Revista Minaspetro nº 28 - Abril-2011

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Nº 28 - abril 2011

ilustração©estúdio piloto / luiz otávio

Etanol

A crise tende a continuar Página 16 1


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sumário

página 12

Editorial página 5 Jornada de trabalho e escala de revezamento página 6 Estudar é preciso página 7

página 15

Gota a gota página 8 Há soluções para os problemas com o B5? página 12 Segurança em debate página 15

página 16

Etanol bate recordes página 16 Hora de debater o setor página 19 Ouro Preto: descortine a história página 22 Do descrédito à confiança página 25 Tabelas comparativas página 26

página 19

expediente • Presidente do Minaspetro: Paulo Miranda Soares • Vice-presidente: João Victor Renault • Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Junior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Rodrigo Costa Mendes, Rogério Lott Pires, Wagner Carvalho Villanuêva. • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalistas responsáveis: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) e Cristina Mota (MG 08071 JP) • Redação: Raíssa Maciel (MG 14089 JP) • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Angelo Campos • Rua Bernardino de Lima, 41 Cep: 30441-008 - Tel.: (31) 3292 8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos. • As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista. www.minaspetro.com.br - minaspetro@minaspetro.com.br

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diretoria

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte-MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547

Diretoria Minaspetro Presidente: Paulo Miranda Soares 1° Vice-presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Vice-presidente: Ciro Augusto Piçarro 1º Secretário: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1° Tesoureiro: Bráulio Baião B. Chaves 2° Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes

Diretores de Áreas Específicas Relações Trabalhistas: Cássia Barbosa Soares Lojas de Conveniência: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanuêva Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara

Diretores Regionais Belo Horizonte: Bruno Henrique L. A. Alves Caratinga: Carlos Roberto Sá Contagem: André Werneck M. Guimarães Divinópolis: Leopoldo Marques Pinto Governador Valadares: Rogério Coelho Ipatinga: Marco Antônio Alves Magalhães João Monlevade: Márcio Caio Moreira Juiz de Fora: Carlos Alberto Lima Jacometti Lavras: Marcos Abdo Sâmia Montes Claros: Márcio Hamilton Lima Paracatu: José Rabelo Junior Passos: Carlos Roberto da Silva Cavalcanti Patos de Minas: Alexandre Cezar Londe Poços de Caldas: Fábio Aguinaldo da Silva Pouso Alegre: Rodrigo José Pereira Bueno Sete Lagoas: Wellington Luiz do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Ubá: Jairo Tavares Schiavon Uberaba: José Antônio do N. Cunha Uberlândia: Jairo José Barbosa Varginha: Paulo Henrique G. Pereira

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Diretores Suplentes

Trabalhista

Konstantinos Haralambos Antypas Rogério Lott Pires Sergio de Mattos

Klaiston Soares Luciana Reis Raquel Abras Rommel Fonseca Bruno Abras Rajão

Conselho Fiscal Membros Efetivos Paulo Eduardo Rocha Machado Humberto Carvalho Riegert Membros Suplentes Clóvis Pinto Gontijo Leonardo Lemos Silveira Pedro Enrique Zawaal

Gerência Administrativa Financeira Márcia Viviane Nascimento

Departamento Administrativo Élcia Maria de Oliveira Rita de Cássia do Nascimento Adriana Soares Alex Sipriano dos Reis Cláudia Barbosa Joyce Oliveira Filipe Cardoso

Departamento de Eventos Bia Pacheco

Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Umbra Sisani Clodoberto Ribeiro Evânio dos Santos Fernando Salge João Márcio Cayres Marcelo Pinheiro Paulo Roberto Ferreira

Departamento de Comunicação Carolina Piva Daiany Toledo

Departamento Jurídico Cível-comercial Flávia Lobato Janine Luchesi

Tributário Gustavo Fonseca

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães

Ambiental Bernardo Rodrigues Lígia Macedo Mizael Rodrigues Lílian Carvalho

Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Márcia Cristina de Moraes Corrêa Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Adv. Associados Varginha: Victor Comunian Patos de Minas: Hélio Henrique Siqueira Caratinga: Ildecir Agostinho Lessa Paracatu: Antônio José Franco Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza

Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha


editorial

“A culpa é do consumidor, idiota!”

A

década passada selou a paz entre consumidores e etanol. Afinal, com o surgimento do carro flex, ninguém mais corria o risco de ficar com o veículo preso na garagem por falta do biocombustível. Além disso, a disparada do preço do petróleo no mercado internacional e as crescentes preocupações ambientais tornaram o etanol mais atrativo e competitivo. Desde o ano passado, no entanto, o cenário mudou. E não foi pouco. A crise econômica internacional de 2008, que mostrou seus efeitos no Brasil especialmente em 2009, trouxe uma profunda consolidação do setor sucroalcooleiro no país. Umas usinas foram compradas, outras se fundiram e algumas fecharam as portas. Sobreviveram os grupos mais sólidos e capitalizados, que aproveitaram a oportunidade para consolidar posições. De lá para cá, a crise passou e os preços do etanol no mercado interno aumentaram. E seguem subindo, incluindo os períodos de safra. Uma hora a culpa é da chuva; outra, da seca. Mas a verdade é que o usineiro é, antes de tudo, um empresário que busca o lucro. E, neste momento, o açúcar remunera até 50% a mais do que o etanol. Não é difícil adivinhar, portanto, que o produto tem sido o preferido dos produtores. Somos também empresários e buscamos a melhor performance possível para nosso negócio. Mas não podemos nos esquecer de que o etanol representa um programa de governo. E o que acontece no mercado interno tem impacto direto sobre a imagem do produto em outros países, cujos mercados tentamos

há anos abrir. Não se trata meramente de uma questão de preços, mas sim de compromisso. O etanol mais caro apenas reflete os baixos estoques, o que acende a luz amarela: vai faltar produto? A primeira quinzena de abril deve trazer um período crítico para o abastecimento de etanol. No mês passado, participamos de uma reunião com governo e agentes do mercado, na qual discutimos essa questão por uma manhã inteira. Reduzir o percentual de anidro na gasolina não é uma opção viável nesse momento, pois não poderia ser implementada em tempo hábil para resolver o problema de curtíssimo prazo. Além disso, tal decisão aumentaria a demanda por gasolina, cuja produção na Petrobras já se encontra em limite máximo. Até meados de março, a solução mais plausível parecia ser a importação de etanol de milho. Aquele mesmo que tantas vezes combatemos, por receber subsídios do governo dos Estados Unidos, por concorrer com a produção de alimentos e por ter menor eficiência energética. Para um país que deseja ser o principal player no mercado internacional, pior propaganda não poderia haver. O governo cochilou. Demorou muito para tomar uma decisão, acreditando nas projeções de que os maiores preços levariam o consumidor a migrar para a gasolina. O problema é que o consumidor acreditou na propaganda feita nos últimos anos (por governo e usineiros), desenvolveu sua consciência ambiental e não se importou em pagar mais pelo produto. E aí o consumo não caiu como se esperava. Resultado: não tem etanol suficiente para todos. Pelo que a imprensa tem noticiado,

o governo vai responder a essa crise com mais recursos para investimento em produção. Até agora, no entanto, não ouvimos falar em contrapartidas, estoques reguladores, nem em garantias de que os novos investimentos subsidiados pelo governo serão realmente destinados à produção de etanol. Isso me lembra a declaração do assessor de Bill Clinton (“É a economia, idiota!”), explicando o que seria determinante na campanha presidencial norte-americana de 1992. E quase ouço alguém gritar na minha frente: “A culpa é do consumidor, idiota!”. Consumidor este que resolveu comprar o discurso ecológico e dar preferência ao etanol na hora de abastecer. Por culpa dele o consumo não caiu, ora! Os usineiros estão dando um incompreensível tiro no pé: perdem credibilidade junto aos consumidores brasileiros e dão argumentos para os detratores do nosso etanol mundo afora. Faltou visão de longo prazo. Uma pena! Paulo Miranda Soares Presidente do Minaspetro 5


jurídico

Jornada de trabalho

e escala de revezamento

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seu parágrafo único da CLT. Para a legislação trabalhista, domingo é considerado o dia mais apropriado para o descanso do empregado. No intuito de garantir aos empregados em postos de combustível o repouso semanal aos domingos, a CCT determinou que, mediante organização da Escala de Revezamento, ao empregado são garantidos, no mínimo, dois descansos semanais no domingo. Sendo assim, será devida a remuneração em dobro no trabalho para os demais domingos, desde que não seja estabelecido outro dia de descanso semanal para o trabalhador, conforme Lei nº 605/1949. Existe, ainda, o chamado banco de horas apenas naquelas categorias onde exista previsão normativa expressa ou mediante acordo coletivo de trabalho. Em nossa CCT não existe banco de horas. A compensação de horas extras decorre de uma necessidade de uma eventualidade, na qual algum funcionário da empresa é escalado para cobrir parte do horário de outro, não podendo ocorrer com frequência, significando o ajuste de vontade entre empregado e empregador, tendo por fim legitimar a prorrogação da jornada normal. Consiste a compensação de horas no aumento da jornada até o limite de 10 horas, em determinados dias da semana, para redução ou supressão das mesmas em outro ou outros dias. No caso de rescisão do contrato de trabalho, havendo saldo positivo nas horas não compensadas, este deve ser pago com o adicional de 60% sobre o salário no mês da rescisão. Os feriados trabalhados na jornada de seis dias trabalhados com uma folga semanal devem ser pagos em dobro ou compensados com folga na mesma semana. Alguns acordos coletivos e CCTs tra-

Rommel Batiston* Carolina Piva

No Brasil, a jornada de trabalho é regulamentada pela Constituição Federal em seu art. 7º, inciso XIII, e pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em seu art. 58. Neles, há a determinação de não poder ultrapassar 8 horas diárias e 44 horas semanais, salvo exceção, de as horas excedentes à 8ª diária, realizadas em um dia, serem compensadas com a redução equivalente da jornada de outro dia, respeitando o limite de, no máximo, 12 horas de trabalho diário (cláusula 6ª, parágrafo 2º da CCT da classe), desde que previamente acordado por escrito com empregado ou mediante acordo coletivo (art. 59 da CLT), sendo que esta extensão da jornada é também chamada de hora extra. Este acréscimo de jornada deve ser remunerado em, no mínimo, 50% (art. 7º, XVI, da CF) em relação ao horário normal. No caso dos frentistas, o acréscimo da jornada deve ser remunerado em 60%, conforme CCT da classe. Entretanto, não é computado na jornada de trabalho o período de repouso e refeição (art. 71, §2º, da CLT), devendo o empregado possuir no mínimo uma hora de descanso e, no máximo, duas horas. Para todo empregado, deve haver o registro do seu horário de trabalho, inclusive o horário de intervalo para refeição e descanso. O registro pode ser feito em cartões de ponto, folha de ponto e ponto eletrônico, devendo o horário estar registrado exatamente com as horas e minutos de entrada e saída do empregado. Cabe às empresas escolher a forma que mais se adapte às suas necessidades. As empresas legalmente autorizadas a funcionar aos domingos e feriados, como, por exemplo, os postos revendedores de combustível, devem organizar a Escala de Revezamento com folgas, para que seja cumprida a determinação do artigo 67 e

*Advogado do Minaspetro rommel@minaspetro.com.br

zem previsão expressa de prestação de trabalho nas chamadas escalas 12 x 36 (12 horas de trabalho e 36 de descanso), que é uma forma de compensação de jornadas. Neste caso, não há que se falar em hora extra além da 8ª no dia trabalhado. O trabalho realizado em dia de feriado, sob o regime de 12 x 36, não está compreendido no sistema de compensação, o qual apenas permite ao empregado, consoante previsão contida no art. 9º da Lei 605/49, usufruir do descanso semanal remunerado em outro dia da semana, que não no domingo, sem que isto importe no pagamento da remuneração de forma dobrada. Assim, ainda que o empregado trabalhe sob o regime de 12 x 36, tem direito de usufruir do feriado civil ou religioso e, se não concedido, se trabalhado, tem direito ao pagamento do dia de forma dobra, lembrada a Súmula 146 do TST. Um modelo de Escala de Revezamento encontra-se à disposição no site do Minaspetro (www.minaspetro. com.br), no link downloads.


recursos humanos

Estudar é preciso Frentista dá exemplo de que nunca é tarde para investir em qualificação Não é porque o cargo não exige curso superior ou especializações que o trabalhador deve se acomodar. Para ter uma carreira de sucesso, é preciso investir em qualificação. Para a empresa, os benefícios de ter funcionários capacitados também são muitos. A história de um frentista de Belo Horizonte ilustra bem essa constatação. Antônio Pereira Soares Filho, o Toninho, sempre sonhou cursar uma faculdade, mas teve que parar de estudar aos 14 anos para trabalhar e ajudar a família. Fez de tudo um pouco, até que se tornou frentista do posto Ponte Nova, no bairro São Pedro, em Belo Horizonte. E lá se vão 24 anos. Há cerca de nove anos, ele decidiu arregaçar as mangas e voltou a estudar. Fez supletivo para concluir os Ensinos Fundamental e Médio e passou no vestibular. A faculdade, particular, era cara, e foi aí que um de seus grandes incentivadores resolveu ajudar. Márcio Corsso Soares, dono do posto, pagou matrícula e ajudou com as mensalidades. O aluno não decepcionou. “Diariamente, eu trabalhava no posto até as 14h, almoçava, descansava até as 16h e ia para a faculdade, onde estudava na biblioteca até as 19h. Depois, aula até as 22h30”, conta Toninho. Foi assim nos últimos cinco anos, até que, em dezembro de 2010, com 90% de aproveitamento nas disciplinas, o frentista Toninho se tornou Dr. Antônio Soares, bacharel em Direito. “Tomei gosto pelos estudos e realizei um grande sonho, mas não vou parar. Em junho, faço a prova da Ordem dos

Arquivo pessoal

Toninho junto à mãe e ao revendedor Márcio Soares, no dia da formatura

Advogados do Brasil (OAB). Depois, quero me especializar em Direito Trabalhista e Previdenciário”, diz Toninho, que, aos 46 anos, tem a empolgação de um jovem em início de carreira. Para o posto de combustíveis, onde ele ainda trabalha, o ganho a partir de sua graduação foi grande. “É um empregado diferenciado. Se acontece qualquer problema, como já aconteceu, ele tem a visão do Direito. O Toninho dialoga com os clientes baseandose na legislação. É um funcionário de destaque”, ressalta Márcio Soares.

“... com 90% de aproveitamento nas disciplinas, o frentista Toninho se tornou Dr. Antônio Soares, bacharel em Direito”. 7


gota a gota

Obama quer que EUA sejam “melhores fregueses” do pré-sal brasileiro Com um mercado consumidor de quase 200 milhões de habitantes, estabilidade democrática e potencial energético, a economia brasileira pode servir de fonte de criação de empregos nos Estados Unidos. Essa foi a mensagem do presidente norte-americano, Barack Obama, em encontro com empresários dos dois países, promovido pela Confederação NacioBarack Obama e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff nal da Indústria (CNI). Obama também destacou a importância do Brasil no fornecimento de energia para a maior economia do mundo. Segundo ele, a extração do petróleo da camada pré-sal consolidará a importância do Brasil nessa área. “Podemos ajudar a fornecer tecnologia para extrair o petróleo. Quando o Brasil começar a vendê-lo, queremos ser os melhores fregueses. A instabilidade em algumas regiões do mundo afeta o preço do petróleo. Os Estados Unidos ficariam felizes se encontrassem uma fonte estável e segura de energia”, disse.

José Cruz – Agência Brasil

Fonte: Agência Brasil

Crise nuclear valoriza ações de energia renovável Apesar de produzir incertezas no mercado como um todo, a crise nuclear japonesa teve um efeito particular sobre o setor de energia renovável: deu-lhe impulso para continuar em ritmo de crescimento, dizem especialistas. Enquanto o S&P 500 (índice da Bolsa de Nova York com as 500 maiores empresas norte-americanas) caiu 1,8% na semana entre os dias 11 e 18 de março, o índice da Bloomberg New Energy Finance, que congrega cem empresas de energia renovável, acumulou alta de 5,1%. “O efeito será positivo e vai durar. Programas nucleares dos países serão questionados e haverá menos dispo-

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sição para pôr a reputação em risco. As ações vão voltar a subir nos próximos anos”, diz Ted Franks, analista sênior do WHEB, um dos maiores fundos “verdes” de investimento do Reino Unido. De Alemanha e Itália a Suíça e Finlândia, a Europa tem questionado a energia de fonte nuclear. A chanceler alemã, Angela Merkel, por exemplo, anunciou o fechamento temporário das sete usinas do país e enfatizou a necessidade de “atingir a era da energia renovável o mais rápido possível”. Fonte: Folha de S. Paulo


gota a gota

Combate à Dengue continua Os postos de combustíveis associados ao Minaspetro continuam engajados no combate à Dengue. Em março, 29 postos receberam materiais informativos para distribuição aos clientes. A ação faz parte da campanha Agora é Guerra – Todos contra a Dengue, promovida pelo governo do Estado em parceria com o Minaspetro e pelo menos 20 entidades, entre empresas, sindicatos, associações e clubes de futebol. As atividades foram iniciadas em fevereiro, em postos de combustíveis nas regiões consideradas críticas, com alto número de casos de Dengue.

Construção de gasoduto atrai investimentos para Minas Gerais Os estudos para a construção de um gasoduto ligando São Paulo a Uberaba, no Triângulo Mineiro, pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), já estão trazendo novas possibilidades de investimentos para a região. O primeiro passo foi dado com a assinatura do protocolo de intenções entre o governo de Minas Gerais, a Cemig e a Petrobras, que aconteceu no dia 17 de março, em Uberaba, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do governador Antonio Anastasia. A Cemig e a Petrobras estão estudando as alternativas para a implantação do gasoduto nos próximos dois anos, com extensão de 256 quilômetros e capacidade para transportar 7 milhões de m3 por dia. Essa obra é uma antiga reivindicação do Triângulo Mineiro e vai permitir, ainda, a interligação do Gasbol (gasoduto Brasil-Bolívia), que hoje atende ao Mato Grosso do Sul e São Paulo, ao Estado de Minas Gerais. Uberaba é o maior polo de fosfatados do Brasil, onde operam todas as grandes misturadoras de fertilizantes do país, sendo responsável pelo abastecimento de cerca de 40% do mercado brasileiro. Na região estão as maiores jazidas brasileiras de rochas fosfáticas: a de Tapira, que atende ao parque industrial de Uberaba, e a de Salitre, que atenderá a um novo parque a ser construído em Patrocínio (Alto Paranaíba). Fonte: Farol Comunitário

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gota a gota

Comércio em BH que contenha caixas eletrônicos deve ter vigilantes e câmeras de segurança sxc

Equipamentos devem filmar as imagens na área externa da cabine dos caixas

Agência: Talent Cliente: Ipiranga Midia: rev. minaspetro

COMO TODO BOM APAIXONADO, A GENTE ESTÁ SEMPRE INOVANDO PARA MANTER ESSA PAIXÃO ACESA.

Data: 16/07/2010 Operador: André

contrário, a multa será de R$ 50 mil. A cada reincidência, a sanção pode variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil. De acordo com a lei, cabe às instituições financeiras, cedentes do serviço e autoras do convênio com o estabele-

O.S N: 25005 Tipo de Prova: CHR/Xerox N de Provas: 01

Com o objetivo de oferecer mais segurança aos usuários, todos os estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte que tiverem máquinas de autoatendimento, como lojas de conveniência de postos de gasolina, deverão ter vigilantes e circuito de câmeras de segurança. A determinação foi publicada no Diário Oficial do Município de 18 de março. A lei nº 10.128 passa a valer em 90 dias, ou seja, 16 de junho de 2011. O texto da lei estabelece que os vigilantes devem trabalhar durante todo o horário de atendimento ao público e que os equipamentos de segurança devem filmar as imagens na área externa da cabine dos caixas. A Prefeitura deverá fiscalizar os estabelecimentos, que terão 30 dias para sanar as irregularidades. Do

Existem muitos motivos para você preferir Ipiranga. Só lá você encontra a Gasolina Original Aditivada, testada mais de mil vezes por dia, as lojas am/pm, onde você encontra tudo a toda hora, o Jet Oil, uma nova proposta de serviços automotivos, o Ipirangashop.com, seu shopping no posto ou na Internet, e o Km de Vantagens, o programa de fidelidade dos apaixonados por carro. E, para você aproveitar ainda mais tudo isso, tem o Cartão Ipiranga, que dá até 40 dias para pagar e descontos nos nossos produtos e serviços. Como você vê, a nossa paixão nós cultivamos todos os dias.

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cimento, montar toda a nova estrutura. Cabe à Revenda cobrar dos bancos tal adequação, para evitar qualquer tipo de transtorno em uma possível fiscalização. Outras informações podem ser obtidas com o Departamento Jurídico Cível-Comercial do Minaspetro por meio do (31) 21086515. A lei está disponível no site do Minaspetro (www.minaspetro.com.br): acesse o link “Leis”, dentro de “Assessoria Jurídica”. Assessoria de Comunicação do Minaspetro


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temmais.com

biodiesel

Há soluções para os

problemas com o B5? Confira dicas para transporte e armazenamento do combustível que vem causando dor de cabeça a produtores, revendedores e clientes

O percentual de biodiesel no óleo diesel, atualmente em 5%, não deve ser aumentado, pelo menos por agora. É o que garante o consultor para biodiesel da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Delfim Oliveira. “O teor já foi para um valor máximo para o momento em que vivemos. Muito estudo e modificações de severidade nas especificações devem ser feitos antes de podermos aumentar esse teor”, analisa. A afirmação, de certa forma, tranquiliza produtores, distribuidores e revendedores do produto, já que, após o aumento na porcentagem da mistura – gerando o chamado B5 –, ocorrido em janeiro de 2010, não pararam de surgir problemas de deterioração de equipamentos. Maior formação de borra, acúmulo de partículas, entupimento de filtros, funcionamento inadequado ou até

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Arquivo Fecombustíveis

Delfim Oliveira participa de Grupo de Trabalho da ANP para discutir a questão do biodiesel

paralisação das atividades de máquinas, ferrugem na boca do tanque, perda de potência do motor e acúmulo de resíduos na câmara de combustão são alguns dos “sintomas” relatados. E, antes que o teor de biodiesel possa ser aumentado,

como ressaltou Oliveira, é preciso aprender quais são as formas de lidar com os problemas e diminuir sua incidência. Como resposta às questões, a ANP formou um grupo de trabalho para discuti-las e sugerir soluções. “Existe um grupo dividido em subgrupos: transportes, armazenagem e qualidade. Os dois primeiros já foram finalizados e desenvolveram recomendações técnicas. O subgrupo de qualidade está coletando os resultados dos testes de campo e o resumo das apresentações dos técnicos químicos”, conta Delfim Oliveira. O resultado do trabalho são dois manuais de boas práticas no transporte e na armazenagem do biodiesel e do óleo diesel acabado. Os guias devem ser divulgados pela ANP nos próximos dois meses. Enquanto isso, a Revista Minaspetro passa algumas recomendações que já podem ser seguidas. Confira a seguir:


biodiesel

DICAS • É importante limpar o tanque antes de utilizá-lo para estocar o biodiesel é importante porque o produto pode remover ou dissolver resíduos. • O aumento da viscosidade pode acontecer quando o biodiesel fica em local muito frio. Perto da temperatura de congelamento, ele tende a “engrossar”. A temperatura ideal é 20ºC. • O produtor deve utilizar aditivos antio-

xidantes e estabilizantes. • O contato com água deve ser evitado. Ela pode provocar elevação da acidez, corrosão, borra e proliferação de microorganismos. • Em todas as fases de produção, distribuição e revenda, deve-se coletar amostras do produto. • Troca periódica dos filtros, que se desgastam mais rápido com o uso do biodiesel.

materiais O biodiesel é incompatível com alguns materiais, podendo ter sua integridade afetada devido ao contato.

Incompatíveis

Compatíveis

• Borrachas nitrílica e natural. • Metais. • Plásticos (principalmente os à base de polietilenos e polopropilenos). • Cobre, chumbo, cádmio, bronze, estanho, zinco, ligas metálicas e aços galvanizados.

• Politetrafluoretileno e poliamidas (para mangotes, juntos, conexões e anéis de vedação). • Fluorcarbonos, nylon, teflon, viton, carbono preenchido com acetal e fibra de vidro. • Aço inoxidável, aço carbono e alumínio.

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biodiesel

amostra

transporte

Em recipiente de vidro transparente, sem qualquer tipo de imperfeição e com tampa, deve ser coletada amostra de 1 litro de biodiesel. Ele deve ser misturado em processo de turbilhonamento e seu aspecto deve ser límpido.

É recomendado: • Assegurar-se de que o tanque está limpo. • Verificar se não há resíduo de água e do produto transportado anteriormente. • Ter garantia de que o tanque, as válvulas, anéis de vedação, ponteiras, juntas, conexões e mangotes sejam feitos de materiais compatíveis.

Aprovado

Aprovado

Reprovado

Reprovado

critérios para aceitação do biodiesel b no posto • Boletim de conformidade: Deve estar acompanhado da nota fiscal e especificar o óleo diesel B (óleo diesel A já com acréscimo de biodiesel). • Lacre: Deve estar inviolado e conforme a nota fiscal. Caso o lacre esteja violado, o revendedor pode recusar o recebimento do produto e contatar o distribuidor.

As válvulas de descarga do caminhão-tanque devem ser sempre verificadas

TANQUE DE ARMAZENAMENTO • Após a lavagem do tanque, deve-se passar o novo produto (óleo diesel B) pelas tubulações, bombas e filtros em volume considerável. • Tanques devem estar completamente livres de impurezas, como água e partículas sólidas. • Deve-se realizar, periodicamente, a drenagem de fundo.

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A limpeza do tanque deve ser verificada através da chamada “boca de visita”


giro diretoria

Segurança em debate Carolina Piva

O diretor do Minaspetro, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, participou de uma reunião com o Comando de Policiamento da Capital, em 21 de março. A meta foi discutir medidas para a diminuição dos assaltos aos postos de combustíveis. Os empreendimentos continuam sendo alvo de bandidos, preocupando toda a Revenda: no dia 15 de março, uma pessoa morreu após o assalto a um posto na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Estiveram presentes o CoRepresentantes da PM e do Minaspetro definiram ações preventivas ronel Azevedo, comandante do policiamento em Belo Ho3 de março: Participação na Audiência Pública ANP rizonte, Capitão Gibran, assessor de Planejamento e Operações, nº6/2011, que trata da alteração das Resoluções nº 8, de além de chefes dos batalhões e companhias de Belo Horizonte e 6 de março de 2007, e nº 12, de 21 de março de 2007, Venda Nova. Foram acertadas as seguintes ações: que regulamentam o transportador-revendedor-retalhista e • Intensificação do policiamento ostensivo nas áreas onde o ponto de abastecimento, respectivamente. houver indicativo de aumento de incidência criminal contra pos14 de março: Paulo Miranda Soares, Rogério Lott e Cartos de combustíveis na capital. los Guimarães Jr. participaram de reunião com o diretor-geral • Elaboração de cartões-programa, direcionando passagens do IPEM/MG, Dr. Tadeu José de Mendonça. periódicas das Patrulhas de Prevenção Ativa (PPAs) nos postos 15 de março: Paulo Miranda Soares reuniu-se com o de combustíveis que registrarem maior incidência criminal. governador Antônio Augusto Anastasia. • Promoção de reuniões setorizadas (por Batalhão) entre a Polí16 de março: Participação na Sala do Etanol, realizada cia Militar e os líderes de postos de combustíveis de Belo Horizonte, pela ANP com diversos agentes do setor, para discutir a elea fim de estabelecer padrões de comportamento preventivo. vação nos preços e o fornecimento do biocombustível derivado da cana. Outras atividades 18 de março: Paulo Miranda Soares e João Victor Renault Reunião Conselho Fecombustíveis, 2 de março: Participação de Paulo Miranda Soares em reu19 de março: Encontro dos Revendedores de Combustínião do GT3 ANP sobre a Garantia das Especificações da mistuveis e Lojas de Conveniência de Santa Catarina. ra Diesel/Biodiesel. 22 de março: Paulo Miranda Soares participou de jantar 2 de março: João Victor Renault, vice-presidente, e Wagcom o presidente do Sindicom, Alísio Vaz. ner Villanuêva, diretor do Minaspetro, participaram de reunião 25 de março: Paulo Miranda Soares ministrou palescom o deputado Délio Malheiros. tra sobre Mercado do Etanol em evento promovido pela 3 de março: Reunião, no Instituto Brasileiro de Petróleo, Shell. Gás e Biocombustíveis, do Grupo Técnico para a revisão da NBR 31 de março: Paulo Miranda Soares e Paulo Henrique G. 15512 - Procedimentos para armazenamento, transporte, abasPereira, diretor regional, participaram de reunião com reventecimento e controle de qualidade do biodiesel e/ou mistura dedores de Varginha. óleo diesel/biodiesel. 15


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Etanol

bate recordes Combustível deve ficar mais barato no fim de abril, mas a expectativa é de que o preço não atinja os baixos níveis já praticados

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uma perda enorme em sua produção e isso não deixa dúvidas de que a entressafra da A alta nos preços do etanol tem prefaz com que o produto bata recorde de preço cana de açúcar não é a única e nem a prinocupado a Revenda e, principalmente, os no mercado”, exemplifica. cipal vilã ou responsável pela pressão nas consumidores. E a situação é mais grave cotações do etanol”, avalia a economista da do que se imaginava. A afirmação é do estudo Fecombustíveis, Isalice Galvão. presidente do Minaspetro e da FederaA economista Isalice Galvão fez um Segundo Paulo Miranda, existem duas ção Nacional do Comércio de Combustíestudo do comportamento dos preços do outras variáveis importantes para este auveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), etanol, do anidro e da gasolina em Minas mento, que elevou a média do preço de Paulo Miranda Soares. “Tenho participado Gerais e constatou que a variação, na Reetanol na bomba, em Minas Gerais, de R$ de algumas reuniões com o governo, com venda, de junho de 2010 para março de 1,678 em junho de 2010 para R$ 2,045 a presença de representantes dos Ministé2011 foi de 21% para o etanol e de 8,4% em março de 2011, de acordo com a Ferios da Agricultura, Minas e Energia e até para a gasolina. A alta na gasolina deve-se, combustíveis. A primeira é quantidade de da Fazenda, além de usineiros e da Agência principalmente, ao fato de o anidro, que cana plantada. “O mercado de combustíveis Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocorresponde a índices entre 20% e 25% vem crescendo de 8% a 10% ao ano, e as combustíveis (ANP). Percebo que a persde sua composição, ter ficado 70,1% mais plantações não são aumentadas. Não houve pectiva não é boa”, afirma. caro no período. Considerando a média muitos investimentos no setor em 2009 e Os preços do etanol devem começar a entre os meses de junho/2010 e mar2010”, diz o presidente do Minaspetro. cair na segunda quinzena de abril, que março/2011, os preços médios de distribuição A outra questão é a valorização do preço ca o fim da entressafra de cana de açúcar, e revenda da gasolina em Minas Gerais do açúcar no mundo inteiro, o que faz com quando 80% das usinas já devem estar sofreram reajustes de, respectivamente, que seja 50% mais lucrativo para os usineiproduzindo o combustível normalmen8,3% e 8,4%. Levando em conta a média ros produzir açúcar do que etanol, segundo te. Entretanto, segundo Paulo Miranda, a nacional, esses acréscimos foram de 6% e Paulo Miranda. “A Índia, por exemplo, que é queda não será acentuada. “Acredito que 4%. “É importante destacar que o maior o maior consumidor mundial de açúcar, teve o etanol, que já correspondia a 50% do acréscimo em Minas Gerais se mercado, nunca mais vai ter deve à revisão da alíquota de aquele preço barato ao qual GASOLINA ICMS vigente a partir janeiro estávamos acostumados. VaAnidro Distribuição Revenda deste ano, que passou de 25% mos ter pelo menos dois anos 2,412 0,827 2,149 Junho 10 para 27%. O etanol anidro na difíceis”, avalia. 2,155 2,432 0,924 Julho 10 usina, por sua vez, foi reajustaPara o presidente do Mi2,431 0,962 2,169 Agosto 10 do em 79%”, diz a economista. naspetro, os carros flex, na 2,179 2,436 1,040 Setembro 10 A especialista endossa a verdade, deram argumento 1,173 2,201 2,459 Outubro 10 opinião de Paulo Miranda quanaos usineiros. “É a folga do 1,185 2,222 2,470 Novembro 10 to à gravidade da situação do compromisso. Eles disseram 1,202 2,227 2,494 Dezembro 10 mercado. Segundo ela, mesmo nas reuniões que, se o carro é 1,233 2,277 2,537 Janeiro 11 que se implantasse uma política flex, que o consumidor abas1,293 2,308 2,584 Fevereiro 11 de formação de estoques, isso teça com gasolina, na falta do 2,614 1,478 2,327 Março 11 Fonte: Fecombustíveis não seria suficiente para resolver etanol”, conta. o problema. “Enquanto persistir etANOL a valorização do açúcar nos mercausas Distribuição Revenda Usina cados interno e internacional, e A entressafra da cana de 0,720 1,430 1,678 Junho 10 o consumo de etanol hidratado açúcar – que vai de novembro 0,798 1,441 1,695 Julho 10 continuar forte mesmo quando a abril – é a principal causa da 0,836 1,490 1,710 Agosto 10 este perde vantagem na compaalta nos preços do etanol, que 0,896 1,500 1,716 Setembro 10 ração com a gasolina, a garantia subiram cerca de 12% de no1,785 0,978 1,561 Outubro 10 de oferta de produto não será vembro de 2010 a março de 1,001 1,616 1,821 Novembro 10 suficiente para desacelerar as 2011 em Minas Gerais. Mas 1,075 1,663 1,860 Dezembro 10 cotações”, avalia. essa não é a única justificativa. 1,707 1,902 1,109 Janeiro 11 Segundo o presidente dos “A ascensão dos preços co1,956 1,176 1,753 Fevereiro 11 Sindicatos da Indústria do Açúmeçou em julho do ano pas1,403 1,824 2,045 Março 11 car e da Fabricação do Álcool sado (época de safra) e isso Fonte: Fecombustíveis 17


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no Estado de Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins, no fim de março, 30% das empresas já estavam produzindo etanol. “O patamar deve chegar a 60% na segunda quinzena de abril, quando o preço deve começar a cair”, afirma. Juntamente com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o Siamig divulgou a estimativa para a safra 2011/2012, que é de um crescimento de cerca de 12% na cana a ser colhida pelas unidades que só produzem etanol. O total de cana-deaçúcar a ser produzido no Brasil deve ser de aproximadamente 632 milhões de toneladas, com 54,7% destinados à produção de etanol. Mas essa produção será suficiente para atender apenas a 45% da frota flex do Brasil. “Por mais que a produção esteja crescendo, não conseguimos acompanhar a demanda. Acredito que o etanol vai continuar sendo viável apenas onde o ICMS ‘contribui’, como São Paulo, Goiás, Paraná e Mato Grosso”, afirma Luiz Custódio. O presidente do Siamig confirma que é mais lucrativo produzir açúcar, mas nega que as indústrias tenham mudado o foco da produção. “A maioria tem produzido os dois”, afirma.

PREÇOS ANIDRO E GASOLINA

Em R$/L 3,0 2,7 2,4 2,1 1,8 1,5 1,2 0,9 0,6 0,3 0,0

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Revenda - Gasolina

Distribuição - Gasolina

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Fonte: Fecombustíveis

PREÇOS ETANOL HIDRATADO

Em R$/L 2,4 2,1 1,8 1,5 1,2 0,9 0,6 0,3 0,0

MINAS GERAIS

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Revenda Fonte: Fecombustíveis

MAIS ÁGUA NA GASOLINA A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou, no dia 25 de março, a adição de mais água ao álcool anidro, que é misturado à gasolina comercializada no Brasil. A quantidade de água no produto passará de 0,4% para 1%. A medida é válida até o dia 30 de abril, quando se espera que os preços do etanol já estejam em queda. “É um aumento muito significativo e não representa uma boa notícia. Atualmente, a gasolina tem,

revistaminaspetro

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obrigatoriamente, de 20% a 25% de álcool anidro em sua composição. Se a ANP tivesse passado o máximo para 23% ou 24%, já resolveria boa parte do problema. Mas os usineiros não permitiram que isso acontecesse, e a Petrobras não gosta muito dessa ideia também, já que teria que mexer na composição da gasolina”, avalia Paulo Miranda Soares. O aumento da porcentagem de água no álcool anidro e, consequentemente, na gasolina, pode prejudicar

o motor dos veículos no longo prazo. Conforme a resolução publicada pela ANP, o teor real de etanol na gasolina vai cair de 98% para 92,1%. “Para o posto de combustíveis, acho que a mudança não interfere muito. Só abre uma brecha para os ‘malandros’ que quiserem colocar ainda mais água na gasolina. Mas, atualmente, a fiscalização está bastante rígida e quem é pego adulterando o combustível é obrigado a pagar uma multa bastante alta”, avalia Paulo.


congresso

Hora de debater

o setor

O Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais chega a sua 12ª edição com a proposta de discutir importantes temas e de promover feira de produtos da área Nos dias 14 e 15 de abril, pelo menos 500 empresários do setor de combustíveis, além de representantes de empresas ligadas ao segmento, autoridades e órgãos fiscalizadores, vão participar do XII Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais, promovido pelo Minaspetro, que irá acontecer no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte. Em 24 estandes, empresas vão expor o que há de mais moderno nesse

mercado. Em foco, palestras de renomados especialistas em diversas áreas, como carreira, economia, política, direito, ética e até cultura. Serão dois dias dedicados ao evento, promovido, com sucesso, desde 1999. “É o momento ideal para conversar e ouvir o revendedor”, resume o presidente do Minaspetro e da Fecombutíveis, Paulo Miranda Soares. Confira, a seguir, alguns detalhes das principais palestras do Congresso:

Excelência em Gestão Max Gehringer

Data: 15 de abril, sexta-feira, 9h Conhecido principalmente pelos quadros no Fantástico, da Rede Globo, Max Gehringer é considerado um dos melhores palestrantes do país. Ele teve uma carreira bem-sucedida como presidente de grandes companhias, como Pepsi, Elma Chips e Pullman e, em 1999, largou esse lado da profissão para se dedicar a palestras e a escrever. É autor de oito livros e, no Congresso promovido pelo Minaspetro, vai trazer seu bom humor e sensibilidade para

falar sobre Excelência em Gestão. Alguns temas a serem abordados: • Empreendedorismo • Mercado de trabalho • Relacionamento com colegas e superiores • Marketing pessoal • Networking • A importância da educação continuada • Processos seletivos e entrevistas

Patrocínio:

Apoio:

Realização: 19


congresso

Economia e Política – Conjuntura nacional Data: 14 de abril, quinta-feira, 17h30 Desde 1982, Cristiana Lôbo, formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Goiás, acompanha a política brasileira. Ela já foi repórter setorista de vários ministérios, colunista em jornais como O Estado de S. Paulo e apresentadora de programas sobre política na Globo News. Atualmente, é comentarista do Jornal das Dez, também na Globo News. Seu foco são os bastidores de Brasília, as

Em 2010, segundo a ANP, foi registrado crescimento de 8,3% do mercado de combustíveis brasileiro. Você considera esse um bom índice? É, sem dúvida, um bom resultado. Ficou acima do crescimento do país, que foi de 7,5%. Quanto às perspectivas para o setor no ano, isso vai depender do desempenho da economia como um todo. Aparentemente, a taxa de crescimento de 2011 poderá ser menor do que a de 2010, o que, certamente, significaria redução do índice de crescimento do mercado de combustíveis. Mas devemos lembrar que, mesmo em menor intensidade, será crescimento sobre crescimento, o que é muito positivo. O setor vive uma crise em relação ao etanol. Você acredita na possibilidade de um desabastecimento? O que deveria ser feito para evitar esse problema? Esse é um assunto que preocupa o governo. No dia 17 de março, o ministro Guido Mantega reuniu diversos órgãos envolvidos na questão do etanol, o Ministério das Minas e Energia, o da Agricultura, a ANP e agentes do setor privado que participam deste mercado para discutir essa questão. De acordo com informações de participantes da reunião, o revistaminaspetro

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Cristiana Lôbo

decisões do governo federal e as negociações com o Congresso Nacional. Também é palestrante sobre os assuntos que domina e mantém o blog Os Bastidores da Política (g1.globo.com/ cristianalobo). Adiantando algumas discussões que devem ser abordadas em sua palestra no XII Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais, a jornalista conversou com a Revista Minaspetro.

governo está estudando algumas medidas para sanar esse problema no futuro. Para este período de entressafra que se encerra agora em abril, já houve alguma importação de etanol do Caribe. É curioso notar que alguns especialistas acreditam que este etanol que agora vem do Caribe é, na verdade, brasileiro, e teria sido exportado para lá no período da safra. O pré-sal tem despertado o interesse pelo Brasil. Você acredita que o país está preparado para negociar sobre o tema? Este é o grande tema do Brasil, recorrente nos discursos da presidente Dilma Rousseff, assim como foi bandeira do governo do então presidente Lula. Há ainda questões a resolver, como a retirada do petróleo em águas profundas, uma especialidade da Petrobras (mas que todos sabem que demanda tempo e tecnologia), e também o problema político que é a distribuição dos royalties pela exploração do petróleo. O ex-presidente Lula enviou ao Congresso projeto de lei e sua tramitação está, de certa forma, emperrada. Quanto à capacidade para negociar com o mercado internacional a venda do óleo, não se vê problema, pois o Brasil já atua nesse mercado há alguns anos e com sucesso.

Como você avalia o posicionamento da presidente Dilma em relação ao mercado de combustíveis brasileiro? A presidente Dilma conhece bem este mercado – além de ministra das Minas e Energia, ela foi também presidente do Conselho de Administração da Petrobras por mais de sete anos. Isso pode ser bom ou ruim. Bom porque as decisões tendem a ser mais técnicas. Mas, pelo estilo centralizador, por avaliar todas as questões nos detalhes, as decisões podem demorar mais. O que destaca sobre o momento atual e o futuro da economia brasileira? O Brasil vem de um período de prosperidade. Aumentou significativamente o número de empregos com carteira assinada, a massa salarial e, principalmente, o consumo das famílias. Agora, é hora de ajeitar algumas coisas, como as contas públicas, por exemplo. Houve gastos em excesso e isso precisa ser corrigido. Outro problema é o câmbio, mas economistas experientes observam que, estando o Brasil se fortalecendo, seria natural que a sua moeda também se fortalecesse. Mas isso exige mais rigor das autoridades para que não haja fechamento de indústrias aqui, uma vez que alguns produtos importados saem bem mais baratos.


congresso

Atualização Sindical Data: 15 de abril, sexta-feira, 14h Participantes: Flávia Lobato, advogada comercialista, Klaiston Soares de Miranda, advogado trabalhista, Gustavo Fonseca, advogado tributarista.

Ética Concorrencial Data: 15 de abril, sexta-feira, 17h

Alísio Vaz Presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz é formado em Engenharia e mestre em Engenharia Civil e em Administração. Ele irá abordar um tema que afeta qualquer empresa: a ética concorrencial. Serão discutidas as evidências nas distorções éticas no setor de combustíveis e como produtores, distribuidoras e revendedores podem atuar para combater tais problemas. “A ética concorrencial é, além do atendimento às leis e normas vigentes, a prática de transparência nas iniciativas, sem utilização de artifícios ou subterfúgios que distorçam o ambiente concorrencial, com respeito aos consumidores, parceiros, competidores e à sociedade como um todo”, explica Alísio Vaz. Segundo Vaz, um exemplo de deslize ético cometido no setor de combustíveis seria a situação de empresas que abusam da condição de inadimplência para reduzir artificialmente os preços, conquistando ganhos econômicos e acumulando dívidas impagáveis. “Uma forma de reduzir o impacto dessa prática seria a recusa em comprar mercadorias de fornecedores que oferecem preços incompatíveis com a realidade do mercado”.

Sped Data: 15 de abril, sexta-feira, 15h30

Yvens Lucchesi Desde janeiro, os livros de registros fiscais, de entrada, saída, inventário, apuração do IPI e de apuração do ICMS, dentre outros, foram substituídos pela versão digital. A mudança foi possibilitada pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), criado pelo governo federal em 2007 para combater a sonegação fiscal e ampliar a eficiência do relacionamento com o Fisco. Em sua palestra no XII Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais, o auditor fiscal da Receita Estadual e representante da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, Yvens Lucchesi, vai explicar as facilidades e os ganhos das empresas com a implantação do Sped.

A História da Cultura Brasileira Data: 15 de abril, sexta-feira, 18h

Ariano Suassuna Quem nunca se divertiu e se emocionou ao assistir, no cinema, no teatro ou na TV, às confusões de João Grilo e Chicó em o Auto da Compadecida? O texto, escrito em 1955, chegou a ser considerado o “mais popular do moderno teatro brasileiro”. Seu autor, o paraibano Ariano Vilar Suassuna, é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros. Ariano é, atualmente, membro das academias Pernambucana e Paraibana de Letras, além de ocupar a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Suas obras já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

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turismo, lazer e negócio

ouro preto: descorti Ladeiras revelam um tempo de deslumbre, escravidão, levante e grandeza na história de Minas Gerais

Parece que a viagem no tempo é uma realidade. Não é preciso ser muito sensível para perceber que a cidade de Ouro Preto carrega consigo o peso de uma história marcada pelos mais diferentes momentos e sentimentos. A descoberta do ouro, o trabalho árduo dos escravos e suas condições de vida degradantes, o surgimento de revoltosos e seus mártires inconfidentes, o fim do ciclo do ouro e a liberdade dos negros, o surgimento de uma cidade tão rica quanto bela, ainda Vila Rica. Tudo fascina. Ter tão perto – Ouro Preto fica a 96 quilômetros de Belo Horizonte – esse imenso acervo cultural a céu aberto é um privilégio a ser aproveitado. Ir à cidade passar um ou dois dias é passeio obrigatório de quem mora na capital mineira e suas redondezas, e assim deveria ser também para quem vem de fora.

revistaminaspetro

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Engana-se quem diz que as cidades históricas são todas iguais. Conhecer Ouro Preto é conhecer a história de Minas Gerais, principalmente em uma época em que tantos nomes importantes viveram ou passaram por aquelas terras. Aleijadinho, Tiradentes, Bárbara Heliodora, Tomás Antônio Gonzaga são algumas das pessoas que fizeram maior e mais belo o legado de Vila Rica. Passeios imperdíveis são os tradicionais museus, como o da Inconfidência, o do Oratório e a Casa dos Contos, além das incontáveis igrejas, que trazem, incrustadas em suas paredes e imagens, a riqueza de pedras preciosas e ouro retirados das terras mineiras. E, enquanto se visitam museus, igrejas e restaurantes, observar a rica arquitetura dos casarões centenários é também uma experiência enriquecedora.


Raíssa Maciel

turismo, lazer e negócio

tine a história

Como chegar • Saindo de Belo Horizonte, pegar a BR-040 no sentido Rio de Janeiro. • Seguir as placas para Ouro Preto e Mariana e entrar na BR-356. • São cerca de 60 quilômetros, e a rodovia passa por dentro da cidade. Alguns postos associados ao Minaspetro ao longo do caminho*: • Posto Itabirito – Avenida Queiroz Júnior, 253 – Itabirito • Posto Pedrosa – Rodovia dos Inconfidentes, Km 76 – Ouro Preto (Cachoeira do Campo) • Posto Topázio Imperial – BR-356, Km 72,5 – Ouro Preto ouro preto (Cachoeira do Campo) • Auto Posto Colonial – Rua Padre Rolim, 3.000 – Ouro Preto • Auto Posto Dom Bosco – Rodovia dos Inconfidentes, Km 78 – Ouro Preto • Posto Ouro Preto – Rua João Batista Fortes, 34 – Ouro Preto • Auto Posto Bauxita – Avenida Juscelino Kubitschek, 567 – Ouro Preto

BH

*Selecionados entre os mais antigos associados

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turismo, lazer e negócio

GUIA CULTURAL Principais igrejas:

Fotos: Neno Vianna/Barrocopress

Principais museus:

Inconfidência: Reúne valiosa coleção de objetos e manuscritos referentes à Inconfidência, obras atribuídas a Aleijadinho, Xavier de Brito, Mestre Ataíde, Servas, além de indumentárias, mobiliário e variados objetos dos séculos XVIII e XIX. Destacam-se o Panteão dos Inconfidentes (onde se encontram os restos mortais dos principais nomes do movimento), pedaços da forca em que morreu Tiradentes e a primeira edição do livro “Marília de Dirceu”. Localização e horário: Praça Tiradentes; de terça a domingo, das 12h30 às 18h (entrada paga). Casa dos Contos: É uma das poucas casas ouro-pretanas em que ainda existe uma senzala. Pertence atualmente ao Ministério da Fazenda e guarda acervo que inclui mobiliário (séculos XVIII e XIX), documentos, cartas, rica biblioteca e curiosa coleção de moedas. Localização e horário: Rua São José, 12; segunda-feira, das 14h às 18h, terça-feira a sábado, das 10h às 18h, e domingos e feriados, das 10h às 16h (entrada paga). Oratório: Abriga a mais fascinante coleção de oratórios de Minas e é o único museu do gênero no mundo. Localização e horário: Adro da igreja de Nossa Senhora do Carmo, 28, no centro; diariamente, das 9h30 às 17h30 (entrada paga). revistaminaspetro

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Matriz Nossa Senhora do Pilar: Considerada uma das mais requintadas igrejas barrocas. O acervo inclui magnífica talha coberta de ouro e mais de 400 anjos esculpidos. Foram empregados em sua ornamentação cerca de 400 quilos de ouro e 400 de prata. Localização e horário: Praça Monsenhor Castilho Barbosa; de terça-feira a domingo, das 9h às 10h45 e das 12h às 16h45. Nossa Senhora do Carmo: O projeto é de Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e sua construção se deu entre 1766 e 1772. Era frequentada pela aristocracia de Vila Rica. Localização e horário: rua Brigadeiro Musqueira (atrás do Museu da Inconfidência); de terça-feira a sábado, das 12h às 16h45, e domingo, das 9h30 às 11h e das 13h30 às 16h45 (entrada paga). São Francisco de Assis: A mais famosa de Ouro Preto. É considerada a obra-prima de Aleijadinho, responsável pelo risco geral do prédio, portada, tribuna do altar-mor, altares laterais e capela-mor. São também suas as esculturas da portada e dos púlpitos. Mestre Ataíde conferiu excelência artística ao teto, representando a assunção de Nossa Senhora. A arquitetura dessa igreja tem inspiração militar. Localização e horário: Largo de Coimbra; de terça-feira a domingo, das 8h30 às 11h45 e das 13h30 às 17h (entrada paga).


espaço do diretor

Do descrédito

à confiança

Diretor da regional Patos de Minas conta como os revendedores aprenderam a trabalhar em conjunto

Quando assumiu a regional de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, há cerca de seis anos, Alexandre César Londe percebeu que o maior desafio era unir os revendedores, ajudálos a entender a importância do trabalho em conjunto para o sucesso de cada um. “Os proprietários de postos eram indiferentes uns aos outros. Patos de Minas era uma regional desacreditada”, lembra o diretor. O caminho não foi fácil, e derrotar – ou ao menos diminuir à força – as ilegalidades, como sonegação e adulteração, despendeu muito esforço de todos. Aos poucos, Alexandre e os revendedores das 18 cidades que fazem parte da regional foram entendendo a importância do trabalho em conjunto. “Diminuímos a ilegalidade com denúncia. Acabamos com a ‘malandragem’. Estou convicto de que somente com união conseguimos chegar lá, afinal, os problemas de um são, na verdade, de todos”, analisa o diretor. Ele conta, ainda, que, atualmente, a concorrência desenfreada deu espaço a discussões entre os empresários, que usam o exemplo uns dos outros para progredir. Alexandre Londe diz que as discussões ambientais têm preocupado os revendedores e tem sido necessário buscar o auxílio do

“Diminuímos a ilegalidade com denúncia.”

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Alexandre Londe acredita que a união da Revenda é a chave do sucesso

a partir de a partir de a partir de

Sindicato. “Tivemos grande participação dos empresários em uma reunião promovida aqui. Eu mesmo fui um fiscalizador e cobrei muito dos postos a adequação à legislação ambiental. Agradeço ao Sindicato. A aproximação e a possibilidade de tirar dúvidas diretamente com especialistas são muito interessantes e produtivas”, ressalta. A realização de encontros é, inclusive, uma das ações mais valorizadas por Alexandre Londe. O diretor faz uso de sua experiência de 12 anos no mercado de combustíveis e pretende promover mais palestras e reuniões, já que tem percebido um interesse crescente da Revenda.

R$ 24,00 R$ 24,00 R$ 26,00

QUALIDADE E PREÇO BAIXO em primeiro lugar.

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Custo Médio Resumido da Distribuição Gasolina – Minas Gerais Fevereiro 2011

1ª Semana

2ª Semana

3ª Semana

4ª Semana

75% Gasolina A 25% Etanol Anidro 75% Cide 75% PIS/Cofins ICMS Total

R$ 0,7914 R$ 0,7914 R$ 0,7914 R$ 0,7914 R$ 0,3692 R$ 0,3754 R$ 0,3997 R$ 0,4928 R$ 0,1725 R$ 0,1725 R$ 0,1725 R$ 0,1725 R$ 0,1962 R$ 0,1962 R$ 0,1962 R$ 0,1962 R$ 0,7276 R$ 0,7276 R$ 0,7276 R$ 0,7276 R$ 2,2569 R$ 2,2631 R$ 2,2874 R$ 2,3804

Etanol – Minas Gerais Fevereiro 2011

1ª Semana

Preço Produtor PIS/Cofins ICMS Total

R$ 1,3405 R$ 1,3754 R$ 1,4943 R$ 1,6323 R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,4394 R$ 0,4394 R$ 0,4394 R$ 0,4394 R$ 1,8999 R$ 1,9348 R$ 2,0537 R$ 2,1917

2ª Semana

3ª Semana

4ª Semana

Diesel – Minas Gerais Fevereiro 2011

1ª Semana

2ª Semana

3ª Semana

95% Diesel 5% Biodiesel 95% Cide 95% PIS/Cofins ICMS Total

R$ 1,0844 R$ 1,0844 R$ 1,0844 R$ 1,0844 R$ 0,1148 R$ 0,1148 R$ 0,1148 R$ 0,1148 R$ 0,0665 R$ 0,0665 R$ 0,0665 R$ 0,0665 R$ 0,1406 R$ 0,1406 R$ 0,1406 R$ 0,1406 R$ 0,2398 R$ 0,2398 R$ 0,2398 R$ 0,2398 R$ 1,6461 R$ 1,6461 R$ 1,6461 R$ 1,6461

Fonte: Fecombustíveis e Minaspetro Nota: Não foram considerados a margem praticada pelas distribuidoras e os custos relacionados ao transporte do produto.

revistaminaspetro

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4ª Semana


Custo resumido da distribuição – Gasolina “C” UF

75% Gasolina A

25% Alc. Anidro (1)

75% Cide

75% PIS/Cofins

Carga ICMS

Custo da Distribuição

AC

0.793

0.463

0.173

0.196

0.761

2.386

AL

0.763

0.425

0.173

0.196

0.764

2.320

AM

0.792

0.458

0.173

0.196

0.682

2.301

AP

0.793

0.457

0.173

0.196

0.713

2.331 2.331

BA

0.776

0.431

0.173

0.196

0.756

CE

0.767

0.431

0.173

0.196

0.714

2.280

DF

0.834

0.407

0.173

0.196

0.696

2.306

ES

0.797

0.415

0.173

0.196

0.746

2.326

GO

0.833

0.405

0.173

0.196

0.839

2.446

MA

0.761

0.435

0.173

0.196

0.735

2.300

MT

0.832

0.425

0.173

0.196

0.717

2.342 2.318

MS

0.832

0.410

0.173

0.196

0.708

MG

0.814

0.407

0.173

0.196

0.728

2.318

PA

0.774

0.453

0.173

0.196

0.831

2.427

PB

0.763

0.427

0.173

0.196

0.690

2.249

PE

0.755

0.427

0.173

0.196

0.720

2.271

PI

0.760

0.432

0.173

0.196

0.670

2.230

PR

0.780

0.408

0.173

0.196

0.729

2.286

RJ

0.773

0.407

0.173

0.196

0.857

2.405

RN

0.767

0.427

0.173

0.196

0.662

2.225

RO

0.793

0.462

0.173

0.196

0.713

2.336

RR

0.793

0.464

0.173

0.196

0.712

2.338

RS

0.797

0.429

0.173

0.196

0.653

2.248

SC

0.791

0.412

0.173

0.196

0.670

2.242

SE

0.760

0.427

0.173

0.196

0.709

2.264

SP

0.795

0.405

0.173

0.196

0.606

2.174

TO

0.793

0.407

0.173

0.196

0.715

2.284

(1): Corresponde ao preço da usina com acréscimo de PIS/COFINS e custo do frete

Custo resumido da distribuição – Diesel UF

95% Diesel

5% Biocombustível

95% Cide

95% PIS/Cofins

Carga ICMS

Custo da Distribuição

AC

1.053

0.125

0.067

0.141

0.422

1.807

AL

1.021

0.125

0.067

0.141

0.342

1.696

AM

1.067

0.125

0.067

0.141

0.373

1.772

AP

1.053

0.125

0.067

0.141

0.375

1.759

BA

1.041

0.125

0.067

0.141

0.305

1.678

CE

1.033

0.125

0.067

0.141

0.319

1.684

DF

1.099

0.125

0.067

0.141

0.248

1.679

ES

1.058

0.125

0.067

0.141

0.244

1.634

GO

1.099

0.125

0.067

0.141

0.277

1.708

MA

1.020

0.125

0.067

0.141

0.346

1.698

MT

1.099

0.125

0.067

0.141

0.380

1.812

MS

1.099

0.125

0.067

0.141

0.357

1.789

MG

1.083

0.125

0.067

0.141

0.240

1.655

PA

1.041

0.125

0.067

0.141

0.354

1.727

PB

1.021

0.125

0.067

0.141

0.340

1.693

PE

1.019

0.125

0.067

0.141

0.345

1.697

PI

1.021

0.125

0.067

0.141

0.351

1.704

PR

1.106

0.125

0.067

0.141

0.255

1.693

RJ

1.043

0.125

0.067

0.141

0.267

1.642

RN

1.018

0.125

0.067

0.141

0.350

1.700

RO

1.053

0.125

0.067

0.141

0.376

1.760

RR

1.053

0.125

0.067

0.141

0.407

1.792

RS

1.130

0.125

0.067

0.141

0.260

1.722

SC

1.095

0.125

0.067

0.141

0.247

1.675

SE

1.021

0.125

0.067

0.141

0.343

1.697

SP

1.076

0.125

0.067

0.141

0.235

1.643

TO

1.053

0.125

0.067

0.141

0.248

1.633

Ato Cotepe nº 05 de 09/03/2011 – DOU de 10/03/2011. Vigência a partir de 16 de Março de 2011

27


O MINASPETRO ESTÁ À SUA DISPOSIÇÃO • ASSISTÊNCIA JURÍDICA NAS ÁREAS TRABALHISTA, TRIBUTÁRIA, METROLÓGICA, CÍVEL, COMERCIAL E DE MEIO AMBIENTE. • PARCERIAS COM A UNIMED (PLANOS DE SAÚDE) E A MULTISEG (SEGUROS). • EVENTOS REGIONAIS, DIRECIONADOS AOS REVENDEDORES. • INFORMAÇÃO ATUALIZADA: REVISTA MINASPETRO; CIRCULARES; CARTILHA DO MINASPETRO; GUIA DO REVENDEDOR; CLIPPING DIÁRIO DE NOTÍCIAS VIA E-MAIL. • VISITA DOS ASSESSORES DO DEPARTAMENTO DE EXPANSÃO E APOIO AO ASSOCIADO. • AUDITÓRIO E SALAS DE REUNIÕES DISPONÍVEIS NA SEDE, EM BELO HORIZONTE.

(31) 2108-6500 revistaminaspetro

28

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1


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