Alta gastronomia vai a praça

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ESPECIAL

Gastronomia

MÚSICA Tiago Abravanel, uma das atrações do Gastronomia na Praça, fala de música, planos e do show em BH EDITORIAL DE MODA Na cozinha, uma brincadeira deliciosa e de muitos sabores em um dos lugares mais gostosos da casa CERVEJARIA Empresa mineira investe na expansão dos negócios e na Brazuka, bebida lançada especialmente para a Copa

ALTA GASTRONOMIA VAI À PRAÇA

13 renomados chefs de cozinha esperam você para um encontro de sabores e boa música. A Praça do Papa será palco do maior evento gastronômico de Minas Gerais


FOGÕES

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Empresa mineira lança novos sabores de chocolates, entre eles os bombons de goiabada cascão, abacaxi com coco e paçoca. A linha contempla 16 produtos com tradicionais ingredientes da gastronomia brasileira.

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Já imaginou um editorial de moda na cozinha? Pois é, nós imaginamos, e para além do óbvio, produzimos um lindo trabalho ao unir moda, sabores e objetos presentes em um dos lugares mais gostosos da casa.

CERVEJA

EDITORIAL DE MODA

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CHOCOLATES

SUMÁRIO

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A mineira Backer aposta na Brazuka, a cerveja foi criada especialmente para a Copa do Mundo. A empresa também investiu na expansão e na abertura de um restaurante anexo à fabrica.

LEIA TAMBÉM 12

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ARROZES O nosso branquinho de cada dia apresenta-se de muitas formas. Selecionamos seis tipos, assim você pode conhecer as propriedades de cada grão e, quem sabe, incluí-lo na sua alimentação.

ESPECIARIAS Elas são usadas desde a antiguidade para as mais variadas finalidades. Aproveite para saber um pouco da história das civilizações por meio de alguns dos condimentos do nosso dia a dia.

DOCES Se você quer curtir o frio ao sabor de duas delícias mineiras, selecionamos duas receitas especiais: canjica e arroz-doce.

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DIA DOS NAMORADOS A data oficial é 12 de junho, mas, devido a abertura da Copa do Mundo neste dia, restaurantes da capital oferecem uma programação especial para os casais comemorarem o Dia dos Namorados.

UTENSÍLIOS Chefs de cozinha revelam qual o utensílio indispensável para as atividades diárias e contam também porque o objeto é o preferido.

GASTRONOMIA NA PRAÇA Apaixonados pela gastronomia e pelo estado, idealizadores revelam como surgiu a ideia de promover na capital o maior evento de alta gastronomia de Minas Gerais. E da importância da iniciativa para a valorização dos profissionais e para a economia do setor.

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LAZER Tem muita gente por aí que ainda preserva o hábito de fazer piquenique. E você, já fez o passeio alguma vez?

INGREDIENTES MINEIROS Presentes na nossa culinária, ingredientes compõem desde pratos mais simples aos mais sofisticados. E, com eles, muitas histórias da nossa gente.

CARREIRA Instituições de ensino registram aumento na procura por cursos de gastronomia. Acompanhando essa tendência, o mercado de trabalho está em franca expansão.


Tiago Abravanel, uma das atrações do Gastronomia na Praça, fala sobre trabalho, do que mais aprecia na cozinha mineira e de música, é claro!

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NOVELAS Os atores mineiros Augusto Garcia e Jonas Bloch falam sobre os personagens que interpretam em Vitória, a nova novela da Rede Record. E também do que mais sentem saudades da terrinha.

PERFIL GASTRONÔMICO Em cena, dois chefs renomados da capital falam de suas aspirações profissionais e do bom momento para a gastronomia mineira.

PRATOS TÍPICOS Conheça o “arroz com feijão” dos países que disputam a primeira fase na Copa do Mundo em Belo Horizonte. Vamos ver quem sai vitorioso nessa?

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Conheça um pouco da vida e experiência dos 13 chefs, os restaurantes participantes e os pratos a serem comercializados no Gastronomia na Praça – o maior evento de alta gastronomia de Minas Gerais.

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DRINKS Empresas investem em nova carta de drinks, seja para fidelizar o público ou para atrair turistas brasileiros e estrangeiros durante o maior evento de futebol do planeta.

ENSAIO

MÚSICA

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ESPECIAL CHEFS EM CENA

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Uma viagem pelos aromas, cores, sabores e texturas nos corredores do Mercado Central, um dos pontos de encontro mais queridos pelos belo-horizontinos e procurados pelos amantes da gastronomia e da boa comida.

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EVENTOS Confira alguns dos eventos que foram destaques nas casas noturnas de BH.

EAT ART Você já ouviu falar em Eat Art? Então não perca a matéria com a artista plástica, física e chef de cozinha, Agnes Farkasvolgyi.

MEIO AMBIENTE Ele é um grande vilão do meio ambiente. A forma correta do descarte do óleo de cozinha faz toda diferença e ainda pode ser reaproveitado para outras finalidades.

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EDITORIAL Caro leitor, O que é bom pode e tem tudo pra ficar ainda melhor. Ao passear pelos mais variados temas, nossa missão é divulgar e incentivar a cultura de Minas Gerais, contando histórias que você só lê na revista Minas em Cena. Portanto, resolvemos explorar nessa edição, um terreno vasto e com vários caminhos a percorrer: a gastronomia, em seus aspectos econômicos, sociais e culturais. Seguindo essa proposta, nossa matéria de capa traz um pouco da vida e experiência dos 13 chefs de cozinha do Gastronomia na Praça, que acontece nos dias 14 e 15 deste mês. Ocasião em que o público poderá apreciar pratos de renomados profissionais dos mais sofisticados restaurantes da capital. Ainda sobre o assunto, os idealizadores contam como surgiu a ideia de realizar o maior evento de alta gastronomia do estado. Em Carreira, abordamos o aumento da procura por cursos de gastronomia e da valorização da área. Na editoria Pratos Típicos, o “arroz com feijão” dos países que disputam a primeira fase da Copa do Mundo em BH. Ainda no clima, a nova cerveja da Backer lançada especialmente para o torneio – a Brazuka -, além da expansão da fábrica. Em Drinks, a nova carta do Na Mata Café e as combinações inusitadas do Circuito do Rock, para atrair os brasileiros e turistas estrangeiros durante o torneio. Em cena, alguns dos ingredientes mineiros e as tradicionais guloseimas canjica e arroz-doce. E com a “cara” do Brasil, a Qoy Chocolate Experience acaba de lançar três novos sabores de bombons - goiabada cascão, abacaxi com coco e paçoca. E sobre Eat Art, você já ouviu falar? Pelo sim ou pelo não, conheça o trabalho da chef Agnes Farkasvolgyi. Irreverência foi o que nos motivou a produzir o editorial de moda. Onde? Na cozinha, tudo a ver! E que tal uma viagem pelos aromas, cores, sabores e texturas pelos corredores do Mercado Central, um dos pontos de encontro mais amados pelos belo-horizontinos e turistas. E tem mais: programação especial para o Dia dos Namorados, a história, forma de utilização e curiosidades de algumas especiarias; o utensílio preferido de vários chefs da cidade; a cultura do piquenique; uma entrevista com o cantor e ator Tiago Abravanel, uma das atrações do Gastronomia na Praça; e uma variedade de arroz que você precisa conhecer, entre outras. E sem falta modéstia, você tem todos os motivos para “degustar” cada página da Minas em Cena. Uma ótima leitura! Edgar Bessa

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EXPEDIENTE

DIRETOR-GERAL

Edgar Bessa (31) 8700-1651 DIRETOR COMERCIAL

Rene Salviano (31) 8797-2014 CONCEPÇÃO EDITORIAL

Luana Caldeira PROJETO GRÁFICO

2 Pontos Comunicação ADMINISTRATIVO

Renata Salles DIAGRAMAÇÃO E FINALIZAÇÃO

José Carlos Saldanha FOTO CAPA

Daniel Mansur PRODUÇÃO E REDAÇÃO

Jornalistas: Helenna Dias e Sandra Leão COLABORADORES DESSA EDIÇÃO

Daniel Mansur, Giovanni Bessa e Vicente Duarte AUDITAGEM

Bauer Auditores IMPRESSÃO

Bigráfica Editora TIRAGEM

10 mil exemplares SITE

2 Clicks ASSESSORIA JURÍDICA

Guilherme Mangia Cobra A revista Minas em Cena é uma publicação da Minas em Cena – ME Raja Gabáglia, 3117 – Sala 334 – São Bento – BH – CEP: 30350-563 Contato: (31) 3226-2564 - edgarbessa@minasemcena.com.br Site: www.minasemcena.com.br Edição junho 2014 SUGESTÕES DE PAUTAS E CARTAS

redacao@minasemcena.com.br A revista Minas em Cena não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios.


tel: (31) 3275-1040 I nextel: (31) 7818-8567 ID 6197 www.wollagency.com.br rua fernandes tourinho, 470 - sala 305 - funcionรกrios - bh - mg


Foto Daniel Mansur

CHOCOLATES

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Foto Fernando Trancoso Nova versão para o doce goiabada

MAIS GOSTOSOS E COM A “CARA” DO BRASIL

Por Sandra Leão

De olho no mundial, empresa mineira aposta em novos sabores em sua linha de chocolates

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ifícil encontrar quem não gosta, além de delicioso, o chocolate apresenta vários benefícios para a saúde. O alimento, além de dar energia, diminui a ansiedade e faz bem ao coração. Mas aprecie com moderação. Esse encanto pode ser degustado de várias formas: doces, bebidas, tortas, biscoitos e sorvetes. Melhor

ainda, unir esse deleite assistindo ao maior campeonato de futebol do mundo. E foi pensando nesse público apaixonado pelo esporte – e nos negócios também -, que a empresa mineira Qoy Chocolate Experience acaba de lançar mais três novos bombons que prometem fazer um gol de placa nessa Copa do Mundo. 9


Fotos Fernando Trancoso Bombom de abacaxi com coco, uma deliciosa mistura

“A NOVA CAMPANHA ESTÁ ENTRANDO PARA TRAZER O ESPÍRITO DO MAIOR EVENTO DE FUTEBOL DO PLANETA (...)”

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A linha Sabores do Brasil contempla 16 produtos com tradicionais ingredientes da gastronomia brasileira, entre eles, o lançamento do novo trio de chocolates: goiabada cascão, abacaxi com coco e paçoca. “A nova campanha está entrando para trazer o espírito do maior evento de futebol do planeta, mostrar essa diversidade de sabores para os brasileiros e turistas,” explica a diretora comercial Flávia Falci. Foram produzidos, em média, cerca de 5 mil unidades de cada sabor após uma série de estudos e testes. “Eram muitas opções, adequamos o produto final e o preço. O inverno é uma época de grande consumo, então buscamos trazer essas experiências para dar uma diversidade no paladar, fugir um pouco do tradicional,” afirma Flávia. Em relação ao nome, a diretora explica que a ideia veio para dar uma maior propriedade aos sabores, por ser o choco-

late um alimento apreciado no mundo todo, “a partir de agora, tem uma “carinha” de Brasil’, declara. O projeto gráfico também dá um show à parte. A designer da Qoy, Joana Hamers, conta que são levados em consideração a preciosidade e a possibilidade de adaptação das embalagens de acordo com o tema da campanha. “As embalagens receberam fitas com a identificação dos sabores do Brasil, ressaltando os produtos criados especialmente pela nossa mestre chocolatier,” conta. Os chocólatras de plantão poderão conferir essas maravilhas dos deuses a partir do dia 13 desse mês, além dos sabores de caipirinha, brigadeiro, grão de café e doce de leite. Todos podem ser encontrados nas lojas próprias e franqueadas da Qoy em Belo Horizonte e outros estados do Brasil.


A tradicional cachaça mineira é um dos novos sabores

Linha Sabores do Brasil

Bombom de Cachaça Bombom de Caipirinha Nha Leite Grão de Café Caixa Seleção Café Pastilha de Castanha-do-Pará Pastilha de Coco Queimado Pastilha de Laranja Brigadeiro ao Leite Trufa de Maracujá Abacaxi ao Chocolate Banana Passa ao Chocolate Preparado de Café

Lançamentos

Bombom de Paçoca

SERVIÇO Qoy Chocolate Experience Av. Bandeirantes, 1080

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Bombom de Goiabada Cascão

www.qoy.com.br

Tel.: (31) 3287-6120

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ARROZES

BRANQUINHO OU Nテグ

NOSSO ARROZ DE CADA DIA

Por Sandra Leテ」o Fotos Giovanni Bessa

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le está presente em toda cozinha brasileira. Mas talvez o que pouca gente saiba ou não tenha ouvido falar, é que o nosso branquinho de cada dia apresenta-se de muitas outras formas. Pensando na variedade do grão e suas propriedades, a revista Minas em Cena selecionou seis tipos de arrozes para você conhecer e, quem sabe, colocar a mão na massa e reunir os amigos para degustar o alimento. Para isso, contamos com a ajuda especial da nutricionista e especialista em Nutrição Clínica e Esportiva, Raphaella Cordeiro.

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1 - Arroz arbóreo 2 - Arroz parboilizado 3 - Arroz integral 4 - Arroz sete grãos 5 - Arroz vermelho 6 - Arroz preto

Arroz arbóreo

Arroz parboilizado

Mais indicado para o preparo de risotos, o arroz italiano de grão médio tem uma enorme capacidade de absorção. Com o cozimento ele libera muito amido, deixando, assim, o prato mais cremoso.

Devido ao processo de parboilização (pré-cozimento), rende mais. Pode ser reaquecido sem perder suas propriedades, não demanda de tanto óleo no cozimento, mantém intactos os nutrientes dentro do grão, sendo entre os refinados a melhor opção, por ser mais nutritivo. Porém, possui baixo teor de fibras.

Composição: fonte de carboidratos (energia) e de proteínas essenciais ao nosso organismo, além de vitaminas do complexo B, porém, é uma opção pouco nutritiva se comparada ao integral comum, o vermelho e o preto.

Composição: fonte de carboidratos (energia) e de proteínas essenciais ao nosso organismo, além de vitaminas do complexo B, cálcio, magnésio e fósforo. 13


Arroz vermelho

Entre as qualidades do arroz vermelho, está a presença de antioxidantes, importantes para ajudar a combater o envelhecimento precoce e a prevenção de várias doenças, inclusive as cardiovasculares. Composição: fonte de carboidratos (energia) e 15% a mais de proteínas essenciais ao nosso organismo, ferro, zinco, antioxidante e possui quase três vezes mais de fibras se comparado ao arroz branco. Arroz preto

Assim como o vermelho, o arroz preto também é rico em antioxidantes que ajudam a combater o envelhecimento precoce e a prevenção de várias doenças, inclusive as cardiovasculares. É uma ótima opção também para pessoas que apresentam má funcionamento intestinal. Composição: fonte de carboidratos (energia) e apresenta 30% a mais de fibras comparado ao arroz branco. Diferenças

Segundo a nutricionista Raphaella Cordeiro, o arroz mais fácil de ser preparado é o branco, por ser refinado, e os mais difíceis são os integrais

Arroz integral

Excelente para ajudar no funcionamento intestinal, no controle do diabetes, além de conter micronutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo em geral, como o sistema nervoso, contrações musculares e saúde óssea. Composição: fonte de carboidratos (energia) e de proteínas essenciais ao nosso organismo, rico em vitaminas do complexo B, cálcio, magnésio, fósforo e fibras.

Sobre as principais diferenças entre os arrozes em relação ao branco, Raphaella Cordeiro explica que estas podem acontecer por meio do refinamento, processo industrial com o objetivo de aumentar a vida de prateleira e facilitar o seu preparo. “O arroz branco perde muitos nutrientes e mais de 90% do teor de fibras, se tornando um alimento pouco nutritivo no aspecto de micronutrientes. Mas a parte de carboidratos e proteínas não é alterada, então, ainda sim, é uma boa fonte energética e proteica. Mas, sem dúvida, o arroz integral é imensamente mais nutritivo e saudável,” diz.

Para quem procura um arroz que dê a sensação de saciedade e mais energia, o sete grãos é uma ótima escolha. O alimento é composto por arroz integral, cevada, trigo, triticale, aveia, linhaça e quinoa.

A nutricionista comenta, ainda, que o arroz mais fácil de ser preparado é o branco, por ser refinado, e os mais difíceis são os integrais, pois demoram mais tempo para cozinhar devido à grande quantidade de fibras presentes nestes grãos. “O cozimento do grão integral chega a ser duas vezes mais demorado do que os brancos. Mas vale a pena se programar e consumir mais arroz integral no nosso dia a dia,” garante.

Composição: fonte de carboidratos (energia), magnésio, fósforo, vitaminas do complexo B, ômega 3 e fibras. O valor nutricional vai depender da composição do arroz, pois cada grão tem uma característica predominante.

Independentemente da sua escolha, leve em conta o tipo mais indicado para a sua saúde. E não se esqueça, siga sempre a orientação de um profissional da área.

Arroz sete grãos

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e d a d n No Tri o A p r e s a t s a b o na o a b r e s e u q m te “Farinha + água + mão do Camilo = Obra de Arte” Todos os dias saem dos fornos rústicos da Cum Panio, pães estalantes, com crostas crocantes e miolos alveolados.Um processo milenar, que nas mãos de um artesão com sensibilidade e tato, transforma o simples em pura sofisticação. Camilo, padeiro, proprietário da Cumpanio e artesão colaborador do Trindade.

e. oção+art Gente+em tOres, u d O pr s re Os melhO ntes. res e clie

Rua Alvarenga Peixoto, 388 - Lourdes Belo Horizonte 31 2512-4479

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EDITORIAL DE MODA

Na cozinha

E para além do óbvio

Duas combinações aparentemente ousadas, mas só que não. De um lado a moda, uma forma de expressão e identidade cultural de vários povos. Diz pouco ou muito da nossa personalidade, como e quem somos. Do outro, a cozinha - um espaço de transformação e magia, onde os alimentos ganham formas criativas, gostosas. É também uma forma de contarmos histórias e um belo artifício de sedução. Por que unir as duas coisas? Por tudo isso e por ser a moda e a gastronomia duas formas de prazeres. A primeira pelo gosto de vestir-se bem ou pela ideação da conquista, a outra, pelo poder alimentar o corpo e de saciar os nossos desejos. Ou de cometermos, de maneira deliciosa, o pecado da gula.

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Colar artĂ­stico - Agnes FarkasvĂślgy Brincos - Gizelda Queiroz

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Você não precisa necessariamente subir na mesa para fazer um bolo ou qualquer outro prato. Mas, pode ser o começo de uma história deliciosa e de muitos sabores. E prazeres também!

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Vestido - Choies Colar - Chanel Brincos e Anel - Gizelda Queiroz Sapatos - Schutz

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Vestido - Romwe Anel - Gizelda Queiroz

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Top e Casaco - Jardin Saia - Fashion Artist Anel - Gizelda Queiroz

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Camisa - Jardin Saia - Fashion Artist Anel - Gizelda Queiroz

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Vestido - Topshop Anel - Gizelda Queiroz

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Vestido - Romwe Anel, Pulseiras e Colar - Gizelda Qieiroz


Fotos: Daniel Mansur Texto: Helenna Dias

Styling: Priscila Diniz Beauty: Fairuze Reis (Menu de Maquiagem) Produtora de cena: Agnes Farkasvölgy Modelos: Luca Loyola, Flavia Drummond, Ana Jablonsk, Gabriela Feitosa e Fernanda Feitosa (Woll Agency) Saia - Choies Camisa - Romwe Anéis - Unique

Coordenação geral: Vicente Duarte Locação: Cozinha Escola Bouquet Garni Tel.: (31) 3465-0101

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Foto Banco de Imagens

CERVEJA

É DE MINAS É BRAZUKA!

Por Sandra Leão Fotos Daniel Mansur

Backer aposta em nova cerveja, desenvolvida especialmente para a Copa do Mundo

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á quem a beba para confraternizar, dar mais risadas, socializar com mais facilidade, perder um pouco da timidez, por prazer ou apenas para relaxar. Porém, o que não podemos negar é que, para muitos brasileiros, a cerveja é quase uma paixão nacional. Pensando nos apreciadores da bebida e que estão com um pé na Copa do Mundo na capital mineira, a cervejaria Backer aposta na Brazuka - sim, uma super coincidência -, o mesmo nome escolhido para a bola oficial do maior evento esportivo do planeta.

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A diretora de marketing da empresa, Paula Lebbos, revela que, em 2007, quando o Brasil foi anunciado sede do evento, a Backer iniciou um projeto de inovação e, como resultado, o desenvolvimento desse novo produto. “Brazuka é um nome que remete a este brasileiro que tem um gingado, gosta de samba, futebol, estar no bar e fazer amigos,” completa. De cor clara e brilho intenso, a bebida não apresenta sinais de turvação, é leve em corpo e teor alcoólico. Com aromas de lúpulos e um sabor levemente doce e evidente do malte de cevada,


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também tem como característica o “colarinho” denso e persistente. A cervejaria utilizou, em sua receita, somente malte de cevada, água e lúpulo: conservante natural utilizado para conferir amargor e parte do aroma, enquanto o malte dá origem à cor, corpo, parte do cheiro e o teor alcoólico. Idealizada pelo mestre cervejeiro, Paulo Schiaveto, a novidade tem edição limitada em 3 mil garrafas. A expectativa, segundo Paula, “é que o público fique satisfeito com o resultado, já que foi uma Pilsener bastante elaborada”. Em se tratando das características exteriores, o consumidor receberá a cerveja em uma garrafa amarela e verde, clara alusão às cores do país, com desenhos em pentágonos e hexágonos que formam um mosaico, remetendo à bola oficial da Copa de 1970 quando o Brasil conquistou o tricampeonato.

Outra conquista importante da Backer aconteceu durante a 4ª South Beer Cup, o maior concurso de cervejas artesanais da Ámerica do Sul. A cerveja Três Lobos Bravo, estilo American Imperial Porter foi medalha de ouro no campeonato.

Foto Divulgação

Medalha de ouro

Viagem ao mundo cervejeiro

A Backer, empresa familiar fundada em 1999, nasceu como a primeira cerveja artesanal de Minas. Atualmente, localizada no Bairro Olhos d’Água, aos pés da Serra do Curral, a cervejaria investiu em infraestrutura para uma maior comodidade dos visitantes de Minas Gerais e também, claro, de outros estados. A partir de agosto, os apreciadores da loira gelada poderão desfrutar de uma experiência única, ao conhecerem de pertinho, como é produzida a bebida. Será possível ainda conhecer os equipamentos de ponta, na companhia de bons profissionais e descobrir alguns segredinhos do processo de fabricação da cerveja. “Com base em estudos e viagens nacionais e internacionais, investimos na qualidade dos nossos espaços. Agora podemos proporcionar visitas guiadas com o mestre cervejeiro, além de oferecer um restaurante anexo à fábrica,” conta Paula Lebbos. O restaurante, aberto também ao público que trabalha nas proximidades da indústria, funcionará a partir de agosto e será aberto de domingo a domingo para almoço, self service e à la carte, e de quarta aos sábados para happy hour. “Nosso objetivo é receber as pessoas para um passeio interessante, aprenderem sobre a cerveja, conversar com o mestre cervejeiro, tomar cerveja direto do tanque, e, ao final continuar no nosso restaurante”, explica. Ainda de acordo com a diretora, a ampliação teve um investimento de R$ 5 milhões e que também resultou na geração de empregos. “De 60 funcionários, passamos para 80 e vamos contratar ainda mais para o restaurante, como garçons, chef de cozinha, auxiliar de serviços, entre outros,” conclui.

SERVIÇO Cervejaria Backer Endereço: Rua Santa Rita, nº 220 Olhos D’água - BH Tel.: (31) 3228-8888 www.cervejariabacker.com.br

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ESPECIARIAS

GRANDES

ALIADAS DA GASTRONOMIA

Por Helenna Dias Fotos Banco de Imagens

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Pimenta-do-reino

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prendemos ainda na escola que o descobrimento do Brasil está ligado diretamente à história das grandes navegações. Há quem duvide, mas, fato ou não, o país foi descoberto após a embarcação de Pedro Álvares Cabral sair de sua rota original. Contam os historiadores que, quando Cabral embarcou em Portugal, a intenção era chegar até à Índia. O objetivo? Monopolizar o comércio de pimenta e canela – isso porque a venda das especiarias era disputada entre portugueses e espanhóis.

Cravo-da-índia

Mas também tinham uma função no mínimo curiosa, eram usadas para mascarar o odor e o gosto desagradável dos alimentos em decomposição. Por terem longa durabilidade, os temperos suportavam grandes períodos de viagem sem perder as qualidades aromáticas e medicinais. Com o passar dos tempos, o homem viu nas especiarias as mais variadas formas de utilização, entre elas: perfume, afrodisíaco, medicamento, veneno, alucinógeno e etc. Atualidade

Entretanto, estudos indicam que a comercialização dos condimentos existe desde a antiguidade, atingindo sua expansão a partir das Cruzadas, na Idade Média. E, para contextualizar o alto custo das especiarias, naquela época, uma pequena quantidade de cardamono - sementes de uma planta da família do gengibre – valia o salário de um homem pobre durante um ano. Já os escravos eram trocados por punhados de pimenta em grão.

Canela

Diferentemente do passado e com algumas exceções, hoje estão mais acessíveis. Grandes aliadas da gastronomia, as especiarias estão presentes desde os pratos mais simples aos mais sofisticados. Há quem não goste, e também quem não abra mão delas. Preferências à parte, os condimentos trazem em seus sabores, cores e aromas, particularidades interessantes dos povos do mundo inteiro.

Noz-moscada

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Gengibre

Pimenta-do-reino: seus grãos são secos e moídos. De sabor picante, deriva da substância conhecida como piperina. O comércio do tempero era ativo no subcontinente indiano, de onde era trazido ao Ocidente por mercadores muçulmanos. Seu valor era tão alto que algumas fontes citam que Alarico I, o visigodo, exigiu dos romanos pagamento em ouro, prata e pimenta. Um quintal de grãos de pimenta (60 kg) chegou a valer, à época da expansão marítima, 52 gr de ouro. É a mais importante especiaria comercializada mundialmente e usada em larga escala como condimento, e também em indústrias de carnes e conservas. Cravo-da-índia: é originário das Ilhas Molucas, na Indonésia. O botão da flor, quando seco, é usado como especiaria desde a antiguidade, para aromatizar alimentos e para fins medicinais. Na China, além de tempero, também era usado como antisséptico bucal. Para conversar com o imperador, o visitante tinha que mascar cravo para prevenir o mau hálito. No início do século XVI, um 1 kg da especiaria custava 7 gr de ouro. Canela: nativa do Sri Lanka, no Sul da Ásia, na medicina é utilizada para curar resfriados. Mencionada por autores clássicos, como Heródoto, a canela aparece, inclusive, na Bíblia, no livro de Êxodo e Provérbios. No início do século XVI, era trazida por navegadores portugueses diretamente do Ceilão (atual Sri Lanka, Ásia). A partir de 1638, a Companhia das Índias Orientais, empresa holandesa, se apropriou das rotas de comércio portuguesas. Um 1 kg de canela custava 10 gr de ouro.

Processo de extração manual dos estigmas

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Açafrão

Foto Daniel Mansur

Noz-moscada: desde a antiguidade até o século XIX, o único lugar onde a especiaria era encontrada era na Ilha Banda, nas Molucas, Indonésia. Era vendida por mercadores árabes à República de Veneza e revendida a preços altíssimos. Em 1511, o português Afonso de Albuquerque, em nome do rei de Portugal, conquistou Malaca, o centro de comércio asiático. Em 1512, seus exploradores acabaram chegando a Banda, de onde encheram os navios de noz-moscada e cravinho. Gengibre: de sabor picante é originário da Ilha de Java, Índia e China. Por aqui, a entrada do tempero é associada às invasões holandesas a partir de 1625, em Pernambuco. Maurício de Nassau trouxe ao país o botânico Pison, o qual associou o condimento ao Brasil, registrando que a especiaria era cultivada tanto aqui quanto na Ásia. Isso porque a planta era encontrada em estado silvestre. O caule subterrâneo do gengibre é utilizado desde a antiguidade, tanto na culinária quanto na medicina. Açafrão: de origem asiática e extraída dos estigmas de flores de Crocus sativa, é utilizada desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária do Mediterrâneo, no preparo de risotos, aves, caldos, massas e doces. É um item essencial à paella espanhola. É a mais cara e fina especiaria do mundo. Na Espanha, por exemplo, 10 g custam cerca de 43 euros. O motivo? Para se obter um quilo de açafrão são processadas 150.000 flores. Cada uma possui três estigmas femininos, que são extraídos e separados. Somente três, e estes são colhidos um a um. Daí o preço exorbitante do condimento.


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Foto Banco de Imagens

DOCES

DELÍCIAS EM CENA

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proveitando o clima das festas juninas – e julinas, por que não? -, não poderíamos deixar de falar de duas guloseimas muito apreciadas pelos mineiros. Em cena, duas sugestões pra lá de deliciosas. Mugunzá, mukunza, ebô, jimbelê, chá de burro... Nomes estranhos? Sim, mas estamos falando da mesma pessoa, ou melhor, do mesmo doce. Para nós mineiros, a deliciosa canjica. Com grãos de milhos ralados, a guloseima é feita com leite de vaca, açúcar, margarina, água, leite condensado, leite de coco e canela. Pode ser servida quente ou fria, e seu nome remete ao prato e ao grão utilizado, o milho branco. Há relatos, que a canjica chegou ao Brasil através de escravos. Era uma alimento muito consumido em quilombos e senzalas, depois o doce ganhou novos ingredientes,

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sendo também incorporados nas casas das famílias com maior poder aquisitivo. De origem asiática, o arroz-doce faz o maior sucesso em vários países e cada região determina os condimentos e o modo de prepará-lo, em sua variedade de receitas. Pode ser servido quentinho ou gelado. No Brasil, por exemplo, o arroz pode ser preparado no leite, leite condensado ou água e açúcar. Já na Dinamarca o arroz-doce pede amêndoas, nas Filipinas, frutas e chocolates, na Tailândia, coco, e nas Maldivas, canela e até mesmo folhas. A iguaria chegou ao Brasil, vindo de Portugal. Na época do Império, no Rio de Janeiro, a sobremesa preferida das pessoas ricas, a maioria de origem portuguesa, era justamente o arroz doce.


CANJICA

Foto Divulgação

Ingredientes • 1 quilo de canjica • 2 colheres de mesa de amendoim torrado e moído • 2 colheres (mesa) de coco ralado • 5 cravos • 1 pau de canela • 1 pitada de sal • Açúcar a gosto • Chocolate em pó a gosto • Leite o necessário Modo de preparo Cozinhar a canjica com água até amaciar. Reservar metade e passar outra metade para bater no liquidificador. Levar ao fogo em panela grande e grossa, juntar os temperos, acrescentar o leite e adoçar a gosto. Deixar ferver bem em fogo brando para pegar gosto, mexer uma vez ou outra pra não deixa grudar no fundo. Pode ser também cozida inteira, temperar apenas com leite e açúcar. Servir bem quente e acrescentar queijo em cubos. Receita retirada do livro A história da arte da cozinha mineira por Dona Lucinha

ARROZ-DOCE

Foto Rogério Franco

Ingredientes • 5 litros de leite integral • 1 xícara de chá de arroz • 2 xícaras de chá de açúcar • Canela em pó a gosto • Cravos a gosto Modo de preparo Coloque o leite para secar durante 2h. Acrescente o arroz cru. Deixe cozinhar por volta de 40 minutos. Depois, acrescente as duas xícaras de açúcar. Misture bem, até dissolvê-lo completamente. Acrescente os cravos. Coloque o doce em uma travessa. Deixe esfriar e salpique canela em pó. Autora: Fernanda Lage - receita retirada do livro Minas Gerais - Fazendas e Sabores do Leite, o terceiro livro da coleção de Clesio Barbosa e Patrícia Soutto Mayor Assumpção

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Foto Banco de Imagens

DIA DOS NAMORADOS

NÃO IMPORTA

O DIA. A ORDEM É CELEBRAR!

Por Sandra Leão

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ma paixão não exclui a outra, pelo menos quando o assunto é celebrar o Dia dos Namorados e a outra é acompanhar o jogo de abertura da Copa do Mundo, que, neste ano, acontece no Brasil e marca a estreia da seleção canarinho contra a equipe da Croácia, no próximo dia 12. Assim, para agradar aos casais que não querem deixar a data passar em branco, vários restaurantes

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da capital mineira entraram no clima e também anteciparam as comemorações para o dia 11 de junho. A “nova” data é só um detalhe, uma coincidência. O que vale mesmo é aproveitar a noite e curtir todo o romantismo ao lado da pessoa amada. Para os mais “esquecidinhos”, fique atento ao calendário e confira as dicas que a revista Minas em Cena selecionou especialmente para você.


Foto Jô Moreira

Foto Jô Moreira

Província di Salerno

Outback Steakhouse

O italiano Província Di Salerno, uma das mais tradicionais casas de massas, garante o clima romântico para os pombinhos apaixonados. O restaurante conta com decoração romântica, marcada pela luz aconchegante e objetos originalmente italianos. Os casais que escolherem comemorar a data nos dias 10 e 11 (terça e quarta-feira), ainda concorrem a dois jantares harmonizados no valor de R$ 260,00 cada. No cardápio, massas artesanais e molhos com temperos típicos do sul da Itália incrementam os pratos.

Também na terça e quarta-feira (dias 11 e 12), a partir das 18h, os restaurantes Outback Steakhouse realizam a tradicional ação “Quanto mais amor melhor”. A rede irá montar uma área para que os casais sejam clicados. A fotografia será impressa na hora, e os clientes levam para casa o registro da noite romântica, além de poder compartilhar a imagem nas redes sociais. De presente do Outback, os apaixonados poderão escolher, dentre várias opções, um desenho com tema relacionado à data para emoldurar a foto. No menu, uma carta de vinhos cuidadosamente elaborada para a perfeita harmonização com os tipos de carne oferecidos no cardápio dos restaurantes. Há bons exemplares americanos, australianos, chilenos, argentinos, nacionais e espumantes. Lojas Pátio Savassi: (31) 4003-4172 Boulevard Shopping: (31) 2538-7438 BH Shopping: (31) 4003-4135

Fotos Divulgação

Endereço: Rua Maranhão, nº18 – Santa Efigênia – BH Tel.: (31) 3241-2205

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Fotos Webert Debarry

Pinguim

Chalé Santhé

O Chalé Santhé irá comemorar o “momento a dois” nos dias 11, 12 e 13 ao som de jazz, e ao vivo, um duo de sax e guitarra e à luz de velas para compor ainda mais o clima romântico. O cardápio também será especial: como entrada, um Capeletti de frango defumado in brodo. Para os pratos principais, os casais podem escolher entre Rocambole de filé recheado com parma e gorgonzola, servido com Fettucine a la vodka, ou lombo de vermelho com salada de rúcula selvagem sob espaguete de pupunha trufado. Para sobremesa, uma moqueca de morangos e nozes com chocolate belga.

Fotos Divulgação

Endereço: Alameda Olavo Carsalade Vilella, nº 70 Condomínio Ipê da Serra – Nova Lima Tel.: (31) 3581-7732

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Um jantar romântico em uma casa ambientada com uma decoração temática, para garantir um clima intimista. Essa é a proposta do Restaurante e Choperia Pinguim, que irá oferecer a programação especial na véspera do dia 12. As opções incluem duas entradas, três pratos principais, três sobremesas e uma garrafa de espumante ou vinho. Como entrada, os casais terão à disposição salada verde e bruscheta italiana. Para os pratos principais, as escolhas são: roseta de salmão com molho de frutas vermelhas e risoto de cogumelos; costeleta de cordeiro ao molho de vinho do porto com vagem francesa e batata no alecrim; ou galeto ao molho de ervas com purê de ervilhas e arroz de açafrão. Já as sobremesas, torta holandesa, morango com chantilly ou pudim de leite condensado. E entre as bebidas, espumantes Rio Sol Rosê, Rio Sol Brut ou o vinho tinto Rio Sol Cabernet Sauvignon-Syrah. Endereço: Rua Grão Mogol, nº157 – Carmo Sion – BH Tel.: (31) 3282-2007


Fotos Divulgação

A tradicional casa de rodízio de carnes irá oferecer, a partir das 20h do dia 12 de junho, uma experiência romântica aos casais com o violinista César Augusto, da Escola de Música Toque de Classe. Os apaixonados podem degustar uma garrafa de espumante ou vinho ou 3h de bebidas (água, suco, refrigerante e chopp) à vontade, rodízio, sobremesa e, ainda, uma surpresa especial - a ser definida pela casa - no fim da noite. Pode ser uma cortesia para passar um final de semana em um hotel-fazenda, serviços de spa, clínicas de estética, salões de beleza, ou vinho e espumante. Para garantir a reserva, é necessário dar uma entrada de 20%.

A casa terá programação especial para transmissão dos jogos no dia 12, dia da abertura do Mundial. Mas, o No Arco da Lapa vai celebrar a data apenas no dia 11, oferecendo um clima romântico com jantar à luz de velas e menu especial com entrada, prato principal e sobremesa. De entrada, as alternativas são bruschetta de alho poró com cream cheese ou salada capresi. Para o prato principal, o cliente pode escolher entre salmão ao molho de maracujá; arroz piamontese com legumes salteados na manteiga; tornedor ao molho madeira com pene aos quatro queijos ou medalhão de lombo ao molho barbecue; arroz com brócolis, farofa e legumes salteados na manteiga. Para fechar, as escolhas de sobremesa vão desde pudim, torta holandesa e cheesecake de goiaba.

Endereço: Avenida Cristiano Machado, nº 4000 – União – BH Tel.: (31) 3426-1100

Endereço: Rua Estevão Pinto, nº 1290 – Serra – BH Tel.: (31) 3324 -5554

Baby Beef

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Fotos Divulgação

No Arco da Lapa


Ephigênia Bistrô

crocante e trouxinha de chocolate com frutas tropicais ao creme de conhaque. Os namorados ainda serão presenteados com a harmonização de um espumante Monte Paschoal e um vinho tinto Terranoble Cabernet Sauvignon. Endereço: Rua Grão Pará, nº 20 – Santa Efigênia – BH Tel.: (31) 2535-3065

Fotos Jomar Bragança

Fotos Ana Paula Papini

O chef Robson Viana preparou uma surpresa especial para os casais que desejam comemorar a data no Ephigênia Bistrô, nos dias 11, 12 e 13 de (quarta a sexta-feira). No cardápio, cesta de pães e pastas com canapés variados; tartare de atum com manga ao balsâmico e saladinha de brotos de legumes; tortele de brie com figos na manteiga de parmigiano e plarinê de nozes pecan; ao seu beurreblanc com brunoise de legumes sobre galete de risoto; thu de maça verde; stracotto de cordeiro sobre mousseline de baroa trufada; verrine de mascarpone com frutas do bosque e plarinê

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O melhor buffet da cidade com a qualidade Na Mata Café. Estamos funcionando também durante o almoço, de segunda a sexta, entre 11h30 e 15h. Venha experimentar nosso cardápio especial.

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Rua Marília de Dirceu, 56 . Lourdes 41 31 3654-1733


Foto Julie Asdurian

MÚSICA

O TALENTO

E O CARISMA DE TIAGO ABRAVANEL

Por Helenna Dias

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le ficou conhecido nacionalmente ao “encarnar”, no musical Tim Maia – Vale Tudo, baseado no livro de Nelson Motta, o cantor Tim Maia. Espetáculo que lhe rendeu muitos elogios do público e da crítica. O que pouca gente sabe é que a carreira de Tiago Abravanel, neto de Senor Abravanel, ou melhor do apresentador Silvio Santos, começou em 2004. À época, com 17 anos, o ator estreou no teatro com a peça TeenBroadway. Entre outras, Tiago também atuou nos espetáculos Avoar, Aroma do Tempo, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Pinóquio. Três anos depois e ainda nos palcos, integrou o elenco do musical Miss Saigon, e nos anos de 2009 e 2010, marcou presença

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no aclamado musical Hairspray, dirigido por Miguel Falabella. Na TV, sua primeira participação foi na novela Amor e Revolução (2011), exibida pelo SBT. No ano seguinte, Tiago marca a sua estreia na Rede Globo ao interpretar, na novela Salve Jorge, o personagem Demir. Em 2013, na mesma emissora, deu vida ao cantor Odilon Mascarenhas, em Joia Rara. Atualmente está em turnê por todo o Brasil, e uma de suas próximas paradas será no Gastronomia da Praça – o maior evento de alta gastronomia do estado. Com a simpatia e o carisma que lhe são peculiares, Tiago conversou com a revista Minas em Cena sobre o seu trabalho, suas preferências na cozinha e sobre música, é claro!


Foto Fernando Mucci O cantor Tiago ao lado do maestro João Carlos Martins e a sua Bachiana Sesi-SP

MINAS EM CENA - Como músico e também como alguém que aprecia um bom prato, qual a sua opinião em aliar um evento de alta gastronomia e música de qualidade? Já tocou em evento com essa mesma proposta? TIAGO ABRAVANEL - Nunca toquei

em um evento de gastronomia antes, mas adorei o convite e tenho certeza que será um sucesso. Essa edição do Gastronomia na Praça será muito especial. O local tem uma vista maravilhosa, a comida será assinada por grandes chefs e os alimentos arrecadados serão doados para dez instituições locais. MC - O que a gastronomia e a música têm em comum? TA - Penso na gastronomia e na músi-

ca como duas formas de arte. Elas são feitas para apreciação.

MC - Da culinária mineira, o que você gosta? TA - Pão de queijo e queijo branco

com doce de leite. MC - Já que estamos falando em gastronomia, você curte cozinhar, receber os amigos? Ou prefere participar apenas quando tudo está pronto? TA - Prefiro comer (risos). MC - Em geral, tem um prato que você mais gosta? TA - Prato cheio (risos). MC - O que o público de BH pode esperar do seu show?

“PARTICIPAR DO MUSICAL TIM MAIA FOI MUITO ESPECIAL PARA A MINHA CARREIRA E PARA A MINHA VIDA”

TA - Acho que ninguém ficará parado.

Já separei um repertório especial para essa apresentação e espero agradar a todos. O show será bem animado. 43


MC - Subir ao palco, além de outros atributos, requer um esforço físico muito grande. Você consegue conciliar atividade física e uma alimentação saudável? TA - Eu tento me alimentar bem, mas

com os compromissos, acabo fazendo a minha última refeição muito tarde. Isso me prejudica um pouco. Sobre a atividade física, eu tentei manter o ritmo dos ensaios da Dança dos Famosos, mas como logo em seguida participei de duas novelas, ficou mais complicado praticar uma atividade física frequente. MC - Quais são suas referências musicais?

MC - Tem pretensões em gravar um trabalho autoral ou acredita que atualmente o lado dos musicais é um caminho ainda a ser mais explorado por você? TA - Tenho novidades na minha carreira

musical. Vou fazer uma turnê esse ano com um novo show. Não posso contar muitos detalhes, mas no repertório terá músicas inéditas, Elis Regina, Só para Contrariar, Tim Maia, entre outros. MC - Ainda falando de musicais, tem alguma novidade sobre um novo trabalho? TA - Por enquanto, pretendo me dedi-

car a turnê esse ano. MC - Tem algum cantor em específico que gostaria de levar para os palcos? TA – Vários, uma lista extensa. Já tive a oportunidade de cantar com a minha amiga e querida Ivete. MC - Impossível não tocar nessa questão, mas, por ser neto do Sílvio Santos, acredita que o público 44

Foto Otavio Dias

TA - Gosto de qualquer tipo de música que faz as pessoas dançarem e se emocionarem.

ou até mesmo a crítica foram mais exigentes com o seu trabalho? TA - Pelo contrário, eu tive uma recepção muito carinhosa. MC - Quando estreou o musical Tim Maia – e sendo o cantor quem ele é continua sendo – para uma geração inteira e mesmo na TV, acredito que as comparações acabam sendo inevitáveis. Essas situações aconteceram de fato? TA - Participar do musical Tim Maia

foi muito especial para a minha carreira e para a minha vida. Fiquei muito feliz que um espetáculo musical tenha sido tão aclamado pelo público. Algumas pessoas se emociona-

vam ao assistir e me comparavam ao Tim Maia. Fiquei lisonjeado com os comentários. MC - Em algumas regiões de Minas (décadas de 1970 a 1990) havia uma máxima de que domingo era dia de macarronada, frango e programa Sílvio Santos. Pra você, domingo é dia de quê? TA - Inevitavelmente, domingo é dia de Silvio Santos. MC - Qual a sua expectativa para o show? TA - Que todos curtam muito a minha

apresentação e fiquem felizes com a minha companhia.


Aplicativo Android disponĂ­vel em

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UTENSÍLIOS

MEU

PREFERIDO É ...

E

les são indispensáveis em qualquer cozinha, mas, quando se trata do principal instrumento de trabalho dos chefs, alguns utensílios, entre tantos outros, assumem uma importância ainda

maior. Assim, ouvimos renomados profissionais, e cada um revela qual objeto é o “xodó” para as atividades do dia a dia. E olha só, tem chef que morre de ciúmes de suas ferramentas.

“A máquina de pastas, da marca Atlas Marcato, é usada há décadas na família, principalmente, porque a fabricação de massas é uma tradição para os Peluso. Nas décadas de 1950 a 1970, o Pastifício Peluso era uma das maiores indústrias de massa do país. Remo Peluso Chef do restaurante Italiano Província di Salerno

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“Panela – é dela que sai tudo. Na minha opinião é o instrumento mais importante para um chef, pois é ali que se dá toda a magia e química da cozinha. Gosto muito do modelo La Cocotte, da Le Creuset. Ela é versátil e proporciona várias técnicas de cocção, sem tirar o alimento do recipiente, além de mantê-lo quentinho”. Patrícia Cavalcante Chef do restaurante Santafé www.cozi.com.br (31) 3291.1862

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“Pra mim, as facas são indispensáveis. São três tipos: uma do chef, uma para desossa e uma para acabamento. Minha marca preferida é a Global. Gosto, pois são forjadas entre 56 e 58 graus, afiadas em ângulos retos, o que as ajudam a manterem o fio por mais tempo”. Fábio Pontes, chef do diVino Restaurante

“Na minha cozinha, o Robomix é indispensável para o preparo dos pratos que levam molho como ingrediente fundamental, por termos uma alta demanda diariamente. A facilidade para deixar o alimento mais homogêneo, em grande quantidade, permite manter a alta qualidade e agilidade no preparo. Hélio José dos Santos Filho, chef do restaurante Quinto do Ouro – Hotel Palace Ouro Minas

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Em uma cozinha profissional, são inúmeros os utensílios e equipamentos utilizados nas preparações culinárias. Temos que levar em conta as necessidades especificas do cardápio, logística, tempo e espaço físico. E, mesmo que não utili-

zados correntemente, são fundamentais para uma produção adequada. No meu caso, a faca é sem dúvida um dos itens essenciais, desperta ciúmes e cuidados especiais entre os chefs e cozinheiros. Eu morro de ciúmes e cuido muito bem das

minhas facas, da marca Century Line Tramontina. São excelentes: peso, tamanho, e de perfeito encaixe entre os dedos. Cleber Messner Chef do restaurante Mis a Mis 47


GASTRONOMIA NA PRAÇA

GASTRONOMIA

E CULTURA NA PRAÇA DO PAPA

Por Helenna Dias Fotos Divulgação/Gastronomia Na Praça

Empreendedores mineiros realizam o maior evento de alta gastronomia do estado, aliado a uma intensa programação cultural

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m uma de suas composições, ele dizia: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. A canção de Raul Seixas, com certeza, não foi o fio condutor dessa história. Contudo, ilustra bem o desejo de três jovens empreendedores movidos pela paixão pela gastronomia mineira e pelo estado de origem. Ainda de forma prematura, foi durante uma viagem pelo interior de Minas que os amigos Christiano Rocco, Jordane Resende Macedo e Marcelo Wanderley Alves começaram a construir o que hoje é uma realidade - o Gastronomia na Praça. Existia sim, a carência e vontade de realizar na capital mineira um grande evento

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de gastronomia aliado a musica de qualidade. Mas antes de vislumbrar esse evento como um negócio, os idealizadores tinham um propósito: levar a alta gastronomia ao alcance de todos, em especial às pessoas que não têm acesso a restaurantes mais sofisticados. À frente da produção cultural, artística e executiva, Christiano Rocco conta que, no ano passado, o Gastronomia na Praça teve como mote o incentivo ao movimento street food e à cultura foodie em Belo Horizonte. “Oferecemos ao público pratos preparados por chefs da alta gastronomia, porém num formato de comida de rua e com o mesmo requinte e qualidade, a preços bem mais acessíveis”, argumenta.


Edição 2014

Devido ao grande sucesso, este ano o evento assume proporções ainda mais expressivas. Realizado pela empresa Conecte Inovação nos dias 14 e 15 de junho (sábado e domingo), na Praça do Papa, a expectativa é receber mais de 15 de mil pessoas de forma rotativa. Em sua segunda edição, a grande novidade é a Arena Gourmet – um espaço a céu aberto que irá oferecer aos visitantes uma experiência singular, com degustação dos principais produtos da gastronomia mineira, como por exemplo: cachaças, cervejas especiais, salumeria, café, queijos e doces típicos. E quem deseja colocar os dotes em dia, terá a oportunidade de participar de workshops com os chefs, aprender receitas especiais, harmonização de vinhos e espumantes com sommeliers. O público também poderá contar com a Ala Pic Nic, um ambiente

especialmente reservado para interação e convívio familiar. O número de restaurantes participantes passou de oito para 15, com pratos exclusivos dos mais renomados chefs a serem comercializados a um valor único de R$ 20. Entre as atrações musicais, shows com os cantores Zeca Baleiro (sábado) e Tiago Abravanel (domingo), além de uma extensa programação que inclui jazz, bossa nova, chorinho, pop rock, MPB e blues. Para Rocco, a “união de sabores e música de qualidade integra o conjunto de excelência inerente ao projeto e, dessa forma, agrega valores culturais ao evento”, afirma. Outra questão apontada por Christiano reforça o aspecto social do Gastronomia na Praça, já que os ingressos são gratuitos mediante a troca de 2k de alimentos não perecíveis. A estimativa de arrecadação, segundos os organizadores, é de 60 toneladas, os quais serão doados a dez entidades de assistência social.

“VAMOS RECEBER OS TURISTAS DA MELHOR FORMA MINEIRA, OU SEJA, COMO RECEBEMOS NA COZINHA DAS NOSSAS CASAS”

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Jordane Resende e Crhistiano Rocco, Ed Motta, Rene Salviano e Marcelo Alves

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Economia

Guardadas as devidas proporções, podemos dizer que a gastronomia está para a economia mineira assim como o nosso tradicional e famoso Romeu está para Julieta – ou simplesmente, queijo com goiabada. Reconhecendo como umas das manifestações culturais mais significativas do estado, o governo de Minas lançou a marca “Minas Gerais Brasil - o Estado da Gastronomia”. Sobre essa ótica, “o Gastronomia na Praça vem para ser um grande fomentador de negócios, ao abrir espaço para os empreendedores de um estado que busca ser reconhecido internacionalmente. O evento acontece em um momento oportuno e é sem dúvida um presente para Minas Gerais”, enaltece o empresário e um dos idealizadores, Marcelo Wanderley. O empresário ressalta, ainda, que o projeto recebeu um investimento da ordem de R$ 2 milhões, movimentando

a economia da capital e do estado e responsável por gerar 3 mil empregos diretos e indiretos. Também cabe registrar outra potencialidade, o de ser uma grande vitrine para todas as empresas envolvidas com perspectivas de negócios futuros. A iniciativa, que já é considerada uma das maiores da alta gastronomia mineira, integra a programação oficial da Copa do Mundo. “Vamos receber os turistas da melhor forma mineira, ou seja, como recebemos na cozinha das nossas casas. Além disso, um dos nossos principais objetivos da iniciativa é valorizar os chefs que utilizam, diariamente, a sua maior paixão para nos servir”, explica o também idealizador do projeto, Jordane Macedo.

SEGUNDO A SECOPA-MG, A CIDADE RECEBERÁ CERCA DE 20 MIL ARGENTINOS, 2 MIL BELGAS E 5 MIL CHILENOS

A famosa hospitalidade do mineiro promete conquistar novos públicos. Pois, segundo dados da Secretaria de Estado Extraordinária para a Copa do Mundo (Secopa-MG), a cidade recebe-

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rá aproximadamente 20 mil argentinos; 2 mil belgas e 5 mil chilenos e uruguaios. Mas há também quem venha para unir o útil ao agradável, como é o caso dos estudantes dos cursos de turismo do Rio de Janeiro e Brasília, com a intenção de realizar visitas técnicas. E, visando uma maior divulgação da nossa cidade, será entregue aos visitantes um guia com o mapa gastronômico e os principais pontos turísticos de BH. A ação tem como parceira a Belotur.

vimentação financeira de R$ 22 bilhões a cada ano. Já na capital, são 18.613 empresas, destas, 40% possuem perfil de bar e 60% de restaurantes; mais de 112 mil empregos diretos e uma movimentação financeira de R$ 4,5 bilhões a cada ano. As informações foram apuradas com base em estudos do IPC Marketing Editora (2013); Abrasel – Estimativas da instituição com base nos dados do Estudo IPC Maps 2013; e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, respectivamente.

Potencial Infraestrutura

Os dados, a seguir, sinalizam o potencial econômico do setor em Minas Gerais e em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, os números do segmento alimentação fora do lar no estado são de 105.958 empresas; gera mais de 630 mil empregos diretos e possui uma mo-

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Um evento desse porte exige todos os cuidados nos quesitos segurança, transporte, sustentabilidade e acessibilidade. Para tanto, a organização desenvolveu, em conjunto com a BHTrans e empresa privada, um projeto com o intuito de

garantir o melhor acesso ao público. Em relação ao transporte, além de incentivar por meio de campanhas o uso do transporte coletivo e a carona solidária, firmou parcerias com cooperativas de táxi para atender o translado Centro/ Praça do Papa/Centro. Afinal, aqui vale a pena insistir na redundância: se beber, não dirija, e vice-versa. No que se refere à acessibilidade, o local terá banheiros e rampas para cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção. O meio ambiente também não poderia deixar de entrar na pauta. Para isso, os organizadores realizam, no período que antecede o evento, uma campanha para coleta do óleo de cozinha. Inciativa semelhante também será levada para a Praça do Papa, onde haverá coletores para resíduos sólidos, líquidos e coleta seletiva.


Fotos DHL Vídeo e Produções

PERFIL

Christiano Rocco é fundador e presidente do Instituto ATIVA Brasil, organização do terceiro setor - criada há oito anos, a instituição atua na defesa dos direitos sociais e da cidadania. Rocco também é sócio-d iretor da Conecte Inovação, a empresa é especialista em eventos corporativos e possui grande expertise e credibilidade, resultado da realização de eventos realizados em todo o país. Atualmente, tem como clientes grandes empresas nacionais e multinacionais. Christiano também é o idealizar do Praça ATIVA: Cultura e Educação para ajudar a Transformar o Brasil, projeto que há oito circula todas as regiões do país realizando eventos gratuitos em praças públicas.

Jordane Resende Macedo é proprietário da Dcarro.com e possui experiência de mais de duas décadas no mercado de automóveis. Em 2011, participou do seminário Empretec, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e ministrado pelo Sebrae. Posteriormente, foi um dos empresários convidados para representar a comemoração de 20 anos desse seminário no Brasil. Morou até os 12 anos na cidade de Pimenta (MG), onde trabalhou com plantio de hortaliças, lavouras de café, lida com gado e até em açougue. Veio para BH em 1992, e ao frequentar alguns restaurantes da capital começou a interessar-se pela gastronomia. Em seguida, passou a realizar cursos com os mais renomados chefs do estado, e devido ao conhecimento e fácil acesso a diversos produtores no interior, a gastronomia tem se tornado cada vez mais presente na sua vida.

Marcelo Wanderley Alves é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Pessoas e Negócios pela Fundação Dom Cabral. Possui uma carreira sólida no mercado financeiro e grande experiência na área de consultoria de campo. A expertise adquirida nessas áreas de atuação, o credenciou como representante máximo da Nipoflex em Minas Gerais – uma rede especializada em gestão de produtos bancários voltada para o varejo.

SERVIÇO Gastronomia na Praça 2014 Data: 14 e 15 de junho, sábado e domingo Horário: 12h às 22h Local: Praça do Papa Entrada: 2 k de alimentos não perecíveis, exceto sal e fubá. Onde trocar: Espaço Cultural 03 do Mercado Central de BH até o dia 13 de junho, ou até esgotarem todos os ingressos. Obs.: cada pessoa poderá trocar dois ingressos para cada dia do evento até o dia 13 de junho ou até esgotarem-se todos os ingressos. Saiba mais, acesse a programação completa: www.facebook.com/gastronomianapraca

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ESPECIAL

CHEFS EM CENA

Por Helenna Dias Fotos Daniel Mansur

É

na Praça do Papa, de onde se avista o mais belo horizonte da capital mineira, o cenário perfeito para um encontro de sabores e cultura. Não há ambiente melhor para contemplar a paisagem, aos pés da Serra do Curral, e ainda poder degustar pratos da alta gastronomia, preparados por 13 renomados chefs dos restaurantes mais sofisticados da cidade. E da união entre a arte e a comida, cabe até

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um pouco – ou muito – de poesia. Não nos deixa mentir o contista cubano Jorge Onelio Cardozo, quando dizia que “o ser humano tem duas grandes fomes, a de pão e a de beleza: a primeira é saciável; a segunda, infindável”. Não precisa dizer muito, mas vale a pena aguçar o lado poético desse grande acontecimento. Em um lugar de rara beleza, é a combinação perfeita - alimento para o espírito que sustenta a matéria.


Idealizador e criador dos pratos do Cantina Piacenza, Américo Piacenza foi criado na cozinha tradicional da família italiana. Apaixonado pela alquimia da culinária, o chef é um explorador da cozinha nacional e internacional. Passou por estabelecimentos no Brasil, Itália, Chile e na França, onde estudou e trabalhou por dois anos. Aliado à sua experiência, é notável o prazer que ele dedica às suas criações.

Pegue uma tradição familiar de gerações e acrescente um sabor contemporâneo de cozinha internacional, um espaço aconchegante, uma boa adega, poucas mesas e um carinho especial em preparar os pratos um a um. Esta é a receita da Cantina Piacenza ao unir todos esses elementos em um ambiente íntimo e acolhedor como a cozinha da família.

Américo Piacenza

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Aimorés, nº 2422 – Lourdes - BH Tel.: (31) 2515-6092 www.cantinapiacenza.com.br

Ravioli de queijo Minas com azeite de couve, salsa brava, crocante de bacon e redução de aceto balsâmico

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Formado em Gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi (SP), antes de assumir a cozinha do restaurante A Favorita, o chef Caetano Sobrinho passou uma temporada na Itália. Estudou no ICIF - Italian Culinary Institute for Foreigners e estagiou no restaurante Piccolo Lago, detentor de duas estrelas Michelin. Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral, a carreira de Caetano também inclui passagem pelo Senac Minas, onde ocupou o cargo de chef instrutor por quatro anos, e trabalhos com o renomado chef francês Erick Jacquin e a argentina Paola Carosella.

Caetano Sobrinho

Localizado na região nobre da capital e com mais de uma década de existência, A Favorita é uma das referências gastronômicas da cidade. O projeto da casa, uma antiga farmácia de manipulação, é assinado pela arquiteta Freuza Zechmeiseter. O espaço preserva boa parte do estilo original, como os armários e prateleiras do salão de entrada. O restaurante tem entre os seus pontos fortes os frutos do mar, e, além dos pescados, o cardápio traz cortes nobres como a costeleta de cordeiro, bife ancho e bisteca de vitelo. Também se destaca a carta de vinhos, são 350 rótulos entre tintos, brancos, espumantes, rosés, frisées, porto e champagnes.

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Santa Catarina, nº 1235 – Lourdes – BH Tel.: (31) 3275-2352 www.facebook.com/afavorita

Bolinho de paella com salsa de tomates frescos e azeite extra 56


Felipe Rameh é formado pelo Senac, na unidade Águas de São Pedro (SP). Como estagiário, tem passagens pelos restaurantes Garcia & Rodrigues (RJ), Vecchio Sogno (BH) e no Lá em Casa, na capital paraense. Como chef trabalhou no reconhecido internacionalmente Mugaritz, na Espanha, e no Le Chalet de La Forêt (Bélgica). No Brasil, no D.O.M de Alex Atala, ganhou reconhecimento ao acompanhá-lo em eventos por aqui e no exterior. Além de ter trabalhado como assistente de Alex no programa Mesa Para Dois, no canal GNT. Após uma temporada fora, retornou ao país e atuou no Dalva e Dito, também de Atala. Em 2013, Rameh foi indicado a Chef Revelação pela publicação Prazeres da Mesa e eleito Chef do Ano pela revista Veja Comer & Beber pelo trabalho à frente do Trindade. As criações dos chefs e sócios Felipe Rameh e Frederico Trindade trazem, para a capital mineira, a riqueza gastronômica de todas as regiões do país, aliando o antigo e o novo, o rústico e o contemporâneo. Tudo feito com produtos frescos, direto da horta para a mesa. O cuidado com os detalhes não está apenas no ambiente e na montagem dos pratos. Para tal, eles conhecem pessoalmente cada parceiro da casa e fazem questão de visitar, sempre que possível, os locais de produção dos alimentos. Além de rótulos internacionais selecionados dos principais importadores brasileiros, oferece uma carta especial de vinhos nacionais, investindo nos melhores rótulos produzidos no Brasil, especialmente selecionados para harmonizar com o cardápio diferenciado.

Felipe Rameh

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Alvarenga Peixoto, nº 388 – Lourdes – BH Tel.: (31) 2512-4479 www.facebook.com/TrindadeRestauranteBH

Cheese Mario com catchup de goiabada 57


Chef e proprietário do Xapuri, Flávio Trombino entrou no mundo da culinária ainda criança. A trajetória começou com os pais e fundadores do restaurante, onde cozinhou entre 1988 e 1990. Abandonou por um tempo a gastronomia em nome de outra paixão, o hipismo. Em 2012, o chef retoma a carreira e, profissionalmente, assume a cozinha do Xapuri. Ao lado da mãe dona Nelsa, vem demonstrando um grande sucesso na cozinha.

Flávio Trombino

Inaugurado em 1987, o restaurante é fruto de muita luta e dedicação, e hoje é reconhecido pela sua excelência na gastronomia mineira. Tem como fundadora a visionária Nelsa Trombino, a qual encantou a todos com sua criatividade e talentos culinários. Em um ambiente rústico, aconchegante, rico de floras naturais, uma loja de artesanatos de todo Brasil, hípica e atrações para as crianças, e claro, a deliciosa comida mineira servida por pratos à la carte e buffet de doces. Os pratos preparados sob comando da chef Dona Nelsa e do filho Flávio Trombino, são de deixar qualquer um com água na boca. Entre eles, frango preguento, lombo assado com batatas coradas, galinha ao molho pardo, isca do sertão, entre outros, tudo muito bem temperado e quentinho.

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Mandacarú, nº 260 – Braúnas - BH Tel.: (31) 3496-6198 www.restaurantexapuri.com.br

Vira-lata metido a besta 58


Há 16 anos, Guilherme Melo se dedica ao estudo da gastronomia. No ano de 2003, formou-se cozinheiro pelo Senac-MG e, desde então, aprofundou-se no estudo e na execução de técnicas diversas. Ainda neste ano, o chef criou o menu do Dalva Botequim Musical e, em seguida, trabalhou com o Ivo Faria, chef do Vecchio Sogno. Em 2007 inaugurou o Hermengarda, cujo nome é uma homenagem carinhosa a avô, pessoa responsável diretamente na escolha de Guilherme pela gastronomia brasileira. Na casa da década de 40, época em que a jabuticabeira dá o toque especial, o Hermengarda recebe seus clientes em um ambiente que traz o aconchego das casas das avós mineiras. O chef, proprietário e criador do menu, combina a gastronomia tradicional com ingredientes regionais brasileiros. O estilo de unir a tradição à pesquisa de cheiros e sabores do Brasil, levou a casa a conquistar o paladar dos mineiros e algumas premiações. Entre elas, destacam-se o prêmio de Novidade do Ano, pelo Guia Quatro Rodas (2009), e Melhor Cozinha Variada pela Veja BH (2010/2011e 2011/2012). Mas antes disso, em 2008, Guilherme foi eleito Chef Revelação pelas revistas Veja BH e Gula

Guilherme Melo

Foto Gustavo Ballesteros

Rua Outono, nº 314 – Carmo Sion - BH Tel.: (31) 3225-3268 www.hermengarda.com.br

Arroz de puta rica 59


O início da trajetória do chef Henrique Gilberto se deu em casa, ao lado do pai. Em 2005, trabalhou pela primeira vez como assistente no Festival Gastronômico de Tiradentes. À época, conheceu a chef carioca Flávia Quaresma, do restaurante Carême, onde fez seu primeiro estágio. Flávia foi uma espécie de mentora para Hnerique, já que foi ela quem o influenciou a cursar gastronomia. Aos 22 anos, venceu o reality show gastronômico Super Chef, da Rede Globo. Após tal feito, mudou-se para a Europa com o intuito de aperfeiçoar-se. Na Itália, trabalhou com o chef Massimo Bottura, da Osteria Francescana, onde conheceu o japonês Yoji Tokuyoshi - a quem tem como guia para desenvolver a filosofia de culinária regional que hoje aplica na cozinha do restaurante, que tem como sócios Rafael Mantesso (do blog Marketing na Cozinha) e Bernardo de Oliveira.

Henrique Gilberto

Com uma proposta simples e elegante, o BELO Comidaria tem como lema “Cozinhamos o que vendemos. Vendemos o que cozinhamos”, o que proporciona um cardápio caseiro e bem inusitado. A casa tem uma padaria na entrada, seguida de confeitaria e restaurante. A decoração chama atenção pelas instalações retrô, com objetos vintage e móveis reaproveitados. A cozinha oferece uma comida regional, apenas com ingredientes encontrados em Minas Gerais. A ideia é servir pratos simples e de maneira despretensiosa, porém muito saborosa. Rua Orange – nº 67 - São Pedro - BH Tel.: (31) 3643-1569 www.belocomidaria.com.br / www.facebook.com/belocomidaria

SANDUÍCHE DA TERRA Ingredientes Pão: • 3 kg farinha de trigo • 40 g de fermento biológico • 1,8 l de água • 375 g de açúcar • 375 g de leite em pó • 100 g de sal • 50 g fermento químico • 25 g bicarbonato • 100 g de gordura de porco Modo de preparo: • Misture os ingredientes secos e junte a água e a gordura na amassadeira até obter ponto de véu. • Boleie, abra os pães e cozinhe a vapor por 7 minutos. Recheio extra: Galinha • 3 kg de coxa e sobre coxa de galinha caipira • 100g de manteiga • 1 maço de tomilho • 200g de goiabada • 50g de pimenta sriracha

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• 50 ml de água • 30 ml de vinagre Modo de preparo: • Coloque as peças dentro de um saco plástico de embalagem à vácuo com a manteiga e o tomilho. Cozinhe em um termocirculador por 40min a 62°. Leve ao choque térmico e desosse. • Junte os demais ingredientes e leve ao fogo, apenas para homogeneizar, e pincele sobre a galinha. Leve ao forno e sirva dentro do pão. Carne de panela • 3kg de carne de panela • 500g de Mirepoix • 1L de vinho branco • 1kg de tomate pelado • 1kg de caldo de vitela Modo de preparo: • Doure os legumes ao forno e sobre eles coloque a carne. Coloque os ingredientes líquidos e cubra o tabuleiro com papel alumínio. • Braseie por 12hs a 130° e deixe esfriar dentro do caldo. Porcione e sirva dentro do pão.


Ele descobriu, desde cedo, a vocação para a culinária. E já aos 14 anos de idade, Ivo Faria entrou para o curso técnico de cozinha do Senac. Traz no currículo cursos em diferentes áreas ligadas à gastronomia, culinária e administração de restaurantes. No Centro Internacional de Glion, na Suíça, cursou Nutrição e Dietética. Em 1995, trouxe para cá um novo conceito em restaurantes, o Vecchio Sogno: uma casa em que a cozinha era chefiada pelo próprio dono do estabelecimento. Os clientes se acostumaram com a presença constante do chef, que alterna seu tempo entre a cozinha e o salão, recebendo pessoalmente a clientela. Em 2013, Ivo inova ao abrir o restaurante e pizzaria La Palma, na região da Pampulha, onde vem se consagrando como uma casa de excelência. Em sua trajetória, já recebeu diversos prêmios, entre eles, o de Chef do Ano pela Revista Veja (2011) e Chef do Ano pela revista Gula (2005 e 2007). O restaurante possui um cardápio inovador, um chef premiado, um ambiente sofisticado e a bebida perfeita para acompanhar momentos únicos. O Vecchio Sogno se destaca desde 1995, na capital mineira, como uma referência gastronômica da cozinha criativa italiana, brasileira e internacional. No cardápio, uma grande variedade de ingredientes, combinando sabores e aromas inesquecíveis. A premiada carta de vinhos, com mais de 400 rótulos, complementa a degustação.

Ivo Faria

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Martim de Carvalho, nº 75 – Santo Agostinho - BH Tel.: (31) 3292-5251 www.vecchiosogno.com.br

Gnocchi di taioba con picola polpetta di carni alla salsa veneziana 61


Jaime Solares começou no extinto restaurante Manhattan Grill. Fez curso no Senac e, antes mesmo de reqüen-lo, passou a trabalhar como cozinheiro no Ah! Bom. Mudou-se para a França, reqüentou cursos na área e trabalhou nos restaurantes Keisuke Matsushima, Mirazur e Joel Robuchon. Lá, trabalhou também em barcos particulares e fez curso técnico de cozinha. Depois de seis anos naquele país, o chef volta ao Brasil, com passagem no restaurante O Dádiva. Seis meses depois, exatamente em julho de 2011, abriu o Borracharia Gastropub. O restaurante ganhou este nome por funcionar nos fundos de um posto de gasolina. É um bom lugar para quem deseja apreciar pratos bem elaborados em um clima descontraído. O cardápio conta com refeições, petiscos e porções, além de entradas e sobremesas. O ambiente é aconchegante e informal, com quadros e peças de oficina, como pneus, macaco hidráulico e calibrador, na decoração. É o espaço ideal para bater papo, namorar, confraternizar e, sobretudo, comer bem. Avenida Afonso Pena, nº 4321– Serra – BH Tel.: (31) 2127-4321 www.facebook.com/borracharia

Foto Gustavo Ballesteros

Jaime Solares

Tilápia crocante com aioli 62


Considerado membro do seleto grupo da “Jovem Gastronomia Mineira”, desde cedo Leonardo Paixão cultiva o paladar com ingredientes refinados. Aos 12 anos, já preparava sozinho pequenas refeições para a família. Com o tempo, a paixão consolidou-se e cozinhar tornou-se sua maior fonte de satisfação no correr da vida. Cursou medicina na UFMG e, logo após se graduar, partiu com sua esposa para estudar gastronomia na Escola Ferrandi em Paris. De volta ao Brasil, atou como consultor no Taste Vin, o que resultou em diversas premiações. Hoje, como chef e proprietário do Glouton, ele pratica a cozinha francesa contemporânea com produtos brasileiros, ou gastronomia brasileira com técnicas francesas. Seguindo os bons exemplos dos restaurantes europeus, o restaurante não cobra pela água, servida filtrada, gelada e à vontade, em charmosas jarras de 500 ml. O menu é curto e sazonal, fazendo uso dos produtos brasileiros em seu momento de maior frescor, maior qualidade e menor preço. São adeptos de uma cozinha contemporânea, utilizando desde as técnicas francesas clássicas até as modernas espanholas e equipamentos de ponta. A carta de vinhos, como o cardápio, está em constante mudança e possui vinhos de todas as origens. No curto tempo de fundação, o Glouton e Leonardo já receberam algumas premiações. A mais recente, o melhor chef do ano pela revista Veja Comer & Beber 2014; revista Veja de Restaurante Revelação 2013/14 de BH; primeira estrela no Guia 4 Rodas com dez meses de existência; Chef Revelação do Brasil 2014 pelo Guia 4 Rodas.

Leonardo Paixão

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Santa Catarina, nº 1235 – Lourdes – BH Tel.: (31) 3275-2352 www.facebook.com/afavorita

Papada de porco ensopada e grelhada com purê de batata doce 63


Graduado em Gastronomia pela Universidade Estácio de Sá, e reconhecido como profissional da gastronomia italiana pela Delegazione Brasile da Federazione Italiana Cuochi (2013), Lucas Del Peloso comanda uma equipe de 30 profissionais na cozinha do restaurante Villa Roberti. O cardápio da casa, elaborado pelo chef, conta com antepastos, saladas, risotos, pastas frescas e carnes nobres grelhadas, tudo muito bem temperado com ingredientes tipicamente italianos.

Lucas Del Peloso

O Villa Roberti oferece o melhor da alta gastronomia, clássica e moderna, de todas as regiões da Itália, em um ambiente elegante, incorporado a um projeto inovador que exalta a beleza da arquitetura e design italiano com um toque familiar, típico dos Ristorantes. Com padrão de atendimento e serviço internacional, a casa preza pela altíssima qualidade de todos os ingredientes servidos, a começar pela produção artesanal de todas as pastas (lisas e recheadas) e dos diversos tipos de pães, feitos diariamente na forneria e rotisseria do restaurante. Na moderna adega climatizada, onde repousam 2000 garrafas, de 230 diferentes rótulos, vinhos originários da Itália, França, Espanha, Portugal, Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Alemanha e Brasil.

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Avenida Celso Porfírio Machado, nº 1520 – Belvedere – BH Tel.: (31) 2534-7714 www.villaroberti.com.br

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Ravioli Ripieni di Gallina Faraona - Ravioli recheado com galinha d’angola ao molho do próprio assado com champignon fresco e ora-pro-nóbis


Com mais de 15 anos dedicados aos principais restaurantes da Ilha de Ischia, na baía de Nápoles, sul da Itália e por morar tanto tempos no país, o chef Rafaelle Autorino se especializou em frutos do mar e na diversidade gastronômica da região. Rafaelle comanda, atualmente, o Pecatore. O restaurante é a mais nova casa do chef italiano Massimo Battaglinni que, juntamente com sete sócios, trouxe novo conceito em gastronomia de pescados. O local, que fica ao lado de outro restaurante de Massimo, a Salumeria, apresenta um extenso balcão, com a oferta, em meio a uma vasta camada de gelo, de peixes de diversas espécies, como: vermelho, salmão e o exótico peixe-sapo, misturados a outros frutos do mar, como ostras, lagostins e mexilhões. A casa oferece cardápio variado com pratos contínuos e sazonais e uma carta de vinhos preferencialmente espumantes, brancos e rosés, mais harmoniosos aos frutos do mar.

Raffaele Autorino

Foto Divulgação/Gastronomia Na Praça

Rua Sapucaí, nº 535 – Floresta – BH Tel.: (31) 2552-1450

Polenta de frutos do mar 65


Formado pelo Hotel Senac Grogotó Barbacena (MG), Rodrigo Zarife trabalhou durante sete anos em renomados restaurantes da Europa, sendo apontado como o primeiro chef a divulgar a gastronomia mineira contemporânea naquele continente. Rodrigo comandou, em Barcelona, o restaurante Txikiteo Taberna Basca e se aprimorou nas conceituadas Esculea de Hsoteleria Catalana e Hofmann. Vencedor do Festival da Lampréia, em Tomrar (Portugal) - um dos festivais de gastronomia mais antigos do mundo -, o chef atualmente é proprietário do Ro.Za Catering Exclusivo e atua como diretor de produção da BS & A Refeições, servindo mais de 6 mil refeições ao dia. Famoso por servir as paellas gigantes no Festival Gastronômico de Tiradentes, Rodrigo ministra aulas e palestras sobre as culinárias brasileira e internacional.

Rodrigo Zarife

O Ro.ZA Catering Exclusivo visa proporcionar momentos únicos para os clientes que contratam os serviços da casa. A alta gastronomia se funde às intensas pesquisas das nossas raízes, tradições e ingredientes (terroir) a fim de criar uma culinária autêntica, descomplicada, surpreendentes.

Foto Gustavo Ballesteros

E-mail: chefrodrigozarife@gmail.com www.facebook.com/RozaCateringExclusivo

Robata de Meca ao molho Thai de manga 66


Ele deu os primeiros passos na cozinha aos sete anos de idade por incentivo da avó, que lhe ensinava receitas mineiras como o frango com quiabo, hoje sucesso no restaurante Angelina Café. O chef Sebastião Costa teve importantes passagens nas cozinhas do Hotel Financial, Hotel BH Plaza, Hotel Wembling e Hotel Mercure. Em 2005 assumiu a cozinha do Le Café, onde cozinhou por nove anos. Em 2013, foi convidado pelo restauranter Renato Sucasas para comandar a cozinha do Angelina Café. No ano passado, Sebastião se destacou no Gastronomia na Praça com o Risoto Mineiro, um dos pratos mais vendidos de todo o festival. Tamanha qualidade levou a revista Veja BH, em janeiro deste ano, a recomendar aos seus leitores os novos pratos do chef. Instalado no charmoso bairro de Lourdes, o restaurante possui acomodações modernas com ambiente climatizado e decoração clean. O mobiliário confortável, aliado a um atendimento personalizado, permite o máximo conforto para que o cliente possa desfrutar do melhor da gastronomia contemporânea. Apesar do pouco tempo de existência, já foi considerado um dos melhores almoços executivos de BH pela revista Veja.

Sebastião Costa

Foto Gustavo Ballesteros

Avenida do Contorno, nº 6759 – Lourdes – BH Tel.: (31) 2531-1403 www.facebook.com/angelinacafebh

Risotto “Brasileirinha” 67


Foto Banco de Imagens

LAZER

HOJE É DIA DE PIQUENIQUE

Por Sandra Leão

O

hábito vem de longe e remonta às caçadas medievais que os nobres da França e da Inglaterra organizavam em suas cortes. A origem da palavra não se sabe ao certo, já que os ingleses e os franceses disputam a sua autoria. Dizem, os primeiros, que ela vem de pcnic, festas em que cada convidado leva um prato. Para os franceses, é a junção de duas palavras do idioma do país: piquer, que significa “beliscar” a comida, servir-se com as mãos; e nique, algo pequeno e de pouco valor. Em bom português, piquenique. Enquanto a indecisão permanece, por aqui a diversão em parques, campos e praia sempre

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atraiu e continua, sim, atraindo muita gente. Afinal, atire a primeira pedra quem ainda não sabe o que é reunir-se com os amigos ou família em torno de uma toalha xadrez, para comer e colocar o papo em dia. A bacharel em Relações Internacionais, Olga Durães, por exemplo, tem esse hábito desde criança por influência do avô. “Quando morava em Diamantina, meu avô costumava levar uma turma para fazer caminhada, e sempre terminávamos a atividade com um piquenique embaixo da árvore. Cada um de nós levava um lanchinho, um bolo, um suco e uma torta salgada. Era incrível,” conta.


Fotos Ana Alkmim

E, mesmo depois de mudar-se para Belo Horizonte, Olga não deixou o costume de lado. “Esse ano, fizemos um piquenique no museu Abílio Barreto, para comemorar o meu aniversário. Escolhi o espaço porque, além de charmoso, o lugar parecia mais seguro do que outras praças. Os meus amigos se divertiram e eu fiquei com vontade de sempre celebrar a data assim,” afirma. Meu primeiro piquenique

Foto Arquivo Pessoal

O técnico em informática Willian Azevêdo também é adepto aos piqueniques. Para ele, é uma prática muito agradável que proporciona momentos de alegria e descontração com a esposa Karina e os filhos Gabriel e Bernardo. “Temos

Olga prepara o espaço para receber os amigos e comemorar o aniversário

a oportunidade de estarmos juntos de nossa família, aproveitar as maravilhas da natureza e sentir o ar puro e refrescante. Aproveitamos para fazer muitas brincadeiras com nossos filhos”, comenta. A rotina do passeio em família, Willian disse que surgiu após questionamento de um dos filhos, o Gabriel. “Quando ele viu piquenique na televisão, nos perguntou se poderíamos fazer também. Gostamos da ideia, preparamos tudo e ficamos muito felizes em vê-lo empolgado com aquilo e buscamos tornar o piquenique uma prática em nossa vida,” conta. É claro que ele não se lembra, mas aos oito meses de idade o pequeno Gabriel já havia feito o seu primeiro piquenique. E por um bom motivo, o encontro era para comemorar o Dia da Família.

Karina, Willian e Gabriel, na época com oito meses, em seu primeiro piquenique comemorando o Dia da Família

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Fotos Arquivo Pessoal Cristina cultiva o hábito do piquenique com a família

Diversão no exterior

E sempre há tempo para criar novos hábitos, não é mesmo? É o caso da publicitária Cristina Andrade, que aderiu à prática do passeio um pouquinho longe daqui, na Espanha, quando, aos 19 anos mudou-se para Barcelona. Ela conta que frequentou uma escola e, depois da aula, ela e os amigos costumavam sair para fazer piquenique, por ser um programa barato e super agradável. “Desde essa época fiquei fascinada com a imagem das pessoas sentadas nos parques, relaxadas, conversando e petiscando. Ou mesmo sozinhas, lendo um livro. Desde então, acho um ótimo programa”, declara. Casada, mãe de dois filhos e atualmente residente em Miami, Cristina conta que a prática do piquenique é bem consolidada na cidade americana do estado da Flórida. Como exemplo, ela diz que na escola das crianças é comum esse hábito. Cristina ainda enumera alguns motivos para gostar dessa prática, “é gostoso brincar de turista onde a gente mora e, ao invés de estar dentro de casa, de um restaurante ou de um shopping, se deixar ficar ao ar livre e fazer da cidade uma companhia. Com um vinho branco gelado, uvas, queijo e uma baguete fresquinha, garanto que vai ser uma delícia”, deixa a dica. Agora só falta você!

Para dar tudo certo no seu programa, a nutricionista Gláucia Hübner dá algumas dicas sobre cuidados com a alimentação, acondicionamento e claro, receitas deliciosas. Confira! 70

• Evite alimentos em caixinhas (sucos, água de coco, leite, etc.), embalagens plásticas e latas de alumínio. • Leve uma toalha de mesa, de preferência grande (se necessário, até mais de uma), para forrar o local e colocar os alimentos. • Leve saco de lixo para acondicionar todos os resíduos gerados e fazer o descarte correto. O local deverá permanecer limpo para o próximo. • Evite ao máximo o consumo de alimentos industrializados, tais como: refrigerantes, salgadinhos de pacote, biscoitos (na maioria, fontes de gordura hidrogenada), barrinhas de cereal com alto teor de açúcares e sódio (e pobres em fibras), chocolate branco e ao leite, achocolatados em caixinhas, embutidos como salsichas, mortadelas, salames, presuntos e alimentos que contém glutamato monossódico: tipo de tempero que costuma estar presente nos caldos, macarrão instantâneo e salgadinhos tipo chips, sendo este prejudicial à saúde. • Embalagens de vidro ou aço inox são as mais indicadas para armazenar alimentos. Em caso de piquenique, a dica é levar o que for ser consumido nos recipientes apropriados e, se necessário, utilizar o descartável na hora de servir. • Acondicionar tudo em bolsa térmica é fundamental para prolongar o tempo de espera dos alimentos até o momento do consumo. • Para beber, recomendo sucos naturais ou água de coco natural em va-

silhame de vidro ou squeeze de aço inox. Uma ótima pedida é levar uma vasilha com gelo na bolsa térmica. Levar água também é fundamental, além dos chás gelados. Evite ao máximo os industrializados. Para comer Salada no potinho

É uma refeição leve, saudável, ótima para repor as energias, principalmente se a pessoa tiver que caminhar bastante durante o dia. Pode ser feita de véspera. Não é recomendado utilizar molhos à base de queijos e maionese, pois estragam com mais facilidade. Uma vantagem é que, para consumi-la, é necessário levar somente o talher, dispensando demais utensílios. Salada de frutas com cereal integral

O importante é procurar usar o cereal na íntegra, sem necessariamente ser sob forma de granola, pois estas, em grande parte são repletas de açúcares ou melados. Boas opções de cereais: chia (inteira ou farinha), farinha de linhaça, aveia e quinoa em flocos. E ainda: frutas secas (ameixas, damascos e passas); ovos de codorna cozidos (para serem descascados na hora); castanhas, nozes, amêndoas, macadâmias (sem estar sob a forma caramelada). Em nossa página, no facebook, confira outras sugestões que podem ser feitas na véspera do passeio.


O amOr UNE a aS S PESSO PESSOa aS. aS. O ÓDIO T TamBÉm.

Raymundo de Souza, Beth Goulart, Roberta Gualda, Lucinha Lins, Thaís Melchior, Bruno Ferrari e Rodrigo Phavanello. Em destaque: Juliana Silveira.

a nova novela da record. de segunda a sexta-feira, às 21h15. Novela de Cristianne Fridman | Direção geral de Edgard Miranda

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Classificação indicativa: 12 anos

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18r7.com/vitoria


SABORES

Fotos Daniel Mansur / Divulgação

INGREDIENTES

DE MINAS E DO BRASIL

Por Sandra Leão

Presentes na nossa culinária, ingredientes compõem desde pratos mais simples aos mais sofisticados

P

imenta-biquinho, queijos Canastra e do Serro, e ora-pro-nóbis. Esses e outros ingredientes típicos do nosso estado são de dar água na boca, não é? As combinações são as mais variadas – e inusitadas - e os restaurantes, inclusive os internacionais, usam e abusam dessas iguarias na composição de pratos sofisticados. Como é o caso do restaurante Drummond do Hotel Holiday Inn, em Belo Horizonte. A casa, especializada em culinária francesa, tem no cardápio o Peito de Pato com maçã ao molho de goiabada com especiarias e compota de abóbora. Para a sobremesa, Paleta - uma trilogia de Mini Creme Brulé, Tarterlletti de goiabada e Tiramisu de doce de leite. O menu é resultado do trabalho dos chefs David Jobert, um francês natural de Lyon, em parceria com Jonas Garcia, chef

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executivo do Holiday Inn, na Savassi. “Achamos importante esse toque mineiro, para valorizar o que temos de melhor em nossa gastronomia local, agradando nossos clientes belo-horizontinos. Além de divulgar para hóspedes de outras regiões do Brasil e do exterior a marcante culinária mineira”, comenta a coordenadora de Alimentos e Bebidas do Hotel, Nayara Almeida. O também francês Ah! Bom oferece Costela bovina confitada, por 48h, com batatas ao alecrim. Assinado pelo chef Leonardo Mendes, tem ótima aceitação e faz parte do cardápio executivo do restaurante, segundo a responsável pelo marketing, Patrícia Ribas. “Sempre temos, como sugestão, algum prato com referência mineira no menu executivo por ter uma proposta diferente do principal”, afirma.


Fotos Marcio Shaffer

Culinária diversificada Peito de Pato com maçã ao molho de goiabada com especiarias e compota de abóbora

Paleta - trilogia de Mini Creme Brulé, Tarterlletti de goiabada e Tiramisu de doce de leite

O Brasil apresenta uma culinária bem diversificada, e cada cantinho do nosso país tem hábitos alimentares próprios de cada cultura. Em Minas Gerais, por exemplo, temos comidas que agradam aos paladares do Oiapoque ao Chuí, e além deles também. Para a historiadora Márcia Nunes, que, juntamente com a mãe, administra o restaurante Dona Lucinha, “os alimentos estão na origem da formação da nossa cozinha. Qualquer cultura se identifica com a comida típica, independente do estado brasileiro. As pessoas aprendem a gostar de determinados alimentos e isso é passado de geração em geração,” argumenta. Queijos

Segundo dados do Ministério da Agricultura, 50% de todo o queijo consumido no Brasil saem de nosso estado. Os quatro tipos principais, por volume de produção, são: o Frescal, o Minas, o do Serro e o da Canastra.

Foto Patrícia Ribas

Costela bovina confitada com batatas ao alecrim

O queijo Canastra, como diz o próprio nome, é produzido nessa região da Serra e engloba as cidades de São Roque de Minas, Medeiros, Bambuí, Vargem Bonita, Piumhi, Tapiraí e Delfinópolis. Já o queijo do Serro, além da própria cidade, é produzido nos municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé e Serra Azul de Minas. Do ponto de vista histórico, Márcia Nunes conta que o clima e o terreno da região foram peças fundamentais para o sucesso do queijo do Serro. “Para a fabricação de um bom queijo são necessários uma boa adaptação e alimentação do gado, condições essenciais na produção do leite”, explica. No entorno da Canastra acontece o mesmo: o clima, a altitude e as águas dão a esse queijo um sabor único - forte, encorpado e meio picante. 73


lhado, geralmente acompanhado com fígado de boi e também refogado, em caldo e o doce. Essas versões são facilmente encontradas no Mercado Central”, afirma a historiadora.

Goiabada com queijo

No século XVIII era comum a prática de transformar as frutas em doces para conservá-las por mais tempo, já que a presença do açúcar cultivava o sabor do alimento. A partir disso, surge, então, a famosa goiabada. E uma deliciosa iguaria também, cuja alcunha está ligada a uma história de amor quase que universal, para não ser generalista. É que o eterno casal apaixonado, criado por William Shakespeare, “emprestou” o nome para um famoso doce degustado por aqui, a goiabada com queijo, ou melhor, o Romeu e Julieta. Na literatura, um amor que permaneceu até a morte de ambos. Na gastronomia, os dois são colocados para se contraporem um ao outro. “Degustar o queijo com a goiabada se dá a partir da necessidade de um equilíbrio entre o sal e doce,” afirma Márcia Nunes.

Pimenta-biquinho

A biquinho faz parte do grupo das pimentas aromáticas, popularmente conhecida como pimenta de cheiro. Apresenta-se com um sabor adocicado, não arde e vai bem em saladas, como aperitivo e até na decoração. O bar Casa Cheia, por exemplo, não dispensa a presença do fruto. De acordo com o sócio e chef da casa, Ilmar de Jesus, a biquinho apresenta diversas qualidades, como a responsabilidade de agregar valor ao prato com sabor suave que lembra o pimentão. Ela também consegue conquistar o público não muito simpático ao ardor das demais. “Há quem prefira comê-la como tira-gosto, porém, a maior vantagem é equilibrar os sabores em composições com outros ingredientes”, explica.

tes. Esses consumiam as folhas diariamente, fazendo com que a planta ficasse conhecida como a carne dos pobres. Grande acompanhante de carnes e aves, o ora-pro-nóbis é tão consumida em terras mineiras que a planta recebe uma festa em Sabará em sua homenagem. No entanto, Ilmar de Jesus lembra que o vegetal, quando preparado sozinho, não agrega tanto sabor a um prato. “É preciso ter alguns cuidados na hora do feitio, pois a folha possui um líquido muito viscoso, semelhante ao quiabo. Assim, o indicado é utilizá-la seca, para evitar que fique aguada. Após secar, deve-se rasgar e refogar o ingrediente com dente e alho. Coloque o ora-pro-nóbis em cima do prato, sem misturar, isso ajuda o alimento a ganhar mais sabor”, orienta. O chef do Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá, Murilo Facion, acrescenta que a planta também é ideal com carnes cozidas e forma uma combinação especial com o frango, por ter um sabor mais amargo. “A receita com o frango caipira é bem tradicional e característica da culinária mineira. O prato é um dos preferidos pelos hóspedes e para quem experimenta a comida típica do estado”, conclui.

SERVIÇO Restaurante Drummond Hotel Holiday Inn Rua Professor Moraes, nº 600 Funcionários - BH Tel: (31) 3064-6555 Restaurante Ah!Bon Rua Fernandes Tourinho, nº 801 Lourdes - BH Tel: (31) 3281-6260 Restaurante Casa Cheia Rua Cláudio Manoel, nº 784 Savassi - BH Tel: (31) 3234-6921

Jiló

Mesmo sendo originário da África, muitos pensam ser o fruto daqui, devido a aceitação e o cultivo bem adaptado em nossa cultura. É apreciado de várias formas na cozinha tradicional mineira: “como petisco quando é fatiado ou gre74

Ora-pro-nóbis

Nos tempos do ciclo do ouro suas qualidades gastronômicas já eram conhecidas, principalmente pelos povos mais caren-

Tauá Grande Hotel Rua Águas do Araxá Barreiro - Araxá Tel: (34) 3669-7020


PROMOÇÃO NÃO CUMULATIVA

NOVO SELO ADE

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Foto Banco de Imagens

CARREIRA

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GASTRONOMIA

MERCADO EM EXPANSÃO

Engana-se quem ainda pensa que a carreira limita-se apenas a ficar atrás do fogão fomentando o setor em sua extensa cadeia produtiva. Como exemplos, confeitaria, panificação, restaurantes, hotéis e etc.

dos. Agora temos estudantes de várias classes sociais e de todas as idades, e muitos escolhem a gastronomia como a primeira profissão”, justifica.

O coordenador do curso de gastronomia do Centro Universitário Estácio de Sá Belo Horizonte, Danilo Simões, explica as transformações e a evolução desse segmento nos últimos anos. “Primeiro, havia um preconceito muito grande, cozinhar não era coisa de homem, hoje não temos mais isso. O público era altamente elitizado e a maioria dos alunos já tinha uma graduação, tínhamos muitos médicos e advoga-

“Muitos procuram por hobby, mas a maioria dos nossos alunos não tem formação superior, vem do ensino médio e está buscando uma profissão”, acrescenta o especialista em gastronomia da Superintendência Educacional do Senac-MG, Hans Eberhard Aichinger. O especialista ressalta, ainda, a importância de se entender a diferença entre gastronomia e culinária, sendo esta mais restrita ao fato de saber cozinhar.

Na sala de aula, o especialista em gastronomia Hans Eberhard Aichinger e os alunos do curso de Tecnologia em Gastronomia

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Foto Simplesmente Retrato

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té bem pouco tempo, quem optava por seguir carreira na gastronomia, além das dificuldades comuns do dia a dia de qualquer profissão ainda precisava conviver com o preconceito. Porém, ao que tudo indica isso vem mudando e o mercado de trabalho para este profissional vem crescendo bastante no Brasil. Uma série de fatores ajuda a explicar esse novo cenário e, entre eles, o aumento da procura por cursos na área; novo perfil de alunos; a valorização dos ingredientes brasileiros e também por conta dos eventos esportivos mundiais que vão acontecer no país,


Foto Banco de Imagens

dois restaurantes-escola, nas cidades de Barbacena e Tiradentes. Já na unidade Estácio de Sá BH, a instituição de ensino registrava, em 2004, cerca de 20 a 30 alunos por classe. Atualmente esse número é de 800 estudantes. Áreas de atuação

“A gastronomia é muito mais ampla, além de técnicas, envolve gestão, marketing, administração. É muito mais do que saber cozinhar, o que também não quer dizer que um bom cozinheiro não possa vir a ser um ótimo chef”, explica. Na prática, não basta apenas “dominar” as panelas.

“(...) NÃO QUEREMOS PERDER A QUALIDADE E O FOCO DO CURSO”

bém ganhou valorização em função do aumento do poder aquisitivo, quando os brasileiros começaram a frequentar bons restaurantes”, esclarece. Danilo Simões, da Estácio de Sá BH, atribui o aumento desse prestígio ao comportamento e a um novo olhar da sociedade sobre o assunto. “Muitos chefs foram se qualificar no exterior, voltaram com fama e começaram a participar de programas de televisão dedicados ao tema e, nesse sentido, a mídia tem um papel muito importante, principalmente se considerarmos que hoje a informação chega muito rápida. E sem deixar de citar, é claro, a valorização dos ingredientes brasileiros e também ao Alex Atala, devemos isso a ele”, enfatiza. Expansão

Reconhecimento

Sobre a valorização da carreira, Hans comenta que a posição de chef passou a ser reconhecida por aqui nos meados da década de 1980, época em que ainda não tínhamos noção do que era realmente ser um chef de cozinha. “De repente o Brasil se abriu para um mundo novo de pratos e temperos que até então não conhecíamos. A cozinha tam78

Prova de que o mercado está em franca expansão pode ser justificada pelos números. “Desde 2011 trabalhamos com 100% de ocupação. Não registramos um crescimento maior porque não temos estrutura para oferecer mais cozinhas, e também porque não queremos perder a qualidade e o foco do curso”, afirma o especialista Hans. Alem de BH, o Senac-MG conta com

Embora a maioria não tenha essa percepção, o profissional da gastronomia tem um vasto campo de possibilidades de trabalho. Foi o tempo em que a carreira limitava-se apenas a ficar atrás do fogão. Por isso, é importante que o aluno identifique sua aptidão e eleja a área em que deseja atuar. Um chef de cozinha, por exemplo, planeja e prepara cardápios. O chef pâstissier é especializado em confeitaria e panificação. Se esta ainda não for a escolha que melhor lhe convém, você pode ser um personal chef, aquele que trabalha em residências particulares. Outra possibilidade é se tornar um consultor, prestando assessoria técnica para abertura ou na melhoria de restaurantes. No campo da segurança alimentar, quem optar por essa área tem como atribuições realizar vistoria em cozinhas industriais e restaurantes. Ainda é possível trabalhar no desenvolvimento de produtos, aqui a ordem é criar e preparar pratos usando alimentos fornecidos por determinada indústria ou por um gestor de negócios, responsável que administra todo o funcionamento do restaurante.

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Fotos Paulo César Ribeiro / Banco de Imagens

NOVELA

ENTRE O MAU E O BOM

Em Vitória, nova novela da TV Record, os artistas mineiros Jonas Bloch e Augusto Garcia falam de seus personagens

U

m cenário belíssimo, com gravações na Ilha de Curaçao no Caribe e na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. A nova novela da Record, Vitória, que estreou no início desse mês, trata de temas polêmicos: neonazismo, trabalho infantil, incesto, assédio sexual no trabalho, preconceito contra cadeirantes, além de dramas modernos e problemas familiares.

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O folhetim tem como tema principal, a história de Artur (Bruno Ferrari), filho de Clarice (Beth Goulart) e Gregório (Antônio Grassi); um jovem que se vingará do pai que o abandonou aos 12 anos, quando ele ficou deficiente físico após cair de um cavalo. Depois da tragédia, seus pais se separam e o menino cresceu acreditando que foi rejeitado pelo genitor e formou uma nova família.


enredo bem interessante e curioso. Ao ser indagado se é possível um cidadão ser corrupto e ao mesmo tempo não compactuar com outros tipos de crimes, Jonas diz que “todo ser humano tem os dois lados, depende dos seus princípios e de como foi formado. Vejo muito brasileiro protestando, mas também tem aquele que suborna o guarda de trânsito, avança o sinal, sonega imposto, e, no entanto, vai para as ruas exigir que o governo seja absolutamente rígido nas suas coisas. Então, pra mim, todo mundo tem os dois lados, depende de como você trabalha com a questão e o quanto você acredita em um mundo melhor. Aí você dá o exemplo, inclusive, é pelo exemplo que podemos modificar as coisas, e não só gritando, só falando”, argumenta.

De acordo com o ator, o delegado Ramiro, apesar de corrupto ao longo dos capítulos, demonstra seu lado humano, seus bons princípios, o que deixa o

Ainda sobre o personagem, o ator conta que, para dar vida ao delegado corrupto, valeu-se de muita leitura e discussões. “Já tive essa vivência, seja

“AÍ VOCÊ DÁ O EXEMPLO, INCLUSIVE, É PELO EXEMPLO QUE PODEMOS MODIFICAR AS COISAS, E NÃO SÓ GRITANDO, SÓ FALANDO”

Foto Lya Priscila

A novela também aborda um dos principais problemas no nosso país e cada vez mais em evidência nos dias atuais, a corrupção. Papel que coube ao ator mineiro Jonas Bloch. Na trama, Jonas interpreta Ramiro, pai de Sabrina (Rafaela Mandelli), a relação profissional complicada acaba por resultar em um problema familiar já que os dois delegados irão se enfrentar. Ele, corrupto, e ela, ao contrário do pai, segue os rigores das leis.. “Esse é um dos grandes conflitos dentro do núcleo. Ela é cheia de disposição, quer prender todo mundo, quer atuar, e o cargo titular é dele. E apesar do amor imenso por essa filha, ele tem problemas, mas ao mesmo tempo se surpreende ao ver a filha em ações até então inesperadas por ele”, conta Jonas.

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pela minha carreira ou por uma série de situações pessoais em que precisei dar queixa, pedir apoio”, comenta.

“PROCURO SEMPRE ENTENDER A FUNÇÃO SOCIAL DE CADA PERSONAGEM QUE FAÇO” Com uma história mais amena e nem por isso menos atual, o também belo-horizontino Augusto Garcia interpreta Bruno, um nutricionista, que, de acordo com ele, prega uma alimentação pertinente ao que o ser humano necessita. “Ele tem uma ideologia muito forte em prol da alimentação saudável,

Augusto mostra-se engajado com o comer bem, pois, admite que em função do papel, ele mudou os hábitos alimentares, “Procuro sempre entender a função social de cada personagem que faço. Todos que fiz na Record têm uma mensagem bem interessante, e espero que o público reflita sobre isso”, afirma. O ator também finaliza a entrevista e deixa uma mensagem aos mineiros e à saudosa capital. “É uma cidade que eu adoro, tenho muito carinho, e não é à toa”, derrete-se.

Foto Munir Chatack

Perguntado sobre o fato de estar longe de casa, Jonas não esconde sua admiração, saudades da terra e da esposa, confessa ser um torcedor apaixonado pelo Clube Atlético Mineiro, e bem ao estilo atleticano logo solta o verbo, ou melhor, o grito, “GALOOO!”. Bom, voltando às raízes, ele acrescenta: “Minas está no meu coração, não tem jeito, está aqui dentro. Tenho uma casa em Lavras Novas, minha mulher tem um restaurante lá, tenho uma vivência de Minas muito forte. Quando estou de férias, vou pra lá”, declara, e aproveita para mandar um recadinho para os conterrâneos: “um grande beijo no coração de cada mineiro”, finaliza.

e em nome dela, luta para que o tema seja incluído nas disciplinas da escola, para que as pessoas aprendam a cultivar bons hábitos. Do mesmo modo que matemática e português são estudadas, por exemplo, Bruno defende que nas escolas também deve-se aprender o que comer ou não”, afirma.

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Foto Banco de Imagens

PERFIL GASTRONÔMICO

APAIXONADOS PELA ARTE DE COZINHAR

Fotos Giovanni Bessa

Os chefs Carlos Bruno e Wanderson Costa falam da carreira e do sucesso atual da gastronomia mineira

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rimeiro, ele atuou como advogado por sete anos, mas a paixão pela gastronomia falou mais alto no menino que cozinhava desde os 12 anos de idade. Hoje, o mineiro Carlos Bruno Lacerda Carneiro é o chef e proprietário do restaurante O Conde, na região nobre de Belo Horizonte. Carlos formou-se pelo Instituto Gastronômico das Américas (IGA), fez workshops na Itália e afirma que

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suas maiores inspirações são, principalmente, a cozinha mineira e italiana. Sobre o atual momento de valorização da área, o chef argumenta que “a gastronomia está cheia de recursos novos e pessoas criativas que a tornaram uma verdadeira arte, e assim como toda e boa produção artística, quanto mais apreciada maior o seu valor. Os meios de comunicação, o maior acesso à informação e a própria globalização são ferramentas que ajudaram na difusão da alta gastronomia,” afirma.


“Minha pretensão no âmbito profissional, é tornar o restaurante o melhor de Belo Horizonte e referência nacional e internacional”, revela o chef Carlos Bruno

Sobre a divulgação, ele comenta que a gastronomia sofisticada deixou de ser apreciada apenas por uma parcela da população, a acessibilidade do público tornou-se bem maior. “Aumentaram o número de pessoas e restaurantes que hoje investem na alta gastronomia, o que proporciona uma maior concorrência. Houve também um aumento do próprio poder aquisitivo, e, mais bem informadas, as pessoas procuram qualidade, lazer e não somente preço”, afirma.

qualidade e uma boa harmonização de vinhos”, descreve.

No outro lado da mesa, também como consumidor de gosto apurado, Carlos considera uma gastronomia aprimorada aquela aliada à ingredientes de qualidades, frescos e regionais. “Soma-se a isso a beleza na apresentação dos pratos, o ambiente, o serviço de

Voltando à direção do restaurante, o chef afirma que os pilares principais na administração de um restaurante se baseiam na presença do dono no acompanhamento das diversas etapas e também de uma boa equipe. E como um alpinista que escala o

Prestes a completar dois anos no próximo mês, o restaurante já recebeu diversas personalidades, o que aumenta ainda mais o prestígio do O Conde. Entre elas, a blogueira Thássia Naves, a atriz Cláudia Raia e o ator Mateus Solano. “É com grande prazer que eu recebo essas personalidades, pois são bons apreciadores da alta gastronomia,” afirma Carlos.

monte Everest, ele também ainda não se dá por satisfeito e deseja trilhar um longo caminho e chegar ao topo. “Minha pretensão no âmbito profissional, é tornar o restaurante o melhor de Belo Horizonte e referência nacional e internacional”, conclui.

“É COM GRANDE PRAZER QUE EU RECEBO ESSAS PERSONALIDADES, POIS SÃO BONS APRECIADORES DA ALTA GASTRONOMIA” 85


“Adoro fazer pratos sofisticados e ter ideias novas. Minha intenção é fazer a melhor comida para nossos clientes”, diz o chef Wanderson Costa

“DESSA FORMA TEMOS OS MELHORES CAFÉS, LEGUMES E FRUTAS. ESTAMOS VALORIZANDO QUEM PLANTA E ISSO É MUITO BOM” Outro apaixonado pela gastronomia e faz dessa paixão o seu trabalho, é o chef Wanderson Costa, responsável por assinar o menu do restaurante Saatore, especializado em culinária italiana. 86

O também mineiro conta que o principal segredo para uma boa administração é, sem dúvida, o trabalho em equipe. Segundo ele, com esse ponto positivo, não há dificuldades. “O segredo é que a administração precisa ser organizada, para o ambiente de trabalho ficar bem tranquilo”, afirma. O prato mais pedido do restaurante, conta Wanderson, é o Treccia Di Sogliolla, que consiste em uma trança de linguado e salmão, que, depois de grelhada, vem um molho de tâmara. E a guarnição é uma panqueca com queijo gorgonzola. “Adoro fazer pratos sofisticados e ter ideias novas. Minha intenção é fazer a melhor comida para nossos clientes,” comenta.

O cenário atual da gastronomia também é um ponto forte citado pelo chef. Para ele, a grande quantidade e variedade de ingredientes frescos e de boa qualidade à disposição, a valorização da nossa gastronomia e dos nossos profissionais, acaba levando essa expansão também para o campo. “Dessa forma temos os melhores cafés, legumes e frutas. Estamos valorizando quem planta e isso é muito bom. Importa também saber que estamos em evidência para o mundo em todas as áreas, e não apenas na gastronômica. O mundo quer conhecer nossas cores e nossos sabores e precisamos estar preparados para isso, com orgulho do que temos e do que somos,” exalta.


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ENSAIO

Por Helenna Dias Fotos Daniel Mansur Patrimônio histórico e cultural; um dos pontos de encontro mais tradicionais da cidade; parada obrigatória para os turistas de todos os cantos das Gerais, do Brasil e do mundo. E onde ‘tem de um tudo’. De lojas de artigos religiosos a esotéricos; de artesanato a eletroeletrônicos; de mercearias a açougues; tabacarias; restaurantes e bares; de panelas a panos de prato; de flores e frutas a ervas e pimentas; de pilões a botecos e cafés, e o não menos famoso queijo de Minas. É aqui também que os amantes da gastronomia e da boa comida se encontram. Alguns vêm em busca dos melhores ingredientes para compor os seus pratos, outros apenas para saborear os prazeres da boa mesa. Ou as duas coisas juntas, por que não? 88

Este lugar é o Mercado Central, bem no coração de Belô. Um dos símbolos da capital, há quem diga que a melhor empada de BH só se encontra aqui. Verdade ou não, só mesmo indo lá para conferir. Quer dizer, saborear. E é neste ambiente singular, capaz de agregar em um só espaço toda a diversidade e riqueza histórica e cultural da nossa gente, o local ideal para um belo ensaio que nos conduz a uma viagem pelos aromas, cores, sabores e texturas, impregnados em uma variedade de alimentos e produtos espalhados pelos seus corredores. Sensações que nos levam a experiências sensoriais, a um passeio pelos cinco sentidos. É indescritivelmente um lugar bem peculiar, com a nossa “cara” - simples assim.


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PRATOS TÍPICOS

CULINÁRIA

DA COPA DO MUNDO

Por Sandra Leão Fotos Banco de Imagens

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revista Minas em Cena resolveu entrar em campo para conhecer o “arroz com feijão” dos oito países que disputam, em BH, a primeira fase da Copa do Mundo. E pra você não perder nenhum lance, conheça as estratégias, não em campo, mas na mesa, da Colômbia, Bélgica, Argentina, Costa Rica, Inglaterra, Grécia, Irã e Argélia. É claro que a culinária desses países é muito maior, aqui apenas alguns pratos típicos de cada nação. Vamos ver quem sai vitorioso nessa?

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Colômbia

Entre os pratos típicos deste país, podemos citar a Arepa, cujo nome significa milho, no idioma indígena da região. É uma espécie de tortilha, cortada como um pão, e pode ser recheada com vários ingredientes. Para esse fim, comumente são usados: a panceta suína, carne de costela desfiada, vinagrete, molho de pimenta com cebola caramelizada, entre outros. Os colombianos apreciam essa delícia a qualquer hora do dia, costumam dizer que comem desde o café da manhã até o jantar. Na mesa, a Venezuela entra na briga pela disputa da nacionalidade do alimento, considerado um ícone gastronômico das duas nações. Bélgica

O prato símbolo desse país é o Mexilhões com Fritas ou moules frittes. Os moluscos são servidos em um pote grande e fumegante, acompanhadas de batatas fritas e maionese caseira. A batata é um alimento tradicional na cultura belga. Os locais favoritos para saboreá-las são os frietkots ou fritures, que são quiosques ou vendedores de rua. Costa Rica

Dois pratos simples em conjunto, fritos até ficarem tostados, o arroz e feijão formam o Gallo Pinto, prato típico da Costa Rica. Geralmente também vem acompanhado de milho, verduras, banana, frango, carne ou peixe, ovo, queijo, bacon, entre outros. O que vale é a imaginação. Aqui também acontece uma briga por paternidade. Os costa-riquenhos e os nicaraguenses se afirmam como os criadores da iguaria. Grécia

Um prato representativo da culinária grega é o vegetariano: Haniotikó Bouréki. São fatias de batata assadas com abobrinhas, queijo myzithra e hortelã. É bastante consumido no oeste da ilha de Creta.

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Irã

Um dos mais populares pratos do Irã é o Abgusht, traduzido, “água de carne”. Dividido em dois recipientes, um é uma sopa feita com a água do cozimento de carnes e legumes, com extrato de tomate, batatas, grão-de-bico e feijão branco. No outro é um purê, com os mesmos ingredientes, porém amassados. A partir desse prato criou-se a frase “Ab-e gusht ra ziad kin”, ao chegar convidados inesperados em casas iranianas, ou seja, “Água no “abgusht” que chegou mais um”. Argélia

Chakchouka é uma espécie de pratos de legumes, normalmente coberto com ovos batidos. Os ingredientes variam de acordo com regiões, entre tomate, cebola, batata, berinjela, azeitona, entre outros. É considerado um prato da Argélia, porém é bastante popular nos países vizinhos também. Inglaterra

Fish and chips ou peixes e fritas é um prato bastante típico. Surgiu como uma iguaria barata e nutritiva para saciar o apetite dos trabalhadores. Logo o prato conquistou a população inteira. Argentina

Empanada argentina é uma espécie de pastel assado, mas que também pode ser frito. São feitas com massa de farinha de trigo, originalmente, recheadas com carne mas também outros ingredientes, que variam de acordo com a região. Na terra dos hermanos, elas são adjetivadas com o nome do lugar que lhe deu origem, como, por exemplo: empanada salteña, tucumana, mendociona, rosariana e criolla, esta última, típica de Buenos Aires.

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Foto Giovanni Bessa

DRINKS

DELICIOSOS

Novos drinks do Na Mata Café

CRIATIVOS E OUSADOS

Combinações para agradar os mais diversos gostos e atrair novos públicos

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á quem prefira degustar um saboroso drink. Preparado com requinte e com certa dose de charme por quem entende do assunto, bares e casas noturnas têm investido em combinações um tanto quanto ousadas. Sim, que tal experimentar a bebida que leva, em sua composição, a pimentinha wasabi ou folhas de rúcula? Já famosa pelo público, a carta de drinks do Na Mata Café BH conta agora com mais sete sabores. As novas bebidas foram criadas exclusivamente para a casa e assinadas por Diego Barcellos - eleito o melhor bartender do Brasil pelo Diageo World Class 2013, o maior concurso de

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coquetelaria do mundo. O investimento se justifica, segundo um dos sócios do Na Mata Café, Felipe Santiago. “Não queríamos ficar parados no tempo, por isso resolvemos inovar. E para não errar na melhor carta de bebidas da cidade, convidamos o melhor do país”, enaltece. O diferencial, explica Santiago, deu-se a partir da percepção do gosto do público, um maior direcionamento para os drinks mais apreciados e, claro, o conhecimento de Diego Barcellos com ideias que foram trabalhadas em conjunto. Com as novidades, o Na Mata Café também promete conquistar os turistas que vêm a BH para acompanhar a Copa do Mundo.


Foto Caio Seixas Circuito do Rock apresenta os exclusivos Shots da Copa

Entre as ótimas pedidas, o empresário destaca o Wasabi Drink, bebida que leva em sua composição a “pimentinha” wasabi, deixando na boca um gosto suave do fruto e o Caipi Gourmet - drink que leva em sua composição folhas de rúcula e uma apresentação muito “verde”. A carta de drinks também atende a eventos fora do Na Mata Café BH. Outros drinks da nova carta

Hibisco Flower: o drink leva em sua composição o saudável chá de Hibisco, que ajuda na ação diurética, impedindo a retenção de líquidos e a capacidade de evitar o acúmulo de gorduras, principalmente na região da barriga e quadris. Shot Boom: shot com balinhas explosivas, deixando “sensações” na boca por alguns momentos. Strawberry Cream: drink com sabor de sorvete de morango. DissaronoSour: drink à base de amêndoas.

Shot Gelado: drink preparado com licor Tia Maria, Amarula e Jim Beam. Shots da Copa

O Circuito do Rock, responsável pela gestão das casas de shows Jack Rock Bar, Lord Pub e Circus Rock Bar, também aposta nos drinks. E, para quem gosta desse tipo de bebida e deseja experimentar outros sabores, a casa apresenta os exclusivos Shots da Copa. As novidades, além do Brasil, homenageiam a Colômbia, Bélgica, Argentina, Costa Rica, Inglaterra, Grécia, Irã e Argélia, países que disputam a primeira fase do mundial de futebol em Beagá. Os shots foram estudados cuidadosamente pelo mixologista Bruno Salgado, a fim de representar, visualmente, cada país a partir das cores das bandeiras. O da Argentina, por exemplo, tem a coloração azul do Curaçau Blue, e um leve toque de suco de laranja finaliza o shot com a estrela da bandeira dos hermanos, centralizada. O representante 103


Foto Jonathan Mello

Demonstração de alguns shots da copa

brasileiro tem quatro colorações, igualmente divididas: o verde pelo xarope de maçã, azul pelo Curaçau Blue, o amarelo pelo suco de laranja, e o branco ficou com a nossa marca, a tradicional cachaça brasileira. “Em uma Copa do Mundo, tudo o que facilite a comunicação é essencial para receber os mais variados turistas. Nosso público é muito engajado e a Copa é um evento único, merecendo uma ação de altíssimo nível para acompanhá-lo,” comenta o produtor do Circuito do Rock, Bruno Vilaça. A iniciativa com os Shots da Copa acontece desde abril, pois, de acordo com o produtor, novidades demandam de um período de aceitação. “Como se trata de um evento bastante diferenciado, decidimos apresentar a ideia ao público antes, para chegar ao 104

mês em questão com a ação “na ponta da língua”, justifica. Sobre a saída das bebidas, Bruno conta que as novidades já são um grande sucesso e a expectativa é de expressivo volume de giro, principalmente durante o torneio. “A receptividade é fantástica, mas não deixa de ser esperada. Foi uma ação desenvolvida com muito carinho, com o conhecimento de um mixologista profissional com experiência no exterior, associada ao belo trabalho de uma equipe de atendimento nas casas, além de um time de marketing de primeira. A interatividade é a alma do negócio”, elogia. Dependendo do sucesso, acrescenta o produtor, a intenção é expandir os Shots da Copa para campeonatos regionais e nacionais. “Mas a fórmula se-

creta, que vamos adotar para as próximas ações similares, é outra história...”, esconde o jogo.

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EAT ART

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A COMIDA

COMO FORMA DE VIVER A ARTE

Por Helenna Dias Fotos Divulgação

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la é movida pelos desafios, aliás, eles são uma fonte de inspiração para o seu trabalho, junto à inquietação e o desejo de querer estar sempre aprendendo algo novo. Talvez ela tenha o que o escritor americano Richard Wurman chama de ansiedade de informação, nome que dá título a um de seus inúmeros livros. E, assim como descreve o autor, ninguém tem a obrigação de saber tudo, e sim saber onde buscar o conhecimento. E ao que nos parece, essa lição ela não aprendeu nos livros, mas sim na paixão por tudo o que faz. Por isso, nem precisa explicar tanto para entender a personalidade da mineira Agnes Farkasvölgyi, basta apenas dar uma passadinha pelas experiências que traz em seu currículo. Natural de Belo Horizonte, Agnes é graduada em Física e em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mas ainda falta alguma coisa, também é chef de cozinha e sócia do bufê Bouquet Garni, em Belo Horizonte, desde 1989. É nesse momento que a artista, além do trabalho diretamente ligado ao bufê, pesquisa e explora a relação existente entre gastronomia e arte. Então, nada mais natural que a chef busque, na curiosidade das coisas, no desconhecido e no inusitado, algumas de suas principais ferramentas de criação. E como pede a ocasião, nosso papo com Agnes Farkasvölgyi é sobre eat art – definido por alguns como “comer arte”, cuja origem teve início na França ainda na década de 1950. E considerado por muitos, como um movimento transgressivo. Quer entender melhor sobre esse assunto? Então confira um bate-papo com a física, artista plástica, chef de cozinha e empresária, Agnes Farkasvölgyi.

MINAS EM CENA - Como chef, de que forma alia os conhecimentos de física e o de artista plástica na gastronomia? AGNES FARKASVOLGYI - Uso as duas formações em situações diferentes: a física/ciência me sinaliza com o fazer correto

ou fazer de uma maneira a se obter o que desejo. A arte me traz a possibilidade de usar da cozinha para me expressar. MC - O eat art é um movimento bem difundido no Brasil ou está restrito a um número pequeno de chefs? AF - Realmente não sei quantos brasileiros se apropriaram desse nome para descrever o que fazem ou como se expressam. São muitos poucos artistas que conhecem ou incorporem o termo ao seu fazer e dia a dia. Com mais de 50 anos, ainda assim a expressão eat art é desconhecida ou ignorada pela absoluta falta de conhecimento do que se trata. Quanto aos chefs, a maioria não aceita que a gastronomia possa ser arte. 107


MC - Quando começou a fazer uso da técnica foi por uma razão em especial? AF – Não, foi porque ela estava à dis-

posição e também porque sou curiosa. MC - Fez algum curso específico ou essa habilidade vem do seu trabalho como chef ou pelo fato de transitar em três áreas distintas, no entanto, complementares? AF - Faço cursos das coisas que não

sei e quero aprender. Assim, quando viajo para outros locais é também para aprender com a cultura gastronômica desses lugares, da mesma maneira que já fiz um curso de food design em um festival de verão dedicado ao design. MC - Qual a fronteira entre a arte e o alimento? AF – Todos os assuntos têm interfaces

que às vezes se comunicam. Se existe esse desejo, eles podem se invadir mutuamente, eliminando as fronteiras. MC - Em que momento o eat art se diferencia ou se distancia do trabalho do simples ato de transformar o alimento em uma escultura? AF - Quando o alimento passa a ser intencionalmente o meio de expressão artística muito além do acadêmico.

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Passa a ter sua própria estética, a que envolve as relações. MC - Na sua opinião, o eat art é um movimento transgressivo ao se apropriar de dois velhos conceitos de que não se brinca com comida e não se toca em arte? AF - É um movimento do fim dos anos de 1950 e grande parte de 1960, décadas reconhecidamente transgressivas. MC - O “comer arte” pode ser visto também como um meio de falar ou de divulgar as artes plásticas por meio da gastronomia? AF - Não usaria o termo comer arte, e

sim, fazer arte ou se expressar artisticamente usando a comida. Visto dessa forma, é sim uma maneira mais fácil de atrair mais pessoas para que vivenciem a experiência de viver a arte. MC - Podemos ver o eat art como um movimento provocativo? Ou seja, despertar nas pessoas sensações, sentimentos, promover a reflexão em questões cotidianas por meio do alimento? Ou ele não tem essa finalidade, é apenas mais um elemento para reforçar o ditado de que “comemos com os olhos”? AF - Comer com os olhos pode ser um

início para um próximo passo, mais

abrangente. Para isso, o comensal deve ser instigado a fazer desse momento uma experimentação muito além da visão. MC - Já tratou algum tema surreal no eat art? Se positivo, fale um pouquinho e como foi a reação das pessoas? AF - Surreal não, mas polêmico sim. O

tema do jantar de eat art de 2012 foi a morte, não essa que nos leva algo que amamos, mas a morte, o personagem que deve ser seduzido para que nos deixe ficar mais tempo por aqui. Ou o aniversário de morte, como uma festa para festejarmos quem já se foi. Ou um novo ciclo que se inicia, ou ainda uma festa em homenagem a quem já morreu. MC - Imagino que o processo de produção deva ser bem minucioso e complexo. Fale um pouco sobre isso. AF - Não é simples, de fato. Escolhido o tema, dá-se início à pesquisa e como transformar essa história em um banquete comestível, e daí, todos os processos de criação da narrativa comestível e da produção em si. MC - Já fez algum jantar ou evento semelhante usando apenas o conceito de eat art? AF - Desde 2005 venho fazendo um evento por ano, já são quase dez edições.


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MEIO AMBIENTE

UM GRANDE VILÃO

Foto-montagem José Carlos Saldanha

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le ainda é, para muitas cozinhas, um dos principais ingredientes. Em pauta, o óleo de cozinha. Seja por falta de informação ou de forma consciente, tanto o consumo como o descarte indevido do produto geram danos ao meio ambiente, inclusive ao homem. Quando é despejado em ralos e pias, vários danos são causados ao meio ambiente e redes de esgoto. Isso porque o óleo não se mistura com a água, assim, é criada uma barreira que dificulta a entrada da luz e oxigenação dos rios, comprometendo a base da cadeia alimentar aquática. E os números são alarmantes: uma gota de óleo contamina de 10 a 30 mil litros de água. O superintendente do Serviço de Tratamento de Efluentes da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Eugênio Silva, conta que o óleo, ao ser descartado incorretamente na pia e em contato com a água, transforma-se em pequenas pedras, dando origem a uma maior, entupindo a rede de esgoto.

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“O processo é bem semelhante ao colesterol na veia do ser humano, um acúmulo de gordura que ocasiona entupimento,” afirma.

“UMA GOTA DE ÓLEO CONTAMINA DE 10 A 30 MIL LITROS DE ÁGUA” O produto, em contato com os reatores das estações de tratamento, também prejudicam o funcionamento desses equipamentos. “É formado uma nata em cima do reator, que endurece e transforma-se em uma pedra. Para retirada dessa gordura há um gasto de R$ 3 milhões. Com esse valor seria possível construir uma estação de tratamento para atender uma cidade com aproximadamente 20 mil habitantes”, enfatiza.

Os equipamentos responsáveis por retirar o óleo nas estações de tratamento, chamados de caixas de coletas, apresentam um valor alto e totalmente desnecessário se a população fizesse sua parte. “Uma caixa de retenção para uma cidade do tamanho de Betim custa R$ 5 milhões”, explica Eugênio. Além do alto custo, que no final quem paga por ele é o próprio cidadão, ao fazer o descarte incorreto do óleo de cozinha, acontece também o desperdício, já que é um excelente subproduto para ser reaproveitado, podendo ser utilizado na produção de sabão, biodiesel e até energia elétrica. Resumo da ópera: Em 1.785, há exatos 229 anos, o químico francês Antoine Laurent Lavoisier descobriu a Lei de Conservação das Massas, a qual também pode ser identificada pela famosa frase: “na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”. Tempo suficiente para o princípio de Lavoisier sair da teoria para a prática. Pense e aja de forma consciente.


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EVENTOS

WOOD’S BH

COMEMORA ANIVERSÁRIO Fotos Francisco Dumont

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evento ‘Uma Tarde de Buteco’ celebrou o primeiro aniversário da Wood’s BH, a casa sertaneja mais badalada do Brasil. A festa aconteceu em grande estilo na Lagoa dos Ingleses, com a presença ilustre de uma das duplas sertanejas mais famosas do Brasil: Zezé di Camargo e Luciano e um público de 2 mil pessoas. Em um ano, a Wood’s BH

Gabriela Nascimento, Thais Almeida e Isadora Barroso

coleciona bons números. Mais de 100 mil pessoas, média de mil por dia, foram embaladas por 300 atrações musicais, que subiram ao palco da casa noturna. O local é administrado pelos experientes empresários Alexandre Pampolini, Manuel Juvêncio e Gustavo Tasca, e conta também como sócios os famosos cantores Fernando e Sorocaba.

Fernanda Lessa e Diego Gomes

112 Amanda Saraiva

Nathielle Ingrid

Bruna Felippetto

Gabriela Furtado


Mariana Amaral

Carol Aguiar

Debora Gia e Amanda Gia

Leticia Dupin

Alie Fernandes

Thais Almeida

113 Izabela Pimenta

Barbara Nyla

Tuzzi Almada

Debora Dutra


EVENTOS

Flavia Maia, Daniela Mol, Samia Coure e Tania Wanderley

Rodrigo Zarife, Bethania Porto e Jaime Solares

COQUETEL

Aline Gonçaves, Bianca Christofi, Lorena Martins e Guilherme Torres

GASTRONOMIA NA PRAÇA

Fotos DHL Video Produções

E

mpresários, autoridades, jornalistas e formadores de opinião se reuniram, no Na Mata Café BH, para o coquetel de lançamento da segunda edição do Gastronomia na Praça. Entre as autoridades, o secretário municipal Extraordinário para a Copa do Mundo da Fifa Brasil, Camillo Fraga. O encontro serviu de aperitivo para a grande festa que acontece nos dias 14 e 15 deste mês na Praça do Papa. Na ocasião, os convidados foram presenteados com show da banda Vigaristas.

Luciana Azevedo e Gabriela Chaves

Marcelo Wanderley e Kathia Wanderley

Angelo Buldrini e Luise Araujo

Henrique Gilberto e Barbara Rohlfs

Giovanni Pozzi e Ludmilla Pozzi

114 Christiano Rocco e Mariana Passos


Hugo Vileรงa, Marcelo Dumas e Leo Dias

Marina Siniao, Silvana Nascimento e Carina Bismark

Manuel Juvencio, Evamar Santos e Rene Salviano

Tania, Wanderley e Jordane Macedo

Helio Loredo e Rafael Spinola

Marcelo e Sol Trindade

Olivia Ramalho e Mariella Figueiredo

115 Christiano Rocco, Marcelo Wanderley e Jordane Macedo

Nadia Melo, Giovani Bessa, Marilia Coutinho e Bruna Lopes


Evamar JosĂŠ dos Santos e Melissa Gualberto

Vilmar Teixeira, Luana Caldeira e Edgar Bessa

Nadia Melo e Giovani Bessa

Roberto Tross

Bruno Feres e Thalita Faria

116 Cristiano Gomes, Monica Lopes e Angela PerdigĂŁo

Christiano Rocco, Marcelo Wanderley, Ivo Faria e Jordane Macedo


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EVENTOS

O JAZZ DE BOBBY McFERRIN

Fotos Rogério von Krüger

O

cantor nova-iorquino Bobby McFerrin, uma das maiores referência mundiais do jazz, esteve pela primeira vez na capital mineira. As apresentações, sempre restritas ao eixo São Paulo-Rio de Janeiro, foi uma promoção da BMW Mini Euroville de Belo Horizonte. Como era de se esperar, o público ficou completamente extasiado com a performance do cantor.

Ronaldo Lopes, José Saad, João Euclides, Marlus Farjardo e Herlander Zola

118 Matheus Pereira, Marlus Fajardo, Herlander Zola e Renato Celibert

Matheus Pereira e Viviane Santos


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Nos últimos 10 anos, a Cemig, uma empresa do Governo de Minas, vem diversificando sua área de atuação. Pensando no futuro, investiu em energias renováveis, como a solar e a eólica, em programas de eficiência energética, na distribuição de gás natural, nas telecomunicações e em soluções em TI. Hoje, a Cemig é o maior grupo integrado de energia do Brasil. Um grupo de alcance global, com acionistas em mais de 40 países e há 14 anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Presente em 23 estados brasileiros, no Chile e no dia a dia de 30 milhões de consumidores. E o mais importante, presente na vida e no orgulho de quem mais precisa: com a isenção do imposto estadual, a Cemig e o Governo de Minas garantem a tarifa reduzida para metade das famílias mineiras – número recorde no Brasil. Porque, para a Cemig, crescer não é só ficar maior. Crescer é aproximar.

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