Revista Minaspetro nº 50 - Abril-2013

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Nº 50 - Abril 2013

BH recebe principal evento do Minaspetro XIII Congresso de Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais: conhecimento, troca de experiências e oportunidade de discutir o setor

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mensagem ao revendedor

Preparação para as próximas décadas de plena atividade

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azemos parte de um segmento que cresce, acima da média, a cada ano. Nossa atividade representa mais de 5% do PIB nacional e tem crescido mais do que esse índice. Foi acompanhando esse desenvolvimento, e com a premissa de melhorar a cada edição, que preparamos o XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais. Organizamos o evento com a máxima cautela, de maneira a realizar um encontro de alto nível e, ao mesmo tempo, produtivo e 100% útil para o público. Vamos, mais uma vez, levar ao hotel Ouro Minas personalidades para discutir as expectativas, dificuldades e propostas para as próximas décadas de plena atividade, e as melhores empresas de produtos e serviços do segmento. Nesta edição, optamos por investir em palestrantes altamente renomados no cenário nacional e internacional. Com isso, teremos autoridades e profissionais de muita competência e destaque, levando informação ao público durante os dois dias do evento. A palestra magna será proferida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que levará aos revendedores sua experiência política, econômica, social e acadêmica ao apresentar sua visão do presente e as perspectivas para o futuro do país e do mundo. Também convidamos o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, que nos dará a oportunidade de obter informações sobre a produção e a importação da Petróleo Brasileiro, Petrobras, e sobre o consumo nacional. Ainda, expondo a sua avaliação da economia brasileira, enriquecerá o evento o jornalista Paulo Henrique Amorim, repetindo

o sucesso das palestras que ministrou no Ciclo de Congressos Regionais realizado no interior, em 2012. Este ano, o momento de debate e discussão sobre o caminho e as particularidades do nosso setor será ainda mais proveitoso, com a participação dos superintendentes de Abastecimento e de Fiscalização do Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral e Carlos Orlando Silva, respectivamente. Além disso, está garantido o espaço para aproximação e acesso aos advogados do Minaspetro, para esclarecimentos de dúvidas quanto à administração do negócio, à regulamentação do setor e às questões trabalhistas, ambientais, tributárias e contratuais. Para fechar o Congresso, optamos por um palestrante que transmite superação e excelência no que faz: Bernardinho, o treinador da seleção brasileira masculina de vôlei. Ele levará ao público sua bagagem de técnico e campeão de diversos títulos, como forma de mostrar ao revendedor que, por maiores que sejam nossas dificuldades no desempenho da nossa atividade, podemos ser vitoriosos e tirar proveito dos obstáculos que enfrentamos. Portanto, após 14 anos realizando o congresso dos revendedores de Minas Gerais, estamos com o mesmo entusiasmo de sempre e com a vontade de fazer desta a melhor de todas as edições. Por isso, revendedor, convido-o a participar e a usufruir deste momento que foi preparado com muita dedicação e trabalho, com o objetivo de fortalecer cada vez mais a Revenda mineira. Paulo Miranda Soares Presidente do Minaspetro

“Após 14 anos realizando o congresso dos revendedores de Minas Gerais, estamos com o mesmo entusiasmo de sempre e com a vontade de fazer desta a melhor de todas as edições.” 3


Divulgação

sumário

Raíssa Maciel

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Informação é a palavra-chave do XIII Congresso de Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais que será prestigiado por centenas de revendedores.

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A alta rotatividade de empregados em um posto de combustível pode cair, quando se é mais criterioso no momento da seleção.

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S10 teve alta de até R$ 0,10 por litro e revendedores estão, gradativamente, repassando o aumento para os consumidores.


sumário

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Taxas altas e prazos de pagamentos longos são os grandes vilões quando o assunto é cartão-benefício.

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Entre os meses de abril e maio, a cidade de Lagoa Formosa, no Triângulo Mineiro, realiza a Festa do Feijão.

Mensagem ao revendedor

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Jurídico Locação entre distribuidoras e postos: ação renovatória e proteção do fundo de comércio

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Gota a gota

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Muita história para contar “Minha paixão é a fazenda”

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Giro diretoria

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Formação de preços

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Levantamento de preços por distribuidora

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expediente • Presidente do Minaspetro: Paulo Miranda Soares • Vice-presidente: João Victor Renault • Comitê editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes • Produção: Prefácio Comunicação • Editoras e jornalistas responsáveis: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) e Pamella Berzoini (MG 15296) • Redação: Raíssa Maciel • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Angelo Campos • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 - Tel.: (31) 3292 8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos

• As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. www.minaspetro.com.br - minaspetro@minaspetro.com.br

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diretoria

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte-MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547

Diretoria Minaspetro Presidente: Paulo Miranda Soares 1° Vice-presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Vice-presidente: Ciro Augusto Piçarro 1º Secretário: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1° Tesoureiro: Bráulio Baião B. Chaves 2° Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes

Diretores de Áreas Específicas Relações Trabalhistas: Cássia Barbosa Soares Lojas de Conveniência: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanuêva Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara

Diretores Regionais Belo Horizonte: Bruno Henrique L. A. Alves Caratinga: Carlos Roberto Sá Contagem: André Werneck M. Guimarães Divinópolis: Leopoldo Marques Pinto Governador Valadares: Rogério Coelho Ipatinga: Marco Antônio Alves Magalhães João Monlevade: Márcio Caio Moreira Juiz de Fora: Carlos Alberto Lima Jacometti Lavras: Marcos Abdo Sâmia Montes Claros: Márcio Hamilton Lima Paracatu: José Rabelo Junior Passos: Carlos Roberto da Silva Cavalcanti Patos de Minas: Alexandre Cezar Londe Poços de Caldas: Fábio Aguinaldo da Silva Pouso Alegre: Rodrigo José Pereira Bueno Sete Lagoas: Wellington Luiz do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Ubá: Jairo Tavares Schiavon Uberaba: José Antônio do N. Cunha Uberlândia: Jairo José Barbosa Varginha: Paulo Henrique G. Pereira

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Diretores Suplentes

Trabalhista

Konstantinos Haralambos Antypas Rogério Lott Pires Sergio de Mattos

Jadson Veiga Morais Klaiston Soares Luciana Reis Raquel Abras Rommel Fonseca Bruno Abras Rajão

Conselho Fiscal Membros Efetivos Paulo Eduardo Rocha Machado Humberto Carvalho Riegert Membros Suplentes Clóvis Pinto Gontijo Leonardo Lemos Silveira Pedro Enrique Zawaal

Gerente Administrativo Financeiro Márcia Viviane Nascimento

Departamento Administrativo Bia Pacheco Élcia Maria de Oliveira Érica Nascimento Rita de Cássia do Nascimento Adriana Soares Cláudia Barbosa Filipe Cardoso Silvério Andrade

Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Darlete dos Reis João Márcio Cayres Mário Caires Ribeiro Júnior Paulo Roberto Ferreira Reiner Márcio Santos Moreira Ricardo Donizetti Wenderson Luiz Bicalho

Departamento de Comunicação Geisa Brito

Departamento Jurídico Cível-Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Kelly Gonçalves Primo

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães

Tributário Gustavo Fonseca

Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Poliana Gomides

Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Márcia Cristina de Moraes Corrêa Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Patos de Minas: Hélio Henrique Siqueira Caratinga: Ildecir Agostinho Lessa Paracatu: Antônio José Franco Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza

Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha


jurídico

Locação entre distribuidoras e postos:

ação renovatória e proteção do fundo de comércio

A ausência de previsões legais específicas para a relação locatícia peculiar entre o posto revendedor e a distribuidora ou o dono do imóvel, aplicando-se a Lei n. 8245/91 (Lei do Inquilinato) para reger essas situações, demonstra a necessidade de o revendedor resguardar seus interesses por meio de uma postura contratual preventiva, sob pena de perder, no futuro, a clientela conquistada ao longo de anos de trabalho. Observa-se que, algumas vezes, os contratos de locação entre revendedores e distribuidoras não possuem cláusulas que pudessem evitar problemas futuros ou, pelo menos, antecipar soluções. Exemplificando, o fato de o imóvel estar ou não já caracterizado e destinado ao funcionamento de um posto de combustível, ou de possuir as instalações de um posto, porém estar inoperante, ou, ao contrário, estar operante e lucrativo, são questões importantes em um contrato dessa natureza. Um ponto que deve ser cautelosamente discutido entre os contratantes, conforme a conveniência de futuramente se permitir o direito à renovação compulsória do contrato, é a determinação do prazo de vigência contratual da locação, e por qual período se dará essa determinação. Isso porque, em contratos de locação com prazo inferior a cinco anos, a lei não autoriza a renovação obrigatória da locação, pondo em risco o direito ao ponto comercial e à clientela construída pelo revendedor. Depara-se, também, com o desconhecimento e a despreocupação com o prazo para questionar judicialmente a possibilidade de se renovar a locação (de um ano a seis meses antes do término do prazo contratual, ou seja, no penúltimo semestre de vigência). Cabe ressaltar que alguns tribunais brasileiros entendem que o fato de o imóvel possuir instalações físicas próprias de postos revende-

dores significa que tem destinação exclusiva a essa atividade empresarial, pela dificuldade e pelo alto custo da descaracterização do imóvel para mudar a atividade nele exercida. Por isso, permitem ao locador retomar o imóvel para nele exercer a mesma atividade do locatário/sublocatário, quando este não possui direito à renovação compulsória do contrato. Situações como essa podem gerar conflitos quanto ao fundo do comércio obtido, mantido ou acrescido pelo locatário/sublocatário. Isso porque, comumente, uma distribuidora ou um terceiro arrendam um posto inoperante, ou com baixa lucratividade, ou mesmo um terreno sem destinação específica, para o funcionamento de um posto de combustíveis. Após investimentos do revendedor, e devido à sua gestão empresarial,

“Observa-se que, algumas vezes, os contratos de locação entre revendedores e distribuidoras não possuem cláusulas que pudessem evitar problemas futuros ou, pelo menos, antecipar soluções.”

Kelly Gonçalves Primo*

*Advogada cível-comercial do Minaspetro kelly@minaspetro.com.br

inicia-se uma atividade de revenda de combustíveis lucrativa ou se aumenta consideravelmente sua lucratividade. Nesses casos, com a impossibilidade de se renovar o contrato, pelo não preenchimento dos requisitos legais ou mesmo porque o contrato não é tipicamente de locação, como é o caso da comissão mercantil, o locador retoma o imóvel para o exercício da revenda de combustíveis, apropriando-se da clientela construída pelo revendedor. Em tais situações, é prudente averiguar a plausibilidade de indenização pelo fundo de comércio gerado ou acrescido à atividade empresarial e apoderado pelo locador. Para que se possa obter a adequada proteção do direito ao fundo de comércio e da clientela respectiva, é indispensável que os contratos de locação e arrendamento estejam em sintonia com a legislação em vigor. Por isso, o Departamento Jurídico Cível/ Comercial do Minaspetro está à disposição dos associados para analisar os contratos e demais documentos de locação, de modo a resguardar os direitos do revendedor. 7


gota a gota

Atenção, revendedor. Não caia nesses golpes! Uma ação criminosa tem assustado alguns revendedores de combustíveis e preocupado o Minaspetro. Quatro postos – dois na cidade de Dionísio, um em Ibirité e outro em São Domingos do Prata – receberam a visita de duas pessoas. Uma permanecia no veículo – uma caminhonete Chevrolet S10 branca, adesivada com a marca da ANP –, enquanto a outra se apresentava como fiscal da ANP. Sem fornecer qualquer identificação, mesmo quando solicitado, o suposto fiscal pedia ao frentista que fizesse testes de vazão em uma das bombas e solicitava os certificados de verificação dos equipamentos usados para a análise dos combustíveis. Averiguando os documentos, dizia que estavam com a validade vencida e que o posto estaria sujeito a uma multa de R$ 30 mil. Então, o suposto fiscal tentava ex-

torquir o gerente ou proprietário do posto, pedindo R$ 3 mil para não aplicar a multa. De acordo com a Resolução ANP n. 9/2007, bem como pela legislação do Inmetro, os certificados de calibração e os de verificação dos equipamentos para análise não têm prazo de validade, sendo necessária apenas a sua apresentação no ato da fiscalização para que se comprove a conformidade do estabelecimento. Assim, a extorsão praticada pelo suposto agente público que intimidou e coagiu os postos revendedores em questão não tem sequer fundamento legal. O Minaspetro fez denúncia à ANP. Outro golpe, recentemente identificado, é aplicado por telefone. Uma pessoa se apresenta como funcionária do setor de cobrança da ANP e ligada a um suposto procurador federal, Carlos Dyonas Rodrigues da Silva. Essa pessoa informa dados

de processos administrativos referentes ao posto que ainda estão pendentes de julgamento, mas já com multa definida, e faz uma proposta: se a empresa optar pelo depósito imediato do valor da multa, poderá ter um desconto superior ao praticado oficialmente pela ANP. Geralmente, os golpistas alegam que o valor da multa é de R$ 8 mil e que, com o desconto, o montante a pagar seria de R$ 2 mil. Um revendedor teve um prejuízo de R$ 2 mil, e outros oito foram vítimas, mas não chegaram a efetuar o depósito para os golpistas. O Minaspetro denunciou à ANP o ocorrido, pedindo providências no sentido de apurar os responsáveis e coibir tal prática, e enviou circular a todos os revendedores associados. A ANP se manifestou com as orientações do quadro abaixo.

Fique atento • As multas aplicadas pela ANP não são cobradas pessoalmente em nenhuma hipótese. • Em caso de multa, a ANP envia pelos Correios ofício de cobrança com todos os procedimentos a serem adotados para pagamento ou interposição de recurso. • Quando o agente multado não é localizado pelos Correios, a comunicação é feita por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU). • Somente funcionários com identificação oficial estão autorizados a fiscalizar. Cabe ao funcionário apresentar sua carteira funcional de fiscalização ao representante do posto e informar sua função. • Sempre que necessário, ou em caso de dúvidas, os agentes econômicos multados podem solicitar dados relativos a processos abertos pelo e-mail cobranca@anp.gov.br, informando o CNPJ. Fonte: ANP

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Denúncias sobre cobranças irregulares em nome da ANP devem ser encaminhadas ao Centro de Relações com o Consumidor, pelo telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita) ou pelo endereço www.anp.gov.br/faleconosco.


gota a gota

Lacres frágeis dão dor de cabeça aos postos Raíssa Maciel

O lacre do balde aferidor tem sido um problema para os revendedores. Colocado muito próximo à boca do recipiente e feito de material frágil, o lacre trinca e se rompe com facilidade se o manuseio não for cuidadoso. Danificação ou rompimento significam gasto de tempo e de dinheiro, já que é preciso ir até o Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG) e pagar por uma nova aferição e lacração. O melhor que os revendedores têm a fazer é orientar seus funcionários a ter cuidado com o equipamento, para evitar danos. “O ideal é ter um balde reserva devidamente aferido e lacrado. Isso evitaria, por exemplo, uma autuação em caso de o posto ser vistoriado enquanto um balde está sendo levado ao Ipem para averiguação. Mas os revendedores, na maioria das vezes, preferem não ter esse custo”, opina a advogada do setor Metrológico do Minaspetro Simone Marçoni. É preciso ter cuidado. Segundo Simone, já houve casos de o posto ser autuado porque o balde estava aferido por uma empresa de manutenção, sendo que o obrigatório é que ele esteja com o selo e o lacre do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “O equipamento completo – balde aferidor, mostradores, bloco medidor, eixo de transmissão, sistema separador e eliminador de ar e gases, termodensímetros, equipamentos filtrantes, entre outros – deve estar aferido pelo Inmetro, que exerce a fiscalização através das suas permissionárias no caso Ipem-MG, ou pelas empresas credenciadas ao órgão”, explica a advogada.

Acrílico O Minaspetro questionou o Ipem-MG, no ano passado, sobre a qualidade do material do qual os lacres são feitos. O acrílico não suporta bem o calor e, em contato com o diesel, é danificado. “Até mesmo no ato de sua efetiva colocação por parte dos agentes fiscais do Ipem, esses lacres se rompem ou trincam facilmente. Para piorar, alguns fiscais entendem que o simples fato de os lacres estarem trincados, por si só, acarretaria ao posto autuação sob a acusação de violação”, dizia o documento. O instituto respondeu que, no momento, nenhuma alteração será feita.

legislação do inmetro Está prevista para ser publicada, em breve, uma grande mudança na legislação do Inmetro. O órgão está revisando a portaria de 23 de 1985, e a expectativa é de que o novo texto seja adequado à realidade atual dos postos e combustíveis, que mudou muito ao longo desses 28 anos. Questões polêmicas, como o comprimento da mangueira, devem ser abordadas com bastante detalhamento.

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Revista Minaspetro: 50 edições Analisar o mercado de combustíveis, informar os revendedores associados sobre todas as questões que envolvem o segmento e atuar como importante meio de comunicação são os principais objetivos da Revista Minaspetro, que chega à sua 50ª edição. Desde outubro de 2008, a missão da Prefácio Comunicação, agência que produz a revista, e do Minaspetro é manter a Revenda atualizada e auxiliar a todos no cumprimento dos deveres e na melhoria dos negócios. O compromisso é continuar se renovando. Que venham outras muitas edições!

Reclamação trabalhista? Veja como fazer Ainda em 2013, todas as Varas do Trabalho do Estado de Minas Gerais vão implantar o chamado Processo Judicial Eletrônico (Pje). Sem papel, os serviços prometem ficar mais eficientes e ágeis. Para se adequar a essa realidade, o Minaspetro está adotando novos procedimentos para atendimento de reclamações trabalhistas em seu departamento jurídico da área. Cumprir as etapas de acordo com o estabelecido é fundamental para que o posto tenha atendida sua demanda da melhor forma. 1) Recebeu a notificação da reclamação trabalhista? Faça um relatório circunstanciado dos fatos, para que o advo-

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gado possa elaborar a defesa eletrônica. 2) Entregue os dois documentos, em mãos, a um dos advogados do Jurídico Trabalhista do Minaspetro, na sede do Sindicato. Só eles podem receber o documento, que não pode ser enviado por fax ou e-mail. Quando? No máximo 24 horas após o recebimento. Em que dias e horários? De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. 3) Durante entrevista, o advoga-

do vai relacionar todos os documentos necessários e informar ao revendedor. Ele também irá fornecer modelo de procuração e carta de preposto, quando necessário. 4) Providencie todos os documentos pedidos, acrescente o contrato social e o cartão do CNJP da empresa e encaminhe ao advogado atendente. Quando? No máximo 24 horas após a entrevista. De que forma? Eletronicamente, por e-mail, em baixa resolução e formato PDF. 5) De posse da notificação, compareça à audiência em dia e hora previamente informados, com 10 minutos de antecedência, pessoalmente ou representado por preposto credenciado e acompanhado de duas testemunhas dos fatos.


gota a gota

Empenhados no combate à dengue Em 2013, até o dia 15 de março, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 23 pessoas morreram por causa da dengue no Estado. O número é maior do que o registrado em todo o ano de 2012, quando houve 18 óbitos. Ainda de acordo com a SES, 93.184 casos foram notificados este ano, e 24.268, confirmados. É importante saber dos dados para entender que a situação é preocupante, e a doença grave. Cabe a cada um fazer um pouco para eliminar o Aedes aegypti, e, incentivados pelo Minaspetro, os revendedores de combustíveis de Minas têm contribuído para conscientizar a população. Por meio de parceria com o governo do Estado, o Sindicato contribuiu na produção de cavaletes e faixas, que foram afixados nos postos de Belo Horizonte e de cidades do interior que registram número alto de casos da enfermidade. Proprietária de três postos, em Barão de Cocais, Itabira e Timóteo, Vanda Avelar apoia a iniciativa. “A dengue está em todo canto. Em janeiro, eu cheguei a ter cinco funcionários com a doença simultaneamente. Precisei até colocar aviso nas bombas pedindo a compreensão dos clientes, pois estávamos com menos pessoas para atender em virtude da dengue”, conta, ressaltando a importância de cada um cuidar para que sua casa ou local de trabalho não se torne um foco do mosquito transmissor.

Geisa Brito

Onde se concentra a doença?*

6.823

8.131

Uberaba

Ipatinga

Belo Horizonte

7.397

Coronel Fabriciano 5.666 Timóteo

4.129

Fonte: SES-MG *Casos notificados até 15 de março de 2013

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Sinal verde

para a informação Nomes como Fernando Henrique Cardoso, Bernardinho, José Carlos Cosenza e Paulo Henrique Amorim serão destaques do XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais A 13ª edição do Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais promete ser histórica. Reunindo os maiores nomes que já passaram pelo tradicional encontro, os dois dias de evento contarão com quatro palestras e debates sobre os temas mais instigantes do setor de combustíveis, da economia e política do Brasil, bem como com dois painéis, coquetel e a festa do revendedor, para encerrar em alto astral. Dois nomes merecem destaque: Fernando Henrique Cardoso e Bernardinho. O ex-presidente da República vai palestrar no dia 19 de abril. Internacionalmente reconhecido também pelo trabalho como sociólogo, ele tratará das conjunturas política e econômica do Brasil. No mesmo dia, o técnico da seleção brasileira de vôlei, conhecido pela postura enérgica e, principalmente, pelas diversas vitórias acumuladas ao longo da carreira, vai encerrar o revistaminaspetro

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Congresso compartilhando com os participantes um pouco de suas estratégias para alcançar a excelência. Outros palestrantes de renome são Paulo Henrique Amorim, que vai falar, no dia 18 de abril, da evolução da economia brasileira; e José Carlos Cosenza, que fará, no dia 19 de abril, uma abordagem sobre a produção e o consumo de petróleo no país. Haverá, ainda, painéis com representantes da ANP e com os advogados do Minaspetro, para tratar dos assuntos do dia a dia da Revenda. E uma palestra com um dos diretores da Petrobras vai esclarecer algumas questões acerca da produção e da importação e exportação, questões que impactam diretamente o negócio dos revendedores. A feira que será montada no espaço do hotel Ouro Minas, o único cinco estrelas de Belo Horizonte, trará aos participantes a oportunidade de conhecer produtos

e vantagens de empresas como Aghora Conveniência, Ale, Apoio, Brandt Meio Ambiente, Brinks, Ecopostos, Grupo MBM, Informinas, Ipiranga, LBC Sistemas, Matrin, Pasi, Petrobel, Petrobras, Precision, Proforte, Reauto, Remax, Revenda Contábil, Rio Branco, Secretaria de Estado de Saúde, Semaphoro, Shell, Sindicom e Ztech. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 15 de abril pelo site do Congresso: http://acessocredenciamento. com.br/evento/minaspetro_13/, onde também estão disponíveis todas as informações sobre o XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais. Organizado pelo Minaspetro, o evento tem patrocínio de Ale, Ipiranga, Petrobras, Shell e Sindicom, além do apoio da Fecombustíveis e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e produção da Abastecer Comunicação.


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Bernardinho

Fernando Henrique Cardoso Sociólogo, professor, pesquisador e autor de vários livros sobre mudança social e desenvolvimento no Brasil e na América Latina. Foi presidente da República por dois mandatos consecutivos (1995 a 2003), senador e ministro das Relações Exteriores e da Fazenda. Carioca,

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Apoio

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Fernando Henrique Cardoso é, atualmente, presidente da fundação iFHC, presidente de honra do Diretório Nacional do PSDB e membro de diretorias e conselhos de várias instituições.

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Técnico da seleção brasileira masculina de vôlei e do Unilever Rio de Janeiro, time feminino, graduado em economia pela Universidade Pontifícia Católica do Rio de Janeiro, mantenedor de diversos projetos sociais, como o Centro Rexona AdeS de Voleibol e autor dos livros O caminho da vitória, Transformando suor em ouro e Bernardinho – cartas a um jovem atleta”. Foi campeão olímpico da Liga Mundial por sete vezes, do Pan Americano 2007 e da Copa do Mundo de Vôlei no Japão.

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PRINCIPAIS PALESTRANTES

José Carlos Cosenza Engenheiro de processamento, graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, atualmente, diretor de Abastecimento da Petrobras. Foi titular da Petrobras Argentina e Uruguai e atuou como VP do projeto de ampliação da Refinaria de Passadena, nos Estados Unidos.

Paulo Henrique Amorim Jornalista, graduado também em Sociologia e Política, apresentador do programa Domingo Espetacular, da TV Record, mantenedor do site Conversa Afiada.

produção

patrocínio

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entrevista

Confira a entrevista do ex-presidente, sociólogo e cientista político Fernando Henrique Cardoso para a Revista Minaspetro. A participação dos principais combustíveis líquidos (etanol, gasolina e diesel) no PIB brasileiro é de cerca de 5,4%. Em 2011, o crescimento nas vendas chegou a 4%, enquanto o PIB cresceu 2,7%. Com isso, o faturamento nos postos aumentou 11,5%, totalizando R$ 223,1 bilhões. A notícia também foi boa para os cofres públicos, com a arrecadação tributária crescendo 11,8%, para R$ 67,3 bilhões naquele ano. Como o senhor avalia a importância do setor de combustíveis para a economia brasileira? A pergunta já contém a resposta: os dados são suficientemente expressivos para mostrar a enorme importância do setor de combustíveis para a economia brasileira. Se acrescentarmos o número de empregos gerados pelo setor, verifica-se como os benefícios dessas atividades se espraiam por toda a sociedade. Como ex-presidente do Brasil, país que um dia foi considerado autossuficente em petróleo, como o senhor avalia a situação vivenciada atualmente, tendo em vista que, em 2012, a Petrobras importou, em média, 90 mil barris/dia, e a previsão para este ano é de 110 mil barris/dia? O que fazer para evitar mais deterioração do caixa da Petrobras e permitir que ela tenha recursos suficientes para a exploração do pré-sal? Eu só posso lamentar que a Petrobras tenha sido usada para propaganda enganosa sobre a autossuficiência. Para assegurá-la, seria preciso mais investimento concentrado na perfuração de novos campos. Em vez disso, houve dispersão dos investimentos em destilarias de petróleo, como, por exemplo, a de Pernambuco, ainda por cima caríssima. Soma-se a isso a confusão provocada pela nova lei de petróleo, que revistaminaspetro

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“Eu só posso lamentar que a Petrobras tenha sido usada para propaganda enganosa sobre a autossuficiência.” força a supercapitalização da Petrobras, para que ela possa participar de 30% dos novos investimentos no pré-sal, e afugenta a competição internacional. É preciso rever essas políticas e desmandos para que o pré-sal seja mais bem aproveitado. É bom que o seja o quanto antes, pois a revolução energética em curso nos EEUU pode baixar o futuro preço do petróleo, e tornar menos rentáveis os investimentos em áreas de difícil extração. Qual a opinião do senhor acerca do biodiesel, que, apesar dos ganhos ambientais, ainda se mostra bem mais caro

que o diesel comum (o que impacta os fretes e, por tabela, toda a estrutura de preços no país) e com problemas no manuseio e armazenagem, gerando dificuldades nos postos e nos veículos? O senhor acredita que o Programa do Biodiesel foi prematuramente antecipado? Em relação ao etanol, o que precisa ser feito para o produto voltar a ganhar competitividade? O senhor concorda com a avaliação de alguns analistas de que o governo deixou o etanol de lado, após a descoberta do pré-sal? Quanto ao biodiesel, da mesma maneira, foi vítima da demagogia governamental. Trata-se de produto com vantagens ambientais, mas que precisa de melhor adequação ao mercado. Foi lançado e logo esquecido, pois foi substituído pelo que prometia ser o boom do pré-sal. O mesmo ocorreu quanto ao etanol, vítima do descaso governamental e de má política de combate à inflação, que forçou a redução do preço da gasolina, tornando o etanol menos competitivo. Apesar dos esforços recentes para aumentar a quantidade de etanol no mix dos combustíveis, o referido descaso levou à destruição de lavouras e ao desvio delas para a produção de açúcar. Resultado: hoje os EEUU produzem mais etanol do que nós e até podemos importar deles. Qual o maior desafio do Brasil atualmente? Tivemos acesso a uma entrevista que o senhor concedeu para o UOL, na qual fala da importância de o país se tornar decente. O que quer dizer com isso? Por país decente eu queria expressar um


entrevista

país que pensa no longo prazo e que dá mais importância à sustentabilidade das políticas postas em marcha do que ao sentimento de bem-estar imediato. É preciso criar empregos de boa qualidade, que paguem melhor e que requeiram maior qualificação. Logo, é preciso melhorar a educação e oferecê-la com qualidade para que as pessoas ocupem os empregos que mais agregam valor. Mais ainda, país decente é o que não desperdiça recursos em projetos mal concebidos, como alguns dos referidos acima, cujo governo preste contas de modo transparente e não seja leniente com a corrupção. Temos assistido, nos últimos anos, ao rápido crescimento da classe média brasileira. Para o segmento de combustíveis, isso é um desafio. O senhor acredita que os demais setores estão preparados? Como avalia essa mudança de perfil da classe econômica? O que podemos esperar para os próximos anos com relação a essas mudanças? Por mais que seja discutível o qualificativo dado aos novos segmentos de con-

sumidores como formando uma “classe média”, é inegável que aumentou a renda média, e que o número dos que auferem melhores ganhos é muito grande. Provavelmente esse processo continuará, desde que as taxas de crescimento aumentem e que a inflação futura não derrube os ganhos salariais. Sendo assim, o consumo dos combustíveis continuará aumentando, o que requer investimentos mais realistas em sua produção e distribuição. Qual a avaliação do senhor a respeito das estradas brasileiras, em meio aos inúmeros gargalos que comprometem a infraestrutura nacional, especialmente diante das safras recordes que estão a caminho? Há solução no curto prazo para o problema? Que modelo para as estradas o senhor avalia ser o mais viável? Não vejo grande coisa de prático que possa ser feita de imediato para assegurar melhor fluidez das mercadorias. As estradas, em geral, estão descuidadas, e os portos, abarrotados. Só vejo um caminho: acelerar as concessões e as parcerias

público/privadas com leilões bem feitos, tanto de estradas como de portos. Para servir ao país, essas concessões precisam ser reguladas por agências independentes, imunes a pressões clientelísticas político-partidárias. No curto prazo, entretanto pouco poderá ser feito. O senhor irá prestigiar um Congresso que reunirá centenas de empresários do segmento de combustíveis. Um segmento que, em 2012, teve um crescimento maior que o PIB nacional. Como avalia a importância desse tipo de encontro para o fortalecimento do setor e que mensagem gostaria de deixar para os revendedores? Esse congresso é relevante, pois junta tomadores de decisões na área de combustíveis, a qual, como disse acima, é muito importante para a economia nacional, mas atravessa um momento difícil. Com determinação e crença no país, agindo junto com a opinião pública, atividades como as desse congresso ajudam a construir um futuro melhor.

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negócio

Seleção criteriosa: um trunfo

para diminuir a rotatividade Ser exigente na hora de escolher o funcionário é fundamental para evitar o entra e sai

Raíssa Maciel

João Fabrins, proprietário do Posto Barreiro, não sofre com a alta rotatividade

“Você está interessado na vaga de frentista. Me diga, já trabalhou em algum posto? Sabe qual é o salário? Está disposto a recebê-lo? Sabe exatamente quais serão suas responsabilidades? Pode me passar três contatos de empresas em que trabalhou anteriormente?”. Essas são apenas algumas das perguntas que João Fabrins, proprietário do posto Barreiro, na região de mesmo nome, em Belo Horizonte, faz quando inicia o processo de contratação de um funcionário. “Sou extremamente exigente na contratação. Estou há 30 anos no mercado de admissões e, muitas vezes, erro. revistaminaspetro

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“Acredito numa coisa: cerca de 20% da sua mão de obra tem qualidade e está disposta a trabalhar de verdade. Outros 20% representam os problemas. O seu maior desafio é levar os 60% neutros para o lado dos competentes.” Rogério Lott Revendedor de combustíveis

Mas ser criterioso diminui os riscos”, explica. E completa: “Em 16 anos no mercado de combustíveis, nunca recebi um telefonema de um colega dono de posto pedindo referências sobre um ex-funcionário. Isso é um absurdo. Como podem contratar sem saber ao menos o que outras pessoas têm a dizer?” As preocupações de João Fabrins parecem surtir efeito. Na contramão do que a Revenda de combustíveis tem vivenciado, o turnover em seu posto é baixo. Dos 14 funcionários de pista, praticamente todos têm mais de um ano de casa. Os que estão há menos tempo entraram devido a um aumento do quadro de


negócio

a empresa procura. Vale ressaltar que o profissional precisa estar ciente de todas as atividades que irá exercer, para que não tenha frustrações e acabe saindo da empresa”, aponta. É preciso pensar desde o processo de contratação até o dia a dia da pessoa no trabalho. Afinal, num mercado que vive o pleno emprego, não é difícil encontrar outras oportunidades de trabalho. Atualmente, a rotatividade é alta em todos os segmentos: em 2012, foram 51,6%.

colaboradores, e não para substituir alguém de saída. Alguns já completaram cinco, seis anos no posto. A estratégia do revendedor é aprovada pelo especialista no assunto Luís Testa, da Catho, maior site de classificados de currículos e vagas de emprego da América Latina. “A seleção de funcionários é primordial para evitar a rotatividade, pois o recrutador precisa identificar o profissional ideal para a vaga. É importante analisar todos os aspectos e verificar se a pessoa se encaixa no perfil que

“O importante é entender o que é mais relevante em cada organização e quais as principais necessidades dos colaboradores para, assim, desenvolver as melhores estratégias possíveis.” Luís Testa Head de Marketing da Catho

Movimentações de mercado

Número de movimentações (‘000)

50.000

Estoque de dezembro

40.000

Admissões

Demissões

36.335

37.901

39.203

2011

2012

31.751

33.203

34.198

2007

2008

2009

2010

45,8%

49,9%

30.000 20.000 10.000 0

Rotatividade

42,2%

47,9%

52,3%

51,6%

Fonte: Catho – Caged/Ministério do Trabalho

Motivação precisa estar em alta Motivar funcionários não é apenas oferecer uma ou outra vantagem. Sim, é importante conceder benefícios como cesta básica ou plano de saúde, mas algumas outras estratégias também se revelam eficientes. “O que ‘segura’ meus funcionários é, primeiramente, o respeito diário no trato. Depois, o pagamento religiosa-

mente em dia; a participação nos lucros, o que significa até uns R$ 100 por mês (além do estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho); o fato de saberem que eu não recontrato quem pede demissão, com raríssimas exceções, entre outras medidas”, afirma João Fabrins, do posto Barreiro.

Outro segredo é valorizar o mérito, como faz o revendedor Rogério Lott em seus três postos em Belo Horizonte. “Meus frentistas são mais do que isso. Eles são promotores de venda. Precisam entender isso desde o começo. E os que se destacam são premiados. Quem é bom vendedor ganha de 40% a 50% a mais no salário.”

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mercado

Diesel mais caro,

mas só na distribuidora O S10 teve a maior alta, de até R$ 0,10 por litro, segundo Fecombustíveis; revendedores estão repassando aumento gradativamente A Petrobras pegou a maioria dos revendedores de combustíveis de surpresa e anunciou um aumento de 5% no preço do diesel nas refinarias. Os novos valores começaram a vigorar no dia 6 de março. Segundo apurou a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), o diesel S1800 e o S500 tiveram o aumento anunciado igual em todo o Brasil, o que representou, em média, R$ 0,07 por litro do combustível. Mas, no caso do S10, diesel com menor teor de enxofre, as distribuidoras repassaram aos postos um aumento maior, de R$ 0,095 a R$ 0,10 por litro. Mas o que o revendedor de combustíveis deve fazer e como explicar ao con-

sumidor? “O revendedor não tem alternativa. Ele não tem margem nem motivo para absorver esse aumento, deve repassar ao consumidor”, aconselha o diretor de Postos de Rodovia da Fecombustíveis, Ricardo Hashimoto. Ele acrescenta que o revendedor deve instruir seus funcionários a explicar aos clientes que o aumento foi uma decisão da Petrobras e das distribuidoras, sobre a qual o posto não tem influência. Quanto ao aumento do S10 além da margem da Petrobras, Hashimoto acredita em duas possibilidades: pode ser que o S10 tenha produção mais cara e, como tem enfrentado certa rejeição dos consumidores, é preciso recuperar o fato de as expectativas

de venda não terem sido atingidas. A segunda hipótese é de que, como o S10 não é tão primordial quanto os outros tipos de diesel para o cálculo da inflação, ele pode ter sido escolhido para sofrer um reajuste maior e compensar possíveis perdas. Pesquisa feita no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que os revendedores estão repassando o aumento gradativamente ao consumidor. Na primeira semana completa após o anúncio da alta (de 10 a 16 de março), o diesel teve aumento médio de 2,26% em todo o Brasil. Já na segunda semana (de 17 a 23 de março), o aumento total ficou em 4,05%. Confira mais informações no quadro abaixo.

PREÇO MÉDIO (em R$)

minas gerais

Brasil

24/2 a 2/3/2013

2,255

Diesel Diesel S10

3 a 9/3/2013 2,258

2,328

2,341

24/2 a 2/3/2013

3 a 9/3/2013

2,268

2,274

Diesel

10 a 16/3/2013 2,306

2,390

10 a 16/3/2013

2,328

17 a 23/3/2013 2,319

2,409

17 a 23/3/2013

2,333

Fonte: ANP revistaminaspetro

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mercado

Após quase um ano e meio, a mistura de etanol anidro na gasolina voltará a ser de 25%, a partir de 1° de maio. Segundo o governo publicou no Diário Oficial da União, a medida considera a “necessidade de assegurar o abastecimento adequado de combustíveis em todo o território brasileiro.” O ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou que os usineiros garantiram “de mãos juntas” que conseguirão produzir etanol suficiente para atender à nova demanda. Caso contrário, o governo teria de ampliar o prazo para 1° de junho. Outra questão que preocupa e pode ter motivado o aumento na mistura é a capacidade de refino da Petrobras, que está saturada. Para o consumidor, o resultado de mais etanol na gasolina é um motor mais potente, mas que consome mais. A professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e responsável pelo Laboratório de Ensaios de Combustíveis da instituição, Vânya Pasa, conversou com a Revista Minaspetro sobre o impacto da mistura de anidro na gasolina. O aumento de 20% para 25% de etanol na gasolina reduz a autonomia do veículo? Ou seja, com a mesma quantidade de litros, serão percorridos menos quilômetros? A alta do teor de etanol deverá provocar um aumento da potência do motor. Entretanto, haverá um pequeno aumento de consumo de combustível, uma vez que o etanol tem menor poder calorífico do que a gasolina. O motor funcionará melhor, mas consumirá um pouquinho mais. Vale ressaltar que os motores flex comercializados no Brasil estão levando a um maior consumo de combustível se

Divulgação

Mais anidro na gasolina

comparados a um motor 100% a etanol ou 100% a gasolina. Isso não é bom, e precisamos ficar atentos, já que varia de marca para marca. O consumidor precisa voltar a medir o consumo de seu carro. Que mistura é pior ou melhor (20% ou 25%)? Os veículos brasileiros, incluindo os que não são flex, estão preparados para essa oscilação? Os carros brasileiros estão todos adaptados para receber gasolina com alto teor de etanol, seja nos materiais que constituem o circuito de distribuição do combustível, seja no motor ou no catalisador. Os carros flex se ajustam automaticamente quando o teor de etanol é aumentado, portanto, é indiferente uma mistura com 20% ou 25% de etanol. A indústria automotiva já trabalha com uma mistura gasolina/etanol há décadas.

Em outubro de 2011, o governo reduziu a mistura de anidro na gasolina, de 25% para 20%, depois que o preço do etanol disparou em razão da produção abaixo da demanda, o que estava impactando no preço da gasolina.

Qual o impacto desse aumento para o meio ambiente? Quanto mais biocombustíveis usarmos, menor será o impacto ambiental causado pelo uso dos combustíveis fósseis derivados de petróleo, que são apontados como causa principal das mudanças climáticas. Portanto, o meio ambiente sairá beneficiado. Essa é a grande contribuição, sem falarmos na perenização do petróleo, ou seja, guardaremos mais petróleo para as gerações futuras. A gasolina com mais etanol fica mais ou menos suscetível a contaminação? A porcentagem do combustível influencia em sua qualidade? No caso da gasolina, a adição de etanol não impacta negativamente em termos de susceptibilidade à contaminação. O teor de etanol maior modifica algumas propriedades, mas todas elas ficam dentro do que é especificado como adequado ao consumo, desde que o etanol seja também de boa qualidade. Se a distribuidora de combustíveis misturar etanol de má qualidade à gasolina, aí, sim, teremos problemas, piorando a qualidade do produto comercializado nos postos, o que não deve acontecer.

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especial

Cartão-benefício:

Vantagem só para as administradoras Taxas altas e prazos de pagamento longos fazem dos vales-combustível um negócio ruim para os postos no mercado, nos ofereceram boas taxas e condições vantajosas. Mas, com o tempo, elas ganharam espaço e querem lucrar mais. Uma taxa administrativa que começou em 1%, atualmente já está em 2,5%, e a empresa quer passar para 3%”, conta um revendedor de combustíveis que tem sete postos em Belo Horizonte e na região metropolitana. E esse é apenas um dos exemplos. As taxas dos cartões-benefício podem chegar a 4%. “É um absurdo. Se o posto tem 6% de margem bruta, quase tudo vai embora”, observa. Se considerada a taxa mais alta cobrada pelas administradoras, de 4%, pode-se concluir que R$ 0,11 de cada litro de gasolina vai para as administradoras – se considerado o valor médio do combustível na semana de 17 a 23 de março (R$ 2,886), segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Quanto à demora para o pagamento aos postos, a insatisfação é geral. Alguns revendedores só recebem após 50 ou 60 dias da transação. “Enquanto isso, as empresas costumam nos ligar e oferecer antecipação de valor. Só que, claro, cobram juros por isso. Como temos margens pequenas e constantes imprevistos, muitas vezes aceitamos, e pagamos ainda mais caro: taxas altas e juros por uma venda que já fizemos”, conta uma revendedora

do interior, que preferiu não ter a identidade revelada. A porcentagem de consumidores que abastecem utilizando os cartões-benefício é pequena, mas, num mercado tão competitivo, ninguém quer perder clientes. “Por isso eu não posso retirar os cartões. Mas, do jeito que está, a gente quase que trabalha só para as administradoras, o que inclui os cartões de débito e crédito. Eu tenho duas máquinas

da mesma empresa porque sempre tem uma estragada e eles demoram quase uma semana para vir reparar o dano. Com isso, tenho de pagar dois aluguéis. Esse é só um dos exemplos de como as empresas não atendem satisfatoriamente”, afirma a revendedora.

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Percebendo a existência de um mercado frotista portador de cartões-benefício, vários postos se cadastraram para receber estes cartões e, consequentemente, aumentar as vendas. Entretanto, com o passar dos meses e já com uma ampla rede de credenciados, as administradoras começaram a subir suas taxas sem nenhuma justificativa, e na contramão do mercado de cartões em geral, que apresentam taxas descrescentes. Um empresário fez a conta para a Revista Minaspetro: “Trabalho hoje com uma margem bruta de R$ 0,17 (6,29%) e o cartão Excard me cobra 3,50% sobre o preço de bomba (R$ 0,09). A administradora fica com 53% da minha margem bruta para fazer uma transação eletrônica. Enquanto isso, fico com os custos com funcionários, energia elétrica, assaltos, entre outros. Não dá mais: cortei todos os cartões-benefício. Não adianta falar que faz volume, é pagar para tabalhar”, concluiu. Nos três postos de combustíveis entrevistados pela Revista Minaspetro, a constatação é unânime: do jeito que funciona atualmente, oferecer a possibilidade de pagamento com os vales-combustível é um “tiro no pé”. Com as novas taxas propostas pelas administradoras, os três estabelecimentos já enviaram notificação para as respectivas empresas solicitando o cancelamento dos contratos. Taxas administrativas exorbitantes, equivalentes a até o dobro do cobrado pelos cartões de crédito, além do prazo dilatado para o pagamento dos valores ao posto, são as reclamações mais comuns. “Quando essas administradoras entraram


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prejuízos Além das taxas, os postos têm outros custos. “Eu, por exemplo, mantenho duas funcionárias no setor administrativo apenas para conferir as transações e fazer os contatos necessários com as administradoras”, conta um revendedor. As máquinas também custam caro: de R$ 40 a R$ 80 por mês pelo aluguel de cada. Não bastasse tudo isso, às vezes o prejuízo é agravado pelos próprios funcionários dos postos. “Um cliente recebia cerca de R$ 500 por mês de crédito, mas tinha utilizado apenas R$ 200. Então, o frentista passou o cartão e entregou a diferença para o consumidor em dinheiro. O posto pagou taxa por uma transação que não fez. Os casos se repetiram, e cheguei a ter mais de R$ 50 mil em vendas que não tinham sido feitas, de fato. Eram retiradas, como se fôssemos um caixa eletrônico”, conta, indignado, um dos revendedores entrevistados. Outro caso bastante comum é o cancelamento da venda com o mesmo valor. O cliente abastece, por exemplo, R$20,00 e paga com o cartão-benefício, depois solicita, novamente, mais

Taxas dos cartões* Crédito:

1,7% a 2% Débito:

1,2% a 1,3% Benefício combustível:

1,5% a 4% *Nos postos procurados pela Revista Minaspetro

R$20,00. A máquina emite o comprovante nas duas transações mas a administradora paga apenas por uma venda. Segundo os revendedores entrevistados, alguns clientes já perceberam esta falha e agem de má fé, para não pagarem o segundo abastecimento. Novamente o prejuízo fica com os donos de postos. Um dos empresários faz um alerta: “confiram diariamente se todas as vendas realizadas foram creditadas na conta do posto”. negociação Cansado de ser prejudicado pelas altas taxas cobradas pelas administradoras de cartões, um revendedor de Belo Horizonte

decidiu que quem dá as cartas é ele. “Só fecho contrato com empresas que me cobrem uma taxa razoável: no máximo, 2%. O que me levou a, atualmente, ter contrato com apenas uma administradora, e visando a um cliente específico, que eu não queria perder. Acho que essa negociação “pesada” é o mínimo que todos os revendedores têm de fazer. Não podemos ficar à mercê das empresas, que querem lucrar em cima de nós e dos clientes”, afirma. Mas, em alguns casos, nem a negociação franca dá resultado. Um dos revendedores entrevistados tentou negociar com pelo menos duas empresas. De uma, ouviu que a administradora tinha muitos clientes e estabelecimentos cadastrados. Se ele não quisesse continuar, poderia se retirar. A explícita falta de profissionalismo de fato desgastou a relação, e o revendedor está providenciando a retirada dos cartões-benefício em todos os seus sete postos. Contatada, a Ticket Card informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não conseguiria responder aos questionamentos da Revista Minaspetro em tempo hábil. A ECX Card se comprometeu a responder, mas, até o fechamento desta edição, não havia feito contato. Já a GoodCard não atendeu às insistentes ligações da reportagem.

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tões de crédito, débito e benefícios normalmente não disponibilizam. O Sindicato e a Federação negociaram com a Elavon Brasil, empresa do City Bank e do US Bank, por meio do Groupcard, vários benefícios, como redução de até 15% na menor taxa de administração paga atualmente. O revendedor terá um custo de R$ 80 mensais, além da taxa. Para adquirir os benefícios, é preciso acessar o site do Minaspetro, clicar em Sindisoluções e seguir todas as instruções de adesão.

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Em conjunto com a Fecombustíveis, o Minaspetro está lançando o Sindisoluções, projeto desenvolvido para ofertar aos postos de combustíveis novos produtos e serviços com condições diferenciadas, possibilitando ao revendedor aumentar suas receitas, modernizar os estabelecimentos, aperfeiçoar processos de gestão, diminuir custos, estar de acordo com as legislações vigentes e melhorar a segurança do seu negócio. A primeira parceria vai oferecer vantagens que as operadoras de car-

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Descontos e mais vantagens

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muita história para contar

“Minha paixão é a fazenda” Mandioca, milho, palmito, goiaba e até açaí: José Antônio Cunha, que tem um posto em Uberaba, cuida de vastas plantações

Stockxpert

José Antônio Cunha, o Totonho, nasceu na fazenda. Foi criado ali, aprendendo a cuidar do gado e das plantações. Tomou gosto. “É uma paixão desde criança. Nunca vou deixar de ter um pedaço de terra”, diz o fazendeiro, hoje com 72 anos. Há cerca de 40, ele resolveu se enveredar por outros negócios, e adquiriu um posto de combustíveis. Também gosta do segmento, tanto que se tornou diretor do Minaspetro em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mas prefere que os filhos cuidem do posto. Ele gosta mesmo é da fazenda. E não é só por preferência. As terras são, também, fonte de renda, o negócio da família. Antes criadores de gado de leite, agora os Cunha preferem as plantações. “O produtor de leite é muito sacrificado. É um custo alto, e não há muito incentivo. Sem contar que não pode descansar um dia do ano”, justifica. A mandioca foi a primeira aposta. Planta, colhe, empacota e vende para supermercados e restaurantes da região. Mas, com a concorrência pesada, diminuiu a produção e concentrou-se no milho. Planta, colhe, sila, deixa fermentar e vende para criadores de gado. É a ração dos animais. “A região tem muitos criadores de gado de leite e zebu. Vendemos

revistaminaspetro

Geisa Brito

Além de cuidar de um posto de combustível, Totonho também tem uma fazenda como fonte de renda

cerca de 1.200 toneladas por ano, é uma quantidade considerável.” Atualmente, as plantações são diversificadas. Há, por exemplo, 1.200 pés de goiaba na fazenda. Há cerca de dez anos, Totonho vende a fruta para fábricas de doce e outros comércios. a grande aposta Ultimamente, poucas iguarias são mais apreciadas do que um açaí bem gela-

Você sabia? Da palmeira, são colhidos o palmito e o açaí. Antes de o consumo do açaí ser disseminado no restante do Brasil, no Norte, as touceiras de açaizeiro eram conhecidas por darem origem ao palmito-açaí, responsável por quase 90% do palmito comercializado no país.

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do. Para quem já está pensando que essa é uma fruta plantada no Norte do país, sim, está correto. O Estado do Pará está muito à frente, sendo responsável por mais de 85% da produção mundial. Mas, nos anos 1980 e 1990, as plantações começaram a se espalhar pelo Brasil. Na fazenda de Totonho, em Uberaba, o açaí é uma grande aposta. “Eu tinha fazenda no Norte e via muitas plantações no Tocantins. Gostei e resolvi plantar aqui. Já tinha um pouco de palmito e resolvi investir também no açaí”, explica. Os poucos pés ainda são novos, estão começando a produzir. “A planta demora cerca de cinco anos para começar dar fruto”, conta. É uma experiência. Se der certo, alguns hectares serão destinados à plantação. Totonho justifica: “A produção de açaí é muito concentrada no Norte. E a logística é complicada e cara. Acredito que eu possa vender mais barato para os compradores do Sudeste e, assim, conquistar mercado. Mas isso é daqui a uns dois anos, no mínimo.”


giro diretoria

O controle na ponta do dedo!

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Atividades de março

1/3 - Reunião do Conselho de Representantes da Fecombustíveis, em Brasília. 5/3 - Reunião do Paulo Miranda Soares com o assessor do Fernando Henrique Cardoso, George Legmann, para oficialização da presença do ex-presidente no XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais. 7/3 – Envio de ofício pela Fecombustíveis ao Ibama solicitando alguns esclarecimentos quanto à Instrução Normativa N. 01/2013 e sobre o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. Além disso, a Fecombustíveis apresentou também um pedido de prorrogação do prazo para entrega das informações do CTF-APP e do CNORP, por pelo menos mais um mês, haja vista que, além de o sistema ter permanecido bloqueado para entrega até o dia 08 de fevereiro, as obrigações do CNORP são novas, com códigos muitas vezes complexos, à primeira vista, e não houve tempo de adaptação e adequação

do mercado a essa nova exigência. 11/3 – Solicitação pela Fecombustíveis à Superintendência de Qualidade da ANP dos dados coletados pelo Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis referentes ao teor de enxofre no diesel S10 nos primeiros meses do ano. Como no dia 31 de março encerra-se o período de tolerância concedido pela legislação para os postos liquidarem seus estoques de S50 e, portanto, a fiscalização começará a atuar os estabelecimentos onde for encontrado teor acima de 15 ppm, é importante saber com qual nível de enxofre o diesel está chegando aos postos. 13/3 – Participação do Paulo Miranda Soares na 28ª Convenção Nacional TRR, em Florianópolis (SC). 18/3 – Envio de ofício pela Fecombustíveis para a ANP, convidando a diretora-geral e os superintendentes para participar dos Encontros Regionais da Fecombustíveis e seus Sindicatos Filiados.

Fique atento às circulares do Sindicato enviadas pelos Correios em março

LBC Biometria - SEGURANÇA NA IDENTIFICAÇÃO DE CLIENTES. - ELIMINAÇÃO DE FRAUDES NOS RECEBIMENTOS A PRAZO.

E MAIS:

SPED FISCAL SPED PIS COFINS NF ELETRÔNICA REDE DE POSTOS CARTÃO FIDELIDADE MEDIÇÃO DE TANQUES LOJA DE CONVENIÊNCIA

Software, Automação e Gestão

• Alerta ao revendedor – nova fraude. • Novos procedimentos para atendimento de reclamações trabalhistas pelo departamento Jurídico Trabalhista do Minaspetro. • Novo local para homologação de rescisão do contrato de trabalho de Governador Valadares e região.

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sabor mineiro

Moreninho básico Querido dos brasileiros e, principalmente, dos mineiros, feijão é garantia de pratos deliciosos

Quando o Brasil ainda era colônia de Portugal, tropas a cavalo ou em lombos de burros levavam as mercadorias do litoral, onde chegavam ao país, para o interior. Esses homens, chamados de tropeiros, também conduziam gado do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Sul do país para outros Estados, como Minas Gerais. Além do fubá, do café e da pimenta, gêneros de fácil conservação, a alimentação dos tropeiros incluía uma receita que depois ficou famosa: o feijão tropeiro. Farinha, torresmo, linguiça, carne seca, ovos e outras iguarias ainda hoje são misturadas ao feijão para fazer um dos

Aqui se come, aqui se planta Como não poderia deixar de ser, o Brasil é o maior produtor mundial de feijão, com média anual de 3,5 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura. O Estado recordista na produção é o Paraná, seguido por Minas Gerais.

revistaminaspetro

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pratos mais tradicionais da culinária mineira. Outra delícia típico das Gerais é o tutu de feijão, uma mistura de farinha e feijão batido que agrada a quase todos. O feijão é querido no país inteiro. Forma, junto com o arroz, a dupla mais consumida pelos brasileiros. É tão importante que tem até festa que leva seu nome. A cidade de Lagoa Formosa, no Triângulo Mineiro, a cerca de 370km de Belo Horizonte, promove, há 34 anos, a Festa do Feijão. Rodeio, shows, eleição da Rainha do Feijão, leilões e cavalgada marcam a festa que, este ano, acontecerá entre os dias 30 de abril e 5 de maio.

• Cada brasileiro consome, em média, até 19kg de feijão por ano. • O Brasil não possui histórico grande de exportação; 99,9% da safra são para consumo próprio. • De cada dez brasileiros, sete consomem feijão diariamente. • O feijão é fonte de proteína vegetal, vitaminas do complexo B e sais minerais, ferro, cálcio e fósforo.


sabor mineiro

Paulo Lima

Capuccino de feijão com crispe de couve e pão de queijo Caldinho de feijão servido em duas texturas com sabor característico das Minas Gerais e com o crocante da couve, que dá um feito especial – uma ótima opção para servir um produto tipicamente mineiro com requinte e sofisticação.

Ingredientes: • 1kg feijão carioquinha bem cozido • 100ml de óleo de milho • 100g de cebola picadinha • 25g de alho picadinho • Sal e pimenta do reino • Pimenta malagueta a gosto • 2 colheres de lecitina de soja • 1 maço de couve picada bem fininha • Óleo para fritura Massa de pão de queijo: • 1kg de polvilho • 1 litro de leite • 200g de manteiga • 15g de sal (uma colher de sopa) • 150g de farinha de milho umedecida no leite frio • 2 ovos • 600g de queijo minas curado ralado • Formas untadas com óleo

modo de Preparo 1 - Bater o feijão cozido e refogar com a cebola e o alho picado. 2 - Deixar ferver e temperar com sal pimenta do reino e malagueta e coar num coador bem fininho. 3 - Dividir em duas partes o caldo de feijão e reservar. 4 - Numa das partes colocar a lecitina de soja e com ajuda do mixer emulsionar até ficar bem envolvido. Dispor essa mistura no sifão e desprender duas cargas de gás e reservar. 5 - Fritar a couve no óleo quente até que fique crocante, secar no papel toalha e temperar com sal. 6 - Dispor na xícara o caldo de feijão quente e temperado e sobre o caldo deitar a espuma do sifão finalizar com a couve frita.

Preparo Pão de queijo: 1 - Ferver o leite com o sal e a manteiga. 2 - Deitar sobre o polvilho e mexer para ficar homogêneo. 3 - Juntar a farinha de milho umedecida no leite e os ovos mexer e acrescentar o queijo ralado mexer mais delicadamente para não quebrar muito o queijo. 4 - Enrolar as bolinhas e levar ao forno aquecido a 170ºC por 25mim. Obs: Caso não tenha o sifão podemos usar o mixer e emulsionar por mais tempo até obter a consistência desejada

Ronie Peterson Chef executivo do Hotel Senac Grogotó ronie.peterson@mg.senac.br

Postos entre BH e Lagoa Formosa lagoa formosa

• Posto Santa Edwiges Petróleo – BR262, Km524 – Luz • Posto Recreio – BR 354, Km62 – Carmo do Paranaíba • Posto Alvorada – Rua Coronel Frederico Coelho, 350 – São Gotardo • Comercial Lagoense – Rua Juca Limirio, 630 – Lagoa Formosa • Petrolago – Avenida Brasil, 12 – Lagoa Formosa

BH 25


formação de preços Gasolina – Minas Gerais Março

2/3 - 8/3

9/3 - 15/3

16/3 - 22/3

23/3 - 29/3

80% Gasolina A 80% Cide 80% Pis/Cofins 20% Etanol Anidro 20% Pis/Cofins 27% ICMS Total

R$ 1,0807 - R$ 0,2093 R$ 0,2684 R$ 0,0060 R$ 0,7858 R$ 2,3503

R$ 1,0807 - R$ 0,2093 R$ 0,2663 R$ 0,0060 R$ 0,7858 R$ 2,3481

R$ 1,0807 - R$ 0,2093 R$ 0,2671 R$ 0,0060 R$ 0,8031 R$ 2,3663

R$ 1,0807 R$ 0,2093 R$ 0,2674 R$ 0,0060 R$ 0,8031 R$ 2,3665

16/3 - 22/3

23/3 - 29/3

R$ 1,2037 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7362

R$ 1,2030 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7355

16/3 - 22/3

23/3 - 29/3

Etanol – Minas Gerais Março

2/3 - 8/3

9/3 - 15/3

Preço Produtor Pis/Cofins 19% ICMS Total

R$ 1,2570 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7895

R$ 1,2339 R$ 0,1200 R$ 0,4125 R$ 1,7664

Diesel – Minas Gerais Março

2/3 - 8/3

95% Diesel S10 R$ 1,3768 95% Diesel S500 R$ 1,3035 5% Biodiesel R$ 0,1277 95% Cide - 95% Pis/Cofins R$ 0,1410 15% ICMS R$ 0,3149 Total S10 R$ 1,9603 Total S500 R$ 1,8871

9/3 - 15/3 R$ 1,3768 R$ 1,3035 R$ 0,1277 - R$ 0,1410 R$ 0,3149 R$ 1,9603 R$ 1,8871

R$ 1,3768 R$ 1,3035 R$ 0,1277 - R$ 0,1410 R$ 0,3229 R$ 1,9753 R$ 1,9021

R$ 1,3768 R$ 1,3035 R$ 0,1277 R$ 0,1410 R$ 0,3229 R$ 1,9753 R$ 1,9021

Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos com as usinas, cujo os valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do 27º leilão realizado pela ANP. As distribuidoras adquirem produtos da refinaria pelo mesmo preço. Fonte: Minaspetro

revistaminaspetro

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levantamento de preços por distribuidora (em Belo Horizonte) Gasolina Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell

Distribuidora ** DPPI Royal fic ZEMA

etanol Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell

Distribuidora ** royal fic continental

diesel Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell

Distribuidora ** potencial

24/2 - 2/3

3/3 - 9/3

10/3 - 16/3

17/3 - 23/3

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

2,541 2,585 2,614 2,571 2,55

2,517 2,518 2,433 2,456 2,516

2,555 2,547 2,62 2,569 2,567

2,536 2,517 2,497 2,412 2,521

2,545 2,587 2,652 2,571 2,562

2,526 2,533 2,433 2,491 2,537

2,56 2,555 2,62 2,57 2,561

2,491 2,527 2,498 2,502 2,504

24/2 - 2/3

3/3 - 9/3

10/3 - 16/3 2,498

17/3 - 23/3

2,5

2,473 2,476

24/2 - 2/3

3/3 - 9/3

10/3 - 16/3

17/3 - 23/3

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

1,875 1,957 1,962 1,924 1,935

1,826 1,869 1,799 1,868 1,859

1,884 1,97 2,073 1,976 1,992

1,884 1,89 1,887 1,851 1,89

1,871 1,973 2,044 1,962 1,951

1,826 1,89 1,797 1,831 1,869

1,957 1,973 2,062 2,073 1,969

1,884 1,89 1,895 1,901 1,855

24/2 - 2/3 1,779 1,65

24/2 - 2/3

3/3 - 9/3 1,819 1,65

3/3 - 9/3

10/3 - 16/3 1,929 1,65

10/3 - 16/3

17/3 - 23/3 1,819 1,65

17/3 - 23/3

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

2,019 2,182 2,172 2,105 2,07

2,19 2,078 2,103 2,017 2,07

2,067 2,169 2,172 2,101 2,201

2,067 2,065 2,029 1,977 2,087

2,182 2,172 2,118 2,07

2,078 1,989 2,063 2,07

2,089 2,169 2,23 2,117 2,201

2,089 2,169 2,061 2,034 2,087

24/2 - 2/3

3/3 - 9/3 2,005

10/3 - 16/3

17/3 - 23/3 2,005

A escolha das distribuidoras foi feita com base na pesquisa semanal de preços disponível no site da ANP * Preços das distribuidoras filiadas ao Sindicom foram baseados nas coletas de preços semanais por município, no site da ANP (www.anp.gov.br/preco) ** Preços das distribuidoras que não são filiadas ao Sindicom foram baseados na pesquisa feita diretamente com as distribuidoras

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BELO HORIZONTE É com grande prazer que a Fundação Getulio Vargas e a IBS Business School parabenizam todos os participantes e a Minaspetro pela realização do XIII Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais.

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