Revista Minas em Cena

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Fevereiro 2012 . ano ii . nº 10 . www.minasemcena.com.br

Cultura • Moda • Arte Veículo • Viagem • Comportamento

arQUitetUra Elegância despojada e contemporânea arteS PLÁStiCaS Gilvan Nunes: o artista plástico sem fronteiras tUriSmo inhotim: roteiro próximo e pouco explorado SaÚDe Alimentos orgânicos: mais saudáveis e saborosos

OS VÁRIOS PAPÉIS DO ATOR E DIRETOR CARLOS GRADIM Intenso em tudo o que faz, ele defende a função social da arte como agente de transformação

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CAPA 2 A Akka é a nova concessionária da Mitsubishi em Sete Lagoas. O lugar mais perto para você, morador da região, encontrar toda a linha de carros da marca, além dos melhores seminovos e os mais completos serviços, como o MIT4YOU.

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AKKA 3


Considerado o mais importante museu de arte contemporânea a céu aberto do planeta, o Inhotim se apresenta como uma ótima opção de turismo cultural. Imperdível!

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Inquieto, questionador e um apaixonado pelas artes. Características que revelam a sensibilidade dos vários papéis do ator, produtor cultural e gerente-executivo do Centro Cultural Praça da Liberdade Carlos Gradim.

EDITORIAL

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CAPA

TURISMO

SUMÁRIO

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Inspirada na rainha Cleópatra, a nova coleção da grife Chicletes Guaraná retrata a vida da mulher, que, segundo a história ficou conhecida por usar a sedução para manter-se no poder.

LEIA TAMBÉM 10 12

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Leitor em Cena O empresário Bruno Fagundes conta suas experiências durante os meses em que viveu em Londres, tempo de muito aprendizado como ele mesmo conta.

EM CENA A Serva Patroa, uma ópera divertida, conta a história da empregada Serpina que queria conquistar o patrão Uberto e assim tornar-se a patroa da casa.

MODA O verão pede roupas mais leves. Confira então as dicas de cores, acessórios e maquiagem que estão em alta nesse verão.

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Quer fazer um tour gastronômico com as delícias da alta gastronomia? Então você não pode perder o festival Restaurant Week, que reúne 58 restaurantes da capital mineira.

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BELEZA Estamos no verão, a estação mais quente do ano. E claro, de sol, mar e piscina. Mas também é tempo de proteger os cabelos dos raios solares, o que quase todo mundo se esquece de fazer.

SAÚDE Mais saudáveis e saborosos, os alimentos orgânicos são ricos em nutrientes e sais minerais. E o mais importante, livres de agrotóxicos e outros produtos químicos.

COMPORTAMENTO Um novo comportamento vem sendo observado entre os casais de noivos antes de subirem ao altar e promete virar tendência – a orientação financeira.

Artigo Com as novas regras do aviso prévio, medida que concede aviso prévio de até 90 dias para demissão sem justa causa, dependendo do tempo de trabalho, também surgem as polêmicas.


Minas Gerais não é apenas a terra do artista plástico Gilvan Nunes. O barroco, a religiosidade, o divino e o sagrado são elementos essenciais em suas obras. Sentimentos revelados em telas e objetos.

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COLUNA SOCIAL Evento marca a inauguração da mais nova casa italiana do empresário Marco Malzone, o restaurante Carlotta, no charmoso bairro de Lourdes.

SUSTENTABILIDADE Ecologicamente corretos e socialmente justos, os presentes sustentáveis são uma ótima opção para quem deseja presentear.

Inspirada no modernismo e na década de 50, a casa da arquiteta Estela Netto revela uma elegância despojada e contemporânea. E uma relação bem próxima com a natureza.

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DIVINÓPOLIS em cena Veja os destaques da sociedade divinopolitana sob o olhar do colunista social Giovani Lima.

VEÍCULO

ARQUITETURA

ARTES PLÁSTICAS

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Disponíveis em três modelos - Lancer 2.0 GT, Lancer 2.0 CVT e Lancer 2.0 M/T, é o mais recente lançamento da Mitsubishi, que aposta no segmento de sedans.

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CRônica Pode até parecer estranho, mas tinha um gato dentro do fogão à lenha. O problema todo era o fogaréu e como regastá-lo.

Jazzmin A história dos festivais de jazz em Minas Gerais e um pouco sobre as lendas que cercam a origem do nome do gênero musical que teve seu início em New Orleans.

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EDITORIAL Caro leitor, Chegamos à nossa décima edição, e com muitas novidades. Entre elas, a publicação assume um novo conceito editorial e um novo projeto de identidade visual. Em síntese, estratégias que procuram estabelecer a interação com o leitor, observando assim um dos princípios da comunicação. Nesse contexto, a marca desenvolvida é inspirada em um balão de diálogo, mostrando ao público o principal objetivo da revista: contar de uma maneira sofisticada as novidades do nosso estado. Também passa integrar a nossa equipe de colaboradores, o fotógrafo Daniel Mansur. Seguindo o nosso compromisso de valorizar o que é de Minas, a matéria de capa revela os vários papeís do ator, diretor, produtor cultural e gerente-executivo do Centro Cultural Praça da Liberdade, Carlos Gradim. Ainda no campo da arte, o que dizer das obras do artista plástico Gilvan Nunes, um dos mais conceituados artistas brasileiros.

EXPEDIENTE

DIRETOR GERAL

Edgar Bessa

DIRETOR COMERCIAL

Edgar Bessa (31) 8700-1651

CONCEPÇÃO EDITORIAL

Luana Caldeira

PROJETO GRÁFICO

2 Pontos Comunicação DIREÇÃO DE CRIAÇÃO

Gustavo Rios DESIGN

Bruno Martins Marina Figueiredo OPERAÇÕES

Yara Tanure FINALIZAÇÃO

José Carlos Saldanha PRODUÇÃO GRÁFICA

E que tal um roteiro cultural que alia arte e natureza? A dica é Inhotim, em Brumadinho, um lugar de rara beleza bem próximo da capital mineira. Outra sugestão é um tour gastronômico pelos 58 restaurantes participantes do festival Restaurant Week. Na coluna de moda, as tendências de cores, acessórios e maquiagem para o verão. E ainda, um belíssimo e exclusivo editorial de moda com a nova coleção da grife Chicletes com Guaraná, inspirado na história fascinante da rainha Cleópatra.

Karla Iannini Evaldo Lacerda FOTOGRAFIA

Daniel Castelo Branco Daniel Mansur PRODUÇÃO E REDAÇÃO

Três Caravelas – Agência de Comunicação Jornalista: Helenna Dias – MTB 11.912- MG COLABORADORES

Giovani Lima, Guilherme Mangia Cobra e Vicente Duarte IMPRESSÃO

Gráfica Página 12 TIRAGEM

10 mil exemplares

Outra novidade é a coluna JazzMin, que terá como colaboradores o gestor cultural Leo Soltz e o músico britânico Nik Payton . Você ainda poderá conferir os cuidados com os cabelos durante o verão; o lançamento, em três versões, do Lancer Sedan da Mitsubishi; os benefícios dos alimentos orgânicos e as várias opções de presentes sustentáveis, entre outras. A todos, uma ótima leitura. Um abraço, Edgar Bessa

Site

2 Clicks Assessoria jurídica

Guilherme Mangia Cobra A revista Minas em Cena é uma publicação mensal da Minas em Cena – ME Av. Raja Gabáglia, 4977, 4º andar - Santa Lúcia - CEP: 30360-663 Contato: (31) 8700-1651 - Site: www.minasemcena.com SUGESTÕES E CARTAS

redação@minasemcena.com A revista Minas em Cena não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios. Apoio:

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Bom gosto, cada um tem o seu. Confira a nossa programação e desCubra quais dias da semana o bhar é a sua Cara.

terça Terça do Riso Stand up comedy

Quinta Quintas do Samba Samba de raiz

sáBado à tarde Vem SamBhar Samba de raiz

Quarta Bhar 80 Flashback

sexta Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

sáBado à noite Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

Rua Sergipe, 1211 • Savassi • BH/MG www.bhar.com.br Informações e reservas: 31 3082-9232 / 3582-3999

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COLABORADORES EDIÇÃO 10

1. DANIEL CASTELO BRANCO é fotógrafo, jornalista e documentarista. É assessor de comunicação parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e também cobre a área de política.

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2. DANIEL MANSUR é fotógrafo e proprietário do Stúdio Pixel. Atua nas áreas de publicidade, moda, editorial e corporativa. 3. GUILHERME MANGIA COBRA é advogado especialista em direito de empresas e pós-graduado em direito empresarial. 4. GIOVANI LIMA é jornalista e colunista social do jornal Agora, de Divinópolis. É apresentador do programa Xeque Mate, que vai ao ar pela TV Alterosa Centro-Oeste e pela Mastercabo (canal 20). 5. VICENTE DUARTE é jornalista e diretor da Woll Agency. Atua como produtor de casting nas principais campanhas de moda e publicidade no Brasil e no exterior. 6.

NIK PAYTON é um músico britânico, aluno do lendário Bob Wilber, e curador do Jazz Festival Brasil - o maior evento do genêro no Brasil.

7. LEO SOLTZ é gestor cultural, idealizador do Jazz Festival Brasil e diretor de Marketing e Projetos Especiais do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

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E, assim, n贸s lhe declaramos uma linda mulher.

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LONDRES HISTÓRIAS F

DE UM BRASILEIRO

oram 11 meses em uma cidade repleta de histórias, diversão e bastante cultura. Em Londres, tive a oportunidade de aprimorar a língua inglesa e ainda visitar importantes pontos turísticos como o Big Ben, London Eye, Tower Brigde (foto cima), entre outros. E como destaque da culinária, não poderia deixar de experimentar o clássico Full English Breakfast. Preparado com bacon, linguiça, ovos, tomate e cogumelos fritos, feijão com molho de tomate e uma torrada crocante para acompanhar, em algumas regiões, esse prato é servido junto ao black pudding, uma mistura de sangue e gordura de porco frita. Para acompanhar tudo isso, chá com leite. Mas, o principal e mais importante marco dessa minha viagem, foram os trabalhos que desenvolvi como mochileiro em eventos tradicionais da cidade como as corridas de cavalo, jogos de cricket e rugby. Enfim, experiências que valeram muito a pena. Bruno Fagundes, empresário.

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Este espaço é para você, nosso leitor. Conte a sua experiência, envie a sua história para: leitoremcena@minasemcena.com. E não se esqueça, as fotos devem estar em alta resolução.

FOTO: arquivo pessoal

LEITOR EM CENA


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A SERVA PATROA

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ópera A Serva Patroa, versão em português da obra de Giovanni Battista Pergolesi, La Serva Padrona, conta a história de Serpina, que trabalha e vive na casa de Uberto, seu patrão, que a criou desde pequena. Já mulher, a empregada está decidida a conquistar o coração de Uberto e, assim, tornar-se a patroa da casa. Construindo mil e uma artimanhas engraçadíssimas com a ajuda do criado Vespone, acaba conquistando o amor do patrão. Nessa jornada de conquista amorosa, descontraída e divertida, a plateia participa como cúmplice dos acontecimentos, triangulando com os atores, que comentam o desenrolar da história o tempo todo. A produção é da DrammAto – Núcleo de Ópera e Teatro Musical e terá participação especial da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência do maestro Daniel Kostás, que também assina a direção musical do espetáculo. 12

A versão em português, a direção geral e cênica é da atriz e cantora Ana Taglianetti. No elenco, a soprano Fabíola Protzner, considerada a grande revelação lírica mineira de 2011, vive a personagem Serpina. O premiado cantor lírico carioca Licio Bruno vive Uberto, o patrão, e o ator mineiro Paulo Victor interpreta Vespone, o criado da casa.

inFo Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - BH Dias: 25 e 26 de fevereiro (sábado e domingo) Horário: sábado às 21h; domingo às 20h Duração: 50 minutos Classificação: livre Valor: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 12,00 (postos Sinparc) informações: (31) 3236-7400

FOTO: Fred Carvalhol

em Cena


SEJA MODELO

Meninas a partir de 13 anos, acima de 1,68 de altura e rapazes a partir de 16 anos, acima de 1,80 de altura compareรงa na Woll Agency terรงas-feiras ou quintas-feiras de 14h as 17h levando uma foto 10x15 de rosto.

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MODA

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GASTRONOMIA

FESTIVAL RESTAURANT WEEK Durante 14 dias, 58 restaurantes de BH irão oferecer um cardápio exclusivo com o melhor da alta gastronomia

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m dos mais importantes eventos gastronômicos promete movimentar a capital mineira – o Restaurant Week. Criado em Nova York, em 1922, hoje o festival acontece em mais de 100 das principais capitais e grandes cidades do mundo, como Washington, Boston, Londres e Amsterdã. Em Belo Horizonte, a quarta edição acontecerá no período de 06 a 19 de fevereiro. Com pratos criados especialmente para o festival, o belo-horizontino poderá conferir as delícias da alta gastronomia nos 58 restaurantes participantes, sendo 18 estreantes. Com preço único de R$ 31,90 (almoço) e R$ 43,90 (jantar), os valores incluem entrada, prato principal e sobremesa. A cada menu, o cliente terá a opção de acrescentar R$ 1, valor este que será doado ao Hospital da Baleia. No último evento foram vendidos 30 mil pratos e arrecadado mais de R$ 12 mil.

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FOTOS: Henrique Falci

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Para o idealizador do Restaurant Week, Emerson Silveira, esta edição é a melhor que Beagá já recebeu. “O evento será uma ótima oportunidade para se divertir, confraternizar com os amigos e a família e comer muito bem a um preço acessível. Ganham os clientes, que terão a oportunidade de experimentar novos sabores, e os restaurantes, que vão se dedicar muito para atender ainda melhor aos frequentadores”. 7 FOTOS: Denis Medeiros

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6 Ah! Bom Diamond/Pátio Savassi/BH Shopping (Foto 1) Saint Peter com risoto de primavera Ah! Bom Lourdes (Foto 2) Transparência de frutas vermelhas com creme patissier crocante de amêndoas e ganache (Foto 3) Salada de folhas com salmão defumado, nozes, maçã verde e molho roquefort (Foto 4) Carré de porco com guinocchi de barôa ao creme Oak (Foto 5) Salmão a la plancha com risoto de lemoncello (Foto 6) Torteline de lagostin com pêra ao perfume de curry (Foto 7) Parfurt de dois chocolates com doce de leite e calda de chocolate amargo

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FOTOS: Henrique Falci

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FOTOS: Denis Medeiros

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restaurantes participantes na 4ª edição 2011 Restaurante, Ah! Bon – Lourdes, Ah! Bon Café - Diamond Mall, Ah! Bon Café Pátio Savassi, Ah! Bon Café- BH Shopping, Alegria de Comer Bem, Antica Trattoria, Badejo, Baianera, Bangkok, Barolio, Benvindo, Bistro Café Sagrado, Bistrô da Matilda, Bistro Physalis, Bodega 361, Café do Museu, Cantina do Lucas, Cantina Piacenza, Casa dos Contos, Casa Infinita, Chez Aline, Cinecittá Entretenimento, Copa, D’Artagnan Bistrô, D’Istinto Restaurante, Des Amis Bistrô, Djalma Mercearia Gourmet, Duke n Duke, Fícus, Flores Restaurante, Haus Munchen, Hermengarda, Inka – Sion, Inka Restaurante Luxemburgo, L’Astigiano Ristorante, L’Entrecôte, La Pasta Gialla, Maharaj, Marica, Maurizio Gallo, Merlin Restaurante, Mes Amis, Oak Restaurante, Osteria Degli Angeli, Outono 81, Patuscada, Pichita Lanna Massas, Piú Pizza & Birra, Primeli Bistrô, Província Di Salerno, Saatore Restaurante, Santa Sophia Cafés Finos, Topo do Mundo Restaurante, Verano Studio Gourmet, Verde Gaio, Vero, Vitelos.

Saatore (Foto 8) Trança de salmão e linguado ao molho de tâmaras com panqueca de gorgonzola (Foto 9) Picanha fatiada com fettuccini aos quatro queijos (Foto 10) Profiteróles recheadas com creme de pistache e calda de chocolate Hemengarda (Foto 11) Filé mignon grelhado ao molho de Cabernet Sauvignon com purê de batata (Foto 12) Nemesis de chocolate com sorvete e farofa de banana (foto 13) Rolinho de abobrinha, carne de sol e queijo coalho de manjericão.

inFo Belo Horizonte restaurant Week Data: 6 a 19 de fevereiro de 2012 Site: www.restaurantweek.com.br

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no valor de R$ 200 milhões por ano.

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2011 chegou ao fim, mas a luta da Assembleia Legislativa contra as desigualdades sociais e regionais continua. Acesse o nosso Portal para saber muito mais.

www.almg.gov.br Assista à TV Assembleia. Agora em sinal aberto para BH e região. Sintonize o canal 35 UHF.

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BeLeZa

VERÃO TEMPO DE PROTEGER OS CABELOS

Para quem abusou do sol, do mar e da piscina durante os dias quentes, o hair stylist Odyr Barreira dá dicas para recuperar os fios

O

s cabelos devem receber cuidados em qualquer época do ano. Mas no verão, a estação mais quente do ano, o que quase todo mundo quer é se jogar na praia ou numa piscina. Afinal, são dias perfeitos para curtir o sol. E tão importante quanto proteger a pele e os lábios é cuidar da saúde dos fios que também estão expostos aos raios solares. O hair stylist Odyr Barreira alerta que hoje em dia o inimigo número um para a saúde dos cabelos é o formol, produto usado constantemente nas escovas progressivas e afins, com a finalidade de alisar e tirar volume dos fios. “O cabelo fica mais avermelhado, ressecado e áspero e, exposto ao sal e ao sol, o fio começa a partir, danificando-o por completo”, explica. É bom lembrar que o seu uso é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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“ANTES, O IDEAL É FAZER UMA NUTRIçÃO E HIDRATAçÃO (...)”


Mas, o que fazer então para proteger as madeixas? Odyr orienta que os cuidados devem começar antes e durante a exposição aos raios solares. “Antes, o ideal é fazer uma nutrição e hidratação. Durante a exposição, usar nos fios, produtos com filtro solar e, a cada mergulho, o sal deve ser retirado completamente, em seguida aplicar o filtro solar novamente”. Outra dica simples e imprescindível é usar o bom e velho chapéu. Afinal, a intenção não é fritar os cabelos, não é mesmo? Passada a temporada de sol, praia e piscina, agora é hora de cuidar dos efeitos pós-verão. Os primeiros cuidados devem ser focados na reposição de queratina e de uma hidratação profunda. Como a tendência é o ressecamento, o processo devolverá umidade aos fios. Em alguns casos é necessário cortar as pontinhas e investir na reconstrução dos fios, que é a reposição com queratina e aminoácidos, em duas ou três etapas. Mas não se esqueça, para alcançar o efeito desejado procure os serviços de um profissional, o qual irá indicar o tratamento adequado.

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SAÚDE

DIRETO DA HORTA

Evelyne Prado Trevisan é cliente assídua DAHORTA

Fotos Daniel Castelo Branco

Livres de agrotóxicos e vários produtos químicos, os alimentos orgânicos são ricos em nutrientes e sais minerais, além de serem mais saudáveis e saborosos

Q

ue tal receber em casa a feira com produtos fresquinhos e diretamente da horta? Essa é a proposta do projeto DAHORTA que produz os chamados alimentos orgânicos - produtos de origem vegetal ou animal, cultivados sem defensivos agrícolas, hormônios e outros adubos químicos. Ainda que em escala menor, eles fazem parte do cardápio de muitos consumidores e é quase garantia de uma melhor qualidade de vida. Entre os benefícios, são ricos em nutrientes, sais minerais e mais saudáveis. As hortaliças, assim como as frutas e legumes, têm sabor superior aos alimentos convencionais e uma maior durabilidade. E o mais importante, o cultivo é ecologicamente correto, evitando a contaminação do solo, água e vegetação. A fazenda Luziânia, que mantém o projeto na cidade de Entre Rios de Minas, se dedica há mais de dez anos à produção de orgânicos. Entre eles, couve, brócolis, espinafre, agrião, sete variedades de alface, berinjela, jiló, quiabo, cenoura, beterraba, batata e mandioca. Além de um pequeno pomar com laranja, limão e morango, ovo caipira, leite e iogurte natural com a fruta da estação.

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A agricultora Teresa Rolim Andrés explica que o plantio segue o ritmo da natureza. “Produzimos em pequenas quantidades e de acordo com a safra, pois temos uma preocupação com o alimento a ser cultivado, respeitamos o tempo da terra”. E nada de máquinas, o manejo e o controle de qualidade da plantação são manuais, uma vez que não se faz o uso de qualquer produto químico. O projeto DAHORTA tem o selo do Instituto Biodinâmico (IBD), o que garante que o cultivo segue as normas e padrões da produção orgânica, sem a utilização de agrotóxicos, conservantes ou fertilizantes. Distante 110 km da capital mineira, todos os clientes são de Belo Horizonte. São famílias com crianças e pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida. Como é o caso da arquiteta

“SE A NATUREZA É ABUNDANTE CONOSCO PROCURAMOS REPARTIR COM OS NOSSOS CLIENTES (...)’’

Evelyne Prado Trevisan. “Há mais de 20 anos consumo produtos orgânicos, mas sempre tive dificuldades de encontrá-los. Há cinco anos me tornei uma cliente assídua DaHorta”, comenta. Por meio do site, toda sexta-feira acontece uma feira virtual, onde o consumidor é informado das con-

dições dos alimentos e pode então montar o seu pedido. A colheita é feita às segundas–feiras e a entrega no dia seguinte (terça-feira), sempre pela manhã. A desvantagem dos orgânicos, se assim podemos dizer, está no preço. As maiores diferenças estão nos alimentos que recebem altas doses de remédios na produção convencional por serem mais difíceis de cultivar. Como é o caso do tomate, meio quilo sai por R$ 4,90. No entanto, Teresa conta que é política da empresa a manutenção dos preços durante todo o ano e, buscando uma relação mais próxima com o consumidor, acrescenta: “se a natureza é abundante conosco procuramos repartir com os nossos clientes e aumentamos nas quantidades a serem entregues, a idéia é compartir”.

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INHOTIM PARAÍSO DAS ARTES

FOTO: Andre Mantelli

TURISMO

Hélio Oiticica - Magic Square nº 5 - De Luxe

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m lugar de rara beleza, onde arte e natureza se misturam em perfeita harmonia. Aqui a ordem é contemplar, e se encantar com a delicadeza em suas mais variadas formas e tamanhos. Esse paraíso, que transcende a qualquer tipo de definição, é Inhotim - considerado o mais importante museu de arte contemporânea a céu aberto do planeta. Até parece que foi aqui que Deus fez a sua morada. E se Minas não tem mar, vamos para o Inhotin. E o melhor, fica logo ali. Localizado em uma área verde de 100 hectares em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte, o ideal é reservar pelo menos dois dias para conhecer o Instituto. A dica é se hospedar em uma das várias e aconchegantes pousadas que a cidade oferece. E, para não perder nenhum detalhe, a instituição oferece ao turista um programa de visita em horários e locais preestabelecidos. Ao visitante, além de roupas e tênis bastante confortáveis, muita disposição para andar pelas trilhas e alamedas do parque.

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ORIGEM DO NOME Por que Inhotim? Muitos acreditam ser uma palavra indígena e outros se embolam ao tentar desvendar o significado de tal sigla. Fato é que o Instituto tem no seu nome uma homenagem à mineiridade. Antigamente, nas terras onde hoje está localizada a instituição, morava um senhor chamado Tim. E quando alguém se dirigia à fazenda do senhor Tim, como um bom mineiro dizia: ‘Vô lá no nhô Tim!’ Assim, a região ficou carinhosamente conhecida como Inhotim. O Instituto só fez honrar o nome criado pela comunidade. Essa é a versão mais conhecida da origem da palavra.

Dan Graham - Bisected Triangle, Interior Curve

FOTO: Eduardo Eckenfels

São 14 galerias dedicadas a obras permanentes, com trabalhos de Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica, Neville D’Almeida, Adriana Varejão, Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & George Miller e Doug Aitcken.

Edigar de Souza

FOTO: Pedro Motta

ARTE CONTEMPORÂNEA O acervo, com 500 obras, abriga pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais e são exibidos em galerias espalhadas pelo Jardim Botânico.

Já as galerias temporárias – Lago, Fonte, Praça e Mata - contam todas elas com o mesmo tipo de arquitetura, com grandes vãos que permitem aproveitamento versátil dos espaços para apresentação de obras de vídeo, instalação, pintura, escultura, etc. Mais recente, artistas consagrados no cenário da arte contemporânea brasileira e mundial tiveram trabalhos permanentes ao ar livre inaugurados no Instituto. São eles: Guiseppe Pennone, Chris Burden, Marilá Dardot e Mapere.

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26 Galeria Adriana Varej達o

FOTOS: Eduardo Eckenfels

Bean Drop - Chris Burden


JARDIM BOTÂNICO O mundo da botânica é um capítulo a parte. No Jardim Botânico constam mais de 4800 espécies de plantas e uma das maiores coleções brasileiras de palmeiras, com mais de 1300 espécies. Conta ainda com o maior acervo de Araceae, família que inclui de imbés a antúrios e copos-de-leite. É a maior coleção viva desta família do Hemisfério Sul, com 450 espécies, além de cerca de 334 espécies de orquídeas.

FOTO: Aline Lacerda

Além do acervo botânico, considerado a maior coleção de plantas vivas do Brasil, o local oferece também uma visita sensorial pelos jardins construídos na entrada do viveiro. Intitulado de ‘Jardim dos Sentidos’, o espaço reúne, em forma de mandalas, exemplares de plantas medicinais, aromáticas e tóxicas. O turista ainda pode conhecer o ‘Bosque da Juçara’, local onde foi recriado um ambiente de mata atlântica. Destaque para o palmito-juçara (Euterpe edulis) e o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), ambas ameaçadas de extinção, além de pteridófitas, cactáceas, pequenos bambus e aráceas.

A Estufa Equatorial, local com condições de temperatura e umidade controladas, permite o cultivo de espécies tropicais. É neste local que está sendo cultivada a famosa “Flor Cadavér”, cientificamente denominada Amorphophallus titanum. A exótica espécie floresceu, pela primeira vez na América Latina, em Inhotim, no ano passado. O fenômeno, que chamou a atenção do mundo inteiro, demorou dez anos para acontecer e durou apenas três dias. GASTRONOMIA O Instituto oferece vários locais de alimentação: o Restaurante Inhotim, o Restaurante Tamboril, Bar do Ganso, a Cafeteria, o Café do Teatro, o Restaurante Oiticica, a Omeleteria e lanchonetes. O cardápio é bem diversificado, oferece desde pizza, sanduíches, cachorro-quente, salgados, lanches mais leves à menus mais sofisticados, inclusive da culinária internacional, além de uma extensa carta de vinhos e uma mesa de sobremesas com doces diversos.

INFO Horário de visitação

Restaurante Oiticica

Terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30. Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30.

Entrada R$ 20 (meia-entrada válida para estudantes identificados e maiores de 60 anos). Crianças de até cinco anos não pagam.

Onde se hospedar: Nesse link http://bit.ly/roPUkT você pode conferir as pousadas de Brumadinho. São parceiras do Inhotim e se localizam bem próximo ao Instituto.

Desvio para o vermelho - Cildo Meireles

FOTO: Pedro Motta

Informações www.inhotim.org.br; info@inhotim.org.br

Telefones: (31) 3227-0001; (31) 3571-6638 ou (31) 3223-8224

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CAPA

‘‘O QUE ME MOVE É A EMOÇÃO’’ Por Helenna Dias Fotos Daniel Mansur

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quase certo que você já ouviu alguém dizer: ‘fulano está sempre ligado nos 220’. Por analogia, a intenção é mostrar o quanto uma determinada pessoa é dinâmica, agitada e que faz várias coisas ao mesmo tempo. Assim é Carlos Gradim, o nosso entrevistado. Ah! E não é exagero, tampouco uma figura de linguagem. Antes mesmo da entrevista ele já dá sinais de como será o ritmo da nossa conversa. Ator, diretor de teatro, publicitário, professor da PUC-Minas, produtor cultural e de cinema, fundador da Odeon Companhia Teatral e gerente-executivo do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Entre outras atuações, foi coordenador do programa Plug Minas e do projeto Valores de Minas, ambos do Governo de Minas Gerais. E ainda, diretor do Festival Internacional de Teatro (FIT) e coordenador da Escola de Teatro do Palácio das Artes/ Fundação Clóvis Salgado. Em quase 20 anos de carreira, já assinou a direção e/ou coordenação de 18 espetáculos teatrais. E, diante de tantas atividades, pergunto se o dia dele tem 24h e prontamente responde: “TEM! Mas sou igual aquele banco, às vezes tem 30h (risos)”. Intenso em tudo que faz, ele completa: “Sou muito racional, mas o que me move é a emoção”. Talvez isso ajude a explicar esse turbilhão cultural que norteia os passos da vida desse mineiro, inquieto por natureza.

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minaS em Cena - Quem é Carlos gradim? CarLoS graDim – Sou um atormentado inquieto que não dá conta de ficar num lugar quando ele me aquieta. Talvez o meu maior prazer esteja exatamente nesse lugar que não se repete. E isso também tem a ver com arte, pois ela é de certa forma uma curiosidade da experiência e de estar sempre em mutação. Só consigo trabalhar com paixão. Pode ser uma qualidade e ao mesmo tempo um defeito, mas sinto que essa inquietação é muito presente em mim. mC - Você é o tipo de pessoa que aceita um não como resposta? Cg - Não! Inclusive eu sou chato e geralmente trabalhar comigo não deve ser muito fácil. Acredito que sempre haverá um caminho, novas perguntas e novas possibilidades e uma resposta negativa muitas vezes pode vir como uma receita, porem os ingredientes serão outros. É uma receita que precisa ser reinventada, penso que o não é uma comodidade. De certa forma pode parecer mais confortável dizer não, principalmente num modelo de sociedade em que vivemos, onde as pessoas estão apenas para cumprir tarefas, receber o seu dinheiro e não fazê-las por prazer ou porque querem mudar o mundo. Tenho uma ideologia, preciso sentir que estou contribuindo para uma transformação, seja num espetáculo que faço ou nos trabalhos que coordeno. Enfim, não sou acomodado e nem gosto de gente assim, preciso admirar as pessoas e me apaixonar por elas.

“NÃO QUERIA FORMAR ARTISTAS, QUERIA FORMAR GENTE”

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mC - Para você, o que é arte? Cg - A arte nasce da inquietação do sujeito, existir é muito difícil. A gente precisa se reencontrar, entender o nosso papel nesse lugar que é o mundo, como você se relaciona com o outro e os seus desejos. Digo mais, a arte não tem a função de agradar. Ao contrário, às vezes acho que o objetivo dela é desagradar para que possa criar um efeito no outro a partir de uma determinada experiência. mC - Qual é a função social da arte? Cg – A arte tem uma função transformadora. Essa questão ficou muito clara para mim no (programa) Valores de Minas. É uma ferramenta de autoconhecimento e de inserção do sujeito na relação com o mundo. E isso é muito forte. Tinha muito claro no meu discurso que não queria chamar aqueles meninos de artistas, mas queria que a experiência com a arte fizesse deles donos do próprio desejo, do próprio querer. Eles poderiam até fazer as escolhas deles, mas para isso eles precisariam se conhecer. Não queria formar artistas, queria formar gente.

mC - Quando é que começou esse amor pela arte e pela cultura? Cg - Desde sempre. Minha mãe fala que eu sempre fui rebelde. Acho que isso já era um traço meu, era a ovelha negra da família, aquele que dava trabalho para a família (risos). Minha mãe sofreu comigo, hoje fico pensando, pra quê, né?

“TENHO PRAZER EM SER ESSE CAMALEÃO (...)”

mC – Como gerente-executivo, quais são os principais desafios à frente do Circuito Cultural Praça da Liberdade? Cg - Acredito que o primeiro desafio é conseguir dar a dimensão que o Circuito Cultural já traz em si. Falo isso porque possivelmente este será o maior complexo a céu aberto do Brasil. Ainda não encontramos algo semelhante ao que temos na capital mineira, com uma diversidade cultural enorme e características tão distintas e que agregam valor ao projeto. No nosso caso, por exemplo, destaco o modelo de gestão, a participação da iniciativa privada, do terceiro setor e o governo do estado dialogando em prol da construção do Circuito. E ao mesmo tempo manter o conceito de compartilhamento entre os 13 equipamentos, preservando a individualidade e as particularidades de cada espaço. Esse é outro desafio, mas posso ainda afirmar que todos os envolvidos estão dispostos a compartir essa ideia. E tão importante quanto é o lugar onde ele se localiza, ao redor de um ícone mineiro que é a Praça da Liberdade, palco de grandes transformações e po33


dendo oferecer conhecimento, cultura e arte aos visitantes. Nosso desejo é fazer com que o Circuito seja referência de cultura no Brasil e no mundo. mC - Como você concilia tantas atividades ao mesmo tempo? Cg - Isso é a maior loucura! Tenho prazer em ser esse camaleão, em estar travestido de professor, de gestor, de artista, de diretor, de publicitário. Sou muito racional, mas o que me move é a emoção. Se a experiência me agrada me deixo ser levado por ela. mC – Há quem diga que o público mineiro não consome a arte feita aqui. Qual a sua opinião sobre o assunto? Cg – É um conjunto de coisas, temos uma mídia que não contribui com isso e a arte não pode ter regras. É certo também que a arte vive uma crise, mas aqui ela é mais acentuada. Acre34

“(...) A ARTE NÃO PODE TER REGRAS”

Dança (FID) e o Festival de Arte Negra (FAN). Temos ainda a campanha de popularização de teatro e o Verão Arte Contemporânea (VAC), o que mostra que temos demanda. Minas é vocacionalmente o maior produtor de teatro, apesar de não sabermos disso.

dito ainda que a questão passa pela autoestima, acho que a gente não se enxerga.Temos um discurso descomunal para fazer a classe média consumir arte e a impressão que se tem é que ela não quer isso. E sem querer fazer nenhum juízo de valor. Por outro lado percebo que isso vem mudando, arrisco a dizer que BH deve ser a cidade que mais produz eventos internacionais nas mais diversas áreas da arte, como o Festival Internacional de Teatro (FIT), o Fórum Internacional de

mC - Como foi coordenar o programa Valores de minas? Cg – Olha, o programa Valores de Minas talvez tenha sido o lugar de maior aprendizado da minha vida. Estar num lugar com histórias tão diferentes, mas com meninos sempre abertos e dispostos a aprender. Nunca os vi como pobres, como menores, talvez este seja um traço de sucesso do programa. Tratava-os como iguais, nunca os dirigi diferente de como dirigiria uma atriz como Fernanda Montenegro, por exemplo. Isso é afeto, mais tarde descobri porque eles tinham um respeito tão grande pela gente.


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Comportamento

ATÉ QUE AS DÍVIDAS NOS SEPAREM

Eles querem fazer o casamento dar certo. Para isso, planejam a vida financeira antes mesmo de subirem ao altar

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iz o ditado: quando o dinheiro acaba o amor sai pela janela. Ao que tudo indica, parece que a máxima popular faz todo sentido. Segundo pesquisa, cerca de 50% dos casais no Brasil se separam por divergências em relação ao dinheiro. Para contrapor essa estatística, um novo comportamento vem sendo observado entre os casais de noivos antes de subirem ao altar e promete virar tendência - a orientação financeira. Esses casais, muitas vezes ainda jovens, perceberam que só o amor não faz durar uma relação. É necessário se preparar para todas as adversidades, inclusive a financeira. Há muito tempo, o matrimônio era para toda vida. Depois passou a se pensar que se a união não desse certo, era só se separar. Mas, para os “novos futuros casais”, o importante é fazer o planejamento financeiro, criar uma contabilidade matrimonial, desde a organização do casamento até o dia a dia da vida a dois.

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TRANSPARÊNCIA Para o sócio-diretor da Vitadenarium Consultoria, Rodrigo Ventre, a falta de transparência, conversa e organização faz com que os problemas financeiros separem os casais. Ventre afirma que há três tipos de casais que procuram pelos serviços: os não organizados que possuem um desequilíbrio financeiro; os que têm uma boa situação econômica e querem mais consciência e potencialização dos seus recursos; e um novo grupo, os que procuram o coaching financeiro pensando no futuro da relação, em trabalhar e usufruir do dinheiro. Os noivos de hoje, segundo Ventre, são da geração que deseja manter equilíbrio entre realização profissional, família, saúde e lazer, e são adeptos do tripé da prosperidade: dinheiro, tempo e qualidade de vida. Esse novo casal acredita e realiza o orçamento e gestão compartilhada. “Para os novos casais, o montante que entra no final do mês é dinheiro dos dois, e não do marido ou da esposa”, explica. O especialista afirma que essa é a melhor forma de ver a situação financeira, com transparência entre os cônjuges no que diz respeito ao que recebe e ao que gasta.

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APRENDIZADO A administradora Elisa Moreira Alkmim casou em outubro do ano passado, e por recomendação optou pelo coaching financeiro. Afinal, passaria por uma mudança de vida ao assumir uma casa e novas despesas. “Era mais uma necessidade minha, pois não tinha muito controle do que ganhava e do que gastava. Além disso, tinha deixado o trabalho para montar a minha própria empresa”, conta. Elisa conta que ela e o marido Euler Santos aprenderam a trabalhar com o valor do dinheiro e a fazer todos os controles e planilhas, definindo o que pode ser realizável. “Não sabia onde gastava, hoje já sei. Outro ponto importante, cada um passa a entender os valores da pessoa em relação ao dinheiro. Temos exemplos de amigos que se separaram ou que brigam muito quando o assunto é o dinheiro”, finaliza.

O problema que pode vir a incomodar os noivos é que, muitas vezes, eles têm estilos financeiros distintos, e é aí que o consultor entra, pois, ao invés do casal tentar se completar nas diferenças eles tendem a se distanciar e acabam criando conflitos na relação, acarretando em brigas e muitas vezes na separação. Para o consultor, “a orientação principal é que um casamento deve ter renúncias e escolhas, e isso ocorre também no lado financeiro da união. É importante que ambos possam usufruir de forma conjunta do dinheiro, definindo juntos as prioridades e os valores a serem gastos e poupados”.

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EDITORIAL DE MODA

LENDO CLEÓPATRA Fotos Daniel Mansur

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estilista Bárbara Maciel fez um mergulho no tempo e na vida da última rainha do Egito ao criar a nova coleção da grife mineira Chicletes com Guaraná. Com o tema Lendo Cleópatra, a inspiração veio durante a leitura da biografia da mulher, que, segundo a história ficou conhecida por usar a sedução para manter-se no poder. E, ao contrário do que muitos pensam, a rainha não tinha sangue egípcio. Ela descendia de uma dinastia grega, a dos ptolomeus. Mas, o que a moda e Cleópatra têm em comum? Para não ser generalista, quase tudo. Segundo relatos, era muito vaidosa e tinha uma grande preocupação com o luxo da corte. Tinha o hábito de fazer tratamentos de beleza e hidratava a pele com banhos de leite. Também gostava muito de se maquiar. Dizem também que foi ela quem popularizou o uso do kohl, uma mistura de carvão e chumbo usada para contornar de preto os olhos. Costumava enfeitar-se com joias de ouro e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas, safiras e rubis), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares. Controvérsias a parte, o fato é que, até hoje, a vida de uma das mais famosas rainhas da história da humanidade ainda povoa o imaginário coletivo. COLEÇÃO Em forma de estampas, que têm como base a alfaiataria, a malha, a seda pura e o couro, a história de Cleópatra é retratada de uma forma muito poética, com a inserção de manuscritos, trechos poéticos do livro, moedas e com algumas joias da rainha ou que pertenceram a sua família. “Trata-se de um trabalho minucioso e de uma sensibilidade bastante apurada, características presentes no DNA da marca – aliadas ao conhecimento e a literatura de um tempo que, por mais distante, é essencialmente contemporâneo. E claro, para uma mulher moderna, que batalha, sabe o quer e gosta do que é bom”, conclui Bárbara. 40


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FICHA TÉCNICA Fotografia Daniel Mansur Concepção Giselle Said Assistente de produção João Paulo Aprígio Jamile Munaier Modelo Sâmara Chamone Agency Woll

Making off Joana Vilela

Beauty Leo Café Agradecimentos Livraria Amadeu 47


ARTES Plásticas

UM MINEIRO UNIVERSAL Por Helenna Dias Fotos Alexandre Campbel

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atural de Vermelho Novo, Zona da Mata, nem precisa muito tempo para perceber a mineiridade do artista plástico Gilvan Nunes. Não pelo sotaque, mas pela prosa de um bom mineiro como costumamos dizer. Radicado na cidade do Rio de Janeiro há 22 anos, pergunto por que ele trocou Minas pela capital fluminense. Muito bem-humorado, ele responde de bate-pronto (risos). “Não troquei Minas pelo Rio, Minas mora dentro de mim. É intrínseco, e se manifesta na minha estética e na minha formação. Toda a minha ligação com a arte, o meu dom, não há como separar da minha origem, do art decor, do barroco”. E resumindo tudo numa só frase, completa: “O Gilvan artista é o Gilvan mineiro, e o mineiro é universal”.

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Reconhecido como um dos mais conceituados artistas brasileiros, já participou de exposições na Antuérpia, Portugal, Alemanha, Bélgica e Estados Unidos. No Brasil, entre os admiradores de suas obras está o cantor Ney Matogrosso, os atores Diogo Vilela e Luiz Fernando Guimarães, e Gilberto Chateaubriand – um dos maiores colecionadores do país. Além de coleções particulares em Belo Horizonte, Espanha e Londres. Seus trabalhos também fazem parte do acervo do Itaú Cultural, Instituto Cândido Mendes e Centro Cultural Vila Franca de Xira (Portugal). Em Belo Horizonte, Gilvan já tem exposição marcada para o segundo semestre deste ano. Minas em Cena - Qual a influência da cultura mineira no seu trabalho e de que forma ela se faz presente? Gilvan Nunes - Meu lado mineiro é muito latente, é um conjunto de coisas que está ligado às montanhas. Sem falar que a diversificação estética de Minas é maravilhosa. Minha arte está muito ligada ao barroco e ao mesmo tempo com os contrastes entre a arquitetura, a natureza e o urbano. Passa também pela religiosidade do mineiro, da relação da imagem com a fé, com o divino e o sagrado.

Harmonia

Paisagem dourada

Parque de diversão

Vaso da série Se existe, existe ... – decalque sobre porcelana

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O ciclo

SequĂŞncia

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Pindorama


Sagrado Coração prato decalcado com cabelo

Nossa Senhora dos Passos decalque sobre porcelana

Black Cat & Birds – Série of 100

MC - Como artista plástico, como você define o seu estilo? GN - Não é um estilo, é uma procura de algo que existe em mim e aos poucos vou dando vazão, atingindo o meu objetivo. Passa pelo autoconhecimento, até porque arte e verdade caminham juntas. MC - Quando está criando alguma obra já tem em mente o que quer ou a construção vai acontecendo naturalmente? GN – A construção acontece num diálogo entre mim e a tela, e assim vai nascendo o trabalho. É claro que algumas coisas não dão certo, mas no final a obra vai me dando a resposta.

O Rio

MC - Pra você, o artista tem um “mundo particular” e de certa forma procura transformá-lo em arte? GN - O artista tem a necessidade de dividir o mundo e transformar isso em arte. Procuro usar as minhas vivências, sem ser autobiográfico, e estabelecer um diálogo entra a obra e o espectador. É dividir o que você faz, tentando ampliar o seu universo e o das outras pessoas. E sem nos esquecer que sem a arte pereceríamos. MC - O que seria o mundo sem a arte? GN - Seria um mundo niilista, totalmente sem emoção. Você dosa a emoção das pessoas por meio da arte. Por isso que a beleza não deve ser dispensada nunca, mas a beleza como um resultado natural do seu processo, como consequência, e não a causa. Jardim Dourado

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ARQUITETURA

ADEARTE VIVER BEM Fotos: Daniel Mansur

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rande ou pequena, luxuosa ou simples. Independentemente do estilo são inegáveis as formas que a moradia assume enquanto espaço de convivência para o ser humano, de constituição do sujeito. A casa não é somente o lugar do abrigo, do sentir-se protegido, é o espaço de e para quem nela habita a possibilidade de vivenciar experiências. Como costumamos ouvir por aí, é ‘o nosso porto seguro’. E é sob esse olhar que a arquiteta Estela Netto, juntamente como o marido, pensou a concepção de sua casa. “Optamos por um ambiente de apenas um pavimento, com vista para a paisagem e de interação com o verde, uma espécie de refúgio. Mas, ao mesmo tempo, com uma elegância despojada e contemporânea, como é o nosso jeito de viver. Além disso, podemos ver a lua e o nascer do sol de todos os ambientes da casa”, conta.

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Localizada numa área de 1500 m2 em um condomínio fechado nos arredores de Belo Horizonte, o projeto foi inspirado na década de 1950 e nos traços característicos do modernismo. Na construção, os principais materiais usados são o concreto aparente, o vidro e a madeira. Com 250 m2, a posição e o tamanho da casa, que é voltada para o leste, revela a sensibilidade do casal. “Criamos uma casa com poucos ambientes, porém mais amplos, privilegiando a nossa convivência. Acredito que luxo é poder viver de acordo com o que você acredita e não somente seguindo moda e tendências. É poder acordar sem barulho nenhum, com a presença de beija-flores, micos, e etc. É uma casa de acordo com as nossas necessidades”, conclui Estela. Finalizando: ‘um lugar para chamar de meu’, literalmente! 54


Foto: Latinstock/Corbis

PRIMEIRO, A BANDNEWS FM ESTAVA SÓ NO RÁDIO. DEPOIS, ELA FICOU A UM CLIQUE DE VOCÊ.

HOJE, ELA ESTÁ A UM DEDINHO SÓ. Toda a programação da rádio no computador, no celular ou no smartphone. Boa notícia é não perder nada. Mude o seu jeito de ouvir notícia. BandNews FM 89,5. Grave na memória.

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VEÍCULO

DENOOLHO LANCER SEDAN Fotos: Fabio Aro

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isponíveis em três modelos, Lancer 2.0 GT, Lancer 2.0 CVT e Lancer 2.0 M/T, o lançamento da Mitsubishi tem exclusivas rodas aro 18”, únicas no segmento, sensor de acendimento de faróis e de chuva, piloto automático e computador de bordo no centro do painel e reúne as informações que podem ser facilmente visualizadas com um simples toque no botão. Nas versões com câmbio CVT, os Paddle Shifters têm boa ergonomia e dão um toque esportivo ao veículo. O empresário Idalmo Sales, que preside o Grupo Akka e é também diretor da concessionária de carros da marca Mitsubishi em Sete Lagoas, a 50 km de Belo Horizonte, garante que, além de uma loja completa e totalmente equipada, o consumidor terá as condições ideais para escolher o modelo dos sonhos. “Trata-se de uma proposta bastante ousada e diferenciada para o segmento de sedans. Posso afirmar que será o único com um pedigree de campeão e a tecnologia de ponta do Lancer Evolution X transferida para este veículo. Não tenho dúvidas, assim como os demais este será mais um produto de sucesso da marca”, enfatiza.

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INTERIOR O automóvel tem amplo espaço nas duas fileiras de bancos, proporcionado muito conforto aos ocupantes. O banco traseiro bipartido garante versatilidade para as bagagens de maior volume. O porta-malas, com 413 litros de capacidade, tem um sistema de abertura diferenciado: os braços de fixação da tampa são externos (pantográfico) e não ocupam espaço interno, não interferindo no fechamento da tampa, nem causando danos às malas. Todos os comandos de conforto e entretenimento ficam à mão do motorista, facilitando as tarefas mais simples. O veículo conta ainda com 16 porta-

-objetos e porta-copos. Na versão GT, o computador de bordo em LCD colorido tem alto contraste e os bancos em couro compõem o visual Premium Black do interior. O sistema multimídia Power Touch vem com GPS integrado em português, com mais de 1250 cidades mapeadas, CD, DVD e MP3 Player, entrada USB com interface para iPod e rádio AM/FM.

SEGURANÇA Barras de proteção lateral nas quatro portas, bancos dianteiros com apoios de cabeça para proteção contra o efeito chicote, coluna de direção colapsível, cintos de segurança com pré-tensionador e limitador de força completam o conjunto de segurança.

O Lancer tem um sistema de freios completo, com 4-ABS, EBD, BAS e freio a disco nas quatro rodas. O EBD (Eletronic Brake Distribuition) atua em conjunto com o ABS e assegura perfeita distribuição de força para cada roda. O BAS (Brake Assist System), sistema de assistência para os freios, permite que o veículo pare em curto espaço. A versão GT vem equipada com sistema Full Airbags: dois frontais, dois laterais, quatro de cortina e um de joelho no lado do motorista, exclusivo nessa categoria. A segurança é reforçada com cinto de segurança de três pontas para os cinco ocupantes e sistema pré-tensionador. 57


DESIGN INOVADOR O Lancer é o único da categoria equipado com rodas de liga leve 18”, com pneus 215/45 R18, além do visual moderno e arrojado. O design exterior acentua a identidade do modelo, com maçanetas externas, retrovisores e para-choques na cor do veículo e ponteira do escapamento cromada, o que confere charme especial à parte traseira. As linhas sobre o capô avançam até a imponente grade jetfighter. É equipado com alarme, sistema Immobilizer e Keyless para travamento automático das portas e abertura do porta-malas, ar-condicionado automático, sensor de chuva para acionamento automático do limpador do para-brisa e sensor para acendimento automático do farol, além de vidros e travas elétricas nas quatro portas. Sobre as dimensões do veículo: 1,76m de largura, 1,49m de altura e 4,57m de comprimento. O coeficiente aerodinâmico de 0,29 ajuda na redução do consumo de combustível e reduz o ruído interno, o que proporciona estabilidade e conforto em altas velocidades. O Lancer GT pode vir equipado com faróis Bi-xênon, com regulagem automática da altura do facho, lavador do farol, espelho retrovisor interno eletrocrômico e sistema direcional AFS, que ativa um farol lateral quando o motorista vira o volante para a esquerda ou direita, melhorando a visualização em curvas.

MOTOR, TRANSMISSÃO E SUSPENSÃO Toda a tecnologia e desempenho do Lancer foi projetada e desenvolvida a partir do Evolution X, garantindo mais segurança em ultrapassagens e, principalmente, aderência nas curvas. O motor é um 2.0 litros a gasolina, 4 cilindros, 16v com comando variável (MIVEC), com injeção eletrônica multiponto sequencial, que gera uma potência de 160 CV e 20 kgf.m de torque. De última geração é feito em alumínio, o que reduz o peso do veículo deixando-o mais estável e com ótimo rendimento. Esta geração de motores é caracterizada pelo excelente desempenho, economia e baixa manutenção. Tem dois modelos de transmissão: manual de cinco marchas e automática CVT de seis velocidades, com opção de uso sequencial por meio do Sports Mode, pode ser acionado na alavanca ou pelos Paddle Shifters, localizados atrás do volante.

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Em ambos os sistemas, o escalonamento das marchas é perfeito, garantindo suavidade e condução agradável, com respostas rápidas e precisas. A transmissão CVT é equipada com a tecnologia INVECS-III, onde o câmbio se adapta à forma de condução do motorista, realizando a troca de marchas de acordo com o perfil de cada condutor. A suspensão é independente nas quatro rodas, MacPherson na dianteira, reforçada com braço tubular, e Multilink com barras estabilizadoras na traseira, que permite um pequeno movimento das rodas durante curvas, apoiando-as melhor no chão e garantido estabilidade, conforto e segurança. O Lancer tem três anos de garantia sem limite de quilometragem e está disponível nas cores Warm Silver, Cool Silver, Red Metallic, Titanium Gray, White Solid e Black Mica. Os preços partem dos R$ 67.990,00 - Lancer 2.0 M/T; R$ 73.990,00 - Lancer 2.0 CVT; R$ 85.990,00 - Lancer 2.0 GT; e R$ 89.990,00 - Lancer 2.0 GT + Xênon/Espelho Eletrocrômico.

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artigo

NOVAS REGRAS DO AVISO PRÉVIO Por Guilherme Mangia Cobra

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á estão em vigor as novas regras do aviso prévio. A nova medida, que concede aviso prévio de até 90 dias para demissão sem justa causa, dependendo do tempo de trabalho, foi sancionada sem vetos pela presidente Dilma Rousself em 13 de outubro de 2011. A novidade está prevista na Lei 12.506, conforme data anteriormente citada. Seu artigo 1º dispõe que: “O aviso prévio de que trata Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedida na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contém até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de 90 (noventa) dias”. Vislumbra-se que a nova legislação alterou de forma significativa as disposições contidas no artigo 487 da CLT ao fixar o prazo mínimo de 30 dias de aviso prévio, que até então era o prazo máximo. Desta forma, a esse período mínimo deverá ser acrescido de três dias a cada ano de trabalho, limitado ao máximo de 90 dias. Assim, aquele trabalhador que permaneceu trabalhando por no mínimo 21 anos para a mesma empresa, terá três meses de aviso prévio trabalhado ou indenizado. Contudo, estão surgindo algumas polêmicas. Dentre elas, à sua aplicação retroativa. A maioria dos doutrinadores tem manifestado no sentido de que as novas regras se aplicam apenas paras as demissões ocorridas a partir de 13 de outubro de 2011, data em que a referida lei entrou em vigor. A nova legislação poderá ser sinônimo de prejuízos às empresas, pois tornará inviável economicamente a permanência de um trabalhador por longo período. Consequentemente pode implicar em um aumento relevante de contratos de trabalho por períodos menores, o que impedirá a formação de carreira, inclusive do trabalhador iniciante.

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“A NOVA LEGISLAçÃO PODERÁ SER SINÔNIMO DE PREJUÍZOS ÀS EMPRESAS, POIS TORNARÁ INVIÁVEL ECONOMICAMENTE A PERMANÊNCIA DE UM TRABALHADOR POR LONGO PERÍODO.”


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Coluna Social

O empresário Marco Malzone, da Rede Saia Mais, acaba de inaugurar uma nova casa italiana na capital mineira. O restaurante Carlotta, que fica no charmoso bairro de Lourdes (esquina das ruas Alvarenga Peixoto e Rio de Janeiro), funcionará como cantina, focacceria e pizzaria.

Bárbara Maciel e Marco Antônio Malzone Fotos Bárbara Dutra

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1. Carlotta Zangrando e seu pai, o chef Carlo Zangrando 2. Eduardo Janot, Paulo Navarro, Izabela Drumond e José Saad Duailibi 3. Antônio Fonseca e Dani Mansur 4. André Android e Edgard Moreira Jr. 5. Fernando Varella e Inês Ribeiro 6. Liliane Barros, Erick Marty e Kaká Marinho 7. Simone Abreu, Hélio Abreu e Sâmia Abreu 8. Chef Carlo Zangrando 9. Eduardo Janot e Iris Chaves 10. Paulo Navarro e Izabela Drumond 11. Graziele Coelho, Cristiane Lima e Giselle Said

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FOTO: Gui Guimarães

SUSTENtabilidade

PRESENTES

SUSTENTÁVEIS

Ecologicamente corretos e socialmente justos, eles são uma ótima opção para quem deseja presentear

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eitos de banners, jornais, sacos de cimentos, tecidos e outros materiais recicláveis, eles ganham cara nova e se transformam em bolsas, ecobags, carteiras, objetos de decoração, utensílios domésticos, porta-retratos, bijouterias, kits de escritórios e brindes. E o maior importante, são ecologicamente corretos e socialmente justos. E é com essa proposta que, em 2004, a Ramacrisma - organização social, sem fins econômicos, sem vínculos religiosos ou partidários – criou a Cooperativa Futurarte. Nos últimos anos, a cooperativa tem ganhado notório reconhecimento, como o certificado IQS – por fornecer artesanato com qualidade. Além de prêmios conquistados no Brasil e exterior, como o prêmio Soluções Inovadoras - recebido em Frankfurt durante uma feira com participantes de 42 países. Entre os clientes internacionais, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal e Espanha, este último acaba de importar mais de 2 mil produtos.

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FOTOS: Leandro Dias

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FOTOS: Leandro Dias

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Vale destacar a importância social da instituição. “Todos os produtos são criados e produzidos por um grupo de cooperadas formado por 23 mulheres entre 18 e 60 anos e em situação de risco social, moradoras da região rural de Betim”, destaca a superintendente da organização social, Solange Bottaro, e acrescenta que, em parceria com o Sebrae-MG, está trabalhando com brindes que serão vendidos na época da Copa do Mundo 2014. Tudo focado no ambientalmente correto.

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(Foto 1) Carteira premiada no concurso de design FORM, da Feira Tendence Lifestyle 2007, realizada em Frankfurt, Alemanha. A peça foi escolhida entre 117 concorrentes de 16 países (Foto 2) Bolsa de souplat pequena alça retangular (Foto 3) Vaso de flor (Foto 4) Kit café (Foto 5) Bolsa de souplat meia-lua alça de tecido (Foto 6) Travessa de cerâmica (Foto 7) Kit guardanapo com anel de cerâmica (Foto 8) Kit caldo com 2 peças (Foto 9) Kit travessa de recortes

INFO Site: www.cooperativafuturarte.com.br

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Abercrombie

Hollister

• GoodYear

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Divinópolis em cena

GIOVANI LIMA

FOTOS: DIVULGAÇÃO E LUIZ FOTÓGRAFO

Praça É sempre bom lembrar de obras que se iniciam e outras que são concluídas. Fechamos o ano de 2011 com um ponto de interrogação no quesito praça pública. A cidade de Itaúna vive o caos do fechamento de sua praça central para reforma. Dinheiro pelos ralos e a obra parada, falam que acabou a verba. Divinópolis com a Praça do Santuário, como é mais conhecida, provavelmente não corre este risco até porque tem investimento de empresa particular. Mas, que ficamos com a pulga atrás da orelha, ficamos.

VISÃO O empresário e diretor do Grupo CooperlifeCard, Sérgio Martins, sempre esteve ligado às causas sociais na região Centro-Oeste. Prova disso, é o apoio ao projeto desenvolvido pela NEAC -, escola que tem a finalidade de desenvolver cursos de teatro gratuitos para crianças, adolescentes e adultos carentes em Divinópolis. Uma forma de integrar e dar oportunidades a essa classe que não tem condições de arcar com as despesas do curso, e quem sabe descobrir novos talentos. Sérgio e Carla Martins sempre ligados com as causas sociais

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FÉRIAS Quem veio curtir as festas de fim de ano no Brasil foi Rodrigo Mascarenhas, filho de Romeu e Rosângela. Acostumado aos barzinhos de Londres, onde mora atualmente, ele está feliz com a vida ao lado da esposa e das três filhas. Fala da saudade da terra do Divino e dos projetos para 2012.


KART O piloto de Kart Felipe Gildin, filho de Sérgio e Rejani Gildin, comemora os bons resultados neste fim de ano. Vencedor de várias provas no Brasil, seguiu para Las Vegas (USA) em novembro onde disputou uma duríssima prova. Participaram 80 pilotos do mundo inteiro e somente 36 foram classificados para a corrida final. Felipe conseguiu um bom desempenho dentro da classificação final, porém um pequeno incidente o tirou da prova. Obteve um saldo positivo e foi convidado para novas corridas em West Palm Beach (USA) e em Lonato (Itália), em 2012. Felipe Gildin (blusa azul claro) com a equipe oficial do piloto Fernando Alonso nos Estados Unidos (Everett, Phill Gielble e Jeison Teixeira)

COMEMOROU Ao completar sete anos de sucesso com a Tia Geovana Biscoitaria, Luciano e Lídia Ferreira reuniram familiares, amigos e clientes nas duas lojas para brindar o momento. Na ocasião, todos tiveram a oportunidade de degustar as especialidades da casa e conhecer as guloseimas mineiras em destaque. Luciano e Lídia Ferreira (ao centro) ganharam festa pelos sete anos de sucesso

MESTRADO Foi na PUC de Belo Horizonte que o dentista e agora professor, Stênio Cardoso Rabelo, passou pela banca examinadora no curso de mestrado em Odontologia. Bastante elogiado pela tese defendida, ele recebeu a aprovação de todos os profissionais presentes. O dentista Stênio Rabelo (de gravata) comemora com amigos e familiares o sucesso do mestrado

MÉRITOS As irmãs Gláucia e Cássia Sena Rabelo mais uma vez surpreenderam os divinopolitanos com os produtos da Arranjo. A loja é considerada uma das mais completas em artigos de decoração e presentes. Cássia Sena, Bruna, Diego, Yandeara e Cliford

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JAZZmin

O JAZZ

INSPIRADO

Por Leo Soltz e Nik Payton Fotos Lucas Viggiani

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omeçamos esta nova coluna a convite do diretor geral Edgar Bessa e desde já agradecemos o carinho pelo espaço dispensado e a preocupação da publicação em construir uma história diferenciada no meio, trazendo à tona a tratativa do jazz de uma forma mais presente na vida de seus leitores. Esperamos retribuir à altura, com textos claros e informativos. Aplaudimos a iniciativa. Nosso envolvimento com a história do jazz em Minas Gerais chega a seu décimo primeiro capítulo. Afinal, há mais de 11 anos nos dedicamos a construir um novo momento para o gênero ao trazer para o estado os melhores e mais ativos músicos que trafegam pelo estilo musical, vindos de todas as partes do mundo. Quando começamos não tínhamos grandes destaques nas publicações. Poucos músicos se dedicavam ao gênero com pompa e circunstância, e o faziam por pura paixão. Bares que continham programação nesta direção: contávamos nos dedos. Tempos difíceis e instigantes. Viver de jazz, nem pensar. Sonhar com um novo tempo, sim.

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Nascia aqui um movimento para mudar esta realidade. O Palácio das Artes abrigava, em sua primeira edição, o Jazz Festival Brasil. De outro lado, nas ruas de Ouro Preto, o Tudo é Jazz. Apenas um ano depois nascia o Savassi Festival. Estes três festivais deram significativa contribuição para a formação de plateias, e a eles devemos muito desta nova fase de “redescobrimento” deste composto de ritmo, harmonia, melodia e improviso que encanta espectadores que buscam o prazer da boa música. Para esta edição uma pequena lenda urbana sobre o jazz passa a fazer parte de nosso imaginário e nos fez escolher o nome desta coluna: JazzMin.

Dizem que as mulheres no final de 1910 usavam perfumes feitos à base da flor de jasmin - de cheiro forte e marcante. O perfume impregnava os antigos clubes de jazz e locais de “encontros” entre homens e mulheres de New Orleans. E ainda tem gente que diz que o gênero é musica de elite. Em nossa próxima coluna vamos tratar deste ponto. Mas, voltando, um desses bares sempre escrevia, com giz, a programação de jazz da semana em um quadro. Esclarecendo: antes a grafia usada era jass. A garotada, na flor da travessura não perdia a oportunidade e tratava de apagar o J da palavra - o que mudava por completo o

entendimento do que se propunha e colocava o dono do bar em uma baita enrascada. Dá pra imaginar no que resultava tal brincadeira, né. A solução: trocar o S pelo Z. O termo caiu no gosto popular por ser uma música forte e marcante. Marcou. Dizem que os garotos foram ‘cantar em outra freguesia’. Nós entramos nessa e resolvemos adotar o nome da flor, sua lenda urbana e a confluência com jazz e com Minas. Nas próximas edições vamos ressaltar a você, leitor, um pouco de tudo o que o estilo musical representa para o mundo em termos de contribuições na gastronomia, cultura, dança, humor e turismo.

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CrôniCa

TINHA UM GATO DENTRO DO FOGÃO Por Helenna Dias Ilustração Augusto Fonseca

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ra uma criança, talvez com 12 anos de idade. Entre os afazeres domésticos, minha tarefa naquela manhã fria de domingo era coar o café. Isso, lá pelas seis da manhã. Acordar a esta hora tinha uma explicação, ir à missa com a família. Outra tortura. Detalhe: o fogão era à lenha, que por sinal estava muito verde. Ou seja, acender o fogo era quase uma missão para MacGyver, herói americano de uma série da televisão que anos depois viria a conhecer. Mas o pior estava por vir. Cansada de tanto assoprar por uma mísera labareda, fui até o quintal para recolher uns gravetos. Afinal, o tempo passava e, dentro de pouco tempo ouviria o meu pai gritar. “Helena, o café já está pronto”? Recolhido os gravetos e logo veio um fogaréu. Que sorte, pensei. Foi quando ouvi um miadinho, bem ao longe. Aliás, gatos são a minha paixão. Falo do Shero, um filhotinho vira-lata, branco e preto. Meus pais jamais permitiram que ele dormisse dentro de casa. Comecei então a procurá-lo pelos cômodos, e nada. Voltei para a cozinha e, para o meu espanto os miados vinham de dentro do fogão. E cada vez mais intensos. Rapidamente, retirei a lenha e a joguei no chão da cozinha. Com um medo danado, corri até o quarto de meus pais, que ainda deitados, se assustaram com o meu choro. “Papaiiiii, é o Shero”. Como previa, veio a bronca: “para de chorar menina e fala direito”. Contei o ocorrido. Num primeiro momento pensei que ele estava preso na chaminé. Graças a Deus não! E, ao retirar o forno do fogão, os olhinhos arregalados e uma carinha toda preta e assustada foi o que vi. Que alívio. Voltei à minha missão: fazer o café para, em seguida, ir à missa. Na igreja, apenas pensava no banho que daria no Shero assim que chegasse em casa. O que foi feito, mas seu pelo nunca mais foi o mesmo, ficou impregnado com o cheiro e as cores da fumaça e das cinzas. Mas, era o meu Shero. E ‘vivinho da Silva’! Hoje, ele repousa num pedacinho de chão, no fundo do quintal da casa da minha família, lá no interior. Mas isso, descobri meses depois. A pedido do meu pai, a incumbência foi dada ao meu irmão, o Mauro, que, aos oito anos de idade não me contara nada. Muito brava, logo me disse: “o papai pediu pra não lhe contar nada, pra você não sofrer”. Shero foi envenenado, por uma dessas pessoas...

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