MERCADO
Nº 119 – Julho 2019
A vez do GNV? Arquivo pessoal
Ações de incentivo de governos estadual e federal podem tornar o combustível uma opção interessante em um futuro breve
Frota de cooperativa da cidade de Mariana já está se convertendo e aguarda o início da operação do posto GNV
O
anúncio recente do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de que deixará de cobrar o IPVA dos veículos que saem de fábrica com a opção de abastecimento por gás natural, somado à afirmação do ministro Paulo Guedes de que o Conselho Nacional de Política Energética aprovou resolução que abrirá o mercado atualmente dominado pela Petrobras, pôs o combustível em evidência nas últimas semanas. Segundo cálculos do governo, os investimentos na instalação da infraestrutura necessária para atender à demanda estimada alcançariam R$ 34 bilhões até 2032. As notícias animaram José Eustáquio Magalhães Elias, proprietário da Rede Inconfidentes, que está prestes a dar início à operação de um posto GNV em Mariana, na região Central do Estado. Ele acredita que o gás é o combustível do futuro, ao qual
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está reservado um papel importante na transição entre os fósseis e a energia limpa. “Essa abertura do mercado vai baratear o combustível”, acredita o revendedor, que se mostra bastante otimista em relação à comercialização do GNV. Além da abertura do mercado nacional, como prevê o governo, o empresário cita outro exemplo para justificar sua análise: a descoberta em junho, pela Petrobras, de seis campos de gás natural em Sergipe e Alagoas, de onde podem ser extraídos 20 milhões de m³. Outras vantagens, segundo ele, são o prazo de pagamento – à vista para os combustíveis líquidos e 15 dias para o GNV –, a rentabilidade e a margem de lucro muito maior. A confiança demonstrada pelo empresário esbarra, no entanto, no número de carros convertidos em Minas Gerais. Pouco mais de 2% dos veículos em circulação no Estado detêm a tecnologia. Para