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AMAZONAS
O ESTADO DOS FESTIVAIS Carnaval Carnaboi Festival Amazonas de Ópera Festival Folclórico do Amazonas Festival Folclórico de Parintins Festival Amazonas de Jazz Ciranda de Manacapuru Festival Amazonas de Dança Festival Amazonas de Música Festival de Teatro da Amazônia Festival Amazonas de Rock Amazonas Film Festival Concerto das Janelas Festa das Luzes Concerto de Natal
TRABALHANDO PARA CRIAR OPORTUNIDADES
A maior expressão do folclore brasileiro.
Venha viver esta alegria! 24, 25 e 26 de junho de 2011 Realização:
TRABALHANDO PARA CRIAR OPORTUNIDADES
sec@culturamazonas.am.gov.br culturadoam.blogspot.com
editorial Para decifrar Parintins há que se despreender de tudo que o visitante viu, sentiu ou vivenciou em vida e se jogar, literalmente, na Ilha Tupinambarana, sem medo de ser feliz! Caminhar pelas ruas e sentir o cheiro que exala das cozinhas, dos fogareiros que assam os peixes nas calçadas. Para decifrar Parintins é necessário se despir dos conceitos, preconceitos estabelecidos pela indústria cultural e abraçar de mente aberta todo o regionalismo globalizado que oferece a cidade dos índios parintintim. Quer saber como? Leia e, principalmente, deguste com os olhos as fotos do inigualável festival de Parintins. E por assim dizer, a Empório Amazônia é uma homenagem a essa ópera a céu aberto que acontece anualmente no Amazonas, durante o mês de junho, na ilha mais charmosa do norte do país. O amazonense se prepara o ano todo para esse evento. A prova disso são as duas personalidades amazonenses que compram roupas e acessórios em várias partes do mundo só para passear durante o festival superfashions. O jornalista Wilson Nogueira assina uma belíssima apologia à mandioca, aliada a fotos fantásticas dos produtos derivados dessa raiz. Trabalho fotográfico feito em Rio Preto da Eva e Parintins pelo excelente Cao Ferreira. O grande mestre Moacir Andrade fala da sua versatilidade na pintura, informa que o artista plástico Rui Machado é seu sucessor e ganha depoimento emocionante do escritor Márcio Souza. No quesito luxo, Empório conta que a Montblanc está de olho no mercado brasileiro, mostra como foi a feira de barcos mais esperada do ano, no Rio de Janeiro, e a seção Vitrine, como sempre, traz novidades fantásticas, entre elas, o Boutique Hotel Casa Teatro, o primeiro nesse conceito em Manaus! Sabia que a nova moda esportiva é o SUP feito sobre pranchas de surfe no rio Negro? Os adeptos dizem que essa onda já pegou! A gastronomia fisgou o francês Jean Christophe, que mudou-se de mala e cuia para o município amazonense de Novo Airão e está muito bem obrigado servindo no restaurante Leão da Amazônia a nova culinária mundial, quer dizer, o chef de cozinha oferece cardápio regional com gostinho internacional. No mais, saiba por que a Nasa resolveu estudar os efeitos que o astro rei, o famoso Sol, vem causando em plagas terrestres e os eventos que fazem ferver o circuito Manaus-Miami. Aproveite e até a próxima!
Mazé Mourão Diretora de Redação
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PARINTINS
Delírio coletivo na Ilha Tupinambarana
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ENSAIO Ode à raiz que está ganhando as mesas brasileiras
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CULT O maior pintor de paisagem do mundo
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MODA O fashion se rende aos encantos dos acessórios
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NÁUTICA Os novos queridinhos da navegação
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LUXO Objeto desejado por homens e mulheres
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TURISMO Viagem para casais apaixonados
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ENTREVISTA A marca das canetas famosas quer o Brasil
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GASTRONOMIA Novo Airão no cardápio mundial
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ESPORTE Nova modalidade esportiva é tendência no Amazonas
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CIÊNCIA Nasa desvenda espetáculo solar
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EVENTO O mix descolado entre o eixo Miami-Manaus
PRESIDENTE Valdo Garcia valdo@emporioamazonia.com.br
www.emporioamazonia.com. br
DIRETORA RESPONSÁVEL Geyna Brelaz geyna@emporioamazonia.com.br DIRETORA DE REDAÇÃO Mazé Mourão maze@emporioamazonia.com.br DIRETOR DE ARTE Marcelo T. Menezes marcelo@mirabile.com.br CONSULTOR Carlos Ferreirinha ferreirinha@mcfconsultoria.com.br PUBLICIDADE Selma Celani amazonbest@gmail.com COLABORADORES Bruno Mazieri • Leonardo Zanon • Luciana Lobato Manuella Barros • Maza Lopes • Suelen Reis FOTÓGRAFOS Anderson Marshal • Bruno Kelly Cao Ferreira • Mário Oliveira • Michael Dantas Ruth Jucá • Tatá Amato TRATAMENTO DE IMAGEM Cao Ferreira caoptix.com REVISÃO Dernando Monteiro damferr@ig.com.br
CAPA
Rua Salvador, 120 • 12º andar • Vieiralves Bussines Center Adrianópolis • CEP 69057-040 • Manaus - Amazonas amazonbest@gmail.com • www.amazonbest.com.br CNPJ 03.207.977/0001-72
CTP E IMPRESSÃO Gráfica Ampla DISTRIBUIÇÃO Amazon Best
Modelo Rebeca Campelo (Global Model) Foto Cao Ferreira Styling Edinho Serrão Beleza André Fendii Colete Coruja Helerson Maia Produção Rodrigo Santos
COLABORADORES
Márcio Souza
O escritor, que assina obras como “Mad Maria”, “Galvez - o imperador do Acre”, “Silvino Santos, o cineasta do ciclo da borracha”, entre outras, participa nesta edição com um artigo sobre o artista plástico Moacir Andrade.
Rebeca Campelo
Despontando no mundo fashion, a modelo Rebeca Campelo é a estrela desta edição. Ela protagonizou importantes ensaios fotográficos em lugares como Grécia, Alemanha e Patagônia, mas, no Amazonas, ela mostra toda sua versatilidade e competência com o belo rio Negro como pano de fundo.
Helerson Maia
Um dos nomes mais conhecidos no cenário artístico do festival de Parintins, por cultuar a modernidade na hora de criar, o estilista é o responsável pela concepção e criação dos figurinos usados no belíssimo editorial com tendência handmade.
Rodrigo Santos
Foto Cao Ferreira
Com mais de dez anos de trabalho na área, é o responsável pela produção e cenografia do ensaio de moda desta edição, além de produzir a matéria SUP e água fresca.
Wilson Nogueira
Vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo, escritor, sociólogo e, claro, parintinense, ele assina a matéria que trata da famosa mandioca e os alimentos derivados dessa raiz.
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VITRINE
Nectar dos deuses
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Foto Bruno Kelly
dega Brasilis, que abre de segunda a sábado, de 9h às 20h, tem intenção de “ensinar a gostar de vinhos”, como diz o slogan do lugar. Além de uma carta com os melhores espumantes, vinhos e sucos nacionais e internacionais, também oferece curso para iniciantes, que inclui a parte didática e degustação comparativa da bebida com diferentes pratos, a harmonização. Oferece vinhos importados exclusivos da importadora Decanter; os nacionais das vinícolas gaúchas Pizzato, Lidio Carraro e Don Giovanni, além do suco de uva Gnolo. Atualmente trabalha com 200 rótulos, mas a cada mês apresenta de 10 a 15 novos produtos.
Adega Brasilis • Rua Alexandre Magno, 32, loja 12, Parque 10 • (92) 3088.7766 • Manaus - AM
02 Foto Alex Pazzuelo / Divulgação
20 anos dedicados à arte
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m 2011, o artista plástico Jandr Reis completa 20 anos de carreira. Para comemorar a data, Jandr organiza uma megaexposição. Batizada de “Amazônia Espaço Húmido”, a mostra será realizada no Centro Cultural Palácio da Justiça em meados de julho. Com 22 obras, 21 telas e uma instalação, o artista apresenta uma nova visão da Amazônia. “Apresento o que não se vê na mídia. Faz parte do meu estilo de pintar. Flores aparecem derretendo após cair dos galhos, em estado de decomposição. O que quero mostrar é que, mesmo depois de morta, existe vida naquela flor murcha, tem micro-organismos, parasitas, fungos, tudo é vida que vai se transformando”, justifica.
Centro Cultural Palácio Rio Negro • Av. Eduardo Ribeiro, 833, Centro • Manaus - AM
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Hotel conceito
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Fotos Bruno Kelly
om o charme e conforto necessários para a categoria, o Boutique Hotel Casa Teatro é o primeiro neste conceito em Manaus. Localizado no Centro Histórico, o lugar, idealizado pela empresária Cláudia Mendonça (Paradise Turismo), conta com 14 quartos - dois destinados à família, com beliche composto por uma cama de casal e uma de solteiro – que foram “batizados” com nomes dos dramaturgos e compositores clássicos que estão nas colunas da plateia do Teatro Amazonas, entre eles Rossini, Ésquilo, Moliére, Mozart, Verdi e Chopin. Intimista, possui poucas áreas sociais: copa, recepção, sala de TV, varanda e um terraço charmosíssimo com vista para o Teatro Amazonas. Há dois banheiros por andar e esses espaços também são compartilhados pelos hóspedes. A decoração é um capítulo à parte e tem um tom bem pessoal da proprietária. Exibe obras de artistas locais (destaque para a “Mandala” de Rita Loureiro), móveis de madeira de reflorestamento e souvenires do mundo inteiro trazidos por Cláudia de suas viagens.
Boutique Hotel Casa Teatro • Rua 10 de Julho, Centro • Manaus - AM
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Arte digital
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nspirado na obra do artista plástico amazonense Rui Machado, o fotógrafo Otto Weisser, 74, e em plena atividade, prepara exposição de arte digital com interferências gráficas em fotos de modelos e índios tiradas pelo próprio Otto em suas viagens pela Amazônia. O fotógrafo apresenta esse trabalho no verão europeu e, em setembro deste ano, abre exposição na Galeria do Largo, em Manaus.
Otto Weisser • www.otto-weisser.com
05 Foto Bruno Kelly
Gastronomia mineira
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Confraria de Minas Bar, Restaurante e Cachaçaria, tem um cardápio variado que vai desde saborosos petiscos (conhecidos como comida de buteco), a pratos da culinária mineira e regional, assinados pelo chef Wilson Campos. Destaque para o delicioso “Feijão com Tranqueira” (feijão vermelho com carnes tipo paio, lombinho e linguiça calabresa), um dos mais pedidos da casa. Ambiente agradável e familiar, a Confraria de Minas possui dois salões, sendo um deles climatizado (aluga-se para eventos) e um espaço infantil com brinquedos e TV. Oferece internet sem fio para os clientes.
Bar e Restaurante Confraria de Minas • Rua Rio Branco, 5 • Vieiralves • Manaus - AM
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Seu espaço, sua bandeira
Shopping Madeira Fashion R. Rio Amapá • loja 1 • Vieiralves Manaus - AM • (92) 8100.0357
PARINTINS
Por Mazé Mourão Foto Tatá Amazo
Encanto e magia
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isto de beleza e emoção, o tributo dos bumbás ao Amazonas está enfeitiçando com a magia regional o festival folclórico da Ilha Tupinambarana. A sensualidade está à flor da pele em todos os sentidos. Até as mais recatadas sinhazinhas com os seus sorrisos e os movimentos das mãos, induzem a um delírio emocionante e coletivo. No bumbódromo, não existe diferença de classe, raça e línguas. Todos estão mentalizando positivamente, independentemente do boi a que estão torcendo. O ritual é quase religioso, no contexto profano da festa. Surpresas no céu e no chão, os pajés se desdobram em caras, danças e abdômens. As tribos sempre comandadas por um senhor mais velho, não perdem o ritmo e marcham de forma cadenciada e
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uniforme executando um balé kuarup estético e de uma plasticidade de tirar o fôlego. Nesse momento, a competição leal é saudável e perfeita. Há 11 festivais surpreendo-me com o profícuo berço de ideias da cultura dos parintinenses. A escolha dos temas traduzem o imenso conhecimento da história da região. Os rituais tornam-se feéricos, deslumbrantes e mostram toda a arte com a qual os caboclos, com um conhecimento autodidata, impressionam e desconcertam até o mais renomado artista plástico do mundo. Todo o deslumbramento pelo qual a ilha passa no momento em que o berrante chama o boi, se traduz em imagens que revelam e decifram o feitiço e a magia que esses bumbás exercem em quem tem a felicidade em assisti-los.
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Fotos Mรกrio Oliveira
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ESTILO
Produção Luciana Lobato
Fazendo las as ma
das convidamos dois in -v as bo as r da ra Pa ol. chegou. Simões e Renato Ray a A temporada bovina ss ne Va s, in nt ri Pa ssar ival de apaixonados pelo fest o do que é preciso levar nas malas para pa çã Eles fizeram uma sele charme e praticidade. m os três dias na ilha co
Fotos Anderson Marshal
Com organização e bom senso, é possível fazer uma mala útil e compacta para curtir o festival de Parintins. A dica é levar o necessário e não esquecer as cores do seu boi
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Fotos Cao Ferreira
Priorize o protetor solar, peças leves e nunca esqueça de um bom chapéu, afinal estamos no verão amazônico
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BLOG
Duelo cores de
Independentemente das tendências de moda da estação, azul e vermelho viram foco nesta época do ano no Amazonas. Tudo em função dos bois Caprichoso e Garantido. Acompanhe na coluna Blog o que vai ser tendência na ilha. Qual é a cor que você vai se jogar? Colar Lool
Casquete Lool
Óculos Selima
Relógio Nixon
Melissa Dreaming
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Chapeu Panamテ。
Headphone Aerial 7
テ田ulos Gucci
Bolsa Meredith Wendell
Cinto Miu Miu
Melissa Flocada
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ENSAIO
Texto Wilson Nogueira Fotos Cao Ferreira
ELOGIO À
MANDIOCA O
s alimentos derivados da mandioca estão em todas as mesas do Brasil. É o sinônimo de alimento sem ser trigo. É o pão que se fez nos laboratórios do Novo Mundo. Há, sem exagero, tantos pratos e sabores à base de mandioca quanto do trigo mesopotâmico, grão que se divinizou no cristianismo e se disseminou com a aventura europeia mundo afora. A mandioca é o pão enraizado nas culturas indígenas e, por isso, o alimento que transporta paladares e cheiros ameríndios para a culinária contemporânea. A mandioca é a raiz da maniva, arbusto que cresce em haste alongada e rodeada de folhas verde-escuras. A versão mais conhecida para o seu surgimento dá conta que o primeiro pé de mandioca nasceu na cova de Mani, uma criança indígena. Mandioca quer dizer casa (oca) de Mani. Por isso, desde os primeiros habitantes da Amazônia, a mandioca é tida como uma dádiva dos deuses que protegem as florestas e sua gente.
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Os índios desenvolvem vários tipos de mandioca, que agora se somam às inventadas pela ciência moderna. Não param de crescer, também, as formas de prepará-las e consumi-las. As farinhas são, de longe, as mais conhecidas e mais presentes no cardápio brasileiro. Na Amazônia, uma mesa sem farinha de mandioca estará sempre incompleta. Cada lugar produz a sua farinha, que se distingue entre tantas outras como a melhor. Farinha d’água, farinha seca, farinha fina, farinha grossa, farinha ova de peixe e farinha de macaxeira são uma pequena amostra dos tipos difundidos nos beiradões amazônicos. Cada qual com sua textura, sabor, identidade e utilidade.
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Na mesa amazônica, a mandioca se espalha por todos os cantos. É só ver: uma entrada de macaxeira frita, um pirão escaldado para acompanhar a caldeirada de peixe ou de carnes, uma farofa para guarnecer o churrasco, uma porção de tucupi com pimenta para esquentar o apetite e, por fim, uma mousse de farinha de tapioca. Uma maniçoba ou pato no tucupi, iguarias da culinária paraense, tiram o fôlego do mais exigente gourmet. “São produtos que deveriam ser enlatados e exportados, assim como se faz com a feijoada carioca”, defende o economista paraense Armando Mendes.
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Goma, polvilho, crueira e farinha de tapioca são utilizadas na preparação de mingaus, geralmente servidos no cotidiano e nas festas comunitárias. Com esses produtos também se faz uma variedade de beiju e bolos que se transferiram da cozinha da família para o menu dos restaurantes e lanchonetes. O biju de tapioquinha é tão popular quanto o bolo de macaxeira. Assim também se posiciona a farinha de tapioca, que, muito antes de pegar carona na fama do açaí, era matéria-prima de sorvetes. O pé de moleque, feito de polpa in natura, não pode faltar na lista dos beijus de mandioca. O melhor de todos é o que traz como recheio as amêndoas da castanha-da-amazônia. E o que dizer do beijucica crocante? Ah! Só provando-o!
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Hummmm! Uma delícia! É assim que se sente o sabor e o cheiro do tacacá, uma sopa composta de goma e tucupi de mandioca, folhas de jambu, camarão e outros ingredientes ao gosto de cada lugar. Nas cidades do Amazonas é comum servir-se o tacacá em cuias, acompanhado de cebolinha e cebola de cabeça picadas, mais molho de pimenta (com tucupi) a gosto. O tacacá no ponto é aquele fumegante, porque é nesse momento que ele está encharcado do sabor e do cheiro mais apurados.
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Texto Wilson Nogueira Fotos Cao Ferreira
Hummmmm! Das comidas, pode-se ir às bebidas com teores alcoólicos: tarubá, cauim, tiquira, caxiri... Essas e outras são preparadas por meio de fermentação de beijus ou das folhas da maniva. Os índios as fabricam para ser consumidas em momentos especiais. Mas o álcool obtido da mandioca já é testado no Brasil e outros países como combustível de uso em larga escala.
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Agradecimentos: Aldo Albuquerque (produção) Vivian Carvalho (Café Andréia)
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CULT
Por Suelen Reis Fotos Ruth Jucรก
O embaixador da cultura amazonense
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le é pintor, escritor, desenhista, professor e apaixonado pelo Amazonas. Essa paixão está retratada em mais de dez mil telas espalhadas pelo mundo, nas quais apresenta como ninguém a floresta, os costumes da região, os caboclos e pelas quais ficou conhecido como “Embaixador da Cultura Amazonense”. Moacir Andrade está prestes a completar 80 anos de carreira, dedicada exclusivamente à Amazônia, e já se prepara para a data: “Ano que vem (2012) completo 80 anos de arte e vou comemorar com uma grande exposição. Talvez a maior. Além dos quadros, alguns inéditos, a mostra vai ter a parte didática, de apresentar a minha história, com vídeos, fotos e documentos. Tem muita coisa. Comecei cedo. Minha mãe era professora, aprendi a desenhar nas folhas de trabalho dela, logo em seguida veio a pintura. Pintava o que via, os costumes, as tradições do Amazonas. Ninguém fez isso antes de mim e está tudo documentado”, afirma. O ineditismo lhe rendeu bons frutos: em 1989 foi considerado o maior pintor de paisagens do mundo. “Foi em Paris, no dia 14 de julho. Muito emocionante. Infelizmente, o mundo não conhecia o Brasil, quanto mais a Amazônia. A floresta era só imaginário. Quando levei meus quadros a Paris, nenhum pintor se interessava, depois a Amazônia virou o centro das atenções”, comenta. E é verdade. Por suas quase oito décadas de arte, pra-
ticamente o mesmo tempo de vida – tem 84 anos – Moacir é respeitado internacionalmente, suas telas estão espalhadas por museus do mundo inteiro, por onde também participou de mostras coletivas e individuais. O artista tem 14 livros em sua homenagem, a maioria são compilações de depoimentos de pessoas influentes sobre a importância de sua obra para as artes plásticas.
Arte local Pioneiro nas artes plásticas do Amazonas, Moacir avalia o cenário artístico local: “A arte local cresceu muito. Tem grandes artistas. Há mais de 400 bons pintores, mas destaco Rui Machado. Esse garoto é sensacional. Tem trabalhos maravilhosos e é muito respeitado”, elogia, citando também Ademar Britto. O único problema, segundo Moacir, é a falta de apoio aos artistas: “Em relação a arte, existem três tipos de pessoas: as que só querem ganhar dinheiro; as que não têm sensibilidade e os mecenas, aqueles que gostam, valorizam e ajudam os artistas. Neste último grupo estão Roberto Tadros e Carlos Braga. Eles me ajudam muito e a outras pessoas também. É esse apoio que falta para o crescimento da arte no Amazonas”, pontua. 53
Polêmicas
Novas obras Moacir está em processo de produção para compor a exposição comemorativa. “Eu tenho poucos quadros comigo. Muitos eu dôo, outros vendo, presenteio os amigos, por isso estou produzindo para enriquecer a mostra”, diz. Além de novas telas, entre elas uma série especial de flores, está escrevendo muito: “Meu xodó atualmente é o poema ‘A morte da árvore’”, comenta, para em seguida recitar (emocionado) o trecho: “Alimento das pessoas, maternidade dos pássaros, mas um dia ela morre. No silêncio sagrado e anônimo que ela foi”. Ele explica a emoção: “Assim também são as pessoas. Elas cumprem a sua missão e morrem. A vida é assim”.
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Recentemente, teve seu nome envolvido em polêmicas. Membro da Academia Amazonense de Letras (AAL),Moacir propôs uma mudança no estatuto da instituição para permitir a reeleição de um presidente por mandatos mais longos (atualmente são permitidos dois mandatos seguidos, cada um com dois anos de duração). Ele comenta o assunto: “Sugeri a mudança pelo trabalho do Braga (José, atual presidente da AAL). É um gênio. Cheio de criatividade, trabalhador. Ele tem vocação. Apenas sugeri, mas só se elege com votação dos colegas... Mas eles acharam uma aberração”, comenta, acrescentando: “Não tenho nada contra ninguém. O Tenório (Telles, vice-presidente da AAL e que seria contra a proposta) merece toda a minha admiração, a opinião dele deve ser respeitada. Mesmo sendo contra, ele continua tendo meu respeito”. Sobre Thiago de Mello, que pediu desligamento da AAL após a proposta de Moacir, ele afirma: “O Thiago é o poeta do amor, que é o termômetro que rege o comportamento humano. Não brigo com ninguém, nem falo mal de ninguém”, ameniza. A outra polêmica se deu por conta da venda do quadro “Paisagem Amazônica”, por R$ 20 mil, para a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A venda da tela – mede 1mx2m - foi feita em 2009, mas só no início deste ano a dispensa de licitação para pagamento da obra foi publicada no Diário Oficial do Estado. Moacir explica: “O valor do quadro era R$ 80 mil, mas a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) avaliou em R$ 20 mil. Poderia ter rasgado a tela porque se trata do reconhecimento do meu trabalho, mas não sou de ter reações violentas e sei que pessoas de alto nível cultural valorizam a minha arte. E tem mais: ainda nem recebi um centavo desse dinheiro...”
O artista por Márcio Souza É difícil pensar na arte amazonense sem pensar em Moacir Andrade. No entanto, esse pintor de técnica apurada e fidelidade ao seu próprio mundo em constante mutação não é um artista fácil de se classificar e tem sido mais prático minimizar sua obra por meio do conveniente rótulo de regionalista. Moacir Andrade, no entanto, é mais universal do que muitas pensam. Assim, comecemos pela ideia de que é um artista regionalista. É certo que seu tema jamais se afasta de sua geografia, mas isto muitos grandes e universais artistas também assim o fizeram. Desde muitos anos convivo com as obras de Moacir Andrade. Nenhum outro artista de Manaus está mais presente e exposto do que ele. Quase todas as repartições públicas, salas de espera de empresas e coleções privadas ostentam obras do artista. Numa terra sem tradição de museus e galerias de arte, esse artista conseguiu escapar do gueto das coleções privadas, e foi para as paredes pouco nobres onde o povo pode olhar. Talvez por isso mesmo ele tenha se tornado invisível para a crítica. Faz muitos anos que pude apreciar as telas de Moacir, quando ele trabalhava barcos regionais ancorados em barrancas e fazia reluzir o choque do urbano com o mundo ribeirinho em suas pinceladas largas, cores vibrantes e luminosas. Uma pintura cheia de vitalidade numa arte prestes a se tornar cerebral pelo experimentalismo e pela dissolução das formas. Moacir Andrade era a marca do entusiasmo de sua geração, a turma de artistas e boêmios do Clube da Madrugada, que trabalhava a expectativa de uma nova manhã de glórias e mudanças para o Amazonas e o Brasil. Olhar as telas que foram criadas naqueles anos de juventude, é voltar a experimentar a esperança de uma geração. E é neste momento
que o artista escapa da província e expõe pelo Brasil e pelo mundo. Lendo os comentários, as críticas e as notícias, vemos que Moacir Andrade de certo modo não decepcionava seus admiradores internacionais, especialmente os europeus, exatamente por levar na sua obra a pulsão esperada dos artistas da América, como os norte-americanos, que também chegavam naqueles anos finais da década de 50 do século passado, unindo sofisticação e crueza, procedimento bruto e delicadeza. A recepção da arte de Moacir Andrade, como a de muitos outros artistas de seu tempo, vai sofrer mudanças profundas na segunda metade do século XX. O figurativismo em suas diversas expressões vai ser diluído pela ilustração publicitária e pela repetição exaustiva das técnicas e dos temas como mera decoração. Certamente que tal tendência podia falsificar, até mesmo destruir autenticidades, mas a vulgarização comercial acabou por criar o conceito de “arte regional”, ou “pintura amazônica”, que não apenas abastarda a expressão do mundo amazônico, mas tende a soterrar na vala comum talentos como o de Moacir Andrade. O rótulo de regionalismo e a insistência em enfiar tudo o que se produz na Amazônia como coisa “regional”, é uma espécie de maldição que precisa ser negada e combatida. A obra de Moacir Andrade é bem maior que esse rótulo miserável. Sua evolução é como uma linha sublinhando os desafios da modernidade, do grafismo figurativo a um pontilismo desvairado a recontar mitos ancestrais, para chegar ao abstracionismo de sua fase mais recente. Em cada uma dessas fases, uma segurança no uso da técnica, uma firmeza em seu ofício, não fosse ele professor e um grande desenhista. Por isso é bom celebrar cada vez que Moacir Andrade exibe suas obras.
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MODA
Encantada A moda se rendeu aos encantos de uma mulher com várias almas e crenças, exploradora real de acessórios que trazem impacto e personalidade para um mundo cercado de coisas comuns. A moda é uma eterna viagem.
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Fotos Cao Ferreira Assistente de fotografia Adilson Benchaya Styling Edinho Serrão Beleza André Fendii Fashion Design Helerson Maia Modelo Rebeca Campelo (Global Model) Produção Rodrigo Santos Direção Geyna Brelaz Agradecimentos Complemento Acessórios 65
NÁUTICA
Por Leonardo Zanon
LUXO e POTÊNCIA
no mar
AQUECIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL ATRAI ESTALEIROS ESTRANGEIROS E AMPLIA MERCADO CONSUMIDOR DE GRANDES EMBARCAÇÕES
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ara todos os gostos e estilos. A 14ª edição do Rio Boat Show 2011 reuniu profissionais e amantes das mais sofisticadas embarcações marítimas, entre os dias 27 de abril e 3 de maio, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O evento teve a participação maciça de conglomerados estrangeiros em busca do consumidor brasileiro que, cada vez mais, é atraído pelos lançamentos tecnológicos de lanchas e iates. “O setor no Brasil é tão promissor que houve um aumento de 50% no número de vagas molhadas e de presença do público”, conta Ernani Paciornik, organizador do evento. “É um mercado que cresce mais de 7% ao ano.” A feira recebeu mais de 52 mil visitantes, 120 expositores e gerou 150 milhões de dólares em negócios. Entre as principais companhias presentes estavam Schaefer, Ferretti, Azimut-Benetti, Real Power, YachtBrasil e Intermarine. “A entrada de novas empresas, além de aumentar a competição com a exposição de mais modelos náuticos, amplia a qualidade dos produtos”, explica Paciornik. “Todas estão repensando seus estilos para o gosto do brasileiro, público que procura barcos grandes, acima de um milhão de reais”. Três iates e uma lancha tiveram grande repercussão: Azimut 103, Intermarine 75, Ferretti 830 e Smeraldo 40. O estaleiro italiano Azimut, representado pela Yacht Brasil, exibiu a Azimut com 103 pés, maior barco exposto durante o evento. Projetado pelo designer italiano Stefano Righini e pela equipe da Azimut Design, é feito de fibra
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de vidro e tem o flybridge, com 35 metros quadrados e espreguiçadeiras, como destaque. Os solários na proa e na popa comportam grupos de amigos. Na proa, uma área para banhos de sol foi projetada ao lado de um sofá em “U” e duas mesas, além de um módulo de bar. Próxima, a ampla garagem armazena Jet ski e botes. Com design arrojado, privilegia a iluminação natural. Com mais de 120 metros quadrados de espaço externo, é um verdadeiro apartamento marinho, com decoração em madeira e estofados impermeáveis. A amplitude exposta pela união do salão principal e da praça da popa é funcional e não causa uma sensação deselegante. O vidro da cabine foi projetado para reduzir o superaquecimento e os forros internos, em painéis colmeia flutuante, absorvem o ruído e as vibrações. As quatro suítes, com entradas independentes, comportam oito pessoas no total. A embarcação tem ainda um dos mais potentes equipamentos do setor. Os dois motores 2434 HP MTU, cada um acoplado a um jato de água Rolls Royce Kamewa, permitem atingir velocidade máxima de 34 nós. A Smeraldo 40 atraiu olhares de curiosos e apaixonados por iates italianos. Ela é a primeira lancha Cranchi fabricada fora do país de origem, desde 1870. A empresa tem como representante no Brasil a International Boats. Esta, por sua vez, criou a Cruiser Marine, especializada no desenvolvimento de embarcações, que é montada no Polo Industrial de Manaus. A iniciativa vai permitir que os iates feitos em território nacional tenham valor 30% inferior se
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trazidos da Itália. Diferente das demais empresas, outra vantagem é o modelo unificado e com kit completo. A Smeraldo 40 já vem com piloto automático, ar-condicionado, GPS, bow thruster, dois motores a diesel de 350hp, entre muitos outros itens. Com 40 pés, é versátil ao gosto dos mais aventureiros. Outro expoente apresentado foi o Ferretti 830, da Ferretti Yachts. Com 83 pés e ao custo de 14 milhões de reais, dispõe de tecnologia italiana. Fabricado no Brasil, é considerado uma residência de luxo em alto-mar. Recebe confortavelmente até 20 pessoas em um amplo salão, equipado com TV de plasma e mesa de jantar para oito pessoas. Tem como diferencial uma banheira de hidromassagem no flybridge e cozinha equipada com o que há de mais high tech no mercado. Além do quarto principal e duas cabines de hóspede, a embarcação oferece uma acomodação VIP com cama de casal. Todos os banheiros disponíveis são similares aos de uma residência, sem perder a elegância. Seus ambientes são todos envernizados, incluindo o mobiliário, com revestimentos em tonalidade cereja-brilhante. A embarcação conta com espaço para armazenar com tranquilidade o Jet ski. O motor MTU 12V 2000 M94 atinge 1.952 cavalos de potência e velocidade máxima de 31 nós. A Intermarine, maior estaleiro do Brasil, exibiu seu novo modelo de 75 pés. Desenvolvido pelo estúdio Luiz de Basto Designs, oferece amplas janelas em trapézio no salão, na proa e na suíte máster, emolduradas por um
vinco costado. Tudo para permitir luz natural na praça da popa, ambientada por sofá, mesa de refeições, icemaker e cooler, e na área gourmet, equipada com pia, churrasqueira elétrica, uma geladeira de 80 litros e armários. Desenvolvida para acomodar até oito pessoas e quatro tripulantes em pernoite, conta com quatro suítes. A imponente máster possui cama queen-size, banheiro e closet. No deck principal, o salão é dividido entre sala de estar, de jantar, cozinha e posto de comando. Na área de preparação das refeições, os mais modernos forno elétrico, freezer, geladeiras, adega e micro-ondas estão disponíveis. Na área de estar, um sofá em U e uma mesa de centro recebem os visitantes de maneira confortável, que podem apreciar os potentes equipamentos de áudio e vídeo. São 12 alto-falantes, dois amplificadores, base para iPod, conjunto de caixas acústicas, DVD Player, além de cinco TVs de LCD 22’’ e duas de 32’’. A embarcação tem ainda outro diferencial. Seu moderno sistema de navegação agrega carta náutica 3D, modo de sonda digital e sistema de monitoramento. Com dois propulsores de 1360 hp cada, atinge velocidade de 30 nós. A Sea Ray, conhecida pelo seu alto nível de acabamento, performance e sofisticação, representada no Brasil pela Jet Tech de Manaus e Yacht Brasil, também se destacou no maior evento náutico outdoor da América do Sul. Os passeios em alto mar e nos rios brasileiros prometem ser cada vez mais emocionantes.
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LUXO
Por Leonardo Zanon
HORAS
preciosas
GRANDES CONGLOMERADOS DA ALTA RELOJOARIA CRIAM PEÇAS LIMITADAS
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mprescindíveis, magníficos e exclusivos. Consumir produtos de alto luxo não é apenas adquirir produtos caros. Quem entende e sabe distinguir o que se está comprando faz jus a toda uma história fabril, tradição muitas vezes secular e processos de produção tão minuciosos que se demoram meses para finalizar uma pequena peça. Os relógios entraram definitivamente nesse ranking de desejo. O conceito suíço de se fazer esse acessório tão desejado por
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homens e mulheres entrou para a posteridade. Seus movimentos são tão singulares que as principais empresas hoje concentram setores capazes de fabricar itens exclusivos. O que tem conquistado os brasileiros. “Estamos felizes com o acesso e o interesse da população pelo mercado de relógios artesanais”, explica Jean-Claude Biver, CEO mundial da Hublot. “Fazemos 22 mil peças por ano para todo o mundo e pretendemos crescer 30%, similar ao ano passado”. A IWC Schaffhausen, uma das mais conceituadas indústrias de relógios únicos, acaba de lançar o Portofino Hand-Wound Eight Days. Carro-chefe da empresa este ano, suas qualidades estão fundamentadas não apenas na aparência externa, mas também em valores internos. Oferece o novo movimento de manufatura IWC da família de calibres 50000, com grandes pontes e platinas, para homens contemporâneos. Apesar de sua extrema elegância, o Hand-Wound Eight Days é um relógio desenhado para o uso diário, pois conta com corda para oito dias. São duas mil peças divididas entre ouro rosa com mostrador na cor ardósia e dois modelos em aço, com mostrador preto ou prateado. “Hoje pensamos nos mercado de maneira globalizada”, conta Georges Kern, CEO da IWC. “Mas há uma forte tendência em peças cada vez mais exclusivas, que demoram meses para serem produzidas, já que nosso público possui poder aquisitivo para isso”.
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Enquanto alguns homens e mulheres procuram relógios especiais, outros preferem aliar homenagem e comemorações congruentes. A também suíça Chopard comemorou no ano passado seus 150 anos de história. A empresa foi além e, em parceria com a montadora italiana de automóveis Alfa Romeu, desenvolveu as linhas Gran Turismo XL Alfa Romeo e GT XL Chrono Alfa Romeo. As 500 peças criadas, divididas entre os dois modelos, são em aço inoxidável ou revestidas com acabamento Diamond Like Carbon. Equipados em uma caixa de 44 milímetros, contam com mostrador em preto com detalhes em vermelho, além de exporem os logos de ambas as marcas e oferecerem vidro em cristal de safira à prova de riscos e mecanismo ETA, resistente a água até 100 metros. Admirada por empresários e artistas internacionais, a Chopard conta com o modelo feminino Happy Sport Chrono, que possui design contemporâneo. Feito em cerâmica e com resistência a 30 metros de profundidade, é produzido em ouro rosa 18 quilates. As apenas mil unidades, ao valor de 25 mil dólares cada, possuem ainda com cinco diamantes que flutuam e se movimentam sem tocar nos ponteiros devido a dois cristais de safira estrategicamente inseridos.
Outra relíquia do mundo da alta relojoaria suíça é o modelo Patrimony Traditionelle World Time, da Vacheron Constantin. Ele é o primeiro a apresentar, de maneira diferenciada, 37 fusos horários existentes. Tudo graças ao calibre 2460WT, movimento de alta frequência que possibilita carga de 40 horas. Produzido em caixa em ouro rosa e diâmetro de 42,5 milímetros, conta com 27 rubis e pulseira castanha de pele de alligator, com escamas quadradas grandes, cosida à mão e com acabamento artesanal, por 40 mil dólares. O mundo dos colecionadores ganha, cada vez mais, peças exclusivas para quem tem bom gosto.
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TURISMO
Por Leonardo Zanon
Um passeio
Cartagena pela
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rom창ntica
U
ma volta ao passado. A pequena cidade de Cartagena das Índias, no norte da Colômbia, é um porto próximo ao mar cristalino do Caribe. Fundada em 1553, foi altamente protegida para evitar invasões de piratas e corsários. Suas edificações medievais, em pedras talhadas, e as estreitas ruas dificultavam o acesso de estrangeiros. Hoje, esses pontos tornaram-se charmosos destinos turísticos para casais apaixonados. Inscrita desde 1984 na Unesco, como Patrimônio Mundial, as distintas muralhas e os fortes já fizeram parte de diversos longas-metragens. Construídos por engenheiros italianos, desde o século 16 protegem os arredores, criando um clima de exploração similar a filmes de aventura. O Castelo de San Felipe e Boca Grande, com seus canhões seculares, atraem turistas do mundo inteiro. Já os fortes de Santa Clara e Santa Catalina são majestosos projetos que contam com 74 arcos gigantes.
A entrada principal da cidade também se destaca. A Puerta Del Reloj, próxima a Plaza de Coches, reúne prédios antigos e é o ponto de partida de onde saem charretes que realizam passeios por toda a região. Também no centro histórico, o Convento de Santo Domingo é a igreja mais antiga da localidade. Sua estrutura em estilo barroco contempla imagens de Cristo e da Virgem Maria talhadas em madeira e desenvolvidas ainda no século 19. Já o Convento de San Francisco, no bairro de Getsemaní, palco da primeira sede dos inquisidores, em 1610, congrega estilo colonial. Construída no início do século 17 pelos jesuítas, a Igreja e o Monastério de San Pedro Claver, contam com fachada em tijolos claros. O local foi um dos mais movimentados à época, já que seu proprietário, Pedro Claver, era um ferrenho defensor dos escravos. Sua importância na vida da cidade fez com que sua estrutura virasse o museu arqueológico da região.
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A colombiana Cartagena tornou-se destino obrigatório dos apaixonados por literatura. É nela que Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura, ambientou seus melhores e mais sintetizados romances. Um dos gênios da escritura latino-americana, costumeiramente, é visto degustando as tradicionais empanadas de camarão do Bazurto Social Club. “Nosso estilo caribenho e pitoresco o atrai. Aqui ele resgata pontos típicos de Cartagena”, conta Fadia de la Rosa, proprietária da casa. Decorado com tambores africanos e cores vibrantes, o bar serve receitas regionais e um ambiente descontraído. Pelas ruas, as palenqueras vestidas com trajes típicos do litoral caribenho misturam profissão com atração turística. Além de comercializarem objetos decorativos e comidas, são sempre alvos de fotografias pelo estilo, com baldes e bandejas suportadas em cima da cabeça.
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Das opções hoteleiras cinco estrelas, somente o Hotel Sofitel Santa Clara tem lugar de imposição. Considerado o mais exclusivo da cidade, ocupa uma antiga construção de convento de 1621. A edificação recebeu novo uso na década de 90, depois de uma ampla restauração. Hoje a hospedagem conta com 119 charmosas acomodações, sendo 17 amplas suítes, indicadas para casais em lua de mel que pretendem apreciar da varanda o pôr do sol, ou então avistar o mar do Caribe ou o centro da antiga cidade. Nos arredores de Cartagena, outros pontos turísticos são procurados. As praias mais cobiçadas estão a poucos quilômetros da cidade, como na Isla de Baru, com areia branca e água cristalina. A incidência de corais coloridos permite mergulhos de tirar o fôlego. Mais ao sul da cidade, um complexo com 27 ilhas, a Baia de Cartagena, é a principal área preservada do local.
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ENTREVISTA
Por Leonardo Zanon
A NOVA ERA MARCA ALEMÃ INVESTE EM RELÓGIOS DE ALTA QUALIDADE PARA CONQUISTAR NOVOS MERCADOS, INCLUSIVE O BRASIL
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onhecida mundialmente pela qualidade de suas canetas, a marca alemã Montblanc percebeu a importância de expandir seu portfólio de produtos. O crescimento de peças da alta relojoaria, principalmente as masculinas, fez a empresa adquirir dois nobres espaços nos Alpes Suíços – Le Locle e Villeret -, e entrar em definitivo na concorrência do mercado relojoeiro. À frente da produção de edições superlimitadas e daquelas destinadas ao mercado comercial, o CEO da Montblanc, o alemão Lutz Bethge, considera cada peça produzida uma verdadeira obra de arte.
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MONTBLANC 85
Lutz Bethge
Por que vocês adquiriram o Instituto Minerva de Alta Relojoaria, que está no mercado há um século, para produzir as peças? Nosso preceito sempre foi levar ao cliente a tradição, o que é premissa de uma marca de luxo. Produzir relógios que possuem apenas 10 unidades em todo o mundo, por exemplo, é trabalhoso e leva tempo. Precisávamos ter um espaço com estrutura antiga, para ser feito tudo à mão. O Instituto Minerva é o único com maquinário secular. Fabricamos apenas 200 peças por ano. Algumas ultrapassam o valor de 700 mil euros. São muito especiais. Como surgiu a ideia de investir em relógios? Precisávamos expandir nossas linhas e ter novas peças para continuar no processo de fidelização da marca. Nossos clientes já contam com canetas, pastas e bolsas. Faltava um algo a mais para os homens, que realmente 86
fosse impactante. E nada melhor que o relógio, a joia masculina. O investimento tinha que aliar tradição e modernidade, por isso a escolha das fábricas nos Alpes. Após 14 anos no mercado da alta relojoaria, apresentamos crescimento de 15% ao ano, o melhor desempenho entre as principais grifes. Como será o projeto de divulgação da marca? Teremos que trabalhar focados em duas frentes de trabalho. A primeira é a divulgação mais maciça nos relógios fabricados em Le Loclet, que não contam com edições limitadas. Lá produzimos mais de 200 mil relógios por ano. São peças que podem ser encontradas nas lojas e revendedoras e conseguimos torná-las mais conhecidas pela mídia. A outra é remetida aos relógios de Villeret. São pessoas que podem pagar um alto preço em algo muito exclusivo. Esses clientes são convidados a nos visitar, pois toda a fa-
bricação é artesanal e feitos somente sob encomenda. Aliás, não permitimos visitas em nossas fábricas, a não ser pelo cliente que quer escolher como será o relógio dele. Além do Brasil, quais os novos mercados mais atraentes para a Montblanc? Sem dúvida, além do Brasil, que promete ter um incremento fabuloso nos próximos anos, a Índia, que surpreenderá muita gente, e a China, obviamente. Temos focado inovações e ampliação nesses países, pensando sempre em seus arredores. Na China, realizamos um evento para apresentar o relógio Metarmofoses, com a presença do ator americano Nicolas Cage, com mais de três mil pessoas. Foi um sucesso. No Brasil, os novos milionários, que entendem qual a categoria de luxo que estamos focados, nos procuraram para adquirir produtos de nossas linhas. Estamos muito confiantes.
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GASTRONOMIA
REGIONAL com
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Sotaque Francês
uando o francês Jean Christophe pisou pela primeira vez no Amazonas, não imaginava que seria no interior do Estado que estaria a sua felicidade. Novo Airão foi a localidade escolhida para criar aquilo que é, atualmente, o amor de sua vida, o restaurante Leão da Amazônia, que mistura a gastronomia francesa com ingredientes genuinamente amazônicos. A união deu tão certo, que importantes nomes já passaram por lá. Entre eles: Ron Dennis e Mansour Ojjeh, proprietários da McLaren, Giovana Antonelli, atriz global, Artur Virgílio Neto, político, e outros nomes que o proprietário preferiu não revelar. “Sempre tive uma ligação forte com gastronomia, mas nunca tinha pensando em seguir por esse caminho. Na realidade, trabalhei por muito tempo no ramo industrial, mas não era totalmente feliz”, explica Christophe. A partir daí, decidiu adquirir um terreno às margens do rio Negro, onde criou o restaurante que está, inclusive, no Guia 4 Rodas, como parada obrigatória de quem passa pela cidade ou nas proximidades do arquipélago de Anavilhanas. Atualmente, o local já possui uma filial na principal rua de Novo Airão, que funciona apenas a noite.
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Por Bruno Mazieri Fotos Michael Dantas
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“Os sabores na Europa
já estão saturados. Quando provei pela primeira vez o tucupi, não conseguia acreditar naquele sabor. A nova gastronomia mundial está no Amazonas” Jean Christophe
Início O Leão da Amazônia começou como um ponto de encontro de amigos e empresários. Porém, a constante presença de pessoas no flutuante – sim, o templo gastronômico fica sobre o rio -, obrigou Christophe a contratar garçons e, consequentemente, partir para algo mais profissional. “Assinei o desligamento da empresa para a qual trabalhava a época, comuniquei minha esposa e filho que moram em São Paulo, e me mudei. Parte da minha família que está na França não conseguia acreditar. Trabalhar com gastronomia era algo improvável para eles”, comenta. A montagem do cardápio é uma bela combinação das técnicas francesas com os temperos, peixes e produtos da região. O carro-chefe é a Paella do Rio Negro. Apesar de a receita ser de origem espanhola, o chef decidiu incorporar ao seu menu, pela variedade de produtos que poderiam ser usados. E a prova disso, é uso de tucunaré, tambaqui, dourado, camarões de água doce e a famosa folha de jambu. Vale ressaltar que na venda de mil paellas – já foram 950 – será preparada uma para mil pessoas.
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Sabores Outra receita que os frequentadores apreciam é o Encontro das Águas, que tem como base molhos feito de açaí e vinho branco harmonizado com uma saborosa posta de pirarucu. Já no quesito sobremesa, o Leão da Amazônia apresenta uma banana flambada no conhaque de fazer qualquer pessoa salivar. “Para manter um local como esse no Amazonas, é preciso usar a criatividade. Quando começo a preparar algo, mentalizo o sabor que aquilo irá produzir, e o resultado sempre sai como o esperado”, conclui o chef que, conta ainda, com o profissionalismo do também chef Epifânio Farias, ex-Novotel. Para o futuro, Christophe pensa em abrir uma filial em Manaus, mas antes, é preciso a inauguração da ponte sobre o rio Negro. “As pessoas terão uma oportunidade maior de conhecer as belezas de Novo Airão e, consequentemente, o restaurante. Quem sabe depois de setembro não decido partir, também, para Manaus?”, finaliza. Portanto, é cruzar os dedos e esperar os sabores nos domínios da capital amazonense.
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ESPORTE
e água N
ão é preciso ser atleta para experimentar o Stand Up Paddle, ou apenas Sup. A modalidade chegou a Manaus há um ano, para permitir que as pessoas possam praticar um esporte emocionante, independentemente do condicionamento físico e idade. Só precisa ter disposição! Com prancha e remo a postos, pode se preparar para uma aventura nos rios da Amazônia. “O Sup é uma atividade semelhante ao surfe, pois também utiliza uma prancha, na qual a pessoa fica em pé; e usa um remo para se locomover. A diferença é que o início é imediato e as pessoas já saem praticando”, afirma Jurandir Toledo, fundador da associação Amazon Stand Up
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Por Manuella Barros Fotos Tatá Amato
fresca Paddle e líder de um grupo de adeptos do esporte que se reúnem geralmente nas tardes de sextas-feiras, sábados e domingos, nos rios Negro e Tarumã, nos arredores de Manaus. Bastam apenas 15 minutos de instruções de segurança em terra firme e o aluno já está apto e se aventurar. “É o momento de informar sobre a subida e a posição dos pés na prancha, a largura da pegada do remo, como remar, o lado certo do remo e a queda na água”, adianta Jurandir. “Deve-se largar de imediato o remo quando a queda for certa, assim evita-se o choque do remo com o rosto. O strep (corda da prancha) também deve ser amarrado na perna, para não se perder”.
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Ação Agora é encarar a água, manter o equilíbrio e controlar as curvas. Conforme Toledo, somente na prática são feitas as correções como a posição dos braços na remada. “O Sup não tem fases. No primeiro dia você fica de pé, rema e curte”, garante ele. “Mas quem pensa em competir, precisará evoluir para novas técnicas profissionais”. Apaixonado por esportes, Toledo adotou a modalidade há dois anos, quando viu a performance de praticantes no Havaí. Em seguida, fez Sup nas Ilhas de Maui, Big Island, Brasília e Rio de Janeiro. “Fiquei curioso no início e depois foi paixão. Trouxe para a cidade o verdadeiro Sup, com as pranchas
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e remos do melhor fabricante, Starboard”, conta, orgulhoso. “Não me considero um professor, sei o básico necessário para ensinar. As aulas de uma hora são experimentais e, no momento, para degustação dos interessados. Meu interesse é estimular a atividade em Manaus e conforme a quantidade de pranchas existentes, organizar campeonatos, trabalhar o social com campanhas a favor do meio ambiente e da saúde”. Apesar de não ter definido ainda o gasto calórico exato que uma aula de Sup proporciona, sabe-se que ele é completo para manter a boa forma, uma vez que o praticante trabalha abdome, pernas e braços, ao mesmo tempo em que exige equilíbrio na água.
Serviço As aulas ministradas por Jurandir Toledo acontecem nas quartas e sextas-feiras, a partir das 16h, na Marina Rio Negro. Entretanto, depende de um dia de sol e da disponibilidade do instrutor. “Para agendar uma hora, basta enviar mensagem para o e-mail jtoledo654@gmail.com ou pelo Facebook. Na ocasião, forneço todo material necessário”, destaca. Para mais informações: Amazon Stand Up Paddle (av. 7 de setembro, 1.251, Centro), associação criada em julho de 2010 para fomentar o esporte. “Atualmente ela funciona para orientar as pessoas, mas, no futuro, vai proporcionar cursos e promover torneios”, completa Jurandir.
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CIÊNCIA
Espetaculo
Solar
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Por Bruno Mazieri Fotos Reprodução
O astro rei está sendo desvendado pela National Aeronautics and Space Administration, conhecida popularmente como Nasa. Uma sonda não tripulada, batizada de Solar Dynamics Observatory (SDO), foi mandada ao espaço em feavereiro do ano passado, do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. Porém, este ano, novas imagens, mais precisamente no mês do seu primeiro aniversário, foram divulgadas no site oficial do projeto, proporcionando um espetáculo que transita entre o magnífico e o assustador.
A sonda possui como base três eixos, quatro telescópios, dois painéis solares e duas antenas de longo alcance, o que permite um controle do projeto na Terra. Um dos recursos que mais chamam atenção é o Extreme Ultraviolet Variability Experiment, que consegue captar o nível de irradiação ultravioleta em alta definição. A missão irá durar cerca de cinco anos – podendo ser estendida para dez anos – e terá como função mudar tudo o que se sabe a respeito do Sol.
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SDO - Solar Dynamic Observation No site da Nasa (www.nasa.gov/sdo) é possível encontrar mais informações sobre o projeto e também vídeos que mostram o espetáculo jamais captado.
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Por Maza Lopes
EVENTO
Miami by Tânia Castro Em uma dessas oportunidades que a vida oferece aos que trabalham com afinco e talento, Tânia Castro foi convidada para mostrar a sua coleção Mediterrâneo, junto com os sapatos da brasileiríssima Andarella Calçados. Os desfiles aconteceram em dois points de Miami, o primeiro no Solé On The Ocean Resort e o segundo desfile no Aventura. Momentos dos dois eventos de sucesso para o deleite dos leitores.
Bárbara Moros
Eugênia Beckman, Cristie Anne Karan e Zélia Peixoto
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James Basílio, Alane e Ana Raquel Braga
Cristina Clark
Juliana Cipriani
Neice Melick, Ana Paula Pinheiro, Michelle Bell e Tania Castro
Jéssica Tayah e Andréa Cavalcanti
Jóia rara Jéssica Sabbá Tayah, a joalheira mais charmosa de Manaus, juntou todo o seu elenco de clientes VIPs, para mostrar as belezas em ouro, brilhantes e pedras preciosas da não menos bacana paulista Silvia Furmanovith. Criatividade e bom gosto se uniram no Studio JS.
Silvia e Alexandre Furmanovith e Jéssica Sabbá Tayah
Nájla Akel Simone Ale, Luciane Novaes, Érika Britto e Jéssica Ale
Renata Sabbá, Hellen Belota e Marcela Souza
Stela Lustoza
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Antonio’s Café
DJ Milena Sheide
Reinaugurado há dois meses, o café mais baladado de Manaus, reabriu no melhor estilo clubinho chique. No setlist da casa noturna, os melhores DJs da cena brasileira, com o melhor do hip hop, funk e house. Além disso, o local passou por uma reforma e, agora, dispõe de lounges, camarotes e mezaninos, tudo com conforto e sofisticação. Vida longa ao Antonio’s.
Analy Rosa, Tite Clausi e Morgana
Janjão Neto e Lucinha Azevedo
Erika Noronha e Rafael Gioia
DJ Camila Peixoto
Daniel Chaves e Tatiana Vieira
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Fred Maués e Raissa Mendes
Rafaela Couto e Taiana Vieira
Felipe Luiz e Marcela Oliveira
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IMAGEM
Curumins de fé
Foto Tatá Amato
MANAUS JÁ PODE CONTAR COM AS VANTAGENS DE UM ESCRITÓRIO COMPARTILHADO. • • • •
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