Revista Minaspetro nº 114 - Fevereiro de 2019

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Revista

Nº 114

Fevereiro 2019

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT

Tudo muito nebuloso Revenda deve se manter atenta a decisões que envolvem distribuição, regulação e relacionamento com colaboradores

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100% QUALIDADE RAÍZEN UM COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA O Programa 100% Qualidade monitora e atesta o nosso combustível do início ao fim, garantindo o melhor produto na entrega final. Para mostrar nossa exigência com o alto padrão de qualidade, recebemos durante o Evento 100% Qualidade mais de 1.300 parceiros simultaneamente em todo o país. São revendedores, clientes, órgãos governamentais e representantes de sindicato que vêm conhecer nossos processos e rígidos controles. O resultado da nossa preocupação se reflete lide na liderança da Raízen no PMQC – Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis, realizado pela ANP. É mais do que um certificado. É o trabalho de quem pensa no consumidor e na excelência do início ao fim. No Nossos Terminais estão de portas abertas para recebê-los, participe do próximo evento! Raízen. Energia que mobiliza.

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

2019: muitas perguntas e poucas respostas

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que será do mercado de combustíveis em 2019? O revendedor começa o ano com essa pertinente indagação em mente, uma vez que ainda é impossível prever o que pode acontecer. Após o impacto da greve dos caminhoneiros, temos que lidar agora com algumas consequências daquele movimento. Uma delas – extremamente equivocada em minha opinião – é a venda direta do etanol para os postos, uma tentativa de “liberar o mercado”, mas que já antecipamos o resultado: SONEGAÇÃO! Por quê? Porque a venda direta é um terreno fértil para a sonegação. Por mais que a distribuidora seja mais um elo na cadeia de fornecimento do etanol, a existência deste elo ajuda o governo a controlar o recolhimento dos tributos e dá aos revendedores mais segurança em relação à qualidade do combustível ofertado ao consumidor. Pergunto: quem irá garantir que o etanol em circulação atende às especificações exigidas? A usina será responsável pela qualidade? Sabemos que não, mais uma vez o problema da qualidade recairá sobre os postos e a sonegação recairá sobre toda a sociedade! Outra mudança relevante se dá com a chegada de novos players ao mercado de distribuição, o que muito me anima. Afinal, dar fim ao oligopólio das companhias é um pleito antigo do setor. O fortalecimento da Total após a aquisição da Zema e a chegada da Glencore, que arrematou o Grupo AleSat, renovam as esperanças do revendedor em um mercado mais competitivo e justo quando comparado ao tempo em que apenas as três gigantes (BR, Ipiranga e Shell) dominavam o setor. Por outro lado, a verticalização

imposta ao setor – que supostamente visa prevenir novas greves – se trata, a meu ver, de mais um erro. Imagine como seria a competição em um mercado em que as distribuidoras, com grande poderio financeiro, se tornassem também proprietárias de postos dotados de estrutura e capacidade de impor preços bem abaixo do que os pequenos e médios revendedores conseguem praticar? Simplesmente inviável. Nossa expectativa é que o Cade, encarregado de zelar pela saúde do mercado, perceba a afronta à concorrência justa que uma decisão como essa acarreta. No Chile a verticalização trouxe aumento de preços e enormes prejuízos para os consumidores. Por fim, relevantes mudanças no âmbito trabalhista também poderão vir a se concretizar. Passado um ano da Notificação Coletiva do agora extinto Ministério do Trabalho, tramita atualmente no Senado uma proposta de revogação da lei que proíbe o autosserviço em postos de combustíveis, uma medida polêmica, que gerará uma alteração significativa no mercado. Ora, se o próprio Ministério acreditava que o trabalho impunha grave risco à saúde dos frentistas, nada mais justo do que retirarmos esses trabalhadores da pista e adotarmos definitivamente o self-service, certo? Isso sem mencionar a novela em que se transformou a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Parabéns ao Ministério do Trabalho e aos sindicatos dos frentistas, continuem assim, duros, inflexíveis e sem enxergar as dificuldades de se empreender no Brasil, vocês vão conseguir acabar com a categoria de frentistas no Brasil! Note como teremos um ano desafiador pela frente. Após uma

Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br

greve nunca antes vista na história do mercado, lidamos agora com mudanças estruturais que prometem sacudir o setor. Na matéria de capa desta edição, abordamos todas essas alterações e como elas nos impactarão no futuro. Aproveito, ainda, para lhe convidar novamente para o 16º Congresso do Minaspetro, que será realizado nos dias 11 e 12 de abril, no Expominas-BH. Neste ano o Sindicato completará 60 anos e estamos preparando o maior e melhor congresso de todos os tempos! São muitas atrações que, sem dúvida alguma, vão trazer conhecimento capacitação para que enfrentemos os desafios que se agigantam sobre nós. Visite o site do Congresso e faça já a sua inscrição: congresso.minaspetro.com.br Encontro todos vocês nos dias 11 e 12 de Abril! Boa leitura!

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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 0800-005-6500 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1º Vice-presidente: Felipe Campos Bretas 2º Vice-presidente: Paulo Miranda Soares 1º Secretário: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves 1º Tesoureiro: Humberto Carvalho Riegert 2º Tesoureiro: Rafael Milagres Macedo Pereira Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Maurício da Silva Vieira Diretora de Lojas de Conveniência: Maurícia Lopes Vieira Zama Diretor de Postos de Rodovias: Wagner Carvalho Villanuêva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Belo Horizonte: Fábio Croso Soares Caratinga: Carlos Roberto de Sá Contagem: Leonardo Lemos Silveira Divinópolis: Roberto Rocha Governador Valadares: Rubens Perim Ipatinga: Vanda Maria Brum Avelar João Monlevade: Genilton Cícero Machado Juiz de Fora: Renata Corrêa Camargo Lavras: Marcos Abdo Sâmi Montes Claros: Gildeon Gonçalves Durães Paracatu: Irlan César Fernandes de Moura Passos: Reinaldo Vaz Ribeiro Patos de Minas: Moisés Elmo Pinheiro Poços de Caldas: Renato Barbosa Mantovani Filho Pouso Alegre: Luiz Anselmo Rigotti Sete Lagoas: Sérgio José do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Uberaba: José Antônio Nascimento Cunha Uberlândia: Janier César Gasparoto Varginha: Leandro Lobo Motteram

Conselho Fiscal Membros Efetivos: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Bernardo Farnezi Gontijo Rogério Lott Pires Membros Suplentes: José Roberto Mendonça Júnior Paulo Eduardo Rocha Machado Evandro Lúcio de Faria Diretores Adjuntos: Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Fábio Vasconcellos Moreira Gerente Administrativa Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Élcia Maria de Oliveira Francesca Luciana Neves Gislaine Carvalho Luciana Franca Poliana Gomides Francielle Tamares Rodrigues (estagiária) Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres Raphael Mike dos Santos Calixto Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Oriolo de Araújo França Priciane Nobre Ricardo Donizetti Rodrigo Loureiro Araújo

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães Ana Letícia Morais Osório (estagiária) Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário BMM Advocacia Empresarial Ambiental Bernardo Souto Bruna Pimenta Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Gomes Costa & Brasil Sociedade de Advogados Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Matheus Siqueira de Alvarenga Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Eduardo Caselato Dantas Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza

Departamento de Comunicação Stenyo Fonseca Lucas Jacovini Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Mariana Cerizze Lucas Sá

EXPEDIENTE

• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Alexandre Magalhães • Redação: Guilherme Barbosa • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Taynná Pizarro • Revisão: Luciara Oliveira • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior)

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SUMÁRIO

Depositphotos

Divulgação

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2019 ainda incerto para o mercado

Afinal, a terceirização vale a pena?

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CCT em 2019

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Notificação coletiva em nova fase

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Soluções tecnológicas para a Revenda

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Expositores otimistas para o Congresso

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FDC abre 3ª turma

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Gotas

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Formação de preços

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Atenção para as multas do eSocial

Fôlego para o autoabastecimento

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JURÍDICO

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Uso incorreto do eSocial

pode gerar multas

Divulgação

Revendedor deve acompanhar de perto ações de empresas fornecedoras de serviços para não pagar a conta de possíveis erros

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s prazos estabelecidos pelo eSocial foram várias vezes prorrogados e há justificativa para isso. Reunir em uma única plataforma informações relativas aos contratos de trabalho e à segurança de empregados formais espalhados por todo o Brasil é uma iniciativa ousada, que, naturalmente, traz dúvidas para os empresários, escritórios de Contabilidade e empresas especializadas em saúde do trabalhador. No entanto, é chegada a hora de todos os atores envolvidos se engajarem para atender as normas e prazos, principalmente o empresário. O proprietário

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da AIG Ocupacional, Alexandre Von Dollinger, explica que o envio ao sistema deve ser feito pelo escritório de Contabilidade que atende o posto ou pelo setor administrativo do estabelecimento. Entretanto, o revendedor deve acompanhar de perto o processo, pois é ele quem arca com as consequências de possíveis erros cometidos tanto pela Contabilidade quanto pela empresa prestadora de serviços de saúde e segurança. Neste último caso, vale lembrar, os documentos exigidos são PPRA, PCMSO, LTCAT, Laudo de Insalubridade, Laudo de Periculosidade e Laudo Ergonômico.


O governo federal já divulgou a tabela de multas. Fique atento!

Folha de pagamento: informações de férias, 13º salário e bonificações.

Multa: a partir de R$ 1.812,87 Exames médicos: admissional, demissional, retorno ao trabalho e mudança de função.

Multa: de R$ 402,53 a R$ 4.025,33 FGTS: deixar de computar a parcela ou perder o prazo de pagamento.

Multa: de R$ 10,64 a R$ 181.284,63 Férias: devem ser registradas no evento S-2230, sobre os afastamentos temporários, até o dia 7 do mês subsequente à ocorrência.

Multa: de R$1.812,87 a R$ 181.284,63 Admissões: o eSocial mudou o prazo para este item. Agora, a comunicação deve ser feita até no máximo um dia antes do empregado começar suas atividades.

Multa: de R$ 3.000 a R$ 6.000 ou R$ 800 em caso de microempresas Acidente de Trabalho: a CAT deve ser enviada ao eSocial até o 1º dia útil após a ocorrência.

Multa: de R$ 954 a R$ 5.645,80

Fase de teste Um ambiente de teste será aberto no sistema do eSocial para as empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões. Ele receberá eventos de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) a partir do dia 18 de março. Compõem os eventos de SST a tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador, exame toxicológico do motorista profissional, condições ambientais do trabalho – fatores de risco, treinamentos, capacitações, exercícios simulados e outras anotações.

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JURÍDICO

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Terceirização ainda em pauta Lei completa dois anos em março, mas jurisprudência ainda não consolidada e restrições rigorosas tornam sua aplicabilidade remota

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uando o então presidente Michel Temer sancionou a Lei da Terceirização (13.429), em março de 2017, abriu-se um amplo debate no país sobre a importância da medida e se de fato ela traria benefícios. Diante da alta taxa de desemprego registrada na época, essa foi uma das alternativas levantadas por especialistas para fomentar a abertura de novas vagas de trabalho no país. No entanto, o fato de a jurisprudência em torno do assunto ainda não estar consolidada, além de restrições à forma de contratação, resultou em um impasse em torno da possibilidade de admitir empregados terceirizados para atividades-fim. Passados quase dois anos da vigência da lei, a incerteza permanece, mas um pouco mais abrandada. “Antes havia apenas a regulamentação por súmula, ou seja, por jurisprudência uniformizada do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o que sempre gerou insegurança jurídica, porque deixava nas mãos dos juízes trabalhistas a decisão do que era atividade-fim e meio da empresa. As decisões judiciais ainda apresentam posicionamentos diversos, embora, em agosto de 2018, o STF tenha decidido, de forma majoritária, que a terceirização abrange todas as etapas de produção, seja de atividade-fim ou meio”, explica Daniela Laje Mejia Zapata, advogada Trabalhista e professora universitária QUANDO PODE? Muito se falou à época sobre em quais situações pode-se contratar trabalhadores para a atividade-fim – no caso da Revenda, frentistas. Duas possibilidades se apresentaram: a substituição transitória, quando um trabalhador está afastado, ou em caso de demanda complementar, quando a empresa está expandindo suas atividades. Daniela explica que o trabalho temporário é uma espécie de terceirização, regulamentada desde 1974, que autoriza a contratação de terceiros, desde que por prazo determinado. A demanda complementar, por sua vez, também já estava prevista em lei. Um bom exemplo são as contratações de vendedores por lojas de shoppings para atender os clientes durante o período de Natal. Com a regulamentação da terceirização da atividade-fim, não é mais necessário apontar motivos para adotar o expediente, desde, contudo, que elementos de subordinação e pessoalidade não estejam presentes.

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QUEM PODE? Na opinião da especialista, não é rentável para o dono de posto abrir uma empresa para atender a própria demanda por frentistas. Isso porque a lei determina que a terceirizada deve ter capacidade econômica compatível com a execução do serviço a ser prestado, isto é, capital mínimo que a habilite a assumir a tarefa. Além disso, é necessário registrar que se trata de prestação de serviços, e não apenas de fornecimento de mão de obra por empresa interposta. “Isso configuraria fraude”, alerta a advogada. E o gerente do posto? Pode abrir uma empresa terceirizada e fornecer para mim? – essa é uma das dúvidas recorrentes dos empresários do setor, e a resposta é negativa. Isso porque alguém que nos últimos 18 meses tenha prestado serviço ao posto na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício não pode ser contratado como pessoa jurídica na condição de fornecedora de mão de obra. “O que posso dizer é que a terceirização deve ser sempre aplicada com parcimônia e de forma restrita, como uma solução para uma empresa que necessita enxugar suas etapas de produção, sem a necessidade de controle direto dos trabalhadores terceirizados, o que acredito não ser do interesse dos donos de postos de combustíveis”, avalia Daniela.


Vitória da persistência Experiência acumulada pelo Minaspetro foi determinante para que a CCT 2017/2018 atendesse as expectativas da Revenda

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prolongada negociação que resultou na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2017/2018, assinada em dezembro, mostrou-se a mais conflituosa já realizada até então, dada a intransigência demonstrada pelo sindicato laboral nas mais de 30 reuniões realizadas ao longo do segundo semestre. Mas, graças à experiência acumulada pela equipe de negociação do Minaspetro, o desfecho foi positivo para a Revenda, que viu suas principais demandas serem atendidas na mesa de negociação. Cláusulas que os empresários consideravam inadequadas à realidade atual dos postos foram retiradas da CCT, resultando, por exemplo, na redução do valor de hora extra e na alteração da regra para a concessão de folga aos domingos (confira no infográfico). A última CCT negociada reflete as alterações trazidas pela reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017. Cientes das possibilidades abertas pela nova legislação, o Departamento

Jurídico e a comissão de negociação se valeram da oportunidade para corrigir distorções que traziam prejuízos ao negócio e punham em risco a manutenção dos postos de trabalho. A atualização se estendeu à retirada de uma cláusula que previa a retroatividade das normas convencionadas, para forçar a Revenda a cumprir acordos que, na prática, já haviam perdido a validade. 2019/2020 Iniciado o novo ano, o Minaspetro se reuniu com os sindicatos laborais na tentativa de acelerar a negociação deste ano e evitar o desgaste vivido em 2018, que impactou tanto a rotina da entidade quanto os próprios revendedores. Uma nova proposta, inclusive, já foi levada à mesa. Diferentemente do ocorrido no ano passado, o Minaspetro espera contar com o bom senso dos representantes laborais, para que os colaboradores do setor tenham seu esforço retribuído e possam atravessar 2019 sem maiores percalços.

Alguns benefícios trazidos pela CCT 2017/2018 PLR – Reduzida de R$ 660 para R$ 550, deverá ser paga somente aos empregados que estavam em atividade no dia 31 de outubro de 2018. ADICIONAL DE FÉRIAS – Reduzido para 20 horas para empregados com férias de 30 dias, e 10 horas, quando as férias não ultrapassarem 24 dias. HORA EXTRA – O adicional foi reduzido de 70% para 60%. BANCO DE HORAS – Horas extras poderão ser pagas ou compensadas dentro de seis meses. No entanto, é necessária a previsão no contrato de trabalho ou em outro termo equivalente. TREINAMENTO – Alguns obrigatórios poderão ser feitos de forma online.

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MINASPETRO

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Notificação Coletiva entra em nova fase Arquivo pessoal

Determinações incluem distribuidoras e empresas transportadoras de carga Equipe do Minaspetro se reuniu com diversos órgãos para discutir as exigências da Notificação

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uando os donos de postos receberam a Notificação Coletiva do antigo Ministério do Trabalho, em janeiro de 2018, o espanto foi grande, diante do número e da complexidade das exigências. Cumprindo o papel que lhe cabe, o Minaspetro se reuniu com representantes do órgão para observar que itens e prazos contidos no documento não se adequavam à realidade da Revenda. Felizmente, foi possível chegar a um denominador comum. Depois disso, constatou-se que o índice de autuações vem baixando consideravelmente, prova de que os empresários querem cumprir as determinações legais, desde que estas não representem um risco à continuidade dos negócios.

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A partir de agora, o projeto Intervenções Coletivas entra em uma nova fase, englobando, além da Revenda, distribuidoras e transportadoras de combustíveis. Isso significa que diversos revendedores serão duplamente impactados, uma vez que muitos deles têm empresas de transporte ou mantêm caminhão próprio. O novo documento inclui 27 itens relacionados à saúde e segurança do trabalhador. Vale ressaltar que se trata de uma evolução dos itens aferidos na primeira fase do programa, conforme sugestões do Minaspetro ao longo das reuniões sobre o tema ocorridas no ano passado. “Nossa intenção nunca foi chegar ao estabelecimento e ir lavrando autos de infração, mas


Arquivo pessoal

“Nossa intenção nunca foi chegar ao estabelecimento e ir lavrando autos de infração” MARCOS HENRIQUE DA SILVA JÚNIOR Chefe da seção de Segurança e Saúde no Trabalho da SRTE-MG dialogar com os empresários. E o Minaspetro tem participado dessa construção coletiva que iniciamos no ano passado”, afirma Marcos Henrique da Silva Júnior, chefe da seção de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho de Minas Gerais (SRTE-MG). Ele conta que a abertura demonstrada por ambas as partes tem possibilitado a proposição de ações de comunicação conjuntas e a participação dos auditores em eventos destinados ao esclarecimento dos donos de postos, o que tem contribuído para a redução gradativa das autuações, muito embora alguns estabelecimentos ainda resistam a proceder às adequações propostas e acumulem multas. A nova notificação completa está no site do Minaspetro, na seção Serviços/Arquivos. Acesse e confira. MATERIAL Em conjunto com AIG Medicina Ocupacional, o Minaspetro elaborou uma cartilha de perguntas e respostas em que os principais pontos geradores de dúvidas são destacados. É importante ter em conta que a nova notificação contém exigências específicas para os

PROGRAMA DE

DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL DE VAREJISTAS MINASPETRO

revendedores, e o Minaspetro tem se dedicado especificamente a elas. No entanto, como muitos empresários são também proprietários de transportadoras, a Revista Minaspetro consultou o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Minas Gerais (SETCEMG) para saber como a entidade tem lidado com o tema e foi informado de que dois itens poderão ser alvo de contestação jurídica. A Notificação reza que “a atividade de carregamento e descarregamento de caminhões de combustíveis não compõe o rol de atribuições dos motoristas, que poderão apenas participar desse processo, predominantemente executado por profissional especializado, treinado e contratado para esse fim.” O SETCEMG discorda e afirma que, se o colaborador for treinado e utilizar os equipamentos de proteção individual, pode executar a tarefa. Outro ponto de discordância diz respeito à presença obrigatória de um ajudante no momento do descarregamento. Na opinião do Departamento Jurídico do SETCEMG, não há a necessidade de uma segunda pessoa se o colaborador for devidamente treinado e utilizar os equipamentos necessários.

O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL DE VAREJISTAS MINASPETRO é uma parceria da MINASPETRO e a FDC. Estruturado em três ciclos de desenvolvimento: Gestão do Negócio, Liderança & Pessoas e Governança em Empresas Familiares, o Programa traz temas customizados e alinhados às necessidades das empresas do setor de revenda de combustíveis, unindo conceitos, práticas e troca de experiências. Participantes Exclusivo para proprietários do setor de revenda de combustíveis.

EM PARCERIA COM

Data 8 módulos mensais (quintas, sextas-feiras e sábados)

1º módulo: 28 a 30 de março de 2019

Local FDC Av. Princesa Diana, 760 - Alphaville Lagoa dos Ingleses - Nova Lima/ MG

www.fdc.org.br atendimento@fdc.org.br 0800 941 9200

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NA REVENDA

Posto de serviços Revendedores devem diversificar produtos e serviços ofertados para melhorar rentabilidade do negócio

BANHO INTELIGENTE Outra solução oferecida é o sistema de banho inteligente, o Smart Shower, que tem se mostrado boa opção para caminhoneiros que utilizam os serviços de postos de rodovia. Funciona assim: o cliente vai aonde o sistema está instalado e adquire um banho de forma bonificada ou por meio da aquisição de voucher no caixa. O tempo de utilização do banho fica entre 11 e 13 minutos, com oito minutos como tempo médio de água. O pagamento é proporcional ao tempo que ele escolher. “O empresário tem total controle sobre a gestão dos chuveiros, pois o serviço oferecido pela empresa inclui o envio diário dos relatórios de utilização do sistema. Além de mais segura e sustentável, essa opção previne possíveis depredações, gera expressivas reduções nos consumo de água, energia e esgoto, e proporciona novas receitas ao posto”, explica Bruno. Ele explica que a cessão do equipamento se dá por meio de comodato. Basta, portanto, que o revendedor invista na estruturação do banheiro. Além da instalação, a RTI também oferece consultoria técnica, treinamento para os funcionários e apoio à distância na gestão do maquinário.

Sistema de banho inteligente é uma opção interessante para o revendedor que deseja melhorar a rentabilidade do posto, e ainda, reduzir custos com funcionários, energia, água e esgoto

Divulgação RTI

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iversificar o mix de produtos e serviços ofertados ao cliente deve ser uma preocupação permanente do revendedor de combustíveis. Com margens a cada dia mais estreitas, o empresário precisa buscar alternativas que aumentem a rentabilidade do negócio. Uma das ações que se popularizaram nos últimos anos é a instalação do sistema de cobrança no serviço de calibragem, por meio de um moedeiro tarifador eletrônico. Além de esta ser uma fonte de renda interessante, o revendedor ainda evita prejuízos com o mau uso do equipamento e manutenção. “Identificamos que quase 80% das pessoas que usam os calibradores não são clientes dos postos”, comenta Bruno Cassini, diretor Comercial da RTI Soluções Inteligentes, empresa desenvolvedora do sistema. De acordo com ele, o sistema pode ser adquirido por meio de comodato, incluindo 100% das despesas com manutenção do calibrador (reparos, mangueiras, bicos etc.) e do moedeiro. Há, também, a possibilidade da aquisição total, com investimento entre R$ 1,5 e R$ 2 mil, variando de acordo com a indicação de uso. Alguns postos chegam a registrar 100 acessos/dia por equipamento instalado, o que demonstra o potencial do produto.

Moedeiro no calibrador é uma tendência que chegou para ficar nos postos

CRIATIVIDADE Banheiros de postos, tradicionalmente, não são muito bem cuidados. No entanto, os empresários têm percebido que os clientes valorizam uma estrutura adequada e não se importam em pagar pelo uso. Por esse motivo, alguns revendedores têm investido na remodelagem dos espaços e obtido bons resultados. Outra novidade que tem ganhado espaço nos postos, sobretudo na capital, é a realização de promoções nas lojas de conveniência. A rotina apressada faz com que, muitas vezes, o motorista não saia do carro para ir à loja. Daí surgiu a ideia, por parte de alguns revendedores, de destacar um funcionário para ofertar produtos aos consumidores na pista de abastecimento. Alguns que fizeram promoções de chicletes, por exemplo, registraram faturamento de quase R$ 3 mil com a venda do produto em um único dia. Ou seja, é preciso criatividade e senso de observação para entender o que o mercado quer e propor soluções que tornem a Revenda um local atrativo para quem procura não apenas combustível para seu veículo.

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2019

Muitas expectativas para o ano Tudo indica que período será movimentado para empresários do setor

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em o revendedor mais experiente conseguiria prever a greve dos caminhoneiros, que parou o país em maio do ano passado. Muito menos a extensão do movimento, que ganhou força, emparedou o governo e o forçou a atender quase todas as reivindicações levadas pela categoria à mesa de negociação. Nunca antes uma paralisação impactou tão frontalmente a Revenda de combustíveis. A repercussão foi tamanha, que o governo se viu obrigado a lançar mão de uma série de medidas na tentativa de dar fim à greve, como a que objetivou um maior controle sobre o preço do diesel. Outras delas entrarão em vigor a partir deste ano. Mas não só o temor de que um movimento de igual envergadura se repita em 2019 alimenta atualmente as expectativas dos revendedores. Somados a essa preocupação, outros elementos concorrem para fazer de 2019 um ano movimentado para o empresário do ramo, como as esperadas mudanças no mercado de distribuição de combustíveis. Após a venda da Ale para a Ipiranga ter sido vetada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), eis que um novo player entra em cena, a Glencore, que, em meados do ano passado, anunciou a aquisição de 78% das ações da empresa brasileira – Marcelo Alecrim, um dos fundadores da Ale, mantém os outros 22%. A notícia surpreendeu o mercado. O grupo suíço, conhecido pelas operações na área de commodities agrícolas, mineração e petróleo, assumiu o desafio de gerenciar a rede de postos Ale, decisão que afetará diretamente o cotidiano de seus parceiros bandeirados. Basta conversar com um revendedor Ale para observar que, de modo geral, a parceria é vista com bons olhos. Contratos mais maleáveis, um modelo de loja de conveniência interessante e a possibilidade de manter contato direto com tomadores de decisão são alguns dos diferenciais destacados pelos donos de postos. No entanto, uma pergunta permanece no ar: como será o relacionamento com a Glencore? Só o tempo dirá. Segundo os gestores da companhia, os pontos positivos serão mantidos. Fulvius Tomelin, presidente da Ale, afirma que a Glencore acredita na força da equipe que herdará e que está empenhada em buscar alternativas para diferenciar cada vez mais a empresa no mercado. “A estratégia — e nossa proposta de valor — segue ancorada em um relacionamento próximo, ágil e, principalmente, moderno com revendedores, parceiros e clientes finais. A Ale é reconhecida pela qualidade dos produtos que comercializa e por seus rígidos padrões de segurança, comprovados por uma história irretocável. A Glencore reforçará ainda mais esses princípios, trazendo

experiência e padrões internacionais para as operações da empresa.” Nota-se que a Glencore chega confiante ao mercado brasileiro. As primeiras declarações dos gestores destacaram a capacidade para suportar a expansão esperada para os próximos anos. A meta é ampliar de forma significativa o número de revendedores, não importa de qual bandeira ou se bandeira branca. O investimento no crescimento orgânico da rede levará em conta a manutenção do bom relacionamento com os empresários. “Vamos apostar no modelo de negócios que consolidou a marca em todo o país, que se baseia na proximidade e alinhamento com a Revenda e em uma plataforma de varejo voltada principalmente para a rentabilização do revendedor”, promete Tomelin. Atualmente, são 1.500 postos e mais de 260 lojas de conveniência vinculadas à companhia. A meta para este ano é investir R$ 25 milhões na estrutura logística e operacional da base de Betim. Além disso, o escritório administrativo de Belo Horizonte está sendo reaberto. Certamente, uma das principais ocupações dos revendedores em 2019 será observar como a Glencore buscará consolidar-se e, sobretudo, como será seu relacionamento com a Revenda e como a empresa colocará em prática seu plano de expansão. Como entidade representativa do setor, o Minaspetro dá boas-vindas aos suíços por acreditar que a chegada de novos players ao mercado amplia a competitividade na distribuição – algo que pode trazer benefícios a toda a cadeia envolvida na comercialização de combustíveis. “DEUS NOS ACUDA” O parecer positivo dado pelo Cade no ano passado à venda direta de etanol das usinas para os postos – outra decisão tomada a reboque da greve dos caminhoneiros, como forma de baixar preços – preocupou o setor. Há quem diga que a medida funcionará como uma espécie de abre-alas para a sonegação. A Plural, entidade que representa as distribuidoras, já sinalizou que discorda da mudança que poderá vir, justamente em razão da estrutura tributária atual. Os revendedores concordam. Janier Gasparoto, proprietário do Posto Milani, em Uberlândia, diz que, se não for adotado um modelo de tributação diferenciada, com base em um imposto unificado – como quer o governo, inclusive –, “vai ser um Deus nos acuda”. Ele acredita que a medida afetará não só o mercado com grande possibilidade de concorrência desleal de sonegadores, mas a arrecadação dos Estados, especialmente aqueles que se encontram com o “pires na mão”, como Minas Gerais. Trata-se de um problema a ser resolvido de forma ágil, principalmente porque o combustível é a princial fonte de arrecadação estadual.

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Mário Campos, presidente do Sindicato da Indústria da Fabricação de Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), lembra, no entanto, que quem defende a venda direta chama a atenção para um fato curioso, que o setor denomina “passeio do etanol”. Um exemplo emblemático em Minas Gerais é o caso do município de João Pinheiro, localizado na região Noroeste do Estado. Lá funcionam quatro usinas produtoras. Para obedecer à legislação, o combustível sai da região, viaja 700 km até Betim e retorna ao local de origem, para ser entregue aos postos da cidade. Aqueles que defendem a manutenção do sistema, por outro lado, argumentam que já existe uma possibilidade – chamada “venda de ordem” – que exclui a necessidade de o produto passar fisicamente pela base da distribuidora. “O que realmente importa em toda essa discussão é se efetivamente o consumidor será ou não beneficiado por preços mais baixos na bomba”, pontua o dirigente sindical. Outra questão que preocupa diz respeito à qualidade do combustível. As usinas vão se responsabilizar integralmente pela conformidade do etanol? Vale lembrar o fato registrado em 2016, no Rio de Janeiro, onde a ANP identificou a presença de metanol em mais de 14 milhões de litros de etanol comercializado por diversos postos. Apurado o caso, foi diagnosticado que a usina havia adulterado o combustível; as distribuidoras, por sua vez, repassaram o mesmo álcool aos postos. Em dezembro, o Grupo de Trabalho constituído para analisar as sugestões recebidas durante a Tomada Pública de Contribuições (TPC) da ANP concluiu que “não há óbices regulatórios para a venda direta de etanol das usinas, restando a questão tributária do PIS/Cofins e do ICMS”. O parecer veio em forma de nota técnica e colocou uma pulga atrás da orelha do mercado. Ainda há muito a ser debatido. O cenário ideal implicaria a unificação dos impostos, de maneira a permitir maior controle tributário neste novo modelo de comercialização e, consequentemente, evitar que sonegadores prejudiquem aqueles que trabalham de forma honesta. A questão, entretanto, é: a equipe do ministro Paulo Guedes conseguirá aprovar o famigerado IVA antes que a venda direta comece? Como o Congresso Nacional reagirá à proposta? O imbróglio é mais um entre muitos em relação aos quais o revendedor deverá estar atento em 2019. A Plural, que representa as distribuidoras, foi procurada para comentar de forma mais aprofundada as perspectivas do mercado nacional e os temas polêmicos em evidência em 2019, mas não se tinha manifestado até o fechamento da edição.

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“Vamos apostar no modelo de negócios que consolidou a marca em todo o país, ancorado em proximidade e alinhamento com a Revenda e em uma plataforma de varejo voltada, principalmente, para a rentabilização do revendedor” FULVIUS TOMELIN

TOTAL E ZEMA Depois da surpreendente vitória de Romeu Zema na disputa pelo Governo de Minas Gerais, derrotando figurões tradicionais da política, o empresário de Araxá parece mesmo disposto a dirigir suas atenções à administração pública. Uma amostra disso é que, em novembro, foi noticiada a compra da Zema Petróleo pela francesa Total. Mais uma gigante chegava ao mercado, de posse de uma receita anual de U$ 140 bilhões e com valor na Bolsa de Nova York de US$ 150 bilhões. A notícia agradou, sobretudo, ao mercado spot. Atualmente, cerca de 60% do combustível vendido pela Zema abastece os postos bandeirados com o sobrenome do governador, e os 40% restantes seguem para os de bandeira branca. A Total, no entanto, ainda não antecipou como será sua estratégia de distribuição e relacionamento com os postos. Vanize Perpétua de Souza é revendedora Zema com seu Posto Ipê-Amarelo, em Itabira. A avaliação que ela faz da bandeira é positiva e espera que isso se mantenha com a entrada da Total. “Estamos muito satisfeitos, tanto é que já partimos para o terceiro contrato. O atendimento comercial é muito bom, e o consultor vem aqui periodicamente.” Ela já sondou seu contato na companhia, e realmente a administração parece estar em fase de transição, com grandes volumes de relatórios produzidos e de reuniões. A expectativa da revendedora é em breve ser chamada para uma conversa com representantes das duas empresas para que fique mais claro o que vai ser mudado. Não só o revendedor Zema está em compasso de espera. Todo o mercado mineiro se vê ansioso para ver cenas do próximo capítulo deste novo e importante player do setor.


Para ficar de olho em 2019 Verticalização A medida é outra consequência da greve dos caminhoneiros e prevê que as distribuidoras possam gerenciar postos varejistas. O Minaspetro e a Fecombustíveis são contrários à medida, pois há diversos estudos que demonstram que a verticalização irá repetir o poder de oligopólio das distribuidoras no mercado de revenda, prejudicando os postos e os consumidores finais.

Área trabalhista Em 2018, o Minaspetro enfrentou a mais difícil negociação coletiva de sua história, e 2019 promete não ser diferente. O impasse surgido no ano passado, as exigências previstas na Notificação Coletiva do Ministério do Trabalho e problemas de natureza trabalhista enfrentados pela Revenda reavivaram o debate em torno do autoabastecimento, que deve se manter em evidência neste ano (veja mais na página 20).

Carro elétrico Quem foi ao Salão do Automóvel no ano passado percebeu que o carro elétrico já deixou de ser uma simples tendência. Todas as montadoras com estandes no evento apresentaram veículos na versão elétrica. Para 2019, esperam-se novos avanços no desenvolvimento da tecnologia e possíveis sinalizações aos pontos de abastecimento no que tange à regulação.

Compra da Rodoil pela Vitol O acerto se deu em outubro de 2018 e é a prova de que grandes grupos estão de olho no mercado nacional. A multinacional holandesa adquiriu 50% da distribuidora regional. Quais os impactos para o revendedor? A empresa já anunciou investimentos na ampliação da rede de postos, mas uma definição mais clara virá ao longo deste ano.

Petrobras A política de preços adotada pela Petrobras foi alvo de duras críticas de entidades sindicais durante a greve dos caminhoneiros. Ao que tudo indica, a estratégia de balizar os preços em cotações internacionais se manterá. O novo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, já anunciou que a prioridade será a exploração do pré-sal e que algumas refinarias serão vendidas.

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CONGRESSO

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Expositores preparados Stenyo Fonseca

Empresas montam estratégias e propostas comerciais diferenciadas para aproveitar contato direto com revendedores

Bons resultados já obtidos nos Congressos Regionais animam expositores

A

expectativa para a 16ª edição do Congresso Mineiro de Revendedores de Combustíveis é de recorde de público. Marcado para os dias 11 e 12 de abril, no Expominas, em Belo Horizonte, o evento vai reunir centenas de revendedores de diversas regiões do Estado, que, além de acompanharem a programação de palestras, deverão aproveitar a oportunidade para fechar bons negócios. Especializada em contabilidade de postos de combustíveis, a Plumas Contábil foi uma das empresas participantes do Ciclo de Congressos Regionais – uma espécie de versão reduzida do Congresso estadual, realizado a cada dois anos. Gerente Comercial da empresa, Daniela de Paula avalia que o contato com os empresários foi muito

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proveitoso e, por isso, já confirmou presença no Expominas. “São situações que nos permitem demonstrar de forma mais efetiva a importância de o revendedor contar com uma contabilidade especializada. Nossa empresa trabalha com serviços, não produtos que ficam expostos, como tanques, bombas e grandes equipamentos. Por isso, levaremos uma equipe de quatro consultores que ficarão à disposição dos revendedores para mostrar a eles novidades ligadas principalmente à área da contabilidade digital.” Mais de 40 expositores parceiros do Minaspetro estarão no evento em 2019. A avaliação geral é que a retomada da economia repercutirá de forma positiva sobre os negócios, tanto em escala quanto em volume.


Montes Claros. De acordo com seu fundador, Píndaro Lutero, o saldo foi bastante positivo, o que anima os representantes para o evento em Belo Horizonte. “Três vendedores vão atender os empresários interessados na ferramenta. Nosso objetivo é dar ciência aos revendedores de que a gestão do sistema é segura e proporciona economia.”

Leonardo Finotti

ESTREANTE Será a primeira vez que a Conciliadora, fornecedora de serviços de conferência de transações realizadas via cartão de crédito e débito, participará do evento. A empresa também esteve nos Congressos Regionais e conheceu de perto os revendedores de Pouso Alegre, Juiz de Fora, Uberlândia, Ipatinga e

Local estratégico O Congresso estreia no Expominas, considerado o local mais adequado para realização de eventos de grande porte no Estado. Além do acesso facilitado para quem vem de fora e do amplo estacionamento, o Sindicato fará adaptações no local para acomodar os expositores da melhor maneira possível.

O projeto de disposição dos estandes foi idealizado para facilitar o deslocamento e oferecer o máximo conforto aos visitantes, que encontrarão um leque maior de opções em produtos e serviços, além de ofertas e descontos especiais para quem fechar negócios durante o evento.

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NA REVENDA

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Autoabastecimento

ganha fôlego no Senado Depositphotos

Projeto protocolado em 2018 pede a revogação da lei que proíbe o self-service em postos

O

debate sobre autoabastecimento ganhou um novo capítulo no final do ano passado. É que o senador Cidinho Santos (PR-MT) protocolou Projeto de Lei PL 519 no dia 6 de dezembro, que dispõe sobre a revogação da Lei 9.565 de janeiro de 2000, que proíbe o self-service nos postos brasileiros. Diante de tantos imbróglios e da trabalhosa burocracia trabalhista, o Minaspetro e Fecombustíveis veem com bons olhos a medida. Vale ressaltar que ainda é um primeiro passo de uma possível implementação, tendo em vista que é um projeto polêmico e que terá muito lobby de várias entidades interessadas. No dia 21 de dezembro, o projeto foi entregue à Secretaria de Apoio à Comissão de Constituição e Justiça. Após a chegada à Comissão, é definido um relator para o projeto, que dará um parecer à medida, sugerindo mudanças ou não para a votação dos demais membros. Caso seja aprovado na Câmara e no Senado, ele será enviado ao presidente da República, que terá o prazo de 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo. O Poder Legislati-

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vo tem ainda a possibilidade de derrubar o veto presidencial. Por causa de todo esse rito regimental, é difícil prever quando ou se a medida, de fato, será efetivada. Vale ressaltar que no artigo 3º do projeto não se desobriga o cumprimento de convenções, acordos, normas de natureza trabalhista coletiva relacionados à atividade, que estejam em vigor na data da publicação da lei. Fica claro que o Projeto de Lei no Senado é somente uma chama de esperança para o revendedor que acredita que a questão trabalhista é um dos gargalos do negócio, no entanto há muito ainda a ser debatido e estudado. Troca de bombas, problemas com segurança dos consumidores, operação da pista, entre outras inúmeras variáveis, ainda precisam ser mais bem avaliadas. O Minaspetro e a Fecombustiveis, com sua assessoria em Brasília, estão acompanhando a tramitação com atenção para verificar o desfecho dessa alteração que pode mudar os rumos do mercado da Revenda de combustíveis do país.


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MINASPETRO

Minaspetro e FDC abrem terceira turma Inscrições para o Programa de Desenvolvimento Empresarial de Varejistas já estão abertas Arquivo pessoal

N

ão é novidade que o Minaspetro e a Fundação Dom Cabral (FDC), a melhor escola de gestão e negócios da América Latina, estreitaram seus laços nos últimos anos. A criação do Programa de Desenvolvimento Empresarial de Varejistas Minaspetro, um curso específico para a administração da Revenda, levou à prática, em 2017, a estratégia do Sindicato de oferecer ao revendedor as mais variadas opções de capacitação possível, principalmente em gestão. O que surpreendeu foi a receptividade dos alunos. O conteúdo fez tanto sucesso que o Sindicato passou a receber pedidos de abertura de novas turmas. Em 2019, a terceira será formada. Patrícia Christina de Oliveira Brant, proprietária da rede de postos Boa Vista, em Bocaiuva, acabou de se formar na segunda turma, juntamente com seu filho Guilherme Brant, estudante de Administração de Empresas. A revendedora conta que, ao longo de muitos anos na atividade, participou de diversos cursos, treinamentos e MBAs, mas “sempre faltava algo que trouxesse conteúdo e ferramentas práticas que pudessem ser aplicadas ao negócio”. “Foi aí que soubemos da parceria do Minaspetro com a FDC, que preencheria essa lacuna, uma vez que a grade inclui conteúdo atualizado e de muita relevância, voltado exclusivamente para o nosso segmento.” A grade a que ela se refere, de fato, vai ao encontro das necessidades do revendedor. Gestão de Operações, Liderança, Gestão de Pessoas e Gestão de Processos são algumas das disciplinas ofertadas.

Todos os componentes da família da revendedora Patrícia farão o curso

Patrícia destaca outros dois fatores que fazem com que ela recomende o curso: o conhecimento técnico dos professores e o nível de debate em sala de aula. “Foram momentos interessantes de discussão, exposição de ideias, troca de experiências com outros revendedores. Esse networking foi muito válido e nos rendeu grandes contatos e amizades”, diz a revendedora. A experiência foi tão positiva que o marido e o outro filho participarão da terceira turma, para auxiliá-la na tarefa de estender o conhecimento adquirido a todos colaboradores da rede.

NÃO PERCA TEMPO! As inscrições para a terceira turma já estão abertas e podem ser feitas pelo site da FDC. O 1º módulo começa no dia 28 de março. De acordo com Carlos Eduardo Ávila Borges, gerente de Desenvolvimento de Empresas da FDC, o número de módulos foi reduzido para atender a uma demanda dos alunos, especialmente os que viajam

de regiões mais distantes de Minas até o campus da instituição, em Nova Lima. Em contrapartida, o tempo de duração das aulas foi estendido. “Acredito que o curso tem sido um sucesso porque traz uma reflexão estratégica do dia a dia do negócio, além de apontar perspectivas para o futuro do mercado de combustíveis.”

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GOTAS

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Inscrições abertas para o 16º Congresso do Minaspetro A equipe do Minaspetro tem se dedicado à realização do maior evento da história do setor em Minas. Neste ano, a 16ª edição do Congresso Minaspetro será realizado em 11 e 12 de abril, reunindo atrações de peso como o economista Ricardo Amorim, o jovem empreendedor Gustavo Caetano, o humorista Fábio Porchat e a banda mineira Jota Quest, para animar a festa de encerramento. Mais de 40 expositores estão confirmados e farão promoções especiais em equipamentos e serviços. O revendedor interessado pode fazer sua inscrição por meio do site congresso.minaspetro.com.br. O 16º Congresso é patrocinado por ALE Combustíveis, BR Distribuidora, Ipiranga, Raízen/Shell, Total, Clubpetro/Conciliadora, LBC Sistemas, Plumas Contábil e Plural, e tem o apoio da Fecombustíveis.

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Leonardo Finotti

Evento será o maior da história do setor em Minas


Você é a nossa força Contribuição Sindical de 2019 tem o menor valor possível

rawpixel.com / Freepik

O Sindicato promoveu mudanças na cobrança da Contribuição Sindical deste ano. O valor cobrado dos postos era de R$ 700, em média, podendo chegar a R$ 1,9 mil em alguns casos. Neste ano, o valor será o mínimo permitido – R$ 234,15 –,para que o revendedor continue contribuindo. O prazo de vencimento das guias foi alterado para 28 de fevereiro. O Sindicato está enviando os boletos pelos Correios. Também é possível emitir o documento pelo site fecombustiveis.portalsindisoft.com/ STEmissao.

Fim da vigência da Convenção Coletiva Prazo se encerrou no último dia de janeiro; donos de postos não são obrigados a cumprir regras previstas até então Quando a Convenção Coletiva 2017/2018 foi assinada, as determinações já tinham sido prorrogadas até 31 de janeiro deste ano. Isso significa que, até que um novo acordo esteja fechado, os donos de postos podem cumprir apenas o que está previsto na CLT, principalmente no que diz respeito ao adicional de horas. Já com relação à contribuição assistencial dos trabalhadores, é importante salientar que

somente poderá ser recolhida mediante autorização expressa dos funcionários, sob pena de autuação por parte do órgão fiscalizador. No site do Minaspetro na aba Serviços/Arquivos, há modelos de documentos que o funcionário deve preencher e entregar ao empregador, conforme a sua opção. As negociações da CCT 2018/2019 serão iniciadas em fevereiro.

RANKING DE BANDEIRAS 2018/2019 IPIRANGA

BR

RAÍZEN

ALE

BRANCA

TOTAL

DEZEMBRO

475

921

502

281

1.976

4.402

JANEIRO

477

918

504

279

1.982

4.408

BALANÇO

2

-3

2

-2

6

6

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GOTAS

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Confiança na conveniência Aghora inicia ano com mais duas lojas em seu portfólio

Inauguração da loja em Assis, no interior de São Paulo, atraiu muitos clientes

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Dário Souza Niquini é um empresário experiente no setor de transportes que está perto de inaugurar um posto na cidade de Nova Lima. Para compor o espaço da loja de conveniência, ele sondou as condições da Aghora e a proposta agradou. “Um amigo me deu boas referências do atendimento e das condições contratuais da franquia. Por isso, resolvi fechar”, conta Niquini. Condições especiais de promoções de produtos, maior liberdade no contrato e parcerias com marcas de peso para ampliar as vendas em datas comemorativas foram diferenciais que chamaram a atenção. Só este mês, esta é a segunda loja inaugurada da Aghora: outra conveniência já começou a operar na cidade de Assis, no interior de São Paulo.



FORMAÇÃO FORMAÇÃODE DEPREÇOS PREÇOS Gasolina – Minas Gerais / DEZ/2018 - JAN 2019 R$ 3,8968

R$ 3,90

R$ 3,8567 R$ 3,8151 R$ 3,7727

R$ 3,80

R$ 3,70

15/12 - 21/12

Carga Tributária – %

47,5%

Carga Tributária – R$/L R$ 2,1993

R$ 3,8061

R$ 3,8151 R$ 3,8128

22/12 - 28/12

29/12 - 4/1

5/1 - 11/1

12/1 - 18/1

19/1 - 25/1

26/1 - 1/2

47,5%

48,3%

48,3%

48,3%

48,3%

48,3%

R$ 2,1993

R$ 2,1993

R$ 2,1993

R$ 2,1993

R$ 2,1993

R$ 2,1993

Etanol – Minas Gerais / DEZ/2018 - JAN 2019 R$ 2,40

R$ 2,2901 R$ 2,2918

R$ 2,2916

R$ 2,2597

R$ 2,2287 R$ 2,1833 R$ 2,1474

R$ 2,20

R$ 2,00

15/12 - 21/12

Carga Tributária – %

21,0%

Carga Tributária – R$/L R$ 0,6243

22/12 - 28/12

29/12 - 4/1

5/1 - 11/1

12/1 - 18/1

19/1 - 25/1

26/1 - 1/2

21,0%

23,2%

23,2%

23,2%

23,2%

23,2%

R$ 0,6243

R$ 0,6243

R$ 0,6243

R$ 0,6243

R$ 0,6243

R$ 0,6243

Diesel S10 e S500 – Minas Gerais / DEZ/2018 - JAN 2019 R$ 3,10 R$ 2,8600 R$ 2,8104

R$ 2,90

R$ 2,70

15/12 - 21/12

Carga Tributária S10 – %* 27,7% Carga Tributária S500 – %* 28,3% Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 1,0075 Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,9967

R$ 2,9444 R$ 2,8103

R$ 2,9114 R$ 2,8358

R$ 2,9751 R$ 2,9225 R$ 2,9227 R$ 2,8648

R$ 3,0055 R$ 3,0055 R$ 2,9565 R$ 2,9565

22/12 - 28/12

29/12 - 4/1

5/1 - 11/1

12/1 - 18/1

19/1 - 25/1

26/1 - 1/2

27,7% 28,3% R$ 1,0075 R$ 0,9967

28,2% 28,9% R$ 1,0075 R$ 0,9967

28,2% 28,9% R$ 1,0075 R$ 0,9967

28,2% 28,9% R$ 1,0075 R$ 0,9967

28,2% 28,9% R$ 1,0075 R$ 0,9967

28,2% 28,9% R$ 1,0075 R$ 0,9967

S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq. usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio sudeste homologado no 63º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais (PMPF/Ato Cotepe) do respectivo mês, o mesmo usado para base de cálculo do ICMS. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15.

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S500


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