Revista Minas em Cena - março de 2012

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Março / Abril 2012 . Ano II . Nº 11 . www.minasemcena.com.br

Cultura • Moda • Arte Veículo • Viagem • Comportamento

CULTURA Cinema e tecnologia nas criações do Giramundo ENTREVISTA A moda sob o olhar de Ronaldo Fraga VINHOS Vinho branco: um trauma para muitos brasileiros PERFIL A missão da personal chef Cau Werneck

O SAmBARROCO DE vANDER LEE Em seu mais recente trabalho, uma mistura de ritmos marca o CD do cantor e compositor mineiro

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PERfIL

mODA

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Os homens do mundo contemporâneo já incluíram os acessórios como peças fundamentais do seu dia a dia. Entre eles, pulseiras, cordões, bolsas e tantos outros.

CAPA

SUmáRIO

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A personal chef Cau Werneck se declara uma apaixonada pela arte de cozinhar. E se considera uma pessoa privilegiada em poder unir trabalho e prazer.

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Em Sambarroco, uma mescla de ritmos compõe o mais recente CD – e o sétimo de sua carreira - do cantor e compositor mineiro Vander Lee. O lançamento será no dias 22 e 23 de março no Palácio das Artes.

LEIA TAmBÉm 10 12

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LEITOR EM CENA O arquiteto Renato Machado fala da história e das belezas naturais de Boipeba, uma ilha na Bahia com paisagens bucólicas.

EM CENA Confira a exposição do consagrado fotógrafo Brassaï. Até o dia 1º de abril, a Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro BH abrigará a mostra Brassaï, Paris La Nuit.

bELEZA Os pincéis têm mil e uma utilidades e podem garantir um make perfeito. Mas a limpeza dos acessórios é fundamental para a saúde da pele.

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SAÚDE Somente profissionais da área da saúde, como fisioterapeuta e educador físico, podem dar aulas de pilates. Além disso, a reciclagem é fundamental.

AMOR ANIMAL A Miss Brasil 2007 e apresentadora da TV Record, Natália Guimarães, posa com Pink e Lord, um casal de cachorrinhos da raça maltês.

TURISMO No mar de montanhas da Zona da Mata de Minas Gerais, o Parque Estadual do Ibitipoca abriga cachoeiras, grutas, paredões rochosos e uma rica diversidade biológica.

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EDITORIAL DE MODA Luxo e sofisticação compõem os vários looks da mulher forte, decidida e antenada com as últimas tendências da moda.

ARqUITETURA Estilo, sofisticação e o uso de cores garantem um ambiente agradável e aconchegante em projeto assinado pela arquiteta e designer Isabela Vecci.

CULTURA Com novos bonecos, o Grupo Giramundo apresenta o espetáculo Vinte Mil Léguas Submarinas, de Julio Verne.


Elas assumem vários papéis – mãe, dona de casa, esposa, e carreira profissional. E apesar das várias tarefas, elas conseguem conciliar vida pessoal e trabalho.

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JAZZMIN Os colunistas Leo Soltz e Nik Payton contam a origem do jazz, as fusões de estilos e como o gênero musical se reinventa a cada acorde tocado.

ARTIGO A partir do dia 04/01/2012, a Justiça do Trabalho passou a emitir a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). Empresas devem ficar atentas às mudanças.

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Por que tantas pessoas desprezam o vinho branco? A sommelier Viviana Oliveira busca as respostas no cinema, na moda, na psicanálise e nos costumes brasileiros.

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DIVINóPOLIS EM CENA Veja os destaques da sociedade divinopolitana sob o olhar do colunista social Giovani Lima.

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ENTREvISTA

vINhOS

COmPORTAmENTO

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O estilista mineiro Ronaldo Fraga fala sobre o que é a moda, seus significados e quando ela pode revelar da identidade de um povo, de uma cultura.

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CRÔNICA É apenas um ditado: ‘quem fala muito dá bom dia a cavalo’. Mas a máxima popular faz todo o sentido quando se fala demais.

VEíCULOS Símbolo de inovação e tecnologia automotiva, a nona geração do Honda Civic 2012 deixou a condução ainda mais prazerosa.

SUSTENTAbILIDADE Ecologicamente correto, o projeto Pão & Poesia na Escola se apropria da embalagem utilizada por padarias para divulgar a poesia e desenhos de alunos de escolas da capital.

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EDITORIAL Caro leitor, Você acaba de receber a décima primeira edição da revista Minas em Cena. Mas, antes, quero agradecer os elogios recebidos pela “nova cara” da publicação. Eles nos incentivam a seguir em frente e nos mostram que estamos no caminho certo.

EXPEDIENTE

DIRETOR GERAL

Edgar Bessa

DIRETOR COMERCIAL

Edgar Bessa (31) 8700-1651

CONCEPÇÃO EDITORIAL

Luana Caldeira

Dando início aos temas dessa edição, a matéria de capa traz uma entrevista com o cantor e compositor mineiro Vander Lee. O músico lança em março, o sétimo CD de sua carreira Sambarroco. E no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, elas contam como conciliam os vários papéis – mãe, esposa, dona de casa e carreira profissional.

PROJETO GRÁFICO

2 Pontos Comunicação DIREÇÃO DE CRIAÇÃO

Gustavo Rios DESIGN

Bruno Martins Marina Figueiredo OPERAÇÕES

E para falar de moda, uma entrevista com o estilista mineiro Ronaldo Fraga. Pegando uma carona no tema, os acessórios conquistam cada vez mais o público masculino. Para as mulheres, o colunista Odyr Barreira dá dicas de como limpar os pincéis de maquiagem.

Yara Tanure FINALIZAÇÃO

José Carlos Saldanha PRODUÇÃO GRÁFICA

Karla Iannini Evaldo Lacerda FOTOGRAFIA

E se você ainda não sabe onde passar o próximo feriado, nossa sugestão são as belezas naturais do Parque Estadual da Serra do Ibitipoca. Passando para o teatro, o novo espetáculo Vinte Mil Léguas Submarinas, do Grupo Giramundo, está cheio de novidades. Na editoria Perfil, a personal chef Cau Werneck fala do seu amor pela arte de cozinhar. Também apresentamos Viviana Oliveira, a nova colaboradora é crítica de vinhos e sommelier. E tem mais: o trabalho da arquiteta Isabela Vecci; os animais de estimação da Miss Brasil e apresentadora Natália Guimarães; uma matéria sobre o Projeto Pão e Poesia e, na saúde, a importância da reciclagem para os profissionais de pilates, entre outras. Até a próxima edição! Um abraço, Edgar Bessa

Daniel Castelo Branco Daniel Mansur Dênio Santiago FOTO CAPA

Júlia Lanari PRODUÇÃO E REDAÇÃO

Três Caravelas – Agência de Comunicação Jornalista: Helenna Dias – MTB 11.912- MG IMPRESSÃO

Gráfica Página 12 TIRAGEM

10 mil exemplares Logística de Distribuição

Andrezza Hastenreiter Site

2 Clicks Assessoria jurídica

Guilherme Mangia Cobra A revista Minas em Cena é uma publicação mensal da Minas em Cena – ME Av. Raja Gabáglia, 4977, 4º andar - Santa Lúcia - CEP: 30360-663 Contato: (31) 8700-1651 - Site: www.minasemcena.com.br SUGESTÕES E CARTAS

redacao@minasemcena.com A revista Minas em Cena não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios. Apoio:

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Bom gosto, cada um tem o seu. Confira a nossa programação e desCubra quais dias da semana o bhar é a sua Cara.

terça Terça do Riso Stand up comedy

Quinta Quintas do Samba Samba de raiz

sáBado à tarde Vem SamBhar Samba de raiz

Quarta Bhar 80 Flashback

sexta Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

sáBado à noite Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

Rua Sergipe, 1211 • Savassi • BH/MG www.bhar.com.br Informações e reservas: 31 3082-9232 / 3582-3999

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COLABORADORES EDIÇÃO 11

1. DANIEL CASTELO BRANCO é fotógrafo, jornalista e documentarista. É assessor de comunicação parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e também cobre a área de política.

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2. DANIEL mANSUR é fotógrafo e proprietário do Stúdio Pixel. Atua nas áreas de publicidade, moda, editorial e corporativa. 3. gUILhERmE mANgIA COBRA é advogado especialista em direito de empresas e pós-graduado em direito empresarial. 4. gIOvANI LImA é jornalista e colunista social do jornal Agora, de Divinópolis. É apresentador do programa Xeque Mate, que vai ao ar pela TV Alterosa Centro-Oeste e pela Mastercabo (canal 20). 5. vICENTE DUARTE é jornalista e diretor da Woll Agency. Atua como produtor de casting nas principais campanhas de moda e publicidade no Brasil e no exterior. 6.

NIK PAYTON é um músico britânico, aluno do lendário Bob Wilber, e curador do Jazz Festival Brasil - o maior evento do genêro no Brasil.

7. LEO SOLTZ é gestor cultural, idealizador do Jazz Festival Brasil e diretor de Marketing e Projetos Especiais do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

8. ODYR BARREIRA é um dos profissionais mais conceituados de Belo Horizonte, é hair stylist e make up artistic. Entre os diferenciais do seu trabalho, é especialista em madeixas loiras. 9. vIvIANA DE OLIvEIRA é crítica de vinhos e sommelier do restaurante Outono 81. Ela assina o blog vintologias.com.


E, assim, n贸s lh e declaramos uma linda mulher.

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BOIPEBA UMA ILHA SEM CARROS U

ma ilha sem carros, sem muita badalação, simples e tranquila. Chega-se a Velha Boipeba por lancha, partindo de Valença, e atravessando o estuário do rio do Inferno. A paisagem é bucólica, de vez em quando se avista casas e igrejas que nos fazem imaginar o início da colonização do país. O porto está na praia da Barra, mas o destaque da chegada é a belíssima vista que se tem da praia do Dinheiro Molhado, do outro lado do rio. A vila é composta por pequenas casas, girando em torno da praça principal e das margens do porto. Ruas de pedra e trilhas de areia nos levam às mais belas praias de Moreré e Cueiras, longilíneas, repletas de coqueiros e com piscinas de água morna e cristalina. Tenha certeza que os destinos finais e paisagens durante a caminhada sempre são recompensa garantida pelo exercício. Renato Machado, arquiteto.

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Este espaço é para você, nosso leitor. Conte a sua experiência, envie a sua história para: leitoremcena@minasemcena.com. E não se esqueça, as fotos devem estar em alta resolução.

FOTO: arquivo pessoal

LEITOR EM CENA


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BRASSAÏ PARIS LA NUIT P

ela primeira vez, a capital mineira recebe a mostra do consagrado fotógrafo Brassaï. Até o dia 1º de abril, a Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro BH abrigará a exposição Brassaï, Paris La Nuit, com 98 fotos em branco e preto. Nascido Gyula Halász, captou nos anos 30 uma Paris diferente da vista pelos milhares de turistas que visitam anualmente a cidade-luz. Ele a vê a partir de jogos de sombras, claros e escuros, em fotos que formam uma crônica da vida noturna parisiense, em imagens externas como a da Torre Eifell e de ambientes fechados, como cafés e cabarés. Húngaro com alma francesa, Halász (1889-1984) começou a assinar seus trabalhos com o pseudônimo Brassaï em 1932, quando passou a registrar tipos boêmios e trabalhadores na noite das ruas de Paris. Os notívagos parisienses captura-

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dos em cenas cotidianas e a própria cidade se transformavam em personagens, vistas sob o filtro das lâmpadas das ruas, da luminosidade contida na névoa à beira do Sena e nas luzes dos monumentos. A entrada é franca e a curadoria da exposição é de Agnès Gouvion Saint Cyr.

INFO Local: Galeria de Artes Visuais do Oi Futuro Avenida Afonso Pena, 4001 – Mangabeiras - BH Dias: Até 1º de abril de 2012 Horário: Terça a sábado, de 11h às 21h; e domingo, de 11h às 19h Informações: (31) 3229-3131

FOTOS divulgação

EM CENA


SEJA MODELO

Meninas a partir de 13 anos e acima de 1,68 de altura, e rapazes a partir de 16 anos e acima de1,80 de altura, compareçam na Woll Agency às terças-feiras ou quintas-feiras, de 14h às 17h, levando uma foto 10x15 de rosto.

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MODA

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GUCCI

A

s bolsas geralmente aparecem em couro preto ou marrom, os tons preferidos dos homens mais clássicos. Os mais modernos optam por materiais tecnológicos e cores diferentes. Tommy Hilfiger

RENDA-SE A ELES Por Vicente Duarte

Por mais que um ou outro ainda relutem em usá-los, os homens do mundo contemporâneo já incluíram os acessórios como peças fundamentais do seu dia a dia

P

ulseiras, cordões, bolsas e tantos outros itens conquistam diariamente um universo que antigamente pertencia apenas às mulheres. Entre os rapazes, a bolsa Vintage, nesse momento, está no ranking dos novos acessórios que agradam os barbudos. Isso porque as famosas tiracolos masculinas foram repaginadas e ganharam releituras modernas. Hoje, elas têm menos detalhes e servem não apenas para compor o visual, mas também para atender as necessidades de cada um, seja para carregar o Ipad, Iphone, chaves, carteira e etc.

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Ó

culos e relógios sempre foram acessórios presentes na vida deles. A cada coleção e com a evolução das tendências, esses itens passaram ser prioridades na lista de objetos de desejos. Vale sempre lembrar que o modelo de óculos aviador e os relógios clássicos nunca saem de moda e garantem elegância a homens de qualquer idade.

Ray Ban

Ray Ban

Linha Vista Chilli Beans Linha Vista Chilli Beans

Absurda

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Nessa estação, os óculos ganham força nas armações de estilo retrô e com aros de tartaruga. A década de 80 continua presente em muitos modelos como os Wayfarer e os Vintages, com cara de terem saído de um brechó.

Rolex

P

ulseiras e colares chegam às vitrines e às ruas misturando sempre o couro com o metal, remetendo as peças a um estilo mais rocker. Entre as joias estão também as correntes usadas em diferentes estilos, principalmente as com inspiração étnica.

Armani Xchange

Empório Armani

Tifany & Co

Armani Xchange

Diante de novas possibilidades, podemos afirmar que os acessórios masculinos passaram a ditar uma nova tendência de visual e comportamento. Leve sempre em consideração, obviamente, suas necessidades e gosto pessoal para definir o que você deve ou não usar, sem perder sua personalidade e seu estilo. Arrisque-se!

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perfil

CAU WERNECK Fotos Daniel Mansur

E

la tem como missão encantar as pessoas por meio da mistura de aromas, sabores, cores e texturas, transformando os ingredientes em alimentos para todos os sentidos. Assim, cada momento se transforma em eternidade. E, se para muitos o seu ofício é sinônimo de trabalho doméstico – e chato –, para Cau Werneck a cozinha é um mundo encantado, com a devida licença poética. E para a nossa felicidade e de você, leitor, a partir da próxima edição a personal chef será a nova colunista de Gastronomia. E para começar, a declaração vem logo. “Amo cozinhar, sou uma pessoa privilegiada em poder unir trabalho e prazer.

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Adoro ver as pessoas experimentando minhas criações e reinvenções. Quando entro em uma cozinha é ali que eu me encontro. O contato com os alimentos, o toque, as cores, as texturas, os aromas, os sabores. Nesse momento deixo de lado as preocupações, as frustrações, os medos, as angústias e a correria”, diz. Falando em invenções, no ano passado Cau criou a linha Para Beliscar: compotas criadas para acompanhar pães, queijos e carnes. São elas: tomatinhos agridoce: minitomatinhos italianos assados; cebola caramelada: cebola roxa caramelada com aceto balsâmico; mango chutney: manga e especiarias;

e legumes crocantes: um toque Thai nos legumes. Para 2012, já prepara o lançamento da linha Aquecendo Corações – massas artesanais, risotos, molhos e fundos -, “um toque de Itália nos encontros de famílias e amigos”, confidencia. Além da arte de criar as delícias gastronômicas, se dedica a dar aulas, promove jantares temáticos e oficinas para crianças e adultos. Para a personal chef, entrar na cozinha é como tomar em suas mãos o controle de tudo. É o local de criação, meditação, transformação e produção. Lugar de alimentar o corpo e a alma. É um sentimento de paz profundo. De acordo com a personal, quando co-


zinha pensa em transmitir, em cada garfada, um sentimento de alegria, de amor e de felicidade às pessoas. “É uma sensação muito gostosa e que me realiza muito. Quando recebo um elogio, sempre falo: foi feito com amor! É completamente diferente quando se prepara uma comida com amor. Ela deixa de ser comida e se transforma em alimento”, explica. Cau define da seguinte forma o amor pela arte de cozinhar. “Se o paraíso existe, para mim ele é assim: uma cozinha bem grande e ensolarada, com uma bela mesa e muitas cadeiras confortáveis para que as pessoas não tenham vontade de sair. Um fogão bem equipado, um forno grande sempre exalando aquele cheiro gostoso que nos remete a lembranças, muitas panelas, tigelas, cumbucas e utensílios coloridos. Nas janelas, muitos vasinhos de ervas aromáticas. E no fundo, uma horta com legumes e verduras fresquinhas. Tudo isso em um lugar bem florido no meio de muito verde,” contextualiza. Para beber, recomenda vinho e espumante, que, segundo ela, fazem bem para a pele e para a alma! E não podem faltar nunca, lembrando que é preciso apreciar com moderação. No mais, é desfrutar dos prazeres da vida com muita conversa e risadas.

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BELEZA

PERFEITOS, E LIMPOS

Por Odyr Barreira

Além da variedade de produtos, há também uma infinidade de pincéis. Mas saiba que a limpeza dos acessórios é essencial para a saúde da pele

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epois de alguns dias utilizando os pincéis, resíduos dos produtos e a própria oleosidade da pele se acumulam nas cerdas, o que propicia o surgimento de bactérias, que, por sua vez, podem provocar sérias alergias e até mesmo conjuntivite. Diante disso, é preciso saber a hora certa de fazer a limpeza dos acessórios. Os pincéis de cerdas naturais, por exemplo, têm os pelos presos ao cabo por pressão e cola, por isso, esses não podem ser lavados diariamente, e sim higienizados com álcool 70º. Para limpeza superficial, borrife o produto nas cerdas. Esfregue-o delicadamente em papel toalha, fazendo movimentos de vai e vem. Para uma higienização mais profunda, a cada 15 dias coloque um pouco de detergente, algumas gotas de água sanitária, álcool 70º e um pouco de shampoo Johnson em uma vasilha com água morna.

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“Depois de limpos, enxágue-os em água fria”


Mergulhe os acessórios e deixe-os de molho por uns 15 minutos, sem deixar encostar a parte de madeira. Depois esfregue as cerdas com a ponta dos dedos. Se necessário, aplique um pouco de detergente, retirando todo resíduo de maquiagem. Depois de limpos, enxágue-os em água fria. Pressione os pelos, retirando o excesso de água. Deixe-os secar sobre uma toalha limpa. O mesmo vale para as esponjas de aplicação e bases, as quais devem ser utilizadas uma única vez e lavadas. Se você é profissional ou usa maquiagem diariamente, o mercado oferece produtos próprios para a assepsia dos pincéis, recomendo o Brush Cleanser da MAC, é um excelente bactericida. Contudo, o produto é líquido e não dá para limpar aqueles utilizados para aplicação de pó, blush e sombra seca, entre uma maquiagem e outra. Portanto, faça isso no final do dia, preparando os acessórios para o dia seguinte. Quanto à forma de armazenagem fica a critério da rotina de cada um. Nas versões em miniaturas, há quem prefira mantê-los dentro de uma nécessaire, na bolsa, a fim de utilizá-los a qualquer momento. Eu, particularmente, prefiro manter os meus, de pé, e ao alcance das minhas mãos, ao abrigo da luz e ventilação. No kit portátil, que utilizo para fazer minhas produções externas e sessões fotográficas, gosto de guardá-los em um estojo de couro, onde os mesmos são organizados em linha, evitando que as cerdas se deformem.

dicas • Não utilize condicionador nem secador de cabelos nas cerdas dos pincéis. • O pincel de boca e a borracha do curvex devem ser limpos entre uma maquiagem e outra com algodão embebido em álcool 70º. • O aplicador de máscara de cílios é um ótimo condutor de germes. Depois de aberto, descarte-o a cada três meses, ainda que esteja cheio. • É recomendável que cada mulher tenha seu próprio kit de maquiagens e pincéis. É comum o hábito de emprestar ou usar os das amigas. Evite! Nessa inocente troca é possível que aconteçam contaminações.

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SAÚDE

RECICLAR É PRECISO Fotos Amir Nadur

O aprimoramento é fundamental para profissionais que trabalham com o método pilates. Novos exercícios tornam as aulas mais lúdicas e dinâmicas

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uem está no mercado de trabalho sabe que a reciclagem é fundamental para garantir a permanência na empresa em que trabalha ou então para buscar novas oportunidades. Na área da saúde, por exemplo, o aprimoramento dos conhecimentos e a busca por novas tecnologias são indispensáveis para o desempenho desses profissionais. E claro, de seus pacientes. Em questão, o pilates – método que vem se tornando mais popular no Brasil nos últimos anos. A atividade revigora o corpo e a alma, sem maiores riscos quanto à sua prática. Mas, como em qualquer atividade física, algumas regras básicas devem ser consideradas. Uma delas: somente profissionais da área de saúde, como fisioterapeuta e educador físico, estão habilitados a dar aulas. Portanto, busque informações a esse respeito se você pratica ou tem interesse no método.

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De acordo com o fisioterapeuta, especialista em RPG (Reeducação Postural Global) e em pilates, Clério Barbosa Muratori, “é preciso passar por um curso de aprimoramento, com duração mínima de seis a 12 meses, para ministrar os exercícios”. Mas as exigências não param por aí. “Quando você se torna um profissional, a reciclagem é fundamental. Ela se dá por meio da participação em eventos como wokshop, conferências internacionais, simpósios e congressos, tornando as aulas mais lúdicas e dinâmicas, respeitando a necessidade e limite de cada praticante”, afirma.

O fisioterapeuta Clério orienta aluna durante o exercício

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Alunos durante aula de pilates

APRIMORAMENTO “a falta de conhecimento pode causar lesões no paciente. Daí a necessidade de procurar um bom profissional’’

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Clério explica que a exemplo de outras práticas físicas, a falta de conhecimento pode causar lesões no paciente. Daí a necessidade de procurar um bom profissional, que fará uma avaliação inicial e com diferenciais para a aplicação dos exercícios. O fisioterapeuta, que já aprofundou seus conhecimentos em Miami, Nova York e Washington, acaba de chegar da cidade nova-iorquina, onde passou por uma atualização do método com Deborah Lessen, umas das precursoras do pilates. A professora de pilates e fisioterapeuta Ana Luísa de Faria Ribeiro considera essencial o aperfeiçoamento para a aplicação do método. “Acho importante porque você passa a ter mais confiança e domínio na execução da técnica. Além disso, através da prática aprendo novos exercícios e amplio as possibilidades de trabalho com os meus alunos”, afirma. Ana Luísa comenta que a reciclagem auxilia a aprofundar seus conhecimentos, além de direcioná-la em diferentes situações, como na abordagem de indivíduos com disfunções de coluna, mulheres grávidas e pessoas idosas.


“bichinhos de pelúcia”

FOTO Ricardo Bastos

Amor animal

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les são os “bichinhos de pelúcia” vivos da Miss Brasil 2007 e apresentadora da TV Record, Natália Guimarães. “Sempre quis ter um cão da raça maltês. Certo dia estava passando em frente a um pet shop e resolvi entrar. Quando me aproximei, ela ficou em pé e começou a bater as patinhas em mim. Aí foi amor à primeira vista”. Mas Natália precisava da aprovação da mãe, que de início era contra. “Pedi a minha mãe que fosse até o local apenas para conhecê-la, chegando lá ela também se apaixonou pela cachorrinha”. Resultado: a Pink era o mais novo membro da família. Já o segundo, ela fez a escolha pela internet, queria uma companhia para a Pink. Então veio o Lord, “a coisinha mais perfeita” foi um presente do namorado no Dia dos Namorados. “Ele é muito carinhoso, me segue pela casa toda. Até quando levanto de madrugada ele vem atrás de mim. Os dois dormem comigo, eles são uma benção na minha família”. 23


TURISMO

IBITIPOCA “A SERRA QUE ESTALA” Fotos Leonardo Costa

Reserve roupas confortáveis, um bom par de tênis e muita disposição para conhecer as belezas naturais do Parque Estadual

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achoeiras, grutas, paredões rochosos, orquídeas e bromélias bem pertinho de uma Vila ímpar, com gente hospitaleira e culinária de qualidade. No mar de montanhas da Zona da Mata de Minas Gerais, a Serra do Ibitipoca atrai visitantes em busca das suas riquezas desde 1692. Os pioneiros foram os bandeirantes, no final do século XVII, chegaram em busca das riquezas auríferas da “Serra que Estala” ou “Serra que Estoura”, (ibiti= serra + poca = estala), - significado do nome segundo estudiosos da língua tupi, em referência aos raios que reluziam nos paredões rochosos. Hoje as cachoeiras, picos, vales, grutas e flores, o jeitinho mineiro, o cantar do galo na alvorada, o “cheirinho” do fogão à lenha, a prosa no banquinho da esquina e a boa culinária mineira são os tesouros que atraem turistas do Brasil inteiro.

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Janela do Céu


O PORTAL DE ENTRADA DO PARAÍSO A Vila de Conceição do Ibitipoca, um dos primeiros povoados do estado, fica 27Km após a cidade de Lima Duarte e 3Km antes do Parque Estadual do Ibitipoca. Caminhar durante o dia no povoado é um passeio na história, basta prosear com um morador do pacato arraial para descobrir o quanto é interessante o passado do local. À noite, o clima de harmonia vigora entre os moradores e turistas. Nos restaurantes e lanchonetes é comum o som da viola acompanhado da tradicional prosa mineira, regada à pinga retirada dos alambiques da serra. Quem prefere o tom romântico é possível um jantar a luz de velas, com o deslumbrante céu estrelado desconhecido das metrópoles. Visitante “sobe” o Rio do Salto no Circuito das Águas

Ponte de Pedra no Parque Estadual do Ibitipoca

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Vila de Conceição do Ibitipoca e as montanhas de Minas Gerais

Janela do céu O Parque Estadual do Ibitipoca, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG), encanta por reunir nos seus 1488 hectares singularidades não encontradas em outros parques do país. A diversidade biológica proporciona à reserva uma riqueza na sua vegetação que a difere dos demais. Os passeios são divididos em três circuitos. O mais curto é o Circuito das Águas, reúne mais cachoeiras e é o mais procurado por famílias com crianças e grupos da melhor idade. A 100 metros do estacionamento e bem próximo ao restaurante do Parque está a “Prainha”. Com areias brancas e um poço de águas calmas, bem abaixo de um paredão rochoso. Ainda tem o Lago das Miragens, a Ponte de Pedra e a Cachoeira dos Macacos.

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Paredões no Parque Estadual do Ibitipoca


Ponte de Pedra vista debaixo

Cachoeira dos Macacos e mais acima a Ponte Pedra

O circuito Pico do Pião já exige um pouco de preparo, é uma caminhada mais longa e termina a 1722 metros de altitude. No ponto culminante da trilha, o turista se surpreende ao deparar com uma ruína de uma capela, na verdade só sobrou o piso e o altar. Os ventos, as chuvas e os raios da “Serra que Estala” trataram de derrubá-la. O circuito Janela do Céu é o mais longo. Ali se conhece o ponto mais alto da região, a Lombada, com 1784m de altitude, onde o visual é moldurado por 360° de montanhas, algumas cavernas e até uma gruta com claraboia, a Gruta da Cruz. As surpresas ficam reservadas para o final do circuito, após um banho na Cachoeirinha, uma bela queda d’água com mais de 20 metros de altura circundada por árvores e paredões, os turistas seguem pelas margens do Rio Vermelho até uma janela muito diferen-

te, com mais de 200 metros de altura. Quando menos se espera o caminho da água termina no alto de uma cachoeira, com a vegetação fechando sobre o riacho em uma altura de dois metros. Se o visitante recuar um pouco da queda tem a ilusão de estar olhando para a “Janela do Céu”. Frequentador do local, Cláudio Palha, fisioterapeuta e morador de Juiz de Fora, confessa - “sempre que posso venho até a “Janela”, o seu visual resume tudo o que significa Ibitipoca: único, diferente e encantador. Ideal para quem quer relaxar a mente, se interar com a natureza e recarregar as energias.”

INFO Site www.ibitipoca.tur.br

Telefone (32) 3281-1195

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CAPA

SAMBARROCO

NOVO CD DE VANDER LEE Por Helenna Dias Fotos Júlia lanari

Uma mistura de ritmos compõe o mais recente trabalho do cantor e compositor mineiro. O lançamento será nos dias 22 e 23 de março no Palácio das Artes

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tempo passa e ele continua um romântico incorrigível. Não há mal algum nisso, pelo contrário, cantado por ele, o amor é o combustível que o alimenta e nos faz (re) pensar as várias formas de amar. E como poucos, o cantor e compositor mineiro Vander Lee canta o amor com classe, marca singular de seu repertório. Vai da balada ao samba, sem deixar de lado as questões sociais, com a mesma elegância - como exemplo, a tocante e belíssima letra da música Do Brasil.

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“É a prova dos nove, para saber se ela vai perpetuar ou não”

E é essa mescla de ritmos que compõe o seu mais recente CD – Sambarroco, o sétimo de sua carreira, será lançado no final de março e vem com algumas novidades. “O que me levou a gravar, a mudar a banda, a formatar um disco mais acústico, foi um desejo de rediscutir a música esteticamente”, declara. Vander conta que quis romper com o estilo anterior de fazer música, “não queria que minhas canções soassem simplórias”. A intenção, segundo o cantor, foi abrir um novo ciclo. Voltado para o sam-

ba, “foge do estereótipo de caricatura do samba carioca”, no entanto, é um disco bem mineiro no sentido da forma, com influências também da música nortista e cubana. Em Sambarroco, Lee canta de uma forma mais tranquila, em tons mais baixos, e tem as participações especiais dos músicos Dudu Nicácio e Thiago Delegado. Perguntado se não tem medo da repercussão do público, responde: “creio que o verdadeiro fã se assusta um pouquinho, mas quando perceber a diferença

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ele também vai embarcar nessa viagem, até porque o fã espera sempre que o artista o surpreenda”, disse. Para ele, a música não existe só para o artista, ela é grande porque fala com muitos, e muitas vezes, a canção precisa se despir para conquistar mais pessoas ou para entrar em outras festas. “É a prova dos nove, para saber se ela vai perpetuar ou não”.

MATURIDADE Talvez o mais ousado de sua discografia, o cantor acrescenta que o trabalho atual preserva e mantém a sua identidade e promove o encontro de uma geração de 10 a 15 anos mais jovem que ele. “Independente do resultado comercial ou se as pessoas gostarem, já valeu a pena porque conta a história de duas gerações. É um encontro pontual e não acontece muito na música de Minas”, afirma. O trabalho também conta com a participação da esposa e cantora Regina Sousa, na faixa Arlequim. Vale destacar que todas as canções são de sua autoria. 32


Sobre o processo de compor, Lee revela: “é a hora que eu sonho”. E como ele faz isso? “É uma mistura de tudo, às vezes tem gente batendo na minha porta pra fazer alguma coisa, às vezes faço música porque quero zoar comigo e às vezes porque preciso ganhar dinheiro. Enfim, hoje qualquer pretexto para fazer uma música é como se eu tivesse um motivo a mais pra viver”, enfatiza. Mas isso não é uma dependência? “Creio que não, porque se eu não existisse a música continuaria aí, porém me sentiria mais pobre. A música é que me enriquece, em todos os sentidos que você imaginar, é ela que me trouxe mulheres, filhos”. E, passando para o tema futebol, o cantor e torcedor do Atlético, declara: “como atleticano, há muitos anos estou decepcionado com o time. Vou me afastar por uns tempos”.

‘‘O que eu quero é que o meu trabalho me represente, imperfeito como eu sou”

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“O qUE EU qUERO É qUE O mEU TRABALhO mE REPRESENTE, ImPERfEITO COmO EU SOU”

Com 26 anos de carreira, Vander diz que este é “um momento de amadurecimento artístico, de uma consciência maior do que o meu trabalho pode vir a representar, com a sua repercussão. Me sinto muito inexperiente tanto na vida quanto na música, mas ao mesmo tempo como um garoto querendo sempre aprender coisas novas”. Mas, pra chegar onde hoje é o seu lugar, o cantor conta que foi visto com certa desconfiança. “Diziam que era muito tarde para construir uma carreira profissional, que não deveria compor”. Sorte a nossa que ele seguiu em frente. E, seguindo em frente, ele faz da música não apenas o seu ofício, mas também uma espécie de confessionário. “Inicialmente o que me leva a compor é fazer da música uma salvação interna e pessoal. Minhas canções vinham nos momentos de crise, de mudanças ríspidas que não conseguia elaborar. Virou meu confessionário, minha terapia, onde eu me permito coisas. O que eu quero é que o meu trabalho me represente, imperfeito como eu sou”. Que assim seja, você e todos nós!

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INFO Data 22 de março, quinta-feira, às 20h30; dia 23 de março, sexta-feira, às 21h

Local Grande Teatro do Palácio das Artes – avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – BH

Ingresso R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)


O M S I AL . N O R D JO ESA P PESO

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Comportamento

O DIA A DIA DELAS

Ilustração Augusto Fonseca

O

tema é recorrente e sempre vem à tona quando se comemora, no dia 08 de março, o Dia Internacional da Mulher. Principalmente quando se está em pauta os vários papéis da mulher – mãe, dona de casa, esposa, profissional -, em especial a brasileira. Como a data é oportuna, a revista Minas em Cena quis saber de mulheres, conhecidas e anônimas, como é a rotina de quem divide o tempo entre carreira e vida pessoal. O dia dela começa às 6h15 da manhã. Casada e mãe de três filhos, com idades entre seis e 14 anos, a diretora de Recursos Humanos e Comunicação da empresa Forno de Minas, Hélida Mendonça, “acredita que essa coisa de cuidar do marido, dos filhos, da casa, do lazer e dos amigos, isso tudo vem num pacote só. O tempo é a gente que faz, e para tudo o que é importante na sua vida sempre haverá tempo”, afirma, e completa dizendo que também conta com a ajuda do marido.

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Nesse contexto, a psicóloga e presidente da Dasein Executive Search, Adriana Prates, revela que há duas situações a serem analisadas. “Percebo que há um grupo que busca competitividade e o outro busca realizações. Hoje, as regras do mercado vêm estimulando e, de certa forma, convidando a mulher a ser mais atuante no sentido de ampliar a sua participação em todas as suas possibilidades existentes. Tanto nos papéis básicos conhecidos quanto no mercado público e privado”, explica.

FOTO: Arquivo Pessoal

Hélida comenta que nunca se sentiu culpada por trabalhar fora. “Acho que é o melhor exemplo que você pode dar aos filhos. Os meus entendem a minha ausência porque sabem que terão um retorno, uma recompensa do meu trabalho”. Como mãe, a última tarefa do dia é às 21h30. “Faço questão de pô-los na cama, rezamos a oração de São Francisco e agradecemos pelo dia e por tudo em nossas vidas”. Uma jornada que se encerra às 23h.

“O tempo é a gente que faz, e para tudo o que é importante na sua vida sempre haverá tempo”

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“Não tenho características de uma dona de casa e, de certa forma, não saberia viver sem essa rotina. E, apesar de chegar cansada em casa e ter que dividir a atenção com o meu filho e o meu marido, faço as coisas com prazer. Confiro as atividades escolares do meu filho e deixo tudo preparado para o dia seguinte, e ainda costumo estudar. O meu marido também me ajuda muito, não posso reclamar”, declara a analis-

“a mulher moderna deixou o mito de heroína para trás. Hoje ela está mais consciente dos ônus e bônus de ter uma vida pessoal e profissional”

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FOTO: Arquivo Pessoal

Casada e mãe de dois filhos, de 10 e 14 anos, a empresária Vívian Cavalcanti admite “que não é uma dona de casa” e considera sua rotina muito tranquila em relação a outras mães. “É claro que às vezes é cansativo, porém consigo administrar tudo porque tenho o meu próprio negócio e um horário flexível de trabalho. Tenho uma excelente secretária, é ela quem cuida de tudo em casa. Meu marido tem horários mais rígidos, mas também ajuda muito nesse processo”, comenta. E, entre as suas tarefas, que começam às 7h da manhã, o último compromisso é às 22h, quando busca o filho na academia.

“...Consigo administrar tudo porque tenho o meu próprio negócio e um horário flexível de trabalho”

ta de planejamento estratégico Ariadne Dayrell Félix, que ainda se dedica a um curso de pós-graduação. Uma rotina que começa às 6h15 da manhã e termina por volta das 23h15. Sobre os vários papéis, Adriana reconhece o quanto a mulher ficou sobrecarregada. No entanto, esclarece que o gosto em cuidar da casa, pelo suprir, por exercer o controle dos filhos, da educação e do marido, é inerente a mulher. “Hoje, ela diz: vou criar condições de cuidar da minha casa e também de me realizar profissionalmente. Mas não está mais sobrecarregada do

que o homem, pois são níveis diferentes de exigências e que afetam os dois lados. Nesse ponto, o diferencial é que a mulher é mais perspicaz para criar estrutura de apoio, ela utiliza a mãe, a sogra e a irmã”, por exemplo. Ainda de acordo com a psicóloga, a mulher moderna deixou o mito de heroína para trás. Hoje ela está mais consciente dos ônus e bônus de ter uma vida pessoal e profissional. E completa: “o aceso ao dinheiro faz com que o poder seja distribuído, e hoje ela consegue trazer mais qualidade para o relacionamento”, conclui Adriana Prates.


FOTO: Pedro Silveira

“T

ento aplicar na vida pessoal um pouco da minha gestão empresarial. Conto com a ajuda de ótimos colaboradores. Sou uma mãe divorciada, há um ano tenho um namorado. Meus filhos (8,11 e 14 anos) são a base da minha família. O que poderia ser rmelhor com eles é a relação com a escola, mas têm que me dar resultados. Não me sinto uma mãe culpada, crio-os para que não sejam dependentes. Dou a eles muito amor, carinho e dedicação. A diferença é que na empresa sou mais racional, tenho o resultado medido diariamente. É uma vida corrida, mas é meu ritmo natural. Não sei viver lentamente, sou muito intensa. No final essa minha energia passa pra frente”.

FOTO: Gil Leonardi

Érica Drumond, diretora do Ouro Minas Palace Hotel

“O

mundo contemporâneo impõe desafios que nós, mulheres, também enfrentamos há anos. Uma rápida avaliação sobre a nossa realidade nos permite perceber que as conquistas femininas não se restringem somente no campo do direito, mas, principalmente, no mercado profissional. Habilidades como colaboração, flexibilidade, capacidade de diálogo e abertura a mudanças, tão recorrentes nos jargões corporativos, já fazem parte do cotidiano feminino. Afinal, o que é o dia a dia da mulher moderna, se não se responsabilizar pelos compromissos com o trabalho e também da família e, ainda, dividir a responsabilidade diária em torno da educação dos filhos? Como diria Adélia Prado, o mundo está aprendendo a ser mais ‘desdobrável’.” Eliane Parreiras, secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais

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FOTO: Renato Cobucci

“S

ou mãe de dois, namorada de um, filha de dois, irmã de quatro homens e secretária de planejamento de um Estado inteiro. E, se não bastassem todas essas relações, sou eu, também. E, assim como eu, tantas outras mulheres têm vidas multifacetadas, passando, às vezes por muito, das sete cantadas por Drummond em seu poema. Não é fácil, confesso, mas é o que buscamos por muito tempo, e não acho que nenhuma de nós esteja arrependida disso. Afinal, acredito que não nascemos para ser perfeitas, em nada; nascemos para ser inteiras. E hoje, quando vejo minha família com saúde e harmonia, quando me vejo na profissão que escolhi e que amo, tenho certeza de que estou seguindo meu credo. Dizem que as mulheres são capazes de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Nunca essa habilidade foi tão necessária. E nunca fomos tão felizes por aplicá-la.”

“O

papel da mulher não mudou ao longo da história porque sempre foi de luta para criar a família. Simplesmente surgiram mais tarefas, como sair de casa para trabalhar. Eu me divido e multiplico, mas nada perto de mulheres guerreiras que conheço. É o caso da dona Francisca Paulina, analfabeta e que aprendeu com a necessidade. Ela é empreendedora da economia solidária. Elizângela, ex-sobrevivente da rua e catadora, venceu o alcoolismo e hoje vive da reciclagem e tem casa própria. Tem a Vanilda, mulher negra e linda, ex-babá demitida porque lia um livro e hoje tem uma rede de bibliotecas comunitárias. Mulheres anônimas, corajosas, que merecem ser valorizadas. A elas, a homenagem de uma outra mulher que luta para, a cada dia, ser uma pessoa melhor!” Roberta Zampetti, apresentadora do programa Brasil da Gerais – Rede Minas

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FOTO: alba licínia

Renata Vilhena, secretária de Estado de Planejamento e Gestão do Governo de MG


Rádio Minas, desde 1946, crescendo com Divinópolis. Parabéns a nossa cidade pelos 100 anos de história.

Uma homenagem do maior grupo de comunicação da região, Sistema MPA.

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EDITORIAL DE MODA

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Vestido Mixed Colar Cláudia Marisguia Sapato Zara Brinco azul Claudia Marisguia Anel Cláudia Marisguia Gata usa colar Cláudia Marisguia

SOFISTICADA A

busca da verdadeira mulher do cotidiano - forte, decidida, antenada com as tendências de moda e ligada nos mínimos detalhes, pois ela sabe que os mesmos fazem toda a diferença em um look. Mas quem é essa mulher? Ela é uma dona de casa, madura e um jeito muito próprio de se vestir. Sempre ligada em tudo que acontece ao seu redor, traz um pouquinho de tudo para sua vestimenta. Acompanhamos o dia a dia dessa mulher: o café da manhã, o lazer, buscando os filhos na escola, em eventos e reuniões. E, para cada ocasião, uma produção diferenciada com extremo bom gosto e atitude. Seguindo as tendências, usamos muitas texturas e, em um mesmo look foi usado tecido de organza, tricot e tricoline e um acessório de peso, para dar o ar da graça. Para o inverno 2012, muito preto, comprimento longo ou no joelho, couro ecológico, e a volta da alfaiataria, a renda permanece em alta. Quanto aos acessórios, colares curtos, maxi e junto ao pescoço, dando a entender que eles fazem parte da roupa (muitas vezes usados por cima do colarinho). Já as cores, muito vermelho e azul. O resultado desse trabalho, que alia o universo feminino às tendências da moda, pode ser percebido em cada detalhe que compõe os luxuosos looks. E feitos para uma mulher chique, sofisticada.

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Saia Andrea Marques para Good Mood Camisa seda Vivaz Colar Clรกudia Marisguia Sapato Chinese Laundry Bolsa Zara

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Camisa Maria Bonita Tricot Mixed Saia Contempo Colar Clรกudia Marisguia Sapato Chinese Laundry

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Calça Contempo Casaco Maria Bonita Colar Mixed Bola Maria Bonita Anéis Cláudia Marisguia Sapato Chinese Laundry

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Vestido Mixed Colar CLรกudia Marisguia Broches flores Vivaz Sapato Chinese Laundry Anel Clรกudia Marisguia

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Vestido Maria Bonita Extra Tricot Maria Bonita Extra Cinto Vivaz Sapato Chinese Laundry Bolsa Amap么 para Good Mood Anel Cl谩udia Marisguia

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Vestido Vanessa Madsen Corselet Vivaz Hot Pants Brilhantina Brechó Colar Camila Klein para Good Mood Sapato Chinese Laundry

FICHA TÉCNICA Modelo Lívia Duarte (Woll Agency) Make e Hair Odyr Barreira Fotografia Leandro Ribeiro Stylist Ivan Cavalcante Designer Glico Gênio Gata Melissa Coordenador Geral Vicente Duarte Agradecimentos Espaço de Vivências Unidade Belo Horizonte Rua Jornalista Djalma Andrade, nº 1801, Belvedere – BH/MG Tel.: (31) 3286-9797 Café Com Letras 49


arquitetura

ACONCHEGANTE E SOFISTICADO

Fotos Jomar Bragança

Simplicidade, criatividade e bom gosto garantem um ambiente acolhedor na concepção do bistrô

O

primeiro passo era encontrar o espaço. A intenção era a abertura de um restaurante e que o mesmo tivesse o formato de um bistrô. Partindo dessa ideia, quatro empresários encontraram uma casa da década de 1930, no bairro Santa Efigênia. O segundo passo começa com o trabalho de equipe da arquiteta e designer Isabela Vecci. “Era uma casa singela e eclética, que já havia sofrido algumas intervenções. Então procuramos retomar o aspecto original e usar os elementos já existentes e, com algumas adaptações, transformar o ambiente em um local adequado para um restaurante”, explica.

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O conceito era trabalhar com simplicidade, priorizando o acolhimento e o aconchego que um bistrô demanda. Para tal, foram considerados alguns elementos. O primeiro foi o revestimento das paredes, algo que fosse acolhedor “Escolhemos o nylon de sacolas de mercado, revendido em casas de revestimentos para fazer cadeiras e que tem como características as cores e uma variedade de padrões. O produto foi aplicado às paredes juntamente com uma espuma de fundo para lhe conferir maciez”, esclarece Isabela.

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A meia parede superior ao barrado e o restante do ambiente foram trabalhados com elementos mais neutros, como o cimento natado, para amenizar o efeito das cores. O piso de madeira foi mantido, porém recebeu um tratamento de ebanização. Os forros de madeira que acompanham o desenho do telhado foram todos pintados de branco, destacando as estruturas originais. O hall de entrada recebeu atenção especial com dois sofás, um em frente ao outro e com muitas almofadas. Esse é o local onde os clientes podem aguardar, com conforto, pelo atendimento. Os tecidos usados são da designer Daniela Karan.

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A iluminação foi concebida de forma a não modificar a estrutura da casa, formada por eletrocalhas e luminárias presas a elas. No salão menor a iluminação é indireta. Criatividade e sensibilidade nas arandelas, que receberam ilustrações com fotos do bairro Santa Efigênia e de seus acessos. Na varanda, as paredes laterais receberam uma treliça metálica onde latas utilizadas pelo próprio restaurante (como por exemplo, latas de goiabada, creme de leite etc.) foram utilizadas para criar um jardim vertical. Projetado pelo arquiteto e paisagista Jorge Tanure, o jardim lembra os antigos canteiros da casa da vovó. E foi a partir desse trabalho que nasceu o Ephigênia Bistrô, no bairro que leva o mesmo nome. Projeto Isabela Vecci Colaboração Carla Medina e Rodrigo Martins Paisagismo Jorge Tanure Tecidos especiais Daniela Karan

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cultura

O “NOVO” GIRAMUNDO Fotos André Carvalho

Para encenar o universo de ficção científica de Julio Verne, teatro de bonecos mergulha na tecnologia e no cinema

N

ão é a primeira vez que o Giramundo se aventura pelo enredo de Vinte Mil Léguas Submarinas. Em 2007, o grupo montou a peça e, desde então, muita coisa mudou. Quem relaciona os espetáculos do grupo somente a bonecos de madeira vai se surpreender com bonecos-robôs, palcos suspensos, cenografia autoiluminada, projeções audiovisuais, animações e muita eletricidade. “O Giramundo viu o contexto da produção teatral mudar muito. A companhia começou em 1971, com Álvaro Apocalypse, em outro mundo, outro tempo muito diferente do atual. Sentimos a necessidade de usar os recursos da arte de hoje”, diz Marcos Malafaia, diretor-geral da peça.

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Nenhuma história se adequaria melhor a essa proposta do que o fantástico mundo de máquinas de Julio Verne. Para incorporar esses elementos ao teatro de bonecos, o Grupo investiu numa estrutura composta por laboratórios de pesquisa em luminotécnica, animação, mecatrônica, robótica, arte cinética e cenotécnica. O resultado são bonecos manipulados por controle remoto, com iluminação própria, e muita mistura entre objetos reais e projetados. Além disso, a companhia buscou no design soluções para seus figurinos e cenários. “Estamos incorporando processos industriais que se somam aos processos artesanais que utilizamos tradicionalmente. Procuramos unir as técnicas tradicionais às novas tecnologias. Do ponto de vista da linguagem, nos aproximamos do processo de corte e montagem do cinema. Nesse espetáculo já conseguimos, em algumas cenas, produzir um híbrido entre cinema e teatro”, observa Malafaia. 57


O ESPETÁCULO Vinte Mil Léguas Submarinas é parte de uma trilogia que se iniciou com o espetáculo Pinóquio, em 2005. O ponto final dessa jornada está previsto para o final de 2012, com o inédito Alice, adaptado da obra de Lewis Carroll. A escolha das obras se justifica pelo tom “visionário” que todas têm, capaz de, na visão do Giramundo, explicar pontos importantes do mundo contemporâneo. “Como nos livros do século XIX, um período de extrema mudança, os autores tiveram a sensibilidade para antever os acontecimentos do mundo moderno. Em Vinte Mil Léguas, a ciência dá ao homem ‘superpoderes’, nem sempre benéficos; e, em Alice, temos a alienação ‘virtual’ representada por um mundo subterrâneo, maravilhoso e subversivo” explica o diretor. A remontagem trará cenas inéditas, além de bonecos totalmente recriados. Com oito marionetistas no palco, a diretora de cena, Beatriz Apocalypse, procurou deixá-los “visíveis” em grande parte do tempo. “Apesar de usar muita energia elétrica e bonecos automatizados, ainda prezamos a tradição. Gostamos da interação concreta do marionetista com o boneco”, ressalta Beatriz. A peça promete encantar mesmo quem está habituado à literatura de Verne. Segundo Marcos Malafaia, o roteiro é uma adaptação fiel ao texto original, mas com uma interpretação própria, “percebendo e refinando um jeito Giramundo de contar histórias”.

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INFO bELO HORIZONTE Local: Teatro Dom Silvério Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230 Dias: 23, 24 e 25 de março (sexta-feira, sábado e domingo) Horário: 20h Ingressos: R$10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) Informações: (31) 3228-7500

NOVA LIMA Dias: 31 de março e 1º de abril (sábado e domingo) Horário: 20h Local: Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima – Praça Bernardino de Lima Entrada franca Informações: (31) 3542-5949


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Jazzmin

UMA CIDADE VIBRANTE

Por Leo Soltz e Nik Payton

O

jazz nasceu em New Orleans, fruto de um grande encontro entre as tradições musicais europeias e africanas. Libertou de amarras as canções eruditas e veio abrindo caminho para outros gêneros com uma forte “pegada” de improviso e levantando a bandeira da criação coletiva (destaque nos tempos atuais). Esse fato contestou toda uma indústria cultural e quebrou amplas barreiras. O estilo musical é querido e respeitado em todo o mundo e se reinventa a cada novo acorde tocado. Uma música tão popular e revolucionária como a nossa MPB. Mas quanto você sabe sobre essa cidade vibrante? New Orleans foi fundada pelos franceses em maio de 1718 e recebeu o nome em homenagem a Philippe d’Orléans, Duque d’Orléans - Regente da França na época. O controle da cidade passou de mãos em mãos -, para o Império Espanhol em 1763, voltou às mãos dos franceses em 1801 antes de ser vendido para os Estados Unidos pelo General Napoleão Bonaparte, em 1803. Essa alternância de poder e domínio talvez seja uma das grandes contribuições para a formação desse “caldeirão” cultural na cidade.

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Por falar em “caldeirão”, a comida mais conhecida de New Orleans e no estado de Louisiana chama-se creole - também era o nome dado para todas as pessoas descendentes de americanos e europeus. Originalmente eram dois tipos: os French Creoles (descendentes de franceses e espanhóis); e os Creoles of Color para os descendentes de africanos, europeus e, de vez em quando, os índios nativos. Essa mistura de culturas e sabores que criou a comida creole (diga-se de passagem, picante) também foi, em parte, responsável pelo ambiente em que o jazz se formou. Ambas, quentes. A bebida mais conhecida em New Orleans é o hurricane, criado por Pat O’Brien na década de 1940. Ele precisava de uma nova receita para usar o estoque de rum que ninguém gostou. Então resolveu misturar com xarope, suco de frutas e grenadine. Bem criativo por sinal. Muitas pessoas pensam que o nome foi por causa dos hurricanes (furacões) que constantemente assolavam a cidade. Mas na verdade Pat O’Brien serviu a bebida numa copa, no formato de uma lâmpada chamada hurricane lamp e ofereceu, de graça, para os marinheiros. Hoje em dia esta iguaria é servida num copo de plástico. Há uma lei na cidade que permite a bebida alcoólica em público, mas proíbe o copo de vidro. Uma outra bebida bem conhecida é o Bloody Mary, mas não como o que servimos aqui no Brasil. Veja a receita e experimente. Coloque um pouco de sal e pimenta no fundo do copo. Cubra com tabasco e molho inglês (a quantidade é a gosto). Esprema um pouco de suco de limão siciliano. Acrescente duas doses de vodka e duas partes de suco de tomate e misture bem. Sirva com um pedaço de limão e salsão. Uma delícia! Para finalizar, ligue seu sistema de som, coloque um disco de Louis Armstrong, beba e relaxe!

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VINHOS

O TRAUMA DO

LIEBFRAUMILCH

Por Viviana de Oliveira

Por que tantas pessoas desprezam o vinho branco? A sommelier investiga a saga da bebida e encontra respostas no cinema, na moda, na psicanálise e nos costumes brasileiros

T

omar vinho branco pode ser a cura para o trauma do Liebfraumilch. Mas, desde quando beber é cura para algum mal? Principalmente se esse foi causado pela bebida. A verdade é que na cultura brasileira, assim como em outras, somos condicionados a pensar mais sobre os aspectos negativos do álcool. As causas que levam ao ato de beber são menos relevantes do que suas consequências. Quem não se lembra da personagem inglesa Bridget Jones, do filme sucesso de bilheteria, O diário de Bridget Jones, derramando as lágrimas de seus rendez-vous fracassados sobre taças e mais taças de um Chardonnay australiano barato. Se na sua origem o vinho era considerado alimento e remédio, pela primeira vez na história ele está sujeito à moda, às emoções e ao poder do consumidor. O branco, em particular, me parece uma abordagem interessante por ser ainda bastante menosprezado no Brasil. Até hoje, o único antídoto que encontrei para curar as sequelas psíquicas deixadas pelos brancos de antigamente é sugerir às pessoas “traumatizadas” que voltem a bebericá-los, pois a experiência será transformadora.

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Essa experimentação, é claro, deve ser feita aos poucos, em doses “homeopáticas”, procurando sempre aliar a degustação ao conhecimento, seja por meio de leituras, cursos e viagens. Ou ainda por intermédio do bom e velho sommelier, profissão cuja importância vem se consolidando cada vez mais em um mundo onde o excesso de informação pode ser arrebatador.

algo a ser evitado. Até porque durante muito tempo os importados chegavam ao país em condições inaceitáveis. Os de baixo custo não eram necessariamente ruins, mas muitas vezes estavam oxidados devido às condições de armazenamento. Já a composição duvidosa de alguns rótulos e o alto teor de açúcar em outros, fizeram das enxaquecas do dia seguinte um dos primeiros sintomas do trauma, que tem a sua razão de ser.

Voltando à saga do vinho branco, já ouvi comentários de que o mesmo não é vinho. Acredito que esse quadro de rejeição pode ser revertido. É fato que o mercado brasileiro, por volta da década de 1970, foi impregnado de BBBs (Brancos, Bons e Baratos). E as notórias garrafas cianas alongadas de Liebfraumilch, em especial, parecem ter penetrado no inconsciente coletivo das pessoas como

No entanto, bebia-se como se não existisse um amanhã. Do Blue Nun ao Chablis, eles eram chiques, fáceis de obter e passavam uma imagem de glamour em todas as classes sociais. Tudo isso corrobora a noção de que a bebida, enquanto objeto de consumo, também pertence ao império do efêmero, estando suscetível às mesmas vicissitudes históricas e tendências da moda ana-

lisadas pelo filósofo Gilles Lipovetsky. E, infelizmente, o branco é o mais suscetível de todos. De forma muito implícita, ele foi se tornando para muitos brasileiros esse signo de uma ideologia do frugal, à qual, em maior ou menor grau, mais e mais gente se aderia, sem saber que por trás das garrafas promocionais de verão no supermercado existiam – e ainda existem – dispositivos de marketing que não raramente determinam o que compramos e o que deixamos de comprar, o que gostamos ou deixamos de gostar. Por isso, hoje, mais do que nunca, o gosto deve sim ser pauta de discussão, ao menos para evitar que a história se repita novamente. À ilustre última frase de um viticultor, acrescento um lembrete importante: não se esqueçam que da uva também se faz vinho branco! 63


ENTREVISTA

SINgULAR Por Helenna Dias Fotos Bruno Magalhães

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le dispensa apresentação e, assim como está explícito em tudo o que faz, o criador vive – e revive - intensamente as raízes mineiras e brasileiras em seus trabalhos. Para ele, a moda vai além do aspecto puramente comercial, e, mais do que ato de vestir corpos nus, as criações do estilista mineiro Ronaldo Fraga são costuradas entre alfinetes e agulhadas de cultura, tradição e história. Elementos que ganham formas e cores trazem, a cada coleção, uma gama de significados simbólicos. Características que diferenciam a sua moda e revelam o estilo de quem veste a marca Ronaldo Fraga. Junto com a próxima coleção, ele prepara o lançamento do livro Caderno de Roupas, Memórias e Croquis, programado para acontecer no final de março em vários estados brasileiros. Confira a seguir, um bate-papo com o estilista.

“O hábito fala pelo monge, o vestuário é comunicação além de cobrir o corpo da nudez, ela tem outras finalidades”. Umberto Eco

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Minas em Cena - O que é a moda? Ronaldo Fraga – A moda é uma interpretação de um contexto antropológico, antropofágico, histórico, cultural e econômico. E um importante meio de comunicação no mundo moderno. Em função dessas múltiplas faces, o vetor moda demanda um entendimento maior e nem sempre é fácil entendê-la.

MC - Estar na moda é sinônimo de estar bem vestido? RF - A moda muda de face o tempo inteiro, e de acordo com a mudança do tempo ela cria novos códigos. Hoje, com a força do fast fashion e a democratização da informação, a moda mudou bastante. Pra muita gente, estar na moda é estar de taller e salto alto. Para outros, o “estar bem vestido” é usar uma camiseta branca e um tênis confortável. Pra mim, o “estar bem vestido” tem que trazer vestígios da história e escrita pessoal de quem está usando. Penso que a moda precisa ser entendida como uma forma de expressão individual e de um grupo, e não pela última proposta de um site ou de uma revista.

“a moda precisa ser entendida como uma forma de expressão individual e de um grupo, e não pela última proposta de um site ou de uma revista’’

MC - Quando a moda pode falar ou representar a identidade de um povo, de uma cultura? RF - Quando ela estabelece diálogo com outras frentes, ou seja, quando ela se relaciona com a decoração, a arquitetura e o designer.

MC - Se fizermos uma linha do tempo, podemos dizer que na antiguidade a moda já era presente? RF - Claro que sim. Sempre houve quem olhasse, admirasse e se curvasse cegamente diante da “Roupa Nova do Imperador”, como na célebre

obra do dinamarquês Hans Christian Andersen. O conto, de 1835, conta a história de um rei de um determinado reino que buscava incessantemente a última moda. Certo dia, enganado por dois vigaristas que se passaram por alfaiates, foi oferecido a ele uma roupa que somente as pessoas especiais e inteligentes poderiam enxergar. O rei gastou uma fortuna por essa roupa e todo o reino se curvou diante dele, admirando as vestes que na verdade não existiam. Por outro lado, sempre irão existir pessoas que vão romper com o modelo vigente. 65


“Tenho um público bem diverso, como a linha infantil Ronaldo Fraga para Filhotes. E na linha adulta de masculino e feminino, clientes especiais de todas as idades’’ MC - O mineiro consome a moda feita aqui no estado? RF - Não tenho do que reclamar. Acredito que hoje, pouco a pouco, o mineiro tem prestigiado a moda produzida no estado.

MC - Quem veste Ronaldo Fraga? RF - Tenho um público bem diverso, como a linha infantil Ronaldo Fraga para Filhotes. E na linha adulta de masculino e feminino, clientes especiais de todas as idades. Um ponto em comum nesse público é que são consumidores de cultura e formadores de opinião nos grupos a que pertencem.

MC - Que avaliação você faz da moda hoje no Brasil? RF - A moda brasileira vive um impasse, o potencial criativo de um povo num momento em que o Brasil tem despertado a atenção no mundo, em todos os sentidos. De outro, os impostos com taxas europeias, o que tem forçado o triste cenário de desindustrialização do país.

MC - Como você aplica a sustentabilidade na sua empresa? RF - Na humanização dos processos e na valorização de saberes e fazeres tradicionais.

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ARTIGO

ALERTA

ÀS EMPRESAS

Por Guilherme Mangia Cobra

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m c u m p r i m e n t o à L e i n º 12.440/2011 e à Resolução Administrativa TST nº 1470/2011, a Justiça do Trabalho, a partir de 04/01/2012, passou a emitir a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). O objetivo é comprovar a inexistência de débitos perante a Justiça do Trabalho, não adimplidas, objetivando os devedores a cumprirem com suas obrigações. E ainda, a tramitação célere dos processos de execução. Para expedição da certidão, criou-se o Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT). Centralizado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), possui o registro de pessoas físicas e jurídicas inadimplentes em processos de execução trabalhista.

“O objetivo é comprovar a inexistência de débitos perante a Justiça do Trabalho”

A certidão é emitida por meio eletrônico, de forma gratuita, e unicamente pela Justiça do Trabalho, desde que a sentença tenha transitado em julgado, valendo inclusive para acordos judiciais não cumpridos. Abrange ainda honorários periciais e advocatícios, contribuições previdenciárias, pendências de custas e emolumentos. Com a promulgação da lei que criou a CNDT, passou-se a exigir do interessado em participar do certame licitatório a prova de sua regularidade trabalhista, a ser feita por meio de apresentação, além de outros documentos, da citada certidão atestando a inexistência de débitos trabalhistas. Destarte, a nova legislação refletiu de forma proposital na Lei de Licitação, com o fim de coibir aqueles que possuem débitos trabalhistas, não pagos, de participar de qualquer licitação. E também com o propósito de “forçar” o pagamento da dívida para aqueles que pretendem participar do ato licitatório. Também poderá ser emitida certidão positiva com efeito negativa caso o devedor, intimado para o cumprimento da obrigação em execução definitiva, tenha garantido o juízo com depósito, por meios de bens suficientes para a satisfação do débito, ou até mesmo se houver em seu favor decisão judicial que suspenda a exigibilidade do crédito. Vale destacar que certidão positiva com efeito negativa possibilita o titular a participar de licitações. E mais, a partir da inclusão no BNDT, o interessado tem 30 dias para regularizar a pendência, pagando-a ou garantindo a execução, e no curso desse prazo a certidão expedida será negativa. A certidão é nacional, tem validade de 180 dias e certifica a situação da empresa pesquisada em relação a todos os seus estabelecimentos, agências e filiais. Passado o prazo, a certidão deverá ser emitida novamente. Importante concluir que, se eventualmente ocorrer a emissão de certidões incorretas, haverá responsabilidade civil da União em relação aos atos de seus servidores, podendo inclusive ser demandada e condenada judicialmente por danos morais e materiais. 67


SUSTENtabilidade

POESIA

QUENTINHA

Ecologicamente correta, iniciativa literária se apropria da embalagem utilizada por padarias para divulgar a poesia e desenhos de alunos de escolas da capital

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m projeto original, simples e ao mesmo tempo inusitado, está movimentando dez escolas do ensino médio e fundamental da região do Barreiro, na capital mineira. Trata-se do Pão e Poesia na Escola, um desdobramento do Pão e Poesia – em qualquer esquina, em qualquer padaria. Idealizado pelo poeta mineiro Diovani Mendonça, em 2008, a iniciativa literária se apropria da embalagem utilizada por padarias para divulgar a poesia e obras de artistas plásticos. Na versão adaptada para as escolas, a poesia é utilizada como ferramenta pedagógica em sala de aula, que, nitidamente fortaleceu nos alunos o envolvimento com as letras, o gosto pela leitura, a autoestima e o senso de pertencimento ao espaço, tempo e grupo em que vivem. O que reforça a fala do contista cubano Jorge Onélio Cardozo de que “o ser humano tem duas grandes fomes, a de pão e a de beleza; a primeira é saciável; a segunda, infindável”.

FOTOS: Divulgação

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Em sintonia com as causas ambientais, os saquinhos de papel são impressos no conceito Carbo-Neutro, neutralizando assim as possíveis emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Ecologicamente corretos, são doados às padarias próximas das escolas integrantes do projeto. A ideia é que pais e toda a comunidade do entorno tenham acesso aos textos produzidos pelos alunos. E, a exemplo da primeira edição, os poemas e desenhos publicados serão criados pelos poetas-estudantes das instituições de ensino participantes. Devido aos ótimos resultados alcançados no ano passado, em 2012 o projeto se estende para mais dez escolas da cidade de Brumadinho e, pelo segundo ano consecutivo, tem o patrocínio da V & M do Brasil por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Ao unir o útil ao agradável, o projeto associa a necessidade de atender a fome de pão dos consumidores ao prazer desses em poderem saciar a “fome de beleza”, a partir do alimento poético. Afinal, como bem diz a canção do grupo Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. No embalo do pão, poesia. E vice-versa.

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esde a sua primeira edição, o Pão e Poesia – em qualquer esquina, em qualquer padaria e o Pão e Poesia na Escola já distribuíram 670 mil embalagens

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Divinópolis em cena

GIOVANI LIMA

Fotos Divulgação / Luiz Fotógrafo

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MR. TERRA BRASIL 2012

MAÇONARIA

O modelo Marco Thúlio Bernardes irá disputar o Mr. Terra Brasil 2012 no dia 19 de maio na cidade de Cláudio, pela empresa gaúcha LZ Produtora. O modelo tem 23 anos, é natural de Bom Despacho, reside e trabalha em Divinópolis, porém irá representar o estado de Goiás. Marco já ganhou diversos concursos, entre eles: Mr. Centro-Oeste Mineiro, Mr. Agropecuario/Counstry 2011 e ainda o primeiro lugar no concurso Garoto Verão 2012, realizado na Lux Lounge. A empresária Kika Barreto é sua coordenadora e apoia totalmente o modelo. O vencedor irá receber um carro zero quilômetro, uma viagem internacional e o direito de disputar o concurso Mr. Eartth 2012 a ser realizado em outubro, na Guatemala.

A Loja Maçônica Vigilantes do Divino, federada ao Grande Oriente do Brasil, promoverá no próximo dia 7 de abril, na sede campestre do Divinópolis Clube, a primeira Festa da Maçonaria. O evento promete ser dos mais badalados, com show da banda Paletó de Veludo. Os integrantes da Vigilantes do Divino, respaldados pelo Grande Arquiteto do Universo, buscam garantir que os princípios da igualdade, fraternidade e liberdade sejam sempre exercitados, além do respeito com a família, com a pátria e com o estado democrático de direito, colunas basilares para que seja possível uma vida justa em sociedade. Os irmãos da Maçonaria Vigilantes da Divina: Boanerges, Marcinho, Alexandre, Lauro e Túlio.


VISITA O ano iniciou com boas notícias e ótimas visitas confirmadas pelo presidente da Fiemg Regional Afonso Gonzaga. A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothéa Werneck estará em Divinópolis dia 28, em uma reunião com empresários no auditório da entidade, e depois num encontro com lideranças e o prefeito Vladimir Azevedo. Em meio a esses compromissos empresariais, Afonso Gonzaga articula mais uma edição do Minasfund – feira ligada ao setor da fundição e realizada a cada dois anos no Expominas, em BH. O presidente da Fiemg Regional Centro-Oeste, Afonso Gonzaga, e o prefeito de Divinópolis Vladimir Azevedo

PREPARATIVOS O empresário e coordenador do Miss Terra Brasil, José Alonso Dias, está em São Paulo para contatos relacionados aos eventos que irá realizar no ano do Centenário de Divinópolis. Na ocasião, acerta também o lançamento da nova CRV que acontecerá na Concessionária Liderança Honda, no mesmo estilo e glamour no lançamento do Honda Civic. Mesmo com esse pique todo, já está programado o concurso do Miss Divinópolis, será no dia 1º de maio no Estrela do Oeste Clube. Duas finalistas serão escolhidas para representar a cidade no Miss Minas Gerais e no Miss Terra MG. Esse último será no dia 05, com a participação de 40 candidatas representando suas respectivas cidades. E ao que tudo indica será um megaevento. Vamos aguardar! José Alonso Dias e a Miss Terra 2011 Camila Brant

PRÊMIO XEQUE MATE Iniciadas as reuniões para o Prêmio Xeque Mate 2012, o mais esperado do ano. Equipes postas e bem equilibradas prometem novidades, por se tratar do ano do Centenário de Divinópolis. Esse ano, o evento será regional e tem o apoio da TV Alterosa e do programa Xeque Mate, hoje exibido às quintas-feiras, as 11h45, naquela emissora. Empresários de destaque, empresas e profissionais liberais estarão reunidos em uma noite que promete ser inesquecível.

Antônio Rodrigues Filho e Márcia da Chianelli durante Prêmio Xeque Mate 2011

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VEíCULOS

CIvIC 2012 UM ESPETÁCULO DE TECNOLOGIA Fotos Divulgação Honda

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abe quando você fica impressionado com a elevada tecnologia de algum equipamento e admite que o produto ‘só falta falar’? Essa pode ser a sua sensação ao conhecer cada detalhe da nona geração do Honda Civic 2012. O modelo chegou ao mercado nacional em janeiro, como símbolo de inovação e tecnologia automotiva. O novo projeto deixou o sedan com uma condução ainda mais prazerosa, soube combinar perfeitamente a emoção com a razão e explorou bastante a interação inteligente.

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Ele tem uma inédita central inteligente (i-MID), exibe em uma tela de LCD colorida de cinco polegadas diversas informações e opera como interface para customização do veículo, sendo que seus comandos estão localizados ergonomicamente no volante. Possui o botão ECON, que torna a condução mais econômica, e vem equipado com um sistema de navegação via satélite que pode ser acessado em uma tela touch screen de 6,5 polegadas do sistema multimídia (EXS). Mas, o pio-


Antes mesmo de seu lançamento em janeiro, o novo Civic já tinha lista de espera na Liderança Veículos, concessionária Honda de Divinópolis e região Centro-Oeste mineiro. A empresa é reconhecida nacionalmente pela qualidade dos serviços e atendimento e recentemente passou por uma considerável ampliação, incluindo renovação total da fachada, como revestimento, iluminação e outras benfeitorias que valorizam, e muito, a marca Honda.

neirismo em sua categoria também pode ser conferido pelo sistema MA-EPS (Motion Adaptative Electronic Power Steering), aplicado na versão EXS e que atua em conjunto com o VSA (Sistema de Assis- Para José Alonso Dias, diretor da empresa, que também tência à Estabilidade), colaborando ainda mais para a estabilidade tem uma filial em Patos de Minas, o novo Civic veio para do veículo. agradar os proprietários que valorizam conforto, design, segurança e tecnologia. “O carro, que já era atraente, meSoma-se a isso sua avançada conexão Bluetooth, disponível na ver- lhorou ainda mais em vários aspectos, que vão surpreensão EXS e que permite ao motorista atender e realizar chamadas sem der quem estiver ao volante. Seus diferenciais conquistam a necessidade de manusear o celular ou mesmo sem tirar as mãos pela praticidade, conforto, economia e estabilidade na do volante. A nova geração traz design inovador, um sofisticado teto direção”, ressalta o empresário. A Liderança Veículos de solar (EXS) e side airbags (EXS), porta-malas e tanque de combustível Divinópolis e a Liderança Veículos do Alto Paranaíba (Pamaiores, câmera de ré, ar-condicionado digital em todas as versões, tos de Minas) convidam você para conhecer o Novo Civic entre outros detalhes. É, sem dúvida, o Civic mais espetacular e tec- 2012: Espetacnológico. (Fonte: Honda Press) nológico já produzido. INFO: www.liderancaveiculos.com

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CRÔNICA

qUEm fALA MUITO...

Por Helenna Dias Ilustração Augusto Fonseca

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embro pouco da minha infância, porém minhas memórias afetivas quase sempre me remetem aos puxões de orelha da minha mãe. Uma mulher da roça que mora na cidade, e em pleno século XXI é certo que a roça ainda mora dentro dela. Analfabeta, é verdade. Mas sabe ler e escrever, e entende de política como poucos. É a prova viva que escolaridade e cultura são caminhos distintos. Além da sua rigidez, o meu maior medo era dos seus ditados populares. Para cada rebeldia, valia uma de suas máximas: ‘Quem com porco mistura farelo come’; ‘diga-me com quem tu andas e direi quem tu és’, esses eram falados quando julgava que a amiga não era confiável. Ou então: ‘quem a boa cama faz nela vai deitar’, para quando saía de casa escondido. Que tal esse? ‘Quem com ferro fere com ferro será ferido’. E os motivos nem eram tão graves assim, no entanto, tratados com o rigor de gente grande. E sempre me soavam como ‘praga de mãe’. Por isso pensava: meu Deus, será que isso pega mesmo? Bom, os anos se passaram. E não é que fui vítima de um dos seus ditos? E nem faz tanto tempo. Tudo aconteceu quando fui até a recepção da empresa onde trabalhava, onde sempre ficava em exposição algumas obras de arte. Foi então quando perguntei a um senhor: vai trocar o quadro? Sim! Você gostou? Gostei (assim meio duvidoso), mas preferia o outro. Olho para a minha colega de trabalho, a ‘Toquinha’ – apelido dado a uma criatura maravilhosa com menos de 1,50 de altura –, e vejo um olhar de reprovação mil vezes pior do que o da minha mãe. Com um aceno, me chama para a sala ao lado. Fui logo perguntando o que tinha feito, a resposta veio logo. Você está doida? Ele é o artista plástico, o autor dos quadros, estão sendo substituídos pelos anteriores. Em instantes a empresa toda já sabia da minha gafe, mancada... Foi então que me lembrei de um dos ditados da minha mãe: ‘quem fala muito dá bom dia a cavalo’. Pois é, pra encerrar a história e sem ser nada original, a expressão ‘caiu como uma luva de pelica’.

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Criatividade que transforma eventos em momentos inesquecíveis.

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Lanรงamento

Use e ofusque

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