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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Força Oportunidades
Nº 49 - Março 2013
Fraquezas Ameaças
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Força
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Força Oportunidades Fraquezas Ameaças
Qual o segredo para se ter um bom negócio? Mais do que um lugar de abastecimento, revendedores fizeram do seu estabelecimento um atrativo para os consumidores
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diretoria
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte-MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547
Diretoria Minaspetro Presidente: Paulo Miranda Soares 1° Vice-presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Vice-presidente: Ciro Augusto Piçarro 1º Secretário: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1° Tesoureiro: Bráulio Baião B. Chaves 2° Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes
Diretores de Áreas Específicas Relações Trabalhistas: Cássia Barbosa Soares Lojas de Conveniência: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanuêva Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara
Diretores Regionais Belo Horizonte: Bruno Henrique L. A. Alves Caratinga: Carlos Roberto Sá Contagem: André Werneck M. Guimarães Divinópolis: Leopoldo Marques Pinto Governador Valadares: Rogério Coelho Ipatinga: Marco Antônio Alves Magalhães João Monlevade: Márcio Caio Moreira Juiz de Fora: Carlos Alberto Lima Jacometti Lavras: Marcos Abdo Sâmia Montes Claros: Márcio Hamilton Lima Paracatu: José Rabelo Junior Passos: Carlos Roberto da Silva Cavalcanti Patos de Minas: Alexandre Cezar Londe Poços de Caldas: Fábio Aguinaldo da Silva Pouso Alegre: Rodrigo José Pereira Bueno Sete Lagoas: Wellington Luiz do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Ubá: Jairo Tavares Schiavon Uberaba: José Antônio do N. Cunha Uberlândia: Jairo José Barbosa Varginha: Paulo Henrique G. Pereira
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Diretores Suplentes
Trabalhista
Konstantinos Haralambos Antypas Rogério Lott Pires Sergio de Mattos
Jadson Veiga Morais Klaiston Soares Luciana Reis Raquel Abras Rommel Fonseca Bruno Abras Rajão
Conselho Fiscal Membros Efetivos Paulo Eduardo Rocha Machado Humberto Carvalho Riegert Membros Suplentes Clóvis Pinto Gontijo Leonardo Lemos Silveira Pedro Enrique Zawaal
Gerente Administrativo Financeiro Márcia Viviane Nascimento
Departamento Administrativo Bia Pacheco Élcia Maria de Oliveira Rita de Cássia do Nascimento Adriana Soares Cláudia Barbosa Filipe Cardoso
Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Darlete dos Reis Evânio dos Santos João Márcio Cayres Mário Caires Ribeiro Júnior Paulo Roberto Ferreira Reiner Márcio Santos Moreira Wenderson Luiz Bicalho
Tributário Gustavo Fonseca
Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Poliana Gomides
Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Márcia Cristina de Moraes Corrêa Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Patos de Minas: Hélio Henrique Siqueira Caratinga: Ildecir Agostinho Lessa Paracatu: Antônio José Franco Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza
Departamento de Comunicação Geisa Brito
Departamento Jurídico Cível-Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Kelly Gonçalves Primo
Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães
Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha
mensagem ao revendedor
Impossível não estar
em dia com o Fisco
A
fiscalização de Minas Gerais é considerada uma das melhores do país – fato que nos orgulha e pelo qual temos muito apreço. Tanto que fazemos questão de manter parcerias de longa data com a Secretaria de Estado da Fazenda, à qual levamos informações do nosso segmento, e demais órgãos. Sendo assim, animosidade é um termo que não pode ser utilizado quando se trata do relacionamento do Minaspetro com os órgãos de fiscalização. Pelo contrário, prezamos pela punição dos revendedores desonestos. Somos parceiros do Estado e temos o trabalho permanente de denunciar os descaminhos da sonegação fiscal. Estranhamos, é fato, a demora em, muitas vezes, obter resposta. O Brasil é o país com a maior carga tributária do mundo. No entanto, sabemos que os benefícios não são revertidos para os cidadãos na mesma proporção, como acontece em países que têm tributos parecidos com os nossos. Nos países de primeiro mundo, a carga tributária é refletida em educação, saúde e mobilidade, por exemplo. Minas é o segundo Estado que mais arrecada tributos no país, situação que acontece também em razão de sermos o Estado com maior número de fiscais. O segmento de combustíveis está entre um dos setores do comércio mais fiscalizados. Isso leva Minas Gerais a ter índices de adulteração de combustíveis de país de primeiro mundo, abaixo de 2% de não conformidade, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Minaspetro sempre contribuiu para que atingíssemos tal classificação. Um exemplo da
nossa atuação que pode ser lembrado e que foi bastante difundido pela mídia foi o caso que resultou no lamentável assassinato do promotor Francisco José Lins do Rêgo Santos, em 2002. Fomos nós que iniciamos as denúncias sobre a máfia de combustíveis que existia em Minas e mantivemos o Ministério Público informado, encaminhando diariamente informações sobre a qualidade do combustível dos envolvidos. O promotor era nosso amigo e se tornou o herói da Revenda, deflagrando uma força-tarefa para combater irregularidades no setor. Sonegação fiscal no nosso segmento não existe. Somos o único setor do comércio cujo Estado tem todas as informações do que compramos e vendemos, por meio dos sistemas Sintegra e Sped Fiscal. Pagamos 100% dos impostos. É impossível ter caixa dois. E, ainda, o Estado não tem nem mesmo trabalho em receber o ICMS do setor, pois é retido direto na fonte: a Petrobras vende o combustível, recolhe o imposto e deposita nos cofres do Estado. Infelizmente, alguns fiscais têm o entendimento de que o contribuinte não gosta de pagar impostos, o que, no nosso setor, é impossível. O contribuinte não concorda com a prática meramente arrecadatória em determinadas situações da fiscalização, gerando o terror fiscal. Quem dera se todos os setores do comércio fossem fiscalizados como somos e pagassem todos os seus impostos. Sem dúvida, o Estado teria uma arrecadação estupenda! Paulo Miranda Soares Presidente do Minaspetro
“Somos parceiros do Estado e temos o trabalho permanente de denunciar os descaminhos da sonegação fiscal.” 3
Arquivo pessoal
sumário
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Arquivo pessoal
Bom atendimento, produtos de boa qualidade e serviços diferenciados são as palavras-chave para um bom negócio.
6,6
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Proprietária de cinco postos, Maria Josefina já escreveu três livros.
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O aumento nos preços da gasolina e do diesel não impactaram as vendas.
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sumário
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Programa Jogue Limpo visa à reciclagem de embalagens de lubrificantes.
Mensagem ao revendedor
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Artigo O Fisco e o contribuinte: uma relação fundamentada no respeito e na legalidade
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Jurídico Contratação de jovem aprendiz é obrigatória
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Em caso de falta de combustível, como lidar com as distribuidoras?
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Gota a gota
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Especial Insegurança assusta cada vez mais
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Congresso
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Giro diretoria
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Formação de preços
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Levantamento de preços por distribuidora
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A Fenamilho, realizada em Patos de Minas, acontecerá em maio.
expediente • Presidente do Minaspetro: Paulo Miranda Soares • Vice-presidente: João Victor Renault • Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes • Produção: Prefácio Comunicação • Editoras e jornalistas responsáveis: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) e Pamella Berzoini (MG 15296) • Redação: Lilian Lobato (MG 13664 JP) • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Tércio Lemos e Angelo Campos • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 - Tel.: (31) 3292 8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos
• As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. www.minaspetro.com.br - minaspetro@minaspetro.com.br
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artigo
O Fisco e o contribuinte: uma relação fundamentada no respeito e na legalidade
Divulgação
Lindolfo Fernandes de Castro*
*Presidente do Sindifisco-MG
Em artigo publicado na Minaspetro nº 43 (O contribuinte e o Estado: uma mão lava a outra?, p. 8), o advogado tributarista Gustavo Fonseca menciona supostos episódios envolvendo a fiscalização tributária estadual e generaliza situações que, se de fato ocorreram, constituem fatos isolados, não podendo de forma alguma servir para suscitar animosidade contra o Fisco. No intuito de esclarecer as críticas feitas, abordamos alguns aspectos da relação entre o Fisco e o contribuinte. É preciso deixar claro que nem o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) e nem a Secretaria de Estado de Fazenda do Estado apoiam a falta de urbanidade de qualquer auditor fiscal no trato com os contribuintes. Da mesma forma, não admitimos que adjetivos desrespeitosos sejam dirigidos aos auditores fiscais mineiros, categoria que sempre trabalhou para o desenvolvimento do Estado, tendo contribuído para elevar Minas à condição de segunda maior arrecadação do país. revistaminaspetro
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O servidor público é a base de sustentação do Estado e, no caso do Fisco, é do seu trabalho que provêm recursos para garantir ao Erário a capacidade de implementação de políticas públicas. A interferência do Estado, no caso representado pelo auditor fiscal, deve merecer o respeito e o reconhecimento de todos que desejam prestar e receber bons serviços. Insurgir-se contra o Fisco é insurgir-se contra o Estado e, em última instância, contra a sociedade. Sonegar ao Estado informações que o impeçam de mapear as transações comerciais só interessa a quem tem algo a esconder, e isso, inegavelmente, é indício de irregularidade. A punição mencionada pelo autor do artigo não alcança as transações regularmente formalizadas e que constituem prática adotada por grande parcela de contribuintes, que trabalham corretamente.
“Minas adota padrões de primeiro mundo no combate à adulteração/ falsificação de combustíveis. É isso o que a sociedade quer. E não é isso o que o setor também deseja?”
Nenhum auditor fiscal é remunerado com base em autuações e/ou seus valores. Toda ação fiscal é planejada, e os contribuintes auditados são previamente selecionados, com exceção das atividades de fiscalização de trânsito de mercadorias, em que os transportadores são abordados ao passar pelo local em que a atividade é realizada, ou, em caso de atividade volante, estão à vista da equipe de fiscalização. Toda autuação fiscal é consequência do trabalho de verificação realizado pelo auditor fiscal. Quando não há irregularidade, o contribuinte é comunicado, e a informação, incluída nos documentos que embasaram a execução da ação fiscal. Assim, os postos de combustíveis revendedores só são fiscalizados, e algumas vezes autuados, pelo não cumprimento de suas obrigações, dentro de uma programação prévia da SEF/MG, cujo objetivo é impedir, já no início, o funcionamento de estabelecimento que coloque em risco os consumidores e outros postos revendedores, com a possibilidade de trabalhar com combustíveis adulterados e/ou sem procedência legal definida. É mais lógico fazer um trabalho assim do que combater os criminosos e suas “máfias”, depois de estabelecidos. Minas adota padrões de primeiro mundo no combate à adulteração/falsificação de combustíveis. É isso o que a sociedade quer. E não é isso o que o setor também deseja? A fiscalização mineira é considerada uma das melhores do país, tanto do ponto de vista ético quanto da competência profissional, e o Sindifisco-MG se orgulha em representá-la, certo de que o trabalho dos auditores fiscais mineiros tem contribuído decisivamente para o crescimento do Estado.
jurídico
Contratação de jovem aprendiz é obrigatória Os postos que não o fizerem podem pagar multas de até R$ 2 mil por vaga Todas as empresas do Brasil, inclusive posto de combustível, com mais de 20 empregados são obrigadas a contratar o jovem aprendiz. Conforme o coordenador Jurídico Trabalhista/Sindical do Minaspetro e Fecombustíveis, Klaiston Soares D’Miranda, “é requisito, também, que esses jovens exerçam atividade profissionalizante, mas que, em postos revendedores de combustíveis, eles não sejam menores de 18 anos.” O problema, segundo Klaiston D’Miranda, é que “O Ministério do Trabalho não observa a exigência dessa atividade profissionalizante nos postos de combustíveis. Não há necessidade de cursos para atuar nos estabelecimentos”. Por causa desta obrigatoriedade, no início de 2012 o Minaspetro entrou com Mandado de Segurança Preventivo em favor da categoria devido às imposições do Ministério do Trabalho em determinar este tipo de contratação para empresas com menos de sete empregados. Na ocasião, o Sindicato conseguiu uma liminar na qual constava que somente aqueles postos com mais de 20 empregados, excluindo as funções de frentista, lavador, enxugador, vigia, borracheiro, trocador de óleo, lubrificador, promotor de lojas de conveniência, serviços gerais e faxineiro, estavam obrigados a
contratar aprendizes, maiores de 18 anos de idade. Ou seja, uma minoria de estabelecimentos se enquadraria neste requisito. Porém, no mês de dezembro de 2012, em recurso do Ministério do Trabalho ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, foi negado o mandado de segurança. Sendo assim, fica definido que cada empresa, quando autuada, deverá procurar seus direitos de defesa com interposição de recurso administrativo e/ ou ação judicial.
O coordenador jurídico trabalhista do Minaspetro reforça: “Não existe qualquer prejuízo na contratação. Pelo contrário, ele é um empregado com um custo menor, pois recebe salário mínimo e os encargos previdenciários são menores”. O advogado alerta que os postos de combustíveis, obrigados a contratar o jovem aprendiz, podem ser autuados pelo Ministério do Trabalho, caso não efetuem a contratação. A multa é de aproximadamente R$ 2 mil por vaga.
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jurídico
Em caso de falta de combustível,
como lidar com as distribuidoras? Flávia Lobato Amaral*
*Advogada do Departamento Cível/Comercial do Minaspetro flavia@minaspetro.com.br
A venda de combustíveis no Brasil fechou o ano de 2012 com crescimento seis vezes maior do que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas do País. O descompasso, que já vem ocorrendo há algum tempo, alcança neste momento a maior disparidade. Com isso, percebe-se que a combinação de superaquecimento do consumo e deficiências logísticas tem gerado cada vez mais preocupações com possíveis desabastecimentos. Portanto, na atual situação do mercado de combustíveis no Brasil é importante que o revendedor seja precavido e, se possível, sempre trabalhe com os tanques cheios, a fim de evitar maiores transtornos em casos de eventualidades que levem a falta de combustível no posto. Mas, caso ocorra o desabastecimento, é importante que o posto comunique tal fato imediatamente a ANP através da própria Central de Atendimento (08009700267). Tendo em vista que é o órgão responsável pela regulação e fiscalização das atividades que integram a indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis no País. Além disso, é importante que sejam tomadas as seguintes providências. Em primeiro lugar, deve notificar a companhia (via telegrama) revistaminaspetro
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falando do descumprimento contratual por não entrega do pedido de combustível feito e dando um prazo máximo (por exemplo, 06 horas) para o envio do pedido anteriormente realizado e não entregue. Inclusive, ressaltando a impossibilidade de continuidade das atividades do posto sem o seu único meio de subsistência, qual seja – os combustíveis. Caso a situação não se resolva e/ou caso o posto chegue a ficar sem produto, o posto revendedor deve fazer um boletim de ocorrência na delegacia ressaltando todo o ocorrido. Sendo que, é importante que o proprietário do posto revendedor leve consigo um consumidor para ser testemunha de que no posto não havia na bomba abastecedora produto para ser fornecido. Bem como, é importante o revendedor ressaltar que o produto é gênero de primeira necessidade e que o abastecimento é de utilidade pública. Concomitantemente, no caso dos postos bandeirados, o revendedor deve notificar novamente a companhia distribuidora para demonstrar não apenas o descumprimento contratual, como também para fins de abatimento da galonagem, prazo e possível bonificação contratados. Uma vez que a distribuidora está prejudicando o posto reven-
“É importante que o revendedor seja precavido e sempre trabalhe com tanques cheios.”
dedor no exato cumprimento do contrato. Ainda, caso o revendedor não tenha uma solução a contento, é possível tomar as medidas judiciais cabíveis. Entre elas, a ação de fazer com que a companhia cumpra integralmente sua obrigação de contrato, sob pena de multa diária e a ação de indenização pelos prejuízos sofridos, cumulada com pedido de rescisão do contrato por descumprimento por parte da distribuidora. Com relação à compra provisória de combustível de outra companhia, não aconselho o posto revendedor nesse sentido já que não é a melhor saída. Pois existe o risco de posteriormente o revendedor ser autuado pela ANP ou pelo Ministério Público Estadual por venda de produto de distribuidora diversa daquela à qual é vinculado, mesmo informando na bomba abastecedora a origem do combustível. Já com relação aos postos bandeira branca, também é importante que o revendedor notifique novamente a companhia distribuidora falando do descumprimento do acordo comercial firmado, e dos prejuízos sofridos pela empresa devido a não entrega do produto pedido. Aqui também, caso não haja uma solução a contento, é possível que o revendedor recorra à esfera judicial. Assim, teria como opções, por exemplo, a ação de obrigação de fazer pedindo uma tutela para que a distribuidora entregue o produto adquirido em um prazo máximo, sob pena de multa diária e a ação de perdas e danos, cumulada até mesmo com pedido de restituição em dobro de valores já pagos antecipadamente, se for o caso. Para mais informações e no caso de dúvidas, entre em contato com o Departamento Jurídico Cível/Comercial do Minaspetro que prestará toda a assessoria necessária, inclusive na elaboração das notificações extrajudiciais à companhia distribuidora e na orientação de qual seria a medida judicial mais adequada em cada caso.
gota a gota
Tabela alcoolmétrica está disponível no site da ABNT As normas para etanol revisadas e publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em 2008, introduziram uma mudança importante: as tabelas vêm acompanhadas de um CD-ROM com um software que substitui várias páginas de tabelas e permite ao usuário utilizar apenas as de seu interesse. A legislação exige que os revendedores de combustíveis tenham a tabela. Uma das normas existentes é a ABNT NBR 5992 – Álcool etílico e suas misturas com água – Determinação da massa específica e do teor alcoólico – Método do densímetro de vidro, que está entre as 600 mais procuradas. O Minaspetro orienta os revendedores a adquirirem a tabela NBR 5992: 2008 versão corrigida: 2009, que virá com o CD-ROM, por meio do site da ABNT (www.abntcatalogo. com.br). O valor é de R$ 48,90.
Etanol 00,00 Preço/ Litro 00,00 Total 00,00
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gota a gota
Minaspetro realiza treinamento NR-20 O Minaspetro já está ministrando, em Belo Horizonte, os treinamentos para que os revendedores de combustíveis possam cumprir os requisitos solicitados pela Norma Regulamentadora n° 20, conhecida também como Segurança e Saúde no Trabalho com Líquidos Inflamáveis e Combustíveis. A ideia é de que os postos de combustíveis tenham conhecimento da norma e do que é preciso para atuar de forma regularizada. Os estabelecimentos do setor, que pertencem às instalações Classe I, terão de oferecer a seus empregados três cursos de capacitação (integração, com quatro horas de duração; básico, com oito horas; e intermediário, com 16 horas). Ainda é preciso elaborar um projeto de instalações em que sejam contemplados os aspectos de saúde, segurança e meio ambiente contidos na norma. Nessa classe, 50% das instalações devem ser regularizadas até 6 de março de 2013. De acordo com o Sindicato, algumas
Geisa Brito
empresas estão oferecendo o treinamento no interior, sem o conhecimento básico da norma. Diante da obrigatoriedade de cumprir a lei, é importante fazer o curso com instituições de credibilidade. Fiquem atentos com pessoas e empresas que não têm capacidade técnica e cobram preços abusivos. A orientação é de que o revendedor do interior bus-
que empresas ou pessoas idôneas. O sindicato está preparando uma cartilha com um passo a passo para os postos se adequarem à NR-20. Os revendedores de Belo Horizonte podem entrar em contato com o Minaspetro para se informarem sobre as datas de teinamento através do e-mail: minaspetro@minaspetro.com.br.
Novo recorde de processamento nas refinarias brasileiras A Petrobras alcançou, nos dias 2 e 3 de março de 2013, recordes históricos de processamento em suas refinarias no Brasil. A carga total processada foi de 2,120 milhões barris/ dia, o que representa 10 mil barris/ dia, número superior ao recorde anterior, alcançado em 1º de janeiro de
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2013. Esse desempenho contribuiu para a redução das importações de derivados e é reflexo da elevada confiabilidade operacional das unidades de refino e da excelência na gestão da cadeia de suprimento, desde o escoamento de petróleo até a entrega dos derivados aos clientes.
É relevante acrescentar que esses resultados foram alcançados respeitando-se integralmente os princípios de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) que norteiam as ações da companhia. Fonte: Agência Petrobras
gota a gota
Parceria para pagamento via celular O banco Caixa Econômica Federal, a operadora de telefonia TIM e a bandeira de cartões MasterCard anunciaram o lançamento de um cartão pré-pago que vai usar tecnologia de pagamento via celular (mobile payment). O produto, que deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2013, vai permitir que o cliente da TIM, por meio de uma conta pré-paga virtual, adquira produtos e faça outras transações financeiras por meio do próprio celular ou de um cartão magnético vinculado ao seu número de telefone. As compras podem ser feitas
em estabelecimentos que aceitem a bandeira MasterCard. A Caixa será responsável pela gestão da conta pré-paga. A parceria entre Caixa e TIM é o mais
recente capítulo da série de lançamentos na área de cartões pré-pagos e pagamentos móveis que vem acontecendo nos últimos meses. A joint-venture, formada pelo Bradesco e pela operadora Claro, assim como pela MFS, empresa da Telefonica/Vivo, e pela MasterCard, vieram recentemente a público mostrar os planos para as duas modalidades em 2013. Tanto os pré-pagos quanto pagamento via celular esperam a publicação de um marco regulatório para as modalidades. Fonte: Valor Online
Assessores informados Fotos: Geisa Brito
Entre os dias 5 e 6 de fevereiro, os sete assessores comerciais do Minaspetro visitaram a Refinaria Gabriel Passos (Regap), a empresa Petrobel, de prestação de serviços de manutenção em
bombas, e a Central de Recolhimento de Embalagens Usadas de Lubrificantes do Programa Jogue Limpo. A visita teve como objetivo oferecer aos profissionais um maior contato com as atividades do
segmento, além de informá-los a respeito dos combustíveis, manutenção dos equipamentos dos postos e destinação correta das embalagens de lubrificantes descartadas pelos estabelecimentos.
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Oportunidades
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Força Oportunidades
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Qual o segredo
do sucesso?
Com a concorrência acirrada entre os postos de combustíveis, vale a pena atender à necessidade do cliente e se adaptar ao mercado
Diversificar, oferecer um bom atendimento e um produto de qualidade, bem como transmitir confiança ao cliente. Em um mercado tão competitivo como o de postos de combustíveis, estar atento ao que pode ser feito para atrair o consumidor pode fazer a diferença. Cada negócio tem sua peculiaridade, e o caminho certo pode estar em se adaptar às demandas do mercado. No revistaminaspetro
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entanto, existe um segredo para alcançar o sucesso tão esperado? Para Marcos Carvalho, proprietário do Posto Giramundo, localizado em Teixeiras, na Zona da Mata de Minas, o segredo está no conjunto. “A chave está em ter uma infraestrutura adequada para o atendimento, uma área delimitada que ofereça segurança, uma boa prestação de serviço e um produto de qualidade. A
união disso tudo faz a diferença”, avalia. Ele, que atua no segmento há 22 anos – o posto já está há 40 anos na família –, ressalta que é fundamental diversificar, ao máximo, o ponto de trabalho, sobretudo no que diz respeito aos serviços prestados. “Mesmo o empresário que tem uma área reduzida precisa saber utilizar o espaço, criando novos atrativos. O posto deve ser mais que um local para abastecimento.”
capa Arquivo pessoal
O Posto Giramundo está localizado na rodovia que liga Viçosa a Ponte Nova. Além de abastecer o veículo, o cliente ainda encontra uma loja de conveniência, um restaurante e uma pousada, que atende, principalmente, a quem passa pela estrada a trabalho. Segundo Marcos, já está em construção uma nova pousada, que será uma extensão da que já existe. No caso do Auto Posto Pouso Alegre, no Sul de Minas, o segredo do sucesso também não está apenas em um aspecto, mas na junção dos produtos oferecidos. De acordo com o proprietário Valdemir Fernandez, o estabelecimento existe há 27 anos e, de lá para cá, o setor mudou muito. “O posto somente abastecia e, atualmente, tem de trabalhar com conveniência, troca de óleo e programas que ajudam nesse serviço, ducha automática e, para fechar, uma boa administração. Ainda é importante efetuar pequenas reformas, pelo menos, a cada dez anos”, afirma. Ele explica que as demandas de mercado direcionam o trabalho. “O produto de qualidade, a tecnologia em informática, o treinamento dos funcionários e a manutenção de uma administração dinâmica são exigências para que o negócio tenha sucesso”, afirma. Para Fernandez, mesmo que o empresário administre bem, se faltar em alguns desses aspectos, é difícil prosperar. O que ele tem feito para se diferenciar no mercado é direcionar boa parte das atenções aos funcionários. Foi criada uma sala de treinamento, onde um profissional
Para Marcos Carvalho, do Posto Giramundo, o estabelecimento deve ser mais que um local para abastecimento
responsável pela área de Recursos Humanos ministra cursos e organiza confraternizações para motivar as pessoas. O empresário explica que, principalmente num setor com tanta rotatividade, é importante esse contato com os empregados.
Diversificar para crescer Para progredir em um setor em que a concorrência dita as regras, muitos estabelecimentos apostam na diversificação, o que não falta ao Posto Atlântico, localizado na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Fundado em 1985, o local passou por reformas ao longo dos anos, e sua área física foi ampliada de 3 mil metros quadrados para 5 mil. A ideia, de acordo com o proprietário José Pedro Costa Vidal, foi oferecer um produto de qualidade no abastecimento e garantir a satisfação do cliente com os demais serviços. Arquivo pessoal
O Posto Atlântico diversificou o seu negócio e, no local, abriu um restaurante que oferece carnes argentinas
O restaurante do Posto Atlântico também é responsável por atrair os clientes. Há quatro anos, depois de uma mudança considerável no cardápio, o estabelecimento passou a se chamar Parrillero e oferece carnes feitas nas verdadeiras parrilas argentinas. “Fizemos a reformulação da estrutura e meu filho fez um curso na Argentina para incrementar o negócio. O local acomoda mais de 400 pessoas. O restaurante é muito agradável, ao ar livre, e a movimentação é grande, principalmente nos fins de semana”, ressalta. Para completar, o complexo onde está instalado o posto ainda conta com uma fazendinha de 1.200 metros quadrados. José Pedro ressalta que as crianças podem brincar e se divertir vendo, por exemplo, galinhas, pavões ou fazendo um passeio de pônei. “Temos também uma pequena loja de conveniência, que deverá passar por uma expansão, e já estamos criando a estrutura para lava jato.” O empresário destaca que o melhor caminho para garantir o sucesso do negócio é manter a seriedade no trabalho. Isso deve estar atrelado a um bom atendimento e à qualidade do produto e dos serviços prestados. No Posto Atlântico, os frentistas recebem treinamento, e muitos têm mais de 50 anos. Para José Pedro, a experiência contribui para o trabalho. E todos moram na região. Com isso, têm o conforto de ir para o trabalho de bicicleta ou fazendo uma boa caminhada. 13
capa
É preciso ter credibilidade no mercado Confiança é a palavra de ordem para João Victor Renault, proprietário do Posto Arnaldo, quando o assunto é sucesso. Segundo ele, para que o negócio prospere, é preciso ter credibilidade no mercado. “Oferecer um posto que transmita confiança ao cliente, que seja bem cuidado, iluminado, um local em que as pessoas sejam atendidas com rapidez. Além disso, um estabelecimento onde é possível abastecer, trocar o óleo, comprar algum item na loja de conveniência e lavar o carro”, avalia. Uma equipe bem treinada, com boa
aparência, de acordo com ele, também é fundamental. Somente assim será possível garantir um atendimento de qualidade e uma boa prestação de serviço. No entanto, João Victor ressalta que o setor já sofre com a falta de mão de obra, o que é preocupante. Ao longo dos anos, muitas foram as transformações. O empresário afirma que, anteriormente, os postos de combustíveis esperavam o consumidor para abastecer. “Agora, queremos atrair o cliente com promoções, bom atendimento e produtos. Antes, era preciso vender apenas a gasolina
e o diesel. Atualmente, prestamos diversos serviços. A troca de óleo, por exemplo, era suja, não existiam lojas de conveniência, mas o setor evoluiu”, afirma. Para João Victor, o segredo para o sucesso está em ganhar a confiança do cliente e prestar um atendimento de qualidade. “Ainda é importante conhecer bem o negócio, a sua clientela, e estar atento aos custos”, avalia. Segundo ele, o ramo tem margens apertadas, e o empresário precisa estar atento ao que deve fazer para conquistar o consumidor.
Quick Lube é diferencial Criar um modelo de negócio inovador também é um bom caminho para garantir o sucesso. Na rede de postos Pica Pau, em Belo Horizonte, um passo importante foi a criação da Quick Lube, troca de óleo diferenciada feita por profissionais especializados. Segundo um dos sócios, Carlos Guimarães Jr., não existe no Brasil uma troca de óleo como essa. A rede Pica Pau pesquisou algumas grandes redes de troca de óleo no mercado americano e adaptou a tecnologia e a prestação de serviços ao gosto do brasileiro. “Aquela troca de óleo suja não acontece mais. Identificamos que os postos de gasolina, apesar de abastecerem os veículos semanalmente, perderam o mercado de trocas de óleo para as concessionárias e oficinas especializadas. Criamos um projeto inovador, em 2002 que se transformou em franquia: Quick Lube. Já existem quatro lojas na capital mineira e vamos abrir mais dez este ano. É uma troca especializada dentro do posto”, explica. Ainda segundo ele, a maioria das trocas de óleo dos postos de gasolina são operadas por frentistas, com
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Arquivo pessoal
A rede de postos Pica Pau oferece troca de óleo diferenciada para os clientes
pouco ou nenhum conhecimento dos motores e lubrificantes. “Não existe mais espaço para esse amadorismo, por isso perdemos esta lucrativa parte do nosso negócio”. Na Quick Lube os trocadores ficam três meses em treinamento e aprendem a efetuar uma troca de óleo com qualidade e segurança, além de observarem os aspectos de limpeza e os cuidados necessários para preservar o meio ambiente. “O piso é limpo, os funcionários são capacitados e dominam as ferramentas necessárias, bem como conhecem os filtros e lubrificantes adequados. Nossos clientes têm dito que os nossos serviços são melhores que os das concessionárias, mais
baratos e não exige agendamento. Em 20 minutos o carro está pronto e, durante este curto período eles esperam em salas confortáveis, com café, água e espaço kids”. O mercado de Belo Horizonte é competitivo e com margens apertadas, sendo necessário inovar para crescer e prosperar. “Percebemos que teríamos de ir além. Era preciso criar um novo serviço, uma nova receita”, diz. E foi o que aconteceu, segundo ele “Com a implantação de unidades da Quick Lube nos postos, foi possível retomar o serviço de troca de óleo e ainda aumentar a venda de combustíveis. O cliente quer conveniência, qualidade e bom atendimento”, afirma o empresário.
muita história para contar
Bem-sucedida no mundo
dos negócios e dos livros Proprietária de cinco postos, Maria Josefina Jannuzzi compartilha conhecimento, já escreveu três livros e prepara o próximo Arquivo pessoal
Seguir em frente sem olhar para trás. Esse sempre foi o lema da empresária Maria Josefina Jannuzzi. No entanto, quem a vê hoje, bem-sucedida, não imagina como foi sua carreira e como precisou conciliar a vida profissional e a pessoal. De empresária brilhante a escritora, ela soube viver e colher bons frutos da sua experiência de vida. “Sou uma mulher vitoriosa por sempre buscar os meus sonhos olhando para o futuro, sem pensar no passado”, afirma. Psicóloga e mãe de dois filhos, ela não tinha tempo para educar as crianças da forma como gostaria. Seu pai, proprietário de um posto de combustíveis, queria descansar e gostaria que um dos filhos assumisse o negócio. Sem pensar duas vezes, apesar de não ter conhecimento do setor, ela tomou as rédeas do estabelecimento e mostrou que uma mulher também tem capacidade e fibra para um segmento, na época, tão direcionado ao público masculino. Com anos de experiência no setor de postos de combustíveis, ela tem credibilidade e conhecimento suficientes para compartilhar suas ideias. Sempre interessada em literatura, Maria Josefina publicou três livros. Atualmente, está trabalhando na quarta obra, que deve ser lançada ainda este ano. O filho Adriano Jannuzzi seguiu os passos da
mãe e, além de também atuar no segmento de postos de combustíveis, é escritor. O primeiro livro – Sem teorias e sem conceitos – foi escrito há 30 anos. “Fiz muitas campanhas de saúde no Bel Posto, como, por exemplo, contra a Aids e para prevenir a hipertensão. As vendas cresceram consideravelmente em função dessas ações, e fiz anotações a respeito do assunto”, conta. Foi quando ela decidiu escrever o primeiro livro relatando sua história e experiência como empresária de postos de combustíveis. A obra aborda o início do negócio e os obstáculos enfrentados. Já no segundo livro – Ideais que geram ideias – ela lançou a bandeira da qualidade nos postos de combustíveis. “Fiz um curso, nos Estados Unidos, que contribuiu para que eu ampliasse meus horizontes. Gosto muito de mudanças e queria um livro que mostrasse isso, o que poderia ser feito para mudar. O que poderia diferenciar os postos? Nessa segunda obra eu explico como fidelizar o cliente.” No caso do terceiro livro – Sem teorias –, a ideia foi abordar os segredos de uma mulher, o mundo dos negócios, a modernização das empresas e a família. Agora, ela produz o quarto trabalho, que explica como ser empresário e ter qualidade de vida.
Maria Josefina aproveita as horas vagas para se dedicar à produção de seus livros
O segmento de combustíveis Inicialmente, quando Maria Josefina assumiu o Bel Posto, negócio herdado do pai, era tudo muito novo. “Para piorar, o negócio tinha prejuízos. Fui aprendendo a administrar e a organizar o posto. A necessidade me fez aprender e, aos poucos, a gostar do
segmento. Com isso, fui comprando novos estabelecimentos. Tudo o que construí ao longo da minha vida, a educação dos meus filhos, veio do meu trabalho”, ressalta. Atualmente, ela é proprietária de cinco postos de combustíveis: Posto Buritis,
Posto Sion, Posto Floresta e Bel Posto, em Belo Horizonte, além do Posto AJ, em Contagem. Maria Josefina ainda é presidente do Conselho Administrativo da Bel Distribuidora de Lubrificantes, representante exclusivo da Mobil.
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mercado
Alta nos preços não impacta as vendas
Aumento foi de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel; revendedores já repassaram o reajuste aos consumidores
6,6 Pouco antes de divulgar uma queda de lucro e produção em 2012, a Petrobras informou que os preços da gasolina e do diesel seriam reajustados nas refinarias. O aumento foi de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel (média Brasil). A correção já está valendo desde o dia 30 de janeiro. Os revendedores tiveram de se adaptar e repassar a alta revistaminaspetro
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5,4
para o consumidor, o que não influenciou as vendas nas bombas. “Toda vez que o governo divulga o reajuste dos preços, os revendedores ficam perdidos, porque o percentual de aumento depende de cada distribuidora. A pergunta é sempre a mesma: qual será o reajuste que as companhias vão ter e vão repassar? Inicialmente, alguns
aplicam um valor muito acima, e outros, abaixo. O mercado perde um pouco a referência, mas logo chega à sua normalidade”, analisa o presidente do Minaspetro e da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares. Ele ainda explica que o revendedor precisa ficar atento aos preços estabelecidos. “O consumidor pune os pos-
mercado
tos de combustíveis que oferecem os produtos com valores exorbitantes. Por isso, se o revendedor coloca o litro da gasolina a R$ 5, não venderá. Se o posto vizinho tem o preço mais baixo, certamente o estabelecimento ficará espremido e terá de reduzir o valor. A competição é muito acirrada em todo o Brasil.” As distribuidoras não estão abertas a negociação. Segundo Paulo Miranda, quando há aumento, a companhia apenas informa o novo preço. No caso da Petrobras, a possibilidade de um reajuste no preço dos combustíveis já vinha sendo cogitada desde o fim do ano passado, quando a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, afirmou que o aumento era algo que “certamente” ocorreria. O reajuste na gasolina e no diesel deve injetar R$ 600 milhões mensais no caixa da Petrobras e aliviar as perdas com a diferença dos preços nos mercados externo e interno. Como a gasolina recebe uma adição de 20% de etanol (produto com preço menor) antes de ser vendida nos postos – a partir de 1º de maio, será 25% – o reajuste não chegou na mesma proporção aos consumidores. Estima-se que a alta foi de 4% nos preços nas bombas.
Revendedores No Posto Avenida, de bandeira Shell, em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, o aumento no preço da gasolina foi de 3,2%, ou R$ 0,08. Segundo o proprietário, João Batista, a alta já era esperada e não impactou as vendas. Ele explica que, em função das margens apertadas, seria necessário
aumentar ainda mais o preço, o que se torna inviável. “Estamos no centro da cidade e fazemos o atendimento local. Pela concorrência, não é coerente elevar ainda mais os preços.” Já no Posto Bull, que é de bandeira branca e fica em Araxá, no Triângulo Mineiro, foi possível negociar e avaliar os melhores preços. “Negociamos todos os dias com todas as distribuidoras. No entanto, a alta da gasolina e do diesel chegou a 4%”, afirma o gerente-geral, Giovany Guimarães. Ainda segundo ele, o aumento precisou ser repassado ao cliente. “Inicialmente, o consumidor fica insatisfeito. O reajuste é ruim para o revendedor, e o cliente ainda acredita que a nossa margem irá crescer, o que não acontece. No nosso caso, enviamos boleto bancário para alguns clientes e corremos risco de inadimplência”, revela. Em Belo Horizonte, no Posto Dois Mil, de bandeira BR, a alta também não influenciou negativamente a venda dos combustíveis. O proprietário, Alexandre Marques, ressalta que não houve negociação com a companhia. Com isso, a gasolina aumentou 3,4%, e o diesel, 3,7% para o consumidor. “Não foi tão alto como esperávamos. Perto dos postos de combustíveis de outros Estados, os de Belo Horizonte continuam tendo um preço competitivo”, afirma. No caso do Posto 358, em Betim, de bandeira Ipiranga, o reajuste dos combustíveis chegou a 6%. Segundo a gerente administrativa, Michele Sousa Amaral, o cliente ficou insatisfeito com a alta. No entanto, ela explica que isso não intervém nas vendas.
Durante o fechamento desta edição, outro aumento do diesel foi anunciado pela Petrobras: a partir do dia 6 de março, o preço de venda nas refinarias foi reajustado em 5%.
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especial
Insegurança assusta cada vez
mais
Revendedores reclamam dos constantes assaltos e dizem não se sentirem seguros para trabalhar A onda de assaltos a postos de combustíveis tem se alastrado por todo o Estado. Embora grande parte dos estabelecimentos encerre o expediente às 22h, os crimes continuam a acontecer entre o fim da tarde e a noite. Segundo os revendedores, a maioria dos assaltantes utiliza motocicletas e comete delitos mais de uma vez no mesmo posto. Para piorar, muitos são menores de 18 anos, o que complica a situação, já que são pegos e liberados rapidamente. É o que afirma Eduardo Felippe, proprietário do Posto Zema, em Ubá, na Zona da Mata. “Os jovens cometem o crime, a polícia age e consegue prendê-los, mas eles não ficam presos. Com isso, voltam para as ruas e cometem novos delitos. É preciso chegar à causa do problema e dar educação para esses meninos”, ressalta. Ele ainda revela que, no último ano, o número de assaltos aumentou consideravelmente no município. Somente o posto Zema foi assaltado dez vezes. “Em um desses momentos, a funcionária gritou e o revistaminaspetro 18
bandido atirou, mas não chegou a atingi-la. Ela ainda está abalada. Os postos são muito vulneráveis, sobretudo pelas amplas áreas. Já tive prejuízo de cerca de R$ 5 mil em função dos últimos acontecimentos.” O posto de Eduardo Felippe está localizado em um bairro na saída da cidade de Ubá. Para dar mais comodidade ao cliente, ele tinha um caixa eletrônico no estabelecimento. “Mas decidi retirá-lo para evitar que sofresse com as famosas explosões”, diz. No espaço, o empresário instalou um ponto de auxílio da Polícia Militar. Entretanto, como os policiais não podem ficar no local durante todo o dia, a iniciativa não surtiu o efeito esperado. Para piorar, ele ainda tem um hotel na área do posto de combustível e fica apreensivo pelos clientes. Outro empresário, que preferiu não se identificar, foi assaltado 12 vezes entre agosto e dezembro do ano passado. O estabelecimento fica localizado em um bairro de Uberaba, no Triângulo Mineiro. “Nas últimas vezes, fomos assaltados pe-
los mesmos criminosos, que chegaram a ser presos, mas foram soltos em seguida”, lembra. Diante da situação, ele precisou fazer reformas no estabelecimento, para se sentir mais protegido. As obras custaram em torno de R$ 10 mil. Além dos custos não programados, o empresário teve a sua saúde comprometida. No caso do Posto Túnel, localizado na avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, o gerente, Jorge Luis de Castro, não consegue contabilizar quantas vezes o estabelecimento foi assaltado. “Da última vez, o criminoso roubou o cliente e o frentista. Disse que estava drogado e no dia seguinte foi encontrado morto. Esse jovem era quem mais roubava o estabelecimento. Infelizmente, a polícia demora a chegar e, por isso, não consegue pegar os assaltantes”, afirma. Para tentar sanar o problema, o posto negocia com a empresa, fornecedora de cofres, a criação de uma base da Polícia Militar. A ideia, segundo Jorge Luis, é melhorar a segurança no local.
especial
Revendedor pensa em fechar as portas Um dos casos mais críticos é o do Posto Curiango, localizado no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte. Conforme o proprietário, Eros Domingos Tiago Dumont, a situação piorou consideravelmente nos últimos quatro meses, quando ele passou a ser importunado por um mesmo assaltante. Após tanto prejuízo, ele já cogita fechar seu estabelecimento. “Somente de janeiro até meados de fevereiro, fui assaltado nove vezes. Todas as vezes pelo mesmo bandido, que rende o frentista ou arromba o meu escritório. No sábado depois do Carnaval, ele roubou o posto duas vezes. Na segunda vez, o frentista não tinha dinheiro e ele ficou sentado, esperando o funcionário atender a um cliente para pegar o dinheiro. En-
quanto isso acontecia, a polícia, que foi acionada no primeiro assalto, não apareceu e somente chegou ao local quando estava fechado”, relata. Para Dumont, a situação chegou ao limite. “Não tenho segurança para trabalhar e não adianta acionar a polícia. Já fiz diversos boletins de ocorrência e, até o momento, nada foi resolvido. Não vejo viaturas fazendo a ronda no posto durante a noite e se tornou impossível trabalhar”, explica. Após diversas tentativas em busca de segurança, o empresário decidiu que passará a encerrar o expediente às 18h. Caso o problema continue, pensa em fechar as portas e se mudar para o interior do Estado. “Tenho prejuízo e já perdi a minha tranquilidade. Quando não há assaltos ao longo do dia, o meu celular toca na madrugada para anunciar arrombamentos. Se eu não tivesse meus compromissos, teria desistido do negócio.”
Arquivo pessoal
Eros Domingos cogita encerrar as atividades do seu posto
Uso de drogas nas proximidades prejudica negócio Apesar de não sofrer, há algum tempo, com os assaltos, Leandro Lobo Motteran, proprietário do Posto Líder, em Varginha, tem problemas com os usuários de drogas. “O ponto onde está o meu estabelecimento é praticamente uma cracolândia. Passamos por situações desagradáveis por causa do comércio de
drogas nas proximidades. Já diminuiu bastante, mas, durante o dia, eles pedem dinheiro dentro do posto. Chamamos o conselho tutelar, mas o impasse continua. Isso gera insegurança para o cliente, e não há o que fazer”, afirma. “É preciso reforçar com as pessoas que não devem dar esmola”, acrescenta.
Em dez anos, o Posto Líder foi assaltado uma única vez. O empresário explica que, para evitar assaltos, fecha o estabelecimento às 22h, conta com câmeras de segurança, tem um local adequado para armazenar maiores quantidades de dinheiro e mantém um contato estreito com a Polícia Militar.
Ação no interior do Estado busca inibir assaltos Conforme a Revista Minaspetro já havia informado anteriormente, os assaltos aos postos de combustíveis em Patos de Minas, no Triângulo Mineiro, vão trazer consequências para os consumidores. O abastecimento de etanol, gasolina e diesel será interrompido durante a noite. Os postos passam a funcionar até as 22h. A
decisão foi tomada em uma reunião entre representantes das revendas de combustíveis e o Minaspetro, no município. Segundo os dados da regional do Sindicato na cidade, três postos de combustíveis, em média, são assaltados por semana somente em Patos de Minas. Entretanto, em situações mais
críticas, já foram registrados quatro roubos em uma única noite. O município reúne 31 postos no perímetro urbano. De acordo com Alexandre Londe, diretor do Minaspetro na região, a maioria decidiu pelo fechamento durante a noite. No entanto, os revendedores continuam sofrendo com a criminalidade.
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sindicato em atuação
Embalagens de lubrificantes
com o destino certo
Programa Jogue Limpo é o caminho ideal para que as embalagens plásticas sejam recicladas e não causem impacto ao meio ambiente
Preservar o meio ambiente é dever de todo cidadão e de toda empresa que deseja ter credibilidade no mercado. Com os postos de combustíveis não seria diferente, já que as atividades do setor são consideradas potencialmente poluidoras. Por isso, estar atento ao recolhimento dos resíduos e atender à legislação ambiental é uma obrigação. Para acabar com o descarte irregular de embalagens de óleo lubrificante pelos postos de combustíveis, foi criado o programa Jogue Limpo. Desenvolvido pelo Sindicato Nacio-
revistaminaspetro
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nal das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), o projeto oferece um sistema estruturado de recolhimento e reciclagem das embalagens. “O objetivo é atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio do Acordo Setorial assinado com o Ministério do Meio Ambiente para logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes”, ressalta Mauricio Séllos, consultor do Jogue Limpo. O programa iniciou suas atividades em 2005, por exigência legal, no Estado do Rio Grande do Sul. A aceitação dos revendedo-
res superou as expectativas. Ele explica que o projeto disponibiliza os sacos plásticos e recebe as embalagens de lubrificantes sem ônus para o empresário. “Para completar, damos garantia de destinação ambientalmente correta para recicladoras licenciadas, auditadas e aprovadas pelo programa.” Após o sucesso no Sul do país, o projeto já está em expansão. Em Minas Gerais, o Jogue Limpo conta com o apoio do Minaspetro, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). No Estado mineiro, o processo começou com a concorrência da empresa que seria responsável pelo recolhimento das embalagens de lubrificantes. A vencedora foi a GRI – Gerenciamento de Resíduos Industriais –, do Grupo Solví. Foi assinado um Termo de Compromisso entre os fabricantes de lubrificantes por meio do Sindicom, do Minaspetro e do Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petóleo (Simepetro) com a (Semad). Após a obtenção das licenças ambientais da Central de Recebimento e de Transporte, foram iniciadas as atividades em 17 de janeiro, na região metropolitana de Belo Horizonte. O programa recolhe as embalagens usadas nos postos de combustíveis e nas
sindicato em atuação
concessionárias. Em Betim, os recipientes recebem o tratamento inicial, no qual será retirado o óleo residual dos frascos, que será destinado às empresas que realizam o processo de rerrefino. As embalagens limpas são prensadas e encaminhadas a uma recicladora credenciada pelo Programa, dando um novo ciclo ao plástico reciclado. Quando sujas de óleo e descartadas como lixo comum, as embalagens apresentam alto risco de contaminação ao meio ambiente. O programa será implantado em quatro etapas, e cada uma delas compreenderá 25%
dos municípios mineiros. Nessa primeira fase, estão incluídos apenas os municípios da Grande BH. A previsão é de que, até 2016, o Jogue Limpo esteja em todo o Estado. Para Séllos, o engajamento do setor é de fundamental importância, visto que o segmento de combustíveis tem uma participação expressiva na geração de embalagens. Os revendedores ainda são agentes de educação ambiental ao divulgar as ações do programa junto ao consumidor final. Ele ainda ressalta que, ao participar do projeto, o revendedor age dentro da legis-
lação e recebe um comprovante no ato da coleta. “As informações do peso coletado são enviadas no ato da leitura do código de barras do peso indicado na etiqueta diretamente para o site do Programa. O peso está associado ao CNPJ do ponto gerador. A responsabilidade da destinação final está a cargo do programa”, afirma. Os revendedores interessados na reciclagem das embalagens de óleo lubrificante podem fazer seu cadastro por meio do telefone (31) 3597-0245 – Central GRI Betim, ou no site www.programajoguelimpo.com.br.
Feam aprova o Jogue Limpo Todos os geradores de resíduos são responsáveis pela sua destinação adequada, de forma a não causar impactos ao meio ambiente. É o que garante Zuleika Stela Chiacchio Torquetti, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Segundo ela, essa obrigação abrange desde grandes empreendimentos industriais a prefeituras e prestadores de serviços, como os revendedores de combustíveis. “O segmento de combustíveis e derivados é um dos pioneiros no país a implantar a chamada logística reversa das embalagens usadas de óleos lubrificantes. A atitude é de grande importância para a consolidação desse conceito, que prevê que os fabricantes criem mecanismos para que todos os produtos e materiais sejam reaproveitados ou reciclados, de forma a diminuir a demanda por recursos naturais não renováveis e por energia e o volume de resíduos descartados no meio ambiente”, afirma. Para ela, o Programa Jogue Limpo está muito bem estruturado, com ferramentas modernas para a gestão desses resíduos, mas somente terá efetividade a partir da colaboração
Zuleika Torquetti, presidente da Feam
dos revendedores de combustíveis, que são um dos elos mais importantes da cadeia. “Como se trata de uma iniciativa pioneira, todos os atores envolvidos no programa têm sua parcela de responsabilidade para que ele tenha sucesso.” Ela ainda destaca que a Feam tem o papel de executar o acompanhamento dos acordos setoriais da logística reversa em Minas Gerais, mas trabalha em parceria com
os fabricantes e os usuários envolvidos, com o objetivo de alcançar os melhores resultados possíveis. A legislação exige que o revendedor de combustíveis tenha o certificado de coleta, transporte e destinação de embalagem. Os programas de logística reversa determinam a rastreabilidade da cadeia da reciclagem, por isso a necessidade dos certificados. “O sistema de informação que dá suporte ao projeto prevê o lançamento dos dados de cada etapa do processo, bem como a consulta pelos técnicos do órgão ambiental, de forma a propiciar o controle da destinação dos resíduos. Logo, a ferramenta é apropriada e indispensável para a gestão da logística reversa”, ressalta Zuleika Torquetti. A presidente da Feam alerta que qualquer atividade passível de regularização ambiental, conforme a legislação ambiental de Minas Gerais, está sujeita à aplicação de penalidades em decorrência da disposição inadequada de resíduos sólidos, considerada infração gravíssima. O valor da multa aplicável depende do porte do empreendimento infrator e se existe ou não reincidência, podendo variar entre R$ 2,5 mil a R$ 500 mil.
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congresso
Hora de debater sobre o setor XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais reúne palestrantes de renome. Bernardinho, do vôlei, já está confirmado Falta pouco para o XIII Congresso de Postos de Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais. O evento, realizado mais uma vez pelo Minaspetro, ocorre nos dias 18 e 19 de abril e promete reunir grandes nomes. Já está confirmada a presença do palestrante Bernardo Rocha Resende, mais conhecido como Bernardinho, referência mundial no vôlei. O encontro ocorre em Belo Horizonte, no Ouro Minas Palace Hotel, um dos espaços mais requisitados da cidade. Para quem não fez a inscrição, ainda há tempo. Bernardinho, que começou sua carreira de técnico em 1994, com seu trabalho à frente das seleções masculina e feminina, conta com uma coleção respeitável de títulos, como jogador e treinador. Na palestra, ele aborda temas como a administração de equipes, a diversificação de fatores profissionais e emocionais, o trabalho em conjunto, liderança, motivação e disciplina. A programação do evento ainda debate assuntos do interesse dos empresários do setor, como economia, política e legislação. Advogados do Minaspetro irão tratar de diferentes tipos de contratos e expor o que há de mais recente nessa área, o que será um momento para os revendedo-
revistaminaspetro
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Divulgação
res tirarem suas dúvidas e se atualizarem. O presidente do Minaspetro e da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, garante que o Congresso será um bom momento para conversar e ouvir o revendedor. Pioneiro na realização de eventos destinados ao ramo de combustíveis, o Sindicato espera contribuir para o conhecimento dos participantes. A primeira edição do evento foi realizada em 1999 e se mostrou um sucesso. Nos anos posteriores, o encontro se consolidou e hoje já é referência nacional. A expectativa para a 13ª edição é inovar, trazer nomes de reconhecimento para discutir oportunidades e propostas para mais um ano de plena atividade.
feira Os participantes dos congressos do Minaspetro sempre esperam pela feira de exposição de produtos e serviços do segmento, que leva até eles as novidades disponívies no mercado. Para esta edição, já estão confirmadas as presenças das empresas Aghora Conveniência, Brandit Meio Ambiente, Brinks, Ecopostos, Grupo MBM, Informinas, Ipiranga, LBC, Matrin, Pasi, Petroaços São João, Petrobel/Metalsinter, Petrobras, Precision, Raizen, Reauto, Revenda Contábil e Zema.
Bernardinho completa o time de convidados do evento
As inscrições podem ser feitas pelos revendedores de combustíveis do Estado por meio do site do Minaspetro (www.minaspetro.com.br).
giro diretoria
Atividades de fevereiro
15/2 – Envio de questionamento ao Sindicom sobre o critério utilizado pelas distribuidoras quanto à cobrança de encargos financeiros nas vendas de combustíveis efetuadas a prazo. 20/2 – Reunião do Paulo Miranda Soa-
res com a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; e entrega do convite para o XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais. 22/2 – Participação da Fecombustíveis em reunião na sede da Petrobras, com presença de representantes do Sindicom e da ANP. Na ocasião, a estatal reafirmou que não há risco de desabastecimento. 25/2 – Reunião do Paulo Miranda com o Group Card para negociação das taxas de cartão de crédito para os revendedores. 28/2 – Revisão da Carta de Brasília pela Fecombustíveis e seus Sindicatos Filiados, em Brasília, com participação da Abieps e do Sindicom.
Fique atento às circulares do Sindicato enviadas pelos Correios em fevereiro • Circular nº 04/02/13 Assunto: Novas Instruções Normativas do Ibama
Fale com o Minaspetro! O que você acha da Revista Minaspetro? Esta publicação é feita para você, revendedor, e nós queremos saber qual é a sua opinião. Envie seus comentários e sugestões para minaspetro@minaspetro.com.br. Converse com o Sindicato! Ele é a sua voz, o seu representante perante os órgãos reguladores e a sociedade.
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sabor mineiro
Delícias à base de milho Muitas são as utilidades desse grão, que também é empregado em diversas receitas, sejam elas doces ou salgadas Pamonha, curau de milho, broa de milho, bolo de milho, milho cozido, torta de milho, angu de milho. Muitas são as receitas da culinária mineira, de dar água na boca, que contam com esse grão. Presente na mesa dos brasileiros, o milho é responsável pelo toque final de alguns pratos e faz toda a diferença como ingrediente. No entanto, o milho produzido não é apenas para consumo interno nacional; na maioria das vezes, a safra brasileira é exportada para indústrias de rações para animais. O Brasil segue a todo vapor na produção do grão e se mantém como terceiro maior produtor mundial de milho. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cultivado em diferentes sistemas produtivos, o milho é plantado principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O grão é transformado em óleo, farinha, amido, margarina, xarope de glicose e flocos para cereais matinais. O estudo das projeções de produção do cereal, realizado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, indica aumento de 19,11 milhões de toneladas entre a safra de 2008/2009 e 2019/2020. Em 2019/2020, a produção deverá ficar em 70,12 milhões de toneladas, e o consumo, em 56,20 milhões de toneladas. O Brasil está entre os países que terão aumento significativo das exportações de milho, ao lado da Argentina. O crescimento será obtido por meio de ganhos de produtividade. Enquanto a produção de mirevistaminaspetro
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lho está projetada para crescer 2,67% ao ano nos próximos anos, a área plantada deverá aumentar 0,73%.
perspectivas A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) estima que a safra brasileira de milho em 2012-13 seja tão grande quanto a anterior. Segundo o levantamento de safras da Conab em dezembro, a produção brasileira para o próximo ano agrícola deverá ficar na casa dos 71,9 milhões de toneladas, uma queda de 1,4% em relação à antecedente. Como a segunda safra ainda não começou a ser plantada, o número é meramente especulativo. No momento há somente um fato concreto em relação à próxima safra de milho, que é a queda da área plantada na safra verão, 5,5% segundo a Conab. Entretanto, apesar da diminuição da área, espera-se que a produção tenha um acréscimo em decorrência do aumento de produtividade na região Sul, que enfrentou seca no verão passado.
Fenamilho 2013 Milho também tem cheiro de festa, e a Fenamilho 2013, a se realizar em Patos de Minas, tende a ser ainda melhor. O evento já é tradicional na cidade e, somente no ano passado, reuniu mais de 60 mil pessoas. A abertura da Fenamilho será no dia 23 de maio, e o encerramento ocorre no dia 2 de junho. A praça de alimentação do evento é um dos destaques e reúne as melhores receitas criadas com milho.
sabor mineiro
Confira uma deliciosa receita com o milho, fornecida pela chef Hanna Soares, do Senac Estúdio 53
Tamal verde com requeijão de raspa, acompanhada de costelinha braseada com manteiga de limão e salsa criolla
• 1 espiga de milho verde • 40g de banha de porco • ½ maço de coentro • ½ maço de salsinha • 1 unidade de pimenta dedo-de-moça • Quanto baste de sal • 50g de requeijão de raspa • 200g de costelinha de porco • 20g de manteiga • 1 unidade de limão capeta • 1 unidade cebola roxa • 30ml de azeite • 1 litro de fundo de legumes
Modo de preparo: Corte a cebola roxa em lâminas bem finas e deixe marinando com o suco de meio limão capeta, a metade da salsinha, a pimenta dedo-de-moça e o coentro, mais o azeite e o sal. Tire o milho da espiga e processe com o restante da pimenta dedo-de-moça, do coentro e da salsinha. Acrescente metade da banha de porco e sal. Enrole essa massa com o requeijão de raspa na palha do milho e cozinhe no fundo de legumes. Tempere a costelinha com sal e um pouco de limão capeta e braseie com o restante da banha e o mesmo fundo de legumes que cozinhar o tamal verde. Bata a manteiga até dobrar de volume, tempere com um pouco do limão capeta e sua raspa. Sirva a costelinha com a manteiga e salsa criolla com o tamal, com a cachaça e o limão. Coloque o queijo em uma frigideira antiaderente e doure dos dois lados. Sirva quente.
Postos entre Patos de Minas e BH patos de minas
• Barra Sete Postos e Serviços – Rodovia BR 381, Km 427,5 – Betim • Auto Posto Oásis – Rodovia BR 262, Km 447 – Nova Serrana • Posto e Restaurante Primavera – Rodovia BR 262, Km 480 – Bom Despacho • Posto Recreio – Rodovia BR 354, Km 62 – Carmo do Paranaíba • Postos Alpa – Rodovia BR 354, Km 334 – São Gotardo • Posto Parati Comércio e Transportes – Rodovia BR 365, Km 387 – Patos de Minas • Posto Rodomilho – Av. Juscelino Kubitschek, 3.880 – Patos de Minas
BH 25
formação de preços Gasolina – Minas Gerais Fevereiro
2/2 - 8/2
9/2 - 15/2
16/2 - 22/2
23/2 - 1/3
80% Gasolina A 80% Cide 80% Pis/Cofins 20% Etanol Anidro 20% Pis/Cofins 27% ICMS Total
R$ 1,0819 - R$ 0,2093 R$ 0,2660 R$ 0,0060 R$ 0,7858 R$ 2,3490
R$ 1,0797 - R$ 0,2093 R$ 0,2694 R$ 0,0060 R$ 0,7858 R$ 2,3502
R$ 1,0797 R$ 1,0797 - R$ 0,2093 R$ 0,2093 R$ 0,2702 R$ 0,2695 R$ 0,0060 R$ 0,0060 R$ 0,8031 R$ 0,8031 R$ 2,3683 R$ 2,3676
Etanol – Minas Gerais Fevereiro
2/2 - 8/2
9/2 - 15/2
Preço Produtor Pis/Cofins 19% ICMS Total
R$ 1,1990 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7315
R$ 1,2338 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7663
16/2 - 22/2
23/2 - 1/3
R$ 1,2616 R$ 1,2619 R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 0,4125 R$ 1,7941 R$ 1,7944
Diesel – Minas Gerais Fevereiro
2/2 - 8/2
9/2 - 15/2
95% Diesel S500 95% Diesel S10 5% Biodiesel 95% Cide 95% Pis/Cofins 15% ICMS Total S500 Total S10
R$ 1,3053 R$ 1,3762 R$ 0,1277 R$ - R$ 0,1410 R$ 0,3149 R$ 1,8888 R$ 1,9597
R$ 1,3060 R$ 1,3764 R$ 0,1277 R$ - R$ 0,1410 R$ 0,3149 R$ 1,8895 R$ 1,9599
16/2 - 22/2
23/2 - 1/3
R$ 1,3060 R$ 1,3060 R$ 1,3764 R$ 1,3764 R$ 0,1277 R$ 0,1277 R$ - R$ R$ 0,1410 R$ 0,1410 R$ 0,3299 R$ 0,3299 R$ 1,9045 R$ 1,9045 R$ 1,9749 R$ 1,9749
Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos com as usinas, cujos valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio global homologado no 27º leilão realizado pela ANP. As distribuidoras adquirem produtos da refinaria pelo mesmo preço. Fonte: Minaspetro
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levantamento de preços por distribuidora (em Belo Horizonte) Gasolina Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell
etanol Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell
diesel Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell
27/1 - 2/2
10/2 - 16/2
17/2 - 23/2
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
2,444 2,476 2,522 2,462 2,468
2,413 2,428 2,42 2,39 2,425
2,521 2,507 2,586 2,492 2,468
2,413 2,421 2,425 2,395 2,431
2,53 2,524 2,582 2,521 2,56
2,496 2,413 2,47 2,395 2,425
27/1 - 2/2
10/2 - 16/2
17/2 - 23/2
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
1,845 1,907 1,873 1,877 1,891
1,796 1,853 1,716 1,74 1,716
1,955 1,954 2,018 1,883 1,915
1,713 1,867 1,717 1,832 1,839
1,869 1,89 1,913 1,901 1,932
1,812 1,869 1,766 1,77 1,855
27/1 - 2/2
10/2 - 16/2
17/2 - 23/2
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
Maior preço r$/l
Menor preço r$/l
1,976 2,112 2,038 2,092 2,039
1,974 2,112 1,975 1,976 1,997
2,059 2,112 2,146 2,057 2,038
2,05 2,037 2,025 1,976 2,0
2,055 2,146 2,067 2,124
2,055 2,029 1,976 2,085
A escolha das distribuidoras foi feita com base na pesquisa semanal de preços disponível no site da ANP. * Os preços das distribuidoras filiadas ao Sindicom foram baseados nas coletas de preços semanais por município, no site da ANP (www.anp.gov.br/preco). Excepcionalmente nesta edição, por problema no sistema, não foi possível obter os dados do Levantamento de Preços da ANP, na semana de 03/02 a 09/02.
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