Revista Minaspetro nº 55 - Setembro-2013

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Nº 55 - Setembro 2013

A classe dominante São cerca de 100 milhões de brasileiros com mais poder de compra e mais exigências. Como adaptar a sua realidade a esse novo perfil de público?

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O MINASPETRO ESTÁ À SUA DISPOSIÇÃO • ASSISTÊNCIA JURÍDICA NAS ÁREAS TRABALHISTA, TRIBUTÁRIA, METROLÓGICA, CÍVEL, COMERCIAL E DE MEIO AMBIENTE. • TREINAMENTO AMBIENTAL. • EVENTOS REGIONAIS, DIRECIONADOS AOS REVENDEDORES. • INFORMAÇÃO ATUALIZADA: REVISTA MINASPETRO; CIRCULARES; CARTILHA DO MINASPETRO; GUIA DO REVENDEDOR; CLIPPING DIÁRIO DE NOTÍCIAS VIA E-MAIL. • VISITA DOS ASSESSORES DO DEPARTAMENTO DE EXPANSÃO E APOIO AO ASSOCIADO. • AUDITÓRIO E SALAS DE REUNIÕES DISPONÍVEIS NA SEDE, EM BELO HORIZONTE.

MISSÃO DEFENDER E ORIENTAR A CATEGORIA, LIDERANDO A COMUNIDADE EMPRESARIAL COM INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DO ESTADO.

VISÃO SER UM REFERENCIAL ESTRATÉGICO PARA AS EMPRESAS ASSOCIADAS, EXERCER UMA POLÍTICA INOVADORA JUNTO AO SETOR, MEDIR E PLANEJAR RESULTADOS FUTUROS.

VALORES RESPEITO, HONESTIDADE, ÉTICA, TRANSPARÊNCIA, TRABALHO EM EQUIPE, CLAREZA, AGILIDADE E AUTOSSUSTENTABILIDADE.

(31) 2108-6500 revistaminaspetro

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mensagem ao revendedor

Transporte FOB: mais prós ou contras?

O

transporte próprio de combustíveis é uma grande preocupação neste momento. Amostra-testemunha, qualidade do produto, roubo de carga e selagem do caminhão estão na pauta de discussão da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além desses temas, outras questões complementam o transporte de cargas, como a Lei do Descanso dos caminhoneiros, o gargalo das estradas brasileiras, que contribui para o atraso das entregas, e o alto índice de acidentes envolvendo caminhões. O assunto é complexo, pois, como se não bastassem todas essas questões, estamos lidando com o transporte de carga perigosa. O produto não pode ficar por muito tempo exposto nas estradas em congestionamentos e, em caso de acidente, a gravidade é ainda maior, tanto para os envolvidos – devido ao risco de explosão –, quanto para o meio ambiente, tendo como consequência danos ambientais. Quando o revendedor opta pelo transporte FOB (Free On Board), traduzido como liberdade para transportar e mais conhecido como “retira”, é ele quem arca com todos os custos e riscos – de acordo com pesquisa realizada pela Fecombustíveis, 10% dos revendedores do país adotam essa modalidade de transporte. Sabe-se que são inúmeras as obrigações às quais os donos de postos são submetidos: normas e leis relacionadas à ANP, ao Inmentro/ Ipem, ao Ibama, à Supram, à Secretaria da Fazenda, ao Ministério do Trabalho, entre outras. E, quando o revendedor realiza transporte próprio, essas atribuições são ainda maiores e mais rígidas.

Existem vantagens, como a independência em relação à distribuidora nessa etapa da cadeia e a ciência de todo o caminho percorrido pelo combustível que vai para a bomba, permitindo o acompanhamento mais próximo da qualidade e da quantidade do produto. Ao mesmo tempo, também existem desvantagens, como, por exemplo, o recebimento da amostra-testemunha na base da distribuidora, já que o atendimento é mais demorado para o transportador independente. Além disso, as exigências por parte dos órgãos competentes crescem. É preciso realizar constantemente a manutenção do veículo, submeter o motorista a treinamento específico, estar regular perante a ANTT e a Feam, contratar, de preferência, seguro ambiental e ter equipe de pronto atendimento emergencial (Epae). Mesmo atuando de acordo com as legislações, em caso de acidente com o caminhão-tanque, são muitos os problemas que o dono do veículo terá que solucionar. Quando há vítimas e danos ambientais, como derramamento de combustível em rios, a situação é ainda mais complicada. Por isso, ao se decidir por realizar o transporte próprio de combustível, é preciso estar ciente: a responsabilidade é grande! Para instruir melhor o associado sobre o assunto, estamos produzindo para a próxima edição desta revista (nº 56) uma matéria completa sobre o assunto. O objetivo é apresentar as vantagens e desvantagens do transporte próprio, para que o revendedor tire suas conclusões e avalie se vale ou não a pena ser um transportador FOB. Paulo Miranda Soares Presidente do Minaspetro

“Para instruir melhor o associado sobre o assunto, estamos produzindo para a próxima edição desta revista (nº 56) uma matéria completa sobre o assunto.” 3


Aghora/Divulgação

sumário

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A ascensão da classe C trouxe um novo perfil de consumidores para os postos de combustíveis. Os revendedores estão preparados?

RESERVATÓRIOS DE GÁS Divulgação

Veja como é feita a extração do xisto

Perfuração vertical Uma tubulação é inserida no solo até a camada de xisto, que pode chegar a profundidades de até 3,6 Km. As paredes do poço são revestidas com concreto.

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Perfuração horizontal Ao atingir a camada de xisto a perfuração muda para horizontal, O relacionamento épodendo o ponto- atingir até 1,2 Km de extensão. chave para cativar a fidelidade do cliente nos estabelecimentos. Prática é realizada com mais frequência no interior

LENÇOL FREÁTICO PODE SER CONTAMINADO DURANTE A EXTRAÇÃO DO GÁS

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Fratura hidráulica (fracking)

Já ouviu falar do Gás de Xisto? Essa é uma nova alternativa energética que está em pauta


Fecombustíveis/Divulgação

sumário

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Jurídico Garantias nos contratos de compra e venda de combustíveis

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Gota a Gota

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Muita história para contar Disposição para cuidar de tudo

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Giro diretoria

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Formação de preços

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Levantamento de preços por distribuidora

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Prefeitura de São Tiago/Divulgação

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A tecnologia foi o tema em evidência da Expopostos. Confira como foi o evento em São Paulo

Mensagem ao revendedor Transporte FOB: mais prós ou contras?

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Café e biscoito são os atrativos da cidade de São Tiago no mês de setembro

expediente • Presidente do Minaspetro: Paulo Miranda Soares • Vice-presidente: João Victor Renault • Comitê editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes, Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Editoras e jornalistas responsáveis: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) e Pamella Berzoini (MG 15296) • Redação: Lilian Lobato e Raíssa Maciel • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Angelo Campos • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 - Tel.: (31) 3292 8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos

• As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. www.minaspetro.com.br - minaspetro@minaspetro.com.br

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diretoria

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte-MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547

Diretoria Minaspetro Presidente: Paulo Miranda Soares 1° Vice-presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Vice-presidente: Ciro Augusto Piçarro 1º Secretário: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1° Tesoureiro: Bráulio Baião B. Chaves 2° Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes

Diretores de Áreas Específicas Relações Trabalhistas: Cássia Barbosa Soares Lojas de Conveniência: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanuêva Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara

Diretores Regionais Belo Horizonte: Bruno Henrique L. A. Alves Caratinga: Carlos Roberto Sá Contagem: André Werneck M. Guimarães Divinópolis: Leopoldo Marques Pinto Governador Valadares: Rogério Coelho Ipatinga: Marco Antônio Alves Magalhães João Monlevade: Márcio Caio Moreira Juiz de Fora: Carlos Alberto Lima Jacometti Lavras: Marcos Abdo Sâmia Montes Claros: Márcio Hamilton Lima Paracatu: José Rabelo Junior Passos: Carlos Roberto da Silva Cavalcanti Patos de Minas: Alexandre Cezar Londe Poços de Caldas: Fábio Aguinaldo da Silva Pouso Alegre: Rodrigo José Pereira Bueno Sete Lagoas: Wellington Luiz do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Ubá: Jairo Tavares Schiavon Uberaba: José Antônio do N. Cunha Uberlândia: Jairo José Barbosa Varginha: Paulo Henrique G. Pereira

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Diretores Suplentes

Trabalhista

Konstantinos Haralambos Antypas Rogério Lott Pires Sergio de Mattos

Jadson Veiga Morais Klaiston Soares Luciana Reis Raquel Abras Rommel Fonseca Bruno Abras Rajão

Conselho Fiscal Membros Efetivos Paulo Eduardo Rocha Machado Humberto Carvalho Riegert Membros Suplentes Clóvis Pinto Gontijo Leonardo Lemos Silveira Pedro Enrique Zawaal

Gerente Administrativo Financeiro Márcia Viviane Nascimento

Departamento Administrativo

Tributário Gustavo Fonseca

Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Luciana Franca Poliana Gomides

Advogados Regionais

Darlete dos Reis João Márcio Cayres Mário Caires Ribeiro Júnior Paulo Roberto Ferreira Reiner Márcio Santos Moreira Ricardo Donizetti Wenderson Luiz Bicalho

Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Giovana Gaspar Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Patos de Minas: Hélio Henrique Siqueira Caratinga: Ildecir Agostinho Lessa Paracatu: Antônio José Franco Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza

Departamento de Comunicação

Sedes Regionais

Bia Pacheco Élcia Maria de Oliveira Érica Nascimento Rita de Cássia do Nascimento Adriana Soares Leonardo Braga Lisboa Silvério Andrade

Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor

Geisa Brito

Departamento Jurídico Cível-Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Kelly Gonçalves Primo

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães

Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha


jurídico

Garantias nos contratos de compra

e venda de combustíveis

No momento de celebração dos contratos entre distribuidoras e postos, para diminuir os riscos de inadimplência futura, é comum que as distribuidoras exijam garantias contratuais, sejam elas reais (recaem sobre bens móveis ou imóveis. Ex.: hipotecas e alienação fiduciária de imóvel) ou fidejussórias (recaem sobre a pessoa, e não sobre um bem determinado previamente. Ex.: fiança e aval). Trata-se de uma cautela comum em contratos mais complexos. Todavia, a normalidade da exigência dessas garantias não deve importar em falta de cuidado, por parte dos representantes do posto, seja para escolherem qual a melhor forma de garantir o contrato, ou para evitar a imposição de modalidades contratuais que poderão se revelar onerosas no futuro. Quanto à forma de garantia contratual a ser eleita, aconselha-se que os sócios do posto tentem, ao máximo, desvincular seu patrimônio pessoal ou de terceiros das obrigações assumidas pelo posto. Assim, a fiança, por exemplo, é uma modalidade de garantia contratual que pode se mostrar prejudicial por comprometer todo o patrimônio pessoal do fiador, sendo recomendada em casos de impossibilidade de se optar por outras formas de se garantir o contrato. Já quando a garantia é real – recai sobre bens móveis ou imóveis –, o prudente é que esses bens sejam de titularidade do próprio devedor: o posto, e não sócios, representantes ou terceiros. Ademais, na garantia real, recomenda-se que o bem escolhido como caução não seja indispensável à continuidade da atividade empresarial ou à subsistência familiar do titular do bem. Portanto, deve-se evitar dar como garantia contratual, por exemplo, o imóvel em que se situa o posto ou bens familiares dos sócios ou de terceiros. Formas preferíveis de se garantir o contrato, por não representarem maior ameaça ao patrimônio do posto ou de terceiros, são

a carta-fiança bancária e o seguro-garantia. Na primeira, o valor que garantirá o contrato é depositado em uma conta e fica separado para a hipótese de inadimplência, sem o risco de o débito recair sobre outros bens. Ao fim do contrato, não ocorrendo o inadimplemento, o valor é devolvido ao depositante. Assim, a carta-fiança é uma forma segura de garantia contratual quando o posto possui capital de giro em quantidade suficiente para optar por essa modalidade de caução, já que o banco cedente poderá exigir que certas quantias, em dinheiro, sejam depositadas como garantia do contrato. Já o seguro-garantia contratual é a contratação de uma seguradora particular, mediante a emissão de uma apólice, para arcar com eventual inadimplemento no contrato principal. Embora exista um custo para a contratação do seguro, e mesmo que este não venha a ser utilizado na prática para garantir o contrato principal, por ausência de inadimplemento, os representantes do posto possuem a segurança de que quem arcará com eventuais débitos contratuais será a seguradora contratada. Recentemente, algumas distribuidoras passaram a solicitar aos postos a caução contratual por meio de alienação fiduciária de imóvel, ao invés da tradicional hipoteca. É importante ter cautela com a garantia contratual através da alienação fiduciária imobiliária, pois essa modalidade é mais prejudicial para o devedor do que a hipoteca, em que é necessário, antes de o credor tomar para si a propriedade do imóvel em caso de inadimplemento, ingressar nas vias judiciais (por meio da denominada execução hipotecária). Já na alienação fiduciária o credor tem a propriedade provisória do bem imóvel registrada em cartório, mantendo o devedor na posse do bem; e, na configuração do inadimplemento, basta que o credor notifique o devedor para quitar o débito, sob pena de imediata consolidação da propriedade plena do imóvel em favor da

Kelly Gonçalves Primo*

*Advogada cível-comercial do Minaspetro kelly@minaspetro.com.br

distribuidora, dispensando qualquer discussão judicial. Nesses casos, basta a distribuidora ir ao cartório de imóveis e transferir o bem para o seu nome definitivamente, perdendo o revendedor o seu imóvel sem ao menos ter a chance de discutir previamente o caso em processo judicial. Portanto, é preferível dar outros tipos de garantia e evitar, sempre que possível, a alienação fiduciária. Quanto às cláusulas que regem a aplicabilidade da garantia contratual escolhida, chama-se a atenção para a necessidade de uma avaliação criteriosa no que tange à aceitação das cláusulas de renúncia ao benefício de ordem e de prorrogação automática de fiança, dispensando a autorização por escrito do fiador para a prorrogação, por se tratarem de cláusulas prejudiciais ao devedor. Ademais, aconselha-se a adição de cláusula estipulando uma limitação da garantia contratual, para que esta apenas satisfaça um valor previamente determinado, não se oferecendo garantias ilimitadas. Para melhor auxiliar os associados, o Departamento Jurídico Cível-Comercial do Minaspetro encontra-se à disposição para esclarecimento de dúvidas e para a análise e revisão de contratos. 7


gota a gota

ICMS do diesel é assunto de encontro com o governador do Estado Atendendo à solicitação dos revendedores do Sul de Minas, que no mês de julho estiveram na sede do Minaspetro para solicitar ajuda quanto às dificuldades que vêm enfrentando devido à alta alíquota do ICMS do diesel, o presidente Paulo Miranda Soares solicitou uma audiência ao governador Antonio Anastasia. A reunião aconteceu no dia 22 de agosto, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, com a presença também do secretário de

Geisa Brito

Estado de Fazenda, Leonardo Maurício Colombini Lima. Na ocasião, Paulo Miranda apresentou ao governador alguns dados do segmento que comprovam a disparidade da alíquota de Minas Gerais comparada às

dos demais estados da Região Sudeste. Atualmente, o ICMS do diesel é de 15% em Minas, enquanto em estados como São Paulo e Espírito Santo é de 12%. De acordo com o presidente do Minaspetro, a receptividade do governador foi satisfatória e ele enxergou a possibilidade de aprovar a redução. O próximo passo de Antonio Anastasia será encaminhar os dados apresentados para avaliação da área técnica do governo do Estado.

Exigência de contratação de Jovens Aprendizes O Ministério do Trabalho tem exigido que todos os postos de combustíveis, independentemente do número de funcionários, contratem Jovens Aprendizes. Em 2012, o Minaspetro chegou a entrar com mandado de segurança preventivo solicitando que apenas estabelecimentos com mais de 20 empregados – excluindo as funções de frentistas, lavadores, enxugadores, vigias borracheiros, trocadores de óleo, lubrificadores, promotores de lojas de conveniência, serviços gerais e

faxineiros – fossem obrigados a contratar aprendizes, com idade a partir de 18 anos. O Sindicato conseguiu uma liminar favorável a seus associados, mas, em dezembro do ano passado, a decisão final do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região foi negativa, sendo assim, prevalece a obrigatoriedade. Segundo a decisão, cada empresa, se e quando autuada, deverá procurar seus direitos de defesa com interposição de recurso administrativo e/ou

ação judicial. Por isso, conforme informado em circulares encaminhadas aos revendedores anteriormente e em reportagem publicada na edição n° 49 da Revista Minaspetro, o Departamento Jurídico Trabalhista está à disposição para mais esclarecimentos sobre o assunto e pronto para apresentar defesas administrativas de cada associado em caso de autuação administrativa. Entre em contato: minaspetro@ minaspetro.com.br ou (31) 2108-6515.

Postos de Minas passam a ser informados quando o combustível testado é conforme Quando recebe a visita de um fiscal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que coleta amostras de combustível para levar para análise, o revendedor de combustíveis costuma ficar apreensivo, sabendo que, a qualquer momento, pode receber um auto de infração por não conformidade, mesmo que tome as precauções necessárias para evitar problemas. A incerteza do resultado do teste era um problema comum, mas, para resolvê-lo, o escritório da ANP em revistaminaspetro

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Belo Horizonte passou, recentemente, a enviar para os postos um ofício informando o resultado quando ele é conforme. A partir de agora, todos os postos de Minas Gerais que receberem fiscais da ANP e estes fizerem coleta de amostras de combustível para análise saberão o resultado do teste. Se o combustível estiver fora das especificações, o revendedor recebe um auto de infração, como já acontecia anteriormente. Se a amostra estiver conforme, o empresário recebe, pelos Cor-

reios, um ofício do escritório da ANP da capital mineira explicando que a amostra coletada em determinado dia estava conforme e detalhando o laudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que faz a análise do combustível. “Considero essa uma iniciativa importante, que dá ao revendedor o direito de saber o resultado do teste e ter como provar que seu combustível é de qualidade”, analisa o chefe do escritório da Agência em Belo Horizonte, Oiama Guerra.


gota a gota

Etanol passa longe dos tanques em Minas Apesar da produção perto de 15% maior nesta safra, da isenção de impostos (PIS e Cofins) que baratearam o custo do litro do etanol para comercialização em R$ 0,12 e de Minas Gerais estar entre os maiores produtores de etanol do país, o preço do combustível ainda resiste nos postos do Estado em patamares altos e, na média, ainda não está competitivo para o consumidor, contrário do que ocorre em vários pontos do país e na região Sudeste. A expectativa do setor produtivo e também de distribuidores é de que até o fim do ano a trajetória no Estado não mude muito, a menos que o preço da gasolina cresça em relação

ao do etanol, conforme informou a Petrobras. Segundo a companhia, novas tabelas podem chegar aos postos ainda este ano.

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra que, no Estado, o álcool custa, em média, R$ 2,04, o que equivale a 71% do valor da gasolina. Em Belo Horizonte, onde o preço médio do litro é de R$ 1,95, o percentual em relação ao derivado do petróleo é o mesmo, 71%. No país, observando a média de preços apurada pela ANP, abastecer com o etanol já compensa para o motorista. No Sudeste também, onde o percentual equivale a 64%. Fonte: Estado de Minas

Moderna base de distribuição em Betim A base que será administrada pelo Condomínio RBZ Combustíveis é a mais nova referência de modernidade em distribuição de combustíveis no país. Localizada em Betim, o empreendimento tem uma área de 13.500m² e conta com oito tanques, com capacidade de armazenamento de 10.000m³ e movimento de 100.000m³. A novidade é resultado de um investimento de cerca de 30 milhões de reais, inicialmente projetado pela Distribuidora Rio Branco e que tomou novas proporções com a entrada de parceiros como as distribuidoras Zema, Torrão e SP. A edificação tem como objetivo privilegiar operações mais ágeis e eficientes, com tecnologias inovadoras para carregamento e controles de estoques, por meio de processos de última geração. As medições dos tanques serão automatizadas com sistema ENRAF – equipamento que controla todo o produto que entra e sai do tanque, via wireless. O motorista terá um cartão e poderá acompanhar a carga e descarga com maior precisão. Neste, constará o produto a ser carregado e a leitura da entrada do produto no tan-

que. Tal ação permitirá um ganho considerável para as empresas parceiras tanto com a economia de tempo para seus carregamentos, como a precisão e eficácia de suas operações. Segundo Fábio Rios, presidente da Distribuidora Rio Branco e idealizador do projeto, a base será a primeira de Belo Horizonte e região a contar com um sistema de automação total. A obra constitui 895 metros de duto para interligação direta com a base da REGAP – Refinaria Gabriel Passos, inclusive com linha para Óleo Diesel S10. O início das operações, previs-

ta para outubro, gera uma expectativa de movimentação para o primeiro mês superior a 40.000m³ e visa a atender, principalmente, a região metropolitana de Belo Horizonte, norte e parte do sul do estado de Minas Gerais. A novidade vai oferecer emprego para 50 pessoas de forma direta e 300 de forma indireta. Além da empregabilidade, os benefícios para Betim são incontestáveis, já que a empresa vai gerar mais impostos para cidade incentivando o seu progresso. Fonte: Rio Branco

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gota a gota

Projeto pode acabar com os postos em hipermercados O projeto de lei que regulamenta a instalação e a reforma de postos de combustíveis em todo o Brasil põe fim ao debate sobre a abertura de postos em hipermercados e abre outro, sobre a ingerência da União em matérias de competência dos municípios. O relator do PL 866/2011 na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Ademir Camilo (PSD-MG), apresentou parecer favorável à proposta que estabelece as distâncias mínimas e as medidas de segurança necessárias para a construção de postos. Mas especialistas questionam a constitucionalidade da matéria, entendendo que ela fere o princípio da Federação. “Temas de ocupação do solo urbano são de competência privativa dos municípios, porque fazem parte das políticas de desenvolvimento das regiões urbanas”, argumentou o advogado Carlos Ibanez, da R. Cunha Advogados Associados. Segundo o advogado, aprovada a lei, haverá ações judiciais, porque, em alguns aspectos, a lei fere os interesses dos municípios. Ele lembra que as necessidades de abastecimento são muito diferentes entre as várias cidades do país. “A partir do momento em que se federaliza, passa-se a desrespeitar as peculiaridades de cada município. Regiões de grande densidade demográfica, por exemplo, podem necessitar de postos mais próximos uns dos outros.”

Ele lembra que há normas consolidadas nos municípios que serão alteradas pela regulamentação. É o caso da instalação de postos de gasolina em hipermercados, já que a lei estabelece uma distância mínima em relação a grandes centros comerciais. “Hoje, em São Paulo, é uma realidade a presença de postos de combustíveis dentro de hipermercados,

hipermercado

porque a lei municipal permite. Isso acirra a concorrência e é bom para o consumidor”, diz. O autor do projeto, deputado Onofre Santo Agostini (PSD/SC), afirma que não há inconstitucionalidade, já que a lei visa a regulamentar um setor que envolve temas ambientais e de segurança. “Foi exatamente pensando em conter absurdos como a construção de

posto em hipermercado que criamos a lei.” diz o parlamentar. Ele lembra que não há regra e que o número de postos em todo o país tem crescido de forma desordenada. Segundo dados da ANP, há hoje no país 51.516 postos. O projeto conta com o apoio da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). “A regulamentação se faz necessária porque é uma atividade de risco. O produto manuseado no posto é um produto perigoso e não há o que discutir”, afirma o advogado da Federação, Bernardo Souto. Ele defende, também, que as regras, com definições claras de onde devem ser construídos e a distância entre os postos, têm que ser definidas por lei federal. No entanto, o advogado, que também é engenheiro ambiental, diz que o projeto precisa passar “por alguns ajustes”. Ele questiona, por exemplo, o artigo 17º, que trata da responsabilização pelos danos causados em caso de acidentes e vazamentos que coloque em risco as pessoas ou o meio ambiente. Pelo projeto, será responsabilizado em primeiro lugar o proprietário do posto, depois o imóvel, e, por último, a distribuidora, desde que tenha disponibilizado os tanques de armazenamento ao posto. Fonte: Brasil Econômico

Errata: Na edição nº54 foram divulgados os nomes dos revendedores das cidades de Caratinga e Governador Valadares eleitos para compor chapa nas próximas eleições de diretoria do Minaspetro. Porém, os nomes foram trocados. O correto é: Carlos Roberto de Sá e Filhos, do Posto Ribeiro de Sá e Filhos, permanece como representante de Caratinga; e Vilmar Rios Dias Junior é o indicado para representar os revendedores de Governador Valadares.

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Divulgação

especial

Relacione-se com o cliente Bom atendimento é fundamental para conquistar o consumidor Relacionamento. Chamar o cliente pelo nome, conhecer suas necessidades e preferências, um bate-papo informal, atendê-lo de forma personalizada e profissional. É assim, entendendo que a pessoa gosta de ser bem tratada, que muitos postos alcançam o sucesso. Em cidades como Belo Horizonte, às vezes o consumidor tem outras prioridades, como a localização, o preço e a bandeira. É no interior, nas cidades pequenas, e até nas grandes, que podemos perceber como atender bem é fundamental para o negócio ser bem-sucedido. O revendedor Eduardo Almeida conhece essa realidade de perto. Santa Luzia fica a poucos quilômetros da capital, mas o ambiente para o comércio é de interior. “Estou há 23 anos no mercado e já tive postos também em Belo Horizonte e Betim. A grande diferença para a cidade pequena é o atendimento. Tenho clientes que trabalham na capital e só abastecem no meu posto”, conta. Eduardo e seus dois irmãos, que são sócios do posto, colocam a mão na massa, atendem aos clientes, orientam, fazem o que for necessário. “Criamos um relacionamento com os consumidores. Atuamos não apenas como vendedores, mas também como consultores. Se o veículo não necessita de troca de óleo, explicamos e orientamos o cliente. Assim, perdemos uma venda imediata, mas

ganhamos algo muito mais importante: a confiança. Ele se torna cliente fiel”, analisa. Essa é a atitude ideal, segundo o orientador de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial em Minas Gerais (Senac Minas) Rodrigo de Paiva. “O dono do posto de combustíveis precisa ter um pensamento visionário, enxergar que os funcionários têm que agir de forma a deixar o cliente mais satisfeito e confortável, e o bom atendimento é fundamental para isso”, afirma. E completa: “O frentista, por exemplo, deve ter conhecimento técnico a respeito dos tipos de óleo de motor, saber orientar o consumidor. Além disso, perguntar se quer que complete a água do radiador, se pode verificar o nível do óleo, limpar o para-brisa e calibrar pneus – especialmente para grávidas e idosos – são cuidados que se deve ter.” Até quando a concorrência é pequena a lógica permanece. Santo Antônio do Gama, cidade da Zona da Mata, tem apenas 5 mil habitantes e um único posto de combustíveis. “Isso não garante que as pessoas vão abastecer aqui. Há vários postos nos municípios vizinhos”, diz o proprietário, Antônio Flávio Baião Salgado. Salgado ressalta que oferece um preço justo diante da excelente qualidade dos combustíveis. E que o fato de ser bandeira branca não influencia quando o cliente confia no pos-

to. “É importante cativar, tratar a pessoa bem. Meus consumidores vão ao ‘posto do Flávio’, não importa a bandeira ou o preço. É a confiança no trabalho que realizamos.” Cliente fiel de um posto em Coromandel, no Triângulo Mineiro, o administrador Douglas Henrique Pereira acredita que todas as organizações devem se preocupar com o bom atendimento. “Postura adequada, carisma, saber identificar uma necessidade, buscar resolver o problema com educação são essenciais. Preço, confiança e bom atendimento são três fatores primordiais para a escolha do posto, mas o preço não pode ser o principal. Não adianta ser barato se não tem qualidade e profissionalismo.”

“É assim, entendendo que a pessoa gosta de ser bem tratada, que muitos postos alcançam o sucesso.” 11


especial

Quase um centro de compras Em Montes Claros, no norte de Minas, os mais de 400 mil habitantes têm diversas alternativas na hora de abastecer. Lá, além do bom atendimento, a praticidade fala mais alto. Aproveitar o momento de abastecer o veículo para fazer compras e lanchar, por exemplo, são opções interessantes. É por isso que o

revendedor Paulo Elmo Pinheiro oferece, num só local, um posto de combustíveis, um supermercado, uma loja de conveniência e uma franquia da rede de sanduíches Subway. O grupo Superkilo consegue, assim, fidelizar clientes. “Tem gente que vem duas vezes ao dia para comprar pão na área de padaria

do supermercado. Aproveita e já resolve outras necessidades”, conta Pinheiro. É por isso que ele enxerga o frentista como vendedor e até relações públicas. É a pessoa que está na pista para oferecer ao cliente o que ele precisar. “E sempre com um bom atendimento, personalizado”, conclui. Arquivo pessoal

Paulo Elmo Pinheiro acredita que ofertar vários serviços também é uma boa forma de fidelizar a clientela

O funcionário intraempreendedor Experiente em cursos para posto de combustíveis, o orientador de cursos do Senac Minas Rodrigo de Paiva acredita que os funcionários do estabelecimento precisam ser conscientizados acerca de uma definição-chave: o intraempreendedorismo. “O

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ideal para que o negócio caminhe bem é que o empregado pense e atue como se fosse o dono. Ele tem que entender que, se o posto der mais lucro, ele pode ser diretamente beneficiado com promoções e ganhos salariais, e que o negócio dar certo é bom para a em-

presa e para a carreira dele”, explica. Para isso, o funcionário deve se preocupar em fazer o que estiver a seu alcance para prestar um bom serviço, agradar os clientes, manter um bom clima organizacional e garantir a qualidade dos produtos ofertados.


especial

Com a palavra, o consumidor “Abasteço sempre em posto bandeirado, pois acredito que a gasolina é mais fiscalizada. Mas também prezo por um ‘bom dia’ e ‘boa tarde’, ou seja, por um bom atendimento.” Lívia Soares, esteticista Caratinga, Vale do Rio Doce

“Priorizo o bom atendimento em todos os estabelecimentos que frequento. Quando o cliente é bem atendido, significa que o proprietário está enxergando a nossa importância.” Claudio Tana, contador Três Pontas, Sul de Minas

“Confiança na qualidade do combustível e um bom atendimento são mais importantes do que o preço.” Fladimir de Andrade Silva, motorista de caminhão Varginha, Sul de Minas

“Sempre abasteço no mesmo posto pelo fato de o atendimento ser rápido, por causa da qualidade do combustível e pelo preço, que é melhor.” Renato Junior Moraes, vendedor Caratinga, Vale do Rio Doce

“O bom atendimento e o carisma dos colaboradores da empresa estimulam o retorno e a satisfação.” Adilson Picheli da Silva, técnico de informática Elói Mendes, Sul de Minas

“Qualidade e honestidade caminham juntas. Aliado a isso, um bom atendimento é motivo para eu voltar aos estabelecimentos.” Fernando Barros, motorista Varginha, Sul de Minas

“Escolho o posto pela bandeira e pelo bom atendimento.” Edison Barreto de Souza, caminhoneiro Governador Valadares, Vale do Rio Doce “Nada melhor do que receber um atendimento cordial e preciso, com agilidade e bom humor. Se vou a um estabelecimento com pessoas arrogantes, desatenciosas e impacientes, sinceramente, não volto.” William Augusto Rivoli Diniz, empresário do ramo de transportes Pouso Alegre, Sul de Minas

“O bom atendimento fideliza o cliente e faz com que ele sempre volte. A qualidade do produto torna-se peça fundamental para se ter tranquilidade na escolha do posto.” Moacir Inacio da Costa, produtor rural Tupaciguara, Triângulo Mineiro

Posto Pastoril/Divulgação

“Um atendimento de qualidade é elementar em um posto de combustível. É um dos fatores que priorizo e que garante minha frequência.” Antonio Carlos Dias, gerente de empresa de autossocorro Três Corações, Sul de Minas

“Priorizo o fácil acesso ao posto de combustíveis.” Renan Mariano Governador Valadares, Vale do Rio Doce

“Confiança e bom atendimento são mais importantes que o preço. Priorizo o cuidado comigo e com o meu carro.” Flaviane Pinheiro Dias, vendedora Uberlândia, Triângulo Mineiro

“Frequento apenas estabelecimentos em que sou bem atendido.” Zilmar Roberto Ferreira da Silva, engenheiro aposentado Araguari, Triângulo Mineiro

“Priorizo a qualidade do produto, o bom atendimento e a honestidade. O preço é importante, claro, mas o produto ofertado tem que ser confiável.” Gilson Ferreira Bispo, representante comercial Patos de Minas, Triângulo Mineiro

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Aghora/Divulgação

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O perfil do público mudou. E você, já se adaptou? Metade dos brasileiros pertence à chamada classe C. Seu posto e sua loja de conveniência estão preparados para eles? O salário dos brasileiros está aumentando, assim como seu poder de compra e as ofertas de crédito. Um reflexo disso foi o aumento, de 2001 a 2009, do número de pessoas pertencentes à chamada classe C – cuja renda familiar vai de R$ 1.126 a R$ 4.854 –, que passou de 65 milhões para 95 milhões de pessoas. Isso fez com que a participação desse grupo C no total da população do país subisse para impressionantes 50%. Apesar de essas pessoas terem boa parte da renda comprometida com o consumo de itens básicos, nos últimos anos elas vêm gastando mais para a aquisição de bens de consumo duráveis, como eletroeletrônicos, automóveis e imóveis. É aí que entra o impacto dessa mudança econômica para os revendedores. Com veículos, essas pessoas se tornaram clientes dos postos, das lojas de conveniência e de todos os serviços que o estabelecimento oferece. E a expectativa é de que essa classe continue crescendo, e seja de 118 milhões em 2014, o equivalente a 60% da população do país. É inegável: você precisa estar preparado para atender a esse público. Nos últimos anos, registrou-se um revistaminaspetro

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crescimento considerável na venda de combustíveis, puxado pelo aumento da frota de veículos no Brasil, que atingiu 41,4 milhões de unidades em 2012, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Seguindo a demanda, o número de postos de combustíveis cresceu quase 35% entre 2000 e 2011, atingindo a marca de 39,2 mil no último ano. E os postos passaram a registrar, também, um aumento na venda de combustíveis. Nas lojas de conveniência, o impacto desse movimento de classes sociais segue uma lógica semelhante, e o mercado também vem crescendo. Entre 2005 e 2012, o faturamento das lojas passou de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,9 bilhões, enquanto o número de unidades atingiu, em 2012, 6,9 mil, segundo o anuário Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência 2013, do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). É preciso enxergar, nesses números, oportunidades de crescimento. “A ascensão da nova classe média e uma eventual

mudança de hábitos de consumo desse segmento socioeconômico podem ser uma ótima notícia para o setor de conveniência, que ainda tem grande potencial de crescimento no país. Em 2012, percebemos um aumento de 4% no valor do ticket médio nas lojas BR Mania, o que já pode refletir essa tendência”, observa o gerente de Lojas de Conveniência da Petrobras Distribuidora, Adão do Nascimento Pereira. Mas as lojas de conveniência estão sendo capazes de absorver todo o potencial de crescimento que tem sido proporcionado pelo movimento de classes, em especial, da classe C? É importante reparar, por exemplo, que essas pessoas comprometem 23% de sua renda com alimentação – cinco pontos percentuais a mais do que o registrado na classe B. E esses estabelecimentos podem exercer o papel de opção prática, confortável e eficaz na hora de se alimentar. O que fazer para atender a essa demanda? Oferecer preços competitivos é fundamental, mas dispor de alimentos frescos, maior variedade de produtos, sempre cuidando da qualidade também é essencial para conquistar o novo público.


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alterações no dia a dia As mudanças no perfil do público das lojas de conveniência têm sido percebidas na rotina da Revenda. Segundo a gerente e sócia de um posto no bairro da Graça, em Belo Horizonte, Luciene Reis de Carvalho Oliveira, para se adaptar a esse público, o ideal é oferecer bom atendimento e agilidade. “Eles são exigentes, querem tudo personalizado, com qualidade e rápido. Procuramos melhorar, também, a qualidade do fast food. A alimentação é o carro-chefe da conveniência”, conta. Dessa forma, o estabelecimento fidelizou clientes. “Alguns vêm todos os dias”, ressalta. Sócio de Luciene e diretor do Minaspetro, Rogério Lott acredita que é necessário compensar os custos altos das lojas com alternativas criativas. “Temos de pressionar as franquias para adequar os royalties à realidade das lojas e negociar

Arquivo BR/Divulgação

Adão Pereira, da Petrobras Distribuidora: ascensão da nova classe média é ótima notícia para a conveniência

bem com os fornecedores, mas podemos, também, adotar práticas sustentáveis, não só ambiental, como economicamente. O custo com a energia elétrica, por exemplo, é muito alto. Então, buscamos novas tecnologias e maquinário econômico”, ensina. Mesmo quem não lida diretamente com a conveniência percebe a mudança de público e a necessidade de adaptação. “Não tenho loja de conveniência no meu posto, mas esse é o próximo passo. Os clientes procuram serviços e produtos como água, café, pão de queijo, cigarro. Anteriormente, cada comércio vendia sua especialidade, mas, atualmente, as pessoas procuram praticidade, querem tudo num lugar só. Tenho a expectativa de instalar uma conveniência no próximo ano”, conta Márcio Santana, dono do Posto Vitória, no centro de Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas.

Aghora: novo formato, menos custos com lojas de conveniência, Rogério Lott. Uma alternativa vem surgindo como boa opção para os postos bandeira branca e até para os embandeirados que queiram arcar com o risco da pressão das distribuidoras. A Aghora é uma franquia que funciona de maneira diferente, com pagamento de taxa fixa mensal, e não de participação no faturamento. Além disso, oferece maior flexibilidade de contrato e

Aghora/Divulgação

O maior entrave para a lucratividade das lojas de conveniência é, segundo a Revenda, os royalties pagos às distribuidoras. Girando em torno de 7% sobre o faturamento bruto, as taxas às vezes representam mais do que o lucro líquido da loja. “Mão de obra, energia elétrica e royalties equivalem a mais de 80% do custo da loja”, conta o diretor do Minaspetro e proprietário de três postos em Belo Horizonte e região metropolitana, todos

Criada em 2005, a Aghora cobra taxa fixa mensal e oferece contrato e mix de produtos flexíveis

possibilidade de variação do mix de produtos de acordo com o perfil do público. “O custo de implantação é cerca de um terço do preço de uma loja de franquia de outra marca. Geralmente, essas conveniências custam em torno de R$ 200 mil. Uma loja Aghora custa R$ 80 mil. E, quanto ao royalty, ele não existe. Nossa taxa é fixa, de R$ 495 mensais”, explica o proprietário da Aghora Conveniência, Ricardo Guimarães. O modelo de conveniência da empresa será ofertado pelo Sindisoluções, conjunto de soluções, produtos e serviços com condições diferenciadas, por meio de parcerias firmadas entre a Fecombustíveis e as mais reconhecidas empresas, fornecedoras e prestadoras de serviços do segmento. Os produtos e serviços ofertados pelo Sindisoluções – como parceria que oferece redução nas taxas dos cartões de crédito e débito – podem ser adquiridos pelos revendedores de combustíveis associados aos sindicatos, como é o caso do Minaspetro. Mais informações sobre o projeto e os produtos e serviços ofertados podem ser obtidas no site: www.sindisolucoes.com.br. 15


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Há espaço para crescer. E muito. Do total de postos existentes no Brasil, apenas 17% possuem lojas de conveniência. Em vizinhos como Argentina e Chile, esses percentuais são de 49% e 34%, respectivamente, e, nos Estados Unidos, esse número ultrapassa 90%.

Brasil 17%

Estados Unidos 90%

Chile 34%

Argentina 49%

Como é feita a divisão por classe?

Número de lojas de conveniência por bandeira

Classe econômica

Renda mensal do domicílio

A/B

Acima de R$ 4.854

C

De R$ 1.126 a R$ 4.854

Ipiranga – am/pm

D

De R$ 705 a R$ 1.126

• 1.377 (líder de mercado, com 44% de market share)

E

De R$ 0 a R$ 705

• 78 lojas em Minas Gerais

Fonte: Sindicom (com Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas – CPS-FGV)

BR – BR Mania • 831

Evolução do número de habitantes por classe 188,2 170,3

20,0

14,1

64,8

94,9

• 27 em Minas Gerais

Shell – Select • 800 + 200 em reforma e/ou abertura • 43 em Minas Gerais

Ale – Entreposto • 150

44,4

46,9 2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

44,5

• 25 em Minas Gerais

28,8

Aghora

2009

Fonte: Sindicom revistaminaspetro

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• 85 lojas Fonte: Dados das distribuidoras e do Sindicom


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Entrevista A consultora de marketing do Sebrae Minas Andreza Capelo dá dicas valiosas para quem tem ou deseja investir numa loja de conveniência. Que atitudes podem ser determinantes para dar lucro ou prejuízo para a loja de conveniência? O olhar atento do proprietário é imprescindível. Decisões precisam ser tomadas diariamente. Para fazê-lo de forma eficiente, a primeira atitude deve ser entender quem são os clientes e o que valorizam ao optar pela loja de conveniência. A partir desse conhecimento, trabalhar a posição dos itens na loja, o atendimento, as divulgações a serem feitas, os produtos a serem oferecidos. Os controles financeiros são essenciais para que os resultados do negócio sejam visíveis e mensuráveis. De nada adianta estar sob uma marca forte, em uma boa localização, se não há um controle de fluxo de caixa, se os custos fixos não são claros e se há erros na precificação. Nas lojas de conveniência, itens de alimentação correspondem a uma fatia importante do faturamento. Para que os bons resultados continuem, o empresário deve estar atento aos seus estoques e às mudanças nas demandas dos clientes. O que deve ser levado em consideração ao se investir uma loja de conveniência? O empreendedor deve considerar que lidará com as características de qualquer negócio na área do comércio. Atualmente, um grande desafio tem sido coordenar a equipe de vendas. Houve uma mudança drástica no perfil dos profissionais que atuam como atendentes, vendedores e recepcionistas. Outro cuidado deve ser com a segurança da equipe e de clientes. Nesse ponto, a parceria com postos de gasolina é muito interessante.

Carla Cruz/Sebrae Minas

Andreza Capelo, do Sebrae Minas: “O olhar atento do proprietário é imprescindível”

A localização é o ponto-chave desse tipo de negócio. Pesquise antes de se decidir. Por fim, o empresário deve ter em mente que não se trata de um negócio estático. Os produtos que dão bom retorno hoje podem ser os vilões do orçamento da empresa no próximo ano. Para evitar surpresas, é preciso estar atento. Franquias demandam cuidados especiais? Quais dicas pode dar para quem quer se tornar franqueado? A opção por abrir uma franquia é viável quando o empreendedor deseja um apoio administrativo e, para obtê-lo, está disposto a abrir mão de maior flexibilidade. Um franqueado segue padrões pré-definidos pela rede da qual faz parte, destina parte de seu faturamento ao pa-

“Os produtos que dão bom retorno hoje podem ser os vilões do orçamento no próximo ano.”

gamento de royalties e precisa submeter decisões de divulgação às regras impostas pela matriz. Por outro lado, tem acesso à experiência de quem já obteve grande sucesso no ramo em que deseja atuar, pode contar com cálculos e planilhas já formatadas para o seu empreendimento e tem uma rede de parceiros com quem compartilhar dúvidas e experiências. Aqueles que desejam transformar-se em franqueados devem pesquisar com critério as taxas, limitações, suporte e experiências da rede que estão avaliando. O site da Associação Brasileira de Franchising (www.abf.com.br) oferece dicas, explica a legislação e traz informações úteis para quem está se decidindo a respeito. Com o novo perfil de clientes, o empresário tem que se preocupar em diversificar o negócio? Como atender a esse novo público da melhor forma? A participação da classe C no público das lojas de conveniência vem crescendo ano a ano. Esse novo cliente valoriza a conveniência dos horários e busca, normalmente, itens básicos. Tais itens devem estar ao alcance dele, de forma clara e fácil, fazendo do autoatendimento uma opção tranquila. Há também o cliente que faz da sua visita à loja um “respiro” na correria do dia. Ele tende a passar mais tempo na loja e valorizar o conforto que é oferecido na área de lanches. Atendimento cordial e itens visualmente sedutores vão encantá-lo. Uma pesquisa de opinião junto aos consumidores, que colete também seus dados para um cadastro de clientes, fortalecerá os vínculos e pode sondar as preferências para produtos a serem incorporados no mix oferecido. Boas práticas de gestão estão ao alcance dos empreendedores no site do Sebrae Minas. Vale a visita: www.sebraemg. com.br/atendimento.

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entrevista

Gás de xisto:

novidade promissora e perigosa ANP vai promover licitação para exploração do combustível em várias bacias brasileiras, inclusive em Minas; preocupação com danos ambientais é grande Uma nova alternativa energética surge para o mundo, em especial para o Brasil. O gás de xisto, retirado da rocha de mesmo nome, pode substituir o GNV e até ser usado na produção de gasolina – apesar de, provavelmente, o alto custo inviabilizar essa última hipótese. Em outubro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fará uma licitação voltada a gás convencional e não convencional (xisto). As áreas licitadas ficam nas bacias do São Francisco – com parte da reserva em Minas Gerais –, do Acre, do Parecis, do Paraná e do Recôncavo Baiano. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil ocupa a décima posição no ranking mundial que mede a quantidade de reservas recuperáveis de gás de xisto, com 6,4 trilhões de metros cúbicos. A lista é liderada pela China, seguida por Estados Unidos e México. O grande sinal vermelho parece ser o impacto ambiental da extração do gás de xisto. Há relatos nos Estados Unidos, onde o gás tem importante participação no mercado, de fazendas em que a água que sai das torneiras é inflamável. Além disso, os metais pesados presentes nos aditivos utilizados na extração podem contaminar a água e o solo. É preciso ter cuidado. Em entrevista à Revista Minaspetro, a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Laboratório de Ensaio de Combustíveis da universidade, Vânya Pasa, fala mais sobre essa promessa de fonte energética e faz um apelo: “Devemos ter planejamento e responsabilidade ambiental.” revistaminaspetro

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O que é o gás de xisto e como é feita sua extração? O xisto é uma rocha formada pela decomposição de resíduos orgânicos, que, com o passar do tempo, sob efeito de temperatura e pressão, transformou-se em óleo e depois em gás. Para a sua produção, o solo é perfurado, com uma sonda para atingir a profundidade desejada, depois há a perfuração horizontal. Há posterior concretação do canal perfurado e são feitas explosões que perfuram o revestimento de concreto e formam rachaduras na rocha externa ao concreto. Posteriormente, injetam água com areia e aditivos, fazendo com que a rocha seja aberta, permitindo a expulsão do gás distribuído nela. Esse gás pode ser utilizado como o GNV, em cilindros colocados nos veículos? Pode ser utilizado para produzir gasolina? Ou não teria serventia como combustível veicular? O gás de xisto é composto de metano, propano e butano e pode ser processado para atender às especificações do gás natural veicular, em que há predomínio do metano, podendo então ser um bom combustível veicular. A produção de gasolina é menos viável porque a gasolina é formada por compostos mais pesados, o que poderia envolver custos que talvez não se justificassem, já que há uma boa demanda de gases combustíveis no mercado. Quais são os usos do gás de xisto? O gás de xisto pode ser usado para substituir o gás natural, em veículos ou em

indústrias. Pode também substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP), usado como gás de cozinha. A senhora acredita que o gás de xisto será uma boa alternativa de combustível veicular? Sim, o gás de xisto é uma boa alternativa energética, mas seu uso em grande escala precisa ser feito com segurança, minimizando impactos ambientais – solo e água –, uma vez que sua exploração pode promover movimentações de solo no interior da terra e consequente contaminação dos lençóis freáticos. Como o gás de xisto é um combustível fóssil, sua exploração também colocará na atmosfera milhões de toneladas de carbono que estavam dentro da terra, promovendo um balanço positivo de carbono. Sabe-se que isso tem causado o chamado efeito estufa e, consequentemente, as mudanças climáticas, o que pode ser bastante perigoso para a humanidade. É preciso que se tenha certeza da real necessidade de se explorar esse gás, e também é necessária a definição de regulamentações eficientes, além de se garantir uma fiscalização eficaz para o cumprimento dessa legislação. Nos Estados Unidos, o gás de xisto já representava, em 2010, 20% da produção de gás. O principal problema, porém, é apontado por moradores, cientistas e ambientalistas, que afirmam que a água subterrânea é contaminada por metais pesados. Assim, as torneiras dos norte-americanos que moram perto de locais onde o xisto é explorado


entrevista

A forma como é feita a exploração pode influenciar no impacto no meio ambiente? Ou seja, é possível evitá-lo? Sabemos que o uso de combustíveis fósseis tem um impacto na natureza, e não podemos deixar que a ambição momentânea acelere o desequilíbrio ambiental. Os países precisam planejar e fiscalizar, garantindo segurança à população. O que lemos sobre os problemas com gás de xisto nos Estados Unidos nos parece assustador. Creio que, no Brasil, podemos fazer diferente e melhor, até porque estamos observando os problemas e aprendendo com eles. Temos uma matriz energética mais limpa, temos os melhores programas mundiais de biocombustíveis (carvão vegetal, etanol de cana e biodiesel). Certamente também seremos liderança mundial em bioquerosene

reservatórios de gás Veja como é feita a extração do xisto

Perfuração vertical Uma tubulação é inserida no solo até a camada de xisto, que pode chegar a profundidades de até 3,6km. As paredes do poço são revestidas com concreto.

Perfuração horizontal Ao atingir a camada de xisto, a perfuração muda para horizontal, podendo atingir até 1,2km de extensão.

Lençol freático pode ser contaminado durante a extração do gás

Fratura hidráulica (fracking) Fissura Capa de concreto

Fissura Xisto

Xisto

Explosão Areia Gás

Capa de concreto da seção horizontal é perfurada com uma série de explosões controladas que abrem fissuras na camada de xisto.

de aviação. Acho que já atingimos o grau de maturidade necessário para não copiarmos absolutamente tudo que se faz nos Estados Unidos. O Brasil tem o pré-sal e o gás de xisto, cujas reservas poderão ser exploradas de forma equilibrada, juntamente à produção de biocombustíveis. Para isso, devemos ter planejamento e responsabilidade ambiental.

Em seguida, é injetada uma mistura de água, areia e soluções químicas que penetram nas fissuras, abrindo caminho para a saída do gás.

Fonte: BNDES e ANP

estariam vertendo água contaminada com tanto metano que seria inflamável. Isso tudo pode ser verdade? Quais os impactos do gás de xisto e da exploração da rocha para o meio ambiente? Existe um perímetro “de risco” em relação às áreas de exploração? Ao que parece, nos Estados Unidos, as usinas ficam em fazendas e terras habitadas, e realmente existem relatos de que a água com grande percentual de metano é capaz de queimar em presença de uma chama, o que reflete a falta de fiscalização e planejamento. A questão dos metais pesados também parece ser verdadeira, uma vez que existem aditivos nos fluidos usados que, muitas vezes, contêm metal pesado. Vi o relato de um fazendeiro que fala que os bezerros de sua fazenda estão nascendo mortos ou com malformação, o que não acontecia antes. Isso ratifica a presença de contaminantes tóxicos na água dos rios. Talvez seja importante definir um perímetro de risco, bem como a composição dos aditivos para minimizar o impacto da atividade. Conforme dito anteriormente, é preciso que nos preocupemos com a grande emissão de carbono para o meio ambiente. Também é necessário garantir que não haja fragmentações dos solos, tornando-os instáveis, especialmente onde existem falhas geológicas.

Segundo o superintendente-adjunto de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP, Hugo Affonso, a produção de gás de xisto no Brasil só será viável em 2023, e isso caso os investimentos comecem a ser feitos já.

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evento

Expopostos 2013 Feira bateu recorde de visitantes e gerou mais de R$ 150 milhões em negócios

revistaminaspetro

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“Mais do que comparecer à Expopostos e se atualizar sobre novidades e lançamentos, essa é uma oportunidade única de aperfeiçoamento e aprendizado através das palestras apresentadas no fórum.” As novas tecnologias e ações de sustentabilidade marcaram o segundo dia da feira. Entre as principais novidades e lançamentos estão as telas de LCD em bombas de combustíveis. O posto pode vender o espaço de publicidade e, ao mesmo tempo, entreter o consumidor. Processos de coleta e reciclagem de óleos, capta-

Fecombustíveis/Divulgação

Que a tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas já sabemos. O que nem todos têm ideia é de que a ausência dela, principalmente nos negócios, pode ser muito mais séria do que se imagina, podendo até mesmo ditar a permanência ou não da empresa no mercado. Foi com foco em novas tecnologias, tanto para postos quanto para a conveniência, que a Expopostos & Conveniência 2013 levou aos revendedores e demais empresários do segmento de combustíveis, entre os dias 27 e 29 de agosto, muita informação, produtos e serviços. O Expo Center Norte, em São Paulo, recebeu, durante a 11ª edição do evento, mais de 20 mil pessoas, além de mais de 180 expositores. A organização estima que tenham sido gerados R$ 150 milhões em negócios. A abertura do evento contou com a presença de representantes de entidades e empresas como ANP, Abieps, Fecombustíveis, Sindicom, Resan, Recap, Sindilub, Petrobras Distribuidora, Ipiranga, Raízen, Ale Combustíveis, Chevron Brasil Lubrificantes, Cosa Lubrificantes e Especialidades, Petronas Lubrificantes, SindTRR, Souza Cruz e GL events Brasil. O presidente do Minaspetro e da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, destacou a consolidação da feira.

O presidente do Minaspetro e da Fecombustíveis, Paulo Miranda, ressaltou a importância do evento para os revendedores

ção e exploração de água e tratamento de efluentes nos estabelecimentos foram alguns dos temas sobre sustentabilidade apresentados pelos expositores. O fórum foi marcado por palestrantes de renome, como Dan Munford, diretor da Insight Research, companhia britânica que atua no segmento de varejo de combustíveis e lojas de conveniência. Nelson Barrizelli, especialista em Marketing de Varejo e PhD em Economia pela USP, com concentração em Finanças e Marketing, tratou da importância de o varejista acompanhar o mundo virtual e as novas tecnologias. “O mundo do varejo está em grande mudança e, pela rapidez com que isso acontece, às vezes não percebemos. É difícil mudar quando se faz da mesma forma há muito tempo, mas precisamos nos reciclar constantemente. O Brasil tem, atualmente, 70 milhões de smartphones. Em breve, o pagamento pelo celular será uma realidade em grande escala. É preciso estar atento a tudo isso”, ensina. Henrique Meirelles, presidente do Conselho Consultivo da J&F, holding que controla as empresas JBS, Flora e Eldorado e ex-presidente do Banco Central do Brasil proferiu a palestra Perspectivas da Economia Brasileira e destacou, por exemplo, que um dos desafios é reduzir o gap de competitivi-

Fecombustíveis/Divulgação

Tecnologia teve destaque na


evento

Geisa Brito

dade do Brasil em relação aos demais países e diminuir os custos com logística. “Apesar de o mercado de trabalho aquecido, a queda recente na confiança no Brasil preocupa. Devemos ficar alertas. A situação complicada da economia pode ser uma oportunidade para o país realizar todas as reformas estruturais necessárias para aumentar o crescimento potencial. E vocês, revendedores de combustíveis, são um setor-chave para a economia brasileira”, concluiu. Outros palestrantes também prestigiaram o evento, como Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa, que apresentou dados sobre o crescimento da participação feminina na conveniência. “As mulheres são mais exigentes e querem qualidade, variedade, atividade visual, segurança, limpeza. Por isso, as lojas de conveniência são uma boa opção para pessoas multitarefas, como as mulheres.” Marcelo Capanema, membro do Grupo Técnico e do Grupo de Regulamentação do Sindicom e gerente de Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento América Latina na Petronas, falou sobre a qualidade dos lubrificantes. Um dos momentos mais esperados pelos donos de postos de rodovia foi o Painel Postos de Rodovia – Desafios. O palestrante Everton Correia do Carmo (analista de Infraestrutura do Ministério dos Transportes), juntamente com o mediador, Ricardo Hashimoto (diretor de Postos de Rodovia da Fecombustíveis) e o debatedores discutiram três assuntos principais que permeiam o dia a dia desses revendedores: a regulamentação da carga horária dos motoristas; o Arla 32 e a possibilidade de fabricação artesanal; e a logística do diesel S10, já que alguns Estados registram falta do produto. “Um levan-

Mais de 20 mil pessoas compareceram à Expopostos 2013

tamento dos postos de parada disponíveis revelou que, atualmente, o caminhoneiro precisa percorrer quatro horas entre um ponto de parada e outro. Isso contribui para que os números de acidentes cresçam”, revelou Everton. “Precisaremos de dois a três anos para nos adaptar à Lei n. 12.619 e oferecer as vagas de estacionamento. Essa é uma oportunidade para os postos de lucrarem com outro serviço”, afirmou Paulo Miranda. Já sobre o S10, o superintendente adjunto de Abastecimento da ANP, Rubens Freitas, destacou o aumento do consumo. “Donos de veículos fabricados antes de 2012 estão vendo vantagens em utilizar o combustível, o que está fazendo o consumo aumentar além do previsto.” Mas há problema para atender a essa demanda. São Paulo e alguns Estados do Sul têm registrado falta do combustível. “Em julho, batemos o recorde de venda do diesel com baixo teor de enxofre”, concluiu Freitas. E, quanto ao Arla 32, a discussão girou em torno das possibilidades de adulteração e da importância de o posto não compactuar com isso. Outros assuntos abordados durante as

Feira A feira é um ponto forte do evento. Os empresários investem alto nos estandes. Este ano, foram mais de 180 expositores, que movimentaram mais de R$ 150 milhões em negócios. O setor aposta, entre outras tendências, no crescimento do segmento de food service no Brasil e nas conveniências, no mercado de combustíveis aquecido no país e na aplicação do novo conceito de sustentabilidade no posto revendedor.

palestras da Expopostos foram as Tendências do Food Service, pelo gerente nacional de Retail Services da Nielsen, Olegário Araújo; e a decisão do consumidor pelo etanol ou pela gasolina, palestra ministrada pelo diretor de Comunicação Corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Adhemar Althieri Altieri, com participação dos debatedores Alisio Vaz (presidente Executivo do Sindicom), Paulo Miranda (presidente da Fecombustíveis e do Minaspetro) e Aurélio Cesar Nogueira Amaral (superintendente de Abastecimento da ANP). O palestrante Edgard Laborde Gomes, da Abieps, propôs ao público a reflexão sobre o que chama de posto sustentável, com soluções rentáveis e o retorno financeiro das novas tecnologias sustentáveis. “Iluminação, ar-condicionado e sistema de refrigeração correspondem a 80% do consumo do posto. É preciso adotar alternativas ambientalmente corretas e que tragam economia, como a redução das ilhas de calor, a manutenção das borrachas de geladeira e dos freezers das lojas de conveniência. Outras ações corretas são o reuso da água do lavabo, dos chuveiros, reaproveitamento de água de chuva”, ensinou. E, ao fim, Gomes lançou ao público a pergunta: “Sustentabilidade é custo ou investimento?”. Os participantes concordaram que é um investimento e que traz lucro para os postos. Fechando o fórum, a Expopostos levou ao público informações sobre os novos consumidores brasileiros, apresentadas pelo especialista em Comportamento do Consumidor do Brasil Renato Meirelles. 21


muita história para contar

Disposição para cuidar de tudo Revendedor Darcy da Silveira Glória, de Jaíba, no norte de Minas, dedica-se também à produção de frutas para venda no Brasil e no exterior Aos 74 anos, o senhor Darcy da Silveira Glória frequenta academia três vezes por semana e corre até 9km para manter a forma. Brinca que a idade biológica é de 60 anos. A disposição para tudo se revela na vida agitada, nos inúmeros compromissos, nos variados negócios, nos quase 200km que percorre de carro todos os dias entre os postos de combustíveis e a fazenda, no engajamento em projetos para desenvolver a região da cidade de Jaíba, no norte de Minas, onde vive. Além de proprietário de três postos na região, Darcy possui, atualmente, uma fazenda onde cultiva manga e limão. Produz cerca de 750 toneladas de cada fruta por ano, e exporta de 25% a 30% do limão para países da Europa. O restante é vendido no mercado interno. A vida nem sempre foi dedicada à Revenda de combustíveis ou à fruticultura. Darcy formou-se em Educação Física na primeira turma do curso na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trabalhou alguns anos na área, também foi bancário, mas depois decidiu cursar Pedagogia. Exerceu a

revistaminaspetro

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Fotos: arquivo pessoal

Darcy está acompanhado de seu filho, Cristiano Carvalho Glória, que é quem o auxilia ficando responsável pela exportação

profissão por 13 anos, foi funcionário público, mas descobriu que queria mais. “Temos dois ‘lados’ com os quais nos preocupamos na vida: o ser e o ter. Eu estava satisfeito com quem eu era, mas muito insatisfeito com o que eu tinha. Era professor e isso não me trazia tranquilidade financeira. Então, decidi entrar para o segmento de combustíveis”, conta. A aposta deu certo. Inquieto e “escravo do trabalho”, como ele mesmo se define, Darcy acabou comprando a parte de um amigo numa produção de frutas e, assim, enveredou em nova área. A produção foi crescendo e, atualmente, são 60 hectares – o equivalente a cerca de 60 campos de futebol – em que são plantados manga e limão. “Minas Gerais tem vários arranjos produtivos locais (APLs), regiões que se especializam em algo. O norte de Minas é

o polo da fruticultura, e eu participo de vários projetos para desenvolver a região”, comenta. Um dos três filhos, Cristiano, é quem mais acompanha o pai nos negócios. Formado em Comércio Exterior, ele abriu uma empresa para intermediar a exportação das frutas. Na fazenda, 30 funcionários controlam a produção, e Darcy é exigente. “Acompanho de perto. Ando pelas plantações. Cobro, aponto problemas, enxergo tudo. Brinco com meu gerente que quero poder descansar e ficar meses sem acompanhar a fazenda, mas para isso preciso de gente que seja atenta como eu cuidando da produção.” As horas de descanso têm destino: contato com a natureza. “Gosto de pescar, de fazer montanhismo. Nessa hora consigo me desconectar de todas as obrigações. São os meus hobbies.”


giro diretoria

Software de Gestão e Automação de Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniência

Geisa Brito

Atividades de agosto NF ELETRÔNICA REDE DE POSTOS CARTÃO FIDELIDADE MEDIÇÃO DE TANQUES LOJA DE CONVENIÊNCIA

16/8 – Reunião em Montes Claros para eleger o revendedor que irá compor chapa nas próximas eleições de diretoria, em 2014. Foi escolhido pelos revendedores Gildeon Gonçalves Durães, do Posto Fácil. 21/8 – Participação em reunião do Ministério de Minas e Energia, na Sala de Situação do Óleo Diesel S-10 e Arla-32. 21/8 – Participação em reunião com a Superintendência de Abastecimento da ANP, sobre a Audiência Pública 8/2012 (Revisão da Portaria 116). 22/8 – Audiência com o governador Antonio Anastasia para solicitar redução do ICMS do diesel. 23/8 – Entrevista do Paulo Miranda para a Rede Minas de Televisão sobre possível reajuste dos combustíveis no país. 26/8 – Assembleia Geral Extraordinária para alteração do endereço da sede do Minaspetro. 27 a 29/8 – Participação na Expopostos & Conveniência 2013, em São Paulo. 29/8 – Participação em Audiência Pública ANP nº 22/2013, sobre as especificações da gasolina comercial destinada aos veículos automotores homologados.

Fique atento às circulares do Sindicato enviadas pelos Correios em agosto • Convite – Reunião para composição de chapa para as próximas eleições de Diretoria – Regional Montes Claros • Ofício – Nomeação do representante do Minaspetro no Conselho Municipal de Política Urbana – Compur

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sabor mineiro

Aceita um cafezinho com biscoito? Dupla típica das Minas Gerais encontra na cidade de São Tiago seu porto seguro; festa em setembro movimenta a região Prefeitura de São Tiago/Divulgação

Um café coado na hora é mais do que bem-vindo. Se acompanhado de um biscoitinho, então... Quer coisa mais mineira? A dupla é tão apreciada que uma cidade mineira se intitulou a Terra do Café com Biscoito. São Tiago, município da região do Campo das Vertentes, com pouco mais de 10 mil habitantes, reserva para os visitantes fartas mesas de quitandas e a boa hospitalidade característica das Gerais. A alcunha veio de um passado secular. A cidade era ponto de parada de tropeiros e viajantes que seguiam do litoral, principalmente do Rio de Janeiro, para o Triângulo Mineiro e Goiás. As receitas da época, trabalhadas artesanalmente, foram mantidas por décadas a fio e, em homenagem à tradição, a cidade passou a realizar, em 1999, uma grande festa. A Parada do Café com Biscoito resgata as tradições dos são-tiaguenses, fortalece a cultura local e regional, atrai cerca de 30 mil turistas por ano e é um excelente motivo para visitar a cidade e degustar a especialidade da casa. Neste ano, a festa acontecerá entre os dias 13 e 15 de setembro, com degustação gratuita de biscoitos nos estandes localizados na praça central da cidade, além de apresentações culturais e shows. revistaminaspetro

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sabor mineiro

special creme Richard Novaes

Ingredientes: • 25ml de Bailey’s • 25ml de Espresso • 1 colher de sopa do creme de avelã • 25ml de creme de leite • 1 bola de sorvete de chocolate • 1 colher de sopa de mel • Chantilly • Café em grãos modo de Preparo Bata no liquidificador ou mixer os ingredientes e depois aqueça até a temperatura de 60°C. Sirva em uma taça de Martini, complete com chantilly e decore com café em grão.

*Instrutor do Senac MG, Markus Vinicius

Postos entre BH e São Tiago são tiago

BH

Foi a um dos eventos sugeridos pela Revista Minaspetro? Envie foto e comentário para geisa@minaspetro.com.br.

• Posto Curiango – Km 07 – Belo Horizonte • Posto Palha Verde – Km 10 – Belo Horizonte • Posto Carijó – Km 04 – Belo Horizonte • Sociedade Comercial Santa Maria Ltda. – Km 423,3 – Contagem • Posto Cidade Igarapé Ltda. – Km 454, s/n – Igarapé • Lara e Filhos Ltda. – Km 551,7, s/n – Itaguara • Auto Posto Carmópolis Ltda. – Km 578,2, s/n – Carmópolis de Minas • Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Bom Sucesso Ltda. – Rua São José, 90 – São Tiago

*Selecionados entre os mais antigos associados

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formação de preços Gasolina – Minas Gerais Agosto/2013

27/7 - 2/8

03/8 - 9/8

10/8 - 16/8

17/8 - 23/8

75% Gasolina A 75% Cide 75% Pis/Cofins 25% Etanol Anidro 25% Pis/Cofins Etanol 27% ICMS Total Carga Tributária*

R$ 1,0446 - R$ 0,1725 R$ 0,3166 R$ 0,0075 R$ 0,8031 R$ 2,3443 33%

R$ 1,0412 - R$ 0,1725 R$ 0,3106 R$ 0,0075 R$ 0,8031 R$ 2,3350 33%

R$ 1,0412 R$ 1,0412 - R$ 0,1725 R$ 0,1725 R$ 0,3053 R$ 0,3050 R$ 0,0075 R$ 0,0075 R$ 0,8031 R$ 0,8031 R$ 2,3296 R$ 2,3294 33% 33%

Etanol – Minas Gerais Agosto/2013

27/7 - 2/8

03/8 - 9/8

10/8 - 16/8

17/8 - 23/8

Preço Produtor R$ 1,0893 R$ 1,0844 R$ 1,0803 R$ 1,0894 Pis/Cofins R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,1200 R$ 0,1200 19% ICMS R$ 0,4125 R$ 0,4125 R$ 0,4125 R$ 0,4125 Total R$ 1,6218 R$ 1,6169 R$ 1,6128 R$ 1,6219 Carga Tributária* 25% 25% 25% 25%

Diesel – Minas Gerais Agosto/2013

27/7 - 2/8

03/8 - 9/8

10/8 - 16/8

17/8 - 23/8

95% Diesel S10 R$ 1,4660 R$ 1,4656 R$ 1,4656 R$ 1,4656 95% Diesel S500 R$ 1,3663 R$ 1,3702 R$ 1,3702 R$ 1,3702 5% Biodiesel R$ 0,1030 R$ 0,0928 R$ 0,0928 R$ 0,0928 95% Cide - - - 95% Pis/Cofins R$ 0,1410 R$ 0,1410 R$ 0,1410 R$ 0,1410 15% ICMS R$ 0,3492 R$ 0,3492 R$ 0,3492 R$ 0,3492 Total S500 R$ 1,9595 R$ 1,9532 R$ 1,9532 R$ 1,9532 Total S10 R$ 2,0592 R$ 2,0487 R$ 2,0487 R$ 2,0487 Carga Tributária* 21% 21% 21% 21%

Os preços dos etanóis anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos com as usinas, e seus valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços da gasolina e do diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio do Sudeste, homologado no 30º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária* foram calculados com base no preço da pauta do ato Cotepe da respectiva semana. Fonte: Minaspetro

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levantamento de preços por distribuidora (em Belo Horizonte) Gasolina Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell Distribuidora ** FIC Ruff Rio branco Royal fic ZEMA

etanol Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS shell Distribuidora ** zema magnum continental ruff

diesel Distribuidora * ALE cosan IPIRANGA PETROBRAS Distribuidora ** shell potencial zema

28/7 - 3/8

4/8 - 10/8

11/8 - 17/8

18/8 - 24/8

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

2,537 2,577 2,561 2,548 2,554

2,446 2,431 2,439 2,417 2,447

2,537 2,577 2,586 2,512 2,554

2,441 2,431 2,425 2,417 2,447

2,537 2,572 2,561 2,532 2,547

2,441 2,431 2,43 2,402 2,447

2,541 2,577 2,586 2,55 2,547

2,441 2,427 2,425 2,412 2,447

28/7 - 3/8 2,457 2,448 28/7 - 3/8

4/8 - 10/8 2,448 2,466 4/8 - 10/8

11/8 - 17/8 2,427 2,448 2,439 11/8 - 17/8

18/8 - 24/8 2,427 2,427 18/8 - 24/8

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

1,781 1,831 1,8 1,77 1,757

1,676 1,689 1,647 1,644 1,687

1,702 1,831 1,8 1,8 1,764

1,676 1,689 1,68 1,644 1,659

1,773 1,79 1,771 1,756 1,729

1,592 1,67 1,617 1,605 1,657

1,704 1,815 1,771 1,728 1,729

1,59 1,639 1,617 1,606 1,657

28/7 - 3/8 1,665 1,7 1,498 1,692 28/7 - 3/8

4/8 - 10/8 1,651 1,7 1,498 1,692 4/8 - 10/8

11/8 - 17/8 1,628 1,75 11/8 - 17/8

18/8 - 24/8 1,628 1,7 18/8 - 24/8

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

Maior preço r$/l

Menor preço r$/l

2,14 2,223 2,197

2,126 2,139 2,11

2,14 2,223 2,197

2,12 2,139 2,111

2,14 2,216 2,195

2,126 2,107 2,111

2,126 2,216 2,196

2,14 2,107 2,111

28/7 - 3/8 2,14 2,166 2,074

4/8 - 10/8 2,14 2,166 2,073 2,074

11/8 - 17/8 2,14 2,161 2,073 -

18/8 - 24/8 2,166 -

A escolha das distribuidoras foi feita com base na pesquisa semanal de preços disponível no site da ANP. Os dados das distribuidoras que não estão na tabela não constam na pesquisa da ANP. * Preços das distribuidoras filiadas ao Sindicom foram baseados nas coletas de preços semanais por município, no site da ANP (www.anp.gov.br/preco). ** Preços das distribuidoras que não são filiadas ao Sindicom foram baseados na pesquisa feita diretamente com as distribuidoras.

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IRMÃO DE VERDADE ESTÁ JUNTO EM TODAS AS HORAS. ATÉ NA HORA DA REFEIÇÃO.

O Clube Irmão Caminhoneiro Shell traz mais uma promoção exclusiva para seus sócios. A cada 300L de Shell Evolux Diesel ou 40L de Shell Evolux Arla 32, você ganha um item do kit refeição. São quatro itens colecionáveis: prato, copo, garfo e faca.

revistaminaspetro

A marca Shell é licenciada para Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan. Promoção válida nos postos participantes de 01/07/2013 a 30/09/2013 ou enquanto durarem os estoques. Consulte o regulamento e a lista de postos participantes no site www.shell.com.br.

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