Revista Minaspetro nº 87 - Agosto-2016

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Revista

Nº 87

Agosto 2016 Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela Ect

A negociação do ano Os bastidores da transação e os impactos para a Revenda em função da compra da Ale pela Ipiranga

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Nº 87 – Agosto 2016

Mensagem do Presidente

Contrários não,

vigilantes sim

C

omo empresário da Revenda de combustíveis, um dos maiores segmentos econômicos do país, não posso ser contra a tendência mundial de expansão e crescimento das empresas, seja de forma orgânica (gradual e planejada) ou “inorgânica”, por meio de fusões, aquisições ou joint ventures. A compra da distribuidora Ale pelo Grupo Ultra – controlador da Ipiranga – por R$ 2,17 bilhões consolidou, com larga vantagem, a segunda posição da Ipiranga no mercado brasileiro de combustíveis, atrás apenas da BR Distribuidora. Este movimento é normal em todo mundo, em todos os setores. Temos diversos exemplos disso, como a compra do aplicativo Whatsapp pelo Facebook e da marca Budweiser pela InBev (liderada por um grupo brasileiro), entre outros. O que me preocupa especificamente no caso da compra da Ale é a consolidação de um oligopólio na distribuição de combustíveis no mercado brasileiro. Caso a transação seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), 80% do mercado estará concentrado em três distribuidoras: BR, Ipiranga e Raízen (joint venture entre a Cosan, maior produtora de etanol do mundo, e a Shell Brasil). O fato de que a distribuidora Ale – uma empresa mineira, próxima tanto das Revendas que carregam a sua bandeira quanto dos postos desbandeirados, que tinham na companhia uma grande aliada – poderá passar ao controle do Grupo Ultra causa, de antemão, certa preocupação entre os revendedores. Numa análise um pouco mais detalhada dos revendedores Ale,

observamos que muitos deles possuem apenas um contrato de imagem com a distribuidora, ou seja, compram dela desde que os preços estejam competitivos. Talvez por esta razão, a Ale se consolidou como a maior fornecedora para os postos bandeira branca do Brasil. Tendo em vista que a Ipiranga normalmente não fornece para postos bandeira branca nas áreas de influência dos seus postos bandeirados, não celebra contratos de imagem e costuma exigir o “posto completo”, com a instalação de pelo menos duas franquias (AM/PM e Jet Oil), como ficarão estes revendedores Ale? Esta concentração, certamente, diminuirá a competitividade no setor de distribuição, com impacto negativo em termos de custos (aumento de preços) para os revendedores e, consequentemente, para o consumidor. No dia seguinte ao anúncio da compra da Ale, o valor das ações do grupo Ultra subiu quase 5%, demonstrando claramente a euforia dos investidores com a possibilidade de lucros futuros. Paralelamente a esta situação, estamos assistindo ao fechamento de diversos postos em Minas Gerais, devido às baixíssimas margens dos revendedores. Por tudo isso, este é o tema de nossa matéria de capa deste mês, que busca apontar a você, revendedor, o que pode resultar desta negociação. Caso a compra da Ale seja mesmo confirmada, um “player” estratégico deixará de existir, e o mercado de distribuição se tornará ainda mais concentrado, em prejuízo da Revenda. Mais do que nunca, é o momento de ficar atento!

Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br

Boa leitura e um grande abraço!

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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior Primeiro Vice-Presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault Segundo Vice-Presidente: Paulo Miranda Soares Primeiro Secretário: Bráulio Baião Barbosa Chaves Segundo Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves Primeiro Tesoureiro: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Segundo Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Mauricio da Silva Vieira Diretor de Lojas de Conveniência: Felipe Campos Bretas Diretor de Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanueva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Márcio Croso Soares (Belo Horizonte) Carlos Roberto de Sá (Caratinga) Juvenal Cabral Nunes Junior Machado (Contagem) Roberto Rocha (Divinópolis) Rubens Perim (Governador Valadares) Marco Antônio Alves Magalhães (Ipatinga) Genilton Cícero Machado (João Monlevade) Renata Camargo (Juiz de Fora) Marcos Abdo Samia (Lavras) Gildeon Gonçalves Durães (Montes Claros) José Rabelo de Souza Junior (Paracatu) Carlos Roberto da Silva Cavalcante (Passos) Moisés Elmo Pinheiro (Patos de Minas) Fábio Aguinaldo da Silva (Poços de Caldas) Luiz Anselmo Rigotti (Pouso Alegre) Wellington Luiz do Carmo (Sete Lagoas) Leandro Lorentz Lamego (Teófilo Otoni) Jairo Tavares Schiavon (Ubá) José Antonio Nascimento Cunha (Uberaba) Jairo José Barbosa (Uberlândia) Leandro Lobo Motteram (Varginha) Conselho Fiscal Membros Efetivos: Bernardo Farnezi Gontijo Humberto Carvalho Riegert Rogério Lott Pires

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Membros Suplentes: Cássia Barbosa Soares Leonardo Lemos Silveira Paulo Eduardo Rocha Machado Diretores Adjuntos: André Werneck Mendes Guimarães Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Gerente Administrativo-Financeira Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Alexandre Tadeu Alves Melo Élcia Maria de Oliveira Gislaine Carvalho Luciana Franca Márcia Ramone Antunes Fonseca Poliana Gomides Raphaela Dutra Nascimento Rita de Cássia do Nascimento Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres João Paulo Arantes Ribeiro Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Marco Antônio da Rocha Oriolo de Araújo França Priciane Nobre Ricardo Donizetti Departamento de Comunicação Stenyo Fonseca Willian Martins Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Mariana Cerizze Priscila Foureax

Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário Gustavo Fonseca Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães

expediente

• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Willian Martins, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Beatriz Debien • Redação: Guilherme Barbosa e Lilian Lobato • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Tércio Lemos • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior).

www.minaspetro.com.br – minaspetro@minaspetro.com.br


SUMÁRIO

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Ipiranga compra a Ale

Artigo 6

Inmetro negocia com devedores 7

Abastecimento “até a boca” é proibido 9

8 12

Seja claro com o consumidor

Ciclo de Congressos Regionais – Montes Claros

O trabalho dos assessores comerciais do Minaspetro

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Fiscais do bem

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O posto como referência na comunidade

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Gotas 22

Invasão virtual em postos

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Tabela 26

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artigo

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Inmetro abre possibilidade para acordos, transações e parcelamentos de débitos Revenda poderá parcelar créditos no valor de até R$ 500 mil; medida só vale para postos não inscritos em dívida ativa, respeitando-se alguns critérios

Simone Marçoni, advogada do setor Metrológico do Minaspetro

N

o último dia 13 de abril, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publicou a Portaria nº 184, que autoriza acordos, transações e parcelamentos de créditos de natureza não tributária, desde que não inscritos em dívida ativa e cujos valores estejam entre R$ 30 mil e R$ 500 mil. Tal transação será feita mediante termo de confissão de dívida e expedição de Guia de Recolhimento da União (GRU). Além disso, em caso de parcelamento, o número máximo de prestações sucessivas será 60.

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Os descontos, que variam de 10% a 40%, serão concedidos da seguinte forma: 40%, para pagamento à vista; 30%, para parcelamento em até 30 parcelas; 20%, no caso de parcelamento entre 31 e 36 parcelas; e 10%, em caso de parcelamento entre 37 e 42 parcelas. O Inmetro poderá autorizar o pagamento em até 60 parcelas dos débitos provenientes de processos administrativos já concluídos, contudo nesse caso não haverá desconto. O valor mínimo de cada parcela será de R$ 50 para pessoas físicas e R$ 200 para pessoas jurídicas. Além disso, incidirão, na ocasião do pagamento, juros equivalentes à Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, e também de 1% ao mês. Se o sistema informatizado do Inmetro não disponibilizar o acesso ao solicitante para emissão das GRUs, caberá ao devedor emitir esses documentos, que deverão ser requeridos, mensalmente, junto aos órgãos delegados. A solicitação de acordo, transação e/ ou parcelamento será indeferida quando estiver em curso pedido anterior não quitado. É importante ressaltar que o pedido de acordo junto ao Inmetro não suspende a exigibilidade do crédito e deve ser solicitado pelo devedor em até 30 dias, após o recebimento da decisão final do processo administrativo. A falta

de pagamento de três parcelas, consecutivas ou não, implicará a imediata rescisão do parcelamento e o prosseguimento da cobrança. A portaria esclarece que poderá haver um único reparcelamento administrativo dos débitos constantes de parcelamento em andamento ou rescindido, desde que seja comprovada, no pagamento da primeira parcela do reparcelamento, a quitação de 50% do total dos débitos consolidados e atualizados. Quando o pagamento de multa no valor de até R$ 500 mil for efetuado até a data do vencimento, expressa na primeira notificação encaminhada ao autuado (em processos ainda sem trânsito em julgado administrativo), este será beneficiado com um desconto de 10% do valor da multa. Os pedidos de acordo, transação e/ou parcelamento deverão ser requeridos pelo interessado perante os órgãos delegados, e deverão ser processados e instruídos com os documentos exigidos e enumerados na referida Portaria ANP 184/2016. O documento está disponível, na íntegra, no site do Minaspetro, na seção “Serviços> Leis e Portarias”. O departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro está à disposição para solucionar/esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas ao tema.


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Mercado

Abastecimento “até a boca”

é proibido em BH Tentativa de dar mais segurança aos colaboradores dos postos é válida, mas pode gerar impasses na hora do abastecimento

C

om a justificativa de que o procedimento é inseguro, o abastecimento até o limite do tanque de combustível está proibido em Belo Horizonte. É o que determina a Lei 10.943/2016, de autoria do vereador Vilmo Gomes (PSB) e sancionada em julho pelo prefeito Marcio Lacerda. Quem descumprir a medida poderá arcar com uma multa de R$ 1.000. O vereador afirma que a lei vai ao encontro de um antigo clamor dos frentistas por mais segurança no processo de abastecimento. Além disso, evita a exposição dos consumidores a uma substância líquida inflamável, conforme salienta o texto. Ele observa, inclusive, que em cidades como Divinópolis, Londrina e Rio de Janeiro a legislação já vigora. A orientação, entretanto, deve ser vista com ressalvas. “Se o carro apresenta algum problema em uma das válvulas do tanque, como, por exemplo, a que controla a pressão, pode ser que a bomba de abastecimento pare de funcionar bem antes de o tanque estar cheio”, explica Pedro Molica, instrutor de formação profissional em mecânica do Senai. De fato, os especialistas afirmam que não é recomendado encher o tanque até o limite. Isso em razão da presença de um tipo de filtro (cânister) que evita que va-

pores exalados pelo combustível sigam para a atmosfera. Quando esse dispositivo entope pelo fato de o tanque estar muito cheio, a sonda lambda entende que os vapores que estão no recipiente devem ser queimados, enviando o combustível ao motor. No entanto, esse combustível pode conter partículas do carvão filtrante, o que pode acarretar danos à peça. Guilherme Froes Storino, proprietário do posto Itatiaia, em BH, é favorável à lei por considerar os benefícios à segurança de funcionários e clientes, bem como do próprio estabelecimento. Ao mesmo tempo, ele aponta uma falha no texto da medida. “O erro está na redação. O texto estabelece que o abastecimento deve cessar no desarme automático da bomba. Mas nós, que vivemos o dia a dia do posto, sabemos que esse desarme acontece de forma precoce. Há casos de veículos que nem sequer podemos deixar no abastecimento automático.” Se o frentista não pode abastecer o tanque até a boca e tampouco interromper a operação, como proceder? Klaiston Soares D’Miranda, advogado trabalhista do Minaspetro, recomenda que, ao destravar a bomba, o frentista zere-a e comece um novo abastecimento. “Sei que esse procedimento gerará transtornos, mas lei é lei e deve ser cumprida.”

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na revenda

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Falta de clareza gera

multa

Placas obrigatórias devem estar bem-posicionadas no posto. Ausência de informações é principal motivo para autuações

O

s fiscais da ANP chegaram ao Posto das Indústrias, em Pouso Alegre, e repararam em uma falha nas informações que deveriam constar da placa do estabelecimento. A razão social e o CNPJ da empresa não apareciam no letreiro. “Já havia mandado confeccionar a nova, mas ainda não estava pronta”, comenta Warley Pereira Gomes, sócio-proprietário da Revenda.

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O argumento não convenceu os fiscais. Eles, então, lavraram uma multa que resultou em um prejuízo de cerca de R$ 11 mil para o posto. Infelizmente, essa é uma realidade comum nos postos brasileiros. De acordo com o Relatório Anual da Revenda de Combustíveis, produzido pela Fecombustíveis, “não prestar informações ao consumidor” foi o principal motivo para as infrações registra-

das em 2015. Ao todo, 596 postos foram multados nesse quesito, que concentrou 19% das infrações. Além da ANP, outros órgãos cobram do revendedor transparência nas informações. Por isso, a Revista Minaspetro listou algumas placas e informações que devem sempre estar completas e bem-posicionadas no estabelecimento:


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CICLO DE CONGRESSOs

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Ciclo de Congressos Regionais encerra 11ª edição com números impressionantes Eventos itinerantes bateram sucessivos recordes de participação do público; meta, agora, é repetir o sucesso no Congresso de 2017, em Belo Horizonte Stenyo Fonseca

Recorde de público fechou o último evento do Ciclo de Congressos, em Montes Claros

C

inco regiões do Estado, mais de 2.000 quilômetros rodados, 40 empresas expositoras e cerca de 2.100 revendedores e representantes dos postos de combustíveis. Muito mais do que números, o 11º Ciclo de Congressos Regionais deixa um legado intangível, de aproximação entre o Minaspetro e os empresários do segmento, que puderam acompanhar, nos últimos cinco meses, o esforço feito pelo Sindicato para levar conhecimento ao interior do Estado, um dos pilares que mantêm a instituição forte e representativa no segmento de combustíveis. No dia 22 de julho, foi a vez de Montes Claros, no Norte de Minas, receber o quinto e último evento do Ciclo. A Revenda norte-mineira compareceu em peso ao Sest/Senat, onde os mais de 500 donos de postos que passaram pelo local puderam se atualizar sobre leis, normas e obrigações do setor, além de conhece-

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rem os novos produtos e serviços do segmento, na Feira dos Expositores. Maria Rosinete Vieira, revendedora em Pintópolis, viajou cerca de 200 km para participar do evento. Ela, que se tornou empresária do setor há pouco mais de um ano, destacou o caráter informativo do Congresso. “Todas as palestras foram muito proveitosas. É o que precisamos para gerir o negócio com competência”. Ela lembra que a legislação voltada para postos de combustíveis muda constantemente e, por essa razão, “é importante estar presente nesse tipo de encontro para adequar o posto ao que a lei determina”, acrescenta. Neste ano, o evento contou com participação maciça de gestores de postos, o que mostra a preocupação dos revendedores em munir suas equipes de profissionais que contribuam para a tomada de decisões


assertivas. Márcio Almeida, gestor de uma rede de postos em Unaí, é um exemplo disso. Com mais de dez anos de atuação no setor de combustíveis, ele observa que cada vez mais os revendedores buscam esse tipo de profissional para cuidar de seus negócios. A participação nos congressos promovidos pelo Minaspetro, segundo ele, o auxilia a gerir o posto com mais eficiência. “Este é um mercado regulado por leis muito específicas e fiscalizado por diversos órgãos. Aqui temos uma excelente oportunidade de conhecer melhor o que os órgãos estão cobrando da Revenda e adequar o estabelecimento, para que sanções e multas não pesem no bolso do empreendedor.” O 11º Ciclo proporcionou encontros com profissionais renomados em todo o país. Nos dois primeiros eventos realizados neste ano, em Caxambu e Uberlândia, as principais palestras foram ministradas pelo jornalista e economista George Vidor e pelo administrador e especialista em gestão Max Gehringer, respectivamente. Já os três últimos congressos contaram com a presença do economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega e do jornalista e apresentador Chico Pinheiro. Cenário Diretor do Minaspetro no Norte de Minas, Gildeon Gonçalves Durães destacou, durante o encontro realizado na região, que o cenário econômico do país exige cautela por parte dos empresários. A recessão chegou à Revenda, e os donos de postos devem estar atentos para não tomar decisões que venham a comprometer o funcionamento do seu estabelecimento. “O nosso negócio mudou, e o cenário inspira cuidados. Margens baixas, concorrência acirrada, alto custo operacional e muitas regras a cumprir”, pontuou. Ele ressalta que, por essas razões, é necessário que tanto pequenos quanto grandes revendedores se profissionalizem cada vez mais. “É a hora de explorar o máximo que nosso empreendimento pode oferecer.” O Ciclo Regional também se constitui no principal elo entre revendedores e empresas fornecedoras de produtos e serviços do segmento. Em 2016, o destaque ficou por conta do

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CICLO DE CONGRESSOs

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Ciclo de Congressos Regionais 2016

número de negócios fechados e de contatos para negociações futuras. É o que destaca Jorge Gabi, gerente comercial da Companytec, expositor presente em todos os cinco eventos promovidos neste ano. “Para nós, da Companytec foi muito positivo, porque a região Sudeste, principalmente Minas Gerais, concentra um grande número de parceiros e clientes do nosso portfólio. Desde o primeiro evento, em Caxambu, até o último, no Norte de Minas, registramos um crescimento de 135% nas negociações”, afirmou. A aproximação entre Revenda e fornecedores também é destacada por Maria Rosinete. “A Feira foi uma

oportunidade de estreitar ainda mais o relacionamento com essas empresas. Já sei a quem procurar.” O presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães Jr., agradeceu a participação dos revendedores do Norte de Minas, bem como das demais regiões em que o evento foi realizado. “Batemos o recorde histórico do Ciclo de Congressos. Trouxemos quase 500 pessoas para Montes Claros. É uma satisfação muito grande, porque fazemos este evento especialmente para o revendedor, e ter a casa cheia traz muito orgulho não só para mim, mas para toda a equipe do Sindicato, que trabalhou tanto para este Ciclo acontecer”, destacou.

Revendedores e expositores aprovaram o formato do evento em Montes Claros

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Expectativa para 2017 O trabalho do Minaspetro não para. Diretoria e equipe já iniciaram o planejamento da 15ª edição do Congresso dos Revendedores de Minas Gerais. “Nosso desafio é não nos acomodarmos com o sucesso alcançado até agora e trabalhar para fazer algo ainda melhor para o revendedor. Após o grande sucesso registrado em 2013, quando tivemos a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e em 2015, com Joaquim Barbosa, quem iremos trazer em 2017?”, provocou, em tom descontraído, o presidente do Sindicato. A expectativa é grande também por parte dos revendedores e gestores de postos. Márcio Almeida, que participa do evento em Belo Horizonte há vários anos, já aguarda a próxima edição. “Já estamos nos prepa-

rando para participar no ano que vem com a equipe inteira, tanto os funcionários do administrativo quanto o pessoal que trabalha na pista. Tenho certeza de que será mais um evento de sucesso promovido pelo Minaspetro. Espero ver personalidades importantes, especialmente empreendedores de sucesso, ministrando palestras para o público”, afirmou. Welson Borges, diretor da Petro Tanque, que participou como expositor dos cinco eventos que integraram o 11º Ciclo, disse já estar na expectativa para 2017. “Esperamos o convite do Minaspetro. Participaremos com absoluta certeza. O Brasil está em crise, mas temos que trocar a palavra ‘crise’ por ‘crie’. Precisamos criar”, recomendou.

Agradecimento especial O Minaspetro, por meio de seu presidente, Carlos Guimarães Jr., e de sua diretoria, agradece a participação e o empenho de todos os colaboradores, advogados, fornecedores e órgãos que contribuíram para o sucesso do 11º Ciclo de Congressos Regionais. Agradecimento especial às empresas expositoras-patrocinadoras: Cliente VIP, ConexLed, Elo Meio Ambiente, LBC Sistemas e Raízen/Shell. Agradecemos também à Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecom-

Apoio:

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bustíveis), pelo apoio, e às empresas expositoras Ale, Antony Harris, Arilmaq, Companytec, Conex, EcoPostos (parceira Arxo), Eletrofiltros, Franklin, Ipiranga, Jogue Limpo, Leone, Linx, Lotemoc, Macrolub, OPW (parceira Mosaico), Petrobel (parceiros Metalsinter, L&V Automação e Passafaro), Petrotanque, Podium Testes, Posto Mix, Prime Security, Proposto, Quick Lube, Rio Branco, Rodoagro (parceira Toyama), Ruff, Sean, Solução Análise, Terra Brasil, Unicoba, VBC Automação, Zeppini e Xpert.

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Diferentemente do que foi divulgado na matéria “Painel eletrônico de preços a favor da visibilidade”, publicada nas páginas 20 e 21 da Revista Minaspetro nº 86 (julho-2016), a Resolução nº 41/2013 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) obriga o revendedor a exibir os preços de todos os combustíveis automotivos comercializados no estabelecimento para pagamento à vista e, quando o posto também praticar o preço a prazo, este também deverá estar indicado no referido painel. O conteúdo original, publicado no 4º parágrafo da matéria, falhou ao comunicar que os postos devem exibir os preços de todos os combustíveis automotivos comercializados no estabelecimento apenas para pagamento à vista, diferentemente do que dispõe a legislação. O Minaspetro se desculpa pelo ocorrido e se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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Ipiranga concretiza compra da distribuidora e deixa revendedores da companhia mineira receosos sobre o futuro

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D

ia 12 de junho deste ano é uma data emblemática para o mercado de combustíveis no país. Após muitos rumores, finalmente, o Grupo Ultra, por meio da subsidiária Ipiranga, anunciou a compra da Ale por R$ 2,17 bilhões. A transação é mais uma mostra da disposição da Ipiranga para crescer no mercado nacional. Para se ter uma ideia, em 2015, foram R$ 820 milhões investidos, e em 2016 – em plena crise econômica – a previsão é de R$ 887 milhões. Com a confirmação da aquisição – ainda falta o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) validar a compra –, a rede Ipiranga passará a ter 18% dos postos do Brasil, encostada na BR, que possui 19,4%, de acordo com dados da ANP. Obviamente, a notícia impacta diretamente os revendedores da bandeira instalados no Estado, que não são poucos – 343 no total, número que coloca Minas Gerais, ao lado de São Paulo, como o Estado que mais tem postos Ale no Brasil. O anúncio da compra não foi visto com bons olhos por Marcos

Carvalho, dono do Posto Giramundo, em Teixeiras, que destaca a boa relação comercial mantida até então com a Ale e o receio provocado pela mudança. “É uma notícia que desequilibra o que estava legal. Era acostumado com o preço da Ale, com o seu modelo de negócio. A Ipiranga está longe de ser a bandeira que tem o perfil de meu cliente.” O revendedor conta que, por esses motivos, decidiu se tornar bandeira branca. O processo de criação de uma nova marca, inclusive, já começou. Isso porque o contrato que o revendedor mantinha com a Ale já estava próximo do fim, o que confere a ele liberdade para desbandeirar com facilidade, prerrogativa que muitos donos de postos em Minas e no Brasil não terão. “Arrisco dizer que 90% dos contratos da Revenda com as distribuidoras têm uma cláusula que permite que a companhia ceda o contrato a outra empresa, obrigando o revendedor a permanecer incorporado ao grupo que integra. Infelizmente, o revendedor que se encontra nessa situação e que não quiser virar Ipiranga terá que arcar com os custos do cancelamento do acordo vigente”, explica Arthur Villamil, advogado Cível/Comercial do Minaspetro. Contudo, há a possibilidade de o revendedor ainda requerer a saída por via judicial, mas o especialista não recomenda o caminho. Villamil lembra o ocorrido com muitos revendedores que entraram na Justiça quando a Texaco foi comprada, em 2008 e 2009, sendo que a grande maioria saiu derrotada. O advogado do Minaspetro acredita que apenas a troca da imagem e trade dress, que poderá ser custeada pela nova companhia, será passível de negociação. O Minaspetro como representante do revendedor, vê com preocupação a concretização do negócio, principalmente por causa do fornecimento da Ale para os postos de bandeira branca. Além disso, Carlos Guimarães Jr., presidente do Sindicato, aponta outros possíveis problemas. “O perfil de trabalho da Ale era de uma companhia mais próxima do revendedor que permitia um modelo de negócios em que ele operava o posto com mais liberdade, sem a pressão de colocar lojas de conveniência e troca de óleo, por exemplo.” O presidente reitera que este tipo de negociação é uma tendência do mercado, no entanto, o empresário que se sentir prejudicado com a troca de bandeira pode procurar o Jurídico do Minaspetro para que sejam diagnosticadas possíveis soluções com os advogados.

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capa

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Impasses Como a negociação foi anunciada recentemente, ainda sobram dúvidas. Por exemplo: como uma cidade que tem somente um posto Ale e um Ipiranga irá proceder? De acordo com o advogado, em casos específicos como esse, o Cade analisará se a situação configura monopólio ou não. Uma fonte ligada à Ale afirma que a Ipiranga tem a intenção de encerrar os contratos quando uma situação semelhante se apresentar e, obrigatoriamente, terá que abrir caminho para as concorrentes. A Ipiranga não confirma a informação. Outra questão importante diz respeito às lojas de conveniência. O modelo contratual utilizado pela Ale, que cobra um valor fixo mensal, é bem visto pelos revendedores. Agora, há receio com relação ao que pode ocorrer quando a transição for feita. Segundo uma fonte ligada ao Grupo Ultra, o revendedor terá a liberdade de optar pela instalação ou não das lojas AM/PM, assim como fazem os revendedores já bandeirados pela companhia. “Mais que os postos, a Ipiranga está comprando também esse bom relacionamento que os revendedores têm com a Ale. A Ipiranga espera manter essa boa relação”, disse a fonte. Embora o impacto maior esteja reservado aos revendedores que ostentam a bandeira Ale, os postos de bandeira branca também estão apreensivos. Afinal, a relação mantida pela Ale com os desbandeirados era igualmente sólida. Há rumores no mercado que dão conta de que um dos motivos para o interesse da Ipiranga na companhia mineira estaria relacionado a certo receio com o crescimento da Ale no mercado spot (sobra da produção que permite que a distribuidora negocie o combustível com postos de outras bandeiras ou desbandeirados). “Além da pos-

sibilidade de entrar na região Nordeste, onde a Ale é muito forte, o Grupo Ultra certamente levou em conta essa questão, que representa um incremento para os seus negócios. Com a compra, a Ipiranga passa a ter acesso a um produto complementar, do qual ainda não dispunha”, comenta Marcos Antônio Camargos, professor de finanças do Ibmec e da UFMG. Ele observa que os planos de investimentos do Grupo Ultra são audaciosos. Ao ser confirmada a compra pelo Cade, que o especialista acredita que não deve demorar – há negociações que chegam a durar um ano até serem aprovadas, em razão da complexidade –, a Ipiranga vai trabalhar para disputar a ponta com a BR. Atualmente, a bandeira representa 65% do faturamento do Grupo Ultra e seguirá investindo no crescimento externo, estratégia utilizada desde a compra da Texaco, em 2008. O fato de a concretização do negócio resultar em uma distribuidora a menos leva o especialista a lembrar que, obviamente, a concentração do mercado não é salutar nem para os donos de postos – em especial os de bandeira branca, que ficam com uma opção a menos – nem para o público final. Ele observa, entretanto, que, ao se fortalecer como distribuidora, talvez a Ipiranga conquiste uma relação mais sólida com os revendedores. Com 34 anos de mercado, o revendedor bandeira branca Edmílson Crepaldi, proprietário do Posto Bom Pastor, em Manhuaçu, na Zona da Mata, concorda em parte com o economista. Ele avalia que a saída da Ale não será tão nociva aos desbandeirados. “Se a Ipiranga não quiser explorar esse nicho, as demais, inclusive as menores, vão atuar normalmente, pois têm capacidade para nos atender.” Certo mesmo é que pelo clima percebido entre os donos de postos, o trabalho da Ipiranga terá de ser

Agressiva também nos lubrificantes No início de agosto, o Grupo Ultra movimentou o mercado mais uma vez ao anunciar a fusão de suas atividades na área de lubrificantes com a americana Chevron, por meio da criação de uma joint venture. Será a segunda maior empresa do setor depois da BR, com 22% do mercado. O valor da transação não foi revelado e ainda falta o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar o negócio. O diretor da Chevron no Brasil, Rafael Willamson, comentou que o objetivo é colocar as duas marcas mais fortes da empresa, Ursa e Havoline, em todas as regiões do país.

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focado mais na conquista da confiança do revendedor do que propriamente na gestão da distribuição, afinal, sem contratos justos com os empresários, que favoreçam o engajamento, a companhia poderá enfrentar mais dificuldades do que imagina. Como ela fará isso? Talvez essa resposta não esteja disponível nem em um dos postos Ipiranga. De portas abertas Com o mercado cada vez mais concentrado, o revendedor vê diminuírem as opções de distribuidoras. Uma alternativa que se apresenta é aliar-se a distribuidoras menores, para escapar ao poder econômico das três grandes companhias que dominam o mercado. Com 20 anos de atuação, a SP Combustíveis é a quinta distribuidora do país em número de postos – ao todo, são 476. Para Oldemar Vieira Jr., superintendente de Mercado da empresa, a principal vantagem que os revendedores têm em ser parceiros de distribuidoras menores é o contato mais próximo. “É uma relação mais segura do que com as multinacionais”, comenta. “Tentamos sempre deixar o preço competitivo para os revendedores. Além disso, buscamos contribuir para a melhoria do negócio de nossos parceiros, realizando estudos de

mercado, adequando as vendas à sua capacidade, entre outros benefícios que disponibilizamos.” A Terrana, do Grupo World Fuel Services (WFS), tem atuado mais fortemente nos Estados de São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Pernambuco – nos dois últimos, com a venda de diesel marítimo. A empresa, entretanto, já “começa a dar a cara devagarinho em Minas Gerais”, segundo seu diretor de Vendas, Cyro Rejani. Ele comenta que o trabalho de captação em terras mineiras já começou, mas, de início, a empresa tem a intenção de trabalhar mais fortemente o mercado spot e com os os de bandeira branca. “Estamos ainda analisando nossa capacidade logística para continuar a atender o revendedor com agilidade e versatilidade, por isso estamos estudando o mercado com cuidado.” A Ruff Distribuidora também tem sido cautelosa na análise. Rogério Fernando dos Santos Cardoso, gerente-geral de Negócios da empresa, acredita que haverá uma “onda de desbandeiramento da Ipiranga”, mas que as oportunidades para as companhias menores serão pontuais. “Acho que quem já está acostumado com as grandes distribuidoras continuará com o mesmo perfil. Não creio que haverá uma movimentação massiva para as empresas menores.”

Movimentação e rumores do mercado A notícia de que a Ale estava à venda não era novidade. A companhia já era cortejada pela Shell e pela francesa Total há cerca de cinco anos. O principal motivo para a venda, conforme rumores que economistas, especialistas e executivos ligados à empresa fizeram circular, seriam discordâncias nas estratégias administrativas entre os sócios. A perda de eficiência e a queda no faturamento de um ano para o outro alimentaram ainda mais os boatos. Uma fonte ligada à Ale conta que nos corredores da empresa circulava a informação de que o Grupo Asamar não teria interesse em seguir no negócio, por isso pressionava Marcelo Alecrim, presidente da companhia, a colocá-la à venda. Situação que o executivo não engoliu, mesmo depois da transação. Marcos Antônio Camargos afirma que a compra foi vantajosa para a Ale. Se o negócio não se concretizasse, segundo o especialista, haveria queda ainda maior do faturamento da companhia.

A negociação

em números

2,17 bilhões Postos comprados: 2.000 Valor: R$

Lojas de conveniência compradas:

260

9.240 (18%) Lojas AM/PM no Brasil: 2.179 Postos Ipiranga no Brasil:

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na revenda

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Referência social e ambiental

O

posto de combustíveis é sabidamente um local de segurança. É nele que que o motorista dá uma pausa na viagem viagem para descansar, pedir informações, checar itens relacionados à mecânica do veículo, comprar algo para comer ou beber, entre outras necessidades. Cada dia mais, os empresários tomam consciência de sua responsabilidade e se mobilizam para realizar ações em conjunto com as comunidades do entorno dos postos. Um bom exemplo é o Posto Longana, em João Monlevade, que possui dois projetos de grande impacto ambiental e social. “Promover ações socioambientais é um excelente meio para interagir com a comunidade. As empresas devem cada vez mais valorizar a ética e a transparência no relacionamento com seus públicos, por meio de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade”, diz a gestora de Logística e Suprimentos do Grupo Longana, Jordana Torres Machado. Um dos projetos é o Ecoponto Longana. Ao tornar o posto um local de coleta, a iniciativa buscou auxiliar a comunidade a dar destinação correta a resíduos recicláveis. A ideia partiu da diretoria do Grupo e teve o apoio de estagiários que lidam com meio ambiente. Jordana lembra que, além do benefício para a sociedade, o projeto trouxe uma conscientização para os colaboradores e terceirizados da empresa, que se tornaram multiplicadores da prática do descarte consciente. Do ponto de vista social, o Ecoponto também é um sucesso. O projeto tem a parceria da Associação dos Trabalhadores de Limpeza e Materiais Recicláveis de João Monlevade, e, segundo a instituição, o volume de material recolhido é tão expressivo que aumentou em 20% a renda dos catadores. A rede ainda trabalha em outro projeto. Trata-se do Crescer Pensando no Futuro, criado em 2015. Voltada para creches e escolas, a proposta tem o objetivo de promover a educação ambiental na formação primária das crianças, por meio de apresentações e brincadeiras que visam difundir o consumo consciente de água e luz, coleta seletiva

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Divulgação/Rede Longana

Cada dia mais, a Revenda se consolida por suas ações em favor do desenvolvimento das comunidades e da proteção ambiental

Ponto de descarte ficou conhecido na cidade de João Monlevade

Educação ambiental com crianças da Creche Casulo, em João Monlevade

e economia de recursos naturais. “O grau de participação das crianças chega a surpreender. Hoje, elas já têm uma bagagem de conhecimento sobre as questões ambientais, o que é positivo quando se fala em sustentabilidade. Para gerar um envolvimento da família, buscamos entregar lembrancinhas ecológicas que elas levam para casa”, explica Jordana.


Nº 87 – Agosto 2016

Mercado

Custo sem benefício Manobra parlamentar “ressuscita” PL que prevê a fabricação de veículos de passeio movidos a óleo diesel

Q

uando o etanol ficou mais competitivo na bomba, muitos revendedores tiveram que adequar a estrutura a Revenda para atender a demanda dos consumidores pelo combustível. É o que pode voltar a ocorrer caso um projeto de lei que retornou à pauta da Câmara dos Deputados seja aprovado. De autoria do deputado Áureo Lídio Moreira Ribeiro (SD-RJ), o PL 1.013, de 2011, que autoriza a fabricação e venda em território nacional de veículos utilitários movidos a óleo diesel, foi arquivado naquele mesmo ano. Há algumas semanas, no entanto, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) apresentou requerimento para que a matéria volte a tramitar na Casa. Evandro Roman (PSD-PR), parlamentar indicado para relatar o PL, deu parecer favorável à matéria. Com isso, caso o texto seja aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, seguirá diretamente para o Senado, sem passar pelo plenário da Câmara. A Revenda vê com preocupação a decisão, uma vez que muitos postos urbanos que nem sequer comercializam o óleo diesel teriam que investir na adequação de seus estabelecimentos para atender a possível demanda, sem mencionar os evidentes problemas ambientais causados pela emissão de gases do combustível, comprovadamente mais nocivo. É o

caso do revendedor Juliano Patrocínio, proprietário do Autoposto Gianelli, em Poços de Caldas, que não considera vantajoso vender diesel. “Se isso for para a frente, terei que adequar a estrutura do posto, o que demandará investimentos.” Contrário ao PL, o deputado Bruno Covas (PSDB-SP) vê a proposta como algo descabido, tanto do ponto de vista ambiental quanto se considerados os impactos para a saúde humana e a economia do país, uma vez que, segundo ele, a medida faria crescer significativamente os gastos com a importação do combustível em um momento de crise financeira e corte de gastos. “Trata-se de um projeto desnecessário para um país com enorme potencial para ampliação da produção de etanol e outras energias limpas e renováveis”, resume o parlamentar. No entanto, Bernardo Souto, advogado e engenheiro ambiental do departamento de Meio Ambiente do Minaspetro, faz um contraponto. Ele diz que realmente é comprovado que diesel é mais poluente que os demais combustíveis, mas, com a evolução tecnológica, ele sofreu alterações e não é tão nocivo assim à natureza. A reportagem entrou em contato diversas vezes com a assessoria do deputado Áureo Lídio Moreira Ribeiro para questionar o motivo da apresentação do projeto e seus possíveis benefícios, mas não não tinha obtido resposta até o fechamento desta edição.

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Nº 87 – Agosto 2016 Stenyo Fonseca

Check-list Assessores se reuniram na sede do Sindicato em julho para mais um treinamento de atualização

Fiscais do bem

Sete assessores comerciais visitam cerca de 180 postos por mês em todas as regiões de Minas. Trabalho preventivo é um dos principais benefícios oferecidos pelo Sindicato

Q

uando um veículo estaciona no posto e de dentro dele sai um homem de uniforme e com a prancheta na mão, o empresário já fica receoso por achar que se trata de fiscalização. Calma! Nem todos os profissionais que chegam à Revenda para conferir se está tudo certo têm o objetivo de autuar, pelo contrário. O trabalho dos assessores comerciais do Minaspetro tem a finalidade justamente de identificar possíveis não conformidades presentes na Revenda para que o empresário não seja multado no futuro. “Ele deu dicas importantes, fez uma relação do que estava faltando, como adesivos de bomba e um termômetro. Já pensava em me associar ao Minaspetro há muito tempo, e o bom trabalho da assessoria me fez bater o martelo”, comenta Guilherme Amaral, proprietário do Posto Flamboyant, em Itajubá. De fato, o check-list de cerca de 70 itens obrigatórios que podem ser verificados em fiscalizações de ANP, Feam, Procon e outros órgãos ajuda os revendedores a atualizar seus conhecimentos e se preveni-

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rem de autuações. “Quando ele chega, faço o possível para eu mesma recebê-lo. Fazemos as análises de documentos, placas e adesivos e informações que porventura estejam desatualizadas. É um momento em que aprendo muito também”, destaca Solange Alves Pereira, sócia-proprietária da Rede Wap, em BH. O trabalho Os sete assessores comercias do Minaspetro atuam, essencialmente, na estrada. Eles possuem uma relação de postos que devem ser visitados nas regiões a que estão vinculados, tanto de associados quanto de não sócios. Nos já vinculados, os assessores fazem o check-list e repassam aos revendedores as atualizações necessárias. Nos não associados, o profissional explica que como o Minaspetro atua e demostra o funcionamento da assessoria comercial. Eles chegam a visitar, em média, dez postos por dia. João Paulo Arantes Ribeiro é assessor no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Atuando há sete meses no cargo, ele considera o trabalho gratificante. “É muito


bom poder ajudar. Vemos que alguns empresários são são mais cuidadosos, outros ainda se familiarizando com a atividade. É aí que temos que ter uma atenção especial e ver o que está faltando e como podemos contribuir.” Com mais tempo de casa, Júlio Cesar Moraes, assessor comercial da Grande BH e do Centro-Oeste, diz que o empresário de forma geral compreende a importância do trabalho dos profissionais do Sindicato e, muitas vezes, quem não é associado acaba aproveitando a oportunidade para vincular-se à entidade. “É um trabalho abrangente, mais que meramente operacional. Além de placas e sinalizações, sabemos os documentos que são exigidos na fiscalização, seja trabalhista ou ambiental.” Capacitação Pelo fato de a Revenda ser um dos segmentos mais fiscalizados do país, quase que mensalmente há novas resoluções, portarias e normas a serem seguidas pelo posto de combustíveis. Por isso, a atualização dos assessores comerciais é fundamental para que o serviço prestado esteja alinhado com o que os órgãos fiscalizadores irão cobrar dos empresários. No início de julho, todos eles estiveram na sede do Sindicato para participar de um encontro realizado com os representantes do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Nos últimos meses, o órgão intensificou as vistorias, que incluíram exigências que até então eram novidade para os empresários. Renato Yoshida, representante do MTPS, listou os principais pontos exigidos nas fiscalizações, mas ponderou: “Cabeça de fiscal é igual à de juiz, cada um interpreta de uma forma. Por isso, o bom senso deve prevalecer.” Os assessores ainda realizaram, em julho, treinamento sobre atendimento e abordagem do cliente. O objetivo é informar com clareza como o Minaspetro atua, para captar novos associados e fortalecer ainda mais o Sindicato.

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Placas obrigatórias

Bombas e lacres

Materiais para análise de combustíveis Análise de combustível

Meio ambiente

Trabalhista

LMC e FISPQ

Documentos na parede ou no quadro de avisos

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gotas

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Stenyo Fonseca

Auditores regionais do MTPS comparecem à sede do Minaspetro

160 pessoas estiveram no evento

Um auditório cheio, na sede do Minaspetro, acompanhou a apresentação dos representantes do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), ainda em julho. Os auditores regionais do órgão Renato Yoshida e Luiz Rocha detalharam o que está sendo cobrado nas fiscalizações do órgão nos postos. O evento ainda também contou com a participação do advogado do departamento Trabalhista do Sindicato, Klaiston Soares D’Miranda, e do engenheiro de segurança do trabalho e consultor do Minaspetro, Edward Ameno Paes. Ponto de grande dúvida dos revendedores, as especificações dos armários destinados ao armazenamento

dos pertences dos funcionários, requisito que atende a NR-24, foi amplamente abordado durante o encontro. Outros assuntos, como espaço dos refeitórios e de descanso dos colaboradores da Revenda, foram pauta no evento promovido pelo Sindicato. Os representantes do MTPS destacaram, ainda, que, após ofício enviado pelo Minaspetro, importantes prazos de adaptação foram acordados, principalmente em relação a instalações sanitárias, vestiários e locais para refeições, além da norma ABNT-NBR-5419, quanto ao Laudo de Aterramento e ao SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas).

Sucesso na arrecadação de agasalhos A campanha #CalorHumano 2016, uma realização do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) em parceria com o Minaspetro e Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Minas Gerais (Setcemg), encerrou sua atuação com mais de 19 mil agasalhos recolhidos e 25 municípios beneficiados. Postos de 10 cidades serviram como pontos de coleta das peças, que serão direcionadas para instituições que atendem idosos, pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes de várias regiões do Estado.

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Representantes das entidades parceiras comemoram os resultados


Classificados

Minaspetro Arrendamento de posto em divinópolis-mg Posto Minas Gerais Ltda. Localização: principal rua de Divinópolis Tamanho: área de 1.243 m2 500m de área construída Galonagem: média de 150 mil litros Bandeira: ALE Contato: Marcelo (37) 3213-8424 / (37) 98405-1979 E-mail: posto.minas@hotmail.com Observações: próximo à Gerdau S/A; corredor para diversos bairros da cidade.


Nº 87 – Agosto 2016

Crimes virtuais

Recorrência de invasão de sistema é ponto de atenção para os revendedores. Como se proteger dos hackers e ter segurança na rede?

À

s 21h, o telefone do Posto Líder, em Varginha, tocou. Do outro lado da linha, um rapaz se identificou como responsável pela manutenção do sistema de informática do estabelecimento. Com alto poder de persuasão, convenceu o frentista a acessar programas e a fornecer senhas. Desconfiado, o funcionário entrou em contato com Leandro Motteran, proprietário do posto, para esclarecer se realmente havia sido programada uma manutenção do sistema em um horário tão improvável. “Em 13 anos como revendedor nunca havia acontecido isso comigo. O que mais me impressionou foi a perspicácia do criminoso para ludibriar meu empregado”, comenta o empresário. Felizmente, graças a um antivírus pago, o

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hacker não conseguiu acessar os arquivos do posto e capturar os dados. Muitos brasileiros não têm essa precaução, o que colabora para engordar as estatísticas de crimes cibernéticos. De acordo com um estudo da empresa Trend Micro Incorporated, especializada em segurança virtual, o Brasil é o quinto colocado no mundo em ocorrências que envolvem a rede mundial de computadores. Um dos prejudicados por essa situação foi Felipe Bretas, do posto JA, em BH. Ao acessar o servidor da Revenda, ele se viu diante da seguinte mensagem em inglês na tela: “Não sou um hacker. Meu objetivo aqui é ajudá-lo e mostrar que seu sistema está inseguro. Quero uma quantia em bitcoins (uma espécie de moeda virtual) para lhe


Mantenha a segurança de seu sistema em dia

enviar de volta seus arquivos”. O valor pedido para o resgate girava em torno de R$ 7.000. O revendedor conta que perdeu tudo que estava no servidor – planilhas, cadastro de clientes, registro de equipamentos, entre outros dados. “Acionei a polícia e fui muito bem atendido pela delegacia especializada em crimes cibernéticos, mas resolvi não permitir de que os peritos analisassem a máquina, pois fui informado que quanto mais se mexe, mais difícil fica para acessar o sistema”, conta Bretas. Breno Lima, diretor técnico da Prosoftwarehouse, empresa de TI e automação comercial, foi quem atendeu o chamado do posto JA e confirma a informação. O especialista comenta que, provavelmente, a invasão ocorreu por vírus enviado por e-mail, que inadvertidamente foi aberto por alguém que trabalha no posto. “Como o sistema utilizava um antivírus gratuito, o recurso não foi suficiente para identificar a invasão. Com isso, o hacker criptografou as senhas, que eram fáceis de serem descobertas.” Para piorar a situação, o HD externo, que fazia o backup do sistema, estava plugado na máquina, e o criminoso também criptografou as informações do dispositivo. Ou seja, três erros muito comuns e extremamente ameaçadores ao sistema, que expuseram o posto ao risco: a ausência de um antivírus pago e mais eficaz; a utilização de senhas óbvias, como nomes de pessoas e datas comemorativas; e o fato de o HD estar conectado ao computador. O revendedor preferiu não pagar pelo resgate e arcar com o prejuízo do sumiço dos arquivos. “Quem garante que com o pagamento ele devolveria o que foi roubado?”, indaga Felipe Bretas. A Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos (DEICC), da Polícia Civil de Minas Gerais, não recomenda o pagamento de um suposto resgate. De acordo com o delegado Júlio Wilke, é preciso que o revendedor seja ágil o suficiente para notificar a invasão, de maneira que os especialistas possam tentar identificar o criminoso e não danificar os arquivos. Ele orienta os empresários a registrar Boletim de Ocorrência. O telefone da DEICC é (31) 3212-3002; o horário de funcionamento é das 8h às 18h30.

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Invista em um antivírus eficiente – Os programas gratuitos encontrados na internet não são eficientes o bastante para manter seu sistema a salvo de uma invasão.

Cuidado com e-mails suspeitos – A maioria das invasões, segundo os especialistas, acontece por descuido do próprio usuário, que abre e-mails e arquivos que instalam vírus e são a porta de entrada para os criminosos.

Crie senhas complexas – Senhas como datas de aniversários e números de telefone facilitam a vida dos hackers.

Não envie dados pessoais por e-mail – Com a senha do seu e-mail, o hacker tem acesso a todas as suas mensagens. Tente não enviar seus dados pessoais, bem como senha de conta bancária, por exemplo.

Evite “.exe” e “.scr” – Um truque simples para verificar se o link contém vírus é passar o mouse sobre ele e verificar no canto inferior esquerdo da barra de status do navegador a que local você será encaminhado se clicar. Se for um “.exe”, trata-se de um programa, não um site. Então, há a possibilidade ser um vírus. Já o “.scr” é um protetor de tela, o que confunde o usuário do computador.

Mantenha um backup dos seus arquivos fora do computador.

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formação de preços Gasolina – Minas Gerais / junho/julho/agosto 2016 R$ 3,10

R$ 3,0664 R$ 3,0664

R$ 3,0601 R$ 3,0616

R$ 3,0648

R$ 3,0779

R$ 3,0811

R$ 3,05

R$ 3,00

18/6 - 24/6

25/6 - 1/7

2/7 - 8/7

9/7 - 15/7

16/7 - 22/7

23/7 - 29/7

30/7 - 5/8

Carga Tributária – % 38,2% 38,2% 38,2% 38,2% 38,2% 38,2% 38,2% Carga Tributária – R$/L R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918 R$ 1,4918

Etanol – Minas Gerais / junho/julho/agosto 2016 R$ 2,00

R$ 1,8821 R$ 1,8768

R$ 1,8714

R$ 1,8950

R$ 1,9677 R$ 1,9874 R$ 2,0005

R$ 1,90

R$ 1,80

18/6 - 24/6

25/6 - 1/7

2/7 - 8/7

9/7 - 15/7

16/7 - 22/7

23/7 - 29/7

30/7 - 5/8

Carga Tributária – % 14% 14% 14% 14% 14% 14% 14% Carga Tributária – R$/L R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287 R$ 0,4287

Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / junho/julho/agosto 2016 R$ 2,65

R$ 2,5601 R$ 2,5601 R$ 2,5584 R$ 2,5506 R$ 2,5534 R$ 2,5534 R$ 2,6384 R$ 2,6384 R$ 2,6358 R$ 2,5544 R$ 2,6326 R$ 2,6316 R$ 2,6316 R$ 2,6340

R$ 2,60

R$ 2,55

18/6 - 24/6

25/6 - 1/7

2/7 - 8/7

9/7 - 15/7

16/7 - 22/7

23/7 - 29/7

30/7 - 5/8

Carga Tributária S10 – %* 23,7% 23,7% 23,7% 23,7% 23,7% 23,7% 23,7% Carga Tributária S500– %* 24,0% 24,0% 24,0% 24,0% 24,0% 24,0% 24,0% Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 R$ 0,7536 Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378 R$ 0,7378

S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços do etanol anidro e do hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e do hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio do Sudeste homologado no 35º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais, do respectivo mês, pesquisado pelo Sistema de Levantamentos de Preços da ANP. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo Decreto 8.395, de 28/1/15. * A partir de 1º de agosto de 2015, por decreto do Ato Cotepe/PMPF nº 14.

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