Revista Minaspetro nº 84 - Maio-2016

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Revista

Nº 84

Maio 2016

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela Ect

A palavra de ordem: gestão Ciente que o consumo está em queda, revendedor tem que se preparar para operar o posto com a máxima eficiência

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Nº 84 – Maio 2016

Mensagem do Presidente

Vamos

conversar? C

ompletei, no mês de março, dois anos como presidente do Minaspetro. Para mim, é uma honra e uma responsabilidade enorme estar à frente desse Sindicato tão relevante para o segmento, não só de Minas, mas para todo o Brasil. Durante esse período, foram noites mal dormidas, almoços em aeroportos, agenda apertada...Ufa! Enfim,conseguir conciliar a vida de representante da Revenda no Estado e gerenciar os meus negócios não é fácil, mas acordo todos os dias muito motivado, determinado e convicto de que vou fazer o meu melhor. Presidir uma instituição como o Minaspetro vai além de participar de reuniões, marcar encontros com representantes de órgãos do setor para defender a categoria, estar atento às leis e normas que impactam o nosso negócio, entre muitas outras atividades. Para mim, o mais importante desse cargo é saber ouvir o revendedor e as principais demandas que impactam o seu dia a dia, sejam elas quais forem. Prezo muito pelas relações interpessoais, e acredito que elas sejam a base fundamental para gerar confiança no trabalho que está sendo realizado. Procuro sempre conversar com meus funcionários, fornecedores, parceiros, colaboradores, advogados e diretores do Minaspetro, para entender as suas demandas e necessidades mais relevantes e imediatas, que são diferentes e, por isso, para cada uma,é necessária uma atenção especial. Vejo no Ciclo de Congressos, que está sendo promovido pelo Minaspetro neste primeiro semestre, uma excelente oportunidade de estar ainda mais próximo dos

revendedores do interior, conhecer seus principais problemas, apontar possíveis soluções e trabalhar como um legítimo representante da categoria. Esses eventos representam um rico espaço para a troca de experiências e conhecimentos. Por esse motivo, procuro sempre aproveitá-los para também levar essas questões do setor aos diversos encontros que participo em Minas Gerais, em especial para os órgãos regem o segmento no país. Por isso, revendedor, te convido a participar ainda mais dos nossas reuniões e eventos realizados na sede, em Belo Horizonte, e no interior do Estado. Eu quero escutar você, entender como podemos melhorar o trabalho que está sendo executado, de forma a fortalecer a nossa categoria no mercado e potencializar seu desempenho. Gostaria de aproveitar a oportunidade para informar que a Associação de Postos de Uberaba agora integra o Minaspetro, agregando mais força à sua própria atuação e à Revenda mineira como um todo, e que a região da Zona da Mata está com uma nova diretora. O Minaspetro estará sempre de portas abertas para recebê-lo, pois esse Sindicato é seu, e você deve considera-lo como uma segunda casa. Visite nossa sede, temos interesse em escutar as suas sugestões, elogios e críticas, pois, somente assim, podemos crescer ainda mais e fazer valer o que está escrito em nossa missão enquanto instituição: “Defender e orientar a categoria, liderando a comunidade empresarial com influência no desenvolvimento do estado”.Venha, traga as suas ideias e participe!

Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br

Boa leitura

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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior Primeiro Vice-Presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault Segundo Vice-Presidente: Paulo Miranda Soares Primeiro Secretário: Bráulio Baião Barbosa Chaves Segundo Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves Primeiro Tesoureiro: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Segundo Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Mauricio da Silva Vieira Diretor de Lojas de Conveniência: Felipe Campos Bretas Diretor de Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanueva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Márcio Croso Soares (Belo Horizonte) Carlos Roberto de Sá (Caratinga) Juvenal Cabral Nunes Junior Machado (Contagem) Roberto Rocha (Divinópolis) Vilmar Rios Dias Júnior (Governador Valadares) Marco Antônio Alves Magalhães (Ipatinga) Genilton Cícero Machado (João Monlevade) Carlos Alberto Lima Jacametti (Juiz de Fora) Marcos Abdo Samia (Lavras) Gildeon Gonçalves Durães (Montes Claros) José Rabelo de Souza Junior (Paracatu) Carlos Roberto da Silva Cavalcante (Passos) Moisés Elmo Pinheiro (Patos de Minas) Fábio Aguinaldo da Silva (Poços de Caldas) Luiz Anselmo Rigotti (Pouso Alegre) Wellington Luiz do Carmo (Sete Lagoas) Leandro Lorentz Lamego (Teófilo Otoni) Jairo Tavares Schiavon (Ubá) José Antonio Nascimento Cunha (Uberaba) Jairo José Barbosa (Uberlândia) Leandro Lobo Motteram (Varginha) Conselho Fiscal Membros Efetivos: Bernardo Farnezi Gontijo Humberto Carvalho Riegert Rogério Lott Pires

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Membros Suplentes: Cássia Barbosa Soares Leonardo Lemos Silveira Paulo Eduardo Rocha Machado Diretores Adjuntos: André Werneck Mendes Guimarães Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Gerente Administrativo-Financeira Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Alexandre Tadeu Alves Melo Élcia Maria de Oliveira Gislaine Carvalho Luciana Franca Márcia Ramone Antunes Fonseca Poliana Gomides Raphaela Dutra Nascimento Rita de Cássia do Nascimento Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres João Paulo Arantes Ribeiro Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Marco Antônio da Rocha Oriolo de Araújo França Priciane Nobre Ricardo Donizetti Departamento de Comunicação Geisa Brito Stenyo Fonseca Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Mariana Cerizze Priscila Foureax

Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário Gustavo Fonseca Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães

expediente

• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Geisa Brito, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Beatriz Debien • Redação: Guilherme Barbosa • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Bruno Fernandes • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior).

www.minaspetro.com.br – minaspetro@minaspetro.com.br


SUMÁRIO

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Gestão é o segredo contra a crise

e-Social: o que muda?

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Alteração na licença-paternidade

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Destinação adequada dos resíduos

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Balanço das ações de 2015

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Calibradores: uma opção de renda

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A evolução do Ato Cotepe/PMPF

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Revendedor terá jornal gratuito

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Ciclo de Congressos Regionais – Uberlândia

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Mulheres ativas na Revenda Tabela 26

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Jurídico

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Mudança no envio de

informações trabalhistas eSocial já é realidade. O que muda na vida do revendedor?

O

Governo Federal está alterando a forma de envio das informações relacionadas ao empregado ao sistema oficial do governo. Trata-se do Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), integrante do Sped. Ele consiste numa unificação da sistemática de obrigações acessórias, que envolvem empregador e empregado, cuja premissa é adequar os processos para atender a nova forma de arquivamento das informações trabalhistas e previdenciárias e de seus respectivos prazos de cumprimento. A ideia da iniciativa é consolidar as obrigações da área em um único registro, integrando o acesso e os dados da Caixa Econômica Federal (CEF), como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), o seguro-desemprego; da Receita Federal, como a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), retenções de terceiros, Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD); do Ministério do Tra-

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balho e da Previdência Social (MTPS), como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), movimentação de trabalhadores, vínculos, Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT); do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); entre outras declarações pertinentes a esses órgãos. Para Mara Lúcia Santos Costa, presidente da empresa Revenda Contábil, especializada em contabilidade de postos de combustíveis, o empresário do ramo deve estar atento a algumas peculiaridades. Uma delas é manter rigorosamente em dia o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico

de Saúde Ocupacional PMSO e a Norma Regulamentadora 20 (NR20), voltada para a segurança no trabalho contra riscos de acidentes com líquidos combustíveis e inflamáveis. Para todos eles, existem prazos para cumprimento das normas, como consultas e exames médicos, utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs), controle e monitoramento da saúde. O eSocial dita em suas normas que as informações de qualquer movimentação devem ser prestadas no momento de sua ocorrência. “Outro ponto de atenção é com relação à transferência do colaborador, quando os revendedores são donos de


outras empresas que possibilita transferir funcionários sem ônus. Antes, essas operações eram registradas junto aos procedimentos mensais. Com o eSocial, elas deverão ser informadas no ato da troca de local de trabalho de uma empresa para outra. As informações de departamento também devem ser evidenciadas”, explica Mara. Para a especialista, a maior preocupação do revendedor deve ser direcionada à comunicação entre a Revenda, o administrador e o RH internos, que cuidam da adaptação e da continuidade desses processos contábeis da empresa. “A transparência nos atos, a organização e o fluxo das informações serão o grande gargalo”, pontua Mara. Ela acrescenta que jornadas de trabalho, quadro de horário, escalas, folgas, entre outras rotinas, antes internas, são totalmente disciplinadas e disponíveis nos arquivos do eSocial. O sistema monitora, ainda, as

informações mensais de retenções de fonte em serviços tomados, como transporte de cargas, aluguéis, entre outros, que geram tributos diretos, sejam informados junto ao eSocial, individualizados por CNPJ ou CPF. Essas retenções serão transportadas imediatamente para a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF WEB), que disponibilizará os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) para recolhimento. Já se cogita, em uma versão futura, implantar a obrigação das informações do PIS e da COFINS e das contribuições sobre o lucro líquido da empresa. “Oriento os revendedores a fiscalizar o cumprimento das entregas das obrigações acessórias e a entender o contexto dos dados inseridos. A entrega com omissões, incorreções ou a não entrega desses compromissos são passíveis de penalidades e multas”, recomenda a especialista.

Cronograma oficial para implantação do eSocial Empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões (exercício 2014): Setembro de 2016: Envio de informações relativas a contratações e utilização de mão de obra remunerada (cadastramento, vínculos, contribuições previdenciárias e folha de pagamento). Janeiro de 2017: Envio dos demais documentos, como tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho. Empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões (exercício 2014): Janeiro de 2017: Envio de informações relativas a contratações e utilização de mão de obra remunerada (cadastramento, vínculos, contribuições previdenciárias e folha de pagamento). Julho de 2017: Envio dos demais documentos, como tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho.

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Jurídico

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Mudança na licença-paternidade Desde o dia 8 de março estão em vigor as alterações no benefício paterno

B

ráulio Chaves, proprietário do posto Chaves, em BH, surpreendeu uma das funcionárias ao informar que ela teria seis meses de licença-maternidade. Mesmo não sendo obrigado a conceder o benefício de dois meses a mais, o revendedor premiou a colaboradora pelo bom serviço prestado. “É uma maneira de motivar a equipe e reconhecer a dedicação que ela teve no período.” O revendedor utilizou o benefício como um instrumento motivacional, no entanto, desde 2008, o Governo Federal tem em vigência uma iniciativa chamada Empresa Cidadã, que isenta de impostos, no ano seguinte, a empresa que aceitar aumentar de quatro para seis meses a licença-maternidade das funcionárias. Para isso, existem algumas regras. “Para garantir os seis meses de licença, a solicitação pela empregada grávida, cuja empresa tem que fazer parte do Programa, deve ser feita até o final do primeiro mês após o parto. Já em relação à licença-paternidade, o empregado deve requerer os 20 dias no prazo de dois dias úteis após o parto da companheira”, esclarece Klaiston Soares D´Miranda, coordenador Jurídico Trabalhista e Sindical do Minaspetro. No dia 8 de março deste ano, novas regras para a licença-paternidade começaram a vigorar para as empresas que aderiram ao programa. Antes, eram somente cinco dias de folga concedidos ao pai, agora são 20 dias.

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Dúvidas frequentes:

O que muda? A licença-paternidade passa de cinco para 20 dias. Para ter direito à ampliação, a empresa do colaborador tem que aderir ao programa Empresa Cidadã. A licença-maternidade continua com o mesmo período de quatro meses? Sim. Ampliar em 60 dias a folga é uma questão facultativa do empresário. A ampliação vale para quem tem filhos adotivos? Sim. Pais adotivos também têm o benefício. Como participar do programa Empresa Cidadã? Basta os interessados se inscreverem no site da Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br


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Meio ambiente

Empresa recolhe todas as embalagens quinzenalmente

Atenção para a gestão de resíduos Minaspetro alerta que os postos que não declararem a terceirização do serviço aos órgãos competentes podem ser multados

A

gestão de resíduos do posto é uma preocupação que o revendedor deve ter diariamente. Não é porque foi contratada uma empresa terceirizada para a realização do serviço que o posto estará isento de suas obrigações e punições. O Minaspetro alerta: a Revenda pode, sim ser responsabilizada pela má gestão de empresas que não declaram corretamente o que foi recolhido no Cadastro Técnico Federal (CTF) e no Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Às vezes, a empresa cumpre o que está combinado no contrato, mas não faz o que está previsto em lei. Tanto o posto quanto a empresa têm que declarar o que foi recolhido e o que foi feito com o resíduo”, explica Bernardo Souto, advogado do departamento de Meio Ambiente do Sindicato, especialista em gestão ambiental. A instrução do advogado é clara. Além do cumprimento do que está firmado entre as partes pelo serviço prestado, o revendedor precisa cobrar da empresa que ela faça as declarações necessárias no site do Ibama. Caso contrário, o posto pode ser multado. O mais preocupante

é que tem havido uma alta recorrência de empresas que não oficializam a declaração. Uma das instituições que realizam a gestão de resíduos gratuitamente é a GRI, responsável pelo programa de logística reversa de embalagens de lubrificantes usadas do Instituto Jogue Limpo. Trata-se de uma iniciativa das indústrias que produzem óleos lubrificantes para dar destinação correta às embalagens dos produtos. A empresa possui um espaço em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde tais embalagens recolhidas nos pontos de combustíveis da região são lavadas, prensadas, alocadas em fardos e depois revendidas para empresas da construção civil. Daniela Oliveira, coordenadora do Jogue Limpo, ressalta que o empresário pode se cadastrar gratuitamente e que a empresa pode se adequar de acordo com a necessidade e o volume da Revenda. “Costumamos fazer as coletas das embalagens mensalmente, mas, em alguns locais, podemos recolher quinzenalmente os resíduos.” O Instituto também disponibiliza outras duas centrais no Estado, em Juiz de Fora e Uberlândia. Os interessados podem entram em contato pelo telefone 0800-033-1520.

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Minaspetro

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O Minaspetro não para Confira o balanço das ações que foram implementadas no ano passado e que ainda repercutem em 2016

Sindicato se movimenta para atender as demandas do revendedor mineiro

O

ano de 2015 foi um período movimentado para o Minaspetro. Muitas ações, cujo intuito foi facilitar e melhorar a vida do revendedor no dia a dia com a Revenda, foram criadas, executadas e, neste ano, começam apresentar resultados positivos, e, nos casos das ações jurídicas, estas foram assertivas na defesa da categoria. Os destaques ficam por conta das iniciativas do departamento Jurídico do Sindicato, que tem se mostrado atuante e proativo em questões de extrema relevância para o setor. Em 2016, duas demandas jurídicas importantes entraram em fase decisiva. O Minaspetro está com olhares atentos para a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja ação que discute a essencialidade e seletividade do tributo para combustível e energia elétrica está prestes a ser ajuizada. Gustavo Fonseca, advogado do departamento Tributário, diz que o processo da TCFA aguarda a contestação do Ibama. “A expectativa é que a sentença sobre o aumento abusivo da taxa tenha um parecer em julho ou agosto”, declara. A ação pede a redução da alíquota para 12%, atualmente ela é de 25%.

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Já no processo do ICMS no combustível, o Minaspetro conseguiu mobilizar um bom contingente de postos e, hoje, conta com cerca de 200 revendedores mineiros na ação coletiva. “A Constituição Federal diz que é necessária uma alíquota de ICMS diferenciada para bens e serviços que são essenciais para a vida do cidadão, como é o caso proposto. E ela não pode ser maior que a de outros produtos considerados supérfluos. Para se ter uma ideia, o percentual para a comercialização de diamante, por exemplo, é de 5%. Como aqueles para a energia e a gasolina podem ser maiores?”, indaga Arthur Villamil, advogado, Cível/Comercial do Minaspetro. A ação pede a redução das alíquotas de gasolina (25%), diesel (15%) e etanol (15%) também para 12%. Se a ação for favorável ao Minaspetro, o revendedor terá boas notícias. Com relação à energia, por exemplo, se um posto gasta cerca de R$ 1.000 por mês com a conta, ele terá um ganho retroativo que equivale aos custos gerados com esse serviço nos últimos 60 meses, ou seja, um retorno de, aproximadamente, R$ 50 mil. No caso do combustível, o empresário teria o preço de compra muito mais baixo. “Isso deixaria o mercado mais competitivo, o que é muito saudável”, aponta Villamil, que ainda comenta que a previsão é que a ação permaneça por quatro a cinco anos na Justiça.


Pesquisa comprova bom trabalho

Para saber se o departamento Jurídico tem atendido bem as demandas do revendedor que precisa do serviço, a Comunicação do Sindicato tem realizado pesquisa com os usuários. Desde agosto do ano passado, período em que se iniciou o levantamento, os dados se mostram positivos – 96% dos entrevistados se disseram satisfeitos com o atendimento dos advogados do departamento.

Comunicação de resultados Nas diversas iniciativas bem-sucedidas e nos contínuos avanços representativos que vêm sendo conquistados gradualmente pelo Minaspetro, um aspecto tem se mostrado crucial: a comunicação. A intensificação dos investimentos em canais de diálogo, compartilhamento e disseminação de informações, serviços e conhecimentos tem sido assertiva e eficiente para todos os departamentos do Sindicato e em todos os âmbitos. Entre eles estão a criação e o lançamento do aplicativo. “Com cerca de 840 downloads realizados, o objetivo da iniciativa foi deixar todos os serviços do Sindicato mais acessíveis e ágeis”, diz Geisa Brito, jornalista do Minaspetro. No app, o empresário encontra leis, circulares, tabelas, convenções coletivas de trabalho, além da própria revista mensal do Minaspetro. A criação do blog também veio para ampliar as fontes de informações para os revendedores e ao mesmo tempo apresentar o Sindicato aos empre-

sários que ainda não conhecem sua importância. Outro exemplo de que o Sindicato não se furta a estar próximo das novas tecnologias e investir em comunicação para estar lado a lado do empresário é o canal 0800. Ele foi uma das ferramentas que fortaleceram a integração da Revenda do interior com a sede do Sindicato. Muitas demandas e consultas jurídicas chegam via telefone, o que popularizou e otimizou ainda mais os serviços. O Sindicato, por meio de seu departamento de Apoio e Expansão ao Revendedor, atendeu uma demanda importante dos revendedores de rodovia. Como o Governo Federal estava realizando pesquisas com os postos interessados em se oficializarem como pontos de parada e descanso, o Sindicato se dispôs a receber todas as inscrições, organizá-las e enviá-las para a Fecombustíveis. Ao todo, o Minaspetro enviou a documentação de 25 postos interessados.

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CICLO DE CONGRESSO

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Sucesso de público e crítica Temas e conhecimentos atuais de mercado atraem empresários, autoridades e fornecedores do setor, que prestigiaram o Ciclo de Congressos no Triângulo Mineiro

Componentes da mesa oficial do evento: chefe do 9º departamento de polícia civil, Hamilton Lima; tenente coronel do Corpo de Bombeiros Militar, Nivaldo Machado; prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado; diretor Regional de Uberlândia Jairo Barbosa; presidente do Minaspetro, Carlos Eduardo Guimarães Jr,; diretor do Ipem-MG, Fernando Sette Pinheiro; delegado da Receita Federal, Valtair Soares Ferreira; diretor de Uberada, José Antônio Cunha Nascimento e o diretor Regional de Patos de Minas, Moisés Elmo Pinheiro

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m mercado extremamente complexo e dinâmico. Assim é a Revenda de combustíveis e essas são algumas das razões que fizeram com que mais de 450 empresários do Triângulo Mineiro prestigiassem o 11º Ciclo de Congressos Regionais Minaspetro, no dia 29 de abril, lotando o auditório do Center Convention, em Uberlândia. “O evento nos trouxe muitas novidades e alertas para o que está sendo exigido, afinal, a legislação sempre muda”, destacou Karlúcio Caixeta, revendedor de Patos de Minas, Parque Auto Posto. O encontro também foi prestigiado por autoridades da região, entre elas o prefeito do município, Gilmar Machado, que reforçou a importância da iniciativa e do segmento para o Estado. “É uma alegria participar, mais uma vez, do Ciclo de Congressos do Minaspetro. O setor é de extrema relevância econô-

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mica para Uberlândia e Minas Gerais e esse evento mostra que a categoria é organizada, preocupada com questões como a sustentabilidade e cumpre seu papel”, declarou. O presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães Jr., ressaltou as contribuições que o seminário visa proporcionar ao mercado de Revenda mineiro e a honra de contar com a presença do prefeito. “Essa participação ilustre mostra a credibilidade do Sindicato e do nosso setor, responsável por uma das maiores arrecadações de ICMS do Estado.” Ele pontuou, ainda, que a ocasião representa uma oportunidade de estreitar o relacionamento e fortalecer o diálogo com instituições governamentais como Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, Secretaria de Estado da Fazenda, Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG),


Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre outros. Reforçando o coro com o presidente do Minaspetro, o diretor da regional do Minaspetro em Uberlândia, Jairo Barbosa, anfitrião do evento, expôs sua satisfação em ver a casa cheia. “Nosso Ciclo de Congressos tem esse intuito de aproximar a categoria das instituições que contribuem para o bom desempenho da atividade, além de gerar integração entre os revendedores. Agradeço a presença de todos os empresários e dos representantes destes órgãos reguladores e fiscalizadores.” Os palestrantes George Vidor e Max Gehringer repetiram o sucesso de Caxambu e provocaram reflexões aprofundadas no público sobre o atual cenário político-econômico brasileiro e as boas práticas e estratégias de gestão do negócio, respectivamente, que foram os pontos altos das duas principais palestras do encontro.“Os eventos do Minaspetro evoluíram muito. Sempre trazem temas novos para a Revenda. Gostei de todas as apresentações que nos trouxeram temáticas e abordagens muito interessantes e pertinentes à nossa realidade”, comentou Norma Oliveira, do Posto Asa Delta, de Uberlândia.

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Metrologia em pauta O painel da ANP e Ipem/Inmetro foi um momento de atualizar a Revenda de combustíveis e de abrir espaço para que empreendedores direcionassem suas dúvidas aos representantes desses órgãos reguladores. O diretor do Ipem-MG, Fernando Sette, a advogada da área Metrológica do Minaspetro, Ana Violeta e presidente do Sindicato, Carlos Guimarães Jr., compuseram a mesa. “A ANP está fazendo levantamento de preço por telefone, mas vocês não são obrigados a passar tais dados, pois não há como garantir quem está do outro lado da linha. Caso recebam esse tipo de ligação, se predisponham a retorná-la, ligando no 0800 da Agência e, assim, repassem com mais segurançaos valores solicitados”, alertou a especialista Ana Violeta.

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CICLO DE CONGRESSO

Confira as questões e dicas destacadas nesse painel: • Acompanhe sempre de perto a visita do fiscal de órgãos reguladores; • Leia, detalhamente, o relatório antes de assiná-lo; • Verifique, periodicamente, os equipamentos do posto; • Faça a coleta de amostra-testemunha, ela é a única maneira de provar que o combustível recebido está fora da especificação, caso isso ocorra. Tal procedimento ainda não é adotado por todos os revendedores; • Mantenha sempre atualizados o preenchimento do registro de análise de bicos no registro de análise e planta simplificada, conforme anotado no Livro de Movimentação de Combustíveis; • Divulgue todos os preços dos produtos que comercializa nas placas de preços que devem estar disponíveis em todas as entradas do estabelecimento; • Desconsidere o breakaway na medida da mangueira da bomba de combustível; • No ato de fiscalização a ANP não pode checar a bomba que você lacrou em decorrência de algum problema detectado. Contudo, você precisa apresentar o comprovante de que já solicitou manutenção do equipamento; • Esteja em dia com a licença ambiental e com o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), pois a ANP iniciou o processo de revogação daqueles que não entregaram esses documentos. Muitos postos correm o risco de serem fechados.

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Meio ambiente em foco Muitos dos participantes do Congresso foram em busca de informações sobre a área ambiental. Tal interesse comprova que o empresário está mais atento e consciente a essas questões. “O evento foi muito produtivo, principalmente em relação aos temas da área ambiental. Vim, principalmente, em busca dessas orientações e consegui me atualizar”, comentou Télio Souza, do Grupo Décio, de Ituiutaba. Sua colega Valéria de Souza também descatou a importância da programação destinada aos conhecimentos e informações relacionadas à legislaçãoambiental do setor de combustíveis. “Toda essa parte é importante para nós. Esclarecemos muitas dúvidas.” O painel sobre licenciamento e fiscalização ambiental foi conduzido pelo dirigente da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) do Triângulo Mineiro, Franco Cristiano da Silva Alves, e pelo advogado e engenheiro do departamento Jurídico de Meio Ambiente doMinaspetro, Bernardo Souto.


Confira os destaques do painel ambiental do Ciclo: • Seja a primeira pessoa a fiscalizar o seu posto. Ninguém melhor do que o próprio revendedor para conhecer os riscos que o empreendimento oferece. • Esteja atento, pois a licença ambiental não assegura que o posto não esteja poluindo. A vigilância deve ser constante. • Esteja com todos os pagamentos legais em dia, mesmo mediante aumento abusivo. • Fique atento às mudanças do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras (CTF/APP), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), no momento do preenchimento; • Confira o correto preenchimento do Relatório Anual de Atividades Poluidoras (RAAP) e evite ser autuado, pois a fiscalização do Ibama acontece por meio eletrônico e, em quase 100% dos documentos, são detectados erros. • Confira se a empresa contratada para a destinação de resíduos está declarando corretamente ao Ibama, pois o procedimento inadequado recai sobre o posto.

Feira diversificada A Feira do Revendedor foi outro destaquedo 11º Ciclo de Congressos Minaspetro em Uberlândia. Os espaço contou com estandes de 30 empresas, que ofereceram ao público a oportunidade de realizar bons negócios. “Esse evento nos ajuda a tomar decisões. Estamos procurando ampliar a automação do posto, adquirir novos sistemas de gerenciamento e a feira nos ajudou muito”, destacou Hamilton Duarte, do Posto Via Shopping, de Uberlândia.

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capa

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chave Gestão é a

Em tempos de queda no consumo e incertezas econômicas, operar bem o negócio é vital para que a Revenda seja rentável e passe sem maiores sustos pelo período de recessão

A

té o mais otimista dos revendedores sabe: as vendas dos postos vão cair. O relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já identificou essa queda no ano passado, e, em 2016, a previsão é que esse declínio no consumo permaneça. Diante dessa realidade, não há tempo para lamentação. Cabe ao empresário do ramo arregaçar as mangas, se debruçar sobre as planilhas de custos, encontrar novas possibilidades de renda e enxugar,

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ao máximo, o que pode ser considerado desperdício de tempo e dinheiro. A palavra de ordem para 2016 é gestão, se possível, aliada a uma boa dose de visão empreendedora. Para se destacar neste mercado tão competitivo, marcado por margens de lucro tão estreitas, é preciso saber unir esses dois predicados fundamentais para qualquer empresário de sucesso. Foi o que fez Ricardo Pires Lages, proprietário de postos em Itabira e Santa Maria de Itabira.


Há cinco anos, quando a distribuidora tentou implementar o programa de fidelidade em seu posto, o revendedor não ficou muito satisfeito. “Não queria entregar, de mão beijada, minha carteira de clientes, cuja construção exigiu anos de trabalho, para a companhia”, comenta Ricardo. Inquieto e certo de que tinha em mãos uma oportunidade, o empresário criou seu próprio programa, batizado de Cliente VIP Fidelidade. A iniciativa alia benefícios na compra de combustíveis com descontos em produtos e serviços oferecidos pelos outros estabelecimentos comerciais integrados à Revenda – hotel, padaria, lojas de conveniência, etc. Mais que fidelizar o consumidor, Pires viu na estratégia a oportunidade de fazer uma gestão macro de quem abastece no estabelecimento. Hoje, a iniciativa serve como uma espécie de ferramenta CRM (Customer Relationship Management) do negócio, que nada mais é do que o gerenciamento do relacionamento com o cliente que visa mapear, entender e se antecipar às necessidades do público-alvo e os potenciais da empresa para atendê-las e se diferenciar no mercado. “O cliente não pode ser um anônimo. O proprietário precisa conhecer quem ele é, seu perfil de compra e o que fazer para aumentar e otimizar seu consumo”, enfatiza Pires. Essa excelência em gestão do consumidor, para o consultor de negócios Roberto Dias, é fundamental, pois, quanto mais intenso for seu processo de fidelização, maior a chance de sua rentabilidade aumentar. “Hoje lidamos com o ‘superconsumidor’, que se vale das facilidades e da agilidade do acesso global à informação. Quando ele compra é porque já pesquisou e avaliou vários fatores antes de tomar uma decisão.” “Espelho do líder” Contudo, o cliente é somente um dos aspectos para os quais o revendedor deve estar atento na administração sustentável do negócio. Estima-se que cerca de 50% dos gastos de um posto de combustíveis sejam com capital humano. Portanto, se faz necessário lançar um olhar especial à gestão de pessoas. “Se o custo nessa área é tão elevado, obviamente boa parte das melhorias propostas deve estar relacionada com a equipe”, afirma o especialista.

Para melhorar a produtividade dos funcionários e diminuir a rotatividade, a rede de Ricardo Pires trabalha com metas para cada frentista. Se o colaborador abastece a quantidade de litros estipulada, ele recebe um bônus diário. Além disso, ele possui uma equipe de psicólogos que traçou um plano de cargos e salários para os funcionários. Resultado: grupo de empregados motivado, produtividade em alta, rotatividade mínima e custos enxutos. “A excelência na gestão de pessoas passa pela mudança de atitude do próprio empresário. A equipe é o espelho do líder. Toda empresa que tem um diferencial competitivo possui uma liderança imbatível que inspira seus funcionários”, decreta o consultor. Alerta constante “O preço da tranquilidade é a eterna vigilância.” Foi assim que Rogério Lott, proprietário do Posto CN, na capital mineira, e do Cidade Nova, em Betim, respondeu à reportagem quando foi questionado sobre a importância de controlar as planilhas de custos, preços, caixa e estoque da Revenda. Ele mesmo se considera um metódico quando se trata de analisar números e resultados diários do negócio. Isso mesmo, todos os dias ele se debruça sobre as planilhas e avalia o que entrou, o que saiu e o que pode ser melhorado. “Tenho um cuidado especial também com o estoque, com o sistema de controle de combustível, monitorado constantemente no escritório.” Inclusive, a tecnologia foi um dos temas mais ressaltados pelo empresário. Ele considera muito importante ter sistemas automatizados de controle integrados na gestão diária do posto. Além do medidor de combustível, um sistema de identificação do frentista ao acionar a bomba traça a produtividade de cada empregado. Assim como o companheiro do segmento de Itabira, Lott utiliza a estratégia de metas com os funcionários para a venda de produtos agregados, como os da loja de conveniência e a gasolina aditivada, por exemplo. Outra recomendação do revendedor aos colegas é andar lado a lado com o contador. “Tem que ter controle! A equação de entrada/saída/estoque dá o resultado final. O revendedor evidencia tudo o que foi feito para que o contador possa elaborar o conteúdo de forma técnica.”

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capa

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Os segredos para uma boa gestão do posto

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Caixa: tem que ser bem gerido. É crucial saber quanto entra e sai e manter o capital de giro. Posto não quebra por prejuízo, e sim por falta de caixa.

Custo: outro aspecto cuja boa administração é fundamental. Tudo deve ser colocado na planilha de despesas: da água mineral do escritório até a compra de milhares de litros de combustíveis.

Estoque: é onde se encontra um dos maiores desafios do empresário. Monitoramento frequente para evitar furtos e registro do que se perdeu nas lojas de conveniência são vitais para prevenir e minimizar desperdícios.


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Tecnologia: é uma grande aliada. Seja na contabilização de estoque, no monitoramento da equipe ou na análise do combustível, invista em sistemas de TI que agreguem excelência à gestão.

Contabilidade: é um dos aspectos mais complexos de uma revenda. Muitas vezes, o empresário tem mais ciência de taxas e impostos a serem pagos que o próprio contador. Um contador mal orientado pode quebrar seu negócio.

Precificação: saiba calcular seus custos operacionais e coloque isso em sua margem de lucro. Uma boa política de preço não significa acompanhar o vizinho.

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Mercado

Nº 84 – Maio 2016

A Revenda também é delas! Mulheres donas de postos são um fator que tem crescido no mercado. O que elas trazem de diferencial?

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aria Aparecida Daldegan, dona dos postos Xingu e Geraes, em Belo Horizonte, atualmente domina todas as peculiaridades da Revenda e consegue gerenciar bem seu negócio, mas nem sempre foi assim. Ela herdou o posto do marido, em 2011, e, com o impacto do falecimento dele, teve muita dificuldade em pegar o ritmo administrativo do empreendimento. Felizmente, com ajuda dos colegas empresários e do próprio Minaspetro, a revendedora buscou conhecimento sobre a rotina e deu sua cara à empresa. “Hoje, o posto está mais limpo, mais organizado, e contratei mulheres para a pista, pois são comprometidas e cuidadosas. Ainda tenho muito a aprender, mas vejo com mais clareza como funciona o negócio.” Assim como ela, outras mulheres brasileiras estão entrando em mercados que antes eram essencialmente masculinos. Quem comprova a informação é o estudo feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), por solicitação do Sebrae Minas, que apontou que elas estão se arriscando e empreendendo mais. Em Minas Gerais, 51% dos empreendedores em estágio inicial, entre três e 42 meses de empresa aberta, são mulheres. Já entre os estabelecidos, o percentual chega a 41%. “Elas estão cada dia mais agressivas”, comenta Michelle Shalub, analista do Sebrae Minas. “A característica feminina de conduzir o negócio, com um perfil mais apaziguador, de liderança, de zelo e cuidado, tem sido vista como um diferencial em setores que, antes, eram predominantemente dos homens.” Para a especialista, não é um movimento tão novo. A formalização das mulheres no mercado e a busca por novas oportunidades fizeram com que elas quisessem ser reconhecidas em segmentos “improváveis”. Foi o que fez Juliana Calais da Costa, proprietária do Posto Saramenha, em Belo Horizonte, e do JC, que será inaugurado ainda neste primeiro semestre, em Contagem. Ela herdou o posto do marido, em 2001, e também teve que se virar para entrar nesse negócio tão complexo. “Aprendi na porrada”, brinca. “O mercado vivia um momento difícil na época, assim como hoje. Virei bandeira branca e implementei processos importantes. Acredito que o crescimento das mulheres na Revenda seja muito saudável. Somos mais abertas ao diálogo, temos mais jogo de cintura com as fiscalizações, pensamos mais na imagem do posto e na sua organização”, decreta.

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Maria Aparecida gerencia sozinha o posto Geraes desde 2011

Evento feminino Para estreitar relacionamento com as empresárias e homenageá-las pelo Mês da Mulher, o Minaspetro realizou um evento com as revendedoras de Belo Horizonte. Na sede, cerca de 20 empresárias participaram da iniciativa, que teve como palestrante o terapeuta holístico e consultor em qualidade de vida Gabriel Pessoa. Ele falou sobre do-in, uma terapia com o intuito de promover a conscientização e a integração do indivíduo, e ensinou às presentes técnicas de automassagem, que possibilitam o relaxamento de maneira simples e rápida.


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na revenda

Em busca de novas receitas Com margens tão estreitas e mercado competitivo, cobrar pelo uso do calibrador virou uma opção viável para os revendedores uando o calibrador do Posto Londrina, em Belo Horizonte, de propriedade de Gisele Teixeira Silva, não era cobrado e os clientes podiam usá-lo à vontade, a empresária começou perceber um problema de logística na pista. Com o objetivo de arrecadar com as gorjetas, os frentistas começaram a abandonar o local de abastecimento para oferecer para os clientes o ajuste na calibração. “Eles passaram a perder o foco no atendimento”, observou a revendedora. O problema foi resolvido de forma simples – cobrando pelo uso do calibrador, por meio de um ficheiro instalado. Além do retorno dos colaboradores para a pista, o sistema teve um ganho financeiro interessante. “Em três meses pagamos o investimento no aparelho”, calcula Gisele. É claro que, no início da instalação, o revendedor certamente irá ouvir reclamações de clientes, mas nada mais justo que cobrar pelo serviço que tem um custo de manutenção. É comum motoristas passarem com o veículo em cima da mangueira, quebrarem os bicos e até mesmo furtarem peças do calibrador. Outra boa solução foi encontrada pelo revendedor de Varginha Leandro Montteran. Ele conseguiu chegar a um meio-termo. Com o equipamento de fabricação própria, ele permite o uso somente para os clientes, com a liberação do sistema via controle remoto. Quem não abastece paga R$ 1. “A principal vantagem nem é a arrecadação, mas sim a eliminação dos custos. Ao menos, com essa quantia dá para cobrirmos a manutenção. Bicos que antes duravam 15 dias têm uma vida útil maior, e o uso do compressor diminuiu consideravelmente.”

Eliminação de custos e fonte de renda com a cobrança pelo uso do aparelho

Custos e solidariedade Em Manhuaçu, no Leste do Estado, o Auto Posto Cidade Nova, de propriedade de José Antônio Bonfim, repassa 50% do valor que é arrecadado com o calibrador para o asilo São Vicente de Paula. A outra metade o revendedor utiliza para cobrir os custos do aparelho. O empresário conta que, antes do ficheiro, o local do calibrador era “uma verdadeira bagunça” e que o sistema, além de ajudar a quem precisa, organizou o espaço. “É uma doação que o cliente faz. Se ele reclama, os frentistas mostram para ele que se trata de uma ação solidária. Se mesmo assim ele se mostra insatisfeito, aí liberamos via controle remoto o uso do calibrador.” De acordo com o revendedor, mensalmente, a arrecadação média para o asilo é de R$ 650.

Se você gostou da ideia de aliar a cobertura dos custos do aparelho com a prática social, algumas empresas já oferecem o projeto e o sistema de repasse para a instituição de caridade prontos. É o caso da Ar Amigo, a que cerca de 80 postos já aderiram. Conheça mais sobre a iniciativa em www.aramigo.com.br.

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Mercado

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Curva ascendente Desde o início do novo governo estadual, Secretaria segue aumentando indiscriminadamente o PMPF

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Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), vem mantendo as alíquotas de Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) durante o ano. No entanto, se por um lado ele se “esforça” para não reajustar o índice, estranhamente a oscilação do Ato Cotepe/PMPF faz uma curva ascendente. Como ele é a base de cálculo para o imposto, o combustível tem ficado mais caro na compra para o revendedor. Sempre quando a Revista Minaspetro vai abordar esse assunto, a reportagem entra em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria, que se esquiva declarando que “realiza pesquisas periódicas em diversas regiões do Estado, com o intuito

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de aferir o preço médio do combustível praticado pelos revendedores, para fins de cálculo do ICMS devido. Na maioria das vezes, o preço praticado em determinada região do Estado não reflete o preço médio do Estado”. Uma explicação no mínimo vaga, uma vez que a discrepância dos valores é grande. Quem mais sofre são os revendedores que estão na fronteira com São Paulo. Fábio Aguinaldo da Silva, proprietário dos postos Floresta e Petrominas, em Poços de Caldas, conhece de perto a triste realidade. “Recentemente, um estabelecimento foi aberto na fronteira e nos tomou cerca de 30% do mercado. O pessoal vai para São Paulo e volta com o tanque cheio.”


05/2015 | Gasolina Comum – 3,4991* | Diesel S 10 – 2,8664* | Etanol – 2,4355*

06/2015 | Gasolina Comum – 3,4991* | Diesel S 10 – 2,8664* | Etanol – 2,3840*

07/2015 | Gasolina Comum – 3,4991* | Diesel S 10 – 2,8664* | Etanol – 2,3840*

08/2015 | Gasolina Comum – 3,5013* | Diesel S 10 – 2,0094* | Etanol – 2,7780*

09/2015 | Gasolina Comum – 3,5013* | Diesel S 10 – 3,0094* | Etanol – 2,3840*

10/2015 | Gasolina Comum – 3,5013* | Diesel S 10 – 3,0094* | Etanol – 2,3840*

11/2015 | Gasolina Comum – 3,6601* | Diesel S 10 – 3,1252* | Etanol – 2,5304*

12/2015 | Gasolina Comum – 3,6601* | Diesel S 10 – 3,1252* | Etanol – 2,6880*

01/2016 | Gasolina Comum – 3,8410* | Diesel S 10 – 3,1430* | Etanol – 2,8330*

02/2016 | Gasolina Comum – 3,8405* | Diesel S 10 – 3,1428* | Etanol – 2,9848*

03/2016 | Gasolina Comum – 3,9058* | Diesel S 10 – 3,1765* | Etanol – 3,0618*

04/2016 | Gasolina Comum – 3,9058* | Diesel S 10 – 3,1765* | Etanol – 3,0618*

Veja como foi a oscilação do Ato Cotepe, em Minas Gerais, no período de

12 meses

* Valores expressos em reais

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gotas

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Mais um benefício Revendedores associados terão assinatura diária do jornal Estado de Minas de forma gratuita O Minaspetro fechou uma parceria com o maior jornal do Estado para que seus associados recebam o periódico gratuitamente em seus estabelecimentos. O objetivo é proporcionar aos revendedores maior acesso às notícias, principalmente do segmento em que estão inseridos. Antes, o associado tinha somente o acesso digital e recebia o exemplar uma vez na semana. O Sindicato está em processo de atualização dos endereços. Sendo assim, aqueles revendedores que desejam receber o Estado de Minas em outro endereço, que não o do posto cadastrado, devem entrar em contato com a Assessoria de Comunicação do Sindicato (ascom@minaspetro.com.br/ 2108-6500/ 0800-005-6500) informando a razão social e o novo endereço para alteração.

Desburocratização do licenciamento ambiental em pauta Advogado da Federação faz parte de grupo de trabalho para atingir meta Bernardo Souto, advogado especialista em Meio Ambiente da Federação e do Minaspetro, está representando a Confederação Nacional do Comércio (CNC) em reuniões para discutir o licenciamento ambiental no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em Brasília.

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Foi criado um grupo de trabalho para “tornar o licenciamento mais racional”, conforme define Bernardo. ONGs e entidades ambientais alegam que as mudanças no processo podem “relaxar” o procedimento, o que é pela CNC e por outros representantes. O grupo já teve 11 reuniões para discutir o tema.


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formação de preços Gasolina – Minas Gerais / março/abril 2016 R$ 3,20 R$ 3,1316 R$ 3,1311 R$ 3,1015

R$ 3,10

R$ 3,00

R$ 3,0478

5/3 - 11/3

12/3 - 18/3

19/3 - 25/3

26/3 - 1/4

R$ 3,0644

R$ 3,0466 R$ 3,0414

2/4 - 8/4

9/4 - 15/4

16/4 - 22/4

Carga Tributária – % 38,3% 38,3% 38,3% 38,3% 38,3% 38,2% 38,2% Carga Tributária – R$/L R$ 1,4728 R$ 1,4728 R$ 1,4728 R$ 1,4728 R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918

Etanol – Minas Gerais / março/abril 2016 R$ 2,60 R$ 2,5146 R$ 2,5028 R$ 2,4757 R$ 2,4247 R$ 2,10 R$ 1,8616 R$ 1,7978 R$ 1,8012 R$ 1,60

5/3 - 11/3

12/3 - 18/3

19/3 - 25/3

26/3 - 1/4

2/4 - 8/4

9/4 - 15/4

16/4 - 22/4

Carga Tributária – % 14% 14% 14% 14% 14% 14% 14% Carga Tributária – R$/L R$ 0,4179 R$ 0,4179 R$ 0,4179 R$ 0,4179 R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287

Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / março/abril 2016 R$ 2,70

R$ 2,5610 R$ 2,5598 R$ 2,5615 R$ 2,5615 R$ 2,5659 R$ 2,5659 R$ 2,5659 R$ 2,6400 R$ 2,6393 R$ 2,6417 R$ 2,6417 R$ 2,6445 R$ 2,6445 R$ 2,6445

R$ 2,60

R$ 2,50

5/3 - 11/3

12/3 - 18/3

19/3 - 25/3

26/3 - 1/4

2/4 - 8/4

9/4 - 15/4

16/4 - 22/4

Carga Tributária S10 – %* 23,8% 23,8% 23,8% 23,8% 23,7% 23,7% 23,7% Carga Tributária S500– %* 24,1% 24,1% 24,1% 24,1% 24,0% 24,0% 24,0% Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 0,7486 R$ 0,7486 R$ 0,7486 R$ 0,7486 R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,7330 R$ 0,7330 R$ 0,7330 R$ 0,7330 R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378

S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços do etanol anidro e do hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e do hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio do Sudeste homologado no 35º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais, do respectivo mês, pesquisado pelo Sistema de Levantamentos de Preços da ANP. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo Decreto 8.395, de 28/1/15. * A partir de 1º de agosto de 2015, por decreto do Ato Cotepe/PMPF nº 14.

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