Revista
Nº 67
Outubro 2014 Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Os cuidados antes de abrir uma franquia Dicas sobre o que o revendedor deve fazer antes de começar um novo negócio em seu estabelecimento
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Nº 67 - Outubro 2014
Mensagem do Presidente
Franquias: por que um bom negócio no mundo todo pode não ser um bom negócio no posto?
O
modelo de franquia é um sucesso no mundo todo e também no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Franquias (ABF) demonstram que esse mercado quintuplicou no Brasil nos últimos 10 anos e movimenta mais de R$ 115 bilhões anualmente. Franquias, normalmente, são bons negócios e, certamente, agregam valor ao posto de combustível, aumentando o tráfego de clientes e consequentemente as vendas de combustíveis. Entretanto, nós, revendedores, estamos sofrendo nos últimos anos muita pressão das companhias distribuidoras para a montagem de franquias a qualquer custo e em qualquer lugar. As distribuidoras começaram com as lojas de conveniência e agora chegaram também às trocas de óleo. Todos os dias, o Minaspetro recebe ligações de revendedores se queixando que a companhia somente renovará o seu contrato se ele instalar uma franquia. Essa iniciativa não encontra amparo legal e o nosso departamento jurídico está
à sua disposição para defendê-lo dessa prática. Fique atento também ao dinheiro extra oferecido a fundo perdido no contrato por conta da abertura da franquia. Com certeza, posteriormente, ele será cobrado de forma integral nos royalties. No mercado financeiro existe um ditado que diz: não existe almoço grátis. Há diversas franquias que podem ser instaladas em nossos postos: lojas de sanduíches, pizzarias, fast foods, lavanderias, correios, lotéricas e, até mesmo, lojas de conveniências e trocas de óleo especializadas. Sugiro que o empresário estude bem o setor, a rentabilidade prometida pelos franqueadores, o número de lojas que foram abertas e fechadas. Tome cuidado, pois operar uma franquia muitas vezes é mais complexo do que operar um posto de combustível e pode até mesmo tirar o seu foco ou comprometer a saúde financeira da empresa. Tendo em vista os altos custos dos imóveis e a baixa rentabilidade do setor, hoje é imprescindível que busquemos novas fontes de receita
para o nosso negócio. A construção de lojas para locação e/ ou abertura de franquias certamente será benéfica, mas o revendedor deve avaliar, cuidadosamente, se o local é propício para aquela atividade e para aquele público. Ainda, se os royalties são compatíveis com a atividade e com a contraprestação de serviço do franqueador. Na dúvida, avalie outras opções.
Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br
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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Junior Primeiro Vice-Presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault Segundo Vice-Presidente: Paulo Miranda Soares Primeiro Secretário: Bráulio Baião Barbosa Chaves Segundo Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves Primeiro Tesoureiro: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Segundo Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Mauricio da Silva Vieira Diretor de Lojas de Conveniência: Felipe Campos Bretas Diretor de Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanueva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Márcio Croso Soares (Belo Horizonte) Carlos Roberto de Sá (Caratinga) Juvenal Cabral Nunes Junior Machado (Contagem) Roberto Rocha (Divinópolis) Vilmar Rios Dias Júnior (Governador Valadares) Marco Antônio Alves Magalhães (Ipatinga) Genilton Cícero Machado (João Monlevade) Carlos Alberto Lima Jacametti (Juiz de Fora) Marcos Abdo Samia (Lavras) Gildeon Gonçalves Durães (Montes Claros) José Rabelo de Souza Junior (Paracatu) Carlos Roberto da Silva Cavalcante (Passos) Moisés Elmo Pinheiro (Patos de Minas) Fábio Aguinaldo da Silva (Poços de Caldas) Luiz Anselmo Rigotti (Pouso Alegre) Wellington Luiz do Carmo (Sete Lagoas) Leandro Lorentz Lamego (Teófilo Otoni) Jairo Tavares Schiavon (Ubá) José Antonio Nascimento Cunha (Uberaba) Jairo José Barbosa (Uberlândia) Leandro Lobo Motteram (Varginha) Conselho Fiscal Membros Efetivos: Bernardo Farnezi Gontijo Humberto Carvalho Riegert Rogério Lott Pires
Membros Suplentes: Cássia Barbosa Soares Leonardo Lemos Silveira Paulo Eduardo Rocha Machado Diretores Adjuntos: André Werneck Mendes Guimarães Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Gerente Administrativo Financeiro Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Bia Pacheco Élcia Maria de Oliveira Luciana Franca Poliana Gomides Rita de Cássia do Nascimento Silvério Andrade Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Darlete dos Reis Esdras Costa Reis João Márcio Cayres Mário Caires Ribeiro Júnior Heveraldo Luydi Lavorato José Francisco de Paiva Júnior Ricardo Donizetti Marcelo Rocha Silva Departamento de Comunicação Geisa Brito Departamento Jurídico Cível-Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Kelly Gonçalves Primo Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães
Trabalhista Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário Gustavo Fonseca Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Luís Gustavo de Carvalho Brazil Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Patos de Minas: Hélio Henrique Siqueira Caratinga: Ildecir Agostinho Lessa Paracatu: Nelson Ivan Biulchi Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberlândia Varginha
expediente • Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Editoras e jornalistas responsáveis: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) e Lígia Chagas (MG 09247 JP) • Redação: Guilherme Barbosa e Lilian Lobato • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 - Tel.: (31) 3292 8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31)2108-6513 ou pelo e-mail minaspetro@minaspetro.com.br
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SUMÁRIO
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Franquias: como elas podem contribuir para o negócio
Franquia: por que ela pode não ser um bom negócio para o posto?
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Responsabilidade ambiental das distribuidoras
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10ª edição dos Encontros Regionais 8
Como o turnover tem prejudicado a revenda
Minaspetro e Bombeiros fecham parceria
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Gotas 18
Novos adesivos para
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O charme e a beleza dos carros antigos
etanol e diesel
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Segunda via do boleto
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O posto deve pagar quebra de caixa?
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Formação de preços
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Jurídico
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Bernardo Souto Advogado de Meio Ambiente do Minaspetro souto.bernardo@gmail.com
Responsabilidade ambiental das distribuidoras
A
recente decisão do TJSP (Apelação Cível nº 919344-64.208.8.26.000, passível de recurso) sobre a responsabilidade ambiental das distribuidoras em caso de passivo ambiental é digna de comentários. Primeiro merece elogios o Recap, que acreditou na tese judicial de que deveriam ser responsabilizadas as Distribuidoras, em caso de passivos. A legislação já diz isso, basta consultar o disposto no art. 8º da Resolução Conama 273. Nada obstante, obter um provimento judicial encurta em muito o trabalho de convencimento junto aos órgãos ambientais e outras autoridades, tal como o Ministério Público. Desde a época do licenciamento dos postos revendedores de combustíveis, iniciado com a publicação da Resolução Conama 273/2000, as distribuidoras procuraram se desfazer dos
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seus ativos instalados nos postos revendedores de combustíveis. Assim, era comum que essas fornecedoras de combustíveis doassem ou vendessem, muitas vezes a preços irrisórios, os seus tanques subterrâneos e suas bombas de abastecimento. Essa transferência de propriedade era acompanhada de declaração do posto isentando a distribuidora de responsabilidade ambiental. Em outras palavras, o posto revendedor assumia, integralmente, a responsabilidade pelos passivos ambientais. A estratégia tinha como objetivo reduzir as possibilidades de estabelecer fio condutor, hábil no reconhecimento da responsabilidade ambiental da empresa distribuidora. Em outras palavras: ela diminuiria os argumentos de atribuição de responsabilidade. Em vez de se imputar à distribuidora a res-
ponsabilidade com base em dois (ser dona dos equipamentos e fornecedora de combustíveis) ou três argumentos (ser dona dos equipamentos, fornecedora de combustível e dar manutenção nos ditos equipamentos), restaria apenas um (ser fornecedora de combustível). Além do mais, esse argumento, de ser responsável por ser fornecedor, favoreceria a distribuidora em uma possível ação de regresso, contra o posto revendedor, após solução do passivo, junto aos órgãos ambientais. Apesar de a decisão ser do TJSP e de o comando judicial valer para os postos filiados ao Recap, abre-se um novo leque de possibilidades de discussão judicial, para os postos que assumiram integralmente a solução dos passivos e para aqueles que estão discutindo esse tema junto às suas distribuidoras e demais órgãos ambientais.
Jurídico
Alteração na resolução da amostra-testemunha No dia 4 de setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou a Resolução n.º 50/2014, que alterou a Resolução n.º 09/2007, e trouxe determinações específicas sobre o transporte, o descarte e a destinação dos itens utilizados durante a coleta das amostras-testemunhas. A respeito do transporte, a resolução determina que, desde a base até o posto, o frasco com o combustível coletado seja transportado na caixa de ferramentas do caminhão-tanque. Essa determinação atende a uma antiga solicitação da Revenda, pois soluciona uma questão que deixava os revendedores inseguros sobre como proceder corretamente para não ter problemas com a polícia rodoviária (ANTT) a respeito do transporte de produtos inflamáveis fora do tanque. Também é especificada na resolução qual é a correta destinação dos frascos utilizados para armazenar as amostras. Segundo a publicação, eles devem
ser destinados conforme determina o programa de gerenciamento de resíduos, ou seja, da mesma forma como os outros tipos de resíduos perigosos gerados pelos postos, conforme prevê a Lei 12.305. Sobre o descarte do combustível coletado, a nova resolução estabelece que, depois das análises de qualidade feitas no posto, esse processo seja realizado de acordo com as normas do órgão ambiental. Entretanto, a maneira como isso deve ser feito não está clara por isso, o departamento Jurídico Ambiental do Minaspetro está consultando a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvilmento Sustentável (Semad), órgão responsável pela questão. Com relação ao combustível coletado para servir de amostra-testemunha, de acordo com a resolução, deverá ser devolvido ao tanque quando não for mais necessário guardá-lo, desde que ele esteja dentro das especificações.
Procon-MG e as medidas reparadoras de conduta da ANP Desde a publicação da Resolução nº32/2012 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tem sido questionado, junto ao Procon Estadual de Minas Gerais e aos promotores de justiça de defesa do consumidor, o porquê de os fiscais do órgão não aplicarem as medidas reparadoras de conduta nas infrações consideradas de pequena gravidade. Diante disso, o Procon-MG divulgou, no dia 9 de setembro, uma Nota Técnica esclarecendo o assunto. Pela publicação, o órgão estadual informa que as medidas reparadoras foram instituídas pela ANP por meio de uma resolução e não de uma lei, e, por isso,
não as aplica e continuará não aplicando-as nas fiscalizações que realiza, mesmo nos casos considerados de pequena gravidade. Sendo assim, o revendedor deve ficar atento e continuar atuando de forma correta, evitando assim a ocorrência de qualquer irregularidade no desempenho de suas atividades que possa gerar autuações em possíveis fiscalizações do Procon-MG. Quaisquer dúvidas a respeito do tema podem ser esclarecidas com o departamento Jurídico Cível/Comercial do Minaspetro, pelo telefone: (31) 2108-6500.
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Encontros regionais
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Vale do Aço fecha o 10º Ciclo de Congressos Finalizado o último evento de 2014, o Minaspetro inicia os preparativos do Congresso dos Revendedores de Minas Gerais, que acontecerá em Belo Horizonte, no próximo ano
A
cidade de Ipatinga foi a última a receber a 10ª edição do Ciclo de Congressos Regionais, no dia 19 de setembro. Cerca de 250 revendedores das regiões do Vale do Aço e do Vale do Mucuri participaram do encontro, que aconteceu no Centro Cultural Usiminas. Com esse evento, o Minaspetro fechou o Ciclo de Congressos de 8
2014, que teve início em março, em Pouso Alegre, e passou pelas cidades de Uberlândia, Juiz de Fora e Montes Claros, levando a mais de mil revendedores do Estado informações sobre o segmento, além de novos temas que fazem parte do gerenciamento do negócio de posto de combustíveis. “Fiquei muito satisfeito com a participação da Revenda mineira, que nos
prestigiou e se capacitou para os novos desafios do nosso setor. Eu também aprendi bastante. Tive a oportunidade de conversar e ouvir diversos revendedores por todo o Estado”, agradece o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães Jr. Retrospectiva Mais de mil participantes do 10º Ciclo de Congressos se atua-
lizaram quanto às regulamentações ligadas aos órgãos fiscalizadores e regulamentadores, como ANP, Cade, Feam, Ibama, Ipem/Inmetro, Justiça do Trabalho, Ministério Público, Procon, Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, entre outros, por meio da contribuição dos advogados do Minaspetro. Eles também tiveram acesso a palestras ministradas por profissionais de destaque, como Rogério Tsukamoto, mestre em Administração de Empresas, que levou ao público informações relacionadas à gestão familiar e holdings empresariais; e Renato Meirelles, presidente do Data Popular – instituto de pesquisa das Classes C, D e E no Brasil –, que proporcionou aos empresários a oportunidade de saber como pensa o seu novo público: a classe C. O evento também permitiu aos revendedores ter acesso a produtos e serviços das empresas expositoras presentes na feira. Foram elas: Ambiental Tecnol, Apoio Representações, Arilmaq, Eletrofiltros, Ecopostos, Engepostos, Glix Leds, Intercamp, Ipiranga, JBP Automação, Jogue Limpo, LBC Sistemas, Linx – Informinas, Lotemoc, Mosaico Postos, Petrobel, ProPosto, Precision, Pasi Seguros, Postos MG, Rezende Sistemas, Rio Branco, Shell/ Raízen, Tecnopostos e VBC Automação. O 10º Ciclo de Congressos Regionais Minaspetro teve o patrocínio de Ipiranga, LBC Sistemas e Shell/ Raízen e contou com o apoio da Fecombustíveis.
“O evento nos trouxe assuntos muito úteis. É importante o Minaspetro realizá-lo, tanto no interior quanto em BH, pois sempre nos apresenta novos temas.” Vanda Avelar Rede Campestre Timóteo/Itabira
“Participar desse evento nos traz segurança, pois as palestras nos mantêm atualizados e bem informados. O Ciclo de Congressos se supera a cada ano.” Ênio Magno Coelho Rede Exata Governador Valadares
“Participei de todos os eventos que o Minaspetro realizou em Ipatinga porque gosto de aprender sempre. A conversa entre os revendedores proporcionada por esse encontro continua sendo um ponto muito importante.” Francisco Alves Porfilior Posto Amizade Ipatinga
Preparativos para 2015 No próximo dia 23 de outubro, será realizado o lançamento do 14º Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais para fornecedores do segmento, potenciais expositores e patrocinadores do evento, na sede do Minaspetro. “Na última edição, em 2013, batemos todos os recordes, com a participação de mais de mil revendedores. Fernando Henrique Cardoso, Paulo Henrique Amorim e Bernadinho brilharam em suas palestras. Enfrentamos agora um grande desafio: fazer um congresso estadual em 2015 ainda maior e melhor”, afirma Carlos Guimarães Jr. As empresas interessadas em participar do lançamento do 14º Congresso podem entrar em contato pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail minaspetro@minaspetro.com.br.
“Sempre participo deste evento com o intuito de aprimorar meus conhecimentos.” Maracelly Cássia
“Este segmento sempre apresenta mudanças, então é importante que sempre aconteceça este evento para que possamos nos inteirar das novidades.” Marcelina Apolinário Rede GT – Ipatinga
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Gestão de pessoas
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Turnover: alto índice eleva custos e reduz a produtividade
O
revendedor de combustíveis contrata um frentista, treina o profissional e, após três meses, o vê pedir demissão. Com isso, mais uma vez, precisa fazer uma nova contratação. Essa rotina se tornou cada vez mais frequente nos estabelecimentos do estado, o que tem tirado o sono de muitos empresários. O alto índice de turnover, medição da rotatividade de pessoas a partir do número de entradas e saídas, eleva o desgaste do revendedor – visto que cada saída de funcionário exige nova admissão – os custos e pode refletir negativamente na produtividade. A Revista Minaspetro conversou com algumas redes do setor para saber qual o percentual médio de turnover no estado e chegou ao índice de 10%. Segundo os empresários, não é possível mensurar o custo de contratar e demitir profissionais, mas ressaltam que é alto, sobretudo porque oferecem benefícios e também diversos cursos e treinamentos. Na Rede Flex, que reúne postos de combustíveis em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Juatuba, Itaúna e Nova Lima, há um total de 500 empregados, e o índice de turnover é de 15%. O proprietário Flávio Lara considera o percentual alto e já buscou o apoio de consultorias para resolver o problema. “Este ano, contratei uma empresa que me orientou de janeiro a agosto. Fizemos algumas modificações, mas os números não melhoraram. Os benefícios que passei a oferecer até contribuíram para que o empregado se sentisse motivado na empresa. No entanto, a construção civil acaba sendo mais atraente para o empregado, principalmente para o frentista”, analisa. Na avaliação de Lara, alguns aspectos pesam contra os postos de combustíveis. “O empregado trabalha aos domingos, precisa lidar com dinheiro e está exposto a alguns riscos da profissão. Ao trabalhar em outras áreas, como na construção civil, tem os fins de semana livres e até um salário melhor”, explica. Essa realidade de aumento do turnover, de acordo com Renata Schaefer Moura, coach da empresa de consultoria COACHR, não é exclusiva dos postos de combustíveis. “O século XXI é conhecido como a “era do conhecimento” e traz uma tônica diferente para o mundo do trabalho. Já se foi o tempo em que as pessoas permaneciam nas organizações por anos e anos, e muitas até mesmo tinham como objetivo se aposen-
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passo a passo
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Tenha cuidado com o processo seletivo. Avalie o perfil da vaga, dos candidatos e selecione o profissional que mais se enquadra à oportunidade.
Ofereça salários e benefícios compatíveis com os de mercado para que seu estabelecimento se mostre atrativo para os profissionais.
Proporcione qualificação e oportunidades de crescimento em sua empresa. Somente assim, será possível reter os talentos e motivar as pessoas.
Ofereça um diferencial de mercado. Nem sempre isso significa investimentos altos em RH. Conhecer a expectativa do funcionário é fundamental.
tar nelas”, diz. Nesse cenário ainda entra uma geração ávida por satisfação no trabalho, que não tem disponibilidade para esperar e não é fiel a uma empresa, mas sim aos seus projetos e causas. Além disso, ela explica que até maio e junho de 2014, em função da Copa do Mundo, o setor de construção civil estava aquecido, o que acarretou uma inflação de salários e benefícios e fez com que várias pessoas passassem por cursos de qualificação e fossem trabalhar na área. Diante desse mercado carente de mão de obra, segundo a consultora, é possível tomar algumas medidas para reduzir o turnover. Primeiramente, é importante um processo seletivo bem feito. Na sequência, oferecer capacitação profissional, salários e benefícios compatíveis com os de mercado e sempre ofertar oportunidades de crescimento dentro da empresa. Esses benefícios podem ajudar, e muito, mas nem sempre serão suficientes. É que o ressalta o proprietário de uma rede de sete postos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que preferiu não se identificar. Atualmente, com um total de 200 empregados, a rede registra um turnover de 11%, em média. Para o revendedor, um dos principais motivos para a alta rotatividade dos funcionários é a lei trabalhista brasileira. “Após o empregado trabalhar de seis a oito meses, ele começa a tentar procurar a sua demissão
para que possa, então, receber o aviso prévio indenizado, as férias, o FGTS, a multa do FGTS e ainda por cima o seguro desemprego”, revela. Para driblar o problema e tentar reter os profissionais, o empresário já chegou a buscar o apoio de algumas consultorias. “Obtivemos algum resultado positivo, mas infelizmente a multa que o funcionário recebe ao ser mandado embora, somado ao seguro desemprego, é mais convidativo que permanecer no trabalho por muito tempo”, afirma. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o índice de turnover em uma organização brasileira gira em torno de 40%. Entretanto, segundo Renata Schaefer, quando observado o setor de postos de combustíveis há como base um índice de 9%. Registrando uma taxa próxima a essa, de 10% de turnover, o proprietário de uma rede com 30 postos de combustíveis e 530 empregados, que também preferiu não se identificar, ressalta que o índice está longe de ser o ideal. “Os custos para admitir e demitir são muito altos e não se relacionam apenas aos encargos da folha, visto que o empregado tem um período de adaptação e passa por treinamentos”, afirma. Ele acrescenta que, além de trabalhar nos finais de semana e ter convívio com dinheiro, o frentista não tem orgulho de sua profissão, o que eleva a rotatividade.
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Meu negócio
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Parceria para a sua proteção Representantes do Corpo de Bombeiros (uniforme), Bruno Henrique Alves, segundo secretário, Márcia Viviane Nascimento, gerente administrativa, Márcio Croso Soares, diretor Minaspetro Belo Horizonte, Carlos Guimarães Jr., presidente do Minaspetro, Fernando Antônio Ramos, primeiro tesoureiro, Cassia Barbosa Soares, membro do Conselho Fiscal, Rogério Lott Pires, membro do Conselho Fiscal, Esdras Costa Reis, supervisor comercial
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ma aproximação que vai gerar mais segurança para a Revenda. Com esse objetivo, o Minaspetro fechou parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), no mês de agosto. Representantes da entidade se reuniram na sede do Sindicato para entender melhor as demandas do setor e avaliar a situação dos revendedores. O Sindicato ainda doou tablets para a Corporação, com o objetivo de agilizar e desburocratizar a vistoria que serão realizadas nos postos. Afinal, desde 2013, o processo é digital, o que evita a impressão de guias, gerando também mais economia ao processo.
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O primeiro-tenente Vítor Leite diz que a parceria vai melhorar o canal de comunicação com os donos de postos e, com isso, o Corpo de Bombeiros vai diagnosticar com mais precisão quais pontos precisam de mudanças nos estabelecimentos. Ainda para estreitar o relacionamento com o CBMMG, o Minaspetro apoiou o Seminário de Segurança contra Incêndio e Pânico, que aconteceu na PUC Minas em setembro. Em dois dias de palestras, temas como inovações no combate a incêndio, controle de fumaça, novos equipamentos e principais modificações na legislação foram apresentados para uma plateia de advogados, arquitetos e engenheiros. “Atualmente, os em-
Exigências relativas à proteção e ao combate a incêndio e pânico para postos Minaspetro patrocinou seminário do Corpo de Bombeiros realizado na PUC-MG
presários sabem que investimento em segurança não é um ônus, mas um bônus. São adequações que fazemos que nos dão mais tranquilidade para trabalhar”, diz o diretor do Minaspetro, Regional Belo Horizonte, Márcio Croso. Minaspetro oferece consultoria para evitar possíveis surpresas Luís Roberto Oliveira, sócioproprietário do posto Comércio de Combustíveis Alex, teve dúvidas na hora da renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e recorreu à consultoria disponibilizada pelo Minaspetro. Segundo o revendedor, o engenheiro que presta serviço ao Sindicato tirou todas as dúvidas e organizou toda a documentação necessária para a renovação. De acordo com o engenheiro Bruno Bethônico, os revendedores não têm tido dificuldades para a renovação do AVCB desde que as instalações do posto estejam de acordo com o projeto aprovado. O maior problema é que, mesmo com a norma sendo estadual, algumas cidades possuem batalhão do CBMMG e podem interpretar a Norma Técnica de forma diferente. “Elaboramos um pequeno resumo com as exigências que podem esclarecer as dúvidas dos empresários”, comenta. O engenheiro do Minaspetro está disponível para consultoria na sede do Sindicato, todas as quartas-feiras, das 8h às 12h, e pelo telefone (31)2108-6500.
A área computada para efeito de cálculo é a somatória das áreas construídas (cobertura de bombas, edificação e quaisquer áreas cobertas) e estacionamento. Os postos existentes anteriormente a 2005, com área até 1.200m², ou existentes após 2005, com área menor ou igual a 750m², deverão atender às seguintes exigências para aprovação de projeto e obtenção do AVCB:
Iluminação de emergência
Saídas de emergência
Sinalização de emergência
Extintores
Os postos que não se enquadram na classificação descrita deverão garantir em seus projetos de prevenção e combate a incêndio e pânico:
Iluminação de emergência
Saídas de emergência
Sinalização de emergência
Acesso de viaturas
Brigada de incêndio
Extintores
Alarme de incêndio
Hidrantes
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capa
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Franquia: aliada ou inimiga? Como ela pode contribuir para agregar valor ao negócio; estudo do contrato é fundamental para evitar surpresas desagradáveis
D
efinitivamente, o modelo de negócio de franquia seduziu os empresários brasileiros e chegou ao mercado para ficar. A evolução do setor nos últimos dez anos comprova o sucesso. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2003, as franquias fizeram girar R$ 29 bilhões no país. Passada uma década, esse número é cinco vezes maior: R$ 115,5 bilhões injetados na economia nacional. Orientação técnica, assistência administrativa de um negócio desconhecido e suporte para uma possível expansão são alguns dos benefícios que atraem os empreendedores. Ainda segundo a ABF, o risco de se abrir uma franquia é cinco vezes menor do que o de qualquer negócio. Mas, mesmo com esse modelo em evidência, avaliar as condições de contrato e estudar o mercado onde está inserido são precauções fundamentais para garantir o sucesso de franqueador e franqueado, principalmente para revendedores de postos de combustíveis, que têm os contratos muitas vezes atrelados ao distribuidor.
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Verdades e mentiras sobre franquias em postos Verdades:
• Franquias normalmente são um bom negócio; • Postos são ótimos lugares para se abrir uma franquia, pois contam com o fácil estacionamento e um público diário; • Franquias (ou lojas comerciais) agregam venda aos postos; • Franquias transferem conhecimento aos franqueados.
Mentiras:
x
• Todo posto tem potencial para abrir uma franquia; • Todas as franquias são rentáveis; • Todos os franqueadores prestam consultoria e oferecem serviços aos franqueados; • Abrir uma franquia é certeza de lucro; • Franquias não fecham.
As maiores franquias do Brasil*
As maiores franquias do Mundo*
1º Correios: 7.440 unidades 2º O Boticário: 3636 unidades 3º Colchões Ortobom: 1860 unidades 4º MC Donald´s: 1756 unidades 5º Cacau Show: 1612 unidades 6º Subway: 1595 unidades 7º Kumon Educação: 1593 unidades 8º AM PM: 1565 unidades 9º Wizard Idiomas: 1264 unidades 10º Jetoil: 1235 unidades
1º Subway 2º Mc Donald´s 3º KFC 4º Burger King 5º 7 Seven 6º Pizza Hut 7º GNC Live Well 8º Wyndham Hotel Group 9º Dunkin´ Donuts 10º Dia Supermercado
*Fonte: Franchise Direct Os critérios de avaliação levaram em conta número de unidades, receita das vendas e tempo de operação
A
ntes de optar pelo modelo de transação, o setor Jurídico do Minaspetro recomenda aos revendedores um estudo para verificar a real e efetiva viabilidade comercial do negócio, inclusive com projeções de vendas em cenários diferentes. Um dos principais motivos de insatisfação dos donos de postos que assumiram franquias de troca de óleo ou de loja de conveniência é que, geralmente, as expectativas de vendas são superestimadas no momento da contratação. Os royalties e taxas, muitas vezes, prejudicam a lucratividade do negócio. É o caso de um revendedor de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, que prefere não se identificar. A Ipiranga ofereceu a franquia da troca de óleo e da loja de conveniência para o estabelecimento, mas as expectativas não foram alcançadas. “Achei que fosse agregar valor ao posto, mas isso não aconteceu. Foi o contrário. O posto é que tinha
que bancar as franquias todos os meses, o que acabava dando prejuízo também”, reclama. Ele ainda explica: “O meu caso em relação à loja de conveniência era ainda pior, pois fui o primeiro propietário de loja com padaria no Estado. Tive inúmeras perdas de produtos, pois venciam ou não giravam. Os produtos eram de boa qualidade, mas o distribuidor me obrigava a fazer promoções que me davam prejuízo por causa do alto custo operacional (tinha que vender um sanduíche por R$ 0,99, enquanto comprava, em média, por R$ 3,20 e recebia cerca de R$ 1,87 de rebate, ficando com uma diferença negativa de -R$0,34). Além disso, os assessores da companhia não sabiam me orientar e, raramente, visitavam o meu estabelecimento. Até hoje estou amargando esse prejuízol”. Atualmente, o empresário quer se desvincular do contrato e vai deixar o imbróglio correr na Justiça por não concordar com as condições propostas pela Ipiranga.
R$ 29 Bilhões
2013
2013
Franquias injetaram na economia nacional
R$ 115,5 Bilhões 15
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aos postos que não possuem franquias.” A Ipiranga esclarece ainda que conta com extenso quadro de assessores de varejo que atendem os franqueados em todo o território nacional, com nível de atendimento e suporte acima da média dos franqueadores no Brasil.
Patrícia Ferraz, diretora do Posto Urbano Ferraz, prefere alugar os espaços do que gerenciar as franquias
Fabiano Faleiros também já passou por essa situação e aponta outro problema com a loja am/pm, em seu posto em Uberlândia. Segundo o empresário, a franquia conta com um número extenso de unidades no Brasil, o que dificulta a consultoria dada pelos assessores da Ipiranga. “Os consultores ficam de quatro a cinco meses sem ir ao posto. Assim, eles não ajudam na administração, dando ideias, realizando promoções interessantes, que é o que precisamos”, sentencia. A equipe de reportagem da revista entrou em contato com a Ipiranga, que respondeu por meio de nota que “em todas as pesquisas realizadas por institutos de referência no segmento, o resultado é que o posto com loja am/ pm vende, em média, 18% a mais em relação
Bons exemplos Alguns postos, porém, mostram que é possível instalar a franquia da distribuidora e obter bons resultados. Com postos em Governador Valadares, Lints Torres, diretor do Grupo MG-7, garante que não tem problemas com a franquia da Ipiranga e com o formato de licenciamento das lojas Entrepostos da ALE. Segundo ele, o repasse de 5% do faturamento bruto mais 1% para fundo de publicidade tem dado certo no estabelecimento. Ele admite que a margem de lucro é pequena e que os custos operacionais são altos, mas acrescenta que as lojas de conveniência dão grande visibilidade ao posto, sendo mais um atrativo para o cliente. “O sucesso da franquia vai depender muito do perfil da Revenda. É preciso estudar com calma as opções. Uma boa alternativa que encontrei foi colocar o caixa do posto dentro da loja. Além de dar mais segurança, faz com que a movimentação no interior da conveniência seja grande”, aconselha. Lints destaca que, entre os contratos de franquia que possui, o mais vantajoso é o que considera um valor de repasse à franqueadora pré-fixado e cuja empresa seja “mais flexível nas negociações contratuais”.
O que avaliar antes de se tornar franqueado
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Analise minuciosamente o contrato. É preciso estar atento às condições de pagamento de royalties e taxas de licenciamento. O Minaspetro possui consultoria jurídica apta a analisar esse tipo de documento.
Faça um estudo de mercado e um plano de negócios para verificar a viabilidade do investimento comercial. Talvez a franquia de que você deseja abrir não tenha o perfil do público que frequenta seu estabelecimento, por exemplo.
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Opte por uma franqueadora que é associada à entidade representativa, a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Isso significa que, no momento da filiação, a empresa forneceu documentos que mostram que ela pratica o franchising de acordo com a legislação.
Verifique se a franqueadora possui um bom trabalho de consultoria para lhe auxiliá-lo na administração da empresa. Afinal, ela entende mais do negócio do que você.
Entrevista Arthur Villamil Martins, advogado cível-comercial do Minaspetro Como avaliar se a franquia será vantajosa? O revendedor deve analisar o mercado, o perfil dos potencias consumidores, o nível de rivalidade que enfrentará de outras lojas próximas e, especialmente, as condições comerciais que serão pactuadas com o franqueador. No contrato, o franqueado utilizará a marca e o know-how do franqueador, mas, em troca, deverá valorizar e preservar a marca e seguir os padrões e determinações gerais de desempenho do franqueador, além de pagar uma taxa ou royalties sobre as vendas. Se o negócio será vantajoso ou não, não há como se assegurar, pois, como em qualquer tipo de atividade econômica, o risco não pode ser ignorado. Porém, uma boa avaliação prévia do mercado, a fixação de valores efetivamente compatíveis com o ponto de venda e um contrato bem elaborado e revisado juridicamente podem minimizar as chances de prejuízo. Como a assessoria jurídica do Minaspetro pode ajudar? O departamento jurídico cível-comercial está preparado para analisar detalhadamente as
Quem também está satisfeita com os estabelecimentos comerciais dentro do posto é Patrícia Ferraz Saraiva, diretora do posto Urbano Ferraz, em Belo Horizonte. São sete lojas no interior da unidade, com franquias de lanchonetes, aluguel de carros, sorveteria, além da própria BR Mania, loja de conveniência que tem somente o contrato de aluguel do espaço com a empresária. Para ela, se o revendedor possui um espaço vago dentro do posto, é melhor fechar um contrato de aluguel com alguma franquia do que tentar ser um franqueado. “É mais seguro e mais fácil”, garante. Com três tipos de fran-
minutas de qualquer tipo de contrato que o posto tenha que assinar, inclusive de franquia. Basta que o associado envie a documentação, e o setor apresentará esclarecimentos e sugestões jurídicas para formalizar um contrato justo e equilibrado. Se um empresário está insatisfeito com a franquia escolhida, o que deve fazer? Os contratos de franquia, em geral, possuem cláusulas de duração mínima, de modo que o franqueador possa recuperar ou amortizar os investimentos realizados. Por isso, antes de assinar, é preciso ter em mente que a rescisão do contrato poderá ser difícil e, em muitos casos, apenas será feita judicialmente. Se, depois de contratada a franquia, houver o descumprimento de obrigações por parte do franqueador, obviamente que o franqueado poderá pedir o fim do contrato ou o ressarcimento das perdas que sofrer. Porém, se a insatisfação for apenas comercial, porque as vendas não atingiram o esperado, o caminho será tentar uma renegociação ou mesmo o encerramento antecipado do contrato, por meio de um termo de distrato. Se a franqueadora não estiver disposta a resolver a situação, a única alternativa será a via judicial, sabidamente longa e dispendiosa para todos os envolvidos.
quias dentro de sua rede de postos – Pizzaria Mangabeiras, Select (Shell) e Entre Postos (ALE) –, um empresário de BH que pediu para não ter a identidade revelada diz que não tem nada a reclamar dos contratos e dos modelos adotados. “O bom negócio é aquele que tem o interesse mútuo e os dois saem ganhando”, comenta. De acordo com ele, as três franqueadoras dão suporte de qualidade para o sucesso dos negócios. Ele recomenda: “Cada metro quadrado disponível do posto deve ser rentabilizado. É claro que, para tomar a decisão certa, é preciso estudar bastante as alternativas. Cada caso é um caso.”
Posto no bairro Lourdes, em BH, tem várias franquias em seu interior
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gotas
Contra a “bomba-baixa” Desde o dia 2 de setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está divulgando mensalmente a lista de postos revendedores de combustíveis flagrados em ações de fiscalização praticando a irregularidade conhecida como “bomba-baixa”. Essa fraude consiste no fornecimento ao consumidor de quantidade de combustível menor do que a mostrada no visor da bomba de abastecimento. Inadvertidamente, o consumidor paga por quantidade maior do que a efetivamente recebida no tanque de seu veículo. A “bomba-baixa” é uma das irregularidades mais encontradas pelas forças-tarefas que vêm sendo realizadas pela ANP para fiscalizar o mercado de combustíveis de todo o Brasil. A divulgação (http://www. a n p. g ov. b r / ? i d = 2 8 7 3 ) incluirá endereços dos postos revendedores, com dados retroativos a 1º de julho de 2014.
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Atenção aos documentos obrigatórios Os revendedores de combustíveis precisam continuar atentos aos documentos obrigatórios exigidos pela Resolução ANP n. 41/2013, que detalha os mais diversos aspectos que compreendem o exercício da atividade. Nessa Resolução, são definidos os requisitos necessá-
rios à autorização para o exercício da revenda de combustíveis e a sua regulamentação, visto que isso tem causado autuações e poderá acarretar, inclusive, na interdição do estabelecimento. Acesse a íntegra da Resolução no site do Minaspetro (www.minaspetro.com.br).
ANP estabelece especificações para o biodiesel Novas especificações para o biodiesel e para o controle da qualidade do produto já estão em vigor, conforme determina resolução da ANP. A regra foi publicada no Diário Oficial da União, em 26 de agosto. O biodiesel só poderá ser comercializado pelos produtores, distribui-
dores, refinarias, adquirentes, importadores e exportadores de biodiesel autorizados pela ANP. É vedada a comercialização de biodiesel pelo produtor ou refinaria ou adquirente ou distribuidor ou importador para revendedor ou transportador-revendedor-retalhista.
não se esqueça Conforme a Resolução 41, é preciso identificar em cada bomba abastecedora de combustível, no(s) painel(is) de preços e nas demais manifestações visuais, de forma destacada, visível e de fácil identificação para o consumidor, o combustível comercializado. Pode ser utilizada, adicionalmente, a marca comercial ou o nome fantasia do produto.
estamos de olho Durante o 10º Ciclo de Congressos Regionais, em 22 de agosto, em Montes Claros, o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães Jr., anunciou uma nova ação do Sindicato na tentativa de combater o crescente número de assaltos a postos de combustíveis no Estado. Juntamente com o deputado estadual Hélio Gomes, será realizada uma reunião com o comando das polícias Civil e Militar, quando será apresentada aos órgãos de segurança pública a grande quantidade de ocorrên-
cias de assaltos registradas por postos de combustíveis de Minas Gerais. O objetivo é comprovar a urgência de medidas para conter esse crime. Os revendedores filiados que foram vítimas de assaltos desde o dia 22 de agosto até o presente momento devem enviar as cópias dos boletins de ocorrência para o Minaspetro, por e-mail (minaspetro@minaspetro.com. br) ou fax (31 - 2108-6530). Os documentos serão entregues ao comando das polícias durante a reunião.
Proposta para o futuro governador de Minas Organizar propostas a serem encaminhadas aos candidatos ao governo de Minas Gerais. Esse foi o objetivo da reunião realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em 4 de setembro, com entidades de diversos setores do Estado. O diretor do Minaspetro Bráulio Chaves participou do encontro e apresentou a demanda do
Sindicato. “A nossa proposta pede que o futuro governador leve ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) o pedido de unificação das alíquotas de ICMS incidentes sobre os combustíveis”, ressalta. Segundo Chaves, todos os segmentos apresentaram seus pedidos, e a CDL está encarregada de se reunir com os candidatos e entregar o material.
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Na revenda
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Adesivos do etanol e do diesel são alterados
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s revendedores precisam ficar atentos à Resolução n. 44, publicada em 21 de agosto pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A regulamentação determinou a alteração na identificação visual dos adesivos do etanol e do diesel a serem afixados nas bombas abastecedoras dos postos de combustíveis. A Agência concedeu um prazo de 180 dias para a adequação à Resolução. Com isso, os revendedores de todo o país têm até o dia 17 de fevereiro de 2015 para estar de acordo com as exigências da ANP. O não cumprimento da regulamentação no prazo determinado pode gerar multas. Vale ressaltar que a fiscali-
zação da ANP define regras claras a respeito dos adesivos que devem ser afixados nos postos de combustíveis. O tamanho, a cor, a visibilidade, entre outras exigências, são observados durante a fiscalização, e o estabelecimento precisa atender a todos os requisitos. Um erro recorrente cometido por muitos revendedores é modificar as cores dos adesivos e também do quadro de avisos. A reprodução de todos os itens deve ser fiel, sem alterações de qualquer natureza. Os modelos atualizados dos adesivos do etanol e do diesel já estão disponíveis no site do Minaspetro (www.minaspetro. com.br). Em caso de dúvidas, basta procurar o departamento Jurídico Metrológico do Sindicato, no telefone (31) 2108-6500.
Descrição dos adesivos Os dois adesivos devem ter tamanho mínimo de 15cm (largura) x 20cm (altura) e respeitar as cores, tipo de letras e tamanho das fontes determinadas pela ANP em seus modelos. O logotipo da ANP deve constar em ambos os modelos. O telefone da ANP para denúncia (0800 970 0267 – Centro de Relações com o Consumidor- ANP) também deve constar nos dois adesivos. Redação adesivo etanol: “O etanol deve estar límpido, isento de impurezas, e não pode apresentar coloração alaranjada.” Redação adesivo diesel: “Veículos a diesel fabricados a partir de 2012 devem ser abastecidos somente com diesel S10. Não misture o fluido Arla 32 ao óleo diesel. O descumprimento destas orientações causa danos ao motor.”
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navegue
Segunda via de boleto
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boleto do Minaspetro não chegou ao endereço determinado ou você não se lembra onde guardou o documento. A conta está para vencer ou já passou o prazo para efetuar o pagamento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia. Para facilitar, é possível acessar o boleto no site do Sindicato. O caminho é simples e, para ter acesso às informações, primeiramente, é preciso entrar com o seu login e senha. Na área de Serviços, você encontrará o link 2ª via boletos, onde localizará os boletos disponíveis. É possí-
vel baixar e salvar os arquivos necessários. Por meio do site, o revendedor sempre encontra os documentos de que necessita. O portal do Minaspetro é um importante canal de comunicação para tomar conhecimento das ações que envolvem o setor. No portal, o empresário encontra com rapidez os serviços que são importantes para o seu dia a dia. É possível consultar a agenda de eventos e treinamentos, ter acesso a tabelas de formação de preço de combustíveis, modelos de placas obrigatórias, circulares, entre outros.
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Checklist
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O posto deve pagar quebra de caixa?
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contece de, na correria do dia a dia, faltarem pequenos valores no momento de fechar o caixa de um estabelecimento. Para cobrir essas eventuais diferenças, o revendedor deve, obrigatoriamente, pagar uma gratificação de quebra de caixa aos empregados que trabalham com o manuseio de dinheiro, por força do que dispõe a convenção coletiva de trabalho da categoria.
A legislação trabalhista não obriga o pagamento dessa quantia. No entanto, a convenção coletiva de trabalho que regula as normas trabalhistas para a categoria da Revenda determina que os empresários paguem o quebra de caixa sobre os salários. Segundo o advogado da área trabalhista/sindical do Minaspetro, Klaiston Soares D’ Miranda, o valor pago a título de quebra de caixa, geralmente, é de 10% sobre o salário do trabalhador, acrescido do adicional de 30% de periculosidade. Ele ressalta que a quantia tem natureza salarial e, quando o empregado passa a recebê-la habitualmente, ela não pode ser suprimida. Com relação aos descontos no salário do empregado, em caso de diferenças no caixa, o advogado explica que os valores podem ser descontados, desde que a quebra de caixa esteja dentro dos 10% pagos, acrescido do adicional de periculosidade, e desde que isso tenha sido acordado anteriormente. Klaiston finaliza dizendo que, para se evitarem perdas financeiras no posto de combustíveis, é importante nomear somente um empregado por turno para ser o caixa da empresa.
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Passo a passo
Avalie o pagamento da gratificação A legislação trabalhista não obriga ao pagamento de importância a título de quebra de caixa, mas a convenção coletiva de trabalho da categoria exige essa gratificação para os empregados que lidam com dinheiro.
Defina, por turno, um empregado responsável Para evitar perdas financeiras no posto de combustível, é importante nomear somente um empregado por turno para ser o caixa da empresa.
Tenha cuidados antes de descontar do empregado Caso haja alguma diferença durante o fechamento do caixa, recomenda-se que o empregador faça a apuração no ato do fechamento, na presença do empregado, mediante sua assinatura e concordância com possíveis descontos.
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lá fora
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Antigos, belos e admirados
Romeu Zema, filho de Ricardo Zema, também é apaixonado por carros antigos
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les guardam histórias, memórias e continuam mais belos do que nunca. Os carros antigos chamam a atenção por onde passam e são verdadeiras paixões para seus donos. No entanto, quem vê os automóveis nas ruas, em encontros e grandes exposições por todo o país, não imagina o trabalho que dá restaurar e fazer com que os acabamentos interno e externo do veículo estejam em perfeito estado e sejam, sobretudo, originais. É o que ressalta Ricardo Zema, de Araxá, no Triângulo Mineiro, proprietário de uma coleção de 35 carros e nove motocicletas antigas. “O restauro de um carro antigo é complicado e requer um alto investimento, principalmente se ele estiver muito danificado e sem algumas peças. Comprei um carro certa vez que não tinha os vidros das janelas e precisei
importá-los, porque já não fabricavam mais aqui. É um trabalho caro e de paciência”, conta. Paciência não faltou ao empresário para restaurar o carro do avô, um veículo especial para Ricardo Zema. “Em 1918, meu avô constituiu uma empresa em Araxá e comprou um carro para contribuir para os negócios. Em uma viagem, infelizmente, o carro foi levado pela correnteza e, na época, não foi encontrado. Em 1966, procuraram meu avô para informar sobre o aparecimento do veí-culo. Ao ver o carro em péssimo estado, decidi que iria fazer a restauração, que demorou dois anos para ser concluída. Foi nesse período que teve início a minha paixão por carros antigos”, lembra. Em Minas Gerais, há muitos amantes de carros antigos que não abrem mão de se encontrar. Para este ano, alguns eventos já estão programados.
5º Encontro Nacional do Passat De 3 a 5 de outubro, em Caxambu
2º Encontro Old Car
Dias 11 e 12 de outubro, em Patos de Minas
Encontro de Veículos Antigos Dia 26 de outubro, em Pirapetinga
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formação de preços Gasolina – Minas Gerais / setembro 2014 R$ 3,00
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R$ 2,4402
R$ 2,4408
30/8 - 05/9
6/9 - 12/9
R$ 2,4382
R$ 2,00
R$ 1,00
23/8 - 9/8
Carga Tributária - % Carga Tributária - R$/L
32,9% R$ 1,0100
32,9% R$ 1,0100
13/9 - 19/9
32,9% R$ 1,0100
32,9% R$ 1,0100
Etanol – Minas Gerais / setembro 2014 R$ 3,00
R$ 2,00
R$ 1,7881
R$ 1,7881
R$ 1,00
23/8 - 9/8
30/8 - 05/9
Carga Tributária - % Carga Tributária - R$/L
24,2% R$ 0,5555
24,2% R$ 0,5555
R$ 1,7765
R$ 1,7577
6/9 - 12/9
13/9 - 19/9
24,2% R$ 0,5555
24,2% R$ 0,5555
Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / setembro 2014 R$ 3,00
R$ 2,1057 R$ 2,2146
R$ 2,1021 R$ 2,2160
23/8 - 9/8
30/8 - 05/9
R$ 2,1021 R$ 2,2160
R$ 2,1021 R$ 2,2160
6/9 - 12/9
13/9 - 19/9
R$ 2,00
R$ 1,00
Carga Tributária - % Carga Tributária - R$/L
20,5% R$ 0,5235
20,5% R$ 0,5235
20,5% R$ 0,5235
20,5% R$ 0,5235 S500
Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site - www.minaspetro.com.br -, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp. br etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas, cujos valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio Sudeste homologado no 35º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais, do respectivo mês, pesquisado pelo Sistema de Levantamentos de Preços da ANP. Fonte: Minaspetro
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