos media não é informação, mas apenas dados. Cabe então a cada um de nós mobilizar um conjunto de dados de diferentes fontes, transformá-los em informação e construir

as nossas próprias convicções. Nesse sentido, a dúvida é uma companheira preciosa. Permite-nos afastarmo-nos da maré de dados a que todos estamos sujeitos diariamente.

MS: O conceito de “guerra justa” continua a ser relevante nos conflitos modernos ou a guerra evoluiu para além dos quadros éticos tradicionais?

ERG: Não diria que a tradição da guerra justa é relevante ou irrelevante. Diria que oferece uma abordagem entre outras. A tradição da guerra justa foi estabelecida numa altura em que os conflitos não eram da mesma natureza que os atuais e em que os meios eram também muito diferentes. Além disso, embora as suas origens possam ser encontradas em textos hindus, baseia-se em considerações que estão largamente enraizadas no cristianismo e no mundo ocidental, através das reflexões de pensadores como Aristóteles, Cícero, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Francisco de Vitória e Hugo Grotius.

Para que conste, a tradição da guerra justa é tradicionalmente dividida em duas sequências: o jus ad bellum, ou o direito de ir para a guerra; e o jus in bello, ou o direito na guerra. A cada uma destas sequências estão associados critérios de justiça que devem ser respeitados. Assim, para que uma guerra seja justa na sua iniciação, o jus ad bellum exige que a guerra seja declarada por uma autoridade legítima; por uma causa justa; com a intenção correta; como último recurso; tenha uma hipótese razoável de sucesso; e seja proporcional (ou seja, os benefícios esperados superam os potenciais danos). Isto faz com que a autodefesa seja

a causa justa por excelência e seja reconhecida como tal pelas Nações Unidas. No que se refere ao jus in bello, são mantidas duas condições: a proporcionalidade, desta vez entre os meios empregues e os fins prosseguidos, e a discriminação entre civis e militares (diferente da distinção entre combatentes e não combatentes, que são categorias jurídicas). Em 2002, Brian Orend acrescentou o jus post bellum, baseado em sete critérios adicionais. Como já vimos várias vezes, a relevância da tradição da guerra justa nas operações militares contemporâneas é altamente questionável. A aplicação mais do que incerta do princípio da discriminação entre civis e militares nos conflitos de contrainsurreição é um exemplo disso mesmo. Da mesma forma, o princípio que impõe hipóteses razoáveis de sucesso nas operações contra grupos terroristas é perfeitamente utópico. Por fim, o respeito pelo princípio da autoridade legítima é objeto de numerosas evasões, por exemplo, em operações de coligação levadas a cabo sem o aval do Conselho de Segurança da ONU.

A instrumentalização da tradição da guerra justa para fins políticos demonstra tanto a impossibilidade técnica de a aplicar concretamente como a maleabilidade de um conceito baseado em reflexões subjetivas e escolhas arbitrárias. A título de exemplo, em 2003, os princípios da guerra justa foram utilizados em duas direções diametralmente opostas. Enquanto Dominique de Villepin, na altura Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, referia que os princípios não estavam a ser respeitados para justificar a oposição da França a uma po-

tencial intervenção no Iraque, Tony Blair, na altura Primeiro-Ministro do Reino Unido, afirmava o contrário para legitimar o envolvimento britânico.

Em última análise, embora a tradição da guerra justa tenha sido amplamente utilizada, estudada e, por vezes, enriquecida, nomeadamente pelos trabalhos de Michael Walzer e Brian Orend, continua a ser uma perspetiva anacrónica e altamente inadequada para lidar com questões éticas nos conflitos contemporâneos, como se pode ver nos debates em curso sobre a utilização de sistemas de armas autónomas letais, robôs assassinos e sistemas de inteligência artificial.

MB/MS

Credito:
Emmanuel R. Goffi. Créditos: DR.

As “guerras” do Mundo moderno

Ora viva, bom dia, cá estamos neste “abril de águas e frio mil”.

E, ainda bem que existe uma coisa em que na qual não pudemos tocar - as regras da mãe natureza, que, efetivamente anda muito zangada connosco. Estes estados de tempo, tremores de terra, chuvas, tempestades, a, b e c... e tudo o mais, são obra do ser humano. Já se convenceram? Que tal proteger quem nos alimenta? Proteger a nossa terra e poluir menos?

Pois, isso é para pessoas inteligentes e de bem. E o que temos é muita gente a ser exatamente o contrário disso. E como resultado a Mãe-Natureza está a mudar, mas a mudar muito rápido. Ando ansiosa com estas mudanças drásticas. A todos os níveis. Convenhamos que o “mundo moderno” da tecnologia e inovação, é uma bênção e uma sentença ao mesmo tempo.

Para onde vamos com estas loucuras de certos líderes?

A guerra que não termina, o destravado do Trump a exigir cada vez mais... bem, o homem regressou para aniquilar tudo e mais alguma coisa. Cospe veneno. Questiono-me: desde quando um Presidente de uma potência se rodeia de pessoas mais nocivas do que ele? Ninguém o pára? Será invencível?

Uma coisa é certa, estamos em pé de guerra neste “mundo moderno”. Fome e morte por toda a parte. Economia em franco perigo de colapsar e ninguém põe mão nisto?

Andamos nervosos, uns mais do que outros, mas estes “inimigos”, Trump, Putin, e mais alguns, não anunciam “nem bons ventos, nem bons casamentos”.

Estejamos atentos, a pandemia foi só um pequeno aviso. Desejo estar errada, mas os níveis de ansiedade estão elevadíssimos. Basta prestar atenção ao que nos rodeia. É o que é e vai valer sempre o que vale. Realmente, vivemos tempos de incerteza. Sinto muito pelas crianças e idosos, que tem de viver tempos menos bons e por todos nós. Não me apetece escrever sobre estas coisas. Alertas e ou prenúncios de “tempestades políticas”, mas elas pairam no ar. Vamos vivendo e tentando conciliar.

Fiquem bem e até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

A nossa equipa falou com os The Black Mamba, uma das bandas portuguesas mais vibrantes e apaixonantes.

Veja a cerimónia anual “Merit Award and Scholarship Gala Dinner” um evento de grande importância para a comunidade luso-canadiana em Ontário.

• Dalmo Cerqueira, de 68 anos, natural de Ponte de Lima, encontrou na tecelagem a sua grande paixão!

• No episódio de Rosa’s Portuguese Kitchen, Rosa ensina a preparar Rojões à Pescador.

• Baseado Numa História Verídica, conduzido por Aurélio Gomes. Inspirado em guiões cinematográficos.

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Cristina da Costa Opinião

Liberation Day or the start of WW3

Donald Trump declared Liberation Day on April 2nd, 2025. Let’s remember this date as the planting of the seeds which will possibly grow to be the cell that will result in World War 3. The erosion of morality throughout the world began with Covid-19 and has spread like a bad fungus throughout world populations where empathy and respect for your neighbours and friends have practically disappeared. It’s hard to analyze and quantify what has changed the human race, creating conditions of self-destruction and becoming supportive of autocratic policies which empower maniacal political czars.

The tariff war will become the catalyst by which geo-political wars will be fought and no one will be spared from the consequences. These tariffs have become a tool for intimidation and retaliation of world superpowers and not so super in a tit for tat rhetoric that may not take down nations but certainly will affect the common citizen and their way of life. After months of teasing about tariffs, the new world Hitler has finally unveiled his plan for world economic destruction. While Canada was not hit as hard as had been expected, the overall damage to Canada and the rest of the world will be catastrophic. While these pronunciations

may appear to be overly cynical, there are previous examples of tariff wars and their destructive results.

The upheaval in global trade will affect economic growth around the world, affecting your costs from a loaf of bread to your pension plan. The cruelty being inflicted into the world order by ignorant and incompetent autocrats will destabilize world economies, and world order can only be stable if imperious despots do not get desperate as to lose control and press red buttons.

The signs are already in place for what’s to come with wars in almost every corner of the world. Iran is the latest putting all its armed forces on alert because those currently attacking others are not satisfied with the damage already caused. NATO is warning about solidarity within its organization because the tariffs will test its accords and that’s a dangerous escalation of a breakdown in the NATO organization.

While a continuing tariff war may severely affect global economic activity, Canada’s biggest hurdle is the uncertainty of Canada-US relations and the instability of our economic marriage.

While Canada is reacting with tough rhetoric, the economic destabilization will be much more severe for Canada than the U.S. Short term solutions are really not available to Canadian governments because we are not positioned to effectively cause damage to their economy because of our structural and defense weakness. Negotiations with a government led by Trump will not achieve the desired results for Canada, and the sudden impetus of nationalism will not bring to Canada the independence we need.

Liberation Day is anything but liberating. This day will go down in history as a day that unleashed pain and suffering on all of us. The world will unite and blame one man for all its troubles, but we cannot pretend that armed and economic conflicts did not exist before this US attempt at inflicting agony on the rest of the world. As a Canadian, I have seen and participated in the glutenous acquisition and disposition of goods and services as if the cold winds of change would never happen. But here it is and now we fight a mental war to figure out how our lives will be in the future and how we are going to survive economically. As Mr. Trump was having a good time announcing policy changes that would affect billions of people, he was telling the world that the Rose Garden he was spreading misery from, would spread the sweet smell of prosperity for the United States and that he couldn’t care less who lived or died. It is indeed World War 3 that he was announcing.

Manuel DaCosta/MS

Apresentador Augusto Bandeira

Tema da semana:

Convidados

Jorge Ribeiro

Paulo Pereira

Reno Silva

Discussão de temas da atualidade

Estamos perto da 3ª Guerra Mundial?

IPMA 2025 – A festa da música portuguesa

sexta-feira às 18h

Photo: Fa Azevedo

MIND GAMES

We’ve been at war for a while now. It’s not, however, the one in the Hollywood movies with the kind of devastation that no human being would ever desire to set in motion. The war being waged is one of shaping the minds of the public in order to achieve the desired goal.

We’ve been sliced, diced and julienned to a point the most of us don’t know what to think. The all-out attack is coming from big business, with the participation of governments. Trump-style politics have given voice to open racism and indifference, but that is only one of the many ways they keep us looking in every direction but the one that focuses on them. Sure, we now catch them blatantly lying via the internet, but they don’t care anymore.

It’s open war on all our social standards. In so little time, some societies have reverted to attitudes last seen decades ago, largely due to the hordes of information we are subjected to every day, much of it either taken out of context, or an outright fabrication. While were dragging around in this quagmire, big business is busy consolidating control of everything that we need to thrive, into fewer and fewer hands. All the information, the food supply, water, fuel, and so on. They’ve got us so wound up and confused that they got away with extreme rises in the prices of most goods, using the pandemic and the war in the Ukraine cards, to then producing record profits during the whole period.

None of them lost a thing, on the contrary. What do we do? Basically nothing. The tide seems to be turning. Trump has

been, well we all know what he’s been and continues to be, but it seems he’s also been a blessing in disguise, as I’ve said before. People are now more active and actually fighting back, and not only in Canada. This war is now finally being waged by two sides, and we have the advantage. We have the numbers and the imagination; all they’ve got are that one goal – power. I was watching a clip of Musk at some kind of American rally. His laminated face, ( Bill Burr), was so happy. He was waving his arms at his MAGA crowd in glee, you could see it in his eyes. I suddenly realized that he was exactly where he wants to be, being adored by the crowd.

Trump adores that, and so did Mussolini and Hitler. It always boils down to the same thing. I remember Musk when he spoke of his dreams, and they were more techno-

logical, and environmental. It looks like a textbook case of what too much money and power can do to a person, although I’m sure the beast was already within. Many American people must be flabbergasted by how a couple of people can upturn a government and its laws so seemingly easily. How a couple of guys can affect the planet so quickly and without resistance. These guys have made enemies friends and vice versa, how could we sit back and not put up some sort of push back? We have to keep this up in order to make them see that they’re not going to get what they want, without a fight. We have to keep our eye on that birdie in particular, because the other issues will sort themselves out.

Fiquem bem, Raul Freitas

Photo: DR

Global preparation for the worse...

In an era marked by rising geopolitical tensions, the question of whether Europe is preparing for World War III has gained traction. With the recent implantations of global tariffs by President Donald Trump, the international landscape is increasingly fraught with uncertainty. Let’s explore the implications of these developments, the potential responses from the global community, and the ensuing economic ramifications, particularly in relation to the stock markets.

Since taking office, Trump advocated for a protectionist trade policy, leading to the imposition of tariffs on a variety of goods, including steel and aluminum, aimed primarily at China. The ripple effects of these tariffs extend beyond the United States, prompting retaliatory measures from affected nations. Europe, while initially taking a cautious approach, has begun to respond with its own tariffs on American goods, further escalating trade tensions.

These tariffs are not merely economic tools; they serve as political statements that can strain international relations. The potential for miscommunications and misunderstanding grows as countries retaliate, creating a volatile environment where conflicts can escalade unexpectedly. As nations bolster their defenses and reconsider alliances, the specter of war-through not imminent-looms larger in public discourse.

In times of uncertainty, conspiracy theories often emerge as explanations for complex geopolitical dynamics. Some theorists suggest that the implementation of tariffs is part of a broader strategy to destabilize global economics, paving the way for a new world order. While these theories often lack credible evidence, they reflect a

growing anxiety about the future.

The notion that powerful individuals of groups are orchestrating global events can be appealing, especially when faced with the chaotic reality of international politics. However, it’s essential to approach such claims critically, recognizing that while economic and political motivations are indeed at play, attributing them to a grand conspiracy oversimplifies the intricate web of global relations.

As markets hit all-time lows due to the uncertainty surrounding tariffs and geopolitical tensions, investors are understandably concerned. A downturn in the stock market can trigger a cascade of reactions: businesses may cut back on invest

changes in interest rates to stabilize the economy.

Should market conditions continue to deteriorate, we may see a more aggressive response from both governments and private sectors. This response could take various forms, including increased military spending or enhanced diplomatic efforts to address underlying tensions. In extreme cases, nations may pursue alliances or engage in military posturing, which could inadvertently heighten the risk of conflict.

Furthermore, social unrest can arise as economic conditions worsen, leading to protests or political instability within nations. These domestic issues can influence foreign policy decisions, potentially lead

seek to balance their economic interests with the need for stability, the risk of miscalculation remains.

Public opinion plays a significant role in shaping government policy. As citizens become increasingly aware of the risks associated with trade wars and geopolitical conflicts, there may be a growing demand for leaders to prioritize peaceful resolutions. Grassroots movements advocating for diplomacy over aggression could influence political decisions.

In this complex landscape, it is crucial for policymakers to engage in constructive dialogue and seek diplomatic solutions to prevent escalation. The world watches as Europe, the U.S., and other nations grapple with these challenges, hoping for a future characterized by cooperation rather than conflict. As countries navigate these challenges, innovative economic strategies may emerge. Nations might focus on ing more robust supply chains, investing in sustainable technologies, or fos-

Carlos de Matos Gomes novo livro

tering regional trade agreements tat reduce reliance on volatile partners. This could lead to a more resilient global economy better equipped to weather fu-

Geração D - da Ditadura à Democracia

Carlos de Matos Gomes (n.1946 – Barquinha) apresenta-se deste modo: «Eu vivi a minha vida como ela me foi aparecendo. A minha geração de classe média foi a última do óleo de fígado de bacalhau sem aromas, a que vestia casacos virados do avesso, a que não sonhava com uma carreira mas com um “logo se vê”».

O ponto de partida do autor é «Não escrevi nem escrevo para pregar doutrinas, lançar “slogans” ou para cantar as glórias do império». O livro de 337 páginas (Porto

Editora) é um inventário que, embora pessoal e privado, atinge o público e o geral do país que somos hoje em 2024. Conclusão provisória: «A seguir ao 25 de Novembro julgo terem sido fundados e ressuscitados mais bancos do que os bancos assaltados. Também há mais hotéis de cinco estrelas do que bairros de renda económica. Há mais campos de golfe e estádios de futebol do que ginásios e piscinas escolares». Uma nota curiosa surge na origem do pseudónimo literário que usa nos seus romances: «os outros três irmãos tinham emigrado no início do século para a região

de Providence tendo cada um comprado uma quinta de boa dimensão na região de Cernache do Bonjardim entre elas a de Guiherme de Matos Gomes chamada de Vale Ferraz».

O título do livro surge na página 336: «A geração D foi formada num número muito restricto de escolas o que permitiu que todos se conhecessem». Um notável testemunho que parte do «eu» para fazer o retrato do «nós». Um livro invulgar, por isso mesmo. Um livro a não perder.

Host Vince Nigro

Guest Sean Sherzady

Vincent Black Opinon

CANADÁ EM CONTAGEM DECRESCENTE

Esta eleição pode mudar tudo. Com o país em clima de decisão, os eleitores mostram-se mais atentos ao líder do que ao partido. E isso pode virar o jogo.

Estão ao virar da esquina as eleições para a escolha do novo primeiro-ministro do Canadá. Está à vista de todos que os canadianos estão mais ansiosos e dedicados nestas eleições do que nas últimas. Essa motivação deve-se, em grande parte, à escolha do novo líder. Nota-se uma preocupação na seleção da pessoa que vai liderar o país como não se via há muitos anos. Se repararmos, ainda com Justin Trudeau no poder, as sondagens apontavam para uma vitória esmagadora dos Conservadores sobre os Liberais. No entanto, assim que Trudeau anunciou a sua retirada e foi confirmada a candidatura de Mark Carney à liderança dos Liberais, o cenário

começou a mudar. Os Liberais passaram a liderar nas sondagens, ultrapassando os Conservadores. Curiosamente, têm mantido essa liderança nas médias das sondagens, e hoje são considerados os favoritos à vitória, podendo até alcançar uma maioria. É evidente que os canadianos estão claramente empenhados em escolher alguém diferente. Li, há dias, um artigo sobre as prioridades dos eleitores, a maioria pretende votar na pessoa e não no partido. Estarão certos ou errados? Essa tendência deve preocupar todos os líderes, já que 39% dos eleitores disseram que votarão com base no líder, apenas 24% afirmaram que votam no partido, e 15% vão decidir com base nas propostas concretas, ou seja, numa política específica.

No meio de tudo isto, os políticos devem começar a pensar em fazer política de forma diferente. Alguns partidos talvez precisem até de rever os seus estatutos. O povo procura estabilidade, não políticos que apenas sabem fazer campanha, mas não sabem governar.

Entretanto, há um detalhe importante neste cenário de sondagens, será que estão

a ser feitas com rigor e abrangência em todas as faixas etárias? Neste país, a maioria das pessoas mais velhas tende a votar nos Liberais, e são também as que mais respondem às sondagens. Há gerações mais jovens que evitam participar nas sondagens, mas que esperam por uma boa governação. Esses eleitores mais novos preferem aguardar pelos debates e pela apresentação dos manifestos antes de tomar uma decisão.

Pierre Poilievre ficará em maus lençóis se perder estas eleições. Terá de dar uma boa explicação ao seu eleitorado, especialmente depois de tantos anos na oposição e de liderar nas sondagens por tanto tempo. Se perder, os Conservadores dificilmente o perdoarão. Ainda há muitos que não acreditam nas sondagens, e ainda menos que os Liberais possam vencer. Mas os debates podem mudar tudo. Mesmo que Mark Carney recuse participar, isso poderá custar-lhe votos no dia das eleições.

Outro fator relevante, alguns veem com bons olhos a possibilidade de Carney tornar-se primeiro-ministro, mesmo tendo chegado à liderança dos Liberais sem nunca ter ocupado um cargo político ele-

tivo, apenas o de conselheiro. Será que vai governar de forma diferente? Os críticos dizem que ele tem vasta experiência em política monetária internacional, o que pode ser uma vantagem neste momento de incerteza económica, agravado pelas tarifas impostas por Trump. Isso, no entanto, não significa que Pierre Poilievre não tenha competência para o cargo.

A verdade é que grande parte da comunicação social colocou Mark Carney num patamar muito elevado. Se a campanha aquecer, as sondagens podem inverter-se. Quer se aceite ou não, as sondagens influenciam os indecisos. Muitos acabam por votar no nome que está na frente. É aquele típico pensamento: “Se está a liderar, deve ser bom.” E assim se forma a onda: um grupo começa e o resto segue a procissão. Poilievre, se queres ganhar, faz algo diferente para voltar à frente nas sondagens. Neste momento, o povo diz “Mark Carney” porque ele está no topo. Vamos ver por quanto tempo mais.

Não se esqueça de ir votar no dia 28. Bom fim de semana!

Fundação Nova Era Jean Pina concretiza sonhos de seniores portugueses em Paris

Ao longo dos anos, a diáspora lusa tem demonstrado um enorme espírito de solidariedade, o mais importante valor que nos humanizam e dão sentido à vida, apoiando quer os nossos compatriotas no estrangeiro, assim como os portugueses residentes no território nacional.

Um desses exemplos de solidariedade dinamizada no seio da diáspora, é o que tem sido prosseguido, no decurso da última década, pela Fundação Nova Era Jean Pina, constituída em 2019 pelo empresário português João Pina, radicado na região de Paris, um dos mais dinâmicos e beneméritos empresários portugueses em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa.

Natural de Trinta, uma pequena povoação do concelho da Guarda, João Pina emigrou para França nos anos 80, com 19 anos de idade, na esteira de milhares de portugueses que procuravam na pátria gaulesa uma vida melhor. A chegada a Paris, ainda

que marcada inicialmente por um conjunto de contratempos e dificuldades, alavancou um percurso de empresário de sucesso na área da construção civil. Presentemente administrador do Grupo Pina Jean, sediado nos arredores de Paris, um conjunto de várias empresas com atividades em áreas como a construção civil, limpeza e reciclagem de resíduos, o sucesso de João Pina, conhecido em terras gaulesas por Jean Pina, no mundo dos negócios, tem sido acompanhado de uma incessante dinâmica solidária em prol dos mais desvalidos. Alicerçando a missão primacial da Fundação Nova Era Jean Pina, no lema da instituição “Solidariedade em Movimento”, o emigrante guardense tem dinamizado uma notável cooperação entre França e Portugal através da promoção, apoio e desenvolvimento de projetos de solidariedade para com as pessoas mais desfavorecidas e vulneráveis, como seniores, crianças institucionalizadas e desempregados. Foi neste entrecho, que a Fundação Nova Era Jean Pina dinamizou recentemente o projeto “Sonhos sem Idade”, que levou entre 28 de março e 1 de abril, quatro seniores residentes no lar de Reigada, no distrito da Guarda, na região centro-norte de Portugal, a viajar de avião pela primeira vez à capital francesa.

No âmbito da viagem até à “Cidade Luz”, proporcionada pela Fundação Nova Era Jean Pina, os seniores Augusto Rodrigues Cabral, de 92 anos, Maria Julieta da Costa, de 86 anos, Maria Helena Brígida, de 80 anos, e Manuel Dias, de 73 anos. Acompanhados por uma enfermeira e uma assistente técnica, tiveram oportunidade de visitar a Torre Eiffel, o Consulado-Geral de Portugal em Paris, o Palácio de Versalhes, a Basílica de Sacré Cœur e desfrutaram de um cruzeiro no Sena.

Ao longo da jornada sociocultural, foram-se juntando ao grupo, empresários, dirigentes associativos, órgãos de informação da diáspora e outras forças vivas da comunidade luso-francesa. Como o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, e a Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa, que fizeram questão dentro das suas agendas de trabalho, de receber e conviver com os seniores portugueses, sempre acompanhados do Presidente da Fundação Nova Era Jean Pina.

Uma experiência seguramente marcante e inolvidável para os quatro seniores residentes no lar de Reigada, no distrito da Guarda, proporcionada por uma instituição social de referência da diáspora. Que ao evidenciar a importância do enve-

lhecimento ativo e saudável, um conceito cada vez mais relevante numa sociedade onde a população está a envelhecer rapidamente, robustece concomitantemente a importância, nas suas múltiplas dimensões e potencialidades, das comunidades portuguesas.

Augusto Bandeira
Daniel Bastos Opinião
O grupo do lar de Reigada na capital francesa, acompanhado do empresário benemérito luso-francês, João Pina, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, e a Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa. Créditos: DR.

A guerra dentro das nossas fronteiras

Numa conferência em que recentemente participou no Parlamento Europeu, o secretário-geral adjunto da NATO, James Appathurai, afirmou que pelo menos 15 países da União Europeia e da Aliança Atlântica foram já alvo de inúmeras ações de guerra híbrida, com o objetivo de dividir as opiniões públicas, criar instabilidade, gerar contestação contra os governos e enfraquecer o apoio à Ucrânia.

Perante o aumento claro das ameaças híbridas, sobretudo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, as estruturas europeias encarregadas de garantir a segurança têm vindo a reforçar-se e a aumentar a cooperação para tentar combater mais eficazmente as ações de desestabilização, que podem materializar-se de múltiplas formas, sem que se perceba bem quem são

os seus verdadeiros mentores, embora se suponha sempre quem está por detrás dos ataques.

Os ciberataques, as campanhas de desinformação e a interferência em processos eleitorais têm sido abundantemente noticiados, tal como atos de sabotagem, ataques a infraestruturas crítica se mesmo assassinatos. As redes sociais são hoje um dos veículos privilegiados não apenas de recrutamento de indivíduos para as ações de desestabilização, mas também para difundir mensagens de ódio e gerar movimentos de revolta. Por vezes, os migrantes são também recrutados para cometer crimes contra cidadãos dos países de acolhimento e os fluxos migratórios para pressionar fronteiras, como tem feito a Bielorrússia em relação à Polónia. De resto, aquilo que a extrema-direita defende como liberdade de expressão nas redes sociais, não é mais do que abrir a porta para a desinformação, propaganda, principalmente pró-russa, discursos de ódio em roda livre, teorias da conspiração, que acabam sempre por potenciar descontentamentos e criar instabilidade social e política nas nossas sociedades. Ejá se viu

muito bem que é do caos e da desordem que a extrema-direita se alimenta, fazendo assim o jogo daqueles que querem destruir a União Europeia, como é o caso da Rússia. Alemanha, Polónia, República Checa, França e países bálticos, entre outros, conhecem bem esta realidade. Portanto, estamos perante uma forma de guerra que se expande dentro das fronteiras das sociedades livres e democráticas, com propósitos bem definidos e em clara violação da soberania dos Estados. Para grande desorientação coletiva, os Estados Unidos têm vindo a aliviar apressão sobre a Rússia e a distanciar-se dos seus aliados tradicionais, oque pode ter consequências muito negativas na capacidade de detetar ameaças híbridas. Se o seu conhecimento em inteligência deixa de estar ao serviço dos aliados europeus ou for fornecido de forma limitada, será muito mais fácil para Putin provocar instabilidade e enfraquecer a Europa, onde temos seus defensores, os mesmos que também admiram Donald Trump. São os movimentos e partidos da extrema-direita, que são eurocéticos, que em alguns casos até advogam a saída da União Europeia, que vêm

como aceitável a amputação dos territórios da Ucrânia ou que acham normal que a desinformação e os discursos de ódio contra migrantes e minorias tenham “via verde” nas redes sociais.

Nas negociações para a paz entre Kiev e Moscovo, já se percebeu que aquilo que a Rússia e os Estados Unidos querem para a Ucrânia não é o mesmo que a Ucrânia e a União Europeia pretendem. E que países como a Hungria e a Eslováquia que contestam o apoio à Ucrânia, mais não fazem do que colocar-se do lado da Rússia ao aceitarem que a paz se faça à custa da anexação de uma parte do território da Ucrânia, o que significa a legitimação da violação das fronteiras soberanas de um país e do direito internacional, o que é inaceitável.

Portanto, num mundo em que as democracias estão a recuar e os regimes autoritários ganham cada vez mais força, é fundamental que a União Europeia se mantenha forte e coesa e crie os instrumentos para se defender eficazmente das múltiplas ameaças, tanto das que vêm de fora, como das que já estão instaladas dentro das nossas fronteiras.

Os espantalhos e o espanto no debate pré-eleitoral

Castro Almeida ameaçou com o fim das contas certas, perguntando onde é que o PS vai "inventar o dinheiro"? A resposta é simples: ao mesmo sítio que o PSD.

Adisputa de ideias para a campanha eleitoral já começou em força. Começados os debates, apenas o PS, entre os partidos com assento parlamentar, apresentou até agora um programa eleitoral novo (que tive a honra de coordenar). Depois da sua estrondosa apresentação no passado sábado, onde foram destacadas um conjunto de 10 medidas muito populares, sobretudo em relação ao custo de vida dos portugueses, não tardou a vir uma resposta assustada da AD.

Luís Montenegro tentou associar Pedro Nuno Santos a José Sócrates e a "dar tudo a todos", numa tentativa ridícula de criar uma espécie de versão portuguesa da Lei de Godwin. Já Castro Almeida ameaçou com o fim das contas certas, perguntando onde é que o PS vai "inventar o dinheiro"?

A resposta é simples: ao mesmo sítio que o PSD.

Infelizmente, em Portugal, não temos uma tradição de um debate público rigoroso. As estatísticas são torturadas até que encaixem na narrativa, as políticas públicas não são avaliadas nem postas em perspetiva comparada e, que horror, não há uma noção real do quanto é que cada opção custa. Isso impede-nos de realmente aferirmos a credibilidade do que cada um propõe e como é que isso vai afetar o nosso bolso. Na outra ponta da sala encontramos os Estados Unidos que, não obstante as suas péssimas políticas orçamentais, ao menos dispõe de uma cinquentenária "UTAO" que mantém atualizada para benefício de todos e até dos políticos que estão a formular propostas, uma lista de "opções orçamentais" com os impactos devidamente quantificados. Como canta Bowie, a este respeito, somos "absolute beginners". Castro Almeida, que tutela os fundos europeus, teve o desplante ou o desconhecimento de que a execução do PRR implicará, necessariamente, um défice em 2026. Já quanto ao custo total das medidas do PS, Montenegro teve de bater em retirada. Se no sábado o problema era o custo das medidas, na segunda-feira já era que elas "distribuem riqueza sem a criar", ao contrário do que supostamente fariam as do PSD. Afinal, os portugueses conhecem e confiam na capacidade do PS fazer contas certas. Contas feitas, as medidas do PS têm um impacto orçamental de 1.744 milhões de

euros. Ora, se segundo a UTAO, com valores de 2025, cada descida de um ponto percentual (pp) do IRC custa cerca de 420 milhões, as medidas do PS encontram-se ainda significativamente abaixo do eventual custo de uma descida do IRC de 20 para 15% (2102,5 milhões). Acresce a isto que o meu homólogo, coordenador do programa eleitoral da AD, Joaquim Miranda Sarmento, já prometeu que, além do IRC, vão apresentar uma "redução do IRS ambiciosa". Se Montenegro e companhia ainda tiverem vergonha, não quererão passar-nos por parvos de que para uns há mundos e fundos e, para o outro, não há dinheiro nenhum. Ultrapassada a contabilidade, podemos e devemos focar-nos no mérito das medidas. Podemos começar sobre o facto de que, enquanto o peso dos impostos diretos, tendencialmente mais progressivos, são inferiores em Portugal à média da UE (10,7% vs. 13,2%, respetivamente), os impostos indiretos, tendencialmente mais regressivos pesam mais em Portugal do que na UE (14,5% vs. 12,9%, respetivamente). A seguir, podemos recordar que, segundo o Banco de Portugal, o IVA Zero foi eficaz, tendo a redução do imposto sido transmitida na sua quase totalidade ao consumidor (estimando uma média de 75% para a globalidade do período em que esteve em vigor). Por fim, podemos recorrer à mesma instituição para referir que, por cada

1pp descida do IRC, a atividade económica apenas será estimulada se nenhum dos ganhos forem reinvestidos nas famílias mas, outrossim, na capitalização das empresas –mesmo assim gerando uns pífios 0,1pp de estímulo à atividade económica. Estes resultados são consistentes com o estudo de Pedro Brinca et al. para a FFMS, que aponta para um impacto inferior a 0,2pp por cada ponto de descida do IRC, não se afigurando que a medida se "pague a si própria" no curto-médio prazo, como é frequentemente alvitrado pela AD.

Nestas eleições, podem-se levantar os espantalhos que se quiser. Os factos económicos, todavia, apontam em sentido inverso. Está em causa a opção entre duas políticas compatíveis na sua dimensão orçamental mas com impactos muito diferentes no rendimento das famílias e no crescimento da economia – uma redução do IVA com ganhos certos para todos ou uma redução do IRC com ganhos dúbios para alguns, como tão eloquentemente colocou Daniel Oliveira no Expresso.

Se conseguirmos superar este grau zero do debate pré-eleitoral, poderemos, como nos sugere Tolentino Mendonça, "reencontrar o espanto (…) o contacto (consciente, fulgurante, desarmado, rendido) com a vida maior que nós, a vida em aberto, não predeterminada". E que falta faz o espanto ao mundo, à política e à vida!

Paulo Pisco
Opinião Credito:

Pedido a Norberto Aguiar

Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos. William Shakespeare

Esta foi a quarta deslocação que fiz a Montreal (cidade situada na província canadiana do Quebeque), tendo sido aquela em que fiquei mais dias, já que as anteriores foram sempre em modo de “escapadinha”, quase sem tempo de poder desfrutar da alma da cidade e do convívio com amigos. A Montreal de hoje, com as suas torres de arrojada arquitetura, já pouco se parece com aquela que Eça de Queirós descreveu a Ramalho Ortigão, numa carta que lhe endereçou em julho de 1873: “uma pequena cidade que se desejaria pôr numa étagère.” Penso que essa seria ainda a cidade que exercia um certo fascínio em Onésimo Teotónio Almeida e colegas, enquanto estudantes universitários nos Estados Unidos. Aí se deslocavam para passarem fins de semana em busca de uma amostra da velha Europa, rodeados que estavam de um meio essencialmente anglófono. Como recordou, o agora professor emérito, percorriam quilómetros para lá irem tomar um expresso e visitar livrarias.

Pese embora o facto de o mundo estar cada vez mais igual, não se pode negar que a cidade de Montreal tem uma identidade própria, a que ficaram rendidos todos aqueles que dela fizeram a sua

segunda casa. Foi em nome deles, dos que aí aportaram na esperança de um futuro melhor que se realizou, nos dias 29 e 30 de março, o 2º Colóquio organizado pelo jornalista Norberto Aguiar, e subordinado ao título “A Comunidade Portuguesa no Quebeque – uma visão do passado, presente e futuro”, distribuído por cinco painéis temáticos.

Na cerimónia de encerramento, em que foram homenageadas figuras que se destacaram em diversas áreas ao serviço da comunidade portuguesa, Norberto Aguiar, o grande obreiro deste Colóquio, testemunhou a sua grande satisfação por ter conseguido reunir prestigiadas figuras do meio académico, económico, empresarial e desportivo. Não deixou, contudo, de nos alertar para a sua idade e algumas pressões familiares que vão no sentido de travar o seu ritmo de trabalho. Esta declaração mais não era do que o introito para nos prevenir de que não poderia assegurar que estes colóquios pudessem ter continuação.

Todos entendemos que, em determinadas fases das nossas vidas, qualquer um de nós se sinta tentado a ter menos obrigações para podermos dedicar mais tempo à família, em especial quando se tem uma família tão unida como é a de Norberto Aguiar. Contudo, meu caro amigo Norberto, permita-me que lhe recorde o episódio relatado pelo jornalista Sidónio Bettencourt, na mesa dedicada à Comunicação Social, que tive o gosto de moderar.

Maria Amaral, uma sua fiel ouvinte de 86 anos, levou-lhe um dia um presente, explicando-lhe a razão da oferta: “Hoje é Dia do Pai e gostava que o Senhor Sidónio comesse com o seu cafezinho umas fofas que fiz para si”, manifestando-lhe depois o seu pesar baixinho, ao ouvido “Estou muito desgostosa do senhor ter deixado o «Atlântida»”, ao que o Sidónio lhe respondeu “Olhe e daqui a dias deixo tudo”, estando este «tudo» relacionado com a sua atividade de locutor

de rádio no programa Inter-Ilhas. “Mas porquê? – insistiu Maria Amaral. - “Porque tem que ser, faço 70 anos”. Estupefacta, não se conteve: “70 anos? Eu tenho 86 anos e faço fofas e estou na Universidade Sénior, e faço a minha vida. Não é razão.”

Apetece-me roubar a frase a Maria Amaral e dizer-lhe o mesmo, Norberto: Não é razão!

A idade nunca será impedimento para continuar a manter vivos os sonhos que nos mobilizam, e o Norberto não é homem para viver sem sonhar. Assim mantenha toda a energia, dedicação e vontade que o caraterizam e que a sua família mais próxima tanto tem aplaudido. É aconselhável acordar alguém no meio de um pesadelo, mas nunca se deve interromper o curso de um sonho bom.

A pre-planned funeral eliminates confusion, and guides your family when they need you most. And now in honour of our 100 year anniversary our pre-planned funerals are totally tax-free until April 30th

Aida Batista Opinião

ACAPO anuncia o programa oficial da Semana de Portugal 2025

No dia 8 de abril, a ACAPO (Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário) realizou uma conferência de imprensa na Casa do Alentejo, em Toronto, para apresentar o programa oficial da Semana de Portugal 2025.

Entre os eventos anunciados, destaca-se a tradicional Parada do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que celebra a sua 38.ª edição no dia 7 de junho, às 10h00, com uma nova rota. A Parada começará na St. Clair Ave. W, em Oakwood, e terminará no Earlscourt Park. Além disso, o vibrante Festival da Semana de Portugal regressa ao mesmo parque, nos dias 6, 7 e 8 de junho de 2025, com as participações de artistas locais e bandas musicais bem conhecidos - Shawn Desman, Sofia Câmara, Peter Serrado, Miguelito, Karma Band, Isabel Sinde, Décio Gonçalves, Unique Touch. De Portugal teremos o Duo Sandra e Ricardo, Os Pegas entre outras surpresas. Ainda na Semana de Portugal, no dia 9 de junho, teremos o artista e compositor português João Pedro Pais.

A conferência contou com a presença de representantes de diversos clubes comunitários, instituições locais e membros da imprensa comunitária, consolidando um ambiente de forte envolvimento da comunidade portuguesa em Ontário.

A grande novidade foi o anúncio de que, nos próximos 3 a 5 anos, o tema da Semana de Portugal será o Magellan Centre, um lar de cuidados continuados destinado à comunidade luso-canadiana. Localizado no número 640 da Lansdowne Avenue, em Toronto, o centro contará com 256 camas para cuidados de longa duração e 57 habitações a preços acessíveis. Este será um projeto de grande importância para a comunidade portuguesa, com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre a sua realização.

Ofélia Isabel, em representação do Magellan Centre, expressou grande alegria e orgulho pela escolha do centro, dedicado aos falantes de português, como tema principal da Parada para os próximos anos. Durante o seu discurso, Ofélia destacou a atual situação dos lares de idosos em Ontário: "Neste momento, existem 48 mil pessoas à espera de um lugar num lar, com uma média de dois anos de espera. Não há nenhum lar dedicado à comunidade portuguesa. Outras comunidades já possuem centros similares, e chegou o momento de a comunidade portuguesa também ter o seu espaço. Este será um lar para a comunidade, pela comunidade." Ofélia Isabel agradeceu à direção da ACAPO e aos seus membros pela escolha do Magellan Centre como tema da Parada, assim como à comunidade portuguesa pela confiança.

O Magellan Centre será o primeiro a oferecer serviços em português, com profissionais fluentes na língua, atendendo à crescente demanda entre os utentes.

José Eustáquio, presidente do executivo da ACAPO, sublinhou que, além dos eventos já anunciados, muitas outras atividades culturais e comunitárias serão realizadas ao longo das celebrações. "O programa será enriquecido com o objetivo de fortalecer os laços entre as gerações de portugueses e promover a cultura portuguesa no Canadá. Quanto ao Magellan Centre, este é um momento em que todos precisamos de nos unir e contribuir para tornar este lar uma realidade. Existem muitas outras organizações dedicadas à nossa comunidade que realizam um trabalho incrível, e esperamos que, no futuro, possamos também dar a nossa contribuição", afirmou Eustáquio.

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, também esteve presente na conferência e destacou a importância de valorizar a cultura portuguesa e reforçar os laços com a comunidade local: "Este é um

programa que cada vez mais reflete a nossa cultura, à altura do que merece a herança portuguesa em Ontário. Podem contar com o Consulado durante as celebrações e com a nossa proximidade com a comunidade."

A representante máxima do governo português em Toronto acrescentou ainda: "A Parada de Portugal em Toronto é conhecida mundialmente e muito famosa. Por isso, teremos um representante do governo vindo de Portugal que se juntará a nós neste dia."

A Semana de Portugal 2025 terá início oficial no dia 2 de maio, com uma cerimónia de lançamento que promete ser um marco nas celebrações da cultura portuguesa em Ontário. A organização do evento está empenhada em oferecer uma programação diversificada, com o objetivo de envolver toda a comunidade e celebrar tanto a tradição como a modernidade da cultura lusa. Francisco Pegado/MS

Lançamento da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Canadá em Toronto

Após Montreal, a cidade de Toronto foi palco, no dia 3 de abril, do lançamento oficial da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Canadá, um passo importante para o fortalecimento das relações comerciais e bilaterais entre os dois países. O evento, que aconteceu no consulado português em Toronto, contou com a presença de diversos membros da comunidade luso-canadiana e representantes de importantes instituições.

Anova câmara visa apoiar empresas de ambos os países, promover a troca de conhecimentos e fortalecer redes de contacto, investimento e colaboração entre Portugal e o Canadá. Este marco oferece uma oportunidade para empresários formarem parcerias e explorarem novas áreas de negócio, reforçando as relações bilaterais. "Hoje ocorre o lançamento da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Canadá em Toronto. No dia 27 de março, o evento também foi realizado em Montreal. O objetivo é apresentar a Câmara não apenas à comunidade portuguesa, mas a um público mais amplo, explicando suas funções e destacando as futuras relações bilaterais e comerciais entre Canadá e Portugal. A principal missão da Câmara é apoiar as empresas associadas, oferecendo todos os recursos necessários para fortalecer e expandir os negócios entre os dois países" afirmou Aurélio Fernandes, presidente da instituição.

A mesma mensagem foi reforçada por Wilson Teixeira, diretor executivo da organização: “este é um dia de grande importância, pois cria uma oportunidade para unir o setor empresarial português em todo

o Canadá. A Câmara será um ponto de conexão, promovendo relações bilaterais e oportunidades de investimento. A Câmara terá representações em várias províncias, incluindo Colômbia Britânica, Alberta, Winnipeg, Manitoba e Quebec, com planos de expansão”

Tradicionalmente, Portugal exportava principalmente vinho e têxteis para o Canadá, mas, atualmente, setores como a indústria química e farmacêutica estão a ganhar destaque nas exportações portuguesas para o Canadá. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá, em 2023, as exportações para Portugal totalizaram 3,7 mil milhões de dóla-

res canadianos, com aeronaves e peças, cereais e reatores nucleares entre os principais produtos enviados.

Com o apoio da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), o objetivo é estabelecer uma rede de apoio a empresas e empreendedores que desejam expandir seus horizontes e explorar novos mercados.

O diretor sénior de comércio e investimentos e comissário da AICEP no Canadá, Luís Sequeira, sublinhou que “este é um momento histórico, pois realmente faltava uma Câmara que nos permitisse ter uma abrangência e capacidade para cobrir todo o território do Canadá em uma parceria.

A Câmara é esse instrumento e, portanto, hoje esperamos que seja o princípio de uma grande relação que permita potencializar o comércio e os investimentos bilaterais. A cerimónia contou com a presença da Cônsul-Geral Ana Luísa Riquito que também falou sobre a ocasião: “a parceria entre empresários canadianos e portugueses é fundamental e já tem pilares bem estabelecidos. Nos últimos anos, o comércio bilateral entre os dois países diversificou-se consideravelmente, com várias complementaridades a serem exploradas. Além disso, há investimento direto de ambos os lados, o que a Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Canadá pretende amplificar. Desde 2018, com a entrada em vigor do CETA, (Comprehensive Economic and Trade Agreement), um acordo comercial entre a União Europeia e o Canadá, a posição de Portugal como fornecedor para o Canadá tem vindo a crescer, e queremos continuar a fortalecer essa dinâmica.

O embaixador de Portugal no Canadá, António Leão Rocha, esteve presente de forma virtual, e destacou a importância da instituição e das relações entre os dois países, que têm vindo a diversificar-se ao longo dos anos.

A Câmara de Comércio Portugal-Canadá está aberta a todas as empresas e indivíduos que desejem promover as relações económicas entre os dois países. A adesão pode ser feita através do portal oficial da câmara www.portugal-canadá.ca , onde estão disponíveis informações sobre os benefícios de se associar à instituição e participar nos eventos organizados.

Credito: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado

CANADÁ

A Elections Canada emite boletins de voto especiais para os canadianos que não queiram esperar até ao dia das eleições ou para as votações antecipadas. Os eleitores podem votar por correio ou no escritório local da Elections Canada na sua região. Um porta-voz da Elections Canada disse à CBC News que, até terça-feira (8), cerca de 348.000 canadianos tinham solicitado um boletim de voto especial. Isso é cerca de 4.000 a mais do que o solicitado durante a campanha de 2021. Mas apenas 45.000 haviam devolvido suas cédulas nesta última eleição.

“Nesta altura do ciclo eleitoral, foi emitido aproximadamente o mesmo número [de boletins de voto especiais]. Mas foram devolvidos mais votos nesta eleição atual do que na eleição anterior”, afirmou um porta-voz da Elections Canada num e-mail.

Os boletins de voto especiais são diferentes dos que se veem normalmente no dia das eleições e nas votações antecipadas. Em vez de uma lista completa de candidatos, exigem que os eleitores escrevam o nome do candidato que escolheram.

O dia 22 de abril é a data-limite para votar numa repartição local e para solicitar o voto por correio. As urnas antecipadas estarão abertas entre 18 e 21 de abril.

Os canadianos parecem estar mais motivados para votar antecipadamente nestas eleições do que durante a última campanha, de acordo com os números da Elections Canada.A 20 dias do dia da

votação, mais de 130 000 canadianos já tinham votado. Isso é mais do que o dobro do número lançado neste momento nas eleições de 2021.

As regras eleitorais do Canadá permitem que os eleitores votem a qualquer momento durante a campanha, desde que saibam o nome do seu candidato local preferido.

“Parecemos um pouco estúpidos”, diz o fabricante do Quebeque afetado pelas contra-tarifas do Canadá

Pergunte a Louis Lafleur o que pensa dos direitos aduaneiros americanos e a sua resposta é rápida. “Perguntem-me o que penso das tarifas canadianas!”

Lafleur é o presidente da Les Boisés Lafleur, em Victoriaville, Que, 140 quilómetros a nordeste de Montreal. A empresa fabrica folheados de madeira: folhas finas de uma grande variedade de espécies - ácer, freixo, eucalipto - que são depois aplicadas em contraplacado utilizado em bancadas e mobiliário.

Quando se começou a falar de tarifas americanas, pouco depois da tomada de

posse presidencial em janeiro passado, Lafleur começou a perder o sono. Ele exporta três quartos do seu produto acabado para os EUA e temia as taxas alfandegárias.

No início, os seus clientes americanos, que estavam convencidos de que as tarifas não se manteriam por muito tempo, disseram que pagariam um pouco mais para ajudar a absorver o impacto.

As tarifas dos EUA sobre as suas exportações não se concretizaram, mas em fevereiro, antes de deixar o cargo, Justin Trudeau anunciou uma contra-tarifa sobre 30 mil milhões de dólares de bens provenientes dos EUA que entram no Canadá - in-

cluindo a categoria de madeira que Lafleur utiliza para os seus folheados.

Lafleur importa toda a sua madeira dos EUA e tem estado a pagar uma taxa de 25% sobre essas importações desde 4 de março.

“Os meus clientes dizem: 'agora estão a queixar-se porque o vosso governo [acrescenta] uma tarifa? Parecemos um pouco estúpidos”, diz Lafleur.

Lafleur candidatou-se a ajuda ao abrigo de um programa federal criado no início de março para ajudar as empresas a manter o seu pessoal, permitindo que os empregados partilhem o trabalho e se qualifiquem para

o EI. Mas ele chama a isso “um penso rápido num osso partido”. Não vê lógica em fazer com que as empresas canadianas paguem um preço nesta guerra comercial. “Quando a administração Trump disse que nos ia impor uma tarifa, todos concordaram que seria muito, muito mau para eles. E a nossa reação a isso? Fazer o mesmo!”, martela. Lafleur considera que a imposição de contra-tarifas tem mais a ver com um espetáculo político do que com o que é bom para os negócios.

As viagens de canadianos para os Estados Unidos caíram a pique. A razão? Medo!

Quando o professor de ciências políticas Arash Abizadeh soube, no mês passado, que viajantes estrangeiros estavam a ser detidos na fronteira dos EUA, cancelou os planos de falar numa conferência académica em Durham, Carolina do Norte.

Arash Abizadeh acredita que o controlo reforçado na fronteira dos EUA torna as viagens ao país demasiado incertas. “Porque é que nos havíamos de sujeitar a isto?”, perguntou Abizadeh, que ensina na Universidade McGill, em Montreal. Podemos dizer a nós próprios: “Bem, não fiz nada de errado”, mas depois temos de nos fazer perguntas como: “Disse alguma coisa nas redes sociais que o atual regime possa considerar crítica para eles? ” Abizadeh junta-se a um número crescente de canadianos que cancelam os seus planos de visitar os Estados Unidos. O número de viagens de ida e volta entre os canadianos que viajaram para os EUA em março caiu a pique em comparação com o ano anterior: menos 13,5% para as viagens aéreas e menos 32% para as viagens terrestres.

Uma das razões para a queda nas viagens é a raiva contra a guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump. Outra razão está a ganhar terreno: a preocupação com o reforço da segurança nas fronteiras, na sequência da promessa de Trump de reprimir a imigração.

Relatos recentes de estrangeiros detidos por mais de uma semana, incluindo dois turistas alemães, um mochileiro do País de Gales e a canadiana Jasmine Mooney, criaram um arrepio entre muitos canadianos que costumavam viajar para os EUA sem hesitação. Mooney foi detida durante 11 dias no mês passado, depois de ter tentado entrar nos Estados Unidos e de o seu pedido de visto de trabalho ter sido recusado na fronteira entre os Estados Unidos e o México. “Fui colocada numa prisão a sério. É como nos filmes, dois níveis, celas de cada lado”, disse ela numa entrevista à CBC News na semana passada. “Acho que não saí da minha cela durante 24 horas, para ser sincera. Estava tão perturbada”. O advogado de imigração dos EUA, Len Saunders, aconselhou Mooney sobre o seu caso. Segundo ele, em administrações an-

teriores, quando os pedidos de visto dos viajantes não satisfaziam os requisitos, estes eram normalmente enviados de volta para o seu país de origem. “Nunca os teríamos visto sob custódia, especialmente mais do que um dia”, disse Saunders, cujo escritório em Blaine, Washington, fica perto da fronteira canadiana. “Parece não haver absolutamente nenhuma discrição”, disse ele. “É quase como se o pêndulo tivesse dado uma volta de 180 graus, passando de uma aplicação reduzida para uma aplicação máxima.”

Quando questionada sobre as recentes detenções, a Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA (CBP) respondeu num e-mail que a administração Trump está a reprimir as pessoas que tentam entrar nos EUA sob pretextos fraudulentos ou com intenções maliciosas. “Os viajantes legais não têm nada a temer com estas medidas, que são concebidas para proteger a segurança da nossa nação”, escreveu Hilton Beckham, comissário assistente do CBP.

CBC/MS

Ontário procura equipas de cuidados primários para 300 000 doentes

O Ontário está à procura de 80 equipas de cuidados primários, novas ou alargadas, para servir 300.000 pacientes, uma vez que planeia criar um sistema que atribui automaticamente as pessoas a um médico de família ou a uma equipa de enfermagem com base no seu código postal.

AMinistra da Saúde, Sylvia Jones, afirma que a província vai lançar um convite à apresentação de propostas na quinta-feira, com 213 milhões de dólares para criar ou expandir as 80 equipas, como parte de um anúncio de 1,8 mil milhões de dólares que fez na véspera das eleições provinciais.

Jones e a antiga ministra federal liberal da saúde, Jane Philpott, que o governo conservador progressista escolheu para chefiar uma equipa de ação provincial para os cuidados primários, anunciaram em janeiro que o Ontário iria gastar esse dinheiro nos próximos anos para dar a todos os ontarianos acesso aos cuidados primários até 2029.

O governo planeia atingir esse objetivo através da criação de um sistema que ligue automaticamente as pessoas a uma equipa de cuidados primários com base no código postal, e este convite à apresentação de propostas destina-se aos códigos postais que têm o maior número de pessoas sem

um prestador de cuidados primários. Jones afirma que as 80 equipas de cuidados primários novas ou alargadas deverão recorrer à lista de espera do Health Care Connect para preencher as suas listas. Segundo ela, este anúncio baseia-se num anterior, do início de 2024, em que foram anunciadas 78 equipas de cuidados primários novas ou alargadas. “O que é empolgante é que já vimos que algumas dessas equipes estão completamente operacionais e realmente excedendo seu compromisso de atender aos pacientes que procuram médicos de atenção primária”, disse Jones numa entrevista. “Este anúncio baseia-se realmente nisso. Esperamos poder aprovar até 80 equipas até ao verão e, mais uma vez, se o anúncio de fevereiro servir de indicação, elas estão prontas, prontas a começar, prontas a contratar e a aceitar esses doentes”.

A Associação Médica do Ontário afirma que há 2,5 milhões de ontarianos sem médico de família neste momento e que se espera que esse número aumente para 4,4 milhões dentro de um ano, mas Jones cita dados do Instituto Canadiano de Informação sobre Saúde, que afirma que 90% dos ontarianos têm um prestador de cuidados de saúde regular. Este plano cobriria os últimos 10%, disse a Ministra provincial da Saúde.

CBC/MS

Surto de sarampo

Escolas do

LOCAL

Julie Dzerowicz destaca importância da comunidade portuguesa em evento de campanha em Toronto

Julie Dzerowicz, atual deputada federal e candidata à reeleição pelo círculo eleitoral de Davenport, em Toronto, dirigiu-se esta semana à comunidade portuguesa num evento de angariação de fundos, que decorreu na Peach Gallery, reafirmando o seu compromisso com os residentes de origem lusa e sublinhando o papel crucial que desempenham na região.

"Estou a concorrer à minha quarta eleição", começou por afirmar Dzerowicz, dirigindo-se diretamente à comunidade portuguesa “tenho muito orgulho em representar a maior comunidade portuguesa no Canadá. Vocês estarão sempre no centro de tudo o que eu fizer."

Dzerowicz reforçou que a sua candidatura se baseia em duas motivações principais: a confiança na liderança de McCartney, que descreveu como “um adulto na sala”, com uma experiência valiosa tanto nos negócios como no serviço público, e a necessidade de continuar a trabalhar para melhorar a qualidade de vida no país. "Temos muito mais trabalho a fazer na economia, no acesso à habitação, na saúde e na acessibilidade do dia a dia", sublinhou.

A candidata destacou ainda o papel vital que a comunidade portuguesa tem desempenhado no desenvolvimento de Davenport, revelando que esta representa atualmente cerca de 25% da população local. “Não só é a maior comunidade portuguesa na cidade e na região, como é também a maior em todo o país”, afirmou. Entre os projetos em destaque que estão a desenvolver-se no seu riding, Julie Dzerowicz salientou a importância do novo centro Magellan, culturalmente dedicado à comunidade lusófona, que oferecerá habitação autónoma e cuidados de longa duração a pessoas idosas. “Será um grande passo, não apenas para a comunidade portuguesa, mas para todos os seniores da cidade e do Canadá”, disse.

A concluir, apelou à participação da comunidade nas próximas eleições, pedindo o voto e também apoio voluntário na campanha: “Se tiverem tempo para ajudar com cartazes, telefonemas ou a pintar telas, ficarei muito grata.”

O evento contou com a presença de diversos membros da comunidade e líderes locais.

Ontário suspendem alunos que não estão totalmente vacinados

As escolas do Ontário estão a começar a suspender alguns dos milhares de alunos que não estão totalmente vacinados, à medida que a propagação do sarampo continua, dando nova urgência aos apelos para que a província digitalize o seu sistema de registo de imunização.

OServiço de Saúde Pública de Toronto afirma que cerca de 10 000 alunos não têm as vacinas em dia e um primeiro grupo de 173 alunos do 11º ano será suspenso na terça-feira. Um total de 574 alunos receberam ordens de suspensão, que continuarão a ser aplicadas nas escolas secundárias de Toronto até maio. O TPH afirma que os alunos podem evitar a suspensão

e regressar à escola apresentando um comprovativo de vacinação ou preenchendo uma isenção válida. A Dra. Vinita Dubey, médica associada do departamento de saúde pública de Toronto, espera que “o cumprimento ultrapasse os 90 por cento” após o envio de todos os avisos. “O objetivo da Toronto Public Health é ajudar os estudantes a pôr as vacinas em dia e a evitar faltar à escola, e continua a oferecer apoio para melhorar a cobertura da vacinação em toda a cidade”, afirmou Dubey num comunicado.

A Ottawa Public Health afirma que cerca de 15 000 avisos de registos de vacinação incompletos foram entregues aos alunos em meados de janeiro e que as suspensões terão lugar de março a maio. Em Waterloo,

mais de 1600 alunos foram suspensos na semana passada. Ao abrigo da Lei de Imunização dos Alunos das Escolas, os alunos devem ser vacinados contra várias doenças, incluindo sarampo, tosse convulsa e tétano. No entanto, a maioria das pessoas na província continua a registar as suas vacinas em papel, o que o Comité Consultivo de Imunização do Ontário está a incentivar o Ministério da Saúde a alterar.

O surto infetou 661 pessoas em Ontário, principalmente crianças não vacinadas. Por ser uma das doenças mais contagiosas do mundo, o sarampo exige uma cobertura vacinal de cerca de 95 por cento. “Pequenas lacunas no conhecimento sobre a cobertura vacinal podem resultar em sur-

tos”, disse Wilson. Atualmente, os dados de imunização recolhidos pela província limitam-se sobretudo às crianças em idade escolar. Isso significa que os dados sobre bebés até aos seis anos de idade não são abrangentes, o que é particularmente importante no caso do sarampo, que resultou na hospitalização de 42 crianças.

O surto de sarampo no Ontário atraiu a atenção internacional, com as autoridades sanitárias de Nova Iorque a emitirem um aviso de viagem na semana passada que assinalava a propagação na província. O aviso de 2 de abril afirmava: “O sarampo está apenas a uma viagem de carro de distância!” CBC/MS

MB/MS
Credito: CBC
Credito: Luciano Paparella Jr.
Agora é possível renovar o cartão de cidadão no telemóvel

Digitalização

A partir de quinta-feira (10), deixa de ser necessário deslocar-se a um balcão de atendimento para renovar o cartão de cidadão. O pedido pode ser feito online, através da aplicação gov.pt, que também passa a possibilitar o acesso às faturas sem papel e o envio de notificações eletrónicas.

As novas funcionalidades da aplicação do Governo, lançada no final do ano para uniformizar os canais de atendimento dos serviços públicos, foram apresentadas pela Agência de Modernização Administrativa (AMA) durante o evento "PRR: a acelerar a inovação digital em Portugal". "Se precisar de renovar o cartão de cidadão, agora pode fazê-lo de forma rápida e prática através da aplicação gov. pt", informou a AMA, num comunicado que revela que a aplicação foi descarregada mais de 3,5 milhões de vezes desde que foi lançada, a 26 de dezembro de 2024. Além da renovação do documento "de forma digital e sem necessidade de deslocações pre-

senciais", a aplicação móvel pode enviar notificações da Administração Pública para os cidadãos, empresas e entidades. Além de permitir agilizar alguns processos administrativos e burocráticos, a ferramenta criada pela AMA funciona como uma carteira digital, onde é possível guardar 22 documentos oficiais, entre os quais o próprio cartão de cidadão, a carta de condução ou o seguro automóvel. Segundo a agência tutelada pelo Ministério da Juventude e Modernização, a aplicação "continuará com novas funcionalidades em desenvolvimento, para assegurar a maior eficiência no acesso aos serviços públicos".

Para utilizar a aplicação móvel, o cidadão necessita de ter a chave móvel digital, que pode ser ativada através da própria aplicação. A chave móvel digital é um meio de autenticação digital certificada pelo Estado, que associa um número de telemóvel ao cartão de cidadão, que permite aceder a vários portais públicos e assinar documentos online.

JN/MS

Tarifas

Governo preparou conjunto de medidas com "volume superior a dez mil milhões de euros"

O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou o primeiro-ministro. Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos da América, que se realizou na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. “Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”, disse.

Oprimeiro-ministro defendeu que “a prioridade absoluta passa pela negociação com os Estados Unidos” e assegurou que Portugal está completamente alinhado com as posições tomadas pela Comissão Europeia. A diversificação de mercados e a concretização rápida do acordo já assinado entre a UE e o Mercosul foram outras das prioridades defendidas pelo primeiro-ministro português, que saudou a pausa de 90 dias nas tarifas anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Governo lançou quatro medidas para o apoio rápido às empresas exportadoras, face às tarifas lançadas pelos EUA, que passam por linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização, anunciou hoje.

No final da reunião do Conselho de Ministros (CM), o ministro da Economia, Pe-

dro Reis, deu conta do lançamento do Programa Reforçar, que irá contar com 10 mil milhões de euros, que passam pelo lançamento de linhas de crédito num montante total de 8,6 mil milhões de euros, através do Banco do Fomento. Haverá ainda um reforço do "plafond" em 1200 milhões de euros dos seguros de crédito, sendo que passarão a cobrir não apenas os países emergentes, chegando também aos "mercados tradicionais".

O Governo pretende também a expansão de projetos de apoio à internacionalização, com o reforço de “programas coletivos” que permitem às empresas irem a mais feiras. O programa irá abranger exportadoras com base em Portugal.

Credito: JN

O PS inscreveu no programa eleitoral uma medida para tornar o IVA zero permanente num cabaz de bens alimentares, que deverá custar 500 milhões de euros por ano e cuja composição poderá variar consoante as circunstâncias. Desta forma, o objetivo é existir uma monitorização dos preços e os bens incluídos no cabaz poderão variar consoante a situação económica que o país viva, sendo que, por exemplo, num contexto de combate à inflação o conjunto de produtos pode ser um e na normalidade ser outro, explicou fonte oficial do PS.

O secretário-geral do PS defendeu esta medida argumentando que o IVA zero teve sucesso e reduziu preços, apesar de dúvidas manifestadas na altura da sua imple-

Psicólogos

mentação. Segundo fonte oficial do PS, o IVA zero permanente pode rondar os 500 milhões de euros por ano, sendo uma das medidas com mais impacto orçamental proposta pelo partido para as eleições de 18 de maio.

No programa eleitoral, o PS escreve que quer "assegurar às famílias o regressoagora de forma permanente - do IVA Zero na alimentação, através de um cabaz de bens alimentares que seja continuamente monitorizado e que assegure que as margens de lucro da distribuição não se apropriam dos ganhos para os consumidores". “É muito importante que nós, com a margem orçamental que o Estado tem disponível, façamos o que está ao nosso alcance para baixar o custo de vida das nossas famílias”, afirmou Pedro Nuno Santos,

numa visita ao Mercado de Benfica. O IVA zero foi implementado temporariamente pelo Governo de António Costa devido à inflação e vigorou entre 18 de abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024, contemplando um cabaz de 46 produtos essenciais isentos de IVA.

A taxa de inflação está agora mais controlada, tendo sido estimada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos 1,9% em março, mas poderá voltar a acelerar se as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos provocarem um novo movimento inflacionista. O PS também preparou algumas medidas de resposta aos impactos das tarifas, que incluem créditos fiscais para empresas exportadoras, admitindo a reafetação de montantes para esta rubrica, segundo fonte oficial. JN/MS

Escolas terão um psicólogo para cada 500 crianças e jovens no próximo ano letivo

Mais psicólogos nas escolas do ensino básico e secundário e uma linha telefónica para os estudantes do ensino superior deverão estar disponíveis no próximo ano letivo, segundo um diploma publicado na quinta-feira (10).

As medidas de reforço dos serviços de psicologia para os estudantes constam de um diploma publicado Diário da República, que tem por base um projeto de lei do PAN aprovado no parlamento em

fevereiro com o apoio de todos os grupos parlamentares, à exceção do PSD e CDS-PP, que votaram contra.

O diploma de 1991, que criou nos estabelecimentos de ensino os serviços de psicologia e orientação, é agora alvo de alteração pela nova lei que estabelece que um rácio de um psicólogo para 500 alunos, sendo garantida a contratação de psicólogos também nas escolas de menor dimensão.

Apesar do rácio, as escolas poderão reforçar as equipas tendo em conta o número

de alunos “apoiados com medidas de suporte à aprendizagem, à inclusão ou outros critérios pedagógicos julgados pertinentes e às especificidades geográficas de cada agrupamento de escola”, estabelece a Lei 54/2025.

Este serviço terá por base uma rede de serviços de psicologia, que irão dar aconselhamento e apoio psicológico aos alunos, mas também apoiar no desenvolvimento das suas competências cognitivas, académicas, profissionais e sociais. Aos

psicólogos caberá ainda a tarefa de promover da saúde mental, ajudar a integrar novos alunos, promover a “educação inclusiva, equitativa e de não discriminação”, mas também avaliar, prevenir e intervir quando estão perante riscos psicossociais.

JN/MS

Credito: JN

TORONTO CELEBROU 191 ANOS

A cidade de Toronto assinalou e festejou, no passado fim de semana, 191 anos desde a sua incorporação oficial como cidade. Fundada em 1834, Toronto transformou-se de um pequeno assentamento colonial num dos maiores centros urbanos e multiculturais do Canadá e do mundo.

Ao longo da sua história, Toronto evoluiu como um polo de crescimento urbano

e económico, liderando, a nível nacional, setores como as finanças, tecnologia, artes e educação. É uma cidade vibrante, que alberga instituições de renome como universidades, diversos museus, teatros e galerias que refletem a riqueza cultural da região.

Com uma população superior a 2,9 milhões de habitantes, Toronto é hoje

reconhecida pela sua diversidade cultural, inovação económica e qualidade de vida. Mais de metade dos seus residentes nasceram fora do Canadá, fazendo da cidade um verdadeiro mosaico de culturas, línguas e tradições.

Um exemplo marcante desta diversidade é a vibrante comunidade portuguesa, que tem desempenhado um papel impor-

ANOS DE HISTÓRIA E DIVERSIDADE

Madalena Balça / David Ganhão. Fotos: City of Toronto Archives / Toronto Public Library Digital Archive

tante no desenvolvimento da cidade desde as décadas de 1950 e 60, estabelecida sobretudo em zonas próximas do que é hoje conhecido como Little Portugal. Como é amplamente reconhecido, a vários níveis, a comunidade portuguesa contribuiu de forma decisiva para o engrandecimento desta cidade com o seu espírito empreendedor – trabalhando arduamente na sua construção, fundan-

do negócios locais, promovendo tradições culturais e enriquecendo a vida social e económica da cidade.

A celebração dos 191 anos é também uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados, alguns superados e outros nem por isso. Hoje, Toronto olha para o futuro com um menos otimismo, relativamente a

outros tempos, mas continua a procurar equilibrar crescimento com sustentabilidade, e inclusão com inovação. E nós, portugueses, por cá continuamos a participar ativamente na construção do futuro da cidade que nos acolhe desde 1953.

Parabéns, Toronto — 191 anos de história, resiliência e diversidade!

Negociações

Kiev

e EUA vão retomar negociações de novo acordo sobre

A Ucrânia e os Estados Unidos vão iniciar esta sexta-feira (11), em Washington, “consultas técnicas” sobre o acordo relativo aos minerais, anunciou esta quinta-feira em Bruxelas a vice-primeira-ministra ucraniana para a Integração Europeia e Euro-Atlântica, Olga Stefanishyna. A delegação ucraniana é constituída por membros dos ministérios da Justiça e da Economia, referiu a vice-primeira-ministra durante uma conferência de imprensa, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Opresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse anteriormente que pretendia recuperar o dinheiro gasto por Washington para ajudar a Ucrânia a resistir à invasão russa através dos lucros gerados pela exploração dos recursos naturais ucranianos.

A vice-primeira-ministra disse que “nada (…) pode ser negociado com a Ucrânia de forma a prejudicar os compromissos e obrigações existentes” ao ser questionada sobre a possibilidade de o futuro acordo incluir disposições contrárias aos interesses europeus. “O acordo final terá de ser ajustado posteriormente”, acrescentou.

As negociações diretas surgem depois de os Estados Unidos terem entregado à Ucrâ-

Crime

minerais

nia, em 28 de março, uma nova proposta de acordo com condições adicionais ao que tinha sido acordado entre as duas partes. Uma primeira versão do acordo deveria ter sido assinada durante a visita falhada do presidente Volodymyr Zelensky à Casa Branca, em 28 de fevereiro.

O projeto de acordo consensual previa a criação de um fundo de investimento conjunto, dominado pelos Estados Unidos, a ser alimentado pelas receitas da futura exploração dos recursos naturais ucranianos. O fundo deveria servir para atrair investimentos norte-americanos para a Ucrânia.

A nova proposta de Washington, que foi divulgada a meios de comunicação ucranianos como o Ukrainska Pravda, obriga a Ucrânia a reconhecer como dívida o dinheiro gasto por Washington para apoiar Kiev na guerra. Também dá prioridade às empresas norte-americanas em concursos para projetos de extração de recursos minerais na Ucrânia.

Zelensky deixou claro que não reconhecerá quaisquer dívidas por ajudas recebidas como donativos no passado, nem aceitará condições que possam pôr em risco as hipóteses de adesão do país à União Europeia.

JN/MS

Weinstein acusa

Michelle Obama desmente separação e fala sobre afastamento público

Após meses de especulações, a antiga primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, abordou publicamente as razões que a levaram a afastar-se dos holofotes e reagiu aos rumores de uma possível crise no casamento com Barack Obama.

Aantiga primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, esteve à conversa com Sophia Bush no podcast "Work in progress", onde abordou os rumores de divórcio com Barack Obama. As questões começaram a surgir após Michelle ter optado por afastar-se da exposição pública, depois da campanha eleitoral por Kamala Harris. "Este é o problema, nós mulheres não queremos dececionar as pessoas. Tanto que, este ano, as pessoas nem sequer conseguiam perceber que eu estava a fazer uma escolha por mim própria, assumiram que eu e o meu marido estávamos a caminho do divórcio. Não podia ser apenas uma mulher adulta a tomar uma série de decisões sozinha. Mas é isto que a sociedade nos faz", começou por explicar.

"Se não se encaixa no estereótipo do que as pessoas pensam que devemos fazer, en-

tão é rotulado como algo negativo e horrível", completou. Os rumores intensificaram-se depois de Michelle Obama não ter acompanhado, em janeiro, o marido ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter. Posteriormente, falhou a tomada de posse de Donald Trump, justificando com uma viagem ao Havai. Na mesma altura, o democrata foi visto em Washington a jantar sozinho.

Todos esses fatores levaram a imprensa norte-americana a apontar um possível romance, entretanto desmentido, entre o ex-presidente dos EUA e a atriz Jennifer Aniston, que integrou o elenco da sitcom "Friends". "Não fiquei chateada. Isto é totalmente não verdade. Conheço mais a Michelle do que ele", esclareceu a estrela de Hollywood, no programa de Jimmy Kimmel.

Barack e Michelle Obama casaram-se em outubro de 1992 e tiveram duas filhas: Malia, de 26 anos, e Sasha, de 23. No Dia dos Namorados, o ex-político declarou-se à cara-metade: "32 anos e continua a tirar-me o ar", escreveu, na rede social X.

"Gosto de um bom banho". Trump assina ordem executiva para aumentar pressão da água nos chuveiros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para eliminar a restrição à pressão da água nos chuveiros, uma medida que, segundo a Casa Branca, "fará com que os chuveiros americanos sejam grandes novamente".

Trump reclama com frequência da falta de pressão de água das casas de banho do país, o que atribui às regulamentações federais de preservação de água. "No meu caso, eu gosto de tomar um bom banho para cuidar do meu cabelo bonito", declarou Trump aos jornalistas ao assinar a ordem, na quarta-feira (9), na Casa Branca. "Tenho que ficar 15 minutos debaixo do chuveiro para me molhar. Sai a pingar, a pingar, é ridículo", insistiu.

A ordem executiva determina que o Departamento de Energia revogue as regulamentações "verdes radicais" que limitam o

fluxo dos chuveiros a 9,5 litros de água por minuto. Segundo a Casa Branca, a ordem "liberta os americanos das regulamentações excessivas que transformam um objeto doméstico básico num pesadelo burocrático" e encerra a "guerra de Obama-Biden contra os chuveiros".

Desde o seu primeiro mandato (20172021), Trump critica as normas de pressão da água para os chuveiros, sanitas, lava-louças e outros aparelhos de uso quotidiano. Também acusa os rivais democratas de desejarem eliminar os fogões a gás. Mas, de acordo com o "Appliance Standards Awareness Project", "as regulamentações para chuveiros economizam dinheiro dos consumidores nas contas de água e energia, e ajudam o meio ambiente". "Testes têm demonstrado repetidamente que os modelos atuais podem proporcionar um banho excelente", afirmou a ONG num relatório de 2024. JN/MS

"The New York Times" de manipulação no caso de Blake Lively e Justin Baldoni

Harvey Weinstein, ex-produtor de Hollywood detido em Rikers Island, acusou o jornal "The New York Times" de manipular informações e enganar os leitores no caso de assédio sexual que opõe Blake Lively a Justin Baldoni. Weinstein referiu que também foi vítima de uma cobertura distorcida durante o escândalo #MeToo.

Oantigo produtor de Hollywood Harvey Weinstein emitiu um comunicado onde acusa o jornal "The New York Times" de "escolher a dedo" os pormenores e alterar comunicações importantes para enganar "deliberadamente" os leitores no caso de assédio sexual que envolve Blake Lively e Justin Baldoni.

Segundo o TMZ, o executivo, condenado por crimes sexuais, revê-se na história de Justin Baldoni, uma vez que a publicação também expôs os seus alegados crimes de agressão sexual e violação, em 2017, durante a campanha #MeToo. "Ver o Justin Baldoni a processar o "he New York Times" e os seus repórteres - acusando-os de manipular comunicações e ignorar evidências que contradiziam as alegações da Blake Lively - atingiu-me profundamente", começou por referir, em nota divulgada pela imprensa norte-americana. "Isto fez-me recordar tudo o que o "The Times" noticiou sobre mim em 2017. Eles fizeram o mesmo: selecionaram o que se encaixava na história e ignoraram o contexto crítico e os fatos que

poderiam ter desafiado a narrativa", completou. Justin Baldoni intentou uma ação por difamação contra o jornal nova-iorquino, pedindo 250 milhões de dólares (mais de 240 milhões de euros) pelo artigo que revelou a queixa da atriz. Além disso, processou Blake Lively por difamação e exigiu uma indemnização de 400 milhões dólares. "Devia ter-me levantado e lutado na altura. Devia ter tido a coragem de me manifestar contra como a verdade foi distorcida. Esse fracasso ainda me persegue. Vou estar atento a este caso - é importante para qualquer pessoa que já tenha sido alvo de um ataque dos meios de comunicação social, e ainda mais para alguém que tenha tido de pagar um elevado preço legal", concluiu

Weinstein, que se encontra detido em Rikers Island, onde aguarda o julgamento marcado para 15 de abril. Um porta-voz da publicação nova-iorquina referiu que a investigação contra Harvey Weinstein foi "rigorosamente relatada", com base em "entrevistas registadas, acordos legais pagos aos acusadores e outros documentos". "Nenhum dos factos na nossa cobertura está em disputa", declarou. O representante acrescentou que o ex-produtor "reconheceu a sua má conduta" numa declaração enviada ao jornal, acabando depois por ser condenado pelos crimes de assédio sexual e violação de várias mulheres.

JN/MS

Credito:

Governo dos Açores defende que arquipélago seja abrangido pelo

reforço de investimento

O Governo Regional dos Açores defendeu, na Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (RUP), que o reforço de investimento no setor da Defesa anunciado pela Comissão Europeia deve ter expressão no arquipélago, tendo em conta o seu posicionamento geoestratégico.

“É importante que o reforço de investimento no setor da Defesa, já anunciado pela Comissão Europeia, tenha nos Açores uma forte expressão considerando a mais-valia do seu posicionamento geoestratégico no que concerne ao Espaço e ao Oceano Atlântico, fixando no Atlântico Norte infraestruturas de monitorização, logísticas e de resposta avançada”, lê-se num memorando, a que a Lusa teve acesso. O documento, em que o executivo açoriano elenca medidas prioritárias para o arquipélago, foi entregue pelo presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, na Conferência dos

em Defesa

Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, que decorre na Ilha da Reunião.

O executivo sublinha que os Açores, localizados no Atlântico Norte, “desempenham um papel crucial na projeção de poder e na defesa do espaço euro-atlântico”, destacando a relevância da Base das Lajes, na ilha Terceira, “para os interesses estratégicos dos Estados Unidos e dos aliados ocidentais”. “Além disso, o arquipélago assume crescente relevância no domínio da vigilância marítima e do controlo de rotas comerciais. Assim, os Açores continuam a ser um ativo estratégico essencial para a estabilidade euro-atlântica e a resposta a crises internacionais”, realça.

O Governo Regional insiste na necessidade do reforço da Política de Coesão para as regiões ultraperiféricas, alertando para o “risco real de marginalização num próximo quadro financeiro, onde tudo aponta para um modelo de financiamento que poderá centralizar mais decisões e recursos”.

AO/MS

AUTONOMIAS

Seis colaboradores da Casa São JoséCentro Social e Paroquial do Carmo participaram numa formação na cidade de Dalaman, na Turquia.

Este programa de mobilidade decorreu entre 1 e 7 de Abril, no âmbito do programa Erasmus+ em parceria com a associação Raquel Lombardi. A formação, promovida pela Pixie Academy, teve como tema central o combate ao 'cyberbullying', um problema crescente a nível global que afeta crianças, jovens e adultos e que exige atenção especial das instituições sociais.

O curso abordou diversos aspetos relacionados ao 'cyberbullying', destacando tipos de agressões 'on-line', os impactos psicológicos e sociais nas vítimas, e os desafios no que diz respeito à proteção de dados e segurança digital. Além disso, os participantes tiveram oportunidade de explorar programas de prevenção e educação, regulamentos legais e políticas institucionais, além de aprender como prestar apoio eficaz às vítimas de 'cyberbullying'. A formação também incluiu módulos sobre habilidades de comunicação e empatia, essenciais para lidar com situações de 'bullying' digital.

No final do curso, todos os participantes receberam os seus certificados, "reafirmando o compromisso da Casa São José em promover a formação contínua de seus colaboradores e a implementação de práticas educativas que agreguem valor e proteção à comunidade", refere em comunicado à imprensa.

A missão da Casa São José, "Existimos para servir, acrescentando valor! ", reflete a dedicação da instituição em capacitar seus profissionais e garantir um ambiente mais seguro e acolhedor para todos, especialmente em tempos digitais tão desafiadores.

DN/MS

Governo dos Açores admite comparticipar respostas habitacionais não financiadas

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/ PPM) pretende comparticipar a construção de novas respostas habitacionais que não sejam financiadas pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) no âmbito do programa 1.º Direito, revelou a tutela. “Posso adiantar que o governo dos Açores vai comparticipar a construção de novas respostas habitacionais identificadas nas Estratégias Locais de Habitação que não serão alvo de financiamento pelo IHRU no âmbito do 1.º Direito. Ou seja, a região vai colaborar ativamente com os 19 municípios no âmbito das suas Estratégias Locais de Habitação”, disse a secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego.

Maria João Carreiro falava no debate de urgência sobre "Habitação: Desafios e Futuro", que marcou o arranque da sessão legislativa de abril do parlamento regional açoriano, na Horta, na ilha do Faial.

A governante disse ainda que já foi realizada uma primeira reunião com a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores.

Na sua intervenção, a secretária referiu que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “não vai resolver todos os problemas de habitação”, daí que o executivo esteja

a programar financeiramente o pós-PRR, sem nunca ter deixado de trabalhar paralelamente por via da administração direta na reabilitação do parque habitacional da região.

“Mantemos o compromisso de colocar no mercado, no período de uma década, 2.000 habitações a preços acessíveis, entre novas construções, reabilitações, cedência de lotes infraestruturados, apoio às cooperativas de habitação e contando com a iniciativa dos municípios em parceria com o Governo Regional”, afirmou.

Referiu também que, com o apoio do PRR, estão concluídas e entregues às famílias açorianas 143 novas respostas habitacionais, entre construções e reabilitações, “além dos 101 lotes já infraestruturados, dos quais 40 já foram entregues e 43 estão em fase de concurso público para atribuição ou lançamento do concurso público”.

“Estão em execução as empreitadas para a construção de 250 novas respostas, das quais 92 habitações, 125 reabilitações e 33 lotes infraestruturados, prevendo-se que até ao final deste ano estejam concluídas 23 habitações e 48 reabilitações”, disse.

Acrescentou que estão em fase de concurso público empreitadas para construção de 25 novas habitações, 93 reabilitações e 32 lotes infraestruturados.

AO/MS

Banco Alimentar da Madeira e Grupo Sousa celebram novo protocolo

O Banco Alimentar da Madeira e o Grupo Sousa celebraram um novo protocolo de cooperação, na sede do Banco Alimentar da Madeira.

Segundo os responsáveis pelo Banco Alimentar da Madeira “este protocolo entre o Grupo Sousa e o Banco Alimentar da Madeira representa o propósito comum de continuidade da parceria estabelecida, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS 2, ODS 10 e ODS 17), patente no apoio logístico prestado ao transporte de produtos alimentares provenientes de Portugal continental, e o transporte de papel no âm-

bito da Campanha Papel por Alimentos, parceria que celebra 12 anos em 2025”. O novo protocolo de cooperação permitirá que, durante o ano de 2025, o Grupo Sousa apoie o Banco Alimentar da Madeira no transporte de cerca de 90 toneladas de alimentos provenientes de Portugal continental, nomeadamente de doações de empresas nacionais, da Rede de Emergência Alimentar e de campanhas promovidas na Madeira, como a Campanha Papel por Alimentos e a Campanha Online, que serão destinados a 48 instituições parceiras, abrangendo 8.700 pessoas beneficiárias nas ilhas da Madeira e do Porto Santo.

Credito:

TAÇA DE PORTUGAL SPORTING E BENFICA A CAMINHO DA FINAL

Pereira

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio. Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

I LIGA

Pavlidis - de patinho feio a herói do Benfica

F.C. Porto 1

S.L. Benfica 4

Festival de golos terminou com a vitória dos encarnados em casa do Rio Ave (23). Com este resultado, continuam firmes e fortes na luta pelo título.

O Benfica bateu, no domingo (6), o F. C. Porto, no Estádio do Dragão, e somou três importantes pontos na luta pelo título. Pavlidis foi o homem do clássico e abriu o ativo logo no primeiro minuto, depois de o VAR reverter um fora de jogo mal assinalado.

As águias foram muito perigosas no contra-ataque e ameaçaram por várias vezes, antes de o avançado grego dilatar o marcador antes do intervalo. Na segunda parte, a reação esperada dos dragões não surgiu e foi o Benfica a voltar a marcar, com Pavlidis a completar o hat-trick. Aos 82 minutos, Samu reduziu para o F. C. Porto, mas o Benfica não só segurou os três pontos, como ainda chegou ao quarto golo (Otamendi), repetindo o resultado da primeira volta.

Depois de um início de época contestado, Vangelis Pavlidis, de 26 anos, parece ter conseguido adicionar o golo a um arsenal que já por si era rico. O internacional grego assumiu a batuta e virou a cara de um Benfica que pressiona (cada vez mais) o Sporting na luta pelo título. No Estádio do Dragão, o número 14 do Benfica protagonizou uma exibição que irá ficar para sempre na memória de toda a nação encarnada. E os números podem ajudar um pouco a entender a dimensão da coisa. De acordo com o Playmakers Stats, site especialista na área da estatística desportiva, Pavlidis marcou o golo mais rápido do Benfica no reduto do F. C. Porto, ao fazer a bola bater na malha aos 40 segundos. Além disso, tornou-se, ainda, no primeiro jogador a fazer um hat-trick na casa dos azuis e brancos, assim como o primeiro estrangeiro ao serviço das águias a marcar três golos no clássico. Esta foi ape-

nas uma noite que consagrou um estatuto que há muito vinha a ser desenhado. Pavlidis chegou a ser uma espécie de patinho feio entre os adeptos encarnados, mas o jogo da Liga dos Campeões, com o Barcelona (derrota por 5-4, na Luz, a 21 de janeiro), onde também apontou um hat-trick, revelou-se um gatilho para uma ponta final de época ao mais alto nível, com golos e boas exibições. Há um antes e de-

pois do jogo com o Barcelona, e depois da proeza no Dragão, Pavlidis tornou-se, definitivamente, um dos jogadores mais acarinhados pela nação benfiquista.

Nos últimos 18 jogos, Pavlidis marcou 18 golos e registou quatro assistências e segundo o Transfermarkt, vale, desde março, 28 milhões, o valor mais alto que já atingiu na carreira.

JN/MS

28ª JORNADA

AFS0-3EstorilPraia FCArouca1-2FCFamalicão VitóriaSC2-0SantaClara GilVicente0-1Moreirense Nacional0-1Est.Amadora FCPorto1-4Benfica Farense0-0CasaPiaAC RioAve0-2Boavista Sporting1-1SCBraga

29ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

11 de abril

GilVicente20:15VitóriaSC 12 de abril

FCFamalicão15:30EstorilPraia Boavista15:30Nacional SantaClara18:00Sporting CasaPiaAC20:30FCPorto 13 de abril

Est.Amadora15:30Farense Benfica18:00FCArouca SCBraga18:00AFS Moreirense20:30RioAve

Catarina Campos, a mulher que quebrou um tabu com quase um século

A menina que jogava na rua com os amigos experimentou a arbitragem por curiosidade e tornou-se especialista na matéria. Em menos de uma semana, foi notícia pelos registos que cravou na História da modalidade.

Foi preciso esperar 90 anos desde a primeira edição de um campeonato nacional de futebol disputado num sistema de todos contra todos a duas voltas (1934/35) para que um jogo da prova fosse arbitrado por uma mulher. A honra coube a Catarina Campos, que, com Andreia Sousa e Vanessa Gomes como assistentes, dirigiu, no sábado 29, o Casa Pia-Rio Ave (2-1), no Estádio Municipal de Rio Maior. Uma atuação sem problemas de maior, notaram as críticas, mesmo com um penálti e a expulsão do treinador da equipa da casa a constarem do relatório. “Quero agradecer às equipas. Foram sempre aceitando as minhas decisões e não protestaram muito, tirando uma ou outra exceção, fruto do calor do momento. Estou muito feliz”, resumiu Catarina o seu desempenho, em jeito de balanço, aos microfones da Sport TV escassos minutos após o final da partida. Dias depois voltou a entrar para os livros, ao estrear-se como VAR principal, no Benfica-Farense (3-2). Pelo meio, ficou a saber que é uma das selecionadas para o próximo Campeonato Europeu feminino, que decorrerá em julho na Suíça.

JN/MS

Umaro Embaló testou positivo no controlo antidoping e foi afastado Umaro Embaló foi afastado dos trabalhos do Vitória. O jogador testou positivo num controlo antidoping e já nem foi chamado por Luís Freire na última jornada, em casa, diante o Santa Clara.

O controlo positivo não ficou a dever-se à utilização de substâncias para aumentar o rendimento desportivo, mas sim a substâncias de âmbito recreativo. O jogador já contestou e pediu a contra-análise do teste, ficando a aguardar pelo resultado.

O extremo chegou no mercado de janeiro por empréstimo dos holandeses do Fortuna Sittard, com opção de compra do passe por parte dos minhotos. Utilizado em sete jogos na Liga, apontou dois golos decisivos na conquista de pontos. Marcou no empate no estádio do Dragão e no triunfo caseiro diante o Casa Pia.

A direção do Vitória não quis pronunciar-se sobre o assunto.

Creditos: DR
Pavlidis foi o primeiro estrangeiro do Benfica a fazer um hat-trick ao F. C. Porto. Foto: Miguel Pereira

e fora do topo

Bracarenses empatam em Alvalade, com golo do jovem avançado Afonso Patrão, e isolam-se no terceiro lugar. Golo de Gyokeres foi curto para o campeão, que deixa de ser líder.

Um verdadeiro vira minhoto. Uma cabeçada certeira do miúdo Afonso Patrão permitiu, ontem à noite, ao Braga empatar (1-1) com o Sporting, que, com uma exibição dececionante, entregou de mão beijada a liderança ao Benfica. Um “vira” no campeonato que a equipa de Carlos Carvalhal mereceu pelo que produziu nos 90 minutos. Os leões entraram com autoridade, chegaram com rapidez à vantagem, mas defenderam demasiado cedo a vantagem e, no fim, acabaram por pagar muito caro o recuo.

Num estádio cheio, Rui Borges apostou na titularidade de Catamo, em detrimento

de Maxi, e o futebol inicial seduziu os adeptos. Aproveitando um erro na barreira do Braga, que deixou espaço para a bola entrar junto ao poste, o furacão sueco colocou o campeão na condição de vencedor, com um míssil aos 15 minutos. Dono e senhor do jogo, o Sporting controlava os acontecimentos com uma primeira pressão eficaz e bons lançamentos, porém, quase tudo mudou à passagem dos 30 minutos. Sem nada a perder, o Braga meteu-se por cima e foi tentando a sorte, primeiro com um remate torto de Racic e a seguir num pontapé violento de Zalazar, que o guarda-redes Rui Silva bloqueou. Pelo meio, um brinde de Bambu a Gyokeres quase originou o segundo golo, mas Hornicek opôs-se com eficácia. O guarda-redes assinou uma exibição de luxo. O segundo período trouxe uma partida diferente, com o Braga a ter mais posse de bola frente a um Sporting a jogar em contra-ataque. Com um jogo desenvolto, os arsenalistas causavam desequilíbrios, sobretudo na ala direita, mas os cruzamentos não saíam com acerto, já os lisboetas, rápidos nas transições, quase alargaram a vantagem, ora por Quenda ora por Gyokeres ou ainda por Debast.

O jogo aproximava-se do fim e o Sporting cometeu o erro de defender cada vez mais atrás, sendo que, em cada lance ofensivo do Braga, via-se e desejava-se para afastar o esférico. No vai ou racha, Carlos Carvalhal lançou vários miúdos e, aos 87 minutos, saiu a sorte grande: Zalazar tirou um cruzamento com a medida certa para Afonso Patrão, que emendou com mestria. Na reta final, João Moutinho foi expulso, mas não alterou o desfecho. Com um ponto no bolso, o Braga isolou-se no terceiro lugar, já o Sporting caiu em depressão. Ainda depende de si próprio nas contas para chegar ao bicampeonato, mas o cenário deixou obviamente de ser o mesmo.

JN/MS

A Polícia de Segurança Pública, em comunicado, justificou que os disparos de balas de borracha no clássico entre o F. C. Porto-Benfica foram para "dissuadir a atitude hostil dos adeptos".

Oclássico entre o F. C. Porto e o Benfica ficou marcado por confrontos entre adeptos e a polícia, nas bancadas do Dragão. A PSP disparou balas de borracha contra alguns adeptos, algo que provocou uma reação de condenação por parte de muitos aficionados e pela Associação Portuguesa de Defesa do Adepto. A força policial explicou que o motivo foi para "dissuadir a atitude hostil dos adeptos".

"Para fazer cessar a hostilidade, nas várias tentativas de confrontos, foram efetuados vários disparos com armas anti-motim para dissuadir a atitude hostil dos adeptos e repor a ordem pública, havendo a registar a necessidade de receber tratamento médico por parte de alguns polícias e de vários danos provocados em material policial. Foram detidos dois adeptos, um por resistência e coação a funcionário e outro por ofensas à integridade física. Foram ainda levantados vários autos de contraordenação por posse pirotécnica e

um auto por contraordenação ao promotor do evento por não garantir as condições de acesso e permanência ao estádio", lê-se, no comunicado da PSP.

Em comunicado, o F. C. Porto "lamenta e condena veementemente" os incidentes ocorridos durante o jogo com o Benfica no Estádio do Dragão, que envolveram as forças de segurança e adeptos do clube azul e branco. "Os incidentes foram provocados pelo lançamento de artefactos pirotécnicos por adeptos da equipa visitante para a zona da bancada ocupada por sócios e adeptos portistas. Tal ocorrência desencadeou uma situação de pânico e apreensão junto das pessoas que assistiam ao jogo, algumas das quais crianças, e o arremesso desses objetos incandescentes originou ferimentos em duas delas", pode ler-se na nota dos dragões. "Ao contrário do esperado, a intervenção dos elementos das forças de segurança ali presentes mostrou-se inadequada e desproporcionada, culminando numa carga policial e no disparo de munições não-letais por um dos agentes da PSP, ferindo dois adeptos do F.C. Porto, que receberam assistência no local", acrescenta o comunicado.

JN/MS

TORONTO
A árbitra Catarina Foto: Carlos Barroso
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TAÇA

DE PORTUGAL Leões mais próximos da final

C.D. Tondela 2

S.L. Benfica B 1

Gyokeres estratosférico a correr, a furar, a marcar e a dar a marcar. Golaço de Catamo e uma 'panenkada' do sueco de

Se a ideia do Sporting era garantir boa vantagem nesta primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal e, ao mesmo tempo, não desgastar demasiado os seus principais jogadores a pensar no jogo de segunda-feira com o SC Braga, o objetivo foi conseguido. Talvez os leões se tenham colocado a jeito, nos últimos dez minutinhos, de sofrer um golo que deixaria a eliminatória levemente mais aberta, mas, como o Rio Ave não marcou, ficaram os dedos e os anéis. E bem poderia ter havido mais alguns anéis, pois o Sporting falhou muitos golos na segunda metade. O jogo começou em ritmo muito lento. Como se em Alvalade estivessem 35 ou 40 graus. Não estavam. A opção pela lentidão era mesmo dos jogadores de ambas as equipas. Talvez o Sporting, por jogar em casa e ser bem mais forte do que o Rio Ave, pudesse ter apostado em mais velocidade.

O Rio Ave, mesmo assim, jogava muito compacto, num 4x4x2 muito juntinho, tentando que não houvesse espaço perto da área de Miszta. O primeiro sinal de perigo, se assim podemos escrever, surgiu num remate de longe de Debast, com a bola a sair, lentinha como o jogo, relativamente perto do poste esquerdo da baliza dos vilacondenses.

O jogo estava naquele ramerrame bem sonolento quando Trincão, ao minuto 12, foi ao lado direito do ataque leonino marcar um pontapé de canto. A bola saiu-lhe do pé esquerdo bem redondinha, esvoaçando suavemente até encontrar a cabeça de Clayton, que a cortou para a entrada da área, onde apareceu Catamo a mandar estoiro para o fundo da baliza do Rio Ave: 1-0. Poderia ter sido uma espécie de estalada

em jogo tão indolente. Assim não foi. O ramerrame continuou. Se havia alguém que poderia impedir que o cinzentismo do jogo se arrastasse até ao intervalo, esse alguém era Gyokeres, Viktor para os treinadores. E foi ele quem, primeiro num arranque pela esquerda e depois recebendo passe de Trin-

cão após falha de Richards, agitou as bancadas. João Tomé impediu que o primeiro remate acabasse em golo, Miszta fez o mesmo no segundo.

E a fechar o primeiro tempo, apareceram os homens que mais tinham dado nas vistas até então: Catamo e Gyokeres. O árbitro assinalou grande penalidade de Aguilera sobre o moçambicano e o sueco, inesperadamente à Panenka, fez o 2-0.

28ª JORNADA

CDTondela2-1Feirense

FCFelgueiras1-0FCPenafiel Marítimo1-1Leixões

GDChaves1-2FCVizela

UDLeiria1-3Torreense FCPortoB1-0PaçosFerreira Académico3-1CDMafra Portimonense2-3UDOliveirense FCAlverca0-0BenficaB

29ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

11 de abril

Feirense18:00UDLeiria 11 de abril

Leixões11:00Académico PaçosFerreira11:00CDTondela GDChaves14:00Portimonense 11 de abril

Torreense11:00FCFelgueiras FCVizela14:00FCAlverca

BenficaB14:00Marítimo UDOliveirense15:30FCPortoB 11 de abril

CDMafra20:15FCPenafiel

Benfica faz voo irreverente para meter as garras no Jamor

Previa-se uma batalha desnivelada e assim foi. O Benfica, líder da Liga, goleou o Tirsense (0-5), do quarto escalão, e praticamente garantiu a presença na final da prova rainha. Schjelderup brilhou com duas assistências e um golo e Prestianni e Tiago Gouveia voltaram à competição para mostrarem que também são opções.

Lage mudou nove peças em relação ao onze que goleou o F. C. Porto, no domingo, a pensar na gestão da equipa no campeonato, e a irreverência típica da juventude ajudou a garantir o triunfo. O Tirsense entrou valente, a tentar fazer peito à águia, mas a diferença qualitativa cedo se fez mostrar. Ao intervalo já estava 0-2, graças a um autogolo de João Pedro e a um tento de João Rego, o menino de 19 anos que se estreou a marcar pela equipa principal.

No segundo tempo, a turma de Santo Tirso, a jogar em Barcelos numa casa emprestada e a rebentar pelas costuras, tentou repetir a receita da primeira parte, puxada pelo apoio dos adeptos que tudo fizeram para equilibrar a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. A esperança durou pouco, porque as pilhas acabaram perto da hora de jogo. Lage, estratégico, lançou Tiago Gouveia, que não jogava pela equipa principal desde 24 de agosto, por estar lesionado, e Prestianni, que pisou o relvado pela última vez a 22 de fevereiro, pela equipa B. O argentino, de 19 anos, trouxe eletricidade perante um Tirsense já desgastado e marcou mal tocou na bola para, depois, assistir Schjelderup. O norueguês fez ainda duas assistências. Pelo meio, ainda houve um remate certeiro de Arthur Cabral, assistido por Tiago Gouveia, colocado a lateral direito, num regresso positivo e que pode até constituir uma alternativa ao lesionado Bah. Bruno Lage rodou, colocou a energia da juventude em campo e o plano deu certo. O Benfica praticamente fechou a eliminatória, mas só carimba a passagem na segunda mão, na Luz, no dia 23.

F.C.
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Morreu Aurélio Pereira, olheiro do Sporting que descobriu Figo e Cristiano Ronaldo

Aurélio Pereira, de 77 anos, faleceu na terça-feira (8). Histórico olheiro do Sporting descobriu nomes como Cristiano Ronaldo, Luís Figo ou até Paulo Futre.

Numa altura em que pouco se falava de scouting, Aurélio Pereira já descobria enormes talentos que, mais tarde, viriam a tornar-se bolas de ouro. Foi o caso de Luís Figo, Cristiano Ronaldo, mas também de outros talentos geracionais como Paulo Futre, Nani, Quaresma e Simão Sabrosa. A seleção de 2016, campeã da Europa, ficou conhecida por "Aurélios", uma vez que 10 jogadores do elenco tinham sido descobertos pelo antigo olheiro.

Em 2023, o "senhor formação" foi condecorado na gala Quinas de Ouro, da Federação Portuguesa de Futebol.

Logo após ser conhecido o óbito, Paulo Futre reagiu ao falecimento de Aurélio Pereira: "Estou sem palavras. Os meus mais sinceros pêsames à família do grande Homem que me descobriu num parque do Montijo e que tanto fez pelo futebol português e mundial. Até sempre, meu querido Aurélio".

Ricardo Quaresma também recordou o histórico olheiro: "Sem o Aurélio Pereira nada tinha acontecido. Obrigado por tudo. Os meus sentimentos para a família", escreveu o internacional português. Destaque ainda para Cristiano Ronaldo que reagiu nas redes sociais ao falecimento de Aurélio Pereira: "Um dos grandes símbolos da formação mundial deixou-nos mas o seu legado viverá para sempre. Nunca deixarei de estar grato por tudo o que fez por mim e por tantos outros jogadores. Até sempre, Senhor Aurélio, obrigado por tudo. Descanse em paz", pode ler-se, numa publicação acompanhada de uma fotografia junto de Aurélio Pereira. JN/MS

Diane Campos Founder/RCIC

BASQUETEBOL

Neemias Queta marca seis pontos em triunfo dos Boston Celtics

Neemias Queta marcou seis pontos no triunfo dos Boston Celtics em casa frente aos Washington Wizards, por 124-90, no domingo, em jogo da Liga norte-americana de basquetebol (NBA).

Lançado nos últimos 6.53 minutos do encontro, o poste luso marcou os três lançamentos de campo que tentou, conseguindo ainda uma assistência, um roubo de bola e um desarme de lançamento.

Na sua quarta temporada na NBA, Queta já participou em 59 encontros, apresentando médias de 4,9 pontos, 3,8

ressaltos, 0,6 assistências e 0,6 desarmes de lançamento em 13,6 minutos de utilização por jogo.

Num encontro em que os campeões Celtics lideraram de princípio ao fim, o suplente Payton Pritchard foi o melhor marcador da equipa da casa, com 20 pontos, aos quais juntou seis ressaltos e sete assistências. Sete jogadores dos Celtics passaram da dezena de pontos, com destaque ainda para Derrick White (19 pontos), Luque Kornet (13 pontos e 14 ressaltos) e Al Horford (11 pontos e 10 ressaltos).

JN/MS

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Lutando por você ~

Aurélio Pereira foi condecorado na gala Quinas de Ouro em 2023. Foto: Federação Portuguesa de Futebol

O Fenerbahçe recebeu e venceu, este domingo, o Trabzonspor, por 4-1, e não fraquejou na perseguição ao Galatasaray na liga turca.

equipa de José Mourinho, que iniciou a reviravolta logo aos 51 minutos, de grande penalidade. Skriniar fez o 2-1, antes de Talisca completar o hat-trick e fixar o

Marco Silva impõe segunda derrota ao Liverpool na Premier League

O Fulham venceu o Liverpool, por 3-2, adiando a consagração dos "reds" como campões de Inglaterra.

Depois de Nuno Espírito Santo, Marco Silva. O Liverpool perdeu pela segunda vez na liga inglesa e, como na primeira, foi o treinador português a travar o líder da Premier League, com o Fulham a impor-se por 3-2 em jogo da 31.ª jornada.

Em Craven Cottage, o Liverpool marcou primeiro (Mac Allister), mas o Fulham

reagiu e inverteu o rumo dos acontecimentos ainda antes do intervalo, através de Sessegnon, Iwobi e Rodrigo Muniz. Luís Diaz, aos 72 minutos, ainda reduziu para o Liverpool, mas os três pontos não fugiram ao Fulham, que passa a contar 48 e está a apenas seis de bater recorde pontual do clube na Premier League.

Com 73 pontos, mais 11 do que o vice-líder Arsenal, o Liverpool segue tranquilo no topo da classificação.

Cristiano Ronaldo chega aos 931 golos na carreira na vitória frente a Jorge Jesus

O Al Nassr venceu o Al Hilal, de Jorge Jesus, por 3-1, com destaque para dois golos de Cristiano Ronaldo, chegando aos 931 na carreira.

Cristiano Ronaldo voltou aos golos e não mostra sinais de parar. O Al Nassr foi à casa do Al Hilal, de Jorge Jesus, vencer por 3-1, com destaque para um bis do avançado português, chegando aos 931 da carreira. Al Hassan abriu o marcador perto do intervalo para o Al Nassr e, no reabrir

da segunda parte, CR7 marcou. Al Bulayhi ainda reduziu para o Al Hilal, mas não bastou para o empate. Perto do fim o português converteu uma grande penalidade para bisar. Com esta vitória a turma de Ronaldo aproxima-se à de Jorge Jesus, somando agora 54 pontos, a três do rival. O Al Ittihad continua lançado para o título, com 61 pontos e um jogo a menos que os restantes conjuntos do pódio.

Creditos:
Creditos: DR

Canada too much for Finns

Canada kicked off its 2025 IIHF Women’s World Championship in world-class form. The defending champions jumped out to a three-goal first-period lead en route to a 5-0 win over Finland on Thursday (10) evening.

Jennifer Gardiner enjoyed a memorable tournament debut with two goals and an assist alongside captain Marie-Philip Poulin and Laura Stacey, her regular PWHL linemates with the Montreal Victoire. Poulin and defender Ella Shelton each chipped in a goal and an assist.

The Finns – who won the bronze medal at both the 2022 Olympics and 2024 Women’s

Worlds – were hoping to rebound after a 7-1 shellacking by the Americans on Day One. That decidedly did not happen as they struggled to minimize mistakes and generate quality opportunities. Canada outshot Finland 35-24.

Goalie Kristen Campbell – who served as a backup at the last Olympics and four Women’s Women's but never played –finally appeared between the pipes and was solid for the shutout. Number one goalie Ann-Renee Desbiens, who suffered a lower-body injury sustained with the Victoire in mid-March, was just activated from LTIR and is expected to suit up in Ceske Budejovice.

front with a centering pass from behind the net and the legendary ace made no mistake for a 3-0 lead at 17:12. Two minutes later, Viivi Vainikka was shaken up in a blue line collision with Poulin and had to be helped off. She did not return.

There was more tough luck for Suomi to start the second period. Gardiner sent the puck toward the net from the left side and it deflected in off defender Sanni Rantala’s skate. Although it was too late to change up the momentum, Finnish coach Juuso Toivola replaced Kyrkko with Keisala, who was named Best Goalie at the 2021 tournament in Calgary.

In the third, the Finns picked things up a little but couldn't break Campbell's shutout during their second power play of the night with Claire Thompson off for tripping. Emma Maltais made it 5-0 at 11:14, tipping in Micah Zandee-Hart's point shot off a faceoff in the Finnish end.

Gardiner and Campbell weren't the only noteworthy first-timers for Canada.

This game saw the highly anticipated Women’s Worlds debut of 18-year-old Chloe Primerano. Twice named Best Defender and an all-star at the U18 Women’s Worlds, the North Vancouver native saw time alongside veteran Jocelyne Larocque. Primerano, coming off her freshman campaign with the University of Minnesota, is the lone nonPWHL skater on this Canadian roster.

Finnish starter Emilia Kyrkko was pulled from her first Women’s Worlds game in favour of Anni Keisala early in the second period after conceding four goals on 13 shots.

The 21-year-old Kyrkko splits netminding duties at St. Cloud State with Sanni Ahola, who got the night off.

Canada methodically controlled the play from the outset. Gardiner opened the scoring at 6:02 on a wrister from the left faceoff circle that caught Kyrkko off guard.

At 12:22, Shelton doubled Canada’s lead from the right circle, picking the far top corner with the Finnish goalie well-screened.

Finland struggled with the Canadian pace and physicality. Gardiner found Poulin in

Daryl Watts, who is third in PWHL scoring with 26 points for the Toronto Sceptres, also got into her first Women's Worlds action.

The Finns have beaten Canada just twice in 28 Women’s Worlds meetings. Those upsets came in the 2017 preliminary round (4-3 in Plymouth, Michigan) and 2019 semi-finals (4-2 in Espoo, Finland). Canada has now won four straight against the blueand-white squad.

Canada takes on Switzerland on today (April 11), while the Finns will seek their first win against host Czechia on Saturday, April 13.

IIHF/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Canada's Jennifer Gardiner (#94) scored two goals and added an assist in her Women's Worlds debut, a 5-0 victory over Finland. Photo: © IIHF / Matt Zambonin

HOCKEY

THE GR8 CHASE

Ovechkin breaks Gretzky's NHL goals record with No. 895

Alex Ovechkin of the Washington Capitals scored his 895th NHL goal on Sunday, April 6 against the New York Islanders, passing Wayne Gretzky for the all-time record. We detailed the record-breaking goal and the previous 5 goals along with the corresponding one from Gretzky.

Goal No. 890

ALEX OVECHKIN

Date: March 30, 2025

Site: Capital One Arena, Washington

Opposing goalie: James Reimer, Buffalo Sabres

Time of goal: 9:11 of the third period

Summary: Ovechkin got position at the top of the crease between two defensemen and redirected Rasmus Sandin’s shot from the left point down between Reimer’s pads to cut Buffalo's lead to 6-4.

WAYNE GRETZKY

Date: Dec. 2, 1998

Site: Nassau Coliseum, Uniondale, New York

Opposing goalie: Tommy Salo, New York Islanders

Time of goal: 4:10 of the third period

Summary: Gretzky scored for the third straight game to help the New York Rangers extend their winning streak to three with a 3-2 victory against the rival Islanders. After Gretzky knocked the puck away from defenseman Scott Lachance on the forecheck high in the Islanders zone, Kevin Stevens pressured Lachance into turning the puck over to Gretzky along the leftwing boards. Gretzky cut into the slot before slipping a backhand in between Salo pads for his fifth goal of the season.

Goal No. 891

ALEX OVECHKIN

Date: April 1, 2025

Site: TD Garden, Boston

Opposing goalie: Jeremy Swayman, Boston Bruins

Time of goal: 15:43 of the first period

Summary: With the Capitals on the power play, John Carlson sent a pass down low to Dylan Strome, who sent a one-touch back-

hand pass across the crease to Ovechkin, who scored into the open net to make it 2-0.

WAYNE GRETZKY

Date: December 16, 1998

Site: Continental Airlines Arena, East Rutherford, New Jersey

Opposing goalie: Martin Brodeur, New Jersey Devils

Time of goal: 13:35 of the third period

Summary: Gretzky scored for the first time in six games and had two assists for the New York Rangers in a 6-3 loss to the Devils. His goal, which cut the deficit to 5-3, came on a breakaway. He was sent in alone by a pass from Niklas Sundstrom before beating Brodeur high to the glove side for his sixth goal of the season.

Goal No. 892

ALEX OVECHKIN

Date: April 2, 2025

Site: Lenovo Center, Raleigh, North Carolina

Opposing goalie: Frederik Andersen, Carolina Hurricanes

Time of goal: 19:25 of the second period

Summary: With the Capitals on a 5-on-3, Ovechkin scored on a one-timer from the top of the left circle off a pass from Jakob Chychrun.

WAYNE GRETZKY

Date: Jan. 10, 1999

Site: Madison Square Garden, New York

Opposing goalie: Bill Ranford, Tampa Bay Lightning

Time of goal: 14:21 of the third period

Summary: Gretzky ended a nine-game goal drought by scoring on the power play to help the New York Rangers defeat the Lightning 5-2. Gretzky dropped the puck to defenseman Brian Leetch on the rush for a

slap shot from the right point that Ranford kicked out with his right pad to Gretzky in the left circle. Gretzky pulled the puck from his backhand to his forehand before shooting it in off the bottom of Ranford’s right arm to increase the Rangers’ lead to 5-1.

Goal No. 893

ALEX OVECHKIN

Date: April 4, 2025

Site: Capital One Arena, Washington

Opposing goalie: Spencer Knight, Chicago Blackhawks

Time of goal: 3:52 of the first period

Summary: Ovechkin gave the Capitals a 1-0 lead with a one-timer from the bottom of the right circle off a pass from Dylan Strome, who was behind the net.

WAYNE GRETZKY

Date: Feb. 4, 1999

Site: Madison Square Garden, New York

Opposing goalie: Garth Snow, Vancouver Canucks

Time of goal: 16:21 of the second period

Summary: Gretzky had a goal and two assists in the New York Rangers’ 8-4 victory against the Canucks. He pushed the lead to 4-0 just as a Rangers power play expired, scoring with a quick shot glove side on Snow after Petr Nedved passed across to him in the right circle. It was Gretzky’s eighth goal of the season, ending a nine-game drought, and his 1,071st professional goal (NHL and World Hockey Association, regular season and playoffs), tying Gordie Howe’s record.

Goal No. 894

ALEX OVECHKIN

Date: April 4, 2025

Site: Capital One Arena, Washington

Opposing goalie: Spencer Knight, Chicago Blackhawks

Time of goal: 6:14 of the third period

Summary: Ovechkin gave the Capitals a 4-3 lead with a power-play goal, beating Knight blocker side with a one-timer from the left circle.

WAYNE GRETZKY

Date: March 29, 1999

Site: Madison Square Garden, New York

Opposing goalie: Wade Flaherty, New York Islanders

Time of goal: 17:53 of the third period

Summary: Gretzky broke a 1-1 tie with what proved to be the 91st and final game-winning goal of his career in the New York Rangers’ 3-1 victory. Brian Leetch took a slap shot from outside the blue line that Flaherty kicked into the right corner. Islanders center Trevor Linden collected the rebound there but was pressured by John MacLean and turned the puck over to Gretzky, who then cut in front. After Flaherty made a save with his left pad on the initial shot, Gretzky was able to bury his own rebound for his final NHL goal. It was also Gretzky's 1,072nd professional goal -- he scored 894 NHL regular-season goals, 122 Stanley Cup Playoff goals, 46 regular-season goals with the World Hockey Association, and 10 WHA playoff goals -- breaking Gordie Howe’s record of 1,701.

Goal No. 895

ALEX OVECHKIN

Date: April 6, 2025

Site: UBS Arena, Elmont, New York

Opposing goalie: Ilya Sorokin, New York Islanders

Time of goal: 7:26 of the second period

Summary: Ovechkin, shooting from "his office," scored on the power play on a feed from Tom Wilson to pass Gretzky for the alltime record.

NHL/MS

Ovechkin passes Gretzky for most goals in NHL history. Photo RM
Gretzky after scoring the final NHL goal of his career. Photo RM

BASEBALL Guerrero Jr. signs $500M deal with Blue Jays

In a landmark move, the Toronto Blue Jays have secured their star first baseman, Vladimir Guerrero Jr., with a 14year, $500 million contract extension, ensuring his presence with the team through the 2039 season. This agreement, finalized on April 9, 2025, stands as one of the most significant in Major League Baseball (MLB) history, underscoring the Blue Jays' commitment to building their future around Guerrero Jr.

Guerrero Jr., 26, has been a cornerstone of the Blue Jays' lineup since his MLB debut in 2019. Over his seven seasons with Toronto, he has amassed a .287 batting average, 160 home runs, and 511 RBIs. Notably, he was the runner-up for the American League Most Valuable Player award in 2021 and has been selected as an All-Star four times.

The structure of Guerrero Jr.'s contract is particularly noteworthy. It includes a substantial $325 million signing bonus, with the remaining $175 million spread over the 14-year term. This arrangement offers significant financial advantages, especially considering Guerrero Jr.'s residency in Florida, a state without income tax.

This extension reflects the Blue Jays' strategic vision to maintain a competitive edge in the American League by retaining their marquee talent. By securing Guer rero Jr. long-term, Toronto not only so lidifies its offensive lineup but also sends a clear message about its aspirations for sustained success in the league.

Guerrero Jr.'s commitment to the Blue Jays was evident in his statements fol lowing the announcement. He expressed

BASKETBALL Raptors win finale but miss playoffs

In their final home game of the 2024–2025 NBA season on April 9, the Toronto Raptors delivered a commanding 126-96 victory over the Charlotte Hornets at Scotiabank Arena. Rookie Jonathan Mogbo led the team with his first career triple-double, recording 17

This win improved Toronto's season record to 30-50. However, despite this victory, the Raptors have been eliminated from playoff contention in the Eastern Conference. With the home schedule concluded, the Raptors have two away games re-

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Toronto construction costs drop but trade wars add risks

new report from Altus Group has revealed construction costs have fallen in Toronto and Ottawa in the past year amidst general stabilization of prices in the rest of the country.

But the firm’s 2025 Canadian Cost Guide warns the trend towards favourable construction pricing could well be disrupted as U.S. trade tensions and higher tariffs, among other factors, could cause either spikes or declines in costs.

The annual cost guide was released March 27. It features data from over 6,200 development projects with a collective value of over $521 billion. The research, conducted in January, goes not include subsequent trade-induced cost fluctuations.

Cost increases across the country have been levelling off over the past year and are now more in line with general inflation said Colin Doran, head of development advisory, Americas at Altus Group.

“The big question is whether that stability will hold,” said Doran. “With shifting trade policies, upcoming building code changes and labour negotiations on the horizon, developers are facing a new wave of complexity, and that’s on top of already high construction costs.”

Two possible paths

Peter Norman, vice-president and economic strategist at Altus Group, said in an interview tariffs remain a wildcard.

There are two potential cost paths, Norman said: one is the baseline trend for stabilizing and perhaps even declining costs due to softer construction volumes in 2025, and the second path involves upward pressure on materials costs related to new tar-

iffs, which could offset the baseline view, he said.

Norman has calculated the first wave of Canadian counter tariffs did not materially affect construction inputs but the second wave will see price escalations flow through construction budgets right away, Norman said.

“It’s important to bear in mind, our exposure in the construction sector in Ontario… is pretty low overall,” said Norman. “I calculated about eight per cent of…our overall construction investment is related to materials that have been sourced from the U.S.

“It’s not like it’s going to be creating a massive impact on construction costs, particularly in an environment where so many other costs are probably easing right now.”

Assessing the impacts of Trump’s Liberation Day tariffs and Canada’s reaction, Norman observed there were no additional retaliatory tariffs on construction materials, which was good news for the construction sector.

It’s possible that the vehicle tariffs Canada imposed will affect the cost base for trades and construction companies, Norman said, but that is more diffused.

“There remain in place the steel and aluminum retaliatory tariffs from a few weeks ago, many of which did touch on construction material, and items like appliances which, of course, also get built into the price of new homes,” he said.

“We remain concerned as well about pass-through costs from U.S. tariffs on Canadian steel and aluminum getting built into Canadian imports of fabricated building materials including plumbing and electrical supplies and equipment,” Norman said.

Sectors such as highrise residential have a much greater exposure than others due to a higher incidence of mechanical and electrical components, he explained.

Toronto construction costs have declined due to a drop in building activity and lower demand, the guide reported. Private sector prices moved slightly lower with highrise residential seeing a bigger drop compared to commercial due to excess availability of contractors. Deals for highrise residential concrete formwork, among others, will likely see cost declines.

Trades more hungry

Factors influencing building activity in Toronto have included the elevated interest rate environment and lack of market confidence in capital appreciation for condos.

The condo investment market was turned off, Norman said, and the owner-occupier condo market has not picked up the slack.

However, there are incentives to build purpose-built rentals.

Commented Norman, “At a time like 2025 into 2026 when there are fewer and fewer projects coming out there, the trades are a lot more hungry when they’re doing these contract bids. And so, there are probably more concessions involved.”

Investors are finding that pricing for existing resale buildings is a lot cheaper than new construction due to the high construction costs.

Altus Group reported costs for new industrial warehouses and data centres are more manageable.

Canada’s mechanical contractors urge politicians to ‘Build Canada Now’

As the April 28 election day approaches, the Mechanical Contractors Association of Canada (MCAC) is calling on federal political parties to “Build Canada Now” by implementing policies that will help the sector build a stronger country.

“Our industry is a significant contributor to the Canadian economy and to the livelihoods of Canadians,” said Tania Johnston, MCAC chief executive officer, in a statement. “If we are going to build the strong Canada for the next generations, it is critical that political parties implement policies to support the mechanical contracting sector and ultimately remove impediments for our industry.”

In particular, the MCAC is calling on the parties to:

Support workforce development initiatives in “growth-critical” jobs.

• Support Red Seal trades employed by Canada’s mechanical contractors.

• Tie immigration levels to economic needs.

• Help women and businesses offset the often higher costs of gender specific personal protective equipment.

Remove impediments for Canada’s mechanical contractors and create a business-friendly environment.

• Promote the use of standard form contracts.

• Ensure Canadian contractors and suppliers are preferred on publicly funded or Crown corporation procured construction projects.

• Create more collaboration between industry and government on infrastructure planning and execution. Ensure supports are available for contractors negatively impacted by tariffs imposed by the United States.

• Implement a reprieve from Canadian countermeasures on construction-related materials and goods.

• Provide support for businesses impacted by slowdowns because of the tariffs and countermeasures.

The mechanical contracting sector employs more than 227,000 Canadians, contributes more than $30 billion to the Canadian economy and accounts for $18 billion in wages paid to hard-working Canadians, says the MCAC.

Altus Cost Guide:

SAÚDE & BEM-ESTAR

O que causa e como evitar a queda de cabelo?

A queda de cabelo é uma preocupação comum entre homens e mulheres de todas as idades. Embora seja normal perder entre 50 a 100 fios de cabelo por dia, uma perda mais acentuada ou prolongada pode gerar ansiedade e afetar a autoestima. Este fenómeno pode ser causado por diversos fatores, desde genéticos a ambientais, e, em alguns casos, pode mesmo estar relacionado com as mudanças sazonais.

Causas comuns da queda de cabelo

• Fatores genéticos

A alopécia androgenética, também conhecida como calvície hereditária, é a causa mais frequente de queda de cabelo. Atinge predominantemente os homens, mas também pode afetar as mulheres, manifestando-se com o enfraquecimento progressivo dos fios e rarefação capilar.

• Alterações hormonais

Desequilíbrios hormonais, como os que ocorrem durante a gravidez, menopausa, ou devido a problemas da tiroide, podem desencadear uma queda significativa de cabelo. O pós-parto é um dos momentos em que muitas mulheres notam uma perda mais intensa, devido à diminuição dos níveis de estrogénio.

• Stress físico ou emocional

Situações de stress agudo, como uma cirurgia, doença grave, ou perda de um ente querido, podem causar uma condição cha-

mada eflúvio telógeno, em que uma grande quantidade de cabelo entra prematuramente na fase de queda.

• Deficiências nutricionais

A falta de ferro, zinco, proteínas, vitamina D e outras vitaminas do complexo B pode comprometer a saúde capilar. Dietas muito restritivas ou má alimentação também são frequentemente associadas à queda.

• Doenças autoimunes

A alopécia areata é uma doença autoimune em que o sistema imunitário ataca os folículos pilosos, causando áreas de calvície em forma de círculos no couro cabeludo ou em outras partes do corpo.

• Uso excessivo de produtos químicos e calor

O uso contínuo de tintas, alisamentos, secadores e pranchas pode danificar o cabelo e fragilizar os fios, contribuindo para a sua queda.

• Medicamentos e tratamentos

Certos medicamentos, como os utilizados na quimioterapia, antidepressivos, anticoagulantes e retinóides, podem ter como efeito secundário a queda de cabelo. Embora não sejam a causa principal da queda de cabelo, as estações do ano podem influenciar a saúde capilar. Estudos indicam que o outono e, em menor grau, a primavera, estão associados a um aumento temporário da queda de cabelo, especialmente em mulheres.

Durante o verão, o cabelo tende a crescer mais rapidamente devido ao aumento da exposição solar, que estimula a produção de vitamina D - essencial para a saúde dos folículos pilosos. No entanto, após esse pico de crescimento, no outono, há uma tendência natural para a renovação capilar, o que se traduz numa queda mais evidente, embora normalmente passageira.

Além disso, no inverno, as temperaturas baixas podem tornar o couro cabeludo mais sensível, provocando descamação, comichão e queda.

Formas de prevenção

• Manter uma alimentação equilibrada

Consumir alimentos ricos em proteínas, ferro, zinco, ácidos gordos ómega-3 e vitaminas é fundamental. Carnes magras, peixe, ovos, frutos secos, legumes verdes e frutas ajudam a manter o cabelo forte e saudável.

• Reduzir o stress

Praticar técnicas de relaxamento como ioga, meditação, exercício físico ou apenas manter uma boa qualidade de sono pode reduzir os efeitos do stress sobre o organismo e, por consequência, sobre o cabelo.

• Evitar produtos agressivos

Optar por champôs suaves, evitar lavagens muito frequentes com água quente, e reduzir o uso de pranchas, secadores e químicas agressivas são medidas que protegem os fios e o couro cabeludo.

• Consultar um especialista

Se a queda persistir ou se notar zonas do couro cabeludo visivelmente mais despidas, o ideal é procurar um dermatologista ou tricologista. Estes profissionais podem avaliar o problema, realizar exames como a tricoscopia, e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir loções tópicas, suplementos orais ou, em casos mais severos, terapias como o PRP (plasma rico em plaquetas) ou transplante capilar.

• Cuidado com as mudanças sazonais

Durante o outono, reforçar a hidratação capilar, proteger o cabelo do frio e manter uma alimentação rica em vitaminas pode ajudar a minimizar a queda sazonal. Suplementos específicos para o cabelo, sob orientação médica, também podem ser úteis neste período.

A queda de cabelo é pode então surgir por diversas razões — desde questões genéticas e hormonais até fatores ambientais e sazonais. Embora seja normal haver alguma queda ao longo do ano, sobretudo em determinadas épocas, as mudanças mais significativas devem ser acompanhadas de perto. A boa notícia é que existem formas eficazes de prevenir e tratar o problema, sendo essencial atuar precocemente e cuidar do cabelo como parte da saúde geral do corpo.

Creditos: DR
Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

RECOMEÇAR

Quase a completar 52 anos, Bárbara Guimarães vive uma fase de transformação e reinvenção. Apaixonada pela vida, a apresentadora equilibra a intensidade da maternidade – é mãe de Dinis Maria, de 21 anos, e Carlota, de 14 – com o prazer de viver entre o campo e a cidade. Hoje Bárbara reflete sobre as suas conquistas, os desafios que superou e a força que encontra nas pessoas que a inspiram e nas suas próprias experiências. Num misto de vulnerabilidade e confiança, revela-se mais transparente do que nunca, provando que, com energia feminina e resiliência, é possível recomeçar sempre.

PASSEIO DA FAMA

Para celebrar o Dia Mundial do Teatro, foram inscritos mais alguns nomes de personalidades que ajudam a promover a cultura de Portugal no Passeio da Fama, na Praça da Alegria, onde. “Se há 25 anos me dissessem que neste dia tão especial ia ter uma calçada com o meu nome na minha cidade e entre vários ‘monstros’ do teatro, nunca acreditaria. A primeira pergunta que fiz foi: ‘Se um dia tiver netos, eles ainda vão poder ver isto aqui?’ Diz que sim. Estou-me nas tintas para se é ego ou vaidade, mas hoje foi uma tarde bonita para mim”, partilhou Inês Castel-Branco.

ESTREIA

Famosos assistiram à estreia da peça de George Clooney na Broadway, em Nova Iorque. O aclamado ator brilhou na noite de abertura oficial de Good Night, And Good Luck, no icónico Winter Garden Theatre. Rodeado de glamour e por uma série de estrelas de Hollywood, entre os quais muitos amigos, Clooney agradou à multidão na sua tão esperada estreia na Broadway, mas houve um pormenor que chamou a atenção de todos quando chegou à passadeira vermelha.

A sua mulher, a advogada Amal Clooney, que habitualmente o acompanha em todos os eventos, foi a grande ausente e o facto despertou curiosidade entre os presentes e os fãs do ator. Com naturalidade e à vontade, Clooney não hesitou em explicar o motivo da sua ausência. “Está a perder isto, porque está com as crianças“, disse à imprensa. O casal é pai dos gémeos, Alexander e Ella, de 7 anos, que precisam dos cuidados de um dos pais, agora que se mudaram para Nova Iorque e ainda não têm a vida completamente estruturada. Ainda assim, o artista esteve bem rodeado na assistência e, mais tarde, na festa que seguiu à peça.

Jennifer Lopez compareceu com um visual dramático e acompanhada da filha, Emme. Pierce Brosnan marcou presença ao lado da mulher, Keely Shaye Smith. Cindy Crawford foi com o marido, Rande Gerber, um dos melhores amigos do ator, e a filha, Kaia Gerber. Também estiveram presentes Uma Thurman, Kylie Minogue e Julianna Margulis.

Stephen Graham não é apenas um ator, é um contador de histórias que nos desafia a refletir sobre questões profundas e urgentes. Com a minissérie Adolescência – que há várias semanas se mantém no top da Netflix em vários países – conseguiu criar uma narrativa que deu origem a inúmeras críticas, opiniões e reflexões, com pais e educadores a examinarem as pressões enfrentadas pelos jovens de hoje. Inspirado pela sua própria preocupação com o futuro das crianças, Stephen Graham quis abordar temas delicados, como a violência, as redes sociais e a saúde mental. Afinal, ele próprio mantém presente os obstáculos que enfrentou, e ainda enfrenta, como a dislexia e a depressão, além dos desafios enquanto pai de Grace, hoje com 19 anos, e Alfie, de 18, que nasceram da sua relação com a também atriz Hannah Walters, que conheceu quando ambos estudavam Teatro e Representação no Rose Bruford College, e com quem se casou em junho de 2008. Nascido em Kirby, nos arredores de Liverpool, Stephen, de 51 anos, tem ascendência irlandesa e escocesa, com uma costela jamaicana da parte do avô paterno. As suas origens trouxeram-lhe, aliás, algumas inseguranças.

“Ser mestiço não era bem-visto na minha época. Houve momentos na minha infância em que não tinha certeza onde me encaixava”, recorda o ator, que teve de lidar, na infância, com algumas situações de bullying. Foi a mãe, uma assistente social, que decidiu colocá-lo no teatro, aconselhada por Andrew Schofield, um ator famoso nos anos 80, que vivia perto de casa dos seus avós. Entrou no Rose Bruford College, de onde foi expulso, e estava decidido a tornar-se bombeiro quando um telefonema a dizer que tinha sido aceite para uma audição para a novela britânica Coronation Street o fez mudar de ideias, abrindo caminho para aquela que viria a ser uma carreira de sucesso no mundo da representação.

SOLIDÁRIA GRÁVIDA

Gabriela Barros e o companheiro, o ator brasileiro Miguel Thiré, vão ser pais de um menino. A atriz, que se encontrará no segundo trimestre da gravidez, partilhou a novidade durante uma conversa descontraída com a apresentadora Cláudia Borges para o programa Fama Show, da SIC. O bebé juntar-se-á à primeira filha do casal, Laura, que nasceu a 26 de agosto de 2023. Recorde-se que a atriz, de 36 anos, e o ator e encenador, de 42, estão juntos há quatro anos.

Joana Lemos está empenhada em fazer o que estiver ao seu alcance para tornar o mundo um lugar mais solidário e digno. À frente da Laps Foundation, tem liderado projetos que têm impacto direto em mulheres, crianças, idosos e famílias em situações de vulnerabilidade. O mais recente projeto da fundação, que começará a ser erguido nas próximas semanas, é composto por duas casas de acolhimento em Cascais. “É um projeto que tinha na minha cabeça há muito tempo, casas pensadas para fazer face a situações de emergência, para pessoas que precisam de sair de casa hoje e não têm para onde ir. Para famílias, crianças ou idosos que são identificados em situações de risco sozinhos”, explica Joana, revelando que o projeto, que terá cerca de 500 m2, foi desenvolvido com o apoio da Câmara de Cascais e funcionará em articulação com a APAV. “Não podemos esquecer que a dignidade não é definida pela condição financeira. Todas as pessoas merecem um espaço seguro e acolhedor, especialmente em momentos de crise.” Além das casas de acolhimento, a antiga piloto de todo-o-terreno sonha com a criação de projetos desportivos para crianças de bairros carenciados. Joana admite que esta dedicação a causas sociais é uma realização pessoal para a qual conta com o apoio incondicional do marido, Lapo Elkann, um dos herdeiros do império Fiat.

Credito: DR
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The Black Mamba O veneno português que conquistou o mundo

Quando se fala de energia, paixão e entrega em palco, é impossível não pensar nos The Black Mamba, uma das bandas mais eletrizantes da música portuguesa. Com uma carreira que ultrapassa uma década, o grupo formado em 2010 tornou-se uma referência no panorama musical nacional e internacional, levando a sua música— uma fusão de blues, soul e funk — além-fronteiras, marcando cada atuação com intensidade e emoção contagiantes.

Ahistória dos The Black Mambacomeçou em maio de 2010, fruto da união entre músicos experientes e apaixonados por sonoridades vintage, com raízes na alma afro-americana. O nome da banda, inspirado numa das cobras mais venenosas do mundo, simboliza precisamente o impacto que pretendem causar: uma picada certeira, intensa e inesquecível. Desde o início, mostraram ao que vinham. O seu álbum de estreia, em 2010, trouxe uma lufada de ar fresco à música portuguesa, com claras influências do soul dos anos 70, do blues

clássico e do funk mais cru. A voz singular de Tatanka (Pedro Tatanka), aliada ao talento e carisma dos músicos, rapidamente conquistou uma base de fãs em constante crescimento.

Depois do sucesso do disco de estreia, os The Black Mamba consolidaram a sua identidade musical com Dirty Little Brother (2014) e The Mamba King (2018). Em cada novo trabalho, mantiveram a essência que os torna únicos, mas com novas sonoridades, provando que ousadia e autenticidade podem andar lado a lado. Em palco, a banda brilhou tanto em grandes festivais portugueses — como Rock in Rio, MEO Sudoeste, NOS Alive ou Casa da Música — quanto em digressões internacionais por Espanha, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Esta dimensão global não surgiu por acaso: é resultado da universalidade da sua música e da entrega sincera com que a apresentam. Em 2021, viveram um dos momentos mais marcantes da carreira: venceram o Festival da Canção e representaram Portugal na Eurovisão, em Roterdão. O tema Love Is On My Side, interpretado integralmente em

inglês — uma estreia na história portuguesa do certame — conquistou a Europa com a sua simplicidade desarmante, melodia envolvente e interpretação emocional. Inspirada numa história verídica ouvida durante uma viagem a Amesterdão, a canção fala de esperança e superação. Em pleno contexto pandémico, a sua mensagem de luz tocou corações em todo o continente, elevando ainda mais o estatuto da banda como embaixadora de uma nova música portuguesa: mais global, mais ousada, mais livre.

Agora, os The Black Mamba preparam o lançamento do quarto álbum de estúdio, Last Night in Amsterdam. Uma verdadeira viagem sensorial pelas ruas da capital holandesa nos anos 70, o disco mistura memórias, ficção e vivências reais da banda durante a sua estadia na cidade. O êxito dos The Black Mambanão é um acaso nem uma moda passageira, é o resultado de uma trajetória construída com talento, dedicação e coerência artística. Num mercado volátil, dominado por tendências fugazes, a banda prova que é possível manter identidade e integridade, sem perder

relevância. A sua “picada” é poderosa, sim — mas sobretudo persistente. Um veneno bom, que deixa marca; The Black Mamba é promissor. A sua música, feita com alma e convicção, continuará a tocar corações e a fazer dançar tudo e todos, em Portugal e pelo mundo fora.

Os The Black Mamba estão nomeados para a categoria de Canção do Ano nos International Portuguese Music Awards (IPMA) de 2025 com o tema "Boys Don’t Cry". A cerimónia está agendada para 12 de abril de 2025 no Providence Performing Arts Center, em Rhode Island, EUA. Os IPMA celebram anualmente a música de artistas de ascendência portuguesa em todo o mundo, reconhecendo talentos em diversas categorias. Em 2023, os The Black Mamba já haviam sido distinguidos com o prémio de Melhor Performance Pop nos IPMA. Para quem ainda não teve o privilégio de os ver ao vivo, o convite está feito. Porque The Black Mambanão se ouve apenas — sente-se. E, uma vez sentida, a sua música é impossível de esquecer.

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Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Relativo a planta; procedente de planta

2. Voltar ao lugar de onde partiu; regressar

3. Saudades de algo que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado

4. Peça (de barro cozido, pedra, metal, etc.) usada na cobertura de edifícios

5. Trazer à memória; recordar

6. Algo que oferece proteção ou refúgio contra exposição, dano físico, ataque, perigo etc

7. Canto solene em honra da pátria e/ou de seus defensores

8. Fazer trepidar ou trepidar; fazer estremecer ou estremecer; tremer

9. Porção de objetos dispostos uns sobre os outros; monte

10. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

11. Aquele que tem pouca ou nenhuma gordura

12. Indivíduo do sexo masculino

13. Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

14. De altura superior à média; de grande dimensão vertical

15. Terreno onde se cultivam flores e plantas ornamentais para lazer ou estudo

E D K I P M K V J G Y I Z N M

F R V R R C W R S S W W C D C

T A G E A O F A R S X I Y M R

J Z Z T T M L C E E T M V G A

F I V E N E E O T Y F X R V M

I L O R O R N L E R G R V A A

N A L T C A C O R V E R W R H

G E T N Y J H C T D B L E A S

I R A E R I E K N W F R R H F

R C R X A E R E E S A A G N R

J S T K L B V R B G L R V I A

A H A I U K J A V A M I A M C E G C B P H S U F S P C J A S B M K K Q U C

BEIJAR BUSCAR CAIR COLOCAR COMER

CONTAR ENTRETER

Tarte de Nata

Ingredientes

• 1 rolo de massa folhada

• 8 gemas

• 200 grs de açúcar

• 450 ml de natas

• 1 casca de limão

• 2 colheres de farinha

Modo de preparação

Estender a massa folhada numa tarteira, picar com um garfo. Num tacho colocar as gemas mexer, adicionar o açúcar, adicionar a farinha e a casca de limão.

Depois adicionar as natas, mexer e levar ao lume, quando ferver colocar numa tarteira e levar ao forno para cozer. Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras

OLHAR COM OLHOS DE VER

William Shakespeare's play “Twelfth Night”, Barrie-ON. Créditos: Fa Azevedo
Perfeição e simplicidade do azulejo português. Créditos: Lisbeth Domingues
Pescador Poveiro. Créditos: Paulo Perdiz
The 6ix. Créditos: Tim Wilson

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Porque este é o início de um novo ciclo, é a altura ideal para iniciar um projeto, concluir um trabalho ou resolver um assunto cuja finalização tem vindo a ser adiada. Nesta altura deverá desenvolver ou uma atividade física ou criativa para gastar o excesso de energia e para que não fique tenso.

TOURO 21/04 A 20/05

Durante esta fase estará com uma maior clareza de espírito e maior energia, sentindo necessidade de reorganizar a sua vida, pondo as coisas em ordem, tanto fisicamente como intelectualmente. A sua criatividade e autenticidade estarão igualmente favorecidas, pelo que poderá tirar partido deste momento positivo para fazer novos projetos.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Neste período terá tendência a autoavaliar-se consoante os bens monetários que conseguiu adquirir, sentindo-se inseguro se não atingir os objetivos traçados. A sua sensibilidade está frágil e poderá facilmente entrar em discussões sobre os seus méritos. Disputas que envolvam bens materiais poderão ocorrer.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Esta é uma altura em que poderá questionar as suas relações com os amigos e com os outros em geral, analisando se os objetivos que procura são mesmo seus ou se são de influência e interesse dos grupos com que convive habitualmente. Os conselhos e a opinião de pessoas mais jovens poderão ser benéficos.

LEÃO 22/07 A 22/08

Durante este período irá procurar melhorar a sua posição profissional e social, para o que terá o apoio de pessoas mais velhas e experientes e que fazem parte do seu círculo de relações. Destes contactos mais estreitos poderão advir benefícios profissionais, como também podem estar na origem de uma nova relação afetiva.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Irá atravessar neste período uma fase de grande lucidez e expansão a nível intelectual, a qual lhe permitirá planear a sua vida afetiva e profissional a longo prazo. A sua segurança interior está agora numa fase de crescimento. Sentir-se-á feliz e poderá contagiar os que estão à sua volta com essa felicidade.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Nesta Casa, Mercúrio proporciona-lhe uma maior atividade material. Estarão em causa os seus bens tanto monetários como imobiliários. Tente defender-se, aconselhando-se com alguém e poderá então planear com maior segurança novos investimentos comerciais. Desta maneira, o risco será calculado, previsível e, portanto, salvaguardado.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Neste período será tentado a transmitir as suas experiências e conhecimentos aos outros. Passe a mensagem dos valores em que acredita, mas tente nunca se impor, deixando coexistir pacificamente ideias e opiniões diferentes das suas. Dificuldades legais poderão surgir, tente evitar qualquer confronto com a autoridade.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

É um período ótimo para todos os assuntos relacionados com o trabalho especialmente com vendas e relações-públicas. Irá compreender melhor as vantagens das boas relações entre as pessoas que trabalham juntas. Será um bom momento para testar as suas verdadeiras aptidões no mundo do trabalho e dos negócios.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Poderá sentir nesta altura que a sua atenção está mais voltada para a sua vida pessoal, íntima e familiar. Aproveite este período para fazer uma autoanálise (ou mesmo psicanálise) e para descansar mais. É uma boa altura para afastar fantasmas do passado que o perturbam. Verá que se vai sentir bem mais aliviado.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Nesta fase poderá sentir a sua saúde um pouco debilitada podendo ocorrer estados febris devido a pequenas inflamações no aparelho respiratório. O sistema nervoso também poderá estar mais tenso e ter mudanças repentinas de humor. Tenha atenção a situações que possam provocar acidentes. Veja onde põe os pés!

PEIXES 20/02 A 20/03

Esta é uma fase em que vai sentir necessidade de assegurar o seu futuro material, concretizando projetos que lhe incrementarão os seus valores financeiros. Tendência para associações com pessoas influentes e bem posicionadas estão favorecidas, no entanto deverá agir com cautela e prudência no uso a dar ao seu dinheiro.

Soluções

Classificados

Procura-se Marceneiro e Lixador. Período integral, permanente (40 horas semanais). Para começar o mas rápido possível. Salário com base na experiência.

Requisitos:

• 5 anos experiência

• Deve ser legalmente capaz de trabalhar no Canadá

• Falar inglês, português, ou espanhol Podem mandar currículo para crisstarcabinets@hotmail.com ou ligar para (416) 667-8779

Aluga-se apartamento com 1 quarto, cozinha, sala, casa de banho. Entrada privada, com ar condicionado, lavandaria e estacionamento. Não Animais, não fumadores. Zona da Weston Road e Jane. Contatar (416) 875-8696

Crisstar Cabinets is hiring a Cabinet Maker/Sander. Full-time, permanent (40 hrs/ week). Start ASAP. Wage based on experience.

Requirements:

• 5+ years experience preferred

• Must be legally able to work in Canada

• English, Portuguese or Spanish preferred Resume to crisstarcabinets@hotmail.com or call (416) 667-8779

Aluga-se basement com quarto, sala e cozinha. Entrada privada, com laundtry e tudo incluído. Contatar (547) 567-0458

Agenda comunitária

Casa dos Açores

Festa do Espírito Santo

1136 College St. Toronto, Abril 12, 7 pm

quarta festa do Espírito Santo na Casa dos Açores em Toronto e animação de Jaime Machado. (416) 953-5960 ou (647) 298-8946

Roots of Lourinhã

Dinner & Dance

53 Queen St.N., Mississauga, Abril 12 - 7 pm

jantar de angariação de fundos para apoiar Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã e ADAPECIL, um centro de apoio para portadores de deficiência da Lourinhã. Reservas: (416) 841-1918

Casa dos Açores

Chá da tarde

1136 College St. Toronto, Abril 13, 4 pm Um encontro para celebrar as mulheres da nossa comunidades. Será uma tarde diferente e divertida. Traga a sua chavena de porcelana (416) 953-5960 ou (647) 298-8946

Associação Cultural do Minho Páscoa

1263 Wilson Ave, Toronto - Abril 20 - 6pm

Tradicional almoço de cabrito, além dos ranchos e Bombos da ACMT. Se doar alimentos não perecíveis, terá $5 de desconto nos bilhetes. Reservas (416) 805-1416

Associação Migrante de Barcelos MotoGalos

1263 Wilson Ave, Toronto - Maio 17 - 7pm 3ª aniversário animação com David e Emanuel Moura vindos de Portugal e a presença do Padre Esteves. Reservas (647) 949-1390 ou (416) 831-8251

Aluga-se um apartamento, num basement, com: 1 quarto, cozinha e sala em comum, casa de banho e lavandaria com moedas. Não fumadores, não animais. Disponível: 1/maio/2025. Ligar para: (647)522-3921

Basement apartment for rent, with kitchen and living room open concept, bathroom, Laundry coin operated.No smoking, no pets, available May 1st 2025. Contact (647)522-3921

Aluga-se basement com 2 quartos, sala em comum, casa de banho, cozinha e lavanda ria. Na area da Dufferin e Davenport. Esta Disponivel. Contatar (416) 995-4883

Procuro soldador e fabricante de grades. Também precisamos de instaladores. Contatar (647) 890-3921

Looking for Welder and Fabricator of railings. Installers also needed. Contact(647) 890-3921

Aluga-se basement com 2 quartos, sala em comum, casa de banho e cozinha. Na area da Lawrence e Keele. Esta disponível Contatar 416-995-4883.

Algarve-Albufeira: Aluga-se T1 para ferias, com Ar Condicionado, piscina a 10 minutos da praia, e a poucos passos de supermercados, pastelarias, restaurante e baixa da cidade. Para mais informações contatar (416) 277-3172

Luso Canadian C. Society Golf Tournament

8525 Mississauga Rd., Brampton and 6378 Trafalgar Road, Milton, June 13

Golf Tournament is an important fundraiser that supports our quality programs & services for individuals living with disabilities & their families. Each year, this much anticipated event is sold out! So mark your calendarand stay tuned for a “Registration Open” email coming soon. Information on Registrations & Sponsorship opportunities will be made available soon. Stay tuned to our website for more Golf information.

Contact 905-858-8197 or info@lusoccs.org for additional information.

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