Perfil dos Fornecedores do Programa do Leite no RN

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PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE NO RN

NATAL/RN


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

SUMÁRIO

1. Apresentação ........................................................................................................................... 5 2. Programa do Leite e seus objetivos ......................................................................................... 7 2.1 - PAA/MDS e Programa do Leite................................................................................................ 8 3. A SETHAS e o Consócio Leite Potiguar ..................................................................................10 3.1 Consócio Leite Potiguar ............................................................................................................10 3.2 Obrigações Contratuais entre SETHAS e Consórcio Leite Potiguar ........................................11 3.2.1 Fornecimento diário e mensal de leite ao Programa para cada região de acordo com o Edital de licitação ...............................................................................................................13 3.3 Usinas e quantidade de leite distribuídos por município ...........................................................15 3.3.1 Fornecedores de Leite nos meses de fevereiro/2007 e junho/2007, por usina .......................20 4. Fornecedores de leite bovino ao programa, em intervalos crescentes de leite fornecido (fevereiro/2007) ...............................................................................................22 4.1 Número de fornecedores e quantidade de leite bovino fornecido (fevereiro/2007) ..................22 4.1.1 Usina Apasa ..........................................................................................................................22 4.1.2 Usina ILA................................................................................................................................26 4.1.3 Usina Maila.............................................................................................................................28 4.1.4 Usina Cerpil............................................................................................................................30 4.1.5 Usina LACOL .........................................................................................................................38 4.1.6 Usina LS.................................................................................................................................41 4.1.7 Usina Santa Terezinha ...........................................................................................................43 4.1.8 Usina Leite Natal ....................................................................................................................44 4.1.9 Usina Agroindustrial Triunfo ...................................................................................................46 4.1.10 Usina Ilmol............................................................................................................................47 4.1.11 Usina Tapuio ........................................................................................................................49 4.1.12 Usina Santa Luzia ................................................................................................................50 4.1.13 Usina Coolagoanova ............................................................................................................53 4.1.14 Usina Leite Xodó ..................................................................................................................56 4.1.15 Usina Nilton Pessoa de Paula ..............................................................................................57 4.1.16 Usina João Francisco Chaves ..............................................................................................58 4.1.17 Usina Coamital .....................................................................................................................61 4.1.18 Usina São Pedro ..................................................................................................................64 4.1.19 Usina Gilson de Andrade Pessoa (Chaparral) ......................................................................66 4.1.20 Usina CEM ...........................................................................................................................67 2


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4.1.21 Usina Bom Jesus..................................................................................................................69 4.1.22 Usina Nutrivida .....................................................................................................................71 4.1.23 Usina CILA ...........................................................................................................................72 4.1.24 Usina Masterleite..................................................................................................................73 4.2 Comparativo entre a quantidade de leite fornecido e cota diária de casa usina (fev/07)............74 4.3 Número de fornecedores de leite bovino, por usina, em intervalo crescente de quantidade de litros de leite fornecidos (fev/07) .........................................................................76 4.4 Quantidade e percentual equivalente de leite bovino adquirido, por usina, em intervalo crescente (fev/07) .......................................................................................................79 4.5 Percentuais equivalentes ao número de fornecedores e de leite bovino fornecido por cada Usina em intervalo crescente no mês de fevereiro ......................................................84 5. Fornecedores de leite bovino ao programa, em intervalos crescentes de leite fornecido (junho/2007) ....................................................................................................88 5.1 Número de fornecedores e quantidade de leite bovino fornecido (junho/2007) .........................88 5.1.1 Usina Apasa ...........................................................................................................................88 5.1.2 Usina ILA................................................................................................................................93 5.1.3 Usina Maila.............................................................................................................................95 5.1.4 Usina Cerpil............................................................................................................................97 5.1.5 Usina LACOL .......................................................................................................................103 5.1.6 Usina LS...............................................................................................................................106 5.1.7 Usina Santa Terezinha .........................................................................................................107 5.1.8 Usina Leite Natal ..................................................................................................................108 5.1.9 Usina Agroindustrial Triunfo .................................................................................................110 5.1.10 Usina Ilmol..........................................................................................................................112 5.1.11 Usina Tapuio ......................................................................................................................113 5.1.12 Usina Santa Luzia ..............................................................................................................114 5.1.13 Usina Coolagoanova ..........................................................................................................117 5.1.14 Usina Nilton Pessoa de Paula ............................................................................................120 5.1.15 Usina João Francisco Chaves ............................................................................................121 5.1.16 Usina Coamital ...................................................................................................................124 5.1.17 Usina Nutrivida ...................................................................................................................127 5.1.18 Usina CILA .........................................................................................................................128 5.1.19 Usina Masterleite................................................................................................................130 5.1.20 Usina CEM .........................................................................................................................131 5.1.21 Usina Bom Jesus................................................................................................................133 5.1.22 Usina Leite Xodó ................................................................................................................134 5.1.23 Usina São Pedro ................................................................................................................135 3


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5.1.24 Usina Ilbasa........................................................................................................................138 5.1.25 Usina Gilson de Andrade Pessoa (Chaparral) ....................................................................138 5.2 Número de fornecedores de leite bovino fornecido, por usina, em intervalo crescente de quantidade fornecida (jun/07) ..............................................................142 5.3 Quantidade de leite bovino fornecido, por usina, em intervalo crescente (jun/07) ..................145 5.4 Percentuais equivalentes ao número de fornecedores e de leite bovino fornecido, por usina, em intervalo crescente (jun/07)....................................................................................149 6. Dados relativos ao fornecimento de leite caprino (fev e jun/07) .........................................154 6.1 Relação de fornecedores e quantidade de leite caprino fornecido no mês de fevereiro/07, por usina e fornecedor, em intervalo crescente no fornecimento..............................154 6.1.1 Usina ILA..............................................................................................................................154 6.1.2 Usina Nutrivida .....................................................................................................................156 6.1.3 Usina Apasa

....................................................................................................................158

6.1.4 Usina LACOL .......................................................................................................................165 6.1.5 Quadro síntese da quantidade de leite caprino fornecido em fev/07.....................................168 6.2 Relação de fornecedores e quantidade de leite caprino fornecido no mês de junho/07, por usina e fornecedor, em intervalo crescente no fornecimento ..................................................168 6.2.1 Usina Apasa .........................................................................................................................168 6.2.2 Usina ILA..............................................................................................................................175 6.2.3 Usina LACOL

....................................................................................................................178

6.2.4 Quadro síntese da quantidade de leite caprino fornecido em junho/07.................................181 7. Recomendações ....................................................................................................................182 8. Documentos consultados .....................................................................................................183 9. Expediente ..............................................................................................................................184

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1. APRESENTAÇÃO Com o compromisso de defender o fortalecimento da Agricultura Familiar no Estado, o nosso Mandato atua no sentido de propor, fiscalizar e acompanhar a execução de políticas públicas que busquem a melhoria da qualidade de vida dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais do Rio Grande do Norte. E este compromisso é reafirmado agora, quando divulgo o presente relatório, que traz um PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE em nosso Estado. Atendendo a uma solicitação da Articulação do Semi-árido – ASA/Potiguar, entidade formada por uma rede de movimentos sociais e ONGs, o Mandato realizou, no dia 21 de junho passado, uma Audiência Pública para discutir o Programa do Leite e a Agricultura Familiar no Rio Grande do Norte. O evento, que teve a participação de representantes da ASA-Potiguar, da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte – FETRAF/ RN, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte – FETARN, do Sindicato dos Produtores de Leite do Rio Grande do Norte, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS e da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social – SETHAS, debateu a situação do Programa do Leite no RN e contou com a presença de dezenas de trabalhadores(as) de todas as regiões do Estado. Após esta Audiência, entre outras iniciativas, iniciamos um estudo com o objetivo de fazer o levantamento dos produtores no Estado que fornecem leite ao Programa. Mais especificamente, procurávamos identificar os agricultores familiares que participam do Programa do Leite, aqui entendidos como aqueles que produzem até 100 (cem) litros de leite por dia. Para tanto, analisamos os termos do Edital de Licitação, o Contrato firmado entre o Governo e as Usinas e seus Aditivos e as planilhas de prestação de contas das usinas referentes aos meses de fevereiro/2007 e junho/2007, fornecidas pela Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SETHAS, órgão do Governo do Estado responsável pela gestão do Programa do Leite no Rio Grande do Norte. Nas planilhas de prestação de contas estão relacionados os nomes dos fornecedores de cada usina e a quantidade de leite fornecido, quinzenalmente, por cada um deles naqueles meses. A partir destes dados, as informações foram reorganizadas de forma a se estabelecer a média diária de leite fornecido, levando-se em consideração a distribuição dos fornecedores em intervalos de fornecimento, por quantidade média de litros/dia. Cabe aqui registrar que os nomes constantes das planilhas não são, necessariamente, os nomes dos produtores. Constatamos que a relação nominal se refere aos fornecedores do leite às usinas. E estes, em muitas situações, não são os que produzem o leite e sim os que o coletam dos produtores. De modo geral, apenas os maiores fornecedores são os que também produzem o leite. 5


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Este fato impede que, pelas planilhas, se possa elaborar um perfil dos produtores de leite vinculados ao Programa. Por isso mesmo, nosso relatório se refere ao perfil dos fornecedores de cada uma das usinas contratadas pela SETHAS. Cada fornecedor, em muitos casos, coleta o leite de mais de um produtor. É de se supor, portanto, que o número de produtores de leite vinculados ao Programa é maior do que o número de fornecedores relacionados nas planilhas. Com o presente trabalho esperamos contribuir para uma melhor compreensão do significado e do alcance do Programa do Leite em nosso Estado. Que os dados aqui apresentados possam servir para se conhecer um pouco mais a complexa estrutura que se formou em torno deste que é um dos maiores programas sociais e econômicos do Rio Grande do Norte, com investimentos da ordem de oitenta milhões de reais, ao ano. Como se verá, os dados nos indicam que a maior parte do leite distribuído pelo Programa nos meses de fevereiro e junho de 2007 foi fornecida pelos grandes fornecedores. Em fevereiro, 4,4% dos fornecedores (58 dos 1.322), com fornecimento médio acima de 500 litros de leite/dia, por fornecedor, foram responsáveis por 40,0% de todo o leite distribuído, enquanto a 79,9% deles (1.055 dos 1322), com fornecimento médio de até 100 litros/dia, coube 25% do fornecimento.Os demais 35% do leite distribuído em fevereiro de 2007, foi fornecido por 15;8% dos fornecedores ( 209, dos 1322). Em junho, esta estatística se repete: os mesmos 4,4% (61 dos 1.386) foram responsáveis por 42,9% do fornecimento e 80,1% (1.111 dos 1.386), forneceu 27,6% do leite naquele mês. 29% dos fornecedores (216 dos 1.386) foi responsável pelos 15,6% restantes do leite fornecido. Verifica-se, portanto, uma forte concentração do fornecimento do leite, e de renda, nos grandes fornecedores/ produtores do Estado e a conseqüente exclusão dos pequenos e médios produtores. Desejamos, sobretudo, contribuir para que sejam adotadas medidas político-administrativas que invertam este quadro e garantam o aumento da participação dos pequenos produtores no Programa do Leite, buscando uma maior inclusão dos agricultores(as) familiares, de forma a assegurar uma melhor distribuição de renda no meio rural do Rio Grande do Norte. Fernando Mineiro – Deputado Estadual do PT-RN Natal, novembro de 2007

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2. O PROGRAMA DO LEITE E SEUS OBJETIVOS

O Programa do Leite do Rio Grande do Norte foi criado há 20 anos, durante o Governo de Geraldo Melo. Em Governos posteriores, o Programa expandiu-se e aumentou significativamente a quantidade de leite distribuído e o número de fornecedores. Nos últimos anos, a despeito dos problemas, o Programa se tornou uma referência para outros Estados da Federação. Com o objetivo de constituir em apoio nutricional às pessoas carentes, com prioridades para gestantes, crianças desnutridas e idosos, através da distribuição diária de 01 (um) litro de leite bovino ou caprino pasteurizados tipo C, por família, o Programa do Leite no RN é visto, atualmente, como uma política pública de Estado, para além dos Governos. Além de uma política pública assistencial, atendendo famílias em situação de pobreza, o Programa é uma das mais importantes políticas sociais do Estado e se constitui, ainda, em um forte mecanismo de apoio ao desenvolvimento da bacia leitera do RN, através da compra pública e abertura de um novo mercado para os produtores de leite do Estado. Sobretudo os pecuaristas integrantes do Sindicato dos Produtores de Leite do Estado, argumentam que o Programa do Leite tem sido essencial como instrumento da melhoraria e do aumento dos rebanhos bovino e caprino do RN, bem como por sua capacidade em promover a geração de renda e empregos no campo, através do incremento da atividade e instalação de usinas e toda uma infra-estrutura necessária para a coleta e beneficiamento do leite. Ao longo dos anos, o Programa do Leite se consolidou e hoje exerce um destacado papel social e econômico em nosso Estado. Devido a uma série de problemas, o Programa se tornou, também, alvo de inúmeras denúncias de irregularidades em seu funcionamento. O Programa foi objeto de análise de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, da Assembléia Legislativa, em 2003, que investigou uma série de ilegalidades cometidas durante o período de 1995 a 2002. Segundo o Relatório produzido pelos deputados estaduais integrantes da chamada “CPI do Leite”, várias irregularidades, já apontadas anteriormente em um Relatório produzido por uma Auditoria realizada pela então Secretaria Estadual de Assistência Social – SEAS, foram confirmadas. Entre outras, estas irregularidades se referiram à diferenças de valores pagos a mais, em relação à quantidade de litros de leite diários fornecidos por determinadas Usinas, à qualidade do leite distribuído, ao uso político de Programa, etc. A partir dos resultados obtidos pela “CPI do Leite”, foram feitas recomendações ao Governo do Estado para que as falhas no Programa do Leite fossem corrigidas.

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2.1 PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS/ PAA, MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL/ MDS E PROGRAMA DO LEITE Com a contribuição da experiência do Programa do Leite no Rio Grande do Norte, o Governo Federal criou uma modalidade para o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA1, chamado de PAA Leite, ou Leite Fome Zero, inserido no Programa Fome Zero do Ministério do Desenvolvimento Social/ MDS. É objetivo do PAA Leite Fome Zero “contribuir para o combate à fome e à desnutrição de cidadãos que estejam em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança alimentar e nutricional, através da distribuição gratuita de leite; e fortalecer o setor produtivo local e a agricultura familiar, garantindo a compra do leite dos agricultores familiares, a preços mais justos e fortalecendo a cadeia produtiva”. Com o PAA Leite, o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, busca parcerias com os Estados para implementação do Programa nas unidades da federação. A proposta do MDS é a de que o Programa adquira o seu leite de pequenos produtores da Agricultura Familiar, que produzem uma média diária de 30 litros de leite, podendo chegar até 100 litros/dia. Desta forma, o Governo Federal visa contribuir para auto-sustentação da agricultura familiar no país, gerando renda e garantindo um alimento saudável e de qualidade às famílias expostas aos efeitos da vulnerabilidade social. No caso do Rio Grande do Norte, como o Programa já existe a cerca de 20 anos, se faz necessário buscar adequações do Programa local à proposta do MDS. O Governo Federal, com o MDS, e Governo do Estado, através da SETHAS, firmaram 3 convênios desde 2003, como veremos a seguir. Para o primeiro convênio foi liberado, em 2003, R$ 6.861.222,00 para o Programa do Leite do RN, como mostra a tabela abaixo (tabela 01). Tabela 01 – Quantidade de recursos liberados no I convênio CONVÊNIO 039/2003 - PROGRAMA DO LEITE RN Total Fonte: MDS

Valor Liberado (R$) 6.861.222,00

Parcela

Data das Liberações

Nº DA ORDEM BANCÁRIA

Única

29/12/03

2003OB900040

1

O PAA é um programa que adquire alimentos, oriundos da agricultura familiar, destinando-os à recomposição dos estoques estratégicos do Governo Federal e a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional por meio de doações a entidades sociais, (Governo Federal/MDS).

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A tabela 02 mostra que os valores repassados pelo II convênio somaram mais de R$ 20 milhões. Recursos originários de 8 parcelas liberadas pelo MDS ao Programa do Leite do Rio Grande do Norte, nos anos de 2004 e 2005. Tabela 02 – Quantidade de recursos liberados no II Convênio CONVÊNIO 023/2004 - PROGRAMA DO LEITE UF

Valor Liberado (R$)

Parcela

Data das Liberações

1ª 2ª

05/11/04 22/11/04

2004OB900069

17/12/04

2004OB900204

3.200.036,00

22/12/04

2004OB900223

2.742.888,00

20/05/05

2005OB900080

2.742.888,00

20/05/05

2005OB900081

2.742.888,00

13/09/05

2005OB900151

2.194.310,40

26/10/05

2005OB900165

1.600.018,00 RN

Total Fonte: MDS

1.600.018,00 3.200.036,00

Nº DAS ORDENS BANCARIAS

2004OB900119

20.023.082,40

Os últimos recursos liberados pelo MDS, tabela 03, são referentes ao III Convênio, celebrado ainda no ano de 2005, somando um montante de R$ 5.684.420,40. Tabela 03 – Quantidade de recursos liberados no III convênio

U.F RN

CONVÊNIO 033/2005 - PROGRAMA DO LEITE Valor Liberado Data das Nº DAS ORDENS BANCARIAS (R$) Liberações Parcela 1.000.000,00 1ª 05.12.2005 2005OB900201 4.684.420,40

Total Fonte: MDS

28.12.2005

2005OB900386

5.684.420,40

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3 . A SETHAS E O CONSÓRCIO LEITE POTIGUAR O Programa do Leite no Rio Grande do Norte foi desenvolvido, até 2005, sem que houvesse uma única licitação pública. Este fato contribui sobremaneira, para a ocorrência de várias irregularidades e distorções na execução do Programa. Em 2005, o Governo Wilma de Farias, acatou as recomendações dos mais variados setores da sociedade e realizou a primeira licitação pública do Programa. As usinas fornecedoras de leite ao governo se uniram e formaram o CONSÓRCIO LEITE POTIGUAR, que se habilitou como único participante da licitação.

3.1 O CONSÓRCIO LEITE POTIGUAR O Consórcio Leite Potiguar foi a única entidade inscrita no Pregão Licitatório do Programa do Leite e representa um conglomerado de Usinas espalhadas em diferentes micro-regiões do Estado. O Consórcio Leite Potiguar é responsável, em nome do Governo, pela execução do Programa, responsabilizando-se pela aquisição e distribuição do leite nos 167 municípios do RN. Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SETHAS, 25 usinas são integrantes e fornecedoras do Consócio ao Programa do Leite. Tabela 04 – Relação das Usinas e sua localização geográfica Nome da Usina

01

Gilson de Andrade Pessoa – ME - Leite Chaparral

02

Cem Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários –

Localização Cidade

Microrregião

Natal

Natal

São Gonçalo do Amarante

Grande Natal

São Gonçalo do Amarante

Grande Natal

Macaíba

Grande Natal

Macaíba

Grande Natal

Leite Cem 03

Nilton Pessoa de Paula Agropecuária - Leite Saúde

04

CILA – Companhia Industrial de Laticínios LTDA – Leite Bom

05

Agropecuária Natal LTDA- Leite Natal

06

Agro – Industrial Triunfo LTDA – Leite Triunfo

Vera Cruz

Agreste

07

Bom Jesus Agropecuária e Industrial LTDA – Leite Cacau

Bom Jesus

Agreste

08

Leite Xodó Industrial e Comércio LTDA – Leite Xodó

Santo Antonio

Agreste

09

MAILA Macedônia Agro Industrial LTDA – Leite BABI

Brejinho

Agreste

10

Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de

Angicos

Vale do Açu

Tangará

Trairi

Pedro Avelino

Central Potengi

Angicos APASA – Leite APASA 11

ILBASA – Industrial de Laticínios Boa Saúde LTDA – Leite ILBASA

12

Laticínio São Pedro LTDA – Leite Marina

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Continuação

Nome da Usina

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Cooperativa Agropecuária do Assentamento Lagoa Nova

Localização Cidade

Microrregião

Riachuelo

Central Potengi

Apodi

Oeste

Janduís

Médio Oeste

Taipu

Mato Grande

Pau dos Ferros

Alto Oeste

Tenente Ananias

Alto Oeste

São Francisco do Oeste

Alto Oeste

Caicó

Seridó Oriental

São José do Seridó

Seridó Oriental

Currais Novos

Seridó Ocidental

Jardim de Piranhas

Seridó Oriental

Mossoró

Oeste

Mossoró

Oeste

COOLAGOANOVA- Leite Lagoa Nova 14

Indústria de Laticínios Apodi - Leite ILA

15

Maria Aparecida Gurgel Veras - Leite Santa Terezinha

16

Tapuio Agropecuária LTDA - Leite Tapuio

17

Laticínios Santa Luzia LTDA – Leite Sertanejo

18

Coop. Agrícola de Tenente Ananias LTDA - Leite COAMTAL

19

João Francisco Chaves Neto ME – Leite Oestano

20

COOP. De Energia e Desenvolvimento Rural do Piranhas - CERPIL – Leite Seridó

21

LACOL – Laticínios Caicó LTDA – leite Caicó

22

Maria das Graças Oliveira de Araújo - MASTERLEITE

23

LS Laticínios LTDA – Leite Sertão

24

Indústria de Laticínios Mossoró LTDA ILMOL – Leite Nobre

25

NUTRIVIDA Indústria de Laticínios LTDA - Leite NUTRIVIDA

Fonte: SETHAS

A tabela 04 mostra a localização das Usinas, por cidade e microrregião do Estado. As Usinas estão concentradas nas regiões de Natal e Grande Natal, com 5 unidades, seguidas pelo Seridó e Agreste, com 4 unidades em cada região. Os municípios de São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Mossoró concentram o maior número de Usinas que integram o Consórcio Potiguar.

3.2 OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS ENTRE SETHAS E CONSÓRCIO LEITE POTIGUAR De forma breve, destacaremos alguns aspectos pertinentes ao Contrato No057/2005, celebrado no dia 01 de outubro de 2005 entre a Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SETHAS do Governo do Estado e o Consórcio Leite Potiguar, ganhador da licitação para o fornecimento de leite bovino pasteurizado tipo C e leite caprino. Este contrato é decorrente do Pregão presencial No 03/2005, processo licitatório No 34.101/205, e trata das obrigações legais de ambas as partes no âmbito do Programa do Leite do Governo do Estado. Originalmente previsto para início em 01 de outubro de 2005 e término em 30 de setembro de 2006, em 29 de novembro de 2006 o Contrato foi alterado através de um termo aditivo, assinado

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entre a SETHAS e o Consórcio Leite Potiguar. Este termo renovou o Contrato até 31 de dezembro de 2007 e alterou o seu valor, mantendo as demais cláusulas do contrato original. A cláusula primeira, trata da aquisição e distribuição diária de leite e, além de estabelecer o fornecimento do produto, destaca a importância do rigor na qualidade do leite fornecido, através da obediência irrestrita às normas de segurança presentes nas instruções normativas do Ministério da Agricultura. Em relação aos recursos disponibilizados para o Programa do Leite, a cláusula terceira faz referência ao valor do Contrato, que soma R$ 68.977.648,90 (sessenta e oito milhões, novecentos e setenta e sete mil, seiscentos e quarenta e oito reais e noventa centavos). O preço do litro fornecido diariamente é fixado em R$ 1,24 (um real e vinte e quatro centavos) para o leite bovino pasteurizado tipo C e R$ 1,51 (um real e cinqüenta e um centavos) para o leite caprino. Em parágrafo único, o Contrato é enfático ao afirmar que, durante a sua vigência, o preço do litro de leite não sofrerá nenhum tipo de reajuste. De acordo com o Anexo I do Edital, devem ser fornecidos 139.629 litros/dia de leite bovino tipo C e 10.490 litros/dia de leite caprino. Um termo aditivo, assinado em 2006 pela SETHAS e o Consórcio Leite Potiguar manteve o valor do litro dos leites bovino e caprino, mas elevou o valor do Contrato para R$ 71.240.648,90 (setenta e um milhões, duzentos e quarenta mil, seiscentos e quarenta e oito reais e noventa centavos). Em 2007, no dia 25 de outubro, o Governo do Estado, através da SETHAS, firmou mais um termo aditivo ao Contrato com o Consórcio Leite Potiguar. Hoje o contrato entre o Governo do Estado e o Consórcio Leite Potiguar é de R$ 80.225.684,90 (oitenta milhões, duzentos e vinte e cinco mil, seiscentos e oitenta e quatro reais e noventa centavos). O Programa distribui 7 litros de leite por semana, a cada beneficiado(a). Em cada município a entrega do leite fica sob a responsabilidade dos postos de distribuição, como estabelece o anexo I do Edital de licitação. A distribuição do leite realizada pelos postos é feita de acordo com a lógica de organização em cada local. Por exemplo, no posto de distribuição localizado na Escola Estadual Dr. Otaviano em São Gonçalo do Amarante, os beneficiados pelo Programa recebem o leite três vezes por semana: na segunda feira são entregues 2 litros de leite, na quarta feira mais 2 litros e na sexta feira, os beneficiados, recebem 3 litros de leite. A Cláusula Sexta do Contrato, entre outros pontos, chama atenção para o papel do Governo do Estado de indicar o responsável pela fiscalização, recebimento e certificação do leite entregue nos postos de distribuição. Ainda segundo a Cláusula Sexta, a Entidade contratada, no caso o Consórcio Leite Potiguar, será notificada quando forem detectadas irregularidades pela fiscalização referentes à quantidade, qualidade, transporte do leite fornecido, freqüência, obediência a locais e

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horários da entrega da mercadoria. Quando ocorrer reincidência, a empresa deverá ser suspensa por um prazo de 15 dias e excluída quando, após notificação, vier a cometer novas irregularidades. Sobre as obrigações da Contratada, a Cláusula Sexta também destaca que o leite, fornecido ao Programa, deve “obrigatoriamente ser adquirido a produtores fornecedores de leite pasteurizado sediado no Estado do Rio Grande do Norte”. E “priorizar”, esse é o termo utilizado pelo Contrato, a aquisição de leite pasteurizado a micro e pequenos produtores pecuaristas com produção média diária de até 100 (cem) litros de leite localizados na mesma microrregião da unidade processadora. A mesma Cláusula afirma que a Contratada (Consórcio Leite Potiguar) deve comunicar à Contratante (SETHAS), em um prazo mínimo de 48 horas, quando por motivo maior,

precisar

comprar leite pasteurizado de outros fornecedores localizados em microrregiões do Estado diferentes da sua localização, “bem como apresentar justificativa técnica e comercial pertinente para aquisição do leite bovino [...] em outras unidades da federação”. Ao contrário do Contrato 057/2005, o texto do Edital referente ao Pregão presencial No 03/2005, que resultou nesse mesmo Contrato, não é específico sobre a forma de aquisição do leite pelas Usinas, e faz supor que o leite fornecido ao programa deve ser adquirido e distribuído em cada microrregião ou área identificada no anexo I do Edital de licitação. O texto do Edital também não faz referência alguma à aquisição de leite a pequenos produtores; somente o Contrato ressalta tal questão. Sobre os aspectos levantados anteriormente, há uma confusão entre as redações do Edital e as do Contrato. É necessário identificar se a aquisição e distribuição devem ocorrer na microrregião, onde a unidade processadora (USINA) está localizada, ou deve obedecer ao critério de aquisição e distribuição do leite por microrregião de acordo como destacado no anexo I do Edital.

3.2.1 FORNECIMENTO DIÁRIO E MENSAL DE LEITE AO PROGRAMA POR REGIÃO, DE ACORDO COM O EDITAL DE LICITAÇÃO

O Edital da Licitação do Programa do Leite, parte integrante do Contrato estabelecido entre a SETHAS e o Consórcio Potiguar, discorre sobre a quantidade de leite, que cabe a cada região do Estado. A tabela 05, mostra a quantidade de leite a ser distribuída em cada microrregião pelo Programa. Segundo o Edital, o Consórcio de Leite Potiguar deve fornecer 139.629 litros diários de leite, distribuídos em quatorze microrregiões do Estado.

13


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Tabela 05 – Fornecimento diário e mensal de leite bovino por microrregião, de acordo com o Edital No

1

Região

Grande Natal

Total 2

Mato grande Total

3

Agreste

Total 4

Central Potengi Total

5

Trairi + Central Potengi Total

6

Trairi Total

7

Vale do Açu Total

8

9

Vale do Açu + Oeste + Médio Oeste Total Seridó Ocidental Total

10

Seridó ocidental + Seridó Oriental Total

11

Seridó oriental Total

12

Oeste

Cota diária

Quantidade mensal

2.021 2.068 2.565 4.206 2.701 5.415 3.049 1.882 3.252 2.970 969 554 2.898 34.550 2.800 3.200 5.360 11.360

56.588 57.904 71.820 117.768 75.628 151.620 85.372 52.696 91.056 83.160 27.132 15.512 81.144 967.400 78.400 89.600 150.080 318.080

1.250 2.746 2.636 4.860 1.330 3.580 16.402

35.000 76.888 73.808 136.080 37.240 100.240 459.256

2.980 800 3.780 1.380 1.380

83.440 22.400 105.840 38.640 38.640

1.550 4.514 6.064 2.760 6.835 9.595 3.810 3.810 2.014 6.336 8.350 4.040 5.030 9.070

43.400 126.392 169.792 77.280 191.380 268.660 106.680 106.680 56.392 177.408 233.800 113.120 140.840 253.960

1.087 1.087 1.087 851 1.195 4.907

30.436 30.436 30.436 23.828 33.460 137.396

14


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

No

Região

Total

13

Médio oeste Total

14

Alto Oeste Total

Total Geral

Cota diária 1.684 3.904 1.090 2.070 16.788 1.750 3.580 1.740 1.290 8.360 800 4.070 3.890 1.360 10.120 Total de cota diária 139.629

Quantidade mensal 47.152 109.312 30.520 57.960 470.064 49.000 100.240 48.720 36.120 234.080 22.400 113.960 108.920 38.080 283.360 Total de quantidade mensal 3.909.612

De acordo com os dados do Edital de Licitação, tabela 05, a Grande Natal é região para onde é destinada maior quantidade de leite do Programa. Diariamente, os municípios da região são beneficiados com cerca de 34.550 litros de leite. Na tabela 05 também é destaque a quantidade de leite distribuída na região Agreste, com cota diária de 16.402 litros, seguida da região Oeste, com 16.788 litros leite/dia. 3.3.

USINAS E QUANTIDADES DE LEITE DISTRIBUÍDO POR MUNICÍPIO A tabela 06 mostra a relação de 25 Usinas e a cota diária de leite a ser distribuído por cada

uma delas ao Programa do Leite. As Usinas estão agrupadas por blocos de municípios para os quais se destinam o leite, destacando a média diária e o percentual equivalente dentro do quantitativo fornecido por cada Usina ao Programa do Leite. Aqui, pode-se identificar a abrangência de cada fornecedor (Usina), no Estado. De acordo com esta relação, as vinte e cinco usinas devem distribuir 141.441 litros diários de leite nos 167 municípios do Rio Grande do Norte. Tabela 06 – Cota diária de leite fornecido por cada Usina ao Programa por município – Fevereiro – Junho/2007 Destino do fornecimento Média diária % no Usina (município) fornecida fornecimento Acari 50 4,4% Carnaúba dos Dantas 300 26,4% Currais Novos 200 17,6% LS Laticínios LTDA – Leite Jardim de Piranhas 118 0,4% Sertão Jardim do Seridó 150 13,2% Santana do Seridó 50 4,4% 1 São Fernando 270 23,7% TOTAL 1.138 100% Acari 630 3,3% Coop. Energia e Desen. Rural do Piranhas - CERPIL - Leite Almino Afonso 320 1,7% Seridó 2 Caicó 226 11,2%

15


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

Usina

3

4

Destino do fornecimento (município) Coronel Ezequiel Currais Novos Florânia Frutuoso Gomes Ipueira Jaçanã Japi Jardim de Piranhas João Dias Lajes Pintada Mossoró Natal Ouro Branco Patu São Bento do Trairi São José do Sabugi São Vicente Serra Negra do Norte Tenente Laurentino Timbaúba dos Batistas Viçosa TOTAL

Afonso Bezerra Barra de Maxaranguape Boa Saúde Caiçara do Norte Caiçara do Rio dos Ventos Carnaubais Galinhos Guamaré Ipanguaçu Lages Lagoa de Velho Lagoa Salgada Laticínio São Pedro LTDA Macau Leite Marina Natal Parazinho Parnamirim Pedra Grande Pedra Pedra Pedro Avelino Porto Mangue São Bento do Norte São José do Campreste São Miguel do Gostoso Sítio Novo Tangará TOTAL Associação dos Pequenos Afonso Bezerra Agropecuaristas do Sertão de Alto dos Rodrigues Angicos APASA – Leite APASA Angicos

Média diária % no fornecida fornecimento 510 2,7% 3.637 19,2% 850 4,5% 270 1,4% 200 1,1% 680 3,6% 520 2,7% 582 3,1% 300 1,6% 284 1,5% 2.836 14,9% 1.306 6,9% 300 1,6% 450 2,4% 390 2,1% 500 2,6% 580 3,1% 400 2,1% 800 4,2% 235 1,2% 280 1,5% 18.986 100% 665 4,2% 700 4,4% 520 3,3% 650 4,1% 200 1,3% 435 2,7% 250 1,6% 600 3,8% 600 3,8% 650 4,1% 200 1,3% 370 2,3% 1.000 6,3% 3.455 21,7% 400 2,5% 100 0,6% 550 3,5% 400 2,5% 720 4,5% 350 2,2% 460 2,9% 780 4,9% 700 4,4% 260 1,6% 880 5,5% 15.895 100% 40 0,5% 500 6,7% 700

9,3%

16


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

Destino do fornecimento (município)

Usina

Assu Baraúnas Carnaubais Fernando Pedrosa Itajá João Câmara Mossoró Paraú Pendências Santana do Matos São Rafael TOTAL

5

6

Água Nova Coronel João Pessoa Doutor Severiano Encanto Francisco Dantas José da Penha Laticínios Santa Luzia LTDA – Luiz Gomes Leite Sertanejo Major Sales Pau dos Ferros Rafael Fernandes Riacho de Santana São Miguel Venha Ver TOTAL Água Nova Itaú Luiz Gomes João Francisco Chaves Neto Major Sales ME – Marcelino Vieira Leite Oestano Paraná Patú Pau dos Ferros Portalegre Riacho da Cruz Rodolfo Fernandes São Francisco do Oeste São Miguel Tabuleiro Grande Tenente Ananias Umarizal TOTAL

Coop. Agrícola de Tenente Ananias LTDA Leite COAMTAL

7

Alexandria Antônio Martins Lucrecia Marcelino Vieira Paraná Pendências Pilões Tenente Ananias

Média diária % no fornecida fornecimento 1.987 26,5% 50 0,7% 100 1,3% 150 2,0% 450 6,0% 50 0,7% 2.124 28,3% 150 2,0% 60 0,8% 650 8,7%% 500 6,7% 7.511 100% 200 2,5% 450 5,7% 510 6,5% 650 8,3% 300 3,8% 370 4,7% 600 7,6% 260 3,3% 2.110 26,8% 290 3,7% 280 3,6% 1.300 16,5% 7,0% 550 7.870 100% 50 1,5% 300 9,0% 100 3,0% 50 1,5% 150 4,5% 100 3,0% 350 10,4% 210 6,3% 400 11,9% 280 8,4% 250 7,5% 200 6,0% 200 6,0% 200 6,0% 210 6,3% 300 9,0% 3.350 100% 735 19,7% 430 11,5% 390 10,4% 450 12,0% 330 8,8% 750 20,1% 250 6,7% 400 10,7%

17


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

Destino do fornecimento (município)

Usina TOTAL

8

9

10

11

12

13

Apodi Caraúbas Felipe Guerra Indústria de Laticínios Apodi Mossoró - Leite ILA Paraú Pau dos Ferros Severiano Melo TOTAL Indústria de Laticínios Areia Branca Mossoró LTDA ILMOL – Leite Nobre Mossoró TOTAL

Média diária % no fornecida fornecimento 100% 3.735 900 100 620 3.696 220 40 500 6.076

14,8% 1,6% 10,2% 60,8% 3,6% 0,7% 8,2% 100%

1.345

35,4%

Ares Brejinho Jundiá MAILA Macedônia Agro Industrial LTDA - Leite BABI Natal Passagem São José de Mipibú Senador Georgino Avelino TOTAL

2.451 3.796 880 600 170 702 200 1.918 305 4.775

64,6% 100% 18,4% 12,6% 3,6% 14,7% 4,2% 40,2% 6,4% 100%

Baía Formosa Canguaretama Espírito Santo Lagoa dos Dantas Montanhas Monte das Gameleiras Leite Xodó Industrial e Comércio LTDA – Leite Xodó Nova Cruz Passa e Fica Pedro Velho Santo Antônio Serra de São Bento Serrinha Várzea Vila Flor TOTAL

400 1.480 780 350 500 250 950 500 1.160 1.280 350 450 280 200 8.930

4,5% 16,6% 8,7% 3,9% 5,6% 2,8% 10,6% 5,6% 13,0% 14,3% 3,9% 5,0% 3,1% 2,2% 100%

Barcelona Bento Fernandes Ielmo Marinho Jardim de Angicos Cooperativa Agropecuária do Lagoa Salgada Assentamento Lagoa Nova Riachuelo COOLAGOANOVARui Barbosa Leite Lagoa Nova Santa Maria São Paulo do Potengi São Pedro São Tomé TOTAL

220 445 545 400 114 330 236 200 625 460 800 4.375

5,0% 10,2% 12,5% 9,1% 2,6% 7,5% 5,4% 4,6% 14,3% 10,5% 18,3% 100%

600 700 600

21,3% 24,9% 21,3%

Maria das Graças Oliveira de Araújo - MASTERLEITE

Bodó Campo Redondo Cerro Corá

18


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

Usina

14

Destino do fornecimento (município) Currais Novos Lagoa Nova TOTAL

Bom Jesus Natal Bom Jesus Agropecuária e Santa Cruz Industrial LTDA – São Paulo do Potengi Leite Cacau Senador Eloi de Souza Serra Caiada TOTAL

Campo Grande Caraúbas Gov. Dix-Sept Rosado Janduís Lucrécia Maria Aparecida Gurgel Veras Martins Messias Targino Leite Santa Terezinha Olho D'água dos Bordes Rafael Godeiro Serrinha dos Pintos Triunfo Potiguar Umarizal 15 Upanema TOTAL

16

17

18

Caicó Cruzeta Equador LACOL – Laticínios Caicó Jardim do Seridó LTDA – Jucurutu leite Caicó Parelhas Santana do Seridó São José do Seridó TOTAL Ceará-Mirim Jandaíra João Câmara Tapuio Agropecuária LTDA - Poço Branco Leite Tapuio Pureza Rio do Fogo Taipú Touros TOTAL Ceará-Mirim Extremoz Natal TOTAL

Cem Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários – Leite Cem

Goianinha Monte Alegre Agro – Industrial Triunfo LTDA Nísia Floresta Leite Triunfo São José de Mipibú 19 Tibal do Sul

Média diária % no fornecida fornecimento 164 5,8% 750 26,7% 100% 2.814 350 5,9% 2.673 45,0% 1.670 28,1%% 200 3,4% 400 6,7% 650 10,9% 5.943 100% 620 10,1% 1.020 16,6% 500 8,1% 250 4,1% 160 2,6% 850 13,8% 260 4,2% 270 4,4% 220 3,6% 260 4,2% 250 4,1% 1.000 16,2% 8,1% 500 6.160 100% 444 11,0% 520 12,9% 270 6,7% 450 11,1% 950 23,5% 900 22,3% 160 4,0% 350 8,7% 4.044 100% 250 400 1.000 855 650 550 950 1.454 6.109

4,1% 6,5% 16,4% 14,0% 10,6% 9,0% 15,6% 23,8% 100%

2.750 1.300 520 4.570 1.300 700 650 282 500

60,2% 28,4% 11,4% 100% 32,6% 17,6% 16,3% 7,1% 12,6%

19


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Continuação

Usina

NUTRIVIDA Indústria de Laticínios LTDA - Leite NUTRIVIDA 20

Agropecuária Natal LTDALeite Natal 21

Destino do fornecimento (município) Vera Cruz TOTAL Grossos Serra do Mel Tibal Baraúnas TOTAL Lagoa de Pedra Macaíba Natal Parnamirim TOTAL

22

CILA – Companhia Industrial de Laticínios LTDA – Leite Bom

23

MT*

24

Gilson de Andrade Pessoa – ME - Leite Chaparral

25

Macaíba TOTAL NÃO IDENTIFICADO TOTAL Natal Parnamirim TOTAL Natal Parnamirim São Gonçalo do Amarante TOTAL

Nilton Pessoa de Paula Agropecuária - Leite Saúde

Média diária % no fornecida fornecimento 550 13,8% 3.982 100% 500 24,3% 471 22,9% 250 12,1% 840 40,8% 100% 2.061 500 9,1% 2.076 37,7% 1.989 36,1% 944 17,1% 5.509 100% 503 503 2.036 2.036

100% 100% 100% 100%

2.004 1.180 3.184 2.478 2.365 3.246 8.489

62,9% 37,1% 100% 29,2% 27,9% 38,2% 100%

TOTAL GERAL 141.441 Fonte: SETHAS * A marca MT não consta na lista das Usinas que compõem o Consórcio Leite Potiguar

De acordo com a tabela 06, cabe à Usina CERPIL a maior cota de distribuição, 18.986 litros/dia, do leite sob a responsabilidade das Usinas que integram o Consórcio Leite Potiguar, seguida pela Laticínio São Pedro “Leite Marina”, com uma distribuição diária de 15.895 litros. A menor cota/ quantidade distribuída fica a cargo da Usina LS, com 1.138 litros diários. 3.3.1 FORNECEDORES DE LEITE NOS MESES DE FEVEREIRO/2007 E JUNHO/2007, POR USINA A cláusula VI do Contrato de requisição de leite firmado entre a SETHAS e o Consórcio do Leite Potiguar, estabelece, em sua cláusula VI, as obrigações definida entre as partes. A alínea “q” do item II da referida cláusula (que estabelece as obrigações da CONTRATADA), define que “Por ocasião da apresentação da fatura quinzenal (A CONTRATADA) deverá comprovar, por meio idôneo (recibo, ordem bancária, etc) o pagamento dos produtores de leite, referente ao período imediatamente anterior”. A título de cumprimento deste item, a SETHAS nos forneceu as Planilhas de Prestação de Contas das Usinas e o Relatório da SETHAS que trazem a relação dos fornecedores de leite a cada usina. As informações contidas nas planilhas fornecidas pela SETHAS, referentes aos meses de fevereiro/2007 e junho/2007, foram reorganizadas de forma a se estabelecer a média diária de leite fornecido por cada fornecedor, às Usinas. 20


PERFIL DOS FORNECEDORES DO PROGRAMA DO LEITE/RN

Necessário que se registre duas situações. A primeira, diz respeito ao fato de que algumas planilhas trazerem dados relativos a apenas uma quinzena. A segunda observação se refere ao fato de que os nomes apresentados pelas Usinas como “fornecedores” não são, necessariamente, os nomes dos produtores de leite. Observamos que os nomes apresentados pelas Usinas são, em muitos casos, os dos compradores (intermediários) do leite, principalmente os relacionados aos intervalos de fornecimento menores. O fornecimento acima de 500 litros/dia é feito, via de regra, pelo próprio produtor. Este fato impossibilita identificar o número exato dos produtores de leite que participam do Programa, tendo em vista que um intermediário coleta o leite de mais de um produtor. Assim, uma das importantes medidas que deve ser adotada pelo Programa, que é o pagamento direto ao produtor, não pode ter como referência a relação apresentada pelas Usinas. Esta relação não representa o conjunto dos produtores que vendem leite ao Programa. Muitos nomes ali registrados são de intermediários e não de produtores. E aqui nos deparamos com um dos principais problemas do Programa do Leite no Rio Grande do Norte. Não previsto no Contrato entre a SETHAS e o Consórcio, o intermediário (comprador do leite dos pequenos produtores, principalmente) exerce papel fundamental na complexa rede que se formou em volta do Programa, influenciando, inclusive, o preço do leite pago ao pequeno produtor. É este intermediário que coleta o leite dos pequenos e médios produtores e, por este trabalho, é remunerado, como não poderia ser diferente. A remuneração do intermediário é descontada do valor pago ao produtor. Isto porque o Termo de Compromisso, firmado em fevereiro de 2006, entre o SINDLEITE (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do RN) o SINPROLEITE (Sindicato dos Produtores de Leite, Carnes e Derivados do RN, com a interveniência da SETHAS, das associações de criadores (ANORC e NCOS) e da associação das Indústrias de Laticínios, definiu que os preços a serem pagos aos produtores, pelo leite entregue na plataforma, seria de R$0,74 (setenta e quatro centavos) e R$1,05 (um real e cinco centavos) para o leite bovino tipo C e para o leite caprino, respectivamente. Além disso, descontam-se também do valor que deveria ser pago aos produtores, as chamadas “condições previdenciárias’”. Assim o pequeno produtor, que não tem condições de levar o seu leite até a usina, se vê obrigado a fornecê-lo a preços menores (em média recebem R$ 0,50 por litro), para que o leite seja coletado na “porteira”.

21


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