Revista
Nº 110
Setembro 2018
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Lucas Jacovini
Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT
Gerações que se sucedem
Transição de pais para filhos é opção para perpetuar negócio, mas precisa ser feita com cautela, planejamento e responsabilidade para não comprometer a relação no posto e dentro de casa
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
Transição harmônica
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stou há mais de 20 anos no mercado de Revenda de combustíveis e sou apaixonado pelo que faço. Sabemos das dificuldades inerentes ao setor – fiscalizações rigorosas, mercado irregular, baixíssimas margens, excesso de burocracia –, mas não desisto! Essa resiliência e paixão é característica de todos nós empreendedores, mas também é, em parte, fruto de uma paixão herdada. Eu tive a felicidade de poder trabalhar e acompanhar meu pai em sua serralheria, onde aprendi desde cedo valores que carrego comigo até hoje e que me ajudaram a prosperar como empresário. Olhando pelo retrovisor da história, a impressão que tenho é que, comparando um posto de duas décadas atrás com o de hoje, parece, na verdade, tratar-se de negócios diferentes. Tudo mudou: equipamentos, exigências trabalhistas, carga tributária, regras ambientais e cíveis, sistemas de gestão, estratégias de gerenciamento de equipe, especificações técnicas dos combustíveis, lojas de conveniência etc. Para enfrentar a velocidade das mudanças do mercado de hoje, eu fui preparado com antecedência. O conhecimento que recebi de meu pai no passado foi fundamental, e serei eternamente grato a ele. Além disso, meu pai iniciou o processo sucessório dele muito cedo, ele tinha 47 anos e eu 21. Nessa época, ele enxergou que seria difícil eu sucedê-lo na serralheria pois haviam outros sócios e famílias envolvidas e decidiu então com-
prar um terreno e iniciar uma nova atividade comigo: um posto de gasolina. No entanto, essa relação pai e filho trabalhando juntos no negócio nem sempre é harmônica ou natural e muitas vezes gera discussões, mal-estar e conflitos, problemas estes que muitas vezes são difíceis de deixar no estabelecimento e não levá-los para casa. Este, talvez, seja o principal desafio: fazer com que a relação pai/filho/sócios seja harmônica e produtiva e não um problema a ser enfrentado. Conflitos, evidentemente, são naturais, uma vez que estamos nos referindo a pessoas criadas em épocas distintas, que possuem diferentes visões do negócio. Mas eventuais descompassos podem ser amenizados se a transição for feita com serenidade, responsabilidade e, por que não, acompanhada por quem lida e entende do assunto. Se a passagem de bastão fosse um tema fácil, certamente não haveria empresas de consultorias especializadas em ajudar os familiares na tarefa. O Minaspetro encerrou as atividades da primeira turma do curso de formação de revendedores, promovido em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), abordando esse tema, que é comum aos empresários varejistas de combustíveis. Em nossa matéria de capa, tratamos das peculiaridades da transição e dos caminhos adequados a serem tomados, conforme apontaram os especialistas em transição empresarial. Aprendemos na FDC que tão importante quanto
Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br
preparar os sucessores é imperativo que se prepare também o sucedido. Nesta edição também falamos sobre o futuro do mercado de carros elétricos no Brasil, que já foi tema também de um seminário realizado em conjunto com a FDC. A tecnologia avança a passos largos, e a Revenda não pode se manter alheia a esse debate. O dono do posto precisa, desde já, se adaptar à nova realidade. Quando entrei no mercado, não imaginava que esses veículos fossem chegar tão rápido. Agora, já precisamos preparar o terreno para que nossos filhos comecem a ofertar também energia elétrica. Boa leitura.
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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 0800-005-6500 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1º Vice-presidente: Felipe Campos Bretas 2º Vice-presidente: Paulo Miranda Soares 1º Secretário: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves 1º Tesoureiro: Humberto Carvalho Riegert 2º Tesoureiro: Rafael Milagres Macedo Pereira Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Maurício da Silva Vieira Diretora de Lojas de Conveniência: Maurícia Lopes Vieira Zama Diretor de Postos de Rodovias: Wagner Carvalho Villanuêva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Belo Horizonte: Fábio Croso Soares Caratinga: Carlos Roberto de Sá Contagem: Leonardo Lemos Silveira Divinópolis: Roberto Rocha Governador Valadares: Rubens Perim Ipatinga: Vanda Maria Brum Avelar João Monlevade: Genilton Cícero Machado Juiz de Fora: Renata Corrêa Camargo Lavras: Marcos Abdo Sâmi Montes Claros: Gildeon Gonçalves Durães Paracatu: Irlan César Fernandes de Moura Passos: Reinaldo Vaz Ribeiro Patos de Minas: Moisés Elmo Pinheiro Poços de Caldas: Renato Barbosa Mantovani Filho Pouso Alegre: Luiz Anselmo Rigotti Sete Lagoas: Sérgio José do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Ubá: Renan Barbosa Gamallo Uberaba: José Antônio Nascimento Cunha Uberlândia: Janier César Gasparoto Varginha: Leandro Lobo Motteram
Conselho Fiscal Membros Efetivos: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Bernardo Farnezi Gontijo Rogério Lott Pires Membros Suplentes: José Roberto Mendonça Júnior Paulo Eduardo Rocha Machado Evandro Lúcio de Faria Diretores Adjuntos: Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Fábio Vasconcellos Moreira Gerente Administrativa Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Élcia Maria de Oliveira Francesca Luciana Neves Gislaine Carvalho Luciana Franca Poliana Gomides Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres Raphael Mike dos Santos Calixto Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Oriolo de Araújo França Priciane Nobre Ricardo Donizetti Rodrigo Loureiro Araújo Fernanda Greick
Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães Ana Letícia Morais Osório (estagiária) Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário Felipe Millard Gerken Ambiental Bernardo Souto Bruna Pimenta Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Gomes Costa & Brasil Sociedade de Advogados Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Matheus Siqueira de Alvarenga Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Eduardo Caselato Dantas Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza
Departamento de Comunicação Stenyo Fonseca Lucas Jacovini Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Mariana Cerizze Lucas Sá
EXPEDIENTE
• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Alexandre Magalhães • Redação: Guilherme Barbosa • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Taynná Pizarro • Revisão: Luciara Oliveira • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior)
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Lucas Jacovini
SUMÁRIO
Stenyo Fonseca
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Ipatinga recebe o penúltimo evento do Ciclo de Congressos
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Passagem do bastão
Tributos para compra em outros Estados
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Especificações dos galões
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Sistema de cashback vale a pena?
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Artigo: Como proceder em caso de não recebimento da operadora?
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Aghora para crianças
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Produto ClubPetro
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O Infopreço da ANP
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Cursos gratuitos de NRs
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Tabela
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O carro elétrico já chegou
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JURÍDICO
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Comprar em outros
Estados vale a pena?
Em muitos casos, se feitas as contas, o revendedor pode encontrar oportunidades vantajosas
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Arquivo pessoal
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á uma máxima no mercado que diz que quem vende para o consumidor mineiro consegue atuar em qualquer região do Brasil. Exigente, desconfiado e tradicionalista, ele às vezes peca pelo excesso de cuidado ao fazer negócio e acaba perdendo boas oportunidades comerciais. Uma situação que ilustra bem essa realidade se dá quando o revendedor precisa repor o estoque ou adquirir equipamentos e, devido à complexidade tributária, muitas vezes, escolhe empresas conterrâneas. Jonatas Calvi, gerente Comercial da Macrolub, percebeu que o empresário tem perdido oportunidades de comprar equipamentos mais baratos. “A pessoa se assusta, mostra rejeição quando a nota é de outro Estado.” Ele conta que, em alguns casos, vale a pena o revendedor despender certo tempo com a calculadora antes de efetuar a compra. “Se ele botar na ponta do lápis, em alguns casos, vale muito a pena”, garante. Para isso, é preciso se reunir com o escritório de contabilidade e verificar os custos. O gerente dá um exemplo prático: mangueira de combustível. Nesse caso específico, pode ser vantajoso para o revendedor comprar o produto fora do Estado. O advogado do Departamento Jurídico Tributário do Minaspetro, Felipe Millard Gerken, observa que a compra de equipamentos em outros Estados desperta desconfiança pela possibilidade de incidência do chamado “diferencial de alíquota” de ICMS, também conhecido como Difal. “Isso, na verdade, nada tem a ver com substituição tributária e pode vir a ocorrer nas situações em que um posto de combustíveis, na condição de consumidor final, adquira bens junto a fornecedores situados em outros Estados.” O especialista explica que o Difal pode obrigar o posto de combustíveis a recolher ICMS durante o processo de compra. O imposto deverá ser calculado e recolhido pelo posto dentro do período normal de apuração do ICMS em Minas Gerais, exceto se aquele bem adquirido for sujeito à substituição tributária – nesse caso, o cálculo e o recolhimento do Difal ficarão sob responsabilidade do vendedor do bem, situado no Estado de origem. “Ele tem o objetivo não de encarecer as aquisições interestaduais, mas sim de equiparar a carga tributária de tais operações à carga aplicável àquelas operações que são realizadas internamente, dentro do próprio Estado.”
Felipe Gerken garante: é preciso fazer as contas na ponta do lápis para não se pagar mais impostos que o necessário
O advogado recomenda que, antes de efetuar compras fora do Estado como consumidor final o posto atente-se para o valor final, da operação, que pode ser impactado pelo Difal. Primeiramente, deve ser verificado se o Difal incidirá ou não na operação. Caso se constate a incidência, o segundo passo é observar se o bem a ser adquirido é sujeito à substituição tributária, uma vez que isso define o responsável pela apuração e recolhimento do imposto. Caso a responsabilidade pelo recolhimento seja atribuída ao posto, o empresário deverá efetuar o cálculo e somá-lo ao preço cobrado pelo vendedor para chegar ao real valor da operação. Caso a responsabilidade fique com o vendedor, o posto deve questioná-lo se o preço por ele cobrado já inclui o Difal devido na operação.
Atenção aos recipientes para transporte de produtos perigosos ANP está autuando postos que abastecem e comercializam combustíveis em recipientes não certificados pelo Inmetro Imagem meramente ilustrativa
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ecentemente, o Minaspetro teve conhecimento de duas autuações da ANP por revendedores comercializarem combustível automotivo em recipientes para transporte de produtos perigosos não certificados pelo Inmetro. Um dos artigos da Resolução ANP 41/2013 da Agência prevê que a Agência só pode fiscalizar e autuar os revendedores sobre os recipientes para transporte de produtos perigosos após publicação de uma nova regulamentação, o que não ocorreu até então. A ANP fundamentou as autuações no item 5.3 da norma ABNT NBR 15594-1:2008, bem como na Portaria 326/2006 do Inmetro, que entre outros aspectos determinam que os recipientes sejam fabricados para o fim específico de transporte de produtos perigosos e, ainda, que tenham a certificação do Inmetro para tal fim. Além disso, com base na citada norma da ABNT, o revendedor também deve atentar-se aos procedimentos necessários para garantir a segurança na hora do abastecimento, de acordo com cada tipo de recipiente. O Departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro entrou em contato com o referido órgão fiscalizador para tentar impedir novas autuações, exatamente por entender que a ANP está extrapolando os limites legais impostos por sua própria norma (RES. ANP 41/2013). Contudo, a advogada do departamento Ana Violeta Guimarães alerta e orienta que os postos devem abastecer em recipientes obrigatoriamente com certificação do Inmetro para evitar autuações indesejadas, observando-se, inclusive, os procedimentos prescritos no item 5.3 da norma ABNT NBR 15594-1:2008, e, ainda, no caso de revender tais recipientes, não dispensar a certificação deles. O Ipem-MG foi consultado sobre a certificação dos recipientes utilizados para o transporte de
Recipiente entrou em evidência depois da greve dos caminhoneiros
produtos perigosos e, por meio da sua assessoria de imprensa, destacou a importância da certificação compulsória em embalagem para o transporte terrestre de produtos perigosos, que tem foco na questão da segurança. Esclareceu ainda que essa certificação significa que o produto foi aprovado em ensaios, demonstrando ser seguro e com reduzido risco de acidentes de consumo. EMPRESAS CERTIFICADAS A atenção do revendedor deve se voltar também para as empresas fornecedoras dos vasilhames, que precisam estar com a sua autorização para uso do selo de identificação da conformidade do Inmetro em dia. Assim, quando da compra dos recipientes, os revendedores devem exigir o certificado atualizado do referido fabricante.
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MEU NEGÓCIO
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Parceria boa
para quem? Empresas de cashback viraram moda no ano passado, mas descumprimento de promessas e valores acordados não repassados estão gerando uma grande dor de cabeça para os revendedores
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Freepik
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las chegaram ao mercado de forma agressiva, ganharam a confiança do consumidor, do comércio varejista e do e-commerce. A promessa era de fato atraente: para o cliente, a possibilidade de acumular pontos e resgatar o dinheiro da compra; para os varejistas, aumento nas vendas e fidelização do cliente. Não é raro ver os adesivos dessas empresas, chamadas “cashback”, nas lojas. As mais populares como Beblue, Méliuz e Dotz, estampam suas marcas nos estabelecimentos e, teoricamente, chamam clientes. Com o objetivo de expandir a rede credenciada, muitos revendedores foram procurados. Os que toparam a parceria vislumbraram uma boa oportunidade. Um dono de uma rede de postos da capital, que não quis se identificar, avaliou como positiva a parceria com a Beblue nos primeiros meses. “Realmente deu uma movimentada no posto.” No entanto, com o tempo, a empresa começou a descumprir algumas promessas. Ele explica que a Beblue havia garantido que nenhum posto da mesma região teria o convênio. O revendedor conta, no entanto, que com o passar dos meses um estabelecimento concorrente, a 500 m do seu, também fechou um acordo com a empresa. “Se todo mundo tem, qual é o diferencial? Não muda nada o seu volume de vendas.” Em algumas ocasiões, ela anunciava promoções que lotavam o posto, contudo não avisava o empresário com antecedência para que ele pudesse preparar a equipe e alugar novas máquinas de cartão. Resultado: clientes mal atendidos. Mas o pior ainda estava por vir: começaram os problemas relacionados ao repasse dos valores comercializados. “Acordei com eles um repasse antecipado para as segundas, quartas e sextas-feiras de todas as semanas, mas sempre atrasava. Até que eles cessaram de vez o repasse.” Nas contas do revendedor, foram cerca de R$ 70 mil. Ele pressionou a Beblue, que acabou pagando apenas R$ 20 mil, mas se recusa a pagar o restante. O empresário já notificou a empresa extrajudicialmente, e, provavelmente, a questão será judicializada. Após o ocorrido, o empresário decidiu pesquisar em sites de
reclamação para verificar como andava a reputação da startup. Além de vários postos, supermercados e lojas de eletrônicos também estavam insatisfeitos com a parceria. A Beblue foi procurada via assessoria de imprensa para comentar o caso, mas até o fechamento da edição a reportagem não tinha obtido resposta. A Méliuz, outra empresa do segmento, informou que não está trabalhando mais com postos de combustíveis, pois mudou sua estratégia, voltada agora para bares e restaurantes. MAIS CASOS O Minaspetro tem registrado reclamações semelhantes às listadas acima. Em março deste ano, outro revendedor, que também não quis se identificar, credenciou todos os postos de sua rede junto à Beblue. O empresário conta que no início o movimento cresceu. “Aí eles ‘se prostituíram’. Todos os postos tinham.” Ele também teve problemas com o repasse e, por conta disso, cancelou o contrato e já estuda levar o caso à Justiça.
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ARTIGO
Não recebi os valores das
vendas... e agora?
Mariana Cerizze, advogada do Departamento Cível/Comercial do Minaspetro
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os últimos anos, o avanço da tecnologia e as mudanças dos hábitos de consumo resultaram no aumento expressivo dos meios de pagamento, em especial os chamados “aplicativos de cashback”. Assim, os comerciantes, que antes ficavam restritos a pouquíssimas opções, passaram a contar com várias possibilidades, podendo escolher aquela que melhor se encaixa em seu negócio. Nem todas as empresas que atuam na intermediação de pagamento e cashback são confiáveis ou financeiramente sólidas, de forma que, mesmo checando a reputação da companhia e adicionando cláusulas contratuais protetivas, os revendedores que utilizam tais serviços podem acabar incorrendo em prejuízos. Entretanto, existem medidas que, quando adotadas, reduzem o risco de perdas financeiras e, muitas
vezes, garantem o recebimento rápido da quantia não repassada. Na hipótese de ocorrerem problemas nos repasses dos valores comercializados via POS ou aplicativo, a primeira providência a ser tomada é interromper imediatamente a utilização dos serviços, inclusive devolvendo a máquina fornecida, a fim de evitar um desequilíbrio ainda maior no caixa do posto. Cumpre ressaltar que tal medida deve sempre ser acompanhada da retirada de quaisquer placas ou adesivos que indiquem a parceria, para que o consumidor não fique confuso. Além disso, o revendedor deve comunicar imediatamente à empresa a suspensão do recebimento, bem como o valor pendente de repasse, a fim de que as medidas cabíveis possam ser tomadas. É altamente recomendável que essa comunicação ocorra via e-mail ou carta, a fim de que os fatos fiquem documentados. Caso não seja possível solucionar o problema de maneira amigável, o revendedor poderá entrar em contato com o Departamento Cível/Comercial do Minaspetro e solicitar que os advogados da área elaborem uma notificação extrajudicial exigindo o pagamento do débito. Nesse caso, é importante reunir documentos capazes de comprovar a ausência de repasse, podendo o revendedor juntar os comprovantes das vendas realizadas por meio da parceria, eventuais relatórios do sistema da empresa (desde que estejam com os valores corretos) e até mesmo extratos bancários do posto. A notificação enviada à empresa de cashback poderá servir de prova documental na hipótese de ser necessário o ajuizamento de ação para cobrança do valor não repassado, razão pela qual apresentá-la já com as provas do débito é bastante oportuno. Nas hipóteses em que não há o repasse do valor comercializado pelo posto mesmo após a notificação, o revendedor poderá ajuizar ação para cobrança, de maneira que o prejuízo seja eliminado ou ao menos mitigado. Em qualquer hipótese é sempre recomendável procurar aconselhamento jurídico para definir qual a melhor estratégia para o seu caso, e o Departamento Cível/Comercial do Minaspetro está à disposição dos associados e sempre pronto a ajudá-los.
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CONVENIÊNCIA
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47 ANOS AO SEU LADO
Aghora
para crianças
ELETRÔNICA
E MONITORAMENTO
DE VAZAMENTO ATENDE MINISTÉRIO DO TRABALHO
Painel de Controle
Promoção dirigida aos pequenos sorteará prêmios com o intuito de ampliar o ticket médio das lojas de conveniência
MEDIÇÃO
Cliente poderá ganhar brinde instantâneo com raspadinha e concorrer a um prêmio da Multilaser
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ealizar promoções em datas comemorativas é uma das estratégias comerciais adotadas pela Aghora Conveniência para fortalecer a marca. Com a proximidade do Dia das Crianças, abre-se uma possibilidade de pôr em prática a ação, com o intuito de aumentar as vendas. É o que a empresa fará entre os dias 7 e 13 de outubro em todas as lojas. O cliente que consumir a partir de R$ 30 nos estabelecimentos ganhará uma raspadinha para tentar a sorte. Cássia Barbosa Soares, gestora da Aghora Conveniência, explica que cada loja receberá 300 cartelas, dentre as quais 150 estarão premiadas com brindes para a criançada, como bombons, chocolates e brinquedos. Mas mesmo aqueles que não forem contemplados imediatamente poderão preencher seus dados no verso da cartela e
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Sensor de Vazamento
concorrer a um prêmio – uma caneta 3D, sensação infantil do momento e o atendente da loja a uma caixa de som bluetooth – da Multilaser, empresa parceira da Aghora na oferta de produtos e promoções. PROMOÇÕES TEMÁTICAS Atenta ao potencial das datas comemorativas previstas no calendário nacional, a Aghora tem desenvolvido ações de marketing que despertam a curiosidade do consumidor. Até o momento, foram realizadas promoções em duas ocasiões: Dia das Mães e Copa do Mundo. E a empresa adianta que o Natal também terá uma atenção especial em 2018. O objetivo, segundo Cássia, é aumentar o ticket médio de cada loja e fidelizar o cliente. Vale lembrar que as promoções contemplam também os vendedores das lojas, com o objetivo de motivá-los a baterem as metas.
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NA REVENDA
Para facilitar a
vida da Revenda Minaspetro passa a oferecer aos associados produto que facilita a gestão de metas
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raçar metas de abastecimento e venda de gasolina aditivada pelos frentistas é algo comum no gerenciamento da pista nos dias de hoje. O revendedor que ainda não utiliza a metodologia deveria começar a fazê-lo imediatamente, pois os resultados são evidentes. A maior dificuldade, no entanto, é controlar o pagamento dos prêmios no final do mês, o que pode gerar excesso de trabalho para os setores administrativo e de pessoal. O ClubPetro, empresa que oferece soluções inovadoras para a gestão da Revenda de combustíveis, possui uma ferramenta que auxilia o revendedor justamente na gestão das metas da equipe e ainda estimula o frentista a melhorar seus resultados. Chamado de Gestão de Metas, o software transmite em tempo real, por meio de TV, tablet ou do próprio computador de pista, os resultados obtidos pelo frentista. Ricardo Pires, CEO do ClubPetro e proprietário da Rede de Postos Pires, explica que, quando o frentista tem clareza sobre seus indicadores de vendas, a motivação para seguir em frente e buscar melhores resultados é maior. “É incrível como ele potencializa o resultado de um dia para o outro.” Além disso, o sistema organiza os relatórios de metas, que são enviados com rapidez para o departamento pessoal, evitando possíveis erros no pagamento dos frentistas e fazendo com que o revendedor tenha uma visão geral das vendas de forma ágil e prática. Atualmente, cerca de 250 postos utilizam o programa, e o Minaspetro já está finalizando a negociação junto ao ClubPetro para comercialização em condições especiais para os postos associados. Em breve, o Sindicato informará em seus canais de comunicação detalhes adicionais para contratação da plataforma.
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MERCADO
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Preços em aberto Infopreço poderá obrigar revendedores a divulgar valores praticados na bomba no site da ANP; objetivo é estimular transparência, mas medida gera polêmica entre empresários
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magine a seguinte situação: você entra em um supermercado para comprar um litro de leite e verifica o preço do produto na gôndola. Antes de efetuar a compra, pesquisa em um site quanto o varejista pagou pelo produto e compara com o valor praticado na venda. Esta não é uma situação real, mas, no caso dos postos de combustíveis, está prestes a ocorrer. Em fase de teste desde o final de junho deste ano, a tendência é que a ANP obrigue os revendedores a divulgar seus preços no site da Agência. A boa notícia é que as distribuidoras também terão que fazer o mesmo. O objetivo, segundo a ANP, é dar mais transparência aos preços praticados no mercado de combustíveis. A ideia é que o consumidor tenha mais um instrumento para escolher onde vai abastecer, além do conhecido Levantamento Semanal de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis, tradicionalmente realizado pela Agência. A medida tem suscitado opiniões divergentes. Alguns revendedores reclamam que a Revenda é o único setor em que a vigilância rigorosa será adotada. Outros, como o caso de Cláudio Couto, dono do Posto Igaraçu, em Paraopeba, é simpático à ideia. Ele comenta que a distribuidora com que trabalha tem praticado preços bem acima dos da concorrência, o que tem gerado desconforto na relação do posto com os clientes. “As
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pessoas acham que o meu preço é mais alto porque minha margem de lucro é maior”, explica o revendedor. Com o Infopreço da ANP, Cláudio prevê que ficará mais clara para o consumidor a discrepância existente em sua região, o que pode pressionar a companhia a praticar uma política comercial mais adequada. O QUE DIZ A ANP Inicialmente, a ANP tinha a expectativa de que os revendedores, de forma voluntária, informassem os preços praticados no sistema. Até o momento, entretanto, são poucos os que aderiram. No início de agosto, pouco mais de 100 postos haviam disponibilizado a informação, número bem singelo para dar origem a algum tipo de indicador, tendo em vista que o país abriga cerca de 40 mil postos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a ANP informou que a divulgação “pode ser uma vantagem competitiva, uma vez que os consumidores terão acesso aos preços praticados”. A Agência admite que avalia a possibilidade de tornar a medida obrigatória, mas ainda não há previsão para que isso ocorra. O revendedor pode acessar a lista dos revendedores que colocaram seus preços à disposição no site da ANP, acessando a aba “levantamento de preços”.
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Bola pra
frente
Revenda é um dos segmentos em que é comum os filhos sucederem aos pais; processo pode ser conflituoso e arriscado se não for feito com planejamento, racionalidade e responsabilidade
Tema é de grande interesse da Revenda, que lotou o auditório da FDC
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ordana Torres Machado foi criada dentro de um posto de combustível. Sua mãe, Edna, e o pai, Genílton, têm quase 30 anos de experiência como revendedores e, para trabalhar e cuidar da filha, a levavam-na diariamente para o posto quando ela era muito pequena. Com o passar do tempo, Jordana se familiarizou com o negócio. Não deu outra: “Comecei a cursar engenharia de produção e no dia seguinte já estava trabalhando no posto”, lembra. A formação acadêmica possibilitou que ela levasse para o posto métodos de gestão com os quais teve contato na faculdade, e, de lá pra cá, já são dez anos atuando como revendedora ao lado dos pais. “Entendemos o valor do jovem dentro do negócio. Eles são a inteligência do mercado. Jordana trouxe inovação e quebrou paradigmas”, comenta a matriarca da família. “Não queremos que o negócio simplesmente acabe. Ele é fruto de muito trabalho honesto e desejamos que se perpetue.” No que depender da motivação da família, de fato, a rede Longana vai perdurar. Além de Edna, Genílton e Jordana, que atuam em diferentes áreas da Revenda, as duas filhas mais novas – Larissa, 20, e Maria Eduarda, 19 – já começam a ganhar experiência no gerenciamento de um negócio que envolve tamanha complexidade. A sucessão é assunto levado a sério pela família. As três filhas compareceram à palestra promovida pela Fundação Dom Cabral (FDC), em parceria com o Minaspetro, em comemoração pela formatura da primeira turma do curso de Gestão da Revenda, criado por iniciativa das duas instituições. “Fiz questão de trazer as três para que elas entendam que sucessão é algo que dá muito trabalho. É preciso prepará-las”, diz Genílton. Realizado no fim de agosto, o evento lotou um dos salões da FDC. Não era para menos, afinal, a Revenda de combustíveis se caracteriza pelo fato de, em geral, filhos sucederem aos pais. Em Minas Gerais, por exemplo, há casos em que netos de fundadores já assumi-
“É preciso que as novas gerações desenvolvam um conjunto de habilidades antes de assumirem a empresa. Ter um emprego fácil pode ser uma zona de conforto perigosa” ELISMAR ÁLVARES DA SILVA Professora da FDC e consultora empresarial de Governança Familiar
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Nº 110 – Setembro 2018
Elismar Álvares da Silva é especialista em sucessão empresarial e falou aos revendedores
ram as administrações dos postos. A palestrante escolhida foi Elismar Álvares da Silva, professora da FDC e consultora empresarial de Governança Familiar, com experiência em processos de sucessão adotados por grandes empresas, como o Banco Itaú. A especialista foi enfática: é preciso, acima de tudo, planejamento para que a sucessão se dê de forma harmônica e responsável, de modo a não pôr em risco o futuro do negócio. E mais: zelar para que a transição se dê de forma suave para quem se afasta do negócio. “Quando se fala em sucessão empresarial, a primeira coisa que a pessoa me fala é: ‘Você precisa conhecer meus filhos, eles são ótimos’. Eu respondo que, claro, vou conhecê-los, mas primeiramente gostaria de conhecer o sucedido. É preciso identificar alternativas para que o impacto da saída não seja traumático”, explica a consultora. SABER A HORA CERTA Ao mesmo tempo, não são raras as situações em que a sucessão empresarial foi conflituosa. O evento na FDC contou com a participação de Jacqueline Assumpção, atual CEO da Líder Aviação, filha do fundador. Ela narrou sua experiência para os revendedores e disse que, quando o pai começou a pensar na troca de comando na companhia, a escolha natural recaiu sobre o filho mais novo. Com apenas 20 anos, ele assumiu a vice-presidência da empresa com a gana de implantar ideias novas, obtidas em sua ainda curta experiência profissional. A sucessão acabou esbarrando em um problema comum: o conflito de gerações. “Divergências surgiram e os problemas enfrentados na empresa foram levados para dentro de casa”, recorda Jacqueline.
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Foi aí que o patriarca procurou a FDC para que os filhos passassem por um treinamento de longo prazo, com o objetivo de prepará-los para a virada no comando. “Um problema muito comum é que, muitas vezes, os pais acreditam que as novas gerações estão prontas para liderar os negócios, mas não é bem assim. Volto a insistir: se a troca não for planejada com antecedência, a chance de dar errado e gerar conflitos profissionais e pessoais é grande”, explica Elismar. Embora não tenha recorrido a uma consultoria formal, intuitivamente, Evandro Lúcio de Faria, dono do Posto Baluarte, em Belo Horizonte, percebeu que as duas filhas poderiam em algum momento assumir a direção da Revenda. Larissa já trabalha há dez anos com o pai, e Ana Clara, há quatro. “Elas sempre mostraram interesse em atuar aqui dentro. Prepararam-se, cursaram administração de empresas e estão contribuindo. Acredito muito nessa aliança da experiência com a modernidade.” A mudança tem sido gradativa, como tem que ser. Questionado se elas já assumiram o comando do negócio, Evandro diz que ainda não completamente, mas, pouco a pouco, sua presença não tem sido mais tão necessária. “No início foi difícil. Posto é uma atividade complicada, mas devagar fomos aprendendo, e o pai nos ajudou muito. É um aprendizado diário, mas a troca de experiências fez surgir novas ideias, que vão ajudando o negócio a prosperar”, explica Larissa. A transição feita sem maiores conflitos, como no caso do Posto Baluarte, de acordo com a consultora da FDC, é um sinal de que a gestão é profissionalizada. Problemas mais graves surgem quando a empresa tem a personalidade do dono e não respeita as características próprias do negócio. Elismar afirma que, quando os padrões adotados internamente são bem-definidos e transparentes, eventuais conflitos se restringem ao campo das ideias e dificilmente a polêmica invade o âmbito pessoal. Cabe, no entanto, uma indagação: conduzir uma Revenda de combustíveis em um mercado incerto como o de hoje é algo que os proprietários desejam para seus filhos? De modo geral, sim. Muito embora saibam das dificuldades enfrentadas pelo segmento – fiscalização rigorosa, autuações muitas vezes injustificadas, volatilidade tributária e decisões equivocadas por parte do governo –, quem vive a rotina de um posto sabe como é apaixonante lidar com o negócio. É o seu caso? Se a resposta for positiva, prepare-se adequadamente. Seus herdeiros, certamente, ficarão gratos por isso.
Os passos para uma boa sucessão
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PREPARE O SUCESSOR A empresa não pode ser vista como cabide de empregos. Você contrataria uma pessoa sem experiência no mercado ou sem formação acadêmica adequada? O critério deve ser o mesmo para seu filho. Oriente-o a colocar o currículo debaixo do braço, procurar um emprego e adquirir experiência para que ele possa atuar por mérito no negócio que você criou. É preciso capacitar o novo líder. Grandes empresas começam a preparar os filhos para assumir o comando com até 15 anos de antecedência.
CUIDE DO SUCEDIDO O primeiro personagem de uma sucessão empresarial é o sucedido. Não se pode simplesmente arrancá-lo abruptamente do negócio. É preciso planejar o que ele fará depois da sucessão, informar que ele não será mais o responsável pelo posto e fazer com que ele atue em outros negócios ou se dedique a hobbies que possibilitarão ocupar o tempo com prazer.
QUEBRE OS TABUS Pode acontecer de o sucessor não se interessar em exercer uma função dentro do negócio. Isso faz com que o empresário, muitas vezes, relute em contratar alguém que não seja da família. É preciso entender que o mercado fornece mão de obra capacitada para exercer diversas funções. Cabe ao sucedido preparar o sucessor, mesmo que este não pertença à família, com planejamento e confiança.
COMPITA DE FORMA SAUDÁVEL Em redes de postos de grande porte, pode acontecer de vários membros da família trabalharem no empreendimento. É importante que filhos, sobrinhos, primos, tios e avós, não compitam entre si. A competição deve se restringir ao mercado. Com atribuições bem-definidas, a disputa interna pode ser amenizada e até mesmo evitada.
PROTEJA O PATRIMÔNIO Naturalmente, acontece de grandes empresas terem genros e noras atuando na gestão. No entanto, é importante definir com clareza quem fica com o quê em uma possível separação. É importante que o patrimônio seja protegido, para prevenir uma possível derrocada do negócio.
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CICLO DE CONGRESSOS
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Giuliana Morrone brindou o público com comentários também sobre o mercado
Congresso de Ipatinga marca
a estreia de palestrante
Jornalista trouxe à discussão temas como economia e política, ressaltando a importância do atual período eleitoral
O
quarto dos cinco eventos programados para o 12º Ciclo de Congressos Regionais Minaspetro, realizado no dia 24 de agosto, em Ipatinga, mostrou, novamente, a importância da promoção dos encontros regionais, oportunidade única para que os donos de postos do interior do Estado tenham acesso às discussões inerentes ao setor de combustíveis. Sediado no Centro Cultural Usiminas, o Congresso superou novamente as expectativas de público, reunindo mais de 400 pessoas, entre revendedores, acompanhantes e empresas do segmento na Feira do Revendedor (confira fotos na próxima página). Vanda Brum Avelar, representante regional do Minaspetro em Ipatinga, abriu o evento agradecendo a presença maciça dos revendedores da região do Vale do Aço no Congresso e, consequentemente, na união da classe revendedora. Também presti-
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giaram o evento na mesa de abertura o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, e os diretores do Minaspetro em João Monlevade, Caratinga e Governador Valadares. A jornalista e escritora Giuliana Morrone, apresentadora do “Bom dia Brasil”, da TV Globo, foi o grande destaque do evento, levando ao público a principal discussão que permeia o meio empresarial: as eleições de outubro. Giuliana aproveitou o momento para conscientizar a plateia sobre a necessidade de avaliação criteriosa dos candidatos aos cargos públicos, já que a “margem de erro” para o Brasil está cada vez menor. O último evento do 12º Ciclo acontece em Montes Claros, no dia 28 de setembro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do Minaspetro, clicando no banner disponível na página principal.
Expositores do Congresso Aghora Conveniência
Ale
Apoio Representações
Atlântica Petróleo
BR
ClubPetro - Conciliadora
Ecopostos - Petrotanque
Excelbr
FGS
Jogue Limpo
LBC
Macrolub
Minas Construções - Sean
Plumas
Quality Automação
Raízen - Shell
Royal FIC
Telemed - ANNEL - Ecobrasil
Companytec - Wertco
Xpert
Zeppini Ecoflex
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MERCADO
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A vez do elétrico?
Debate sobre veículos movidos a eletricidade nunca esteve tão em evidência; pontos de abastecimento começam a ser instalados e as primeiras regulações para comercialização começam a despontar
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A
o ver os primeiros modelos de carros elétricos já transitando pelas ruas das grandes capitais, engana-se quem acredita que a tecnologia é recente. O primeiro veículo movido a eletricidade foi construído em 1894, por dois norte-americanos. Porém, a baixa autonomia e a necessidade de se chegar mais rápido aos destinos, além da popularização do modelo de produção inventado por Henry Ford, tornaram a ideia inviável. Passados mais de 100 anos, o carro elétrico já se apresenta mais como uma necessidade do que propriamente uma tendência. Os especialistas já deram o recado: é um caminho sem volta. A velocidade com que a tecnologia para esse modelo de carro vem sendo desenvolvida é tão assustadora quanto animadora. Espera-se que as soluções em mobilidade urbana avancem mais nos próximos dez anos do que nos últimos 50. E, para contribuir com esse cenário, os elétricos e híbridos terão papel decisivo. Ainda que a frota nacional de carros exclusivamente elétricos some apenas 320 unidades, o país já começa a pensar em infraestrutura e subsídios necessários para atender a demanda que está por vir. Na Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, foram instalados recentemente diversos pontos de abastecimento para os elétricos – ou seja, a rodovia que liga as duas maiores cidades do país já pode ser inteiramente percorrida sem uma gota de combustível fóssil. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou, em junho, a oferta dos pontos de abastecimento para shoppings, postos de combustíveis e distribuidoras de energia. De acordo com a medida, o estabelecimento poderá comercializar ou oferecer gratuitamente o serviço, sem a interferência do órgão regulador sobre os preços praticados. O relator do processo na Aneel, Tiago Correia, explica que a regulação é sutil, criada essencialmente para fomentar esse mercado. A ideia é que os revendedores interessados invistam na infraestrutura de instalação sem a preocupação com problemas regulatórios futuros. Outro objetivo é evitar que a distribuidora de energia seja responsabilizada por possíveis danos no veículo elétrico, como acontece com equipamentos de menor porte quando há algum defeito na rede. Os interessados em ofertar o serviço poderão, em breve, oficializar a demanda junto à Agência. A previsão é que até meados de outubro um formulário eletrônico seja criado para que as empresas que pretendem fornecer energia para carros tenham seus pontos de abastecimento.
Ponto de recarga gratuito instalado por montadora em posto no bairro Belvedere, em BH
POSSÍVEIS PONTOS NEGATIVOS A redução do ruído emitido pelos veículos, a eliminação da emissão de gases na atmosfera e o baixo custo do abastecimento são benefícios já conhecidos. As montadoras interessadas em desenvolver modelos, contudo, ainda buscam resolver alguns empecilhos para a popularização dos elétricos. A autonomia ainda é um desafio. A previsão da indústria é chegar a uma versão que percorra 320 km com apenas uma recarga. O tempo de abastecimento também é outro percalço: uma média de oito horas. Com as novas tecnologias desenvolvidas, a ideia é que a recarga demande 20 minutos apenas. A capacidade de abastecimento do país é outro motivo de controvérsia. Alguns especialistas afirmam que um crescimento agudo de carros elétricos no Brasil impactaria em cerca de 1,5% o consumo geral de energia. Por outro lado, o setor de distribuição diz que há a necessidade de forte investimento em transformadores e
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MERCADO
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que o impacto seria de 15% a 20% no consumo, dado considerável em tempos em que as longas estiagens têm obrigado as hidrelétricas a operar em regime de bandeira vermelha. Em meio aos impasses, de maneira geral, os revendedores sabem da importância de se anteciparem à demanda, no entanto ainda consideram distante a popularização da tecnologia a ponto de impactar a Revenda. Matheus de Castro, dono do Posto São Matheus, em Minas Novas, acredita que, ao menos por enquanto, os carros elétricos não passam de modismo. Ele também se preocupa com as condições estrutu-
rais do país para o fornecimento, mas acha que os postos de combustíveis terão papel fundamental na popularização dos pontos de abastecimento. “Temos as melhores esquinas do país e faremos a nossa parte para nos credenciar para o fornecimento. O revendedor sabe que, se ficarmos somente na venda de combustível, seremos deixados para trás.” Novas tecnologias e mudanças nas regulações nunca foram empecilhos para que os postos de combustível se modernizassem. Se o futuro é elétrico, os revendedores estarão conectados.
Curiosidades dos elétricos
Cidade de São Paulo pretende ter em seis anos 40% da sua frota de ônibus movida por eletricidade
No Japão, existem mais pontos de abastecimento de energia do que postos de combustíveis fósseis
A partir de 2025, será proibida a venda de veículos convencionais na Noruega
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Em 2017, a China registrou vendas de mais de 500 mil unidades de carros elétricos – o equivalente a metade da comercialização mundial
A consultoria Morgan Stanley aponta que, até 2025, 15% do mercado mundial será de carros elétricos
Minaspetro já debateu o tema Como entidade representativa do setor, é importante que o Minaspetro coloque em pauta o debate sobre as tendências que vão impactar o mercado. No ano passado, o Sindicato promoveu o evento O Futuro dos Transportes de Combustíveis no Brasil, uma iniciativa do curso de Desenvolvimento Empresarial de Varejistas Minaspetro, fruto da parceria da entidade com a Fundação Dom Cabral. Importantes nomes que lidam com o desenvolvimento de tecnologias para carros elétricos estiveram presentes, como Braz de Jesus Cardoso, coordenador do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais, e Alexandre Guimarães, diretor de Engenharia Elétrica, Eletrônica e Térmica da GM da América Latina. O vídeo da palestra está disponível no canal do Minaspetro no Youtube: “Ascom Minaspetro.”
Elétrico X Híbrido Muito se fala da chegada dos veículos híbridos ao mercado, mas você sabe qual é a diferença dele para o carro elétrico?
Não possui motor a combustão, isto é, não há necessidade de abastecimento com combustível fóssil. As principais vantagens é que são carros extremamente silenciosos e que não emitem CO2.
Combina duas fontes de energia – elétrica e a combustão. Funciona assim: o motor a gasolina recarrega a bateria, e a troca das estruturas é imperceptível para o motorista. A manutenção do carro é feita da mesma forma que a de um veículo comum, e o motor elétrico não precisa ser recarregado.
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GOTAS
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Etanol batendo recordes Julho foi o mês de maior venda do hidratado, com quase 220 milhões de litros vendidos Até então, o recorde havia sido o de outubro de 2015, com o consumo de 205 milhões de litros. O crescimento, comparado com julho do ano passado, foi de 102%. Em comparação com junho de 2018, o crescimento foi de 12,9%. No acumulado do ano, a alta da demanda de etanol em Minas Gerais já atinge 88%.
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Operação Bandeira Suja Fim da ação policial acaba com 11 presos No final de agosto, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) finalizou operação que resultou com 11 presos de uma quadrilha que roubava gasolina da Refinaria Gabriel Passos, em Betim. A estimativa da polícia é que os bandidos desviassem por meio de dutos clandestinos cerca de 40 mil litros de combustível por semana, o que resultava em um prejuízo de R$ 4 milhões para a estatal e ainda R$ 1 milhão que deixaram de ser pagos para a Receita Federal. A investigação concluiu que a gasolina era destinada a uma rede de postos com estabelecimentos no Sul de Minas Gerais.
Vale ressaltar que o Sindicato é a favor e apoia toda e qualquer ação que desarticule e sancione os maus empresários e grupos criminosos que mesmo sendo pequena minoria, infelizmente, ainda atuam no setor. O segmento de Revenda de combustíveis, em todo o Brasil, é composto, em sua grande maioria, por empresários que trabalham dentro das legislações, especialmente em relação à qualidade dos produtos. Quanto aos revendedores suspeitos de conduta ilegal, o Sindicato pontua que não faz juízo de valor quanto à alegada participação desses empresários nos fatos divulgados, e que aguardará a conclusão do processo para se manifestar de modo prudente a respeito.
Multa de R$ 5 mil para descumprimento da tabela do frete Penalidade está em uma proposta que entrou em consulta pública A ANTT fixou a multa a ser cobrada de empresas que não seguirem o tabelamento criado em maio. O valor pode cair para R$ 3 mil para quem intermediar contratos abaixo do piso. As condições das autuações estão em uma proposta de resolução da Agência que entrou em consulta pública no dia 10 de setembro. Os interessados podem encaminhar sugestões de alterações até 10 de outubro. Posteriormente, a ANTT analisa as propostas e aprova uma norma definitiva. Em um primeiro momento, não haverá penalidade para o caminhoneiro que aceitar um preço inferior ao piso.
RANKING DE BANDEIRAS IPIRANGA
BR
RAÍZEN
ALE
31/JUL
466
933
497
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31/AGO
470
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BALANÇO
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BRANCA
OUTRAS
TOTAL
1.962
245
4.385
283
1.956
248
4.394
1
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FORMAÇÃO FORMAÇÃODE DEPREÇOS PREÇOS Gasolina – Minas Gerais / JULHO / AGOSTO 2018 R$ 4,10
R$ 4,0776
R$ 4,0559
R$ 4,0559
21/7 - 27/7
28/7 - 3/8
R$ 4,0468 R$ 4,0390
R$ 4,0729 R$ 4,0438
R$ 4,00
R$ 3,90
14/7 - 20/7
4/8 - 10/8
11/8 - 17/8
18/8 - 24/8
25/8 - 31/8
Carga Tributária – %
45,1%
45,1%
45,1%
45,1%
45,1%
45,1%
45,1%
Carga Tributária – R$/L
R$ 2,1630
R$ 2,1630
R$ 2,1630
R$ 2,1630
R$ 2,1630
R$ 2,1630
R$ 2,1630
Etanol – Minas Gerais / JULHO / AGOSTO 2018 R$ 2,1982
R$ 2,20 R$ 2,1084
R$ 2,10
R$ 2,0835 R$ 2,0089 R$ 1,9972
R$ 2,00
14/7 - 20/7
21/7 - 27/7
28/7 - 3/8
4/8 - 10/8
R$ 1,9996
11/8 - 17/8
R$ 2,0657
18/8 - 24/8
25/8 - 31/8
Carga Tributária – %
21,7%
21,7%
20,2%
20,2%
20,2%
20,2%
20,2%
Carga Tributária – R$/L
R$ 0,6523
R$ 0,6523
R$ 0,6085
R$ 0,6085
R$ 0,6085
R$ 0,6085
R$ 0,6085
Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / JULHO / AGOSTO 2018 R$ 3,10
R$ 3,0208 R$ 3,0197 R$ 3,0168 R$ 2,9676 R$ 2,9642 R$ 2,9698
R$ 3,0092 R$ 3,0231 R$ 2,9665 R$ 2,9706
R$ 3,0231 R$ 2,9706
R$ 3,0231 R$ 2,9706
18/8 - 24/8
25/8 - 31/8
R$ 3,00
R$ 2,90
14/7 - 20/7
21/7 - 27/7
Carga Tributária S10 – %* 27,4% Carga Tributária S500 – %* 27,9% Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 0,9757 Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,9632
27,4% 27,9% R$ 0,9757 R$ 0,9632
28/7 - 3/8 27,4% 27,9% R$ 0,9757 R$ 0,9632
4/8 - 10/8 27,6% 28,2% R$ 0,9757 R$ 0,9632
11/8 - 17/8 27,4% 27,9% R$ 0,9757 R$ 0,9632
27,4% 27,9% R$ 0,9757 R$ 0,9632
27,4% 27,9% R$ 0,9757 R$ 0,9632
S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq. usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio sudeste homologado no 61º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais (PMPF/Ato Cotepe) do respectivo mês, o mesmo usado para base de cálculo do ICMS. *Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15.
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S500
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