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Empresários reclamam de incertezas que cercam o Pix

Pix: evolução ou mais do mesmo?

Lançado como uma solução para baratear custos das transações e dar mais velocidade às operações bancárias, serviço já começa a ser taxado por instituições bancárias para PJ

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Grande aposta do governo federal para reduzir os custos das operações financeiras,o Pix parece, afinal, não ser tão diferente das modalidades já existentes – pelo menos no que diz respeito às taxas para Pessoa Jurídica. O anúncio de que os pagamentos, gratuitos para Pessoa Física, serão taxados para empresários veio como um balde de água fria para boa parte da Revenda.

Mesmo com a baixa adesão por parte dos clientes, que ainda têm optado, em sua maioria, pelo pagamento por cartão de crédito e débito – donos de postos já se mobilizam para adequar seus sistemas ao Pix. Diretor de Postos de Marcas Próprias do Minaspetro, Ademyr Eger acredita que o serviço poderá ganhar força no futuro e, por isso, defende que a prática de taxas abusivas sobre a operação seja questionada pela Revenda. “Assim como os cartões fizeram com que os talões de cheque caíssem em desuso, acho que precisamos nos preparar para um possível aumento das operações via Pix. Antes, minhas vendas no cartão correspondiam a menos de 10% do total e, atualmente, ultrapassam os 70%.”

A análise é compartilhada pelo gerente comercial da LBC, Mateus Lemos: “A procura ainda é tímida, mas acreditamos que o Pix se fortalecerá. Estamos preparados para oferecer diversas soluções para quem deseja incluir essa nova modalidade de pagamento, seja por TEF ou POS.”

Para o gerente de Inovação do Segmento de Postos da Linx, Thiago Piccinini, a expectativa de adesão ao Pix no varejo é reforçada pela elevada utilização da modalidade em outros tipos de transação, como as transferências bancárias. “O novo sistema deve ainda impulsionar o uso de pagamentos por QR Code e estamos otimistas de que o número de estabelecimentos que aceitarão o Pix como forma de pagamento no PDV crescerá cada vez mais e, até o final de 2021, essa modalidade estará consolidada no segmento de postos de combustíveis, lojas de conveniência e mercados de proximidade.”

SEGURANÇA NAS OPERAÇÕES

Além do questionamento em relação às taxas para recebimento de pagamentos por Pix, os empresários temem que o novo sistema abra espaço para fraudes e roubos, o que é refutado pelas instituições financeiras.

Em nota, o Banco Inter, que já acumula mais de 5,8 milhões de chaves Pix cadastradas, afirma que a operação é segura e confiável, estabelecida e padronizada pelo Banco Central. Ainda segundo o Inter, as instituições financeiras são obrigadas a manter regras e mecanismos de segurança e de validação para garantir a integridade do sistema.

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